RESUMO MAMOGRAFIA

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MAMOGRAFIA A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros). É realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo. A paciente é posicionada em pé, próximo ao equipamento. As mamas serão, uma a uma, comprimidas pelo mamógrafo, horizontal e verticalmente. Embora seja desconfortável, o exame é rápido – sendo a mamografia digital ainda mais ágil que a convencional. Pacientes com próteses de silicone devem informar à equipe antes da realização da realização do exame. A sensibilidade varia de 46% a 88% e depende de fatores tais como: tamanho e localização da lesão, densidade do tecido mamário (mulheres mais jovens apresentam mamas mais densas), qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista. A especificidade varia entre 82%, e 99% e é igualmente dependente da qualidade do exame. Os mamogramas podem ser difíceis de interpretar sem que haja mamogramas anteriores para comparação, pois cada mulher tem um padrão de tecido da mama diferente. Indicações da mamografia A principal indicação da mamografia é para o rastreamento do câncer de mama. Nesse caso, a mamografia deve começar a ser feita a partir dos 40 anos, anualmente, para mulheres da população geral. Porém, para aquelas que possuem casos de câncer de mama na família, em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e/ou filha), o risco de câncer de mama pode ser maior que o da população geral. Nestes casos, a mamografia pode começar a ser feita 10 anos antes do caso mais precoce entre as parentes que tiveram a doença. Por exemplo: se uma mulher descobriu um câncer de mama aos 40 anos, sua filha deve começar a fazer mamografias anualmente aos 30 anos. A mamografia, porém, não é recomendada antes dos 25 anos porque a mama é mais susceptível à radiação nessa faixa etária. Mesmo mulheres que tiveram casos familiares muito cedo (aos 30 anos, por exemplo), devem esperar até os 25 para fazer a primeira mamografia. Antes disso, a indicação nesses casos são ultrassonografias. A mamografia também é indicada para fins de diagnóstico, como na avaliação de alguma queixa clínica (dor, presença de nódulo palpável ou alterações na aparência da mama); avaliação de alteração encontrada em outros exames de diagnóstico por imagem, como a ultrassonografia e avaliação da mama masculina (no aumento do volume denominado de ginecomastia ou presença de nódulo palpável). Contraindicações da mamografia

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mamograia.

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MAMOGRAFIA

A mamografia é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer,

por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros). É

realizada em um aparelho de raio X apropriado, chamado mamógrafo.

A paciente é posicionada em pé, próximo ao equipamento. As mamas serão, uma a

uma, comprimidas pelo mamógrafo, horizontal e verticalmente. Embora seja

desconfortável, o exame é rápido – sendo a mamografia digital ainda mais ágil que a

convencional. Pacientes com próteses de silicone devem informar à equipe antes da

realização da realização do exame.

A sensibilidade varia de 46% a 88% e depende de fatores tais como: tamanho e

localização da lesão, densidade do tecido mamário (mulheres mais jovens apresentam

mamas mais densas), qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do

radiologista. A especificidade varia entre 82%, e 99% e é igualmente dependente da

qualidade do exame. Os mamogramas podem ser difíceis de interpretar sem que haja

mamogramas anteriores para comparação, pois cada mulher tem um padrão de tecido da

mama diferente.

Indicações da mamografia

A principal indicação da mamografia é para o rastreamento do câncer de mama.

Nesse caso, a mamografia deve começar a ser feita a partir dos 40 anos, anualmente,

para mulheres da população geral. Porém, para aquelas que possuem casos de câncer de

mama na família, em parentes de primeiro grau (mãe, irmã e/ou filha), o risco de câncer

de mama pode ser maior que o da população geral. Nestes casos, a mamografia pode

começar a ser feita 10 anos antes do caso mais precoce entre as parentes que tiveram a

doença. Por exemplo: se uma mulher descobriu um câncer de mama aos 40 anos, sua

filha deve começar a fazer mamografias anualmente aos 30 anos. A mamografia, porém,

não é recomendada antes dos 25 anos porque a mama é mais susceptível à radiação

nessa faixa etária. Mesmo mulheres que tiveram casos familiares muito cedo (aos 30

anos, por exemplo), devem esperar até os 25 para fazer a primeira mamografia. Antes

disso, a indicação nesses casos são ultrassonografias.

A mamografia também é indicada para fins de diagnóstico, como na avaliação de

alguma queixa clínica (dor, presença de nódulo palpável ou alterações na aparência da

mama); avaliação de alteração encontrada em outros exames de diagnóstico por

imagem, como a ultrassonografia e avaliação da mama masculina (no aumento do

volume denominado de ginecomastia ou presença de nódulo palpável).

Contraindicações da mamografia

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O exame é contra-indicado para mulheres que estão grávidas, amamentando, tiver

realizado seu mamograma anterior há menos de 12 meses, tiver menos de 35 anos.

Tipos de mamografia

Existem dois tipos de aparelhos de mamografia: o convencional e o digital. Ambos

utilizam o raio-X para a produção da imagem da mama. A diferença está na forma como

ocorre a captação da imagem mamográfica.

Mamografia convencional: utiliza com um filme que após a exposição da mama ao

raio-X deve ser processado. A imagem da mama é armazenada no próprio filme e

caso haja algum problema técnico com o filme, este terá que ser refeito.

Mamografia digital: utiliza um detector que transforma o raio-X em sinal elétrico e

transmite para um computador. A mamografia digital oferece vantagens em

relação à convencional. A imagem mamográfica pode ser armazenada e

recuperada eletronicamente. Permite ao radiologista ajustar as imagens, no

próprio monitor da estação de trabalho, realçando ou ampliando alguma área,

para melhor analisá-la. Existem, ainda, softwares que auxiliam na detecção de

lesões. Com todas essas ferramentas, a mamografia digital pode requerer menor

repetição de imagens em relação à analógica, reduzindo assim a exposição à

radiação.

Até o momento, os estudos não demonstraram diferenças significativas entre a

mamografia digital e analógica, com relação à capacidade de detecção do câncer de

mama para a população geral. No entanto, a mamografia digital parece ser mais precisa

do que a mamografia convencional em mulheres mais jovens e com mamas densas.

Resultados da mamografia

A mamografia pode ser normal, ter achados francamente benignos, achados

provavelmente benignos ou suspeitos. Cada paciente tem um tipo de mama, e a

dificuldade na detecção de lesões é resultante em parte da composição de cada mama.

Mamas mais gordurosas e com menor quantidade de tecido fibroglandular aparecem

mais escuras na mamografia. O tecido fibroglandular na mamografia é relativamente mais

branco (denso) do que a gordura. Portanto, quanto mais tecido fibroglandular a mulher

tiver, mais densa será sua mama à mamografia e maior será a dificuldade na detecção de

eventual câncer. Isto ocorre porque essas lesões têm densidade semelhante à da

glândula, podendo ser encobertas por ela. Mulheres com implantes mamários também

têm seu exame parcialmente prejudicado, pois o implante, sendo mais denso que o

tecido mamário, poderá encobrí-lo e impedir a detecção de lesões. O laudo mamográfico

segue a classificação e recomendação do BI-RADS, do Colégio Americano de Radiologia

(ACR), que é mundial. Isso permite que um resultado de exame, feito em um determinado

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país, seja entendido em qualquer outra parte do mundo. A classificação varia de 0 a 6

como é visto no quadro abaixo:

Categoria Avaliação Conduta

0 Incompleta Outras incidências de mamografia ou ultrassonografias são necessárias

1 Negativa (nada encontrado) Rastreamento normal

2 Achados benignos Rastreamento normal

3 Provavelmente benignos Seguimento de 06 meses

4 Anomalias suspeitas, sendo A: menor suspeita; B: média suspeita; e C: maior suspeita

Biópsia deve ser avaliada

5 Alta suspeita de malignidade Necessita esclarecimento definitivo

6 Já existe diagnóstico do câncer

Câncer já confirmado anteriormente por exame histopatológico. Exame feito apenas para acompanhamento.

Resultados normais e benignos

Se for um exame completamente normal não vai ter nenhum achado adicional.

Nos resultados categorizados como BI-RADS 2, são encontrados achados que com

certeza são benignos e sem qualquer risco de malignidade.

Resultados anormais

Os resultado provavelmente benignos (BI-RADS 3) e aqueles suspeitos (BI-RADS 4

ou 5) geralmente aparecem na mamografia na forma de microcalcificações ou nódulos.

As alterações são classificadas seguindo critérios estabelecidos no BI-RADS, o que gera

uma conduta específica para cada caso. As lesões provavelmente benignas, com mínima

chance de malignidade, requerem um acompanhamento em curto prazo, o que não

interferirá no prognóstico. Ter um achado suspeito não significa tratar-se de um câncer.

Indica que uma biópsia será necessária para analisar o tecido, que será analisado por um

patologista que definirá a natureza da lesão. Ainda, dentro da classificação BI-RADS, o

zero indicará a necessidade de um exame complementar, que poderá ser novas

incidências de mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética.

Se confirmado, o nódulo é submetido a um ultrassom direcionado, para classificar

a lesão e dar uma conduta ao achado, se ele é benigno, maligno ou precisará ser

controlado. Quando a lesão é suspeita ou muito suspeita, é realização a biópsia do tecido.

As incidências serão analisadas mais detalhadamente, com uma lupa no caso da chapa

física ou por uma ampliação digital, caso o resultado esteja em um computador.

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No caso do homem com suspeita de ginecomastia, o exame irá avaliar a presença

do crescimento de glândulas mamárias.

ACHADOS DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO BI-RADSTM

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REFERÊNCIAS

Mamografia: da prática ao controle. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. –

Rio de Janeiro: INCA, 2007.

VIEIRA, A. V.; TOIGO, F. T. Classificação BI-RADSTM: Categorização de 4.968 mamografias.

Radiologia Brasileira. v. 35, n. 4, p. 2,5-208, 2002.

http://www.minhavida.com.br/saude/tudo-sobre/16864-mamografia-exame-detecta-o-

cancer-de-mama