Resumo Psicologia Uma Nova Introdução

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PSICOLOGIA: UMA NOVA INTRODUÇÃO A Psicologia como ciência independente Uma visão panorâmica e critica Psicologia como ciencia: recente (segunda metade do séc. XIX; psicólogos e instituições para esse tipo de conhecimento ser ensinado). Antecedentes: (Antiguidade) noções de “comportamento”, “o espírito”, ou “a alma”. No mundo contemporâneo surgem varias ciências para se entender as ações humnas (ling. sociol. etc. Objeto e método: “psique” entendida como “mente” (não observável, por isso excluída pelo “positivismo” como área autônoma). Atualmente se trabalha com o social, com experimentos etc. Precondições culturais para o aparecimento da psicologia como ciência no séc. XIX. A experiência da subjetividade privatizada Conhecimento científico do “psicológico: “uma experiência muita clara de subjetividade privatizada; a experiência da crise dessa subjetividade” Noção de liberdade e privacidade no nível individual; subjetividade, originalidade. Irrupçoes da “experiência da subjetividade privatizada” ocorreram em momentos de “crise social”, surgimento de “novas formas de vida” (tomada de decisões sem o suporte da “sociedade”; existência de “homens solitários e indecisos” que recorrem ao se “foro íntimo”). Podem existir critérios do que seria “certo ou errado”, mas eles podem ser algumas vezes “incompatíveis” em uma dada situação. “perda de referencias coletivas”: “religião, raça, povo”, produz a “construção de referencias internas”. Campos: artes e a “subjetividade do autor”. Religiosa: surgimento de “novos

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PSICOLOGIA: UMA NOVA INTRODUOA Psicologia como cincia independenteUma viso panormica e criticaPsicologia como ciencia: recente (segunda metade do sc. XIX; psiclogos e instituies para esse tipo de conhecimento ser ensinado).Antecedentes: (Antiguidade) noes de comportamento, o esprito, ou a alma. No mundo contemporneo surgem varias cincias para se entender as aes humnas (ling. sociol. etc. Objeto e mtodo: psique entendida como mente (no observvel, por isso excluda pelo positivismo como rea autnoma). Atualmente se trabalha com o social, com experimentos etc.Precondies culturais para o aparecimento da psicologia como cincia no sc. XIX.A experincia da subjetividade privatizadaConhecimento cientfico do psicolgico: uma experincia muita clara de subjetividade privatizada; a experincia da crise dessa subjetividadeNoo de liberdade e privacidade no nvel individual; subjetividade, originalidade.Irrupoes da experincia da subjetividade privatizada ocorreram em momentos de crise social, surgimento de novas formas de vida (tomada de decises sem o suporte da sociedade; existncia de homens solitrios e indecisos que recorrem ao se foro ntimo). Podem existir critrios do que seria certo ou errado, mas eles podem ser algumas vezes incompatveis em uma dada situao. perda de referencias coletivas: religio, raa, povo, produz a construo de referencias internas. Campos: artes e a subjetividade do autor. Religiosa: surgimento de novos sistemas religiosos pela liberdade de refletir os antigos. Processo muitas vezes no-linear. Outras sociedades: nveis de subjetivao privatizada e individualizao permanecem menos desenvolvidos. Conscincia da liberdade e autonomia so construes mais recentes na histria da sociedade moderna. Alm da resistncia a idia de que no tenhamos controle de nossas vidas (crena na democracia)Constituio e desdobramentos da noo de subjetividade na ModernidadeSurgimento do sujeito moderno: passagem do Renascimento para a Idade Moderna. Crise do mesmo se daria no sc. XIX.Inveno do psicolgico: Renascimento como perda de referencias. Abertura para p mundo ps idade mdia lanou o homem em uma condio de desamparo, que era suprida anteriormente pela crena no pertencimento a uma ordem superior, comunho, ponto seguro de apoio. Contato entre culturas permitiu a troca de conhecimentos. Deus perde espao nas explicaes, o homem deixa de contemplar e comea a questionar e busca entender o funcionamento real do mundo, controle e previso dos fenmenos naturais. (do teo para o antropocentrismo). Imprensa disseminou esses questionamentos. Sc. XVI - Trabalho intelectual: ato individual. Mesmo a religiosidade se tornou uma busca individual atravs da leitura e interpretao das escrituras. Humanismo moderno. Montaigne: interioridade. Cticos: impossibilidade de se obter qualquer conhecimento seguro sobre o mundo. Reao racionalista e empirista.Crenas buscavam relacionar Deus e livre-arbtrio (liberdade como dom de Deus que deve ser bem usada para ser recompensada). Volta a uma ordem superior, desvalorizao do corpo pela autodisciplina. Descartes (racionalismo): busca do conhecimento vlido, ferramenta: dvida metdica. Critrios humanos, sentimentos, sentidos so enganosos. Mesmo o julgamento parecendo sempre incerto, o ato de duvidar inquestionvel, todo o movimento de duvidar mostra que o sujeito existe por exercer o questionamento. Verdade agora significa adquirir uma representao correta do mundo... Uma representao interna ... (p. 32). Assim surge o eu como algo fora do mundo, sem as limitaes fsicas proporcionando um conhecimento objetivo do mundo.Bacon (empirismo): a razo devia estar baseada nas experincias subjetivas e dos sentidos, mas esta mesmo deveria estar purificada do cotidiano. Ele e Descartes se preocuparam com a questo do mtodo cientfico.A crise da Modernidade e da subjetividade moderna em algumas de suas expresses filosficasIluminismo (sec. XVIII): criticou a onipotncia do eu, da razo universal e do metodo seguro do sc. XVII. Hume: eu como efeito das experincias, por isso transformao constante. Kant: o conhecimento das coisas pelo homem s pode ser adquirido pela realidade que se apresenta ao mesmo (fenmeno). Coisas em si, que independeriam dos sujeitos, so incognoscveis, contudo, tudo que conhecvel repousa na subjetividade humana (p. 35). Para Kant essa subjetividade no seria algo particular, mas uma subjetividade transcendental e universal do Homem. A autonomia seria a meta do esforo tico atravs da razo.Romantismo: artes homem como ser passional e sensvel. potencia dos impulsos e foras da natureza em oposio a civilizao e suas formas de controle do sujeito. Coloca-se em cheque a razo, o metodo e o eu aparece como algo de difcil definio. Esse momento representa uma crise do sujeito moderno, uma destituio do eu do seu posto de soberania. Sujeito romntico: alto grau de individualismo e solido (gnio: possuidor de um dom nico que deveria realizar, mas que paga o preo por ter dificuldades em sua vida prtica). Sc. XIX: Marx: homem controlado por foras sociais; Darwin: homem como um ser natural...Nietzsche: idias de sujeito e eu so fices, tudo tomado como fundamento absoluto ou causa primeira foi criado em algum momento (critica a filosofia ocidental). Como tudo uma inveno no h porque buscar esses valores supremos, como a moral. O problema que a iluso no pode ser substituda por nada melhor. O humanismo e os projetos cientficos buscam, contudo manter o projeto do eu vivo.Sistema mercantil e individualizaoNa sociedade mercantil cada um deve se especializar em uma rea de atuao. Relaes mediadas por compra e venda, rompimento com as sociedades e modos de vida pr-capitalistas. Liberdade para lutar por melhores condies. Ideologia liberal iluminista, romantismo e regime militarIdeologia liberal: os homens so iguais em capacidades assim devem ser iguais em direitos (iguais com interesses diferentes; fraternidade utpica une).Romantismo: reconhece-se a diferena entre os sujeitos, por isso a liberdade se manifesta no ser diferente (todos so diferentes, mas espera-se voltar a um estado de comunho maior; sentimentos unem).Regime disciplinar em escolas, fbricas etc. para impor padres e controles as condutas.A crise da subjetividade privatizada ou a decepo necessriaLiberdade e diferena como iluses camuflada pelas disciplinas. A massificao e industrializao da sociedade criam cada vez mais a crise de singularidade do sujeito moderno (produo em serie, todos iguais). Essa crise foi o ponto para a entrada da psicologia (colapso das ideologias liberais e romnticas). O Estado precisa lidar com os sujeitos como indivduos, da os programas de estudos (psicologia aplicada na escola e no trabalho). A prtica cientfica e a emergncia da psicologia como cincia.Conhecimento cientfico: privacidade e diferena Estabelecimento das cincias sc. XIX: cincias naturais e o mtodo cientfico, controle da natureza, objetividade, eliminar a subjetividade. Questo de dois sujeitos diferentes chegarem s mesmas concluses. No movimento de controlar a subjetividade o homem se torna o objeto de estudo. Assim fica dividido nos dois pontos: sujeitos livres e diferentes...dominadores da prpria subjetividade, garantir a objetividade, ou seja, a validade intersubjetiva dos achados (p. 59).