Resumo safra 2012 2013 SCA

8
Safra 12/13 • 4º edição da credito: Usina Alcoeste

description

 

Transcript of Resumo safra 2012 2013 SCA

Safra 12/13 • 4º ediçãoda credito: Usina Alcoeste

Prezados Clientes:

Concluímos mais uma safra, confiantes de que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance.

Completamos mais um ciclo, agora com 12 anos da SCA em a�vidade no setor.

Sobre o nosso segmento, �vemos novidades e surpresas, como acontece em todas as safras:

• A Agência Nacional de Petróleo (ANP) passou a ser responsável pela regulação dos combus�veis renováveis;

• Entrou em vigor a Resolução 67 da ANP, que obrigou as distribuidoras a contratar 90% de etanol anidro;

• A safra, que normalmente começa em abril, sofreu um atraso de 30 dias em razão da seca no verão e da renovação dos canaviais. Diante da iminente falta de cana para toda a safra, procurou-se concentrar a moagem em períodos de maior ATR;

• Quanto à produção, recuperamo-nos em relação à safra passada, com boas perspec�vas para a safra vindoura;

• Voltamos a liderar o mercado de exportações, com par�cipação expressiva dos EUA, após a queda da tarifa de importações;

• A enorme dificuldade logís�ca (indisponibilidade de caminhões-tanque) durante toda a safra foi um problema constante;

• Pela primeira vez, o setor fez campanha publicitária em revistas, rádios e TV es�mulando o consumo do etanol;

• Lamentavelmente, o Governo segurou o preço da gasolina durante toda a safra, fazendo um pequeno ajuste apenas no início deste ano.

Este cenário mantém as unidades produtoras em alerta, uma vez que os resultados ob�dos estão aquém dos custos de produção.

Como sempre, compar�lhamos deste momento di�cil das usinas, procurando fazer os melhores negócios e administrando a SCA com austeridade.

Nesta safra, adicionamos 3 novos clientes, totalizando 64 usinas e fortalecendo ainda mais a par�cipação da SCA no segmento.

Con�nuamos marcando nossa presença nos principais eventos nacionais e internacionais.

Mais uma vez, nosso trabalho foi reconhecido e premiado com o Troféu Mastercana.

Editorial

Diretoria SCA2013

Reprodução Proibida

1. Introdução ........................................................................................................................................05

2. Fundamentos da Safra Nacional 11/12 ............................................................................................ 06

2.1. Situação macroeconômica ................................................................................................................07

2.1.1. PIB e inflação ....................................................................................................................................08

2.1.2. Moeda brasileira ...............................................................................................................................10

3. Vendas de automóveis...................................................................................................................... 11

4. Vendas de motocicletas ....................................................................................................................17

5. Vendas de combus�veis ................................................................................................................... 19

6. Safras mundiais de açúcar e etanol ..................................................................................................21

6.1. Safra mundial de açúcar ...................................................................................................................22

6.2. Safra mundial de Etanol ....................................................................................................................24

7. Safra Brasileira Sucroenergé�ca ....................................................................................................... 25

7.1. Safra Sucroenergé�ca do Centro-Sul ................................................................................................29

7.2. Safra Sucroenergé�ca do Norte-Nordeste ........................................................................................34

7.3. Custos da Safra 11/12 .......................................................................................................................35

7.4. Preços da Safra 11/12 .......................................................................................................................38

8. Preços ...............................................................................................................................................38

8.1. Preço Internacional do Açúcar ..........................................................................................................38

8.2. Preço Interno do Açúcar ...................................................................................................................39

8.3. Preços Internacionais do Etanol ....................................................................................................... 40

8.4. Preço Interno do Etanol ....................................................................................................................41

9. Preços da Cana ................................................................................................................................. 43

10. Perspec�vas para a safra 12/13 ........................................................................................................44

11. Conclusão .........................................................................................................................................45

Relatório de A�vidades Safra 11/12 ........................................................................................................ 49

Índice

Safra 12/13 da

1. Introdução

| 07Safra 12/13 da

Na safra sucroenergé�ca brasileira de 2012/13, �vemos uma surpresa agradável nos dados finais do Centro-Sul (C/S) e grande frustração nos dados rela�vos ao Norte-Nordeste (N/NE).

As previsões iniciais de moagem para o C/S variavam entre 470 e 532 milhões de toneladas (mmt), e o resultado final situou-se em 532,8 mmt, ou seja, levemente acima do cenário mais o�mista. Já para o N/NE, previa-se moagem próxima de 62 mmt, que deve finalizar próxima de 55 mmt, com queda de 11,3%, bastante significa�va para a região.

Os resultados do C/S foram alcançados porque os preços da safra 11/12 foram mais remuneradores e permi�ram aos produtores maior renovação dos canaviais e melhores tratos culturais. Isso permi�u que a idade média dos canaviais passasse de 3,59 anos para 3,47 anos e que a produ�vidade média alcançasse 74,3 t/ha, contra 69,8 t/ha da safra passada. Segundo o CTC, pode ser considerada normal para a região uma idade média entre 3,2 e 3,5 anos e uma produ�vidade entre 80 e 84 t/ha.

Em termos climá�cos, a região C/S apresentou irregularidades no terço inicial de safra, com excesso de chuvas em maio/junho e tempo seco no final. Isso fez com que, até o terço final da safra, �véssemos um atraso significa�vo na moagem, a qual foi recuperada em outubro, novembro e dezembro.

Os dados do C/S foram bastante auspiciosos para a maioria dos analistas e resultaram em preços bem abaixo dos pra�cados na safra 11/12, porque a oferta de produto esteve sempre superior às necessidades dos mercados. Outro fator que colaborou para isso foi o terceiro superávit mundial consecu�vo de açúcar, com os preços das bolsas pa�nando ao redor de US$ 18,00/lp, muito próximo da linha de custo, fazendo com que o mercado interno desse produto �vesse um desempenho fraco.

N o N / N E , a s co n d i çõ e s c l i m á� ca s fo ra m preponderantes para o resultado da safra. A maioria das unidades do chamado agreste teve desempenho lamentável em decorrência da seca. Calcula-se que o

regime agrometeorológico foi o pior dos úl�mos cinquenta anos, o que levou à morte de grande parte da pecuária da região e das commodi�es, das quais a cana representa o maior valor econômico.

Como novidade da safra, �vemos a entrada em vigor da Resolução 67 da ANP, que obriga os agentes (distribuidoras e produtores) a manter estoques de anidro na entressafra. Conforme o regime enquadrado (contrato ou compra direta), os produtores são obrigados a manter 25% da produção do ano anterior em estoques no dia 01 de fevereiro ou 8% no final de março.

Entende-se a preocupação da agência em manter o abastecimento no período crí�co do ano-safra, mas nada aconteceu para os agentes que não man�veram a obrigatoriedade. Além disso, no decorrer do ano-safra, a agência desobrigou as distribuidoras com par�cipação de mercado inferior a 1% nos combus�veis líquidos de comprovar a compra (aqueles enquadrados na compra direta) de anidro para o mês subsequente. Isso desmoralizou totalmente o projeto inicial, e a ANP fez uma nova consulta pública e republicou a resolução, corrigindo as distorções.

Outra novidade foi a campanha publicitária denominada ”O Completão”, es�mulando o consumidor a abastecer com etanol sem considerar a paridade econômica, mas sim os atributos posi�vos ao meio ambiente, saúde entre outros.

Os preços pra�cados no açúcar e nos etanóis foram inferiores à safra 11/12. No caso do açúcar, no mercado interno �vemos uma média de R$ 43,33/sc contra R$ 52,18/sc da safra 11/12 (-17,0%) e no mercado externo (NY), US$ 20,06/lp contra US$ 25,60/lp (-21,6%). Já no etanol anidro, o preço médio ficou em R$ 1.259,16/m³ contra R$ 1.407,08/m³ (-10,5%) e no hidratado, em R$ 1.118,36/m³ contra 1.190,13/m³ (-6,0%).

Como os valores são nominais, ao acrescentarmos a inflação oficial observada no período entre abril de 2012 e março de 2013 (IPCA de 5,91%), veremos que as perdas são ainda mais consideráveis. Isso mostra

uma remuneração não compa�vel com a a�vidade de modo a manter os inves�mentos no nível necessário para retomar a par�cipação no mercado.

As saídas de etanol no C/S demonstram claramente isso, pois �vemos saídas para o mercado interno de 18,7 mmm³ contra 18,6 mmm³ da safra anterior, com o acréscimo de 3,3 milhões de veículos no mercado e mistura carburante de apenas 20% contra 25% anteriormente.

Também está ficando clara a não fidelização do consumidor ao etanol, pois, anteriormente, �nha-se um comportamento imediato quanto à mudança de produto dependendo da paridade de preços, o que já não se mostra verdadeiro no presente.

Em termos macroeconômicos, o Brasil mostrou um desempenho ruim, com o PIB crescendo apenas 0,9%, muito abaixo da maioria das economias dos BRICS e de outros países emergentes.

O que se nota em termos macroeconômicos é a atuação pontual em vários setores na tenta�va de “apagar o fogo”, ao invés de definir uma polí�ca de longo prazo e impor metas sequenciais a serem a�ngidas.

Tome-se o exemplo da Petrobras e seus resultados econômico-financeiros do úl�mo exercício, quando vimos o registro de prejuízo depois de 13 anos. Isso está in�mamente ligado ao controle da inflação e ao não reajuste dos combus�veis, levando a empresa ao estrangulamento na produção, com consequente necessidade de importação cada vez mais onerosa de derivados.

Em consequência disso, o setor sucroenergé�co fica amarrado ao teto de preço do etanol hidratado, com perda de remuneração e migração do consumo para a gasolina. Isso gera outra vertente importante, o deses�mulo do nosso setor com novos inves�mentos diante da incerteza de retorno.

No cenário internacional, �vemos oscilações consideráveis nas economias da União Europeia e norte-americana. A UE con�nuou com vários países em situação instável, e no�cias pontuais de decisões pouco convincentes levaram os mercados de commodi�es a oscilar bruscamente devido às migrações para a�vos mais seguros. Na economia norte-americana, os sobressaltos foram menos significa�vos, com mostras de alguma recuperação e dados de PIB superiores ao brasileiro.

No conjunto, podemos dizer que �vemos um ciclo dentro da normalidade, com o setor retomando sua par�cipação nos mercados internacionais. Segundo a Secex, no período entre abril/12 e março/13, �vemos exportações 26,9 mmt de açúcar e 3,4 mmm³ de etanol. Esses números são bastante expressivos quando comparados aos do ciclo anterior.

Esperamos que, na safra atual 2013/2014, possamos ter um desempenho ainda melhor, pois os indica�vos de climatologia não apresentam nenhum fenômeno de monta para os próximos meses. Além disso, a confirmação da desoneração do PIS/COFINS na cadeia do etanol, através do mecanismo de crédito presumido, aliado à expecta�va de novo reajuste da gasolina no segundo semestre de 2013, permite algum o�mismo para o desempenho da safra.

| 08 Safra 12/13 da

A safra brasileira de 12/13 mostrava fundamentos sólidos quanto à produção nas duas regiões produtoras. Levantamento do CTC indicava na região C/S dados de renovação do canavial superiores aos das safras anteriores e resquícios pouco significa�vos dos fenômenos de geada. Isso levava a uma previsão de moagem bem superior. No N/NE, os indica�vos de precipitação na safra 11/12 es�veram normais, e

2. Fundamentos da safra brasileira

esperava-se uma moagem dentro dos padrões históricos anteriores.

No entanto, chuvas muito acima do esperado no C/S em maio-junho e muito abaixo do esperado no N/NE no inverno (quando acontecem as precipitações naquela região), levaram a alterações no decorrer do período de moagem.

SOCIEDADE CORRETORA DE ÁLCOOL LTDA

Rua Joaquim Floriano, 72 – C.J.173 – 17º andarItaim Bibi – Cep: 04534-000 - São Paulo/SP - BrasilFone: +55 11 3709 4900 - Fax: +55 11 3709 4901http://www.scetanol.com.br

SOCIEDADE CORRETORA DE ÁLCOOL LTDA – FILIAL

Av. Dep. Jamel Cecílio nº 3.310, Sls 408 e 409 - Office FlamboyantSetor Jardim Goiás – Cep: 74810-100 - Goiânia, GO - BrasilFone: +55 62 3878 4900 - Fax: +55 62 3878 4900 http://www.scetanol.com.br

SCA TRADING S/A

Rua Joaquim Floriano, 72 – C.J.174 – 17º andarItaim Bibi – Cep: 04534-000 - São Paulo/SP - BrasilFone: +55 11 3709 4900 - Fax: +55 11 3709 4929http://www.scatrading.com.br