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RESUMO VANGUARDAS EUROPÉIAS Marcos Feitosa Belarmino – 2001 Os movimentos de vanguarda emergiram na Europa nas duas primeiras décadas do século 20 e provocaram ruptura com a tradição cultural do século 19. Foram extremamente radicais e influenciaram manifestações artísticas em todo o mundo. As cinco principais correntes vanguardistas foram: futurismo, cubismo, dadaísmo, expressionismo e surrealismo. Futurismo: primeiro movimento merecedor da classificação de vanguarda caracteriza-se pelo interesse ideológico na arte. Sua produção preconiza a subversão radical da cultura e dos costumes, negando o passado em sua totalidade e pregando a adesão à pesquisa metódica e à experimentação estilística e técnica. Representantes: Antonio Sant Elia - Urbanistik şəkil; Umberto Boccioni, A cidade se levanta. Cubismo: resultado das experiências de Pablo Picasso (1881 – 1973) e de Georges Braque (1882 – 1963) esteve, inicialmente, ligado à pintura e teve por princípio a valorização das formas geométricas. Na literatura, caracteriza-se pela fragmentação da linguagem e geometrização das palavras, dispostas no papel de maneira aleatória a fim de conceber imagens. O Cubismo é divido em três fases: Cubismo pré-analítico - ou Cubismo Cézanniano - uma espécie de "preparação" para o cubismo, onde as primeiras características surgem. Cubismo analítico - que se caracterizava pela desestruturação da obra, pela decomposição de suas partes constitutivas; Cubismo sintético - foi uma reação ao cubismo analítico, que tentava tornar as figuras novamente reconhecíveis, como colando pequenos pedaços de jornal e letras. Dadaísmo: surgido em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), constitui um grito de revolta contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. Por isso, os dadaístas são contra as teorias e ordenações lógicas. Formado por um grupo de escritores, poetas e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão, liderados por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp. Expressionismo: tem como herança a arte do final do século 19 e valoriza aquilo que chama de expressão: a materialização

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RESUMO VANGUARDAS EUROPÉIASMarcos Feitosa Belarmino – 2001

Os movimentos de vanguarda emergiram na Europa nas duas primeiras décadas do século 20 e provocaram ruptura com a tradição cultural do século 19. Foram extremamente radicais e influenciaram manifestações artísticas em todo o mundo.As cinco principais correntes vanguardistas foram: futurismo, cubismo, dadaísmo, expressionismo e surrealismo.

Futurismo: primeiro movimento merecedor da classificação de vanguarda caracteriza-se pelo interesse ideológico na arte. Sua produção preconiza a subversão radical da cultura e dos costumes, negando o passado em sua totalidade e pregando a adesão à pesquisa metódica e à experimentação estilística e técnica. Representantes: Antonio Sant Elia - Urbanistik şəkil; Umberto Boccioni, A cidade se levanta.

Cubismo: resultado das experiências de Pablo Picasso (1881 – 1973) e de Georges Braque (1882 – 1963) esteve, inicialmente, ligado à pintura e teve por princípio a valorização das formas geométricas. Na literatura, caracteriza-se pela fragmentação da linguagem e geometrização das palavras, dispostas no papel de maneira aleatória a fim de conceber imagens. O Cubismo é divido em três fases:

Cubismo pré-analítico - ou Cubismo Cézanniano - uma espécie de "preparação" para o cubismo, onde as primeiras características surgem.

Cubismo analítico - que se caracterizava pela desestruturação da obra, pela decomposição de suas partes constitutivas;

Cubismo sintético - foi uma reação ao cubismo analítico, que tentava tornar as figuras novamente reconhecíveis, como colando pequenos pedaços de jornal e letras.

Dadaísmo: surgido em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), constitui um grito de revolta contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. Por isso, os dadaístas são contra as teorias e ordenações lógicas. Formado por um grupo de escritores, poetas e artistas plásticos, dois deles desertores do serviço militar alemão, liderados por Tristan Tzara, Hugo Ball e Hans Arp.

Expressionismo: tem como herança a arte do final do século 19 e valoriza aquilo que chama de expressão: a materialização criativa (na tela ou no papel) de imagens geradas no mundo interior do artista. Representantes: Ecce homo (1925), de Lovis Corinth; Tirol (1914), de Franz Marc, Staatsgalerie Moderner Kunst; "O ginete circense" (1913), de Ernst Ludwig Kirchner.

Surrealismo: como o Expressionismo, preocupa-se com a sondagem do mundo interior, a liberação do inconsciente e a valorização do sonho. Esse fascínio pelo que transcende a realidade aproxima os surrealistas das ideias do psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939). Representantes: Paul Éluard (1895-1952), Louis Aragon (1897-1982), Jacques Prévert (1900-1977) e Benjamin Péret (1899-1959,).