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    RESUMO

    Esta monografia trata do uso das mdias, televiso, vdeo e o computador, enquantomeios de comunicao formadores de opinio e/ou influenciadores dos comportamentos

    dos alunos, no ambiente escolar. Ressalta a importncia do uso de tais mdias nas prticas

    docentes, tendo em vista sua abrangncia, a riqueza de possibilidades educativas pela

    qual esto cercados e o fascnio que exercem sobre crianas e jovens. Apresenta tais

    ferramentas sob um olhar psicopedaggico, que supera as vises empobrecedoras e

    reducionistas desse tipo de mdias. relatada tambm uma metodologia de insero de

    tais ferramentas como facilitadoras da aprendizagem, a partir de uma viso

    psicopedagogica, descrevendo sucintamente e como aplicar em sala de aula, de modo a

    aproveitar a multiplicidade de facetas desses instrumentos proporcionando a

    aprendizagem e afloramento da criatividade e criticidade dos alunos

    Palavras chaves: Mdias; Aprendizagem significativa; Psicopedagogia.

    SUMRIO

    INTRODUO

    ..8

    1.REFLEXO CRTICA SOBRE A TV, O VDEO E O COMPUTADOR

    10

    2 APRESENTAO DAS MDIAS COMO INSTRUMENTOS DOCENTES FACILITADORES

    DA LEITURA ACIMA DAS VISES REDUCIONISTAS E EMPOBRECEDORAS DO SEU

    USO EM SALA DE AULA17

    3 ANALISAR, SOB O OLHAR DA PSICOPEDAGOGIA, COMO O USO DAS

    TECNOLOGIAS CONTRIBUEM NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DE

    LEITURA

    .24

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    4 PROPOSTA METODOLOGIA DE INSERO DA TV,DO VDEO E COMPUTADOR EM

    SALA DE AULA ,COMO FACILITADORAS DA LEITURA A PARTIR DA VISO

    PSICOPEDAGGICA

    .28

    CONCLUSO

    ..32

    REFERNCIAS

    ..3

    4

    O USO DAS TECNOLOGIAS, TV, VIDEO E COMPUTADORES COMO

    FACILITADORESDA APRENDIZAGEM DE LEITURA NA EDUCAO INFANTIL: Um

    olhar psicopedaggico.

    INTRODUO

    O presente estudo uma pesquisa exploratria de natureza qualitativa, sendocaracterizada segundo a natureza dos dados, como uma pesquisa bibliogrfica.

    O tema O uso das tecnologias, TV, vdeo e computadores como facilitadores da

    aprendizagem de leitura no segundo ciclo dos anos iniciais: Um olhar psicopedaggico foi

    escolhido porque muitos dos professores ainda enxergam os recursos miditicos de forma

    pessimista, mesquinha, visualizando-os at como inimigos e sem nenhuma metodologia

    propcia e eficaz que gere aprendizagem tornando-os temerosos, passivos para enfrentar o

    novo, no integrando as tecnologias ao seu cotidiano, no tendo clareza destas mudanas

    e destes novos espaos educacionais, quando deveriam ter por fim reconfigurar a sua

    prtica pedaggica respondendo s novas demandas da sala de aula.

    Num mundo em constantes mudanas, a evoluo dos recursos tecnolgicos e as

    conseqentes transformaes ocasionadas por eles na sociedade desatualizam as

    informaes diariamente, o que origina a necessidade de um aprendizado contnuo, um

    repensar o contexto educacional: a gesto como um todo, coordenadores, professores,

    pais de alunos, visto que as crianas de hoje esto imersas em uma nova cultura social

    que se d em rede.

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    A escolha do tema ocorreu em funo da necessidade que urge em uma re-avaliao da

    gesto escolar: coordenadores, professores, pais e alunos em rever a prtica pedaggica

    do professor vendo as TICs (Tecnologia da Informao e Comunicao) atravs de uma

    gesto crtica e criativa favorecendo assim, uma aprendizagem significativa.

    Nessa senda, a relevncia deste trabalho incide na necessidade de insero na prtica

    pedaggica das inmeras possibilidades de uso dos recursos miditicos e

    psicopedaggicos, tornando as aulas mais prazerosas e proporcionando significativa

    aprendizagem para o corpo discente do segundo ciclo do ensino fundamental,

    precipuamente em relao aprendizagem da leitura.

    Destarte, espera-se descobrir como tornar as mdias parceiras na sala de aula e criar

    estratgias para seu aproveitamento nos contedos escolares forma ldica e significativa

    simultaneamente eficiente.

    O presente estudo foi estruturado em quatro captulos, a saber:

    O primeiro captulo faz uma reflexo crtica sobre a TV, o Vdeo e o Computador e uma

    proposta para se fazer a leitura de imagens, uma vez que o mundo das crianas e

    adolescentes est impregnado de uma cultura imagtica.

    O segundo captulo apresenta as mdias como instrumentos docentes facilitadores da

    leitura acima das vises reducionistas e empobrecedoras do seu uso em sala de aula

    O terceiro captulo apresenta uma metodologia de insero da TV, do Vdeo e do

    Computador descrevendo sucintamente como aplicar na sala de aula de modo que venha

    a facilitar a aprendizagem.

    O quarto captulo faz uma reflexo sob o olhar da psicopedagogia com o uso das

    tecnologias buscando compreender como as crianas se apropriam, utilizam e aprendem

    com a TV, o Vdeo e o Computador no processo ensino-aprendizagem da leitura no

    segundo ciclo do ensino fundamental.

    Por fim, as consideraes finais retomam sinteticamente as principais idias apresentadas

    ao longo do trabalho.

    1. REFLEXO CRTICA SOBRE A TV, O VDEO E O COMPUTADOR

    Nos ltimos tempos uma gama enorme de estudiosos das mais diversas reas do

    conhecimento (educao, psicologia, filosofia, sociologia, psiquiatria) vm se dedicando a

    compreender as implicaes das mdias no processo educativo das crianas: como elas

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    exploram as tecnologias, como aprendem com elas, de que forma aprendem e que

    processos possibilitam essa aprendizagem atravs das tecnologias.

    Moran (1993) enfoca as tecnologias como mediao ao saber fazer pedaggico; Pereira

    (1997) mostra estratgias de como fazer leituras atravs de imagens, como tambmDuarte (2002) a qual enfatiza que um trabalho como TV, vdeo, cmeras, imagens em

    celulares desenvolve a competncia para ver; Napolitano (2003), em seus ltimos

    trabalhos apresenta a televiso e outras mdias como ferramentas eficientes para a

    aprendizagem.

    J Carvalho (1998) menciona que os produtos advindos do desenvolvimento tecnolgico

    se constituem em novos conceitos, indispensveis para uma nova forma de pensar,

    pesquisar e educar; Guareschi (2005) em seu trabalho Mdias, Educao e Sociedade

    apresenta as mdias de massa, em especial a televiso, como produtos ideolgicos e

    defende a ideia de que a escola precisa colocar essa pauta em discusso, possibilitando

    aos alunos uma leitura crtica do que veem em seus programas favoritos; Kellner (2001)

    enfoca os produtos miditicos e seus impactos na sociedade; e Veiga (1996) que em seu

    livro Didtica e Sociedade d nfase sobre a importncia da leitura de imagens.

    A TV, o Vdeo e o Computador so as tecnologias de maior uso cotidiano pelos alunos,

    inclusive os da educao infantil. Seja em casa, quando se trata da TV e do vdeo, seja na

    mo deles quando se trata do celular.

    A TV tem um papel preponderante e especial na ligao das pessoas com o mundo, com

    diferentes realidades, enfocando diversas faces: tristeza, alegria, informao, diversidade;

    as imagens so ldicas, dinmicas, impactam e at interagem com as crianas, jovens e

    adultos.

    Desse modo, se faz necessrio que o professor ensine ao seu aluno a importncia da

    leitura de imagens, pois, As crianas e os jovens leem o que pode visualizar, precisam ver

    para compreender. Toda sua fala mais sensorial visual do que racional e abstrata.Leem nas diversas telas que utilizam: da TV, do DVD, do celular, do computador, dos

    games (MORAN, 1993, p.40).

    A Leitura de imagens, assim como a leitura nos livros requer estratgias, uma vez que h

    gente que olha, mas no v. Lemos superficialmente, Passamos os olhos. No

    acrescentamos ao ato de ler algo mais de ns alm do gesto mecnico de decifrar os

    sinais (PEREIRA, 1997, p.4). O olhar capta a imagem, antes mesmo que a palavra seja

    pronunciada, pensada. As imagens atingem as crianas em seu ponto mais sensvel: os

    olhos. E, criana, exterioriza tudo que v ou sente.

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    O uso das tecnologias na educao infantil, por sua vez, nos leva a refletir sobre as novas

    formas de construo do conhecimento, desenvolvimento de atividades, mltiplas

    linguagens e processos de construo de identidades.

    Todas as crianas manifestam uma curiosidade prpria de quem est desvendando omundo. No se pode dizer que essa curiosidade seja natural, tampouco se pode afirmar

    que a criatividade seja um dom inato. A manuteno da curiosidade e desenvolvimento da

    criatividade so conseqncias de um ambiente mais interativo, problematizador,

    diversificado e aberto as exploraes infantis (SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAO

    SP, 2007 p.131).

    O uso do computador expressa-se em um contexto de contnua interao.

    Nesse sentido, o computador no apenas um instrumento que prolonga nossos poderes

    de comunicao ou de processar informaes: realiza operaes, e interpreta informaes

    de modo correspondente ao nosso. Com isso, possibilita uma qualidade de interao que

    tem valor de desenvolvimento. Trata-se de uma interao em que os elementos devem

    funcionar ao mesmo tempo, como todo e como parte, ou seja, devem atuar de forma

    interdependente.

    As idias construtivistas de Piaget, Vygotsky, dentre outros, acatam o conhecimento no

    transmissvel, mas edificado pela criana, de maneira nica.

    Cada criana re-constri o conhecimento do mundo fsico, espao-temporal e lgico-

    matemtico, iniciando a partir de suas experincias com objetivos no espao e no tempo.

    Nessa perspectiva, alm de um ambiente natural, imprescindvel a colaborao de outras

    pessoas, de uma cultura, de uma sociedade: pensar criar, planejar mentalmente

    articulando, imaginando mundo em processo de conhecimento.

    Na teoria construtivista, tanto para Vygotsky (1989) quanto para Piaget (1967), a

    aprendizagem conseqncia da relao sujeito/objeto, relao em que os dois termos

    no se opem,mas se solidarizam, formando um todo nico.

    A edificao do sujeito e do objeto como elementos indispensveis na formao do

    conhecimento necessitam da ao simultnea que os dois executam um sobre o outro. A

    origem de tudo isso no o sujeito, nem o objeto, bem como das propriedades inerentes

    ao prprio objeto.

    Para La Taille (1996) as principais teses da obra piagetiana so:

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    A inteligncia uma adaptao o beb, a criana e o adulto desenvolvem formas de agir e

    pensar de modo a dar dos desafios colocados pelo meio natural e social. Um sujeito de

    qualquer idade que perceba no conseguir um problema capaz de, por um processo de

    regulao, remanejar suas idias, criar outras, elaborar capaz, de modo a resolver seu

    conflito cognitivo.

    A inteligncia organizao em estruturas, por meio das quais o sujeito assimila o meio.

    Tal tese ope-se do empirismo, que conhece o conhecimento como cpia do real. Para

    Piaget, o ato de conhecer um ato de interpretao, uma assimilao do objeto (de

    conhecimento), a estruturas mentais do sujeito, a um sistema de significaes.

    As estruturas mentais no so pr-formadas, no sentido de programadas nos genes, vale

    dizer que o estruturalismo piagetiano histrico. Toda estrutura em gnese parte de uma

    estrutura para chegar noutra.

    As estruturas so, portanto, construdas pelo sujeito. Da decorre o interacionismo: por

    meio da interao com o meio que sujeito constri suas estruturas mentais e seu

    conhecimento, sendo ambos inseparveis. estruturando o universo que o sujeito se

    estrutura.

    O desenvolvimento da inteligncia tem base biolgica, no sentido de que a prpria

    estrutura fsica do crebro modifica-se em funo das experincias do sujeito em interao

    com o mundo.

    Sobre a relao do computador e a inteligncia, Macedo (1996) coloca trs observaes:

    O computador uma tecnologia continuamente aperfeioada, um sistema de regulaes,

    que implica equilibraes com ele pode-se escrever, fazer correes, colar ou copiar

    textos, etc. Alm disso, seu uso, pouco a pouco, coloca questes e tarefas que o programa

    atual no resolve e que, por isso, requer um aprofundamento ou ampliao de seu

    pacotede operaes.

    As crianas esto aprendendo mais e com maior rapidez e em que medida essas novas

    tecnologias influenciam os estgios de desenvolvimento da criana descritos por Piaget.

    Piaget defende que essa epistemologia deveria considerar sempre duas referencias: A do

    sujeito que aprende e a do objeto que conhecido. Para a primeira, propunha o mtodo

    psicogentico, e para a segunda, o mtodo histrico-crtico.

    Vygotsky (1988) manifesta sua posio materialista dialtica em por o fator scio-cultural

    como fator primordial ao desenvolvimento do pensamento, atravs da mediao dossignos e das ferramentas, em especial da linguagem. O momento mais importante no

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    desenvolvimento intelectual, que d origem s formas essencialmente humanas de

    inteligncia e abstrata, acontece quando a linguagem e a atividade prtica se interligam.

    necessrio refletir sobre as formas pelas quais, nessa relao com o outro, as

    experincias de aprendizagem criando o desenvolvimento, Vygotsky (1989), recorre aoconceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) que a distancia entre o nvel de

    desenvolvimento real, que se costuma determinar atravs da soluo de problemas sob a

    orientao de um adulto ou em colaborao com companheiros mais capazes.

    Dessa forma, a noo de aprendizagem piagetiana parte a princpio de que a criana

    aprende explorando, manipulando, manuseando e interagindo naturalmente domnios do

    conhecimento sem necessidade de ensino formal. E isso que acontece com uso das

    tecnologias.

    Na perspectiva de Piaget (1967) e de outros autores a aprendizagem sempre

    conseqncia da relao sujeito-objeto, relao essa em que os dois termos no se

    opem, mas se solidarizam, se completam, formando um todo.

    Desse modo, o modelo construtivista percebe o computador como ferramenta de

    aprendizagem, que para Piaget (1967apud,Valente, 1993, p. 33) significa que a criana

    constri a noo de certos conceitos porque ela interage com objetos do ambiente onde

    ela vive. Essa interao favorece o desenvolvimento de esquemas mentais e, dessa forma,

    o aprendizado.

    J as pesquisas mais recentes Moran (1994); Machado (1995); Moraes, (1996) enfatizam

    que o conhecimento acontece de forma interligada, entretanto com foco em caminhos

    diferentes para cada pessoa. Uns se apiam mais no visual, outros no sonoro, outros no

    sinestsico. Os meios de comunicao desenvolvem linguagem complementares,

    supostas, que atingem o individuo por todos os sentidos, principalmente com a emoo, e

    conseguem que cada um encontre a forma de compreenso para a qual est mais apto.

    Propem tambm uma lgica menos rgida, ldica, interativa, mais conectiva, dinmica,provisria, mais prxima sensibilidade das crianas de hoje, o que muitas vezes traz

    crticas para a viso de alguns educadores tradicionais, e menos flexvel.

    O conhecimento, na perspectiva dos pesquisadores mais avanados sobre a mente

    humana, no fragmentado, mas interdependente, interligado, intersensorial. O

    conhecimento sinrgico, do crebro integral, que expressa a unidade crebro-mente-

    corpo. Podemos observar diferenas de nfase, de caminhos para acesso ao

    conhecimento, de sua expresso, mas no esto isolados (MORAN 1994, p. 233).

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    O homem do fim do sculo 21, pela relao com os meios de comunicao muito

    sensvel s formas de comunicao que enfatizam os apelos emocionais e afetivos mais

    do que os racionais.

    De acordo com Moran (1994) a educao necessita incorporar mais as aulas participativascomo as de autoconhecimento trazer assuntos prximos vida dos alunos, atividades de

    cooperao trabalhos de grupo, de criao grupal e interacional e as de comunicao

    como o teatro e a produo de um vdeo, rdio teatro, dramatizaes.

    Para Moran, o racional e o visual so caminhos mais rpidos para o conhecimento e para

    a comunicao. Pela razo de que

    [...] organizamos, sistematizamos, hierarquizamos, priorizamos, relacionamos,

    sequencializamos, causalizamos os dados que nos chegam de forma catica, dispersa,ininteligvel. O racional explica, contextualiza, aprofunda as dimenses sensoriais e

    intuitivas. Mas, sem estas se torna reducionistas, simplificador, incompleto. O caminho

    para o conhecimento integral funciona melhor, se comear pela induo, pela experincia

    concreta, vivida sensorial e vai incorporando a intuio, o emocional e o racional (MORAN,

    1994, p. 237).

    Logo, as experincias, formas de conviver, brincadeiras das crianas, estruturam-se e

    desenvolvem-se de maneiras diferente do que em outras pocas, devido s distintas

    expresses das novas tecnologias e dos meios de comunicao, redimensionando a

    funo de seu universo imaginrio.

    Assim, segundo Vygotsky, (1973, p.3)

    O trao essencial da aprendizagem que engendra a rea de desenvolvimento potencial,

    ou seja, que faz nascer, estimula e ativa na criana um grupo de processos internos de

    desenvolvimento dentro do domnio das inter-relaes com os outros, que a seguir so

    absorvidos pelo curso interno do desenvolvimento se convertem em aquisies internas da

    criana (). O processo de aprendizagem uma fonte de desenvolvimento que ativa

    novos processos que no poderiam desenvolver-se por si mesmos sem a aprendizagem.

    A escola pode ser este espao de desenvolvimento da habilidade imaginativa por meio de

    experincias que estimulem a experimentao, a explorao, a crtica e a criao. Pois,

    conhecendo, explorando e criando que as crianas aprendem e se constituem enquanto

    sujeitos. E o interessante que as mdias do essa oportunidade de aprender a aprender.

    atravs desse olhar, que a Psicopedagogia, atuando como uma rea multidisciplinar,busca a compreenso do uso das tecnologias para ter maior entendimento sobre as

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    dificuldades de leitura apresentadas no cotidiano escolar e que possa intervir para garantir

    uma aprendizagem efetiva e significativa.

    Para Ripper, (1996, p.66-67)

    O computador ao mesmo tempo uma ferramenta e instrumento de mediao, pois

    permite ao usurio (aluno ou professor) construir objetos virtuais, modelar fenmenos em

    quase todos os campos do conhecimento. E possibilita o estabelecimento de novas

    relaes para a construo do conhecimento ao mediar o modo de representaes das

    coisas atravs do pensamento formal [e] elemento de mudana radical na atividade de

    soluo de problemas [....].

    a interao que abre caminho a uma imensido de possibilidades elaboradas por

    componentes textuais, imagticos, sonoros e animados, tudo isso manipulado atravs daTV, do Vdeo e do Computador, visto que a partir destes trs elementos o espectador

    controla e comanda todos os objetos por meio de sua solicitao. um universo de

    representaes que envolve os sentidos do ser humano. E uma prtica que as crianas

    aprendem rapidamente.

    A cultura imagtica, esta uma nova cultura que surgiu e est se desenvolvendo a cada

    dia. Esta Linguagem Interativa um novo mecanismo para distribuio de contedos

    informacionais. O trabalho de quem elabora estes novos softwares complicado, tendo

    em vista que envolve vrios elementos (imagem, som, dinamismo, vdeo) a serem unidos

    por elos interativos e interpretativos.

    Os outros meios que a mdia utiliza para atingir o leitor, chamam ateno, mas quando

    este se depara com um trabalho multimdia suas expectativas aumentam, ou seja, existe o

    desejo da supresso do design e todo o contedo da histria ou das informaes que

    sero transmitidas. O que a televiso, a revista, o jornal etc., no permitem ao leitor a

    liberdade de ao, a liberdade de escolha daquilo que se quer ver acontecer e, alm disso,

    quem interage com a mquina recebe respostas instantneas por comandos prprios.

    Sobre a importncia de o professor enquanto mediador da aprendizagem promover essa

    interao ALMEIDA (2007, p.165) enfatiza:

    () a integrao de tecnologias na educao permite romper com as paredes da sala de

    aula e da escola, integrando-se comunidade que a cerca, sociedade da informao e a

    outros espaos produtores de conhecimento. Ao usar as TICs para aproximar o objeto de

    estudo da vida cotidiana, gradativamente se desperta no aprendiz o prazer pala leitura e

    escrita como representao do pensamento, viabilizando a constituio de uma sociedadede escritores aprendentes.

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    Nesses termos, percebe-se a essencialidade da atuao docente nesse processo de

    aprendizado atravs do uso das mdias.

    2 APRESENTAO DAS MDIAS COMO INSTRUMENTOS DOCENTES

    FACILITADORES DA LEITURA ACIMA DAS VISES REDUCIONISTAS EEMPOBRECEDORAS DO SEU USO EM SALA DE AULA

    Em pleno sculo XXI ainda encontramos muitos professores que possuem uma viso

    contrria ao uso das tecnologias na sala de aula e tentam justificar o no uso, afinal em

    toda sua vida profissional nunca houve quem os preparasse.

    Tal tentativa reflexo da profunda crise porque passa o ensino tradicional, exigindo dos

    docentes a reformulao de suas prticas, incluindo a redefinio de estratgias e

    ferramentas de ensino. Por isso, as novas tecnologias tornam-se importantes armas nesteprocesso.

    A dimenso deste necessrio enfrentamento no percebida com a devida conscincia

    por gestores, coordenadores e professores.

    A postura que se exige destes de reflexo acerca, principalmente, dos seguintes

    questionamentos: Os professores esto preparados para usar as novas tecnologias em

    suas prticas docentes?, Como a qualificao dos professores (formao continuada e

    apoio pedaggico) ocorre nos municpios, no sentido de prepar-los para o uso das

    tecnologias no processo de ensino/aprendizagem?, Quais as compreenses dos

    professores sobre os usos das tecnologias em sala de aula?

    As respostas aos questionamentos supra juntamente com um compromisso com os

    agentes envolvidos nesta transio so imprescindveis para a realizao de intervenes

    qualificadas de efeitos permanentes na seara das tecnologias aliadas aos processos de

    ensino/aprendizagem.

    De outro modo, os professores se sentem inteis, evitam o confronto, evitam assumir

    novas posturas frente s novas demandas que surgem. So professores que no querem

    se render ao novo, s novas prticas, preferem permanecer com uma postura tradicional,

    radical na sala de aula. Muitos at exibem a TV e o vdeo, embora no achem importante

    para sua prtica de ensino, e at mesmo quando os utilizam no possuem um

    planejamento sobre o que vo trabalhar.

    Porm, numa sociedade tecnolgica e capitalista o professor no pode estar excludo das

    condies divergentes em que se encontram os alunos, mergulhados no mundo deimagens que os circundam por todos os lados.

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    Em meio a tudo isso, o papel do professor, enquanto mediador de aprendizagem tornar

    as mdias parceiras, descobrindo como utiliz-las pedagogicamente e os efeitos que

    podem trazer para a melhoria de sua ao pedaggica, ao invs de s colocar mal gosto,

    ideias pessimistas, insatisfaes, sem entender e/ou querer entender as mudanas que

    esto a olhos vistos.

    Para Guareschi (2005, p.33) Se a sociedade est mudando de forma to rpida a escola

    no pode esperar, precisa se destacar, conhecer e explorar as preferncias e interesses de

    sua clientela. Incluir a mdia televiso em seu espao acadmico uma forma de fazer o

    diferencial.

    Mas no se trata s de saber o que se passa (na televiso), ou seja, a informao, as

    coisas positivas ou negativas, mas de pensar, entender, saber analisar aquilo que lhe

    repassado, como defende tambm Crtes (2009, p. 18) nos termos abaixo expostos:

    Atualmente, no podemos mais adiar o encontro com as tecnologias; passveis de

    aproveitamento didtico, uma vez que os alunos voluntrios e entusiasticamente imersos

    nestes recursos j falam outra lngua, pois desenvolveram competncias explicitadas

    para conviver com elas.

    Nesse sentido percebemos que a utilizao das tecnologias na educao no mais uma

    opo, mas uma exigncia desta sociedade. imprescindvel que o professor vena

    resistncias, pois um desafio, e v em busca do conhecimento para que possa estar

    competente e atuar afinado com as tecnologias. Afinal, A televiso e ser aquilo que

    ns fizermos dela [...] aqui abrange todos os envolvidos nos processos: produtores,

    consumidores, crticos, formadores, etc. (MACHADO, 2001, p.15 -16).

    Atualmente o professor precisa estar aberto para aprender, reaprender e permanecer

    sempre em estado de aprendizagem a fim de integrar os contedos das mdias existentes

    na escola, uma vez que, quanto mais o professor estiver em contato com as mdias que os

    alunos utilizam diariamente, mais perto estar de seu aluno, pois ambos estaro falandouma mesma linguagem. Mas, o medo do novo, a falta de prtica em manusear os

    equipamentos, a falta de coragem de querer enfrentar desafios e tambm a falta de

    compromisso de alguns, leva a essa inrcia que tanto distancia o aluno do professor.

    Diante disso, o professor tem necessidade de querer, de motivar-se, enfrentar desafios

    impostos muitas vezes pelo comodismo. E Moran (2000, p. 24) afirma que aprendemos

    pela credibilidade que algum nos merece. Um professor que transmite credibilidade

    facilita a comunicao com os alunos e a disposio para aprender.

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    Tambm Freire (1980, p. 28) faz um alerta mostrando que o professor deve ser uma

    pessoa bastante crtica, dessa forma

    Eu no posso denunciar a estrutura desumanizante se no a penetro para conhec-la. No

    posso denunciar se no conheo. [...] Quanto mais conscientizados nos tornamos, maiscapacitados estamos para ser anunciadores e denunciadores, graas ao compromisso de

    transformao que assumimos. Eis a a grande responsabilidade do professor perante a

    imensa demanda de produtos tecnolgicos em questo.

    Sobre o trabalho na escola com os meios de comunicao de massa como o rdio, a

    televiso, o vdeo.

    Nesse sentido, Napolitano (2003, p. 7-15) sugere o seguinte: um dos primeiros cuidados

    que o professor deve tomar no reproduzir preconceitos e crticas ligeiras sobre a mdiatelevisual. Pensar o fenmeno social da TV pensar as diversas facetas desse fenmeno.

    O mais comum, na relao entre TV e escola tem sido partir do pressuposto de que a TV

    manipuladora de conscincia e veiculadora de um contedo de baixo nvel cultural,

    informativo e esttico. partindo desse pressuposto, diga-se no completamente errado,

    que muitos professores comeam seu trabalho.

    Portanto, diante de tantos argumentos com relao ao uso das TICs da sala de aula, se

    no interagirmos o ensino com as tecnologias que fazem parte do dia a dia dos alunos

    estaremos ns professores incorrendo no risco de ficarmos falando sozinhos na sala

    de aula, como muitos de ns j estamos.

    No contexto atual, das novas tecnologias, nunca o professor teve tanto o papel de

    mediador, de facilitador da aprendizagem como atualmente. Urge que isso acontea.

    Porm no se explica o que isso numa relao pedaggica, transformando o papel do

    educador em algo vazio, uma vez que a nova pedagogia confirma que as crianas so

    geniais e se encarregam de criar, de construir conhecimentos e situaes de

    aprendizagem. Visivelmente, o professor abdica de sua prtica e sem dominar as

    metodologias para um ensino com a integrao das mdias: sem saber como fazer,

    proceder, acaba por possuir uma viso empobrecedora, pessimista, substituindo um dado

    fazer por um nada fazer

    O desafio est em ensin-los a utilizar pedagogicamente bem as tecnologias, apontar

    direes de uso das TIC s que favoream a construo do conhecimento significativo.

    Urge a necessidade da insero e a integrao das mdias ao currculo no ambienteescolar. Desta forma, imprescindvel destacarmos a formao de novos espaos de

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    interao e as novas formas para um ensino e uma aprendizagem significativo associados

    as diversas possibilidades de utilizarmos as mdias na sala de aula, visto que oportunizam

    metodologias e estratgias variadas para a incorporao a prtica pedaggica.

    [...] o domnio instrumental de uma tecnologia, seja ela qual for, insuficiente para que oprofessor possa compreender seus modos de produo de forma a incorpor-la prtica.

    preciso criar situaes de formao contextualizada, nas quais os educadores possam

    utilizar a tecnologia em atividades que lhes permitam interagir para resolver problemas

    significativos para sua vida e trabalho, representar pensamentos e sentimentos,

    reinterpretar representaes e reconstru-las para poder recontextualizar as situaes em

    prticas pedaggicas com os alunos (ALMEIDA, 2007, p. 160).

    Mas, para que estas oportunidades aconteam se faz necessrio que gestores,

    coordenadores e professores estejam preparados para as mudanas, a fim de que venam

    as resistncias advindas de uma cultura tradicionalista, que no raras vezes marcada

    pelo despreparo dos Gestores.

    Atravsdo livro didtico impresso, a Televiso, o Vdeo as diversas formas de mdias

    e tecnologias possam realmente ser incorporadas no trabalho pedaggico de todos

    os professores nas diversas disciplinas do currculo, em todos os nveis da

    educao, tendo em vista a necessidade de alinhar a prtica escolar com os ideais

    contemporneos de desenvolvimento humano.

    A construo desses espaos pedaggicos devem favorecer a emergncia de

    alternativas metodolgicas que se oponham ao mtodo tradicional expositivo; deve

    favorecer o dilogo mais intenso entre alunos-professor e entre aluno-aluno; deve

    favorecer ainda s relaes entre estes atores no sentido de construir conhecimento

    e no apenas transmitir informaes, isto : Aprender a aprender.

    Portanto, para que estes espaos possam realmente se constituir enquanto terrenos

    frteis emergncia de novas metodologias de ensino e de construo do

    conhecimento, se faz necessrio que o professor exera as seguintes funes:

    Domnio das tecnologias; Professor multicompetente e o aluno autnomo;

    estimulao da aprendizagem do aluno; Preparao para o futuro; Adaptao as

    novas tecnologias; Estimulao do senso crtico e criativo do aluno para a pesquisa

    e reflexo; Formao para uma nova cultura de aprendizagem; Preparao para se

    tornarem cidados com conscincia global; Mediao em novos contextos de

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    cultura e aprendizagem, como: a colaborao, a investigao, a inovao, a

    criticidade, a criatividade, o dinamismo e a rapidez das informaes.

    Alm, disso, conforme Lve (2000, p.158):

    O saber-fluxo, o trabalho-transao de conhecimento, as novas tecnologias da inteligncia

    individual e coletiva mudam profundamente os dados do problema da educao e da

    formao. O que preciso aprender no pode mais ser planejado nem precisamente

    definido com antecedncia. Os percursos e perfis de competncias so todos singulares e

    podem cada vez menos ser canalizados em programas ou cursos vlidos para todos.

    Devemos construir novos modelos do espao de conhecimentos. No lugar de uma

    representao em escalas lineares e paralelas, em pirmides estruturadas em nveis,organizadas pela noo de pr-requisitos e convergindo para saberes superiores a partir

    de agora devemos preferir a imagem dos espaos de conhecimentos emergentes, abertos,

    contnuos, em fluxos, no lineares, se reorganizando de acordo com os objetivos ou os

    contextos, nos quais cada um ocupa uma posio singular e evolutiva.

    Nesse sentido, preciso despertar o prazer dos alunos em reconhecer a produo de sua

    autoria. Libert-lo desse reconhecimento s atravs do olhar do outro. Valorizar o que eles

    tm de original libertar da repetio, estereotipia. Valorizar principalmente o prazer que se

    pode obter na autoria, na realizao do desejo prprio, por mais que ns professores,

    queiramos que as coisas saiam perfeitas.

    Grinspun (1999, p.65) afirma que

    A fundamentao bsica da educao tecnolgica resume-se no saber-fazer, saber-pensar

    e criar, que no se esgota na transmisso de conhecimentos, mas inicia-se na busca da

    construo de conhecimentos que possibilite transformar e superar o conhecido e o

    ensinado.

    O interesse desses estudiosos justificado pela ao cada vez determinante das mdias

    no cotidiano infantil influenciado-as em diversos aspectos, inclusive em sua aprendizagem.

    Diante disso, a escola no pode ser indiferente, e os professores acharem que nada est

    acontecendo e continuar ministrando uma aula tradicional, apenas quadro e giz, enquanto

    a maioria de seus alunos so verdadeiros nativos digitais. Tal prtica diverge de uma

    educao com/para as mdias na escola.

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    O que chama a ateno nessas pesquisas que se de um lado alertam para a

    necessidade dos alunos dos ensinos fundamental e mdio serem leitores crticos da mdia,

    em especial a televisiva; por outro lado, poucos so os que dedicam suas pesquisas a

    pensar essa educao j na educao infantil. Alm disso, os processos de formao para

    essa ao, educao com/para mdias, comumente ocorrem sem levar em conta oimaginrio dos professores em relao s implicaes da TV na educao das crianas, o

    que acaba sendo um grande equivoco, pois aps as formaes no sentido de uma

    educao com/para mdias, poucas transformaes ocorrem na fazer pedaggico.

    Para Kleiman e Moraes (2003, p.127)

    A principal tarefa da escola ajudar o aluno a desenvolver a capacidade de construir

    relaes e conexes entre os vrios ns da imensa rede de conhecimento que nos enreda

    a todos. Somente quando elaboramos relaes significativas entre objetos, fatos e

    conceitos podemos dizer que aprendemos.

    Faz-se necessrio que o professor modifique a maneira de ensinar e de aprende. Que sua

    prtica de ensinar seja mais interativo, mais compartilhado, mais dinmico. Com uma

    orientao coordenada pelo professor, enquanto mediador, sobretudo com profunda

    participao dos alunos, individual e grupalmente, onde as tecnologias atravs de suas

    interfaces nos auxiliaro muito, tornando as aulas mais prazerosas e interessantes.

    Atualmente ensinar e aprender exige hoje muito mais flexibilidade espao-temporal,

    pessoal e de grupo, menos contedos fixos e fragmentados nos processos mais abertos

    de pesquisa e de comunicao. Uma das dificuldades atuais conciliar a extenso da

    informao, a variedade das fontes de acesso, com o aprofundamento da sua

    compreenso, em espaos menos rgidos, menos engessados. Temos informaes

    demais e dificuldade em escolher quais so significativas para ns e conseguir integr-las

    dentro da nossa mente e da nossa vida. O papel principal do professor ajudar o aluno a

    interpretar esses dados, a relacion-los, a contextualiz-los, a produzir, a criar. A

    transform-los em protagonista desta ao.

    As tecnologias podem trazer vrias contribuies ao professor. Tambm podem ajudar a

    desenvolver habilidades, espaos-temporais, sinestsicas, criadoras. Mas o professor

    fundamental para adequar cada habilidade a um determinado momento histrico e a cada

    situao de aprendizagem.

    Elas so pontes que abrem a sala de aula para o mundo, que representam, medeiam o

    nosso conhecimento do mundo. So diferentes formas de representao da realidade, de

    forma mais abstrata ou concreta, mais esttica ou ldica, mais linear ou paralela,entretanto, todas elas, combinadas, integradas, possibilitam uma melhor apreenso da

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    realidade e o desenvolvimento de todas as potencialidades do educando, dos diferentes

    tipos de inteligncia, habilidades e atitudes, favorecendo assim, uma aprendizagem

    significativa.

    Nesta perspectiva, Almeida (2007, p.162):

    Para que o professor possa expandir o olhar para outros horizontes que lhe permitam

    vislumbrar novas praticas pedaggicas com a incorporao de distintas mdias,

    importante que ele esteja engajado em programas de formao continuada, cujo grupo em

    formao possa analisar em grupo as praticas em realizao e encontrar diferentes

    alternativas para avanar no trabalho de integrao entre linguagens e tecnologias

    disponveis, a partir da identificao das caractersticas de cada tecnologia.

    As tecnologias permitem mostrar vrias formas de captar e mostrar o mesmo objeto,representando-o sob ngulos e meios diferentes: pelos movimentos, cenrios, sons,

    integrando o racional e o afetivo, o dedutivo e o indutivo, o espao e o tempo, o concreto e

    o abstrato.

    3 ANALISAR, SOB O OLHAR DA PSICOPEDAGOGIA, COMO O USO DAS

    TECNOLOGIAS CONTRIBUEM NO PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM DE

    LEITURA

    Nas teorias construtivistas leva-se em conta que o conhecimento no pode ser transmitido,

    decorado, entretanto, construdo pelo individuo de forma nica a partir de suas

    experincias, observao e explorao.

    Dessa forma, quando a aprendizagem acontece por meio da ao, explorao, torna-se

    uma busca, uma conquista, conhecimento adquirido. A construo se torna mais

    significativa, visto que houve o desafio, a modificao de situaes, reestruturao de

    esquemas e pensamentos, interpretao e busca de solues para fatos novos.

    Para Ausubel (1978, p.159) O aprendizado significativo acontece quando uma informao

    nova adquirida mediante um esforo deliberado por parte do aprendiz em ligar a

    informao nova com conceitos ou proposies relevantes preexistentes em sua estrutura

    cognitiva.

    comum a cada dia as crianas virem para a escola com um mnimo de coordenao

    motora e alfabetizadas pelas imagens das mdias. Elas sabem manusear e compreender

    os programas e aplicativos usados nos computadores, televises e vdeos sem precisar de

    manuais que as conduzam; absorvem rapidamente, desafiam sem medos e preconceitosas novas tcnicas e informaes. Interessam-se pelas novas tecnologias e aprendem com

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    elas no momento em que lhes possibilitado o acesso a estas ferramentas. Em especial,

    o uso das tecnologias, o uso da leitura de imagens estimulam o interesse das crianas por

    serem dinmicas, ldicas e atrativas; e as letras e os cones representarem signos que

    elas precisam para descobrir, desafiar e se apropriar para melhor utilizar as referidas

    mdias.

    Dessa forma, imprescindvel propiciar a criana oportunidades de sempre estar em

    contato com as novas tecnologias: jogos como os de memria; quebra-cabea, de encaixe,

    filmes educativos ou mesmo pinturas, j que atraem rapidamente a ateno das crianas

    pequenas devido facilidade de manusear e operar.

    Entretanto, no momento em que se trata de jogos mais complexos ou atividades

    intelectuais de reflexo e crtica como o uso de CDs educativos, edio de textos, uma

    pesquisa mais avanada na Internet preciso que as crianas possuam conhecimentos

    mais profundos para compreender os processos que envolvem essas atividades.

    Usualmente, as instrues de operao e manuseio esto escritas, supondo que todas as

    crianas no segundo ciclo do ensino fundamental dominem o cdigo escrito. Sendo assim

    pode originar um interesse maior da leitura como forma de sanar essa problemtica.

    Nessa perspectiva, o computador pode ser utilizado como uma ferramenta estimuladora na

    busca da apreenso e construo do conhecimento. Sobre o conhecimento como uma

    construo do aprendizado, Ferreiro (2002) define o conhecimento como algo a ser

    produzido, construdo pelo aprendiz enquanto sujeito e no objeto do processo de

    aprendizagem.

    Existem muitos softwares dedicados a rea de educao no mercado, podem ser

    utilizados para ajudar no processo de educao, no entanto, seu uso somente, no

    garante um trabalho eficiente. Tambm se faz necessrio, verificar qual a concepo de

    alfabetizao prxima ao software. Logo, se faz necessrio refletir sua concepo de

    educao ou alfabetizao para qualificar sua validade com o propsito de utiliz-lo nosanos em destaque, j que h uma enorme quantidade de softwares no mercado e so

    bastantes variados.

    Vygotsky (1989) enfoca o ambiente social o qual a criana est inserida, reconhece que

    em se modificando esse ambiente o desenvolvimento tambm variar. Dessa forma, o

    professor ter de perceber o ambiente-cultura que a criana, o aluno est inserido.

    Neste sentido, para esse terico no se pode aceitar uma viso nica da aprendizagem da

    criana. Para Vigotsky (1989) a construo do conhecimento origina-se do social para oindividual: interao com os adultos, com as crianas mais experientes, com as imagens,

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    dentre outros. Enfatiza que o desenvolvimento e aprendizagem so processos que se

    influenciam mutuamente, de forma que, quanto mais aprendizagem, mais

    desenvolvimento.

    O autor percebe o homem como sujeito social que recebe suas caractersticas atravs damediao com o mundo, atravs de instrumentos, signos e imagens. Nesse sentido, a

    linguagem adquire valor especial.

    Quanto mais diversificado de informao o meio, mais vasto ser a aprendizagem. No

    desenvolvimento intelectual da criana h uma interao permanente e inconstante entre

    os processos internos e as influencias do mundo social. Mediante todas essas

    consideraes percebe-se que o mais importante do que saber como se deve ensinar,

    saber como a criana aprende. Esta teoria assimilada a partir de consideraes

    realizadas pela teoria psicolgica gentica piagetiana, provando que o determinante na

    aprendizagem da criana sua prpria atividade, ou seja, da interao do sujeito com o

    objeto de conhecimento. E exatamente isso que as crianas fazem atravs do manuseio

    com as mdias.

    Assim, com a colaborao, participao e interao a aprendizagem passa a ter um

    significado maior, visto que o aluno exercita a persistncia, a autonomia, a capacidade de

    trabalhar com o outro, a ajuda mtua, aprendem brincando e se divertindo, explorando

    comandos e funes, transformando-se no sujeito desse processo.

    Esta teoria completa as idias de Paim (1989, p 68) a aprendizagem humana acontece

    em quatro dimenses do aprender: biolgica, cognitiva, social e a funo do Eu.

    Na dimenso biolgica-estruturas operatrias que permitem a aprendizagem e a

    organizao dos conceitos concretos e abstratos em consonncia ao seu est estgio de

    desenvolvimento fisiolgico neuronal.

    Na dimenso Cognitiva-quando a criana se depara com uma situao nova ela adapta-se

    depois da experincia do ensaio-erro; relacionando os elementos do ambiente

    aprendizagens anteriores, atravs de estmulos do dia a dia reorganiza um novo

    aprendizado e suas estruturas do pensamento. o que acontece quando as crianas se

    deparam com as mdias, do curso das descobertas, o errar sem medo, o tentar acertar, as

    trocas, interaes e formas de comunicao; a leitura por meio de imagens, cones, textos,

    hipertextos, vdeos, animaes, possibilitando as crianas condies cada vez mais

    inovadoras e atuais de aprendizagens.

    Na dimenso Social, o indivduo aprende as formas de ao que o levam a tornar-seintegrante de uma cultura. Inclui interao e socializao com as crianas de sua faixa

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    etria e tambm adultos que possibilitam a mediao e a troca de experincia. Sendo

    assim, o ato de aprender nunca individual, visto que a partir da ao do individuo sobre

    o objeto de seu conhecimento que se d o crescimento cognitivo e so as interaes

    sociais atravs da mediao com as mdias como objeto de aprendizagem que

    desencadeada a aprendizagem.

    Na dimenso funo de EU, Atravs das mdias existe a possibilidade de que a criana

    possa ver-se e reconhecer-se no desenvolvimento de atividades dirias, o que contribui na

    busca de significados. Nas imagens, cones, ilustraes apresentadas; por meio do

    manuseio e explorao de sistemas. Tais procedimentos permitem que se tornem autores,

    colaboradores e se defrontem com suas propostas por meio de desafios.

    Confirma Moran (2003, p. 19):

    A construo do conhecimento, a partir do processamento multimdico, mais livre,

    menos rgida, com conexes mais abertas, que passam pelo sensorial, pelo emocional e

    pela organizao do racional, uma organizao provisria, que se modifica com Facilidade,

    que cria convergncias e divergncias instantneas, que precisa de processamento

    mltiplo instantneo e de resposta imediata.

    Evidencia-se algumas questes para reflexo sobre a constituio do Eu, atravs da

    relao com o outro, nas relaes pedaggicas humanizadoras e afetivas.

    A constituio do Eu, atravs da relao com o outro, um tema trabalhado com nfase na

    teoria do desenvolvimento de Henri Wallon. a relao com o meio humano que nos torna

    humanos, constituindo pessoa com uma identidade nica e prpria. O que nos liga ao

    outro a emoo. O amor a emoo do reconhecimento da essncia que une seres

    humanos. Nos humanos somos todos diferentes, mas da mesma essncia, essas

    diferenas no podem confundir-se com desigualdade. E a integrao com as mdias d

    essa oportunidade de interao nos novos espaos educativos. As crianas desenvolvem

    atitudes negociadoras com a TV, com os cdigos, com os jogos no computador, comformas e contedos pelos quais extraem informao de um programa. Estabelece-se a

    cumplicidade, visto que o ato de assistir TV, Vdeo, dentre outros, demandam atividades

    perceptivas e cognitivas e de entendimento da linguagem imagtica.

    4 PROPOSTA DE METODOLOGIA DE INSERO DA TV, DO VDEO E COMPUTADOR

    EM SALA DE AULA, COMO FACILITADORAS DA LEITURA A PARTIR DA VISO

    PSICOPEDAGGICA

    A leitura de imagens, assim como a leitura nos livros requer estratgias, uma vez que hgente que olha, mas no v. Lemos superficialmente, Passamos os olhos. No

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    acrescentamos ao ato de ler algo mais de ns alm do gesto mecnico de decifrar os

    sinais (PEREIRA, 1997, p. 4).

    Mas o que olhar e no ver? ler superficialmente as mensagens, no fazer a

    interlocuo imagem-receptor instigando as inferncias possveis e no nicas eexclusivas. no fazer uma devida extrapolao crtica que seria uma recriao da

    imagem com outros propsitos, possvel leitura do mundo, posicionamento do sujeito

    receptor perante a imagem, com base nas interpretaes realizadas; no apreciao crtica

    da imagem e dos propsitos que presidiram sua concepo. no fazer uma leitura de

    imagem nas entrelinhas.

    O professor j no pode negar a ao das mdias no cotidiano das crianas, pois, hoje

    cada vez mais comum as crianas j virem para a escola alfabetizadas pelas imagens das

    mdias: Televiso, Vdeo, Computadores (Bucci, 2002). Isso ocorre por conta da TV atingir

    as crianas em seu ponto mais sensvel: o olhar. Para Kehl (1991, p. 48): o olhar capta a

    imagem, antes mesmo que a palavra a nomeie.

    Assim sendo, um trabalho com imagens: em vdeo, TV, cmeras, imagens em celulares e

    cinema contribui para desenvolver o que se pode chamar de competncia para ver

    (Duarte, 2002, p. 36) analisar, compreender, inferir e apreciar qualquer histria contada em

    linguagem flmica e/ou cinematogrfica. Nas palavras de (Richter, 2000, p. 32) perceber

    um objeto criar, na mente, algo relacionado e causado por alguma coisa exterior,

    material.

    Sendo assim, a relao de interao que se faz entre o externo (objeto, linguagem

    imagtica que observamos) e o interno (definio, inferncia) d-se atravs do sentido da

    viso sem, necessariamente usarmos palavras e/ou textos. No se trata de encontrar o

    seu sentido aparente, mas em compreender o significado num contexto social e no

    contexto do interpretante (observador/receptor).

    Desta forma, a interpretao da imagem a recriao da mesma por ns e em ns. Oscanais entre a imagem e o espectador devem estar receptivos. Alm disso, deve existir

    uma provocao do olhar cognitivo e tambm a conscientizao dos elementos presentes

    na imagem.

    Exercitando o olhar e o pensar imaginativo da criana, o professor pode encontrar

    solues inovadoras, criativas, dinmicas e ousadas nos produtos de anlise de

    observao de uma imagem, seja ela na TV, Vdeo ou no Computador. Cabe-lhe ainda

    valorizar o repertrio de cada criana, assim como considerar os gestos, os sons, os

    personagens e outras coisas que o espectador infantil traz consigo. A criana despertasuas imagens internas, abrindo espao para o imaginrio e a criatividade.

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    A sensibilidade atingida, a partir da curiosidade e do momento em que o espectador

    desenvolve sua percepo esttica e coloca em prtica sua imaginao criadora,

    penetrando no mundo das imagens criando novos signos e novas imagens para o real.

    A criana tem a capacidade de sentir, reconhecer e repetir os smbolos que esto a suavolta, mesmo sem inteno, ao faz-lo como se sentisse o mundo que a rodeia e seus

    significados. a experimentao fazendo parte do aprendizado infantil.

    Com base na proposta de Pereira (1997, p.4), propomos um planejamento que surge efeito

    na efetivao de um trabalho com imagens, que se trata da metodologia dos trs olhares,

    visto que a mesma exercita os trs momentos do pensar: a apreenso, a compreenso e a

    conceituao/sntese, dando o poder de criticidade e argumentao ao aluno, a saber:

    - 1 OLHAR: o ENCONTRO com a imagem. olhar a imagem e fazer a COLHEITA de:sinais significativos, sons, sugestes, coisas diferentes, suspeitas.

    TCNICA: o que a imagem mostra? O autor se refere a qu? A imagem trabalha sobre o

    qu? Que suspeitas ela abre? O que ?

    - 2 OLHAR: o olhar da DEVASSA. o ACOLHIMENTO do que se viu na imagem.

    aceitar e reconhecer sentido entre a vida vivida e a representada. um JULGAR um olhar

    analtico.

    TCNICA: H uma sequncia lgica? De que forma se criam as imagens e que

    significados elas tm?

    - 3 OLHAR: o olhar do MERGULHO na imagem. hora do RECOLHIMENTO. A

    INTERAO e o AGIR. Da intimidade com a imagem.

    TCNICA: Como o observador/receptor interpreta o que foi mostrado? Que leitura ele pode

    fazer? O que isso tem a ver com a sua realidade?

    Essa metodologia uma oportunidade de fazer a interpretao da imagem, uma vez que

    aos nossos olhos elas (as imagens) provocam sensaes visuais, sensitivas e emocionais,

    pois pelo vdeo sentimos experienciamos sensorialmente o outro, o mundo, ns mesmos.

    Assim, se faz necessrio que o professor seja conhecedor de metodologias que venham a

    auxiliar a sua prtica pedaggica e traga o aluno para mais perto de si. Pois h muitos

    professores distantes do aluno no sentido da apropriao das tecnologias.

    Entretanto, para que haja uma prtica perfeita que suscite aprendizagem necessrio que

    o aluno saiba interpretar as imagens que circulam a todo o momento.

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    Nesse contexto, para Napolitano (2003, p. 7-15)

    O professor que, passando ao largo da complexidade do fenmeno e dos cdigos

    operacionalizados pelo veiculo, a escola pouco contribui para tornar sua clientela mais

    crtica, alm de perder a chance de incorporar o material televisual como fonte deconhecimento. preciso analisar a TV levando em conta toda a sua complexidade, no

    apenas seus diversos nveis [produo, circulao e recepo], mas nos diversos usos

    possveis do contedo por ela veiculado. Inicialmente, selecionamos quatro categorias

    envolvidas na realizao social da TV, que podem servir para pensar a relao entre TV e

    escola. 1 O contedo da TV uma forma de mercadoria, comprada por

    telespectadores-consumidores; 2- O contedo da TV uma forma de sociabilidade,

    partilhada por telespectadores-cidados; 3 O contedo da TV uma forma de

    comunicao, recebida por telespectadores-decodificadores; 4- A TV uma forma de

    cultura, desfrutada por telespectadores-fruidores.

    Destarte, percebe-se o papel mediador do professor na relao TV INDIVDUOS: em

    que pese o uso indiscriminado dessa tecnologia como mecanismo para aplacar a solido,

    o estresse e o distanciamento das pessoas no dia a dia, por seu forte papel formador de

    opinio e pelo fato de que os alunos ainda esto na fase de formao de sua

    personalidade, cheios de informaes, dvidas e fragilidades, a escola tem o papel de

    fazer a ligao entre o indivduo e o meio tecnolgico de forma saudvel. Isto para que os

    alunos tenham conscincia crtica e capacidade de debater sobre os materiais a que temacesso cotidianamente atravs da TV.

    Nesse sentido, Barbero (2000, p.55) indica que Os meios de comunicao

    proporcionaram sociedade outros canais pelos quais circulam uma multiplicidade de

    sabres, conseqentemente a escola deixou de ser o nico espao de acesso e legitimao

    do saber.

    Segundo esse autor, a que reside o grande desafio da escola na contemporaneidade,

    manter-se atrativa e necessria aos educandos.

    So vrias as possibilidades de aproveitamento das referidas Mdias para as crianas, a

    saber: Maior integrao entre alunos e professores, pelo incremento aos elementos scio-

    afetivos, e desenvolvimento de muita interao positiva com a escola e com a

    aprendizagem; Aplicao do conceito de materiais curriculares, associando os diversos

    elementos: livros didticos, livros de histria, jornais, revistas e embalagens aos programas

    de vdeo; Redimensionamento do conceito de contedos escolares para alm do que

    tradicionalmente considerado e incluso do desenvolvimento de habilidades, atitudes e a

    incorporao de valores; Interao ativa das crianas com as atividades, estimulando ahabilidade de formar e emitir opinies; Aperfeioamento de um nvel de crtica que embora

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    em alguns casos no for propcio, o nvel possvel para crianas daquela idade;

    Preparao dos alunos ao uso inteligente desses recursos, destacando a importncia de

    trabalhar a relao escola/criana/TV/Vdeo/Computador numa perspectiva crtica,

    reflexiva, ldica e harmonizadora, desde que se considerem concepes emancipatrias

    de educao e estratgias metodolgicas coerentes com os objetivos de aprendizagensdirecionados ao desenvolvimento da cidadania conscientes.

    CONCLUSO

    A educao vem passando por mudanas profundas, as barreiras temporais esto

    sendo rompidas. Gestores, professores e alunos, somos desafiados a encontrar

    novos modelos, novas formas de ensinar, enfim, novas prticas pedaggicas paranovas situaes.

    Ensinar e aprender, hoje, no se limita ao trabalho dentro da sala de aula. Implica

    modificar o que fazemos dentro e fora dela, no presencial ou virtual, organizar aes

    de pesquisa e de comunicao que possibilitem continuar aprendendo atravs das

    imagens da TV e do Vdeo, em ambientes virtuais, acessando paginas na Internet,

    pesquisando textos, jogando,recebendo e enviando novas mensagens,contribuindo

    para o desenvolvimento, a reformulao e a disseminao da aprendizagem, permitindo ao

    aluno, a expresso da criatividade e do livre pensamento, estimulando a reflexo e a ao

    sobre sua realidade para transform-la, a fim de levar a construo de novos

    conhecimentos.

    Nesta perspectiva, mudar o presente de nossas crianas no significa mudar o passado,

    mas transformar o futuro dos alunos conseqentemente da nao. Cabe ao professor, este

    incansvel profissional do saber, sair do papel que tanto se padronizou nas escolas de

    transmissor, dono da verdade, onde o professor e os alunos ficam calados, s ouvindo.

    Como Freire teorizou como educao bancaria, onde saber depositado sem um

    aprofundamento critico de suas verdades. A partir do momento que isto acontece a mente

    dos alunos se abre como uma flor e a realidade a nossa volta comea a mudar, os alunos

    e professores tm, ento, novas possibilidades de interatividade com o avano das TICs,

    atravs de uma relao interativa com os seus parceiros e demais componentes da

    comunidade escolar, bem como o acesso informao e contedos disponveis atravs

    dos recursos tecnolgicos, inclusive da internet.

    Nesse sentido, as Tecnologias de Informao e Comunicao (TICs) desafiam cada vezmais a educao, tornando-se evidente a necessidade de refletir sobre a importncia de

  • 5/21/2018 RESUMO13

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    uma nova formao do cidado. Considerando que a sociedade j est envolvida e

    comprometida pelos avanos tecnolgicos do sculo XXI, e o pblico em formao nesta

    sociedade so as crianas, entendemos ainda que a escola, apesar de no ser o nico

    espao que promove a educao, precisa est inserida no contexto social, garantindo uma

    educao de melhor qualidade e assumindo de fato o seu papel que a formao docenso crtico e criativo das crianas para o exerccio da cidadania.

    Assim, de posse dessas habilidade, as criana podero potencializar diferentes processos,

    relaes e movimentos na escola que garantam aos pequenos uma viso crtica de

    mundo, a qual implica diretamente em prticas mais participativas, ldicas, criativas,

    democrticas e cidads.

    Dessa forma, a escola passa a ser como um local de produo de conhecimento e,

    portanto, de cultura; em que o professor, frente ao fato do cotidiano dos alunos, passa a

    pertencer ao tempo deles marcado pelos meios de comunicao, recorre ao processo

    dialgico para a conscientizao no processo de leitura da realidade e apropriao das

    linguagens tecnolgicas e culturais; alm disso, esse profissional passa a considerar a

    importncia do lazer, do prazer e envolvimento emocional existentes no

    ensino/aprendizagem, tornando-o dinmico e interessante as crianas.

    Como se pode notar, as mdias: TV, Vdeo e o Computador atravs de sua variedade de

    interfaces, numa perspectiva de interatividade, o professor pode deixar de ser um

    transmissor de saberes para tornar-se desafiador, formulador de problemas, provocador,

    coordenador de equipes de trabalhos sistematizador de experincias, valorizando a

    colaborao e a participao. E o aluno, um protagonista desta ao.

    Vale ressaltar que o olhar psicopedaggico buscou compreender como as crianas

    utilizam os elementos do seu sistema cognitivo e emocional para aprender com as

    tecnologias, sem medo de tentar ou mesmo de errar.

    Conclumos, assim, que o uso da TV, Vdeo, Computadores pode suscitar novas prticas.Dessa forma, certamente conseguiremos o que se espera do professor num mundo em

    predomina o domnio das tecnologias, uma cultura que est em todos os alcances das

    crianas e o professor enquanto mediador de aprendizagens deve estar a par dessa

    cultura para poder intervir e atravs delas fomentar nos alunos o desejo de aprender. um

    desafio enorme, mas se o professor tiver vontade de fazer, ele faz. Urge que se faa uma

    reavaliao das metodologias tradicionais, visando explorao das tecnologias da

    informao e comunicao existentes na escola, capazes de motivar os alunos leitura

    por prazer, a saber, olhar, e, sobretudo a aprender fazer.