RETIFICADORES SEPIC MONOFÁSICOS E TRIFÁSICOS...

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELETRÔNICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA PAULO JUNIOR SILVA COSTA RETIFICADORES SEPIC MONOFÁSICOS E TRIFÁSICOS APLICADOS NO PROCESSAMENTO DA ENERGIA ELÉTRICA PROVENIENTE DE AEROGERADORES DE PEQUENO PORTE DISSERTAÇÃO PONTA GROSSA 2015

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELETRÔNICA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

PAULO JUNIOR SILVA COSTA

RETIFICADORES SEPIC MONOFÁSICOS E TRIFÁSICOS

APLICADOS NO PROCESSAMENTO DA ENERGIA ELÉTRICA

PROVENIENTE DE AEROGERADORES DE PEQUENO PORTE

DISSERTAÇÃO

PONTA GROSSA

2015

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PAULO JUNIOR SILVA COSTA

RETIFICADORES SEPIC MONOFÁSICOS E TRIFÁSICOS

APLICADOS NO PROCESSAMENTO DA ENERGIA ELÉTRICA

PROVENIENTE DE AEROGERADORES DE PEQUENO PORTE

Dissertação apresentada como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Engenharia Elétrica, do Departamento de Engenharia Eletrônica, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Henrique Illa Font

Co-orientador: Prof. Dr. Flábio Alberto Bardemaker Batista

PONTA GROSSA

2015

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Ficha catalográfica elaborada pelo Departamento de Biblioteca da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa n.27/15

C837 Costa, Paulo Junior Silva

Retificadores SEPIC monofásicos e trifásicos aplicados no processamento da energia elétrica proveniente de aerogeradores de pequeno porte. / Paulo Junior Silva Costa. -- Ponta Grossa, 2015.

168 f. : il. ; 30 cm.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Henrique Illa Font Co-orientador: Prof. Dr. Flábio Alberto Bardemaker Batista

Dissertação (Mestrado em Engenharia Eletrônica) - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Eletrônica. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ponta Grossa, 2015.

1. Retificadores de corrente elétrica. 2. Energia - Fontes alternativas. 3. Conversores de corrente elétrica. 4. Condução elétrica. I. Illa Font, Carlos Henrique. II. Batista, Flábio Alberto Bardemaker. III. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. IV. Título.

CDD 670.42

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TERMO DE APROVAÇÃO

RETIFICADORES SEPIC MONOFÁSICOS E TRIFÁSICOS APLICADOS NO PROCESSAMENTO DA ENERGIA ELÉTRICA PROVENIENTE DE

AEROGERADORES DE PEQUENO PORTE

por

PAULO JUNIOR SILVA COSTA

Esta Dissertação foi apresentada às 9 horas do dia 20 de fevereiro de 2015 como

requisito parcial para a obtenção do título de MESTRE EM ENGENHARIA

ELÉTRICA, com área de concentração em Controle e Processamento de Energia,

Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. O candidato foi arguido pela

Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Após

deliberação, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

Prof. Dr. Telles Brunelli Lazzarin (UFSC)

Prof. Dr. Marcio Mendes Casaro (UTFPR)

Prof. Dr. Eloi Agostini Junior (UTFPR)

Prof. Dr. Carlos Henrique Illa Font (UTFPR)

Orientador

Prof. Dr. Flábio Alberto Bardemaker Batista (IFSC) Coorientador

Visto do Coordenador:

Prof. Dr. Claudinor Bitencourt

Nascimento (UTFPR)

Coordenador do PPGEE

- O Termo de Aprovação assinado encontra-se na Coordenação do Curso -

Ministério da Educação Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Ponta Grossa

Departamento de Eletrônica Programa de Pós Graduação em Engenharia Elétrica

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Dedico este trabalho aos meus pais Pedro e Maria Selma, e minha irmã, Tatiane.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a DEUS por todas as graças derramadas, pela

paciência, sabedoria e discernimento a mim confiados.

Agradeço aos meus pais que nunca mediram esforços para que eu pudesse

estudar e buscar um futuro melhor. Pai, mãe, amo vocês!

Ao meu orientador Prof. Dr. Carlos Henrique Illa Font por sua integridade

pessoal e profissional, pelas orientações e confiança.

Ao meu coorientador Prof. Dr. Flábio Alberto Bardemaker Batista.

Ao Prof. Dr. Eloi Agostini Junior pelos auxílios prestados.

Agradeço os meus colegas de turma, Francisco, Gabriel, Ismael, Jeferson,

Marcos, Ricardo e Saulo.

Enfim, a todos os que por algum motivo contribuíram para a realização desta

pesquisa.

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RESUMO

COSTA, Paulo Junior Silva. Retificadores SEPIC Monofásicos E Trifásicos Aplicados no Processamento da Energia Elétrica Proveniente de Aerogeradores de Pequeno Porte. Ano de 2015. 172 f. Dissertação - Programa de Pós Graduação em Engenharia Elétrica - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ponta Grossa, 2015.

A presente dissertação apresenta uma análise comparativa entre os resultados experimentais de dois retificadores monofásicos. Também apresenta o estudo e projeto de um retificador trifásico, o qual é destinado ao processamento de energia elétrica proveniente de aerogeradores de pequeno porte. Ambos retificadores possuem elevado fator de potência, são modulados por largura de pulso e são baseados no conversor CC-CC SEPIC operando no modo de condução descontínuo. Com a finalidade de validar os estudos teóricos, são apresentados os resultados obtidos via simulação numérica e os resultados experimentais obtidos de cada um dos três retificadores. As especificações dos retificadores monofásicos são: potência processada de 500W; tensão de entrada de 220V; tensão de saída de 200V; frequência de comutação de 50kHz. As especificações do retificador trifásico são as mesmas que a dos monofásicos, exceto, pela potência processada que é de 1,5kW.

Palavras-chave: Retificadores monofásicos. Retificador trifásico. Aerogeradores. Conversor CC-CC SEPIC. Modo de condução descontínua.

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ABSTRACT

COSTA, Paulo Junior Silva. Single and three-phase rectifiers SEPIC Applied in Electric Energy Processing Coming from Small Wind Turbines. 2015. 172 f. Dissertação - Programa de Pós Graduação em Engenharia Elétrica - Federal Technology University - Paraná. Ponta Grossa, 2015.

The present master thesis presents a comparative analysis between the experimental results of two single-phase rectifiers. Also presents the study and design of a three-phase rectifier, which is intended for processing power from small wind turbines. Both rectifiers have high power factor, is modulated by pulse width and are based on DC-DC SEPIC converter operating in discontinuous conduction mode. In order to validate the theoretical studies, presents the results obtained by numerical simulation and experimental results for each of the three rectifiers. The specifications of the single-phase rectifiers are: processed power of 500W; input voltage of 220V; output voltage of 200V; 50kHz switching frequency. The specifications of the three-phase rectifier is the same as that of single phase, except that it is processed by the power of 1.5kW.

Keywords: Single-phase rectifiers. Three-phase rectifier. Wind turbines. SEPIC DC-DC converter. Discontinuous conduction mode.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Retificadores MLP monofásicos baseados no conversor CC-CC SEPIC operando no modo de condução descontínua (MCD) contendo um e dois interruptores controlados ........................................................................................... 14

Figura 2 - Retificador MLP trifásico baseado no conversor CC-CC SEPIC operando em MCD contendo três interruptores controlados ..................................................... 15

Figura 3 - Retificador MLP monofásico baseado no conversor CC-CC Boost .......... 18

Figura 4 - Retificador MLP trifásico baseado no conversor CC-CC Boost ................ 18

Figura 5 - Retificador MLP monofásico baseado no conversor CC-CC Buck ........... 19

Figura 6 – Retificador MLP trifásico baseado no conversor CC-CC Buck ................. 19

Figura 7 - Retificador MLP monofásico baseado no conversor CC-CC SEPIC ......... 20

Figura 8 - Retificador MLP trifásico isolado baseado no conversor CC-CC SEPIC .. 20

Figura 9 - Diagrama de blocos de um sistema de processamento de energia de um pequeno aerogerador conectado na rede de distribuição de energia elétrica ........... 21

Figura 10 - Topologia trifásica com estágio retificador a seis interruptores ............... 22

Figura 11 - Topologia trifásica com estágio retificador a quatro interruptores ........... 23

Figura 12 - Retificador trifásico do tipo boost ............................................................ 23

Figura 13 - Retificador PWM trifásico baseado no conversor CC-CC SEPIC operando em MCD contendo seis interruptores controlados ..................................................... 24

Figura 14 - Conversor CC-CC SEPIC básico não isolado ......................................... 27

Figura 15 - Tensões e correntes convencionadas ..................................................... 27

Figura 16 - Circuito equivalente da primeira etapa de operação no MCC ................. 28

Figura 17 - Circuito equivalente da segunda etapa de operação no MCC ................ 29

Figura 18 - Principais formas de onda das tensões do conversor SEPIC operando no MCC .......................................................................................................................... 29

Figura 19 - Principais formas de onda das correntes do conversor SEPIC operando no MCC ..................................................................................................................... 30

Figura 20 - Ganho estático do conversor SEPIC no MCC ........................................ 35

Figura 21 - Circuito equivalente da terceira etapa de operação no MCD .................. 36

Figura 22 - Principais formas de onda das tensões do conversor SEPIC operando no MCD .......................................................................................................................... 37

Figura 23 - Principais formas de onda das correntes do conversor SEPIC operando em MCD .................................................................................................................... 38

Figura 24 - Ganho estático do conversor SEPIC no DCM ........................................ 44

Figura 25 - Retificadores monofásicos propostos ..................................................... 46

Figura 26 - Retificador controlado SEPIC ................................................................. 47

Figura 27 - Circuito equivalente primeira etapa de operação .................................... 48

Figura 28 - Circuito equivalente segunda etapa de operação ................................... 49

Figura 29 - Circuito equivalente terceira etapa de operação ..................................... 50

Figura 30 - Forma de onda das correntes do retificador constituído por um interruptor .................................................................................................................................. 50

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Figura 31 - Forma de onda das tensões do retificador constituído por um interruptor .................................................................................................................................. 51

Figura 32 - Etapas de operação do retificador SEPIC MCD constituído por dois interruptores .............................................................................................................. 60

Figura 33 - Formas de onda do retificador SEPIC MCD constituído por dois interruptores .............................................................................................................. 61

Figura 34 - Estratégia de controle proposta para ambas as topologias .................... 62

Figura 35 - Modelo para a determinação da planta de tensão .................................. 63

Figura 36 - Modelo para a determinação da planta de tensão válido para pequenos sinais ......................................................................................................................... 63

Figura 37 - Resposta da tensão de saída para uma variação 1,4% de razão cíclica 66

Figura 38 - Resposta da tensão de saída para uma ondulação de tensão em alta frequência de 5% nos capacitores

1iC e 2iC ............................................................... 66

Figura 39 - Resposta da tensão de saída para uma ondulação de tensão em alta frequência de 2,5% nos capacitores

1iC e 2iC ............................................................ 67

Figura 40 - Estrutura do compensador PI com filtro implementado ........................... 68

Figura 41 - Principio de geração dos pulsos de comando ......................................... 69

Figura 42 - Estrutura do retificador trifásico representada em módulos e polaridades das tensões e sentidos das correntes convencionados ............................................ 70

Figura 43 - Divisão em setores das tensões trifásicas de entrada ............................ 71

Figura 44 - Circuito equivalente da primeira etapa de operação ............................... 72

Figura 45- Circuito equivalente do retificador trifásico para a segunda etapa de operação ................................................................................................................... 73

Figura 46 - Circuito equivalente do retificador trifásico para a terceira etapa de operação ................................................................................................................... 74

Figura 47 Circuito equivalente do retificador trifásico para a quarta etapa de operação ................................................................................................................... 74

Figura 48 - Circuito equivalente do retificador trifásico para a quinta etapa de operação ................................................................................................................... 75

Figura 49 - Formas de onda do retificador trifásico para as cinco primeiras etapas de operação ................................................................................................................... 76

Figura 50 - Modelo para a determinação da planta de tensão .................................. 78

Figura 51 - Modelo para a determinação da planta de tensão válido para pequenos sinais ......................................................................................................................... 78

Figura 52 - Resposta da tensão de saída para uma variação 1,4% de razão cíclica 79

Figura 53 - Forma de onda da corrente do indutor iL ............................................... 91

Figura 54 - Detalhe da corrente do indutor iL ........................................................... 91

Figura 55 - Forma de onda da corrente do indutor oL ............................................... 92

Figura 56 - Detalhe da corrente do indutor oL ........................................................... 92

Figura 57 - Forma de onda da tensão dos capacitores 1iC e 2iC ............................... 92

Figura 58 - Detalhe da tensão dos capacitores 1iC e 2iC ........................................... 92

Figura 59 - Forma de onda da corrente do interruptor S .......................................... 93

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Figura 60 - Detalhe da corrente do interruptor S ...................................................... 93

Figura 61 - Forma de onda da tensão do interruptor S ............................................. 93

Figura 62 - Detalhe da tensão do interruptor S ......................................................... 93

Figura 63 - Forma de onda da corrente dos diodos 1oD e

2oD .................................... 94

Figura 64 - Detalhe da corrente dos diodos 1oD e

2oD ................................................ 94

Figura 65 - Forma de onda da tensão dos diodos 1oD e

2oD ...................................... 94

Figura 66 - Detalhe da tensão dos diodos 1oD e

2oD .................................................. 94

Figura 67 - Formas de onda da tensão e corrente de entrada .................................. 95

Figura 68 - Formas de onda da tensão e corrente de saída ..................................... 95

Figura 69 - Resposta dinâmica do conversor para um degrau de +30%................... 96

Figura 70 - Resposta dinâmica do conversor para um degrau de -30% ................... 96

Figura 71 - Formas de onda das correntes das chaves 1S e 2S ............................... 97

Figura 72 - Detalhe das correntes das chaves 1S e 2S ............................................. 97

Figura 73 - Forma de onda das tensões das chaves 1S e 2S ................................... 97

Figura 74 - Detalhe das tensões das chaves 1S e 2S ............................................... 98

Figura 75 - Correntes dos indutores de entrada ........................................................ 98

Figura 76 - Correntes dos indutores de saída ........................................................... 98

Figura 77 - Correntes das chaves 1S , 2S e 3S .......................................................... 99

Figura 78 - Detalhe das correntes das chaves 1S , 2S e 3S ....................................... 99

Figura 79 - Tensões dos interruptores 1S , 2S e 3S .................................................. 100

Figura 80 - Detalhe das tensões dos interruptores 1S , 2S e 3S .............................. 100

Figura 81 - Correntes dos diodos de saída ............................................................. 100

Figura 82 - Detalhe das correntes dos diodos de saída .......................................... 101

Figura 83 - Tensões dos diodos de saída ............................................................... 101

Figura 84 - Detalhe das tensões dos diodos de saída ............................................ 101

Figura 85 - Tensões dos capacitores de entrada .................................................... 101

Figura 86 - Tensões e correntes de entrada ........................................................... 102

Figura 87 - Tensão e corrente de saída .................................................................. 102

Figura 88 - Resposta dinâmica do conversor para um degrau de +20%................. 103

Figura 89 - Resposta dinâmica do conversor para um degrau de -20% ................. 103

Figura 90 - Esquema elétrico do retificador monofásico com um interruptor .......... 106

Figura 91 - Esquema elétrico do retificador monofásico com dois interruptores ..... 107

Figura 92 - Esquema elétrico do retificador trifásico ............................................... 108

Figura 93 - Foto de retificador monofásico com um interruptor ............................... 109

Figura 94 - Foto do retificador monofásico com dois interruptores .......................... 109

Figura 95 - Foto do retificador trifásico .................................................................... 109

Figura 96 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente de entrada (3 A/div) . 110

Figura 97 - Detalhe da corrente de entrada (1 A/div) .............................................. 111

Figura 98 - Espectro harmônico da corrente de entrada ......................................... 111

Figura 99 - Corrente do indutor oL (5 A/div) ............................................................. 112

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Figura 100 - Detalhe da corrente do indutor oL (5 A/div) .......................................... 112

Figura 101 - Tensão dos capacitores 1iC e

2iC (50 V/div) ......................................... 113

Figura 102 - Detalhe da tensão dos capacitores 1iC e

2iC (50 V/div) ........................ 113

Figura 103 - Corrente do interruptor S (5 ms/div) .................................................... 114

Figura 104 - Detalhe da corrente do interruptor S (10 us/div) .................................. 114

Figura 105 - Forma de onda da tensão sobre o interruptor S (100 V/div) ................ 115

Figura 106 - Detalhe da forma de onda da tensão sobre o interruptor S (200 V/div) ................................................................................................................................ 115

Figura 107 - Corrente dos diodos 1oD e

2oD (5 A/div) ................................................ 116

Figura 108 - Detalhe da corrente dos diodos 1oD e

2oD (5 A/div) .............................. 116

Figura 109 - Tensão dos diodos 1oD e

2oD (200 V/div) .............................................. 117

Figura 110 - Detalhe da tensão dos diodos 1oD e

2oD (100 V/div) ............................. 117

Figura 111 - Detalhe da corrente dos diodos 1oD e

2oD (100 V/div) .......................... 118

Figura 112 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente de saída (1 A/div) ... 119

Figura 113 - Resposta do retificador para um degrau de carga de +20% ............... 119

Figura 114 - Resposta do retificador para um degrau de carga de -20% ................ 120

Figura 115 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente (3 A/div) de entrada120

Figura 116 - Detalhe da corrente de entrada (1 A/div) ............................................ 121

Figura 117 - Espectro harmônico da corrente de entrada ....................................... 121

Figura 118 - Corrente do indutor oL (5 A/div) .......................................................... 122

Figura 119 - Detalhe da corrente do indutor oL (5 A/div) .......................................... 122

Figura 120 - Tensão dos capacitores 1iC e

2iC (50 V/div) ......................................... 123

Figura 121 - Detalhe da tensão dos capacitores 1iC e

2iC (50 V/div) ........................ 123

Figura 122 - Corrente dos interruptores 1S e 2S (5 A/div) ....................................... 124

Figura 123 - Detalhe da corrente dos interruptores 1S e 2S (5 A/div) ..................... 124

Figura 124 - Detalhe da corrente dos interruptores 1S e 2S (5A/div) ...................... 125

Figura 125 - Tensão dos transistores 1S e 2S (200 V/div) ....................................... 126

Figura 126 - Detalhe da tensão dos transistores 1S e 2S (200 V/div) ...................... 126

Figura 127 - Detalhe da tensão dos transistores 1S e 2S (200V/div) ....................... 127

Figura 128 - Corrente dos diodos 1oD e

2oD (5 A/div) ................................................ 127

Figura 129 - Detalhe da corrente dos diodos 1oD e 2oD (5 A/div) .............................. 128

Figura 130 - Tensão dos diodos 1oD e 2oD (200 V/div) .............................................. 128

Figura 131 – Detalhe da tensão dos diodos 1oD e

2oD (100 V/div) ............................ 129

Figura 132 - Detalhe da tensão dos diodos 1oD e

2oD (100 V/div) ............................. 129

Figura 133 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente de saída (1 A/div) ... 130

Figura 134 - Resposta do retificador para um degrau de carga de +20% ............... 130

Figura 135 - Resposta do retificador para um degrau de carga de -20% ................ 131

Figura 136 - Rendimento em função da potência de saída ..................................... 133

Figura 137 - THD em função da potência de saída ................................................. 134

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Figura 138 - Estrutura utilizada para os ensaios da topologia trifásica ................... 134

Figura 139 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente (3 A/div) da fase a .. 135

Figura 140 - Correntes dos indutores de entrada (3 A/div) ..................................... 135

Figura 141 - Detalhe das correntes dos indutores de entrada (1 A/div) .................. 136

Figura 142 - Detalhe das correntes dos indutores de entrada (1 A/div) .................. 136

Figura 143 - Detalhe das correntes dos indutores de entrada (1 A/div) .................. 137

Figura 144 - Correntes dos indutores de saída (5 A/div) ......................................... 137

Figura 145 - Detalhe da corrente dos indutores de saída (3 A/div) ......................... 138

Figura 146 - Tensão dos capacitores 1i aC ,

1i bC e 1i cC (50 V/div) ................................ 138

Figura 147 - Tensão dos capacitores 2i aC ,

2i bC e 2i cC (50 V/div) ............................... 139

Figura 148 - Tensão dos interruptores 1S , 2S e 3S (100 V/div) ............................... 139

Figura 149 - Detalhe da tensão dos interruptores 1S , 2S e 3S (100 V/div) ............. 140

Figura 150 - Correntes dos diodos de saída (5 A/div) ............................................. 140

Figura 151 - Detalhe da corrente dos diodos de saída (5A/div) .............................. 141

Figura 152 - Tensão dos diodos 1oD e

2oD (200 V/div) .............................................. 141

Figura 153 - Tensão dos diodos 3oD e

4oD (200 V/div) ............................................. 142

Figura 154 - Tensão dos diodos 5oD e

6oD (200 V/div) ............................................. 142

Figura 155 - Tensão dos diodos 2oD ,

4oD e 6oD (100 V/div) ..................................... 143

Figura 156 - Detalhe da tensão dos diodos 2oD ,

4oD e 6oD (100 V/div) .................... 143

Figura 157 - Corrente (5 A/div) e tensão de saída (100 V/div) ................................ 144

Figura 158 - Resposta do retificador para um degrau de carga de +20% ............... 144

Figura 159 - Resposta do retificador para um degrau de carga de -20% ................ 145

Figura 160 - Rendimento em função da potência de saída ..................................... 145

Figura 161 - THD em função da potência de saída ................................................. 146

Figura 162 - Circuito equivalente primeira etapa de operação ................................ 157

Figura 163 - Circuito equivalente segunda etapa de operação ............................... 157

Figura 164 - Formas de onda das correntes dos principais elementos do retificador SEPIC MCC constituído por um interruptor ............................................................. 158

Figura 165 - Formas de onda das tensões dos principais elementos do retificador SEPIC MCC constituído por um interruptor ............................................................. 159

Figura 166 - Etapas de operação do retificador SEPIC MCC constituído por dois interruptores ............................................................................................................ 166

Figura 167 - Formas de onda do retificador SEPIC MCC constituído por dois interruptores ............................................................................................................ 167

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Lista de especificações de projeto ........................................................... 81

Tabela 2 - Valores das grandezas projetadas - Retificador SEPIC MCD com um interruptor .................................................................................................................. 87

Tabela 3 - Valores das grandezas projetadas - Retificador SEPIC MCD com dois interruptores .............................................................................................................. 89

Tabela 4 - Valores das grandezas projetadas - Retificador SEPIC MCD trifásico ..... 89

Tabela 5 - Lista de componentes utilizados nas topologias monofásicas ................. 89

Tabela 6 - Lista de componentes utilizados na topologia trifásica............................. 90

Tabela 7 - Comparativo dos resultados de simulação numérica e experimental dos retificadores constituídos por um e por dois interruptores ....................................... 132

Tabela 8 - Comparativo dos resultados de projeto, de simulação numérica e experimental do retificador trifásico ......................................................................... 146

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LISTA DE SIGLAS

MCC Modo de Condução Contínua

MCD Modo de Condução Descontínua

MLP Modulação por Largura de Pulso

PWM Pulse Width Modulation

SEPIC Single-Ended Primary-Inductor Converter

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LISTA DE SÍMBOLOS

Símbolo Significado Unidade

1t Intervalo de tempo um s

2t Intervalo de tempo dois s

3t Intervalo de tempo três s

Lii Ondulação de corrente do indutor iL A

Loi Ondulação de corrente do indutor oL A

CiV Ondulação da tensão do capacitor iC V

CoV Ondulação da tensão do capacitor oC V

iC Capacitor de entrada F

oC Capacitor de Saída F

1iC , 2iC , 1i aC ...

2i cC

Capacitores de entrada F

pC s Compensador

D Razão cíclica de trabalho

max MCDD Razão cíclica máxima em MCD

maxD Razão cíclica máxima

minD Razão cíclica mínima

oD Diodo de saída

1oD ... 6oD Diodos de saída

sf Frequência de comutação Hz

MCCGe Ganho estático do conversor em MCC

MCDGe Ganho estático do conversor em MCD

ret MCDGe Ganho estático do retificador em MCD

G s Modelo da planta

oHV Sensor da tensão de saída

imedIC Valor médio da corrente do capacitor iC A

omedIC Valor médio da corrente do capacitor oC A

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oefID Valor eficaz da corrente do diodo oD A

omedID Valor médio da corrente do diodo oD A

medIDr Valor médio da corrente dos diodos retificadores

A

iIL Corrente do indutor iL A

oIL Corrente do indutor oL A

iaIL , ibIL , icIL Correntes dos indutores de entrada A

oaIL , obIL , ocIL Correntes dos indutores de saída A

iefIL Valor eficaz da corrente do indutor iL A

maxiIL Valor máximo da corrente do indutor iL A

imedIL Valor médio da corrente do indutor iL A

mi inIL Valor mínimo da corrente do indutor iL A

oefIL Valor eficaz da corrente do indutor oL A

maxoIL Valor máximo da corrente do indutor oL A

omedIL Valor médio da corrente do indutor oL A

mo inIL Valor mínimo da corrente do indutor oL A

minioIL Valor mínimo da corrente dos indutores iL e

oL

A

iPcIL Valor de pico da corrente do indutor iL A

oPcIL Valor de pico da corrente do indutor oL A

oiR Corrente de saída A

efIS Valor eficaz da corrente do interruptor S A

medIS Valor médio da corrente do interruptor S A

cpK Ganho do compensador

PWMK Ganho modulador PWM

eqL Valor da indutância equivalente H

iL Indutor de entrada H

iaL , ibL , icL Indutores de entrada H

oL Indutor de saída H

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oaL , obL , ocL Indutores de saída H

pwmM Modulador PWM

iP Potência média de entrada W

oP Potência média de saída W

aRf Resistência da fase a Ω

oR Resistência de carga

minoR Resistência de carga mínima Ω

S ... 3S Interruptores

cpS Sinal compensado V

t Tempo s

sT Período de comutação s

hutT Tempo de Hold-up-time s

aV , bV , cV Tensões de entrada V

maxoVD Valor máximo da tensão do diodo oD V

1maxoVD ... 6maxoVD Valor máximo da tensão dos diodos de saída V

gV Tensão de entrada V

oV Tensão de saída V

PV Valor de pico da tensão de entrada V

pcV Tensão pulsos de comando V

ptV Valor de pico da tensão triangular V

rfV Tensão de referência V

p Frequência do polo Hz

z Frequência do zero Hz

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................13

1.1 PROPOSTA DA DISSERTAÇÃO .....................................................................14

1.2 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO ...............................................................15

2 REVISÃO BIBLIOGÁFICA ...................................................................................17

2.1 RETIFICADORES TRIFÁSICOS COM UM E DOIS INTERRUPTORES CONTROLADOS E SUA APLICAÇÃO NO PROCESSAMENTO DA ENERGIA DE PEQUENOS AEROGERADORES ..........................................................................20

3 CONVERSOR CC-CC ..........................................................................................26

3.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................26

3.2 CONVERSOR CC-CC SEPIC BÁSICO MCC ...................................................27

3.2.1 Primeira Etapa ................................................................................................27

3.2.2 Segunda Etapa ...............................................................................................28

3.2.3 Formas de Onda .............................................................................................29

3.2.4 Equacionamento .............................................................................................29

3.3 CONVERSOR CC-CC SEPIC BÁSICO MCD ...................................................35

3.3.1 Formas de Onda .............................................................................................36

3.3.2 Equacionamento .............................................................................................36

4 RETIFICADORES MONOFÁSICOS SEPIC COM UM E DOIS INTERRUPTORES ..................................................................................................46

4.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................46

4.2 RETIFICADORES SEPIC MCC CONTITUÍDOS POR UM E POR DOIS INTERRUPTORES ..................................................................................................47

4.3 RETIFICADOR MONOFÁSICO SEPIC MCD CONTITUÍDO POR UM INTERRUPTOR ......................................................................................................47

4.3.1 Etapas de Operação .......................................................................................47

4.3.1.1 Primeira Etapa .............................................................................................48

4.3.1.2 Segunda Etapa ............................................................................................48

4.3.1.3 Terceira Etapa .............................................................................................49

4.3.2 Formas de Onda .............................................................................................49

4.3.3 Equacionamento .............................................................................................51

4.4 RETIFICADOR MONOFÁSICO SEPIC MCD CONTITUÍDO POR DOIS INTERRUPTORES ..................................................................................................59

4.4.1 Formas de Onda .............................................................................................59

4.4.2 Equacionamento .............................................................................................61

4.5 MODELAGEM DOS RETIFICADORES COSNTITUÍDOS POR UM E POR DOIS INTERRUPTORES ..................................................................................................62

4.5.1 Planta G s dos Retificadores Monofásicos com Um e Dois Interruptores ....63

4.5.1.1 Validação do Modelo da Planta de Tensão para os Retificadores Monofásicos com Uma e Duas Chaves ..................................................................65

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4.5.1.2 Definição e Projeto do Controlador .............................................................67

4.5.1.3 Ganho do Modulador ...................................................................................68

4.5.1.4 Ganho do Sensor ........................................................................................69

5 RETIFICADOR TRIFÁSICO SEPIC MCD ............................................................70

5.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................70

5.2 ETAPAS DE OPERAÇÃO .................................................................................70

5.2.1 Primeira Etapa ................................................................................................71

5.2.2 Segunda Etapa ...............................................................................................72

5.2.3 Terceira Etapa ................................................................................................73

5.2.4 Quarta Etapa...................................................................................................74

5.2.5 Quinta Etapa ...................................................................................................75

5.3 FORMAS DE ONDA .........................................................................................75

5.4 EQUACIONAMENTO ........................................................................................75

5.5 MODELAGEM DO RETIFICADOR SEPIC MCD ..............................................77

5.5.1 Validação do Modelo da Planta de Tensão para o Retificador Trifásico .........78

5.5.2 Definição e Projeto do Controlador .................................................................79

6 PROJETO E SIMULAÇÃO NUMÉRICA ..............................................................81

6.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................81

6.2 METODOLOGIA DE PROJETO .......................................................................81

6.2.1 Retificador Monofásico Controlado SEPIC MCD com Um Interruptor ............82

6.2.2 Retificador Monofásico Controlado SEPIC MCD com Dois Interruptores .......86

6.2.3 Retificador Trifásico Controlado SEPIC MCD .................................................87

6.3 PROJETO DOS COMPONENTES ...................................................................87

6.4 RESULTADOS DE SIMULAÇÃO NUMÉRICA ..................................................90

6.4.1 Resultados de Simulação - Retificador Monofásico SEPIC MCD com Um Interruptor ................................................................................................................91

6.4.2 Resultados de Simulação - Retificador Monofásico SEPIC MCD com Dois Interruptores ............................................................................................................96

6.4.3 Resultados de Simulação - Retificador Trifásico SEPIC MCD ........................98

7 RESULTADOS EXPERIMENTAIS .......................................................................106

7.1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................106

7.1.1 Esquemas Elétricos e Protótipos Desenvolvidos ............................................106

7.1.2 Retificador Monofásico com Um Interruptor ....................................................110

7.1.3 Retificador Monofásico com Dois Interruptores ..............................................119

7.1.4 Análise Comparativa Entre os Resultados dos Retificadores Constituídos por Um e Dois Interruptores ..........................................................................................131

7.1.5 Retificador Trifásico ........................................................................................133

8 CONCLUSÃO GERAL .........................................................................................150

REFERÊNCIAS .......................................................................................................153

APÊNDICE A - Retificadores SEPIC Monofásicos MCC Constituídos por Um e por Dois interruptores ..........................................................................................155

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13

1 INTRODUÇÃO

O crescimento populacional e tecnológico da sociedade contemporânea tem

ocasionado, com o passar dos anos, um aumento na demanda de energia elétrica.

Com relação a este fato, o setor elétrico mundial tem buscado continuamente

soluções para reduzir o desperdício, fomentando a melhoria e o desenvolvimento de

tecnologias mais eficientes (LANGE, 2012). Parte destas soluções está relacionada

aos estudos dos retificadores (monofásicos ou trifásicos, dependendo da aplicação e

nível de potência), que são parte constituinte de grande parcela dos equipamentos

eletrônicos disponíveis no mercado. Estes possuem como finalidade realizar a

conversão de corrente alternada (CA) para corrente contínua (CC).

A literatura técnica apresenta várias topologias de retificadores monofásicos e

trifásicos, que vão dos mais simples retificadores a diodo até os modernos

retificadores modulados por largura de pulso (MLP) com elevado fator de potência.

Estes retificadores MLP possuem várias vantagens quando comparados aos

retificadores a diodo, podendo-se destacar: apresentam menor peso e volume

devido à operação em alta frequência; controle da tensão de saída; correntes de

entrada com reduzido conteúdo harmônico, contribuindo, desta maneira, para a

qualidade de energia dos sistemas alimentadores (FONT, 2009).

A necessidade de se manter as tensões e correntes em conformidade com as

normas estabelecidas pelas concessionárias de energia e clientes fez,

principalmente nos últimos anos, que inúmeros conceitos e topologias de

retificadores MLP fossem desenvolvidas (TIBOLA, 2013). Dentre as principais e mais

utilizadas estruturas existentes destacam-se os retificadores baseados nos

conversores CC-CC Boost (Step-Up) e Buck (Step-Down) (VIDAL, 2008).

Além dos retificadores MLP já mencionados pode-se ainda citar os baseados

no conversor SEPIC (Single-Ended Primary-Inductor Converter), os quais têm a

vantagem de prover elevado fator de potência com menor esforço de filtragem, como

os retificadores Boost, e menor nível de tensão de saída, como os retificadores

Buck. Além disso, quando operam no modo de condução descontínua (MCD), estes

retificadores tem a propriedade de emular uma carga resistiva, drenando correntes

senoidais sem imposição de um sistema de controle.

Estas características possibilitam que os retificadores SEPIC sejam aplicados

no processamento da energia elétrica proveniente de aerogeradores (geradores

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14

eólicos) de imã permanente. Pelo fato de drenarem correntes praticamente

senoidais, fazem com que a potência ativa circulante pelo gerador eólico e pelo

sistema de processamento eletrônico da energia elétrica seja maximizada. Além

disso, se o gerador eólico entrega correntes praticamente senoidais, têm-se

menores níveis de ruído audível, menores vibrações mecânicas e menores perdas

por torques parasitas, resultado de uma corrente com menores componentes

harmônicas.

1.1 PROPOSTA DA DISSERTAÇÃO

Como já evidenciado, os retificadores baseados em conversores CC-CC têm

sido, nos últimos anos, tema de vários estudos. Assim, alinhada a esta realidade, a

presente pesquisa focou-se em duas vertentes. A primeira, relacionada à

comparação entre os resultados de simulação numérica e resultados experimentais

de dois retificadores MLP monofásicos. A segunda encontra-se relacionada à

proposta de utilização de um retificador trifásico MLP, o qual é destinado ao

processamento da energia elétrica oriunda de pequenos aerogeradores.

Os referidos retificadores são todos baseados no conversor CC-CC SEPIC.

Ambos operam no modo de condução descontínua, possuem tensão de saída

regulada e alto fator de potência. As topologias mencionadas podem ser

visualizadas por intermédio das Figura 1 e Figura 2.

2D

4D

S oL oCoR

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

3D

iL

gV

oL oC oR

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

2D

iL

gV

1S

2S

Retificador 1S Retificador 2S

Figura 1 - Retificadores MLP monofásicos baseados no conversor CC-CC SEPIC operando no

modo de condução descontínua (MCD) contendo um e dois interruptores controlados Fonte: Autoria própria

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15

6D

8D

obL

2i bC

1i bC

4oD

3oD

5D

7D

ibL

bV

nbG

2S

aV

1S

2D

4D

oaLnaG

2i aC

2oD

3D

iaL

naG

1i aC

1oD

1D

oC oR

10D

12D

ocLncG

2i cC

6oD

11D

icL

ncG

1i cC

5oD

9D

cV

3SnbG

Figura 2 - Retificador MLP trifásico baseado no conversor CC-CC SEPIC operando em MCD contendo três interruptores controlados

Fonte: Autoria própria

1.2 ORGANIZAÇÃO DA DISSERTAÇÃO

A segunda seção desta dissertação apresenta uma breve revisão

bibliográfica sobre os retificadores MLP. Apresenta também a aplicação e vantagens

do retificador trifásico MLP proposto, quando este é empregado no processamento

de energia elétrica proveniente de aerogeradores de pequeno porte.

Por meio da seção três, apresentam-se os conceitos, etapas de operação,

formas de onda e equacionamento referentes ao conversor CC-CC SEPIC básico

operando nos modos de condução contínuo e descontínuo.

De forma análoga à seção três, a seção quatro expõe as etapas de

operação, formas de onda, equacionamento e modelagem referentes aos

retificadores monofásicos constituídos por um e por dois interruptores apresentados

na Figura 1, ambos, operando em MCD.

Assim como na seção quatro, a seção cinco apresenta as etapas de

operação, formas de onda, equacionamento e modelagem referente ao retificador

trifásico proposto e apresentado na Figura 2.

Por intermédio da sexta seção são apresentadas as metodologias de projeto

desenvolvidas, uma lista dos componentes utilizados na implementação prática dos

retificadores e os resultados da simulação numérica para as três topologias

propostas.

Através da sétima seção são apresentados os resultados experimentais dos

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16

três retificadores propostos. Inicialmente são expostos os esquemas elétricos e as

fotos dos protótipos desenvolvidos. Posteriormente são apresentadas as formas de

ondas experimentais. Por fim é apresentada uma análise comparativa entre os

resultados obtidos via simulação numérica e os resultados obtidos

experimentalmente.

As conclusões gerais da dissertação são expostas na oitava seção. São

apresentadas as contribuições bem como as possibilidades de continuidade do

trabalho.

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17

2 REVISÃO BIBLIOGÁFICA

2.1 INTRODUÇÃO

O presente capítulo tem por finalidade apresentar uma sucinta revisão

bibliográfica sobre o tema desta dissertação, destacando de forma especial as

vantagens da estrutura trifásica proposta.

Inicialmente são apresentadas algumas topologias monofásicas e trifásicas

de retificadores MLP. Sequencialmente são apresentadas topologias de alguns

retificadores MLP que atualmente são empregados no processamento da energia

elétrica provenientes de aerogerados de imãs permanentes.

Por fim, são apresentadas as principais vantagens do retificador proposto

em relação aos retificadores já contidos na literatura.

2.1.1 Retificadores MLP Monofásicos e Trifásicos

Os retificadores MLP monofásicos são amplamente utilizados em estágio de

entrada de fontes de alimentação, como por exemplo: fontes de desktops e

notebooks. Os retificadores MLP trifásicos, por sua vez, são mais aplicados a

equipamentos dos setores industriais, tais como: maquinário industrial, naval,

aeroespacial, químico, mineração, petrolífero e outros (WU, 2006). A utilização

destes retificadores permitem que se obtenham correntes de entrada praticamente

senoidais, com reduzidas taxas de distorção harmônica e elevado fator de potência.

Dentre as diversas topologias de retificadores MLP monofásicas e trifásicas

conhecidas, pode-se citar as baseadas nos conversores CC-CC Bosst, Buck e

SEPIC.

2.1.1.1 Retificadores MLP Monofásicos e Trifásicos do Tipo Boost

Retificadores do tipo Boost são amplamente estudados na literatura. Estes

possibilitam ter uma tensão contínua de saída superior à tensão de pico do sistema

alimentador. Tais retificadores possuem entrada com característica de fonte de

corrente e saída com característica de fonte de tensão.

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18

Os retificadores do tipo Boost, quando operam no modo de condução

contínua (MCC), minimizam ou eliminam a utilização de filtros de entrada (VIDAL,

2008). Contudo, quando operam no modo de condução descontínuo requerem,

obrigatoriamente, o uso de filtros para reduzir o conteúdo harmônico das correntes

de entrada. Por intermédio das Figura 3 e Figura 4 são apresentados dois

retificadores baseados no conversor CC-CC Boost.

Li Do

oCS

1D 2D

3D 4D

gVFilterEMI

oR1R

2R

RC delayQ S

R

fZ

refV

ZCD

GD

iZ

Figura 3 - Retificador MLP monofásico baseado no conversor CC-CC Boost

Fonte: YANG (2009)

Va

Vb

Vc

Lf

Lf

Lf

1S 2S 3S

4S 5S 6S

Co Ro

Figura 4 - Retificador MLP trifásico baseado no conversor CC-CC Boost

Fonte: GREFF (2009)

2.1.1.2 Retificadores MLP Monofásicos e Trifásicos do Tipo Buck

Retificadores baseados no conversor CC-CC Buck permitem ter uma tensão

contínua de saída menor que a tensão de pico do sistema alimentador. Estes

retificadores possuem entrada com característica de fonte de tensão e saída com

característica de fonte de corrente.

Os retificadores do tipo Buck, independente do modo de operação,

necessitam de filtros adicionais de entrada, como pode ser constatado na topologia

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19

apresentada na Figura 6. A utilização destes filtros permite suprimir os harmônicos

originados pela frequência de comutação. Em contra partida, o uso dos filtros origina

uma defasagem entre as tensões e correntes de entrada, a qual apresenta variações

de acordo com a carga. Em grande parte dos casos, esta defasagem, se não for

acentuada, pode ser corrigida pelas malhas de controle (VIDAL, 2008). Através das

Figura 5 e Figura 6 são apresentados dois retificadores baseados no conversor CC-

CC Buck.

Li

oDoC

S

1D 2D

3D 4D

gVFilterEMI

oR1R

2R

RC delayQ S

R

fZ

refV

ZCD

GD

iZ

Figura 5 - Retificador MLP monofásico baseado no conversor CC-CC Buck

Fonte: YANG (2009)

Va

Vb

Vc

Lf

Lf

Lf

Cf Cf Cf

1S 2S 3S

1D 2D 3D

4S 5S 6S

4D 5D 6D

Lo

Co Ro

Figura 6 – Retificador MLP trifásico baseado no conversor CC-CC Buck

Fonte: GREFF (2009), VIDAL (2008)

2.1.1.3 Retificadores MLP Monofásicos e Trifásicos do Tipo SEPIC

Retificadores baseados no conversor CC-CC SEPIC possibilitam, de acordo

com a razão cíclica, ter uma tensão contínua de saída menor ou maior que a tensão

de pico do sistema alimentador. Estes retificadores possuem entrada com

característica de fonte de corrente e saída com característica de fonte de tensão.

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Os retificadores do tipo SEPIC quando operam em MCC minimizam ou

eliminam a utilização de filtros de entrada. Quando operam em MCD dispensam o

uso dos referidos filtros. Desta forma, no que tange a utilização de filtros de entrada,

tem-se que os retificadores SEPIC operando no modo de condução descontínuo são

mais atrativos quando comparados aos retificadores do tipo Boost e Buck. Por meio

das Figura 7 e Figura 8 são apresentados dois retificadores concebidos a partir do

conversor CC-CC SEPIC.

iCiLoD

oRoCoLS

gV1D 2D

3D 4D

Figura 7 - Retificador MLP monofásico baseado no conversor CC-CC SEPIC

Fonte: Autoria própria

Figura 8 - Retificador MLP trifásico isolado baseado no conversor CC-CC SEPIC

Fonte: TIBOLA (2013)

2.2 RETIFICADORES TRIFÁSICOS APLICADOS NO PROCESSAMENTO DA ENERGIA ELÉTRICA PROVENIENTE DE AEROGERADORES

Na micro e minigeração distribuída o aerogerador não pode ser diretamente

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conectado ao sistema de distribuição de energia elétrica, pois, pelo fato da

velocidade do vento ser variável, o valor da tensão e o valor da frequência são

também variáveis. A solução é utilizar um sistema de processamento eletrônico da

energia, como o apresentado na Figura 9 (SILVA, 2011).

G

Turbina Eólica

Gerador

Retificador

Trifásico

Inversor

Trifásico

Rede de Energia

Elétrica Figura 9 - Diagrama de blocos de um sistema de processamento de energia de um pequeno

aerogerador conectado na rede de distribuição de energia elétrica Fonte: SILVA (2011)

O sistema de processamento apresentado na Figura 9 é composto por dois

conversores estáticos de energia: um retificador trifásico e um inversor trifásico. O

retificador trifásico converte a energia em corrente alternada com frequência variável

em energia em corrente contínua. O inversor, por sua vez, converte a energia em

corrente contínua em energia em corrente alternada com frequência fixa, no caso do

sistema elétrico Brasileiro, 60Hz.

No que tange a etapa de retificação, a literatura técnica apresenta algumas

topologias que são empregadas neste estágio. Parte destas estruturas são

abordadas a seguir.

2.2.1 Topologia Trifásica com Estágio Retificador a Seis Interruptores

A topologia apresentada na Figura 10 e proposta por SCHIEMENZ (2001)

apresenta um estágio retificador composto por seis interruptores, o qual possui a

capacidade de prover correção de fator de potência. Esta é realizada digitalmente

através de um Digital Signal Controller (DSC). O DSC realiza a amostragem da

corrente de duas fases de entrada e da tensão do barramento CC. A partir desta

amostragem este calcula a razão cíclica apropriada a ser aplicada a cada par de

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22

IGBTs, corrigindo, desta forma, o fator de potência e mantendo constante a tensão

do barramento CC.

GSIP

Figura 10 - Topologia trifásica com estágio retificador a seis interruptores

Fonte: SCHIEMENZ (2001)

O estágio de retificação em questão, em geral, é mais apropriado a sistemas

de processamento de alta potência. O referido estágio acaba demandando um

sistema de controle mais sofisticado, tendo em vista que esta topologia é susceptível

a ocorrência de curtos-circuitos de braço (REIS, 2008).

2.2.2 Topologia Trifásica com Estágio Retificador a Quatro Interruptores

O bloco retificador da topologia apresentada na Figura 11 é composto por 4

interruptores. Neste bloco é realizada a correção do fator de potência, para tanto,

utiliza-se um PLL (Phase Locked Loop) que tem por finalidade gerar três correntes

de referências em sincronismo com suas respectivas tensões de fase. A corrente de

referência é multiplicada por um sinal constante gerado pelo sistema de

rastreamento da máxima potência (MPPT). O resultado da multiplicação é aplicado a

um DSC, o qual gera os pulsos de comando dos interruptores (REIS, 2008).

O estágio retificador da topologia em questão, quando comparado ao bloco

retificador da estrutura da Figura 10, apresenta menores custos e menores perdas

por comutação, que se deve à redução do número de interruptores. Em contra

partida, este necessita operar com uma tensão de barramento CC mais elevada e

também necessita de um sistema de controle que seja capaz de evitar curto-circuito

de braço.

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23

GSIP

Figura 11 - Topologia trifásica com estágio retificador a quatro interruptores

Fonte: REIS (2008)

2.2.3 Retificador Trifásico do Tipo Boost

O retificador do tipo Boost apresentado na Figura 12 tem por finalidade

converter a tensão alternada do aerogerador em tensão contínua controlada.

Também possui como função corrigir o fator de potência e controlar o seguidor de

máxima potência.

GGSIP

Figura 12 - Retificador trifásico do tipo boost

Fonte: SONG (2003)

Quando comparada às topologias ora expostas, o retificador do tipo boost

apresenta algumas vantagens, como por exemplo: redução de custos e diminuição

de perdas por comutação devido a redução do número de interruptores; é aplicável a

vários tipos de geradores; circuito de controle e comando mais simplificados.

2.3 TOPOLOGIA TRIFÁSICA PROPOSTA

Assim como as topologias apresentadas, os retificadores propostos por este

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24

trabalho têm por finalidade conferir uma tensão CC controlada de saída e ainda

garantir uma baixa distorção harmônica das correntes de entrada.

Os retificadores monofásicos apresentados na Figura 1 podem ser

generalizados para o caso trifásico, como mostram as Figura 2 e Figura 13. Neste

caso, cada fase pode ser dimensionada de forma independente, como no caso

monofásico.

cVaV naG

2i aC

2oD

2D

iaL

naG

1i aC

1oD

1D

obL

2i bC

1i bC

4oD

3oD

3D

4D

ibL

bV

nbG

oaL

nbG

oC oRocL

ncG

2i cC

6oD

6D

icL

ncG

1i cC

5oD

5D

1S

2S

3S

4S

5S

6S

Figura 13 - Retificador PWM trifásico baseado no conversor CC-CC SEPIC operando em MCD contendo seis interruptores controlados

Fonte: Autoria própria

Os retificadores trifásicos apresentados nas Figura 2 e Figura 13

apresentam as seguintes vantagens quando aplicados em sistemas de

processamento de energia proveniente de um aerogerador de imãs permanente de

pequeno porte:

Aproveitamento da indutância do gerador como indutância de filtro de entrada

do retificador;

Correntes de entrada praticamente senoidais sem a utilização de um sistema

de controle das correntes, ou seja, sem a utilização de sensores para as

correntes drenadas do gerador;

Simplicidade de controle da tensão contínua de saída e de modulação PWM,

pois é necessário somente um circuito integrado UC3525 para o retificador

trifásico;

Caso necessário, o retificador pode prover isolação galvânica entre o gerador

e o sistema de distribuição de energia elétrica em alta frequência, diminuindo

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25

o peso, volume e utilização de cobre (AYYANAR, 2000; TIBOLA, 2011).

2.3.1 Análise Comparativa Entre a Topologia Trifásica Proposta e as Topologias Atualmente Empregadas no Processamento de Energia Elétrica Oriunda de Aerogeradores de Pequeno Porte

O retificador apresentado na Figura 2 possui algumas características

positivas e negativas quando comparado às topologias (seções 2.2.1, 2.2.2 e 2.2.3)

que atualmente são empregadas no processamento da energia elétrica proveniente

de aerogeradores de imãs permanentes de pequeno porte. Dentre algumas destas

características pode-se citar:

Desvantagens:

Utiliza maior número de componentes de potência;

Requer que a máquina geradora tenha as bobinas em aberto;

Vantagens:

Utiliza menor número de componentes dedicados ao controle e comando;

Não necessita de filtros de entrada;

Não requer sensoriamento das correntes de entrada;

Não necessita de malha de controle das correntes de entrada, uma vez que

estas estão naturalmente em fase com suas respectivas tensões de fase;

Sistema de controle e comando simplificado;

Não necessita de proteção contra curto-circuito de braço;

Analisando-se as informações ora apresentadas, pode-se afirmar que o

retificador trifásico proposto possui vantagens relevantes e por isto tem-se justificado

o desenvolvimento desta dissertação.

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26

3 CONVERSOR CC-CC SEPIC

3.1 INTRODUÇÃO

Como as topologias propostas são baseadas no conversor CC-CC SEPIC,

torna-se relevante conhecer as principais características e conceitos da estrutura

básica deste conversor.

A topologia básica do conversor CC-CC SEPIC exposta na Figura 14 foi

inicialmente proposta no ano 1977 (MARTINS, 2008). Suas primeiras aplicações

foram baseadas na elevação de tensão, contudo, este conversor também pode

operar como abaixador de tensão. O conversor em questão apresenta ainda como

principais características:

Características positivas:

Entrada com característica de fonte de corrente, o que possibilita empregá-lo

em estágios de correção de fator de potência;

O indutor oL pode ser substituído por indutores acoplados, o que permite

isolar galvanicamente rede e carga e, consequentemente, utilização de

múltiplas saídas;

A fonte de alimentação, carga e interruptor estão conectados ao mesmo

potencial negativo, o que do ponto de vista de acionamento e controle é

vantajoso.

Características negativas:

Quando comparada aos conversores Boost e Buck se a estrutura for isolada

há a necessidade da utilização de um circuito de grampeamento devido à

indutância de dispersão.

Tensões elevadas nos semicondutores quando comparada com a topologia

Boost.

Como já evidenciado anteriormente, a proposta deste trabalho concerne no

estudo e implementação de alguns retificadores baseados no conversor CC-CC

SEPIC operando em MCD. Contudo, deseja-se também apresentar nesta

dissertação o estudo teórico sobre dois retificadores monofásicos operando no modo

de condução contínua (MCC), os quais são baseados nas topologias expostas na

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27

Figura 1. Desta forma, torna-se prudente estudar a estrutura básica do conversor em

questão para ambos os modos de operação. Tal estudo é apresentado

respectivamente pelas seções 3.2 e 3.3.

iCiLoD

oRoCoLSgVo

V

Figura 14 - Conversor CC-CC SEPIC básico não isolado

Fonte: Autoria própria

3.2 CONVERSOR CC-CC SEPIC BÁSICO MCC

Antes de se efetuar qualquer tipo de estudo, torna-se necessário

convencionar as polaridades das tensões e os sentidos das correntes para a

topologia básica. A convenção estabelecida é exposta por meio da Figura 15.

É importante salientar que em regime permanente o valor médio da tensão

dos indutores, e as ondulações de tensão nos capacitores serão consideradas nulas.

Assim, o valor da tensão média em iC e oC são, respectivamente, gV e oV .

No modo de condução contínua o conversor SEPIC apresenta duas etapas

distintas de operação, as quais são descritas por meio das seções 3.2.1 e 3.2.2.

iCiLoD

oRoCoLSgV

iVC

iVL

oVD

oVL

oVC

oV

iiL

oiL

oiC

oiR

VS

Figura 15 - Tensões e correntes convencionadas

Fonte: Autoria própria

3.2.1 Primeira Etapa

Durante o decorrer desta etapa o interruptor S encontra-se em modo de

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28

condução, e o diodo oD , bloqueado. As correntes nos indutores

iL e oL crescem

linearmente segundo as relações (3.1) e (3.2), respectivamente. A carga oR é

alimentada pelo capacitor oC . A explanação apresentada pode ser visualizada por

intermédio da Figura 16.

min

g

i i

i

ViL t t IL

L (3.1)

min

g

o o

o

ViL t t IL

L (3.2)

iCiL

oRoCoLSgV

iVC

iVL

oVL

oVC

oV

iiL

oiL

oiC

oiR

Figura 16 - Circuito equivalente da primeira etapa de operação no MCC

Fonte: Autoria própria

3.2.2 Segunda Etapa

A segunda etapa inicia no momento em que o interruptor S é comandado a

bloquear. Neste instante o diodo oD entra em condução, com isto, a energia

armazenada em cada indutor é transferida para o capacitor oC e para a carga oR .

As correntes em iL e oL decrescem linearmente segundo (3.3) e (3.4),

respectivamente. O circuito equivalente do conversor é representado nesta etapa

pela Figura 17.

maxo

i i

i

ViL t t IL

L

(3.3)

maxo

o o

o

ViL t t IL

L

(3.4)

Após o encerramento da referida etapa, o interruptor S é comandado a

conduzir novamente, retornando à primeira etapa e iniciando um novo ciclo de

operação.

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29

iCiLoD

oRoCoLgV

iVC

iVL

oVD

oVL

oVC

oV

oiL

oiC

oiR

iiL

Figura 17 - Circuito equivalente da segunda etapa de operação no MCC

Fonte: Autoria própria

3.2.3 Formas de Onda

Por meio das etapas de operações expostas, obtêm-se as principais formas

de ondas das tensões e correntes, as quais são apresentadas sequencialmente

pelas Figura 19 e Figura 18.

Etapas

1 2

0 t

0t

0t

1sDT t 21 sD T t

sT

gV

oV

g oV V

g oV V

i oVL VL

VS

oVD

Figura 18 - Principais formas de onda das tensões do conversor SEPIC operando no MCC

Fonte: Autoria própria

3.2.4 Equacionamento

Conhecendo-se as etapas de operação e as formas de onda é possível

efetuar o equacionamento do conversor. Tal equacionamento é de extrema

importância, pois servirá de suporte para análises posteriores das estruturas

monofásicas tratadas nesta dissertação.

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30

Etapas

1 2

0t

0t

0t

0t

0t

0t

1sDT t 21 sD T t

sT

iiL

oiL

iS

oiD

iiC

oiC

maxiiL

miniiL

maxoiL

minoiL

max maxi oiL iL

min mini oiL iL

max maxi oiL iL

min mini oiL iL

maxiiL

miniiL

minoiL

maxoiL

o

o

V

R

o

o

V

R

Figura 19 - Principais formas de onda das correntes do conversor SEPIC operando no MCC

Fonte: Autoria própria

Intervalos 1t e 2t :

O intervalo de tempo 1t é determinado pela própria definição de razão

cíclica D , a qual pode ser visualizada na expressão (3.5). sT representa o período

de comutação, definido por (3.6), e sf a frequência de comutação.

1 st DT (3.5)

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31

1

s

s

Tf

(3.6)

2t é definido como o complemento da razão cíclica D , o qual é expresso

na equação (3.7).

2 (1 ) st D T (3.7)

Indutores iL e oL :

Os valores das indutâncias de iL e oL são obtidos por meio da primeira

etapa de operação e são representados respectivamente pelas expressões (3.8) e

(3.9). Estas equações visão atender ao critério de ondulação de corrente.

g

i

Li s

V DL

i f

(3.8)

g

o

Lo s

V DL

i f

(3.9)

Onde: gV - Tensão média de entrada; Lii - Ondulação da corrente do indutor

iL ; Loi - Ondulação da corrente do indutor oL .

Capacitores iC e oC :

As equações (3.10) e (3.11) representam respectivamente os valores das

capacitâncias de iC e oC . Tais equações visam atender ao critério de ondulação de

tensão.

oi

o Ci s

V DC

R V f

(3.10)

oo

o Co s

V DC

R V f

(3.11)

Onde: oV - Tensão média de saída; CiV - Ondulação da tensão do capacitor

iC ; CoV - Ondulação da tensão do capacitor oC .

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32

Correntes mínimas e correntes máximas dos indutores iL e oL :

Observa-se por meio da Figura 19 que as correntes dos indutores iL e

oL

possuem um valor mínimo e um valor máximo, ou seja, há quatro incógnitas a serem

determinadas. Desta forma, torna-se necessário obter um sistema de equações que

possibilite solucionar o problema em questão. As expressões que constituem o

sistema de equações são obtidas através das formas de onda das correntes dos

elementos iL , oL , iC e oC e são apresentadas sequencialmente por (3.12), (3.13),

(3.14) e (3.15).

m max 0

S

g

i in i

i

V DIL IL

L f (3.12)

min max 0

S

g

o o

o

V DIL IL

L f (3.13)

min max min max 1 02 2

o o i iimed

IL IL IL ILIC D D

(3.14)

m max m max 1 02 2

o in o i in i oomed

o

IL IL IL IL VIC D

R

(3.15)

Onde: mi inIL - Corrente mínima do indutor iL ; maxiIL - Corrente máxima do

indutor iL ; mo inIL - Corrente mínima do indutor oL ; m a xoIL - Corrente máxima do

indutor oL .

Resolvendo o sistema chega-se as expressões (3.16), (3.17), (3.18), (3.19),

que representão respectivamente miniIL , maxiIL , minoIL e maxoIL .

min

2

1 2

g o g o o i s

i

o i s

V R V R D V L fDIL

D R L f

(3.16)

max

2

1 2

g o g o o i s

i

o i s

V R V R D V L fDIL

D R L f

(3.17)

min

2

2

o o s g o

o

o o s

V L f V R DIL

R L f

(3.18)

max

2

2

o o s g o

o

o o s

V L f V R DIL

L R f

(3.19)

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33

Corrente média e corrente eficaz do indutor iL :

Através das expressões (3.20) e (3.22) são definidos sequencialmente o

valor médio e eficaz da corrente do indutor iL . Substituindo, (3.5), (3.7), (3.8), (3.16)

e (3.17) em (3.20) e (3.22) chega-se, respectivamente, as equações finais (3.21) e

(3.23).

1 2

min max

0 0

1

1 2

t t

Li Liimed i i

s

i iIL t IL dt t IL dt

T t t

(3.20)

1

oimed

o

VDIL

D R

(3.21)

221 2

min max

0 0

1

1 2

t t

Li Liief i i

s

i iIL t IL dt t IL dt

T t t

(3.22)

22 2 2 2 2 2

22 2 2

1 12

12 1

g o o i s

ief

i o s

D V R D V L fIL

L R f D

(3.23)

Corrente média e corrente eficaz do indutor oL :

O valor médio e eficaz da corrente do indutor oL são definidos

respectivamente por intermédio das equações (3.24) e (3.26). Substituindo (3.5),

(3.7), (3.9), (3.18) e (3.19) em (3.24) e (3.26) obtém-se, sequencialmente, (3.25) e

(3.27).

1 2

min max

0 0

1

1 2

t t

Lo Loomed o o

s

i iIL t IL dt t IL dt

T t t

(3.24)

oomed

o

VIL

R (3.25)

221 2

min max

0 0

1

1 2

t t

Lo Looef o o

s

i iIL t IL dt t IL dt

T t t

(3.26)

2 2 2 2 2 2

2 2 2

12

12

g o o o s

oef

o o s

V R D V L fIL

L R f

(3.27)

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34

Corrente média e corrente eficaz do interruptor S :

As expressões (3.28) e (3.30) definem sequencialmente o valor médio e

eficaz da corrente do interruptor S . Aplicando (3.5), (3.7), (3.8), (3.9), (3.16) e (3.18)

em (3.28) e (3.30) chega-se as equações finais (3.29) e (3.31).

1

min min

0

1

1

t

Li Lomed i o

s

i iIS t IL IL dt

T t

(3.28)

1

omed

o

V DIS

R D

(3.29)

21

min min

0

1

1

t

Li Loef i o

s

i iIS t IL IL dt

T t

(3.30)

22 2 4 3 2 2 2 2 2

22 2 2 2

2 12

12 1

g o i o o i o s

ef

i o o s

D V R L L D D D V L L fIS

L L R f D

(3.31)

Corrente média e corrente eficaz do diodo oD :

As expressões (3.32) e (3.34) representam sequencialmente o valor médio e

eficaz da corrente do diodo oD . Substituindo (3.5), (3.7), (3.8), (3.9), (3.16) e (3.18)

em (3.32) e (3.34) tem-se como resultado (3.33) e (3.35), respectivamente.

2

max max

0

1

2

t

Li Lo

omed i o

s

i iID t IL IL dt

T t

(3.32)

oomed

o

VID

R (3.33)

22

max max

0

1

2

t

Li Lo

oef i o

s

i iID t IL IL dt

T t

(3.34)

22 2 2 2 2 2 2 2

2 2 2 2

2 1 12

12 1

g o i o o i o s

oef

i o o s

V R D L L D D V L L fID

L L R f D

(3.35)

Característica estática:

A relação existente entre a tensão de saída e tensão de entrada é definida

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35

como ganho estático MCCGe , a qual pode ser obtida por meio do balanço volt

segundo do indutor iL ou oL . Para isto, admite-se que a tensão média dos indutores

em um período de comutação é nula (3.36). Partido desta consideração obtém-se a

equação (3.37), que por sua vez é representada graficamente pela Figura 20.

O ganho estático do referido retificador também pode ser obtido a partir da

relação entre a corrente média do indutor iL (corrente média de entrada) e a

corrente média do indutor oL (corrente média de saída) como pode ser observado

em (3.38).

1 2

0 0

10

1 2

t tg o

i o

s

V VVL VL dt dt

T t t

(3.36)

1

oMCC

g

V DGe

V D

(3.37)

1

/ 1

o

oimedMCC MCC

omed o o

VD

D RIL DGe Ge

IL V R D

(3.38)

Figura 20 - Ganho estático do conversor SEPIC no MCC

Fonte. Tibola (2013)

3.3 CONVERSOR CC-CC SEPIC BÁSICO MCD

No modo de condução descontínua o conversor SEPIC possui três etapas

distintas de operação, sendo que as duas primeiras já são conhecidas, pois são as

mesmas que as apresentadas nas seções 3.2.1 e 3.2.2.

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36

A terceira etapa de operação tem início no instante em que as correntes

minLiI e minLoI igualam-se a um mesmo valor, porém, com sinais opostos. Assim, a

circulação de corrente no diodo oD é anulada antes do interruptor S ser comandado

a conduzir novamente, caracterizando, desta maneira, a descontinuidade de

operação do conversor. Tal descontinuidade também pode ser constatada ao se

observar a corrente dos indutores iL e oL . Durante a terceira etapa de operação

estas correntes se mantêm com um valor constante. O circuito equivalente da etapa

descrita é apresentado na Figura 21.

Vo

iiL

iCiL

oRoCoLgV

iVC

iVL

oVL

oVC

oiL

oiC

oiR

Figura 21 - Circuito equivalente da terceira etapa de operação no MCD Fonte: Autoria própria

3.3.1 Formas de Onda

Esta seção tem por objetivo apresentar as principais formas de ondas das

tensões e correntes do conversor operando em MCD. Estas são apresentadas

respectivamente pelas Figura 23 e Figura 22.

3.3.2 Equacionamento

Assim como no caso MCC, o equacionamento do conversor operando em

MCD deve ser realizado, pois este também servirá de suporte para as análises

futuras das estruturas monofásicas e trifásica propostas nesta dissertação.

Intervalos 1t , 2t e 3t :

Também como no caso MCC, o intervalo de tempo 1t é determinado pela

própria definição de razão cíclica D . Assim, esta também é representada pela

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37

expressão (3.5). Já os intervalos 2t e 3t são definidos respectivamente por (3.39)

e (3.40).

2 2 st X T (3.39)

3 3 st X T (3.40)

Por meio da expressão (3.41), que representa matematicamente o valor da

tensão média do indutor iL , é possível determinar 2X . Assim, aplicando (3.5), (3.39)

e (3.40) em (3.41), e efetuando as operações matemáticas pertinentes, chega-se a

equação (3.42).

1

1 2 0. 3 0i g o

s

VL V t V t tT

(3.41)

2 g

o

VX

D

V (3.42)

Substituindo (3.42) em (3.39), obtém-se a expressão (3.43) que define 2t .

2

g

s

o

V Dt T

V (3.43)

0 t

0t

0t

2t 3t

Etapas

1 2 3

1sDT t

1 sD T

sT

gV

oV

g oV V

gV

oV

g oV V

i oVL VL

VS

oVD

Figura 22 - Principais formas de onda das tensões do conversor SEPIC operando no MCD

Fonte: Autoria própria

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38

Etapas

1 2 3

0t

0t

0t

0t

0t

2t 3t1 St DT

maxiiL

miniiL

maxoiL

min mino iiL iL

max maxi oiL iL

max maxi oiL iL

maxiiL

miniiL

maxoiL

iiL

oiL

iS

oiD

iiC

1 sD DT

sT

Figura 23 - Principais formas de onda das correntes do conversor SEPIC operando em MCD Fonte: Autoria própria

A incógnita sT já definida por (3.6) também poder ser representada por

(3.44). Assim, aplicando (3.5), (3.40) e (3.43) em (3.44) determina-se a incógnita 3X ,

que é exposta em (3.45).

1 2 3sT t t t (3.44)

3

1o g

o

V D V DX

V

(3.45)

Substituindo (3.45) em (3.40) determina-se 3t , o qual é definido em (3.46).

3

1o g

s

o

V D V Dt T

V

(3.46)

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39

Correntes mínimas e correntes máximas dos indutores iL e oL :

Através da Figura 23 é possível constatar que os valores máximos das

correntes dos indutores iL e oL são representadas respectivamente por maxiIL e

maxoIL . Observa-se também que, ao final da segunda etapa, as correntes nos

indutores atingem o mesmo valor, mas com sentidos opostos, cujo qual é definido

como minioIL . Desta forma, há três incógnitas a serem determinadas, as quais são

obtidas por meio da solução do sistema de equações constituído por (3.47), (3.48) e

(3.49).

min max 0g

i i

i s

V DIL IL

L f (3.47)

min max 0g

i o

o s

V DIL IL

L f (3.48)

min max m max min

12 0

g g

imed i o i in i i

o o

V D Vo D V DIC IL IL D IL IL IL

V V

(3.49)

Resolvendo o sistema obtêm-se as expressões, (3.50), (3.51) e (3.52) que

representão sequencialmente minioIL , maxiIL e maxoIL .

2

min2

g o i g o

io

o i o s

D V V L V LIL

V L L f

(3.50)

max

2

2

g o i g o o o

i

o i o s

DV D V L V L V LIL

V L L f

(3.51)

max

2

2

g o i o i g o

o

o i o s

DV V L D V L V LIL

V L L f

(3.52)

Ondulação de corrente dos indutores iL e oL :

A diferença algébrica entre a corrente máxima e a comente mínima de um

indutor é denominada ondulação de corrente. Assim, aplicando este conceito aos

indutores iL e o

L obtêm-se, respectivamente, as expressões (3.53) e (3.55).

Efetuando as devidas substituições em (3.53) e (3.55) chega-se a (3.54) e (3.56),

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40

que representam sequencialmente as ondulações de corrente de iL e

oL .

max minLi i ioi IL IL (3.53)

g

Li

i s

V Di

L f (3.54)

max minLo o ioi IL IL (3.55)

g

Lo

o s

V Di

L f (3.56)

Corrente média e corrente eficaz de iL :

Por meio das expressões (3.57) e (3.59) são definidos respectivamente o

valor médio e eficaz da corrente do indutor iL . Substituindo (3.5), (3.43), (3.46),

(3.54), (3.50) e (3.51) em (3.57) e (3.59) chega-se, sequencialmente, as equações

finais (3.58) e (3.60).

1 2 3

min max min

0 0 0

1

1 2

t t t

Li Liimed io i io

s

i iIL t IL t IL IL dt

T t t

(3.57)

2

2

g i o

imed

i o s

D V L LIL

L L f

(3.58)

221 2 3

2

min max min

0 0 0

1

1 2

t t t

Li Liief io i io

s

i iIL t IL dt t IL dt IL dt

T t t

(3.59)

2

3 2

2 2 2 2

2 2 2 2

4 6

3

12

o o o g o o o i g o

g

o i g o

ief

o i o s

V L V V V L D V L V LD V

D V L V LIL

V L L f

(3.60)

Corrente média e corrente eficaz de oL :

O valor médio e eficaz da corrente do indutor oL são representados

sequencialmente pelas equações (3.62) e (3.64), as quais são obtidas por meio da

substituição de (3.5), (3.43), (3.46), (3.56), (3.50) e (3.52) em (3.61) e (3.63),

respectivamente.

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41

1

min maxmin

0

2 3

min maxmax min

0 0

11

2

t

io oio

omed t ts io o

o io

IL ILt IL dt

tIL

T IL ILt IL dt IL dt

t

(3.61)

2 2

2

g i o

Lomed

o i o s

D V L LI

V L L f

(3.62)

2

21

min maxmin

0

23

2min maxmax min

0 0

11

2

t

t

io oio

oeft

sio o

o io

IL ILt IL dt

tIL

T IL ILt IL dt IL dt

t

(3.63)

2

3 2

2 2 2 2

2 2 2 2

4 6

3

12

o i o g g i g o o i

g

g o o i

oef

o i o s

V L V V V L D V L V LD V

D V L V LIL

V L L f

(3.64)

Corrente média e corrente eficaz do interruptor S :

As expressões (3.66) e (3.68) definem sequencialmente o valor médio e

eficaz da corrente do interruptor S . Estas são obtidas, respectivamente, a partir da

substituição de (3.5), (3.43), (3.46), (3.51), (3.52), (3.54) em (3.65) e (3.67).

1

max max

0

1

1

t

i omed

s

IL ILIS t dt

T t

(3.65)

2

2

g i o

med

i o s

D V L LIS

L L f

(3.66)

21

max max

0

1

1

t

i oef

s

IL ILIS t dt

T t

(3.67)

3

g i o

ef

i o s

DV L L DIS

L L f

(3.68)

Corrente média e corrente eficaz do diodo oD :

As expressões (3.70) e (3.72) determinam sequencialmente o valor médio e

eficaz da corrente do diodo oD . Tais equações resultam, respectivamente, da

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42

substituição de (3.5), (3.43), (3.46), (3.51), (3.52), (3.54) em (3.69) e (3.71).

2

max max

0

1

2

t

i oomed

s

IL ILID t dt

T t

(3.69)

2 2

2

g i o

omed

o i o s

D V L LID

V L L f

(3.70)

22

max max

0

1

2

t

i ooef

s

IL ILID t dt

T t

(3.71)

3

g i o g

oef

i o s o

DV L L DVID

L L f V

(3.72)

Indutores iL e oL :

O valor da indutância de iL é obtida por meio da primeira etapa de

operação, e é representada pela expressão (3.73).

g

i

Li s

V DL

i f

(3.73)

O valor médio da corrente de saída é equivalente ao valor médio da corrente

do diodo oD . Desta forma, pode-se representá-la por (3.74).

2 2

2

g i o

o

o i o s

D V L LiR

V L L f

(3.74)

Aplicando (3.75), que também é uma definição do valor médio da corrente

de saída, em (3.74), obtém-se (3.76). Efetuando as operações matemáticas

pertinentes em (3.76), chega-se a expressão (3.77), a qual define o valor da

indutância do indutor oL .

oo

o

ViR

R (3.75)

2 2

2

g i oo

o o i o s

D V L LV

R V L L f

(3.76)

2 2

2 2 22

i o g

o

i o s o g

L R V DL

LV f R V D

(3.77)

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43

Capacitores iC e oC :

As equações (3.78) e (3.79) (TIBOLA, 2013) representam respectivamente

os valores das capacitâncias de iC e oC .

22

2 2 2

2

8

g g o o i o i

i

o i o Ci s

D V D V L V L V LC

V L L V f

(3.78)

2

22

g i o o i o s

o Co o i i o s

V D L L iR L L fCo

V V L L L L f

(3.79)

Característica estática:

Como ora mencionado, a relação existente entre tensão de saída e tensão

de entrada é conhecida como ganho estático. Para o modo de operação em questão

este é definido como ( MCDGe ) e obtido por meio da expressão (3.76), que submetida

ao devido tratamento matemático resulta em (3.80). Observando tal expressão,

constatasse que para um conversor contendo frequência de comutação e

indutâncias fixas, haverá para cada valor de carga uma curva de característica

estática.

2

o i o

MCD

i o s

R L LGe D

L L f

(3.80)

Como já evidenciado, a terceira etapa de operação do conversor inicia

quando a corrente do diodo atinge o valor zero, e permanece neste valor até o início

da próxima etapa de operação. Baseando-se neste fato é possível afirmar que o

limite da descontinuidade de operação do conversor ocorre quando o intervalo de

tempo 3t tende à zero, logo, 2t tende a 1 sD T . Desta forma, pela expressão

(3.81) (que descreve o balanço de energia admitindo rendimento unitário, e que toda

energia armazenada na primeira etapa é entregue para a saída durante a segunda

etapa de operação) chega-se a (3.82).

1 2 1 2i o g imed omed o imed omedP t P t V IL IL t V IL IL t (3.81)

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44

1 2g oV t V t (3.82)

Onde: iP - Potência média de entrada; oP - Potência média de saída.

Aplicando os intervalos de tempo e a expressão (3.76) em (3.82), obtém-se

(3.83), que por sua vez revela duas importantes relações:

Resistência de carga mínima, descrita por (3.84): resistência igual ou maior

que o valor mínimo garante a descontinuidade do conversor para um

determinado ponto de operação;

Máxima razão cíclica, descrita por (3.85): razão cíclica que garante o modo

de condução descontinua para uma dada condição de carga.

1

1 2

o i o

i o s

R L L

D L L f

(3.83)

min 2

2

1

i o so

i o

L L fR

D L L

(3.84)

max

21 i o s

MCD

o i o

L L fD

R L L

(3.85)

Por meio da Figura 24 apresenta-se o ganho estático do conversor em

função de alguns valores do parâmetro sk (3.86), e da razão cíclica.

Figura 24 - Ganho estático do conversor SEPIC no DCM

Fonte. TIBOLA (2013)

2

o i o

s

i o s

R L Lk

L L f

(3.86)

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45

Nota-se por meio da Figura 24 que para cada valor do parâmetro sk tem-se

uma razão cíclica máxima. Tal razão delimita o modo de operação do conversor, ou

seja, para valores iguais ou menores de razão cíclica o conversor opera em MCD,

para maiores, opera em MCC.

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46

4 RETIFICADORES MONOFÁSICOS SEPIC COM UM E DOIS INTERRUPTORES

4.1 INTRODUÇÃO

As estruturas apresentadas na Figura 1 e reapresentadas na Figura 25 são

baseadas na topologia exposta na Figura 26 e em CANESIN (2001). Basicamente,

suas principais diferenças estruturais quando comparada à topologia básica do

conversor CC-CC SEPIC, consiste na fonte de alimentação senoidal e da ponte

retificadora.

Devido a estas diferenças estruturais a tensão de entrada é agora uma

tensão senoidal retificada. Desta maneira, para que as topologias funcionem

adequadamente, a tensão dos capacitores 1iC e 2iC deve seguir esta tensão. Assim,

quanto mais harmônicos da tensão retificada os capacitores 1iC e 2iC reproduzirem,

maior será a qualidade da corrente de entrada (TIBOLA, 2011).

Logo, admitindo-se que a soma das tensões dos capacitores 1iC e 2iC é

igual à tensão retificada (isenta de ondulação em alta frequência), o restante da

estrutura de cada retificador funciona de forma análoga ao conversor CC-CC SEPIC

operando em MCC ou MCD. Desta forma, o estudo referente aos retificadores

controlados monofásicos SEPIC constituídos por um e por dois interruptores pode

ser realizado utilizando como base os conceitos, as etapas de operação e as

considerações adotadas nas seções 3.2 e 3.3, respectivamente.

i2VC

o1VD

i2VC

o1VD

VS1

VS2

i1VC

2D

4D

S

VCi1

oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

3D

iVL

iL

gV

o2VD

oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

2D

iVL

iL

gV

o2VD

VS

1S

2S

Figura 25 - Retificadores monofásicos propostos

Fonte: Autoria própria

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47

iCiLoD

oRoCoLS oV

gV1D 2D

3D 4D

Figura 26 - Retificador controlado SEPIC Fonte. Autoria própria.

4.2 RETIFICADORES SEPIC MCC CONSTITUÍDOS POR UM E POR DOIS INTERRUPTORES

Por meio do apêndice A são apresentados os conceitos, etapas de

operação, circuitos equivalentes, formas de ondas e equacionamento referentes aos

retificadores monofásicos SEPIC MCC constituídos por um e por dois interruptores.

4.3 RETIFICADOR MONOFÁSICO SEPIC MCD CONTITUÍDO POR UM INTERRUPTOR

A presente seção tem por finalidade apresentar as etapas de operação,

circuitos equivalentes, formas de onda, equacionamento e modelagem matemática

referente ao retificador monofásico SEPIC MCD constituído por um interruptor.

4.3.1 Etapas de Operação

No modo de condução descontínuo o referido retificador apresenta três

etapas distintas de operação. Tais etapas são apresentadas e descritas nas seções

4.3.1.1, 4.3.1.2 e 4.3.1.3.

Em regime permanente, admite-se que o valor médio das tensões nos

indutores e as ondulações de tensão nos capacitores em alta frequência são nulos.

Desta forma, a soma das tensões dos capacitores 1iC , 2iC e a tensão de oC são,

respectivamente, gV e oV .

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48

4.3.1.1 Primeira Etapa

Durante a primeira etapa de operação o interruptor S encontra-se em

condução, e os diodos 1oD e 2oD , bloqueados. As correntes nos indutores iL e oL

crescem linearmente segundo a relação (4.1) e (4.2), respectivamente. A carga oR

é alimentada pelo capacitor oC . O circuito equivalente da etapa em questão é

apresentado na Figura 27.

i1VC

2D

4D

S oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

3D

iVL

iL

gV

i2VC

Figura 27 - Circuito equivalente primeira etapa de operação

Fonte: Autoria própria

min

g

i i

i

ViL t t IL

L (4.1)

min

g

o o

o

ViL t t IL

L (4.2)

4.3.1.2 Segunda Etapa

A segunda etapa inicia-se no momento em que o interruptor S é comandado

a bloquear. Neste instante, os diodos 1oD e 2oD entram em condução, com isto, a

energia armazenada nos indutores iL e oL é transferida para o capacitor oC e para

carga oR . As correntes em iL e oL decrescem linearmente segundo as relações

(4.3) e (4.4), respectivamente. Apresenta-se por meio da Figura 28 o circuito

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49

equivalente da referida etapa.

maxo

i i

i

ViL t t IL

L

(4.3)

maxo

o o

o

ViL t t IL

L

(4.4)

i1VC

2D

4D

S oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

3D

iVL

iL

gV

i2VC

VS

Figura 28 - Circuito equivalente segunda etapa de operação

Fonte: Autoria própria

4.3.1.3 Terceira Etapa

A terceira etapa de operação inicia-se no instante em que as correntes

mínimas dos indutores iL e oL igualam-se a um mesmo valor, mas com sinais

opostos. Assim, os diodos 1oD e 2oD entram em modo de bloqueio antes do

interruptor S ser comandado a conduzir novamente, caracterizando, deste modo, a

descontinuidade de operação do conversor. No decorrer desta etapa o capacitor oC

alimenta a carga oR . Por meio da Figura 29 é apresentado o circuito equivalente

desta etapa.

4.3.2 Formas de Onda

Por meio das Figura 31 e Figura 30 são expostas as principais formas de

onda da topologia em um período de comutação no semiciclo positivo da tensão

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50

senoidal de alimentação, considerando-se que os elementos da estrutura são ideais.

i1VC

2D

4D

S oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

3D

iVL

iL

gV

i2VC

VS

Figura 29 - Circuito equivalente terceira etapa de operação

Fonte: Autoria própria

Etapas

1 2 3

0t

0t

0t

0t

0t

2t 3t1 St DT

maxiiL

miniiL

maxoiL

min mino iiL iL

max maxi oiL iL

max maxi oiL iL

maxiiL

miniiL

maxoiL

iiL

oiL

iS

1 2o oiD iD

1 2i iiC iC

1 sD DT

sT

Figura 30 - Forma de onda das correntes do retificador constituído por um interruptor Fonte: Autoria própria

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51

0 t

0t

0t

2t 3t

Etapas

1 2 3

1sDT t

1 sD T

sT

pV

oV

p oV V

gV

/ 2oV

/ 2p oV V

i oVL VL

VS

1 2o oVD VD

Figura 31 - Forma de onda das tensões do retificador constituído por um interruptor

Fonte: Autoria própria

4.3.3 Equacionamento

Nesta seção é apresentado o equacionamento do retificador SEPIC

monofásico operando em MCD, o qual é basicamente desenvolvido a partir das

equações apresentadas em 3.3.2. Considera-se que as polaridades das tensões e

os sentidos das correntes são os mesmos que os adotados na Figura 25.

Tensão de Alimentação gV :

A tensão de alimentação da estrutura (tensão de entrada) é descrita por

meio da expressão (4.5).

g pV V sen (4.5)

Indutores iL e oL :

A expressão que define o valor da indutância de iL é obtida a partir da

aplicação de (4.5) em (3.73). Tal aplicação resulta em (4.6). Por meio desta

expressão, observa-se que o valor da indutância é uma função que depende da

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52

amplitude da tensão de entrada. Assim, é possível afirmar que o maior valor que

esta indutância pode assumir ocorre no instante que é igual a 90º , ou seja,

g pV V . Desta forma, a expressão que define o valor iL é obtida considerado-se

somente o valor de pico da tensão de alimentação, como pode ser constatado em

(4.7).

p

i

Li s

V sen DL

i f

(4.6)

p

i

Li s

V DL

i f

(4.7)

Da mesma forma, como argumentado em 3.3.2, o valor médio da corrente

de saída é equivalente ao valor médio da corrente dos diodos 1oD e 2oD , que por

sua vez é igual ao valor médio da corrente do indutor oL . Logo, pode-se representar

a amplitude média da corrente de saída como em (4.8). Manipulando-se

algebricamente (4.8) chega-se a equação (4.9), a qual define o valor de oL .

2 2 2 2

1 24 4

p i o p i ooo omed o med o med

o i o s o o i o s

D V L L D V L LViR IL ID ID

V L L f R V L L f

(4.8)

2 2

2 2 24

i o p

o

i o s o p

L R V DL

LV f R V D

(4.9)

Capacitores 1iC 2iC e oC :

As equações (4.10) e (4.11) representam, respectivamente, os valores das

capacitâncias de 1iC , 2iC e oC .

22

1 2 2 2 2

1

2

4

p p o o i o i

i i

o i o Ci s

D V D V L V L V LC C

V L L V f

(4.10)

22

2

0,9

o huto

o o

PTC

V V

(4.11)

Onde: 1CiV - Ondulação de tensão do capacitor 1iC ; hutT - Tempo de Hold-

up-time, o qual define que um dado capacitor seja capaz de sustentar uma

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53

determinada carga com um valor mínimo de tensão (90%) mesmo que a fonte de

alimentação venha a faltar por um período da rede.

Correntes mínimas e correntes máximas dos indutores iL e oL :

Os valores das mínimas e máximas correntes dos indutores iL e oL são

funções que dependem da amplitude da tensão de alimentação. Desta forma,

aplicando (4.5) em (3.50), (3.51), (3.52) obtêm-se (4.12), (4.13), (4.14).

2

min2

p o i p o

Lio

o i o s

D V sen V L V sen LI

V L L f

(4.12)

max

2

2

p o i p o o o

Li

o i o s

DV sen D V L V sen L V LI

V L L f

(4.13)

max

2

2

p o i o i p o

Lo

o i o s

DV sen V L D V L V sen LI

V L L f

(4.14)

Como ora evidenciado, a maior amplitude que a tensão de entrada pode

assumir é pV (4.15), e isto ocorre no instante que atinge 90 . Logo, neste

momento, as mínimas e máximas correntes dos indutores iL e oL também chegam

ao seu maior patamar. Este fato revela que as expressões que definem os máximos

valores destas correntes são obtidas considerando-se somente o valor de pico da

tensão de entrada, como pode ser constatado em (4.16), (4.17), (4.18).

90º 90ºg p g p g pV V sen V V sen V V (4.15)

2

min2

p o i p o

io

o i o s

D V V L V LIL

V L L f

(4.16)

max

2

2

p o i p o o o

i

o i o s

DV D V L V L V LIL

V L L f

(4.17)

max

2

2

p o i o i p o

o

o i o s

DV V L D V L V LIL

V L L f

(4.18)

Ondulações de corrente dos indutores iL e oL :

A ondulação de corrente dos indutores, assim como no retificador MCC

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54

(apêndice A), também é uma função que depende da amplitude da tensão de

entrada. Logo, esta, também apresenta maior amplitude quando igual 90 . Assim,

aplicando (4.17) e (4.16) em (3.53) obtém-se (4.19), que define a ondulação de

corrente do indutor iL . Aplicando (4.18) e (4.16) em (3.55) chega-se a expressão

(4.20), cuja qual representa o valor da ondulação de corrente do indutor oL .

p

Li

i s

V Di

L f (4.19)

p

Lo

o s

V Di

L f (4.20)

Corrente média e corrente eficaz de iL :

Aplicando (4.5) em (3.58) obtém-se (4.21). Integrando (4.21) em um período

da tensão senoidal de entrada como mostra (4.22), chega-se à expressão (4.23), a

qual descreve o valor médio da corrente do indutor iL .

2 s

2

p i o

imed

i o s

D V en L LIL

L L f

(4.21)

22

0

s1

2 2

p i o

imed

i o s

D V en L LIL d

L L f

(4.22)

0imedIL (4.23)

Substituindo (4.5) em (3.60) tem-se como resultado (4.24). Integrando (4.24)

em um período da tensão senoidal de alimentação, como pode ser visualizado na

equação (4.25), obtém-se (4.26), a qual define o valor eficaz da corrente do indutor

iL .

2

23

2 2 2 2

22 2 2

4

612

3

o o o p

p

ief o o o i p o

o i o s

o i p o

V L V V senD V sen

IL V L D V L V sen LV L L f

D V L V sen L

(4.24)

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55

2

2

23

2 2 2 2

02

2 2 2

4

16

12

3

o o o p

p

ief o o o i p o

o i o s

o i p o

V L V V senD V sen

IL V L D V L V sen L dV L L f

D V L V sen L

(4.25)

3 2 2 2 2 2 2

2 2 2 2

12 2 16 96

24

p o i i o o o p

ief

o i o s

D V V L D L L L V V DIL

V L L f

(4.26)

Corrente média e corrente eficaz de oL :

Substituindo (4.5) em (3.62) e (3.64), chegam-se as expressões (4.27) e

(4.30), que integradas em meio período da fonte alternada de entrada resultam

sequencialmente em (4.29) e (4.32). Tais equações definem respectivamente o valor

médio e eficaz da corrente do indutor oL .

22

2

p i o

omed

o i o s

D V sen L LIL

V L L f

(4.27)

22

0

1

2

p i o

omed

o i o s

D V sen L LIL d

V L L f

(4.28)

2 2

4

p i o

omed

o i o s

D V L LIL

V L L f

(4.29)

2

23

2 2 2 2

22 2 2

4

612

3

o i o p

p

oef p i p o o i

o i o s

p o o i

V L V V senD V sen

IL V sen L D V sen L V LV L L f

D V sen L V L

(4.30)

2

2

23

2 2 2 2

02

2 2 2

4

16

12

3

o i o p

p

oef p i p o o i

o i o s

p o o i

V L V V senD V sen

IL V sen L D V sen L V L dV L L f

D V sen L V L

(4.31)

2 2 23 2

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

128 192 5421

24 48 . 36 27

p o i p o i p i op

oef

o i o s o i o i p o

V V L V V L D V L L DD VIL

V L L f V L V L D V L D

(4.32)

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56

Tensão máxima, corrente máxima, corrente média e corrente eficaz do

interruptor S :

Define-se, por meio da expressão (4.33), o valor da máxima tensão do

interruptor S .

axm p oVS V V (4.33)

O valor máximo da corrente do interruptor S é definido pela equação (4.35).

Tal expressão é obtida a partir da substituição de (4.17) e (4.18) em (4.34).

ax ax axm im omIS IL IL (4.34)

ax

p i o

m

i o s

DV L LIS

L L f

(4.35)

As expressões (4.38) e (4.41) definem sequencialmente o valor da corrente

média e eficaz do interruptor S . Tais equações são obtidas respectivamente por

meio das expressões (4.36), (4.37), (4.39), (4.40).

2

2

p i o

med

i o s

D V sen L LIS

L L f

(4.36)

2

0

1

2

p i o

med

i o s

D V sen L LIS d

L L f

(4.37)

2

p i o

med

i o s

D V L LIS

L L f

(4.38)

3

p i o

ef

i o s

DV sen L L DIS

L L f

(4.39)

0

1

3

p i o

ef

i o s

DV sen L L DIS d

L L f

(4.40)

6

p i o

ef

i o s

DV L L DIS

L L f

(4.41)

Tensão máxima, corrente máxima, média e eficaz dos diodos 1oD e 2oD :

Por meio da expressão (4.42) determina-se o valor da máxima tensão

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57

reversa dos diodos 1oD e 2oD .

1max 2max2

p o

o o

V VVD VD

(4.42)

A expressão (4.44), que é obtida a partir da substituição de (4.17) e (4.18)

em (4.43), define o valor máximo da corrente do diodo 1oD e 2oD .

1 ax 2 ax ax axo m o m im omID ID IL IL (4.43)

1 ax 2 ax

p i o

o m o m

i o s

V D L LID ID

L L f

(4.44)

As expressões que determinam o valor médio e eficaz da corrente dos

diodos 1oD e 2oD são obtidas a partir da substituição de (4.5) em (3.70) e (3.72). Tal

substituição resulta em (4.46) e (4.48). Integrando-se (4.46) e (4.48) em meio

período da tensão senoidal de entrada, com em (4.46) e (4.49), chega-se as

expressões (4.47), (4.50) que definem respectivamente o valor médio e eficaz da

corrente dos diodos 1oD e 2oD .

2 2

1 22

p i o

o med o med

o i o s

D V sen L LID ID

V L L f

(4.45)

2 2

1 2

02

p i o

o med o med

o i o s

D V sen L LID ID d

V L L f

(4.46)

2 2

1 24

p i o

o med o med

o i o s

D V L LID ID

V L L f

(4.47)

1 23

p i o p

o ef o ef

i o s o

DV sen L L DV senID ID

L L f V

(4.48)

1 2

0

1

3

p i o p

o ef o ef

i o s o

DV sen L L DV senID ID d

L L f V

(4.49)

1 2

2

3

p i o p

o ef o ef

i o s o

DV L L DVID ID

L L f V

(4.50)

Diodos retificadores:

Sabe-se que a fonte de alimentação, a ponte retificadora e o indutor iL

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58

encontram-se em série. Desta forma, as equações que representam a corrente

média e eficaz dos diodos da ponte retificadora podem ser obtidas a partir das

equações (4.21) e (4.24), que descrevem sequencialmente a corrente média e eficaz

do indutor Li em um período de comutação. Integrando (4.21) e (4.24), como em

(4.51) e (4.52), obtém-se as equações (4.53) e (4.54) que definem respectivamente

o valor médio e eficaz da corrente de cada diodo da ponte retificadora.

2

0

.s1

2 2

p i o

Rmed

i o s

D V en L LID d

L L f

(4.51)

2

2

23

Re 2 2 2 2

02

2 2 2

4

16

2 12

3

o o o p

p

f o o o i p o

o i o s

o i p o

V L V V senD V sen

ID V L D V L V sen L dV L L f

D V L V sen L

(4.52)

2

2

p i o

Rmed

i o s

D V L LID

L L f

(4.53)

2 2 2 23 2

2 2 2 2 2 2 2

16 8 12 271

24 12 3 4 6

p o o p op

Ref

o i o s o i o i o

V V L D V L DD VID

V L L f V L D L L L D

(4.54)

Característica estática:

O ganho estático para o retificador monofásico operando em MCD é definido

pela relação entre a tensão de saída e a tensão de pico de entrada, como demonstra

(4.55). Desta maneira, trabalhando-se matematicamente com (4.47) chega-se à

expressão (4.56), a qual define o ganho estático do retificador.

oret MCD

p

VGe

V (4.55)

4

o i o

ret MCD

i o s

R L LGe D

L L f

(4.56)

De forma análoga à argumentação apresentada no item 3.3.2, o retificador

SEPIC MCD também apresenta uma resistência de carga mínima e uma razão

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59

cíclica máxima, que atendidas, garantem que a estrutura opera de forma

descontínua. As expressões que definem os valores destas grandezas são

apresentadas respectivamente em (4.57) e (4.58).

min 2

4

1

i o so

i o

L L fR

D L L

(4.57)

max 1 2 i o s

o i o

L L fD

R L L

(4.58)

As curvas de característica do retificador são análogas às apresentadas na

Figura 24. Contudo, agora com o fator sk definido por (4.59).

4

o i o

s

i o s

R L Lk

L L f

(4.59)

4.4 RETIFICADOR MONOFÁSICO SEPIC MCD CONSTITUÍDO POR DOIS INTERRUPTORES

O retificador controlado SEPIC MCD cuja topologia é constituída por dois

interruptores, assim como o retificador constituído por um interruptor, apresenta três

etapas de operação. Tais etapas são equivalentes às apresentadas em 4.3.1.1,

4.3.1.2 e 4.3.1.3, e por isto, torna-se desnecessário a descrição das mesmas.

Os circuitos equivalentes referentes às etapas em questão são apresentados

por meio da Figura 32.

4.4.1 Formas de Onda

A partir das etapas de operação são desenvolvidas as principais formas de

onda da topologia para um período de comutação no semiciclo positivo da tensão de

alimentação. Tais formas de onda podem ser visualizadas por meio da Figura 33.

Algumas formas de onda como, por exemplo, as tensões e correntes dos

indutores Li e Lo não são apresentadas na Figura 33, pois estas são equivalentes

às formas de onda apresentadas nas Figura 22 e Figura 23.

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60

Etapa 1

i2VC

oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

2D

iVL

iL

gV

1S

2S

i1VC

Etapa 2

i2VC

VS1

oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

2D

iVL

iL

gV

1S

2S

i1VC

Etapa 3

i2VC

VS1

oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

2D

iVL

iL

gV

1S

2S

i1VC

Figura 32 - Etapas de operação do retificador SEPIC MCD constituído por dois interruptores

Fonte: Autoria própria

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61

t

t

0

00

0t

3t

0t

Etapas

1 2 3

2t1DTs t

1 D Ts

Ts

max maxi oiL iL

maxoiL

p oV V

gV

1iS

2iS

1VS

2VS

Figura 33 - Formas de onda do retificador SEPIC MCD constituído por dois interruptores

Fonte: Autoria própria

4.4.2 Equacionamento

As expressões que regem o ganho estático, as grandezas dos capacitores,

magnéticos e semicondutores para a topologia composta por dois interruptores são

as mesmas que as do retificador constituído por um interruptor, exceto pelas

equações que definem o valor médio e eficaz da corrente nos interruptores 1S e 2S ,

como pode ser constatado sequencialmente em (4.60) e (4.62). Efetuando as

operações matemáticas pertinentes em (4.60) e (4.62) chega-se as equações finais

(4.61) e (4.63), respectivamente.

1 2

2

0

22

s

21

2 s 2 s

4

med med

p i o

i o s

p o i o i p o

o i o s

IS IS

D V en L Ld

L L f

D V en V L D V L V en Ld

V L L f

(4.60)

2

1 2

16 4 8

16

p o i o p o

med med

o i o s

V D V L D L V D VIS IS

V L L f

(4.61)

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62

1 2

22

0

222

s

21

2 s 2 s

4

ef ef

p i o

i o s

p o i o i p o

o i o s

IS IS

D V en L Ld

L L f

D V en V L D V L V en Ld

V L L f

(4.62)

1 2

2 3 2

2 2 2

2 2 2 2

128 64 12 48

969 481

24

ef ef

p o i i

p o o i

i oo p o

o i o s

IS IS

V V L D D L D DV D L V L

L LL V D V

V L L f

(4.63)

4.5 MODELAGEM DOS RETIFICADORES COSNTITUÍDOS POR UM E POR DOIS INTERRUPTORES

Como as correntes de entrada seguem naturamente as tensões de entrada,

não há necessidade de implementação de controle para estas correntes. Contudo,

torna-se obrigatória a utilização de uma malha de controle para a tensão de saída,

tanto para as estruturas monofásicas quanto para a topologia trifásica. Desta forma,

propõem-se através do diagrama de blocos exposto na Figura 34 a estratégia de

controle destinada a regular a referida grandeza.

rfV C p s pwmM G s

oHV

oV

Figura 34 - Estratégia de controle proposta para ambas as topologias

Fonte: Autoria própria

No diagrama proposto na Figura 34 tem-se que G s representa o modelo

da planta dos conversores, pC s representa o compensador a ser definido, oHV e

pwmM representam, respectivamente, sensor da tensão de saída e modulador PWM

(Pulse Width Modulation). oV é a grandeza a ser controlada e rfV a tensão de

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63

referência.

De forma a facilitar a compreensão da estratégia de controle adotada, esta

pode ser descrita da seguinte maneira: a diferença algébrica entre a tensão de

referência e a tensão de saída amostrada pelo sensor oHV é compensada pelo

controlador pC s e o resultado compensado é comparado a uma onda dente de

serra (modulador PWM). A partir desta comparação é gerado um decremento ou

incremento da razão cíclica, que é aplicado ao modelo que representa os

conversores.

4.5.1 Planta G s dos Retificadores Monofásicos com Um e Dois Interruptores

Com a finalidade de se obter o modelo do conversor para o controle de

tensão, é possível representar os retificadores monofásicos SEPIC MCD propostos

com o modelo simplificado exposto na Figura 35.

A partir do modelo apresentado na Figura 35, chega-se ao modelo exposto

na Figura 36, o qual considera os valores médios das grandezas, válido para

pequenos sinais.

o oi = iL

oiC

oC

oiR

oR oV

Figura 35 - Modelo para a determinação da planta de tensão

Fonte: Adaptado Tibola (2013)

,o oi d v

oiC

oC

oiR

oR ov

Figura 36 - Modelo para a determinação da planta de tensão válido para pequenos sinais

Fonte: Adaptado Tibola (2013)

A partir do modelo exporto na Figura 36 escreve-se a equação (4.64), que

submentida as variações de razão cíclica e tensão de saída resulta em (4.65). Na

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64

expressão (4.65) têm-se os termos que contém o símbolo (^), os quais representam

as grandezas que variam no tempo, e os termos escritos em letra maiúscula, que

representam as grandezas no ponto de operação.

Expandindo (4.65) e suprimindo os termos que não são requeridos para a

análise dinâmica, chega-se a expressão (4.66).

, , o oo o o o o o o

o

dv vi d v iC iR i d v C

dt R (4.64)

,o o

o oo o o o o

o

d V v V vI i D d V v C

dt R

(4.65)

, o oo o o

o

dv vi d v C

dt R (4.66)

Como ora exposto, a corrente de saída dos retificadores monofásicos é

definida por (4.8). Entretanto, seu valor é alterado quando a razão cíclica sofre

alguma mudança. O fato de a razão cíclica estar sujeita a variações, faz com que a

tensão de saída também apresente variações, ocasionando, desta maneira, uma

mudança no valor da referida corrente. Logo, a corrente de saída é uma função que

depende tanto da razão cíclica quanto da tensão de saída, como é apresentado em

(4.66).

Deste modo, ao se aplicar uma perturbação na razão cíclica d tem-se uma

variação na corrente oi composta por: variação direta e variação indireta. A variação

direta é oriunda da alteração da razão cíclica em (4.8), e a indireta ocasionada pela

variação da tensão de saída. Desta maneira, a variação de corrente, para uma

determinada perturbação de razão cíclica, pode ser dada em funções parciais como

evidenciado em (4.67).

, o oo o o

o

I Ii d v d v

d v

(4.67)

Aplicando (4.8) em (4.67) e efetuando as operações matemáticas

pertinentes, chega-se a (4.68). Igualando (4.68) a (4.66), obtém-se (4.69). Aplicando

a transformada de Laplace em (4.69), chega-se a (4.70).

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65

2 2 2

2,

2 4

p i o p i o

o o o

o i o s o i o s

DV L L D V L Li d v d v

V L L f V L L f

(4.68)

2 2 2

22 4

p i o p i o o oo o

o i o s o i o s o

DV L L D V L L dv vd v C

V L L f V L L f dt R

(4.69)

2 2 2

22 4

p i o p i o o

o o o

o i o s o i o s o

DV L L D V L L v sd s v s sC v s

V L L f V L L f R

(4.70)

Manipulando-se matematicamente (4.70) de forma a se obter a variação de

tensão pela variação da razão cíclica, chega-se a expressão (4.71), a qual

representa a função de transferência do modelo da planta por valores médios para

pequenos sinais (método de pequenos sinais).

2

2 2

2

2

14

o p i o

o o i o s

o p i o

o o

o i o s

R DV L L

v s V L L fG s

R D V L Ld sR C s

V L L f

(4.71)

4.5.1.1 Validação do Modelo da Planta de Tensão para os Retificadores Monofásicos com Uma e Duas Chaves

Com a finalidade de validar o modelo da planta obtido pelo método de

pequenos sinais, foi desenvolvida uma simulação numérica utilizando o software

PSIM. Para a realização desta simulação foram utilizadas as especificações de

projetos apresentadas no Tabela 1, e os valores dos elementos passivos expostos

no Tabela 2.

Efetuando-se as devidas substituições em (4.71) obtém-se a expressão

(4.72), a qual é a representação final do modelo obtido.

1145

0,211 2G s

s

(4.72)

Aplicando-se um decremento na razão cíclica de aproximadamente 1,4% e

posteriormente retornando a razão cíclica ao seu valor nominal, obtém-se, como

respostas dos retificadores e do modelo representado por (4.72), as formas de onda

expostas na Figura 37.

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66

Figura 37 - Resposta da tensão de saída para uma variação 1,4% de razão cíclica

Fonte: Autoria própria

Verifica-se por meio da Figura 37 que a tensão de saída dos retificadores

encontra-se com um valor maior do que o valor especificado, isto, segundo Tibola

(2013), pode ser justificado pelo fato de que a ondulação de tensão em alta

frequência dos capacitores 1iC e 2iC não é desprezível, como é admitido por uma

das hipóteses simplificativas adotadas para análise e equacionamento dos

conversores desta dissertação (item 4). Desta forma, tem-se uma pequena

discrepância ente os cálculos teóricos e os resultados de simulação numérica.

Com a finalidade de validar a argumentação ora descrita, foram

desenvolvidas duas novas simulações numéricas, cada qual admitindo um valor

distinto de ondulação de tensão em alta frequência para os capacitores 1iC e 2iC . Os

resultados obtidos podem ser visualizados por meio das Figura 38 e Figura 39.

Figura 38 - Resposta da tensão de saída para uma ondulação de tensão em alta frequência de

5% nos capacitores 1iC e 2iC

Fonte: Autoria própria

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67

Figura 39 - Resposta da tensão de saída para uma ondulação de tensão em alta frequência de

2,5% nos capacitores 1iC e

2iC

Fonte: Autoria própria

Analisando os resultados expostos nas Figura 38 e Figura 39 pode-se

afirmar que quanto menor a ondulação de tensão em alta frequência dos capacitores

1iC e 2iC menor é diferença entre a tensão de saída especificada e a obtida via

simulação numérica.

É importante resaltar que não é função do modelo prever o valor em regime

permanente, mas sim, representar de forma adequada a dinâmica do sistema em

uma pequena perturbação. Logo, a partir dos resultados obtidos, pode-se concluir

que a resposta dos retificadores e a resposta dinâmica do modelo de pequenos

sinais apresentam comportamento similar. Sendo assim, torna-se possível afirmar

que o modelo proposto representa de forma satisfatória o comportamento dinâmico

dos referidos retificadores.

4.5.1.2 Definição e Projeto do Controlador

Tendo como principal objetivo implementar um controlador que ofereça erro

nulo em regime permanente para entrada em degrau e que seja imune as

ondulações em alta frequência presentes na tensão de saída oV , optou-se por utilizar

um compensador proporcional integral (PI) com filtro, o qual pode ser representado

pelo circuito exposto na Figura 40.

A estrutura do compensador proposto pode ser aproximada pela expressão

(4.73). Nota-se, por meio desta, que o referido controlador possui dois pólos e um

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68

zero, o que proporciona, quando comparado ao um controlador clássico PI, um

maior grau de liberdade no ajuste da resposta do sistema.

1R

1C

C2

R2

rfV

senV compV

Figura 40 - Estrutura do compensador PI com filtro implementado

Fonte: Autoria própria

z

p cp

p

sC s K

s s

(4.73)

Onde: cpK - Ganho do compensador, definido por (4.74); z - frequência do

zero do compensador, defino por (4.75); p - frequência do polo do compensador

definido por (4.76).

1

1 2cpK

R C (4.74)

1

2 1z

R C (4.75)

1 2

2 1 2p

C C

R C C

(4.76)

4.5.1.3 Ganho do Modulador

Como descrito anteriormente, a diferença algébrica entre a tensão de

referência e a tensão de saída amostrada pelo sensor oHV é compensada pelo

controlador pC s . O resultado compensado cpS é comparado a uma onda dente de

serra. A partir desta comparação geram-se os pulsos de comando pcV (Figura 41)

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69

que são aplicados aos interruptores.

O ganho do referido modulador é dado pela expressão (4.77).

1

pwm

tp

KV

(4.77)

Onde: tpV - tensão de pico da onda triangular.

sDT

sT

t

t

tpV

cpS

pcV

Figura 41 - Principio de geração dos pulsos de comando Fonte: Autoria própria

4.5.1.4 Ganho do Sensor

Como apresentado na Figura 92 e Figura 93, o sensoriamento da tensão de

saída implementado para ambos os retificadores monofásicos propostos, é

constituído por um divisor resistivo. Assim, o ganho do sensor oKHV é facilmente

obtido como expressa a equação (4.78).

12

11 12o

RKHV

R R

(4.78)

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70

5 RETIFICADOR TRIFÁSICO SEPIC MCD

5.1 INTRODUÇÃO

A presente seção tem por finalidade apresentar as formas de onda, as

etapas de operação, o equacionamento e a modelagem matemática referente ao

retificador trifásico SEPIC MCD, o qual é apresentado na Figura 2 e reapresentado

na Figura 42.

VS2VLoa

VLob

VLoc

Módulo 1 ou Bloco 1 Módulo 2 ou Bloco 2 Módulo 3 ou Bloco 3 Mód.4 ou Bl. 4

obiLi2bVC

o3VD

i1bVC

6D

8D

obL

2i bC

1i bC

4oD

3oD

5D

7D

ibVL

ibL

bV

o4VD

nbG

ibiL

2S

aV

i2aVCoaiL

1S VS1

2D

4D

oaL

naG

i1aVC

2i aC

2oD

3D

iaVL

iaL

o2VD

naG

iaiL

o1VD

1i aC

1oD

1D

oiC oiR

oCoR oV

i2cVCociL

10D

12D

oaL

ncG

i1cVC

2i cC

6oD

11D

icVL

icL

o6VD

ncG

iciL

o5VD

1i cC

5oD

9D

cV

3S VS3

nbG

Figura 42 - Estrutura do retificador trifásico representada em módulos e polaridades das

tensões e sentidos das correntes convencionados Fonte: Autoria própria

É estabelecido, como demonstra a Figura 43, um setor que define o período

em que o conversor é estudado. É importante salientar que as análises e

considerações estabelecidas ao setor escolhido, neste caso, setor três, podem ser

estendidas aos demais setores.

Ao se considerar o setor escolhido, os valores em módulo das tensões de

entrada podem ser representados pela expressão (5.1).

a b cV V V (5.1)

5.2 ETAPAS DE OPERAÇÃO

O retificador trifásico SEPIC MCD apresentado na Figura 42 possui cinco

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71

etapas de operação, as quais são apresentadas nas seções 5.2.1, 5.2.2, 5.2.3, 5.2.4

e 5.2.5.

Da mesma forma como argumentado na seção 4.3.1, em regime

permanente admite-se que o valor médio das tensões nos indutores e as ondulações

de tensão nos capacitores em alta frequência são nulos, logo, as tensões nos

capacitores 1i aC , 2i aC , 1i bC , 2i bC , 1i cC , 2i cC e Co são, respectivamente, / 2aV ,

/ 2aV , / 2bV , / 2bV , / 2cV , / 2cV e oV .

1 2 3 4 5 6

aV bV cV

2

pV

2

pV

pV

pV

0

Setores

t

2 27 8 9 10 11 12

Figura 43 - Divisão em setores das tensões trifásicas de entrada

Fonte: Autoria própria

5.2.1 Primeira Etapa

Durante a primeira etapa de operação os interruptores encontram-se em

modo de condução, e os diodos de saída, bloqueados. As correntes nos indutores

de entrada e de saída crescem segundo as relações (5.2), (5.3), (5.4), (5.5), (5.6) e

(5.7), respectivamente. A carga oR é alimentada pelo capacitor oC .

Por meio da Figura 44 é apresentado o funcionamento da estrutura referente

à primeira etapa de operação.

mina

ia ia

ia

ViL t t IL

L (5.2)

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72

minb

ib ba

ib

ViL t t IL

L (5.3)

minc

ic ic

ic

ViL t t IL

L (5.4)

mina

oa oa

oa

ViL t t IL

L (5.5)

minb

ob ob

ob

ViL t t IL

L (5.6)

minc

oc oc

oc

ViL t t IL

L (5.7)

obiLi2bVC

o3VD

i1bVC

6D

8D

obL obVL

2i bC

1i bC

4oD

3oD

5D

7D

ibVL

ibL

bV

o4VD

nbG

ibiL

2S VS2

aV

i2aVCoaiL

1S VS1

2D

4D

oaL

naG

i1aVC

2i aC

2oD

3D

iaVL

iaL

o2VD

naG

iaiL

o1VD

1i aC

1oD

1D

oiC oiR

oCoR oVocVL

i2cVCociL

10D

12D

ocL

ncG

i1cVC

2i cC

6oD

11D

icVL

icL

o6VD

ncG

iciL

o5VD

1i cC

5oD

9D

cV

3S VS3oaVL

nbG

Etapa 1

Figura 44 - Circuito equivalente da primeira etapa de operação

Fonte: Autoria própria

5.2.2 Segunda Etapa

A segunda etapa inicia-se no instante em que os interruptores são

comandados a bloquear. Neste momento os diodos de saída entram em condução,

fazendo com que a energia armazenada nos indutores de entrada e nos indutores

de saída seja transferida para o capacitor oC e a carga oR . As correntes destes

indutores decrescem segundo as relações (5.8), (5.9), (5.10), (5.11), (5.12) e (5.13),

respectivamente. O circuito equivalente do retificador referente à segunda etapa

pode ser visualizado por meio da Figura 45.

maxo

ia ia

ia

ViL t t IL

L (5.8)

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73

maxo

ib ib

ib

ViL t t IL

L (5.9)

maxo

ic ic

ic

ViL t t IL

L (5.10)

maxo

oa oa

oa

ViL t t IL

L (5.11)

maxo

ob ob

ob

ViL t t IL

L (5.12)

maxo

oc oc

oc

ViL t t IL

L (5.13)

obiLi2bVC

o3VD

i1bVC

6D

8D

obL obVL

2i bC

1i bC

4oD

3oD

5D

7D

ibVL

ibL

bV

o4VD

nbG

ibiL

2S VS2

aV

i2aVCoaiL

1S VS1

2D

4D

oaL

naG

i1aVC

2i aC

3D

iaVL

iaL

o2VD

naG

iaiL

o1VD

1i aC

1oD

1D

oVocVL

i2cVCociL

10D

12D

ocL

ncG

i1cVC

2i cC

6oD

11D

icVL

icL

o6VD

ncG

iciL

o5VD

1i cC

5oD

9D

cV

3S VS3oC

oR

oiC oiR

oaVL

nbG

Etapa 2

Figura 45- Circuito equivalente do retificador trifásico para a segunda etapa de operação

Fonte: Autoria própria

5.2.3 Terceira Etapa

Como os valores das tensões senoidais de entrada são distintos entre si, a

energia armazenada nos elementos passivos de cada um dos três módulos (Figura

42) também é diferente. Logo, o fim do processo de transferência desta energia em

cada um dos módulos ocorre em tempos diferentes, ou seja, um módulo deixará de

transferir energia antes do outro, até que os diodos de saídas estejam todos

bloqueados.

Deste modo, o bloco três, que é alimentado pela tensão cV , será o primeiro

módulo que deixará de transferir energia para a carga oR e para o capacitor oC .

Desta forma, os semicondutores 5oD e 6oD serão os primeiros diodo a bloquearem,

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74

caracterizando, desta maneira, o início da terceira etapa de operação. Por meio da

Figura 46 é exposto o circuito equivalente referente à etapa em questão.

obiLi2bVC

o3VD

i1bVC

6D

8D

obL obVL

2i bC

1i bC

4oD

3oD

5D

7D

ibVL

ibL

bV

o4VD

nbG

ibiL

2S VS2

aV

i2aVCoaiL

1S VS1

2D

4D

oaL

naG

i1aVC

2i aC

2oD

3D

iaVL

iaL

o2VD

naG

iaiL

o1VD

1i aC

1oD

1D

oiC oiR

oCoR oVocVL

i2cVCociL

10D

12D

ocL

ncG

i1cVC

2i cC

6oD

11D

icVL

icL

o6VD

ncG

iciL

o5VD

1i cC

5oD

9D

cV

3S VS3oaVL

nbG

Etapa 3

Figura 46 - Circuito equivalente do retificador trifásico para a terceira etapa de operação

Fonte: Autoria própria

5.2.4 Quarta Etapa

A quarta etapa de operação inicia-se no momento em que a corrente dos

diodos 3oD e 4oD chega à zero, ou seja, os diodos entram no modo de bloqueio e

com isto o módulo dois deixa de transferir energia para a carga oR e para o

capacitor oC . Por intermédio da Figura 47, apresenta-se o circuito equivalente da

quarta etapa de operação.

obiLi2bVC

o3VD

i1bVC

6D

8D

obL obVL

2i bC

1i bC

4oD

3oD

5D

7D

ibVL

ibL

bV

o4VD

nbG

ibiL

2S VS2

aV

i2aVCoaiL

1S VS1

2D

4D

oaL

naG

i1aVC

2i aC

2oD

3D

iaVL

iaL

o2VD

naG

iaiL

o1VD

1i aC

1oD

1D

oiC oiR

oCocVL

i2cVCociL

10D

12D

ocL

ncG

i1cVC

2i cC

6oD

11D

icVL

icL

o6VD

ncG

iciL

o5VD

1i cC

5oD

9D

cV

3S VS3oaVL oR oV

nbG

Etapa 4

Figura 47 Circuito equivalente do retificador trifásico para a quarta etapa de operação

Fonte: Autoria própria

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75

5.2.5 Quinta Etapa

A quinta e última etapa inicia-se no instante em que o módulo três deixa de

transferir energia para o bloco quatro, assim, a corrente dos diodos 1oD e 2oD chega

ao patamar zero, logo, estes semicondutores passam ao modo de bloqueio. Nesta

etapa, o capacitor oC alimenta a carga oR . O circuito equivalente da referida etapa

de operação é exposto na Figura 48.

obiLi2bVC

o3VD

i1bVC

6D

8D

obL obVL

2i bC

1i bC

4oD

3oD

5D

7D

ibVL

ibL

bV

o4VD

nbG

ibiL

2S VS2

aV

i2aVCoaiL

1S VS1

2D

4D

oaL

naG

i1aVC

2i aC

2oD

3D

iaVL

iaL

o2VD

naG

iaiL

o1VD

1i aC

1oD

1D

oiC oiR

oCoR oVocVL

i2cVCociL

10D

12D

ocL

ncG

i1cVC

2i cC

6oD

11D

icVL

icL

o6VD

ncG

iciL

o5VD

1i cC

5oD

9D

cV

3S VS3oaVL

nbG

Etapa 5

Figura 48 - Circuito equivalente do retificador trifásico para a quinta etapa de operação

Fonte: Autoria própria

5.3 FORMAS DE ONDA

Por meio da Figura 49 são apresentadas algumas das principais formas de

onda do referido retificador. Estas foram elaboradas considerando-se um período de

comutação.

5.4 EQUACIONAMENTO

O retificador trifásico proposto é constituído pela associação de três

retificadores monofásicos, onde cada fase ou bloco processa um terço da potência

de saída, assim, pode-se equacionar cada módulo de forma independente. Desta

maneira, o equacionamento desenvolvido para o retificador SEPIC MCD constituído

por um interruptor pode ser também utilizado para definir os valores das grandezas

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76

dos elementos da topologia trifásica. Sendo assim, não há necessidade do

desenvolvimento de um novo equacionamento, exceto, pelo equacionamento de

algumas grandezas que não são definidas da mesma forma que na topologia

monofásica.

IS2IS1 IS3

IDo3=IDo4IDo1=IDo2 IDo5=IDo6

VS2VS1 VS3

VDo3=VDo4VDo1=VDo2 VDo5=VDo6

1 2 3 4 5

Etapas

2t 3t1DTs t

1 D Ts

Ts

4t 5t

Figura 49 - Formas de onda do retificador trifásico para as cinco primeiras etapas de operação

Fonte: Autoria própria

Corrente média de saída:

Como já evidenciado, cada módulo da estrutura trifásica processa um terço

da potência de saída. Logo, o valor médio da corrente de saída oiR é definido

como a soma das correntes médias dos módulos um, dois e três, como evidencia

(5.14).

o a b ciR io io io (5.14)

Onde: aio - Corrente média de saída da fase a; bio - Corrente média de saída

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77

da fase b; cio - Corrente média de saída da fase c.

Como ora apresentado, o valor da corrente média de saída do retificador

monofásico SEPIC MCD constituído por um interruptor é definido por (4.8), assim,

aplicando (4.8) em (5.14) chega-se a equação (5.15), a qual determina o valor da

corrente média de saída do retificador trifásico.

2 23

4

p ia oa

o

o ia oa s

D V L LiR

V L L f

(5.15)

Resistência mínima e razão cíclica máxima:

Por meio das expressões (5.16) e (5.17) são definidos, respectivamente, os

valores da resistência mínima e razão cíclica máxima para o referido retificador.

min 2

4

1

ia oa so

ia oa

L L fR

D L L

(5.16)

max 1 2 ia oa s

a ia oa

L L fD

Rf L L

(5.17)

Onde: Rfa - Resistência equivalente da fase a, definida pela expressão

(5.18).

2

3 oa

o

PRf

iR (5.18)

Para que o conversor possa sempre operar em MCD a resistência aRf deve

ser igual ou maior que a minoR , isto, considerando uma razão cíclica menor ou igual a

maxD .

5.5 MODELAGEM DO RETIFICADOR SEPIC MCD

No retificador trifásico proposto, os interruptores são acionados

simultaneamente, desta forma, o referido retificador pode ser representados pelo

modelo exposto na Figura 50.

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78

A partir do modelo apresentado na Figura 50, chega-se ao modelo exposto

na Figura 51, o qual considera os valores médios das grandezas, válido para

pequenos sinais.

oaiL obiL ociL

oiC oiR

oC oR oV

oi

Figura 50 - Modelo para a determinação da planta de tensão

Fonte: Adaptado Tibola (2013)

,o oi d v

oiC

oC

oiR

oR ov

Figura 51 - Modelo para a determinação da planta de tensão válido para pequenos sinais

Fonte: Adaptado Tibola (2013)

O modelo exposto na Figura 51 é equivalente ao modelo apresentado na

Figura 36, logo, os passos efetuados para determinar a função de transferência do

modelo da planta por valores médios para pequenos sinais, são os mesmo que os

realizados em 4.5.1.

Deste modo, executando os referidos passos chega-se a equação (5.19), a

qual representa a função de transferência do modelo da planta pelo método de

pequenos sinais.

2

2 2

2

3

2

31

4

o p ia oa

o o ia oa s

o p ia oa

o o

o ia oa s

R DV L L

v s V L L fG s

R D V L Ld sR C s

V L L f

(5.19)

5.5.1 Validação do Modelo da Planta de Tensão para o Retificador Trifásico

Da mesma forma como no item 4.5.1.1, a presente seção tem por objetivo

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79

validar o modelo da planta obtido pelo método de pequenos sinais. Para isto, foi

desenvolvida uma simulação numérica utilizando o software PSIM. Para a realização

da simulação em questão, foram utilizadas as especificações de projetos expostas

no Tabela 1, e os valores dos elementos passivos apresentados no Tabela 2 e

Tabela 4.

Efetuando-se as devidas substituições em (5.19), chega-se à expressão

(5.20), a qual é a representação final do modelo obtido.

1145

0,15 2G s

s

(5.20)

Do mesmo modo como em 4.5.1.1, aplicando-se um decremento na razão

cíclica de aproximadamente 1,4% e posteriormente retornando a razão cíclica ao

seu valor nominal, tem-se como resposta do retificador e do modelo representado

por (5.20) as formas de onda apresentadas na Figura 52.

2 2.5 3

198

200

202

VRo Vmod

t(s) Figura 52 - Resposta da tensão de saída para uma variação 1,4% de razão cíclica

Fonte: Autoria própria

De forma análoga a argumentação exposta em 4.5.1.1 é possível afirmar

que o modelo proposto representa de forma satisfatória o comportamento dinâmico

do retificador trifásico proposto. Logo, considera-se validado o modelo da planta de

tensão obtido pelo método de pequenos sinais.

5.5.2 Definição e Projeto do Controlador

Assim como em 4.5.1.2, optou-se por utilizar um compensador PI com filtro

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80

para efetuar o controle da tensão de saída oV . Logo, as expressões apresentadas

nas seções 4.5.1.2, 4.5.1.3 e 4.5.1.4 podem também, para o retificador trifásico,

serem utilizadas para determinar os valores do ganho do compensador, frequências

do zero e dos polos, ganhos do modulador e do sensor. Desta forma, torna-se

dispensável a reapresentação das expressões que definem tais grandezas.

É importante salientar que dois critérios foram adotados para o

desenvolvimento do referido compensador. São eles: frequência de cruzamento

quatro vezes menor que a frequência de comutação e margem de fase

compreendida entre 45º e 90º.

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81

6 PROJETO E SIMULAÇÃO NUMÉRICA

6.1 INTRODUÇÃO

A presente seção tem por finalidade apresentar o projeto e os resultados de

simulação numérica referentes às três topologias propostas.

Inicialmente é exposta uma metodologia de projeto, a qual é desenvolvida a

partir de uma lista de especificações. Apresentam-se também os valores das

principais grandezas obtidas, bem como uma tabela com os componentes utilizados

na implementação prática das estruturas.

Sequencialmente, baseados nos valores de projetos são desenvolvidas as

simulações numéricas a fim de verificar o correto equacionamento e funcionamento

das estruturas.

6.2 METODOLOGIA DE PROJETO

O desenvolvimento da metodologia de projeto inicia-se a partir de uma lista

de especificações, a qual é apresentada no Tabela 1.

Tabela 1 - Lista de especificações de projeto

Especificação Valores - Estruturas

monofásicas Valores - Estrutura

trifásica

Tensão de entrada - PV 311 V 311 V

Tensão de saída - Vo 200 V 200 V

Potência de saída - Po 500 W 15 00W

Frequência de comutação - Sf 50 kHz 50 kHz

Razão cíclica - D 0,35 0,35

Tempo hold-up-time - hutT 8 ms 8 ms

Ondulação da tensão dos capacitores 1Ci

- 1CiV e 2Ci - 2CV 20% 20%

Ondulação da corrente do indutor Li - Lii 10% 10%

Fonte: Autoria própria

Com as especificações definida, calculam-se as principais grandezas dos

conversores em nove passos, como pode ser constatado a seguir.

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82

6.2.1 Retificador Monofásico Controlado SEPIC MCD com Um Interruptor

Determinação do valor da resistência de carga:

O valor da resistência de carga é definido por meio da expressão (6.1).

2

oo

o

VR

P (6.1)

Determinação do valor da indutância equivalente eqL :

O valor da indutância equivalente eqL é definido pela expressão (6.2). Por

meio desta grandeza, pode-se calcular o valor da carga mínima e razão cíclica

máxima, que atendidas, garantem que o conversor opere em MCD.

1 1 1 i o

eq

eq i o i o

L LL

L L L L L

(6.2)

Trabalhando-se matematicamente com a equação (4.9), isola-se eqL como

apresentado em (6.3).

2 2

24

g oi o

i o o s

D V RL L

L L V f

(6.3)

Determinação dos valores da resistência mínima e razão cíclica máxima:

No terceiro passo deve-se calcular o valor da resistência mínima e razão

cíclica máxima a partir das equações (6.4) e (6.5), respectivamente.

Uma vez determinada os valores da resistência mínima e razão cíclica

máxima, deve-se verificar se estes atendem as especificações. Caso estas não

sejam atendidas, ajustes nos parâmetros das especificações devem ser efetuados.

min min2 2

44

1 1

eq si o so o

i o

L fL L fR R

D L L D

(6.4)

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83

max 1 2eq s

o

L fD

R (6.5)

Determinação dos valores dos indutores iL e oL :

Do mesmo modo como no retificador operando em MCC, o valor da corrente

de pico ( iPciL ) do indutor iL em baixa frequência é definida como em (6.6). Como já

argumentado anteriormente, o maior valor de ondulação de corrente que o indutor iL

pode apresentar ocorre quando a tensão de entrada atinge seu maior patamar,

neste caso, PV . Logo, a ondulação de corrente de iL é definida como a multiplicação

do valor de pico pelo valor da porcentagem que se deseja de ondulação, como pode

ser constatado em (6.7).

2

2 2

piPc oi o o iPc

p

ViL PP P P iL

V (6.6)

2 10%

100%

oLi

P

Pi

V (6.7)

Conhecido o valor da ondulação, pode-se determinar o valor do indutor iL

por meio da equação (6.8).

Pi

Li s

V DL

i f

(6.8)

A partir da determinação da indutância de iL , chega-se ao valor de oL

utilizando-se a expressão (6.9).

2 2

2 2 24

i o p

o

i o s o p

L R V DL

LV f R V D

(6.9)

Determinação dos valores dos capacitores 1iC , 2iC e oC :

A expressão (6.10) define o valor da ondulação de tensão dos capacitores

1iC , 2iC .

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84

1 2

20%

100%Ci Ci PV V V (6.10)

Com o valor da ondulação das tensões dos capacitores definidos

determinam-se as capacitâncias de 1iC e 2iC a partir da expressão (6.11). O valor do

capacitor oC é obtido através da equação (6.12).

22

1 2 2 2 2

1

2

4

P P o o i o i

i i

o i o Ci s

D V D V L V L V LC C

V L L V f

(6.11)

22

2

0,9

o huto

o o

PTC

V V

(6.12)

Determinação dos valores das correntes dos indutores iL e oL :

Os valores das correntes mínimas e máximas dos indutores iL e oL são

calculadas respectivamente a partir das equações (6.13), (6.14) e (6.15).

2

min min2

p o i p o

Li Lo

o i o s

D V V L V LI I

V L L f

(6.13)

max

2

2

p o i p o o o

Li

o i o s

DV D V L V L V LI

V L L f

(6.14)

max

2

2

p o i o i p o

Lo

o i o s

DV V L D V L V LI

V L L f

(6.15)

Os valores das correntes médias e eficazes dos indutores iL e oL são

obtidas sequencialmente por meio das expressões (6.16), (6.17), (6.18) e (6.19).

2

p

Limed

eq s

D VI

L f (6.16)

2 2

4

p

Lomed

o eq s

D VI

V L f (6.17)

3 2 2 2 2 2 2

2 2 2 2

12 2 16 96

24

p o i i o o o p

Lief

o i o s

D V V L D L L L V V DI

V L L f

(6.18)

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85

2 2 23 2

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

128 192 5421

24 48 36 27

p o i p o i p i op

Loef

o i o s o i o i p o

V V L V V L D V L L DD VI

V L L f V L V L D V L D

(6.19)

Determinação dos valores das correntes e tensão da chave S :

Os valores das correntes máxima, média e eficaz da chave são

determinados a partir das equações (6.20), (6.21) e (6.22), respectivamente.

ax

p

Sm

eq

DVI

L fs (6.20)

2

p

Smed

eq s

D VI

L f (6.21)

6

p

Sef

eq s

DV DI

L f (6.22)

O valor da máxima tensão do interruptor S é calculado por meio da

expressão (6.23).

axm p oVS V V (6.23)

Determinação dos valores das correntes e tensão dos diodos 1oD e 2oD :

Os valores da corrente máxima, média e eficaz dos diodos 1oD e 2oD são

obtidos sequencialmente a partir da solução das equações (6.24), (6.25) e (6.26).

1 ax 2 ax

p

Do m Do m

eq s

DVI I

L f (6.24)

2 2

1 24

p

Do med Do med

o eq s

D VI I

V L f (6.25)

1 2

2

3

p p

Do ef Do ef

eq s o

DV DVI I

L f V (6.26)

O valor da máxima tensão dos diodos 1oD e 2oD é determinada através da

equação (6.27).

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86

1 ax 2 ax

2

p o

Do m Do m

V VV V

(6.27)

Determinação dos valores das correntes e tensão dos diodos retificadores:

Os valores da corrente média e eficaz de cada um dos diodos da ponte

retificadora são calculados a partir das equações (6.28) e (6.29), respectivamente.

2

2

p

DRmed

eq s

D VI

L f (6.28)

2 2 2 23 2

2 2 2 2 2 2 2

16 8 12 271

24 12 3 4 6

p o o p op

DRef

o i o s o i o i o

V V L D V L DD VI

V L L f V L D L L L D

(6.29)

O valor da tensão máxima dos diodos retificadores é obtido através da

expressão (6.30).

axDRm p oV V V (6.30)

6.2.2 Retificador Monofásico Controlado SEPIC MCD com Dois Interruptores

A metodologia de projeto desenvolvida para o retificador SEPIC MCD com

um interruptor é equivalente à metodologia adotada para o retificador constituído por

dois interruptores, exceto, pela obtenção das grandezas das chaves 1S e 2S . Desta

forma, torna-se somente necessário apresentar as expressões que determinam os

valores das grandezas inerentes a estes elementos.

Determinação dos valores das correntes e tensão das chaves 1S e 2S :

A partir das expressões (6.31), (6.32) e (6.33) são obtidos, respectivamente,

os valores da corrente máxima, média e eficaz das chaves 1S e 2S .

ax

p

m

eq s

DVIS

L f (6.31)

2

1 2

16 4 8

16

p O i O P O

med med

O i O S

V D V L D L V D VIS IS

V L L f

(6.32)

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1 2

2 3 2

2 2 2

2 2 2 2

128 64 12 48

969 481

24

S ef S ef

p o i i

p o o i

i oo p o

o i o s

I I

V V L D D L D DV D L V L

L LL V D V

V L L f

(6.33)

Obtém-se por meio da equação (6.34) o valor da máxima tensão dos

interruptores 1S e 2S .

1 ax 2 axS m S m p oV V V V (6.34)

6.2.3 Retificador Trifásico Controlado SEPIC MCD

Como anteriormente argumentado, o retificador trifásico proposto é

constituído a partir da associação de três retificadores monofásicos, onde cada fase

ou módulo processa um terço da potência de saída. Logo, torna-se possível

equacionar cada bloco de forma independente. Deste modo, a metodologia de

projeto desenvolvida para o retificador SEPIC MCD composto por um interruptor,

pode ser também utilizada para determinar os valores das grandezas dos elementos

da topologia trifásica. Assim, torna-se desnecessária a elaboração de uma nova

metodologia de projeto.

6.3 PROJETO DOS COMPONENTES

A partir da metodologia desenvolvida, obtêm-se os valores das grandezas de

cada um dos elementos que compõem as estruturas propostas. Tais valores são

expostos nos Tabela 2, Tabela 3 e Tabela 4.

Tabela 2 - Valores das grandezas projetadas - Retificador SEPIC MCD com um interruptor (continua)

Grandezas Valores

Razão cíclica máxima - axmD 0,35

Resistência mínima - ominR 56,087 Ω

Resistência de carga nominal - oR 80 Ω

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Tabela 2 - Valores das grandezas projetadas - Retificador SEPIC MCD com um interruptor

(conclusão)

Indutância de entrada - iL 6,77 mH

Ond. de corrente do indutor iL - Lii 0,332 A

Corrente máxima do indutor Li - maxLiI 3,393 A

Corrente média do indutor iL - LimedI 0 A

Corrente eficaz do indutor iL - LiefI 2,274 A

Indutância de saída - oL 120,594 uH

Corrente máxima do indutor oL - maxLoI 14,981 A

Corrente média do indutor oL - LomedI 2,5 A

Corrente eficaz do indutor oL - LoefI 5,124 A

Capacitância de entrada - 1iC e

2iC 1,4 uF

Ond. de tensão 1iC e

2iC - 1 2;Ci CiV V 62,2 V

Capacitância de saída - oC 2,632 mF

Corrente máxima da chave S - axSmI 18,374 A

Corrente média da chave S - SmedI 2,047 A

Corrente eficaz da chave S - SefI 4,438 A

Tensão máxima da chave S - axSmV 543,1 V

Corrente máxima dos diodos 1oD e

2oD - 1 ax 2 axDo m Do mI I 18,374 A

Corrente média dos diodos 1oD e 2oD -

1 2Do med Do medI I 2,5 A

Corrente eficaz dos diodos 1oD e 2oD -

1 2Do ef Do efI I 5,098 A

Tensão Max. dos diodos 1oD e 2oD -

1 ax 2 axDo m Do mV V 271,55 V

Corrente média dos diodos ret. - DRmedI 1,024 A

Corrente eficaz dos diodos ret. - DRefI 1,609 A

Tensão Max. dos diodos ret. - axDRmV 543,1 V

Fonte: Autoria própria

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89

Tabela 3 - Valores das grandezas projetadas - Retificador SEPIC MCD com dois interruptores

Grandezas Valores - Estruturas monofásicas

Corrente máxima das chaves 1S e 2S

- 1 axS mI e 2 axS mI 18,374 A

Corrente média da chave 1S e 2S -

1S medI e 2S medI 1,861 A

Corrente eficaz da chave 1S e 2S -

1S efI e 2S efI 4,047 A

Tensão máxima da chave 1S e 2S -

1 axS mV e 2 axS mV 543,1 V

Fonte: Autoria própria

Tabela 4 - Valores das grandezas projetadas - Retificador SEPIC MCD trifásico

Grandezas Valores - Estruturas monofásicas

Capacitância de saída - oC 7,895 mF

Resistência de carga nominal - oR 26,667 Ω

Fonte: Autoria própria

É relevante mencionar que as grandezas não expostas nos Tabela 3 e

Tabela 4 podem ser verificadas no Tabela 2, isto, pois estas são equivalentes.

A partir da obtenção dos valores das grandezas dos magnéticos,

capacitores e semicondutores, pôde-se efetuar a escolha dos componentes para

ambas as topologias, como pode ser constado nos Tabela 5 e Tabela 6.

Tabela 5 - Lista de componentes utilizados nas topologias monofásicas (continua)

Topologias Monofásicas

Componente Especificação

Indutores iL Indutância: 6,67 mH

Número de espiras: 220

Fio condutor: 18 AWG

Núcleo: APH46P60

Indutor oL Indutância: 120,6 H

Número de espiras: 44

Fio condutor: 4 x 21 AWG

Núcleo: EE42/15 IP12R

Transistores S , 1S , 2S SPW47N60C3 (650 V / 47 A)

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Tabela 5 - Lista de componentes utilizados nas topologias monofásicas

(conclusão)

Diodos 1oD e

2oD C3D06060 (600 V / 6 A)

Diodos 1D e 2D 1N5408 (1000 V / 3 A)

Diodos 1D , 2D , 3D e 4D TU810 (1000 V / 8 A)

Capacitores 1iC e

2iC 1,2 F / 250 V

Capacitor oC 6 x 470 uF / 400 V

Circuito de comando UC3525A

Fonte: Autoria própria

Tabela 6 - Lista de componentes utilizados na topologia trifásica

Topologia Trifásica

Componente Especificação

Indutores iaL ,

ibL e icL Indutância: 6,67 mH

Número de espiras: 220

Núcleo: APH46P60

Indutores oaL ,

obL e ocL Indutância: 120,6 H

Número de espiras: 44

Núcleo: EE42/15 IP12R

Transistores 1S , 2S e 3S SPW47N60C3 (650 V / 47A)

Diodos 1oD ao

6oD C3D06060 (600 V / 6A)

Diodos 1D ao 12D TU810 (1000 V / 8 A)

Capacitores 1i aC ao 2i cC 1,2F/250 V

Capacitor oC 12 x 470uF / 400 V

Circuito de comando UC3525A

Fonte: Autoria própria

6.4 RESULTADOS DE SIMULAÇÃO NUMÉRICA

Por meio da simulação numérica é possível ter uma comprovação prévia dos

resultados que são esperados na experimentação, logo, a partir desta pode-se ter a

validação do equacionamento e do projeto dos elementos de uma determinada

estrutura.

Com as especificações de projeto e com os valores das grandezas dos

elementos em mãos, pode-se dar início a etapa de simulação, a qual foi

desenvolvida a partir do software de simulação PSIM.

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91

Os resultados de simulação são divididos em três partes, uma para cada um

dos retificadores propostos.

6.4.1 Resultados de Simulação - Retificador Monofásico SEPIC MCD com Um Interruptor

A forma de onda da corrente do indutor iL é apresentada através das Figura

53 e Figura 54. Nota-se que a referida corrente apresenta formato senoidal e possui

ondulação em alta frequência de aproximadamente 0,309 A.

Figura 53 - Forma de onda da corrente do indutor

iL

Fonte: Autoria própria

Figura 54 - Detalhe da corrente do indutor iL

Fonte: Autoria própria

Por meio das Figura 55 e Figura 56 é apresentada a forma de onda da

corrente do indutor oL . Tal corrente também possui uma envoltória senoidal com

uma ondulação em alta frequência de aproximadamente 17,863 A.

Apresenta-se por meio das Figura 57 e Figura 58 a forma de onda da tensão

dos capacitores 1iC e 2iC . Observa-se que a máxima tensão dos referidos

capacitores é de aproximadamente 172 V.

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92

Figura 55 - Forma de onda da corrente do indutor

oL

Fonte: Autoria própria

Figura 56 - Detalhe da corrente do indutor

oL

Fonte: Autoria própria

Figura 57 - Forma de onda da tensão dos capacitores

1iC e 2iC

Fonte: Autoria própria

Figura 58 - Detalhe da tensão dos capacitores 1iC e 2iC

Fonte: Autoria própria

As formas de onda da corrente e tensão do interruptor S são expostas nas

Figura 59, Figura 60, Figura 61 e Figura 62, sequencialmente. Nota-se que as

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93

máximas amplitudes das grandezas em questão são de aproximadamente 17,78 A e

530 V, respectivamente.

Figura 59 - Forma de onda da corrente do interruptor S

Fonte: Autoria própria

Figura 60 - Detalhe da corrente do interruptor S

Fonte: Autoria própria

Figura 61 - Forma de onda da tensão do interruptor S

Fonte: Autoria própria

Figura 62 - Detalhe da tensão do interruptor S

Fonte: Autoria própria

Por meio das Figura 63, Figura 64, Figura 65 e Figura 66 são apresentadas,

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94

sequencialmente, as formas de onda da corrente e tensão dos diodos 1oD e 2oD . As

amplitudes máximas em módulo destas grandezas são de aproximadamente 17,78

A e 273 V, respectivamente.

Figura 63 - Forma de onda da corrente dos diodos

1oD e 2oD

Fonte: Autoria própria

Figura 64 - Detalhe da corrente dos diodos

1oD e 2oD

Fonte: Autoria própria

Figura 65 - Forma de onda da tensão dos diodos 1oD e 2oD

Fonte: Autoria própria

Figura 66 - Detalhe da tensão dos diodos 1oD e 2oD

Fonte: Autoria própria

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95

Por intermédio das Figura 67 e Figura 68 são apresentadas

respectivamente: tensão e corrente de entrada; tensão e corrente de saída. Nota-se

que as correntes em ambas as formas de onda são multiplicadas por um fator. Tal

operação é realizada a fim de proporcionar uma maior visibilidade destas correntes

em relação às respectivas tensões.

Figura 67 - Formas de onda da tensão e corrente de entrada Fonte: Autoria própria

Figura 68 - Formas de onda da tensão e corrente de saída Fonte: Autoria própria

Por meio da Figura 67 é possível constatar que a corrente de entrada

encontra-se em fase com a tensão de entrada, caracterizando, desta forma, o

elevado fator de potência da estrutura.

Através da Figura 68 observa-se que o valor médio da tensão de saída é de

aproximadamente 200 V enquanto que o valor médio da corrente de saída é de

aproximadamente 2,5 A (125 A / 50). Assim, a estrutura processa cerca de 500 W.

Apresenta-se por intermédio da Figura 69 a resposta dinâmica do conversor

a um degrau de carga de aproximadamente +30% (de 70% para 100% de carga).

Observa-se que a tensão de saída e a corrente de entrada apresentam um

sobressinal da ordem de 2,13 V e 0,5995 A, respectivamente. Observa-se que o

sistema se estabiliza em aproximadamente 330ms.

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96

A Figura 70 apresenta a resposta dinâmica do conversor a um degrau de

carga de aproximadamente -30% (de 100% para 70% de carga). Verifica-se que a

tensão de saída possui um sobre sinal de aproximadamente 2,13 V. Verifica-se

também que o sistema se estabiliza em aproximadamente 230 ms.

198

199

200

201

202VCarga

0.7 0.8 0.9 1 1.1

0-2-4

246

i(Li)

t(s) Figura 69 - Resposta dinâmica do conversor para um degrau de +30%

Fonte: Autoria própria

198

199

200

201

202

203VCarga

0.7 0.8 0.9 1 1.1

0

-2

-4

2

4

i(Li)

t(s) Figura 70 - Resposta dinâmica do conversor para um degrau de -30%

Fonte: Autoria própria

6.4.2 Resultados de Simulação - Retificador Monofásico SEPIC MCD com Dois Interruptores

Embora haja uma relevante mudança estrutural entre as topologias

monofásicas propostas, os resultados de simulação numérica são basicamente

iguais, exceto pela diferença existente entre as formas de onda da tensão e corrente

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97

dos interruptores. Desta maneira, torna-se somente necessário apresentar os

resultados de simulação inerentes a estes elementos.

Por intermédio das Figura 71, Figura 72, Figura 73 e Figura 74 são expostas

as formas de onda das correntes e tensões dos interruptores 1S e 2S ,

respectivamente.

Figura 71 - Formas de onda das correntes das chaves 1S e 2S

Fonte: Autoria própria

Figura 72 - Detalhe das correntes das chaves 1S e 2S

Fonte: Autoria própria

Observa-se através da Figura 71 que as correntes dos interruptores 1S e 2S

apresentam amplitudes diferentes. Em um semiciclo um interruptor apresenta

corrente máxima de aproximadamente 17,84 A, e no outro semiciclo corrente

máxima de aproximadamente 14,4 A.

Figura 73 - Forma de onda das tensões das chaves 1S e 2S

Fonte: Autoria própria

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Figura 74 - Detalhe das tensões das chaves 1S e 2S

Fonte: Autoria própria

De forma análoga aos diferentes esforços de correntes que os interruptores

1S e 2S são submetidos, estes semicondutores também são submetidos a

diferentes esforços de tensão. Em um semiciclo um interruptor apresenta tensão

máxima de aproximadamente 530 V, e no outro tensão máxima de

aproximadamente 0 V.

6.4.3 Resultados de Simulação - Retificador Trifásico SEPIC MCD

Por meio das Figura 75 e Figura 76 são apresentadas, sequencialmente, as

formas de onda das correntes dos indutores de entrada e dos indutores de saída.

Figura 75 - Correntes dos indutores de entrada

Fonte: Autoria própria

Figura 76 - Correntes dos indutores de saída

Fonte: Autoria própria

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99

Por intermédio da Figura 75 constata-se que as correntes dos indutores de

entrada apresentam formato senoidal e possuem defasagem de 120º entre si. Além

disso, possuem ondulação de corrente em alta frequência de aproximadamente

0,309 A.

Através da Figura 76, verifica-se que as correntes dos indutores de saída

possuem envoltória senoidal com ondulação em alta frequência de

aproximadamente 17,863 A. Constata-se também, que as referidas correntes

apresentam defasagem de 120º entre si.

As formas de onda das correntes e tensões dos interruptores 1S , 2S e 3S

são apresentadas respectivamente pelas Figura 77, Figura 78, Figura 79 e Figura

80.

Figura 77 - Correntes das chaves 1S , 2S e 3S

Fonte: Autoria própria

Figura 78 - Detalhe das correntes das chaves 1S , 2S e 3S

Fonte: Autoria própria

Assim como as correntes dos indutores, as correntes dos interruptores

também apresentam envoltória senoidal, defasagem de 120º entre as mesmas, e

ondulação em alta frequência. Neste caso, a ondulação máxima é de

aproximadamente 17,863 A.

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100

Figura 79 - Tensões dos interruptores 1S , 2S e 3S

Fonte: Autoria própria

Figura 80 - Detalhe das tensões dos interruptores 1S , 2S e 3S

Fonte: Autoria própria

Observa-se por intermédio das Figura 78 e Figura 79 que a máxima tensão

medida sobre os interruptores é de aproximadamente 530 V.

Apresenta-se por meio das Figura 81, Figura 82, Figura 83 e Figura 84 as

formas de onda das correntes e tensões dos diodos de saída. As amplitudes

máximas em módulo destas grandezas são de aproximadamente 17,78 A e 273 V,

sequencialmente.

Através das Figura 85, Figura 86 e Figura 87 são expostas respectivamente:

tensão dos capacitores de entrada; tensões e correntes de entrada; tensão e

corrente de saída.

Figura 81 - Correntes dos diodos de saída

Fonte: Autoria própria

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101

Figura 82 - Detalhe das correntes dos diodos de saída

Fonte: Autoria própria

Figura 83 - Tensões dos diodos de saída

Fonte: Autoria própria

Figura 84 - Detalhe das tensões dos diodos de saída Fonte: Autoria própria

Figura 85 - Tensões dos capacitores de entrada

Fonte: Autoria própria

É possível observar através da Figura 85 que o valor da máxima tensão

medida sobre os capacitores de entrada é de aproximadamente 172 V.

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102

Figura 86 - Tensões e correntes de entrada

Fonte: Autoria própria

Figura 87 - Tensão e corrente de saída

Fonte: Autoria própria

As formas de onda apresentadas na Figura 86 permitem afirmar que as

correntes de entrada estão em fase com suas respectivas tensões de entrada. Deste

modo, tem-se evidenciado o elevado fator de potência da estrutura trifásica

proposta.

Nota-se que as corrente apresentadas nas Figura 86 e Figura 87 são

multiplicadas por um fator. Tal operação é realizada com a finalidade de

proporcionar uma melhor visibilidade destas correntes em relação às respectivas

tensões.

Observa-se, através da Figura 87, que o valor médio da tensão de saída é

de aproximadamente 200 V enquanto que o valor médio da corrente de saída é de

aproximadamente 7,5 A (150 A / 20). Logo, a estrutura processa cerca de 1500 W.

Por meio da Figura 88 é apresentada a resposta dinâmica do conversor a

um degrau de carga de aproximadamente +20% (de 80% para 100% de carga).

Constata-se que a tensão de saída apresenta um sobre sinal de aproximadamente

0,97 V. Verifica-se que o sistema se estabiliza em aproximadamente 170 ms.

A Figura 89 apresenta a resposta dinâmica do conversor a um degrau de

carga de aproximadamente -20% (de 100% para 80% de carga). Observa-se que a

tensão de saída possui um sobre sinal de aproximadamente 1,52 V. Observa-se

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103

também que o sistema se estabiliza em aproximadamente 200 ms.

0

-2

-4

2

4

0.7 0.8 0.9 1 1.1

199

200

201

198

t(s)

i(Lia) i(Lib) i(Lic)VCarga

Figura 88 - Resposta dinâmica do conversor para um degrau de +20%

Fonte: Autoria própria

199

200

201

202

0.7 0.8 0.9 1 1.1

0

-2

-4

2

4

t(s)

i(Lia) i(Lib) i(Lic)VCarga

Figura 89 - Resposta dinâmica do conversor para um degrau de -20%

Fonte: Autoria própria

Uma nova simulação numérica foi realizada para mostrar o retificador

trifásico processando a energia elétrica de um aerogerador de pequeno porte. A

simulação foi realizada com os modelos de turbina eólica e gerador síncrono de

ímãs permanentes disponíveis no programa de simulação PSIM 9.0.3.

A turbina eólica foi configurada com os seguintes parâmetros:

- potência nominal: 3 kW;

- velocidade do vento nominal: 12 m/s;

- rotação nominal: 400 rpm.

O gerador síncrono de ímãs permanentes foi configurado com os seguintes

parâmetros:

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104

- potência nominal: 3 kW;

- tensão de linha nominal: 220 V;

- frequência nominal: 30 Hz;

- número de pólos: 10;

- resistência do estator: 0,2 Ω;

- indutância do estator: 14 mH.

As formas de onda das correntes drenadas do gerador e da tensão de saída

do retificador estão apresentadas na Figura 90, para uma velocidade de vento de 12

m/s. Observa-se que as correntes drenadas do gerador têm formato senoidal.

0

-2

-4

2

4i(Lia) i(Lib) i(Lic)

9.96 9.97 9.98 9.99 T(s)0

50

100

150

200

VCarga

Figura 90 - Correntes de entrada e tensão de saída

Fonte: Autoria própria

Para simular o comportamento dinâmico do conversor, realizou-se um

degrau na velocidade do vento na entrada da turbina eólica. O degrau na velocidade

de vento foi configurado para realizar uma transição positiva de 11 m/s para 12 m/s.

Na Figura 91 têm-se as formas de onda do degrau na velocidade do vento,

das correntes drenadas do gerador e da tensão de saída do retificador. Pode-se

observar que a manha de controle atua e conduz a tensão de saída ao valor

especificado.

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105

10.811

11.211.411.611.8

12Degrau Vento

0-

2-

4

2

4i(Lia) i(Lib) i(Lic)

9.5 10 10.5 11T(s)

200

VCarga

Figura 91 - Resposta dinâmica do conversor para um degrau da velocidade do vento

Fonte: Autoria própria

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106

7 RESULTADOS EXPERIMENTAIS

7.1 INTRODUÇÃO

A presente seção tem por objetivo apresentar os resultados experimentais

dos três retificadores propostos.

Inicialmente são expostos os esquemas elétricos e as fotos dos protótipos

desenvolvidos. Posteriormente são apresentadas as formas de onda experimentais.

Por fim é apresentada uma análise comparativa entre os resultados obtidos via

simulação numérica e os resultados obtidos experimentalmente.

7.1.1 Esquemas Elétricos e Protótipos Desenvolvidos

Tendo sido realizada as etapas de equacionamento, modelagem,

metodologia de projeto, escolha dos componentes e simulação numérica, pôde-se

então implementar as três topologias propostas. Para tanto, foram inicialmente

desenvolvidos os esquemas elétricos e posteriormente a confecção dos protótipos,

como pode ser constatado por meio das Figura 92, Figura 93, Figura 94, Figura 95,

Figura 96 e Figura 97.

12345678

161514131211109

AA

B

B

D

D Vcc

12345

910876

1234

7865

C

C

Vcc

VccCSGSESVcc

Rs

Rs

Vcc

GS

ES

CS

Vsen

Controle e Comando

Po

tên

cia

Se

ns

ori

am

en

to

Vsen

Bn-Vc1 Bn-Vc2

C1C2R1R2

R3

R4

R5

R6

R7

R8

R9

R10

R11

R12

Li

Lo Co

RoS1

D1

D2

C3

C4

C6 C5KRE

D3

D4

C7

C8

Ret.1

LM

35

25

DR

01

00

S2

5A

DS

32

0-0

8

R13

Figura 92 - Esquema elétrico do retificador monofásico com um interruptor Fonte: Autoria própria

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107

12345678

161514131211109

AA

B

BD D Vcc

12345

910876

1234

7865

C

C

Vcc VccCS2GS2ES2

Vcc

Rs

Rs

Vcc

GS1

ES1

CS1

Vsen

Controle e Comando

Po

tên

cia

Se

ns

ori

am

en

to

Vsen

Bn-Vc1 Bn-Vc2

C1C2R1R2

R3

R4

R5

R6

R7

R8

R9

R10

R11

R12Li

Lo Co

Ro

S1

D1

D2

C3

C4

C6 C5KRE

D3

D4

C7

C8

LM

35

25

DR

01

00

S2

5A

DS

32

0-0

8

R13

GS2ES2

CS2

S2

Vc2

Vc2

12345

910876

C

CS1GS1ES1

RsDR

01

00

S2

5A Vcc

Vd1Vd2Vd3Vd4

Vd1Vd2

Vd3Vd4

Figura 93 - Esquema elétrico do retificador monofásico com dois interruptores Fonte: Autoria própria

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108

12345678

161514131211109

AA

B

BD D Vcc

12345

910876

1234

7865

C

C

Vcc VccCS2GS2ES2

Vcc

Rs

Rs

Vcc

Controle e Comando

VsenC1C2R1R2

R3

R4

R5

R6

R7

R8

R9

R10

D1

D2

C3

C4

C6 C5KRE

LM

35

25

DR

01

00

S2

5A

DS

32

0-0

8

R13

12345

910876

C

CS1GS1ES1

RsDR

01

00

S2

5A Vcc

T11T12T21T22

T11T12

T21T22

12345

910876

1

2

6543 C

VccCS3GS3ES3

RsDR

01

00

S2

5A

TR

M4

80

D2

0ATp1

Tp2 T31T32

T32T31

GS3

ES3

CS3

Vsen

Se

ns

ori

am

en

to

Bn-Vc5 Bn-Vc6

R11

R12

Li3

Lo3 Co

RoS3

D7

D8

C11

C12

Ret.3

GS2

ES2

CS2

Bn-V3 Bn-Vc4

Li2

Lo2S2

D5

D6

C9

C10

Ret.2

GS1

ES1

CS1

Potência

Bn-Vc1 Bn-Vc2

Li1

Lo1S1

D3

D4

C7

C8

Ret.1

Figura 94 - Esquema elétrico do retificador trifásico Fonte: Autoria própria

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109

Figura 95 - Foto de retificador monofásico com um interruptor Fonte: Autoria própria

Figura 96 - Foto do retificador monofásico com dois interruptores Fonte: Autoria própria

Figura 97 - Foto do retificador trifásico

Fonte: Autoria própria

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110

O circuito de controle foi implementado utilizando-se o circuito integrado

UC3525. Como os retificadores operam no modo de condução descontínua, as

correntes de entrada possuem formato senoidal sem a necessidade de um circuito

de controle para impor este formato. Assim, o amplificador operacional interno ao CI

UC3525 foi configurado para ser o compensador da malha de tensão de saída.

Os resultados apresentados consideram os retificadores operando com

malha fechada de tensão.

7.1.2 Retificador Monofásico com Um Interruptor

A Figura 98 apresenta as formas de onda da tensão e da corrente de

entrada. Observa-se que a corrente de entrada possui formato senoidal e está em

fase com a tensão de entrada.

Por meio da Figura 99, apresenta-se a forma de onda da corrente de entrada

em alta frequência. Nota-se que a mesma tem formato similar à forma de onda da

simulação numérica apresentada na Figura 54. Nota-se também que na entrada em

condução (Ec) e na entrada em bloqueio (Eb) a referida corrente apresenta ruídos.

Tais ruídos são admissíveis e inevitáveis. Admissíveis, pois os valores máximos

apresentados não oferecem perigo de degradação aos elementos da estrutura.

Inevitáveis, pois estes são inerentes aos conversores chaveados.

gV

iiL

t: 5ms/div

Figura 98 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente de entrada (3 A/div) Fonte: Autoria própria

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111

iiL

t: 25us/div

Eb Ec

Figura 99 - Detalhe da corrente de entrada (1 A/div)

Fonte: Autoria própria

Na Figura 100 tem-se o espectro harmônico da corrente de entrada. A taxa

de distorção harmônica total da corrente é de 3,1527%.

Figura 100 - Espectro harmônico da corrente de entrada

Fonte: Autoria própria

Por meio das Figura 101 e Figura 102 é apresentada a forma de onda da

corrente do indutor oL . Tal corrente possui uma envoltória senoidal com uma

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112

ondulação em alta frequência de aproximadamente 18,588 A. Verifica-se que a

mesma possui grande similaridade com as formas de onda da simulação numérica

expostas nas Figura 55 e Figura 56.

oiL

t: 5ms/div

Figura 101 - Corrente do indutor oL (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

oiL

t: 10us/div

Figura 102 - Detalhe da corrente do indutor oL (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

Apresentam-se por meio das Figura 103 e Figura 104 as formas de onda das

tensões dos capacitores 1iC e 2iC . Tem-se que a máxima tensão destes capacitores

é, respectivamente, 175,8 V e 183,5 V, enquanto que a máxima ondulação é,

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113

sequencialmente, 58 V e 64 V.

É importante ressaltar que teoricamente a tensão dos referidos capacitores

deveria ser igual. Contudo, pelo fato destes não possuírem exatamente o mesmo

valor de capacitância, estes também não apresentam tensões iguais. Assim, tem-se

justificada a diferença dos valores de tensão entre os mesmos.

2iVC

t: 5ms/div

1iVC

Figura 103 - Tensão dos capacitores

1iC e 2iC (50 V/div)

Fonte: Autoria própria

2iVC

t: 25us/div

1iVC

Figura 104 - Detalhe da tensão dos capacitores 1iC e 2iC (50 V/div)

Fonte: Autoria própria

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114

As formas de ondas da corrente do interruptor S são expostas por meio das

Figura 105 e Figura 106. Nota-se que a referida grandeza possui envoltória senoidal

com uma frequência de 120 Hz. Verifica-se que a amplitude máxima desta corrente

é de aproximadamente 18,88 A.

t: 5ms/div

iS

Figura 105 - Corrente do interruptor S (5 ms/div)

Fonte: Autoria própria

t: 10us/div

iS

Figura 106 - Detalhe da corrente do interruptor S (10 us/div)

Fonte: Autoria própria

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115

Por meio das Figura 107 e Figura 108 é apresenta a forma de onda da

tensão medida sobre o interruptor S . Observa-se que a máxima tensão do

interruptor é de aproximadamente 556,8 V.

VS

t: 5ms/div

Figura 107 - Forma de onda da tensão sobre o interruptor S (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

VS

t: 10us/div

Figura 108 - Detalhe da forma de onda da tensão sobre o interruptor S (200 V/div)

Fonte: Autoria própria

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116

Através das Figura 109 e Figura 110 é apresentada a forma de onda da

corrente dos diodos 1oD e 2oD . Tem-se que a amplitude máxima desta corrente é de

aproximadamente 21,37 A. Tal valor, devido aos ruídos em alta frequência, mostra-

se superior ao resultado obtido via simulação numérica, contudo, não oferece risco

de degradação aos referidos diodos.

t: 5ms/div

1 2;o oiD iD

Figura 109 - Corrente dos diodos

1oD e 2oD (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

t: 10us/div

1 2;o oiD iD

Figura 110 - Detalhe da corrente dos diodos 1oD e 2oD (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

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117

Por intermédio das Figura 111, Figura 112 e Figura 113 são apresentadas as

formas de onda das tensões dos diodos 1oD e 2oD . Verifica-se por meio destas que

o valor máximo em módulo da referida grandeza para cada um dos diodos é de

aproximadamente 564,7 V e 560 V, respectivamente.

t: 5ms/div

2oVD

1oVD

Figura 111 - Tensão dos diodos

1oD e 2oD (200 V/div)

Fonte: Autoria própria

t: 10us/div 1oVD

2oVD

Figura 112 - Detalhe da tensão dos diodos 1oD e 2oD (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

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118

t: 10us/div 2oVD

1oVD

Figura 113 - Detalhe da corrente dos diodos

1oD e 2oD (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

Diferentemente do esperado, as tensões dos referidos diodos apresentaram-

se com um comportamento distinto do que o obtido via simulação numérica.

Esperava-se que para ambos os semiciclos a tensão nestes semicondutores fosse

distribuída de forma mais equilibrada. Contudo, em um dos semiciclos o diodo 1oD

apresenta-se com praticamente toda tensão p oV V , enquanto que no semiciclo

subsequente o diodo 2oD assume a tensão p oV V . Posteriormente, no próximo

semiciclo, o diodo 1oD volta a assumir a referida tensão. Esta alternância ocorre

sucessivamente e até o momento apresenta-se sem explicação.

Apresenta-se por meio da Figura 114 as formas de onda da tensão e da

corrente de saída. O valor médio da tensão de saída é de aproximadamente 200,1 V

enquanto que o valor médio da corrente de saída é de 2,423 A. Assim, a potência

processada é de aproximadamente 484,84 W.

A Figura 115 apresenta a reposta do conversor a um degrau de carga de

+20% (de 80% para 100%). Observa-se que a tensão de saída e a corrente de

entrada apresentam um sobressinal da ordem de 5,7 V e 0,68 A, respectivamente.

Observa-se que o sistema se estabiliza em aproximadamente 330 ms.

Por meio da Figura 116 é apresenta a resposta do conversor a um degrau

de carga na ordem de -20% (de 100% para 80%). Constata-se que a tensão de

saída apresenta um sobressinal 7,2 V. Verifica-se que o sistema se estabiliza em

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119

aproximadamente 650 ms.

oV

oiR

t: 5ms/div

Figura 114 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente de saída (1 A/div) Fonte: Autoria própria

iiL

C1: 3 A/div

oV

C4: 50 V/div t: 100 ms/div

Figura 115 - Resposta do retificador para um degrau de carga de +20%

Fonte: Autoria própria

7.1.3 Retificador Monofásico com Dois Interruptores

A Figura 117 apresenta as formas de onda da tensão e da corrente de

entrada. Observa-se que a corrente de entrada possui formato senoidal e está em

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120

fase com a tensão de entrada.

iiL

oV

C1: 3 A/div C4: 50 V/div t: 100 ms/div

Figura 116 - Resposta do retificador para um degrau de carga de -20%

Fonte: Autoria própria

gV

iiL

t: 5ms/div

Figura 117 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente (3 A/div) de entrada

Fonte: Autoria própria

Através da Figura 118 é apresentada a forma de onda da corrente de

entrada em alta frequência. Nota-se que a referida corrente possui um pequeno

sobressinal, mas que não oferece risco de degradação aos elementos da estrutura.

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121

iiL

t: 25us/div

Eb Ec

Figura 118 - Detalhe da corrente de entrada (1 A/div)

Fonte: Autoria própria

Na Figura 119 tem-se o espectro harmônico de corrente de entrada. A taxa

de distorção harmônica total da corrente é de 2,4329%.

Figura 119 - Espectro harmônico da corrente de entrada

Fonte: Autoria própria

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122

Por meio das Figura 120 e Figura 121 é apresentada a forma de onda da

corrente do indutor oL . A corrente em questão possui uma envoltória senoidal com

uma ondulação em alta frequência de aproximadamente 18,963 A.

oiL

t: 5ms/div

Figura 120 - Corrente do indutor

oL (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

iLo

t: 20us/div

Figura 121 - Detalhe da corrente do indutor oL (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

Por intermédio das Figura 122 e Figura 123 pode-se visualizar as formas de

onda das tensões dos capacitores 1iC e 2iC . Tem-se que a máxima tensão destes

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123

elementos é, respectivamente, 174,3 V e 185,5 V, enquanto que a máxima

ondulação é aproximadamente 54,5 V e 57 V, sequencialmente.

2iVC

t: 5ms/div

1iVC

Figura 122 - Tensão dos capacitores

1iC e 2iC (50 V/div)

Fonte: Autoria própria

2iVC

t: 25us/div

1iVC

Figura 123 - Detalhe da tensão dos capacitores

1iC e 2iC (50 V/div)

Fonte: Autoria própria

As formas de onda das correntes dos interruptores 1S e 2S são expostas

por meio das Figura 124, Figura 125 e Figura 126. Nota-se que estas possuem

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124

envoltória senoidal e suas amplitudes máximas são aproximadamente 18,6 A e

18,08 A, respectivamente.

Observa-se que as correntes dos interruptores apresentam uma parcela

negativa. Tal parcela é referente à corrente que circula pelo diodo intrínseco dos

referidos interruptores.

t: 5ms/div

2iS 1iS

Figura 124 - Corrente dos interruptores 1S e 2S (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

t: 10us/div

1iS

2iS

Figura 125 - Detalhe da corrente dos interruptores 1S e 2S (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

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125

t: 10us/div

2iS

1iS

Figura 126 - Detalhe da corrente dos interruptores 1S e 2S (5A/div)

Fonte: Autoria própria

As Figura 127, Figura 128 e Figura 129 apresentam as formas de onda das

tensões medidas sobre os interruptores 1S e 2S . Observa-se que a máxima tensão

dos interruptores é de aproximadamente 528,9V e 535,6V, respectivamente.

Observa-se também que nas formas de onda das Figura 128 e Figura 129

existem pequenos intervalos em que há picos de tensão (pv) que teoricamente não

deveriam existir. Tal fato pode ser facilmente explicado e entendido com o auxílio

dos circuitos equivalentes expostos nas Figura 27 e Figura 28. Observa-se que na

primeira etapa os interruptores estão em condução e a corrente elétrica flui pelo

canal dos mesmos. Na segunda etapa os interruptores são comandados a bloquear.

Logo, não há mais circulação de corrente entre os terminais dreno e source dos

mesmos. Contudo, há circulação de corrente pelo diodo intrínseco do interruptor 2S .

Desta maneira, tem-se revelada a existência de uma transição de circulação de

corrente, ou seja, na primeira etapa uma determinada corrente flui pelo canal do

interruptor 2S e, na segunda, uma corrente flui pelo diodo intrínseco do

semicondutor 2S .

A referida transição teoricamente deveria ser instantânea, contudo,

fisicamente existe um pequeno atraso na entrada em condução do diodo, e por isto,

tem-se a existência destes intervalos e, consequentemente, a presença de tensão

no interruptor 2S .

Utilizando-se como referência o semiciclo negativo da tensão senoidal de

entrada, as etapas um e dois se repetem. Contudo, é o diodo intrínseco do

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126

interruptor 1S que entra em condução. Logo, há transição de circulação de corrente

entre o canal e o diodo intrínseco do interruptor 1S . Desta maneira, como ora

argumentado, há o surgimento de picos de tensão (pv). Assim, tem-se justificada a

presença dos picos de tensão presentes no interruptor 1S .

2VS

t: 5ms/div

1VS

Figura 127 - Tensão dos transistores 1S e 2S (200 V/div)

Fonte: Autoria própria

2VS

t: 10us/div

1VS

pv

Figura 128 - Detalhe da tensão dos transistores 1S e 2S (200 V/div)

Fonte: Autoria própria

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127

2VS

t: 10us/div

1VS pv

Figura 129 - Detalhe da tensão dos transistores 1S e 2S (200V/div)

Fonte: Autoria própria

Apresenta-se através das Figura 130 e Figura 131 a forma de onda da

corrente dos diodos 1oD e 2oD . Tem-se que o valor máximo desta corrente é de

aproximadamente 21,25 A. O referido valor mostra-se superior ao resultado obtido

via simulação numérica, entretanto, não oferece risco de degradação aos diodos em

questão.

t: 5ms/div

1 2;o oiD iD

Figura 130 - Corrente dos diodos 1oD e 2oD (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

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128

t: 10us/div

1 2;o oiD iD

Figura 131 - Detalhe da corrente dos diodos

1oD e 2oD (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

Por meio das Figura 132, Figura 133 e Figura 134 é apresentada a forma de

onda da tensão medida sobre os diodos 1oD e 2oD . Constata-se por meio destas que

o valor máximo em módulo da referida grandeza para cada um dos diodos é de

aproximadamente 563,9 V e 563,3 V, respectivamente.

t: 5ms/div

1oVD

2oVD

Figura 132 - Tensão dos diodos 1oD e 2oD (200 V/div)

Fonte: Autoria própria

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129

Pode-se observar que a distribuição de tensão sobre os diodos 1oD e 2oD

ocorre da mesma forma que na estrutura constituída por um interruptor, ou seja, não

há distribuição equilibrada de esforços de tensão entre os mesmos.

t: 10us/div 1oVD

2oVD

Figura 133 – Detalhe da tensão dos diodos

1oD e 2oD (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

t: 10us/div 2oVD

1oVD

Figura 134 - Detalhe da tensão dos diodos 1oD e 2oD (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

Apresenta-se por intermédio da Figura 135 as formas de onda da tensão e

da corrente de saída. O valor médio da tensão de saída é de aproximadamente

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130

200,4 V enquanto que o valor médio da corrente de saída é de 2,414 A. Assim, a

potência processada é de aproximadamente 483,77 W.

oV

oiR

t: 5ms/div

Figura 135 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente de saída (1 A/div) Fonte: Autoria própria

Através da Figura 115 é apresenta a reposta do conversor frente a um

degrau de carga de +20% (de 80% para 100%).

iiL

oV

C1: 3 A/div C4: 50 V/div t: 100 ms/div

Figura 136 - Resposta do retificador para um degrau de carga de +20%

Fonte: Autoria própria

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131

Observa-se que a corrente de entrada e a tensão de saída apresentam um

pequeno sobre sinal da ordem de 0,67 A e 6,9 V, respectivamente. Verifica-se que o

sistema se estabiliza em aproximadamente 320 ms.

Por intermédio da Figura 116 é apresenta a resposta do conversor a um

degrau de carga da ordem de -20% (de 100% para 80%). Constata-se que a tensão

de saída apresenta um sobre sinal de 6,4 V. Observa-se que o sistema se estabiliza

em aproximadamente 500 ms.

iiL

oV

C1: 3 A/div C4: 50 V/div t: 100 ms/div

Figura 137 - Resposta do retificador para um degrau de carga de -20%

Fonte: Autoria própria

7.1.4 Análise Comparativa Entre os Resultados dos Retificadores Constituídos por Um e Dois Interruptores

Como já evidenciado, um dos objetivos desta dissertação concerne da

realização de uma análise comparativa entre os resultados experimentais dos

retificadores monofásicos constituídos por um e por dois interruptores. Tal analise é

desenvolvida a partir dos dados expostos no Tabela 7 e nas Figura 138 e Figura

139.

Por meio do Tabela 7 são apresentados os esforços de corrente e tensão

dos principais elementos das referidas topologias.

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132

Tabela 7 - Comparativo dos resultados de simulação numérica e experimental dos retificadores constituídos por um e por dois interruptores

GRANDEZAS

RESULTADOS

Retificador com 1S Retificador com 2S

Simulação Experimental Simulação Experimental

Corrente Eficaz do Indutor iL 2,313 A 2,369 A 2,313 A 2,364 A

Corrente Média do Indutor oL 2,49 A 2,641 A 2,49 A 2,661 A

Corrente Eficaz do Indutor oL 5,17 A 5,15 A 5,17 A 5,252 A

Tensão Máxima do Capacitor 1iC 173,1 V 175,8 V 173,1 V 174,3 V

Tensão Máxima do Capacitor 2iC 173,1 V 183,5 V 173,1 V 185,5 V

Tensão Máxima dos Capacitores oC 201,2 V 200,1 V 201,2 V 200,4 V

Corrente Máxima dos Inter. S , 1S , 2S 17,852 A 18,88 A 17,852 A 21,25 A

Corrente Média dos Inter. S , 1S , 2S 2,0457 A 2,105 A 1,72 A -

Corrente Eficaz dos Inter. S , 1S , 2S 4,496A 4,642 A 3,953 A -

Tensão Máxima do interruptor S 530,16 V 556,8 V 530,16 V -

Tensão Máxima do interruptor 1S - - 530,16 V 528,9 V

Tensão Máxima do interruptor 2S - - 530,16 V 535,6 V

Corrente Máxima dos Diodos 1oD e

2oD 17,852 A 21,37 A 17,852 A 21,25 A

Corrente Média dos Diodos 1oD e

2oD 2,517 A 2,603 A 2,517 A 2,526 A

Corrente Eficaz dos Diodos 1oD e

2oD 5,123 A 5,17 A 5,123 A 5,186 A

Tensão Máxima do Diodo 1oD 273,4 V 564,7 V 273,4 V 563,9 V

Tensão Máxima do Diodo 2oD 273,4V 560 V 273,4 V 563,3 V

Fonte: Autoria própria

A partir dos dados contidos no Tabela 7 pode-se constatar que os resultados

da simulação numérica e os resultados experimentais são muito semelhantes,

exceto pela discrepância dos valores da tensão dos diodos 1Do e 2Do . Até o

momento não há argumentação que justifique a ocorrência da referida diferença.

Também por meio do Tabela 7, verifica-se que os esforços de corrente e de

tensão que os indutores, capacitores e diodos são submetidos são praticamente

iguais nas duas estruturas. Verifica-se também que os menores esforços de corrente

e de tensão que os interruptores são submetidos ocorrem na topologia constituída

por dois interruptores.

As Figura 138 e Figura 139 apresentam, respectivamente, as curvas

experimentais do rendimento e da taxa de distorção harmônica em função da

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133

potência de saída para ambos os retificadores.

Observa-se na Figura 138 que ambos os retificadores apresentam

rendimento de aproximadamente 90% na potência nominal. Destaca-se que os

retificadores operam no modo de condução descontínuo, com comutação dissipativa

e sem circuitos de ajuda à comutação. A topologia com dois interruptores

controlados apresenta um rendimento ligeiramente superior a partir da metade da

potência nominal. Acredita-se que para potências superiores esta pequena melhora

do rendimento se torne mais acentuada.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50084%

85%

86%

87%

88%

89%

90%

Rendimento do Retificador com Um InterruptorRendimento do Retificador com Dois Interruptores

Potência de Saída (W)

Ren

dim

ento

()

Figura 138 - Rendimento em função da potência de saída

Fonte: Autoria própria

Na Figura 139 observa-se que o retificador com dois interruptores

controlados apresenta uma corrente de entrada com menor taxa de distorção

harmônica em praticamente toda faixa de operação.

Como ora argumentado, os resultados da simulação numérica e os

resultados experimentais são muito semelhantes. Desta forma, pode-se afirmar que

as análises e equacionamento desenvolvidos para ambos os retificadores estão em

conformidade.

7.1.5 Retificador Trifásico

Os resultados experimentais referente à topologia trifásica foram obtidos

com o retificador operando em malha fechada de tensão e com potência nominal.

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134

Os testes iniciais do retificador trifásico proposto foram realizados utilizando-

se três transformadores monofásicos conectados a rede de distribuição como pode

ser visualizado na Figura 140.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 50002%

03%

04%

05%

06%

07%

08%

09%THD do Retificador com Um InterruptorTHD do Retificador com Dois Interruptores

Potência de Saída (W)

TH

D

Figura 139 - THD em função da potência de saída

Fonte: Autoria própria

aV bV cV

1aV 2aV 2bV 2bV 1cV 2cV

1T 2T 3T

2S

icL

3S

3oD

oaL

2D

4D1aV

1S

2i aC

2oD

3D

iaL

1i aC

1oD

1D

2aV

6D

8D

2i bC

1i bC

4oD

5D

7D

ibL

1bV 2bV

oC oR oVocLobL

10D

12D

2i cC

6oD

11D

5oD

9D

1cV

1i cC

2cV

Figura 140 - Estrutura utilizada para os ensaios da topologia trifásica

Fonte: Autoria própria

Apresenta-se através da Figura 141 a forma de onda da tensão e corrente

da fase a. Constata-se que a referida corrente possui formato senoidal e está em

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135

fase com a tensão da fase a.

aV

iaiL

t: 5ms/div

Figura 141 - Forma de onda da tensão (100 V/div) e corrente (3 A/div) da fase a

Fonte: Autoria própria

Por meio da Figura 142 são apresentadas as formas de onda da corrente

dos indutores de entrada. Tais correntes apresentam formato senoidal e possuem

defasagem de 120º entre si.

t: 5ms/div

iaiL ibiL iciL

Figura 142 - Correntes dos indutores de entrada (3 A/div)

Fonte: Autoria própria

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136

Através das Figura 143, Figura 144 e Figura 145 são apresentadas as

formas de onda das correntes dos indutores de entrada em alta frequência. Nota-se

que as referidas correntes apresentam um pequeno sobressinal, mas este não

oferece risco de degradação aos elementos da estrutura.

t: 10us/div

iaiL

iciL

ibiL

Figura 143 - Detalhe das correntes dos indutores de entrada (1 A/div)

Fonte: Autoria própria

t: 10us/div

ibiL

iaiL

iciL

Figura 144 - Detalhe das correntes dos indutores de entrada (1 A/div)

Fonte: Autoria própria

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137

t: 10us/div

iciL

ibiL

iaiL

Figura 145 - Detalhe das correntes dos indutores de entrada (1 A/div)

Fonte: Autoria própria

As formas de onda das correntes dos indutores oaL , obL e ocL são

apresentadas nas Figura 146 e Figura 147. Observa-se que as referidas correntes

apresentam envoltória senoidal, possuem ondulação em alta frequência, estão

defasadas entre si em 120º e, suas amplitudes máximas são aproximadamente

15,75 A, 15,43 A e 15,87 A, respectivamente.

t: 5ms/div

oaiL obiL ociL

Figura 146 - Correntes dos indutores de saída (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

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138

t: 10us/div

obiL

ociL

oaiL

Figura 147 - Detalhe da corrente dos indutores de saída (3 A/div)

Fonte: Autoria própria

Por intermédio das Figura 148 e Figura 149 pode-se visualizar,

sequencialmente, a forma de onda da tensão dos capacitores 1i aC , 1i bC , 1i cC , 2i aC ,

2i bC e 2i cC . Tem-se que a máxima tensão destes elementos é, respectivamente,

186,6 V, 181,3 V, 180,4 V, 179,9 V, 186,9 V, e 182,6 V, enquanto que a máxima

ondulação de tensão é aproximadamente, 51,84 V, 49,84 V, 48,84 V, 48,5 V, 52 V e

50,6 V, respectivamente.

t: 5ms/div

1i aVC 1i bVC 1i cVC

Figura 148 - Tensão dos capacitores 1i aC , 1i bC e 1i cC (50 V/div)

Fonte: Autoria própria

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139

t: 5ms/div

2i aVC 2i bVC 2i cVC

Figura 149 - Tensão dos capacitores

2i aC , 2i bC e

2i cC (50 V/div)

Fonte: Autoria própria

As Figura 150 e Figura 151 apresentam as formas de onda das tensões

medidas sobre os interruptores 1S , 2S e 3S . Observa-se que as referidas tensões

apresentam formato senoidal, possuem ondulação em alta frequência, possuem

defasagem de 120º entre si e suas amplitudes máximas são de aproximadamente

540 V, 540,1 V e 550,3 V, respectivamente.

t: 5ms/div

1VS 2VS 3VS

Figura 150 - Tensão dos interruptores 1S , 2S e 3S (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

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140

t: 10us/div

1VS 2VS 3VS

Figura 151 - Detalhe da tensão dos interruptores 1S , 2S e 3S (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

Por meio das Figura 152 e Figura 153 são apresentadas as formas de onda

das correntes dos diodos 1oD , 2oD , 3oD , 4oD , 5oD e 6oD . Constata-se que as

correntes em questão apresentam envoltória senoidal, possuem ondulação em alta

frequência e estão defasadas entre si em 120º. Verifica-se que as amplitudes

máximas destas correntes são de aproximadamente 21,38 A, 21,38 A, 20,4 A, 20,4

A, 20,56 A e 20,56 A.

t: 5ms/div

1 2o oiD iD 5 6o oiD iD3 4o oiD iD

Figura 152 - Correntes dos diodos de saída (5 A/div)

Fonte: Autoria própria

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141

t: 10us/div

3 4o oiD iD 5 6o oiD iD1 2o oiD iD

Figura 153 - Detalhe da corrente dos diodos de saída (5A/div)

Fonte: Autoria própria

Por meio das Figura 154, Figura 155, Figura 156, Figura 157 e Figura 158

são apresentadas as formas de onda da tensão medida sobre os diodos 1oD , 2oD ,

3oD , 4oD , 5oD e 6oD . Constata-se por meio destas que o valor máximo em módulo

da referida grandeza para cada um dos diodos é de aproximadamente, 513,9 V,

389,3 V, 475,4 V, 486,6 V, 486,7 V e 445 V, respectivamente.

t: 5ms/div

1oVD

2oVD

Figura 154 - Tensão dos diodos 1oD e 2oD (200 V/div)

Fonte: Autoria própria

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142

t: 5ms/div

3oVD

4oVD

Figura 155 - Tensão dos diodos

3oD e 4oD (200 V/div)

Fonte: Autoria própria

t: 5ms/div

5oVD

6oVD

Figura 156 - Tensão dos diodos

5oD e 6oD (200 V/div)

Fonte: Autoria própria

Pode-se observar que a distribuição de tensão entre os diodos 1oD , 2oD ,

3oD , 4oD , 5oD e 6oD ocorre da mesma forma que na estrutura monofásica

constituída por um interruptor, ou seja, não há distribuição equilibrada de esforços

de tensão entre os mesmos.

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143

t: 5ms/div 6oVD 2oVD 4oVD

Figura 157 - Tensão dos diodos

2oD , 4oD e

6oD (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

t: 10us/div

6oVD

2oVD

4oVD

Figura 158 - Detalhe da tensão dos diodos 2oD , 4oD e 6oD (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

Apresenta-se por meio da Figura 159 as formas de onda da corrente e

tensão de saída. O valor médio da corrente de saída é de aproximadamente 7,811 A

enquanto que o valor médio da referida tensão é de 200,3 V. Logo, a potência

processada é de aproximadamente 1564,54 W.

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144

oiR

t: 5ms/div

oV

Figura 159 - Corrente (5 A/div) e tensão de saída (100 V/div)

Fonte: Autoria própria

Através da Figura 160 é apresentada a reposta do conversor frente a um

degrau de carga de +20% (de 80% para 100%).

C1: 3 A/div

oV

iaiL ibiL iciL

C3: 3 A/div t: 50 ms/div C2: 3 A/div C4: 30 V/div

Figura 160 - Resposta do retificador para um degrau de carga de +20%

Fonte: Autoria própria

Observa-se que as correntes dos indutores de entrada e a tensão de saída

apresentam um pequeno sobressinal da ordem de 0,396 A e 3,2 V, respectivamente.

Verifica-se que o sistema se estabiliza em aproximadamente 200 ms.

Por meio da Figura 161 é apresenta a resposta do conversor a um degrau

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145

de carga da ordem de -20% (de 100% para 80%). Constata-se que a tensão de

saída apresenta um sobre sinal de aproximadamente 3,5 V. Observa-se que o

sistema se estabiliza em aproximadamente 300 ms.

C1: 3 A/div

oV

iaiL ibiL iciL

C3: 3 A/div t: 50 ms/div C2: 3 A/div C4: 30 V/div

Figura 161 - Resposta do retificador para um degrau de carga de -20%

Fonte: Autoria própria

Apresenta-se por meio da Figura 162 a curva experimental do rendimento

em função da potência de saída do retificador trifásico proposto. Observa-se que o

rendimento do retificador a plena carga é de aproximadamente 90%.

0 0.16 0.32 0.48 0.64 0.8 0.96 1.12 1.28 1.44 1.684%

85%

86%

87%

88%

89%

90%

Potência de Saída (kW)

Ren

dim

ento

()

Rendimento do Retificador Trifásico

Figura 162 - Rendimento em função da potência de saída

Fonte: Autoria própria

O rendimento obtido é considerado bom tendo em vista que a topologia

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146

possui comutação dissipativa sem circuitos de ajuda à comutação, e ainda opera no

modo de condução descontínua, e por isto, têm-se maiores perdas devido aos

maiores esforços de correntes impostos aos elementos da estrutura.

Através da Figura 163 é apresentado a curva experimental da taxa de

distorção harmônica das correntes de entrada em função da potência de saída do

retificador. Tem-se que para 10% da potência nominal a THD é de aproximadamente

9,76% enquanto que a plena carga a THD das referidas correntes é de

aproximadamente 3,2%.

02%

03%

04%

05%

06%

07%

08%

09%

10%

TH

D

0 0.16 0.32 0.48 0.64 0.8 0.96 1.12 1.28 1.44 1.6

Potência de Saída (kW)

THD do Retificador Trifásico

Figura 163 - THD em função da potência de saída

Fonte: Autoria própria

Por meio do Tabela 8 apresenta-se os valores de projeto, de simulação

numérica e experimental obtidos da estrutura trifásica proposta.

Tabela 8 - Comparativo dos resultados de projeto, de simulação numérica e experimental do retificador trifásico

(continua)

GRANDEZAS Projeto Simulação Experimental

Corrente Eficaz dos Indutores iaL , ibL e icL 2,274 A 2,276 A 2,67 A

Corrente Média dos Indutores oaL ,

obL e ocL 2,5 A 2,5 A 2,66 A

Corrente Eficaz dos Indutores oaL , obL e ocL 5,124 A 5,146 A 5,43 A

Tensão Máxima dos Capacitores oC 201 V 201,2 V 200,3 V

Tensão Máxima do interruptor 1S 527,55 V 530,16 V 540 V

Tensão Máxima do interruptor 2S 527,55 V 530,16 V 540,1 V

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147

Tabela 8 - Comparativo dos resultados de projeto, de simulação numérica e experimental do retificador trifásico

(conclusão)

Tensão Máxima do interruptor 3S 527,55 V 530,16 V 550,3 V

Corrente Máxima dos Diodos 1oD ...

6oD 18,374 A 18,15 A 20,78 A

Corrente Média dos Diodos 1oD ...

6oD 2,5 A 2,517 A 2,633 A

Corrente Eficaz dos Diodos 1oD ...

6oD 5,098 A 5,123 A 5,321 A

Tensão Máxima do Diodo 1oD 263,775 V 262,4 V 513,9 V

Tensão Máxima do Diodo 2oD 263,775 V 262,4 V 389,3 V

Tensão Máxima do Diodo 3oD 263,775 V 262,4 V 486,7 V

Tensão Máxima do Diodo 4oD 263,775 V 262,4 V 445,7 V

Tensão Máxima do Diodo 5oD 263,775 V 262,4 V 475,4 V

Tensão Máxima do Diodo 6oD 263,775 V 262,4 V 486,6 V

Fonte: Autoria própria

A partir dos dados apresentados no Tabela 8 pode-se constatar que os

resultados de projeto, de simulação numérica e os resultados experimentais são

muito semelhantes, tendo somente uma discrepância mais acentuada nos valores

de pico das correntes dos diodos de saída, o que é aceitável, pois sabe-se que na

entrada em condução ou na entrada em bloqueio podem surgir picos de corrente ou

tensão nos semicondutores. Tem-se também uma diferença relevante dos valores

da tensão dos diodos 1oD 2oD , 3oD , 4oD , 5oD e 6oD . Até o momento não há

argumentação que justifique ocorrência da referida diferença.

Embora existam estas discrepâncias é possível constatar, ao observar as

formas de onda teóricas e práticas, que a topologia funciona adequadamente e por

isto, considera -se validados os conceitos, equacionamentos e modelos matemático

desenvolvidos para o retificador em questão.

Por fim, testou-se o retificador trifásico processando a energia elétrica

proveniente de um aerogerador de pequeno porte. A bancada emuladora do

aerogerador de pequeno porte é apresentada na Figura 164, sendo composta por

um conversor de frequência, um motor de ímãs permanentes, uma caixa de

redução, um torquímetro e o gerador síncrono de ímãs permanentes (GSIP) com

força eletromotriz trapezoidal.

O conversor de frequência, o motor de ímãs permanentes e a caixa de

redução foram configurados para emular uma turbina eólica com as mesmas

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148

características da turbina eólica utilizada na simulação numérica. O GSIP tem as

mesmas características do modelo de gerador utilizado na simulação numérica, com

a exceção de que as formas de onda das tensões da força eletromotriz são

trapezoidais.

Figura 164 - Foto da bancada emuladora do aerogerador Fonte: Autoria própria

Na Erro! Fonte de referência não encontrada. tem-se as formas de onda

das correntes drenadas do GSIP. Observa-se que as correntes têm formato

trapezoidal, estão defasadas de 120º e possuem uma frequência de

aproximadamente 50 Hz.

t : 10 ms/ div

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149

Figura 165 - Correntes de entrada do gerador (500mA/div) Fonte: Autoria própria

Na Figura 166 tem-se as formas de onda das correntes drenadas do GSIP

processando uma maior potência. Nesta condição, a frequência das correntes é de

aproximadamente 32 Hz.

t : 10 ms/ div

Figura 166 - Correntes de entrada do gerador (500mA/div) Fonte: Autoria própria

Constata-se, neste ensaio realizado, que as correntes de entrada do

retificador trifásico SEPIC (correntes drenadas do GSIP) possuem o formato da

tensão de entrada, neste caso, trapezoidal. Esta caraterística existe porque o

retificador opera no modo de condução descontínuo.

No ensaio realizado não foi possível processar uma potência superior a 600

W, pois, para potências maiores, as tensões de entrada do retificador tendem a ter

amplitudes menores. Com isto, o retificador SEPIC deixou de operar no modo de

condução descontínuo, distorcendo as correntes drenadas do GSIP. Assim, conclui-

se que o retificador SEPIC deve ser reprojetado (o reprojeto consiste em reprojetar

os indutores do retificador) para garantir a operação no modo de condução

descontínua com tensões de entrada menores.

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150

8 CONCLUSÃO GERAL

Esta dissertação apresentou a análise teórica, resultados de simulação

numérica e resultados experimentais de três topologias (duas monofásicas e uma

trifásica) baseadas no retificador SEPIC operando em MCD.

Retificadores SEPIC têm a vantagem de prover elevado fator de potência

com menor esforço de filtragem, como os retificadores Boost, e menor nível de

tensão de saída, como os retificadores Buck. Ainda, quando operam no modo de

condução descontínua, estes retificadores têm a propriedade de emular uma carga

resistiva, drenando correntes senoidais sem imposição de um sistema de controle. A

desvantagem está no aumento do número de componentes de potência.

Os retificadores SEPIC propostos quando aplicados no processamento de

energia elétrica oriunda de aerogeradores, pelo fato de drenarem correntes

praticamente senoidais, fazem com que a potência ativa circulante pelo gerador

eólico e pelo sistema de processamento eletrônico da energia elétrica seja

maximizada. Além disso, se o gerador eólico entrega correntes praticamente

senoidais, têm-se menores níveis de ruído audível, menores vibrações mecânicas e

menores perdas por torques parasitas, resultado de uma corrente com menores

componentes harmônicas.

O retificador trifásico proposto apresenta como principais vantagens:

aproveitamento da indutância do gerador como indutância de filtro de entrada do

retificador; correntes de entrada praticamente senoidais sem a utilização de um

sistema de controle das correntes, ou seja, sem a utilização de sensores para as

correntes drenadas do gerador; simplicidade de controle da tensão contínua de

saída e de modulação PWM, pois é necessário somente um circuito integrado

UC3525 para o retificador trifásico. Estas e outras características, bem como a

revisão bibliográfica deste trabalho são tratadas na segunda seção.

Por meio da seção três apresentou-se os conceitos, etapas de operação,

formas de onda e equacionamento referentes ao conversor CC-CC SEPIC básico

operando em MCC e MCD.

A seção quatro, assim como a seção três, expos as etapas de operação,

formas de onda, equacionamento e modelagem referentes aos retificadores

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151

monofásicos constituídos por um e por dois interruptores apresentados na Figura 1,

ambos, operando em MCD.

A seção cinco apresentou as etapas de operação, formas de onda,

equacionamento e modelagem referente ao retificador trifásico proposto e

apresentado na Figura 2.

Por intermédio da sexta seção foram apresentados as metodologias de

projeto desenvolvidas, uma lista dos componentes utilizados na implementação

prática dos retificadores e os resultados da simulação numérica para as três

topologias propostas.

Através da sétima seção foram apresentados os resultados experimentais

dos três retificadores propostos. Por meio dos resultados obtidos pode-se concluir

que o retificador monofásico constituído por dois interruptores, quando comparado a

topologia composta por um interruptor, possui rendimento ligeiramente superior a

partir da metade da potência nominal, e possui menor taxa de distorção harmônica

em praticamente todo faixa de operação.

Os três retificadores estudados apresentaram rendimento de

aproximadamente 90%. Os rendimentos obtidos são considerados satisfatórios

tendo em vista que as topologias possuem comutação dissipativa sem circuitos de

ajuda à comutação, e ainda operam em MCD, e por isto, têm-se maiores perdas

devido aos maiores esforços de correntes impostos aos elementos da estrutura.

A taxa de distorção harmônica das correntes de entrada dos conversores

monofásicos dotados de um e dois interruptores foram, respectivamente, 3,5% e

3,22% enquanto que a THD do retificador trifásico foi de aproximadamente 3,2%.

O retificador trifásico proposto, além de ter sido testado conforme o esquema

apresentado na Figura 140, foi também submetido ao processamento da energia

elétrica de um aerogerador de imãs permanentes, cujas tensões eletromotrizes

apresentam formato trapezoidal. Embora não se tenha processado a potência

nominal, o funcionamento do referido retificador para tal aplicação mostrou-se

satisfatório, com correntes de entrada em fase com suas respectivas tensões de

alimentação.

Após o desenvolvimento de todas as etapas do trabalho, afirma-se que os

conceitos, análises, simplificações, equacionamento e modelagem matemática

desenvolvida para os retificadores propostos estão corretas, uma vez que os

resultados de projeto, simulação e experimentais mostraram-se similares.

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152

No horizonte de trabalhos futuros pode-se destacar a possibilidade de

implementação de um sistema de controle digital para os três retificadores. Tem-se

também a possibilidade de implementação de um novo sistema de modulação para

a topologia composta por dois interruptores, uma vez que durante um dos semiciclos

um dos interruptores pode permanecer constantemente em condução, assim, tem-se

que um dos interruptores comutará na frequência de comutação escolhida, enquanto

que a outro comutará na frequência da rede. Logo, ter-se-á menores perdas por

comutação. Desta forma, será possível obter rendimento ainda melhor para referida

topologia.

É relevante destacar que a partir desta dissertação foi possível elaborar dois

artigos científicos, os quais são intitulados como:

“Retificadores SEPIC com Elevado Fator de Potência com Um e Dois

Interruptores Controlados Operando no Modo de Condução Descontínua”.

Este artigo recebeu o prêmio Conference Best Paper Award na área de

Eletrônica de Potência no IEEE IAS 11th International Conference on

Industry Applications - INDUSCON 2014;

“Proposal of a Modular Three-Phase SEPIC-DCM Rectifier for Small Wind

Energy Conversion Systems”. Este trabalho foi submetido ao ISIE 2015

(International Symposium on Industrial Electronics).

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153

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155

APÊNDICE A - Retificadores SEPIC Monofásicos MCC Constituídos por Um e por Dois interruptores

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156

A. RETIFICADORES SEPIC MCC CONSTITUÍDOS POR UM E POR DOIS

INTERRUPTORES

A presente seção tem por objetivo apresentar as etapas de operação,

circuitos equivalentes, formas de onda e equacionamento referente aos retificadores

monofásicos SEPIC MCC constituídos por um e por dois interruptores apresentados

na Figura 1.

A.1 RETIFICADOR SEPIC MCC CONSTITUÍDO POR UM INTERRUPTOR

A.1.1Etapas de Operação

No modo de condução contínuo o referido retificador apresenta duas etapas

distintas de operação. Tais etapas são apresentadas nas seções A.1.1.1 e A.1.1.2.

A.1.1.1Primeira Etapa

Durante a primeira etapa de operação os interruptores 1S e 2S encontram-

se em condução, e os diodos 1oD e 2oD , bloqueados. As correntes nos indutores iL

e oL crescem linearmente segundo as relações (3.1) e (3.2), respectivamente. A

carga oR é alimentada pelo capacitor oC . O circuito equivalente da referida etapa é

apresentado na Figura 167.

A.1.1.2Segunda Etapa

A segunda etapa inicia-se no momento em que os interruptores 1S e 2S são

comandados a bloquear. Neste instante, os diodos 1oD e 2oD entram em condução,

com isto, a energia armazenada nos indutores é transferida para o capacitor oC e

para carga oR . As correntes dos indutores iL e oL decrescem linearmente segundo

as relações (3.3) e (3.4), respectivamente. Apresenta-se por meio da Figura 168 o

circuito equivalente da etapa em questão.

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157

i1VC

2D

4D

S oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

3D

iVL

iL

gV

i2VC

Figura 167 - Circuito equivalente primeira etapa de operação

Fonte: Autoria própria

i1VC

2D

4D

S oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

3D

iVL

iL

gV

i2VC

VS

Figura 168 - Circuito equivalente segunda etapa de operação

Fonte: Autoria própria

A.1.2Formas de Onda

Através das Figura 169 e Figura 170 são apresentadas algumas das

principais formas de ondas do referido retificador. Tais formas de ondas foram

devolvidas considerando um período de comutação.

A.1.3Equacionamento

Apresenta-se por meio desta seção o equacionamento referente ao

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158

retificador monofásico SEPIC MCC constituído por um interruptor. Tal

equacionamento é basicamente desenvolvido a partir das equações apresentadas

em 3.2. Considera-se que as polaridades das tensões e os sentidos das correntes

são os mesmos que os adotados na Figura 25.

Etapas

1 2

0t

0t

0t

0t

0t

0t

1DTs t 1 2D Ts t

Ts

iiL

oiL

iS

1 2o oiD iD

1 2i iiC iC

oiC

maxiiL

miniiL

maxoiL

minoiL

max maxi oiL iL

min mini oiL iL

max maxi oiL iL

min mini oiL iL

maxiiL

miniiL

minoiL

maxoiL

o

o

V

R

o

o

V

R

Figura 169 - Formas de onda das correntes dos principais elementos do retificador SEPIC MCC

constituído por um interruptor Fonte: Autoria própria

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159

Etapas

1 2

0 t

0t

0t

1DTs t 1 2D Ts t

Ts

pV

oV

p oV V

p oV V

i oVL VL

VS

1 2o oVD VD

Figura 170 - Formas de onda das tensões dos principais elementos do retificador SEPIC MCC

constituído por um interruptor Fonte: Autoria própria

Razão Cíclica D :

Aplicando-se o valor modular de (4.5) em (3.37), chega-se a expressão (8.1),

a qual define a razão cíclica D . Nota-se por meio desta expressão, que a razão

cíclica D é uma função que depende da tensão senoidal de entrada. Logo, esta

varia de um valor mínimo (8.2) que ocorre quando a tensão de entrada atinge seu

maior patamar ( igual 90 ), ou seja, tensão de entrada igual a pV , a um valor

máximo (8.3) que ocorre quando a tensão de entrada chega ao seu menor valor (

igual 0 , 180 , 360 ), ou seja, tensão de entrada igual à zero.

o

o p

VD

V V sen

(8.1)

min

90

o o

o po p

V VD

V VV V sen

(8.2)

max 10

o o

oo p

V VD

VV V sen

(8.3)

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160

Ondulação de corrente dos indutores iL e oL :

Assim como a razão cíclica, a ondulação de corrente dos indutores também

é uma função que depende da amplitude da tensão de entrada. Logo, esta, também

apresenta maior amplitude quando igual 90 . Assim, aplicando (4.5) em (3.8)

obtém-se (8.4), que define a ondulação de corrente do indutor iL . Aplicando (4.5) em

(3.9) chega-se a (8.5), que representa a ondulação de corrente do indutor oL .

minp

Li

i s

V Di

L f (8.4)

minp

Lo

o s

V Di

L f (8.5)

Indutores iL e oL

Manipulando-se algebricamente (8.4) e (8.5), obtêm-se, sequencialmente, as

expressões (8.6) e (8.7), as quais definem respectivamente os valores das

indutâncias de iL e oL .

minp

i

Li s

V DL

i f

(8.6)

minp

o

Lo s

V DL

i f

(8.7)

Capacitores 1iC , 2iC e oC

Os valores das capacitâncias de 1iC , 2iC e Co são obtidos por meio das

expressões (8.8) e (8.9), respectivamente.

1 2

1

oi i

o Ci s

V DC C

R V f

(8.8)

oo

o Co s

V DC

R V f

(8.9)

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161

Corrente máxima e corrente mínima dos indutores iL e oL :

O valor de pico da corrente do indutor iL é definido por (8.10). Assim, a

corrente em baixa frequência que circula pelo indutor iL pode ser definida como em

(8.11).

2

2 2

piPc oi o o iPc

p

VIL PP P P IL

V (8.10)

2 o

i

p

P senIL

V

(8.11)

A equação (8.10) foi obtida admitindo-se que a corrente de entrada ou do

indutor iL é isenta de ondulação em alta frequência.

Levando-se em consideração a ondulação em alta frequência, o valor

máximo da corrente do indutor iL pode ser definido com em (8.12). Já a amplitude

da corrente mínima pode ser determinada com em (8.13).

max

2

2

o Lii

p

P iIL

V

(8.12)

min

2

2

o Lii

p

P iIL

V

(8.13)

A relação apresentada em (3.38) também pode ser utilizada para descrever

a razão existente entre os valores das correntes de pico dos indutores iL e oL , como

pode ser visualizado em (8.14). Assim, aplicando (8.10) em (8.14), chega-se a

expressão (8.15), a qual define o valor da máxima amplitude da corrente do indutor

oL . Nota-se que em (8.14) e (8.15) utiliza-se o termo minD , isto se justifica, pois no

momento em que a tensão de entrada atinge seu maior patamar, a corrente de pico

do indutor oL é alcançada, logo, neste ponto a razão cíclica é igual a minD .

min

min1 1

iPc

oPc

IL DD

IL D D

(8.14)

min

min

12 2

1

o ooPc oPc

p p

DP PDIL IL

V D V D

(8.15)

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162

A equação (8.15) foi obtida admitindo-se que a corrente do indutor Lo é

isenta de ondulação em alta frequência. Caso seja necessário considerar a

ondulação em alta frequência, a máxima corrente pode ser definida por (8.16).

min

max

min

12

2

o Loo

p

DP iIL

V D

(8.16)

A maior amplitude que a corrente mínima do indutor oL pode apresentar é

definida por (8.17).

min

min

min

12

2

o Loo

p

DP iIL

V D

(8.17)

Corrente média e corrente eficaz do indutor iL :

O valor médio da corrente do indutor iL apresentado no item 3.2.4 também

pode ser definido como em (8.18). Assim, aplicando (8.12) e (8.13) em (8.18) e

integrando o resultado em um período da tensão senoidal retificada de entrada como

em (8.19), chega-se a expressão (8.20), a qual define o valor médio da corrente do

indutor iL para o referido retificador.

min max 12 2

Li Liimed i i

i iIL IL D IL D

(8.18)

0

21 o

imed

p

P senIL d

V

(8.19)

2 o

imed

p

PIL

V (8.20)

A partir da equação (8.21) obtém-se a expressão (8.22) que define o valor

eficaz da corrente do indutor iL .

2

0

21 o

ief

p

P senIL d

V

(8.21)

2

2

oief

p

PIL

V (8.22)

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163

Corrente média e corrente eficaz do indutor oL :

A relação apresentada em (8.24), a qual é obtida a partir da expressão

(8.23), descreve a corrente que circula pelo indutor oL . Integrando (8.24) como

mostra (8.25), obtém-se (8.26). Aplicando (8.10) em (8.26), chega-se a expressão

(8.27), cuja qual define o valor médio da corrente do indutor oL .

i o p iPc oPc oP P V sen IL sen IL V (8.23)

2

p iPc

o

o

V IL senIL

V

(8.24)

22

0

1

2

p iPc

omed

o

V IL senIL d

V

(8.25)

2

p iPc

omed

o

V ILIL

V (8.26)

oomed

o

PIL

V (8.27)

O valor eficaz da corrente do indutor oL é definido através da equação (8.29)

, a qual é obtida a partir da expressão (8.28).

22

2

0

1

2oef iPcIL IL sen d

(8.28)

3

2

ooef

o

PIL

V (8.29)

Corrente média e corrente eficaz do interruptor S :

Assim como no conversor CC-CC SEPIC apresentado na seção 3.2.4, o

valor médio da corrente do indutor iL e o valor médio da corrente do interruptor S

são iguais. Desta forma, o valor médio da corrente do interruptor S é definido por

(8.30).

2 o

imed med

p

PIL IS

V (8.30)

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164

O valor eficaz da corrente do interruptor S apresentado no item 3.2.4 é

representado pela equação (3.31). Contudo, este também pode ser definido como

em (8.31). Aplicando (8.12), (8.13), (8.16) e (8.17) em (8.31), e integrando o

resultado em um período da tensão senoidal retificada de entrada, chega-se a

equação (8.32) que define o valor eficaz da corrente do interruptor S .

2

2

min min min min3

Li Loef Li Lo i o i o

i iIS D i i IL IL IL IL

(8.31)

2

2

1

3

1

2

2

p i o

s i o

i o

p i o

ef p i o

s i o

s i o

p i o

i o

s i o

V sen D L L

f L L

IL ILV sen D L L

IS D V sen D L Lf L L

f L L

V sen D L LIL IL

f L L

0

d

(8.32)

O valor eficaz da corrente do interruptor S apresentado em (8.32) não pode

ser representado de forma genérica, logo, este pode ser somente determinado de

forma numérica, ou seja, atribuindo-se valores as variáveis.

Corrente média e corrente eficaz dos diodos 1oD e 2oD :

A modelagem matemática apresentada na seção 3.2.4 evidencia que o valor

da corrente média dos diodos 1oD e 2oD é igual ao valor da corrente média do

indutor oL , desta forma, ambas as correntes pode sem definidas pela mesma

equação. Esta igualdade também ocorre no retificador monofásico SEPIC em

questão. Sendo assim, a corrente média dos diodos 1oD e 2oD é apresentada em

(8.33).

1 2o

omed o med o med

o

PIL ID ID

V (8.33)

O valor da corrente eficaz dos diodos 1oD e 2oD apresentada na expressão

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165

(3.35) pode também ser definido pela expressão (8.34). Substituindo (8.12), (8.13),

(8.16) e (8.17) em (8.34), e integrando o resultado em um período da tensão

senoidal retificada de entrada, chega-se a equação (8.35), a qual define o valor da

corrente eficaz dos diodos 1oD e 2oD .

1 2

22

min min min min13

o ef o ef

Li LoLi Lo i o i o

ID ID

i iD i i IL IL IL IL

(8.34)

1 2

2

2

1

3

11

2

2

o ef o ef

p i o

s i o

i o

p i o

p i o

s i o

s i o

p i o

i o

s i o

ID ID

V sen D L L

f L L

IL ILV sen D L L

D V sen D L Lf L L

f L L

V sen D L LIL IL

f L L

0

d

(8.35)

O valor da corrente eficaz dos diodos 1oD e 2oD , assim como no caso da

chave S , pode ser somente determinado de forma numérica.

Diodos retificadores:

As equações (8.37) e (8.39) representam sequencialmente os valores da

corrente média e eficaz de cada um dos diodos da ponte retificadora. Tais

expressões foram obtidas a partir de (8.36) e (8.39), respectivamente.

0

21

2

o

med

p

P senIDr d

V

(8.36)

2 o

med

p

PIDr

V (8.37)

2

0

21

2

o

ef

p

P senIDr d

V

(8.38)

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166

oef

p

PIDr

V (8.39)

Característica estática:

Trabalhando-se matematicamente com (8.1), chega-se a equação (8.40), a

qual representa o ganho estático do retificador monofásico SEPIC operando em

MCC.

1s

oret MCC

p

DVGe

DV en

(8.40)

A.1.2RETIFICADOR SEPIC MCC CONSTITUÍDO POR DOIS INTERRUPTORES

O retificador monofásico SEPIC MCC cuja topologia é constituída por dois

interruptores, assim como o retificador constituído por um interruptor, apresenta

duas etapas de operação. Tais etapas são equivalentes às apresentadas em

A.1.1.1, e A.1.1.2, e por isto, torna-se desnecessário a descrição das mesmas.

Por meio da Figura 171 são apresentados os circuitos equivalentes

referentes às etapas em questão.

Etapa 1

i2VC

o1VD

oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

2D

iVL

iL

gV

1S

2S

i1VC

o2VD

Etapa 2

i2VC

VS1

oL

oiC oiR

oiL

oVLoC

oR oV

2iC

1iC

2oD

1oD

1D

2D

iVL

iL

gV

1S

2S

i1VC

Figura 171 - Etapas de operação do retificador SEPIC MCC constituído por dois interruptores

Fonte: Autoria própria

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167

1.2.1Formas de Onda:

A partir das etapas de operação são desenvolvidas as principais formas de

onda da topologia para um período de comutação. Tais formas de ondas podem ser

visualizadas através da Figura 172.

Ressalta-se que algumas formas de onda como, por exemplo, as tensões e

correntes dos indutores Li e Lo , as tensões e correntes dos diodos 1oD e 2oD não

são apresentadas na Figura 172, isto, pois estas são equivalentes às formas de

onda apresentadas nas Figura 169 e Figura 170.

Etapas

1 2

0t

0t

0t

1DTs t 1 2D Ts t

Ts

0t

max maxi oiL iL

maxoiL

p oV V

1iS

2iS

1VS

2VS

min mini oiL iL

minoiL

Figura 172 - Formas de onda do retificador SEPIC MCC constituído por dois interruptores

Fonte: Autoria própria

1.2.2Equacionamento:

As equações que definem os valores do ganho estático, das grandezas dos

indutores, capacitores e semicondutores para a topologia de dois interruptores são

as mesmas que as do retificador constituído por um interruptor, exceto, pelas

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168

expressões que representam o valor médio e eficaz da corrente nos interruptores 1S

e 2S , como pode ser observado em (8.41) e (8.42), respectivamente.

2

0

1 222

2

1

2

p iPco

p o

med med

p iPc

o

V IL senP senD d

V VIS IS

V IL senD d

V

(8.41)

1 2

2

0

2

1

3

2

21

2s n1

3

ef ef

p i o

s i o

i o

p i O

p i o

s i o

s i o

p i o

i o

s i o

p

IS IS

V sen D L L

f L L

IL ILV sen D L L

D dV sen D L Lf L L

f L L

V sen D L LIL IL

f L L

V e D

D

2

2

2

s n

2

2

s o

i o

p

p

s o

p

i o

s o

f L

IL ILV e D

dV sen DfsLo

f L

V sen DIL IL

f L

(8.42)

A corrente média e eficaz das chaves 1S e 2S expostas respectivamente

em (8.41) e (8.42) não podem ser representadas de forma genérica, desta maneira,

tais grandezas podem ser somente determinadas de forma numérica.