Retrospectiva Ciclo 2013/2016 e Projetos 2017/2020.

CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ESGRIMA

FUNDADA EM 5 DE JUNHO DE 1927

Presidência

Confederação Brasileira de Esgrima - e-mail: [email protected]

SCS – Quadra 01 – Bloco M / sala 712 – Brasília / DF – CEP 71735-900 – Tel (61) 3034-7427

Rua Buenos Aires, nº 93 / 708 – Rio de Janeiro / RJ – CEP 20070-021 – Tel / Fax (21) 2283-2256

Rio de Janeiro, 11 de outubro de 2016. OF / CBE / PRES / Nº. 2016.579. Do Presidente da Confederação Brasileira de Esgrima – CBE. Às Federações Estaduais e aos Senhores (as) Responsáveis pelas Entidades de Prática Desportiva – EPDs – Filiadas, Vinculadas e Reconhecidas pela CBE. ASSUNTO: - RETROSPECTIVA E ANÁLISE DO CICLO OLÍMPICO RIO 2016

- PROJETOS VOLTADOS PARA OS CICLOS 2020/2024. Prezados (as) Senhores (as),

Encerrado o ciclo dos Jogos Olímpicos Rio 2016, evidenciou-se que a esgrima brasileira avançou significativamente. No decorrer deste ciclo olímpico, sem sombra de dúvidas, em que pese tenhamos muito a fazer e a crescer para o futuro, obtivemos expressiva respeitabilidade e visibilidade tanto no plano nacional como internacional. E isso não se mede apenas pelos excelentes resultados esportivos obtidos por atletas ou equipes, mas, também, porque o nosso esporte obteve maior consistência através da constante e crescente representação brasileira em competições internacionais.

No que diz respeito aos Jogos Olímpicos Rio 2016 propriamente dito, apesar das apreensões quanto à

possibilidade de fracasso daquele evento, o que se viu foi justamente o contrário, ou seja, os Jogos Olímpicos foram coroados de êxito. As diversas mídias nacionais e internacionais que acompanharam os Jogos Olímpicos, o público em geral que esteve presente e lotou a Arena 3, vibrando com um esporte desconhecido da maioria das pessoas, os atletas, os dirigentes e demais envolvidos não pouparam elogios frente ao sucesso alcançado.

As provas olímpicas da esgrima, por sua vez e da mesma forma, obtiveram enorme respeito em face à

excelência da organização e à beleza visual. Enfim, o Brasil provou (ao mundo) ser capaz de organizar e realizar com muita qualidade o maior evento esportivo do mundo, beneficiou-se com o crescimento de vários esportes ao longo do ciclo olímpico e, por fim, obteve e desfrutará de importantíssimos legados esportivos no plano material e imaterial.

O presente Ofício/CBE trata de dois temas distintos, quais sejam:

- Retrospectiva e análise do ciclo olímpico Rio 2016: neste tópico, ainda que de forma sintética, trouxemos dados, informações, realizações e quadros comparativos para que, desse possam ser tiradas conclusões quanto a evolução de nosso esporte. - Projetos voltados para os ciclos 2017-2024: neste tópico apresentamos uma síntese de alguns dos projetos que estão sendo presentemente estudados para implantação já a partir de 2017, sem prejuízo de outros tantos e de sugestões que vimos recebendo.

I - RETROSPECTIVA E ANÁLISE DO CICLO OLÍMPICO RIO 2016

A título exemplificativo, apresentamos em anexo Planilhas de Desempenho Esportivo dos nossos atletas e equipes olímpicas também publicadas recentemente em nosso site, www.brasilesgrima.com.br, na sessão Transparência/Relatórios de Desempenho/Avaliação Gráfica 2013-2016. Nessas planilhas estão presentes as competições em que nossos atletas e equipes olímpicas participaram, os resultados e pontuações obtidas e a posição no ranking FIE, destacando-se:



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1) Participação quantitativa de nossos atletas olímpicos em competições internacionais da FIE ao longo do ciclo olímpico 2013/2016 (Copas do Mundo, Grand Prix, Campeonatos de Zona, Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos Rio 2016): Atletas da Espada Feminina Nº Provas FIE Senior

(ciclo 2013/2016) Nº provas FIE jogadas

(ciclo 2013/2016) Nathalie Moellhausen 41 23 (a partir de 2014) Amanda Simeão 41 26 Rayssa Costa 41 31 Katherine Miller 41 17

Atletas da Espada Masculina Nº Provas FIE Senior (ciclo 2013/2016)

Nº provas FIE jogadas (ciclo 2013/2016)

Athos Schwantes 41 35 Nicolas Ferreira 41 35 Guilherme Melaragno 41 19 Alexandre Camargo 41 13 (cadete, juvenil e sênior)

Atletas do Florete Feminino Nº Provas FIE Senior (ciclo 2013/2016)


Tais Rochel 41 35 Ana Bulcão 41 35

Atletas da Florete Masculino Nº Provas FIE Senior (ciclo 2013/2016)


Guilherme Toldo 41 39 Ghislain Perrier 41 30 Fernando Scavasin 41 35 Henrique Marques 41 20 (cadete, juvenil e sênior)

Atletas do Sabre Feminino Nº Provas FIE Senior


(ciclo 2013/2016) Marta Baeza 41 35

Atletas do Sabre Masculino Nº Provas FIE Senior


(ciclo 2013/2016) Renzo Agresta 41 32



Presidência




2) Participação quantitativa de nossas 2 equipes olímpicas em competições internacionais da FIE ao longo do ciclo olímpico 2013/2016 (Copas, Campeonatos de Zona, Campeonatos Mundiais e Jogos Olímpicos Rio 2016):

Equipes Nº Provas FIE Senior (ciclo 2013/2016)


Espada Feminina 29 22 Florete Masculino 29 29

Observações gerais:

� Ao longo do ciclo 2013/2016 foram realizadas pela FIE 41 competições individuais da categoria Senior por arma e gênero válidas para o ranking FIE, incluindo os Jogos Olímpicos. Não estão computadas as provas Satélites;

� Ao longo do ciclo 2013/2016 foram realizadas 29 competições por equipes da categoria Senior por arma e gênero válidas para o ranking FIE, incluindo os Jogos Olímpicos;

� A maioria das competições internacionais as quais a esgrima brasileira foi representada foram custeadas através dos recursos da CBE, contratos, convênios, projetos e parcerias com a nossa patrocinadora Petrobras, Ministério do Esporte, Comitê Olímpico do Brasil - COB, Solidariedade Olímpica Internacional - SOI e Exército Brasileiro.

� Além das competições internacionais da categoria Senior constantes do calendário da FIE ao longo do ciclo olímpico 2013/2016, a delegação brasileira participou também dos Jogos Sul Americanos – ODESUR, de 4 Campeonatos Sul Americanos em cada uma das diversas categorias, dos Campeonatos Pan Americanos das categorias de base e de veteranos e, por fim, dos Campeonatos Mundiais das categorias cadete, juvenil e veteranos;

� Finalmente, ao longo desse mesmo ciclo, os atletas tiveram a oportunidade de participar das competições nacionais da categoria livre, além das diversas competições anuais das demais categorias.

3) Evolução técnica dos resultados esportivos:

Através dessas planilhas de desempenho esportivo, especificamente quanto aos atletas e equipes que

participaram dos Jogos Olímpicos Rio 2016, é possível verificar que houve significativa evolução técnica desde o início do ciclo até os Jogos Olímpicos.

Por evidente reconhecimento, importa referir que, além dos atletas constantes nas planilhas agora apresentadas (somente os olímpicos), vários outros atletas brasileiros estiveram presentes nas diversas competições apontadas naquelas planilhas e, da mesma forma, contribuíram significativamente para a obtenção de resultados e na evolução técnica mencionada.

Por fim, e também por reconhecimento, houve expressiva evolução técnica através de atletas e equipes que integram as categorias de base de nosso esporte (infantil, pré-cadete, cadete e juvenil) e, ainda, da categoria dos veteranos nos cenários sul-americano, pan-americano e mundial.

Ainda a título exemplificativo, segue abaixo tabelas da evolução técnica com base na classificação individual no ranking da FIE dos atuais melhores atletas de cada arma e gênero, bem como da classificação das equipes de Espada Feminina e Florete Masculino naquele mesmo ranking ao longo do ciclo olímpico Rio 2016. A evolução aqui apontada baseou-se nas planilhas de desempenho antes referidas e anexadas.



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Atletas 2013 2016 (até Jogos Olímpicos 2016)

Nathalie Moellhausen 56 (a partir de 2014) 14 Athos Schwantes 275 40 Taís Rochel 88 54 Guilherme Toldo 53 25 Marta Baeza 109 52 Renzo Agresta 25 23

Equipes 2013 2016 (até Jogos Olímpicos 2016)

Espada Feminina 16 11 Florete Masculino 14 8

4) Investimentos em competições internacionais (atletas e equipes)

Como é do conhecimento da comunidade da esgrima brasileira, ao longo desse último ciclo olímpico

diversos investimentos foram feitos em nossos principais atletas e equipes representativas nas várias competições internacionais da FIE. Tais investimentos assim foram realizados através de diferentes fontes de custeio, a saber: CBE, Petrobras, Ministério do Esporte, COB, SOI e Exército Brasileiro. Evidentemente que outros investimentos também ocorreram por intermédio de EPDs, patrocínios particulares de atletas e pessoais/familiares.

Abaixo segue a síntese anual dos investimentos em competições internacionais oriundos apenas e especificamente das seguintes fontes de Custeio: CBE/Lei Agnelo Piva, Petrobras, COB/SOI e Convênio Ministério do Esporte:

CBE/Lei Agnelo Piva – Petrobras – COB/SOI – Convênio Ministério do Esporte Ano 2013 R$ 598.845,71 Ano 2014 R$ 1.187.327,85 Ano 2015 R$ 613.913,20 Ano 2016 R$ 923.094,88 (até os Jogos Olímpicos Rio 2016) TOTAL DO CICLO R$ 3.323.181,64

5) Investimentos direcionados aos atletas (custeio de Bolsas Auxílio, Auxílio Refeição, Bolsa Estudo, Plano de Saúde, Auxílio Transporte e outros)

Diversos atletas (os atuais olímpicos e vários outros), ao longo do ciclo 2013/2016, foram diretamente

beneficiados com apoios também distintos dos acima relacionados.

Importa referir que outras entidades e órgãos públicos também aportaram significativos recursos (direcionados) para atletas e que não estão aqui computadas, a saber: Ministério do Esporte (Bolsa Atleta e Bolsa Pódio) e Exército Brasileiro (militares temporários).

Por fim, algumas entidades privadas patrocinadoras de atletas também colaboraram com seus apoios financeiros e materiais, e da mesma forma não estão aqui computadas.



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Abaixo segue a síntese anual dos apoios diretos aos atletas oriundos apenas e especificamente das seguintes fontes de Custeio: CBE/Lei Agnelo Piva e Petrobras.

CBE/Lei Agnelo Piva e Petrobras

Ano 2013 R$ 507.277,04 Ano 2014 R$ 767.043,92 Ano 2015 R$ 527.187,02 Ano 2016 R$ 499.910,00 (até os Jogos Olímpicos Rio 2016) TOTAL DO CICLO R$ 2.301.417,98

6) Aquisição de Materiais e Equipamentos de Esgrima – CBE, Atletas, Federações e EPDs

a) Diversos materiais e equipamentos de esgrima foram adquiridos pela CBE no ano de 2012 por intermédio de Convênio com o Ministério do Esporte - ME para distribuição e utilização a partir de 2013, ou seja, dentro do ciclo olímpico 2013/2016. Parte desses foram distribuídos diretamente aos atletas, às Federações e às EPDs, e outra parte ficou em depósito da CBE para utilização nas provas nacionais e internacionais realizadas, permanecendo até os dias atuais essa utilização. Valor dos Materiais e Equipamentos adquiridos: R$ 1.135.485,40.

b) Ainda sobre o assunto Convênios celebrados entre a CBE e o ME ratificamos que: i.) A Confederação Brasileira de Esgrima fechou dois convênios com o Ministério de

Esporte ao longo do ciclo olímpico. O primeiro, em 2011, para compra de material de competição e o segundo em 2012, para cumprir o calendário de competições nacionais e internacionais dos atletas do alto rendimento. No primeiro contrato, as compras foram feitas e o processo encerrado inclusive com devolução de recursos não utilizados; no segundo, pela dificuldade de gestão e de aprovação das verbas junto ao Ministério, a Confederação, por decisão própria, desistiu e, igualmente, devolveu o dinheiro recebido e não executado.

ii.) O Ministério do Esporte publicou Chamada Pública para que os interessados se habilitassem aos recursos disponíveis por meio dos respectivos projetos. A Confederação Brasileira de Esgrima entrou com seu projeto no dia 07 de setembro de 2012, com assinatura do documento no ME em 31 de dezembro de 2012, cujo desembolso estava previsto para o este mesmo mês de dezembro, o que não ocorreu.

iii.) Seguindo os tramites administrativos decorrentes, o projeto foi publicado no dia 11 de janeiro no Diário Oficial da União, com os recursos liberados em 07 de fevereiro de 2013. Para que a CBE pudesse movimentar os recursos liberados, por determinação do ME, além da abertura da conta junto a instituição financeira, foi necessário habilitar o projeto a fim de operacionalizar a conta através do sistema “Ordem Bancária de Transferência Voluntária” – OBTV, o que demandou muito mais tempo – os recursos só foram disponibilizados, efetivamente, em agosto de 2013 Todos os materiais adquiridos com verba pública foram devidamente identificados ao longo de todo o processo cujas informações podem ser conferidas no Portal dos Convênios do Governo Federal;



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iv.) Entre a entrada da proposta e a efetiva liberação dos recursos transcorreram muitos meses e dentre estes meses já havia a previsão da participação da equipe de esgrima em muitas das competições internacionais que evidentemente não puderam ser realizadas. Assim, foram executadas aquelas que foram possíveis, constantes do projeto original.

v.) Por obrigação da chamada pública, a CBE teve que solicitar aditamento ao projeto original, com novas alterações, solicitações estas que obrigatoriamente tiveram que ser submetidas ao ME, com novos prazos, novas autorizações de utilização dos recursos, que demandaram tempo e novamente impactaram na execução de várias competições. Diante de todos os problemas, a CBE resolveu abrir mão do Convênio e devolveu os recursos já recebidos e não executados.

vi.) Assim, estivemos naquele Alto Órgão para tratar da questão e naquela oportunidade ratificamos a decisão de devolução de todo o recurso não utilizado, iniciando a respectiva prestação de contas, pois acreditamos que esta seria a atitude correta a se adotar. Por esta decisão e por total desconhecimento sobre gestão pública por parte de alguns interessados, fomos duramente atacados, entretanto, os fatos ora em andamento demonstraram e vêm demonstrando, claramente, o quanto aquela decisão tomada foi cabível, claramente oportuna e acertada.

7) Metas Estabelecidas e Metas Atingidas

Em meados de 2014 estabelecemos e divulgamos para a nossa comunidade, para o Comitê Olímpico

do Brasil, para o Ministério do Esporte e para a nossa patrocinadora Petrobras as metas voltadas especificamente para os Jogos Pan americanos 2015 e para os Jogos Olímpicos Rio 2016, ainda que outras metas intermediárias e anuais também tenham sido estabelecidas ano a ano.

Atingimos integralmente as metas propostas para os dois principais eventos esportivos do último ciclo

olímpico:

EVENTO ESPORTIVO METAS RESULTADOS Jogos Pan Americanos 2015 4 a 6 medalhas 5 medalhas

Jogos Olímpicos 2016

a) 3 a 5 atletas e 1 equipe classificados pelo ranking FIE;

b) Participação de 12 a 14 atletas e 2 equipes;

c) potencial de medalha

a) 5 atletas e 1 equipe (FM) classificados pelo ranking da FIE;

b) Participação de 16 atletas e 2 equipes;

c) 6º e 8º lugares (Nathalie Moellhausen e Guilherme Toldo, respectivamente)

8) PETROBRAS - Patrocinadora Oficial da Esgrima Brasileira

Um capítulo à parte da esgrima brasileira está relacionado com a Petrobras, patrocinadora oficial da

nossa entidade.



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Em 2010, firmamos o primeiro contrato de patrocínio com esta empresa para vigência a partir de 2011. De lá até os dias atuais, a Petrobras vem sendo um divisor de águas no cenário da esgrima brasileira, em particular do alto rendimento.

Como sabemos, não há planejamento esportivo que se sustente sem um prévio e definido orçamento que o embase. Desta forma, e a partir do primeiro contrato com a Petrobras e as suas sucessivas renovações até os Jogos Olímpicos Rio 2016, a CBE, pela primeira vez em sua história, pode estabelecer e executar os seus diversos planejamentos voltados para o atingimento de metas predefinidas por temporada até os Jogos Olímpicos Rio 2016.

Tal patrocínio visou, desde o seu início, à participação de um grupo de atletas e equipes nacionais nas diversas competições internacionais da FIE, além de alcançar a esses atletas uma série de benefícios, tais como: bolsa-auxílio, plano de saúde, auxílio estudantil, auxílio transporte, dentre outros.

9) Legado Olímpico

Conforme previsto desde o início do planejamento dos Jogos Olímpicos 2016, a FIE doaria à CBE parte

dos equipamentos utilizados nas competições, a saber:

Equipamento Quantidade Pista metálica de esgrima 12

Estes equipamentos serão utilizados pela CBE nas competições nacionais e etapas do calendário FIE que vierem a ser realizadas no Brasil. Além disso, permitirá que a CBE destine parte dos seus equipamentos às EPDs, sejam as tradicionais, como também às novas escolas e academias de prática da esgrima, como meio de fomento ao nosso esporte.

A CBE reconhece que, além dos grandes e tradicionais clubes, existem várias academias e pequenas associações de esgrima que fazem um relevante trabalho para a divulgação do nosso esporte. Por este motivo, a CBE já vem, dentro de suas limitações, apoiando essas entidades através de empréstimos de equipamentos e outros meios, objetivando, assim, fortalecê-las para que venham a se tornar grandes entidades de prática da esgrima.

10) Árbitros FIE

Ao longo do ciclo, e para o fim específico dos Jogos Olímpicos Rio 2016, a CBE tinha o dever de

apresentar para a FIE o mínimo de 8 árbitros internacionais devidamente aprovados em exames e registrados naquela entidade internacional. E tal meta quantitativa foi atingida, sendo que esses 8 árbitros foram convocados e atuaram nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

11) Criação do Instituto Brasileiro de Esgrima – IBE

Como já anteriormente divulgado, o Instituto Brasileiro de Esgrima – IBE é um departamento da CBE voltado para a formação e qualificação de recursos humanos na área técnica da esgrima. O seu objetivo maior é gerar e difundir conhecimento ao promover a formação profissional por meio de programas de capacitação e desenvolvimento. Em cursos, seminários e demais eventos, o IBE pretende contribuir de forma significativa para a difusão e o amadurecimento da esgrima brasileira.



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Inicialmente, a partir de sua criação no ano da realização dos Jogos Olímpicos RIO 2016, o IBE já vem realizando no RJ Cursos para Técnicos Nível I e II, bem como deverá realizar ainda em 2016, em SP, um curso para árbitros nacionais a ser divulgado oportunamente. Após este início das atividades do IBE, outros cursos estão sendo criados: Administração e Gestão de Competições de Esgrima – Diretório Técnico, dentre outros.

12) Apoio aos projetos voltados às Escolas Privadas da rede de ensino Fundamental e Médio

Algumas entidades (EPDs/empresas) estão se dedicando há algum tempo à disseminação da esgrima na

rede privada de ensino, particularmente nas escolas de ensino fundamental e médio, tendo em vista o enorme potencial desse mercado ainda pouquíssimo explorado. Nesse sentido, a CBE está presentemente apoiando algumas dessas entidades e em conversação com os seus responsáveis a fim de, em união de esforços para o futuro próximo, fomentar ainda mais os ótimos trabalhos que estão em andamento nesse excelente nicho de mercado.

13) Conquistas de posições nas Comissões FIE e Confederação Sul-Americana

Por todo o trabalho desenvolvido pela CBE ao longo do ciclo olímpico tanto de ordem técnica como de ordem administrativa, a CBE conquistou um expressivo espaço no cenário internacional, sendo incluída no circuito FIE na organização de grandes eventos esportivos como Grand Prix e Copa do Mundo, além de ter participado da Vice presidência da Confederação Pan-Americana de Esgrima – CPE, continuar participando de duas importantes Comissões de nossa Federação Internacional, com representantes eleitos/indicados para a Comissão Jurídica e a Comissão Disciplinar da FIE e, ainda, presidindo a Federação Sul-Americana de Esgrima.

II - PROJETOS VOLTADOS PARA OS CICLOS 2020/2024

Tendo em vista o necessário dinamismo do esporte, e considerando o encerramento do ciclo olímpico Rio 2016, nossos olhos estão agora voltados para o novo ciclo olímpico Tóquio 2020 bem como para os Jogos Olímpicos 2024 a fim de conquistarmos uma maior consistência no desenvolvimento e qualificação da esgrima brasileira.

Para tanto, é fundamental para a nossa evolução que consigamos ampliar o quantitativo de praticantes

de esgrima, ampliar o quantitativo de técnicos de esgrima, qualificar e atualizar os conhecimentos dos atuais profissionais da esgrima brasileira, ampliar a quantidade de árbitros internacionais, criar o Quadro de Árbitros Nacionais, estimular, fomentar e apoiar a atuais e também novas Federações e novas EPDs, dentre outras tantas necessidades técnicas, financeiras, administrativas e tecnológicas. Enfim, são muitos os desafios e as necessidades.

1) PROJETO JOVENS VALORES

Visando aos Jogos Olímpicos 2020/2024, as atuais categorias de base, em particular os Jovens Valores já detectados, precisarão de permanentes apoios para os seus adequados desenvolvimentos e representatividade internacional.



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Não é por outro motivo que estamos, desde setembro próximo passado, em adiantada conversação com o COB em parceira com a Solidariedade Olímpica Internacional - SOI, por intermédio da apresentação presencial de projeto específico voltado aos JOVENS VALORES.

Este projeto tem como objetivo apoiar os atletas Jovens Valores nas diversas representações internacionais, como também para a participação desses em estágios e intercâmbios nacionais e internacionais a fim de trocarem e enriquecerem as necessárias experiências.

2) PATROCÍNIO PETROBRAS

Paralelo a isso, e ainda para esse mês de outubro, teremos reunião com a nossa patrocinadora Petrobras a fim de realizarmos a entrega do relatório final do contrato 2015/2016, a entrega da respectiva prestação de contas e, ainda, dar início às negociações para uma possível renovação contratual, renovação está voltada para o novo ciclo olímpico que se inicia. Nessa perspectiva de renovação contratual, já está projetada (projeto a ser apresentado) a inserção dos Jovens Valores ao lado de atletas experimentados.

3) PATROCÍNIOS, PARCERIAS E APOIOS JUNTO A INICIATIVA PRIVADA

A CBE vem trabalhando desde já para a viabilização de patrocínios, parcerias e apoios junto à iniciativa privada, levando em conta, especialmente, a excelente visibilidade midiática que o nosso esporte obteve através dos Jogos Olímpicos Rio 2016, como também do potencial de venda das competições nacionais como produto que poderá se tornar. Nesse sentido, estamos estudando a criação de circuitos específicos por categorias, esses voltados para patrocinadores, parceiros e/ou apoiadores também específicos. Por exemplo: Circuito Nacional Infantil, Circuito Satélite para as categorias Cadete e Juvenil e Circuito Senior e Veteranos, visando o setor privado que esteja interessado mercadologicamente para essas faixas etárias.

4) INSTITUTO BRASILEIRO DE ESGRIMA – IBE

O IBE já é uma realidade. Para 2017/2020 o IBE está projetando um incremento muito maior de cursos para a formação de técnicos em seus diversos níveis e em diversas cidades do Brasil (capitais e interior) a partir de parcerias com as Federações, Universidades Públicas e privadas e outras entidades, a fim de disseminar o conhecimento e a prática da esgrima.

A par disso, a CBE já está em adiantada tratativa com a Universidade Federal de São Carlos – SP para, a partir de 2017, ministrarem em conjunto Cursos de Formação de Técnicos Nível I, II e III no interior paulista, além de outras atividades acadêmicas que envolvam o nosso esporte. Outras Universidades e Faculdades de Educação Física estão sendo contatadas para o mesmo desiderato.

Ainda, e por intermédio do IBE, a CBE está em negociação com Federações de outros países parceiros, em particular a Itália, para a realização de estágios e intercâmbios nacionais e internacionais voltados para técnicos brasileiros.

O IBE terá em breve um site na internet onde todos poderão conhecê-lo e encaminhar sugestões para que possamos formar e qualificar cada vez mais os agentes propulsores de nosso esporte.



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5) AMPLIAÇÃO QUANTITATIVA E QUALITATIVA DE COMPETIÇÕES NACIONAIS VOLTADAS PARA AS CATEGORIAS DE BASE:

A CBE está estudando a ampliação quantitativa, já a partir de 2017, de competições nacionais voltadas para as categorias de base (infantil, pré-cadete, cadete e juvenil). O formato dessas competições seguirá um modelo mais moderno e atraente tanto para os atletas como também para os futuros candidatos a patrocínio, parceria e apoios.

Estamos discutindo presentemente a criação de novas competições nacionais a partir de 2017 que englobem as diversas categorias. E, o calendário nacional passaria a ser dividido em CIRCUITOS com potencial de maior exposição midiática e mais atraentes para eventuais patrocinadores, parceiros ou apoiadores.

Desta forma, teríamos 3 Circuitos distintos:

a) Circuito Nacional Infantil e pré-Cadete: este circuito englobaria as competições atuais já existentes em nosso calendário, além da criação de uma outra competição dividida por categoria (Festival Nacional Infantil e Copa Nacional de Equipes Mistas).

i.) Festival Nacional Infantil: prova individual válida para o ranking nacional a ser realizada em 3 dias aos moldes do Campeonato Brasileiro da categoria.

ii.) Copa Cadete de Equipes Mistas: a ser realizada no mesmo período do Festival Nacional Infantil (4º dia). Esta copa seria realizada nos mesmos moldes do formato das provas mistas recém-criadas pela FIE (2 homens e 2 mulheres em cada arma). Assim, seriam realizadas 3 provas de equipes mistas, sendo uma para cada arma. Neste momento, estamos estudando as regras deste evento para que possam os resultados individuais obtidos pelos atletas nessa prova de equipe ser válidos para pontuação no ranking desta categoria.

b) Circuito Satélite Cadete e Juvenil: este circuito englobaria as competições já existentes em nosso calendário, além da criação de outras competições denominadas de Torneio Satélite (cadete e juvenil).

i.) Torneios Satélites: estes torneios individuais seriam realizados apenas nos sábados e domingos e em locais (EPDs) onde haja estrutura mínima de realização sem necessidade de deslocamento de pistas e aparelhos da CBE. Por exemplo: Florete (masculino e feminino) em SP e RS; Sabre (masculino e feminino) RJ e SP; Espada (masculino e feminino) PR e RJ. Por seu turno, o valor das inscrições individuais seria reduzido, e os resultados esportivos obtidos pelos atletas seriam válidos para o ranking nacional com pontuação reduzida (barema de pontos reduzidos ou em % do barema atual) a ser estudado.

c) Circuito Nacional Senior e Veteranos: este circuito engloba as competições livres já constantes em nosso calendário, além de acrescentar futuras outras competições voltadas especificamente para os atletas veteranos, dado o expressivo aumento de interesse participativo desta faixa etária não apenas no Brasil como também no mundo esportivo da esgrima.

6) SITE CBE:

A CBE está em contato com algumas empresas do ramo da informática para o desenvolvimento de um novo site que possua uma plataforma moderna e que permita a interatividade. Entre os avanços pretendidos, as inscrições, os pagamentos e outras tantas atividades passarão a ser feitas de forma eletrônica (online), agilizando e evitando eventuais equívocos que possam ocorrer. Além disso, e a partir de conteúdos e aplicativos de interatividade instalados, será possível uma comunicação da CBE mais estreita e efetiva com todos os integrantes de nossa comunidade.



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7) ATUALIZAÇÃO DO REGULAMENTO TÉCNICO PARA PROVAS NACIONAIS E

CRITÉRIOS DE CONVOCAÇÃO DE ATLETAS

Os dois temas apontados necessitam de atualização, seja porque novo ciclo olímpico se inicia, seja porque o nosso esporte requer evolução e dinamismo. Antes do final de 2016, a partir de ampla discussão que ocorrerá entre diversos setores de nossa comunidade (atletas, técnicos e dirigentes), as novas regras serão divulgadas.

8) EX-ATLETAS

Por fim, e não menos importante, a CBE à exemplo de projetos vitoriosos, ora em andamento junto ao COB, está propondo a elaboração de ações, objetivando o aproveitamento técnico-administrativo dos nossos atletas do alto rendimento que estejam encerrando as suas atividades competitivas. A ideia básica é que esses esgrimistas sejam atualizados em cursos de gestão desportiva do alto rendimento, disponibilizados anualmente pelo COB e o seu posterior aproveitamento na gestão técnica e administrativa da Confederação. Para isto iremos delegar para que a elaboração deste projeto (objetivos/execuções) fique sob condução e responsabilidade dos integrantes da Comissão de Atletas, objetivando a sua possível aplicação ainda para o ano de 2017.

Atenciosamente,

GERLI DOS SANTOS RICARDO MACHADO Presidente da CBE Vice-Presidente da CBE

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Retrospectiva Ciclo 2013/2016 e Projetos 2017/2020.

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