Reunião Científica do Grupo de Medicina Esportiva · • 29/05 R.S., 25a, futsal profissional -...

23
Reunião Científica do Grupo de Medicina Esportiva 28 de maio de 2010 Cassio Trevizani

Transcript of Reunião Científica do Grupo de Medicina Esportiva · • 29/05 R.S., 25a, futsal profissional -...

Reunião Científica do Grupo de Medicina Esportiva

28 de maio de 2010 Cassio Trevizani

Casos operados

•  26/05 L.M, 24a, futebol profissional -Relesão LCA D #Revisão com enxerto de banco

• 27/05 H.B. 25 a., futebol profissional -Relesão LCA D #Revisão com enxerto de banco

Mutirão

•  29/05 R.S., 25a, futsal profissional - Lesão de LCA D #Rec. Com TP

Artigo

Repair of Achilles Tendon Rupture Under Endoscopic

Control Athanosis P. Fortis, Ph.D., Anastasios Dimas, Ph.D.,

and Andreas A. Lamprakis, M.D. Panarcadian General Hospital, Tripolis, Grécia

Arthroscopy 2008; 24 (6): 683-688

Introdução

•  75% - lesões por atividades recreacionais •  30-40 anos •  Tratamentos- conservador e cirúrgico •  Cirúrgico – complicações neuro e de pele •  Técnicas percutâneas- decréscimo das

taxas de complicações das abertas

Introdução

•  Desvantagens – nervo sural, mal alinhamento dos cotos, diminuição da força da sutura (aumento do risco de reruptura)

•  Metanálise (n=800) – reparo aberto x conservador = menor taxa de reruptura, mas maior taxa de complicações; reparo percutâneo+bracing = menor taxa de complicações

Introdução •  Goren et al. – resultados biomecânicos do

reparo aberto x percutâneo igualmente efetivos •  Estudos em maior número resultando em

menores taxas de complicações •  Uso de técnicas endoscópicas – aumenta

precisão da sutura dos cotos em reparos percutâneos e, diminui complicações de pele

Objetivo

•  Avaliar os resultados dos reparos percutâneos de rupturas do tendão Aquileu, auxiliados por técnicas endoscópicas.

•  Hipótese: técnica segura, com bons resultados e mínimas complicações.

Métodos e casuística

•  Centro de trauma nível I •  20 pacientes 18H/2M, 28-47 anos (média

36,75 anos), entre 1998 e 2003, 10 Esq/10Dir, 19 amadores/1atleta

•  Critérios de exclusão - reruptura, ruptura exposta, tendinopatia prévia, injeção local de esteróides, uso sistêmico de corticóide, DM e doenças auto-imunes.

Métodos e casuística

•  Critérios de inclusão: idade < 60 anos, concordante com cirurgia e pós op.

•  Mecanismo de trauma: atividades esportivas, queda de altura, escorregar de um degrau em escada.

•  Diagnóstico: exame clínico, palpação de “gap” na área tendínea e teste de Thompson +

Métodos e casuística

•  Mesmo cirurgião •  Mesma técnica: portais medial, dorso

lateral, dorsais proximal ao “gap” e distal ao “gap”; suturas por agulhas percutâneas controlada por visualização direta; checagem dos cotos e evitar suturas ventrais para proteção do nervo sural; nós mantidos abaixo da pele e feridas mantidas abertas

Métodos e casuística

•  Pós operatório: bota gessada em equino com carga parcial ou totalpor 2 semanas > robofoot com carga total de retropé e mobilização ativa do tornozelo por 1 mês > palmilha em cunha no calcâneo por 3 meses e fisioterapia.

•  Retornos na 2, 6,12 semanas,e a cada 6 meses até 2 anos e meio.

Métodos e casuística

•  Avaliação clínica: Teste da elevação do calcâneo ( número de elevação >5cm monopodálicas até fadiga) e Escala modificada de Merkel (escala de dor e capacidade de carga funcional).

•  Análise estatística: modelo de regressão de Poisson randomizado.

Resultados

•  Escala de Merkel: média de 604 e mediana de 600

•  70% sem dor no descanso •  30% com leve dor eventual sem limitações •  Nenhum com dor intensa, ou dor para

marcha ou nos extremos de flexo- extensão

Resultados

•  Teste de elevação do calcâneo: média de 29 para o lado operado e 33 para o não operado

•  12% de diminuição no torque máx e 16,5% de diminuição de performance de trabalho

•  Escores menores nos pacientes com neuralgia do sural ou rupturas crônicas

Resultados

•  Análises estatísticas do Teste de elevação do calcâneo todas com diferenças não estatisticamente significantes (p=0,321, p=0,356 e p=0,065)

•  Duas complicações de neuralgia do sural que regrediram em até 5 meses (10%)

Discussão

•  Tratamento controverso •  Jovem x idoso •  Aberta- predisposição a adesão tendínea •  Mini open + percutâneo – resultados similares

ou melhores que outros procedimentos, mas ainda mantem possíveis complicações da cirurgia aberta

Discussão

•  Percutâneas “às cegas” não permitem boa coaptação dos cotos (aumento de reruptura)

•  Controle endoscópico – melhor visualização, melhora da qualidade da sutura e aumento da força do reparo

•  Literatura: - Praxia iatrogênica do sural- 18%

Discussão

•  Literatura: - Evolução funcional: conservador e cirúrgico com diferenças objetivas de perda de torque e resistência, sem diferenças estatísticas -Função pós operatória aberta x miniopen + percutâneo x percutâneo endoscópico: bons resultados com diferenças entre ambos não estatisticamente significantes

Discussão

•  Pontos falhos do estudo: pequeno número de casos, não randomizado ou controlado

Conclusão

•  Alternativa razoável, com visualização direta, inspeção do “gap”, reforço da sutura, com mínimas complicações de pele, mobilização precoce e bom resultado funcional. Neuralgia do sural e pequena perda de torque e performance de flexão plantar podem ocorrer.

Obrigado