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30 de março de 2016

Reunião Matinal

Reunião Matinal | Estratégia

Análise XP

Abertura

Fala da presidente do Fed, Janet Yellen, impulsiona bolsas pelo mundo. Em discurso ontem, Yellen descartou a elevação de juros em breve, o que favorece a busca de ativos com maior risco, provocando altas nas bolsas, que também reagem bem ao avanço dos preços de petróleo. Na parte doméstica, após desembarque do PDMB do governo, planalto começa a fazer contas para estabelecer nova reforma ministerial. Cunha estima que votação de impeachment dure três dias, por conta dos líderes de partido terem direito a discursar por uma hora. Na parte dos indicadores, IGP-M de março desacelera em relação à fevereiro, mas vem acima do esperado pelo mercado.

Fechamento Ibovespa, reverteu baixa antes mesmo da fala de Yellen e intensificou alta após confirmação do rompimento do PMDB com o governo Dilma. Alta de +0,6%, atingindo 51.154,99.

Painel Corporativo Abilio e Carrefour: Aumentando a participação

Light: Negociando a Renova Energia

Elétricas: Leilão de energia

Bancos: FGTS liberado para consignado

Rossi: Reestruturação de dívidas

Agenda do Dia

Fontes dos textos: AE, Bloomberg, InfoMoney e Reuters.

Índice

Resumo

Cotações

Macroeconomia

Painel Corporativo

Proventos

Carteiras Recomendadas

Disclaimer

Celson Plácido

Analista, CNPI

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Cotações

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Macroeconomia Brasil – Governo prepara nova reforma ministerial, pior déficit para um mês de fevereiro e IGP-M desacelerando.

Governo Central pior resultado para fevereiro da história - O governo central registrou um déficit de R$ 25 bilhões em fevereiro, o que configura o pior desempenho para um mês de fevereiro da série histórica iniciada em 1997. Resultado veio pior que a expectativa de déficit de R$14 bilhões. Em 12 meses, o governo central apresenta déficit de R$ 131,85 bilhões, o equivalente a -2,22% do PIB.

Cunha prevê que votação do impeachment dure três dias - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acredita que ao menos serão necessários três dias para votar o impeachment da presidente Dilma. Isso por conta da regra que concede pelo menos uma hora para cada líder de partido na sessão. A previsão é que a ocorra entre os dias 16 e 19.

IGP-M desacelera – Segundo a FGV, o IGP-M de março foi de 0,51%, desacelerando na comparação com 1,29% registrado em fevereiro. Segundo as projeções do Broadcast, o resultado veio acima da projeção de 0,45% do mercado. Nos componentes do indicador, o IPA-M foi de 1,45% para 0,44% em março, o IPC-M foi de 1,19% para 0,58% e o INCC-M foi de 0,52% para 0,79%. Em 12 meses o IGP-m está em 11,56%.

Equipe de Dilma cogitou novas eleições gerais – Segundo informações do jornal Folha de São Paulo, a equipe da presidente Dilma cogitou há um mês uma proposta de convocação de uma nova eleição no âmbito federal, para presidente, deputados e senadores, evitando assim a queda da presidente. A ideia não teve consenso para ser apresentada à Dilma, mas não foi totalmente descartada, e com novas delações em curso atingindo lideranças peemedebistas poderia voltar à pauta.

Governo prepara nova reforma ministerial – A presidente Dilma prepara nova reforma ministerial após rompimento do PMDB. O ministro da Chefia de Gabinete, Jaques Wagner fala de um “governo novo”, e que a saída do PMDB é uma “boa” oportunidade para Dilma. As contas do governo levam em conta que o PMDB “bloqueava” sete ministérios e só entregava de 25 a 30 votos na Câmara. Com a liberação desses ministérios, outros partidos aliados poderão ocupálos e entregar, em troca, no mínimo o dobro dos votos, chegando a 80 votos. Como o governo tem pelo menos cem votos já garantidos, isso seria suficiente para chegar aos 172 necessários para barrar o impeachment. Outra frente de batalha é com Lula à frente de distribuir outros cargos, nos diversos escalões da República. Por fim o governo tentará ao máximo associar a imagem de Temer a Cunha, fortalecendo a ideia de golpe.

Primário do setor público e Pesquisa Ibope em destaque - A agenda no Brasil tem como destaque o resultado primário do setor público consolidado em fevereiro (10h30). A projeção do resultado primário é de déficit de R$ 20,000 bilhões a R$ 30,000 bilhões, com mediana negativa em R$ 22,900 bilhões, segundo o Broadcast. Às 11 horas, o Dieese divulga a PED-RMSP de Fevereiro e, às 12h30, o Banco Central informa o fluxo cambial semanal até 25/3. No cenário político, destaque para a Pesquisa Ibope sobre o governo Dilma Rousseff (10 horas) e a participação dos advogados Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal na Comissão Especial do Impeachment (16h40). Às 9 horas, líderes na Câmara reúnem-se para discutir procedimentos do impeachment e, às 14h30, o Conselho de Ética da Câmara discute processo contra presidente da Casa, Eduardo Cunha. A presidente Dilma participa do lançamento da terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida (11 horas). Já o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, segue em Tóquio, no Japão, onde participa de mais reuniões do Financial Stability Board (FSB).

Mercados Internacionais – Fala de Yellen impulsiona bolsas, índice de sentimento econômico na Europa recua.

Bolsas europeias e futuros de NY avançam - As bolsas europeias e os Futuros de NY operam em alta, muito por conta dos comentários dovish da presidente do Fed, Janet Yellen. Outro componente que ajuda as bolsas é a alta do petróleo. Na Europa as bolsas avançam próximas a 2%, enquanto nos EUA estão oscilando por volta de 0,6%.

Sentimento econômico na zona do euro em queda – Na zona do euro, o índice de sentimento econômico teve a terceira queda seguida, indo de 103,9 para 103 em março. Analistas aguardavam recuo menor, para 103,8. Outro indicador apresentado nesta manhã, foi o CPI da Alemanha, que teve alta de 0,8% em março ante fevereiro, acima da previsão de avanço de 0,6%.

Bolsas na Ásia em alta - A fala da presidente do Fed, Janet Yellen, que se colocou menos disposta a elevar juros em breve, impulsionou as bolsas asiáticas, juntamente com a presença um braço de investimento do órgão regulador de câmbio da China pela primeira vez entre os dez principais acionistas do Bank of Communications, segundo relatório anual do banco, o que levou investidores a acreditar em futuras intervenções do governo. O Xangai Composto subiu 2,8%, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, avançou 3,6%. A Bolsa de Hong Kong encerrou em +2,15%. Na Bolsa de Seul a alta foi de 0,36% e, em Sydney, de 0,12%. Na contramão, a Bolsa de Tóquio fechou em baixa pelo segundo dia consecutivo, de 1,31%, após comentários de Yellen levarem ao enfraquecimento do dólar em relação ao iene.

Emprego no setor privado e estoques de petróleo nos EUA em foco no exterior - Dados de emprego no setor privado dos Estados Unidos (9h15) e os estoques semanais de petróleo no mesmo país (11h30) estarão no radar no exterior. Além disso, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, discursa às 14 horas. Na Europa, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) em março da Alemanha será conhecido às 9 horas.

Petróleo avança – Às 9h03, o Brent para maio avançava 1,23%, a US$ 39,62 por barril, na ICE, enquanto o WTI para abril negociado na Nymex avançava 1,52%, a US$ 38,86 por barril.

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Painel Corporativo Abilio e Carrefour: Aumentando a participação.

A Península Participações, holding controlada pela família do bilionário brasileiro Abilio Diniz, elevou sua participação no Carrefour, semanas após a varejista francesa ter nomeado o empresário para assumir um assento em seu Conselho. Em comunicado, a Península disse que concluiu a aquisição de uma fatia adicional de 2,98% no Carrefour por meio de uma rede de entidades controladas.

A medida eleva a fatia que a família Diniz detém no Carrefour para um total de 8,05%, afirmou. "Esse investimento está em linha com a estratégia de longo prazo seguida pela Península e reflete a crença no potencial de crescimento do Carrefour."

O Carrefour se negou a comentar. A Península gerencia mais de R$ 10 bi em ativos. Antes desse novo aumento, Diniz já era o 4º maior acionista da varejista francesa.

Diniz e sua família, que compraram uma fatia na unidade brasileira do Carrefour há mais de um ano, disseram em 18/03 que estavam avaliando sua decisão anterior de manter sua fatia inalterada.

O acordo para o Carrefour Brasil foi acertado no fim de dezembro de 2014 e marcou o retorno de Diniz ao setor de varejo.

Light: Negociando a Renova Energia.

A companhia está negociando com três interessados em assumir a fatia de 15,9% que a companhia possui na Renova Energia, geradora de energia renovável (eólica e solar), segundo informações do Valor. De acordo com a presidente da elétrica, Ana Marta Veloso, já existem pré-acordos assinados com as três proponentes.

Elétricas: Leilão de energia.

O leilão de energia A-5, agendado para 29/04, terá preços-teto entre R$ 115 e R$ 290/MWh, o que representará uma elevação de até 8% frente aos valores praticados nos certames de 2015, dependendo da fonte de geração, mas queda ao redor de 10% em alguns casos. Os valores devem frustrar investidores que vinham pressionando o governo federal por um aumento mais forte dos preços, dado o cenário econômico e político do Brasil e a desvalorização da moeda brasileira ante o dólar. Segundo edital aprovado nesta terça-feira em reunião de diretoria da Aneel, o certame terá como projetos com maior preço-teto as termelétricas a gás, com R$ 290/MWh, alta de 3% ante o limite superior passado.

Bancos: FGTS liberado para consignado.

Foi publicada no Diário oficial a MP que autoriza FGTS como garantia para consignado. O empregado poderá oferecer em garantia ao consignado, de forma irrevogável e irretratável, até 10% do saldo de sua conta vinculada no FGTS. Também poderá oferecer em garantia até 100% do valor da multa paga pelo empregador, em caso de despedida sem justa causa ou de despedida por culpa recíproca ou força maior. O Conselho curador do FGTS poderá definir número máximo de parcelas e a taxa máxima mensal de juros a ser cobrada pelas instituições consignatárias nas operações de crédito consignado.

Rossi: Reestruturação de dívidas.

A companhia anunciou que concluiu uma reestruturação de suas dívidas financeiras com Bradesco e BB. Em fato relevante, a construtora afirmou que para o montante que compreende cerca de 90% da dívida obteve a extensão do prazo médio da dívida de 10 para 39 meses com redução significativa de seus custos financeiros.

Foi aprovado junto ao Bradesco o alongamento da dívida corporativa no valor aproximado de R$ 820 MM, com novo prazo de 72 meses de pagamento e carência de principal e juros durante os primeiros 12 meses, afirmou.

No caso do BB, houve um alongamento da dívida de cerca de R$ 228 MM, com o novo prazo de 48 meses para pagamento com carência de 18 meses.

Segundo a Rossi, em ambos os casos as garantias serão constituídas por terrenos, unidades imobiliárias e/ou recebíveis de unidades prontas, além de cotas de controladas da companhia.

De acordo com o documento, a repactuação permitirá um reforço dos recursos disponíveis da companhia, atualmente em cerca de R$ 200 MM, adequando a geração de caixa ao fluxo de pagamento, além de criar condições para a venda "com tranquilidade" de seus estoques e ativos, incluindo a eventual venda de participação na sua subsidiária Entreverdes. Além disso, disse a Rossi, o acordo reduzirá de forma significativa as despesas financeiras e a retomada do ciclo de lançamentos, que, acontecerá quando os retornos forem "compatíveis com os níveis de risco do mercado imobiliário".

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Proventos

Fonte: Análise XP e Bloomberg

1 - Dividend Yield estimado da empresa no ano em questão, com base no consenso das previsões do Bloomberg.

2 - Yield do provento a ser distribuído (valor bruto do provento ÷ preço de fechamento)

Atenção: A lista de empresa descrita acima tem caráter informativo, aconselhamos a verificação das informações junto a empresa (fato relevante)

para a validação de qualquer informação.

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Carteiras Recomendadas

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