Revelação 239

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Jornal laboratório do curso de Comunicação Social da Universidade de Uberaba. 24 à 29 de março de 2003

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Jornal-laboratório do curso de Comunicação Social, produzido e editado pelos alunos de Jornalismo e Publicidade & Propaganda da Universidade de Uberaba

Supervisora da Central de Produção: Alzira Borges Silva ([email protected]) • • • Edição: Alunos do curso de Comunicação Social • • • Projeto gráfico: André Azevedo ([email protected]) Diretor doCurso de Comunicação Social: Edvaldo Pereira Lima ([email protected]) • • • Coordenador da habilitação em Jornalismo: Raul Osório Vargas ([email protected]) • • •Coordenadora da habilitação em Publicidade e Propaganda: Érika Galvão Hinkle ([email protected]) • • • Professoras Orientadores: Norah Shallyamar Gamboa Vela ([email protected]), Neirimar deCastilho Ferreira ([email protected]) • • • Técnica do Laboratório de Fotografia: Neuza das Graças da Silva • • • Suporte de Informática: Cláudio Maia Leopoldo ([email protected]) • • •Reitor: Marcelo Palmério • • • Ombudsman da Universidade de Uberaba: Newton Mamede • • • Jornalista e Assessor de Imprensa: Ricardo Aidar • • • Impressão: Gráfica ImprimaFale conosco: Universidade de Uberaba - Curso de Comunicação Social - Jornal Revelação - Sala L 18 - Av. Nenê Sabino, 1801 - Uberaba/MG - CEP 38055-500 • • • Tel: (34)3319-8953http:/www.revelacaoonline.uniube.br • • • Escreva para o painel do leitor: [email protected] - As opiniões emitidas em artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores

Da redação

A Biblioteca Central da Universidade deUberaba está novamente disponibilizandoacesso gratuito em sete “bases on line” daEBSCO Information Services, empresa quedesenvolve e comercializa bases de dados(conjunto de dados organizados de forma apermitir a recuperação de informações). Operíodo de teste gratuito começou no dia 18de março e ficará disponível por 30 dias. sbases de dados são as seguintes:

Academic Search PremierBase de dados multidisciplinar, com

mais de 2.800 publicações em texto completodas áreas de ciências sociais e humanas,educação, informática, engenharia,linguística, artes e literatura e outras,atualizadas diariamente.

Biomedical Reference CollectionDirecionada a médicos, pesquisadores,

especialistas clínicos e estudantes da áreada saúde, trazendo mais de 600 textoscompletos inclusive, de muitos periódicosindexados na MEDLINE.

Business Source PremierÁreas de administração e negócios, que

contém cerca de 2.000 periódicos em textocompleto, entre os quais encontram-seHarward Business Review, Journal ofManagement e Sloan Management Review.Atualizada diariamente.

Professional Development CollectionInformações altamente especializadas,

desenvolvida para educadores profissionaise pesquisadores na área da educação.Compreende assuntos que vão desde a saúdee desenvolvimento da criança até a teoriae prática pedagógica. Traz textos completosde uma enorme coleção de títulos concei-tuados de periódicos em desenvolvimentoprofissional.

Psychological andBehavioral Sciences Collection:Informações em assuntos relacionados a

caracteristicas emocionais e comportamentais,psiquiatria e psicologia, processos mentais,antropologia e metodologia experimental, trazaproximadamente 500 textos completos deperiódicos.

PsycINFOMais de 1,8 milhões de citações e resumos

de artigos de periódicos, capítulos de livros,dissertações e relatórios técnicos na área depsicologia. Inclui material internacionalselecionado de mais de 1.7000 periódicos. Maisde 60.000 registros são adicionados a cada ano.

Regional Business NewsTextos completos de publicações sobre

negócios. Incorpora 75 títulos de periódicose jornais que trazem artigos sobre negóciosregionais de áreas metropolitanas e rurais dosEstados Unidos.

Como acessar?Para acessar, basta digitar o endereçohttp://search.epnet.comNo campo “User ID”: s1090565No campo “Password”: trial

Maiores informações no setor dereferência da Biblioteca Central, com Fabianaou Patrícia, ou através dos e-mails:

[email protected] [email protected]

Biblioteca disponibilizabase de dadosTeste gratuito já está sendo oferecido pela Internet

Captura de tela

Vamos supor que alguém chega à portada sua casa e grita que você tem 72 horas parase retirar e – detalhe – não voltar mais. Vocêolha pela janela e constata que o seu oponenteé fisicamente mais forte e, pior, está com umfuzil AR-15 americano.Provavelmente, você nãoarredaria o pé, apesar dosberros e ameaças.

Maniqueísmo à parte,a situação descrita acimaretrata o prenúncio daguerra entre EUA eIraque. A democraciairracional do governo Bush e a intolerânciade Donald Rumsfield e Tony Blair sãorisíveis. Ah, a intolerância… não nos livramosdela. Nem a tecnologia nos salvou nos salvoudo ódio e da fome, das guerras e conflitos noOriente Médio que chegam às raias dos versosdo Alcorão: “olho por olho…” Nunca se faloutanto em “democracia”, “diálogo” entrenações e desarmamento.

A ONU, (apesar de ignorada na tensa echata inspeção de armas) pareceu aos olhosmundiais um avanço diplomático quandocriada em 1945. Confiamos num século novo.

Um engano, já que a barbárie continua – video cinismo das “bombas de precisão cirúrgica”que supostamente não erram o alvo. Antes,eram trincheiras e fuzis, hoje, armas químicase biológicas, além da sofisticada - e temida –

bomba atômica. A guerratornou-se uma caçainjustificável àqueles decultura diversa e que nãotoleram a hegemoniaeconômica. O resultado éa fome e a peste na Africa,o caos econômico naAmérica Latina e os

infindáveis conflitos no Oriente Médio. Decerta forma, é compreensível a China terconstruído uma muralha e cercado o paísdurante séculos.

O editorial do Jornal Revelação nem delonge se mostra pessimista. Valorizar o serhumano, acreditar na sociedade civil, nasmobilizações de grupos religiosos e nasorganizações não-governamentais é uma dasvertentes para o genuíno diálogo. A condiçãohumana é essa: pluralidade. A vida obviamentegera impasses, diversidade cultural eideológica, conflitos. Mas sem violência.

A Democraciairracional

A guerra tornou-se umacaça injustificável àquelesde cultura diversa e quenão toleram a hegemoniaeconômica

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Cícera Gonçalves7º período de Jornalismo

Biografias & biógrafos: jornalismo sobrepersonagens é o novo livro do escritor ejornalista Sérgio Vilas Boas. A noite deautógrafos e palestras, no último dia 20, às19h, reuniu vários alunos no anfiteatro daBiblioteca do Campus II. O coordenador docurso de jornalismo, Raul Vargas fez aapresentação e posteriormente passou apalavra para os palestrantes. As palestrasforam ministradaspelo diretor eprofessor do Cursode ComunicaçãoSocial, EdvaldoPereira Lima, sobreJornalismo Lite-rário e Histórias deVida na Uniube, e o escritor e professor daUniversidade de Uberaba Sérgio Vilas boas,com Biografias e seus encantos.

Edvaldo Pereira destacou a importânciado jornalismo literário nos cursos deComunicação e a valorização do ser humano.“O livro do Sérgio fala de histórias de vidacomo sendo um elemento chave dojornalismo; a busca de relatar histórias depessoas e isso sensibiliza os jovens a fazerum jornalismo mais sensível, com maisprofundidade, construtivo e ético”. Para ele,o jornalismo literário é uma forma de narrarenvolvente que proporciona a descoberta decoisas novas, citando como exemplo os perfis.

“Os perfis são formas de narrativas quecolocam as pessoas em primeiro lugar”.

Como um exemplo próximo da prática dojornalismo literário, Edvaldo mencionou ojornal Revelação. “Ás vezes, muitasreportagens interessantes sai no Revelação ea imprensa depois vai atrás, e com isso nósconseguimos levar um enfoque maishumanizado”, explica.

O professor Sérgio Vilas Boas abriu apalestra com um trecho do seu livro que diz:“Brutalidade e banalidade rimam com nossos

tempos. Nunca indi-víduo pôde exercerseu individualismode forma tão radical.Por outro lado,encontra-se impo-tente, solitário, acua-do. Qualquer pro-

cesso de transmissão de conhecimento_ naescola, em casa ou no trabalho_ tem de levarem conta essa crise. Para tirar a humanidadedo “grau zero dos sentidos”, expressão usadapelo sociólogo Muniz Sodré a propósito dosreality-shows da tv, precisamos de memória,consciência e conforto para nossa hitóriapessoal”.

Ao terminar o trecho ele disse: “Eu quisler esse trecho mais por uma preocupação quetenho dentro de mim, em relação à condiçãohumana no momento que é um tema centralpara quem se propôs a escrever ou estudarbiografias”. Lembrou também que o que leunão é nada que vem de uma constatação ou

Jornalismo literário propõehumanização da narrativaPalestra no lançamento de livro do jornalista Sérgio Vilas Boas reúne mais de cem estudantes

inquietação recente, mas que vem sendorepetida pela própria imprensa convencional.

Biografias e seus encantosSérgio Vilas Boas analisa três biografias

em seu livro Biografias e biógrafos:jornalismo sobre personagens, e que estão nalista dos mais vendidos na década de 90:Mauá, de Jorge Caldeira, Chatô - o Rei doBrasil, de Fernando de Morais, e a EstrelaSolitária, de Rui Castro. “A biografia é cheiade encantos e esses encantos fizeram com quea biografia chegasse a um alto nível deprocura, principalmente nos últimos dez anos,é um sinal positivo que se opõe a tudo o queeu disse anteriormente na imprensabrasileira”. Comentou o escritor.

Explicou ainda que quaisquer biografias

escritas por jornalistas tiveram um papelimportante de fazer um resgate desses sereshumanos, em seus sentimentos tambémnaquilo que não é mensurável. “O trabalhodo biógrafo não é isento de problemas ejamais será, porque ele tem que lidar comlimites e impossibilidades, e o maior limiteque tem é a impossibilidade total de cobrirpor inteiro uma vida humana”.

O jornalista já escreveu outros dois livros:Estilo magazine, e Os Estrangeiros do TremN – vencedor do premio jabuti de 1998–,trabalhou no jornal Gazeta Mercantil e Folhade São Paulo. O escritor estará lançando aindaneste semestre um livro com o título “Perfis”– uma coletânea de doze perfis escritores quepublicou, quando era repórter do jornalGazeta Mercantil no caderno de cultura.

“Brutalidade e banalidade rimamcom nossos tempos. Nunca oindivíduo pôde exercer seuindividualismo de forma tão radical”

Edvaldo Pereira Lima, Sérgio Vilas Boas e Raul Osório falaram sobre histórias de vida no jornalismo

Neuza das Graças

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Maurício de Castro Rosa6º período de Jornalismo

Os Rotary Clubes espalhados em todomundo têm em mãos a missão de arrecadaraté o próximo mês de junho a quantia de R$80 milhões. Toda esta cifra tem destino certo:a aquisição de vacinas para a erradicação dapoliomelite, ou paralisia infantil como é maisconhecida a doença.

A campanha começou no em junho do anopassado. Em Araxá, o Rotary Clubeaproveitou as comemo-rações do dia Interna-cional da Mulher paraarrecadar recursos, atra-vés da comercializaçãode botões de rosa emempresas, comércio e população em geral.

O resultado dessa comercialização foiconsiderado satisfatório pelo presidente doRotary Araxá Sul, José Flausino Ferreira.Juntas as três regionais (Araxá Sul, AraxáNorte e Araxá) arrecadaram US$ 3 mil com avenda de sete mil botões de rosas.

Flausino afirmou que apesar de teralcançado a meta estipulada o Rotary Clubede Araxá deverá fazer mais uma campanhapara a aquisição de mais vacinas. “É muitoimportante a participação de todos, poisenquanto a pólio não for erradicada os custossão muito altos para manter o controle dadoença. Uma vez erradicada não há anecessidade de aquisição de vacinas , o queconsequentemente economizaria milhões”,

Campanha contra a Pólioarrecada milhõesRotary Clube encabeça a lista dos parceiros contra a paralisia infantil

opinou.

O Programa Pólio PlusEm 1895 , o Rotay lançou o Pólio Plus,

um projeto humanitário já assumido por umaentidade privada. O programa foi o catalisadorda iniciativa global de erradicação da pólio,adotada na assembléia da Organização daSaúde em 1988. O Rotary comprometeu aajudar a alcançar um mundo livre da pólioaté 2005.

Os casos de pólio caíram 99% desde 1988devido à imunização demais de 2 bilhões decrianças no mundo todoo que, estima-se, evitoua morte ou paralisia de4 milhões delas.

O maior obstáculo na luta contra a pólio éfinanceiro. Apesar dos significantes recursosjá contribuídos, é imprescindível conseguirurgentemente mais dinheiro para compra edistribuir vacinas às crianças que continuamvulneráveis à doença.

Até 2005, as contribuições rotárias,somadas aos juros de investimentos, deverãoexceder U$ 500 milhões. Além disso, asdoações que a organização conseguiu degovernos federias e empresas do setor privadorepresentarão mais de U$ 1 bilhão emsubsídios específicos a países carentes.

Além do Rotary são parceiros nestacampanha contra a Pólio a Organização Mundialda Saúde, o Unicef e o Centro Norte-Americanode Controle e Prevenção de Doenças.

Foram vendidas 7 mil rosas na campanha do Rotary Club-Araxá

fotos: Maurício de Castro Rosa

O Rotary comprometeu aajudar a alcançar um mundolivre da pólio até 2005

Voluntária participa da campanha contra a paralisia infantil

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Raika Julie Moisés3º período de Jornalismo

Aconteceu em Peirópolis, de 1º a 8 demarço, o curso de Liderança Jovem:formando educadores em Valores humanose Cultura de Paz. O curso foi destinado ajovens entre 18 e 25anos, interessados emmudanças e transforma-ções na sociedade emque vivemos.

Uma equipe deprofissionais de diver-sas áreas do conheci-mento, dentre elas, ciên-cias, artes, filosofia e traduções espirituais,desenvolveu e apresentou, durante toda asemana, atividades com os participantes.

Walmir Cardoso trabalhou a “Visão do sere o Cosmo” enfocando, os astros e osurgimento do mundo; já a psicóloga Lucimarmostrou a importância de intervençõescomunitárias e a elaboração e desen-volvimento de projetos sociais. A arte-educadora, Léia Barbosa desenvolveu umapeça teatral baseada na vivência dos valoreshumanos e os músicos e também arte-educadores Doroty e Dércio Marques,desenvolveram uma opereta, enfocando a artee ecologia. A comunidade de Peirópolis estavapresente com o intuito de prestigiar aapresentação destes dois trabalhos.

Outros momentos ricos em aprendizadoe troca de experiências foram a palestra deMario Lucio, abordando o tema os ValoresUniversais e a Tradição judaico-cristã e obate-papo com o antropólogo Carlos Brandão,cujo enfoque era a Antropologia dacooperação.O músico e arte-terapeuta EliasKadhira enfocou a temática dos signos dozodíaco e seus elementos através do jogoindiano lilah. O curso contou com a presença

de Adriana e Marcos, representantes domovimento negro Grupo de ConscientizaçãoNegra, o GRUCON, sede em Uberlândia, quediscutiu com os jovens presentes a questãodas cotas para negros nas universidades e aatual situação do negro. “O que queremos éque o negro tenha oportunidades iguais e

possam participardignamente dasociedade”, disseMarcos. Kaká Werá,índio txucarramãe, quedebateu a questãoindígena no Brasil e aimportância do amor navivência do ser hu-

mano. O índio encerrou sua palestra com umpedido de paz no mundo:“Só estamos aqui,porque exercemos nosso maior papel, que éamar uns aos outros, independente dequalquer coisa que nos difere”.

Alguns jovens do Movimento deAdolescentes Brasileiros (MAB), apre-

Fundação Peirópolis promovecurso de Liderança JuvenilJovens interessados dedicam-se ao estudo em Valores Humanos e Cultura da Paz

sentaram e demostraram um pouco das açõesque são realizadas pelos grupos filiados aomovimento para os outros participantes docurso. Os educadores da Fundação Peirópolis,Raquel, Valdo, Maristela e Majaca,desenvolveram atividades de integração,reflexão, criação em valores humanos, jogoscooperativos, danças sa-gradas e re-percussão(atividade ocorrida durante atrilha).

A pedagoga e coorde-nadora do curso, SôniaGonçalves, ressaltou emdiversos momentos aimportância da execução dos valoreshumanos no cotidiano.Este é apenas oprimeiro momento da nossa construçãocoletiva, que continuará com a elaboração eexecução de projetos que priorizem osvalores humanos e a cultura de paz em umasociedade tão carente como a que vivemos

atualmente.”, Sônia ressaltou.Os jovens, quando questionados sobre o

curso, davam respostas semelhantes: Nuncapensei que vivenciaria momentos tão ricos eimportantes, sendo tão nova. Juro que mesurpreendi, pois embora já soubesse que aquiseria uma fonte de conhecimento, não

imaginei que eles surgiriamtão depressa. É muito legalestar aqui com todos vocês”,disse Maíla Cunha, 18 anos,estudante, residente emPatos de Minas.

O encerramento docurso ocorreu no dia oito

de março, onde além da construçãocoletiva de uma bandeira que simbolizaa união entre todos os participantes,contou também com uma homenagem aoDia Internacional da Mulher, d is-tribuindo-lhes flores no momento dadespedida.

Missa Universitária CatólicaVenha participar desta celebração todas as terças-feiras, às 17h45

Local: Bloco Q - Sala 11Local : Bloco Q - Sala 11Local : Bloco Q - Sala 11Local : Bloco Q - Sala 11Local : Bloco Q - Sala 11GOU - Grupo de Oração Universitário - A D O N A ISecretaria Lucas - Renovação Carismática Católica de UberabaReuniões todas as 4ª feiras, no mesmo horário e local da Santa Missa

Estudantes aprenderam aimportância de intervençõescomunitárias e elaboraçãode projetos sociais

Raika Julie Moisés

“Nunca pensei quevivenciaria momentostão ricos e importantes,sendo tão nova”

Kaká Werá debateu a questão indígena no Brasil

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Fernando Machado6 período de jornalismo

Apesar dos protestos pela paz em todo omundo, inclusive nos Estados Unidos, opresidente norte-americano George WilliamBush deu início aos ataques norte-americanosa Bagdá, capital do Iraque, na madrugada dequinta-feira, dia 20. Segundo as pesquisas deopinião pública que estão sendo divulgadaspela mídia, 70% dos norte-americanos são afavor da guerra. O Brasil inteiro se preocupacom as consequências dos ataques ao Iraque.Em Uberaba, como não podia deixar de ser, acomunidade aguarda ansiosa as consequênciasque a guerra possa trazer para a cidade e para aregião. Jornalistas, estudantes, professores ecidadãos debateram a questão. O possívelaumento no preço do barril de petróleo é umdas maiores preocupações, pois, caso aconteça,acarretará aumentos nos transportes e emdiversos outros setores.

Na opinião do jornalista FranciscoMarcos Reis, abre-se na guerra uma exceçãono Estado, onde as liberdades individuaisficam restringidas, um dos princípiossagrados da constituição norte-americana.“Assim como ocorreu depois do 11 desetembro ocorre agora esse medo de ataquescontra a população”, diz ele.

Mas, segundo o jornalista, a primeira vítimada guerra é mesmo a verdade. A intenção dosgovernos é fazer com que apenas o que lhes éconveniente chegue à opinião pública. “O quese viu nos inícios do ataque foi pirotecnia, talqual na Guerra do Golfo. Um míssel cruzandoo céu, uma fogueira aolonge”, comentou. NaGuerra do Golfo, atransmissão era exclusivada CNN, uma rede norte-americana. Agora, háoutras coberturas, como aAl Jazira dos Emirados Árabes, a agência denotícias alemã Roiters, que podem expressaruma visão menos americanizada do processo.Mas a maior parte da cobertura ainda é feitapela imprensa dos Estados Unidos. Dessaforma, advoga Reis, não se tem noção do dramahumano envolvido. Para ele, a política “do queos olhos não vêem o coração não sente” é umadesinformação. O jornalista vê na internet umaesperança de informações melhores. “Algumapessoa no Iraque, jornalista ou não, pode muitobem colocar fotos e textos na rede dando contada verdadeira tragédia humana que aconteceem solo iraquiano”, falou.

“Um show, um jogo de videogame, umfilme a mais”, na visão da jornalistavenezuelana e professora da Universidade deUberaba, Norah Shallyamar Gamboa Vela, temsido esta a tônica das transmissões da guerrafeitas pelas TVs. “Mostra-se os mísseiscruzando o céu, mas não se mostra o lugar ondecaem. Isto esconde a verdadeira tragédiahumana de telespectadores do mundo inteiro,que não vê a guerra que está acontecendo

realmente, apenas umfilme a mais”, criticou.Ainda na crítica àcobertura dos meios decomunicação, Vela relatouque a CNN tem falado de“libertação do Iraque”.

“Libertar do quê? E como, destruindo parareconstruir?!”. A internet, acredita Vela, podeser um contraponto das TVs, podendo mostrar“o outro lado da notícia”. Ou seja, a posiçãode presidentes de outros países que são contraa guerra, a opinião de organizações nãogovernamentais contrárias a guerra, reunindoa comunidade mundial.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva vembatendo na tecla de que o Brasil não seráafetado com a guerra. O governo afirma quehá estoque para consumo interno e, comolembra o presidente da Associação dos

Jornalistas e professores analisam cobertura da mídia sobre a Guerra no Iraque

Derivados de Petróleo de Uberaba, CarlosAlberto Brandão, 90% do petróleo consumidono Brasil vem da Petrobrás. O restante écomprado da África e da Venezuela, o que dácerta razão ao discurso oficial. De forma quese consome muito pouco petróleo vindo doOriente Médio no Brasil. “O preço do barril jávinha sofrendo variações e certamente sofreráoutras com a guerra, mas o cenário ainda énebuloso demais para se poder fazerperspectivas tanto para os revendedores dederivados de petróleo quanto para oconsumidor”, estimou Brandão.

A empresária uberabense Maria RitaRodrigues da Cunha morou em Nova York pormais de uma década, onde ainda mantém umaloja de móveis e objetos de decoração. Elavoltou para Uberaba em dezembro passado erelata que, depois do histórico 11 de setembro,conviveu com o medo de um ataque terrorista.Agora, o temor volta a rondar as mentes na“Grande Maçã” e em todo o país. Ela contaque, embora a tensão tenha sido grande nasociedade depois dos ataques atribuídos aOsama Bin Laden, a rotina continuou. Eacredita que, com os ataques ao Iraque, a tensãoaumentará juntamente ao nacionalismoamericano. “A verdade é que ninguém dormetranquilo, mas ninguém se entrega. Qualqueralerta na TV faz as pessoas se apavorarem”,diz a empresária.

EUA X Iraque

“O que se viu nos início do ataque foi pirotecnia,tal qual na Guerra do Golfo”

Meuza das Graças

O jornalista e professor na Uniube, Francisco Marcos, lembrou que, em uma guerra, a primeira vítima é a verdade

Guerra da informação “Tudo pelEstudantes expressaEstudantes expressaEstudantes expressaEstudantes expressaEstudantes expressa

Cássia Rocha6º período de Jornalismo

Enquete realizada no Campus II daUniversidade de Uberaba mostra a opiniãode estudantes e professores sobre a Guerraentre EUA e Iraque. Todos defendem a idéiade que os EUA estão em Guerra por questõeseconômicas. Para os entrevistados o pivô daquestão é o petróleo, grande riqueza doOriente Médio. Confira a opinião dosuniversitários sobre esta guerra quecertamente vai contribuir para o sofrimentode milhares de famílias.

Eu sou que nãoresolvemelhor Lucilad6º perí

O grande interesse é o petróleo.Eu não sou a favor da guerra,porque quem vai sair prejudicadoé o povo Iraquiano.

Weber Januário9º período de Direito

Eu acredito que esta guerratem fins totalmente políticos.Eu acredito que a intensão dogrande ditador ( Bush) é ter odomínio do petróleo.José RafaelBiomedicina

Eu acho tudo umaidiotice uma perda detempo, se as pessoaspensassem um poucomais ajudar os outros,não teria guerra.Kenia Cristina Souza7º período de Biomedicina

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Nanda Guaritá Bento6º Período de Jornalismo

Comunicativo e muito simpático, o jovemJoshua Wayand Wheeler parecia estar seguiro caminho certo. Dedicado aos estudos, cole-cionador de amigos e apaixonado por espor-tes, foi um dos destaques durante o HighScholl – ensino médio americano.

Na Parry McCluer, tradicional escola na ci-dade de Buena Vista – Virgínia, ele conheceubrasileiros que estavam cursando intercâmbioem 1998 e 1999. Logo, se tonou companheiroinseparável dos uberabenses Rafael GuaritáBento e Ricardo Nogueira Andrade Cunha.

Após as animadas e originais festanças deformatura do segundo grau, veio conhecernosso País. Apesar de carregar um certo naci-onalismo, afinal ele é americano, Josh temuma grande visão de mundo. Apaixonou-sepor Uberaba, ficou encantado com a liberda-de, com a convivência pacífica entre negros ebrancos, com a mistura de raças, com a agita-da vida social e com a alegria do povo.

Quando retornou aos Estados Unidos, suamaior preocupação era cursar uma boa uni-versidade. Graças ao wrestling, uma espéciede luta que já havia lhe rendido diversos prê-mios, ele conseguiu uma bolsa integral de es-tudos para a tão sonhada e cara faculdade daInteligência da Marinha.

Voltou ao Brasil por várias vezes e sem-pre com boas notícias. O português, estavaaprendendo através da Internet. Fazia planosde morar na cidade, talvez dar aulas de inglêse namorar uma brasileira.

Decidido a arrumar as malas para o nossoPaís, foi surpreendido com a convocação paraa guerra contra o Iraque. Sua faculdade lhe deumuitos conhecimentos sobre navegação, o quepode ser precioso numa possível batalha na-val. Já havia passado por essa apavorante ex-periência na busca por Osama Bin Laden. Indocontra muitos de seus conterrâneos, Josh nãoconsidera uma honra lutar e sim um risco a tan-tos jovens talentosos. Aos 23 anos, ele implorapela Paz e torce pela possibilidade de continu-ar seguindo seu caminho.

fotos: José Rodolfo Rodrigues

lo petróleo!”sam opiniões sobre a guerrasam opiniões sobre a guerrasam opiniões sobre a guerrasam opiniões sobre a guerrasam opiniões sobre a guerra

Eu acho uma perda de tempo.Os EUA se acham muito poderosos,eles deveriam pensar mais no todo.Muita gente vai morrer inocentemente.Ana Carolina Costa Fedrigo7º período Biomedicina

contra a guerra porque achoo é dessa forma que vão

er os problemas do mundo, aforma é o diálogo.

dy Ferreiraíodo de Direito

Simplesmente está contradizendo tudoque o mundo em termo de sociedadetentou construir logo após a 2ª GuerraMundial e depois da Guerra do Vietnã.Todo o mundo tentando defender umideal da paz e um político muito fora donormal com poder muito grande estádefendendo apenas o seu interesse.Marcelo dos Santos Ferreira3º período de Sistemas de Informação

Eu acho um absurdo porqueo que está acontecendo éum problema pessoal entre oBush e o Sadam e nós nãotemos que pagar por isso.Lorena Furtado1º período de Direito

Sou totalmente contra a guerra,acho um absurdo. São vidas emjogo, desperdicio de dinheiro emuita violência.Desta forma nãochegaremos em lugar nenhum.Felipe CunhaCiências Aeronauticas

Eu sou contra a guerra, porque Bushsó quer o petróleo e não estápensando nas vidas que estãoem jogo, ele se acha o dono domundo com toda sua prepotência.Sandra Araujo6º período de Direito

É uma guerra extremamente de caráterexpansionista do capitalismo que estáem crise. A destruição faz parte daascensão dos EUA. Sem isso, realmenteos EUA vai entrar em crise.Helvércio Almeida JúniorProfessor de Administração

De gaiato no navioJovem americano é convocado para a guerra à contragosto

O recém formado Josh (2º da direita para esquerda) está de lista de convocados para a guerra

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Andréia Ribeiro5º período de Jornalismo

A Unitecne, Incubadora de empresas daUniversidade de Uberaba, assinou contratocom novas empresas das áreas detecnologia da informação, biotecnologia,automação, “business to business” efarmácia industrial. O evento ocorreu nodia 11 de fevereiro, terça-feira passada, nareitoria da Universidade.

Para quem não sabe, a Incubadora deTecnologia e Negócios da Universidade deUberaba, a Unitecne, possui um programa quetem por objetivo incentivar a criação e o apoioà empresas que desenvolvem produtos eserviços de tecnologia inovadora,contribuindo tanto em seu desenvolvimento,quanto no crescimento e consolidação.

Estudos indicam que 80% das empresasmorrem antes de completar seu primeiroano. Na incubadora, essa chance diminuisignificativamente, pois essas empresas têmacesso á consultoria em diversas áreas comofinanças, marketing, recursos humanos,qualidade, entre outros, recebendo aqualificação necessária para enfrentar omercado. A orientação é feita pelo núcleode consultores da Universidade. Osincubados participam de treinamentos,cursos e eventos. Além disso, pode utilizartoda a infra-estruturada UNIUBE. Assim,não só a empresa es-tará ganhando, mastoda a comunidadeacadêmica e a so-ciedade.

Para ter um projetoapoiado pela UNITECNEé necessário passar por um processo deseleção. A proposta deve ser inovadora eviável para se ter orientação na área de

tecnologia de negócios. A empresa recebeauxílio em uma das três modalidadesoferecidas: pré-incubação, associada eresidente.

Na primeira, foram assinados quatrocontratos, todos com duração de seis meses.

O projeto de Alex SandroSouza de Oliveira, na área detecnologia da informação,consiste em desenvolver uminovador sistema de educaçãoà distância. Seguindo a linhade tecnologias de soluçõespara o aprendizado,Alexandre Conceição Bastos,

apresentou um projeto de treinamento emmídias interativas.

Rosa Helena Alves de Padilha, ex-aluna

da UNIUBE, tem como objetivo em seuprojeto, desenvolver uma ferramenta“business to business” de licitação ecompras eletrônicas. Ela aponta que ainternet é um canal de venda indireta, queserve de ferramenta de transação entre asempresas, tais comoconsultas e compras entrefornecedores e cliente.Seu projeto tem comoidéia principal, unir asempresa de calçados deUberaba. Nas BotinasZebu , Rosa teve ex-periência de 15 anos.Formada em Sistemas de Informação, foiaí que ela enxergou a necessidade.Desenvolver um sistema informatizado paragerenciar e operacionalizar os processos deautomação comercial foi o terceiro contratode pré-incubação a ser assinado, por MauroCésar Fonseca Cardoso.

Para exercer todo esse trabalho, sãonecessários parceiros que ajudam naviabilização dos projetos. Esses, também sefizeram presentes no encontro para aassinatura dos contratos. São sete: o SEBRAE(Serviço Brasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas), representado por SueliVasques da Regional de Uberaba; aASSESPRO (Associação das Empresas

Empreendedorismo

Unitecne assina contratoscom empresas incubadasParceiros ajudam a viabilizar projetos em diversas áreas tecnológicas

Programa apoia empresasque desenvolvemprodutos e serviços detecnologia inovadora

Equipe de Unitecne é formada por profissionais, professores e estudantes de diversas áreas acadêmicas

divulgação

Brasileiras de Tecnologia da Informação), napresença de Paulo Roberto Pellizon; DanielFabre, pelo Banco do Povo; João GilbertoSalomão, pela Lidercomp Informática;Professor Ricardo Naufel pela FUNATEC(Fundação de Apoio Tecnológico às

Empresas) e aUNITECNE, por RaquelResende.

Já como empresasresidentes na Incubadora,assinaram contrato pordoze meses, CarlosRoberto Bonfim Oliveira,que tem como carro chefe,

uma secadora portátil de calçados, que poderáestar no mercado em cerca de 90 dias. E aempresa multidisciplinar de consultoria eassessoria para micro, pequenas e médiasempresas: a Multi Jr., presidida por JefersonSoares da Silva Reis, aluno do curso deComunicação Social da Uniube.

Durante as próximas semanas, você teráa oportunidade de conhecer cadaempreendedor e seus respectivos projetos.

A UNITECNE está instalada à rua RonanMartins Marques, 388 no BairroUniversitário, próxima ao Campus II. Projetossão recebidos durante todo o ano.Participem!Mais informações no site:www.unitecne.uniube.br

Para ter um projetoapoiado pela UNITECNEé necessário passar porum processo de seleção

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924 a 30 de março de 2003

Alessandra Goiaz7º período de Jornalismo

Para o aluno que está com dificuldade paraa pagar mensalidade e quer dar uma folguinhapara o bolso do pai, a Uniubeestá oferecendo o Programa deBolsas de Estudos e Gratuidadeque dá a oportunidade de obterapoio financeiro para concluir ocurso de graduação.

Para se inscrever, oes tudante deve es tar regular-mentematriculado e preencher o formuláriodisponível no site www.uniube.br, ondeestão todas as informações necessárias.As inscrições devem ser feitas até o dia7 de abril.

Só no segundo semestre de 2002, 163alunos foram beneficiados com o programa,sendo 80 gratuidades e 83 bolsas, no valor deR$ 305 mil A verba disponível para novasbolsas no primeiro semestre de 2003 é de R$

300 mil. Serão concedidasgratuidades e bolsas de estudo de30 a 80%.

A comissão do Programa deBolsas de Estudos eGratuidades da Uniube éformada por representantes da

Instituição, do Conselho Municipal deAssistência Social, da Secretaria Municipalde Ação Social e do Ministério PúblicoFederal. Por este motivo, os organizadoresinformam que os alunos devem ser éticospara preencher o formulário de inscrição

Uniube abre programa de Bolsas de Estudo

Andréia Ribeiro5º período de Jornalismo

Você já pensou em ser um empresário, terseu próprio negócio? Se a resposta forpositiva, com certeza você tem consciênciade que para ser um grande empreendedor, háa necessidade de qualificação e capacitaçãona concepção e geren-ciamento de umnegócio que será seu.

Através da UNITECNE, a Incubadora deTecno-logia e Negócios da Universidade deUberaba, com o apoio do SEBRAE (ServiçoBrasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Em-presas), a UNIUBE vem oferecendo aosalunos de graduação, uma opor-tunidade paraque o universitário pense na oportunidade deter um empreendimento, aprendendo aplanejar, encontrar e otimizar resultados,contornando e evitando problemas, além dedesenvolver características de empreendedor.

O treinamento tem como objetivodesenvolver a capacidade para resolverquestões essenciais em relação aofuncionamento e a gestão de um negócio.Pessoas que atuam nas áreas de comércio,indústria, agroindústria e serviços,empresários de micro e pequenas empresas,são o público alvo do curso.

O curso “Aprender a Empreender” érealizado em 12 encontros, sob o formato detele aulas, perfazendo um total de 24 horas.Dentre os benefícios esperados para este

aperfeiçoamento,destaca-se a melhoria daperformance profissional e da capacidade detomar decisões e resolver problemas. O estudoé sistematizado em dez capítulos do Manual doParticipante Aprender a Empreender, oferecidopelo SEBRAE. Conta com a assistência de umprograma de vídeo, apoio e assessoria do

Curso incentiva perfil empreendedorTreinamento ensina a resolver questões essenciais ao funcionamento de um negócio

professor-facilitador. Concluído o programa docurso, o aluno recebe certificado.

Para isso é necessário aprender aempreender, ou seja, gerenciar o processo deaprendizagem, exer-cendo autonomia, inde-pendência e disciplina no ritmo de estudo.Assim poderá planejar a abertura de sua

empresa, melhorar os resultados desejadoscom maior segurança.

Segundo Júlio Sérgio dos Santos Júnior,membro da UNITECNE e facilitador do curso“Aprender a Empreender”, além do apoio doSEBRAE, esta proposta conta com parceriasdos seguintes cursos de graduação:Biomedicina, Medicina Veterinária, ServiçoSocial, Terapia Ocupacional, Administração eCiências Contábeis. No primeiro semestre de2003, o curso irá capacitar cerca de 250 pessoasdistribuídas em diferentes turmas, com dias ehorários variados, permitindo oportunidade deescolha, segundo a disponibilidade do aluno.Sob este enfoque, os cursos que apóiam estaproposta, incluíram suas vertentes em suasprogramações sugeridas para as atividadescomplementares.

Novas turmas são previsíveis para opróximo semestre. Para maioresinformações, entrar em contato com aUNITECNE, que está localizada próximaao Campus II, à rua Ronan MartinsMarques, 388, no bairro Universitário. Ouse preferir, ligue (0XX34)3311-2452 e falecom Júlio Sérgio.

No primeiro semestre de2003, o curso irá capacitarcerca de 250 pessoasem diferentes turmas

As inscriçõesdevem ser feitasaté o dia 7 de abril

Informações sobre a Unitecne podem ser encontradas no site www.unitecne.uniube.br

Estudantes devem se inscrever pela Internet. Serão concedidas gratuidades e bolsas de estudo de 30 a 80%

colo-cando somente dados verda-deiros,caso contrário o estudante poderá prestarcontas com a justiça.

A pré-seleção dos candidatos será feitapor um sistema de informação e o resultadoserá divulgado pela Internet e através dos

quadros de aviso do Campus no dia 11 deabril. Os estudantes que foram escolhidos,devem ficar atentos com as datas marcadaspara a entrevista e com os documentosnecessários em ordem. Mais informaçõesno site da universidade.

Empreendedorismo

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10 24 a 30 de março de 2003

Na mira da fiscalizaçãoEstudantes tentam evitar abusos nas propagandas de medicamentos

DivulgaçãoSana Suzara7º período de jornalismo

Alunos de quatro cursos da Universidadede Uberaba-UNIUBE estão trabalhando,desde julho do ano passado, nomonitoramento de propagandas epublicidades de medicamentos veículadaspelos meios de comunicação. A intenção éimpedir a má informaçãodo público e a indução aoconsumo indevido deremédios.

O Monitoramento depropagandas e publici-dade de medicamentos éum programa do Minis-tério da Saúde desenvolvido em parceria comUniversidades e supervisionado pela Anvisa(Agência Nacional de Vigilância Sanitária doGoverno Federal). A Universidade deUberaba é a única instituição particular dentreas quinze que estão envolvidas no programa.

O grupo de alunos, dividos em áreas afinscomo Direito, Famácia Industrial, Medicinae Publicidade e Propaganda, analisa oconteúdo das mensagens, desde o aspectolegal até o poder de persuação de cada umadas veiculações. O resultado dessas análises

dão origem a relatórios que são encaminhadospara Anvisa, órgão responsável pela tomadade providências para coibir os abusos.

Para a execução deste trabalho a Uniubeadquiriu equipamentos como vídeos, rádio-gravador, computadores e livros de ediçõesnacionais e estrangeiras, com os recursosrepassados pelo ministério da Saúde. Auniversidade forneceu o espaço físico e bolsa

de um ano para os setealunos que dedicarem aeste programa. Aparticipação de outrosalunos é aberta paraacompanhar e observar otrabalho que é feito noCampus dois, no Bloco

D.Segundo Dirce F. Verde dos Santos,

professora do curso de Farmácia Industrial eorientadora do programa, a vantagem para osalunos envolvidos é a oportunidade deexercerem na prática o que aprendem na salade aula. Para a aluna de Medicina, LetíciaAlves Silva além de enriquecer o currículo, otrabalho tem favorecido a ela formação deuma consciência mais crítica em relação aauto-medicação.

No dia 20 deste mês, a professora Dirce

Equipe de estudantes analisa periodicamente o conteúdo dos anúncios

O resultado dessasanálises dão origem arelatórios que sãoencaminhados para Anvisa

dos Santos e a aluna-coodenadora do projeto,Mariana Mendes, foram a João Pessoa (PB)para a apresentação do projeto. “Fomos muitobem recebidas, trouxemos muitos elogios a

respeito da Universidade e foi comentada aintenção de aplicar o projeto demonitoramente a todas instituições”, explicoua professora.

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1124 a 30 de março de 2003

Ralfer Zaidan7º período de Jornalismo

Eu poderia começar o texto especulandosobre o seu favorito meio de comunicação,estimado leitor. Arriscaria pela preferência daprática e flexível internet - um cibernético marrevolto de dados; questionaria sobre a suafreqüência favorita de rádio ou até mesmo,em que canal de TV você gosta de passar amaior parte do tempo quando está de folga.

Mas não. Prefiro começar de outra forma.Como um futuro profissional da área decomunicação e situado exatamente numperíodo da história onde os homens aindaproporcionam incompreensíveis batalhas,decidi falar sobre limites. Margens estas, queao serem utilizadas com inteligência eobjetividade, possuem o poder de nosconduzir ao respeito e entendimento coletivoentre as sociedades.

Ainda na memória, consigo lembrar comdetalhes de algumas passagens interessantesque aconteceram na minha infância.Principalmente, dos carnavais e feriadosprolongados onde sem escolha, tinha quedeslocar com a família de Araxá para um sítiolocalizado cerca de 40km do município.

Desesperador? Aparentemente, não. Minhamãe repetia várias vezes num dia antes departirmos: “Vamos para o sítio descansar...”.Para mim, era o exílio. Ficaria a próxima semanainteira, no isolamento - onde meu amigo maispróximo, era um pé de goiaba lá no fundo dahorta. Cheguei até mesmo a construir um “forte”no meu companheiro - onde, imaginariamente,lutava contra os inimigos que surgiam por todasas partes.

Logo o sol partia.Sete horas da noite era omomento exato paraterminar de jantar ealcançar o quarto paradormir. Não tínhamostelevisão e tampouco,energia elétrica. Naqueletempo, principalmente nosítio, o legal era ficar ao lado do rádio. Escuteidesfiles carnavalescos inteiros, imagineifantasias e podia ver pessoas reunidas. E erasó. Sabia que naquele meu aparente limite,talvez as ondas hertzianas fossem o meio idealpara que eu pudesse compreender agora - cercade quinze anos depois, que precisamosentender e respeitar as fronteiras.

Mas, você deve estar se perguntando omotivo pelo qual, estou contando essapassagem particular. Utilizei um pedaço daminha “molequice” para lembrar que umagrande parte das pessoas que cheguei aconhecer nos limites rurais, ainda vivemcomo seus antepassados e não abrem mãodos costumes - frango caipira ensopado,

fogão à lenha, ser-pentina e iluminaçãoprovinda de uma lam-parina à base de que-rosene. Notícia? Apenaspor aquele motorádiocom quatro ou seisfaixas. Ficavam atentospara as mensagens queas famílias mandavam

da cidade através de uma estação, em ondasAM - e mais nada ou não tinham interesse.

Ainda como estudantes, compreendemosa real necessidade da divulgação de umainformação coerente, ética e aprofundada. Emtempos de guerra, respeitamos nossasfronteiras e levamos em um tom mais sério, anossa profissão. E são nessas passagens, que

Na fronteirada informaçãoMeios de comunicação, responsabilidade e notícia. Até onde podemos chegar?

conseguimos observar o poder que temos emnossas mãos. Por mais avançada que seja, osmeios de informação ainda não conseguiramalcançar igualitariamente todas as partes doglobo. Alguns sabem e acompanhamdiariamente as principais informações gerais- outros não.

Vivemos tensos e preocupados. Talvez,obcecados com onúmero de notícias quenos circundam. É tempode conflitos - tantointernos como mundiais.Como comunicadores,caberia a nós, aresponsabilidade delevar até à comunidademais distante que seja, atriste afirmação que estamos em guerra? Queo mundo chora e pede insistentemente pelapaz? Caberia a nós esta tarefa?

Conflito para eles, só aconteceu umavez quando resolveram sacrificar um boide estimação que havia quebrado uma daspatas e estava sofrendo. Toda famíliaf icou desolada. Ser ia a nossa

Hiperinformado / Arte de Carlos Leiro (reprodução)

responsabi l idade mostrar imagensbárbaras, fruto de ati tudes insanas?Apresentar mísseis arruinando cidades epessoas sendo metralhadas covarde-mente? Não sei se ser ia capaz detransmitir tudo isso ou se teria meios decomunicação para tal.

Agora em pormenores, se algum imbecilprepotente tiver acapacidade de apertaralgum botão para lançaruma bomba de des-truição em massa numdia qualquer desses,juro que desejaria estarlá no sítio. Naquelemeu exílio e que talvez,hoje, seria o descanso

que a minha mãe tanto falava. E de fato,naquele contexto - respeitando meuslimites e as fronteiras determinadas,procurava entender aquilo que estava aomeu redor, sem tentar possuir ou dominar.Lá no campo, iria saber de frutos, deanimais de estimação e daquela velha redeestendida na varanda. E mais nada.

Ainda como estudantes,compreendemos a realnecessidade da divulgaçãode uma informação coerente,ética e aprofundada

Por mais avançada que seja,os meios de informaçãoainda não conseguiramalcançar igualitariamentetodas as partes do globo

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A Prefeitura precisa alugar muitos imóveis para sediar suas secretarias, autarquias e demais serviços.Instalar órgãos municipais em casas históricas é uma das maneiras pelas quais o poder público pode contribuirpara preservar o patrimônio cultural da cidade. O prédio da Câmara Municipal é um dos raros exemplo dessa atitude

Prédio da Prefeitura e Câmara Municipal de Uberaba é exemplo do patrimônio cultural da cidade