Revelação 332

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Jornal-laboratório do curso de Comunicação Social da Universidade de Uberaba Ano VIII • nº 332 • Uberaba/MG • Fevereiro de 2007 Educação e responsabilidade social Educação e responsabilidade social

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Jornal laboratório do curso de Comunicação Social da Uniube. Fevereiro de 2007

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Jornal-laboratório do curso de Comunicação Social da Universidade de UberabaAno VIII • nº 332 • Uberaba/MG • Fevereiro de 2007

Educação e responsabilidade socialEducação e responsabilidade social

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Entrei na faculdade! E agora? Com certeza é essaa pergunta que você está se fazendo, meu caro“bixo” e minha cara “bixete”!!! É isso mesmo,

bixo e bixete! Esqueça aquela terminologia de “novato”lá do colegial. Por um bom tempo você será chamadoassim pelos veteranos do seu curso...

Aqui tudo é diferente, vá se acostumando. Talvez umadas coisas que você mais vai estranhar é a falta daqueletradicional sino entre uma aula e outra, que ao longo demais de dez anos você acostumou ouvir. Outra estranhanovidade que irá encontrar aqui é a troca de sala. Nadade professor procurar você. Aqui é você quem vai atrásdele, passeando por entre blocos, estacionamentos,laboratórios, cantinas... ufa! Haja perna para andar noCampus.

A propósito, quem é esse tal de Campus que tantovocê tem ouvido falar? Campus é uma palavra latina quese refere a um local, em uma universidade ou faculdade,onde fisicamente se concentram as salas de aula elaboratórios de várias disciplinas. Gravou?! É, mas temuma coisa que você vai demorar pra gravar. É o tal doRegistro do Aluno, o “RA”. Uma série de números quete deram lá no dia da matrícula. Todo mundo que vocêprocurar para pedir ajuda vai solicitar o tal número, quenão entra na cabeça por nada no mundo. Por isso, façauma pequena “colinha” do número e guarde. É com essenúmero que você será identificado.

Ah, falando em colinha, nada disso aqui, por favor!Afinal você está se preparando para ser um grandeprofissional, e não será na base da cola que vai conseguir.Então, estude, por mais que aquela festa numa brutaterça-feira pareça irresistível...

Falando em festa, esta será uma época da vida ondevocê poderá recusar baladas, de tantas que terá pra ir.Parecerá até um típico filme dejovens universitários, que vocêsempre sonhou protagonizar. Apro-veite, curta bastante, ria, saia comseus amigos de turma, não percanenhuma oportunidade de estarcom estas pessoas que farão parte desua vida para sempre, mesmo queseja numa doce lembrança. Pode atéparecer cedo para falar de lem-branças, afinal você acaba de entrar aqui. Mas é interes-sante ver como o tempo na faculdade parece passar maisrápido do que em qualquer outro local. Num piscar deolhos, num estalar de dedos, você estará em sua colação,

Entrei na faculdade! E agora?

emocionado, recordando-se das provas daqueleprofessor “carrasco” que tanto fez você estudar e queagora, graças a isso, você é expert na matéria. Ou lem-brando-se daquela churrascada na casa de um amigo deturma, que você não pôde ir porque ficou estudando para

recuperar a nota baixa da prova... É, minha cara “bixete”, meu caro

“bixo”, está dando pra sentir a “res-ponsa” que é estar aqui né?! Entãofica um “tok”. Não se desesperediante das dificuldades deste iniciode caminhada acadêmica. Se umadúvida bater, não deixe de procuraro coordenador de seu curso pedindoajuda. O horário está confuso? Pro-

cure a assistente pedagógica, ela sempre buscará umasolução. Para outros problemas gerais, procure o multi-atendimento no bloco B. Eles estarão à sua disposição.Perdeu-se no Campus? Peça ajuda a um bedel, pois ele

De aluno para aluno

estará pronto para lhe orientar, além de manter a ordeme a segurança dentro da universidade.

Enfim, agora você é um universitário. Como vocêesperou por isso, não é mesmo? Tudo tem um gostinhode liberdade, com um peso de responsabilidade. Você, o“orgulho do papai e da mamãe” (que muitas vezes ficaramcom um nó na garganta em uma cidade distante torcendopor seu sucesso), em breve será um Médico, um Dentista,um Veterinário, um Administrador, um Fisioterapeuta,um Nutricionista, um Advogado, um Arquiteto, umTurismólogo, um Engenheiro, um Psicólogo...

Por isso seja um “sanguessuga”: mas de conheci-mento, por favor!! Olha o bom exemplo!! Seus profes-sores têm muito o que passar para você. Que esta faseseja de conhecimento, pesquisas e descobertas em todasas áreas de sua vida. Seja bem-vindo!!!!

César Antonio7ºperíodo de Jornalismo

Curta bastante o seucurso, pois o tempo nafaculdade parece passarmais rápido do que emqualquer outro local...

Revelação - Jornal-laboratório do curso de Comunicação Social da Universidade de Uberaba

Uniube • Reitor: Marcelo Palmério ••• Pró-reitora de Ensino Superior: Inara Barbosa ••• Coordenador do curso de Comunicação Social: Raul Osório Vargas ••• Assessor deImprensa: Ricardo Aidar ••• Revelação • Professor orientador: André Azevedo da Fonseca (MTB MG-09912JP) ••• Produção e edição: Alunos do 3º período de Jornalismo••• Estagiários (diagramação e edição): Luiz Carlos Vieira e Munyque Fernandes ••• Revisão: Cíntia Cunha ••• Técnica de Laboratório de Fotografia: Neuza das Graças •••Analista de sistemas: Tatiane Oliveira Alves ••• Impressão: Gráfica Imprima ••• Redação • Universidade de Uberaba - Curso de Comunicação Social - Sala 2L18 - Av. NeneSabino, 1801 - Uberaba - MG - 38055-500 • Telefone: (34) 3319 8953 ••• Internet: www.revelacaoonline.uniube.br ••• E-mail: [email protected]

Confira as dicas de um veterano e prepare-se para a inesquecívelexperiência de tornar-se um estudante universitário

Fique atento: uma mistura entre liberdade e responsabilidade serão ingredintes fundamentais em sua formação acadêmica

Arquivo Revelação

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AUniversidade de Uberaba (Uniube) possui umprograma de bolsas que garante uma série debenefícios para ingressantes e veteranos. Além

do Fies e do Prouni, as oportunidades incluemprogramas de gratuidade aos ingressantes pelovestibular; de descontos para alunos que cursaram oensino médio em escola pública (Proem); para policiaismilitares e civis da ativa; para alunos maiores de 50 anos;para portadores de diploma de curso superior, além decontar com o sistema de crédito educativo (Creduc), ebolsas de 80% para os primeiros colocados.

A estudante do 6º período do curso de Direito,Natalia Machado Oliveira, 21 anos, conta que ingressouna universidade pelo benefício do Proem. “O Proem foia minha única chance. Sem ele, não teria condições depagar uma faculdade. Essa bolsa de 50% me ajudoubastante”. Satisfeita com a oportunidade que teve,Natalia, que foi ex-aluna de escola pública, explica comoconseguiu a bolsa e quais os quesitos exigidos pelauniversidade.

“Hoje, a Uniube exige que o aluno comprove umarenda de três salários mínimos per capta. Antes, não eranecessário comprovação de renda, mas os responsáveispor esse programa perceberam que algumas pessoaspoderiam usufruir do benefício sem realmente

Bolsas de estudogarantem formaçãoProgramas institucionais dão a maior forçapara quem precisa complementar a mensalidade

Benefícios estudantis

necessitar, e ocupariam a vaga de quem não temcondições de pagar”. A renda familiar per capta é a somada remuneração bruta de todos os membros do grupofamiliar dividido pelo número de componentes.

A jornalista Érika Alves Ferreira Machado, ex-alunado curso de Comunicação Social na Uniube, atualapresentadora do jornal MG TV na rede Integração,depois de muito se esforçar, conseguiu ganhar bolsade 80% na mensalidade de seu curso. Desde o colegialela tinha como objetivo passar em primeiro lugar novestibular para conseguir realizar seu sonho: fazerJornalismo. “Valeu a pena todas as minhas horas deestudo, meu cansaço; nada foi em vão. Estou muitofeliz, não pagava nem R$100 de mensalidade naquelaépoca”.

Para agentes civis e policiais militares em efetivoexercício, o desconto é de 40% do valor integral no cursoescolhido. Foi o que chamou a atenção do policialJoaquim Silvério Barros, 43 anos. Segundo o militar, oprograma é muito interessante porque, além de darincentivo para aqueles que por algum motivo nãotiveram condições de fazer curso de nível superior,“agrada o bolso” de quem pretende iniciar.

Já a professora de matemática, Nivalda Cândida deCastro, conta que, graças a essa oportunidade paraalunos com mais de 50 anos, ela pode almejar, depoisde quinze anos de formada, mais um diploma. “Acheiesse programa válido. Realmente, estou pensando napossibilidade de ser universitária pela segunda vez. Naminha opinião, o desconto poderia ser maior, mas 40%já me ajudam bastante”, brinca Nivalda. “Possibilidadescomo essa, eu nunca tive. Se todas as instituições deensino oferecessem um programa de bolsa, ou que sejauma ajuda de custo, muitas pessoas ingressariam nasuniversidades e, com certeza, o nível de educação seriamelhor”, finaliza.

Renata Vendramini3º período de Jornalismo

Valeu a pena todas as minhashoras de estudo, meu cansaço;nada foi em vão. Estou muito feliz,não pagava nem R$100 demensalidade naquela época.

“”

Confira as informações sobre todos os programas:www.uniube.br/institucional/copese/prog-benef/programa-beneficios

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Atitude e prática da cidadania são elementosfundamentais para a formação acadêmica,principalmente nesta era em que o mercado

exige cada vez mais habilidades e competências dosrecém-formados. Estimular iniciativas e orientar oestudante em ações junto à comunidade vai ao encontroda filosofia da Uniube, que é “Educação e Respon-sabilidade Social”.

Para quem deseja um histórico acadêmico mais ricoem conteúdo e quer ampliar seus conhecimentos forada sala de aula, o Programa Institucional de AtividadesComplementares (PIAC) oferece toda orientaçãonecessária. O PIAC é, antes de tudo, uma oportunidadede “reeducação” aos mais folgados. É uma ferramentado ócio criativo e também uma terapia contra a preguiça.Sobrou um tempo entre os estudos e lazer? Seja solidárioe intensifique as relações com entidades e comunidadesdentro ou fora do mundo acadêmico.

A idéia das atividades complementares é umaexigência do Ministério da Educação (MEC) para todasas faculdades, respeitando-se as diretrizes curricularesde cada curso. Na Uniube, as atividades complementaresentraram em execução há três anos como um projetoextracurricular. A partir do segundo semestre de 2005,tornou-se um programa institucional muitointeressante. A idéia é incentivar a elaboração deprojetos a partir das experiências que o estudante já temou a partir do conhecimento adquirido durante o cursode graduação. Trabalho voluntário, por exemplo, contacréditos no PIAC. Participar de palestras também. Masnão é só isso: existe um grupo de professores-orientadores que auxiliam na elaboração de projetos.

A atividade complemen-tar também é uma forma detrabalhar em equipe, unindoestudantes de cursos diferentescomo, por exemplo, Comuni-cação Social e Terapia Ocu-pacional em uma comunidadecarente; Medicina Veterinária eOdontologia para levar infor-mação de saúde e higiene em umbairro rural.

De acordo com a professora Marili Peres Junqueira,socióloga e orientadora do PIAC, o Programa tem comoobjetivo “tirar o aluno da estrutura fixa do curso, dandouma característica mais pessoal aos currículos; dessaforma, o acadêmico tem autonomia para propor açõesque melhorem sua cidadania”.

Atenção, calouro: todos os alunos que têm atividadescomplementares no projeto pedagógico do curso

Educação e responsabilidade social

precisam participar, pois, se não cumprir os 30 créditosmínimos por semestre, o aluno pega dependência. Maso PIAC não é nenhum bicho-de-sete-cabeças, muito pelocontrário, como explica a orientadora: “Veja esteexemplo. Um estudante de Medicina Veterinária queacabou de entrar no curso pode ensinar como dar banhoem gato, uma atividade que não faz parte do currículoacadêmico. Mas, em contrapartida, ele também podeusar os ensinamentos da faculdade, como controlarinfestação de pulgas em felinos, e ministrar uma palestrasobre isso em uma escola do ensino básico oufundamental. Basta fazer um projeto anterior para isso,sob orientação dos professores do PIAC.”

Desta forma, o que o PIAC proporciona ao estudanteuniversitário é o estímulo a açõesque envolvam a comunidadeacadêmica e também apopulação de forma geral.Realizar projetos junto aosidosos ou crianças também trazganhos de conhecimento ecréditos junto ao Programa. Mastome cuidado, pois são aceitossomente os projetos previa-mente aprovados pelo PIAC.

Antes de executar, você deve encaminhá-lo por escritoao PIAC para obter as orientações dos professores ereceber o devido aval.

O estudante do 3º período do curso de Gestão emAgronegócios, Almério Marcelino Neto, é bolsista esecretário do PIAC. Segundo ele, algumas perguntas bembásicas são freqüentes no balcão do Programa: “O alunoque entra na Uniube não consulta a página do aluno e nãosabe o peso dos créditos nas atividades. E está tudo lá”.

Crédito não é nota, mas vale muito! Nota é apontuação que o aluno recebe a partir do desempenhonas avaliações no decorrer do desenvolvimento dadisciplina. Isso é uma coisa. Crédito é a equivalência deuma atividade com relação ao número de horas dedicadasou sobre uma atividade propriamente dita. Isso é outracoisa. Crédito não se mistura com nota e vice-versa. Nasua vida acadêmica você vai precisar de ambos.

Participar de palestra, por exemplo, pode valer de 3a 5 créditos, mas existem atividades que valem 30créditos de uma só vez, como ser bolsista em Projetosde Iniciação Científica. Congressos ou simpósios valem10 créditos, quando você participa como ouvinte. Atuarcomo voluntário em projetos comunitários nãovinculados aos projetos de extensão e aprovadospreviamente pelo PIAC pode render até 15 créditos.

Não deixe de consultar sempre a janela do PIAC na“Página do Aluno” no site da Uniube. Na janela “Propostasde Atividades” que vai aparecer uma tabela com uma sériede ações e seus respectivos créditos, informando tambémcomo você deve fazer para creditá-los, pois cada atividadetem uma forma específica de comprovação.

Os créditos excedentes aos 30 exigidos parahabilitação em Atividades Complementares entramcomo “enriquecimento curricular” no históricoacadêmico do aluno. Portanto, não fique aí parado: vápara o computador, acesse o site da Uniube, leia sobre oPIAC e proponha um projeto; faça dele uma forte açãode cidadania e conte com os professores-orientadoresdo PIAC para coordenar sua revolução.

Tobias Ferraz3º período de Jornalismo

Universidade valorizapráticas de cidadaniaPrograma Institucional de Atividades Complementares estimulaautonomia intelectual e incentiva elaboração de projetos socioculturais

Para quem deseja um históricoacadêmico mais rico e querampliar seus conhecimentosfora da sala de aula, o PIACoferece toda orientação

Projetos sociais desenvolvidos por alunos da universidade valem créditos em atividades complementares

Arquivo Revelação

Programa Institucional deAtividades Complementar ( PIAC )

Bloco I, sala 2I12, Campus AeroportoTel. 3319 8926

www.uniube.br/institucional/piac/

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Otrabalho no campo da pesquisa acadêmicapode inflamar muitos jovens, com sua sedede conhecimento e desejo de ver suas

próprias descobertas e publicações junto àcomunidade científica nacional. A experiência daIniciação Científica leva o aluno a descobrir novascoisas, visar novos horizontes, e favorece umainserção maior no mundo acadêmico. Esse tipo deconhecimento pode se demonstrar muito útil nofuturo, quando o universitário quiser fazer umapós-graduação, porque assim ele já estará maisacostumado a realizar este tipo de pesquisa.

Algumas vezes, até mesmo alunos que nãoconhecem um projeto em andamento são vistoscomo potenciais participantes. Foi o que aconteceucom Raquel Carros Antônio, que hoje é pós-graduada em Odontologia pela Uniube. “Eu fuiconvidada pelo orientador do projeto a participar,indicada por professores”, diz. Raquel participoude dois projetos diferentes, um a cada ano. “Meuprojeto foi aceito pelo Fundo de Amparo à Pesquisado Estado de Minas Gerais (Fapemig), e eu recebiauma bolsa de mais ou menos R$300. Ajuda muitopara quem precisa do dinheiro, além do fato de queser bolsista da Fapemig conta muito.”

A liberdade de opções que o estudante tem paradesenvolver seu projeto também é mais umincentivo. Cada um, naturalmente, escolhe algoligado à sua área, sua profissão, e isso acabatornando-se um poderoso complemento daformação superior. Uma outra vantagem é que nãosão apenas as habilidades científicas que serãotestadas nessa experiência. “Conheci pessoas queme ajudaram no projeto, achei uma experiênciamuito boa. Serviu para que eu tivesse maishabilidade manual, pelo tipo do meu projeto,aprendi mais porque tive que pesquisar e estudar oassunto. Aprendi também a ser mais organizada”,observa Raquel.

Paulo Henrique dos Santos Oliveira3º período de Jornalismo

OPrograma Institucional de Iniciação Científica(IC) da Universidade de Uberaba (Uniube) temo objetivo de incentivar os estudantes de

graduação a desenvolver pesquisas científicas nas áreasde sua formação acadêmica. A IC possibilita ao alunomaior interação entre a graduação e pós-graduação,fazendo com que o graduando tenha os primeiroscontatos com o universo da pesquisa acadêmica e se sintamais preparado para ingressar em programas demestrado.

Para participar, os alunos devem ter uma nota médiasuperior a 7. Em seguida, os interessados são avaliadospor um professor que coordene algum projeto depesquisa. Estudantes de qualquer curso podemparticipar do desenvolvimento da pesquisa, desde que,é claro, tenham afinidade com o tema. É importantetambém que a experiência contribua, de alguma forma,para a formação do aluno em sua área.

O Programa Institucional de Bolsas de IniciaçãoCientífica (PIBIC) da Uniube, juntamente com oConselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisado Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) oferecematualmente 50 bolsas de incentivo (sendo 30 delasoferecidas pela Uniube, 10 pelo CNPq e outras 10 pelaFAPEMIG) para os participantes dos melhores projetosde pesquisa apresentados à comissão avaliativa.

Os valores das bolsas variam entre R$ 150 e R$300 mensais, com validade durante todo o projeto. Osalunos que quiserem participar devem estarregularmente matriculados em um curso de graduaçãoe não podem ter qualquer vínculo empregatício, poisprecisam dedicar-se integralmente às atividadesuniversitárias e de pesquisa. Os participantes devemapresentar os resultados parciais e finais do estudo, soba forma de painel ou exposição oral, acompanhados derelatório, nos seminários de iniciação científicapromovidos pela instituição.

O VIII Seminário de Iniciação Científica da Uniubeestá previsto para os dias 22 e 23 de novembro de 2007e contará com a participação dos alunos que iniciaramas pesquisas em agosto de 2006. Essa apresentação éobrigatória a todos os alunos de IC, bolsistas ou não.

As vantagens em desenvolver projetos de pesquisadesse nível é o valor que as instituições de ensinoatribuem a esta vivência acadêmica. Algumas

universidades utilizam a experiência em iniciaçãocientífica como critério de desempate no ingresso a umprograma de mestrado. Além disso, essa atividade constano currículo e no histórico escolar, confere umcertificado de conclusão do estudo e ainda garante aoaluno 30 créditos nas Atividades Complementares.(Confira a matéria sobre o PIAC)

Vale ressaltar que a IC proporciona ao estudante,além de uma remuneração, uma familiarização com astécnicas científicas, ampliando seus conhecimentos,favorecendo a autonomia nos estudos e preparando-opara novas oportunidades no mercado de trabalho.

Daiane Leal Gomes3º período de Jornalismo

Iniciação Científicabusca talentosacadêmicos

Que tal tornar-se um pesquisador?

Programa oferece incentivo aos alunos interessadosem participar de projetos de pesquisa

O primeiropasso paraa pós-graduaçãoPrática da pesquisa favoreceorganização dos estudos e estimula areflexão sobre as teorias de sua área

Experiência em Iniciação Científicaé muito valorizada no currículo acadêmico

Munyque Fernandes

Pró-reitoria de Pesquisa (Propep)Bloco R, Campus Aeroporto

Tel. 3319 [email protected]

www.uniube.br/institucional/proreitoria/propep

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Mens sana in corpore sano (mente sã em corpo são)

Aprática esportiva na Universidade de Uberabanão é restrita aos estudantes do curso deEducação Física – pelo contrário, toda a

comunidade acadêmica tem acesso às atividades que sãoincentivadas através de diversos projetos. A Uniubeconta hoje com duas quadras abertas e duas cobertas,um campo de futebol, uma pista deatletismo, uma piscina olímpica,além de mesas de pingue-ponguee uma academia.

E para quem está chegandoagora. é bom saber que qualqueraluno ou funcionário da univer-sidade pode usar essa estruturaesportiva. Portanto não tem motivopara deixar aquela “pelada” desábado com os amigos de lado. É só agendar um horáriona secretaria do curso de Educação Física, que fica no blocoT, sala 2T05 (ao lado das quadras), entre 9h e 18h.

A academia de musculação, localizada no bloco T,também está disponível para matrículas a partir do dia5 de fevereiro, e este ano traz novidades. Depois de serterceirizada, a academia ganhou novos aparelhos e teráacompanhamento de professores durante todos oshorários. O funcionamento é de segunda à sexta, das 7hàs 22h. A mensalidade varia de acordo com o frequência

Universidade incentivaprática esportivaCalouros, veteranos e funcionários contam comestrutura “de primeira” e incentivo para a prática de esportes

semanal. Para mais informações, o telefone é 3312 0900.E se você tiver interesse em participar de alguns dos

torneios disputados na universidade, fique ligado, porqueo curso de Educação Física já fechou as datas para osprincipais eventos esportivos de 2007, que começa no diaprimeiro de abril com a Corrida da Saúde. Nos dias 25 e

26 de maio será realizado o“Aberto de Atletismo”. Em junhoocorrem os Inter-cursos, queinicia-se com a disputa no Futsal,de 11 a 16 do mesmo mês. Emseguida serão realizados osInter-cursos de handebol, noperíodo de 20 a 25 de agosto. Dosdias 24 a 29 de setembro ocorreo torneio de voleibol. E para os

adeptos da natação, o campeonato será realizado no dia20 de outubro. Finalmente, para fechar o ano, o Inter-cursos de basquete ocorrerá de 22 a 26 de outubro.

Os alunos que quiserem participar podem obter maisinformações sobre a programação e as inscrições nasecretaria do Curso de Educação Física, no bloco T, sala2T05. Ou pelo telefone: 3319 8833.

Eduardo Idaló7º período de Jornalismo

Se você tiver interesse emparticipar de alguns dostorneios disputados nauniversidade, fique ligado!

Academia abre matrículas no dia 5 de fevereiro

Em junho de 2007 começam os Jogos Inter-cursos

Fotos: Eduardo Idaló

Curso de Educação FísicaBloco T, sala 2T05

Telefone: 3319 8833

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Além de promover a vidacultural no Campus, PAEtambém busca melhorqualidade de vida aosalunos da Universidade

Se você acabou de chegar na faculdade, estádeprimido, longe dos pais e cheio de problemas...Não se preocupe, o Plano de Atenção ao

Estudante (PAE) pode te ajudar! Esta iniciativa temcomo objetivo apoiar os alunos da Universidade deUberaba, de forma que suas dificuldades na vivênciauniversitária sejam solucionadas. O Plano conta comvários projetos e programas ligados a cursos oferecidospela Universidade, tais como em Administração,Arquitetura, Biomedicina, Comunicação, Computação,Direito, Educação Física, Farmácia, Fisioterapia,Fonoaudiologia, Medicina, Medicina Veterinária,Nutrição, Odontologia, Psicologia, Serviço Social eTerapia Ocupacional, entre outros.

De acordo com as estatísticas do PAE, houve umsignificativo aumento de encaminhamentos de cincoanos atrás até os dias de hoje. Em 2001, o número totalde alunos direcionados foi de 394; em 2006, cerca de2.215 foram atendidos. Em primeiro lugar, com 1.394encaminhamentos feitos nesse ano, está o programa deatenção em Medicina, que oferece atendimento nosambulatórios da Uniube e em regime de urgência. Paraser atendido, o aluno deve dirigir-se à sala do PAE epreencher um encaminhamento com seus dadospessoais. Em seguida, já pode se dirigir ao Clínico Geralda Universidade, que recebe os estudantes no Bloco S,sala 2S102, de segunda à sexta, das 7h30 às 22h30. Casoo problema do aluno não esteja ao alcance desseprofissional, o estudante pode ser encaminhado para oCampus Centro, Hospital Universitário e para a UnidadeBásica de Saúde (UBS).

Segundo Clarice Santana, alunado segundo período de Biomedicina,o serviço médico que o PAE ofereceé eficiente, pois, assim como ela,diversos estudantes moram emrepúblicas e não têm umacompanhamento dos pais paracertas emergências. Logo, “além desolucionar o problema, o programaainda acolhe o estudante”, diz.

O programa de atenção em Odontologia, osegundo mais procurado em 2006, com 344atendimentos, proporciona aos alunos da Universidadetratamento odontológico de urgência e para todos ostipos de dores; confecção de provisórios estéticos;reestabelecimento estético de dentes anteriores eorientação de noções básicas de manutenção da saúdebucal e prevenção. Vale a pena conferir, pois até o seusorriso ficará mais atraente! A estudante do segundo

Acolhida universitária

O PAE écomo um paiPlano de Atenção ao Estudante preocupa-secom as necessidades cotidianas dos alunos

AUniversidade de Uberaba desenvolveu em 2006,através do PAE, diversos projetos de interação

cultural entre alunos, docentes e funcionários. O planoconta com o Projeto “Céu Aberto”, onde sãodesenvolvidas atividades culturais, recreativas,esportivas e artísticas. Além disso, existe o programa“Nós que aqui estamos”, onde um professor, de qualquerdisciplina, ensina aos estudantes assuntos diversosdaquele que usualmente leciona.

Outro projeto é o “ARS Nova”, uma programaçãoartístico-cultural de alunos e funcionários. Essasatividades geralmente são realizadas nos intervalos dasaulas, com duração de 15 minutos. Nelas, os alunospodem cantar, dançar ou realizar perfomances criativas.Essas práticas ainda valem créditos, que são validadosnas atividades complementares. Para se inscrever, bastaprocurar a equipe do PAE. É interessante citar o projeto“Ti-Vi-Vídeo”. Este consiste em sessões de filmes,exibidos nos diversos anfiteatros da Uniube. No final decada exibição, um professor debate com a platéia oassunto do filme.

Além de promover a interação cultural, o PAEtambém busca melhor qualidade de vida aos alunos daUniversidade. Para isso, são oferecidos no bloco Tatividades esportivas, como musculação, capoeira,esportes de quadras, ginástica de academia e diversostipos de dança. Também é disponibilizada uma piscinapara natação, porém, os interessados nessa práticaesportiva devem primeiramente procurar o ambulatórioda Universidade e passar por um exame médico paraobter um atestado médico.

Projetos tornamvida universitáriamais interessantee divertida

Cultura para todos

período de Veterinária, Francielle Aparecida, conta queprecisou desse serviço com urgência, pois necessitavaextrair os 4 dentes de siso. Ela diz que pegou umencaminhamento e se dirigiu à Clínica Odontológica daUniube, onde foi rapidamente atendida.

O Programa de atenção em Psicologia obteve grandedemanda em 2006: foi o terceiro mais procurado,contando com 196 alunos encaminhados pelo PAE. Osprofissionais ouvem a queixa apresentada pelo aluno eo orienta em relação a alguma crise que esteja

interferindo em seu desempenhoescolar, social ou afetivo. AlanCarlos da Silva, coordenador doPAE, diz que o diferencial do planoestá no atendimento nas áreas desaúde e no acolhimento dosalunos. Alan Carlos conta aindaque os problemas mais comuns vãodesde alunos que enfrentamdificuldades de relacionamento e

de adaptação, a estudantes dependentes de substânciasquímicas, e que até já foram presos. Por fim, além dessese de diversos outros programas, o PAE está presente paraatender ocorrências isoladas emergenciais, que requerema interferência e atenção da Universidade, juntamentecom os pais dos alunos.

Carla de Matos RibeiroLetícia Kelly Lemos

3º período de Jornalismo

O programa de atenção em Odontologia proporcionatratamento de urgência para todos os tipos de dores

Neuza das Graças

Plano de Atenção ao Estudante ( PAE)Bloco B, sala 2B11

[email protected]. 3319 8888

www.uniube.br/acad/discente/pae

O ex-aluno de Direito, Carlos Walter (acima),e o músico Sérgio Mendes foram um dos destaquesnas apresentações musicais na Uniube

Divulgação

PAE estimula música, artes ecinema através de diversosprogramas permanentes

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Parabéns! Você, querido aluno novo, acabou depassar no vestibular e está pela primeira vez naUniversidade de Uberaba. Agora, prepare-se para

conhecer um lugar que será seu destino em muitasocasiões durante o curso que escolheu: a biblioteca.Vamos lá?

Aproxime-se do imenso prédio que se encontra à suafrente, assim que você chega naUniube. Não tenha medo... Entrepela porta de vidro. Você está nohall de entrada; nesse grandeespaço, sempre haverá um eventodiferente: uma exposição dequadros, esculturas ou trabalhos,um lançamento de livros. À suadireita, há alguns caixas eletrônicos(em caso de necessidade, se vocêtiver uma conta, é claro) e um corredor adiante que levaaos sanitários. À sua esquerda, você avista um pequeninocorredor que leva ao anfiteatro: acredite, você iráparticipar de muitas palestras e exibições de filmes ali;poderá até apresentar alguns trabalhos de disciplina. Bemno meio do hall, você verá a entrada da biblioteca em si.

Não repare na porta com sensores, é para evitar –horror! – extravio de livros. Se você estiver com uma

Tudo o que você semprequis saber sobre a biblioteca…

Seus estudos

(…mas tinha vergonha de perguntar)

mochila, uma bolsa ou uma sacola, procure o funcionáriono balcão: ele lhe dará uma chave, onde você colocaráseus objetos num pequeno compartimento de um grandearmário de aço, chamado escaninho, para sua segurançae comodidade. Agora sim, passe pela catraca (não váperder a chave, viu?); observe que há uma sala defotocópias à direita, além da primeira entrada para o

acesso direto aos livros. O grandebalcão ao centro é onde você faráo seu registro para o empréstimode obras. O que é preciso para seregistrar? Segundo a recepcio-nista da biblioteca Alessandra daSilva Ribeiro, basta mostrar umdocumento com foto e criar umasenha.

Mais ao fundo, há um espaçocom sofás e algumas revistas e folhetos, além da segundaentrada para as estantes e uma escada. Falaremos destamais adiante; continuemos nossa exploração do andartérreo. Aqui você vai encontrar uma variedade de livros,dicionários e enciclopédias para pesquisar. Nem todos, noentanto, podem ser levados para empréstimo – dicionáriose enciclopédias, livros com apenas um exemplar e com adesignação “exemplar um” só saem através de empréstimo

especial. Os demais livros estão liberados nos seguintestermos; quatro dias de empréstimo para os livros didáticos– ou seja, específicos das disciplinas de cada curso –, equinze dias para os livros de literatura, é o que nos informaAlessandra. Para qualquer dúvida, é só chamar umfuncionário, que o atende prontamente.

Continuando nosso passeio, no andar térreo há umespaço com mesas e cadeiras para grupos de estudo(respeitando o silêncio), mas há também mesas para estudoindividual e computadores para pesquisa da localizaçãodos livros nas estantes.

O lado esquerdo do térreo é reservado a trabalhosacadêmicos, obras de referência e reserva de livros, tudoorganizado e informatizado. Passemos agora ao andarsuperior... subindo as escadas você encontrará um grandeespaço com mais mesas para estudo. Além disso, háestantes com vídeos e DVDs para empréstimo (um diasomente...); há ainda uma sala para assistir a algum filmerelacionado às atividades acadêmicas. Para usar oscomputadores é preciso criar uma senha – pois há diasem que o movimento é grande – junto aos atendentes dobalcão. Atrás deste, há um espaço para periódicos –jornais, revistas e publicações acadêmicas. Estes nãopodem ser emprestados, mas podem ser lidos no local.

Bem... basicamente esta é a biblioteca da Uniube.Lembrando que ela funciona de segunda a sexta, das7h10 às 22h45; e aos sábados das 8h10 às 18h. Não atrasea entrega dos livros; a multa é de R$1 por dia. Para pagaressa multa, o usuário deve comprar selos especiais nalivraria localizada no próprio Campus.

É isso. Aproveite bem seu tempo de universitário, enão se esqueça que a biblioteca será um dos lugares maisimportantes de sua formação acadêmica. Bons estudos!

Elizabeth Zago3º período de Jornalismo

Aproveite bem seu tempo deuniversitário! E não se esqueçaque a biblioteca será um doslugares mais importantes desua formação acadêmica Acervo de DVDs está disponível para empréstimo

Biblioteca conta com espaço confortável para estudos individuais e em grupo

Fotos: Mário Sérgio

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O acervo em Braille foicriado em 2000, tendo emvista a crescente demandade estudantes portadoresde deficiência visual

ABiblioteca Central da Uniube é um espaço quefornece grandes oportunidades aos alunos e àcomunidade. Tem um ambiente agradável que

não oferece somente livros para seus freqüentadores,pois toda sua estrutura é planejada para proporcionarum estudo confortável a todos. O aluno André Adriano,do 5º período de Fisioterapia, diz estudar somente nabiblioteca, porque acha o lugar mais calmo e, portanto,melhor para se concentrar.

Um dos destaques entre os ser-viços especiais da biblioteca é oacervo em Braille. Esta seção foicriada em 2000, tendo em vista acrescente demanda de estudantesuniversitários portadores de váriosgraus de deficiência visual. Segundoa bibliotecária responsável peloacervo, Rosemar Rosa, o objetivo épossibilitar aos usuários deficientesvisuais mais acesso e facilidade em seus estudos. Rosemarconta que existem 139 títulos e 512 exemplares em Braille,que são traduzidos pela professora Cleonice Castor, coma ajuda de voluntários. Todos os deficientes visuais sãoinformados da existência do setor Braille ao efetivarem amatrícula, e o regulamento de empréstimo é o mesmo doacervo geral: a única diferença é que a categoria deficientevisual pode ficar com o material por 15 dias.

Seus estudos

Biblioteca conta comdiversos serviços especiaisConheça a variedade de setores desse espaço que será sua “segunda sala de aula”

O Centro de Documentação Mário Palmério,localizado no final do corredor, é um espaço de preservaçãoe organização dos documentos pessoais do escritor efundador da Uniube. Lá estão catalogadas centenas defotografias, recortes de jornal e vários outros tipos deregistros interessantes – como os diários que escreveu naAmazônia, os discursos que proferiu na Câmara Federalnos anos 1950 e diversas anotações. Segundo Cristiane

Ferreira, coordenadora do MemorialMário Palmério, os pesquisadoresinteressados em consultar a docu-mentação devem agendar pelo e-mail [email protected].

No setor de referência, o univer-sitário encontra apoio na elaboraçãode trabalhos acadêmicos. Asbibliotecárias orientam o aluno naelaboração de referências biblio-gráficas, favorecem o intercâmbio

bibliográfico e promovem cursos de normatização. Paraisso, basta agendar um horário neste setor. No site daBiblioteca, o aluno encontra obras de apoio aos usuários,editadas pela biblioteca como o Guia do Usuário, oManual de Orientação para Trabalhos Técnico-Científicos e Referências Bibliográficas e a Apresentaçãode Trabalhos Acadêmicos de Acordo com as Normas deDocumentação da ABNT: Informações Básicas.

Na Biblioteca existem dez salas especiais paraestudos em grupo. Elas são disponibilizadas para nomínimo quatro pessoas e, no máximo, oito. O grupo devesolicitar na recepção da biblioteca uma reserva, nomomento em que for utilizar a sala.

O pavimento superior é composto pela sala da direçãoda biblioteca, pela sala de coleções especiais e tambémpela sala de vídeo. No mesmo pavimento há o setor deperiódicos, as instalações individuais com micro-computadores, uma mapoteca e outra área de leitura. Asala de coleções especiais tem seu acervo composto porobras raras (que são obras datadas antes de 1850); obrasantigas (que são de 1850 a 1960) e obras preciosas, quepodem ser contemporâneas ou antigas, mas que, poralgum motivo, se tornam importantes: por exemplo,obras autografadas, de edições limitadas, periódicosantigos, etc. “Ao consultar no sistema e constatar quelivro está disponível no acervo da biblioteca, se elepertencer às ‘Coleções Especiais’, a pesquisa indicará”,explica a bibliotecária responsável pelo acervo decoleções especiais, Márcia Palhares. “Então, é precisoque o interessado me procure a fim de marcar umhorário para consultar o acervo.” Isso porque é precisoalguns cuidados especiais para utilizá-lo, como asupervisão de um funcionário, luvas e jalecos. Oscuidados precisam ser tomados tanto para o bem-estarda pessoa, quanto para a preservação da obra. A maioriadas obras existentes no acervo pertenceu à bibliotecapessoal de Mário Palmério, fundador da Uniube. Eoutras obras foram doadas à Biblioteca Central pormembros da comunidade.

O setor de periódicos, também localizado nopavimento superior, tem como bibliotecária responsávelRejâne Silva. Ela diz que o setor é constituído porperiódicos nacionais e internacionais, de todas as áreasrelacionadas aos cursos, além de jornais e revistasjornalísticas, como a Veja, Isto É e a Folha de S. Paulo,por exemplo. Rejâne diz que os periódicos são adquiridosatravés de assinaturas, doações ou troca com outrasinstituições. “A revista jurídica Unijus, do curso de Direitoda Uniube, que há dois anos passou a ser semestral, fazpermuta com 350 instituições”, acrescenta Rejâne.

As estantes dos periódicos são dispostas em ordemalfabética, e o aluno recebe orientação sobre a localizaçãodos títulos, se necessário. O acervo deste setor só podeser consultado na biblioteca, mas o usuário pode tirarcópias depois de receber autorização no balcão. Cada setordispõe de uma bibliotecária responsável e funcionáriospara dar informações. A diretora da biblioteca, DirceMaris, destaca que todas as informações podem serfacilmente encontradas na página on-line da biblioteca.

Larissa Carvalho2º período de Jornalismo

Márcia Palhares, responsável pelo setor de obras raras, esclarece sobre os cuidados necessários ao manuseio do acervo

Biblioteca Central da UniubeCampus Aeroporto

Tel. 3319 8892www.uniube.br/institucional/biblioteca

Mário Sérgio

Revelação - Fevereiro de 2007 9

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Se você que está lendo este texto agora é calouro,então não pare e vá até o final! Vou contar-lhecoisas que podem “salvar sua vida” acadêmica! A

Uniube, seguindo recomendações do MEC, adota no 1ºperíodo uma disciplina chamada Metodologia doTrabalho Científico, dentro da grade curricular para o1º período. Ficou assustado? Não precisa. Este é umcomponente curricular não-presencial, que você faz pelaInternet. São apenas cinco encontros presenciais comos professores ao longo do semestre.

O objetivo da Metodologia é prepará-lo para realizaros trabalhos acadêmicos com as normas técnicas daABNT que os professores exigirão de você até o seuúltimo dia de aula nesta universidade. Os encontrosacontecem no ambiente Teleduc, que é um espaço virtualque você tem que acessar “toda semana” para participardas atividades. Esses encontros valem nota eproporcionam uma interação entre várias pessoas quefazem o mesmo curso que você.

Atenção, calouro, leia isso: se lhe disserem poraí que Metodologia do Trabalho Científico não dádependência, é mentira, dá sim! É preciso ficar atento!Além disso, é preciso saber que o conteúdo é pagotambém.

Os professores da disciplina, Valeska Guimarães,Raul Rezende e Fábio Rocha, expõem a importância do

Seus estudos on-line

Se eduquepara o TeleducPlataforma virtual oferece oportunidadese desafios para o processo de aprendizagem

estudo da Metodologia na aprendizagem. “Você podefazer seu próprio horário de estudo, tem oportunidadede familiarizar-se com as novas tecnologias, interagir esocializar tanto em termos de pessoas como deconteúdos, além de diversificar os ambientes de estudoe desenvolver autonomia”, relata o professor Raul.

A maior dificuldade encontrada pelos professoresem ministrar o conteúdo é a falta de conhecimento dosalunos em relação ao funcionamento da plataformavirtual. “Ainda vivemos um grande entrave cultural:muitos alunos nunca vivenciaram nenhuma atividadedesse tipo, e não o valorizam como as outras disciplinas”,enfatiza Fábio Rocha.

Segundo a professora Valeska Guimarães, estecomponente curricular é o único que oferece umprofessor à disposição para tirar dúvidas, presencial ouvirtualmente, das 7h30 às 22h30, no bloco Z. Noentanto, muitos alunos nem sabem disso. “Infelizmente,a falta de conhecimento sobre a importância do conteúdopara a realização dos TCCs, monografias e outros só élembrada no final do curso quando todos estão buscandoajuda para fazer tudo nas normas da ABNT”.

Ana Paula Jardim Santos3º período de Jornalismo

@ Participar de todos os encontros presenciais obrigatórios;

@ Acessar e participar semanalmente do Ambiente Teleduc;

@ Dedicar um horário semanal para os estudos do conteúdo;

@ Não deixar de procurar o professor ou preceptor em caso de dúvida.

Dicas para sair bem emMetodologia Científica pelo Teleduc

Para conhecer o Teleduc, acesse: www.uniube.br/teleduc

Foto: Eduardo Idaló / Montagem: Luiz Carlos Vieira

Vai dar tudo certo!

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Horário de intervalo entre uma aula e outra;corredor cheio de gente, algumas pessoassentadas no chão formam pequenas rodas. De

longe, avisto um grupo animado e alguns conhecidos.Marcella Borges Dib me convida a sentar com o resto

da turma. Ela está cursando o 2° período de Direito.Pergunto se ela já participou do ambiente Teleduc: elabalança a cabeça afirmando que sim, mas, faz cara dequem não gostou e, com uma dicção baixa e arrastada,balbucia: “Nossa, quase tomei pau”. Marcella me contaque fez o curso pelo Teleduc no 1° período e que só ficousabendo que tinha que acessar a página, responder aosfóruns e preencher perfil através dos amigos de sala. Elafala que não achou o curso benéfico e não conseguiu tirarproveito algum: Marcella diz que o teor do conteúdoseria melhor absorvido pelos alunos se a matéria fossepresencial.

Felipe Vendramini, um dos garotos que estavam naroda, também faz o 2° período de Direito. Segundo ele,deveria ter alguém responsável por passar em todas assalas e em todos os cursos para avisar e orientar sobre oambiente Teleduc. Ele sugere que lembretes com o inícioe o término dos fóruns deveriam ser enviados por recadospara a página do aluno; assim, ficaria mais fácil saber osdias corretos das atividades e, então, o risco de esquecerde acessar o Teleduc diminuiria bastante, acredita.

De repente, todo mundo ficou em silêncio.Então, perguntei ao Felipe se esse descontentamentocom o curso a distância não seria a falta deresponsabilidade ou de atenção do próprio aluno, poiso ambiente virtual oferece aos estudantes aoportunidade de escolher os dias para realizar asatividades, desde que dentro das datas estipuladas. Elefalou que sim – que talvez esse fosse um dos motivos dedescontentamento. “Acho que é porque muitos de nósviemos direto do ensino médio e estávamos acostumadosa ter os professores sempre por perto, cobrando de nósnossas próprias obrigações”.

Fabiana Trindade Rabello, estudante de TerapiaOcupacional, conta que, como seu curso é anual, acessouo Teleduc durante todo o ano. Fabiana é contrária aoradicalismo de oposição ao Teleduc que Marcella Borges

Seus estudos on-line Munyque Fernandes

Para Fabiana Trindade, estudante deTerapia Ocupacional, o fato de ter umamatéria não-presencial não é problemaalgum e, sim, motivo para redobrar aresponsabilidade e começar a fazer ascoisas por si só, sem precisar de teralguém cobrando o que é dever do aluno.

expressa. Para Fabiana, o fato de ter uma matéria não-presencial não é problema algum e, sim, motivo pararedobrar a responsabilidade e começar a fazer as coisaspor si só, sem precisar de ter alguém cobrando o que édever do aluno. Para ela, talvez um dos problemas sejaaté mesmo a comunicação da diretoria do curso com osalunos sobre como administrar essa matéria sem correro risco de ficar de dependência; mas, ainda assim, elanão isenta a responsabilidade que o aluno tem que tercom o Teleduc.

Marcélly Milhomem Mendes3 ºPeríodo de Jornalismo

O espaço virtualentre o alunoe a informação

O espaço virtualentre o alunoe a informaçãoProposta do Teleducé incentivar disciplinae responsabilidade pessoalcom os estudos acadêmicos

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Ao ingressar na universidade, geralmente, oestudante ainda não tem noção de como suaparticipação pode ser importante para o bom

andamento de seu curso. As responsabilidades dosuniversitários começam logo no início, com a escolhado representante de classe. Tudo parece ser muito fácilà primeira vista, mas o fato é que a escolha não é umatarefa assim tão simples. O representante de classe é apessoa que irá falar em nome da turma perante outrosórgãos, como Colegiado, o Diretório Acadêmico (DA), oDiretório Central Estudantil (DCE) e até mesmocoordenações do curso, fazendo reclamações, buscandomelhorias ou até mesmo dando sugestões.

A melhor forma de eleger seu representante éconhecer a pessoa antes, identificar-se com ela, nãoapenas por uma amizade, mas por seus objetivos, porsua vontade de correr atrás de melhorias e interagir comos colegas. O aluno deve mostrar-se comprometido comos estudos, interessado na qualidade de sua formaçãoacadêmica e consciente de que deve ser um exemplo paraa turma. Muitas vezes, da mesma forma que os políticoscorruptos, maus alunos se candidatam para o cargo derepresentantes apenas para conquistar prestígio e usaro cargo para algum proveito pessoal. Isso provoca

Representantes de sala precisamser exemplos para a turmaUniversitários devem participar ativamente para melhorar a qualidade de sua formação

distorções graves na representatividade, pois toda aturma sai prejudicada quando um “mala”, que tira notabaixa e atrapalha as aulas, vai “reclamar” ou “exigir” dosprofessores qualidade de ensino...

Outro órgão importante para o bom desempenho doscursos, e que também é escolhido pelos própriosestudantes, é o Diretório Acadêmico (DA). Na Uniube,há aproximadamente 25 DAs, sendo que em cada umdeles atuam cerca de 13 pessoas, sendo distribuídasfunções – como, por exemplo, diretoria cultural, social,de esportes, entre outros –, tudo isso para melhor aten-der às necessidades do curso e de seus estudantes. Opapel destes integrantes é buscar melhorias para seusrespectivos cursos e promover atividades culturais e de

lazer, tais como festivais de música, teatro e cinema;além, é claro, das tradicionais festas universitárias. ODA é como uma voz ativa no curso, são pessoas quedevem dedicar-se para o bem comum.

As eleições, tanto para representante de classe, quantopara o DA, variam de um curso para o outro. Algumas sãorealizadas anualmente; outras, semestralmente, o que nãominimiza o valor de uma boa escolha. “As pessoas não têmnoção da dimensão da importância desses representantespara eles”, é o que diz a estudante, representante de classee do DA do curso de Direito, Rochelle Gutierrez.

Por tudo isso, é de extrema importância que os alunosuniversitários se preocupem em conhecer os candidatos,as chapas inscritas e, principalmente, suas propostas,projetos e objetivos a serem alcançados. Da mesmaforma que na política devemos escolher bons represen-tantes, estudantes devem estar atentos aos DAs. Quandoestudantes escolhem maus alunos como representantesde turma, todos perdem. Cursos com movimentosestudantis conscientes e interessados em qualidade deensino só têm a ganhar.

Danielle Maia3º período de Jornalismo

O Colegiado é o órgão máximo do curso que atua frenteàs diferentes solicitações do aluno. Constituído por oitomembros – diretor, assistente pedagógico, cinco docentese um discente – o órgão existe para contribuir na propostapedagógica do curso. Sua função é auxiliar no cumprimentodo projeto pedagógico visando sempre à formação doaluno. Dentre suas atribuições está a formulação político-pedagógica do curso; orientação e elaboração de projetos;aprovação de planos de ensino dos professores e a decisãosobre a reaplicação de atividades perdidas pelo aluno.

As reuniões normalmente acontecem duas ou trêsvezes por semestre e, em caso extraordinário, osmembros são convocados com até 48 horas deantecedência. A reunião é presidida pelo diretor e sãodiscutidas melhorias para o curso e requerimentos dealunos. Tais solicitações são analisadas de acordo comos fatores que influenciaram o não comparecimento doaluno no dia estipulado para a execução das atividades,podendo o pedido ser deferido ou não. O resultado épassado ao aluno pelo assistente pedagógico do curso.

É o caso da universitária Patrícia Silva Carvalho, 1°período de Biomedicina, que só veio a conhecer oColegiado após requerer uma segunda chamada deprova. “Soube da existência do Colegiado quando perdi

O curso em suas mãos

Cuidado: da mesma forma que ospolíticos corruptos, existem mausalunos que querem ser representantesapenas para conquistar prestígioe usar o cargo para proveito pessoal

Colegiado contribui para a melhoria do cursoInstância congrega representantes de professores e alunos para decidir sobre questões pedagógicas

a prova. A professora falou que eu teria que recorrer aoconselho para que meu pedido fosse analisado eaprovado”, conta Patrícia.

O Colegiado tem papel fundamental na elaboração dosplanos de ensino dos professores. De acordo com a diretorado curso e presidente do Colegiado de Biomedicina, MariaTereza Laguna, o plano de ensino é elaborado com base noprojeto pedagógico do curso e apresentado pelosprofessores como um compromisso de como as disciplinasserão desenvolvidas no decorrer do semestre. Cabe aosmembros avaliar e deferir; caso contrário, o professordeverá modificar os pontos reprovados.

Para o graduando em Biomedicina e representantedo corpo discente no Colegiado, Antonio Nunes Neto,as reclamações acolhidas com mais freqüência peloColegiado são com relação à didática dos professores eà avaliação complementar aplicada pela instituição nofinal do semestre. “Em se tratando de didáticapedagógica, existem várias reclamações a esse respeito.Tem professor que, sem lâmina, não sabe explicar amatéria”, acrescenta Neto.

Antonio Neto, além de representar o corpo discenteno Colegiado, é membro do Diretório Acadêmico (DA).Segundo ele, as eleições para integrar os órgãos DA,

Diretório Central Estudantil (DCE) e Colegiado são feitasanualmente. Mas podem variar de acordo com oregimento de cada curso. A eleição é feita para escolheros integrantes do DA e, logo após, seus membroselegerão um integrante para representar os discentes noColegiado. “A diretoria prefere um integrante dodiretório acadêmico pelo fato de já estar envolvido como movimento estudantil, estar por dentro da didática;dos problemas do curso”, diz.

Mas o representante não precisa ser membro do DA. Oaluno que estiver interessado em assumir o compromissopoderá procurar o Diretório Acadêmico; estes irão analisare eleger o candidato que melhor poderá representar todosos alunos no Colegiado. As decisões tomadas peloColegiado são difundidas entre os representantes de sala ecabe a estes levá-las aos demais alunos.

Os integrantes dos órgãos DA, DCE e Colegiado sãobeneficiados no programa Atividades Complementares.Sua atuação é creditada no Piac. “Devemos participardos órgãos não somente para ganhar créditos, mas paraajudar na melhoria do curso”, finaliza Neto.

Naire Carvalho3º período de Jornalismo

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Você passou no vestibular e está ansioso para,enfim, aprender a profissão que escolheu.Surgem, então, algumas perguntas:

– Será que é isso mesmo que eu quero?– Vale a pena fazer o que se gosta?– Vou arrumar um emprego nessa área?É aí que entra em cena o estágio, que pode ser tanto

uma boa opção para conhecer a carreira escolhidaquanto uma forma de entrar no concorrido mercado detrabalho. É... Pode ser... Para isto, é preciso compreendê-lo melhor.

Existem, basicamente, dois tipos de estágios: ocurricular obrigatório, com a carga horária e períodoinicial estipulados pela equipe pedagógica de cada curso;e o não obrigatório, sendo opcional e geralmenteremunerado. O valor da remuneração (ou bolsa-auxílio)é fixado por cada empresa. O aluno pode também fazeruma espécie de estágio não obrigatório de férias – umaboa opção, por exemplo, para cursos multiperiódicos.Kátia Melo, técnico-administrativa do Programa deEstágio da Uniube (Proest), aconselha dar entrada nospapéis, com antecedência mínima de dois meses, para oestágio de férias.

O Proest é um programa de monitoramento deestágios de acordo com as normas da legislaçãobrasileira, que coordena os quarenta e três cursosministrados pela Uniube. Cristina Scoda, assistenteadministrativa do projeto, esclarece que o site doprograma disponibiliza vagas para estágios em todas asáreas: para acessá-lo, é só entrar na página do aluno nosistema da Uniube pela Internet e clicar no ícone doProest. Para tornar-se um possível estagiário aprovadopelas empresas conveniadas, ela dá a dica: acesse apágina no mínimo uma vez por semana e mantenha seucurrículo sempre atualizado, com uma foto recente.

O Proest mantém contatoscom instituições que fazem aponte entre empresas euniversidades. FredericoMarinho, diretor regional doCentro de Integração Empresa eEscola (CIEE) em Uberaba,afirma que o aluno tem que terresponsabilidade com o estágiona empresa contratante e podeentrar em contato com o centro se sentir-se lesado porela. Declara, ainda, que o estágio ideal é aquele que nãoatrapalha os estudos e nem a teoria, e sim complementaa formação.

Adriana Pereira, assistente pedagógica do curso deEnfermagem, chama a atenção para o trabalhovoluntário como forma dos iniciantes respeitarem ehumanizarem a profissão que ela define “como a arte de

cuidar”. Mônica Gomes Oliveira, aluna do oitavo períodode Enfermagem, afirma que o estágio lhe proporcionouautoconfiança, flexibilidade, espírito de equipe e valoreshumanos. “Ele me fez ver que essa profissão é realmenteo caminho que eu quero seguir na minha vida”.

O professor de medicina Joaquim Pereira reforça comseus alunos a importância de umateoria sólida aliada a um estágioconsciente. Ele defende apromoção de saúde da família echama atenção para a importânciada atualização constante. Para ele,“a medicina é bonita, ampla,apaixonante, ela vale a pena...”.

Estágio não é emprego.Marco Antônio Nogueira, diretor do curso deAdministração de Empresas, observa que o mercado detrabalho está muito seletivo. “Se o mercado tem ofertas,não significa que elas são suas: vocês têm que sequalificar.” Ele ressalta ainda que “estágio não éemprego”. Segundo a legislação, as empresas só podemcontratar cada aprendiz por, no máximo, dois anos,renovando o contrato de seis em seis meses.

Alunos devem ficar atentos e saber discernir estágiode emprego. Há empresas que, em vez de contratarprofissionais graduados, acabam constituindo grandeparte do corpo de funcionários com “estagiários” quetrabalham além do permitido pela legislação e ganhamum salário muito baixo. Esse tipo de exploração dotrabalho é ilegal e não contribui para a formaçãoprofissional. Além disso, corrompe o mercado de trabalho,pois, nessas condições, o estagiário de hoje torna-se odesempregado de amanhã: a empresa acostumada commão-de-obra barata não costuma contratar umprofissional qualificado por um salário justo.

Para Marco Antônio Nogueira, desde que devidamenteregulamentado, o estágio contribui para auxiliar aformação de profissionais com espírito empreendedor ecom embasamento para melhorar a competitividade dasempresas. E para finalizar, lembra-se de uma frase domestre da administração Peter Drucker que poderia sermuito bem aplicada na escolha de um estágio ou naconstrução de uma carreira: “Não existe um país rico oupobre: existe um país bem o mal administrado”.

Mônica Freitas3º período de Jornalismo

Estagiar ou nãoestagiar, eis a questão...

Seu futuro emprego

Os dilemas entre a formação universitária e experiência profissional no mercado de trabalho

O Proest é um programada Uniube de monitoramentode estágios de acordo com asnormas da legislação brasileira

Mário Sérgio

Programa de Estágio ( Proest )Bloco I, sala 2I12, Campus Aeroporto

[email protected]. 3319 8957

www.uniube.br/institucional/proreitoria/proes/proest

Alunos devem ficar atentos, pois “estágio” e “emprego” não são a mesma coisa.

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Dez e vinte, dez e vinte e cinco, dez e meia... amultidão se aglomera. Sob aquela extensacobertura de concreto, vários cursos se reúnem

e se misturam. À distância, iluminam os primeiros faróis:com a aproximação já se pode distinguir o ônibus dalinha “Cássio Rezende”. É só o veículo parar e osindivíduos, já excitados, entram na lotação e seguem emdireção aos seus distinos lares doces lares.

Cada “ida e vinda” uma história, boa ou ruim, masuma história. Marco Antônio Brito, estudante da Uniube,pega todo dia o ônibus da linha Cássio Rezende. MasMarco Antônio “de fato” é morador do bairro CássioRezende – ou seja, seu trajeto casa-Uniube e vice-versarouba exatamente uma hora de suas vinte e quatro. Jánão bastasse aquela uma hora de viagem, Marco afirmaque o ônibus atrasa muito. “Um dia desses, saí de casamais cedo para pegar o ônibus e mesmo assim chegueiem sala de aula vinte minutos antes de terminar oprovão. Possivelmente vou pegar dependência por causado Cássio Rezende”, lamenta-se, com indignação. Britonão pára por ai: ele garante que andar nestes ônibus éum problema: tem que saber esperar.

Para evitar dores de cabeça é preciso analisarbem as opções de linhas e horários para, a partir daí,criar soluções e fazer adaptações. Às vezes, é melhoroptar por algum ônibus que passe mais tarde do quepegar um que dá “dor de cabeça”.

Thassiana Macedo, aluna de Jornalismo, sabe bemo que é esta dor de cabeça. A estudante passou por umepisódio bastante interessante, intitulado por ela de:“Dia de cão”. Bolsista na Uniube, a estudante faz estágiono INSS pela manhã. Depois de almoçar, corre todos osdias para a praça Rui Barbosa para pegar o ônibus. Umcerto dia, conseguiu sair no horário e pegar o coletivobem cedo. Mas logo que subia pela rua Tristão de Castro,o ônibus que a levava bateu de leve num carro queestacionava bem no começo da rua. Após interditar apassagem por um bom tempo, o motorista resolveuestacionar e esperar o fiscal chegar para conferir oestrago, que era mínimo. “Fiquei super chateada, poisía chegar atrasada. Felizmente, uns minutos depois,passou outro ônibus que ía para a Uniube, mas por outrocaminho. Subi nele e acreditei que iria chegar logo.” Maseis que em uma das rotatórias perto da Igreja MedalhaMilagrosa o motorista fez a curva muito fechada, quasetombando o veículo, e os passageiros ouviram umbarulho. Um deles, que não era de Uberaba, gritou: “Mastambém, esse motorista dirige parecendo que tácarragendo um bando de porco”. Encostado o ônibus,descobriu-se que um dos parafusos que prendem o eixoda roda havia voado longe. “Não tinha como sairmos, emuito menos pegarmos um outro ônibus tão cedo. Umadas moças que estava no primeiro ônibus conseguiu quea mãe a buscasse, e outras três pegaram carona com ela”,

Ônibus: ame-o ou deixe-oA luta diária dos alunos com seu principal meio de transporte

Vida de estudante

relata a estudante. Uma hora depois de quase ter searrebentado no poste, um “novo” coletivo, que saíra desua rota original, foi buscar quem estava preso ali. Finalda história: Thassiana chegou às 16h, sendo que seuhorário era às 14h.

O ex-aluno da Uniube, Fábio Costa, temexperiências diferentes. Ele só lembra de histórias boase relata o que percebia nas diferentes pessoas quecirculavam no veículo diariamente; das mocinhasespevitadas pelo rapaz bem aparentado às leitoras eleitores de obras importantes da literatura brasileira.Mas já que muitos dos exemplos são de contratempos,à exceção de Fábio, algumas sugestões podem fazer do

seu tempo “perdido” um momento útil. Nas idas evindas, carregue um livro ou um caderno a tiracolo:estudar ou se inteirar de assuntos de interesse geral,ou até mesmo a matéria estudada em sala de aula,nunca é demais. Para relaxar e não cair na rotina,alterne os dias de leitura com uma boa música; paraisto, vale carregar um discman, um aparelho de mp3ou qualquer similar. Já nos dias de maior estresse, nãoreceie em desabafar com o vizinho de banco: assim vocêpode descobrir um grande amigo.

Andar de ônibus pode parecer chato, monótono.Saber utilizar o tempo livre é fundamental. Crieestratégias de horários, faça, do dia-a-dia, diasdiferentes. Observe, analise, estude o ambiente. Se comonosso personagem Marco, você andar de ônibus umahora por dia, andará aproximadamente 252 horas emum ano letivo; num curso de cinco anos são por volta de1260 horas. Tempo suficiente para fazer três pós-graduações, ou vinte cursos de atualização, ou oitentacursos de capacitação. Isso sem contar com as esperasnos pontos, dos atrasos e outros acidentes de percurso…

Tarcisio Luciano Candido3º período de Jornalismo

Se você andar de ônibus uma horapor dia, serão aproximadamente252 horas em um ano letivo;num curso de cinco anos gastará porvolta de 1260 horas. Tempo suficientepara fazer três pós-graduações...

Luiz Carlos Vieira

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Omercado de trabalho está cada vez mais exigentequanto à formação superior ou profissional; asempresas não contratam mais somente pela sua

experiência de trabalho; o candidato a uma vaga em umemprego deve ter, no mínimo, um diploma degraduação. Com isso, o interesse em fazer umauniversidade aumenta. Apesar da necessidade, nemtodos têm condições e tempo de freqüentar dia a dia umbanco de universidade; outros, não possuem umainstituição de ensino superior mais próxima à suacidade. É nesse quadro que a Universidade de Uberaba(Uniube), além de oferecer os cursos no ensinopresencial, promoveu o Educação a Distância (EAD).

Novas perspectivas da educação

Universidadesem sair de casaEducação a Distância promete revoluçãono acesso ao ensino superior de qualidade

EAD é uma idéia recente em todo Brasil. Na Uniube,existe há cinco anos. O projeto pioneiro da Uniube naárea de EAD foi o Veredas, ofertado em Belo Horizonte,com o curso de Normal Superior, em 2001. No final de2005, se expandiu para Uberaba e algumas cidades doEspírito Santo, com o curso de Pedagogia.

Mas o EAD fez bastante sucesso, despertando ointeresse de várias pessoas. Com isso, surgiu anecessidade de ampliar o sistema, aumentar aquantidade de cidades que possuem a parceria com aUniube e expandir as opções de cursos. Hoje, a maioriados Estados brasileiros tem pólos (local onde ocorremos encontros) da Uniube, que oferece 14 tipos diferentesde cursos.

No EAD, é o próprio aluno quem monta o melhorjeito de estudar; organiza seu tempo de estudo, de acordocom a sua profissão. Normalmente, ocorre um encontropresencial mensal com o professor. Durante o tempo emque o aluno não está na universidade, ele estuda em casa

com apostilas oferecidas pela Uniube. Caso haja algumadúvida sobre o conteúdo do curso, ele pode se dirigiraté o seu pólo e esclarecer tal duvida com o preceptor(intermediário entre o aluno e o professor). Mesmoexistindo um profissional especializado para atender osalunos com dúvidas, a aluna do curso de administração,Alessandra Matias de Oliveira Carlo, do pólo de Uberaba,alegou que falta mais interação entre o aluno e oprofessor. A universitária sugeriu que fosse marcado umdia em que os alunos pudessem conversar com oprofessor on-line.

Para ser um aluno EAD, é necessário dedicar-secontinuamente, esforçar-se muito e ser bastanteaplicado às informações prestadas pelos professoresespecializados no ensino a distância. “Estudo, em média,15 horas semanais”, diz Alessandra. A professora docurso de Letras e Pedagogia, Helena Borges Ferreira,diz estar bastante satisfeita com os alunos do EAD. “Asaulas rendem e, com certeza, a maioria dos alunosestarão aptos para o mercado de trabalho como os doensino presencial.”

O EAD está superando as expectativas e cresce a cadaprocesso seletivo. A desconfiança de que o sistema nãodaria certo não existe mais. Os alunos do ensinopresencial podem cursar, ao mesmo tempo, o ensino adistância, desde que o estudante se adapte aos doiscursos. É importante ressaltar que, ao final do curso, osalunos à distância receberão um diploma idêntico aoensino presencial, sem qualquer menção diferenciada,visto que os conteúdos aplicados aos dois sistemas sãoos mesmos.

Geórgia Queiroz3º período de Jornalismo

Luiz Carlos Vieira

No EAD é o próprio aluno quemmonta o melhor jeito de estudar;organiza seu tempo de estudo,de acordo com a sua profissão

Para ser um aluno no EADé necessário dedicar-secontinuamente, esforçar-semuito e ser bastante aplicadoàs informações prestadas pelosprofessores especializadosno ensino a distância.

“Estudo, em média, 15 horassemanais”, diz Alessandra.

Ensino a Distância (EAD)Tel. 0800 9402444

[email protected]/institucional/copese/ead

Universidade de Uberaba estruturou pólos em diversas localidades no Brasil

Revelação - Fevereiro de 2007 15

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