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UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DOM BOSCO - UNDB
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
HIGOR TESSARO LAGO
SISTEMA DE REVESTIMENTO CERÂMICO ADERIDO EM FACHADA:
racionalização e controle do desperdício no canteiro de obra
São Luís
2014
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HIGOR TESSARO LAGO
SISTEMA DE REVESTIMENTO CERÂMICO ADERIDO EM FACHADA:
racionalização e controle do desperdício no canteiro de obra
Monografia apresentada ao curso de Graduação emEngenharia Civil da Unidade de Ensino Superior DomBosco como requisito para obtenção do grau de Bacharelem Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Dr. Claudemir Gomes de Santana
São Luís
2014
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Lago, Higor Tessaro
Sistema de revestimento cerâmico aderido em fachada: racionalizaçãoe controle do desperdício no canteiro de obra. /Higor Tessaro Lago.__ SãoLuís, 2014.
55f.Orientador (a): Claudemir Gomes de SantanaMonografia (Graduação em Engenharia Civil) - Curso de Engenharia
Civil - Unidade de Ensino Superior Dom Bosco, 2014.
l. Revestimento cerâmico 2. Cerâmica - fachada 3. Revestimento
cerâmico - desperdício I. Título
CDU 691.5
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HIGOR TESSARO LAGO
SISTEMA DE REVESTIMENTO CERÂMICO ADERIDO EM FACHADA:
racionalização e controle do desperdício no canteiro de obra
Monografia apresentada ao curso de Graduação emEngenharia Civil da Unidade de Ensino Superior DomBosco como requisito para obtenção do grau de Bacharelem Engenharia Civil.
Aprovada em: ____/___/2014.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________Prof. Dr. Claudemir Gomes de Santana (Orientador)
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB
____________________________________________
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB
____________________________________________
Unidade de Ensino Superior Dom Bosco - UNDB
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Ao Senhor dos Exércitos, por seu amor e
grandiosidade. A minha mãe, pelo amor incondicional
e responsável pelo meu caráter. Ao meu pai, meu
espelho de honra e trabalho. A milha esposa Nayra
Lemos e de maneira especial reservado a mim, a
princesa Lívia Maria.
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AGRADECIMENTOS
Primeira e exclusivamente a Deus, pelas oportunidades, lutas, vitórias, família,misericórdia, perdão, erros, acertos, compaixão, ao Deus que tudo realiza, que tudo edifica e
que tudo transforma.
Ao meu orientador, professor e doutor Claudemir, pela participação efetiva neste
trabalho.
A minha família, que apesar de tudo, sempre me ensinou a “familiar”, a construir e
transmitir aos meus próximos o verdadeiro sentido de se ter uma família.
Aos caríssimos, Arthur Jorge, Arthur Henrique, Leonardo Jorge e Mario Brazil, pela oportunidade de engenhar, e acima deste, poder contar com seu profissionalismo e
amizade.
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“Por isso eu digo: Necessário, somente o necessário,
o extraordinário é demais”.
Mogli: O menino lobo
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RESUMO
Este projeto tem como objetivo a análise do desenvolvimento da atividade de revestimentocerâmico aderido em fachada (RCAF), a fim de promover um plano de ação gerencial para o
controle do desperdício de materiais, e consequentemente, de gastos durante a execução da
mesma, através da aplicação do ciclo planejar, desempenhar, checar e agir (PDCA). A
metodologia utilizada baseou-se em pesquisa bibliográfica e de campo exploratória,
proporcionando tanto informações significativas quanto resultados comprobatórios. Dessa
forma, conclui-se que, além do planejamento, a transparência dos procedimentos entre todos os
envolvidos para a execução do revestimento cerâmico aderido em fachada é essencial, pois,mais difícil que obter resultados plausíveis é conscientizar o pessoal de obra. Não obstante, é
preciso conhecer todas as etapas, eventos e insumos, para assim, traçar soluções que diminuam
o desperdício atacando as falhas do processo, ações estas, comprovadas por ensaios de
resistência, que otimizaram consideravelmente a atividade, e sobretudo, abatendo custos e
aumentando a qualidade do produto final.
Palavras-chave: Revestimento cerâmico. Desperdício. Ciclo PDCA.
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ABSTRACT
This project aims to examine the development of the activity of ceramic coating adhered tofacade (RCAF) in order to promote management action plan for the control of waste materials,
and consequently spending during the execution of the same by the application of planning
cycle, play, check and act (PDCA). The methodology used was based on a literature review and
exploratory field, providing much meaningful information as corroborative results. Thus, it is
concluded that, in addition to planning, transparency of procedures among all stakeholders for
the implementation of ceramic coating adhered in front is essential, therefore, more difficult to
obtain plausible results is to educate personnel work. Nevertheless, one must know all the steps,inputs and events, thus, trace solutions that reduce waste attacking process failures, these
actions, evidenced by the strength tests, which greatly optimized the activity, and above all,
slaughtering costs and increasing the quality of the final product.
Keywords: Ceramic coating; Waste; PDCA Cycle.
Keywords: Ceramic coating. Waste. PDCA cycle.
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LISTA DE FOTOGRAFIAS
Fotografia 1 – Equipamento de mistura e preparo de argamassa colante em obra .................. 20
Fotografia 2 – Carrinho plataforma, utilizado para o transporte das cerâmicas e argamassas . 23
Fotografia 3 – Deposito de armazenagem das cerâmicas ......................................................... 24
Fotografia 4 – Descarregamento de argamassa colante na obra ............................................... 24
Fotografia 5 – Armazenamento das argamassas colantes ........................................................ 25
Fotografia 6 – Armazenamento de rejunte ............................................................................... 25
Fotografia 7 – Paginação cerâmica aprumada .......................................................................... 28
Fotografia 8 – Limpeza do emboço para retirada das partículas soltas .................................... 29
Fotografia 9 – Umedecimento do emboço ............................................................................... 29
Fotografia 10 – Local de armazenamento dos sacos de argamassa .......................................... 30
Fotografia 11 – Equipamento de mistura e preparo da argamassa colante e rejunte ................ 30
Fotografia 12 – Aplicação de argamassa na parte posterior da placa cerâmica (tardoz) .......... 31
Fotografia 13 - Desempenadeira utilizada para aplicação da argamassa no emboço ............... 31
Fotografia 14 – Detalhe das duas aplicações da argamassa no emboço ................................... 32
Fotografia 15 – Aplicação das placas cerâmica........................................................................ 32
Fotografia 16 – Detalhe da aplicação ....................................................................................... 33
Fotografia 17 – Retirada e limpeza do excesso de argamassa colante para futura aplicação do
rejunte........ ............................................................................................................................... 33
Fotografia 18 – Umedecimento das juntas entre as placas cerâmicas ...................................... 34
Fotografia 19 – Aplicação da argamassa de rejunte ................................................................. 35
Fotografia 20 – Remoção do excesso de rejunte após a aplicação ........................................... 35
Fotografia 21 – Acabamento frisado ........................................................................................ 36
Fotografia 22 – Limpeza superficial das placas. ...................................................................... 36
Fotografia 23 – Obra edifício Gran Torino, Avenida dos Holandeses - Ponta d’Areia, São Luis-
MA................ ............................................................................................................................ 37
Fotografia 24 – Vista lateral esquerda da obra Gran Torino .................................................... 38
Fotografia 25 – Obra que ovacionou a elaboração do plano de ação (Edifício Malibu) .......... 39
Fotografia 26 – Falta da paginação no projeto de fachada causa muitos recortes das placas
cerâmicas... ............................................................................................................................... 41
Fotografia 27 – Armazenamento improvisado no canteiro, aumentando o risco de quebra .... 41
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Fotografia 28 – Desorganização no deposito de cerâmicas ...................................................... 42
Fotografia 29 – Desperdício nos recortes e do retorno dos mesmos ao almoxarifado para
reaproveitamento ...................................................................................................................... 42
Fotografia 30 – Falha na execução da atividade, ocasionando perdas e aumento de custo ..... 43
Fotografia 31 – Argamassa colante com tempo de cura ultrapassado. ..................................... 43
Fotografia 32 – Vários pontos de desperdício de argamassas (rejunte e colante) .................... 44
Fotografia 33 – Retira de argamassa colante curada ................................................................ 44
Fotografia 34 – Falhas de mecanismo da masseira ou balancim causam perdas no rejunte .... 45
Fotografia 35 – Perdas de argamassa colante na aplicação das cerâmicas na fachada ............ 45
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Ciclo de vida do projeto .......................................................................................... 15
Figura 2 – Componentes do revestimento RCAF ..................................................................... 17
Figura 3 – Aplicação de tela metálica em fachada ................................................................... 19
Figura 4 – Aplicação de tela de fibra de vidro em fachada ...................................................... 19
Figura 5 – Aplicação de tela de fibra de vidro em fachada ...................................................... 21
Tabela 1 – Usos específicos e características de avaliação das placas cerâmicas .................... 21
Tabela 2 – Etapas do processo construtivo de revestimento cerâmico aderido em fachada .... 27
Gráfico 1 – Comparação dos resultados do ensaio de resistência a tração das obras Gran Torinoe malibu....................... ............................................................................................................. 49
Gráfico 2 – Comparação em ordem crescente da resistência a tração nas fachadas das obras
Gran Torino e Malibu ............................................................................................................... 50
Gráfico 3 – Valores da resistência a tração nas fachadas das obras Gran Torino e Malibu
justapostas.. ............................................................................................................................... 50
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14 2 CICLO PDCA ...................................................................................................... 15
2.1 Inserção do PDCA no processo construtivo .......................................................... 16
3 COMPONENTES DA ATIVIDADE DE REVESTIMENTO CERÂMICO
ADERIDO EM FACHADA ................................................................................................... 17
3.1 Base ou alvenaria de vedação ................................................................................ 18
3.2 Chapisco ................................................................................................................ 18
3.3 Tela metálica .......................................................................................................... 18 3.4 Tela de fibra de vidro ............................................................................................. 19
3.5 Emboço .................................................................................................................. 20
3.6 Argamassa de assentamento ou colante ................................................................. 20
3.7 Placa cerâmica ....................................................................................................... 20
3.8 Juntas ..................................................................................................................... 21
3.9 Argamassa colante ................................................................................................. 21
4 DESCRIÇÃO DO PROCESSO CONSTRUTIVO ........................................... 22
4.1 Definições e conceitos da NBR 13755/1996 ......................................................... 22
4.2 Transporte e armazenamento ................................................................................. 23
4.3 Etapas do processo construtivo .............................................................................. 27
5 DESCRIÇÃO E ENVOLTÓRIA DAS OBRAS ............................................... 37
6 DESPERDÍCIO DE MATERIAIS: O PROCESSO CONSTRUTIVO EM
QUESTÃO ............................................................................................................................... 40
7 PLANO DE AÇÃO PARA CONTROLE DE GASTOS E DESPERDÍCIO DE
MATERIAIS ........................................................................................................................... 46
7.1 Implantação do plano de ação................................................................................ 48
7.2 Análise dos resultados de ensaio a tração nas fachadas das obras ........................ 49
8 CONCLUSÃO ...................................................................................................... 52
REFERÊNCIAS ................................................................................................... 53
ANEXOS ............................................................................................................... 54
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1 INTRODUÇÃO
A indústria da construção civil é reconhecida como uma das atividades estruturantesmais importantes no desenvolvimento de um país, e que, simultaneamente, gera ao ano
toneladas de resíduos sólidos. A essa ambiguidade, dá-se duas consequências graves, uma
econômica, pois gera obras com o custo final mais alto que o esperado, e outra ambiental, pois
esse material muitas vezes é despejado em locais impróprios. Há diversas causas para este
problema, segundo Grohmann (1998, p. 02), “O desperdício advém, ou se origina de todas as
etapas do processo de construção civil, que são: planejamento, projeto, fabricação de materiais
e componentes, execução e uso e manutenção [...]”. O autor Grohmann (1998, p. 04), aindadestaca que o entulho de obra sai da mesma sem nenhuma perspectiva de utilização futura,
englobam as sobras de concreto, argamassa, ferro, blocos de cerâmica, etc. Muitas construtoras
preferem fazer uma nova compra do material, em virtude de rapidez, do que investir na
reciclagem do material que foi desperdiçado.
De acordo com o Pinto (2005, p. 06), o setor da construção civil possui um grande
desafio: “Como conciliar uma atividade produtiva desta magnitude com as condições que
conduzam a um desenvolvimento sustentável consciente, menos agressivo ao meio ambiente?
[...]”. Sem dúvidas é uma pergunta que instiga os construtores e órgãos responsáveis, por ser
uma questão bastante complexa que requer grandes mudanças culturais e ampla
conscientização.
Durante a execução da obra uma preocupação econômica quanto ao desperdício dos
materiais é bastante preocupante, pois, além de onerar os custos da obra, estes resíduos são
lançados ao meio ambiente sem quaisquer políticas públicas para o correto destino dos resíduos
gerados, podendo gerar multas e encargos a empresa responsável. Nesta fase da obra, é
imprescindível que se tenham cuidados para evitar o desperdício de materiais, objetivando uso
de insumos, e gerando, assim, ganhos econômicos para o construtor. Para tanto, há a
necessidade de uma minuciosa avaliação em todas as etapas do processo construtivo, para se
descobrir onde está acontecendo as falhas e traçar planos para executa-lo.
O revestimento cerâmico aderido em fachada possui como principais insumos, a
placa cerâmica, a argamassa colante e a argamassa de rejunte. A partir da análise do processo
construtivo desta atividade e das medidas de planejamento nas obras do Edifício Gran Torino
e Edifício Malibu, localizadas na Avenida dos Holandeses, Ponta da Areia, na cidade de São
Luís, Maranhão, serão desenvolvidas soluções (plano de ações) que ataquem as falhas do
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processo que causam o desperdício dos principais materiais. Conhecidos as soluções aplicar-
se-á os métodos de implantação dessas medidas corretivas, pois, mais difícil que obter
resultados, é alcançar a conscientização e mudanças de hábito do pessoal de obra. Através dosconceitos do ciclo PDCA, será abordado sua aplicação na atividade em questão e destacando
suas vantagens e resultados plausíveis na obra do Edifício Gran Torino, tendo como palco para
a observação e apontamento dos pontos deficientes na obra do Edifício Malibu.
2 CICLO PDCA
Segundo Mattos (2010, p. 37), o ciclo PDCA é o conjunto de ações ordenadas einterligadas entre si, dispostas em um círculo em que cada quadrante corresponde a uma fase
do processo.
Figura 1 – Ciclo de vida do projeto
Fonte: Mattos (2010, p. 37).
O ciclo nos mostra que o planejamento é somente uma etapa do processo. Ter um
bom planejamento não garante 100% de sucesso na execução dos serviços. Por isso é necessária
uma ação conjunta e desenvolvida de todas as fases. Segundo Mattos (2010, p. 38), são elas:
Planejar – É a parte teórica do processo onde é preciso haver um conhecimento
detalhado de tudo em relação ao projeto (tipos de materiais e equipamentos disponíveis,
quantidade de mão de obra e capital investido) para assim desenvolver uma metodologia e um
cronograma para aquela obra especificamente.
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Desempenhar – Com o planejamento definido, agora é colocar tudo em prática.
Informar as tarefas e os prazos para os encarregados e garantir que o material e equipamento
sejam suficientes para a devida execução da atividade sem interferências. Checar – É a averiguação para se garantir que a execução das atividades está
sendo realizada como que foi planejado. É uma parte importante do processo, pois reúne
informações vitais que vão ajudar a mostrar as falhas e os acertos do planejamento.
Agir – Como a identificação das falhas do processo há necessidade de colocar
em prática as ações corretivas para garantir a plena execução do que foi determinado no
planejamento. Se não existir necessidade de implantação de ações corretivas essa etapa pode
ser considerada uma possibilidade de redução do prazo da obra.
Mattos (2010, p. 37), destaca o início do ciclo PDCA:
O ciclo PDCA foi desenvolvido originalmente por Walter Shewart, na década de1920, mas ganhou notoriedade com Edwards Deming na década de 1950. Deming éo autor dos famosos princípios do Gerenciamento da Qualidade Tota (TQM) [...](MATTOS, 2010, p. 37).
O autor Campos (2004, p. 17), destaca que quando o ciclo PDCA é utilizado paraqualificar melhorias, o cabeças de determinada atividade possuem grandes responsabilidades
no seu desenvolvimento, e dessa maneira, buscar por padrões de qualidade.
2.1 Inserção do PDCA no processo construtivo
Através da análise e estudo dos projetos de fachada do edifício foi estabelecido um
planejamento que une o processo construtivo a programação da obra, a fim de determinar a previsão para o consumo dos materiais em questão: placa cerâmica, argamassa para
revestimento de fachada e rejunte, assim como um breve cronograma das atividades. A equipe
técnica, responsável por esse planejamento inicial, baseou-se em sua experiência no ramo.
Assim o próximo passo será a apresentação do processo construtivo aos
funcionários habilitados, que de acordo com as normas de relações da empresa, a equipe técnica
repassa aos seus encarregados de obra e auxiliares, e esses aos pedreiros e seus ajudantes. Com
o devido acompanhamento e aferição da execução do revestimento cerâmico aderido, vão se
destacando os resultados do objetivo da atividade.
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A partir do acompanhamento de todo o processo construtivo, desde o transporte até
a execução final, pode-se obter o registro dos pontos de falhas do processo, ou seja, em qual
momento do desenvolvimento da atividade o desperdício e o aumento de custos são efetivos.Dessa forma, um novo planejamento de medidas corretivas deve ser implantado, reiniciando o
ciclo.
3 COMPONENTES DA ATIVIDADE DE REVESTIMENTO CERÂMICO ADERIDO EM
FACHADA
O sistema de revestimento cerâmico aderido em fachada (RCAF) é composto
pelos seguintes componentes:
Base (alvenaria de vedação);
Chapisco;
Tela metálica;
Tela de fibra de vidro;
Emboço;
Argamassa de assentamento (ou colante);
Placa cerâmica;
Juntas;
Argamassa de rejunte.
Figura 2 – Componentes do sistema RCAF
Fonte: Elaborado pelo autor.
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3.1 Base ou alvenaria de vedação
De acordo com a NBR 13755 (1996, p. 02), a base, ou alvenaria de vedação no casodo RCAF, é um substrato formado por superfície plana de paredes, que podem ser compostas
pelos seguintes materiais: concreto moldado in loco, concreto pré-moldado, alvenaria de tijolos
maciços, alvenaria de blocos cerâmicos, alvenaria de blocos vazados de concreto, alvenaria de
blocos de concreto celular e alvenaria de blocos sílico-calcáreos.
Conforme Thomaz (2009, p. 04) a alvenaria de vedação é constituída pelo
assentamento de tijolos maciços com uma argamassa, tendo a função de suportar apenas o seu
peso próprio e outras cargas que supostamente possam a ocorrer, como redes, prateleiras,armários, etc, além de servir de base para o RCAF.
3.2 Chapisco
O chapisco ou camada de chapisco tem a finalidade de proporcionar maior
rugosidade na superfície da base, aprimorando a união para aplicação do emboço, sendo
produzido pela mistura de cimento e areia. Segundo Fiorito (2009, p. 24), o chapisco resulta em
uma camada extremamente áspera e irregular, criando ancoragens mecânicas para melhor
aderência das próximas camadas a base. Nas obras do Edifício Gran Torino e Malibu, a
argamassa de chapisco é curada no período de três dias com aspersão de água duas vezes ao
dia.
3.3 Tela metálica
Após a execução da camada de chapisco, tem-se a aplicação de telas metálicas, que
tem a função de reforçar o revestimento como um todo, prevenindo contra patologias ou
movimentações da estrutura. Perante o manual de execução, Duailibe (2010, p. 11), nos
encontros das estruturas de concreto com a alvenaria (pilar x alvenaria) é necessário a aplicação
de tela galvanizada malha 1” fio 22.
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Figura 3 - Aplicação de tela metálica em fachada
Fonte: Elaborado pelo autor.
3.4 Tela de fibra de vidro
A tela de fibra de vidro é aconselhável para garantir a distribuição de tensões em
vergas e contravergas, geralmente instaladas em vãos de janelas ou basculantes. A seguir temoso detalhe da sua aplicação.
Figura 4 - Aplicação da tela de fibra de vidro em fachada
Fonte: Elaborado pelo autor.
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3.5 Emboço
De acordo com Duailibe (2010, p. 13), o emboço tem a função de absorvermovimentações e acomodações da base, regulariza-la para garantir a planeza da superfície da
base e servir como suporte para as placas cerâmicas. A NBR 7200 (1998, p. 06) determina que
este tipo de argamassa não deve ser aplicado em ambientes com temperatura inferior a 5°C e
em temperatura superior a 30°C, mantendo a superfície úmida pelo menos nas 24 horas iniciais.
3.6 Argamassa de assentamento ou colante
A NBR 13755 (1996, p. 02) define a argamassa colante como uma mistura
constituída de aglomerantes hidráulicos, agregados minerais e aditivos, que possibilita, sendo
preparada em obra com a adição exclusiva de água, a formação de uma pasta viscosa, plástica
e aderente.
Fotografia 1 – Equipamento de mistura e preparo de argamassa colante em obra
Fonte: Acervo do autor.
3.7 Placa cerâmica
De acordo com Ambrozewicz (2012, p. 319), a cerâmica é uma pedra artificial
gerada pela moldagem, secagem e cozimento de materiais contendo argilas, contendo
baixíssima absorção.
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As placas cerâmicas devem atender a NBR 13818 (1997, p. 07), a seguir temos as
características físicas que devem ser avaliadas em função da aplicação ou uso específico.
Tabela 1 – Usos específicos e características de avaliação das placas cerâmicas
Usos Características
Fachadas, piscinas e saunas Expansão por umidade
Pisos industriais Resistência ao impacto
Pisos antiderrapantes Coeficiente de atritoLareiras e assemelhados Dilatação térmica e choque térmicoPisos Carga de ruptura e expansão por umidadeAmbientes externos em regiões sujeitas aneve e geada, em câmaras frigoríficas
Resistência ao congelamento
Fonte: NBR 13818 (1997, p. 07).
3.8 Juntas
De acordo com a NBR 13755 (1996, p. 03) as juntas são divididas em: juntas de
assentamento, sendo o espaço entre duas placas cerâmicas adjacentes, juntas de movimentação e
dessolidarização, dividindo os revestimentos para aliviar as tensões e por fim as juntas estruturais,
cujo objetivo é aliviar as tensões da estrutura de concreto.
3.9 Argamassa de rejunte
Segundo a NBR 14992 (2003, p. 03), a argamassa de rejunte é uma mistura
industrializada de cimento Portland e outros componentes homogêneos e uniformes, para
aplicação nas juntas de assentamento de placas cerâmicas, classificada segundo o ambiente de
aplicação e requisitos mínimos.
Figura 5 - Tipos e requisitos mínimos para argamassas de rejunte
Fonte: NBR 14992 (2003, p. 05).
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Para Ambrozewicz (2012, p. 342), o rejuntamento consiste no preenchimento das
juntas entre placas cerâmicas, e deve ser aplicado pelo menos três dias após o assentamento das
cerâmicas.
4 DESCRIÇÃO DO PROCESSO CONSTRUTIVO
Neste item será apresentado todo o processo executivo de fachada em sistema de
revestimento cerâmico aderido, seguindo o planejamento de execução, armazenamento e
transporte, traçado pela equipe de engenharia responsável referente a esta atividade, assim como
a apresentação da norma brasileira NBR 13755/1996 (Revestimento de paredes externas efachadas com placas cerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento).
4.1 Definições e conceitos da NBR 13755/1996
De acordo com a NBR 13755 (1996, p. 02), algumas definições são aplausíveis para
melhor entendimento e aferição do leitor, entre elas:
3.1 revestimento externo: Conjunto de camadas superpostas e intimamente ligadas,constituído pela estrutura-suporte, alvenarias, camadas sucessivas de argamassas erevestimento final, cuja função é proteger a edificação da ação de chuva, umidade,agentes atmosféricos, desgaste mecânico oriundo da ação conjunta do vento e
partículas sólidas, bem como dar acabamento estético.3.2 argamassa colante: Mistura constituída de aglomerantes hidráulicos, agregadosminerais e aditivos, que possibilita, quando preparada em obra com a adição exclusivade água, a formação de uma pasta viscosa, plástica e aderente.3.4 desempenadeira de aço denteada: Ferramenta utilizada na aplicação daargamassa colante, fabricada em chapa de aço com espessura de cerca de 0,5 mm(chapa 26) e dimensões aproximadas de 11 cm x 28 cm, tendo reentrâncias (dentes)em dois lados adjacentes, com cabo preso por rebites no sentido longitudinal e no
centro da peça.3.6 tardoz: Face da placa cerâmica que fica em contato com a argamassa deassentamento. (NBR 13755, 1996, p.02)
Quanto a execução da atividade a norma NBR 13755 (1996, p. 03) destaca que os
serviços devem ser iniciados após terem sido concluídas as etapas de canalização de água e
esgoto (devidamente embutidas), elementos caixas de passagem de instalações elétricas ou
telefone e marcos, contramarcos e batentes (fixados).
Além de outros serviços, a norma NBR 13755 (1996, p. 03) prever que para a
execução do revestimento, deve ser certificado se a quantidade de placas cerâmicas existentes
na obra é suficiente, tendo-se uma margem de sobra para cortes. O emboço também deve estar
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concluído após um período de no mínimo 14 dias de cura, com superfície sarrafeada e
acabamento áspero, limpa, sem trincas e alinhada.
Na produção das argamassas colantes a norma NBR 13755 (1996, p. 05) especificaque cada fabricante deve indicar a quantidade de água (em litros) a ser adicionada na massa da
embalagem. No seu preparo mecânico, caso das obras Edifício Gran Torino e Malibu, a água
deve ser colocada em um balde, e sob agitação do misturador, ir acrescentando o pó até obter a
argamassa sem grumos. O emprego da argamassa deve ocorrer no máximo até 2 horas e 30
minutos após seu preparo.
Ao rejuntamento, a norma NBR 13755 (1996, p. 07) especifica que este deve ser
iniciado 3 dias, no mínimo, após o assentamento das placas. As juntas devem estar isentas desujidades, resíduos e poeiras, antes da aplicação deve-se umedecer as juntas entre as placas e a
aplicação feita com desempenadeira de borracha para não danificar as placas.
4.2 Transporte e armazenamento
Os insumos chegam até a obra através do transporte rodoviário, em carretas ou
caminhões, todos apoiados sobre paletes, aqueles, encaixotados ou ensacados e embalados. O
descarregamento é feito no portão da obra, e os materiais são transportados, pelos carrinhos
plataformas de quatro rodas, conhecido como plataforma, até os depósitos específicos.
Fotografia 2 - Carrinho plataforma, utilizado para o transporte das cerâmicas e argamassas
Fonte: Acervo do autor.
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A plataforma é um dos meios de transporte dentro do canteiro de obras que permite
o carregamento de consideradas quantidades e possui grande mobilidade.
As cerâmicas possuem seu próprio deposito, sendo que toda a cerâmica utilizadaficar armazenada no próprio canteiro, como mostram as figuras abaixo:
Fotografia 3 - Deposito de armazenagem das cerâmicas
Fonte: Acervo do autor.
As argamassas e o rejunte ficam armazenadas dentro do próprio almoxarifado, junto
com outros materiais, e são organizados em local estratégico para sua retirada. O almoxarifado
é localizado em frente ao portão da obra, o caminho para descarregar é consideravelmente curto,
o que diminui o tempo que o caminhão ocupa o canteiro da obra e consequentemente melhora
o espaço de locomoção dos outros materiais.
Fotografia 4 – Descarregamento de argamassa colante na obra
Fonte: Acervo do autor.
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Como mostra a acima, o descarregamento também é facilitado pelas plataformas
que auxiliam os carregadores no transporte.
Fotografia 5 – Armazenamento das argamassas colantes
Fonte: Acervo do autor.
O rejunte fica armazenado paralelo as argamassas colantes, a fim de facilitar a sua
retirada e manter o controle de estoque.
Fotografia 6 – Armazenamento de rejunte
Fonte: Acervo do autor.
Os insumos são transportados a cada pavimento, isto é, o almoxarife libera a
quantidade estabelecida no planejamento para cada equipe da determinada fachada por
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pavimento. A cada vez que a equipe de pedreiro conclui um pavimento de uma fachada e inicia
outra, os materiais são liberados e transportados pelos próprios pedreiros por um dos guinchos
da obra.O transporte é manual do deposito para o guincho e deste para o balancim. Cada
fachada recebe uma quantidade de caixas, e assim, quando requisitado estas são liberadas.
A compra dos materiais é feita antes do início das atividades de fachada, operação
que foi planejada pela equipe técnica e calculada conforme projeto. Este planejamento inclui
os prazos de compra até a chegada na obra.
Durante o gerenciamento do projeto, uma fase importante é a que diz respeito ao pedido de compra e fornecimento de materiais.Conforme listas de materiais definidas em fase de projeto, cabe ao chefe de obracoordenar a compra dos mesmos, envolvendo prazos de fornecimento, para evitar oacúmulo de materiais no almoxarifado ou mesmo no pátio da obra. (OMODEI,FUJITA, 2002, p. 35).
O planejamento dessa fase da obra é essencial para evitar problemas no canteiro,
sendo que este deve estar preparado para receber os materiais, ou caso a empresa tenha deposito
especifico (fora da obra) para o armazenamento.
O autor Loturco (2012, p. 50), da revista Equipe de Obra, destaca que para tonarmais ágil a movimentação de materiais, o estoque deve ser posicionado perto do local de
descarga de caminhões e do elevador de obra. Porém, como não existem normas ou regras para
a implantação de um layout de obra ideal, o que vale é a experiência do gestor da obra, que
aliado com as características do porte da obra, poderá realizar uma organização de pontos
estratégicos.
1.Localização - o ideal é que o almoxarifado fique próximo de três locais, com aseguinte prioridade: descarga dos caminhões - para agilizar a armazenagem demateriais que chegam direto para o estoque; elevador de carga - para facilitar amovimentação de materiais que são transportados apenas no momento do uso; eescritório - devido ao contato entre o mestre de obras e o almoxarife.Preferencialmente, deve ficar no subsolo, protegido de intempéries.2. Uso imediato - para diminuir a quantidade de movimentações, o melhor é tentarenviar os materiais diretamente para os andares em que serão utilizados,
principalmente quando o volume deles for muito grande. (LOTURCO, 2012, p. 52).
Com a organização dos pontos estratégicos o próximo desafio é a organização dos
insumos dentro dos seus depósitos, que, se alocados de forma inteligente, podem diminuir
perdas e aumentar a produtividade, como disserta o autor Gerolla (2013, p. 18):
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Para criar um estoque inteligente, Espinelli enumera, em linhas gerais, itens quedevem ser considerados antes do início da construção: que materiais serão recebidosna obra?; em que quantidade eles serão recebidos?; quando e onde serão usados?; emque momento devem chegar? "É preciso tomar decisões sobre como recebê-los, onde
serão estocados, que espaços estarão disponíveis, onde serão processados e quaisartifícios estarão à mão para movimentá-los e processá-los.” (GEROLLA, 2013,
p.18).
Através destas ações, essenciais para o bom andamento do dia a dia da obra,
observa-se, segundo varios autores, que existe uma perda no desperdicio dos materiais, e, por
conseguinte, um aumento da produtividade.
4.3 Etapas do processo construtivo
As etapas do procedimento para o processo executivo de fachada em sistema de
revestimento cerâmico aderido são:
Tabela 2 - Etapas do processo construtivo de revestimento cerâmico aderido em fachada
Etapas Atividade/Serviço1º Lavagem geral da fachada.2º Paginação cerâmica.3º Limpeza da superfície.4º Umedecimento do emboço (pré-aplicação do revestimento).5º Preparação da argamassa colante.6º Aplicação da argamassa colante na placa cerâmica.7º Aplicação de argamassa colante na superfície de emboço.8º Execução do assentamento das placas cerâmicas.9º Controle de nível e prumo das placas cerâmicas.
10º Limpeza do excesso de argamassa colante acumulada entre as placas cerâmicas.11º Limpeza das placas cerâmicas.12º Execução / corte das juntas verticais.13º Limpeza das placas cerâmicas.
14º Umedecimento entre as placas cerâmicas.15º Execução do rejuntamento entre as placas cerâmicas.16º Remoção da argamassa excedente de rejunte.17º Execução do acabamento frisado.18º Limpeza superficial das placas cerâmicas.19º Lavagem geral da fachada.20º Execução do preenchimento das juntas.
Fonte: Elaborado pelo autor.
Para o início da atividade a superfície da fachada (emboço) deve estar devidamente
curada com um espaço de tempo de no mínimo 28 dias, a fim de garantir a aderência do
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revestimento cerâmico e não causar problemas futuros de retração, além de realizado os testes
a percussão.
1ª – Lavagem Geral: a lavagem da fachada mais precisamente do emboço, érealizada após a cura do mesmo (três deias seguidos com aspersão de água) e antes do início
dos serviços de cerâmica. A atividade necessita apenas de água limpa e um jato de pressão.
Essa primeira etapa tem a finalidade de retirar as impurezas ou fragmentos de areia que possam
prejudicar a aderência argamassa colante/placa cerâmica.
2ª - Paginação cerâmica: nesta etapa são requisitadas algumas caixas de cerâmica
que serviram como gabarito para o revestimento. Primeiramente o balancim é posto na
cobertura do edifício (ponto de início do revestimento) para que o pedreiro faça a paginaçãoinicial e posteriormente o mesmo processo é feito na parte inferior da fachada, sendo a
paginação superior devidamente aprumada com a inferior. O prumo é composto por arames e
pesos com restos de argamassa curada em latas de tinta.
Fotografia 7 - Paginação cerâmica aprumada
Fonte: Acervo do autor.
3ª – Limpeza da superfície: o emboço exposto aos intemperes da chuva e do vento,
e até mesmo por sua composição de areia, acumula partículas que podem prejudicar a aderência
da argamassa colante na superfície, evitando que a cola de argamassa penetre nos poros do
emboço. Dessa forma, uma limpeza é necessária, o pedreiro utiliza uma espátula e vassoura de
piaçaba sobre a área onde serão aplicadas as cerâmicas. Este procedimento é realizado sempre
que uma nova área for utilizada, ou repetida, caso a atividade seja interrompida e retomada
novamente após um determinado tempo.
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Fotografia 8 - Limpeza do emboço para retirada das partículas soltas
Fonte: Acervo do autor.
4ª - Umedecimento do emboço (pré-aplicação do revestimento): após a limpeza e
retirada das partículas soltas, o pedreiro deve aspergi água, com uma broxa, diretamente na
superfície. Este procedimento garante uma melhor aderência da argamassa, além de favorecer
no processo de cura da mesma.
Fotografia 9 - Umedecimento do emboço
Fonte: Acervo do autor.
5ª - Preparação da argamassa colante: simultânea a limpeza e umedecimento da
superfície, o ajudante de pedreiro deve providenciar o preparo da argamassa colante. O seu
preparo é feito por pessoa especifica e em local estratégico da obra, neste caso, a masseira,
como é chamado o equipamento mecânico que vira (mistura) a argamassa; está localizada no
8º (oitavo) pavimento, podendo ser deslocada de acordo com as necessidades da obra.
As argamassas e rejunte são preparados neste local especifico (oitavo pavimento),
sendo que, a cada dia de trabalho, determinadas quantidades de sacos de argamassa e rejunte
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são reestabelecidas pelo almoxarife e operador da masseira a medida que são utilizados. O
transporte é feito pelas plataformas e o guincho de obra.
Fotografia 10 - Local de armazenamento dos sacos de argamassa
Fonte: Acervo do autor.
Fotografia 11 - Equipamento de mistura e preparo da argamassa colante e rejunte
Fonte: Acervo do autor.
6ª - Aplicação da argamassa colante na placa cerâmica: esta etapa compreende o
preenchimento da parte posterior da placa cerâmica com a argamassa. O preenchimento é feito
pelo ajudante de pedreiro, e este deve ter cuidado para a quantidade de cerâmicas e o tempo deaplicação.
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Fotografia 12 - Aplicação de argamassa na parte posterior da placa cerâmica (tardoz)
Fonte: Acervo do autor.
7ª - Aplicação de argamassa colante na superfície de emboço: simultânea a
aplicação de argamassa na parte posterior da cerâmica, o pedreiro faz a aplicação da argamassa
na superfície do emboço, tendo o cuidado para a área de aplicação e o tempo de cura. Nesta
etapa é crucial que o pedreiro e seu ajudante estejam atentos ao tempo de cura da argamassa,
pois, o fabricante da mesma determina o seu tempo e estabelece um período de qualidade para
uma correta aplicação.
A aplicação é feita com desempenadeira de aço com uma aresta lisa e outra dentada,
como mostra a figura abaixo:
Fotografia 13 - Desempenadeira utilizada para aplicação da argamassa no emboço
Fonte: Acervo do autor.
Primeiramente o pedreiro lança a argamassa com o lado liso da desempenadeira em
toda a área de aplicação e depois, com mais argamassa, repete a aplicação por toda a área com
o lado dentado da desempenadeira, sempre aplicando os dentes na horizontal. Como ilustra a
figura abaixo:
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Fotografia 14 - Detalhe das duas aplicações da argamassa no emboço
Fonte: Acervo do autor.
8ª - Execução do assentamento das placas cerâmicas: As cerâmicas são aplicadas
na superfície do emboço, seguindo a paginação. O pedreiro as aplica com uma marreta de
borracha, rebatendo até garantir o esmagamento dos cordões que resultaram da desempenadeira
dentada. O alinhamento deve ser garantido e assim aplicam-se todas as outras até o
preenchimento da área de argamassa.
Fotografia 15 - Aplicação das placas cerâmica
Fonte: Acervo do autor.
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Fotografia 16 - Detalhe da aplicação
Fonte: Acervo do autor.
9ª - Controle de nível e prumo das placas cerâmicas: após assentadas, o encarregado
deve conferir o nível e prumo de cada etapa, a fim de verificar falhas e cerâmicas quebradas.
Aqui o profissional deve ter o máximo de atenção para que sejam verificados os alinhamentos
com outros panos de fachada e principalmente com possíveis janelas ou vãos.
10ª - Limpeza do excesso de argamassa colante acumulada entre as placas
cerâmicas: entre as cerâmicas a argamassa fica acumulada e devem ser retiradas para a futura
aplicação do rejunte entre elas. A retirada é feita com algum objeto pontiagudo ou que tenha
proporção justa para o espaçamento entre placas cerâmicas.
Fotografia 17 – Retirada e limpeza do excesso de argamassa colante para futura aplicação do rejunte
Fonte: Acervo do autor.
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11ª - Limpeza das placas cerâmicas: as cerâmicas são limpas pelo próprio pedreiro
ou ajudante, garantindo que nenhum resto de argamassa fique a sua superfície. A limpeza é
feita com uma bucha ou pano, ambos umedecidos.12ª - Execução / corte das juntas verticais: após determinadas as juntas de
movimentação e dessolidarização, são realizados os cortes nos locais das juntas. O corte é feito
com ferramenta de disco, tendo profundidade de 5 cm.
13ª – Limpeza das placas cerâmicas: nessa etapa a equipe de rejunte assume a
frente. Primeiramente é feita uma limpeza para a retirada de sujidades e partículas, já que o
rejunte só pode ser realizado 3 dias, no mínimo, após o assentamento das placas. A limpeza
também é realizada para retirar a poeira gerada pelo corte das juntas.14ª – Umedecimento entre as placas: as juntas entre as placas devem ser umedecidas
antes da aplicação da argamassa de rejunte. Com uma bucha ou broxa encharcada deve-se
aspergir a água sobre as juntas.
Fotografia 18 - Umedecimento das juntas entre as placas cerâmicas
Fonte: Acervo do autor.
15ª – Execução do rejuntamento entre as placas cerâmicas: simultânea ao
umedecimento das juntas, o ajudante deve providenciar a mistura da argamassa de rejunte, feita
por operário especializado (localizado no 8º pavimento). A aplicação do rejunte é feita com
uma desempenadeira de borracha preenchendo todas as juntas por completo, e obedecendo ao
tempo de cura da mesma, tendo o cuidado para não ultrapassar o tempo determinado pelo
fabricante.
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Fotografia 19 - Aplicação da argamassa de rejunte
Fonte: Acervo do autor.
16ª – Remoção da argamassa excedente de rejunte: após a aplicação é feita a retirada
do excesso de argamassa com uma bucha especial. Para facilitar a remoção a bucha é levemente
umedecida.
Fotografia 20 - Remoção do excesso de rejunte após a aplicação
Fonte: Acervo do autor.
17ª – Execução do acabamento frisado: nessa etapa, toma-se o cuidado para não
preencher as juntas de movimentação da estrutura, fazendo-se o acabamento adjacente as juntas.
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Fotografia 21 - Acabamento frisado
Fonte: Acervo do autor.
18ª – Limpeza das placas cerâmicas: afim de retirar o excesso de argamassa da
superfície superior das placas cerâmicas, mais uma limpeza é feita com o auxílio de bucha
umedecida.
Fotografia 22 - Limpeza superficial das placas.
Fonte: Acervo do autor.
19ª – Lavagem geral da fachada: nessa etapa, outra equipe assume a frente do balancim. Agora será feita a lavagem geral da fachada com ácido, bucha e água.
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20ª – Execução do preenchimento das juntas: outra equipe assume o balancim para
o preenchimento das juntas de movimentação com material selante e flexível.
5 DESCRIÇÃO E ENVOLTÓRIA DAS OBRAS
A obra, por nome Edifício Gran Torino, está localizada na Avenida dos Holandeses,
Ponta da Areia, na cidade de São Luís, Maranhão. A edificação é destinada a uso residencial e
possui processos construtivos próprios da empresa, com 17 (dezessete) pavimentos sendo 15
(quinze) pavimentos tipo, com 8 (oito) apartamentos por andar, e 2 (dois) pavimentos de
garagem com área de lazer.
Fotografia 23 – Obra edifício Gran Torino, Avenida dos Holandeses - Ponta d’Areia, São Luis-MA
Fonte: Acervo do autor.
A fachada possui 4 (quatro) tipos de placas cerâmicas sendo 3 (três) tipos com a
mesma dimensão e cores diferentes (branca, verde e marrom) de 12cm x 12cm, 7,5cm x 7,5cm
e outra de 24,5 cm x 7 cm, respectivamente. As fachadas possuem diversificação tanto nas
dimensões como nas cores das placas.
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Fotografia 24 - Vista lateral esquerda da obra Gran Torino
Fonte: Acervo do autor.
Na obra Gran Torino, a atividade de revestimento cerâmico aderido foi executada
aplicando-se o plano de ação aqui proposto, adotando todos os procedimentos da atividade, que
são padrões da empresa. Tal plano foi proposto a fim de diminuir o desperdício dos insumos
envolvidos e manter a qualidade do produto final, proporcionando progresso no histórico da
empresa. Para o elaboração e planejamento desse conjunto de soluções (plano de ação), a obraEdifício Malibu (da mesma empresa) foi o palco que ovacionou tais objetivos, visto que, o
desperdício de insumos e custos finais elevados, foram os principais agentes que inquietaram o
os engenheiros e principalmente o construtor.
Perante a ferramenta de qualidade utilizada para elaboração do plano de ações, o
Ciclo PDCA, temos aqui a primeira etapa deste processo, em que a equipe técnica responsável
tratou-se de estudar a atividade RCFA e definir procedimentos de logísticas de acordo com o
planejamento e cronograma da obra Edifício Malibu. Na primeira etapa, o planejamento é feito
com base nos procedimentos padrões da empresa, que vão desde recebimento de material até
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aplicação da cerâmica na fachada. A partir daí, o próximo passo é apresentar-se as equipes que
iram executar a atividade, informando e motivando tais envolvidos.
Mais importante que transparecer o projeto e executa-lo é aferir e acompanhar aexecução do produto, etapa esta que contempla a terceira fase do plano PDCA. Nesta fase
podemos tanto aferir se todos os procedimentos estão alinhados quanto observar os pontos,
situações ou acontecimentos que de alguma forma prejudique o produto final. Para tal, é
necessário o acompanhamento integral com amostras que comprovem os fatos. Por exemplo,
na aplicação das cerâmicas nos panos de fachada, um encarregado deve, constantemente, fazer
testes de arrancamento a fim de ressaltar se os procedimentos de colagem estão sendo
realizados, informando a seus superiores resultados diários de aplicação.
Fotografia 25 – Obra que ovacionou a elaboração do plano de ação (Edifício Malibu)
Fonte: Acervo do autor.
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Para que o leitor conduza a sua provável crítica de como esse unido de soluções
causaram tais benefícios para a atividade RCFA, foram executados testes de aderência a tração
no produto final. Os resultados obtidos ratificam a eficácia dos novos procedimentos adotadosno plano de ação. A seguir são identificados os pontos deficientes, pontos estes que foram
detectados na aferição/acompanhamento (terceira etapa do ciclo PDCA) da atividade na obra
do Edifício Malibu.
6 DESPERDÍCIO DE MATERIAIS: O PROCESSO CONSTRUTIVO EM QUESTÃO
A partir das etapas do processo construtivo podem-se identificar todos os passosdos insumos utilizados no processo, a que momento ele será requisitado, qual tipo de transporte
até o ponto de trabalho, qual a mão de obra necessária, qual o seu período máximo de aplicação
(tempo de cura, no caso das argamassas e rejuntes), etc..
Com 15 pavimentos tipo, a execução do revestimento da fachada deve,
obrigatoriamente, utilizar andaimes suspensos por cabos de aços, os chamados balancins, onde
os riscos e perdas de materiais são mais significativos, devido as condições em que estão
atrelados, como: dificuldade de acesso tanto de materiais como de mão de obra, interferes e
atrasos devido falhas no deslocamento do andaime (falha comum), perda do tempo de aplicação
das argamassas e queda de materiais.
Segundo Grohmann (1998, p. 02), as perdas se originam de todas as etapas da
construção civil: planejamento, projeto, fabricação, execução e uso. Dessa forma, as perdas
aqui destacadas ovacionam no planejamento da atividade a sua execução.
Os pontos de desperdícios foram todos registrados durante o processo construtivo,
sendo feito o acompanhamento alocado de suas falhas. Porém o primeiro ponto a ser destacado
como falho é justamente direcionado ao projeto de fachada que não possui a especificação da
paginação das placas cerâmicas, sendo que o mesmo é feito na obra. A falta do projeto de
paginação causa muitos cortes na fachada e, por conseguinte, vários problemas de junção,
deixando as fachadas com erros e esteticamente desfavorecidas. Contudo, ainda assim os
problemas podem ser resolvidos aplicando-se algumas técnicas, o que, obviamente, ocasionará
custos adicionais.
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Fotografia 26 - Falta da paginação no projeto de fachada causa muitos recortes das placas cerâmicas
Fonte: Acervo do autor.
No planejamento, outra falha significativa está relacionada na compra dos materiais
em excesso ou em falta. Este problema é muito comum nas obras locais, em que, os construtores
objetivando o lucro, se desfavorecem da folga ideal dos insumos para a execução das atividades.Logo na chegada dos insumos na obra observa-se, no próprio carregamento, que
algumas caixas ou embalagens já veem danificados, ação causada pelas trepidações da viajem.
Isso faz com que as peças soltas sejam armazenadas com algum improviso.
Fotografia 27 - Armazenamento improvisado no canteiro, aumentando o risco de quebra
Fonte: Acervo do autor.
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No armazenamento, observou-se que a falta de organização e controle do
almoxarife, proporciona várias perdas e quebra das placas cerâmicas, as quais possuem seu
próprio deposito e lotes separados. Como mostram as imagens abaixo, os lotes não são escoadosindividualmente, o almoxarife libera determinadas caixas de cerâmicas apenas com o controle
na quantidade, sendo retiradas em lotes diferentes.
Fotografia 28 - Desorganização no deposito de cerâmicas
Fonte: Acervo do autor.
Outro ponto de desperdício é consequência da falta do projeto de paginação. Como
não se tem uma quantidade fixa ou exata do número de caixas que determinada fachada
requisitará, estas são liberadas aos pedreiros em quantidades controladas, em que, o mesmo tem
de voltar ao almoxarifado caso necessite de mais caixas. Esse descaso favorece ao desperdício,
pois, ao requisitar mais caixas de cerâmicas, muitas sobras de recortes são despostas no lixo e
dificilmente, as sobras de cerâmicas inteiras serão devolvidas ao almoxarife.
Fotografia 29 - Desperdício nos recortes e do retorno dos mesmos ao almoxarifado para reaproveitamento
Fonte: Acervo do autor.
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A falha de execução também foi determinada como ponto de desperdício. A mão
de obra desqualificada favorece a erros na execução da atividade, fazendo com que toda ou boa
parte do serviço tenha que ser realizada novamente, desperdiçando insumos e principalmenteaumentando o custo.
Fotografia 30 - Falha na execução da atividade, ocasionando perdas e aumento de custo
Fonte: Acervo do autor.
O tempo de cura das argamassas também causam perdas. É comum que algummecanismo do balancim ou até mesmo da masseira (onde as argamassas são misturadas) falhar,
e assim necessitar de mão de obra especializada para o conserto, passando-se do tempo de cura
das argamassas, tendo de ser desperdiçadas. Além deste, pela falta de observação dos pedreiros
ou rejuntadeiras, em requisitar as argamassas perto do horário de almoço ou termino do dia e
não dar tempo da mesma ser utilizada, e assim, como não se pode adicionar água para retardar
a cura (perdendo suas propriedades), acaba por ser desperdiçada.
Fotografia 31 - Argamassa colante com tempo de cura ultrapassado.
Fonte: Fotos do autor.
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Quando as falhas são detectadas, os encarregados repassam para seus superiores e
estes autorizam o re-trabalho, ou seja, como a falha provavelmente dará menos qualidade e
resistência para o produto final, todo o serviço é recomeçado e os insumos despejados no lixo,visto que a argamassa está curada, tornando-se impossível de se retirar a mesma do tardoz da
cerâmica, por consequência, algumas vezes o emboço também é afetado.
Fotografia 32 - Vários pontos de desperdício de argamassas (rejunte e colante)
Fonte: Acervo do autor.
Outro ponto de desperdício muito comum é a retirada de restos de argamassa que
os pedreiros deixam de um dia para o outro. Quando o pedreiro esta assentando a argamassa
em uma determinada área, este deve precaver-se de que terá tempo para aplicar as placas
cerâmicas e toda a área por onde foi aplicada a argamassa colante, caso contrário, deverá ser
feita a retirada da argamassa curada para uma nova aplicação.
Fotografia 33 - Retira de argamassa colante curada
Fonte: Acervo do autor.
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No rejunte as perdas também são visíveis, porém, apenas relacionadas ao tempo de
cura da argamassa. Como dito, essa falha pode ocorrer por erro do operário ou mesmo por falhas
nos mecanismos do balancim ou da masseira.
Fotografia 34 - Falhas de mecanismo da masseira ou balancim causam perdas no rejunte
Fonte: Acervo do autor.
As falhas do processo construtivo foram registradas a fim de se obter um novo
planejamento que objetive a redução das perdas localizadas.
Fotografia 35 - Perdas de argamassa colante na aplicação das cerâmicas na fachada
Fonte: Acervo do autor.
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A argamassa colante é o insumo mais desperdiçado analisado na atividade RCFA,
no momento da aplicação das cerâmicas muita argamassa sobressai nas juntas, a medida que o
pedreiro rebate com o martelo de borracha para a quebra dos cordões criados. Este desperdício poderia ser evitado se a sobra retorna-se ao recipiente de onde foi retirada (estando dentro do
seu tempo de cura), porém o que realmente acontece é que ao retirar a sobra de argamassa, a
mesma é despejada.
7 PLANO DE AÇÃO PARA CONTROLE DE GASTOS E DESPERDÍCIO DE
MATERIAIS
Com as devidas observações feitas do processo construtivo começa a se montar um
planejamento, que perante o PDCA, coloca-se como uma ação corretiva, visando a eficácia
diminuição do desperdício, atacando os pontos principais, com metas estratégicas de controle
e execução. Os principais pontos são determinados pelas etapas do processo construtivo em que
foram detectados e registrados os desperdícios dos insumos. Como dito, a obra Edifício Malibu,
foi o contexto para o levantamento das bases dessas ações corretivas, onde todas as etapas dos
processos e acompanhamento da atividade foram levadas em consideração.
Depois de verificados as falhas, as ações corretivas têm o intuito de garantir a
qualidade do produto final, determinado pela empresa, além de proporcionar a diminuição dos
resíduos sólidos que seriam desperdiçados no meio ambiente. Para aferição dos novos
resultados, agora reestruturada com tais correções, a obra Edifício Gran Torino foi escolhida
para a implantação e verificação do trabalho realizado. As medidas que serão implantas são:
Disponibilização do levantamento do quantitativo de material, agregado ao
projeto de fachada (paginação), que cada equipe utilizará e o cronograma da execução do
revestimento cerâmico da fachada para o almoxarife da obra, garantindo assim um maior
controle do material em campo.
Apresentação da execução do processo construtivo, visando mostrar aos
operários a forma mais adequada para a execução da atividade, diminuindo assim as falhas de
execução.
Projeto de paginação disponibilizado para cada equipe, a fim de reduzir o
desperdício causado pelo recorte das peças cerâmicas.
Aferição mais rigorosa da chegada de materiais na obra.
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Organização do deposito das placas cerâmicas, de modo que as caixas possam
ser retiradas a cada lote, assim como a qualificação do almoxarife, em que deve ser reforçado
o controle sobre as caixas liberadas que, caso tenham sobras, retornem ao deposito para areutilização de outras equipes.
Qualificação do pessoal de obra para manutenção dos andaimes e balancins,
pois, o serviço é bastante requisitado.
Aquisição de mais duas máquinas de mistura das argamassas.
Elaboração de um projeto que mostre, no canteiro, onde determinado material
ficara armazenado, prevendo transporte, movimentação de funcionários e processamento dos
produtos. (GEROLLA, 2013, p. 18).
Aquisição de relógios espalhados pela obra, para que os operários tenham maior
controle do espaço de tempo disponível na aplicação das argamassas.
Quanto ao material desperdiçado, a construtora terá a parceria com a Usina de
Reciclagem de Construção e Demolição, uma empresa que é responsável pela reciclagem de
entulho na cidade de São Luis, devidamente legalizada com os órgãos ambientais e prefeitura.
O novo planejamento ataca primeiramente o projeto da fachada, tendo que ser feito
um estudo sobre todas as fachadas, a fim de ser obter uma paginação ideal que reduza osrecortes e problemas estéticos visíveis. A paginação preverá a quantidade de material (caixas
de cerâmicas por pano de fachada), além de determinar o material fixo que será liberado pelo
almoxarife a cada pavimento, sendo estas transportadas ao local de trabalho.
A qualificação do almoxarife é essencial para se obter um controle mais eficaz, que
através de técnicas organização, o mesmo possa ter um depósito controlado e com suas
quantidades devidamente quantificadas. A adoção de um sistema de controle computadorizado
será adquirido. Esta medida tecnológica diminui consideravelmente o descontrole dos insumos, pois dessa maneira, o próprio engenheiro responsável ou construtor, pode ter acesso ao que está
sendo utilizado, o que foi comprado, qual o estoque e principalmente se as sobras estão
retornando ao almoxarife. Outra qualificação necessária é a de alguns operários para a
realização da manutenção dos andaimes e balancins, por ser uma mão de obra requisitada no
dia a dia da obra. Assim, caso algum de seus mecanismos venham a falhar, o conserto será
realizado com mais rapidez.
Uma maior fiscalização dos encarregados também é necessária a medida que asfalhas são costumeiras. Uma mão de obra muito eficaz e barata, é a contratação de estagiários
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que cursam faculdades ou cursos técnicos nas áreas da construção civil. Na obra em que foram
aplicadas as correções na atividade RCFA (edifício Gran Torino), dois estagiários foram
contratos para serem responsáveis pela a atividade, tendo que controlar os testes dearrancamento, priorizar os procedimentos da aplicação e participar do controle dos insumos
junto ao almoxarife, sempre apresentando resultados diários. Os fiscais têm o contato direto
com a equipe técnica da obra, e assim, a qualquer momento podem solicitar sua presença na
obra e prever problemas futuros que ocasionem o desperdício dos materiais. Além destes, os
engenheiros responsáveis aderiram a reunião programada, realizada uma vez por semana,
geralmente na quarta-feira ou sempre que for necessário. Nesta reunião os engenheiros exigem
resultados, todos os envolvidos com a atividade são questionados e possuem seu tempo paracríticas, elogios ou opiniões.
7.1 Implantação do plano de ação
Finalizado o plano de ação, estratégias para a sua real transparência entre planejador
e mão-de-obra devem ser executadas. O autor MATTOS (2010, p. 26), destaca que o
planejamento tem de ser abençoado por todos os envolvidos, e as informações transmitidas a
todos, do diretor ao mestre, do estagiário ao almoxarife.
Através de reuniões entre os operários e a equipe técnica, vários problemas podem
ser evitados. Nas reuniões, assuntos como o tempo de cura das argamassas e dúvidas de
execução podem facilmente ser esclarecidas. Uma solução para este objetivo foi a utilização de
apenas 5 minutos do Diálogo Diário de Segurança (DDS).
A verificação do andamento do serviço e averiguação do controle de estoque diário
foram medidas simples que apontam para resultados rápidos, além de serem supervisionados
por técnicos de edificações, estagiários, mestres e o engenheiro responsável.
A instrução e premiação de equipes de pedreiros que realizaram a separação de
cerâmicas interias e pedaços resultantes de recortes, também estão incluidas no plano de
implatação, medidas estas, que facilitando a reutilização e diminuem o desperdicio. Fazendo
parte do plano de implantação, a elaboração de um projeto de layout com as localizações dos
depósitos e almoxarifado, a fim de facilitar a movimentação dos operários no canteiro, trará na
racionalização dos recursos e do tempo.
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7.2 Análise dos resultados de ensaio a tração nas fachadas das obras
A fim de ratificar e celebrar a eficiência do plano de ação adotado, temos asilustrações a seguir que evidenciam os resultados dos ensaios de determinação da resistência de
aderência a tração. Os ensaios foram realizados por uma empresa responsável e atinada, que
sempre esteve alinhada com objetivos da construtora. No anexo A e B, seguem os resultados
dos relatórios completos das obras Edifício Gran Torino e Edifício Malibu, respectivamente.
Através dos resultados do ensaio de tração podemos plotar o gráfico a seguir que compara os
resultados das médias das equipes comtemplando as obras.
Gráfico 01 – Comparação dos resultados do ensaio de resistência a tração das obras Gran Torino e Malibu
Fonte: elaborado pelo autor.
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
1 2 3 4 5 6 7 8
RESISTÊNCIA A TRAÇÃO DO RCAF
Ed. Gran Torino Ed. Malibu
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Gráfico 02 – Comparação em ordem crescente da resistência a tração nas fachadas das obras Gran Torino e Malibu
Fonte: elaborado pelo autor.
Gráfico 03 – Valores da resistência a tração nas fachadas das obras Gran Torino e Malibu justapostas
Fonte: elaborado pelo autor
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1,40
Ed. Gran Torino Ed. Malibu
RESISTÊNCIA A TRAÇÃO DO RCFA EM ORDEMCRESCENTE
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
1 2 3 4 5 6 7 8
VALORES DE RESISTÊNCIA A TRAÇÃO
Ed. Gran Torino Ed. Malibu
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De acordo com os resultados, a aplicação do plano de ação na obra Edifício Gran
Torino, com base no ciclo PDCA e na obra Edifício Malibu, conseguiu sucesso e saldos
aplausíveis para o produto final. Dentre os melhores efeitos temos: considerável diminuição das perdas, aumento da produtividade, consolidação do processo construtivo com as equipes da
construtora, melhor acabamento, aumento da resistência mecânica, otimização dos canteiros de
obra, evolução da logística desde o recebimento dos insumos até a aplicação das cerâmicas na
fachada e não obstante, a apreciável diminuição dos custos. Nos gráficos anteriores podemos
observar a comparação dos resultados dos ensaios de resistência plotados em ordem crescente
das duas obras. Os valores de cada ensaio foram colocados em ordem crescente, demonstrando
que, na obra do Edifício Gran Torino, onde foi aplicado o novo plano de ação, os resultadosnuméricos são consideravelmente maiores, comprovando a eficiência do conjunto de soluções
adotados. Por fim, a medida que um novo ciclo for desempenhado, observando todas as suas
etapas e seguindo os seus quesitos de checagem e acompanhamento, os procedimentos e
resultados terão cada vez mais eficiência, seja ela qual atividade necessitar desta ferramenta de
controle e qualidade.
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8 CONCLUSÃO
A falta de um bom planejamento no canteiro de obras é o que dá início a maioriadas perdas, sem ele não conseguimos observar e agir mediantes as falhas encontradas. Por isso
há necessidade de especificar os locais para o armazenamento dos materiais e controlar a
distribuição dos mesmos. Para tanto, é essencial que se tenha em mãos o detalhamento do
processo construtivo da atividade ou serviço, pois, só assim os pontos de desperdício podem
ser localizados, sendo o real fundamento do ciclo PDCA Além disso, a falta da qualificação da
mão de obra é uma densa barreira para se alcançar a racionalização dos recursos, e somente
com a transparência do projeto entre os envolvidos é que se chega a uma conscientização,adotando treinamentos e qualificações para a mão de obra. No campo econômico, investir em
métodos para se minimizar os desperdícios trará altos gastos iniciais, porém, ao se pensar no
custo benefício a longo prazo, as vantagens são facilmente notáveis. Já com relação ao meio
ambiental estas soluções só favorecem para o desejado patamar de desenvolvimento
sustentável, racionalizando recursos, diminuindo custo e realizando a gestão dos resíduos
gerados.
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REFERÊNCIAS
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CAMPOS, Vicente Falconi. TQC: Controle da qualidade total (no estilo japonês). Nova Lima:Falconi, Minas Gerais, 2004.
DUAILIBE, Roberto Palacio. Contribuições ao projeto e execução de revestimentocerâmico de fachada. Dissertação (Mestrado em Habilitação: Planejamento e Tecnologia) -Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo – Tecnologia de Construção deEdifícios, São Paulo, 2005.
FIORITO, Antonio J.S.I. Manual de argamassas e revestimentos: estudos e procedimentos
de execução. São Paulo: Pini, São Paulo, 2009. Cap. 2, p. 23-27.GEROLLA, Giovanny. Estoque de materiais. Equipe de Obra, ed. 37, julho de 2013.
GROHMANN, Márcia Zampieri. Redução do Desperdício na Construção Civil:Levantamento das medidas utilizadas pelas empresas de Santa Maria, 1998. Disponível em: <http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP1998_ART302.pdf >. Acesso em: 20 de ago.2013.
LOTURCO, Bruno. Almoxarifado. Equipe de Obra, ed. 46, abril de 2012.
MATTOS, Aldo Dórea. Ciclo PDCA. Planejamento e controle de obras. São Paulo: Pini,2010. Cap. 3, p. 37-41.
NBR 13755__________ Revestimento de paredes externas e fachadas com placascerâmicas e com utilização de argamassa colante – Procedimento. Dezembro de 1996.ABNT
NBR 14992__________ Argamassa à base de cimento Portland para rejuntamento deplacas de cerâmicas – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2003. ABNT
NBR 7200__________ Execução de revestimento de paredes e tetos de argamassas
inorgânicas – Procedimento. Rio de Janeiro, 1998. ABNT
OMODEI, Alexandre. FUJITA, Claudio H.. Metodologia para planejamento de atividadesem obras de subestações industriais. Universidade Federal do Paraná, 2002. Disponível em:<http://pessoal.utfpr.edu.br/walenia/arquivos/guiaA4.pdf>. Acesso em: 25 out. 2013.
PINTO, Tarcísio de Paulo. Gestão ambiental de resíduos da construção civil: a experiênciado SindusCon-SP. São Paulo: Obra Limpa, SindusCon-SP, 2005. Disponível em:<http://www.sindusconsp.com.br/downloads/prodserv/publicacoes/manual_residuos_solidos.
pdf>. Acesso em: 20 out. 2013.
THOMAZ, Ercio. Código de práticas nº 01: alvenaria de vedação em blocos cerâmicos. SãoPaulo: IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, 2009.
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ANEXO
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ANEXO A – Ensaio de determinação da resistência de aderência a tração no revestimento
cerâmico aderido (RCAF) da Obra Edifício Gran Torino.
NÚMERODO CP
BALANCIMLOCAL DO
ENSAIOEQUIPE
RESISTÊNCIADE ADERÊNCIA
Ra (MPa)MÉDIA
5 19 16º Pavimento Julio 0,68
0,846 23 15º Pavimento Julio 0,65
17 23 15º Pavimento Julio 0,92
4 19 14º Pavimento Julio 1,09
16 19 11º Pavimento Francisco 1,17
0,953 18 13º Pavimento Francisco 1,28
21 18 9º Pavimento Francisco 0,61
14 14 8º Pavimento Francisco 0,73
15 13 8º Pavimento Gonzaga 1,29
1,1620 26 7º Pavimento Gonzaga 0,83
9 27 6º Pavimento Gonzaga 1,92
8 3 3º Pavimento Gonzaga 0,60
1 2 1º Pavimento Lobão 1,07
0,782 2 5º Pavimento Lobão 0,26
18 1 4º Pavimento Lobão 1,0210 15 3º Pavimento Magno 0,38
1,0411 15 2º Pavimento Magno 1,63
7 7 3º Pavimento Magno 1,03
25 7 3º Pavimento Magno 1,12
19 9 5º Pavimento Raimundo Nonato 0,56
0,8424 9 2º Pavimento Raimundo Nonato 0,93
30 21 15º Pavimento Raimundo Nonato 0,93
28 21 10º Pavimento Raimundo Nonato 0,9434 25 2º Pavimento Raimundo Corrêia 1,03
0,7826 25 15º Pavimento Raimundo Corrêia 0,74
29 6 8º Pavimento Raimundo Corrêia 0,61
32 6 10º Pavimento Raimundo Corrêia 0,75
27 16 8º Pavimento Sebastião 1,11
1,0629 16 16º Pavimento Sebastião 1,05
12 17 10º Pavimento Sebastião 0,88
31 17 3º Pavimento Sebastião 1,1822 22 13º Pavimento Lusio 1,11 0,95
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23 22 4º Pavimento Lusio 1,05
13 11 7º Pavimento Lusio 0,70
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ANEXO B – Ensaio de determinação da resistência de aderência a tração no revestimento
cerâmico aderido (RCAF) da Obra Edifício Malibu.
NÚMERODO CP
BALANCIMLOCAL DO
ENSAIOEQUIPE
RESISTÊNCIADE ADERÊNCIA
Ra (MPa)MÉDIA
14 8 7º Pavimento Cervo 0,85
0,7815 8 7º Pavimento Cervo 0,85
20 5 4º Pavimento Cervo 0,92
21 5 4º Pavimento Cervo 0,51
3 16 14º Pavimento Francisco 0,88
1,084 16 14º Pavimento Francisco 0,816 7 6º Pavimento Francisco 1,19
17 7 6º Pavimento Francisco 1,43
5 14 13º Pavimento Gonzaga 0,81
0,866 14 13º Pavimento Gonzaga 0,82
10 10 9º Pavimento Gonzaga 0,63
11 10 9º Pavimento Gonzaga 1,18
7 13 12º Pavimento Lobão 0,47
1,078 12 10º Pavimento Lobão 1,699 12 10º Pavimento Lobão 1,06
1 17 Caixa d´agua Magno 0,52
0,582 17 15º Pavimento Magno 0,73
18 6 5º Pavimento Magno 0,44
19 6 5º Pavimento Magno 0,63
24 3 2º Pavimento Raimundo Nonato 0,93
1,0025 3 2º Pavimento Raimundo Nonato 0,92
28 22 4º Pavimento Raimundo Nonato 1,0929 22 4º Pavimento Raimundo Nonato 1,05
26 1 2º Pavimento Rosiel 0,95
0,8227 1 2º Pavimento Rosiel 0,96
30 23 3º Pavimento Rosiel 0,76
31 23 3º Pavimento Rosiel 0,59
12 9 8º Pavimento Sebastião 0,48
0,9113 9 8º Pavimento Sebastião 0,55
22 4 3º Pavimento Sebastião 1,71
23 4 3º Pavimento Sebastião 0,88
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