Revestimento de proteção superficial das estruturas de concreto

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Revestimento de proteção superficial das estruturas de concreto Adriana de Araújo

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Revestimento de proteção superficial das estruturas de concretoAdriana de Araújo

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uma das maneiras mais práticas e econômicas de garantir e/ou aumentar a durabilidade das estruturas de concreto.

Proteção superficial

estruturas novas: uma medida preventiva de sua degradação.

estruturas existentes: uma medida de conservação, sendo realizada nos períodos de manutenção.

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• revestimento da armadura com pintura epóxi;• proteção catódica;• mantas impermeabilizantes;• substituição do concreto por outro com inibidor;• impregnantes poliméricos;• proteção superficial por barreira: silanos, siloxanos,

epóxis, poliuretanos e metacrilatos;• revestimento superficial e de reparo.

A proteção superficial é um dos métodos mais bem sucedidos para concreto armado, que são os seguintes (ACI 201.2R, 2001):

Desses itens, os 3 últimos são para a proteção superficial do concreto.

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EN 1504-2, 2004: há 2 tipos de impregnantes, o impregnante propriamente dito e o hidrofóbico.

• impregnante hidrofóbico: confere propriedade repelente à superfície do concreto e não forma filme na superfície;

impregnante não-hidrofóbico: reduz a porosidade e aumenta a dureza da superfície do concreto, forma um filme descontínuo na superfície.

Os compostos mais comuns do hidrofóbico são à base de silanos e siloxanos e, do impregnante não-hidrofóbico, são polímeros orgânicos como epóxi e acrílico.

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As pinturas de proteção superficial por barreira são denominadas na EN 1504-2, como revestimentos por pintura.

EN 1504-1 (2005) coating é o termo dado ao tratamento superficial do concreto com a aplicação de um filme contínuo.

EN 14879-1 (2005) coating são produtos de natureza orgânica aplicados para a proteção do concreto ou do aço contra corrosão.

tintas e vernizes, à base de resinas orgânicas (epóxi, poliuretano e copolímeros acrílicos ou metacrílicos).

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Revestimentos por argamassa (de reparo)

são argamassas cimentícias aplicadas de forma localizada ou generalizada para reparo (estrurtural e não-estrutural).

Argamassas de reparo generalizado podem ser uma proteção adicional às estruturas:

• argamassa de estucamento superficial (~3 mm);

• argamassa de aumento da espessura de cobrimento (~5 mm).

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Para que os revestimentos por argamassa e revestimentos por pintura e os impregnantes sejam reconhecidos como protetores estes devem apresentar a

capacidade de limitar, ao longo dos anos de

exposição, a penetração de agentes agressivos presentes na atmosfera:

Água: a umidade governa a permeabilidade do concreto à água, a gases e aos íons.

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prEN 1504-9, 2008: os revestimentos por pintura e os impregnantes são produtos de proteção que podem ser aplicados

no concreto com corrosão e com outras anomalias:

Concreto com corrosão:• princípio da proteção é o aumento da resistividade do

concreto: diminuição da porosidade superficial, decorrente do bloqueio e ou revestimento interno dos poros (impregnante) ou por barreira física (revestimento por pintura).

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prEN 1504-9, 2008: os revestimentos por pintura e os impregnantes são produtos de proteção que podem ser aplicados

no concreto com corrosão e outras anomalias:

Concreto com anomalias:• proteção contra o ingresso: redução da porosidade da

superfície;• controle de umidade: ajustar e manter o teor de

umidade entre limites específicos. • aumento da resistência física e/ou química: reduzir o

efeito da ação de agentes sobre o concreto.

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EnsaioMétodo de

ensaioPrincípios de proteção e realização do

ensaioRequisito

Resistência à abrasão

EN ISO 5470-1 (1999)

Ensaio requerido para a proteção por resistência física. Adotado para

proteção superficial de pisos.

Perda de massa < 3000 mg (roda

H22/1000 ciclos/ 1kg)

Permeabilidade ao gás carbônico

(CO2)

EN 1062-6 (2002)

Ensaio requerido para a proteção contra o ingresso. Condicionamento de amostra ver EN 1062-11 (2002).

SD > 50 m

Permeabilidade ao vapor

de água

EN ISO 7783-1 e 2

(1999)

Ensaio requerido para a proteção contra ingresso, controle da

umidade e aumento da resistividade.

Classe I: SD ≤ 5 m (permeável), Classe II:

5 m ≤ SD ≤ 50 m e Classe III: SD > 50 m

(não-permeável)

Permeabilidade a água líquida e absorção

capilar

EN 1062-3 (2008)

Ensaio requerido para a proteção contra ingresso, controle da

umidade, aumento da resistividade e resistência física, podendo ser

realizada para resistência química.

Taxa de transmissão  0,1 kg/(m2.h0,5).

Requisitos de desempenho para revestimento por pintura

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Ensaio Método Requisito

 Profundidade de penetração de água

_

A afetiva impregnação é dada pela profundidade da zona seca, medida a exatidão de 0,5 mm, após corte e spray de água conforme EN 14630

(2006). Classe I: profundidade< 10 mm e Classe II: ≥ 10 mm.

 

Absorção de água e resistência à alcalinidade

EN 13580 (2002)

A taxa de absorção deve ser < 7,5 % comparado com proveta não

tratado, após imersão em solução alcalina, < 10 %.

 Difusão dos íons

cloretoEN 13580 (2002)

< 0,01 kg/m2 h0, 5 não é esperada a difusão.

Requisitos de desempenho para impregnantes hidrofóbicos

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EnsaioMétodo

de ensaio

Princípios de proteção e realização do ensaio

Requisitos

Não-estrutural

Estrutural

Classe R1

Classe R2

Classe R3

Classe R4

Teor de cloretos

EN 1015-17 (2000)

Ensaio sempre requerido para reparo, restauro e reforço de

concreto armado. Para aplicações especiais, como exposição a água do mar sem proteção superficial,

adotar EN 13396 (2004)

≥ 0,05 %

Resistên-cia à

carbona-tação

EN 13295 (2004)

Ensaio sempre requerido para verificar durabilidade em reparo, restauro e reforço de concreto

armado, quando não há proteção superficial eficiente. Adoção de substrato da EN 1766 (2000).

_dk ≤ ao

concreto de controle.

Absorção capilar

EN 13057 (2002)

Ensaio que pode ser requerido para qualquer princípio, dependendo das

condições de exposição. _ ≤ 0,5 kg/m-2.h-0,5

Requisitos de desempenho para revestimento por argamassa

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Determinação da proteção conforme ambiente e fatores de degradação

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Tipo de ambiente/

classe segundo EN 206-1

Exemplo de condições de exposição do concreto

Fatores de degradação Proteção superficial

sugerida

Corrosão induzida por carbonatação

Prin

cipa

l

Gás carbônico

Seco/ XC1 Ambiente interno com baixa umidade relativa (< 60 %)

Sec

und

ária

Fissuração, erosão e abrasão

Prin

cipa

l

Gás carbônico, vapor de água e água de condensação

Moderada umidade/ XC3

Ambiente externo com concreto abrigado da ação da água pluvial e ambiente interno com média à alta

umidade relativa (60 % < U.R. < 90 %) S

ecu

ndá

ria

Fissuração, erosão, abrasão e radiação solar

Prin

cipa

l Gás carbônico, água líquida, vapor de água e água de condensação Molhagem e

secagem cíclica/ XC4

Concreto em contato com água

Sec

und

ária

Fissuração, erosão, abrasão e radiação solar

Revestimento por pintura ou argamassa

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Tipo de ambiente/

classe segundo EN 206-1

Exemplo de condições de exposição do concreto

Fatores de degradação Proteção superficial

sugerida

Corrosão induzida por cloretos (ambiente marinho)

Prin

cipa

l

Cloretos, vapor de água e água de condensação.

Radiação solar

Impregnante (hidrofóbico ou não) e revestimento por pintura ou argamassa

Erosão/ abrasão

Gás carbônico

Impregnante não-hidrofóbico e revestimento por pintura ou argamassa

Névoa salina/ XS1

Concreto em ambiente atmosférico da costa

marinha

Sec

und

ária

Fissuração

Revestimento por pintura ou argamassa

Prin

cipa

l

Cloretos e água líquida.

Radiação solar

Impregnante (hidrofóbico ou não) e revestimento por pintura ou argamassa

Erosão/ abrasão

Gás carbônico

Impregnante não-hidrofóbico e revestimento por pintura ou argamassa

Respingos de maré/ XS3

Concreto de elementos de estrutura marinha

Sec

und

ária

Fissuração Revestimento por pintura ou argamassa