Revista 03 - SBOT-ES - out/nov/dez 2008
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Transcript of Revista 03 - SBOT-ES - out/nov/dez 2008
Entrevista
Sara ValentimA experiente pediatra discute o modelo da Medicina Baseada em Evidncias.
4 Matria especial Residncia MdicaEm pouco mais de um ano, o Esprito Santo ganhou dois cursos de Ortopedia e Traumatologia.
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Carta do Presidente
Artigo
Social
Dicas SBOT-ES
Raio X
Vida Leve
SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA - REGIONAL ESPRITO SANTO
Informativo
03 2008
out / nov / dez
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residir a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia Regional Esprito Santo (SBOT-ES), ao longo de 2008, deu-me a
oportunidade de atestar que os princpios orientadores da nossa luta - tica, trans-parncia e fora de trabalho para o de-senvolvimento da especialidade em nosso Estado - so desafios que precisam ser en-frentados diariamente.
Por compreender que para vencer es-tes desafios era necessrio o envolvimen-to de todos que trabalhamos ao longo do ano para uma maior insero social, acadmica e poltica de nossos membros. A resposta que tivemos foi positiva.
O envolvimento e a participao de nossos colegas puderam ser comprovados nos eventos da Sociedade, com destaque para os workshops realizados no inte-rior do Esprito Santo. bem verdade que privilegiamos primeiramente dois grandes centros no norte do Estado (Lin-hares e Colatina), mas tudo foi feito den-tro de um planejamento que extra-polar a atual gesto.
Para 2009, o processo de integrao
dos especialistas capixabas segue firme e, desta vez, rumo ao sul do Estado. Aos cole-gas da regio metropolitana no faltaro eventos que promovero reciclagem, ca-pacitao profissional e incluso social e poltica, assim como no faltou em 2008. Entre cursos e jornadas cientficas, tive-mos o prazer de promover um congresso estadual que contou com a participao de especialistas de renome nacional e in-ternacional.
Neste contexto, cabe agradecer o apoio incondicional da SBOT nacional, de em-presas de material cirrgico, da indstria farmacutica, cooperativas, entre outros parceiros que estiveram nesta caminhada. Sem o apoio deles, muito pouco do que ne-cessitvamos fazer poderia ser feito.
O fortalecimento de qualquer so-ciedade estabelece a possibilidade de sonhar coisas impossveis e de caminhar livremente em direo a elas. O fortaleci-mento da SBOT-ES um desafio cotidiano, volto a dizer. Desafio de garantir os nveis elevados de resultados daqueles que nos precederam e daqueles que nos substi-tuiro.
P
Anderson De Nadai Presidente da SBOT-ES
DiretoriaPresidente Dr. Anderson De NadaiPrimeiro Vice-presidente Dr. Joo Carlos de M. TeixeiraSegundo Vice-presidenteDr. Alceuleir Cardoso de SouzaPrimeiro Secretrio Dr.Adelmo Rezende F. da CostaSegundo Secretrio Dr. Joo Carlos de M. TeixeiraPrimeiro Tesoureiro Dr. Ronaldo RoncettiSegundo Tesoureiro Dr. Glucio Beninca Coelho
Conselho FiscalDr. Edmar Simes da Silva JuniorDr. Antnio TamaniniDr. Ruy Rocha Gusman Dr. Jos Maria CavatteDr. Thiago Moreira MattosDr. Carlos Henrique O. de Carvalho
DelegadosDr. Clark Masakazu YazakiDr. Rodrigo Souza SoaresDr. Lauro Evaristo Bueno
Comisso ExecutivaDr. Anderson De Nadai
Dr. Jorge Luiz KrigerDr. Clark Masakazu YazakiDr. Joo Carlos de M. TeixeiraDr. Adelmo Rezende F. da CostaDr. Marcelo Nogueira Silva
Comisso de Ensino e TreinamentoDr. Adelmo Rezende F. da CostaDr. Nelson EliasDr. Luiz Augusto B. Campin-hosDr. Adriano SouzaDr. Marcelo dos Santos CostaDr. Paulo Henrique PaladiniDr. Danilo Lobo
Comisso de tica, Defesa Profissional e Honorrios MdicosDr. Vladimir de AlmeidaDr. Marcelo Nogueira SilvaDr. Valbert de Moraes PereiraDr. Sebastio A. M. de MacedoDr. Emdio Perim Junior
Comisso de Estatuto e RegimentoDr. Anderson De NadaiDr. Joo Carlos de M. TeixeiraDr. Alceuleir Cardoso de SouzaDr. Geraldo Lopes da Silveira
Comisso de Campanhas Pblicas e Aes SociaisDr. Alceuleir Cardoso de SouzaDr. Francisley Gomes BarradasDr. Hlio Barroso dos ReisDr. Akel Nicolau Akel Jnior
Comisso de PresidentesDr. Pedro Nelson PrettiDr. Roberto Casotti LoraDr. Jos Fernando DuarteDr. Eduardo Antnio Bertachi UvoDr. Geraldo Lopes da SilveiraDr. Hlio Barroso dos ReisDr. Jorge Luiz KrigerDr. Jos Lorenzo SolinoDr. Akel Nicolau Akel JniorDr. Clark Masakazu Yazaki
Comisso de Publicao, Divulgao e MarketingDr. Leandro A. de FigueiredoDr. Bruno Barreira CampagnoliDr. Edmar Simes da Silva JniorDr. Thanguy Gomes Frio
Rua Abiail do Amaral Carneiro, 191, Ed. Arbica, Sala 607
Enseada do Su. Vitria-ES. CEP 29055-220 | Telefone: 3325-3183
www.sbotes.org.br | [email protected]
Gesto 2008
Jornalista reponsvelWallace Capucho
MTB 1934/ES
RedaoEditor Wallace Capucho Reprter Luiz Alberto Rasseli Diretor de Arte Felipe Gama Diagramao Thiago GreggoryArte Carlos Dalcolmo Reviso Luiz Alberto RasseliProduo GrficaChico Ribeiro
ColaboradoresTexto Dr. Marcelo Nogueira
Ilustrao
Carlos Dalcolmo
Balaio Comunicao e Designwww.balaiodesign.com.br
PublicidadeSBOT-ES
(27) 3325-3183
Impresso e acabamento
Grfica Grafitusa. Esta revista foi
impressa em papel couch fosco
115g/m
Tiragem 8.000
Periodicidade Trimestral
Distribuio CP Distribuio e
Logstica
As matrias e anncios publi-citrios, bem como todo o seu contedo de texto e imagens, so aqui publicadas sob dire-ito de liberdade de expresso, sendo total e exclusiva responsa-bilidade de seus autores/anunci-antes. expressamente proibida a reproduo integral ou parcial desta publicao ou de qualquer um de seus componentes (texto, imagens, etc.), sem a prvia e ex-pressa autorizao da SBOT-ES.
Carta do Presidente
Artigo
entre todas as alteraes osteoar-
ticulares dos pacientes portado-
res de Artrite Reumatide (AR), as
deformidades dos ps esto entre as mais
freqentes e negligenciadas. Quinze por
cento dos casos de AR envolvem inicial-
mente os ps, e praticamente todos os casos
de AR com mais de dez anos apresentam
deformidades nos mesmos. Mesmo assim,
comum o desconhecimento da evoluo,
das repercusses clnicas e do tratamento
dessas deformidades.
O objetivo do tratamento, tanto clnico
quanto cirrgico, prevenir, adiar e, se pos-
svel, corrigir as deformidades e suas limita-
es funcionais e, conseqentemente, me-
lhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Os casos iniciais com deformidades
leves so passveis de tratamento conserva-
dor com rteses de descarga ou palmilhas
corretivas. J as deformidades de retrop
flexveis podem ser conduzidas com rteses
semi-rgidas tipo AFO. No entanto, com a
evoluo da doena, a maioria das defor-
midades torna-se rgida e no ortetizvel.
Nesses casos, considera-se o tratamento
cirrgico.
As deformidades do antep so duas
vezes mais freqentes que as do retrop.
Usualmente, essas deformidades incluem
um grave valgismo do hlux (hlux valgo)
e a luxao dorsal das articulaes metatar-
sofalngicas associadas com garras rgidas
dos pododctilos. A garra dos dedos leva
ao deslocamento distal do coxim plantar
e ao rebaixamento das cabeas dos meta-
tarsais, levando o paciente a apoiar carga
sobre as mesmas, com formao de calosi-
dades muito dolorosas, alm da incapaci-
dade de usarem calados normais. Essas
calosidades podem tornar-se lceras que
por sua vez podem levar osteomielite de
cabeas metatarsianas e perda do respec-
tivo raio.
Freqentemente ocorre de forma si-
multnea a artrite do retrop, causando
deformidade em valgo grave, alm da
queda do arco longitudinal medial (p
plano valgo grave). Essa deformidade em
p plano valgo adquirido pode ser causada
tanto pela tenossinovite e disfuno do
tibial posterior quanto pela artrite da ar-
ticulao subtalar.
Com menos frequncia ocorrem as
deformidades em hlux varo com desvio
simultneo dos dedos menores em varo, e
a deformidade em varo do p e tornozelo,
com maiores repercusses funcionais.
Todas as deformidades do retrop
so passveis de correo cirrgica, com
artrodeses, associadas ou no a osteoto-
mias, normalmente com bons resultados,
considerando que esses pacientes j apre-
sentam restries funcionais. Nas graves
deformidades em valgo dos ps, sugere-se
uma abordagem medial para evitar trao
da pele lateral ao corrigir a deformidade.
As artrodeses so realizadas de forma mais
estvel com parafusos canulados ou at
placas e parafusos. A utilizao de hastes
intramedulares retrgradas de p e tor-
nozelo facilitam a artrodese conjunta da
tibiotrsica e subtalar e aumenta significa-
tivamente a rigidez da montagem em um
osso extremamente osteopnico.
A correo do antep reumatide
geralmente realizada em um s tempo
cirrgico. Para os raios laterais, utiliza-se
a tcnica de Hoffmann ou similares, com
resseco das cabeas metatarsais ao nvel
do colo, mantendo a frmula metatarsal.
Para os dedos menores realiza-se a artro-
plastia de resseco de DuVries das IFPs
para a correo das garras rgidas, e fixa-
o dos artelhos com fios de Kirshner in-
tramedulares, por 4 semanas.
Como alternativa pode ser feita a os-
teoclasia ou liberao manual das garras
- com menor poder de correo. A via de
acesso pode ser plantar transversa, com
ou sem resseco de parte da pele plantar,
ou dorsal - longitudinal ou transversa - de
acordo com a prefe