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Portugal tanto por descobrir ... fim de semana N.º1 FEVEREIRO 2011 GRÁTIS Portel o grande lago por quintal Alcoutim na rota do contrabando Mértola uma vila árabe à beira do guadiana Serpa a beleza da rainha do cante

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Portel Mértola Portugal tanto por descobrir .. . na rota do contrabando a beleza da rainha do cante o grande lago por quintal uma vila árabe à beira do guadiana N.º1 FEVEREIRO 2011 GRÁTIS

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Portugal tanto por descobrir ...

fim de semana

N.º1 FEVEREIRO 2011 GRÁTIS

Portelo grande lago por quintal

Alcoutimna rota do contrabando

Mértola uma vila árabe à beira do guadiana

Serpaa beleza da rainha do cante

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índice

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Serpamomentos históricos escapadelas produtos da terra onde comer onde ficar como ir

Portelmomentos históricos escapadelas produtos da terra onde comer onde ficar como ir

Mertolamunomentos escapadelas produtos da terra onde comer onde ficar como ir

Alcoutimmunomentos escapadelas produtos da terra onde comer onde ficar como ir

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editorial

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Agora.Agora que nas aldeias escritas a cal flutua no ar o cheiro agreste do sobro queimado, que aquece as casas brandas e as almas das gentes;Agora que os campos se derramam de camolilas, borragens, dedaleiros, corriolas, estevas, flores das hortas, rosmaninho, papoilas, madressilvas, margassas e verbascos, num manto de paletas irreais.Agora que o pão desponta de verde nas searas das auroras de mais uma esperança renascida;Agora que aperto todos os botões do meu capote e dobro a gola ao pescoço para que a geada não me queime;Agora que o cante de um povo, regado por vinho novo ecoa de um postigo aberto de uma taberna de balcão de mármore gasto;Agora que as ribeiras correm cheias e musicais por entre os barros que dão vida;Agora que me pedes que te aqueça as mãos frias;Agora, acabámos de nascer.Sem pressas, devagar, serenamente, como os passos e as vozes das gentes que calcorreiam as ruas e os campos dos destinos alentejanos que neste primeiro número da nossa revista vos propomos.E como pensamos que todas as épocas do ano são boas para passear, conhecer e descontrair, propomos quatro roteiros invernais para um acolhedor e caloroso final de semana.Saia ao encontro amistoso de um Portugal por descobrir.

bom fim de semana

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Aos ombros do rio Guadiana e encostada a um aqueduto, Serpa é hoje afamada não tanto devido ao seu consid-erável património histórico mas sobretudo devido aos seus queijos, uns dos melhores do Alentejo. Por isso mes-mo, entre visitas aos Monumentos da cidade, não se deve perder a oportunidade de visitar um dos muitos produtores de queijo de Serpa. Já de regresso à vila, passada a entra-da acastelada, sugerimos passar pelo Castelo Mourisco,

reconstruído no séc. XIII por D.Dinis.

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Serpa já era povoada antes do domínio dos Roma-nos, contudo foram estes que fomentaram o desen-volvimento do concelho, em especial a nível agrícola. Em 1166 foi conquistada aos Mouros por D. Afonso Henr iques , tendo sido perdida por várias vezes nas constan-tes lutas da Reconquista. Foi definitiva-mente consti-tuída como c o n c e l h o por D. Dinis, que também mandou re-construir o seu castelo e cercar Serpa por uma cintu-

ra de muralhas, em 1295. Em 1512 D. Manuel I deu a Serpa um novo foral. Serpa já era povoada antes do domínio dos Romanos, contudo foram

estes que fomentaram o desenvolvimento do concelho, em espe-cial a nível agrícola. Em 1166 foi conquis-tada aos Mouros por D. Afonso Henriques, ten-do sido perdida várias vezes nas constantes lutas da Reconquista. Foi constituída como concelho por D. Dinis, que também mandou reconstruir o seu cas-telo e cercar Serpa por uma cintura de mur-alhas, em 1295. Em 1512 D. Manuel I deu

a Serpa um novo foral.

Perto deste edifício encontra-se a Igreja de Santa Maria, construída em trezen-tos sobre as fundações de uma mes-quita árabe. Testemunha da vitalidade da vila no séc.XIV é a Torre do Reló-gio, acessível ainda hoje aos visitantes através de uma escadaria de madeira.

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Noites da Nora em Serpa.A cidade de Serpa apresenta, durante todo o ano, espectáculos e happenings cult-urais, na “Nora” um local ancestral pleno de história, situado junto ao aqueduto no coração do Centro Histórico de Serpa, um dos ex-líbris desta tão pitoresca cidade. Teatro, música, dança, novo circo, teatro de marionetas, cinema e residências para criações artísticas compõem o cartaz.Os espectáculos acontecem todas as noites, excepto às segundas-feiras, pelas 22:30.

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Encontro de Culturas

Encontro de culturas é um evento cultural que reúne elementos da cultura portuguesa, brasileira, cabo-verdiana, moçambicana, mexicana, cubana, sérvia, argentina, espan-hola e do Médio Oriente, promovendo assim o concelho a nível cultural e turístico junto dos vários públicos e artistas presentes.

Feira do queijo

A Feira do Queijo do Alentejo, promovida pela Câmara Municipal de Serpa, decorre de 26 a 28 de Fevereiro. Durante es-tes três dias o Pavilhão de Feiras e Ex-posições reúne, uma vez mais, os produ-tores de Queijo Serpa bem como produtores de outros queijos nacionais de renome.O certame conta com a colaboração de várias

Feira Mediaval

O centro histórico de Serpa, veste-se a rigor para receber o quotidiano das populações do sec. XIII.

Durante três dias é garantida a animação permanente de bobos, histriões, bufões, trampolineiros, saltimbancos, acrobatas e malabaristas, misturando-se com a multidão com soldados, contadores de histórias, vend-edores de sonhos e ilusões, aventureiros e trapicheiros. Poderá adquirir vários produtos da época, festejar pela noite dentro ao sabor de vinhos servidos em copos de barro.

entidades: Escola Profissional de Desen-volvimento Rural de Serpa; Associação de Agricultores do Concelho de Serpa; Confraria do Queijo Serpa; Rota do Guadiana, Asso-ciação de Desenvolvimento Integrado; Jun-tas de Freguesia de Salvador e Santa Maria; Espaço Vemos, Ouvimos e Lemos, Serpa; Escola Superior Agrária de Beja e a ACOS.

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Das espe-cialidades locais é forçoso O Queijo de Serpa é provavelmente o queijo tradicional de mais afamado Alentejo, muito conhecido e apreciado, é sem dúvida parte fundamen-tal do património gastronómico e cultural das gentes do Baixo Alentejo; no entanto pouco se conhece da sua origem. Trata-se de um queijo de ovelha curado, de pasta semi-mole amanteigada, com poucos ou nenhuns “ol-hos”, possui um singular aroma forte e de sabor picante.

Visitar Serpa e não provar o seu queijo, é, a nosso ver, uma falta tão grave como ir a Roma e…

» Restaurante A Adega. Tel: 284311254 » Restaurante Adega Regional Molhó Bico. Tel: 284385419» Restaurante A Tradição. Tel: 284 378952 » Restaurante do Zézinho. Tel: 284 325479 » Restaurante O Alentejano. Tel: 284 311422 » Restaurante O Voluntário. Tel: 284309781 » Restaurante O Zé. Tel: 284 390872 » Restaurante Pedra de Sal. Tel: 284 327568 » Restaurante/Churrasqueira O Nay. Tel: 284 355697 » Bar / Pizzaria O Forcado. Tel 284 342567 » Cervejaria / Restaurante Vila Branca. Tel: 284 351237 » Cervejaria Jorge Branco. Tel: 284 397281 » Cervejaria Lebrinha. Tel: 284 352721

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Serpa oferece a quem a visita uma enorme variedade de unidades hoteleiras para todos os gostos e consequentemente para todas as bolsas: a pousada de Serpa, residenciais, albergues, bed and breakfasts, turismos rurais, agro-turismo, parque de campismo, etc. Há, no entanto, algo que une to-dos estes variadíssimos espaços: a certeza do conforto e da hospi-talidade que oferecem a todos os que na cidade de Serpa pernoitam.

Pulo do Lobo - Classificação Residencial - 2ª Morada : Estrada de S. Brás, 9-A 7830-324 Serpa Telefone(s) :284 544 664 - Fax :284 544 665 E-Mail: [email protected] Endereço : www.residencialpulodolobo.com

Serpínia - Classificação : Casa de HóspedesMorada : Rua Serpa Pinto, 34 - 7830-439 SerpaTelefone(s) :284 544 055 - 284 544 628Fax :284 544 961E-Mail: [email protected]ço URL: www.residencialserpinia.com

Parque de Campismo e Caravanismo Parque de Campismo Municipal Morada : Eira de S. Pedro, 7830-303 SerpaTelefone(s) :284 544 290 - Fax :284 540 109E-Mail :[email protected]

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Portel tanto por descobrir ...

Portel, porta de acesso a Alqueva, onde o Grande Lago constitui um pólo de atracção para o desen-volvimento do turismo de recreio e lazer. As ac-tividades ao ar livre como a pesca desportiva e utilização como zona balnear; ou os passeios na natureza, a observação de aves, a navega-ção recreativa a remo, à vela e a motor são ac-tividades cada vez com maior expressão na região

Obra grandiosa localizada no coração do Alen-tejo, a Barragem de Alqueva, insere-se na ba-cia hidrográfica do Rio Guadiana e desde 2002 está a formar o maior lago artificial da Europa. A albufeira ocupa uma área de cerca de 250km2, sendo o seu perímetro de 1160 km, estendendo-se ao longo dos municípios de Portel, Mourão, Moura, Reguengos de Monsaraz e Alandroal.

O castelo apresenta-se em forma de polígono ir-regular, aproxisítio aproximadamente circular, con-trafortado nos ângulos formados pelo encontro dos planos de muralha por cubelos semi-circulare

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As actividades ao ar livre como a pesca de-sportiva e utilização como zona balnear; ou os passeios na natureza, a observação de aves, a navegação recreativa a remo, à vela e a motor são actividades cada vez com maior expressão na região.

Obra gran-diosa local-izada no coração do Alentejo, a B a r r a g e m

de Alqueva, insere-se na bacia hidrográfica do Rio Guadiana e desde 2002 está a formar o maior lago artificial da Europa. A albufeira ocupa uma área de cerca de 250km2, sendo o seu perímetro de 1160 km, estendendo-se ao longo dos municípios de Portel, Mourão, Moura, Reguengos de Monsaraz e Alandroal.

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Portel tanto por descobrir ...

Graças à grande autonomia destas embar-cações, os utentes poderão navegar pelo Grande Lago nas zonas autorizadas, poden-do aportar com facilidade e deslocar-se a pé ou de bicicleta às povoações ribeirinhas e a outros destinos, usufruindo de todo o poten-cial turístico da região.As embarcações, para além dos quartos, das instalações sanitárias e das áreas comuns, possuem zonas de solário, de pesca, e bar-becue exterior, pelo que estará garantida a ausência de monotonia para quem alugue es-tas embarcações. Os barcos casa possuem ainda dois pontos de comando, um exterior no tombadilho e outro interior, ambos com uma ampla visibilidade, que permite uma navega-ção em total segurança.

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Beneficiando da riqueza e diversidade da flora da Serra de Portel, associada a condições cli-matéricas favoráveis, o mel de Portel, esse “fio de ouro”, possui características muito próprias, que lhe confere uma excelente qualidade.O rosmaninho (Lavandula stoechas), planta aromática que predomina na serra, dá ori-gem ao mel característico desta região.

A cortiça é sem dúvida um dos produtos mais tipicos da região de Portel. Uma visita pelos campos de sobreiros na altura da retirada da cortiça pode ser um interessante e diferente passeio.

As pastagens verdegantes que nascem ao longo da serra de Portel porpocionam a ali-mentação natural ideal para a pastoricia da região. O queijo de cabra que se obtem apar-tir do seu leite é um dos produtos mais apre-ciados da região.

O artesanato assume papel importante nas gentes de portel, podemos percorrer as suas ruas e encontrar lojas de produtos da região, tais como sapatos e pantufas à base de lã de ovelha, objectos de recoração manufactura-dos onde a cortiça volta como matéria prima.

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O Congresso das Açordas é um evento que pretende valorizar um dos pratos mais emblemáticos da gastronomia alente-jana – a Açorda, assumindo-se como um fórum, um espaço de partilha e debate, sobre o nosso património gastronómico.Associado ao Congresso das Açordas, a Feira Gastronómica e de Produtos Region-ais, onde é possível provar as “mil e uma açordas” que Portel tem para oferecer, são iniciativas que atraem milhares de visitantes.Exposições, concursos, fado e o cante tradicional preenchem os dias e as noites do Congresso das Açordas

SÃO PEDRO” Largo 5 de Outubro, 6A - 7220 Portel Tel. 266 611 520

SÃO PEDRO II” Rua D. João V - Charneca da Caparica, 39 Tel. 212 969 405

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Casas do MontadoMorada: Rua de Évora, 25 - 7220-397 PortelTelefone/Fax: 266 087 165Telemóvel: 917 629 261 / 937 114 930E-mail: [email protected] Página Internet: www.casasdomontado.supage.com

Classificação: Hotel Rural Morada: Largo Miguel Bombarda, 8 - 7220-369 Por-tel Telefone: 266 619 010 Fax: 266 619 011 Página Internet: www.refugiodavila.com

SÃO PEDRO” Largo 5 de Outubro, 6A - 7220 Portel Tel. 266 611 520

SÃO PEDRO II” Rua D. João V - Charneca da Caparica, 39 Tel. 212 969 405

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Mértola tanto por descobrir ...

P o v o a ç ã o muito antiga, Mértola foi porto

fluvial do tráfego mediterrânico e car-rega a História consigo. Primeiro foram

os comerciantes fenícios que escolheram o Guadiana como caminho, depois os Car-tagineses. Os Romanos (que lhe chama-ram Myrtilis) embelezaram-na e os Árabes (chamaram-lhe Mertolah) fortificaram-na.

D.Sancho II conquistou a povoação em 1238.

Nas terras deste concelho existem vestígios de Mértola ter sido um entreposto comercial importante na época dos Fenícios, Cartagine-ses, Romanos e Árabes, devido à existência de via fluvial e terrestre com ligação ao Sul da península.Os Árabes deixaram uma fortaleza, posteri-ormente ocupada pelos cristãos, e uma mes-

quita, que veio a ser transformada em igreja paroquial da sede do concelho. Em 1238, D. Sacho II conquista Mértola aos mouros, do-ando a vila à Ordem de Santiago para esta a repovoar.

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Existem alguns torreões amparando mural-has, em grande parte obra de mouros, mas com muita silharia romana. Referência tam-bém para a Igreja de Nossa Senhora da An-unciação, matriz de Mértola, dos séculos XI-XIII e que sofreu alterações no século XVI, em

estilo manuelino e renascentista. Destaca-se ainda o Santuário de Nossa Senhora de Aracelis ou Araceles e o património mineiro, como o porto de escoamento do Pomarão, o bairro dos mineiros e as suas infra-estruturas, que constituem marcos importantes da época de exploração mineira.

Apesar da sua posição estratégica, o Castelo de Mértola perde importância e o abandono a que foi sujeito estende-se às suas muralhas. Do recinto castrense, para além da já men-cionada altiva torre de menagem trecentista, subsistem uma outra torre menor e alguns cubelos defensivos que reforçam os arruina-dos panos de muralha e que se estendem até à vila, para além de outras edificações defen-sivas, algumas das quais revelando estrutu-ras e materiais romanos e árabes. No centro da praça de armas encontra-se a cisterna,

coberta por uma abóbada de berço.

Cerca de cinco séculos mais tarde, a contra-ofensiva das armas cristãs fazia sentir a sua pressão sobre as margens do Guadiana. O crepúsculo do Islão em território nacional iria ocorrer nos meados do século XIII. Com efei-to, Mértola é conquistada por D. Sancho II em 1238, doando este monarca o seu castelo à Ordem de Santiago da Espada - monges-mili-tares que já tinham na sua posse a defesa de outras localidades no Sul do País. Antes da sua transferência para Palmela, os Espatários fizeram de Mértola a sede da sua ordem.Igreja MatrizA Igreja Matriz de Mértola é um reaproveita-mento cristão da antiga mesquita muçulmana dos séculos XII-XIII. Foi com os cavaleiros da Ordem de Santiago, em 1238, depois de sa-grado para o uso do ritual cristão, que este edifício recebeu a sua primeira intervenção, que lhe alterou a sua primitiva configuração de mesquita árabe.Hoje, a Matriz de Mértola apresenta uma temática mudéjar do século XVI. Mas, ape-sar disso, torna-se possível, a partir de certos elementos arquitectónicos e decorativos, re-constituir o templo mourisco.

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Mértola tanto por descobrir ...

Feira do Mel, Queijo e Pão

O saber aliado à tradição criou um conjunto de produtos tradicionais de sabores e quali-dades ímpares. O pão, o mel, o queijo de cabra e de ovelha, os enchidos, a doçaria e a tecelagem são alguns dos produtos tradi-cionais do Concelho de Mértola. De modo a promover estes produtos, a Autarquia realiza anualmente, em Abril, a “Feira do Mel, Queijo e Pão”.

Festival Peixe do Rio - Pomarão

Quanto à Gastronomia o concelho dispõe também de um vasto leque de pratos típicos muito apreciados pelos turistas. A lampreia, a caldeirada de peixe do Rio o ensopado de enguias, as ovas de saboga, o gaspacho, a perdiz, o ensopado de borrego, as migas, a açorda, os espargos, as túberas con-stituem uma mostra do que de bom se pode saborear em Mértola. De modo a promover o Peixe do Rio nas suas mais variadas formas de concepção, é realizado, anualmente o “Festival do Peixe do Rio”, na localidade ribeirinha do Pomarão.

Festival Islamico

O Festival Islamico oferece a que visita Mertó-la uma interessante e fascinante retorno à época. Mertóla cobre-se de inumeras cores e cheiros e impossivel ficar-se indiferente. A gastronomia da época, o chá de menta típi-co, a musica são elementos aos quais não vai ficar indiferente.

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As mantas de trapos de Mertóla são produtos muiro apreciados pelos seus visitantes. Ante-riormente usadas como cobertas actualmente procuradas como peças de decoração.

As mantas de influência islâmica e tecidas pelos métodos tradicionais são um ponto alto na riqueza patrimonial desta autarquia. Por favor escolham Mértola para um dos vossos destinos de fim de semana. Boa comida, boa dormida e uma paisagem deslumbrante en-quadrada pelo Guadiana e pelos vestigios is-lâmicos tão presentes naquela brancura.

Comer muito mel irá oferecer-lhe muitos anos de vida. Conhecem-se as suas propriedades rivigorantes à imenso tempo. Produto doce segregado pelas abelhas, Mertola produz um mel de elevado qualidade gaças aos seus campos repletos de rosmaninhos.

O queijo de ovelha reconhecido e apreciado por muitos, é dos produtos mais procurados da região.Graças às suas carateristicas particulares, já foi merecedor do 1.º prémio de qualidade de queijo da região de Serpa.

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Mértola tanto por descobrir ...

AlcarialMonte GatãoSão Pedro de Sólis7750-707 Mértola

Alengarve (2.ª)Avenida Aureliano Mira Fernandes7750-320 Mértola

Alentejo (2.ª)Rua Grande, 3Moreanes7750-409 Mértola

Restaurante Cegonha BrancaAv. Aureliano M. Fernandes, MértolaTel.: 286 611 066

Restaurante Boa ViagemRua Dr. Afonso Costa, MértolaTel.: 286 612 483

Restaurante Preguinho da MuralhaRua Alves Redol, MértolaTel.: 286 612 701

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Hotel São Domingos Rua Dr. Vargas - Mina de São Domingos, - Mertola O hotel inaugurado em 2004 é uma simbiose de construção alentejana e pós vitoriana.

Monte do Alhinho (Santana de Cambas)Alojamentos - Turismo no espaço ruralCaixa Postal 1 - 7750-909 - MértolaTelefone: +351 286655115E-mail: [email protected]

Monte da Bela Vista (Santana de Cambas)Alojamentos - Turismo no espaço ruralMonte dos Alves, 2632 - 7750-402 - MértolaTelefone: +351 286655012E-mail: [email protected]

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Mértola tanto por descobrir ...

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Alcoutim tanto por descobrir ...

Para ir a Alcoutim, é preciso querer ir a Al-coutim; não se passa lá por acaso: a única estrada que há para lá chegar fica distante da principal que segue rumo a Vila Real de Santo António ou no sentido inverso direito a Mér-tola; a não ser que vá de barco, pelo caminho do Guadiana. Serenamente plantada à mar-gem do rio, Alcoutim oferece a quem o visita a beleza e a personalidade das terras genuínas observadas nas ruas estreitas calcadas de pedra gasta que de cima serpeitam da igreja manuelina até lá abaixo ao cais de madeira que alberga os pequenos barcos atracados. De vez enquando um ou outro veleiro. Em Al-coutim, quase todos os seus habitantes para além de um carro têm um barco. Tal é a rela-ção amorosa que têm como o rio. Do outro lado, se esticarmos um braço podemos quase tocar a Vila Sanlúcar de Guadiana, com o seu forte quinhentista e as suas lendas de fantas-mas que ficaram da guerra civil de Espanha. Quem vai a Alcoutim é porque quer mesmo lá ir. Vá, que vale a pena.

A presença humana no território que constitui actualmente o concelho de Alcoutim poderá remontar ao Paleolítico Médio. Foram desco-bertos recentemente vestígios arqueológicos deste período, na freguesia do Pereiro. Mas terá sido a partir do Neolítico (5.000 a.C. a 3.000 a.C), que as populações construtoras de megálitos se fixaram um pouco por todo o território de Alcoutim. Testemunhos des-

sa presença são os vários exemplos de monumentos megalíticos espalhados

pelas cinco freguesias - antas, me-nires, tholos ou cistas megalíti-

cas merecem a sua visita. São também muitos os el-ementos que nos atestam a continuidade de comu-nidades humanas nos períodos que se seguem - necrópoles de cistas da Idade do Bronze e do Ferro. O

concelho, reorganizado desde finais do século XIX nas cinco

freguesias com que se mantém actualmente, pertence à comarca

de Vila Real de Santo António.

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Em Alcoutim, homenagearam-se figuras da terra ligadas ao rio, como o contrabandista, o pescador e o guarda fiscal.

Estátua do Contra-bandista (junto ao rio Guadiana)É alusiva a actividades ilícitas de contrabando, que existiam em toda a margem do rio. Ainda que ilícita, esta activi-dade desde tempos dis-tantes, que vinha referida no tratado de Alcanises, foi importante como meio

de vida dos alcoutenejos. Vivendo da pasto-ricia e da agricultura com predominância da cerealicultura, os alcoutenejos trocaram mui-tas vezes estas actividades pelo contrabando, mais problemática, mais arriscada, mas mais rentável.

Frei João de José refere no séc. XVI o comér-cio clandestino de gados para Castela, feito acima de Alcoutim. Sabe-se também que em meados do séc. XVI algumas pessoas com-pravam escravos para levar para Castela e que os passavam por Alcoutim, sem pagar a dizima da lei. Trigo e outros cereais, figos, ovos e gado (pois acarne vaila mais em Es-panha), entre outros, passavam perto da Vila, nas épocas em que afluíam os compradores a Sanlucar.

Estátua do Guarda Fiscal em constante vigia ao rio. (na zona baixa de Alcoutim, no mira-

douro do quiosque, junto ao Rio Guadiana)Muitos foram os alcoutenejos que fugiram ao trabalho árduo e pouco rentável da vida do campo para desempenhar o papel de guarda-fiscal e obter mais tarde a almejada reforma, a partir de 1885. Mas a partir do início dos anos 70 este cargo começou a ver a sua extinção

Estátua do Pescador (na parte baixa de Al-coutim, em frente à Capela de Santo António, junto ao rio Guadiana.)Homenageia a actividade do pescador, porque a pesca no Rio Guadiana foi sempre a principal actividade para a subsistência das populações ribeirinhas. No séc. XVII, Alcoutim já era considerada zona de pesca fluvial ou ponto fulcral piscatório no Guadiana. A arte e conhecimento dos utensílios de pesca faz parte da vida das gentes locais e eram usa-das diversas técnicas na pesca, tais como: pesca ao Candeio, pesca à Colher, pesca ao Tresmalho, o Covo, a Nassa, o Palangre e o Tapa Esteiro. Contudo, devido à sua reduzida rentabilidade, nos princípios de década de 90, os últimos pescadores da vila cessaram a sua actividade.

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Alcoutim tanto por descobrir ...

Situado na entrada poente da vila, o Mural de Azulejos, da autoria de Carlos Luz, composto por 31 painéis, conta e preserva histórias de Alcoutim, comemorando assim a riqueza al-couteneja: vários povos que passaram por Alcoutim e contribuíram para a riqueza cul-tural de que hoje desfrutamos, a entrega do Foral a Alcoutim pelo Rei D. Dinis (1304), o Tratado de Paz celebrado a 31 de Março de 1371, entre os reis D. Fernando e D. Henrique II de Castela (Pazes de Alcoutim), as gentes da terra e as suas expressões singulares, a vida no rio Guadiana e antigas profissões que já vão sendo esquecidas. Não deixe de visitar.

Miradouro do Guadiana Local privilegiado na vista sobre o rio Guadi-ana e sobre toda a paisagem que o envolve, no Mirad o pode relaxar e apreciar calma-mente a riqueza natural desta zona da serra algarvia. O Miradouro do Guadiana situa-se entre Alcoutim e Guerreiros do Rio. Sugeri-mos-lhe que conheça o Miradouro fazendo o percurso pedestre “PR2 - Ladeiras do Pon-tas” que ali tem inicia, um passeio de 14 Km onde se pode encontrar com os mais diversos tipos de flora e fauna locais.

Praia Fluvial Local de recreio e lazer por excelência, a Praia Fluvial do Pego do Fundo, em Alcou-tim, é actualmente um dos maiores atractivos turísticos do concelho. Situada na ribeira de Cadavais, já próximo da foz com o rio Guadi-ana, é uma praia de areia dourada bastante bem equipada com um vasto leque de infra-estruturas e serviços. Para além do apoio de praia com nadadores-salvadores, bar, sani-tários, duches, parqueamento automóvel e acessos adaptados para deficientes, a praia dispõe ainda de um parque de merendas com cobertura e mesas de madeira, um parque geriátrico, campo de voleibol e uma área para actividades lúdicas e desportivas. Com uma excelente localização, junto à zona de expan-são urbana e bastante próximo das unidades hoteleiras existentes, este espaço abraçado pela natureza assume contornos paradisía-cos, sendo, sem dúvida, uma excelente es-colha para passar memoráveis momentos de lazer e convívio.

Venha descobrir o melhor da gastro-nomia serrana e desfrutar das belas e paradisiacas paisagens na com-panhia das gentes locais.

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Feira da PerdizA Feira da Perdiz realiza-se, habitualmente, no primeiro fim de semana do mês de Outu-bro, na aldeia de Martim Longo.Organizado pela Câmara Municipal de Al-coutim, o certame promove o concelho como zona privilegiada da cinegética nacional. Na Feira da Perdiz pode encontrar uma grande variedade de artigos ligados à caça, artesan-ato e gastronomia regionais, música e várias actividades desportivas. Feira de Doces d’AvóO evento, que constitui um incentivo à produção e comercialização dos doces típicos da região, é um instrumento de divulgação, promoção e valorização do que de melhor possuímos neste sector.Durante a feira, a animação musical é uma constante e, como decorre durante a época da Páscoa, desenrolam-se simultaneamente actividades de animação infantil alusivas á época festiva, nomeadamente a pintura de ovos e a confecção de folares.

Festa de AlcoutimA Festa de Alcoutim realiza-se anualmente e começa, habitualmente, na segunda quarta-feira do mês de Setembro, durando 5 dias.A par dos tradicionais festejos, com espe-ctáculos musicais, fogo preso e aquático e actividades desportivas no rio Guadiana, a autarquia, entidade organizadora do evento, promove um variado programa de activi-dades, todas elas relacionadas com os temas a que estão subordinados aos cinco dias de festa.Com entrada livre, a festa de Alcoutim é o maior acontecimento festivo do concelho, di-rigido sobretudo aos filhos da terra que aqui se juntam nesta altura do ano.

Feira de artesanato e etnográfica de Alcoutim Para além de pretender valorizar e promover o artesanato e produtos locais, através da mostra e venda directa por parte dos próprios artesãos e produtores, o objectivo desta ini-ciativa passa também pela divulgação da gas-tronomia, música, folclore e valioso património

etnográfico da região, dando a conhecer aos visitantes a magnífica cultura popular serrana. Transportando-os, durante dois dias, numa espécie de viagem no tempo, à descoberta de um Algarve genuíno, ainda vivo e real, e dos saberes, usos e costumes das suas gentes.

Arranjos Florais: Feitos de palma de milho e decorados com ervas campestres. São peças feitas com paciência, dedicação e muita sensibilidade.Este tipo de artesanato requer muita destreza manual para dar formas de pétalas às pal-mas de milho, de onde surgem lindas flores. (Lutão, Santa Justa)

Bonecas de Juta:Figuras típicas da região, são feitas de serapilheira, com o corpo armado em estrutura de arame.

Com linho são feitas as cabeleiras e com chitas, o vestuário que as enfeitam. Os adornos, que carac-terizam a actividade que representam.

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São miniaturas feitas em metal, madeira ou barro. (Martinlongo)Cadeiras: Executadas com materiais da região, estas cadeiras são autênticas obras de arte popular. São de vários tamanhos, feitas de madeira de oliveira, as costas e os pés de loendro e o tampo é tecido com junça, uma planta que nasce espontaneamente na região. (Zorrinhos de Cima, Fortim)

Artefactos em Madeira: São essencial-mente miniaturas de peças utilitárias: doba-douras, fusos, rocas, cadeiras, cântaros ou colheres.Na sua maioria são utensílios que já caíram em desuso, mas que surgem com uma nova dinâmica, nomeadamente a decorativa. Desta forma os artesãos procuram manter viva a memória, através da miniaturização destes utensílios. (Martinlongo, Lutão, Alcaria Alta, Fernandilho, Vaqueiros)

Cestaria: Com as canas apanhadas junto do rio e das ribeiras, fazem-se cestos, caba-zes e canastas, que antigamente serviam de transporte dos produtos agrícolas e do peixe.

Têm hoje em dia outras finalidades, sendo muitas vezes meramente decorativas. Alguns artesãos fazem também chapéus de cana.(Balurcos, Alçaria Queimada, Ferrarias, Al-coutim, Azinhal, Fernandilho)Calçado: No concelho de Alcoutim ainda se confeccionam sapatos, botas e sandálias de

forma artesanal. Esta técnica mantém intac-tas as suas características, quer do ponto de vista da matéria-prima a utilizar, quer ainda das técnicas ancestrais, aplicadas na manu-facturação do calçado. (Giões)

Cerâmica: Ressurge no concelho de Alcou-tim com novas formas e cores. Umas vezes vidrada com cores fortes, outras recriando peças ancestrais.Representam o aparecimento de jovens artesãos com perspectivas actuais, baseadas nas mais antigas técnicas de tratar o barro.(Cortes Pereiras, Martinlongo)

Tecelagem: É uma das mais antigas ex-pressões do artesanato algarvio, nomeada-mente de Alcoutim. Hoje em dia, ainda é feito nos teares manuais e de forma tradicional, desde a montagem da teia e da trama até ao corte e cosedura.

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massa de pão, o nógado, filhós, folares e aze-vias.A acompanhar as refeições não pode faltar um bom vinho caseiro e como digestivo uma aguardente de figo ou de medronho ou um dos licores tradicionais.

AlcatiãBairro do Rossio8970-052 Alcoutim

Central (Casa de Pasto)Pereiro8970-301 Alcoutim

SoeiroRua do Município, 48970 Alcoutim

Estalagem do Guadiana:Bairro do RossioLocalidade: Alcoutim Código Postal: 8970-052 -Alcoutim Contactos: 281540120Fax: 281540120

Hotel Rural Guerreiros do RioGuerreiros do Rio, AlcoutimE.N. 1063, Guerreiros do Rio8970-025 ALCOUTIM281 540 170281 540 179

Pousada da Juventude de AlcoutimAlcoutim

8970-022 Alcoutim Tel: 281 546 004

Fax: 281 546 332

Entre os vários artefactos produzidos, con-tam-se as mantas feitas de retalhos, lã ou linho. Além destas, fazem-se também, col-chas, toalhas de linho, alforges, sacos, ta-petes e muitos outros artigos. (Penteadeiros, Vaqueiros, Clarines, Mestras)

Encontra um variado leque das peque-nas maravilhas feitas por mãos hábeis dos artesãos da região à venda na Casa de Arte-sanato, situada no centro histórico da vila

de Alcoutim, mesmo em frente à casa dos Condes e ao lado do posto de turismo.A proximidade do rio Guadiana, a riqueza cinegética e a agricultura praticadas no con-celho de Alcoutim, reflectem-se na sua gas-tronomia. Os pilares da alimentação no con-celho são sobretudo a carne de porco, o pão e o azeite. A carne de porco é um dos pilares mais importantes na riqueza gastronómica al-couteneja. A matança do porco, habitualmente entre Novembro e Dezembro, proporciona ali-mento para todo o ano, porque, para além de todas as partes do porco serem comestíveis, a sua carne é fácil de conservar.O pão é utilizado para confeccionar diversos tipos de pratos e tem a vantagem de se poder aproveitar mesmo depois de duro - as migas, sopas, açordas, gaspacho ou ensopados são habitualmente confeccionados a partir de pão duro.

Nas zonas mais próximas do rio Guadiana, o peixe também faz parte dos pilares da alimen-tação, nomeadamente a lampreia, a enguia, o barbo e o muge. Estas bases são comple-mentadas pelos produtos da horta (frutas, legumes e hortaliças), pelas árvores (oliveira, amendoeira, figueira e medronheiro, etc.) e pelas plantas e ervas aromáticas (orégãos, poejos, coentros, etc.)No campo da doçaria, de realçar o bolo de

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