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exames e até trabalhos de
grupo/individuais, eliminando a
necessidade do TPC.
Contudo (incrivelmente)
existe um aspeto positivo nos
TPC. Imagine-se que o
estudante tem dificuldades
numa determinada matéria, o
TPC pode ajudá-lo a obter uma
nota mais positiva, uma vez
que o faz contornar as suas
limitações. Apesar disto, um
mundo sem TPC’s iria ser um
mundo melhor. Sem os
TPC, os alunos poderiam ficar
com mais tempo livre para
fazer o que quisessem.
Além disso, os pais dos
estudantes, podiam reduzir os
custos, tirando aluno do ATL
em que normalmente anda.
Concluímos então que os TPC
só deviam ser direcionados,
estrategicamente, aos alunos
com dificuldades e aos
malcomportados ou distraídos.
Carlos Dias
Filipe Vieira
Muitos perguntam como
seria o mundo sem os TPC?
Muitos respondem que iria ser
um mundo bem melhor, outros
mostram-se indiferentes, e uma
pequena percentagem pensa
que o trabalho de casa é
indispensável.
TPC, abreviatura de
trabalho para casa e, para
m u i t o s j o v e n s
estudantes, uma verdadeira
tormenta. Já apelidado de
Tortura Para Crianças, imensos
alunos entram em depressão e
por vezes fazem uma barulheira
quando o stor os anuncia, para
testar as suas capacidades e a
atenção prestada durante as
aulas. Quase todos já sabem
que alguns professores vão
pedir toneladas de TPC’s. Numa
entrevista exclusiva soubemos
que as disciplinas em que
alguns jovens lusos sofrem as
maiores tormentas são: História
e Matemática e alguns alunos
demonstraram–se insatisfeitos
com a carga de trabalhos que
têm recebido desde o início do
presente ano letivo. A opinião
com que ficámos foi que os TPC
não deviam existir, pois os
alunos já têm muitas atividades
com que se preocupar. Para
além disso, a pressão que há
sobre eles é extremamente
intensa. Por exemplo: às vezes,
têm simultaneamente uma ficha
de avaliação de Ciências e de
fazer um trabalho de quatro
páginas para Geografia. Por
último, já há várias provas para
o aluno definir a sua nota:
testes, questões aula, mini
testes, perguntas na aula, testes
intermédios, provas de aferição,
Como seria o mundo sem os TPC?
O Charco da nossa escola O charco da escola D.
Pedro IV foi construído há dois anos
atrás. Esta iniciativa foi fruto de
uma turma do 8º ano da altura. O
projeto surgiu porque os mesmos
encontraram uma rã e não sabiam
onde a pôr a viver. A reforçar a ideia
está ainda o programa de 8º ano
que, ao abranger o tema da
ecologia, torna o charco um
laboratório vivo para os alunos.
O charco desenvolveu
algumas espécies em seu redor e
de acordo com doutor Rui Rebelo,
charcólogo (que veio cá à escola), o
charco é já um ecossistema,
contribuindo bastante para evitar a
extinção dos anfíbios e embelezar
a escola.
Ao contrario do que muitos
pensam, no charco não se
desenvolvem espécies nefastas
como mosquitos, pois, segundo o
doutor Rui Rebelo, os mosquitos
desenvolvem-se em latas de
comida húmida e não em charcos.
Segundo a professora Antonieta
(responsável pelo charco), os
alunos que o ano passado
atiravam pedras e sujidade para o
charco já quase não o fazem, o que
melhorou as condições deste
laboratório vivo.
Assim discordamos de
muitos que acham que o charco
não é bom e que é uma perda de
tempo.
Martim Rosado
Textos de Opinião
Vítima de T.P.C.
Inauguração do charco da escola
D. Pedro IV.
17
Para quê reciclar?
Esta é a pergunta que muitas
pessoas fazem quando lhes
dizem para o fazer.
A reciclagem é um
dos meios que temos para
diminuir a poluição, pois
deixa de haver tantos
mater iais para serem
queimados nas lixeiras e
deixam de ser emitidos tantos
gases poluentes para a
atmosfera. Os gases que são
emitidos pelas lixeiras
destroem a camada de ozono
e aumentam o efeito de
estufa, provocando o
aquecimento global que fará
com que o gelo dos polos
derreta, inundando os
continentes.
Porém, há pessoas
que não sabem distinguir
certas embalagens e
colocam as de cartão no
ecoponto amarelo e as de
plást ico no ecoponto
azul. Também existem
pessoas que não têm
paciência para dividir as
embalagens e deitam tudo
para o caixote do lixo
convencional, como todos já
devem ter visto. Assim, para
que não aconteça nenhuma
catás t ro fe no f u turo ,
apelamos a todas as pessoas
para que reciclem.
Armindo Soares
Bruno Almeida
Reciclagem...
As Consolas e os Jovens utilizador da consola para o
mundo aberto, não na rua,
mas no conforto do lar. Faz-
nos chegar ou viajar até
lugares distantes que nunca
descobriríamos se não
acedêssemos a es tas
consolas. Ganhamos até
c u l t u r a g e r a l e m
variadíssimos jogos (por
exemplo de estratégia ou até
educativos) Eu, por exemplo,
fui teletransportado, no mais
recente jogo que adquiri, até
ao calor do deserto Rub-Al-
Khali, passando pelas ruas de
Londres, e até mesmo por
aldeias e províncias, nunca
antes descobertas, no Médio
Oriente. Fui teletransportado
p a r a u m a p r o d u ç ã o
cinematográfica ao nível de
u m G r a m m y F u i
t e l e t r a n s p o r t a d o p a ra
c a s t e l o s e p a l á c i o s ,
santuários ou estaleiros
sempre com muita ação e
sem uma centésima de tédio.
Não existem desigualdades
sociais, nem “crise”, nem
“troikas”, só um momento de
lazer em que nos sentimos
confortáveis e entretidos
todos os segundos. Se temos
de ficar fechados em casa
doentes ou atormentados por
outros males, porque não
divertirmo-nos, aprendermos
e relaxarmos...tudo ao
alcance da maior parte das
pessoas.
A s m e n t e s
desatualizadas acusam estas
consolas de contribuir para
vícios, problemas de saúde e
de esconder mentes mal
intencionadas. De facto, não
podemos negar isto. Mas nada
é perfeito. Aliás, o vicio é
controlável (não se esqueçam,
é “só” um passatempo), os
problemas de saúde evitáveis e
as más intenções facilmente
prevenidas. Se preferirem, não
precisam de entrar no extenso
mundo on-line, apesar de
perderem o maior divertimento,
e também perdermos a
possibilidade de recebermos
cultura. Mesmo off-l ine,
estimulamos o raciocínio,
melhoramos a coordenação
f ís ica e a rapidez de
movimentos.
R e s u m i n d o , o
divertimento, o aprender, mas
acima de tudo o desfrutar do
jogo está ao teu alcance. E
estes mesmos jogos fazem
crescer e rever-nos em grandes
personagens que têm uma
extraordinária coragem, e
fazem com que sonhemos e
sejamos transportados para
outros mundos. Mundos
perigosos, mas mágicos, que
controlamos com a nossa
mente. Ah, e com os dedos.
João Pereira
Daniel Dias
As Consolas, a meu ver,
foram uma das criações
tecnológicas do século, talvez
até de sempre.
Com um “clic” num
botão, acedemos à internet,
falamos com os amigos. Com a
compra de um auricular, a que
todos têm acesso (preço
simpático), falamos com quem
quisermos (literalmente uma
espécie de “Skype” numa
pequena caixa de 20 cm!!!!), ou
apenas desfrutamos dos
gráficos arrebatadores ou das
decisões que temos de tomar a
cada passo que damos num
conto de fadas em que a história
muda através das opções que
temos de tomar e através dos
diferentes inimigos ou amigos
que te pedem ajuda. Aceitar ou
recusar? Tu escolhes. É um
espaço fantástico que estimula e
treina várias partes do corpo e
da mente. Lá, consegues
g u a r d a r q u i l ó m e t r o s e
qui lómetros de h istórias
magnificas e até o máximo
pormenor do pestanejar de uma
personagem.
Muitos acusam-na de
i s t o o u d a q u i l o , m a s
provavelmente nunca lhe
tocaram, nunca sentiram o que
os jogadores assíduos sentem.
A s s í d u o s n ã o s i g n i f i c a
obcecados ou viciados. Muitos
dizem que nos fecha para o
mundo aberto na rua. Eu
respondo com o mandar do
Textos de Opinião
As Consolas
e
os Jovens
“É um espaço
fantástico que
estimula e
treina várias
partes do corpo
e da mente.”
Jovem a jogar
consola.
Jovem a jogar
computador.
18
A leitura poderia ser descrita
como uma fonte de prazer, desde que
não fôssemos obrigados a isso, pois
ninguém gosta de ler por obrigação,
ninguém gosta que lhe digam o que
fazer. As crianças foram obrigadas a
ler, por isso crescem e tornaram-se
jovens sem gosto pela leitura. Talvez
nunca tenham experimentado entrar
numa Bertrand ou numa Fnac, olhado
para a capa de vários livros, e
escolher um que lhes agradasse.
Talvez nunca tenham folheado um
livro, descoberto de que se tratava,
quem era o protagonista e os seus
amigos, ou se tinha sequer amigos.
Provavelmente.
Provavelmente, os únicos
livros em que pegaram foram os
manuais escolares e aqueles livros
que a professora de Português
disse para lerem. Por essa razão,
nunca descobriram que um livro
pode ser um portal para outro
mundo, ou uma fonte de saber com
informações interessantes sobre o
mundo, ou a História, ou o ser
humano. Por essa razão, afirmam
apenas ter entrado na biblioteca da
escola quando está a chover lá fora
e o bar apinhado de alunos. Por
essa razão dizem que ler é
aborrecido.
Ler é uma experiência nova
a cada livro, a cada página, a cada
palavra. Um livro pode ser sobre
cavaleiros e princesas, sobre o
futuro, ou sobre a história da vida
de um artista que nós nunca
pensámos ser assim, sobre um crime
com um final surpreendente ou
apenas a história de amor entre dois
irmãos que não sabem que o são.
Pode apenas ser um dicionário!
Ninguém alguma vez pensou em ler
um dicionário, palavra a palavra, mas
podem ter a certeza que, se
folhearmos um desses exemplares,
iremos descobrir palavras novas que
talvez nos ajudem a perceber aquela
passagem daquele livro que um dia
lemos e não percebemos muito bem,
porque não tínhamos tido a sorte de
abrir o dicionário naquela tal página.
Ler por prazer pode ser uma
das maiores experiências, pois
quando o fizermos, pela primeira vez
a leitura nunca mais terá o mesmo
significado. Ler por prazer e não por
dever é ser livre de pensar, fazer e
imaginar tudo o que não é possível
ser real, mesmo que a história seja
verídica. Um livro é sempre um portal
para uma realidade que não é a
nossa.
Margarida Almeida
Há pouco tempo foi criada uma lei que
proíbe os pais de fumarem em carros que levem
crianças, mas se alguém já presenciou o
cumprimento desta lei, por favor, levante o
braço. «Que mal tem fumar perto das
crianças?», «Ninguém as obriga a pegar num
cigarro e num isqueiro e fumarem, pois não?».
Se perguntarem a algum dos fumadores menos
sensatos e responsáveis que conhecem - sim,
porque também existem fumadores cientes dos
riscos, apesar de serem poucas pessoas - serão
estas, entre outras do mesmo género, as
respostas que irão ouvir. Mas algum de vós, pais
viciados em tabaco, se lembra de quando era
criança e os seus progenitores cometiam este
ato? De como o fumo dos cigarros, além de
outros danos menos visíveis, vos queimava os
olhos e provocava tosse? Decerto que não, mas
o tabaco faz isso e muito mais às crianças. O
tabaco provoca dependência, pelo que muitos
destes jovens se tornarão adultos viciados em
cigarros. O tabaco polui os pulmões, a garganta,
os dentes e até os dedos; o tabaco entope as
artérias; o tabaco causa doenças que
infelizmente podem não ter cura, entre elas o
Hoje em dia, o tabaco é
consumido por muitas pessoas e, apesar
de existirem diversas maneiras de largar o
vicio, imensos impedimentos para os
fumadores e de as consequências estarem
à vista de todos, o número de fumadores
não parece querer baixar. Cada vez são
mais conhecidos os casos em que um
fumador prejudica a sua saúde e a dos
outros.
As crianças e os jovens são
muitas vezes vítimas deste ato de
indiferença, pois os pais, familiares e os
restantes adultos do ambiente em que
vivem são muitas vezes fumadores. Que
podem as crianças fazer contra o vicio de
um adulto? Um vício que nem os
“crescidos” conseguem controlar?
Reclamar? Podem tentar, mas muitas
vezes não ajuda. Muitos já tentarem
impedir este ato que até pode não parecer
muito grave à primeira vista, mas que, se
for bem analisado, pode revelar-se
perigoso para os jovens, para a sua saúde
e para os seus futuros.
cancro do pulmão; o tabaco provoca a
morte! Podem até afirmar que não há
problema, que as crianças não vão sofrer
nenhum destes danos, que elas não estão a
consumir o tabaco, que não estão a fumar,
que não se torna dependente por ver os
outros fumar, mas a verdade é que um
fumador passivo pode sofrer quase tantas
consequências e quase tão intensas como
alguém que fume deliberadamente.
Por fim, o tabaco pode ser uma
viagem em que normalmente os bilhetes de
volta estão esgotados, uma viagem só de
ida, para um mundo em que nós não
mandamos nas nossas vontades em que
não temos o controlo das nossas vidas.
Patrícia Cruz e Margarida Almeida
Ler apenas por prazer
O Tabaco e os Jovens
Textos de Opinião
Fascínio da leitura de um livro.
Imagem sobre a relação entre o
tabaco e o que provoca.
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Os jogos casuais são um modo de nos divertirmos sem nos
cansarmos demasiado, tanto física como psicologicamente, mas de uma
maneira muito viciante. Isto acontece, pois estes jogos são baratos, podem
seguir-nos para todo o lado, desde que sejam descarregados num
dispositivo portátil e, principalmente, porque é muito fácil ganhar.
A verdade, como explica o Dr. Joaquim Margalho Carrilho,
psiquiatra especialista em adição, é que estes jogos podem ser tão ou mais
viciantes do que os de computador, de casino ou as apostas online, pois
estão constantemente a favorecer quem os joga sem exigir muito do
jogador. Os seus criadores garantem que isto é feito de propósito, de modo
a garantir o seu sucesso, para além disso são criados para todo o tipo de
pessoas, desde crianças a idosos, de operários a cirurgiões.
Este tipo de jogos pode ser uma ótima solução para um dia de
trabalho cansativo e stressante. Relaxam, divertem e distraem-nos dos
problemas do dia-a-dia. Com um simples arrastar de dedo ou rato,
conseguimos contribuir para a vingança dos passarinhos a quem os ovos
foram roubados pelos malvados porcos verdes (enredo de Angry Birds) ou
partir peças de fruta, tentando não tocar nas bombas (Fruit Ninja).
É verdade que podemos alegar que estes jogos são estúpidos e sem
nexo, mas esse é um dos segredos. Podemos dizer que disparar sementes
através de plantas contra zombies com baldes na cabeça (Placts VS
Zombies) é infantil e completamente louco, mas não podemos dizer que
não seja, no mínimo, um enredo curioso, tal como todos os exemplos
destes jogos. Engraçados, distrativos e fáceis.
Em tempos de crise é praticamente inaceitável gastar quarenta,
cinquenta, sessenta euros, por aí adiante, em jogos, como é o caso das
grandes produções para as consolas como a Playstation ou a Wii. A
maioria das versões integrais destes jogos está entre alguns cêntimos e
qualquer coisa como três euros. Quase todos estes jogos têm versões light
gratuitas, constituindo esta uma solução perfeita para uns minutos de pura
diversão e relaxamento em tempos de contenção de despesas.
Mais outro facto que não vai nada a favor destes jogos: viciam,
demasiado. Tal como a nicotina, o álcool e as drogas, o corpo, neste caso o
cérebro, habitua-se a um estímulo, vezes sem conta, e depois não consegue
passar sem ele. O tratamento também é o mesmo, mas jogar uns minutos
por dia não significa estar completamente viciado em jogar Angry Birds ou
Bejeweled. Com o tabaco é a mesma coisa, há quem fume um maço por
dia e quem fume quatro. Acordar a meio da
noite para jogar não é saudável, mas pode ser
controlável.
Concluindo, estes jogos são uma
inovação no mundo do divertimento e no
mundo tecnológico. Uma maneira prática de
nos divertirmos sem termos de exigir muito
do nosso cérebro. Uma maneira barata de
relaxar e esquecer os problemas, ainda que
seja por uns breves minutos. Margarida Almeida
Textos de
Opinião
“Uma
maneira
prática de
nos
divertirmos
sem termos
de exigir
muito do
nosso
cérebro.”
Angry Birds, Bejeweled, Fruit Ninja,
Logos Quiz… Estúpidos? E viciantes?
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