Revista Acácia

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Revista da Maçonaria Acácia. Assuntos dos altos graus (grau 33). Age Comunicação. Mauricio Pinzkoski.

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Mensagem

Atualmente os recursos audiovisuais disponíveis, princi-palmente para as entidades iniciáticas, estão cada vez em maior quantidade de opções e uma enorme varieda-

de de aplicativos o que permite a criação de efeitos especiais que nos encantam cada vez mais.

Por outro lado o desempenho dos oficiais respon-sáveis pela operacionalidade de ensinamento, nas ses-sões, por vezes ficam devendo melhores execuções e, não raro, sentimos a dificuldade de certos irmãos, tanto na leitura como na interpretação, o que fragiliza, deste modo, a transmissão das informações.

Esta situação permite levantar críticas com re-ferência ao aprendizado, quer no aspecto da capa-citação dos instrutores, ou na falta de interesse do publico alvo.

Será que estamos possibilitando um “mal sa-ber fazer”, ou a personalidade dos mestres está dissociada da realidade? Caso positi-vo, devemos revisar, urgentemente, nossas adequações e tomar as devidas providên-cias para transformar o “saber” em “saber fazer” ou ”saber transmitir”.

Aprendizado

“Todo o aprendizado teórico ou prático ressalta o fato de que um “saber” ou um “saber fazer” não pode constituir-se um sistema fechado, espéciede espaço neutro em que cada um poderia penetrar sem risco, deixando sua personalidade no vestiário”

George Gusdorf – Para que professores?

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O Homem Inteligente Aprende.../El Hombre Inteligente Aprende...Mario Galante Pacheco

Ritual de 1928 – Rito Escoces Antigo e AceitoArcy Souza da Costa

Das Mensagens, Revelações e Professias do Mundo AstralDelmar E. Brandão

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Arte da capa desta edição.

Associação Acácia – CNPJ 97.323.562/0001-08

Revista Acácia – Revista periódica com circulação no Exterior – Ano XXII

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tos Trindade / Delmar Brandão / Edgar Mendy de Baeremaecker / Elias Maraninchi Giannakos / Erich

Josef Stalder / João Batista de Carvalho Silveira / Jorge Luiz Kunzler / Moacir Dias Pires / Osvaldo da

Rocha Michel / Telmo Antônio De Brito / Varcedi Anflor Pacheco / Wagner Luciano dos Santos Machado.

Correspondente no Exterior

Uruguai Diego Rodrigues Mariño

Projeto gráfico e Diagramação

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Expediente

Índice

Mensagem – Aprendizado

Consagração da impunidade/Consagración de la ImpunidadAilton Branco

Uma Nova OndaCarlos de Menezes Castro

Lenda – Esopo/ Livro – Inteligência Emocional, de Daniel Goleman

A Realidade do Sagrado na teoria de Mircea Eliade...Carlos Magno Maurer das Neves

Índice/Expediente

Qualidade de Vida/Calidad de VidaOsvaldo Rocha Michel

A Terceira ViaLuiz A Rebouças dos Santos

Patriotismo e CidadaniaFloriano Gonçalves Filho

Constelações FamiliaresMargarita Délia Mourinho

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ExPREssõEs HuMAnAs A capa, traz ao público leitor algumas das facetas humanas mostradas ao longo da nossa vida. Trata-se de um mundo cheio de mistérios e lutas travadas diariamen-te nas ruas das nossas cidades, em nossos lares ou em nossos afazeres. Mas há, também, o lado positivo demonstrando expressões alegres em nosso cotidiano. são elas que nos permitem mostrar afeto uns com os outros. são elas também, as responsáveis por uniões que duram a vida inteira. Por essas razões, utilizarmos - ou não - as máscaras da vida que nos torna mais humanos.

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A CABRA

ASNO

uma cabra e um asno viviam na mesma casa. A cabra ficou com ciúme porque o asno recebia mais ração do que ela e, en-

tão, lhe disse:

– Que inferno é a sua vida! Quando não está no moinho, está carregando um fardo! Quer um conselho: quer descansar? Faça como se estivesse tendo uma crise de epilepsia e caia num buraco.

O asno achou que era um bom conselho: caiu de propósito e quebrou os ossos. Seu dono foi atrás de um médico para socorrê-lo.

– Se lhe der um chá de pulmão de cabra, ele vai se restabelecer.

Acabrafoisacrificadaeoasnoficoucurado.

Quem maquina contra os outros termina fazendo o mal a si próprio.

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A avaliação das pessoas apenas, pelo foco do raciocínio lógico e das habilidades matemáticas, deve ser acrescida também, pela quantificação e impactação das emoções com a intenção de obter resultado mais apropriado como responsável pelo sucesso ou fra-casso das pessoas.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

Daniel GolemanPhD pela Universidade de Harvard

Editora Objetiva

Livro

Lenda

e o Esopo

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Este Artigo decorreu de uma solicitação queme fizeram sobre “a possibilidade de aproveitar a experiência dos mais velhos”,

como a dizer-se “o que faço para te ouvir, quan-do o que dizes me parece tão desinteressante e sem sentido?”. O ser humano, quando vem ao mundo, está totalmente indefeso e dependente daque-les que o cercam, seja na egrégora familiar, mãe, pai e irmãos, nesta ordem, quando tem a sorte de contar com uma família constituída, ou de preceptores, quando despojado desse míni-mo amparo.

Seja da família, ou de seus preceptores, quando estes estão presentes, o ser humano re-ceberá os princípios e amparos, mais elementa-res, em termos de higiene, alimentação, educação, segurança e proteção, sem deixar de mencionar o afeto, tão fundamental para seu equilíbrio psíquico, dentre outros... Este é um momento em que a ex-periência dos mais velhos é buscada e aceita, de maneira indiscutível.

Logo chegará o momento em que tudo isso lhe será cobrado, pois deverá dar o retorno, em ter-mos de retribuição ao grupo... retribuição que pas-sa pelo seu crescimento pessoal e do seu grupo. Assim prossegue o ciclo de sua existência!

Este Artículo decurrió de una solicitación que me hicieron sobre “la posibilidad de aprovechar la experiencia de los más vie-

jos”, como a decirse “que es lo que hago para oirte, cuando lo que dices me parece tan desin-teresante y sin sentido?”. El ser humano, cuando viene al mundo, está totalmente indefeso y dependiente de aque-llos que lo rodean, sea en la egrégora familiar, madre, padre y hermanos, en este orden, cuando tiene la suerte de contar con una família constituí-da, o de preceptores, cuando despojado de ese mínimo amparo.

Sea de la família, o de sus preceptores, cuando estos están presentes, el ser humano re-cibirá los princípios y amparos, más elementares, en términos de higiene, alimentación, educación, seguridad y protección, sin dejar de mencionar el afecto, tan fundamental para su equilíbrio síquico, entre otros... Este es un momento en que la expe-riencia de los más viejos es buscada y aceptada, de manera indiscutible.

Luego llegará el momento en que tudo eso le será cobrado, pues deberá dar retorno, en térmi-nos de retribución al grupo... retribución que pasa por su crescimiento personal y de su grupo. Así prosigue el ciclo de su existencia!

Mario Galante Pacheco* Mario Galante Pacheco*

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O HOmem INteLIgeNte ApReNde COm SeuS eRROS,

O SáBIO COm OS eRROS dOS OutROS

eL HOmBRe INteLIgeNteApReNde CON SuS eRROReS,

eL SáBIO CON LOS eRROReS de LOS demáS

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No todos nosotros atingimos la condición de sábios. Podemos, eso si, intentar desenvolver nuestra sabiduría, através de la aplicación en el cultivo de la mente y del intelecto, en la busca de valores y virtudes, a lo largo de nuestra existen-cia terrena.

Sinautoconfianza,porotrolado,elhombretiene gran dificultad para alcanzar sus objetivosexistenciales, y esto pasa por su mayor o menor, seguridada síquica.

Qué dice el título de este Artículo? Si fué-ramos sábios, aprenderíamos a evitar los errores cometidos por nuestros semejantes, simplesmen-te observando su proceder. Pero esto colide con nuestro comando interno que nos impele a contar connuestraautoconfianza.Así,somos llevadosaentender que nuestros semejantes no fueron efi-cientes en el uso de los recursos que disponían y, por lo tanto, no atingieron el resultado deseado. Esto nos libra para proceder de igual manera y, por consecuencia, la cometer los mismos errores.

A lo largo de la vida, con el pasar del tiempo, por bien o por mal, acabamos por entender algunos mecanismos que nos capacitan para actuar en nues-tros enfrentamientos existenciales, con resultados mejores. Esto se traduce por la palabra “Experiencia”

Experiencia – experimentar, vivir, vivenciar, etc., es el resultado que ocurre siempre y con cual-quiera! con un dia de existencia ya aprendemos algo. La certeza de no errar es de que, cuanto más

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Nem todos nós atingimos a condição de sá-bios. Podemos, isto sim, tentar desenvolver nossa sabedoria, através da aplicação no cultivo da men-te e do intelecto, na busca de valores e virtudes, ao longo de nossa existência terrena.

Sem autoconfiança, por outro lado, o ho-memtemgrandedificuldadeemalcançarseusob-jetivos existenciais, e isto passa pela sua maior ou menor, segurança psíquica.

O que diz o título deste Artigo? Se formos sábios, iremos aprender a evitar os erros come-tidos por nossos semelhantes, simplesmente observando o seu proceder. Mas isto colide com nosso comando interno que nos impele a con-tar com nossa autoconfiança. Assim, somos le-vados a entender que nossos semelhantes não foram eficientes no uso dos recursos que dis-punham e, portanto, não atingiram o resultado desejado. Isto nos libera para proceder de igual maneira e, por consequência, a cometermos os mesmos erros.

Ao longo da vida, com o passar do tem-po, por bem ou por mal, acabamos por enten-der alguns mecanismos que nos capacitam para atuar em nossos enfrentamentos existenciais, com resultados melhores. Isto se traduz pela palavra “Experiência”.

Experiência – experimentar, viver, viven-ciar, etc., é resultado que acontece sempre e com qualquer um! Com um dia de existência já aprende-

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mos algo. A certeza de não errar é de que, quanto mais frequente é a repetição de fatos semelhantes, ou idênticos, maior é a nossa segurança do conhe-cimento do fenômeno. E isto só se consegue com a passagem do tempo...

Aprendemos com a tradição que são as repetições do passado, o que parece ser uma condição dos mais idosos. Sobre este item “idoso” consideremos a diferença fundamen-tal entre o homem “velho” e o homem” “idoso”. Encontramos “velhos” em qualquer idade, mais ainda quando em função da maior vivência no tempo, se “fossilizam”, ingressando no esta-gio de apáticos sem reação. Porém igualmen-te encontramos “idosos”, ou seja, aqueles que alcançaram um número maior de anos de exis-tência, mas que continuam produtivos e porta-dores de experiência ponderável e merecedora de crédito.

Um fato irretorquível é de que todo o re-sultado positivo que alcançamos foi precedido por experiências boas e más. Assim a experiên-cia repousa no passado de nossas vivências. A inovação poderá vir e virá, conforme a marcha do progresso humano.

O homem jovem é pressionado pela “urgên-cia” da vida, em um regime competitivo, pela ne-cessidade de serem alcançados os seus objetivos cruciais. O que caracteriza sua ação poderia ser classificadacomoa“ousadia”natural,baseadaemsuaautoconfiança.Otempoestáaiparaserredu-zido ou “queimado”...

O homem “velho” ou o “idoso” já não dispõe de tempo para “queimar”, ou seja, a “urgência” do jovem é substituída pela “prudência” do idoso, para o qual o tempo é precioso e quanto mais lento em seu escoar, mais conveniente parece. O velho tem mais passado do que futuro...

Aquilo que para o jovem, representa uma verdade sem retoques, para o idoso poderá pa-recer um risco iminente, pois enquanto o primeiro temtodoo“tempodomundo”pararetificarpossí-

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frecuente eo la repetición de hechos semejantes, o idénticos, mayor es nuestra seguridad del conoci-miento del fenómeno. Y esto solo se consigue con el pasar del tiempo...

Aprendemos con la tradición que son las re-peticiones del pasado, lo que parece ser una con-dición de los ancianos. Sobre este iten “anciano” consideremos la diferencia fundamental entre el hombre “viejo” y el hombre” “anciano”. Encontra-mos “viejos” en cualquier edad, más aún cuando en función de la mayor vivencia en el tiempo, se “fosili-zan”, ingresando en el estadio de apáticos sin reac-ción. Pero igualmente encontramos “ancianos”, o sea, aquellos que alcanzaron un número mayor de años de existencia, pero que continúan productivos y portadores de experiencia ponderable y merece-dora de crédito.

Un hechofato irreprochable es de que todo el resultado positivo que alcanzamos fué precedido por experiencias buenas y malas. Así la experien-cia reposa en el pasado de nuestras vivencias. La innovación podrá venir y vendrá, conforme la mar-cha del progreso humano.

El hombre joven es presionado por la “ur-gencia” de la vida, en un régimen competitivo, por la necesidad de ver alcanzados sus objetivos cru-ciales. lo que caracteriza su ación podria ser clasi-ficadacomola“osadia”natural,basadaensuau-toconfianza.Eltiempoestáahiparaserreducidoo “quemado”...

El hombre “viejo” o el “anciano” ya no dis-pone de tiempo para “quemar”, o sea, la “urgencia” del joven es sustituída por la “prudencia” del ancia-no, para quien el tiempo es precioso y cuanto más lento su curso, más conveniente parece. Lo viejo tiene más pasado que futuro...

Aquello que para el jovem, representa una verdad sin retoques, para el anciano podrá parecer un riesgo inminente, pues mientras el primero tiene todoel“tiempodelmundo”pararectificarposibleserrores, para el segundo podrá no existir tiempo para retomar el camino seguro.

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veis erros, para o segundo poderá não haver tem-po para retomar o caminho certo.

Os idosos podem errar tanto quanto os jovens, mas, como tartarugas, podem escolher refletir sobre o fenômeno (sobre o que deu er-rado). Como as tartarugas, quem sabe se não escolherão “dormir” frente ao obstáculo que pa-rece intransponível?

Citações de Albert Einstein, sábio e genial:

“A vida tudo que faz é retribuir e transferir”;

– “Se um dia você tiver que escolher entre o mundo e o amor, lembre-se: se escolher o mundo ficarásemoamor,masseescolheroAmorcomeleconquistará o mundo”.

É fundamental que saibamos:

– Cair e levantar são uma constante e, como tal, torna-se uma fonte de sabedoria. Não importa quantas vezes caímos, mas quantas vezes fomos capazes de nos levantar.

– O que planejamos não é atingido sem an-tes termos de rever as metas, isto é um aprendizado.

– Dias felizes e tristes se sucedem de maneira natural e inevitável...Isto constituí-se em experiência...

– A vida é um milagre divino, ela consta de ação, reação e criação.

Não esqueçamos:

1. Aquilo que colhemos é o que plantamos.

2. Sem humildade, estamos sujeitos à arro-gância e ao ódio.

3. Os resultados alcançados, o lugar em que estamos, é decorrência de nossa maior, ou menor aplicação, na busca de desenvolvimento es-piritual. Os erros são os nossos professores.

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Los ancianos pueden errar tanto como los jóvenes, pero, como tortugas, pueden ele-gir refletir sobre el fenómeno (sobre lo que sa-lió errado). Como las tortugas, quien sabe si no preferirán “dormir” frente al obstáculo que pare-ce intransponible?

Citaciones de Albert Einstein, sábio y genial:

“Todo lo que la vida hace es retribuir y trans-ferir”;

– “Si un dia tienes que elegir entre el mundo y el amor, recuerda: si eliges el mundo te quedarás sin amor, pero si eliges el Amor con él conquistarás el mundo”.

Es fundamental que sepamos:

– Caer y levantar son una constante y, como tal, se torna una fuente de sabiduría. No importa cuantas veces caímos, pero cuantas veces fuímos capazes de levantarnos.

– Lo que planeamos no se alcanza sin que antes tengamos que revisar las metas, esto es un aprendizje.

– Dias felizes y tristes se suceden de modo natural e inevitáble... Esto se constituye en experiencia...

– La vida es un milagro divino, ela está com-puesta de acción, reacción y creación.

No nos olvidemos:

1. Cosechamos lo que plantamos.

2. Sin humildad, estamos sujetos a la arro-gancia y el odio.

3. Los resultados alcanzados, en el lugar que estamos, es consecuencia de nuestra mayor o menor aplicación, en la búsqueda de desarrollo espiritual. Los errores son nuestros profesores.

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4.Nuestroentornoesreflejodeloqueso-mos, mejore a si mismo y mejorará su relación con el mundo y sus semejantes...

5. Todo en el Universo está conectado. el pa-sado construye el presente, el presente construye el futuro. Existe una linearidad de causa y efecto.

6. Seremos llamados para atestiguar a favor de aquello en que creemos. la verdad existe por si mis-ma, pero precisa que seamos sus representantes...

7. La vida es una constante, vivida diaria-mente, pero submetida a frecuentes cambios. La historia se repite hasta que aprendamos as leccio-nes que nos son reservadas.

8. Solo podemos valorizar aquello que es el foco de nuestra atención. El valor de cualquier cosa es, por lo tanto, el resultado de la dedica-ción y energia que colocamos en alcanzar nues-tros objetivos.

9. La inspiración amorosa contribuye para el crecimiento del todo.

10. La paciencia es la llave que nos lleva a alcanzar: el mayor desarrollo personal, el maior conocimiento sobre el prójimo y la ampliación de nuestra visión de todo y de todos.

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4. Onossoentornoéreflexodoquesomos,melhore a si mesmo e melhorará sua relação com o mundo e seus semelhantes... 5. Tudo no Universo é conectado. O passa-do constrói o presente, o presente constrói o futuro. Há uma linearidade de causa e efeito.

6. Seremos chamados a depor em favor daqui-lo em que acreditamos. A verdade existe por si mesma, mas precisa que sejamos os seus representantes...

7. A vida é uma constante, vivida diariamen-te, mas submetida a frequentes mudanças. A histo-ria se repete até que aprendamos as lições que nos são reservadas.

8. Só podemos valorizar aquilo que é o foco de nossa atenção. O valor de qualquer coisa é, portanto, o resultado da dedicação e energia que colocamos no alcançar de nossos objetivos.

9. A inspiração amorosa contribui para o crescimento do todo.

10. A paciência é a chave que nos leva a al-cançar o maior desenvolvimento pessoal, ao maior conhecimento do próximo e a ampliação de nossa visão de tudo e de todos.

* Consultor de empresas e RH – Astrólogo – Numerólogo

* Consultor de empresas y RH – Astrólogo – Numerólogo.

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Contudo, é na base do Cristianismo, no Novo Testamento, ou em seu epílogo, que se encontra uma das profecias mais conhecidas, o Apocalipse. Esta obra é particularmente interessante, pois nela o após-tolo João reporta mensagens, revelações e vaticínios.

Sob a forma de cartas, o apóstolo apresenta as mensagens, que o mundo espiritual, por seu in-termédio, enviou aos responsáveis pelas sete igrejas cristãs, existentes à época.

João revela, ao longo da narrativa, o que viu e ouviu no ambiente astral a que foi levado em corpo astral (perispírito). Descreve visões difíceis de serem imaginadas, por tangenciarem tanto o maravilhoso quanto o cruel.

Não menos notável é o conteúdo das profe-cias que João recebeu dos seres que o instruíam. Trata-se da descrição de acontecimentos que deve-rão envolver toda a humanidade, apresentados de forma simbólica, por diversos seres espirituais.

Tais acontecimentos têm muito a ver com o fimdoatualcicloevolutivoemqueviveahumanida-de: de expiações e provas. É relevante observar que estefinaldeciclojáestáemcursoequeasatuaisgeraçõesestãosobsuainfluência.

dAS meNSAgeNS, ReVeLAÇÕeS e pROFeSSIAS

Os textos sagrados têm, na palavra de seres espirituais, seu alicerce. Estes seres busca-ram despertar no homem, ao longo do tem-

po, a noção de sua realidade espiritual.

A interação entre os seres do mundo astral e os do mundo de matéria densa, contudo, não se restringe a episódios isolados, mas é obra permanente, que se constitui em mecanismo acelerador do processo evo-lutivo. Não por acaso, a noção de espíritos guardiões está presente em quase todos os credos religiosos.

Para a maioria da humanidade ocidental, o decálogo contido nas Tabuas da Lei, recebido por Moisés, são vigorosas mensagens do mundo espiri-tual.Eletevecomofinalidadeestabelecerasbasesda moral e da ética do povo hebreu, em sua marcha pelo deserto, rumo a Canaã.

Simbolicamente, no entanto, o código Mo-saico baliza o caminho evolutivo do homem, no rumo do Mais Alto.

Buscando as bases do monoteísmo ocidental, no Velho Testamento, pode-se encontrar um núme-ro apreciável de mensagens, revelações e profecias. Nele se encontra o registro das obras dos dezesseis profetas que, cada um a seu tempo, exerceu profunda influêncianopensamentodopovohebreu.

Delmar E. Brandão *

dO muNdO AStRAL

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Atento a esta circunstância, o mundo espi-ritual vem trabalhando, há quase dois séculos, no sentido de acelerar o despertar do homem para a sua verdadeira natureza. Para tanto, o homem oci-dental (mais aferrado à materialidade) vem sendo informado sobre as coisas e a vida no mundo astral.

A literatura Espírita é particularmente rica em obras que descrevem os diferentes ambientes onde os desencarnados podem estagiar. Tais am-bientesrefletemoestadoevolutivoemqueseen-contram seus habitantes. Há, pois, desde regiões sombrias que abrigam criaturas animalizadas, até as plenas de luz, onde espíritos instrutores prepa-ram os futuros reencarnantes para bem aproveitar sua nova encarnação.

AfiguradeTomé,oapóstoloqueprecisouto-car as chagas de Jesus para convencer-se de Sua presença, serve de paradigma para muitos que con-sideram fantasiosas as descrições existentes acerca do mundo astral. No entanto, para quase todos os espiritualistas, a existência de locais tenebrosos na astralidade é facilmente aceita.

Para os espiritualistas que adotam a visão evolucionista, o mundo da matéria astral não é mais do que uma continuidade do mundo da matéria densa, nele existindo avanços notáveis em todas as áreas do conhecimento. Estes avanços certamente chegarão, cada um a seu tempo, ao homem encarnado.

* Professor - Escritor

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RItuAL de 1928RITO EsCOCEs AnTIGO E ACEITO

Tem-se falado muito, nestes últimos tempos, sobre o Ritual de 1928; tem-se proposto, algu-mas vezes, a adoção do Ritual de 1804. Este

não conheço, pelo simples fato de que jurei transmi-tir o de 1928, na sua pureza, adotado pela Grande Loja Maçônica do Estado do Rio Grande do Sul.

É bom relembrar os fatos históricos que de-ram origem à criação das Grandes Lojas dos Esta-dos da Confederação Brasileira.

Retornando ao passado, em 1901, ano em que Mário Marinho de Carvalho Behring transferiu-se para o Rio de Janeiro onde começou seu trabalho na Ma-çonaria, como Membro da Comissão de Redação do Boletim do Grande Oriente do Brasil, ÚNICA POTÊN-CIA MAÇÔNICA EXISTENTE NO BRASIL, pois outras tiveram efêmera participação no cenário maçônico.

Mário Behring permaneceu como Membro da Comissão até o ano de 1905 quando foi eleito para ser o Grande Secretário Adjunto, assumindo este alto posto no ano de 1906.

Por seu brilhante desempenho foi eleito para compor o Supremo Conselho do Grau 33 para os Esta-dos Unidos do Brasil, como Membro Efetivo, onde com-bateu os desmandos a que a Ordem estava submetida.

Seu entusiasmo e sua seriedade de propó-sitos levaram os irmãos a dar-lhe apoio em favor da Regularidade da Ordem no Brasil. A experiência como Interino, no Grão-Mestrado, proporcionou sua efetivação no cargo de Grão-Mestre, cargo que exer-ceu no período de 28.06.1922 a 13.07.1925, quando passou o malhete para Venâncio Leivas.

Abre-se um parêntesis para relatar os moti-

Arcy Souza da Costa *

Mário Marinho de Carvalho Behring

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Maçônica Internacional, proclamou-se Grão-Mestre e Soberano Grande Comendador.

Dizem que Octávio Kelly estava afastado da Maçonaria a mais de cinco (05) anos, não se enten-dendo como pode ele fazer parte de uma Assem-bléia Geral Ordinária de Eleição de um Grão-Mestre. Lembro que antigamente, os Grãos-Mestres eram eleitos em Assembléia Geral Ordinária do GOB, as-sim como o eram os nossos Grão-Mestres, no início da vida maçônica de nossa Grande Loja.

A responsabilidade do compromisso assu-mido em Loussane fez com que Mário Behring es-timulasse a criação das Grandes Lojas, expedindo a todas elas CARTAS CONSTITUTIVAS e RITUAIS para todas, registrando o Ritual da Grande Loja Symbólica do Rio de Janeiro, na Biblioteca Nacional sob n° 6526, para garantia dos direitos autorais. Este mesmo Ritual está registrado no Supremo Conselho, como Exemplar da Biblioteca do Supremo Conselho doGrau33ºdoR.˙.E.˙.A.˙.A.˙.,sobn°1928,736A.

Antes das Grandes Lojas, Mario Behring criou as Inspetorias Litúrgicas nos Estados, emitindo Ato n° 8, da-tado de 19 de agosto de 1927, como base regularizadora do Rito com duas Potências Maçônicas, uma para dirigir os estudos do Simbolismo sob o comando de um Grão Mestre e a outra para dirigir os estudos dos altos graus do 4° ao 33°, por um Soberano Grande Comendador.

Isto, em resumo, é a história da separação.

* Engenheiro

vos que levaram Mario Behring a convocar eleições para o Grão-Mestrado e a passagem do malhete ao irmão Neiva.

Quando Mario Behring esteve em Loussane, representando o Supremo Conselho do Rito, no Con-gresso Mundial de Supremos Conselhos, recebeu a in-formação de que a Maçonaria Brasileira estava IRRE-GULAR, com relação ao Rito Escocês Antigo e Aceito, sendo tal motivo o fato de que o ESTATUTO do GOB rezava que: eleito um Mestre Maçom a Grão-Mestre não importando o Rito, o mesmo passava a fazer parte do Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Acei-to, sem conhecê-lo como um TODO.

Lembro que o GOB sempre foi uma Confede-ração de Ritos, pelo que um irmão do Rito de Schrö-der, de apenas três graus poderia vir a ser, sem ter frequentadoosaltosgrausdoR.˙.E.˙.A.˙.A.˙.,oSo-berano Grande Comendador do Rito.

Este fato foi, na verdade, o motivo pelo qual, Neiva e Mário, assinaram Tratado no sentido de se efetivarmodificaçãonoEstatutodoGOB,retirandoou melhorando a redação do artigo causador do des-conforto dos Supremos Conselhos do Mundo.

Infelizmente, Neiva após meses no cargo passouaoOr.˙.EternoeHermesdaFonseca,seusucessor não logrou êxito pois, forças e interesses levantaram-se contra este Tratado, resultando na re-núncia de Hermes da Fonseca e instalando-se em seu lugar o irmão Octávio Kelly que, desrespeitan-do os esforços anteriores, bem como a Legislação

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CONSAgRAÇÃO dA ImpuNIdAde

CONSAgRACIÓN de LA ImpuNIdAd

Ailton Branco* Ailton Branco*

A política pode ser a arte de dissimular inten-ções com o emprego de racionalidade acre-ditável para fazer pensar que a necessidade

da maioria prevalece sobre os interesses não reve-ladosdegruposinfluentes.

Os políticos defensores das reformas estru-turais iludem a nós, eleitores, com uma falsa verda-de. Em todas as campanhas eleitorais mostram-se a favor de uma lógica apenas de prestígio. Querem que pensemos que o seu desempenho a favor das chamadasreformasestruturaiséahipóteseconfi-ável dos idealistas. Uma das funções da hipótese é induzir à idéia do possível. A hipótese da realiza-ção das reformas nos diversos setores da socie-dade brasileira preenche a ausência das reformas concretas. A hipótese, como apenas possibilidade de algo, renova a esperança de um dia se realizar as mudanças que aparentemente muitos querem, mas que ninguém faz.

O Estado, sociedade política na qual vive-mos deve reconhecer e preservar o direito à liber-dade dos integrantes dessa comunidade e suas formas de vivenciá-la. Esse direito, no entanto, en-contra limitações no seu exercício, na ética, na mo-ralenobemcomum,quedevemdefinireresguar-dar tanto os limites de suas tolerâncias e restrições como sua legitimidade.

A liberdade implica, inevitavelmente, em responsabilidade, pois se sou livre para esco-lher posso fazê-lo entre um bem e um mal e, quando faço a opção, devo assumir as consequ-ências decorrentes.

La política puede ser el arte de disimular in-tenciones con el empleo de racionalidad acre-ditable para hacer pensar que la necesidad

de la mayoria prevalece sobre los intereses en el reveladosdegruposinfluentes.

Los políticos defensores de las reformas estructurales iluden la nosotros, electores, con una falsa verdad. En todas las campañas electorales si muestran la favor de una lógica apenas de prestí-gio. Quieren que pensemos que su desempeño la favor de las llamadas reformas estructurales es la hipótesisconfiabledelosidealistas.Unadelasfun-ciones de la hipótesis es inducir la la idea de lo po-síble. La hipótesis de la realización de las reformas en los diversos sectores de la sociedad brasileña completa la ausencia de las reformas concretas. La hipótesis, como apenas posibilidad de algo, renue-va la esperanza de que un dia puedan realizarse los cambios que aparentemente muchos quieren, pero que nadie lo hace.

El Estado, sociedad política en la qual vi-vimos debe reconocer y preservar el derecho la la libertad de los integrantes de esa comunidad y sus formas de vivenciarla. Ese derecho, sin embargo, encuentra limitaciones en su ejercício, en la ética, enlamoralyenelbiencomun,quedebendefiniry resguardar tanto los limites de sus tolerancias y restricciones como su legitimidad.

La libertad implica, inevitablemente, en res-ponsabilidad, pues si soy libre para elegir puedo hacerlo entre un bien y un mal y, cuando hago la opción, debo asumir las consecuencias decurrentes.

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A postergação tendenciosa das reformas é usina de produção ininterrupta do sentimento de impunidade e suficiente paramostrar que somosreféns do conformismo. Aceitamos passivamente a impunidade. Repetimos diariamente com a natura-lidade de um refrão de música a frase “o Brasil é o país da impunidade”.

Diz-se que precisamos de reforma polí-tica para diminuir a participação do balcão de negócios entre partidos, governos e congresso. Mas quem fará a reforma? Os atuais beneficia-dos? O debate em torno da reforma política vai continuar. Por muito tempo. E se alguma miga-lha for concedida será apenas um remendo a ser apresentado com adequada pirotecnia para pre-servar as aparências. Continuaremos com uma República Federativa de ficção até que saiamos da apatia comodista para uma postura de cida-dania protagonista e corajosa como aconteceu no passado. Após o episódio do governo Collor as manifestações coletivas públicas são tão somente para reivindicar aumento de salário. Mudanças moralizadoras nas relações entre os Poderes da República continuarão sendo mira-gens no imaginário dos brasileiros, andarilhos percorrendo desertos de esperança. Ouvimos representantes do Poder Executivo declarar com despudor que a governabilidade está di-retamente condicionada a iniciativas de agrado aos legisladores visando ganhar seus votos no Parlamento. Portanto, o debate deve prosseguir para que a hipótese da reforma engane a fome dos comensais eleitores.

La postergación tendenciosa de las refor-mas es usina de producción ininterrupta del sen-timiento de impunidad y suficiente para mostrarque somos rehénes del conformismo. Aceptamos pasivamente la impunidad. Repetimos diariamente con la naturalidad de un refrán de música, la frase “Brasil es el país de la impunidad”.

Se dice que precisamos de reforma políti-ca para diminuir la participación del balcón de ne-gócios entre partidos, gobiernos y congreso. Pero quienharálareforma?losactualesbeneficiados?el debate en torno de la reforma política va a conti-nuar. Por mucho tiempo. y si alguna migaja es con-cedida será apenas un remiendo a ser presentado con adecuada pirotecnia para preservar las aparen-cias. Continuaremos con una República Federativa deficciónhastaquesalgamosdelaapatiacomo-dista para una postura de ciudadania protagonista y corajosa como aconteció en el pasado. Después del episodio del gobierno Collor las manifestacio-nes colectivas públicas son solamente para reivin-dicar aumento de sueldo. Cambios moralizadores en las relaciones entre los Poderes de la Repúbli-ca continuarán siendo mirajes en el imaginário de los brasileños, andarillos percorriendo desiertos de esperanza. Oimos representantes del Poder Ejecu-tivo declarar con despudor que la gobernabilidad está directamente condicionada a las iniciativas de agrado a los legisladores visando ganar sus votos en el Parlamento. Por lo tanto, el debate debe pro-seguir para que la hipótesis de la reforma engañe el hambre de los comensales electores.

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Assim como a reforma política o debate em torno da revisão da legislação penal igual-mente recebe apoiadores. Critica-se muito o pro-cesso protelatório do cumprimento das sentenças judiciais. Podem ser revogadas temporariamente ou suspensas pela coleção de recursos em dife-rentes instâncias à disposição dos profissionaisespecializados. No Brasil, um cidadão que matou a namorada com um tiro pelas costas, foi recolhi-do à prisão recentemente para cumprir a senten-ça que recebeu pela autoria do crime cometido, após mais de onze anos de permanência em li-berdade até que fosse julgada a última apelação. Embora se afirme constantemente que precisa-mos de mudanças no texto do código, há resis-tências intransponíveis porque os sucessivos recursos representam pagamento de honorários e recolhimento de taxas em números milionários até agora não divulgados. Conclusão: a idéia de impunidade seguirá sua marcha invariável apesar dos lamentos dos brasileiros resignados pela im-potência para reagir, impregnados de uma apatia compartilhada na catarse coletiva.

Continuará distante do brasileiro a revi-são do texto constitucional que está sempre a reclamar regulamentações de artigos cuja reda-ção permite interpretações diversas ou carece de especificações. Na revisão do texto cons-titucional será prioritário o estudo do emprego das medidas provisórias que o executivo federal adota indiscriminadamente para exercer funções de poder legislativo de forma rápida e autoritá-ria, que impede a sociedade de se expressar e esconde maiores discussões de mérito. O go-verno não quer abrir mão dessa facilidade admi-nistrativa e, por isso, o assunto permanece em ruminação na plataforma dos candidatos, como hipótese futura que estará presente no discur-so impune dos franciscanos apreciadores das “quantias não contabilizadas”, dos “mensalões”, dos “dinheiros na cueca”, das nomeações de afilhados e parentes, das licitações fraudulen-tas, das obras superfaturadas. Por esses e para esses o Brasil precisa continuar o paraíso dos impunes. A impunidade nas esferas judiciais e políticas está misturada. Ministros são afasta-

Así como la reforma política, el debate en torno de la revisión de la legislación penal igualmen-te recibe apoyadores. Se critica mucho el proceso protelatório del cumplimiento de las sentencias ju-diciales. Pueden ser revogadas temporariamente o suspensas por la colección de recursos en diferen-tes instancias a disposición de los profesionales especializados. En Brasil, un ciudadano que mató su novia con un tiro por las espaldas, fue enviado a prisión recientemente para cumplir la sentencia que recibió por la autoria del crimen cometido, después de más de once años de permanencia en libertad hasta que fuese juzgada la última apelación. Ape-sardeafirmarseconstantementequeprecisamosde mudanzas en el texto del código, hay resistên-cias intransponibles porque los sucesivos recursos representan pago de honorários y recaudación de tazas en números millonários hasta ahora no divul-gados. Conclusión: la idea de impunidad seguirá su marcha invariable apesar de los lamentos de los brasileños resignados por la impotencia para reaccionar impregnados de una apatia compartida en la catarsis colectiva.

Continuará distante del brasileño la revisión del texto constitucional que está siempre a reclamar reglamentaciones de artículos cuya redacción per-miteinterpretacionesdiversasocarecedeespecifi-caciones. en la revisión del texto constitucional será prioritário el estudio del empleo de las medidas pro-visórias que el ejecutivo federal adopta indiscrimina-damente para ejercer funciones de poder legislativo de forma rápida y autoritária, que impide la sociedad de expresarse y esconde mayores discusiones de mérito. el gobierno no quiere “entregar” esa facili-dad administrativa y, por eso, el asunto permanece en ruminación en la plataforma de los candidatos, como hipótesis futura que estará presente en el discurso impune de los franciscanos apreciadores de las “cantidads no contabilizadas”, de los “men-salões” (“propina ilícita mensual que recibian muchos diputados y senadores en la Era Lula”), del “dinero en los calzoncillos”, de los nombramientos de ahija-dos y parientes, de las licitaciones fraudulentas, de las obras superfacturadas. Por esos y para esos el Brasil precisa continuar el paraíso de los impunes. la impunidad en las esferas judiciales y políticas está

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dos ou se demitem do governo por denúncias de corrupção, ou por tráfico de influências, mas raramente são julgados na área penal. Há uma indulgência generalizada.

As motivações das pessoas quando reivin-dicam punibilidade podem ser de origem social ou pessoal e em ambas estão presentes fatores que as ligam emotivamente ao fato desencadeador da manifestação em favor da punição. Na sua rotina de vida o brasileiro convive em estado de indiferen-ça à impunidade geral porque ela está enraizada na moralidade da sociedade. Quando determina-das circunstâncias de impunidade geram compor-tamento delinquente ouvem-se críticas à falta de providências e clamores de moralidade dos seto-res ou grupos diretamente atingidos.

Hoje, somos impunemente tolerantes até com a realidade miserável dos nossos presídios. Verberamos punições sem nos determos na quan-tidade e nas estruturas de nossas casas prisionais. Temos legislação penal que se for integralmen-te obedecida gerará uma população encarcerada equivalente à dos Estados Unidos, o país com o maior número de presos.

Essa miscelânea de contradições pode e deve ser creditada a um elemento inconsciente que denomino conteúdo punitivo tecnicamente li-beral. Somos genericamente portadores desse tra-ço punitivo primordial tolerante. E quais são esses fatores que esboçam o design da tendência con-templativa do brasileiro diante da impunidade?

mezlcada. Ministros son afastados o se dimiten del gobiernopordenúnciasdecorrupción,oportráficode influencias, pero raramente son juzgados en elárea penal. Hay una indulgencia generalizada.

Las motivaciones de las personas cuando reivindican punibilidad pueden ser de origen social o personal y en ambas están presentes factores que las ligam emotivamente al hecho desencadenante de la manifestación en favor de la punición. en su rutina de vida, el brasileño convive en estado de indiferencia a la impunidad general porque ella está enraizada en la moralidad de la sociedad. Cuando determinadas cir-cunstancias de impunidad generan comportamiento delincuente se oyen críticas a la falta de providencias y clamores de moralidad de los setores o grupos di-rectamente atingidos.

Hoy, somos impunemente tolerantes hasta con la realidad miserable de nuestros presídios. Verberamos puniciones sin detenernos en la can-tidad y en las estructuras de nuestras casas pri-sionales. Tenemos legislación penal que si es in-tegralmente obedecida generará una población encarcerada equivalente a la de los Estados Uni-dos, el país con el mayor número de presos.

Esa miscelanea de contradicciones puede y debe ser creditada a un elemento inconsciente que denomino contenido punitivo tecnicamente liberal. Somos genericamente portadores de ese trazo pu-nitivo primordial tolerante. Y quales son esos facto-res que esbozan el design de la tendencia contem-plativa del brasileño delante de la impunidad?

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Era da tradição portuguesa que o instituto do perdão fosse utilizado para fins de povoamen-to. Vilarejos de Portugal, em algum momento, fo-ram declarados locais de refúgio de criminosos foragidos da justiça. Com o Brasil também foi assim. O degredo para o Brasil, depois estabe-lecido formalmente como pena criminal e aplica-da em escala importante pelos tribunais civis de Portugal e pela Inquisição era medida severa.

Aqui muitos criminosos degredados foram perdoados por interesse do governo. Relatos da administração do Governador-Geral Tomé de Sou-za indicam que ele exerceu o poder de punir confor-me as conveniências do momento. O processo de colonização do Brasil permitiu que se formassem núcleos de mandonismo e redes de proteção que, na prática, inviabilizavam a aplicação da lei penal. A transformação do território brasileiro em local de homizio é o fator primeiro na incorporação da questão da impunidade no inconsciente coletivo do povo. Outro traço revelador da impunidade na co-lônia e no império portugues decorre do tratamento diferenciado dos segmentos sociais; Jacob von Ts-chudi, interessado no estado das colônias suíças, visitou o país na década de 1860 e a respeito de nosso ordenamento jurídico, perguntou: “quantas vezes aconteceu no Brasil que um homem rico e influentetivessesentadonobancodosréusafimdesejustificardeseuscrimes?”

Na formação do conteúdo punitivo incons-ciente a assimilação de um ideal social correspon-de a um modo de se despojar o indivíduo, o si-mesmo, da sua originalidade, em benefício de um papelexterioroudeumsignificadoimaginário.Emambos os casos há preponderância do coletivo. E o indivíduo humano, como unidade viva, é coletivo, composto de fatores universais.

A incorporação da ideia do perdão da pe-nalidade prepara-se durante anos. Os fatores ex-ternos produzem diretamente a mudança, ou pelo menos predispõem a ela. A tolerância à impunida-de social é devida a processos interiores autôno-mos, que culminam numa transformação da per-sonalidade. Eles são inicialmente subliminais, isto

Era de la tradición portuguesa que el insti-tutodelperdónfueseutilizadoparafinesdepobla-miento. Villarejos de Portugal, en algun momento, fueron declarados locales de refúgio de criminosos foragidos de la justicia. Con Brasil también fué así. El degredo para Brasil, después establecido for-malmente como pena criminal y aplicada en escala importante por los tribunales civiles de Portugal y por la Inquisición era medida severa.

Aqui muchos criminosos degredados fueron perdonados por interés del gobierno. Relatos de la administración del Gobernador-General Tomé de Souza indican que él ejerció el poder de punir con-forme las conveniencias del momento. El proceso de colonización de Brasil permitió que se formaran nú-cleos de mandonismo y redes de protección que, en la prática, inviabilizaban la aplicación de la ley penal. La transformación del território brasileño en local de homizio es el factor primero en la incorporación de la cuestión de la impunidad en el inconsciente colectivo del pueblo. Otro trazo revelador de la impunidad en la colonia y en el império portugueses decorre del tratamiento diferenciado de los segmentos sociales; Jacob von Tschudi, interesado en el estado de las co-lonias suízas, visitó el país en la década de 1860 y a respecto de nuestro ordenamiento jurídico, preguntó: “cuantas veces aconteció en Brasil que un hombre ricoeinfluenteestuviesesentadoenelbancodelosréosparajustificarsuscrímenes?”

Em la formación del contenido punitivo in-consciente, la asimilación de un ideal social corres-ponde a un modo de despojarse el indivíduo, a si mismo, de su originalidad, en benefício de un papel exteriorodeunsignificado imaginário.enamboslos casos existe preponderancia del colectivo. y el indivíduo humano, como unidad viva, es colectivo, compuesto de factores universales.

A incorporación de la idea del perdón de la penalidad, se prepara durante años. Los factores externos producen directamente la mudanza, o por lo menos se predisponen a ella. La tolerancia a la impunidad social se debe a procesos interiores au-tónomos, que culminan en una transformación de la personalidad. Ellos son inicialmente subliminales,

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é, inconscientes, só alcançando a consciência de modo gradual. Os processos inconscientes, quan-do se manifestam, o fazem parcialmente através de sintomas físicos, ações, opiniões, afetos, fanta-sias e sonhos. Com o auxílio desses materiais de observação, os especialistas em psicologia podem tirar conclusões indiretas a cerca da constituição e do estado momentâneos do processo inconsciente e de seu desenvolvimento.

Diariamente, nosso estado de ânimo apre-senta oscilações cujas razões podem ser conhe-cidas ou não. As razões conhecidas conduzem a deduções racionais compreensivas da relação en-tre causa e efeito. A postura contemplativa dos bra-sileiros frente aos delitos parece ligada à emoção inconsciente produzida na época do colonialismo, desconhecida no imediatismo das gerações atuais, mas capaz de gerar atitude apática e comodista da personalidade dos contemporâneos. O conteúdo presente na personalidade transforma-se em pro-tagonismo da impunidade, processo que se reali-menta na ausência da aplicação das penalidades para cada delito.

Nos meios de comunicação social há muita crítica ao imobilismo das diversas entidades repre-sentativas de segmentos da população diante do índice de impunidade no dia a dia do país. Uma dessas entidades é a maçonaria. Está muda, dis-tante,passiva.Ejustificaessaposturaatravésdapalavradefigurashierárquicasquealegamincom-patibilidades entre os objetivos iniciáticos da Or-dem e as necessidades de iniciativas externas no

esto es, inconscientes, solo alcanzando la cons-ciencia de modo gradual. los procesos inconscien-tes,cuandosemanifiestan,lohacenparcialmenteatravés de sintomas físicos, acciones, opiniones, afectos, fantasias y sueños. Con el auxílio de esos materiales de observación, los especialistas en sicologia pueden sacar conclusiones indirectas a cerca de la constitución y del estado momentaneos del proceso inconsciente y de su desenvolvimiento.

Diariamente, nuestro estado de ánimo pre-senta oscilaciones cuyas razones pueden ser cono-cidas o no. las razones conocidas conducen a de-ducciones racionales compreensivas de la relación entre causa y efecto. La postura contemplativa de los brasileños frente a los delitos parece ligada a la emoción inconsciente producida en la época del colonialismo, desconocida en el imediatismo de las generaciones actuales, pero capaz de generar ac-titud apática y comodista de la personalidad de los contemporaneos. el contenido presente en la perso-nalidad se transforma en protagonismo de la impuni-dad, proceso que se realimenta en la ausencia de la aplicación de las penalidads para cada delito.

En los medios de comunicación social hay mucha crítica al inmobilismo de las diversas entida-des representativas de segmentos de la población delante del índice de impunidad en el dia a dia del país. Una de esas entidades es la Masonería. Está muda,distante,pasiva.yjustificaesaposturaatra-vésdelapalabradefigurashierárquicasquealeganincompatibilidades entre los objetivos iniciáticos de la Orden y las necesidades de iniciativas externas

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âmbito da política. Essas personalidades maçôni-cas estão engessadas pelo intelectualismo seletivo obediente às expressões restritivas plantadas no primeiro Livro das Constituições de James Ander-son, em 1723, contra discussões sobre política par-tidária e religião obediencial.

A respeito desse tema é oportuno reprodu-zir parte da tese da Grande Loja do Estado de São Paulo, aprovada pela Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil em 1990, intitulada “A Politiza-ção dos Maçons e o Bem Comum”. Diz a tese a cer-ta altura: “A luta para tornar mais feliz a humanidade, ou seja, pelo bem comum é o que deve presidir as ações individuais e coletivas dos maçons, como já vimos, o que torna a política seu instrumento indis-pensável na consecução desse objetivo. E, histori-camente, foi essa a vocação da Maçonaria desde sua introdução, no Brasil, em fins do século XVIII, através da fachada cultural das Academias dos ir-mãos Suassuna, do Paraíso, da Universidade Se-creta do irmão Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva e outras congêneres, que oculta-vam intelectuais desejosos de trabalhar num movi-mento separatista de Portugal, inspirados nos prin-cípios de liberdade que haviam incendiado a França e promovido sua revolução famosa. Dispensando aqui a crítica histórica, o fato é que até o começo do século XX essa vocação ainda norteava os destinos da instituição, quando cisões e política interna mu-daram esse perfil. Acresça-se a isso os longos anos de totalitarismo vividos na história da República, nos quais houve um imobilismo da Ordem, que se res-tringiu a ações esporádicas, na defesa de seus prin-cípios de liberdade.Urge, portanto, retomar o poder de influência que se dissolveu ao longo dos anos e levar à sociedade profana os princípios que nor-teiam a vida dentro da sociedade maçônica. Trans-formar a Maçonaria em entidade filantrópica, clube de serviço, grupo de estudos místicos e esotéricos, templo religioso ou grupo social fraterno é desco-nhecer suas origens e particularizá-la em funções estanques, não condizentes com suas raízes, pois Maçonaria é tudo isso e muito mais”.

A tese da Grande Loja paulista está ao alcance de todos os maçons, dependendo da

en el ámbito de la política. Esas personalidades masónicas están enyesadas por el intelectualismo selectivo obediente a las expresiones restrictivas plantadas en el primer Libro de las Constituciones de James Anderson, en 1723, contra discusiones sobre política partidaria y religión obediencial.

A respecto de ese tema es oportuno reprodu-cir parte de la tesis de la Gran Logia del Estado de San Pablo, aprobada por la Confederación de la Masone-ría Simbólica de Brasil en 1990, entitulada “La Politiza-ción de los Masones y el Bien Comun”. Dice la tesis a cierta altura: “La lucha para tornar más feliz la humani-dad, o sea, por el bien comun es el que debe presidir las acciones individuales y colectivas de los masones, como ya vimos, lo que torna la política su instrumento indispensable en la consecución de ese objetivo. E, historicamente, fué esa la vocación de la Masonería desde su introducción, en Brasil, a fines del siglo XVIII, através de la fachada cultural de las Academias de los hermanos Suasuna, del Paraíso, de la Universi-dad Secreta del hermano Antonio Carlos Ribeiro de Andrada Machado y Silva y outras congêneres, que ocultaban intelectuales deseosos de trabajar en un movimiento separatista de Portugal, inspirados en los princípios de libertad que habian incendiado Francia y promovido su famosa revolución. Dispensando aqui la crítica histórica, el hecho es que hasta el comienzo del siglo XX esa vocación todavía norteaba los desti-nos de la institución, cuando cisiones y política interna mudaron ese perfil. Agreguese a eso los largos años de totalitarismo vividos en la história de la República, en los cuales hubo un inmobilismo de la Orden, que se restringió a acciones esporádicas, en la defensa de sus princípios de libertad.Urge, por lo tanto, reto-mar el poder de influencia que se disolvió a lo largo de los años y llevar a la sociedad profana los princípios que nortean la vida dentro de la sociedad masónica. Transformar la Masoneria en entidad filantrópica, club de servicio, grupo de estudios místicos y esotéricos, templo religioso o grupo social fraterno es descono-cer sus origenes y particularizarla en funciones estan-ques, no condicentes con sus raízes, pues Masonería es todo eso y mucho más”.

La tesis de la Gran Logia paulista está al alcance de todos los masones, dependiendo de la

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vontade política para adotá-la. Ao lado de outras instituições a maçonaria, um coletivo inconscien-te das individualidades conscientes, que já foi precursora dos partidos políticos no Brasil, pode voltar a desempenhar papel cívico fundamental e de liderança no trabalho de mobilização nacional contra a desmedida impunidade político-adminis-trativa e da elástica protelação da punibilidade judicial. Os atuais partidos políticos não têm, no presente, autoridade moral para essa missão de-vido à relação incestuosa com os empresários e à grande parcela das lideranças partidárias difa-madas publicamente, acusadas de negociatas de favorecimentos ou de improbidade administrativa quefinanciamcampanhaoumultiplicamopatri-mônio pessoal em poucos anos.

Em meio a tanta impunidade os maçons bra-sileiros são trabalhados ritualisticamente para obe-decerem às leis do país, às leis e às hierarquias da maçonaria e a se manterem distantes no interior das Lojas de discussões dos temas chamados profanos. A comunidade maçônica também entende relevante a obediência aos landmarks, inócuas regrinhas que se desaparecessem hoje a ausência não seria no-tada. Direcionando sua atenção para os estudos da ritualística e para a política interna, descuida-se a humanidade maçônica de uma realidade social que vem deformando a moralidade de gerações de bra-sileiros; a impunidade, moderno landmark nos usos e costumes da nossa sociedade.

*Médico psicoterapeuta *Médico psicoterapeuta

voluntad política para adoptarla. al lado de otras instituciones la masonería, un coletivo inconscien-te de las individualidades conscientes, que ya fué precursora de los partidos políticos en Brasil, pue-de volver a desempeñar papel cívico fundamental y de liderazgo en el trabajo de mobilización nacional contra la desmedida impunidad político-adminis-trativa y de la elástica protelación de la punibilidad judicial. los actuales partidos políticos no tienen, en el presente, autoridad moral para esa misión de-bido a la relación incestuosa con los empresários y a la gran parcela de las lideranzas partidárias difamadas publicamente, acusadas de negociatas de favorecimientos o de improbidad administrativa quefinanciancampañasomultiplicanelpatrimoniopersonal en pocos años.

En medio a tanta impunidad los masones brasileños son trabajados ritualisticamente para que obedezcan a las leyes del país, a las leyes y a las hie-rarquias de la masonería y a mantenerse distantes en el interior de las Logias de discusiones de los temas llamados profanos. la comunidad masónica también entiende relevante la obediencia a los landmarks, inó-cuas reglitas que si desaparecieran hoy, la ausencia no seria notada. Direccionando su atención para los estudios de la ritualística y para la política interna, se descuida la humanidad masónica de una realidad so-cial que viene deformando la moralidad de generacio-nes de brasileños; la impunidad, moderno landmark en los usos y costumbres de nuestra sociedad.

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uma Nova Onda

no dia 28 de agosto de 2011 a Unisinos lan-çou sua campanha de comunicação duran-te o intervalo comercial do programa Fan-

tástico, da Rede Globo, abordando o tema “Somos infinitaspossibilidades”.

Um peça muito interessante e instigante, dig-na de fazer parte de qualquer acervo que pretenda reunir o que de mais importante se tenha produzido com o intuito de despertar nas pessoas o espírito investigativo e buscador, atributos tremendamente necessários para o desenvolvimento de uma huma-nidade evoluída.

Transcrevemos abaixo o texto utilizado du-rante a propaganda para que todos se inteirem da-quilo que foi transmitido:

“Somos pelo menos sete bilhões de pesso-as neste planeta. Sete bilhões de possibilidades... ou de impossibilidades... porque muitas vezes so-mos sete bilhões de “Não, agora não!”, de “Ih, nin-guém vai levar a sério!”, sete bilhões de “Mudar prá que?”. Mas o mundo só avança quando surge um “E por que não?”. E se você fosse um “Por que não?” ou um “Vou levar este projeto adiante”. Por-que expor suas idéias e conectá-las com as parce-rias certas, no momento certo, é o primeiro passo para a construção de um futuro com possibilidades infinitas. Comece hoje. Comece aqui: Unisinos – somos infinitas possibilidades!”

Não sabemos se foi intencional ou não, mas esta peça de comunicação toca num dos alicerces sobre os quais se apoiarão os maiores colaborado-res da Nova Onda que aos poucos vem se desenvol-vendo entre nós. E cujo grande marco se fará notar noanode2012,quando teremosofinaldeumci-clo e início de outro, mais profícuo e propagador de idéias e de conhecimento.

Aospoucosa influênciadaEradePeixesestá ficandopara trás e aEradeAquário vai setornando mais presente entre nós. O intelectualis-mo, o culto à erudição e a idolatria ao acúmulo de informações aos poucos vão perdendo o peso que tinham, ao mesmo tempo em que se passa a valorizar mais o desenvolvimento de idéias, a cria-ção, a originalidade, assim como o conhecimento adquirido através da vivência, da experimentação e da prática.

Embora ainda hoje se encontrem homens que procurem se destacar demonstrando a quantidade de informações que conseguiram armazenar em suas mentes, percebe-se que, aos poucos, eles já não são mais tão bem tolerados, pois um novo tempo se apro-xima trazendo com ele novas necessidades.

Albert Einstein sempre foi um visionário, um homem muito a frente de seu tempo. E já na-quela época ele manifestava a sua opinião a res-peito da erudição:

– “O homem erudito é um descobridor de fa-tos que já existem - mas o homem sábio é um criador de valores que não existem e que ele faz existir.”

Estamos entrando em um novo momento da humanidade, um novo ciclo se avizinha e, portanto, a Nova Onda passa a ser sentida em, praticamente, todas as sociedades deste planeta, desde as mais primitivas, até as mais evoluídas.

O que teria acontecido se a sugestão de Charles H. Duell tivesse sido aceita em nível mundial? Em 1899 ele trabalhava como diretor do Departamento de Patentes dos Estados Unidos e solicitou que sua repartição fosse abolida, por-que, segundo ele, tudo que poderia ter sido in-ventado já o havia sido até aquele momento e as-

Carlos de Menezes Castro*

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sim não teria sentido manter um escritório com a finalidade de registrar novas invenções. Dá para acreditar nisto?

E o pior é que ainda hoje encontramos pes-soas querendo nos convencer que não existe mais espaço para o novo, para uma nova idéia, para um novo conceito.

Mas agora a tolerância ao mesmismo e à rejeição a novas idéias está perdendo fôlego e é chegada a hora da mudança. Um novo ciclo se ini-cia, uma nova onda se faz presente e, com isso, aumenta a necessidade de que aqueles que têm um espírito pioneiro e empreendedor ganhem es-paço para que suas idéias possam ser geradas, desenvolvidas e vivenciadas trazendo uma nova perspectiva para a humanidade.

Segundo Einstein, “a mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original”.

Porsuavez,AlvinToffler,autordo livro“ATerceiraOnda”, nos diz:

– “Os analfabetos do século XXI não são aqueles que não podem ler e escrever, mas aqueles que não podem aprender, desaprender e reaprender.”

Entãoficaaquiaperguntaaquemnoslê:aquegru-povocêpertence?Aodasinfinitaspossibilidadesouao grupo da estagnação? Você é do tipo “Não! Não concordo! Mudar prá que?” ou do tipo “Quem sabe é possível?”

Para ajudar na resposta deixo aqui uma ima-gem de alguém que surgiu com um novo conceito sobre as Leis da Física:

– E por que não?

* Medico

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CONSteLAÇÕeS FAmILIAReS

Tudo pode acontecer, acontece dentro de um contexto do qual fazemos parte e, o primeiro deles ao qual pertencemos, é a nossa família

de origem, nosso sistema familiar. Mesmo aqueles que não a conhecem (ou porque foram abandona-dos ou porque se perderam por algum motivo), tam-bém compartilham do mesmo destino comum de sua família ou sistema familiar de origem e continuam unidos por profundos laços de amor e lealdade a ela, vínculos que congregam todos os seus membros. É a conclusão que se chega após conhecer “Constelações Familiares” de Bert Hellinger.

QuEM é BERT HELLInGER? Anton “Suitbert” Hellinger conhecido sim-plesmente como Bert Hellinger,éumteólogo,filó-sofo e psicoterapeuta alemão, criador de uma nova abordagem de psicoterapia sistêmica. Os desenvolvimentos de seu trabalho tem am-plas implicações para o âmbito da psicoterapia, aconse-lhamento de casais, pedagogia, consultoria de empre-sas,dramaturgia,políticaesoluçãodeconflitossociais. Oriundo de uma família católica, foi marcado pela SS, no tempo do nazismo, como “inimigo do esta-do”, ainda muito jovem. Mesmo assim, foi convocado e serviu ao exército alemão. Capturado na Bélgica, poste-riormente, fugiu e voltou para Berlim. Após esse evento, tornou-se padre católico missionário e serviu na África do Sul por 16 anos. Lá, conheceu a dura realidade do apartheid e, favorecido pela visão mais aberta dos pa-dres anglicanos, trabalhou com dinâmicas de grupo. Retornou à Alemanha e estudou gestaltote-rapia. Após dois anos de estudos, deixou sua ordem

religiosa e se tornou psicoterapeuta. Estudou diversas teorias psicoterapêuticas: psicanálise; a terapia primal, de Arthur Janov; análise de estórias, de Eric Berne; análise transacional e hipnoterapia. No ano de 1970, teve contato com o trabalho de Virginia Satir, encantan-do-se pelo fenômeno da representação familiar desen-volvido por ela (que se passou a chamar de “escultura familiar”).Começou,então,arefletirsobreaconsciên-cia e as forças que atuam nos grupos familiares. Nos últimos anos, dedicou-se a expandir sua visão sistêmica em diversos países, tanto dentro como fora da Europa: Estados Unidos, América do Sul, América Central, Oriente Médio e Ásia. Descobriu, no processo de seu trabalho, que a consciência não é o juiz do certo e do errado, mas está ligadaacertasordenspré-definidas,asquaisbatizou de “ordens do amor” ou “ordens de origem”. O desenvolvimento posterior de seu trabalho levou-o a descobertas sobre a natureza do vínculo e da ordem dentro dos grupos humanos e como o amor cego e as necessidades de vínculo, ordem e compen-sação podem estar subjacentes às tragédias familiares, notadamente ao suicídio, acidentes e doenças graves. Também descobriu que, além dos sentimen-tos primários (reação imediata aos acontecimentos) e secundários (sentimentos que substituem os pri-mários), existem os “sentimentos adotados”: senti-mentos que se assumem de outras pessoas e são dirigidos a terceiros. Criou uma dinâmica psicoterapêutica deno-minada constelações familiares, que, mais tarde, ampliou sua abrangência, no chamado “movimentos da alma”. Sua abordagem busca a clareza sobre os

Margarita Délia Mourinho *

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laços de amor que unem a família, descortinando soluções inusitadas e simples para os problemas e conflitospsíquicosdospacientes

COnsTELAçõEs FAMILIAREs Bert Hellinger, desenvolveu esta abordagem te-rapêutica e chama de “consciência familiar” ou de “alma familiar” a esta instância oculta que vela pelas condi-ções que reinam na família. E estamos subordinados a estas condições, independentemente de nossa vonta-de.Aosistemafamiliarpertencemtodososquejáfize-ram parte dela, estejam vivos ou já falecidos, todos eles com o mesmo direito de pertencer à família. E a instân-cia oculta, a consciência familiar, cuida desta condição, assim como também cuida do equilíbrio entre o dar e receber entre os membros do sistema, pelo destino que eles compartilham e pela preservação da ordem hierár-quica entre eles. Assim, os pais têm prioridade sobre os filhos,oprimeirofilhoemrelaçãoaosoutros,etc. A família atual tem precedência sobre a família de origem também. Quando um membro da família é excluído, desprezado ou esquecido, como, por exem-plo, uma criança que morreu prematuramente (mesmo que seja para evitar a dor que esse acontecimento cau-sou) essa consciência coletiva, familiar, faz com que ou-tro membro, geralmente de uma geração posterior, se identifiqueinconscientementecomapessoaexcluída.Nesse enredamento, o segundo torna-se semelhante ao primeiro e reproduz aspectos do destino dele, sem que saiba por que e sem poder evitá-lo. Hellinger desenvolveu esta abordagem tera-pêutica sistêmica e a chamou de Constelação Fami-liar porque, através dela, podemos colocar no espaço a dinâmica inconsciente, “o movimento da alma” que está

por trás de muitas doenças e insucessos, das quais po-demos nos libertar de papéis que assumimos incons-cientemente, com sérias consequências na qualidade de vida, no amor e na produtividade do trabalho. Podemos também trabalhar tomadas de de-cisão, resolver questões de relacionamentos pesso-ais e/ou de trabalho, perdas em geral, luto, compor-tamentos inadequados, problemas de aprendizagem e tantas outras questões que, sem solução, nos limi-tam e aprisionam. Colocamos representantes dos membros do sistema do cliente no espaço, para observar a di-nâmica e reordenar os laços entre eles, de modo a desfazeraobstruçãoqueimpediaàVidafluirnova-mente em sua forma natural de Amor e Saúde. O desenvolvimento de seus trabalhos tem am-plas implicações no âmbito da psicoterapia, aconselha-mento de casais, pedagogia, consultoria de empresas, dramaturgia,políticaesoluçãodeconflitossociais. Esta terapia inovadora vem sendo divulga-da amplamente, e com sucesso, por causa de seus resultados relativamente rápidos e bem sucedidos, que têm sido aproveitados em várias áreas da peda-gogia, consultoria de empresas e resolução de con-flitos,entreoutros. Hellinger formou vários seguidores dentro de sua abordagem terapêutica e uma delas, Tiiu Bol-zmann, diretora do Centro Hellinger da Argentina, trouxe esta formação, em 2008, para Porto Alegre, onde a primeira turma já concluiu todos os quesitos necessários solicitados, estando habilitados a de-senvolver este trabalho em nossa cidade.

* Terapeuta Holística

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pAtRIOtISmO CIdAdANIA

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Outro dia, ouvindo uma conversa, notei a confusão que alguns jovens ainda fazem a respeito de dois vocábulos, patriotismo e

cidadania. Isto acontece porque muito pouca gente está atenta às mudanças do nosso linguajar, princi-palmente nesses tempos de aberrações linguísticas, imaginadas e orquestradas por uma pseudo-elite cultural de alta didática político-educativa.

Patriotismo é um sentimento de amor à pátria que nos viu nascer e crescer, e a ela dedicamos todo o esforço capaz de desenvolvê-la, proporcionando-lhe sempre a paz e o progresso. Este sentimento também se expande e pode dar sentido ao bom de-senvolvimento de um país considerado melhor para morar e onde desejamos viver como cidadãos, ainda que seja uma pátria adotada.

Cidadaniaéumqualificativoadquiridopelocidadão ou pela cidadã responsável por seus atos e capaz de assumir compromissos de ordem social e política.

É concedida cidadania ao estrangeiro que, vindo em busca de uma melhoria de vida, sente amor por essa pátria que o acolhe, aprende a co-nhecer seus símbolos, a cantar seu hino nacional,

a admirar a sua cultura e a demonstrar o respeito devido a eles.

Naturalmente que o cidadão deve conhecer a sua cidade, a região e o país onde convive, procura conhecerasuahistória,oselementosgeográficos,divisão política, assim também sua indústria, o co-mércio, serviços públicos e outras atividades, para que possa ser útil a essa sociedade e adaptar-se ao ambienteondereside,paranãoficaràmargemdoconvívio social.

Tantopatriotismocomocidadaniaqualificampessoas. A primeira é uma qualidade sentimental de apreço ou de amor que a pessoa sente espontanea-mente, enquanto a outra é uma qualidade adquirida, mediante compromisso, após a aquisição de uma personalidade responsável e capaz.

Aquele ou aquela que não possui bons sentimentos por sua pátria ou por sua cidade e alardeia patriotismo, é um(a) patrioteiro(a). As pessoas que têm sentimentos de aversão à pá-tria, ao patriotismo ou ao verdadeiro patriota, di-zemos que têm patriofobia. Alguns têm patriofo-bia aos patrioteiros, porque estes se acham mais patriotas do que os demais e abusam em fazer patriotadas. E, creio que, por causa disso é que algumas pessoas desejam substituir o vocábulo ‘patriotismo’ por ‘cidadania’, talvez pelo fato de ter encontrado muitos patrioteiros – aqueles que não entendem e não compreendem o pacífico e verda-deiro sentimento, no âmago de seu coração.

Depois que foi retirado do currículo escolar a Educação Moral e Cívica, as crianças e os jovens

Floriano Gonçalves Filho*

Pátria é o conjunto de elementos condicionados à terra que nos viu nascer e que aprendemos a gostar de suas peculiaridades, que nos propor-cionam sentimentos de amor e alegria, a come-çar pela célula familiar.

e

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tarde, iria dar-lhes o abatimento total. Então co-meçaram a roubar para terem bons momentos alucinantes, mas inconsequentes e capazes até de matar, como verdadeiros animais selvagens para conseguir a droga, destruindo até mesmo a própria família. Essas pessoas não são con-fiáveis, mas querem o título de cidadania. Não se esforçam para obtê-la, mas se acham aptas a exercer um cargo na administração pública. É uma incoerência a olhos vistos, mas ainda assim querem nivelar-se aos trabalhadores honestos e capazes e usufruir também dos mesmos direitos de votar e ser votado, para terem um padrinho na cúpula do governo.

Todo o cidadão deve prestar algum ser-viço à comunidade e estar em condições de, a qualquer momento, colaborar de alguma forma, em caso de calamidade pública. A falta de vonta-de de quem não quer colaborar com a sociedade onde vive, demonstra que tal pessoa prefere fi-car à margem da sociedade e, consequentemen-te, não merece obter o título de cidadão, por ser um aproveitador, um pária dessa sociedade que prefere igualar-se aos marginais – não possui es-pírito social e muito menos sabe o que seja pátria ou patriotismo.

O poder de um Estado está diretamente rela-cionado à força de trabalho de seus cidadãos.

A alma de uma nação é o espírito patriótico de seu povo.

começaramaconfundir, também,osignificadodeBANDEIRA, o RESPEITO AOS SÍMBOLOS e não sabem mais cantar corretamente o HINO NACIO-NAL. Perdeu-se o verdadeiro patriotismo, aquele sentimento de união de familiares e amigos, de pessoas que possuem aspirações idênticas para formar uma sociedade integrada, mais justa, dedi-cada ao trabalho honesto para melhor adaptação dos jovens orientados pela ética e por uma elevada moral. Perdeu-se aquele sentimento profundo de amor por sua Pátria e aos seus conterrâneos. E foram ser patriotas em seus times de futebol, com novas convenções e nova bandeira que não preci-sava de cerimonial protocolar respeitoso e demora-do, cujo novo hino era popular e sem exigência da boa postura.

Ali os jovens podiam menosprezar o hino e a bandeira do time adversário e, com o passar dos anos,desaprenderamosignificadoeorespeitoaosSímbolos Nacionais, e a cantar o Hino da sua Pátria.

A falta da Educação Moral, nas escolas, liberou tanto a consciência de alguns jovens que foram se marginalizando por falta de uma boa orientação. A maioria se reunia para contar bra-vatas, ou beber para espichar a convivência no-turna. Outros procuravam um trabalho para poder pagar seus estudos enquanto os malandros iam para suas atividades nada dignas e, por vezes, ilegais. Muitos seguiram rumo ao tráfico das dro-gas e outros, usando-a como parceira influente do arrojo e da força física, acabaram por não que-rer mais raciocinar para bem viver e que, mais * Professor

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Qualidade de Vida

Envelhecer com saúde

Calidad de Vida

Envejecer con salúdOsvaldo Rocha Michel * Osvaldo Rocha Michel *

Inúmeros trabalhos e reportagens mostra que es-tamos vivendo mais tempo. “Vestir o pijama” aos 60 anos, já era. Hoje, ter 60 anos ou mais pode

ser sinônimo de vida ainda ativa e plena nos aspec-tos físico, mental, emocional, intelectual, afetivo e no trabalho. De acordo com o IBGE, estima-se que em 2050 seremos 13,7 milhões de brasileiros com mais de 80 anos. A verdade é que o número de idosos está crescendo muito mais que o número de jovens, fenômeno este que ocorre em todo o mundo.

Em vista disso, a própria Medicina vem mu-dando conceitos e procedimentos. Enquanto até a al-guns anos atrás a palavra da hora era prevenção, isto é, evitar o aparecimento de doenças crônicas próprias de uma idade provecta (hipertensão, diabetes, coles-terol, ácido úrico, por exemplo), hoje o conceito é o de uma longevidade funcional, ou seja, a manutenção, na velhice, de se poder levar uma vida normal, cumprindo, na prática diária, tudo o que se faz quando jovem (to-mar banho, caminhar, levantar-se de uma cadeira, ali-mentar-se), mas sem depender da ajuda de terceiros, mesmo sendo portador de doenças crônicas, porém controladas. Pessoas dependentes de terceiros para realizar pequenas tarefas tem uma taxa de mortalidade três vezes maior que as independentes, segundo uma pesquisa do Dr. Luiz Roberto Ramos da UNIFESP.

Mas cumpre ser observado que nem todos os idosos terão a longevidade funcional, e uma grande gama dependerá diretamente de sistemas de saúde

Innúmeros trabajos y reportajes muestran que esta-mos viviendo más tiempo. “Vestir la pijama” a los 60 años, no ES más uma realidad. Hoy, tener 60 años ó

más, puede ser sinónimo de vida todavia activa y plena en los aspectos físico, mental, emocional, intelectual, afectivo y en el trabajo. De acuerdo con el IBGE (Ins-tituto Brasileño de Geografía y Estadística), se estima que en el 2050 seremos 13,7 milhões de brasileños con más de 80 años. La verdad es que el número de ancianos está creciendo mucho más que el número de jóvenes, fenômeno este que ocurre en todo el mundo.

En vista de eso, la própia medicina está mu-dando conceptos y procedimientos. Mientras hasta a algunos años atrás la palabra Del momento era pre-vención, o sea, evitar el surgimiento de enfermedades crônicas própias de una edad provecta (hipertensión, diabetes, colesterol, ácido úrico, por ejemplo), hoy el concepto es el de una longevidad funcional, o mejor dicho, el mantenimiento en la vejez, el poder llevar una vida normal, cumpliendo, en la prática diaria, todo lo que se hace cuando joven (bañarse, caminar, levan-tarse de La silla, alimentarse), pero sin depender de la ayuda de terceros, aún siendo portador de enfermeda-des crónicas, pero controladas. Personas dependien-tes de terceros para realizar pequeñas tareas tienen una taza de mortalidad tres veces mayor que las inde-pendientes, según una pesquisa del Dr. Luiz Roberto Ramos de la UNIFESP.

Pero cumple ser observado que ni todos los

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ancianos tendrán la longevidad funcional, una gran gama dependerá directamente de sistemas de salud y previdenciarios. Especialidades como la Geriatria y la Odontogeriatria, además de cursos formadores de personas especializadas en la atención al anciano (acompañantes,enfermeras,fisioterapeutas,etc.)yason una realidad en todo el mundo.

Apenas para tener una Idea, actualmente, más de dos millones de mujeres americanas tra-baja en casas de reposo como auxiliares de enfer-mería, cocineras y governantas domésticas. Otras setecientas mil trabajan como atendientes en en-fermería cuidando de ancianos, enfermos e inca-pacitados a domicílio. Según el Bureau of Labor Statistics(USA),habráunaumentosignificativoentodas estas actividades en los próximos años.

Estos hechos nos muestran dos lados del envejecimiento. Uno es tener longevidad funcional y el outro, La existencia de una mayor demanda de servicios para aquellos que no la poseen.

Actualmente, la medicina ya nos mues-tra caminos para envejecer de forma saludable manteniendo la autonomia personal individual. Tales caminos serán descriptos en los parágra-fos siguientes.

1 – nuTRICIón

El primer factor a ser considerado es la ali-mentación, tanto en su aspecto cualitativo, como cuantitativo, o sea, dar preferencia a alimentos sa-

e previdenciários. Especialidades como a Geriatria e a Odontogeriatria, além de cursos formadores de pessoas especializadas no atendimento e atenção aoidoso(acompanhantes,enfermeiras,fisioterapeu-tas, etc.) já são uma realidade em todo o mundo.

Apenas para se ter uma idéia atualmente mais de dois milhões de mulheres americanas tra-balha em casas de repouso como auxiliares de en-fermagem, cozinheiras e governantas domésticas. Outras setecentas mil trabalham como atendentes de enfermagem cuidando de idosos, doentes e inca-pacitados em domicílio. Segundo o Bureau of Labor Statistics(USA),haveráumaumentosignificativoemtodas estas atividades nos próximos anos.

Estes fatos nos mostram dois lados do en-velhecimento. Uma é ter longevidade funcional e a outra a existência de uma maior demanda de servi-ços para aqueles que não a possuem.

Atualmente, a Medicina já nos mostra caminhos para envelhecer de forma saudável mantendo a autonomia pessoal individual. Tais caminhos serão descritos nos parágra-fos seguintes.

1 – nuTRIçãO

O primeiro fator a ser considerado é a ali-mentação, tanto no seu aspecto qualitativo, como quantitativo, ou seja, dar preferência a alimentos saudáveis e fazer das refeições um momento de pausa nas atividades diárias.

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a) De nada adianta tomar apenas uma xí-cara de café pela manhã, ingerir um sanduíche tipo “bomba calórica” na hora do almoço e se empan-turrar no jantar.

b) A nossa alimentação é um fator que nós mesmos podemos controlar e só vai depender de nossa atitude mental para escolhermos um cami-nho que nos dê satisfação para viver melhor.

c)“Somosaquiloquecomemos”,afirmaafilo-sofiaiogue.Frutas,vegetaisverde-escuro(espinafre,brócolis, rúcula), legumes, soja, frutas vermelhas (mo-rango, amora, framboesa), frutas oleaginosas (casta-nhas, nozes), óleos vegetais (óleo de oliva), peixes (salmão, anchova, sardinha, atum), carne de frango sem pele, feijão e arroz integral são alguns exemplos do que deve constar diariamente na nossa dieta.

d) Uma alimentação saudável e balancea-da evita uma série de doenças como osteoporose, diabetes e vários tipos de câncer. Mas isto não sig-nificaquehajaproibiçãoaalgunstiposdealimen-tos. Nada disso. Desde que haja bom senso e mo-deração, nada está proibido, a não ser por critério médico ou alergia. E aqui se incluem até o choco-late quente feito diretamente do pó de cacau, o chá preto e verde e o vinho tinto, por possuírem subs-tâncias com poderes antioxidantes, o que ajuda na prevenção de diversas doenças, como o infarto, a pressão alta e o colesterol.

e) Entretanto, uma alimentação saudável não é tudo. Também devem ser eliminados os ex-cessos (vejam, os excessos) de álcool, sal, carne vermelha, doces e refrigerantes.

f) Ainda com relação a este tema, as refei-ções devem ser feitas em ambiente tranquilo, em horários regulares e sem pressa, para que os ali-mentos possam ser saboreados e degustados e não apenas engolidos.

g) Outra observação. Se você é gordinho (a) ou obeso (a), perca peso. Obesidade ou exces-so de peso são venenos para o corpo e considera-

ludables y hacer de las comidas un momento de pausa en las actividades diarias.

a) De nada sirve tomar apenas una taza de café por la mañana, ingerir un sandwích tipo “bomba calórica” en el almuerzo y empanturrarse en la cena.

b) Nuestra alimentación es un factor que nosotros mismos podemos controlar y solo va a depender de nuestra actitud mental para elegirmos un camino que nos de satisfacción para vivir mejor.

c) “Somosaquello que comemos”, afirma lafilosofiayoga.Frutas,vegetalesverde-oscuro(espina-ca, brócolis, rúcula), legumbres, soja, frutas rojas (fru-tilla, amora, framboesa), frutas oleaginosas (castañas, nueces), aceites vegetales (aceite de oliva), pescados (salmón, anchoa, sardina, atún), carne de pollo sin piel, porotos negros y arroz integral son algunos ejemplos de lo que debe constar diariamente en nuestra dieta.

d) Una alimentação saludable y balanceada evita una série de enfermedades como osteoporo-sis, diabetes y vários tipos de cancer. Pero esto no significaqueexistanprohibiciónesaalgunostiposdealimentos. Nada de eso. Desde que exista el buen senso y moderación, nada está prohibido, a no ser por critério médico ó alergia. Y aqui se incluyen hasta el chocolate caliente hecho directamente del polvo de cacau, el te negro y verde y el vino tinto, porque po-seen substancias con poderes antioxidantes, lo que ayuda en la prevención de diversas enfermedades, como el infarto, la presión alta y el colesterol.

e) Entretanto, una alimentación saludáble no es todo. También deben ser eliminados los ex-cesos (vean, los excesos) de alcohol, sal, carne roja, dulces y refrescos.

f) Todavia con relación a este tema, las comidas deben ser hechas en ambiente tranquilo, en horários regulares y sin prisa, para que los alimentos puedan ser saboreados y degustados y no apenas tragados.

g) Otra observación. Se Ud. es gordito(a) ú obeso(a), pierda peso. Obesidad ó exceso de peso son venenos para el cuerpo y considerados facto-

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dos fatores de risco para várias doenças.

h) A ingestão de líquidos se faz necessá-ria com o avançar da idade, mesmo sem se sentir sede. O ideal e a ingestão de 1 a 1,5 litro por dia nos intervalos das refeições. Isto porque, no idoso, o cérebro diminui o “gatilho” para a necessidade de água no organismo.

2 – PRÁTICA DE ATIvIDADE FÍsICA

A idade não é fator determinante para não se praticar qualquer atividade física. Exercícios fí-sicos são excelentes preventivos para certas do-enças como diabetes, doenças do coração, mal de Alzheimer e outras.

Muitas academias já contam em seu currí-culo programas de exercícios para atender às ne-cessidades daqueles com mais de 60 anos. Ma se você não é adepto de academias, o simples fato de fazer uma caminhada durante 30 minutos por dia já vai fazer uma grande diferença.

O importante é não se aventurar em fazer exercícios sem a orientação de um médico, de um pro-fessor de educação física ou de um personal trainer.

3 – sOnO

Dormir bem só traz benefícios como à reposi-ção das energias gastas durante o dia e a melhora das defesas do organismo. Por outro lado, uma noite mal dormida pode causar um dia seguinte sem energia, ge-

res de riesgo para varias enfermedades.

h) La ingesta de líquidos se hace necesaria con el avanzar de la edad, aún sin sentir sed. Lo ideal es la ingesta de 1 a 1,5 litro por dia en los intervalos de las comidas. Esto porque, en el ancia-no, el cerebro disminuye el “gatillo” para la necesi-dad de água en el organismo.

2 – PRÁTICA DE ACTIvIDAD FÍsICA

La edad no es factor determinante para de-jar de practicar cualquier actividad física. Ejercícios físicos son excelentes preventivos para ciertas en-fermedades como diabetes, enfermedades del co-razón, mal de Alzheimer y otras.

Muchas academias ya cuentan en su currí-culum con programas de ejercícios para atender a las necesidades de aquellos con más de 60 años. Pero si Ud. no es adepto de academias, el simples hecho de hacer una caminata durante 30 minutos por dia ya hará una gran diferencia.

Lo importante es no aventurarse a hacer ejer-cícios sin la orientación de un médico, de un profesor de educación física ó de un personal trainer.

3 – suEñO

Dormir bien solo trae benefícios como la reposición de las energias gastas durante el dia y la mejora de las defensas del organismo. Por otro lado, una noche mal dormida puede causar un dia

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rar mais estresse, desenvolver “explosões” de ânimo por coisas tolas, além de depressão, ansiedade, etc.

a) Para se ter um sono tranquilo, o ambien-te deve ser bem silencioso e escuro.

b) O uso de bebidas estimulantes (álcool, re-frigerantes à base de cola, café, chocolate, chá mate) deveficarrestritoaté8horasantesdesedeitar.

c) Um banho tomado à noite ajuda a relaxar. Experimenteficarde15a20minutosemumaba-nheira ou em um ofurô com água à temperatura cor-poral (37º C) para notar o relaxamento que produz. Mas se você não tem uma banheira, tome uma bela ducha com o jato direcionado para a nuca e o pesco-ço. Seguramente o estresse e as tensões muscula-res serão diminuídos e eliminados. Durma bem!

4 – FuMO

Fumar, nem pensar, seja você um fumante ativo (o que tem o vício) ou passivo (aquele que convive com fumantes ativos inalando a fumaça do cigarro alheio).

5 – FAçA uM CHECk uP PERIóDICO

Uma das maneiras de se investir na nossa própria saúde é fazer um check up periódico. Consul-te regularmente seu médico (geriatra ou clínico geral). Muitas doenças podem ser tratadas quando precoce-mente diagnosticadas. Ter uma “saúde de ferro” pode nãosignificargrandecoisa.Muitasdoençasnãoapre-sentam sinais e sintomas nas fases iniciais e, quando se manifestam, pode ser tarde (câncer, por exemplo).

6 – uM úLTIMO LEMBRETE

“Asaúdeéumbemfinito.Senãosouber-mos usar, um dia acaba e depois é muito difícil re-cuperá-la”,afirmaCarlosLegal,consultorempro-dutividade e qualidade de vida.

Na primeira parte, procuramos descre-ver os fatores que podem fazer você envelhe-cer com saúde nos seus aspectos físicos. Nes-

siguiente sin energia, generar más stress, desarro-llar “explosiones” de ánimo por cosas fútiles o tor-pes, además de depresión, ansiedad, etc.

a) Para tener un sueño tranquilo, el ambien-te debe ser bien silencioso y oscuro.

b) El uso de bebidas estimulantes (alcohol, refrescos a base de cola, café, chocolate, té negro, mate) deben quedar restricto hasta 8 horas antes de acostarse.

c) Una ducha de noche ayuda a relajar. Ex-perimente quedarse de 15 a 20 minutos em una ba-ñera o en un ofuró con água a temperatura corporal (37º C) para notar el relajamiento que produce. Pero si Ud. no tiene una bañera, tómese una hermosa ducha con el chorro direcionado para la nuca y el cuello. Seguramente el stress y las tensiones muscu-lares seráno disminuídos y eliminados. Duerma bien!

4 – TABACO

Fumar, ni pensar, sea un fumante activo (que tiene el vício) ó pasivo (aquel que convive con fuman-tes activos inalando el humo del cigarro ajeno).

5 – HAGA un CHEQuEO MéDICO PERIóDICO

Una de las maneras de invertir en nuestra própia salud es haceerse um chequeo médico pe-riódico. Consulte regularmente su médico (geriatra ó clínico general). Muchas enfermedades pueden ser tratadas cuando precozmente diagnosticadas. Tener una“saluddehierro”puedenosignificargrancosa.Muchas enfermedades no presentan señales y sín-tomasenlasfasesinicialesy,cuandosemanifiestan,puede ser demasiado tarde (cancer, por ejemplo).

6 – un úLTIMO RECuERDO

“Lasaludesunbienfinito.Sinosabemosusarla, un dia acaba y después es muy difícil recu-perarla”,afirmaCarlosLegal,consultorenproduc-tividad y calidad de vida.

En la primera parte, buscamos describir

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ta segunda parte, vamos considerar os fatores relacionados à mente, incluindo aspectos emo-cionais e intelectuais.

1 – RELAçõEs FAMILIAREs E sOCIAIs

a) As relações com os familiares e amigos é um fator muito importante no processo de envelheci-mento. Já está provado que o contato com parentes e amigos diminui a incidência da depressão a qual, no idoso, pode torná-lo incapacitado. Além disso, pes-soas solitárias tem 60% a mais de probabilidade de desenvolver demência quando se tornarem idosos, condição esta associada ao mal de Alzheimer.

b) Pessoas com um bom número de amigos e que possuem uma vida social saudável estão me-nos propensas às doenças e podem se recuperar mais rapidamente quando acometidas por elas.

c) Ainda com relação à família, sabe-se que pessoas com parentes longevos tem 25% a mais de chance de ser também um longevo. Entretanto, os ge-nes podem representar de 25 a 30% dos fatores que levam à longevidade, mas de per si, não são determi-nantes da mesma. Se os genes são responsáveis pela percentagem citada, os outros 70 a 75% dependem diretamente do estilo de vida adotado por cada um.

2 – EsTREssE

a) A Medicina não considera o estresse como doença, principalmente nas suas fases iniciais. O estresse é considerado uma resposta a determina-

los factores que pueden hacer que Ud. envejez-ca con salud en sus aspectos físicos. En esta segunda parte, vamos a considerar los factores relacionados a la mente, incluyendo aspectos emocionales e intelectuales.

1 – RELACIOnEs FAMILIAREs y sOCIALEs

a) Las relaciones con los familiares y amigos es un factor muy importante en el proceso de enveje-cimiento. Ya está probado que el conctato con parien-tes y amigos disminuye la incidencia de la depresión la que, en el anciano, puede tornarlo incapacitado. Además, personas solitárias tienen 60% más de pro-babilidad de desarrollar demencia cuando lleguen a la vejez, condición esta, asociada al mal de Alzheimer.

b) Personas con un buen número de amigos y que posean una vida social saludable están menos propensas a lãs enfermedades y pueden recuperarse más rapidamente cuando acometidas por ellas.

c) Aún con relación a la família, se sabe que personas con parientes longevos tienen 25% más chance de ser también longevo. Entretanto, los genes pueden representar de 25 a 30% de los factores que llevan a la longevidad, pero de por si, no son determi-nantes de la misma. Si los genes son responsables por el porcentaje citado, los otros 70 a 75% dependen directamente del estilo de vida adoptado por cada uno.

2 – sTREss

a) La medicina no considera elo stress como

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do agente estressor. É a maneira como se reage a este agente que irá gerar reações ou respostas maiores ou menores no nosso corpo. E isto depen-de diretamente da vulnerabilidade de cada um na-quelemomentoespecífico.

b) Evitar o estresse durante nossa rotina diária vai fazer com que o envelhecimento nos dê mais prazer em nossas vidas, pois estaremos mais relaxados e evitaremos vários males e do-enças crônicas.

3 – MuDAnçA DA ATITuDE MEnTAL

Se você é do tipo pessimista, “pra baixo”, vive deprimido ou ansioso está na hora de mudar sua atitude.

Toda moeda tem duas faces, como tudo na vida. Passe a considerar o lado positivo que a vida tem para lhe dar e pare de se queixar que a vidaéruimeinjustaparavocê.Afirmarqueétardedemais para melhorar a saúde é ter uma atitude comodista, pois você pode achar que seus hábitos não podem ser mudados.

Por outro lado, pessoas que desenvolvem e mantém uma atitude positiva, vivem em “alto as-tral”, otimistas, tem muito menos sinais de envelhe-cimento do que as pessimistas.

Mesmo idosos que possuem atitudes positi-vas sobre o envelhecimento vivem, em média, sete anos mais do que aqueles que têm atitudes negati-vas sobre o mesmo.

Não importa quais sejam os seus hábitos. O importante é que nunca é tarde para melhorar a saú-de. Basta fazer a escolha e mudar sua atitude mental.

4 – MAnTEnHA A CABEçA FunCIOnAnDO

O conselho é: mantenha-se ativo. Desenvol-va uma atividade que exija concentração e raciocínio como pintura, modelismo, aprender outro idioma, fa-zer um curso de informática, ler muito sobre tudo, fa-zer palavras cruzadas, jogar xadrez... não importa.

enfermedad, principalmente en sus fases iniciales. El stress es considerado una respuesta a determi-nado agente estresante. Es la manera como se re-acciona a este agente que irá generar reacciones ó respuestas mayores o menores en nuestro cuerpo. E esto depende directamente de la vulnerabilidad decadaunoenaquelmomentoespecífico.

b) Evitar el stress durante nuestra rutina dia-ria hará con que el envejecimiento os de más placer en nuestras vidas, pues estaremos más relajados y evitaremos varios males y enfermedades crónicas.

3 – MuDAnzA DE ACTITuD MEnTAL

Si eres del tipo pesimista, “bajoneado”, vive deprimido o ansioso, es tiempo de mudar su actitud.

Toda moneda tiene dos lados, como todo en la vida. Pase a considerar el lado positivo que la vida tiene a darle y pare de quejarse que la vida esmalaeinjustacomUd.Afirmarqueesdemasia-do tarde para mejorar la salud es tener una actitud comodista, pues podrá concluir que sus hábitos no pueden ser mudados.

Por otro lado, personas que desarrollan y mantienen una atitude positiva, viven en “alto as-tral”, optimistas, tienen mucho menos señales de envejecimiento que las pesimistas.

Aún los ancianos que poseen actitudes po-sitivas sobre la vejez viven, en média, siete años más que aquellos que tienen actitudes negativas sobre lo mismo.

No importa quales son sus hábitos. Lo impor-tante es que nunca es tarde para mejorar la salud. Basta hacer la elección y mudar su actitud mental.

4 – MAnTEnGA LA CABEzA FunCIOnAnDO

El consejo es mantenerse activo. Desen-vuelva una actividad que le exija concentración y raciocínio como pintura, modelismo, aprender otro idioma, hacer un curso de informática, leer mucho sobre todo tema, hacer palabras cruzadas, jugar

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a) Manter-se intelectualmente ativo pode prevenir doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer, e preservar a saúde do nosso cérebro.

b) Outro aspecto a ser considerado é que o idoso pode ter sua memória diminuída e esquecimen-tos podem gerar contratempos e deixá-los em situa-ções desagradáveis. Mas, isto pode ser combatido usando algumas “dicas”, quais sejam: ter um estilo de vidasaudável,alimentaçãobalanceada (fibras,vita-minas, sais minerais) além de alimentos ricos em áci-dos poliinsaturados (algas marinhas, óleo de girassol, gérmen de trigo, soja, milho, cenoura) que reduzem o risco do desenvolvimento do mal de Alzheimer, inges-tão de suplementos à base de creatina (melhoram a inteligência), prática regular de exercícios físicos, re-laxamento e meditação para aliviar o estresse, ter um hobby (marcenaria, jardinagem, artesanato), dormir oito horas por dia e abstinência de qualquer droga.

O melhor de tudo isso é a ausência total de efeitos colaterais.

5 – MAnTEnHA sEMPRE sEu BOM HuMOR

Algumas pesquisas demonstram que emo-ções negativas diminuem a imunidade. Ao contrá-rio, emoções positivas melhoram nossa capacida-de imunológica.

a) A palavra humor vem do latim humore, quesignifica“deixarfluir”.Deixe,então,fluirsem-pre seu bom humor, seu otimismo, o seu lado posi-tivo das coisas e da vida.

ajedrez. no importa.

a) Mantenerse intelectualmente activo puede prevenir enfermedades degenerativas, como el mal de Alzheimer, y preservar la salud de nuestro cerebro.

b) Otro aspecto a ser considerado es que el anciano puede tener su memória disminuída y olvidos pueden generar contratiempos y dejarlos en situacio-nes desagradables. Pero esto puede ser combatido usando algunos “consejos”, como: tener un estilo de vidasaludable,alimentaciónbalanceada(fibras,vita-minas, sales minerales) además de alimentos ricos en ácidos poliinsaturados (algas marinas, aceite de girasol, gérmen de trigo, soja, maíz, zanahoria) que reducen el riesgo del desarrollo del mal de Alzheimer, ingesta de suplementos a base de creatina (mejoran a inteligencia), práctica regular de ejercícios físicos, re-lajamiento y meditación para aliviar el stress, tener un hobby (carpintería, jardineria, artesanato), dormir ocho horas por dia y abstinencia de cualquier droga.

Lo mejor de todo esto es la ausencia total de efectos colaterales.

5 – MAnTEnGA sIEMPRE su BuEn HuMOR

Algunas pesquisas demuestran que emo-ciones negativas disminuyen la inmunidad. Al con-trario, emociones positivas mejoran nuestra capa-cidad inmunológica.

a) La palabra humor viene del latin “humo-re”,quesignifica“dejarfluir”.Deje,entonces,fluir

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b) Manter o bom humor e o otimismo, mes-mo frente às adversidades, é uma forma de dimi-nuir o estresse, prevenir gripes e resfriados, dimi-nuir a probabilidade do infarto do coração e, em pacientes com AIDS e câncer, tolerar melhor os medicamentos e seus efeitos colaterais.

c) Dormir bem, manter uma atividade física (ioga, caminhada, natação, bicicleta) e ingerir ali-mentosricosemfibrasajudamnamanutençãodobom humor.

d) O bom humor torna a vida mais leve. E ria, ria sempre que puder. Ria lendo um livro ou assistindo uma comédia no cinema ou no teatro. Você vai notar como é possível lidar melhor com as nossas dificuldades e problemas do dia-a-dia.A manutenção do bom humor é uma maneira de amenizar a tensão e a ansiedade cotidianas, seja em casa, seja em seu ambiente de trabalho.

e) Só para completar. Há décadas atrás, mais precisamente nos anos 70, o ginecologista Frederic Leboyer introduziu um novo tipo de parto. O livro que descrevia esta técnica chamava-se, em português, “Nascer sorrindo”. Que tal, a partir de agora, você começar a “envelhecer sorrindo”?

6 – Dê uM TEMPO A sI MEsMO

a) Quando, no meio de sua atividade, você se sentir cansado, bloqueado... pare, ago-ra. Give me a break. Dê um tempo! Mas, de você para você mesmo.

b) Feche os olhos. Se possível, escute uma música suave por alguns minutos.

c) Espreguice-se. Vá até a janela e olhe o mo-vimento.Procurerelaxar.Aciênciaafirmaque,depoisde 90 minutos de atividade, o cérebro necessita uma pausa, pois diminui sua capacidade de “trabalho”.

d) Ficar algum tempo tranquilo é uma ma-neira de seguir nossa atividade de forma plena. e) Faça isto sempre que estiver cansado ou pres-

siempre su buen humor, su optimismo, su lado po-sitivo de las cosas y de la vida.

b) Mantener el buen humor y el optimismo, aún frente a las adversidades, es una forma de disminuir el stress, prevenir gripes y resfrios, disminuir la probabili-dad de infarto y, en pacientes con SIDA y cancer, tole-rar mejor las medicación y sus efectos colaterales.

c) Dormir bien, mantener una actividad fí-sica (yoga, caminata, natación, bicicleta) e ingerir alimentos ricosenfibras, ayudanenelmantenerdel buen humor.

d) El buen humor torna la vida más leve. Riase, riase siempre que pueda. Riase leyendo un libro o asistiendo una comedia en el cine ó en el teatro. Ud. notará como es posible lidiar mejor com nuestras dificultades y problemas del dia-a-dia.Mantener el buen humor es una forma de amenizar la tensión y la ansiedad cotidianas, sea en casa, sea en su ambiente de trabajo.

e) Solo para completar. A décadas atrás, más precisamente en los años 70, el ginecologista Frederic Leboyer introdujo un nuevo tipo de parto. El libro que describía esta técnica se llamaba, en español: “Nacer sonriendo”. Que tal, a partir de ahora, Ud. comieza a “envejecer sonriendo”?

6 – DésE un TIEMPO A sI MIsMO

a) Cuando, en medio de su actividad, se sienta cansado, bloqueado... pare, ahora. “give me a break”. Dése un tiempo! Haga uma pausa para Ud. Mismo..

b) Cierre los ojos. Si posible, escuche una música suave por algunos minutos.

c) Desperécese. Vaya hasta la ventana y mireelmovimiento.Busquerelajar.Lacienciaafir-ma que, después de 90 minutos de actividad, el cerebro necesita una pausa, pues disminuye su ca-pacidad de “trabajo”.

d) Quedarse algún tiempo tranquilo es una forma de seguir nuestra actividad de modo pleno.

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e) Haga esto siempre que esté cansado o presionado. Ud. No se quedará estresado y, segu-ramente, se sentirá mucho mejor.

7 – PRACTIQuE MEDITACIón

La meditación es una técnica que altera el estadodeconcienciayliberaendorfinas,substan-cias que proporcionan un reposo profundo, ayudan a prevenir enfermedades y a combatir la hiperten-sión de fondo emocional.

a) Practicada diariamente hace que la per-sona tenga uma mejor visión de las cosas que le molestan, ayuda en la búsqueda de soluciones de problemas sin generar stress, mejora la calidad de vida y aumenta a longevidad.

b) Somos un Ser donde nuestro cuerpo y nuestra mente deben trabajar de forma armónica.

c) Nuestra salud física y mental deben ser preservadas desde nuestra juventud. d) Cuanto más temprano tomamos conciencia de eso, mayo-res las chances de envejecer con salud.

e) Ya que estamos viviendo por más tiem-po, nuestra salud física y mental deben ser pensa-das a largo plazo. Cuanto más temprano iniciemos un plan de salud global, mejor. Tendremos la chan-ce de vivir más felices y de modo más pleno por mucho más tiempo.

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sionado.Vocênãoficaráestressadoe,seguramen-te, sentir-se-á bem melhor.

7 – PRATIQuE MEDITAçãO

A meditação é uma técnica que altera o estado de consciência e libera endorfinas, subs-tâncias que proporcionam um repouso profundo, ajudam a prevenir doenças e a combater a hiper-tensão de fundo emocional.

a) Praticada diariamente faz a pessoa ter uma visão melhor das coisas que a incomodam, ajuda na busca de soluções de problemas sem ge-rar estresse, melhora a qualidade de vida e aumen-ta a longevidade.

b) Somos um Ser onde nosso corpo e nos-sa mente devem trabalhar de forma harmônica.

c) Nossa saúde física e mental deve ser preservada desde a nossa juventude. d) Quanto mais cedo tomamos consciência disso, maiores as chances de envelhecermos com saúde.

e) Já que estamos vivendo por mais tempo, nossa saúde física e mental devem ser pensadas a longo prazo. Quanto mais cedo iniciarmos um plano de saúde global, melhor. Teremos a chance de viver mais feliz e de forma mais plena por muito mais tempo.

* Médico

* Médico

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A MAçOnARIA LATInA

Como já foi dito e escrito muitas vezes, o Rito Escocês Antigo e Aceito originou-se do Rito de Per-feição, da França, tomando o nome de Rito Escocês somente após a fundação do primeiro Supremo Con-selho em Charleston, US.

Assim, nasceu na França, no justo momento em que a maçonaria inglesa, regenerada, começou a se expandir sobre o Continente. Numerosas Lojas foram criadas por imigrantes ingleses, escoceses e irlandeses, partidários dos Stuarts banidos do trono inglês em 1688. Foi assim que em 1726, três nobres ingleses fundaram em Paris a Loja São Tomás, que teve um rápido desen-volvimento e que, por sua vez, criou outras lojas – três – loja Goustand, loja Les Arts Sainte Marguerite e loja Au Louis d’Argent que, com a primeira, constituíram a Grande Loja Provincial da França, em 1735.

Foi durante a primeira Assembléia Geral des-ta Grande Loja, que o Grande Orador, o Cavaleiro Ramsay, escocês de nascimento, doutor pela Uni-versidade de Oxford, preceptor de Jacques III Stuart (em inglês, James III) empolgado partícipe do Rito Escocês como era praticado pela Grande Loja de Edimburgo, pronunciou um discurso cuja repercus-sãofoigrande.AfirmouqueaEscóciapossuíaumamaçonaria mais completa que a Inglaterra, e muitos maçons ouviram pela primeira vez falar de outros graus que não os três das Lojas Simbólicas.

Este Rito Escocês preconizado por Ramsay obteve imenso sucesso, e desenvolveu-se em diversos sistemas que ganharam uma extensão considerável. Nasceram,assimosAltosGraus,todosqualificadosdeescocês, ainda que constituídos na França. Entre os

corpos maçônicos que surgiram nesse período, citam-se o Capítulo de Clermont, em Paris, que, fundado em 1754, possuía um Rito de Perfeição com sete graus, dos quais quatro superiores. Esforçavam-se por revi-ver o sistema de Ramsay e representavam abertamen-te os maçons como sucessores dos Templários.

Este rito foi absorvido em 1758 pelo Rito dos Imperadores do Oriente e do Ocidente, que possuía vinte e cinco graus. Foi este rito que cedeu a um de seus membros, Etienne Morin (em inglês, Ste-phan Morin) negociante de vinhos e que viajou para a América à negócios, uma patente nomeando-o Grande Inspetor e autorizando a trabalhar regular-mente em favor e desenvolvimento da Arte Real, e a iniciar Irmãos nos sublimes Graus de Perfeição.

Morin estabeleceu-se em São Domingos e criou numerosos Inspetores Gerais. Um destes, Isaac Costa, fundou a Loja de Perfeição em Charleston, Ca-rolina do Sul. Sete novos graus foram acrescidos aos vinte e cinco originais, formando um corpo de trinta e dois graus. Os americanos inventaram, logo em segui-da, um novo e último grau, que recebeu o número 33. E assim foi criado o Rito Escocês Antigo e Aceito e o Primeiro Supremo Conselho, em 31 de maio de 1801.

Em 1804 o Conde De Grasse, Marquês De Tilly, antigooficialdoexército real francês,chegouaParistrazendo uma patente do Supremo Conselho de Char-leston que lhe dava o direito de iniciar maçons no novo Rito Escocês Antigo e Aceito. Criou um Supremo Con-selho do 33º Grau, consagrando, assim, o Rito Escocês Antigo e Aceito na Europa. Este rito desenvolveu-se ra-pidamente nos dois continentes, América e Europa.

A MAçOnARIA AnGLO-sAxônICA

Na Grã Bretanha e notadamente na Escócia, nofimdaRenascençae,maisprecisamente,duran-te o Século XVII, houve uma sensível transformação naOrdem.Pessoasforadaprofissãodeconstrutores,ocupando importantes cargos na administração civil, intelectuais, voluntários que realizavam pesquisas no campo da alquimia, neo-platônicos, do movimento nascido em Florença no Século XV, e muitos rosacrus-cianos, tradição difundida no início do Século XVII, pe-

A teRCeIRA

vIALuiz A Rebouças dos Santos *

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diramsuafiliaçãoemlojasmaçônicascujascolunasestavam praticamente abatidas. Estes maçons acei-tos, aos poucos, viram seu número crescer dentro da Ordemesuainfluênciaaumentar,aopontodesetor-narem majoritários, alijando, de alguma forma, os ope-rativos, tornados estranhos à sua própria organização.

OIr.˙.NathanPressescreve,emsuaspesqui-sas, que o Dicionario Enciclopedico de la Masoneria, da Ed. Kier, define o Rito de York ou Maçonaria do Arco Real como sendo um rito bíblico, que se compõe de quatro graus sobre os três graus simbólicos, formando assim sete graus. Mais adiante: Este rito foi criado na Escócia em 1777, e introduzido na Inglaterra com o tí-tulo de Rito dos Antigos Maçons. Adotado pelas confra-rias dos maçons construtores, jurisdicionadas à Gran-deLojadeYork,eficouconhecidocomestenome.

A origem desse rito é muito antiga e se es-pecula que tenha sido praticado secretamente nas Lojas irlandesas e escocesas, sob o nome de Rito dos Antigos Franco-maçons. Encontra-se menção à fundação de uma Loja de York no ano de 926, ob-viamente, de caracterização duvidosa, segundo os cânones do método científico aplicado à história.Mas, partindo-se do pressuposto de que isso possa ser verdadeiro, damos asas à nossa imaginação - faculdade que nos diferencia dos demais animais - e intuímos que esse cerimonial deveria ser algo muito simples, sem retoques, dando mais atenção à recep-ção de novos candidatos e sua passagem ao grau de companheiro de trabalhos. Claro que devido às dificuldadesdecomunicaçãodessaépoca,aoeleva-do grau de analfabetismo, à falta de material escrito,

a sequência do cerimonial era dita de cor e, por mais que se queira manter intacta uma tradição oral, essa semodificacomopassardostempos.

A maçonaria especulativa apareceu na In-glaterra, no sentido estrito do termo. Sabemos que não existe qualquer documento que testemunhe que pessoasestranhasàprofissãodepedreironão te-nham sido admitidas em lojas inglesas. De resto, a realidade das lojas operativas inglesas – no sentido que se pode dar à palavra loja, à luz da maçona-ria especulativa – é bastante problemática naquele país: não existem quaisquer traços de sua existên-cia. E ainda mais, algumas raras lojas operativas, aparecidas curiosamente muito tarde na Inglaterra, permaneceram operativas até suas extinções. O que temos verdadeiramente, é que, desde sua origem, as lojas que surgem na Inglaterra são puramente espe-culativas. Mesmo no que diz respeito à muito famo-sa Acception de Londres, no Século XVII, ninguém sabe quem tomou a iniciativa de fundá-la, ou por que motivo. Recordemos que os operativos deveriam ser admitidos nesta Loja, que eles não a controlavam, e que não eram seus membros-natos.

Pode-se objetar que as coisas possam se apre-sentar de maneira muito diferente na Escócia, onde, desde o começo do Século XVII, parece ser certa a entrada de notáveis nas Lojas operativas organizadas. Observemos que a Escócia era, até o começo do Sé-culo XVII, um país estranho e mesmo inimigo da In-glaterra, e que muito poucas relações existiram entre os dois. Escócia era, a esse tempo, aliada da França. De toda a maneira, a existência de Lojas operativas

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Está visto que o que importa na maçonaria é ter a mesma direção, o mesmo sentido, dir-se-ia obje-tivosmorais,filosóficoseespirituaiscomunsatodos,ou seja, a trajetória que se pretende, deve ser a mes-ma dentro da Ordem, empreendendo-se uma luta em favor da humanidade como um todo, independente de ritos, credos, opiniões ou cores de pele e, claro, independente de nacionalidades, pátrias, tribos, clãs, ou etnias. Assim, os Tratados de Mútuo Reconhe-cimento e Fraternal Amizade, carecem de sentido, porque isso e muito mais, é um dever de todos os ir-mãos. Não diz o Chanceler, em todas as sessões do grau de aprendiz, que a maçonaria é universal, e suas Oficinas se espalham por todos os recantos da Terra, sem preocupação de fronteiras e de raças?

O mundo está em constante mudança e a ma-çonaria precisa estar atenta e presente nessas mudan-ças, sob pena de não mais ser necessária aos seres humanos. Sim, ainda há grandes contingentes de pe-dras brutas, homens que não viram a verdadeira luz ou que, a tendo recebido, permanecem cegos, olhando incessantemente para o próprio umbigo. Diz-se que a maçonaria não entrou neles,eesseéodesafioquetemos, semanalmente, em nossas Lojas e diariamente em nossas vidas. Mas nós, verdadeiros maçons, ini-ciados, ativos e reflexivos, não temos o direito de dividirmo-nos, em grupos, como foi feito no início da assim chamada maçonaria moderna. Precisamos res-peitar nossas diferenças, respeitar a soberania de nos-sas Obediências, trabalhar no pluralismo de nossas Lojas, de nossos Ritos e, como verdadeiros irmãos, nos reconhecermos como tais.

*Professor Doutor de Historia

Referências:Roger Bongard - Manuel Maçonnique du Rite Écossais Ancien et Acepté - Ed. Dervi Livres, 1976 Paris, France.Roger Dachez, publicado na revista Points de Vue Initiatiques – cahiers de la Grande Loge de France – nº 100 de dec. 1995, jan. et fev. de 1996 Paris, France.

emEdimburgoouemKilwinningnãopodecertificaraexistência de uma maçonaria puramente especulativa na mesma época, no sul da Inglaterra.

Precisar-se-ia reler todos os documentos dis-poníveis sobre a história da maçonaria inglesa à luz desta nova óptica. Pode-se assim, propor uma teoria política, ligada aos fatos da guerra de 1640 a 1660 na Inglaterra e uma teoria religiosa, igualmente ins-crita nas querelas de religião que ensanguentaram a Inglaterra por cerca de dois séculos e que provoca-ram, além de muitas histórias, nesta mesma época, uma verdadeira explosão de sociedades secretas. Explorou-se também o papel da sociabilidade cari-dosa e das primeiras sociedades de auxílio mútuo, criadas no Século XVII nas confrarias dos artesãos ou, ainda, da dissolução das comunidades monásti-cas depois da Reforma inglesa de 1534.

Fica claro que nenhuma dessas teorias é con-clusiva. Todas trazem, entretanto, o imenso interesse de apontar à redescoberta dos fundamentos históricos da maçonaria inglesa, não confundindo seu desenvolvi-mento com a bastante distinta maçonaria escocesa.

A TERCEIRA vIA

Vimos, então, duas vias distintas para um fato da mesma origem: a maçonaria.

A incrível desordem dos ritos, sobretudo em território francês, provocava uma inquietação terrí-vel,queculminouaofimdoséculoXVIIIpelaconvo-cação de várias reuniões internacionais. Os Irmãos mais representativos e dedicados das mais diferentes tendências participavam, com o objetivo de proceder uma organização geral da Ordem e, sobremaneira, da identificaçãodafinalidadedamaçonaria,danaturezade seus ensinamentos e da maneira de os empregar. Essas Assembléias Maçônicas foram realizadas em Kohlo em 1772 (Estrita Observância), em Lyon, 1778 (Assembléia das Gálias, Reforma de Lyon), Wilhems-bad 1782 (Maçonaria Templária, de onde nasceu o Rito EscocêsRetificado),emParis1785e1787(Philaletes).Entre os mais destacados participantes, Jean Baptiste Willermoz e Savalète de Lange. Os resultados foram limitados e, entre eles, a rejeição da lenda templária.

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Mircea Eliade desenvolveu suas teorias em direta oposição às teorias reducionistas que, na sua visão, não entenderam o papel

da religião na vida humana. Ele sempre defendeu, ao longo de sua carreira, uma abordagem humanís-tica, sustentando a tese de que a religião deve ser sempre explicada nos seus próprios termos. Assim como o sagrado, o divino, a espiritualidade.

Eliade sempre acreditou na independência, ou autonomia da religião, que não pode ser explica-da apenas como um subproduto de outra realidade. O fenômeno religioso vai somente ser reconhecido como tal se tomada no seu próprio nível e estuda-da como algo religioso. Tentar apreender a essência deste fenômeno pormeio da fisiologia, psicologia,sociologia, economia, linguística, arte, ou qualquer outro estudo é falso e perde o único e irredutível ele-mento no fenômeno: o elemento do sagrado.

Na sua abordagem acredita no estudo históri-co e também daquele comparado das religiões. Elia-de acredita que certas formas gerais, certos padrões amplos de fenômenos na religião podem ser analisa-das fora de seu contexto original e comparadas com

A Realidade do Sagrado na teoria de mircea eliade e a espiritualidade na maçonaria

Carlos Magno Maurer das Neves *

outros. O tempo e o local podem ser diferentes, mas os conceitos são, frequentemente, os mesmos.

Para Eliade, o historiador deve se distanciar da civilização moderna e entrar à época do acontecimen-to, podendo até adentrar no mundo do homem arcaico. Povos arcaicos são aqueles que viveram nos tempos pré-históricos, ou que vivem hoje nas sociedades tribais e rurais folclóricas, locais onde o trabalho no mundo da natureza é a rotina diária. Estas sociedades vivem em duas diferentes realidades, o sagrado e o profano. O profano é o domínio do cotidiano, o sagrado é o oposto, é a esfera do supranatural, das coisas extraordinárias, memoráveis e impressionantes. Enquanto o profano éfinitoefrágil,cheiodesombras,osagradoéeterno,cheio de substância e realidade. O profano é o âmbito das realizações humanas, que é mutável e frequente-mente caótico; o sagrado é a esfera da ordem e da per-feição, a casa dos heróis, dos ancestrais e dos deuses. Onde quer que se olhe entre os povos arcaicos, a reli-gião inicia a partir desta fundamental separação.

O conceito de sagrado de Eliade se aproxima do de Rudolf Otto. Para Eliade, no encontro com o sa-grado, as pessoas se sentem em contato com algo de

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outro mundo, sentem que se defrontam com uma reali-dade diferente de todas que conheçam, uma dimensão de existência assustadoramente poderosa, estranha-mente diferente, que ultrapassa o real e é permanente.

Para os primitivos, assim como para todos os homens das sociedades pré-modernas, o sagrado é o equivalente a um poder e, em última análise, à reali-dade. O sagrado é saturado com o ser. Poder sagrado significa realidade,permanênciaeeficácia.Portanto,é fácil entender porque o homem religioso deseja pro-fundamente “ser”, participar da realidade, se impregnar com este poder. Leitores com formação judaico-cristã ou islâmica supõem que Eliade se refere aqui a um en-contro com Deus, mas sua idéia de sagrado é muito maisampladoque isto.Significaodomínio totaldemuitos deuses e também dos ancestrais imortais, ou aquilo que os hindus chamam de “Brahman”, o Supre-mo Espírito com toda personalidade. O papel da reli-gião é promover o contato com o sagrado, trazer a pes-soa para fora de seu Universo, ou situação histórica, e projetá-la num Universo diferente em qualidade, num mundo diferente, transcendente e sagrado. A sensa-ção do sagrado não é algo ocasional que se encontra somente em certos povos ou tempos. Ainda que dis-farçado, suprimido, ou obscuro, a intuição do sagrado permanece como característica do pensamento e ação humana. Nenhum ser humano é desprovido disto.

Entre os povos arcaicos a idéia do sagrado é mais do que comum, é considerada crucial para sua existência, moldando cada aspecto de suas vidas. Quando os antigos gregos pensavam sobre sua rotina diária, se voltavam naturalmente para o mito de Apolo, o deus que dirigia sua carruagem do sol através dos céus. Enquanto que para nós estes contos da mitologia são merascuriosidades,paraosantigossignificavammui-to mais. Eles forneciam a estrutura que moldava seus pensamentos, os valores os quais admiravam e, muitas vezes os modelos, arquétipos, que eles encarnavam a cada uma de suas ações. Entre os povos primitivos da Escandinávia, por exemplo, os botes de uso diário para pesca e transporte seguiam um modelo sagrado para sua construção. Tais regras existiram porque os antigos acreditavam que os caminhos dos deuses eram melho-res, os modelos divinos eram demonstrações de como a vida devia ser vivida. Eliade nos apresenta inúmeros

exemplos. A autoridade do sagrado controlava tudo. Os clãs arcaicos, por exemplo, quando tinham de fundar uma vila, não escolhiam simplesmente o local mais conveniente. A vila tinha de ser fundada num local onde ocorresse uma “sagrada aparição” (do grego hieros e phainein - hierofania).Umavezquefosseconfirmadaque aquele local tivesse sido visitado pelo sagrado, tal-vez na forma de um deus ou antepassado, esta locação era submetida a um ritual sagrado que a estabelecia como ponto central de um “mundo” (do grego cosmos: lugar de ordem). Ao redor deste centro a comunidade poderia se estabelecer e construir suas moradias, de uma forma definida e ordenada divinamente. Comoesta sociedade era construída ao redor de um ponto central e com cerimonial, ela se separava claramente dadesordemdodeserto,floresta,ouplaníciesqueasrodeavam. Ao invés do caos, a vila, construída segun-do o padrão dado pelos deuses, era um cosmos, uma cena de segurança e ordem, protegida dos perigos.

Em muitas culturas este centro sagrado é mar-cado com um mastro, um pilar, ou algum outro objeto vertical que mergulha no solo e se levanta em direção aos céus, juntando assim três regiões do universo: os céus, a terra e o submundo. Este ponto também pode ser marcado por uma árvore ou mesmo por uma mon-tanha, e é visto não apenas como o centro da vila, mas como um “axis mundi”, um eixo do mundo, um pilar central, ao redor do qual todo o mundo gira. É um local sagrado onde o sagrado e o profano se junta.

No Cristianismo medieval e no início do Islã, na antiga Babilônia e na moderna Java, entre os ín-dios do nordeste americano e nas vilas dos vedas na Índia encontramos estes padrões recorrentes, se-gundo Eliade. A vida se orienta ao redor de um cen-tro sagrado, um símbolo vertical de ascensão, que liga os céus à terra, o sagrado ao profano.

Povos arcaicos davam grande importância aos mitos cosmogônicos, suas histórias de como o mundo foi criado, seja por comando divino ou como resultado de lutas nas quais os deuses sobrepujaram as forças caóticas e derrotaram algum monstro maligno. Quan-do quer que alguma coisa nova é iniciada, quando um templo é construído, uma criança nasce, ou uma nova fase da vida é iniciada, este processo deve ser a re-

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petição da criação, um reencetar dos atos e batalhas originais pelas quais os deuses criaram o mundo.

Na visão de Eliade, este grande esforço para imitar os deuses é parte de um desejo íntimo que os povosarcaicostêm.Elesdesejamnãoapenasrefletiroreino do sagrado, mas, de alguma forma, estar nele, vi-ver entre os deuses. Todos os povos arcaicos têm uma sensação de “queda”, de uma grande e trágica perda na história humana. Não apenas a queda no pecado como na história bíblica de Adão e Eva, que desobedeceram a Deus e foram punidos. Os povos arcaicos reconhecem esta queda como uma profunda separação. Eles susten-tam que a partir do momento que os seres humanos se tornam conscientes de sua situação no mundo, eles são tomados por um sentimento de vazio, um sentimento de grande distanciamento do local onde deveriam estar e aquele que verdadeiramente desejariam estar, o do-mínio do sagrado. Sua mais característica atitude, nas palavras de Eliade, é uma profunda “nostalgia pelo Para-íso”, um desejo de ser levado para próximo dos deuses, um desejo de retorno ao domínio do supranatural.

Este desejo de voltar ao ponto onde tudo se iniciou, Eliade argumenta, é o mais profundo desejo, a mais recorrente e dolorosa sensação na alma dos po-vos arcaicos. Um tema constante no ritual e mito arcaico é o desejo de viver no mundo vindo das mãos do Cria-dor, novo, puro e forte. Este é o motivo porque os mitos da criação desempenham um papel central em tantas sociedades arcaicas. Toda festa de Ano Novo, todo mito de renascimento ou reintegração, todo rito de iniciação é um retorno ao início, uma oportunidade de recome-çar o mundo novamente. Quando, nas festas arcaicas

doAnoNovo,umanimalerasacrificadoepurificaçõeseram feitas para livrar a comunidade de demônios, do-enças, e pecados, não se tratava apenas de um rito de passagem de um ano para o outro, tratava-se também da abolição do ano anterior e do tempo passado. Era uma tentativa de restaurar, mesmo que de forma efê-mera, o tempo mítico e primordial, o tempo puro, o tem-po do instante da Criação. Existe, nestes rituais, uma implícita abolição do tempo profano, da duração, da história. Eliade expressa os motivos que inspiram este mito do retorno. Ele explica que os povos antigos, assim como todos os outros, são profundamente afetados não apenas pelos mistérios do sofrimento e da morte, mas também por inquietações sobre a possibilidade de viver umavidasempropósitoousignificado.Aidéiadequeaaventura humana como um todo pode ser meramente um exercício sem sentido, um espetáculo vazio com a mortecomoseufim,éumquadroquenenhumpovoarcaico deseja, nem pode enfrentar. É o que Eliade de-nomina como o “terror da história”, o que explica porque os povos foram levados tão fortemente ao mito, mais especificamenteaomitodoeternoretorno.Atravésdosímbolo e do mito eles retornam ao estado primário de perfeição do mundo, ao momento quando a vida se ini-cia a partir de sua origem, cheia de promessas e espe-ranças. O primitivo, conferindo a direção cíclica sobre o tempo, anulando sua irreversibilidade.

Ora,naMaçonaria,porestainfluênciamateria-lista, reducionista, que se baseia na tese de que a ci-ência é soberana, falar sobre espiritualidade se tornou inapropriado, coisa de iletrados. Entretanto, todo pen-samento materialista de hoje se baseia nas teses de Feuerbach, Marx, Nietzsche e Freud, e nenhum deles

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Referências:1. ELIADE, M. Le Mythe de L´éternel Retour. Collection Folio Essais, Édi-tions Gallimard, 1969.2. KUHN, T. s. A Estrutura das Revoluções Científicas. Editora Perspec-tiva, 20033. PALS, D. L. Eight Theories of Religion. Second edition, Oxford, Univer-sity Press, 2006.

lização humana, mas ainda há muito por fazer e não sejustifica,pelosargumentosapresentadospelaci-ência ou pelo senso comum até o momento, virar as costas, ou sentir-se constrangido a não abordar assuntos da espiritualidade.

Tal sentimento se percebe na Maçonaria onde muitos irmãos têm profundo desconhecimento sobre o simbolismo e suas relações com a espiritualidade. Mui-tas vezes se surpreendem com determinados comen-tários mais “espiritualizados”, mesmo nos altos graus onde, pelo nível de estudo e debate que lá se espera encontrar, deveria ser o habitual. E se “não quisermos ir mais longe” ainda assim devemos nos lembrar do que nos foi perguntado nas nossas iniciações, ou ainda, de quando, ao atingirmos o terceiro grau, nos lembrarmos que “dançamos sobre a morte”.

A Maçonaria ao se afastar das suas origens, do sagrado, do divino, doG.˙.A.˙.D.˙.U.˙., se afastadas suas muitas hierofanias, se afasta do Pilar Central onde gira, se afasta daquele tempo inicial do mundo recém saído das mãos do Criador. Se afasta, em últi-ma análise, da Ordem que vem do Divino e se instala, harmoniosamente, neste caótico mundo material.

conseguiu provar, a não existência de Deus. Todos eles foram pensadores do século XIX e do início do século XX, antes das duas grandes guerras, são de uma época em que, pelo avanço da ciência, era possível vislumbrar uma sociedade tecnológica onde todas as necessida-des humanas seriam supridas, onde a justiça social se instalaria na esteira da vertiginosa evolução da ciência e da técnica. Bem, seguiram-se duas guerras mundiais, genocídios para os mais variados gostos. Também sem mencionar as questões mais contemporâneas de im-pacto ambiental e aquecimento global. Além disso, to-dos basearam suas críticas na religião cristã, no cato-licismo para ser mais preciso. Temos de convir que as basesdestaciênciasuperiornãosãotãofirmesassim,foram pouco abrangentes, ou melhor, excludentes.

Thomas Samuel Kuhn no seu livro “A Estrutura dasRevoluçõesCientíficas”demonstraomitodequeaciência é infalível e segue uma longa linhagem de acer-tos e ajustes, quando, na verdade, há uma sucessão de obstinadas defesas de teorias dominantes que são substituídas pela quebra, muitas vezes abrupta, de pa-radigmas e substituídas por teses completamente an-tagônicas que passam a ser dominantes. Estes fatos são apagados da história ciência. Também a compe-tiçãonomeiocientíficoqueexigecertaquantidadedepublicaçõesparamanterasbolsasefinanciamentosdelinhas de pesquisa, leva a um aumento do número de experimentos e publicações que, muitas vezes, pouco contribui ou acrescenta para o volume de informação e conhecimentocientíficoexistente.

Não pretendo aqui deixar de reconhecer a evolução tecnológica e social que tivemos como civi-

* Médico

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