Revista Alimentação Saudável

32

description

Publicação da Prefeitura de São Caetano do Sul - outubro de 2014

Transcript of Revista Alimentação Saudável

Page 1: Revista Alimentação Saudável
Page 2: Revista Alimentação Saudável
Page 3: Revista Alimentação Saudável

3

Índice1. Apresentação 4

2. Dia Mundial da Alimentação 5

3. Por que alimentação saudável é importante? 6

4. Conheça a Pirâmide Alimentar 9

5. Para entender um pouco mais sobre... 11

6. Alimentação saudável em casa 18

7. Dicas para uma vida saudável 20

8. Pequeno Dicionário da Alimentação 22

Page 4: Revista Alimentação Saudável

4

O “São Caetano – Alimentação Saudável”, projeto lançado neste ano pela Prefeitura de São Caetano do Sul, por meio da Secretaria de Educação, aborda os hábitos alimen-tares. A intenção é tratar essa questão de forma atraente, com a proposta de despertar a atenção dos estudantes para um assunto que está intima-mente ligado às suas vidas. Levaremos conheci-mento agregado a um convite à vivência prática.

Alimentação Saudável tem tudo a ver com meio ambiente. Afinal, precisamos estar em sintonia com o meio natural. E é exatamente na Natureza onde encontramos os tais alimentos saudáveis. Além disso, ter saúde é viver bem, e viver bem é também uma questão de Educação.

Nossa população vem experimentando grandes transformações sociais que resultam em mudanças no padrão de saúde e consumo alimentar. Essas transformações acarretaram im-pacto na diminuição da pobreza e exclusão social

e, consequentemente, da fome e desnutrição. Por outro lado, observa-se aumento vertiginoso do excesso de peso em todas as camadas da popu-lação, apontando para um novo cenário de prob-lemas relacionados à alimentação e nutrição.

A alimentação e nutrição constituem requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do po-tencial de crescimento e desenvolvimento huma-no, com qualidade de vida e cidadania.

O Projeto propõe a conscientização e o incentivo aos hábitos alimentares saudáveis, oferecendo informações e sugestões práticas para se adotar no cotidiano. Esse assunto pode ser gostoso. Experimente! E vamos sentir o sabor de uma vida mais saudável!

1 Apresentação

Page 5: Revista Alimentação Saudável

5

Desde 1981, na data de 16 de outu- bro comemora-se o Dia Mundial da Alimentação. Lembra a criação da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO). Serve para lembrarmos nosso compromisso de combate à fome e à desnutrição, que afetam milhões de pessoas pelo mundo. É comemorada em mais de 180 países.

A data é importante também para chamar atenção para a questão da alimentação saudável. Afinal, a alimentação influencia direta-mente na qualidade de vida das pessoas. E uma alimentação equilibrada é aquela que contém ali-mentos em quantidades suficientes para o cresci-mento e a manutenção de um corpo saudável.

Alimentar-se bem é fundamental para um crescimento forte e saudável, tanto no corpo como intelectualmente.

Dia Mundial da Alimentação 16 de Outubro2

Page 6: Revista Alimentação Saudável

6

Essa pergunta até que é fácil de responder. Afinal, quem não quer bem-estar na vida?

A alimentação saudável ajuda a evitar doenças e torna o corpo mais forte em caso de tratamentos. Também melhora o rendimento em atividades esportivas, além de ajudar no com-bate ao estresse, à ansiedade e à irritabilidade.

O corpo humano necessita de ali-mentar-se para se manter vivo. Nos alimen-tos podemos encontrar carboidratos, gordu-ras, proteínas, sais minerais, vitaminas, fibra e água para a formação e manutenção dos tecidos e funcionamento dos órgãos que compõem o or-ganismo humano.

Uma alimentação adequa-da, em condições normais, per-mite ao corpo humano realizar suas funções básicas e acumular energia para realizar diferentes atividades.

3 Por que alimentação saudável é importante?

Page 7: Revista Alimentação Saudável

7

Conheça os grupos de alimentos e os principais nutrientes de cada grupo:Grupos dos açúcares e doces e dos óleos e gorduras

Os chocolates e doces em geral: sorve-tes, balas, chicletes e refrigerantes são ricos em

açúcar, também chamado de carboidrato simples. Este grupo também contém

os alimentos que são fontes de gorduras, como a margarina, a

manteiga, os óleos vegetais, as frituras, o requeijão, a maionese.

Os alimentos ricos em açúcares e gorduras devem ser

consumidos em muito menor quantidade que os alimentos dos outros grupos, pois, em ex-cesso, contribuem para o aparecimento da

obesidade, doenças cardiovasculares, hiper- tensão e diabetes. Os alimentos industrializados como molhos prontos, salgadinhos, sopas in-dustrializadas, temperos prontos possuem uma grande quantidade de sal e, por isso, devem ser consumidos em menor quantidade. O excesso de sal pode causar hipertensão.

Grupo dos feijõesEste grupo é composto pelos feijões,

lentilhas, ervilhas, soja e grão de bico. São ali-mentos ricos em proteína de origem vegetal, ferro e fibras e, por isso, fundamentais à saúde.

Grupo das carnes (frango, peixe e carne vermelha) e ovos

Os alimentos desse gru-po são ricos em proteína. Este nutriente faz parte da composição do corpo, sendo fundamental no

A alimentação saudável precisa ter como enfoque principal o resgate de hábitos alimentares regionais, estimulando o consumo de alimentos in natura e de alto valor nutritivo, como frutas, legumes e verduras, grãos integrais, leguminosas, sementes e castanhas, além de ser fundamental a higiene, da produção ao consumo.

Resumidamente, um cardápio saudável é composto por alimentos com:• alta concentração de grãos (arroz, milho e trigo), que precisam ser consumidos

em maior quantidade durante todo o dia;• frutas, legumes e verduras (veja a diferença entre legumes e verduras a seguir); • alimentos como cereais integrais, leguminosas, sementes e castanhas,

que são fontes de proteína;• além disso, temos os alimentos de origem animal (carne vermelha, branca,

ovos, leite e derivados) que precisam ser consumidos em menor quantidade, de preferência com baixos teores de gordura.

Quais os ingredientes de um cardápio saudável?

Page 8: Revista Alimentação Saudável

8

crescimento e manutenção da pele, dos ossos, do cabelo, das unhas etc. As carnes também são ricas em ferro, mineral que evita a anemia e é essencial ao crescimento humano.

Grupo dos leites, queijos e iogurtesAqui temos os alimentos

ricos em cálcio e proteína que são encontrados nos leites, queijos e iogurtes. O cálcio é um nutri-ente muito importante para a formação e fortalecimento dos ossos e dentes.

Grupo do arroz, pães, massas, batata e mandioca

Este grupo é composto por cereais em geral (arroz, trigo, cevada, centeio, aveia), raízes e tubérculos (batata, mandioca), milho, derivados destes alimentos como biscoitos salgados, macarrão etc. São alimentos que fornecem um nutriente chamado carboidrato complexo. Devem ser consumidos em maior quantidade, diaria-mente, pois oferecem a energia necessária para o corpo desempenhar as atividades do dia a dia, como correr, andar, falar, estudar e trabalhar.

Grupo das frutas, legumes e verduras

Frutas (maçã, banana, mamão, laran-ja etc.), legumes e verduras (cenoura, beterra-ba, abobrinha, abóbora, pepino, cebola, acelga, agrião, aipo, alface, almeirão, brócolis etc.), os alimentos desse grupo são importantes fontes de fibras, vitaminas e minerais. São alimentos que também devem ser consumidos em grande quantidade durante o dia. As fibras regulam o in-testino e as vitaminas, e minerais são fundamen-tais para manter o corpo saudável e funcionando adequadamente.

Page 9: Revista Alimentação Saudável

9

4 Conheça a Pirâmide Alimentar

A Pirâmide Alimentar foi criada para po-dermos montar uma refeição de forma equilibra-da e balanceada. Foi adotada no Brasil em 1999. Ela serve como um guia para orientar as nossas escolhas alimentares.

Em resumo, o que está na base deve ser consumido em maior quantidade, devendo ser diminuído até chegar ao topo. Note que nenhum alimento está fora da pirâmide, sendo, portanto, todos os alimentos permitidos se consumidos nas quantidades adequadas!

Recentemente, essa tabela teve uma alteração. O que mudou foi a inclusão de al-guns alimentos, como o arroz integral, as folhas verdes-escuras, peixes como salmão e sardinha e oleaginosas como castanha-do-pará.

Page 10: Revista Alimentação Saudável

10

Arroz, Pão, Massa, Batata, Mandioca6 porções

Legumes e Verduras3 porções

Frutas3 porções

Carnes e Ovos1 porção

Feijão e Oleaginosas1 porção

Leite, Queijo, Iogurte3 porções

Açúcares e Doces1 porção

Óleos e Gorduras1 porção

Faça 6 refeições no dia(café da manhã, almoço e jantar, com lanches intermediários)

Pratique atividade física, no mínimo 30 minutos diários

Page 11: Revista Alimentação Saudável

11

FRUTASAbacate: Rico em: vitaminas B, E, potássio e gordura monoinsaturada. Além de saciar a fome, estimula a cicatrização. Por ser rico em vitamina E, é bom para pessoas com doenças cardiovasculares. Pois a vitamina E reforça também o sistema imunitário.

Abacaxi: Rico em: vitaminas A, B, C, fósforo, cálcio e potássio. É indicado

para má digestão, aparelho urinário, pressão arterial, artrite, bronquite, tosse

e obesidade. A bromelina é uma enzima presente no abacaxi que ajuda na

digestão, e ainda pode ser eficaz para dissolver coágulos sanguíneos.

Acerola: Uma fruta rica em vitaminas A, do complexo B, C, ferro e cálcio. Ótimo nos sintomas de resfriado, gripe e anemia.

Ameixa: Rica em: potássio, fósforo, sódio,

magnésio, cálcio, betacaroteno, fibras e vitaminas C e E. O suco é um poderoso antioxidante, estimula o sistema imunitário e é útil para combater o envelhecimento, rouquidão, gripe, tosse, problemas digestivos, gastrite e cólicas.

Banana: Rica em: potássio, cálcio, ferro, fósforo, magnésio, betacaroteno, á c i d o fólico, vitamina C, e do complexo B. Indicado para pessoas que praticam esporte, quem sofre de depressões, anemia, pois estimula a produção de hemoglobinas, pressão arterial, nervos e úlceras.

Cereja: Rica em: vitamina C, ácido fólico, betacaroteno, cálcio, potássio, magnésio, fósforo e flavonoides. É um fruto poderoso antioxidante e ajuda fortalecer o sistema imunitário. Muito bom para tratamento de gota, acne, insônia, reumatismo e inflamação da garganta.

Para entender um pouco mais sobre...5

Page 12: Revista Alimentação Saudável

12

Caju: Rico em: vitaminas do complexo B, vitamina C e ferro. É indicado para caso de febre, impotência sexual, diabetes, bronquite, gripe e tosse e ainda ajuda proteger o sistema imunológico.

Chuchu: Embora considerada por muitos como legume, o chuchu é uma fruta. Apesar do gosto pouco marcante, apresenta importantes propriedades: além do alto teor de fibras, é uma importante fonte de minerais como ferro, magnésio, potássio, fósforo e cálcio.

Coco: Rico em: vitaminas A, do complexo B (B1, B2, B5), vitamina C, e sais minerais como, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, sódio, e cloro, também é rico em fibras, proteínas, carboidrato e gorduras. São vários benefícios que a água de coco nos proporciona: ajuda a reduzir colesterol, reduz a pressão arterial, desidratação, diarreia, trata úlcera estomacal, depura o sangue, previne e auxilia no tratamento da artrite, estado febril, hidrata a pele e acima de tudo evita vômitos e náuseas na gravidez.

Damasco: Rico em: vitaminas A, B1, B2, B3, C, fósforo, ferro e potássio. É indicado nos casos, afecções do fígado, problemas de visão, nicotina e câncer.

Framboesa: Rica em: vitaminas A, B1, B5, C, ferro, cálcio, fósforo, magnésio e potássio. A framboesa é utilizada no tratamento de inflamação na garganta, gengivas, prisão de ventre, hemorróidas, reumatismo, doenças dos rins, fígado.

Figo: Rico em: fósforo, cálcio, potássio e magnésio. É indicado para dores de garganta, gripe, tosse,

bronquites, cálculos, úlceras gástricas e duodenal, diarreia, insônia e queimaduras do sol.

Kiwi: Rico em: vitaminas A, C, cálcio, ferro, carboidratos e fibras. É indicado nos casos de problemas digestivos, prisão de ventre, arte-riosclerose, artrite, reumatismo, resfriado e gripe.

Goiaba: Rico em: vitaminas A, B1, C, fósforo, ferro, cálcio, zinco e fibras. A goiaba é uma fruta de grande benefício para o nosso organismo, auxilia no combate as infecções, reduz o nível do colesterol, tosse, diarreia e hemorragias.

Groselha: Rica em: vitaminas B, C, E, cobre, ferro, fósforo, potássio e magnésio. É um poderoso antioxidante, anti-inflamatório, e fortalece o sistema imunológico.

Laranja: Rica principalmente em vitamina C, potássio, caroteno. Ajuda a combater resfriados, gripe, diminui o colesterol, ainda tem propriedades anticancerígenas.

Limão: Rico em: vitamina C, potássio, cálcio. Eficaz no tratamento de resfriados, gripe e infecções por parasitas, melhora a circulação sanguínea e é muito bom para o sistema nervoso.

Maçã: Rica em: vitaminas do complexo B, vitamina C, E, magnésio, cálcio, fósforo, potássio, cobre e zinco, e ainda peticina. É eficaz nos tratamento da obesidade, problema intestinal, digestivo, fígado, colesterol, cálculos, reumatismo,

Page 13: Revista Alimentação Saudável

13

arteriosclerose, artrite, febre, resfriado, cistite e fortalece o sistema imunitário. Sua casca possui nutrientes, antioxidante e substâncias que evitam a proliferação de células cancerígenas, incluindo as células do cólon, da mama e do fígado.

Mamão: Rico em: vitaminas A, do complexo B, e vitamina C, ferro, cálcio, fósforo e potássio. Este fruto possui uma enzima chamada papaína, que auxilia na digestão, fígado, prisão de ventre, gripe, hérnias, desidratação. Além de proteger o organismo contra o câncer.

Manga: Rico em: vitaminas C, do complexo B, vitamina C, magnésio, cálcio, ferro, fósforo, potássio, fibras e caroteno. São vários os benefícios que a manga traz para nossa saúde, auxilia no combate à acidez, doença do estômago, problemas cardíacos, diurético e ainda ajuda controlar a tensão arterial, a tratar anemia e fortalece o sistema imunitário.

Maracujá: Boa fonte de carboidratos. Contém as vitaminas A e C, além

de vitaminas do complexo B. É rico em minerais como

cálcio, fósforo e ferro. Quando industrializado, o suco perde o seu teor de

vitaminas do complexo B.

Morango: Rico em: vitamina B5, vitamina C, ferro, potássio e fibras. O morango é muito bom para dietas de emagrecimento, ajuda a prevenir o câncer e algumas doenças cardíacas, e a reduzir o nível do colesterol, males dos rins, anemias, fadigas e doenças da pele.

Melancia: Rica em: vitaminas do complexo B, vitamina C, magnésio, cálcio, potássio, fósforo

e betacaroteno. Ajuda amenizar os sinais de envelhecimento, previne contra o câncer, auxilia na eliminação de acido úrico, além de limpar o estômago, intestino e obesidade.

Melão: Rico em: vitaminas A, do complexo B, vitamina C, cálcio, magnésio, potássio, fósforo e betacaroteno. Ajuda na desintoxicação alimentar, males dos rins, é um hidratante, também auxilia contra a obesidade, o seu suco é ótimo na menopausa.

Pêra: Rica em: vitaminas A, do complexo B, vitamina C, silício, ferro, magnésio, enxofre, cálcio, potássio e fibras. A pêra é indicada para diabéticos, e para quem faz dieta para emagrecer, prisão de ventre, inflamação do intestino, bexiga, aparelho urinário, indigestão, complicações pulmonares, tratamento da próstata, febre, enjoo e má circulação.

Pêssego: Rico em: vitaminas A, C, D, iodo, magnésio, ferro, cobre, fósforo, cálcio, fibras, caroteno e flavonoides. Pelo os nutrientes que possui, beneficia o intestino, aparelho digestivo, sistema nervoso, reduz o colesterol, reumatismo, reduz a hipertensão arterial, e ainda pode contribui para proteger contra o câncer e doença cardíaca.

Romã: Rico em: vitaminas A, do complexo B, ferro e cálcio. A romã é ótima para a visão, pele, auxilia na má circulação, também ajuda na eliminação de líquidos, e é capaz de afastar doenças cardíacas e tumores.

Tomate: Rico em: vitaminas A, B, C, fósforo, ferro, magnésio, potássio, fibras, licopeno, betacaroteno. São varias vantagens do tomate que nos traz para

Page 14: Revista Alimentação Saudável

14

nossa saúde. Podemos citar algumas como: previne contra o câncer, artrites, gota, reumatismos, próstata, cistite, furúnculos, prisão de ventre, problemas estomacais e garganta.

Uva: Rico em: vitaminas do complexo B, C, potássio e carotenos. A uva é uma fruta saborosa e de grande vantagem para a saúde. É indicada nos casos de ácido úrico, colesterol, obesidade, prisão de ventre, bronquite, previne contra o câncer, reduz a hipertensão arterial e alivia as perturbações urinarias.

VERDURAS, LEGUMES, HORTALIÇAS E GRÃOS

Verduras e legumes são plantas ou par-tes de plantas que servem para o consumo huma-no, como folhas, flores, frutos, caules, tubérculos e raízes.

A diferença entre eles está na parte botânica das plantas. As partes das plantas clas-sificadas como verduras são as folhas (acelga, alface, agrião, couve, escarola, espinafre, repolho, rúcula, entre outras) e as flores (alcachofra, bróco-lis e couve-flor).

Já os legumes são os frutos (abóbora, abobrinha, berinjela, chuchu, pepino, pimentão, tomate, entre outros), os caules (aipo, aspargo e palmito), os tubérculos (batata) e as raízes (beter-raba, cenoura, mandioca, nabo e rabanete, entre outras).

As verduras e os legumes também po-dem ser diferenciados pelo teor de carboidratos que possuem. As verduras apresentam baixo teor de carboidratos (em torno de 5%) e baixo valor calórico. Alguns legumes como abobrinha, berin-jela, chuchu, jiló, palmito, pepino, pimentão, ra-banete e tomate têm baixo teor de carboidratos.

Abóbora, beterraba, cenoura, nabo, quiabo e vagem têm cerca de 10% de car-boidratos e médio teor de calorias.

Já as raízes e tubérculos, como batata, batata-doce, cará, inhame, mandioca e mandio-quinha são as mais calóricas, pois possuem em média 20% de carboidratos.

Além de carboidratos, as verduras e os legumes são ricos em fibras, vitaminas (A, com-plexo B), minerais (ferro, cálcio, potássio e mag-nésio) e têm pequenas quantidades de proteínas e gorduras.

Por serem alimentos altamente nutriti-vos, devem ser incluídos nas principais refeições diárias.

Abobrinha: Composta de aproximadamente 94% de água. É um dos vegetais com menores taxas calóricas, uma xícara dela crua e fatiada possui menos de 20 calorias. É, ainda, uma boa fonte de vitaminas A, C e folato.

Agrião: É fonte de vitamina C e ferro, iodo e betacoroteno. Ele atua diretamente no sistema digestivo, circulatório e respiratório. Ideal para quem fuma, pois age como antídoto aos efeitos tóxico do tabaco. Também pode ajudar no tratamento do câncer do pulmão, cãibras e cegueira.

Alface: Rica em: potássio, cálcio, fósforo, ferro e vitamina A, C e niacina. A alface age como sedativo, calmante, analgésico, cicatrizante, depurativo e desintoxicante. Auxilia no tratamento contra insônia e perturbações gerais do sistema nervoso, dores de cabeça crônicas e tosse, para além disso pode ajudar o organismo e combater

o câncer.

Aipo: Rico em: cálcio, potássio, e vitaminas A e C, suas propriedades

dietéticas e ao mesmo tempo hidratante, ainda auxil ia na eliminação dos gases

Page 15: Revista Alimentação Saudável

15

intestinais e na eliminação das toxinas, na eliminar do acido úrico do aparelho digestivo. Útil para quem sofre de gota e infecções urinárias. Pode ajuda a reduzir inflamações e artrite.

Alho: Rico em: potássio, magnésio, cálcio. Tem propriedades: antivirais, antibiótico, anti-

inflamatória, antimicrobiana, antiasmática, antioxidante, anticancerígeno, colesterol

alto, tensão arterial elevada, asma, bronquite, gripe, e tem uma eficácia nos tratamento de câncer de mama e próstata.

Alcachofra: Rica em: fósforo, magnésio, potássio, sódio, acido fólico, as vitaminas B3, C e K. É excelente para purificar o fígado, diurético, auxilia nas dietas de emagrecimento, reduz os níveis de colesterol no sangue.

Aspargo: Contém: vitaminas A, C, cálcio e ferro. É indicado para quem tem eczema, doenças de pele, acne, e afecções de rins. Por ser pobre em calorias e hidrato de carbono, é bom para pessoas que precisam manter e perder peso.

Batatas: Rica em: cálcio, potássio, fibras, carotenos e vitamina C. Ajuda no tratamento de câncer, dores de estômago e enfermidades do intestino, evita a formação de coágulo sanguíneo e reduzir o risco de doença cardíaca. E a batata- doce ajuda proteger contra o câncer.

Beterraba: Rica em: açúcar, proteínas, fibras, vitaminas A, do complexo B, vitamina C, sais minerais como: ferro, zinco, sódio, potássio e magnésio. É muito bom para combater anemia, perda excessiva de líquidos, e problemas de fígado e prisão de ventre.

Brócolis: Rico em: vitaminas A, C. Sais minerais: potássio, cálcio, ferro, selênio e também

fibras. Este vegetal tem propriedades antioxidantes e anticancerígenas, age contra o câncer de próstata, pulmão, cólon e mama e ainda ajuda a reduzir o colesterol.

Cenoura: Rica em: vitaminas, A, C, E, fibras, betacoroteno potássio, ferro, cálcio, e zinco. Tem propriedade dietética, alivia azia, é benéfica para o estômago e o aparelho digestivo. É indispensável para gestante, pois melhora e aumenta a produção do volume sanguíneo e também a produção do

leite. Alguns estudos revelam que a cenoura pode proteger contra o câncer da boca.

Cebola: Rica em: vitaminas C e do complexo B, potássio, fósforo, ferro e cálcio.

É indicada para enfermidades do estômago, intestino, reumatismo, arteriosclerose, parasitas, resfriados, gripes, tosse, bronquite, asma, ajuda depurar o sangue e o fígado.

Couve: Rica em: vitamina C, ferro, cálcio, fósforo, betacaroteno e fibras. Por ser rica em fibras é um ótimo laxante, também para dores reumáticas, úlceras gástricas, combate artrite e cálculos renais. Pode ainda ajudar a prevenir e tratar o câncer de mama e doenças cardíacas.

Couve-flor: Rica em: vitaminas A, C e do complexo B, cálcio, fósforo, e fonte de folato. Suas folhas é muito eficaz no combate as anemias, falta de apetite e também a prisão de ventre.

Page 16: Revista Alimentação Saudável

16

Chicória: Rica em: vitaminas A, complexo, B, C e D, potássio, betacaroteno e folatos. É indicado na prevenção da osteoporose, anemia. Por ser de baixo valor calórico, é ótimo para dietas de emagrecimento.

Coentros: Rico em: vitaminas A, B1, B3, B6, vitamina C, cobre, cálcio, ferro, fósforo, magnésio, selênio e flavonoides. É um tônico para o estômago e o coração.

Ervilhas: Rico em: vitaminas A, C, fósforo, cálcio, ferro, e potássio. São vários benefícios que a ervilhas traz a nossa saúde, combate a dores de estômago, intestino, laxante e coágulo no sangue.

Espinafre: Rico em: vitaminas A do complexo B, possui minerais como, ferro, fósforo, cálcio, folatos e betacoroteno. O

espinafre é recomendado para pessoas anêmicas, desnutridas,

também é um bom para combater a pressão arterial, cálculos renais, artrite, diarreias, acima de tudo ajuda a desintoxicar o organismo.

Gengibre: Rico em: selênio e zinco. É muito utilizado em caso de resfriados, dores de garganta, gripe, tosse e também auxilia no caso de emagrecimento.

Hortelã: Rico em: magnésio, cálcio, ferro e folatos. É muito útil para a digestão, refresca o hálito, tremores nervoso, vômitos, cólicas, catarro brônquios e auxilia a expectoração.

Nabo: Rico em: vitaminas A, do complexo B, e vitamina C, cálcio, ferro, fibras e betacaroteno. Por ser rico em fibras é eficaz no tratamento

intestinal, reduz o colesterol, diabetes, cálculos e obesidade, e ajuda a prevenir contra o câncer.

Pepino: Rico em: ferro, enxofre, potássio, fósforo e betacaroteno. O pepino é diurético, e ajuda a eliminar o excesso acido úrico, é muito bom para a pele e o envelhecimento.

Pimenta: Excelente fonte de vitaminas A e C. Pode aliviar a congestão nasal e prevenir coágulos sanguíneos que causam ataques cardíacos ou derrame cerebral. Boa fonte de antioxidantes. Contém bi flavonoides, pigmentos vegetais que parecem prevenir contra o câncer.

Pimentão: Excelente fonte, pouco calórica, de vitaminas A e C. Aqueles de cores fortes possuem alto teor de bi flavonoides (pigmentos vegetais que ajudam a prevenir contra o câncer), de ácidos fenólicos (inibem a formação de nitrosaminas cancerígenas) e de esterol vegetal (precursor da vitamina D que parece proteger contra o câncer).

Rabanete: Rico em: vitaminas B2, C, cálcio, fósforo, ferro e potássio. O rabanete tem várias vantagens para nossa saúde, estimula a digestão, purifica o sangue, os rins, bexiga, reumatismo, artrite, alivia a congestão nasal, bronquite, resfriado, inflamações interna, erupções da pele, previne a formação de coágulos e contribui para a diminuir o risco de câncer do pulmão e estômago.

Repolho: Rico em: vitaminas A, C, potássio, cálcio e fósforo. O repolho ajuda a purificar o sangue, estimula a digestão,

age contra o envelhecimento precoce, auxilia na queima de

gordura, diabetes, colesterol, úlceras e cânceres.

Page 17: Revista Alimentação Saudável

17

Salsa: Rico em: vitaminas A e C. A salsa é anticancerígena, alivia

dores de estômago e ajuda na eliminação de gases, é diurético, elimina o excesso de líquidos, da celulite, inflamações da vias urinárias, cálculos renais,

distúrbios menstruais, refresca o hálito e fortalece estrutura do colagênio da pele.

Vagem: Com uma quantidade razoável de nutrientes e fibras, uma porção de 100 gramas de vagem cozida fornece 25% das necessidades diárias de vitamina C de um adulto, cerca de 20% da porção diária recomendada de ácido fólico, bem como uma pequena quantidade de ferro.

Page 18: Revista Alimentação Saudável

18

Em casa, nós fazemos várias refeições. É claro que cada um leva um jeito de vida, com horários diferentes e nem sem-pre faz as refeições em casa. Mas algumas, com certeza, nós fazemos.

O café da manhã, o almoço, o lanche da tarde, o jan-tar e a ceia. Essas são horas que todos de casa podem se reunir à mesa, bater um papo e ter uma boa alimentação.

Nesse caso, é bom pensar em adotarmos bons hábitos alimentares. Por isso, sugerimos simples dicas para estabelecer o envolvimento dos pais e responsáveis.

COZINHAR E COMER JUNTOS Compartilhe os bons momentos. E preparar

uma refeição pode ser bem divertido quando feito com os amigos e familiares. É legal escolher o cardápio, preparar os ingredientes e fazer o que manda a receita. Nesse trabalho todo, é importante experimentarmos sempre novos alimentos. Assim podemos criar sempre novas e boas receitas. Podemos até plantar e cultivar alguns legumes e vegetais em casa – se não tiver muito espaço, pode ser até em vasos.

6Alimentação saudável em casa

Page 19: Revista Alimentação Saudável

19

TENTE OUTRA VEZEm casa sempre tem alguém que não

gosta de algum alimento. Que tal buscar algu-ma forma diferente de prepará-lo? Por exemplo: Tem gente que não gosta de batata-doce, mas se cortá-la bem fininho e colocá-la no forno por al-guns minutos, até ficar levemente torrada, pode virar uma comida deliciosa para agradar os paladares. É importante saber: se você não gostou de algum alimento, experimento pelo menos mais três vezes, de formas diferentes, talvez você des-cubra algo que você gosta e não sabe.

Hábitossaudáveis

deixam todo mundo mais feliz.

Experimente!

Page 20: Revista Alimentação Saudável

20

Siga esse caminho e chegue fácil a uma vida mais saudável!

1. Não faça uma alimentação baseada em um único tipo de alimento ou nutriente.

2. Mesmo tendo exagerado nos dias anteri-ores, faça, pelo menos, 5 refeições por dia.

3. Pequenos lanches entre as refeições prin-cipais irão evitar a vontade de devorar o primeiro prato que encontrar pela frente.

4. Frutas e iogurtes light são excelentes.5. Se tiver vontade de comer um doce, co-

ma-o. Mas lembre-se: somente um pedaço

ou unidade. Isso é melhor do que devorar uma caixa de bombom no final do dia.

6. Comece sempre a refeição com um caprichado prato de saladas e legumes.

7. Evite o uso de óleos para temperar as sala-das. Use vinagre ou suco de limão.

8. Macarrão é permitido, mas cuidado com o molho.

9. Molho branco, quatro queijos, bolonhesa são muito mais calóricos quando compara-dos com o ao sugo. Portanto, não abuse!

10. Não repita a refeição.

7 Dicas para umavida saudável

Page 21: Revista Alimentação Saudável

21

Page 22: Revista Alimentação Saudável

22

A Ácido graxo. É a unidade química

constituinte da gordura, tanto de origem animal quanto vegetal. Nota: o ácido graxo pode ser po-li-insaturado, monoinsaturado ou saturado.

Aleitamento materno. Conjunto de processos – nutricionais, comportamentais e fisiológicos – envolvidos na ingestão, pela cri-ança, do leite produzido pela própria mãe, seja di-retamente no peito ou por extração artificial. Nota: recomenda-se o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e de maneira comple-mentar até os 2 anos ou mais.

Alimentação. Processo biológico e cultural que se traduz na escolha, preparação e consumo de um ou vários alimentos.

Alimentação saudável. Padrão alimentar adequado às necessidades biológicas e sociais dos indivíduos e de acordo com as fases do curso da vida. Notas: i) Deve ser acessível (físi-ca e financeiramente), saborosa, variada, colorida, harmônica e segura quanto aos aspectos sani-tários. ii) Esse conceito considera as práticas ali-mentares culturalmente referenciadas e valoriza o consumo de alimentos saudáveis regionais (como legumes, verduras e frutas), sempre levando em consideração os aspectos comportamentais e afetivos relacionados às práticas alimentares.

Alimento. Substância que fornece os elementos necessários ao organismo humano para a sua formação, manutenção e desenvolvi-mento. Nota: o alimento é a substância ou mistura de substâncias em estado sólido, líquido, ou pas-toso, adequadas ao consumo humano.

Alimento artificial. Alimento preparado com o objetivo de imitar o alimento natural, cuja composição contenha, de forma

8 Pequeno Dicionário da Alimentação

Page 23: Revista Alimentação Saudável

23

preponderante, substância não encontrada no alimento a ser imitado.

Alimento diet. Alimento industri-alizado em que determinados nutrientes como proteína, carboidrato, gordura, sódio, entre outros, estão ausentes ou em quantidades muito re-duzidas, não resultando, necessariamente em um produto com baixas calorias.

Alimento fortificado. Alimento ao qual se adicionam nutrientes essenciais para atender aos seguintes objetivos: a) reforçar o valor nutritivo; b) prevenir ou corrigir deficiência demonstrada em um ou mais nutrientes da ali-mentação da população ou em grupos específicos.

Alimento in natura. Alimento ofer-tado e consumido em seu estado natural, sem sofrer alterações industriais que modifiquem suas propriedades físico-químicas (textura, com-posição, propriedades organolépticas). Nota: as frutas e o leite fresco são exemplos de alimentos in natura.

Alimento integral. Alimento pouco ou não-processado e que mantém em per-feitas condições o conteúdo de fibras e nutri-entes. Nota: não existe legislação que defina esse tipo de alimento.

Alimento light. Alimento produzi-do de forma que sua composição reduza em, no mínimo, 25% o valor calórico e/ou os seguintes nutrientes: açúcares, gordura saturada, gorduras totais, colesterol e sódio, comparado com o pro-duto tradicional ou similar de marcas diferentes.

Alimento seguro. Alimento que não causa dano à saúde quando preparado ou consumido de acordo com seu propósito de uso.

Anemia. Redução dos níveis de he-moglobina no sangue para valores abaixo dos limites estabelecidos como normais, de acordo com a idade, o sexo e a condição fisiológica.

Anorexia nervosa. Distúrbio ali-mentar multideterminado por fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais de fundo psi-cológico caracterizado por: a) recusa à alimen-tação; b) perda excessiva de peso; c) medo de engordar; d) distorção da imagem corpórea. Nota: esse tipo de distúrbio tem consequências sociais, nutricionais e emocionais.

BBaixo peso ao nascer.

Classificação dada às crianças nascidas vivas com menos de 2.500 gramas.

Banco de leite humano. Centro especializado, responsável pela promoção do in-centivo ao aleitamento materno e à execução das atividades de coleta, processamento, estocagem e controle de qualidade do leite humano extraí-do artificialmente, para posterior distribuição, sob prescrição de médico ou nutricionista.

Bem-estar nutricional. Estado orgânico em que as funções de consumo e de utilização de energia alimentar e de nutrientes se fazem de acordo com as necessidades biológicas do indivíduo.

Boas práticas de fabricação de alimentos. Procedimentos necessários para garantir a qualidade dos alimentos. Nota: o regulamento que estabelece os procedimen-tos necessários para a garantia da qualidade higiênico-sanitária dos alimentos preparados é

Page 24: Revista Alimentação Saudável

24

a Resolução RDC n.º 216, de 2004, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), denomi-nado Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.

Bulimia. Distúrbio alimentar multi-determinado por fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais de fundo psicológico, carac-terizado pelo impulso irresistível de comer se-guido por sentimento de culpa e de vergonha, o que faz com que a pessoa provoque vômito e use laxativos e/ou diuréticos de maneira exagerada.

CCadeia alimentar. Etapas que en-

volvem a obtenção do alimento, desde a produção da matéria-prima até o consumo.

Carência nutricional. Situação em que deficiências gerais ou específicas de energia e nutrientes resultam na instalação de processos orgânicos adversos para a saúde.

Composição dos alimentos. Descrição do valor nutritivo dos alimentos e de substâncias específicas existentes neles, como vitaminas, minerais e outros princípios.

Crescimento. Processo dinâmico e contínuo que engloba o desenvolvimento físico do corpo, a substituição e a regeneração de tecidos e órgãos humanos. Nota: esse processo é considerado como um dos melhores indicadores de saúde da criança, em razão de sua estreita dependência de fatores sociais e ambientais, tais como, alimen-tação, ocorrência de doenças, cuidados gerais e condições de vida no passado e no presente.

DDeficiência de ferro. Estado

orgânico de carência desse micronutriente, que ocorre quando: o consumo alimentar de ferro biodisponível é baixo; as perdas de sangue são elevadas; o aumento dos requerimentos por pro-cessos infecciosos e ou febris; ou, ainda, quando ocorrem simultaneamente essas duas condições, diminuindo o estoque corporal de ferro, podendo resultar no aparecimento de anemia.

Deficiência de micronutrientes. Estado orgânico, caracterizado pela carência, em miligramas ou microgramas diárias, de princípios nutritivos, tais como vitamina A, ferro, iodo e zinco.

Deficiência nutricional. Estado orgânico que resulta de um processo em que as necessidades fisiológicas de nutrientes não estão sendo atendidas. Nota: a deficiência nutricional pode ser decorrente tanto de problemas alimen-tares quanto de problemas orgânicos.

Desenvolvimento. Refere-se ao apa-recimento e aperfeiçoamento de funções, como a linguagem, a habilidade motora, as funções cog-nitivas, a maturidade psíquica e outras.

Desmame. Processo gradual que se inicia com a introdução de qualquer alimento na dieta da criança que não seja o leite materno, in-cluindo os chás e a água, e que termina com a suspensão completa do leite materno. Notas: i) Termo em desuso, pois está associado à cessação imediata do aleitamento materno. ii) A introdução de outro alimento na dieta da criança, a partir dos 6 meses de idade, não implica a suspensão súbita do leite materno que deve continuar sendo ofere-cido junto com alimentos complementares ou de

Page 25: Revista Alimentação Saudável

25

transição, idealmente, até os 2 anos de idade ou mais. iii) Esse termo está sendo substituído por introdução de alimentação complementar ade-quada e oportuna.

Desnutrição. Expressão biológica da carência prolongada da ingestão de nutrien-tes essenciais à manutenção, ao crescimento e ao desenvolvimento do organismo humano. Notas: i) É um processo orgânico, determinado socialmente, na medida em que o sistema políti-co-econômico regula o grau de acesso aos ali-mentos. ii) Esse estado refere-se normalmente ao tipo de desnutrição energético-protéica.

Diabetes. Processo de intolerância à glicose, que se traduz, convencionalmente, na elevação do açúcar no sangue e sua presença eventual na urina. Notas: i) Doença não trans-missível, com implicações diretas no estado nu-tricional. ii) A variante diabete é menos usual.

Dieta. 1 – Alimentação geral que serve de padrão para os indivíduos. 2 – Tipo de alimen-tação específica recomendada a um indivíduo para atender às necessidades terapêuticas.

Digestão. Processo fisiológico pelo qual os alimentos ingeridos são reduzidos a substâncias assimiláveis pelo organismo e trans-feridos para a corrente sanguínea.

Direitos humanos. Conjunto de princípios aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, na Declaração Universal dos Direitos do Homem, que estabelece os direitos fundamentais do ser humano.

Direito humano à alimentação adequada (DHAA). Direito humano indi-visível, universal e não discriminatório que as-segura a qualquer ser humano uma alimentação

saudável e condizente com seus hábitos culturais. Nota: para a garantia do DHAA, é dever do Estado estabelecer políticas que melhorem o acesso das pessoas aos recursos para produção ou aqui-sição, seleção e consumo dos alimentos, por meio da elaboração e implementação de políticas, pro-gramas e ações que promovam sua progressiva realização.

Dislipidemia. Alteração, quase sempre por excessos, nos teores de lipídios ou gorduras do sangue, como o colesterol e os triglicerídeos.

Distúrbios nutricionais. São pro-blemas de saúde relacionados ao consumo inade-quado de alimentos (tanto por escassez quanto por excesso) e à carência de nutrientes e/ou micronu-trientes como ferro, ácido fólico, iodo e vitamina A, entre outros. Notas: i) Tanto a desnutrição quanto a obesidade são distúrbios nutricionais. ii) Outros exemplos relevantes para a saúde pública, em ter-mos de magnitude, são a anemia ferro priva, a hi-povitaminose A e o bócio endêmico.

EEnriquecimento de alimentos. Adição de

determinados nutrientes a alimentos com baixo conteúdo em relação a determinados princípios nutritivos. Nota: são exemplos de nutrientes: vita-minas, sais minerais etc.

Estado nutricional. Resultado do equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o gas-to energético do organismo para suprir as ne-cessidades nutricionais, em plano individual ou coletivo. Nota: há três tipos de manifestação: adequação nutricional, carência nutricional e distúrbio nutricional.

Page 26: Revista Alimentação Saudável

26

Estresse. Estado gerado por estímu-los adversos, com diferentes impactos físicos, psíquicos e nutricionais. Nota: também chamado de tensão.

FFerro medicamentoso. Composto

orgânico ou inorgânico de ferro usado para pre-venção e tratamento das anemias.

Fracionamento de alimentos. Operações por meio das quais se divide um ali-mento sem modificar a sua composição original.

G Gordura. Substância de origem

vegetal ou animal, composta de triglicerídeos e de pequenas quantidades de fosfolipídios. Notas: i) Essa substância é insolúvel em água. ii) É um macronutriente que faz parte da composição de vários alimentos, como carnes, laticínios, mantei-ga. iii) Na alimentação saudável, ela deve compor cerca de 30% da dieta.

Gordura trans. Tipo específico de gordura formada por meio de um processo de hidrogenação natural (na gordura de animais ru-minantes) ou industrial. Notas: i) Essas gorduras estão presentes na maioria dos alimentos indus-trializados, em concentrações variáveis. ii) Os ali-mentos de origem animal, como a carne e o leite, possuem pequenas quantidades de gorduras trans. iii) A gordura hidrogenada é um tipo espe-cífico de gordura trans produzido pela indústria. iv) O processo de hidrogenação industrial que transforma óleos vegetais líquidos em gordura

sólida à temperatura ambiente é utilizado para melhorar a consistência dos alimentos e o tem-po de prateleira de alguns produtos; v) A gordura trans (hidrogenada) é prejudicial à saúde, poden-do contribuir para o desenvolvimento de algumas doenças crônicas como dislipidemias.

Grupo de alimentos. Conjunto de alimentos in natura ou processados que são agrupados de acordo com os principais nutrien-tes que os compõem. Nota: de acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, os alimen-tos são classificados em cinco grupos principais: a) cereais, tubérculos e raízes, fontes preferenci-ais de carboidratos; b) frutas, legumes e verduras, ricos em fibras alimentares, vitaminas e minerais; c) feijões e outros alimentos vegetais ricos em proteínas e fibras; d) leite e derivados, carnes e ovos, fontes de proteína animal; e) gorduras, açúcares e sal, alimentos cujo consumo deve ser reduzido por estarem associados ao maior risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) como obesidade, hipertensão, diabetes, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer; gorduras e açúcares são alimentos com alta densidade de energia; o principal componente do sal é o sódio.

Grupos biológicos. Designativo de riscos induzidos por fatores biológicos.

H Hábitos saudáveis. Conjunto de

atos e atitudes que visam à manutenção da saúde e qualidade de vida. Nota: constituem hábitos saudáveis: a) alimentação adequada e balancea-da; b) prática regular de atividade física; c) con-vivência social estimulante; d) busca, em qualquer fase da vida, de atividades ocupacionais prazero-sas e de mecanismos de atenuação do estresse.

Page 27: Revista Alimentação Saudável

27

Higiene alimentar. Conjunto de condições e de medidas necessárias para pro-dução, processamento, armazenamento e dis-tribuição de alimentos, a fim de garantir um alimento inócuo à saúde, seguro e saudável para consumo humano.

Hipovitaminose A. Deficiência de vitamina A em nível dietético, bioquímico ou clíni-co, com repercussões sistêmicas que afetam as estruturas epiteliais de diferentes órgãos, sendo os olhos os mais atingidos. Nota: o termo mais atual, usado em substituição à hipovitaminose A, é deficiência de vitamina A.

I Indicador de saúde. É o que pro-

porciona informações relevantes sobre determi-nados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como sobre o desempenho do sistema de saúde. Notas: i) Quando vistos de forma conjunta, os indicadores devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. ii) Quando gerados de for-ma regular e manejados em um sistema dinâmi-co, são ferramentas fundamentais para gestão e avaliação da situação de saúde em todos os níveis de governo.

Índice de massa corporal (IMC). Indicador de saúde utilizado para avaliar a adequação entre peso e altura corporais e sua relação com risco para doenças crônicas não transmissíveis. Nota: é calculado pela seguinte fórmula: IMC = P/A², em que P é o peso corpo-ral em quilogramas, A é a altura em metros elevada ao quadrado; o resultado é expresso em kg/m². As faixas de classificação para adultos são: abaixo de 18,5kg/m² – baixo peso; entre 18,5 e

24,99kg/m² – peso adequado; entre 25 e 29,99 kg/m² – sobrepeso; acima de 30kg/m² – obesidade.

Índice de pobreza humana (IPH). Índice composto pelos indicadores rela-cionados à esperança de vida, à desnutrição em menores de 5 anos, à alfabetização, ao acesso a serviços de saúde e à água potável.

MMacronutriente. Nutriente que é

necessário ao organismo em grande quantidade em relação aos micronutrientes. Nota: os macro-nutrientes são especificamente os carboidratos, as gorduras e as proteínas amplamente encontra-dos nos alimentos.

Manipulação de alimentos. Conjunto de procedimentos e técnicas operacio-nais aplicadas aos alimentos, desde o tratamen-to da matéria-prima até a obtenção do alimento acabado. Nota: esses procedimentos e técnicas ocorrem nas fases de processamento, de arma-zenamento e de transporte e de distribuição dos alimentos.

Micronutriente. Nutriente neces- sário ao organismo em pequenas quantidades (em miligramas ou microgramas) em relação aos macronutrientes. Nota: as vitaminas e os minerais são tipos de micronutrientes.

NNutrição. Estado fisiológico que re-

sulta do consumo e da utilização biológica de

Page 28: Revista Alimentação Saudável

28

energia e nutrientes em nível celular.

Nutriente. Componente químico necessário ao metabolismo humano que propor-ciona energia ou contribui para o crescimento, o desenvolvimento, a manutenção da saúde e da vida. Notas: i) Normalmente, os nutrientes são re-cebidos pelo organismo por meio da ingestão de alimentos. ii) A carência ou excesso de nutrientes pode provocar mudanças químicas ou fisiológicas.

O Obesidade. Doença crônica de na-

tureza multifatorial (fatores ambientais, nutri-cionais e genéticos) caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo, acarretando pre-juízos à saúde.

Orientação alimentar. Orientação que visa à escolha, à preparação, à conservação doméstica de alimentos e ao consumo desses. Nota: a orientação alimentar considera o valor nutritivo do alimento e as indicações específicas das condições do indivíduo, a saber: a) condições fisiológicas, tais como crescimento, gravidez, lactação; b) condições patológicas, tais como, desnutrição, obesidade, diabetes, doenças caren-ciais; c) condições socioeconômicas, tais como acesso aos alimentos, preferências alimentares, cultura alimentar, relação valor nutritivo versus custos.

PPercentil. Medida estatística proveni-

ente da divisão de uma série de observações em 100 partes iguais, estando os dados ordenados do

menor para o maior, em que cada ponto da divisão corresponde a um percentil.

Pirâmide alimentar. Guia ali-mentar que representa graficamente, na forma de pirâmide, seis grupos básicos de alimentos. Nota: serve de instrumento educativo para ilus-trar e recomendar a proporção da alimentação e o número de porções a serem consumidas diaria-mente de cada um dos grupos de alimentos.

Práticas alimentares saudáveis. Usos, hábitos e costumes que definem padrões de consumo alimentar de acordo com os con-hecimentos científicos e técnicas de uma boa alimentação.

Precursores de vitamina A. Substâncias presentes nos alimentos vegetais – carotenos – que, depois de ingeridos, se transfor-mam em vitamina.

Prevalência. Número ou proporção de pessoas portadoras de um evento em um de-terminado momento.

Produto dietético. Bebida ou alimento processado que se destina a atender a determinadas situações de interesse médico ou nutricional. Nota: por exemplo: baixo conteúdo calórico, reduzido teor de gorduras.

Propriedade terapêutica. Propriedade que tem determinado alimento ou fármaco de atuar, curativamente, na correção de desvios ou doenças plenamente caracterizadas.

Page 29: Revista Alimentação Saudável

29

RRecomendações nutricionais.

Prescrições quantitativas que se aplicam aos in-divíduos para ingestão diária de nutrientes e calo-rias, conforme as suas necessidades nutricionais. Nota: as recomendações são determinadas por meio de pesquisas científicas.

Rotulagem nutricional. Infor-mação ao consumidor sobre os componentes nutricionais de um alimento ou de sua prepa-ração, incluindo a declaração de valor energéti-co e de nutrientes que o compõem. Nota: existe legislação específica elaborada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para a rotulagem de alimentos.

S Segurança alimentar e nutri-

cional. Conjunto de princípios, políticas, me-didas e instrumentos que assegure a realização do direito de todos ao acesso regular e perma-nente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práti-cas alimentares promotoras de saúde, que res-peitem a diversidade cultural e que sejam social, econômica e ambientalmente sustentáveis. Nota: acrescenta-se, que, além de acesso e consumo, o organismo deve dispor de condições fisiológicas adequadas para o aproveitamento dos alimentos por meio de boa digestão, absorção e metabolis-mo de nutrientes.

Segurança e qualidade dos ali- mentos. Atributos referentes à inocuidade dos alimentos e ao seu valor nutritivo.

Sobrepeso. Excesso de peso de um indivíduo quando em comparação com tabelas ou padrões de normalidade. Nota: a obesidade é um grau bem elevado de sobrepeso.

Suplementação alimentar. Cota adicional de alimentos destinada a prevenir ou corrigir deficiências nutricionais.

TTradições alimentares. Usos e

costumes alimentares que se transmitem de geração a geração, segundo a cultura tradicional de determinadas etnias ou grupamentos antropo-logicamente homogêneos.

Transição alimentar. Mudanças lentas ou rápidas que ocorrem no padrão alimen-tar das crianças, à medida que a amamentação vai sendo substituída por outros produtos, até atingir o padrão alimentar da família. Nota: é um período crítico em relação aos riscos nutricionais.

Transtorno alimentar. Distúrbio que se refere à nutrição e ao comportamento anormal de indivíduos em relação à ingestão de alimentos.

Page 30: Revista Alimentação Saudável

30

UUtilização biológica dos ali-

mentos. Processo que envolve a cadeia di-gestão-absorção-metabolismo-excreção ou ressíntese parcial dos alimentos nos organismos vivos. Nota: pode ser adversamente alterado pela ocorrência de doenças, compreendendo um, dois ou até todos os elos da cadeia de utilização biológica.

V Vigilância alimentar e nutri-

cional. Coleta e análise de informações sobre a situação alimentar e nutricional de indivíduos e coletividades, com o propósito de fundamen-tar medidas destinadas a prevenir ou corrigir problemas detectados ou potenciais. Nota: é um requisito essencial para justificar, racionalmente, programas de alimentação e nutrição.

Vigilância de irmãos e conta-tos. Recomendação para acompanhar, de for-ma atenta, dispensando os cuidados necessários (apoio ou suplementação alimentar, avaliação do crescimento, ações básicas de saúde), os irmãos e mães (considerados “contatos”) de crianças desnutridas de 6 a 23 meses. Nota: a desnutrição nessa faixa etária pode ser um indicativo de que mães e irmãos podem ser desnutridos, constitu-indo grupos de risco nutricional.

Vigilância nutricional. Infor-mações sobre o estado de nutrição dos grupos biológicos (crianças, gestantes) e sociais (baixa renda) mais expostos aos problemas da nutrição. Notas: i) É parte da vigilância alimentar e nutri-cional. ii) Pode incluir, também, situações opostas (homens e mulheres adultos e velhos com so-brepeso, obesidade e suas consequências).

Vigilância sanitária. Conjunto de ações capazes de eliminar, de diminuir ou de pre-venir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da pro-dução e da circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde. Nota: essa vigilância abrange: a) o controle de bens de con-sumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde em todas as etapas, do processo de produção até o consumo; b) o controle da prestação de serviços que se relacione, direta ou indiretamente, com a saúde.

Vigilância sanitária dos ali-mentos. Verificação da aplicação de normas e condutas objetivando assegurar a necessária qualidade dos alimentos.

XXeroftalmia. Alterações oculares

decorrentes da deficiência grave de vitamina A.

Page 31: Revista Alimentação Saudável

Referências BibliográficasBaxter .Clinitec. Nutrição Clínica http//www.baxter.comFranco, Nelson . Tabela de Composição Química dos Alimentos Krause e Maham. Alimentos, Nutrição e Dietoterapiahttp://nutricao.saude.gov.br http://cyberdiet.terra.com.br/alimentacao-saudavel http://www.brasil.gov.br http://www.ibge.gov.brhttp://www.infoescola.comhttp://brasilescola.comhttp://www.mma.gov.br

Page 32: Revista Alimentação Saudável