Revista Alt

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UMA REVISTA PLURAL UMA REVISTA PLURAL O hOmem dO FurO dOwnhill | quadrinhOs italianOs | lOOkalike alt coloca o ator e apresentador da MTV Bento Ribeiro contra a parede em entrevista nada politicamente correta um dia de grOupie Verônica Stocchi se despe da timidez em seu primeiro ensaio sensual aO sabOr dO ventO Vimos Porto Alegre como ela deve ser vista: do alto de um ônibus conversível UMA REVISTA PLURAL UMA REVISTA PLURAL Uma pUblicação de Distribuição gratuita - VenDa ProibiDa SETEMBRO DE 2011 - nº 001

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A revista Alt é uma publicação do jornal O Nacional, da cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, Brasil. Todo seu conceito é baseado na pluralidade de ideias, de opinião, de gostos e por aí vai. Ela surgiu no primeiro dia de setembro de 2011.

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UMA REVISTA PLURAL UMA REVISTA PLURAL

O hOmem dO FurO

dOwnhill | quadrinhOs italianOs | lOOkalike

alt coloca o ator e apresentador da MTV Bento Ribeiro contra a parede em entrevista nada politicamente correta

um dia de grOupieVerônica Stocchi se despe da timidez em seu primeiro ensaio sensual

aO sabOr dO ventOVimos Porto Alegre como ela deve ser vista: do alto de um ônibus conversível

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índice

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18 35Contra a parede – Bento riBeiro - página 8

Coluna – duo lookalike – página 15radiCalt – down Hill – página 16

estilo s/a – página 18Coluna - juliana sCCHneider – página 20

ensaio + alt - VerôniCa stoCCHi – página 22espeCial – do alto e aVante – página 30

alt + taB – página 35Coluna - faBio godoH – página 36

alt + arte – página 38

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múcio de castro

MC- rede Passo Fundo de Jornalismo LtdaRua Silva Jardim, 325 a - bairro annescep 99010-240 – caixa postal 651Fone: (54) 3045-8300 - passo Fundo RSwww.onacional.com.br

1915 1981

Diretor Presidente: múcio de castro FilhoDiretor executivo: múcio de castro Netoeditora-Chefe: Zulmara colussi

Conselho editorialmúcio de castro Filhoclarice martins da Fonseca de castromilton Valdomiro Roosantero camisa Juniordárcio Vieira marquespaulo Sérgio osórioValentina de los angeles baigorriamúcio de castro Neto

sucursal em Porto alegre: GRUpo de diÁRioS - Rua Garibaldi, 659, conj. 102 – porto alegre-RS.representante para brasília: ceNTRal comUNicação.representante para são Paulo e rio de Janeiro: TRÁFeGo pUblicidade e maRKeTiNG lTdaavenida Treze de maio, sala 428 - Rio de Janeiro – RJ.

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nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, copiada, transcrita ou mesmo trans-mitida por meios eletrônicos ou gravações sem a referida citação de autoria.

editor: daniel bittencourt Diagramação: pablo TavaresProjeto gráfico: diego Rigo –Two Think more Conteúdo: marina de campos, Juliana Scchneider, pablo lauxen, pablo Tavares, daniel bittencourt. Comercial: caroline bittencourt – [email protected]

Foto de capa: divulgação/mTVimpressão: passografic

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Veja as coisas de forma alternadao que significa ser plural? definições à parte, dentro de uma empresa jornalística isso significa um desafio gigantesco. É um tanto difícil colocarmos em um punhado de papel dife-rentes pontos de vista, opiniões e ideias sem cair no tão te-mido lugar-comum. mas desafios são sempre bem- vindos.

a alt se auto-define como uma revista plural. e ela realmen-te o é. e não pelo simples fato de ser interessante e abordar diversos temas de forma diferenciada, mas sim pelo fato de que ela já nasceu a partir desta concepção. dentro das entranhas do jornal o Nacional (seu útero criativo) e fora dos muros da empresa, a revista alt ganhou corpo e, agora, as suas mãos.

Jornalistas, publicitários, fotógrafos, designers, arquitetos, colunistas, dJs, roqueiros e toda uma sorte de seres pen-santes colaboraram para esta primeira edição. certo. Só, afinal, o que é a alt?

o conceito do nome surgiu em uma das inúmeras reuniões de pauta. como apresentar o seu conceito plural, sem ser

piegas e clichê? e quando menos esperávamos o nome surgiu. alt de alternar; de mudar o modo de ver as coisas; de ampliar a mente; do alt + tab que se faz no teclado do computador quando se quer mudar de páginas, mas sem perder o que cada uma delas mostra.

entrevistas, ensaios fotográficos, matérias comportamen-tais, opinião e arte compõem as páginas que se seguem. bento Ribeiro parou seu Furo mTV para nos atender; Verô-nica Stocchi abriu mão de sua timidez e mostrou um pouco de seus gostos para as lentes das câmeras. e por aí vai.

a partir deste setembro, todos os seus meses serão cada vez mais plurais, pois todos somos diferentes uns dos ou-tros, mas iguais em coisas extremamente pontuais.

essa é uma revista plural. e fez-se a alt.

Daniel bittencourt – editor.

editOrial

cOlabOra!

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Você tem o que dizer, mostrar, berrar ou soltar no ar? Mande um email para [email protected] e numa dessas você aparece em nossa mais que seleta lista de colaboradores.a revista alt é uma publicação mensal com distribuição gratuita e tiragem de 2.5 mil exemplares.

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cOlabOradOres

FábiO vieirabrasileiro, 30 e poucos anos. For-mado em design e pós-graduado em publicidade. É designer gráfico, professor e fotógrafo. Tem por passa-tempo desmanchar as coisas.

allan sieberNasceu em porto alegre no ano de 1972. Já teve seus quadrinhos e cartuns impressos nas revistas Trip, Sexy e piauí. atualmente reside no Rio de Janeiro, onde mantém seu estúdio de animação, a Tosco-graphics desenhos animados, e publica no jornal Folha de S. paulo e na revista playboy.

mannO escObarHairstylist reconhecido interna-cionalmente. diretor artísitco da intercoiffure brasil, realiza apre-sentações em cursos e workshops no brasil e no mundo. detentor do título de chevalier de la orde e de personalidade do ano 2010 pela intercoiffure mondial.

guilherme e diegO carrãOmais conhecidos como duo looka-like, os dois irmãos gêmeos são dJs residentes da beehive, apaixo-nados pelo que fazem e aceitaram dar uma palhinha aqui na revista.

gustavO lealTem 25 anos, é publicitá-rio com sérias aspirações musicais. Guitarrista da banda Roudini e os impostores, o cara é fã de churrasco aos sábados e The band.

sOnidO

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foi fechada ao som de...

Lapalco - brendan benson (2002)Segundo álbum solo de benson, mais fa-moso por fazer dupla com Jack White nos Raconteurs. Reco-mendadíssimo. nota: 9,5

Kicking television: Live in Chicago - Wilco (2005)o registro ao vivo oficial dos caras. No box limitado em vinil, vem com faixas bônus iNdiSpeNSÁVeiS. nota: 10

Moseley shoals - ocean Colour scene (1996)a obra-prima de um dos grandes repre-sentantes do britpop. nota: 10 (se desse pra ser maior, seria)

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FabiO gOdOhmais conhecido como “o dadaísta do bom Fim”, Fabio Godoh sobrevive em meio a ostensiva vagabundagem da avenida osvaldo aranha, em porto alegre, escrevendo poemas marginais e perambulando pela lancheria do parque. Transa gonzojornalismo neoísta e poesia de reta-guarda. profeta em migalhas, cronista do absurdo, contista fragmentário, Fabio Godoh tem se dedicado ultimamente à pós-literatura, atuando principalmente na rádio ipanema Fm e em seu projeto estético-cultural denominado chimia Geral: http://www.navevazia.com/chimia/

De última (hora): “por el amor de una mujer”, na interpretação do cantor/galã/canastrão Julio iglesias. nota: 9

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bento

ribeiro

cOntra a parede – bentO ribeirO

em sempre ele foi e

sse rostin

ho bonito. F

ilho do escrito

r João

ubaldo ribeiro, bento ribeiro

, apresentador do programa

Furo MtV já fo

i um comedor in

veterado, chegando a pesar 140

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cara, que nasceu em Portu

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ausa

da agenda de trabalho do pai, é

uma das novas apostas da

emissora no quesito humor in

teligente e ácido.

escrachado, boa praça, p

oliticamente in

correto e com to

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química que envolve o bom estereótip

o do carioca da gema,

bento conversou com a alt s

obre fama, s

ua saída da rede

globo, o desgosto para com o cinema brasile

iro e o que ele

não pode dormir s

em saber.NDe santo,

só o nome

Pablo tavares, P

ablo Lauxen e Daniel bitte

ncourt

Por:

Fotos: Divulgação/MtV

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ser filho do João ubaldo ribeiro te abriu mui-tas portas?Na verdade eu nunca pensei nisso. eu não saía anunciando. as pessoas, às vezes, descobriam. Sempre fiz testes normais. Nunca... Nunca soube se isso influenciou alguém ou não. Senão eu teria começado mais cedo.

Você saiu da rede globo para trabalhar na MtV. Como foi que rolou isso?eu já estava fazendo teste com eles (mTV) antes da Globo. aí, no meio dos pilotos, eu fiz teste para a novela (das 20h, onde contracenou com clau-dia ohana) e passei. Quando terminou a novela liguei para a mTV per-guntando se eles ainda estavam interessados. eles estavam e a gente começou. e não teve con-flito. eu saí de lá (Rede Globo) e retomei a parada com a mTV, tá entendendo?

sim. em uma das edições do Furo MtV você falou uma frase do russo, animador das an-tigas da globo, que disse que se mataria se tivesse que sair da emissora. e você fez uma piada com isso. então, vem cá: tem vida após a globo?cara, na verdade eu não penso muito nessas coisas de emissora. Sei lá. É tudo a mesma coi-sa para mim. eu acho tudo a mesma porcaria, a mesma droga. comercial é tudo um saco. Seria-do, essas paradas também. eu só vejo filme, jogo videogame e assisto uns seriados que eu acabo comprando ou baixan-

do mesmo. eu sou mais filme, sabia? acho maneiro tevê tipo Simpsons, Seinfeld... Uma coi-sa ou outra, mas eu não vejo tevê.

então fazer tevê é um trabalho como outro qualquer?Não. eu amo fazer o que eu faço, mas não tenho nenhuma fascinação pela televisão, ou... caralho. Um sonho... e televi-são no brasil, pô? (hesita). Tudo bem, maneiro. mas uma coisa legal é cinema, Hollywood, fa-zer uns filmes irados. isso sim eu gosto.

Você curte muito cinema e até umas paradas de terror, umas coisas meio tarantinescas (Quentin tarantino). Você tem algum projeto paralelo que siga na linha do cinema?então, eu estou terminando uns roteiros aí. Também tem um cur-

ta que está sendo finalizado por um amigo meu. e estou finalizando uns roteiros para ver se eu con-sigo levantar algum ($) no final desse ano. mas assim: não tem nada ainda de concreto para falar.

Mas está rolando?É, ta rolando, né? eu queria filmar, ou começar o processo de um filme até o final desse ano, entendeu? mas depende de estar tudo mais ou menos pronto; precisa entrar em parceira com alguma produtora e tentar fazer alguma coisa maneira.

e isso tudo nos bastidores, trabalhar por trás das câmeras ou você pretende atuar nesses filmes?posso atuar futuramente, mas eu tenho mais tesão em bolar as coisas, de poder contar uma história. porque, porra, o cinema nacional não me dá muito tesão.

Como assim?ah, eu já acho tudo errado no cinema nacional. Você paga para ver um filme que você já pagou. e para fazer essas porcarias desses filmes! Não existe um compromisso em fazer uma bilheteria, pois já está pago o filme, entendeu?então, para que ter mais salas de cinemas se ninguém vai assistir a esses filmes, pô? e outra: porque não fazem filmes mais maneiros? Só que-rem fazer filmes para ganhar prêmios em Festi-val de cannes, Gramado e não sei o quê. e não fazem filmes mais irados, para a molecada ver. Não criam ícones cinematográficos, franquias, cultura...e o cinema nacional não é universal. ele é uma parada totalmente virada para cá. Tipo, não é uma história que qualquer nacionalidade vá en-tender - que é como a maioria dos filmes que você pega, onde tem uma história que qualquer um que assiste entende. a não ser os chineses. Sei lá... mas até esses caras fazem filmes que a gente relaciona melhor com o público em ge-ral do que nossos filmes. e quem é que decide qual roteiro será aprovado? e depois eu vou ter que pagar de novo para assistir um filme que eu já paguei? Tem que pagar duas vezes para ver um filme que eu não queria que fosse feito, em primeiro lugar?

te entendo. até porque temos as leis de incen-tivo, que financiam o cinema daqui.pois é. parece que está tudo errado. a indústria está totalmente equivocada, entendeu? desde as preparações corporais, que as pessoas apanham e são humilhadas... Você acha que a angelina Jolie vai tomar um soco de alguém? Numa pre-paração de um filme? isso não existe, cara. Só aqui. palhaçada.

E depois eu vou ter que pagar de

novo para assistir um filme que eu já paguei? Tem que pagar duas

vezes para ver um filme que eu não queria que fosse feito, em

primeiro lugar?

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bento

ribeiro

e por que rola tudo isso? tem uma saída para mudar?olha, me parece que quem faz um filme real mesmo, tipo comercialmente viável como um Tropa de elite, um cidade de deus, o cara faz um filme aqui e se manda. Nunca mais volta. Um vai filmar Robocop, outro vai filmar o que diabos seja, mas lá fora do país. isso aqui é tipo um trampolim: você faz um filme foda para poder ir embora, sacou? Fazer esses filmes aqui, em lei Rouanet ad infinitum, para que as mesmas pessoas que fazem os mesmos filmes con-tinuem ganhando dinheiro? Fazendo mais porcaria que ninguém quer ver? isso é irritante, sabe? mas tomara que tenha uma saída. precisava ter dinheiro de quem quisesse patrocinar, tipo coca-cola, marca de pizza. Todo mundo faz isso lá fora. Só que não tinha que ter dinheiro público para fazer filme.

Pois é, e o dinheiro vai para o bolso do produtor.É. como em todas as áreas do brasil. de todas as coisas, esta é só mais uma que está errada. e como espectador eu gostaria de ver produções bacanas, mas não vejo. e eu não vou dar força para o cinema nacional. Não me interessa que nacionalidade é o filme. o que me interessa é o tema, que seja maneiro e que me chame a atenção. Não interessa se é grego, russo, inglês, polonês.

bom, vamos voltar um pouco.desculpa aí.

Que é isso! Você apresenta o Furo MtV com a Dani Calabresa. o programa começou com quinze minutos semanais e agora virou um dos carros chefes da emis-sora. Como foi essa guinada?o Furo foi uma aposta da emissora. a gente não sabia se iria dar certo. mas felizmente ele saltou de quinze minutos para meia hora diária. e um programa diário como o Furo é uma cultura tipo um Sitcom. como se fosse um david letterman. Não querendo comparar, mas tem essa ideia. e é importante o carisma em um programa diário, pois se as pessoas gostam e se acostumam com a presença daqueles dois ali, sempre dão uma olhadinha. e o pesso-al gosta. até porque se não gostasse o programa já teria acabado ou reduzido.

bento, quando foi que você percebeu que tinha uma veia humorística bem ácida? e como foi transpor isso para a televisão?Na verdade foi uma parada meio de consciência coletiva. Todo mundo da minha geração que começou a assistir - por causa da tevê a cabo - aqueles sitcoms americanos,

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ontem e hoje: bento com dani calabresa na bancada do Furo mTV (1).Na infância, quando ainda era gordinho (2 e 3).

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o pessoal foi se alimentando com isso. e a gente foi se perguntando: porra, por que não existe isso aqui? e porque a gente não faz isso aqui? e todo mundo que gosta de humor começou a pensar porque que aqui isso é tão ruim, e lá parece tão mais legal e tão mais bem feito? Tanto que o boom do humor aconte-ceu mais ou menos na mesma hora para todos.

e como é a produção do Furo MtV? ele é tri escra-chado. e por ser assim, rola algum veto da emis-sora quanto ao teor do programa?a gente sofria mais. agora nós temos um pouco mais de autonomia. mas a gente sofria veto toda hora. É que a equipe de produção do Furo, sal-vo dois ou três, teve uma rotação de galera incrí-vel. ele já teve uns quatro diretores, uns cinco ou seis produtores diferentes. Uns sete roteiristas já passaram por ali. e tem assuntos que a gente tem que segurar. Tipo: a emissora não quer certa coisa, mas daí a gente pergunta, por quê? e eles: “ah, por isso, por isso e por isso”. e eu tentando e tentando. ai eu cedia de um lado e eles de outro, mas a gente tem bastante liberdade. Só que alguns temas ou outros não podem, porque o programa é reprisado de manhã, aí aquilo que pode entrar de noite não pode na manhã.

Mas o que não pode?ah, a gente não pode, obviamente, falar nada de morte, de tragédia, ou falar coisas desagradáveis (sendo sarcástico). a gente tem uma polícia inter-na nossa. Não dá pra falar coisas que possam de-negrir a imagem da emissora, de outra emissora (mais sarcástico ainda). agora isso é bem menos.

antes era mais.

Cara, você nunca pensou em fazer um stand up co-medy?É. eu estou querendo fazer. É uma das coisas que eu estou vendo se vou estre-ar aí. eu estava pensando em começar lá com a dani calabresa, no grupo que eles fazem, só para sentir um pouco mais. e daí, de repente, no final desse ano, montar alguma coisa. É que eu tenho medo de fazer mui-to sucesso e por isso vou adiando (risos).

Velho, você está com 30 anos. e na infância você foi uma criança bem gor-da. o que você ainda car-rega daquela fase?colesterol, colesterol... eu

carrego um nível de colesterol bem alto. Não, men-tira. eu tento me controlar um pouco. me controlar não porque eu não como demais como antes. eu acho que troquei o vício da comida pelo vício do cigarro. mas às vezes eu dou uma engordada se começo a comer pra caralho. É que naquela época eu era mais ocioso e tinha tempo pra ficar comen-do. antes eu vivia para comer, agora eu não tenho mais essa neurose. com meus 21, 22 anos meu peso estacionou. e agora, com 30, eu estou mais ou menos normal.

Vem cá. Qual é o lado mais chato de ser famoso?deixa eu pensar aqui (longa pausa). Não sei. acho que ser abordado chatamente. Tem uma galera que me confunde com alguém do cQc. aí o cara vem e pede para tirar uma foto comigo. e eu não sei com quem me confundem. Sei lá se o cara pensou que eu era o danilo Gentili. e gente agarrando muito eu não gosto. as pessoas acham que eu sou meio chato e elas só querem falar algo para serem desagradáveis, entendeu? elas não têm nada para falar. Nada! É tipo, me viu na rua e diz: “Você é bem mais alto do que na televisão, né?”, ou tipo: “Você não tem nada a ver. Você é bem diferente do que na tevê”. É um recalque em forma de elogio chato que ela acha que está fazendo, não sei.

só para ser mala...É para ser chato mesmo, ao invés de vir e falar “olha, seu programa é uma merda”. Qualquer coisa é me-nos chata do que você querer dar uma mini alfineta-da idiota a troco de nada. É que as pessoas te vêem fazendo essas bobagens na tevê e acham que você é brother dele, entende?

e qual é o lado mais bacana de ser famoso?eu vou te dizer que eu não me ligo muito nessas paradas. eu acho que o lado bom é ganhar umas coisas de graça. Só que agora eu posso pagar por essas paradas, mas não mudou muita coisa na minha vida não. eu vivo bem tranquilo. eu nunca tive essas viagens tipo “caralho! a fama, porra!”. Não. eu sempre quis fazer coisas iradas, estar par-ticipando de produtos irados, de coisas maneiras. isso sim. e se a fama vem em decorrência disso, e se as pessoas gostam disso, porra, que foda! en-tendeu?eu tenho que pegar fila como todo mundo. Seja no cinema, no restaurante. eu ganho melhor, tenho em-prego. e se eu fosse um porra nenhuma, provavel-mente eu trabalharia em uma mina de carvão. Ser famoso? eu não entro muito nessa viagem não. isso eu deixo para a Narcisa Tamborindeguy.

bento, você não pode dormir sem saber que?Sem saber que... (pausa abusivamente longa) eu te-nho um maço de cigarros para o dia seguinte.

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Eu amo fazer o que eu faço, mas não tenho

nenhuma fascinação

pela televisão, ou... (...) Mas

uma coisa legal é cinema,

Hollywood, fazer uns filmes irados.

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bento

ribeiro

Se pá...

rapidinhas com bento ribeiro

boLsonaro: (riso

s) autêntico? Te

m que ser em uma palavra

?

CaPitão nasCiMento: m

aneiro.

brasiL: (se enrola to

do) Tipo...

brasil: ordem e progresso?

piada. Não, sou brasileiro

e dou um jeito sempre. Sempre tem

um jeitinho, né? É, alguma coisa dessas.

gaÚCHas: Gatas. a

s mais gatas!

gaÚCHos: Sei lá

. churra

sco.

rio De Janeiro: porra

, minha casa.

são PauLo: Trabalho, trabalho, tr

abalho.

FHC: maconha.

tHC: Uma erva

natural, não é m

esmo? (risos)

restart: pode causar a

taques epiléticos. e cerebrais.

Mangueira: cara, eu odeio carnaval. e

u acho que nunca vi

a mangueira entrar. l

iteralmente.

uPPs: podia ter u

ma em cada bairro do Rio de Janeiro

.

CineMa naCionaL: Ruim.

Passo FunDo: até as m

endigas são gatas aí.

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bento

ribeiro

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+ confira no site fotos e trechos exclusivos da entrevista com o bento.

www.revistaalt.com.br

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bento

ribeiroCoMo

VoCê DANçA?

duO lOOkalike 1515

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coluna

Hoje vivemos um momento inedito na história da cena da música eletrônica. Você já reparou que a maioria esmaga-dora das pessoas frequentadoras de casas noturnas, se não conhecem música eletrônica, têm o seu primeiro contato com ela na própria noite? isso sem contar com os festivais, que reúnem milhares pessoas hoje em dia, aqui no brasil, e no mundo inteiro.

música eletrônica existe há mais de um século. e muito an-tes de animar casas noturnas, já era fruto da criatividade de músicos há décadas. pra você entender melhor: Na década de 50, música eletrônica era um resultado de uma forçada evolução tecnológica devido a Segunda Guerra mundial. artistas dedicados a essa ideia utilizavam a capacidade de gravação em vinil para deformar os sons gravados através da variação da velocidade da leitura.

avançando mais um pouco no tempo, na década de 70, a banda alemã Kraftwerk revolucionou o cenário eletrônico com as primeiras músicas dançantes e, utilizando sintetiza-dores, incorporavam sons eletrônicos ao rock. Já nos anos 80 a evolução continua na música disco, marcada pelas bandas depeche mode e New order, que foram incorporan-do uma linha parecida com o que ouvimos atualmente em clubs e eventos diversos.

Junto com esse novo movimento musical, surgem tam-bém novas tendências que vão desde o modo de se vestir, até a lugares a serem frequentados, assim como atitude e comportamento diferenciado. Um fator determinante para a propagação de mercado da música eletrônica veio das novas tecnologias que surgiram em um curtíssimo espaço de tempo. Nesses últimos 10 anos (considerados o ‘‘boom’’ da cena eletrônica no brasil), o sujeito que decidisse seguir a carreira profissional de dJ teria que se comprometer com uma rotina de trabalho nada simples, já que naquela épo-

ca utilizava-se os bons e velhos bolachões para discotecar. Hoje já existem inúmeras formas diferentes, que partem das cdJ’s (aparelhos de cd que simulam a função do Toca-dis-cos) até novos softwares de computador de discotecagem.

assim como a tecnologia evoluiu muito no meio da música eletrônica e nos recursos de quem trabalha com ela, tam-bém evoluiu o público que a consome. a música eletrônica representa atitude e comportamento voltado ao bem e a positividade. a felicidade e a simplicidade são os protago-nistas principais nesse estilo de vida e em tudo que isso pro-porciona a quem o vive. Hoje em dia existem Festivais que aglomeram verdadeiras multidões para assistir e prestigiar shows de música eletrônica. o importante nesses eventos é fazer quem está ali pular, cantar, dançar, se divertir!

Um bom exemplo desse comportamento é o love parade, que tem como um de seus objetivos uma manifestação saudável contra o preconceito racial, corrupção política e assuntos ligados. Nele cultiva-se toda a essência da sim-plicidade e da felicidade entre todos. Seu aliado? a música eletrônica. acontece em várias cidades da alemanha e reú-ne mais de 1 milhão de pessoas, literalmente, nas ruas. os melhores dJ’s e live’s do mundo, transitam em trios elétri-cos, todos se apresentando ao vivo.

Moral da história:Sendo em clubs, festivais ou até mesmo na festinha parti-cular com os seus amigos, o mais importante é levarmos sempre em conta que curtir música eletrônica, antes de tudo, é atitude. É se identificar com uma forma de pensar, defender o que acha certo respeitando sempre o próximo e suas opiniões. esse é o real trabalho do dJ e de todos que trabalham com a música eletrônica e que vivem dela. Que-remos que ela cresça saudavelmente, cada vez mais, para que possamos vivê-la sempre e intensamente.

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uem se jogaria cinco quilô-metros morro abaixo (pas-sando por curvas, raízes de árvores, pedras e rampas a 90km/h) por livre e espon-tânea vontade? a grande maioria das pessoas não fa-ria isso, mas para um grupo de atletas de Passo Fundo a função é mais do que corri-queira.

a “loucura” em questão é o Downhill, esporte que li-teralmente significa des-cida de morro só que com uma bicicleta. e os “loucos” que praticam esse espor-te já possuem uma equipe montada há cinco anos e participam regularmente de campeonatos estaduais, na-cionais e até de um mundial.

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Pablo LauxenPor:Fotos: Daniel bittencourt

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bento

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a equipe passo-fundense é a “dH lope”, trocadilho com a abreviação de downhill. Formado por leandro bonfante, Jorge Grigolo, Fernando Giordani, bruno e Julio Giordani, o grupo já participou de quatro campeonatos brasileiros e de um mundial master. o “paizinho”...... É leandro bonfante. ele é um dos caras que há mais tempo anda na cida-de e também é um dos fundadores da equipe. Segundo suas explicações, para descer morro é necessário equipamento de proteção e uma bike especifica para a prática.

Tornozeleira, joelheira, luvas, colete cervical e torácico, são os itens bási-cos de segurança. Já a bike deve estar equipada com um quadro que aguen-te grandes impactos, suspensões nas rodas traseira e dianteira, freio a disco hidráulico e pneus largos que confiram

maior aderência ao terreno.

Quanto cu$tapraticar downhill no brasil não é bara-to. Segundo Jorge Grigolo, as bicicle-tas no brasil podem custar de R$3mil a R$20mil. enquanto nos eUa o preço gira em torno de US$4mil. para bancar as despesas com viagens e inscrições em torneios, o time se mantém por conta própria, sem patrocinadores e incentivo municipal. “o downhill é uma forma de divulgarmos passo Fundo para fora e mostrarmos que existem esportes dife-rentes por aqui”, explica bonfante.

Para descera equipe treina todos os sábados no an-tigo teleférico do parque da Roselândia. a procura pelo downhill só tem aumen-tado e quem quiser participar basta pos-suir uma bike preparada e equipamentos de segurança. depois é só ter coragem para enfrentar a ladeira.

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que bichO é esse?downhill é uma modalidade esportiva que descende do mountain bike e con-siste em descer um determinado per-curso natural, misturado com elemen-tos artificiais, no menor tempo possível. para se ter uma noção, algumas bikes passam dos 95km/h.

e cOmO ele surgiu?ele é uma modalidade do mountain bike (mb) nas-cida na califórnia na segunda metade da década de 70. Na gringa, o dH foi a primeira modalidade do mTb a ser praticada. com o passar do tempo se difundiu pelo mundo, chegando ao brasil nos anos 90. o gran-de centro do donwhill brasileiro é em Santa catarina, por causa da geografia do estado. e que curvas...

a galOpeo nome da equipe é uma ho-menagem aos tropeiros que fun-daram a cidade, também pela sonoridade e pela sacada da abreviatura do termo downhill (dH) aliado ao sufixo “lope”, crian-do a expressão “de a galope”.

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+ confira no site inúmeras fotos e vídeo com os caras.

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estilo s/ao guarda-roupas mascu-lino deixou de ser chato ou sem graça. as possibi-lidades e novidades são inúmeras. e, as tendências apresentadas nas passare-las são vistas nas ruas, ain-da que timidamente. Desde cores a padronagens, em todas as coleções pode-mos ver novidades, algu-mas mais evidentes outras mais sutis.

setembro, quase primavera, e no que apostar na hora de vestir? Para os homens o trio clássico: camiseta, camisa e jeans não tem erro. nesta época de meia estação, vale também um tricô para as manhãs, que costumam ter temperaturas mais amenas. Para o look ficar mais atual, tente ma-teriais mais ousados, como uma calça resinada, grande novidade do inverno 2011, que continuará para a pró-xima estação. o xadrez con-tinua soberano para todos os estilos de homens. Vale abusar sempre das sobre-posições. e, para finalizar o look, um tênis super moder-no e confortável para o dia a dia. não tem como errar!

Juliana scchneiderPor:Fotos: equipe alt

Cinto iódice 128,00

Jeans resinado skinny Calvin Klein 499,00

tênis timberland 329,00

Camisa Calvin Klein 259,00

Camiseta Calvin Klein 139,00

tricô timberland 259,00

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estilo s/a 1919

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para variar

Jeans skinny calvin Klein 299,00

camisa Tommy Hilfinger 338,00

camiseta lacoste 139,00

Tricô Timberland 259,00

Tênis lacoste 339,00

agradecimento:

das passarelas para a vida real

as sobreposições já se tornaram clás-sicas no guarda-roupas masculino

o xadrez aparece forte para a próxima estação

o jeans resinado na passarela da calvin Klein em Nova iorque em seu último desfile

bella Città shoppingFone: (54) 3584-1225

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a vida é feita de desafios. a cada dia, nos deparamos com os mais diver-sos deles. o simples atravessar de uma rua movimentada nos desafia. É preciso coragem para dar o pri-meiro passo, que demanda atenção, concentração e outras atribuições fi-siológicas e psicológicas de um ser humano para aquela ação. para mim, escrever sobre um assunto qualquer que não seja moda é super desa-fiador. É como dar a caneta para al-guém que nunca escreveu ou uma tela para alguém que não sabe pintar.

mas desafios são sempre bem-vin-dos. impulsionam para frente. o frio na barriga, o medo de não ser ca-paz, explodem e inundam o corpo com uma sensação de devo fazer, quero cumprir, sou capaz. Não nego que muitas vezes me entreguei ao medo e insegurança. dei espaço para “aquilo” que sempre tenta der-rubar, puxar para baixo, enterrar, sufocar ou coisa do gênero. aliás, acredito que isso é normal e ineren-te de todos nós, mas naquele mo-mento, onde queremos uma mão para nos erguer, ninguém mais pa-rece padecer de tal sentimento.

desafios devem ser aceitos, encara-dos de frente e desafiados. pobres daqueles que desistem de sonhos e não correm atrás. Quantas histórias de superações, de lutas e de vitórias vemos por aí. pessoas desengana-das, que diante das maiores adversi-dades dão lições de vida, com uma força de vontade que vem não sabe-mos de onde, superam adversidades, e são dignas de aplausos.

confesso que me incomoda a frase: “a vida não é fácil”. Não gosto de ver o viver como algo pesado ou ruim. a vida é incrível. Viver é um prêmio. Vivenciar é o que somos. acordar, tra-balhar, voltar para casa, dormir e os entremeios dessa rotina nos constro-em. e os desafios estão ali, sempre diante de nós, nos cutucando para crescermos. estão ali para nunca de-sistirmos e sempre querermos mais. De

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Pablo TavaresPor:Fotos:

edição de moda:Fábio VieiraJuliana Scchneider

Um gravador de rolo, meia garrafa de bourbon, uma guitarra e um microfone

compõem o cenário do quarto mais alto do hotel no centro da cidade. Um lugar onde a festa parecia que nunca iria

acabar. Mas acabou. A banda foi embora. E ela ficou sozinha,

apenas com as lembranças impressas nas paredes e

na câmera fotográfica que também ficou para trás.

Com sua timidez encantadora e sua beleza exótica, de “pretty eyes and pirate

smiles” (parafraseando Elton John), Verônica Stocchi, que

nunca havia feito um ensaio sensual, topou posar para Alt, encarnando o universo

fascinante e misterioso de uma groupie dos anos 1960-1970, uma

época onde o rock’n’roll era o que realmente importava.

desencontros

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ick Jagger canta na singela ruby tuesday “don’t question why she needs to be so free (não questione por que ela precisa ser tão livre)”, parecendo prever a personali-dade da moça. a garota já rodou milhas e milhas por aí. Nasceu em passo Fundo, passou um tempo curto em Tocantins, e ru-mou a São paulo, onde passou boa parte de sua adolescência.

M

mas num Natal, sem mais nem menos, ela resolveu voltar para cá e daqui não saiu mais. e a liberdade, a tão falada/discutida/teorizada liberdade jamais morreu em Verônica. “V” divide seu tempo entre sua loja de roupas, os amigos e o namorado – que mora em porto alegre.

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a ideia do ensaio foi essencialmente o rock dos anos 1960-1970. Tentar traduzir em retratos aquela aura nostálgica, o uni-verso fascinante que o diretor cameron crowe imortalizou em Quase Famosos. e, usando novamente Ruby Tuesday para traduzir a atmosfera do ensaio e da personalidade da moça, posso dizer:

There’s no time to lose, I heard her sayCatch your dreams before they slip awayDying all the timeLose your dreamsAnd you will lose your mind.Ain’t life unkind?(Não há nenhum tempo para perder, eu a ouvi dizerPegue seus sonhos antes de eles esca-paremMorrendo todo o tempoPerca seus sonhosE você perderá sua cabeça.A vida não é indelicada?)

a vida pode até ser indelicada, mas é simples. Simples como Verônica.

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Goodbye, Ruby TuesdayWho could hang a name on you?When you change with every new dayStill I’m gonna miss you...

Fotos: Fábio Vieira (Zero 3)

edição de moda: Juliana Scchneider

Cabelo e Maquiagem: manno escobar cabeleireiros

agradecimentos: Valentinedatellicreativa produtora Turis Hotel

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+ confira no site fotos exclusivas do ensaio com a Verônica.

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orto alegre, como disse o poeta Mario Quintana, é hoje uma pequena cidade grande. Proposições a parte, a capital dos gaúchos guarda mais do que ruas arborizadas, nomes e prédios históri-cos. e para quem vem de fora, a cor-reria, o trânsito intenso e o cotidiano de metrópole atrapalham a visão da cidade tranquila, arquitetônica, boni-ta e cheia de poesia em detalhes que passam despercebidos até para os olhos mais ávidos.

e como ver a Porto alegre como ela deve ser vista? É neste ponto que as coisas simples ganham cores dife-rentes. Com oito anos de existência, a Linha turismo foi criada pela Prefei-tura do município com a intenção de explorar rotas turísticas dentro do or-ganismo da cidade. e toda essa volta é feita dentro um ônibus de dois anda-res e, o melhor: com teto conversível.

Do alto e avante

Daniel bittencourtPor:Fotos: gustavo Leal e Daniel bittencourt

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eu tive que partir lá do alto, para ver...para se ter uma ideia, nem mesmo os nativos sabem muito bem como fun-ciona o trajeto e toda a logística do city tour. o percurso dura pouco mais de 80 minutos e é interessante por-que o ônibus vai passando por locais conhecidos do grande público, mas que ganham uma nova roupagem quando conseguimos vê-los de uma perspectiva diferente da que se tem da calçada.

então, a revista alt fez esse city tour para dar uma pequena amostra dos cantos e encantos de poa. e quem convidar para ser nossa cobaia? Nin-guém melhor do que Gustavo leal. publicitário, músico e agora nosso colaborador emigrante, ele aceitou no osso o desfio e embarcou com a reportagem em uma tarde linda de sexta-feira.

ticket to rideas passagens estavam na mão des-de o final da manhã daquela sexta-feira. Nosso horário para embarcar era às 15h30min. Voltas depois, só para variar, acabamos nos enrolando e chegamos em cima da hora no lar-go Zumbi dos palmares (local onde fica a Secretaria de Turismo de porto alegre e ponto de partida do tour). para nossa alegria, os bancos são marcados, o que gerou um drama meio mexicano entre a gente e um casal de cariocas que estava senta-do em nossos bancos rindo dos ba-nanas que haviam perdido o horário (sic).

devidamente posicionados e com nossas câmeras em punho zarpamos cidade a dentro. enquanto o leal procurava seu cocar e a carteirinha da FUNai (para ele essa pauta era mais um programa de índio do que qualquer outra coisa), a empolgação do restante dos passageiros era con-tagiante. Todas as vezes que cruzá-vamos por baixo de uma elevada, ou passávamos bem perto de alguma árvore, dava para escutar a vibração e as risadas generalizadas.

Daniel bittencourt

gustavo Leal e Daniel bittencourt

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apois bem, o senhor Gustavo não en-controu seus itens de guerra e resol-veu relaxar. e não é que ele gostou? Também, é uma sensação muito boa poder ver a Redenção, a casa de cul-tura mario Quintana, o brique, o moi-nhos de Vento, o parcão e o centro da capital de forma panorâmica e sem obstáculos.

Não é preciso desprender muita grana para fazer essa trip. com R$15 você tem direito a ir sentado na parte su-perior do ônibus e curtir tudo do alto. os dois roteiros da linha funcionam de terça a domingo com saídas às 9h, 10h30min, 13h30min e 15h30min. curtiu e quer dar uma volta? acessa www2.portoalegre.rs.gov.br/turismo/ e seja feliz.

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Centro-sulcriada em 2003, a linha Turismo já carregou quase 400 mil pes-soas pelas entranhas de porto alegre. Hoje, dois roteiros são oferecidos. Um deles faz um giro pelo centro Histórico e o outro mostra toda a beleza natural da Zona Sul, com suas praias cheias de árvores e paisagens que mais lembram uma área rural.

o que é o Centro Histórico?É o nome da região mais tradi-cional de porto alegre, onde a cidade nasceu há mais de 200 anos. É ali, à beira do Guaíba, entre estreitas ruas de paralele-pípedos, onde se concentram 80% dos prédios tombados da capital gaúcha. Há exemplares da arquitetura barroca colonial, até edificações mais recentes em estilo eclético e modernistas. No centro Histórico é que se con-centram a maioria dos museus e centros de cultura.

no que prestar atenção quando você fizer o roteiro: Centro Histórico:* complexo arquitetônico da UFRGS* parque Farroupilha (Redenção) / brique* planetário* parque moinhos de Vento (par-cão)* Hidráulica moinhos de Vento* Shopping Total* Santa casa de misericórdia* praça mal. deodoro da Fonse-ca (praça da matriz)* paço municipal / mercado pú-blico central* casa de cultura mario Quintana * centro cultural Usina do Gasô-metro* anfiteatro pôr-do-Sol* estádio Gigante da beira-Rio* estádio olímpico monumental / Rótula do papa* centro municipal de cultura, arte e lazer lupicínio Rodrigues* museu de porto alegre Joa-quim José Felizardo

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+ confira no site fotos ex-clusivas da porto alegre vista de cima de um bus.

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o perfume do invisível, de Milo ManaraSe você ainda pensa que HQs são coisa pra criança, es-pere só até ler manara. incrivelmente fiel às curvas femininas, e dono de um traço realista capaz de provocar com desenhos reações que não se con-segue nem com fotografias, o mestre dos quadri-nhos eróticos retorna às prateleiras pela editora conrad com a história de um cientista que desco-bre a fórmula da invisibilidade e a utiliza para inva-dir a privacidade das belas mulheres que encon-tra. Uma delas é a libidinosa mel, que descobre a farsa pelo cheiro de caramelo que a receita exala, mas ainda assim se deixa levar pelo prazer de um consentido assédio invisível.Dica: Prefira ler em locais reservados, jamais no ônibus ou no meio do trabalho (!)

Corto Maltese – a Juventude, de Hugo Prattconsagrado pela criação de um dos personagens mais con-

sistentes do gênero, pratt é a acertada escolha do recém-criado selo Nemo para setembro. irônico e misterioso, corto maltese carrega em seus traços geniais a personalidade humanista de um mari-nheiro ao mesmo tempo elegante e mar-ginal, que percorre o mundo revelando semelhanças entre diferentes povos, e por vezes se depara com personagens reais como o escritor Jack london e o sociopata russo Rasputin. o álbum iné-dito no brasil vem caprichado, fiel à edi-ção europeia, em cores e capa dura.

da cOleçãOManara + Pratt: el gauchoapesar de lançado em 2006, o título é válido para qualquer coleção que se pre-ze pelo simples fato de unir esses dois nomes. enquanto pratt cuida do lado histórico da chamada Reconquista, ca-pítulo fundamental da história da améri-ca do Sul, manara se esbalda retratando prostitutas, serviçais e soldados vivendo entre a luxúria e a incerteza do amanhã. ambientado aqui perto, às margens do Rio da prata, ainda na virada do século XiX, o título se encontra no catálogo da conrad em edição colorida por R$ 30.

eles têm milo manara e Hugo pratt, e só a obra desses dois já poderia carregar nas costas os “Fumetti” - nome como são chamados os quadrinhos na itália -, mas o país ainda conta com monstros como cre-pax, criador da sexy Valentina, liberatore e Tamburini, do controverso Ranxerox, e Gian luigi e Sergio bonelli, do lendário Tex. dentro desse contexto, chegam às bancas brasileiras neste mês dois clássi-cos de manara e pratt, em edições de luxo e preços até que acessíveis, ambos por volta dos R$ 39.

O que é que Os quadrinhOs italianOs têm?

por Marina de Campos

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