Revista Angélica

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Agosto de 2012

Transcript of Revista Angélica

EM REVISTAAGOSTO 2012 - EDIÇÃO 10

ABC DA SAÚDE

Acidente VascularCerebral

VISÃO AGUÇADA

Além do que se vê

COMPORTAMENTO

Tensão Pré-Menstrual

MENTE SAUDÁVEL

O seu cérebro de dieta

MELHOR IDADE

Sexalescentes

EDITORIALMemórias e Comemorações

Expediente

SUMÁRIO

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VIVER BEM

ACONTECEU

QUALIDADE DE VIDA

SAÚDE INFANTIL

PREVENÇÃO

MELHOR IDADE

VALORES DA NOSSA TERRA

PERFIL

MEDICINA ALTERNATIVA

DOSSIÊ NUTRICIONAL

ABC DA SAÚDE COMPORTAMENTO MENTE SAUDÁVEL VISÃO AGUÇADA

pág.08 e 09 pág.12 pág.14 pág.16

Diferentes tipos de medicamentos

Principais ações do Grupo SB

Quando ser “fofo“ passa a ser sinônimo de doença

Sono e Televisão

Vacina para gente grande

Sexalescentes

Jéssica Santos

Ribamar Sidrone

Reflexologia Podal

Açaí

Acidente Vascular Cerebral Tensão Pré-Menstrual O seu cérebro de dieta Além do que se vê

Chegamos ao número 10, em clima de festa e com a deliciosa sensação de que nosso dever está sendo cumprido com maestria. É hora de cele-brarmos o aniversário de três anos da Angélica em Revista e agradecermos aos nossos clientes, parceiros, anunciantes e colaboradores, que sempre confiaram na seriedade de nosso trabalho e no potencial de cada iniciativa. Neste momento de alegrias, damos boas-vindas ao mês de agosto e um parabéns especial para todos que se dedicam à arte de ser Pai – um herói de carne e osso, que não realiza mágicas ou missões impossíveis, mas que faz companhia, que dá segurança e afeto, que é amigo, que conversa, escuta e está sempre presente.

Na editoria “ABC da Saúde”, aprenda que correr contra o tempo é a solução-chave para preservar o cérebro do ataque provocado por um AVC. Se você deseja ficar mais inteligente, com o humor nas alturas e energia de sobra, não deixe de ler “Mente Saudável” – onde uma mistura de minerais, vitaminas e gorduras revela a receita certeira. Enquanto isso, nosso “Dossiê Nutricional” promete conquistar você com novas descobertas sobre o açaí – o “ouro negro da Amazônia” mostra sua força na defesa das funções men-tais, no controle do colesterol e até na prevenção do câncer.

Seu filho está um pouquinho além do que se costuma chamar de fofo? Em “Obesidade Infantil”, saiba por que pais e mães são, hoje, o foco das ações que visam reduzir e controlar o peso das crianças. “TPM” – as três letrinhas, que fazem os homens terem vontade de sair correndo pelas ruas, dão nome à matéria que ensina o público masculino a lidar com uma mulher de fases. Em tempos de smartphones e tablets, conheça os efeitos causados pelo uso – e abuso – dos apetrechos digitais e as principais recomendações para quem fica o dia inteiro no computador, em “Visão Aguçada”.

Profissionais uniram seus conhecimentos para esclarecer tudo o que você precisa para viver mais e melhor, em uma edição de memórias e mui-tas comemorações. Como diz um provérbio árabe, “quem tem saúde tem esperança e quem tem esperança tem tudo”. Ótima leitura a todos e até a próxima edição!

Renata Pinheiro | Gerente Geral - Drogarias Angélica

Gerente Geral: Renata Pinheiro Projeto Gráfico e Diagramação: Marketing SBE-mail: [email protected] / Tel: (92) 2121-3509Site: www.drogariasangelica.com.br

UMA PUBLICAÇÃO QUADRIMESTRAL EDITADA PELO MARKETING SB.Todas as informações e fotos contidas nos anúncios são de inteira responsabilidade dos anunciantes.

Todos os textos estão escritos e corrigidos conforme a nova Reforma Ortográfica.

Gerente Comercial: Jane Machado

Assessoria de Comunicação-Grupo SB: Jean Mara Tavares (Coordenadora de Marketing), Haianny Paiva (Assessora de Marketing), Gabriel Pivoto, Israel de Brito, Reideson Rocha, Samuel Souza (Design/Marketing), Ana Beatriz Garcia, Emanuelle Canavarro (Redação/Marketing) e Bruno Santos (Relacionamento com o Cliente).

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Vive

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m de medicamentos Diferentes tipos

A ação dos remédios no organismo

Tatiana Lima de Siqueira é farmacêutica e bioquímica da Drogarias Angélica, especialista em Análises Clínicas

e com seis anos de experiência na área.

Você já deve ter ouvido o relato de alguém que não con-segue engolir comprimidos. Ou pessoas que não suportam o gosto dos xaropes. Há, ainda, os que fogem das medicações injetáveis, com medo das agulhas. Cada tipo de apresentação dos medicamentos possui uma determinada ação no organismo, para diferentes necessidades e possibilidades de administração. Por este motivo, existem variadas formas farmacêuticas.

Para entendermos os diferentes tipos de medicamentos, precisamos compreender que todo medicamento é um remédio, mas nem todo remédio é um medicamento. Segundo a cartilha educativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a ideia de remédio está associada a todo e qualquer tipo de cui-dado utilizado para aliviar doenças. Já os medicamentos são substâncias ou preparações elaboradas em farmácias (medica-mentos manipulados) ou indústrias (medicamentos industriais), que devem seguir determinações legais de segurança, eficácia e qualidade. Assim, aquele “chazinho” caseiro para curar a gri-pe não pode ser classificado como medicamento, mas pode ser considerado remédio.

Alguns medicamentos possuem diversos formatos e aplica-ções, a fim de adequar as possibilidades de administração às necessidades e condição dos usuários. As formas farmacêu-ticas estão divididas em: cápsulas, pós, granulados, xaropes, soluções, supositórios, aerossóis, pomadas, entre outros. De acordo com a farmacêutica e bioquímica da Drogarias Angélica, Tatiana Siqueira, elas existem para possibilitar e facilitar o uso pelo paciente. “Proteger a substância durante o percurso pelo organismo, garantir a presença no local de ação e precisão da dose, além de facilitar a ingestão da substância ativa são algu-mas funções das formas farmacêuticas”, explica.

Como os medicamentos agem no nosso organismo? Basi-camente, os processos fundamentais no corpo humano são a absorção, a distribuição e a posterior eliminação. A porta de en-trada para os comprimidos, cápsulas, injeções, entre outros são chamadas de via de administração e podem ser classificadas em oral, sublingual, retal, intramuscular, endovenosa, intradérmica, nasal e oftálmica. Tatiana revela: “Os fatores que determinam a escolha da via são o tipo e a rapidez de ação desejada, bem como a natureza do medicamento”.

Por exemplo, a via oral é uma das formas mais antigas e seguras na utilização dos medicamentos. Os líquidos e compri-midos podem ser engolidos da mesma maneira que os alimen-tos, sem proporcionar qualquer tipo de dor, além de apresentar uma possibilidade de reversão da administração. No entanto, algumas substâncias podem irritar a mucosa gastrointestinal e provocar enjoos.

Nos quadros mais graves, com a via injetável – intramus-cular, endovenosa e intradérmica – o efeito é quase imediato e oferece a dose plena desejada. Em algumas situações de emergência – como nos casos de hipertensão – as medicações administradas por via sublingual promovem rápida absorção e são de fácil acesso. Entretanto, esta forma é de difícil aplicação em crianças.

Todo cuidado é pouco com o uso de fármacos. As divergên-cias entre suas formas podem influenciar e resultar em diversas reações no organismo. Tatiana observa que devemos considerar a posologia, a forma farmacêutica e via de administração. “O uso correto deve seguir três mandamentos: medicamento certo, na dose certa e na hora certa. Além disso, é importante cumprir o tratamento até o final, mesmo que desapareçam os sintomas”, conclui a farmacêutica. Não use medicamentos sem o conheci-mento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.

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SERVIÇOS ANGELICAS

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A Drogarias Angélica esteve presente em mais um evento de grande repercussão entre o público infantil. Dessa vez, a “Tur-nê Oficial da Galinha Pintadinha” serviu de palco para as nossas dinâmicas, dia 22 de abril, no Studio 5. Na semana que antece-deu a ação, algumas de nossas lojas promoveram o sorteio de ingressos para os clientes que realizaram a compra de produtos infantis. Os ganhadores foram informados sobre o prêmio e en-caminhados ao local da apresentação.

A alegria da nossa equipe não deixou ninguém parado e se potencializou com os elementos visuais lúdicos e educativos mostrados no espetáculo. Enquanto as crianças se divertiam na casinha inflável, com brincadeiras, jogos recreativos e en-trega de brindes, os pais tiveram a oportunidade de conhecer

Junho é um dos meses mais deliciosos do ano. É quando os colaboradores, amigos e familiares do Grupo SB se reúnem para confraternizar, cair na dança e aproveitar todas as guloseimas desta época, numa bela noite de São João. No dia 09 de junho, o Arraiá do Grupo SB retornou com a consagrada alegria das edições anteriores e embalou a noite com o repertório sertanejo de Luis Eduardo Dornellas e Banda.

Neste ano, a festa superou todas as expectativas e foi mar-cada pelas apresentações e performances específicas de cada segmento. As crianças receberam atenção especial – pula-pula, distribuição de brindes, pescaria e quadrilha improvisada agita-ram a noite dos pequenos. E a grande novidade desta edição foi a “Torcida do Ano” – com direito a troféu e uma mobilização contagiante – enquanto as surpresas do bingo ficaram por conta da mobília completa e da moto zero km.

Na Turnê Oficial da Galinha Pintadinha

Workshop do Varejo: uma oficina de conhecimento

Arraiá do Grupo SB – 2012

um pouco mais sobre os diferenciais de nossos produtos e ser-viços. Além da tradicional promoção relâmpago, na bilheteria, com atividades interativas e sorteios, nossa equipe distribuiu os informativos “Anjinho contra a Dengue” e “Saúde Infantil” – para despertar a atenção dos pequenos sobre a importância da quali-dade de vida, desde cedo.

Todo mundo sabe que o I Workshop do Varejo foi o maior su-cesso, no final do ano passado. Isso ninguém questiona. E como tudo que é bom pede bis, as gerências das Drogarias Angélica e FarmaBem providenciaram uma reapresentação do que foi de-senvolvido no evento anterior.

Com mais experiência, humor e propriedade, a nossa Oficina do Conhecimento retornou, nos meses de março, maio e julho, com as temáticas: Liderança Servidora, Inteligência Emocional e Criatividade na Gestão – em benefício dos colaboradores do Grupo SB que ainda não haviam tido a chance de apreciar a de-senvoltura dos gestores e supervisores das redes de drogarias, diante do criativo desafio que lhes foi imposto. O tema “Futuro do Varejo” tem previsão para a primeira quinzena de setembro.

Valorizar os colaboradores e investir nas suas capacitações profissionais é um dever de todas as empresas. A nossa, abraça com orgulho esta causa e vai além, ao oferecer oportunidades de crescimento para cada um que faz parte desta família. Desen-volvemos potenciais e habilidades, para ver Você Sempre Bem.

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Ação

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Margaridas representam uma fonte variada de característi-cas. Reunião de pequenas flores que se desenvolvem de forma delicada e distinta, elas não fazem parte de apenas uma espé-cie, são da família das Compostas – multicoloridas e de fácil adaptação. Assim como as flores, as crianças e as adolescentes da Casa Mamãe Margarida constituem sinônimo de bem-me--quer: concebem pureza, lealdade, inocência e simplicidade. Este ano, o Projeto Criança Ajuda Criança (CAC) decidiu nova-mente assistir e contribuir para que estas pétalas desabrochem no caminho da vida e compartilhem histórias singulares, com um largo sorriso estampado na face.

Desde agosto de 2006, colaboradores e parceiros do Grupo SB realizam ações para ajudar na construção de um futuro me-lhor para milhares de crianças, distribuindo donativos e promo-vendo momentos únicos. No dia 06 de outubro, a Casa Mamãe Margarida será a instituição beneficiada. Brincadeiras e muitas atividades do universo infantil vão se unir a doações de alimen-tos, roupas, brinquedos e artigos de higiene pessoal, a fim de tornar a data ainda mais especial ao lado de todos aqueles que acreditam no potencial de nossas iniciativas.

A Casa Mamãe Margarida é uma instituição de caráter fi-lantrópico, social, educacional e religioso, sem fins lucrativos, dirigida pelas Filhas de Maria Auxiliadora (Irmãs Salesianas). Fundada em 02 de abril de 1986, com o propósito de atender a população feminina infantojuvenil, a entidade está localizada no bairro São José e acolhe aproximadamente 350 meninas e adolescentes de 06 a 18 anos, que se encontram em situações de vulnerabilidade e risco social. São realizados dois programas: o sistema socioeducativo e o de abrigo.

Como a cada ano procuramos inovar no CAC, em virtude do envolvimento massivo da população em ajudar as instituições,

em 2012 iniciamos o projeto mais cedo, no mês de julho, com a venda de camisetas e ecobags confeccionadas especificamente para a campanha, assim como o recebimento de donativos des-tinados à Casa Mamãe Margarida.

Contamos com a sua participação, em mais uma edição! Juntos, podemos unir nossas forças para transformar vidas e fazer a felicidade de muitos pequenos notáveis. Basta doar um pouco de amor, uma pitada de carinho e uma dose extra de solidariedade, que teremos a fórmula do sucesso de mais um Criança Ajuda Criança. Venha nos ajudar a plantar sonhos, para colher oportunidades!

INSTITUIÇÃO• Casa Mamãe Margarida

O QUE PODE SER DOADO• Roupas e sapatos femininos• Alimentos não perecíveis • Material de limpeza• Brinquedos para meninas • Livros• Produtos de higiene pessoal

PERÍODO DE DOAÇÃO• 09/07 a 15/09/12

DATA DA ENTREGA NA INSTITUIÇÃO• 06/10/12

POSTOS DE COLETA• Drogarias Angélica• Drogaria FarmaBem• Emporium Roma• Drogaria Rio• SB Log

CAC 2012Plantar sonhos, para colher oportunidades

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ABC

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Saúd

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Na Grécia Antiga, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) ganha-va o nome de “apoplexia” – palavra grega que significa “golpea-do com violência”. Para o latim, a palavra apoplexia foi adaptada como sinônimo de “fulminado”. Na Inglaterra do século XVI, a expressão que se usava era “stroke of God´s hands”, mostrando que nos tempos antigos a doença era tida como um mal causado pelos deuses, sem possibilidade de tratamento pelos médicos. O nome em inglês “stroke” vem do verbo “strike” (derrubar) e signi-fica “derrubado”, revelando um dos efeitos da doença.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), hoje, as doenças do coração lideram as principais causas de morte no mundo, sendo responsáveis por cerca de 17,1 milhões de casos anualmente. E eis que surge um fato ainda mais alarmante, nesta história: 5,7 milhões estão relacionados ao AVC, o popular “der-rame”.

“Existem dois tipos de AVC – o isquêmico, quando deixa de chegar sangue a uma área do cérebro; e o hemorrágico, quando um vaso intracraniano se rompe com extravasamento de sangue para dentro do encéfalo ou do espaço subaracnoideo”, explica a Dra. Gisele Sampaio Silva, gerente médica do Programa Integrado de Neurologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

A médica nos revela que os resultados podem ser devasta-dores em qualquer tipo de acidente vascular cerebral. Embora o cérebro tenha apenas 2% do peso do corpo, ele consome 20% do oxigênio e aproximadamente 15% do sangue que o coração bombeia. Quando os caminhos de suprimento de sangue rico em oxigênio estão obstruídos, as células do cérebro começam a mor-rer. A função que esses neurônios tiverem no corpo – como falar, andar e engolir – sofrerá e poderá ser perdida.

Novas pesquisas e evidências relacionadas aos fatores de risco não param de surgir. No encontro anual das Sociedades de Sono Associadas, deste ano, realizada na cidade americana de Boston, foi mostrado que dormir menos do que seis horas por noi-te aumenta as chances de um derrame cerebral – mesmo entre adultos que não apresentam fatores de risco comuns para doen-ças cardiovasculares, como excesso de peso ou histórico do pro-blema na família. Enquanto isso, um estudo feito na Universidade de Londres, no Reino Unido, revelou que ansiedade, depressão, insegurança e outros problemas de ordem emocional também elevam o risco de uma pessoa ser acometida pelo “incidente”.

Para quem sofreu um AVC, é de extrema importância reali-zar um diagnóstico preciso e detalhado das sequelas, para que o prognóstico seja o mais assertivo possível. Para isso, é necessário classificar que tipo de incapacidade o paciente apresenta e fazer uma análise do melhor tratamento a ser feito. De acordo com a Dra. Gisele, sequelas moderadas apresentadas pelo paciente devem ser estudadas com mais cuidado, pois se não forem es-timuladas, não apresentarão a recuperação possível. Qualquer problema negligenciado pode atrapalhar no tratamento e na qua-lidade de vida do paciente.

A boa notícia é que o cérebro nunca para de tentar encontrar novos caminhos para a recuperação. As células que foram atingi-das e morreram não se recuperam, obviamente, mas as que ficam próximas da área lesionada, conhecidas por zona de penumbra, podem ser recuperadas, pelo menos parcialmente, com os cui-dados adequados.

Quanto ao tratamento de reabilitação, deve-se ter início o mais rápido possível e ser conduzido por um médico fisiatra, que

AVCCorrendo contra o tempo

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fará o diagnóstico e o prognóstico das incapacidades. Dependen-do do quadro do paciente, membros da equipe multiprofissional serão acionados e juntos farão o planejamento das terapias – fisioterapia, hidroterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, psicologia, neuropsicologia, enfermagem de reabilitação, nutricio-nista, ortopedista – somadas a equipamentos de alta tecnologia.

Tempo é tudo para preservar o cérebro do ataque provoca-do por um AVC. Assim, ganhar reles minutos diminui o risco de graves sequelas. Para esclarecer mais dúvidas sobre o Aciden-te Vascular Cerebral, que requer uma verdadeira corrida contra o tempo, acompanhe uma seleção de perguntas e respostas da nossa entrevista com a Dra. Gisele Sampaio Silva.

– Quais os principais fatores de risco?“Hipertensão arterial, diabetes, colesterol elevado, arritmias

cardíacas (fibrilação atrial), aterosclerose dos vasos cervicais, obesidade, sedentarismo, abuso de álcool (principalmente para o AVC hemorrágico) e apneia do sono”.

– A doença pode causar quais os tipos de sequelas?“Paralisias, dificuldade na linguagem, distúrbios de sensibili-

dade, dificuldade para caminhar e controlar os músculos. Ter his-tórico familiar de AVC é um fator de risco, apesar de não ser uma doença somente hereditária”.

– Que cuidados devem tomar as pessoas que já foram vítimas de AVC?

“Ter tido um AVC aumenta o risco para a ocorrência de um novo, portanto o estabelecimento da etiologia (causas) é fun-

damental para que as medidas de profilaxia secundária sejam adequadamente tomadas. Assim, cada etiologia deve ser tratada de uma maneira distinta. Por exemplo, quem tem fibrilação atrial deve, na maioria das vezes, receber um anticoagulante; enquanto os que apresentam pressão e colesterol elevados, precisam ser tratados. A fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional tam-bém podem ser necessárias após um AVC”.

Dra. Gisele Sampaio Silva, 36 anos. Nascida em Tucson, no Arizona (EUA), fez doutorado em Neurologia

pela UNIFESP e pós-doutorado pela Harvard Medical School. É gerente médica do Programa Integrado de

Neurologia do Hospital Israelita Albert Einstein.

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InfantilObesidade

Quando ser “fofo” passa a ser sinônimo de doença

Guloseimas consumidas na hora do recreio, acompanhadas por refrigerantes e verdadeiras “bombas açucaradas”, ou aqueles aparentemente inofensivos salgadinhos no fim da tarde, estão contribuindo para que crianças, cada vez mais, tornem-se obesas no Brasil. E os fatores de risco não param pelas comilanças – o sedentarismo, aliado aos principais meios de diversão, desta últi-ma década, como o computador e o videogame, tem pesado na balança dos alarmantes diagnósticos.

Se o seu filho está um pouquinho além do que se costuma chamar de fofo, não adianta tentar resolver a questão como se isso fosse um problema só dele – é o que têm defendido muitos especialistas. Exatamente: tal pai, tal filho. O fator família ganhou muita relevância de uns tempos para cá – estudos internacionais mostraram que 80% das crianças que estavam acima do peso, entre 10 e 15 anos de idade, ganharam a classificação de obe-sas aos 25 anos. Então, quando as crianças vivem num ambiente onde há desatenção com a qualidade de vida, as chances para que elas se tornem obesas na idade adulta aumentam em 33,3%.

A Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crô-nicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) detectou que, em três anos, os índices de sobrepeso e obesidade aumentaram de 42,7% para 46,6%. Esses dados trouxeram à luz a conexão existente entre hábitos familiares e casos da doença na infância, que hoje atinge 22 milhões de crianças em todo o mundo. Além da síndrome me-tabólica, as consequências deste fenômeno vão além – estenden-do-se ao aumento nos casos de diabetes do tipo 2, hipertensão, problemas cardiovasculares e apneia do sono.

Em entrevista para a Angélica em Revista, a Dra. Maria Edna de Melo, endocrinologista da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica), em São Pau-lo, explica mais sobre a doença – suas causas, consequências e formas de prevenção. A seguir, entenda por que os pais e mães são, hoje, o foco das ações que visam reduzir ou controlar o peso das crianças.

– Como detectar se a criança está obesa?“O diagnóstico da obesidade infantil é realizado através da

utilização de gráficos. No Brasil, usamos os gráficos da Organiza-ção Mundial da Saúde, desenvolvidos em 2007. Nestes gráficos, que são específicos para cada gênero, marcamos um ponto que representa o encontro do IMC com a idade. Quando este ponto fica acima da curva p99 (percentil 99), a criança está obesa. O IMC, utilizado para adultos, não pode ser usado isoladamente para crianças”.

– Qual a melhor forma de combater a obesidade infantil?“Disponibilizando uma rotina de hábitos saudáveis, com muita

atividade física e uma alimentação adequada, todos os dias. Os alimentos ricos em açúcar e gordura não são proibidos, mas de-vem ser consumidos apenas em poucas ocasiões”.

– Por que alguns bebês que mamam no peito da mãe são gor-dinhos e outros são magrinhos? Existe tendência à obesidade que se manifesta desde o nascimento?

“Em raros casos, algumas crianças podem apresentar obe-sidade desde muito cedo, sim. Mas a maioria dessas crianças tendem a perder o excesso de peso com o aumento da movimen-tação, quando começam a engatinhar ou andar”.

– Pais obesos podem influenciar no modo alimentar da crian-ça, levando-a à obesidade, mesmo que as características ge-néticas não pesem para este lado?

“A carga genética é fundamental para o desenvolvimento da obesidade. A má alimentação e o sedentarismo, mesmo que não levem ao aparecimento da obesidade, podem propiciar o apareci-mento do quadro metabólico desfavorável, com hipercolesterolê-mica, por exemplo. Se a criança tem dois pais obesos, a chance de ela ser obesa é muito elevada”.

– Quais os impactos emocionais que uma criança obesa pode ter?

“As crianças obesas muitas vezes são hostilizadas pelos seus coleguinhas e, até mesmo, alguns adultos. Isso pode levar a situações de isolamento, alterações do humor e até queda do rendimento escolar”.

– A criança com excesso de peso pode ficar diabética?“Sim, principalmente se ela apresenta histórico de diabetes

mellitus na família”.Quando o “problema rechonchudo” já se instalou, a sugestão

da Academia Americana de Pediatria é viver uma vida mais ativa. E essa atitude não se limita simplesmente a driblar o sedenta-rismo e os tentadores fast-foods. Segundo a Dra. Maria Edna de Melo, esse novo paradigma exige ações como procurar um nutri-cionista ou um endocrinologista, para receber orientações e rea-lizar pesquisas sobre as possíveis causas físicas ou emocionais. Quanto aos pais, fiquem em alerta: é preciso driblar maus hábitos e agir como um time na prática de atitudes que levem à modifica-ção do que é prejudicial à saúde de toda a família.

Dra. Maria Edna de Melo, 39 anos, é médica-assistente do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital

das Clínicas de São Paulo, e atua na área há 10 anos.

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ANÚNCIO

Já está comprovado que muitos homens não esperam os hormônios se acalmarem e não sabem que atitudes devem tomar diante destas situações – há indícios de que as reações masculi-nas exercem influência direta na forma como a mulher responde à TPM. A boa notícia é: existem formas de amenizar a mudança brusca no humor delas. Paciência, carinho e compreensão são as três palavras-chave para lidar com esta situação. “Amor, sensibi-lidade e conhecimento do tema são alguns cuidados que podem ajudar os homens e as mulheres nesta fase”, finaliza Mara Regina.

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Com

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Que TPM significa tensão pré-menstrual todo mundo sabe. Porém, para muitos, a sigla carrega outros significados, como “Tendências a Pontapés e Murros”, ou “Todos os Problemas Mis-turados” e, até mesmo, “Tempo Para Meditação”. Definições a parte, esta síndrome – que vem acompanhada com um turbilhão de emoções e atinge até 30% das mulheres, pelo menos uma vez por mês – traz inconvenientes não só para o sexo feminino, mas para todos que convivem ao redor, neste caso, os homens. “Ansiedade, irritação, alterações no apetite e agressividade sem motivo aparente são alguns dos sintomas psicológicos mais fre-quentes”, afirma a psicóloga Mara Regina Ramos da Costa, do Hospital Universitário Francisca Mendes.

Caracterizado por um conjunto de sinais que se manifesta dias antes da menstruação, este período explosivo do mês causa desconforto para o sexo masculino, também. Casados, namora-dos ou até quem se relaciona em qualquer outro aspecto – como o profissional – está sujeito a presenciar momentos de tensão e fúria, ocasionados por mais de 150 sintomas diferentes, que interferem na qualidade de vida de ambos os sexos. E o pior: a maioria dos homens não sabe como agir diante desta enxurrada de sentimentos.

A história conta que a humanidade sofre com este mal desde a antiguidade. A TPM foi descrita inicialmente pelo pai da Medi-cina, o grego Hipócrates, cerca de 400 anos antes de Cristo. No entanto, só foi reconhecida como diagnóstico médico em 1983, pelo National Institutes of Health (NIH), que a definiu como osci-lações pelas influências dos hormônios estrógeno e progesterona, de acordo com o ciclo menstrual. Isto quer dizer que, em uma de-terminada ocasião de cada mês, elas possuem uma concentração diferente de hormônios, que se transformam com o passar dos dias. Para a psicóloga, é importante que eles não apontem quan-do a mulher está nesta época. “É um período em que a mulher encontra-se sensível e qualquer confronto é motivo de estresse. Além disso, a TPM pode causar depressão, sendo necessário o acompanhamento médico e psicológico”, observa.

No Brasil, há empresas que dispensam suas funcionárias nesta época, devido à influência que a TPM exerce nos relaciona-mentos profissionais, assim como em sua produtividade. A espe-cialista revela que a síndrome interfere diretamente nas questões sociais e pessoais, uma vez que a mulher pode perder o controle em determinadas situações rotineiras. “A mesma deve buscar informações que melhorem seu bem-estar e, principalmente, en-tender o período em que se encontra”, aconselha a profissional.

Mara Regina Ramos da Costa é psicóloga clínica do Hospital Universitário Francisca Mendes,

com seis anos de experiência na área.

TPME agora, o que os homens devem fazer?

O que o homem pode fazer para lidar com uma mulher de fases

• Compre flores, doces ou mimos • Evite discussões ou assuntos polêmicos no período, como dinheiro ou gastos• Seja um bom ouvinte, procure entender o que ela está passando• Nunca diga que ela está na TPM• Convide-a para participar de atividades físicas e relaxantes• Não faça surpresas

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ANÚNCIO

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audá

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de dietaO seu cérebro

Energia, humor e inteligência no seu prato

Será que algum nutriente pode potencializar nossa capaci-dade de raciocinar? “A chave para entender melhor a conexão entre os alimentos e as funções cognitivas é saber um pouco melhor como o cérebro funciona”, responde a Dra. Heloisa Ro-cha. E a médica ortomolecular complementa a linha de raciocí-nio: “O cérebro se comunica através de substâncias químicas chamadas de neurotransmissores. Nesta classe, os mais sensí-veis aos nutrientes que ingerimos são a serotonina, a dopamina e a norepinefrina”.

A “fada madrinha” das estrelas, em mais uma deliciosa entrevista para a Angélica em Revista, revela que a serotonina acalma e relaxa, diminuindo sensações de estresse e tensão, enquanto a dopamina e a norepinefrina estão associadas ao es-tado de alerta – quando são produzidas, tendemos a pensar e reagir mais rapidamente e nos sentimos mais motivados.

Partindo desse princípio, a Dra. Heloisa Rocha apresenta os alimentos que turbinam o seu cérebro.

Dra. Heloisa Rocha – cardiologista, formada em Medicina pela Faculdade de Valença e especializada

em Terapia Ortomolecular e Nutrição – é responsável pela boa-forma de lindas mulheres como Paola

Oliveira, Luiza Brunet e Carol Castro

ANÚNCIO

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Saúd

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Hom

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Não importa a área de atuação, a rotina é a mesma – de-pois de cumprimentar o chefe, o primeiro passo ao iniciarmos mais uma jornada de trabalho, é ligar o computador. Checamos e-mails, abrimos planilhas, realizamos pesquisas, redigimos do-cumentos, enfim, desempenhamos uma infinidade de tarefas apenas com o apetrecho digital. E, ao fim de um longo dia, o que parece ser uma vantagem profissional, na verdade resulta em sérios problemas para a visão, como a Síndrome da Visão do Computador (Computer Vision Syndrome – CVS), descrita pela American Optometric Association como fadiga visual, associada ao uso prolongado e excessivo do computador.

“Além do cansaço, dores de cabeça e no pescoço, olhos irritados e ressecados (vermelhos e ardendo), falhas na visão (visão borrada, dificuldade no foco), lacrimejamento, sensibilida-de à luz, visão de cores alterada, irritabilidade, cansaço genera-lizado e espasmos musculares são alguns sintomas relacionados à síndrome”, afirma o oftalmologista Dr. Geraldo Russo, membro da Academia Americana de Oftalmologia e fundador do ICON (Instituto de Cirurgia Ocular do Norte).

Se você notou que seus olhos estão inexpressivos, confira a seguir a entrevista com o especialista, que esclareceu todas as dúvidas sobre a síndrome.

– Como os apetrechos digitais podem afetar nossa visão agora e no futuro?

“A constante necessidade de ajustar o foco na tela destes equipamentos provoca a fadiga dos músculos oculares, que é cumulativa, cursando com sintomas mais intensos. Como há uma tendência cada vez maior e mais cedo da utilização des-tes recursos, há necessidade de divulgação abrangente sobre o assunto, com o objetivo de evitar problemas como déficit de atenção, dificuldades no trabalho e prejuízo na qualidade de vida das pessoas, pela presença dos sintomas já descritos”.

– Qual a distância adequada para estar perto do monitor e pro-teger a vista?

“O monitor deverá estar posicionado entre 50 a 70 cm dos olhos, com a borda superior na altura dos olhos ou levemente abaixo, nunca acima”.

– Qual o tempo de descanso recomendado?“Recomenda-se, a cada 50 minutos de uso contínuo, des-

canso de 10 minutos e, se possível, olhar, através de uma janela, para o infinito, o que relaxa a musculatura. Outra regra usada pede que a cada 20 minutos de uso contínuo, deve-se olhar para

um objeto com, no mínimo, 6 metros de distância, por 20 segun-dos. Além disso, dormir com qualidade ajuda neste descanso”.

– É verdade que, quando usamos o computador, movimenta-mos pouco o globo ocular e piscamos em média cinco vezes menos que o normal?

“Piscamos menos quando usamos o computador, de fato. A diminuição na frequência de piscar causa ressecamento e, con-sequentemente, desconforto ocular com olhos doloridos”.

– Aponte a quantidade de tempo ideal para que alguém fique em frente à tela sem comprometer a saúde.

“Usuários que ficam mais de 2 ou 3 horas contínuas no com-putador podem desenvolver a síndrome, ou seja, a maioria das pessoas que trabalham ou estudam. Por isso, o bom senso tem que prevalecer. Ambientes adequados e regras de descanso, são importantes para todos, evitando sintomas desagradáveis”.

– Qual o tratamento adequado para quem possui a Síndrome da Visão do Computador?

“Primeiro, devemos identificá-la através de avaliação of-talmológica. Em seguida, o oftalmologista corrige alterações visuais que possam estar presentes (Miopia, Astigmatismo, Hi-permetropia, Presbiopia ou outra patologia ocular). Finalmente, o paciente será orientado de forma individualizada sobre a melhor abordagem para resolver o problema”.

Dr. Geraldo Russo é membro da Academia Americana de Oftalmologia e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia,

fundador do ICON (Instituto de Cirurgia Ocular do Norte), com tempo de atuação na área de 15 anos.

que se vêAlém do

Cuidando dos olhos em um mundo cada vez mais digital

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Cuidados e recomendações para quem trabalha com o computador, diariamente

• Devemos lembrar de piscar mais e em alguns casos (com orientação do oftalmologista), usar colírios lubrifi-cantes, trazendo maior conforto ocular• As regras de descanso, fracionando a utilização, são importantíssimas para melhorar a performance e prevenir a fadiga• Ser criterioso com o posicionamento e limpeza do monitor (o pó também atrapalha)• Iluminação adequada, evitando reflexos e ofuscamen-tos (utilizar filtros quando isto não for possível)• Posicionamento confortável, com cadeira adequada e postura correta no ambiente de trabalho ou estudo

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Todas as noites, a história é a mesma: convencer o filho a dormir já se tornou um pesadelo. Muitos pais possuem a grande preocupação e enfrentam a difícil tarefa de fazer com o que seus filhos durmam bem e, principalmente, a noite inteira. Afinal, uma boa noite de sono influencia diretamente a qualidade de vida das crianças – e da sua também. Quem nunca recebeu a visita do pequeno, com insônia, no meio da madrugada? Diversos estu-dam revelam que 45% da população mundial apresenta algum sintoma relacionado aos vários distúrbios do sono.

Atenção: assistir televisão pode ser o fator responsável pelas noites maldormidas dos anjinhos. Segundo o Dr. Fábio Amadeu Camargo Bolzan, pediatra do Instituto da Criança do Amazonas (ICAM) e a psicóloga Ledina Lima, da mesma insti-tuição, além de o som e a luz do aparelho prejudicarem o estado de sonolência, a TV mantém a criança ativa e excitada, podendo transformar os sonhos em pesadelos, dependendo do conteúdo assistido. “Crianças que ainda não frequentam o colégio perma-necem muito tempo em frente à televisão e muitas dormem e acordam com a mesma ligada, dificultando uma boa noite de sono”, afirma o médico.

Por desconhecerem estes fatores, geralmente os pais, avós e babás estimulam o hábito, já que mantém os pequenos ocu-pados. A seguir, confira a entrevista com o especialista, para tirar todas as suas dúvidas sobre a influência do eletrônico na qualidade do sono infantil.

– Desenhos animados, novelas e filmes influenciam no sono das crianças, mesmo assistidos em qualquer horário?

“Desenhos animados, novelas e filmes geram uma dose ex-tra de adrenalina no corpo, o que dificulta o sono das crianças. E para tanto, não importa a hora que assistem os programas, mes-mo que a criança veja um desenho violento pela manhã, ela po-derá ter dificuldades para dormir a noite. É importante obedecer a programação e a idade compatível com o que se vai assistir”.

– Como reduzir as horas em frente à TV?“Os pais devem criar uma rotina de horários com programa-

ção para as crianças. Eles devem ser o exemplo, explicando para os filhos, o que eles devem ou não assistir e o motivo. Dentro das possibilidades, passeios, jogos, clubes, piscinas e cinema podem ajudar. Muitos relatam que os coleguinhas possuem jo-gos e assistem TV, então os pais devem explicar as regras da casa. Os jogos eletrônicos podem ser utilizados, mas dentro dos horários estipulados”.

Dr. Fábio Amadeu Camargo Bolzan é pediatra e diarista da enfermaria do Instituto

da Criança do Amazonas (ICAM).

– Quais as consequências da privação de sono?“Durante o sono ocorrem vários processos fisiológicos,

como o trabalho de organização das memórias, a concentração e o aprendizado; o crescimento e o desenvolvimento de vários órgãos e tecidos, além da produção de hormônios, células e substâncias do sistema de defesa do organismo. Se a criança tem algum distúrbio ou um hábito inadequado, que leve a um sono insuficiente, todos os sistemas podem ser afetados. Isso se observa de forma bem sutil, quando uma criança se torna irritada, chorona ou quando não quer participar das brincadeiras. Haverá um menor ritmo das funções cognitivas cerebrais”.

– Como os pais podem saber se os filhos estão com proble-mas e o que devem fazer?

“Mudança de comportamento, irritabilidade, dificuldade de concentração, eles dizem que não têm tarefas, deverá haver queixas por parte da administração do colégio, comer demais ou de menos, ansiedade, agressividade. Observar o dia a dia da criança, o que alterou a rotina saudável e conversar com ela. Se for difícil o diálogo, procurar o professor, pedagogo ou até a psicóloga do colégio”.

Televisão Sono e

Dormir bem: um hábito que vem da infância

Veja as orientações dadas pelo Conselho Médico da Baby Center do Brasil

• Controle o tempo• Escolha os programas (você pode gravar e passar a hora que desejar; acabou, desligue a TV)• Prefira programas calmos e tranquilos (os que estimulam a falar, cantar e dançar)• Assista a TV junto com os seus filhos – passe a mensagem de que o que é bom para você é bom para ele, encoraje-o a fazer perguntas, compare com o que ele faz, se gravado, utilize o pause para discutir, faça as atividades próximo a ele e da TV)• Amplie o conteúdo do programa com atividades e livros. Faça da TV um instrumento saudável de aprendizado

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Geralmente, quando falamos em vacinas, logo a nossa men-te nos remete à infância, com as gotinhas e a carteirinha de vacinação. Porém, cuidar da saúde não tem limite de idade – durante a vida inteira estamos expostos à micro-organismos e doenças infecciosas, que o nosso corpo não está preparado para combater. Crianças, jovens, adultos e, principalmente, a turma da terceira idade, precisam estar em dia com o programa de vacinação.

Quando foi a última vez que você se vacinou? Devido à falta de informação, muitas pessoas não acreditam na eficácia das vacinas para adultos. A maneira mais fácil de colocar os anticor-pos em dia é procurar um especialista e solicitar exames para detectar quais as doses que precisam ser tomadas. O médico infectologista João Hugo Abdalla Santos, coordenador da Liga Amazonense de Infectologia, revela-nos que o efeito da vaci-nação a partir da maior idade é semelhante a de qualquer faixa etária. “Na verdade, o que difere o resultado é o tipo de vacina – como aquelas que, devido a sua ação no organismo, preci-sam ser repetidas em menor intervalo de tempo (por exemplo, a Influenza) e outras como a febre amarela, que exigem longos períodos”.

A seguir, confira a nossa entrevista com o Dr. João Abdalla – que também é coordenador da Comissão de Controle de Infec-ção Hospitalar do Hospital Universitário Francisca Mendes e do Hospital Adventista de Manaus.

– Algumas pessoas pensam que, vacinando a criança, ela estará imunizada durante toda a vida. Isso não é verdade. Quais vacinas precisam ser tomadas ou repetidas?

“As vacinas que precisam ser repetidas são: a cada 10 anos, a febre amarela e a dupla adulto (difteria e tétano) e tríplice viral (para aqueles que não foram vacinados). Para os idosos, acima de 60 anos, podem ser realizadas a Influenza, de forma anual, e Pneumo 23. Gostaria de lembrar que estas recomendadas aos idosos podem ser feitas a adultos também, em laborató-rios particulares. Esta recomendação é do Ministério da Saúde, pois poucos adultos desenvolvem pneumonia e gripe de forma grave”.

– Qual a importância da carteira de vacinação?“É uma das formas que nós, médicos, temos para avaliar um

paciente, uma vez que podemos descartar as patologias pelas quais eles foram vacinados”.

Dr. João Hugo Abdalla Santos é professor auxiliar da Universidade Federal do Amazonas, da

Disciplina de Doenças Infecciosas e Parasitárias, e coordenador da Liga Amazonense de Infectologia.

– Antes de viajar em território nacional, quais vacinas preci-sam ser tomadas? E para o exterior?

“Para a nossa região, recomendo a hepatite B e febre ama-rela. Já para o exterior, depende para o local que você vai viajar, por exemplo: quase todos os países que já erradicaram a febre amarela, mas que têm o mosquito transmissor, exigem que apre-sentemos o certificado de vacinação. Para a Índia, recomenda--se vacinar contra a raiva, devido aos inúmeros animais silves-tres que circulam junto com a população”.

– Quais são as vacinas mais importantes depois dos 60 anos?

“As mais importantes são a Influenza e Pneumocócica-23, pois esta faixa etária é muito suscetível a desenvolver pneumo-nia (viral e bacteriana), que pode levar a internações e mortalida-de, já que esta faixa etária apresenta baixa imunidade”.

– Muitas pessoas têm dúvidas sobre a eficácia da vacina contra a gripe. Qual a época do ano ideal para tomá-la?

“Infelizmente, nossa política local de vacina para a Influenza é equivocada, pois o período de maior incidência da doença é no inverno, que aqui para nós é no período chuvoso, portanto deveria ser feita no início do ano, em janeiro e fevereiro, mas as campanhas são geralmente no final de março e abril, com o vírus já circulando e muitas pessoas ficam doentes, tornando a mesma pouco eficaz, apesar de ser efetiva quando dada na época certa”.

– Existe alguma vacina recomendada, especificamente, para as meninas e mulheres?

“Existe a do HPV (vírus relacionado ao câncer de colo de utero), mas atualmente ela também é recomendada aos ho-mens”.

– Quais as orientações para quem possui alergia a algum componente da vacina?

“Sempre deve ser informada ao médico, no local de vacinação ou no hospital, pois algumas reações podem ou não ser alergias fracas, mas outras são extremamente graves, o que impossibilita nova vacinação. Se necessário, fazer em nível hospitalar, sob a supervisão médica”.

gente grandeA importância da vacinação em adultos

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“A terceira idade é a felicidade. A terceira idade é a voz da verdade. Não faz só tricô e bolinho, vai à praia e tome um cho-pinho, também gosta de ouvir um chorinho e um pagode legal”. A música “A terceira idade”, interpretada pela voz marcante da cantora Leci Brandão, traduz o sentimento da nova faixa social – os sexalescentes. Com diversas ocupações e uma melhor si-tuação financeira, os que rondam os 60 anos estão distante dos bailes destinados aos idosos, vivendo uma ótima fase em suas vidas: livres, com boa saúde, ativos e independentes.

Com o passar do tempo, o mundo começou a ver o grupo de eternos jovens de forma positiva, valorizando a sabedoria, competência e grande participação produtiva na sociedade. De acordo com a psicóloga Aline Regina Ferreira Amazonas, com especialização em Clínica e MBA em Gestão de Auditoria em Sistemas de Saúde: “Esta visão ocorreu graças à globalização, que passou a veicular e propagar a terceira idade de forma po-sitiva. Estudos surgiram, mostrando que aqui, especificamente no Brasil, a qualidade de vida também cresceu. Este novo ho-mem passou a olhar para a idade de forma bem diferente da de seus pais. Com isso, as pessoas começaram a procurar diversas motivações, que mudaram o conceito de envelhecimento, que-brando o paradigma de que os idosos devem repousar e cuidar dos netos”.

A nova geração que está mais consciente, exigente e inte-grada possui décadas de experiência ao seu favor. Para a psicó-loga, o papel do idoso na sociedade se transformou. “A melhor idade é caracterizada pela independência e intensa busca do seu bem-estar, servindo de exemplo para os mais jovens, que estão caminhando para rotinas sedentárias e dependentes”. Os sexa-lescentes – ou sexygenários – começaram a investir na aparên-cia saudável e na alimentação adequada.

Segundo dados do IBGE, em 2001 eram aproximadamente 4,6 milhões de brasileiros com idade superior a 60 anos ativos profissionalmente. Em 2010, o número passou para 6,3 milhões. Ou seja, o trabalho ainda é prioridade para a faixa etária – não como ocupação do tempo, mas como a valorização de si, de seu potencial e de suas experiências. “Questões como essas, os fazem ser diferentes e especiais, já que partilham com os mais jovens tudo o que surge no mundo globalizado. Estar inserido neste contexto, do ‘aqui e agora’, os tornam cabeças pensantes, ocupando a mente de forma saudável, com sabedoria para lidar com o estresse”, afirma a especialista.

Além disso, com o salto na expectativa de vida dos bra-sileiros e o investimento na boa alimentação e aparência sau-dável, eles não têm medo de subir ao altar: agora, passaram a vivenciar experiências amorosas e estão mais satisfeitos com o corpo. “Todo este contexto da beleza física potencializou di-versos aspectos da vida, inclusive o sexo – que antes era tido como prática dos mais jovens. As relações amorosas foram se renovando, no sentido de vivenciá-las intensamente e livre de preconceitos”.

As partidas de dominó ficaram no passado. O maravilhoso mundo digital é desfrutado com maturidade e segurança. Hoje, a melhor idade utiliza a internet para responder e-mails, trocar informações – com participação ativa nas redes sociais – movi-mentações bancárias e comércio eletrônico. A Geração A, que presenciou os anos dourados e deu visibilidade à juventude, agora rejeita estereótipos e dá um nobre sentido à vida. “Eles devem olhar para dentro de si e ver o diamante que se tornaram ao longo de suas vidas, o quanto foi lapidado. Este diamante com certeza vale muito, como uma pedra preciosa”, finaliza a profissional.

Sexalescentes A nova forma de ver a vida

Aline Regina Ferreira Amazonas é psicóloga na Clínica Nazaré, com especialização e MBA

em Gestão de Auditoria em Sistemas de Saúde, com mais de dez anos de experiência.

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Esporte é vida, é gostar de acordar cedo e partir para o trei-no, é ficar esperando a planilha nova para matar a curiosidade dos novos desafios, é pedalar e correr com o vento soprando no rosto – sentindo a liberdade e perdendo a dimensão do espaço –, é contar azulejos, traçar um cálculo novo a cada amanhecer e achar tudo isso a coisa mais divertida do mundo. Para Jéssica Santos, campeã amazonense na modalidade que mistura nata-ção, maratona e ciclismo, o Triathlon é dedicação, determina-ção, disciplina e muita paixão.

Ela nada, corre e pedala atrás do seu melhor resultado nas provas de Triathlon, no Brasil e no mundo. Levanta todas as manhãs com o objetivo de bater seus próprios recordes e está mais do que acostumada a lidar com grandes desafios, vitórias, derrotas ou imprevistos. “Quero evoluir, cada vez mais, para fi-car nas primeiras posições do ranking brasileiro e poder disputar uma vaga nas Olimpíadas de 2016”, revela a desportista sobre as suas motivações atuais.

Na alegria e na tristeza, na chuva e no sol, na largada e na chegada – ter metas e trabalhar duro para alcançá-las faz par-te de sua rotina. “Acordo às 5h30 da manhã para ir treinar. Às terças, quintas e aos sábados, eu corro; e às quartas, sextas e aos domingos, eu pedalo. Depois descanso e nado de segunda à sexta, pela parte da noite. É claro que encontro um tempinho para me divertir também, mas fazer Triathlon não deixa de ser uma eterna distração”.

Estudante de Jornalismo da Universidade Federal do Ama-zonas (UFAM), Jéssica encontra tempo para conciliar os estu-dos com o esporte e ainda revela ser uma adoradora da sétima arte: o cinema. “Sempre gostei de filmes, mas meu vício eram os de terror. Fazia filmes caseiros com o meu irmão, quando éramos crianças. Mas outros tipos de longas me encantavam: os clássicos. Assim, foi nascendo meu fascínio pelas produções antigas e valiosas que existem”.

Em entrevista para a Angélica em Revista, Jéssica Santos fala mais sobre o seu caso de amor com o Triathlon, os campe-onatos que lhe renderam importantes títulos e as maravilhosas viagens que o universo esportivo já lhe proporcionou.

– O que o esporte acrescentou à sua vida?“Muita coisa. Saúde, mais autoestima, muitos amigos e cul-

tura. Também me mostrou o valor de ser humilde, de saber ga-nhar e de saber perder. Ensinou-me a nunca desistir dos objeti-vos, afinal, quando você acredita e se dedica, alcança o que for”.

– E o melhor de tudo são as viagens. Certo? Quais os lugares que você já teve a oportunidade de conhecer e o que mais lhe encantou?

“É verdade. As viagens são maravilhosas. A cidade pela qual me apaixonei de verdade foi Budapeste, na Hungria. Ela é misteriosa, romântica, bonita demais, e tem de tudo um pouco! Mas já fui a outros lugares sensacionais como a China, Austrália, e dentro do Brasil, amei Florianópolis, Vitória, Rio de Janeiro e Salvador, principalmente”.

– Manaus é o lugar ideal para treinar Triathlon? Se não, qual seria e por quê?

“Manaus é uma cidade ideal para treinar Triathlon. Tem o Rio Negro para nadar, e ali próximo, ruas boas para pedalar e correr: a Estrada da Ponta Negra e a Avenida do Turismo. É claro que perfeito não é porque não temos ciclovias, mas há alternativas. Hoje, podemos pedalar, inclusive, do outro lado da Ponte, procu-rando ficar sempre pelo acostamento”.

– Prêmios, campeonatos e medalhas. Quantos no total? Quais os mais importantes?

“Graças a Deus, já conquistei muitos prêmios na minha vida esportiva. Tenho muitas medalhas, 78 troféus, títulos como dois campeonatos mundiais de aquathlon e um vice-campeonato na categoria Elite do Mundial de Aquathlon. Tenho três títulos do brasileiro de aquathlon e também fui campeã da Copa Brasil de triathlon e do Brasileiro de Longa Distância de Triathlon (2010). Este ano já venci a 1ª etapa da Copa Brasil, e fiquei em 2ª na segunda etapa”.

Jéssica SantosApaixonada por desafios A triatleta Jéssica Santos, 25 anos, acabou de

trazer mais um título para o Amazonas: o tetra campeonato no Sul-Americano de Aquathlon.

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“A vontade de se preparar tem que ser maior do que a von-tade de vencer. Vencer será consequência da boa preparação.” Assim como o técnico de vôlei, Bernadinho – ídolo e exemplo de liderança do Perfil Angélica desta edição –, José Ribamar de Lima Sidrone acredita no poder das estratégias como fer-ramenta para a construção de uma carreira de sucesso. Há 12 anos, o colaborador iniciou suas atividades na empresa como consultor e hoje ocupa o cargo de gerente de vendas da Entrega Inteligente.

Carismático, alegre, comunicativo e geminiano. Nosso fun-cionário do mês é casado, tem três filhos e confessa que viver dentro da ética, respeitar o próximo e ser feliz são os pilares da sua filosofia de vida. Para ele, o segredo da profissão é procurar superar limites e enxergar os desafios como oportunidades para a evolução no meio profissional. Na sua mesa de cabeceira, po-demos encontrar alguns de seus hobbies: livros sobre Liderança e Gestão – leituras que ele utiliza para levar mais produtividade e eficiência ao ambiente de trabalho.

O que mais motiva a rotina deste líder participativo é a ver-satilidade de tarefas. “Oriento os colaboradores nas atividades a serem desenvolvidas, monto estratégias de venda e monitoro as campanhas. Reuniões e resultados são palavras-chave no meu dia a dia. Tudo realizado com muito amor e motivação. Os desafios são os melhores ingredientes desta receita, pois nos instigam a novas possibilidades. Quando agimos e pensamos da mesma forma, não conseguimos seguir em frente”.

Agir significa acionar forças, e uma vez colocadas em movi-mento, essas forças não param e vão até o fim. Por isso, o Riba-mar deixa uma reflexão sobre os seus aprendizados: “É preciso pensar bem, antes de tomar qualquer atitude”. Afinal, é como se houvesse uma montanha, em cima de todos nós, com uma enorme pedra pronta para rolar. Então, cabe a cada um: deixá--la quieta ou apressar-lhe a queda. Se ela sofrer uma oscilação, será impossível detê-la depois. É como abrir a comporta de uma

represa – imagine o sufoco para conter tanta água!A seguir, saiba um pouco mais sobre as inspirações de Riba-

mar Sidrone, pegue uma caderneta e não se esqueça de anotar algumas valiosas dicas.

Ribamar SidroneCoragem, atitude e determinação

– Três coisas essenciais, sem as quais você não saberia viver.

“Deus, família e saúde”.

– O que fazer nos momentos de sufoco, em que tudo parece dar errado?

“Paro para poder avaliar onde estamos falhando e monto novas estratégias para sair desta situação”.

– O que você aprendeu de mais valioso com este tempo de experiência, na Angélica?

“Liderar pessoas e capacitá-las. Aprendi a escutar cada uma, respeitá-las e lidar com diferentes personalidades, assim como a formatar melhor as minhas ideias”.

– Quais as características que uma pessoa deve ter para se destacar no meio profissional?

“Gostar de desafios, ser criativo, estrategista, determinado e comprometido com os projetos da empresa”.

– Deixe uma mensagem para a Drogarias Angélica. “Agradeço a Deus pelas oportunidades. A Drogarias

Angélica é uma empresa onde me sinto muito bem profissionalmente e pessoalmente. Além de ser uma grande referência no mercado, ela também se destaca pela valorização de seus colaboradores, propiciando inúmeras formas de crescimento”.

José Ribamar de Lima Sidrone Gerente de Vendas (Call Center)

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Assim como as árvores têm suas raízes, para dar-lhes sus-tentação, nós temos nossos pés. Eles nos levam onde queremos chegar – afinal, uma longa jornada sempre se inicia com um pri-meiro passo. Com tamanha importância em nossas vidas, há os que têm até fetiche: uma pesquisa realizada pela autora do livro “Love On-line”, Deise Gê, com 1.500 homens brasileiros, revelou que o pé é, por mais incrível que possa parecer, o elemento do corpo feminino mais atraente para eles.

Além de atrativo, o pé também recebe outra conotação. Há quem deposite nele, uma correlação com todo o restante do nosso corpo – é o que defende a reflexologia podal, onde um fan-tastilhão de órgãos está conectado com os pés por meio de 70 mil pontos de ligação que, quando massageados, possibilitam um estímulo que promove o funcionamento perfeito de todas as nossas estruturas orgânicas.

Para saber mais sobre a reflexologia e seus benefícios, a An-gélica em Revista entrevistou a reflexoterapeuta Maria Thereza Garcia, proprietária da clínica Degrau Terapias, no Rio de Janeiro. A seguir, fique por dentro de mais uma técnica que promete ele-var sua qualidade de vida e mandar as doenças para o espaço.

– O que é a reflexologia?“É uma técnica específica de pressão, que atua em pontos

reflexos precisos dos pés de forma sistemática, onde se atinge todo o corpo – orgânico, físico e mental. Esses pontos reflexos estão dentro do nosso sistema, na sola dos pés, na palma da mão, na cavidade interior da orelha, no pescoço e na íris. Nor-malmente, nos pés está localizada a região mais acessível ao toque e o acúmulo energético é maior neste local. Nossos pés representam todos os órgãos e vísceras do corpo e ao estimular as zonas podais manualmente, podemos acalmar a dor, facilitar a eliminação de toxinas, prevenir certas enfermidades, distúr-bios da saúde e restabelecer o equilíbrio”.

– A técnica pode auxiliar no tratamento de quais doenças?“O objetivo da reflexologia é corrigir os três fatores negati-

vos presentes no processo da doença, de um modo geral. Con-gestão (responsável pelo aparecimento de tumores e abcessos), inflamação (colite, bronquite, sinusite, entre outros) e tensão (responsável pela diminuição da eficiência do sistema imunoló-gico)”.

– Como os tratamentos são realizados?“Os tratamentos são iniciados através de uma anamnese

(análise para o diagnóstico), onde é realizada uma vez por sema-

na, em cinco sessões, sendo que em cada uma, o tempo será de 50 minutos em média, e a continuação desse tratamento depen-derá do quadro patológico do cliente”.

– Existem efeitos colaterais ou contraindicações?“Procura-se evitar a prática da reflexologia em casos de feri-

da nos pés, problemas venosos importantes, doença cardiovas-cular (com marcapasso), gravidez até o sexto mês de gestação, câncer (ponto somente para aliviar a dor), Lupus e Psoríase”.

– O que fazer para manter a saúde dos pés?“Algumas dicas que devem ser lembradas: secar bem os pés

e entre os dedos após o banho evita fungos, em geral; andar na areia da praia é muito saudável para os pés; e, para as mulheres que não abrem mão da elegância, calçados com saltos altos po-dem trazer problemas para a saúde dos músculos e articulações, mudando nossa postura”.

Que os vinhos de incomparável sabor são os feitos com os pés, ninguém questiona. Então, vale cuidar muito bem desta pre-ciosa parte do corpo, responsável pelo equilíbrio e movimento, para garantir que a sua saúde fique aos seus pés. É importante lembrar, também, que pés malcuidados e com lesões podem ser a “porta de entrada” para inúmeras bactérias e fungos. Higie-nize-os corretamente e faça esfoliação, ao menos uma vez por semana, para remover a camada de células mortas e facilitar a penetração de hidratantes.

Maria Thereza Garcia, 56 anos, proprietária da clínica Degrau Terapias (RJ), é especialista em Reflexologia Podal, Reiki, Cristais, Shiatsu,

Quick Massage e Magnified Healing.Site: www.pontoreflexo.com

Reflexologia PodalA saúde aos seus pés

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Seu nome vem do tupi e significa “fruto que chora”, por sua distinção em produzir líquido. Reza a lenda, que o açaí foi criado por Tupã, entidade indígena associada aos trovões, para livrar uma tribo brasileira da fome. Rico em proteínas, fibras, lipídios e minerais, o “ouro negro da Amazônia” possui boas taxas de po-tássio, ferro, cálcio, vitaminas B, C e E – e, acredite, isso tudo é apenas um mero detalhe! Aos olhos da ciência, ele tem se popu-larizado por seus atributos curativos: entre os feitos confirmados em laboratório, estão a criação de barreiras protetoras para os neurônios, diminuição dos níveis de colesterol e, até mesmo, a prevenção para alguns tipos de câncer.

Pesquisadores da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, observaram que o consumo regular do açaí reduz a exposição de células nervosas a processos degenerativos e inflamatórios recorrentes, fenômeno que abre caminho para o colapso cere-bral. Yeda Neves Moreira, nutricionista do Emporium Roma e especialista em Segurança Alimentar, explica: “Isso se deve à presença de substâncias como a antocianina, responsáveis por seu poder antioxidante, que conferem à fruta a capacidade de combater e neutralizar a ação dos radicais livres, prevenir con-tra doenças cardiovasculares e circulatórias, câncer, diabetes e Alzheimer”.

Neste verão, aproveitar todo o poder e potencial dessa fru-ta pode ser uma ótima pedida para se refrescar. Mas, por ser bastante calórica, é preciso tomar cuidado com os seus acom-panhamentos – chantilly, chocolate, amendoim, confetes – para não transformá-la em uma bomba calórica. Para quem quer apreciar esta maravilha, sem correr o risco de sabotar a dieta, a profissional revela: “A melhor maneira de consumir o açaí é em polpa, na tigela, com pouca adição de açúcar, xarope de guaraná ou outros ingredientes. Pode-se adicionar banana em rodela (1 pequena) e uma colher de sopa de aveia ou granola integral. A fruta, realmente, tem variação nutricional enorme, com até 50% de gordura. Uma tigela de 400 ml de açaí, por si só, fornece 14,8g ou 27% do consumo diário recomendado de gordura (440 kcal)”.

Para esclarecer mais dúvidas, a nutricionista Yeda Morei-ra responde a algumas perguntas e deixa a dica: “Na hora de apreciar o açaí, é bom estar consciente de um detalhe: a fruta, assim como os vegetais em geral, fornece mais nutrientes quan-do consumida in natura, como uma polpa, que preserva seus atributos originais”.

– Muitas pessoas utilizam o açaí para dar aquele “boom energético”. Isso, de fato, acontece? E quanto às que possuem sobrepeso, há alguma restrição ao consumo da fruta?

“Por ser altamente energético, rico em Vitamina E, Cálcio, Magnésio e Potássio, é uma fruta que fornece mais energia e disposição ao corpo, sendo importante para os atletas e os que praticam alguma atividade física. O indivíduo com sobrepeso pode consumir a fruta desde que tenha uma alimentação equilibrada e fracionada em, no mínimo, 5 refeições diárias e coma com moderação para não prejudicar sua dieta”.

– Existe alguma contraindicação para o consumo da fruta? Quando devemos evitar o açaí?

“Não há contraindicação do açaí, o que existe são recomendações para diabéticos. Apesar de diminuir a resistência insulínica, existem dúvidas sobre se a fruta auxilia ou não no tratamento de diabetes, devido à alta quantidade de glicose presente em sua composição. Porém, ainda não se chegou a um consenso sobre estes efeitos e uma possível indicação”.

– É verdade que o açaí pode auxiliar na perda de peso? “Apesar das maravilhas que se ouve do açaí, nada é

realmente mágico quando se trata de perder peso. Assim como muitos outros alimentos, frutas, vegetais, castanhas, ervas, o açaí também oferece certas vantagens que ajudam a emagrecer, mas vamos deixar bem esclarecido desde já: o açaí sozinho, assim como qualquer outro alimento isolado, não fará milagres. Seus benefícios são eficientes desde que em conjunto com uma dieta controlada e um estilo de vida saudável”.

– Deixe uma receita, feita com o açaí, para turbinar a saúde dos leitores da Angélica em Revista.

“250g de açaí na tigela, 2 colheres de sopa de xarope de guaraná, 1 unidade de banana, 20g de aveia integral. Sirva o açaí, adicione o xarope de guaraná, coloque a banana em rodelas e polvilhe a aveia. Dica: a banana pode ser substituída por outras frutas, como o mamão papaia, morango ou abacate. Além disso, para acompanhar, pode-se optar por granola integral ou tapioca. Tudo em quantidades moderadas”.

AçaíDescubra os poderes dessa superfruta Yeda Moreira é nutricionista do Emporium Roma,

formada pelo Centro Universitário Nilton Lins, e especialista em Gestão de Segurança Alimentar

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