Revista Anibal Cunha nº2

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ANÍBAL CUNHA DEZEMBRO 2013 • NÚMERO: 02 • FFUP CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS NA EUROPA

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ANÍBAL CUNHA D

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• FF

UP

www.ff.up.pt FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

RUA DE JORGE VITERBO FERREIRA N.º 228, 4050-313 PORTO - PORTUGAL

CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS NA EUROPA

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REVISTA ANIBAL CUNHA | 1 |

INTERNACIONALIZAR A FORMAÇÃO…

LABORATÓRIO DE FARMACOGNOSIA

BOLSA DE MÉRITO

“O Programa erasmus oferece uma variedade ampla de formações na europa que podem complementar a formação oferecida na FFUP....”

“...atendendo a que as matrizes naturais são fonte de compostos bioativos, a investigação científica realizada no Laboratório de Farmacognosia está vocacionada para a aplicação de produtos naturais na descoberta de

novos medicamentos...”

Marcelo Gil Machado Vaz Osório: “Na minha perspetiva pessoal é importante sermos empenhados e gostarmos da área de formação que escolhemos...”

EMPREENDEDORISMO

ENTREVISTA COM DIANA OLIVEIRA

UM CAFÉ COM... ENG. ELISA SOARES

NOVARTIS INTERNATIONAL BIOTECHNOLOGY LEADERSHIP CAMP

ENTREVISTA COM JOAQUIM FAUSTO FERREIRA

A Inovapotek é uma empresa que presta serviços de consultoria, investigação e desenvolvimento às indústrias farmacêutica e cosmética. Foi fundada por Bruno Sarmento e Marta Ferreira.

Atualmente Farmacêutica na área Clínica e de Quimioterapia na Unidade Private Care, Royal Marsden Hospital, London

...Ir ao Estádio do Dragão pela grande alegria e energia que sinto, sobretudo, quando o Futebol Clube do Porto vence!

David Pereira foi um dos 60 estudantes selecionados pela Novartis para participar na edição 2013 do NIBLC...

Atualmente Diretor Geral da Alliance Healthcare France - Licenciado em Ciências Farmacêuticas pela FFUP e Mestre em Marketing pela Univ. Católica do Porto.

CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS NA EUROPA

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EDITORIAL

A Universidade tem a obrigação de promover uma for-mação completa e integrada dos seus alunos. Sendo a componente científica e pedagógica essencial no percur-so académico de um estudante, a sua formação será ex-tremamente enriquecida se o desenvolvimento de com-petências transversais como a autonomia, a capacidade de adaptação e integração em ambientes diferenciados, a fluência em línguas estrangeiras e até mesmo a cons-ciencialização da cidadania europeia forem promovidas pela Universidade. É consensual que a internacionali-zação dos estudos permite o desenvolvimento destas competências transversais. O Programa Erasmus é, assim, um sucesso no ensino Universitário Europeu, pois rapidamente demonstrou todas as vantagens da mobilidade de estudantes, assim como de docentes e até de funcionários, entre diferentes contextos acadé-micos ou profissionais. A FFUP aderiu há praticamente 20 anos ao programa Erasmus e tem imensos casos de sucesso de que se pode orgulhar. No novo programa, denominado Erasmus+, que se inicia em janeiro de 2014 e se prolonga até 2020, novos desafios serão lançados com a extensão das mobilidades para países exteriores à União Europeia. No entanto, novos programas de mo-bilidade paralelos que estão em desenvolvimento serão uma oportunidade que não se poderá desprezar. Neste número da Revista Aníbal Cunha, a internacionalização dos estudos estará em destaque. Esperemos que possa ajudar a dar a conhecer, a incentivar e eventualmente esclarecer os desafios e as vantagens de nos tornarmos “cidadãos do mundo”.

FERNANDO MANUEL GOMES REMIÃO

Presidente do Conselho Pedagógico

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O Programa Erasmus oferece uma variedade ampla de formações na Europa que podem complementar a formação oferecida na FFUP. A possibilidade de obter creditações em unidades curriculares não dis-poníveis nos nossos Mestrados (Integrado ou de 2º ciclo) ajudará a diferenciar o currículo académico de um estudante, permitindo a este destacar-se numa determinada área científica ou laboratorial. Por ou-tro lado, a abordagem distinta de um determinado tema, mesmo que disponível na FFUP, poderá sugerir uma outra vertente menos explorada na formação da FFUP. O programa Erasmus/estudos permite assim conhecer uma realidade académica e científica diferen-te, enriquecendo o currículo do estudante com uma formação mais diversificada e, eventualmente, mais adequada aos seus interesses pessoais em termos de formação. O programa Erasmus permite ainda a mo-bilidade estágio, a qual proporciona uma experiência profissional numa farmácia de oficina ou hospitalar num país europeu. Além de desenvolver competên-cias profissionais diferentes das obtidas em estágios similares em Portugal, o programa Erasmus confronta os estudantes com a necessidade de se conseguirem

impor numa realidade profissional, cultural e científi-ca externa, permitindo-lhes desenvolver autonomia e confiança, tão necessárias para a sua atividade futura. O programa Erasmus/estágio permite ainda a possi-bilidade de uma formação complementar na vertente científica, seja ela integrada ou não na formação cur-ricular do estudante. O estágio durante alguns meses em laboratórios de investigação europeus conceitua-dos alarga o conhecimento do mundo potencialmente excitante da investigação científica, suscitando cami-nhos profissionais não previstos em muitos dos estu-dantes que enveredam por estas vias.

Mas para onde estudar ou fazer uma mobilidade está-gio? A FFUP estabeleceu dezenas de acordos de mo-bilidade, quer para estudos, quer para estágios. Estas mobilidades são permitidas aos estudantes da FFUP de qualquer ciclo de estudos, mestrado integrado, 2º ciclo, ou mesmo de doutoramento, mediante credita-ção das suas componentes curriculares no percurso académico ou, unicamente, com descrição no Suple-mento ao Diploma, em conformidade com o tipo de mobilidade executada e o ciclo de estudos em que se

INTERNACIONALIZAR A FORMAÇÃO

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insere. O Gabinete de Relações Exteriores da FFUP gere uma página web (http://grexffup.wix.com/site-grex#) e uma página no Facebook onde tenta manter as informações relativas aos programas de mobilidade o mais atualizadas possível. As instituições com as quais existem acordos são também aí descritas, de on-de se de onde se podem destacar, como exemplos das mais populares, a Universidade de Karlova em Praga, The School of Pharmacy e o Hospital Whittington em Londres, a Universidade de Strathclyde em Glasgow, a Universidade Degli Studi di Roma “La Sapienza” em Roma, a Universidade Paris-Descartes em Paris, a Uni-versidade (Autónoma) de Barcelona, as Universidades Complutense e Autónoma de Madrid, a Universidade de Valência (assim como a Cardenal Herrera na mes-ma cidade) e a Universidade de Granada entre tantas outras. Também se realça a possibilidade de estagiar em Farmácias pelo Colégio de Farmacêuticos de Ma-drid ou na Organização Mundial de Saúde, através do programa ePortuguês. A consulta no site do GREX das opiniões dos estudantes que tiveram a experiência Erasmus nos anos anteriores pode ser um bom incen-tivo para os potenciais novos candidatos.

Embora a maioria das mobilidades Erasmus que ocor-reram nos últimos cerca de 20 anos na FFUP tenha sido inserida na componente estágio, a FFUP tem já alguma experiência na mobilidade Erasmus/estudos. A primei-ra Universidade para a qual foram enviados estudantes para estudos foi a Universidade Complutense de Madrid (UCM). A Faculdade de Farmácia da UCM disponibili-za uma graduação em Farmácia adequada a Bolonha, com uma formação dividida em Formação Básica (60 ECTS), UC obrigatórias (186 ECTS), UC opcionais (24 ECTS), práticas tuteladas (24 ECTS) e trabalho final de graduação (6 ECTS)1. Observando mais em pormenor o plano de estudos, apesar da formação geral ser muito similar à da FFUP, os estudantes têm a oportunidade de frequentar UCs opcionais, tais como “Productos Sanitarios”, que aborda as características, aplicações terapêuticas e clínicas nos humanos e animais destes produtos, assim como os seus processos de elaboração e de controlo de qualidade, “Bioquímica y Biotecnología de Alimentos”, que visa os processos bioquímicos asso-ciados aos produtos de origem vegetal e animal que dão origem a alimentos ou que resultam da degradação dos mesmos, “Suelos y Sanidad Ambiental”, que aprofunda as consequências em termos de saúde ambiental e hu-mana resultantes da degradação do meio ambiente e em especial dos solos contaminados, “Edafología Aplicada”, que também relaciona as questões ambientais do solo com a saúde humana e “Análisis Medioambientales”, que aborda as técnicas analíticas e instrumentais dire-cionadas à análise do meio ambiente.

Outra Universidade com a qual temos experiência é a Universidade de Granada, cuja Faculdade de Farmácia está em fase de conclusão da adequação do seu curso

em Farmácia ao processo de Bolonha2. Apesar de uma formação básica muito similar à da FFUP, também aqui existe um conjunto de UCs opcionais vasto que permite uma formação mais específica, nomeadamen-te “Alteraciones Del Organismo Humano: Pruebas Funciónales”, que aborda os exames funcionais para os vários órgãos e sistemas humanos, a “Biotecnolo-gía Vegetal Aplicada A La Farmacia”, que aprofunda a utilização de células, tecidos e órgãos vegetais em culturas para estudos na área de Farmácia, “Parásitos e Inmunidad”, aprofundando as questões relaciona-das coma resposta imune aos parasitas, “Patologia Molecular”, focando as alterações bioquímicas e mole-culares das patologias genéticas ou adquiridas, e ainda muitas outras possibilidades, tais como “Estadística Computacional en Farmacia”, “Procesos de Separa-ción”, “Geología Aplicada a la Farmacia”, “Etnobotá-nica, Aerobiología y Gestión de Recursos Vegetales”.

A Faculdade de Farmácia da Universidade de Salaman-ca também já recebeu estudantes da FFUP, apresen-tando um curso adaptado ao processo de Bolonha, também com 25 ECTS disponíveis em UCs opcionais3. Assim, destacam-se neste conjunto as UCs “Química de Compuestos Naturales”, “Análisis de Medicamen-tos”, “Farmacoquímica molecular”, “Sanidad Alimen-taria”, “Dietética”, “Medicamentos Homeopáticos”, “Farmacoterapia de Patologías Menores” ou “Interac-ciones de Fármacos”, entre outras.

Outras Universidades que também já receberam es-tudantes nossos para estudos são a Universidade Paris-Descartes, a Universidade Robert Gordon em Aberdeen, a Universidade Mikolaja Kopernika em To-run (Polónia) e a Universidade Medicina si Farmacie Iuliu Hatieganu Cluj Napoca na Roménia. Algumas destas Universidades apresentam os cursos em fase de adaptação ao Processo de Bolonha ou têm um pla-no de estudos estruturado de forma diferente ao exis-tente na FFUP. O acesso à informação dos respetivos planos de estudo com possibilidades de mobilidades necessita de um acompanhamento mais próximo por parte dos coordenadores Erasmus ou dos Pro-fessores responsáveis pelos contratos. No entanto, os nossos estudantes tiveram já a oportunidade de

“o programa Erasmus confronta os estudantes com a necessidade de se conseguirem impor numa realidade profissional, cultural e científica ex-terna, permitindo-lhes desenvolver autonomia e confiança, tão neces-sárias para a sua atividade futura”.

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Mobilidade INna FFUP 2009 - 2013

2 2

roménia

1

57 7

polónia

1

turquia

2

letónia

1 1

grécia

2009

31

171515

2010

2011

2013

2012

espanha

53

12

7 7

itália

6 65

3 3

reinounido

4 4

7

3 3

républica checa

2 2

eslováquia

1 1 1

bélgica

2 2 2

frança

Mobilidade IN na FFUP: ERASMUS: Mobilidade Clássica, Estágio / Projecto I / Projecto II

frequentar, por exemplo, “Oncologie” na Universida-de Paris-Descartes, “Contemporary Issues in Forensic Science” e “DNA profiling” na Universidade Robert Gordon, “Cosmetology I e II” e “Cosmetic Materials” na Universidade Mikolaja Kopernika e “Drug Meta-bolism” na Universidade Medicina si Farmacie Iuliu Hatieganu Cluj Napoca.

Embora o programa Erasmus seja o programa de mo-bilidade de maior sucesso na Europa e em particular na UP, estão a ser fomentados outros programas que poderão ser alvo de interesse pelos estudantes nos próximos anos. Como exemplos existem os progra-mas Erasmus Mundus (permite mobilidades entre Universidades de países específicos, geralmente na América latina, Ásia ou África), Programa de Bolsas

Mobilidade OUT na FFUP: ERASMUS: Estágios Curriculares /Projeto II, LEONARDO DA VINCI: Estágios para Graduados

Mobilidade OUT na FFUP 2009 - 2013

12

9

56

frança

42

grécia

31

alemanha finlândia

31

31

polónia

2009

28

35

48

43

2010

2011

2013

2012

espanha

4

9

6

11

7

itália

6

109

1412

reinounido

6

10109

suiça

1 12

holanda

3

suécia

23 3

1

bélgica

7 7 76

pépublica checa

28

1 12 2

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Luso-Brasileiras Santander Universidades e o Progra-ma Almeida Garrett (mobilidade entre Universidades Portuguesas). Pelo Programa Santander, por exemplo, estudantes nossos realizam frequentemente estudos nas prestigiadas Universidade de São Paulo e Univer-sidade Federal do Rio de Janeiro durante um semestre.

Independentemente do interesse na formação aca-démica e científica das mobilidades, todos os ex--estudantes Erasmus realçam a importância da ex-periência em termos pessoais. O conhecimento de pessoas dos mais variados países, a integração numa cultura diferente, o aperfeiçoamento de uma língua estrangeira, o desenvolvimento de autonomia em ci-dades e países distantes e a confiança resultantes do sucesso obtido na mobilidade tornam a experiência extremamente enriquecedora, menorizando qualquer

vicissitude menos agradável resultante da mesma. É definitivamente uma oportunidade a não deixar esca-par, que contribui de forma decisiva para a formação de cidadãos da aldeia global.

1. Facultad de Farmacia de la Universidad Complutense de Madrid, Curso 2013/2014, Estudios de Grado. http://farmacia.ucm.es/estudios/2013-14/grado-far-macia-estudios-estructura2. Facultad de Farmacia de la Universidad de Granada, Curso 2013/2014, Distribución de asignaturas del Gra-do en Farmacia. http://farmacia.ugr.es/pod/2014/doc/GradoFARMACIA.pdf3. Facultad de Farmacia de la Universidad de Salamanca, Curso 2013/2014, Plan de Estudios. http://www.usal.es/webusal/files/Farmacia%20plan%20estudios%20completo%202%20tablas.pdf

O Erasmus é um projeto de integração europeia, provavelmente o de maior sucesso da União Europeia (UE), que será renovado no ano de 2014, num programa a estender-se até 2020, denominado “Erasmus+”1. Este novo programa apresenta 3 linhas de ação e um orçamento de 19 mil milhões de euros para ser aplicado nos 7 anos, sendo 65% destinados à mobilidade de aprendizagem, na denominada “Key Action 1: Learning Mobility of Individuals”. O incremento da mobilidade de estudantes, docentes e técnicos, não só entre países da UE, mas também abrangendo países fora da UE será um dos objetivos desta linha de ação (embora não seja previsível esta extensão antes de 2016). A implementação de cursos de mestrado conjuntos entre as diferentes universidades europeias, de forma a atrair os melhores estudantes, assim como a garantia de empréstimos por forma a aumentar as mobilidades serão medidas também associadas ao programa Erasmus+. A “Key Action 2: Cooperation for Innovation and Good Practices” pretende impulsionar o estabelecimento de parcerias estratégicas entre institui-ções de educação e empresas, na forma de consórcios que permitam inovar em vertentes multidisciplinares, quer no processo de ensino, como no de aprendizagem. Fomentar o em-preendedorismo será também um dos objetivos destes consórcios. Os mesmos pretenderão ainda associar-se a regiões próximas da UE, a países candidatos à UE, à América Latina, Ásia, África e ainda a países do Pacífico. Haverá ainda uma “Key ACTION 3: Policy Support”, mais destinada a ações políticas relacionadas com a modernização do processo educativo, do Pro-cesso de Bolonha, diálogo entre os países da UE e o estabelecimento de redes com os alumni.

O Programa Erasmus+ terá ainda outras novidades/características, tais como o facto de os estudantes poderem fazer uma mobilidade estudos até 12 meses por cada ciclo de estudos: licenciatura, mestrado e doutoramento, combinando unidades curriculares com estágios. Os estágios poderão ser de 2 a 12 meses e, como grande novidade, poderão ocorrer também no primeiro ano após a finalização da graduação. Para os docentes, mantém-se a possibilidade de mobilidades para ensino na UE (2 dias a 2 meses, para um mínimo de 8 h), mas as mobilidades para fora da UE (5 dias a 2 meses) serão igualmente possíveis. Mantém-se a mobilidade para funcionários (essencialmente para formação) e poderão também ser convidadas pessoas fora do meio académico para lecionar nas Universidades parceiras.

1 European Commission , Education & training , Erasmus+ http://ec.europa.eu/education/erasmus-for-all/index_en.htm

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EM QUE ANO FINALIZOU O SEU CURSO E COMO RECORDA A SUA PASSAGEM PELA FFUP?Pertenço ao curso de 1982-1988 e como tal, acabo de celebrar as ‘bodas de Prata’ da minha Licenciatura. Recor-do que fomos o primeiro curso a estrear as então novas instalações de Aníbal Cunha e que eramos um grupo divertido, solidário e com algumas ilusões em relação a vida futura. A partir daí, recordo a passagem pela FFUP como um dos momentos mais marcantes da minha vida. Pelo que aprendi, mas especialmente pelo que vivi. Fiz parte de todas os corpos gerentes da faculdade, da associação de estudantes, de todas as comissões de curso, etc. E não posso esquecer que que conheci a Maria Luís, hoje minha companheira de vida e mãe dos meus dois filhos. Mais marcante não podia ser, e feliz. Foi uma passagem extremamente feliz. De tal forma, que hoje, com um filho universitário, lhe recomendo e estimulo-o a que viva esta fase da mesma forma que eu vivi.

COMO SURGIU A OPORTUNIDADE DE TRABALHAR FORA DO PAÍS? PORQUÊ ESSA OPÇÃO?A determinada altura da minha vida profissional in-tegrei um grupo internacional. Um pouco contra o ‘mainstream’ nacional, porque integrei uma empresa de distribuição farmacêutica inglesa. Desenvolvi uma carreira normal nas áreas técnica e de gestão. Apro-veitei para passar pelas áreas da Direção Técnica, Direção Comercial e Direção de Marketing. Também desenvolvi funções pontuais na área da Logística. Pelo caminho fiz dois masters de gestão, o último na Universidade Católica em associação com a AIP, a Universidade de Aveiro e o Esade de Barcelona (curiosa esta última, como veremos adiante...)

Em 2008, surgiu a oportunidade de assumir a Direção Ge-ral da mesma empresa (A Alliance Healthcare) com sede em...Barcelona. Na altura, já seria um pouco tarde para uma aventura internacional (eu tinha 43 anos, filhos com 13 e 9 anos, mas a família apoiou de forma inequívoca e a decisão tomou-se em 15 minutos (ajudou o facto de o Messi jogar no Barcelona...). O facto curioso é que hoje o meu filho mais velho estuda Gestão de Empresas no...Esade de Barcelona. Em 2011, surgiu um novo convite para assumir a Presidência e Direção Geral da mesma em-presa em França, com sede em Paris, onde estou hoje. De qualquer forma, não quero, nem posso esquecer o papel

que teve na minha carreira profissional os cinco anos que passei na Associação Nacional das Farmácias. Profissio-nalmente foi aí que comecei como farmacêutico delegado e depois como Secretário Técnico da Secção Regional do Norte. Verdadeiramente, se não tivesse dado esse passo, não sei como teria sido o resto da minha carreira.

A opção pela carreira internacional teve quatro veto-res fundamentais no seu desenlace: primeiro porque a empresa onde estou acreditou e me deu a opção, segundo porque ‘apanhou’ a minha família num momento em que era possível fazê-lo, em terceiro a ‘adrenalina’ que um passo destes nos dá e finalmente, porque é uma decisão familiar e entendemos que seria uma oportunidade única para os nossos miúdos. Ate agora, a opção revelou-se 150% correta.

CONSIDERA QUE A FORMAÇÃO QUE OBTEVE FOI IMPORTANTE PARA A SUA CARREIRA ATUAL? QUE MELHORIAS PROPUNHA NA FORMAÇÃO DOS FAR-MACÊUTICOS RELATIVAMENTE AO SEU TEMPO?Absolutamente. A química, a biologia e a física tem muito mais a ver com a gestão do que o que normalmente se imagina. Desde a analogia da organização celular com a organização de empresas ou da genética com os sistemas de informação, a nossa formação dá-nos um manancial de informação que acabamos por utilizar de forma intui-

ENTREVISTA COM JOAQUIM FAUSTO FERREIRADIRETOR GERAL DA

ALLIANCE HEALTHCARE FRANCE

(Distribuição de produtos Farmacêuticos)

Licenciatura em Ciências Farmacêuticas na FFUP. Mestrado em Marketing na Universidade Católica do Porto.

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tiva nos processos de gestão. Isto sem esquecer que ao desenvolver a minha atividade na área da distribuição farmacêutica, a minha formação de base em ciências far-macêuticas é essencial na compreensão dos processos de qualidade necessários ao desenvolvimento da ativida-de da empresa e me dá uma sensibilidade própria, que uma outra formação qualquer não me daria. Adicional-mente, dá-me uma proximidade com os farmacêuticos de oficina e uma empatia natural e imediata.

Quando entrei no mundo profissional não senti que es-tivesse mal preparado. Tinha naturalmente uma falta de experiência e principalmente uma falta de conhecimen-to do mundo real. Com exceção da área da Bromatolo-gia (onde recordo a grata experiência de ter sido Mo-nitor no último ano do curso) não tivemos um grande contacto com o mundo exterior, salvo o ano do estágio em farmácia de oficina e hospitalar. Na altura, e como disse, já lá vão 25 anos, a faculdade estava muito virada para si mesma. Havia uma recusa quase sistemática de incorporar conhecimento de natureza mais prática das diferentes vertentes da atividade profissional, situação que julgo se tem vindo a corrigir de forma importante.

O que me parece importante é que o aluno quando passa 6 anos numa escola que vai marcar a sua vida tenha a am-plitude máxima na visão do que pode vir a encontrar: con-tacto com todas as opções profissionais, os desafios que lhe vão ser colocados, que perceba como as profissões se organizam, que conheça línguas, informática, que perce-ba que pode vir a ser um profissional de saúde qualificado, mas também um técnico especializado, um quadro su-perior da administração pública ou de uma empresa com ambições de ser dirigente ou outro nível qualquer. No fundo, que se possa preparar de forma global e isso não se dá sem o contacto com o mundo exterior desde muito cedo e o acesso a formação complementar, naturalmente limitada, em línguas, organização e gestão e relações hu-manas. Estou seguro que a formação de base em Ciências Farmacêuticas será de enorme qualidade, como foi no meu tempo. O sucesso estará na capacidade de a pôr em prática e ao serviço da sociedade, na farmácia de ofi-cina, nos serviços públicos, na indústria farmacêutica, da distribuição farmacêutica, no ensino, onde seja, porque no mundo real não há espaços reservados e garantidos.

ACHA QUE A OPÇÃO QUE TOMOU NO PASSADO CONTINUA A FAZER SENTIDO HOJE? DEVERÃO OS JOVENS FARMACÊUTICOS APOSTAR NUMA CAR- -REIRA INTERNACIONAL?Julgo que todas as opções de fiz ou que simplesmente me foram proporcionadas fizeram sentido, em particu-lar a da experiência internacional. Hoje tê-la-ia tomado de novo, sem dúvida, e provavelmente mais cedo.

Quanto aos jovens farmacêuticos tomarem essa op-ção, tenho naturalmente uma visão dupla: por um lado, custa-me ver um país inteiro, incluindo a própria família

do aluno e o próprio aluno, investir de forma importante numa formação altamente especializada para depois não usufruir do quadro especializado e da mais-valia que pode proporcionar. No entanto, é para mim mil vezes pior que ninguém a usufrua ou usufrua de forma negligente ou de forma deficiente. Nesse caso, a op-ção da carreira internacional é perfeitamente legítima e deve ser tomada sem dramas e sem qualquer tipo de pressão emocional. O nosso jovem farmacêutico está igualmente bem preparado que qualquer farmacêutico no mundo, tem naturalmente um espirito cosmopoli-ta, advém de uma sociedade e de uma cultura abertas ao exterior, possui uma flexibilidade mental que outras culturas não possuem e desde que ponha em prática a capacidade de trabalho que nos caracteriza (e que tornou respeitadas as nossas gerações anteriores por todo o mundo) julgo que o sucesso estará garantido.

COMO VÊ A SITUAÇÃO PROFISSIONAL DOS GRADUA-DOS EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS NA EUROPA?Com os mesmos desafios que se colocam em Por-tugal, sendo que em Portugal talvez de uma forma mais extrema em função da severa crise económica que passamos.

De qualquer forma, não nos podemos esquecer que so-mos fundamentalmente graduados numa área específica da saúde, o medicamento, e que a crise que assola a Eu-ropa é mais do que uma crise económica, é também um desafio ao modelo social que desenvolvemos que hoje possui limitações várias: de capacidade, de valências e em especial, de financiamento...e onde o medicamento tem um peso importante e que todos os Estado vão que-rer reduzir. Logo, todos os atores da cadeia vão sofrer o impacto dessas medidas. Em vários países discute-se por exemplo a redução do número de farmácias, a des-localização de I&D, da produção, etc.. Mas a turbulência não é apenas para os Graduados em Ciências Farma-cêuticas. Temos que possuir uma perspetiva global das coisas. O mundo abriu e não se limita à Europa.

QUAL O PRINCIPAL CONSELHO QUE DÁ AOS ATUAIS ESTUDANTES DA FFUP?Que procurem manter um espírito aberto e positivo. Que participem ao máximo na vida da Faculdade e da Sociedade. Que aprendam coisas diferentes que aparen-temente não têm qualquer ligação entre si ou com a sua formação de base. No final, faz tudo parte do proces-so de aprendizagem. Que peçam aos seus professores para que sejam seus tutores, para que lhes abram os horizontes. Somos marcados pelos nossos pais e pelos professores. Recordamo-nos de todos os que tivemos, em particular dos que nos deram algo de especial. E que não tenham medo de dar tudo o que têm. Sejam gene-rosos. Por uma razão muito simples: porque são tão bons, são tão bem preparados que não pôr em prática tudo o que têm, é um desperdício enorme... E a vida não retribui a quem desperdiça o talento que tem.

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ENTREVISTA COM DIANA OLIVEIRA

EM QUE ANO FINALIZOU O SEU CURSO E COMO RECORDA A SUA PASSAGEM PELA FFUP?Finalizei o curso em 2006 e foram seis anos positivos, acusando algum desgaste em determinada altura por se tratar de um curso bastante completo e complexo. O facto de a faculdade ser pequena e independente de outras faculdades no Porto, permitiu criar um ambiente familiar e acolhedor. Foi o perfeito ambiente para desfrutar dos anos de faculdade, tentando manter o balanço entre diversão e estudos. Vale a pena!

PRIVATE CARE, ROYAL MARSDEN HOSPITAL, LONDONClinical & Chemotherapy Pharmacist

Licenciatura em Ciências Farmacêuticas FFUP, Diploma in Clinical Pharmacy Queen’s University of Belfast, MSc Oncology Newcastle University

COMO SURGIU A OPORTUNIDADE DE TRABALHAR FORA DO PAÍS? PORQUE ESSA OPÇÃO?Felizmente, durante os meus últimos anos na facul-dade, tive a oportunidade de passar os meus sábados numa farmácia local, onde acabaria por obter o meu primeiro emprego. Aqui aprendi imenso, fiz amigos para a vida e familiarizei-me com o conceito de far-mácia comunitária. Tal como a maioria dos alunos que terminam o curso, esta área oferece a segurança monetária e profissional que tanto procuramos no fim de uma licenciatura. Sabendo que esse seria o cami-nho a seguir aproveitei o estágio no último ano para explorar uma área diferente, a de Farmácia Hospitalar. Durante 3 meses tive a oportunidade de estagiar no Hospital Geral Sto António, no Porto, onde vivi uma realidade diferente daquela a que estava habituada. Os pacientes eram mais complexos e muitas das coisas que aprendi na faculdade começavam a fazer sentido. Infelizmente as oportunidades são raras e, na minha opinião, o acesso a hospitais em Portugal e difícil para os farmacêuticos.

CONSIDERA QUE A FORMAÇÃO QUE OBTEVE FOI IMPORTANTE PARA A SUA CARREIRA ATUAL? QUE MELHORIAS PROPUNHA NA FORMAÇÃO DOS FAR-MACÊUTICOS RELATIVAMENTE AO SEU TEMPO?Quando estamos na faculdade não temos ideia muito definida da realidade do mundo do trabalho, mas agora que estou do outro lado, posso garantir que o curso na FFUP e dos melhores na Europa. O facto de ser mais extenso do que em outros países, implica que mais

assuntos são abordados, o que permite um curriculum mais diverso e completo que se pode estender a varias áreas como, hospital, indústria, etc.

Em termos teóricos o curso esta muito bem estrutu-rado, principalmente com as recentes mudanças, mas infelizmente as alterações não abordaram a experiência profissional. O facto de haver tantos alunos que ini-ciam uma carreira em farmácia comunitária, prende-se com o facto de não haver oportunidades suficientes para expor esses alunos a outras áreas que consideran-do a estrutura teórica do curso, poderiam considerar como opções carreira.

A maior dificuldade encontrada quando comecei a tra-balhar em Londres, foi o facto de eles esperarem de mim o mesmo que esperavam de um recém-licencia-do no Reino Unido. A teoria consegue ser semelhan-te mas em termos de prática profissional eu estava anos-luz atrasada.

A primeira entrevista que fiz para um hospital em Lon-dres foi para o Great Ormond Street, o que mostra o quanto os nossos currículos são apreciados aqui no Reino Unido. No entanto, durante a entrevista, foi-me dada uma ficha de um doente fictício com erros de prescrição para analisar. Lembro-me de me sentir mui-to envergonhada por nunca ter visto nada semelhante aquilo, e consequentemente não saber o que dizer às 2 pessoas que estavam a fazer a entrevista. A realidade das diferenças na carreira de um farmacêutico hospi-

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talar em Portugal e no Reino Unido tornou-se bastan-te clara nesse momento, e fez-me querer ainda mais conseguir um emprego em hospital. Todos os dias há uma coisa nova para aprender e por em prática, o que me faz sentir bastante realizada.

O meu conselho para os alunos, e mesmo licenciados, que gostam de uma área mais clinica é que tentem fazer um estágio num hospital no Reino Unido, ou ou-tro país com uma estrutura semelhante em termos de serviços de saúde. Eu sei que posso parecer bias, mas sou o mais sincera possível quando digo que esse es-tágio permite alargar os horizontes e estabelecer novas metas para uma futura carreira.

ACHA QUE A OPÇÃO QUE TOMOU NO PASSADO CONTINUA A FAZER SENTIDO HOJE? DEVERÃO OS JOVENS FARMACÊUTICOS APOSTAR NUMA CARREI-RA INTERNACIONAL? A única coisa que tenho a lamentar e o facto de não ter acontecido mais cedo na minha vida.

É importante salientar que o facto da minha paixão pelo que faço não está relacionada com o estar a praticar fo-ra do país, mas sim com a carreira em si. No futuro, os nossos farmacêuticos poderão usufruir desta mesma realização no conforto do nosso país, mas infelizmente de momento a opção passa exercer algo semelhante passa por sair de Portugal.

Nunca pensei, que um dia seria uma especialista em oncologia, a trabalhar com uma equipa de médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, e muitos mais, centra-dos no bem-estar do doente. Todos respeitamos o “background” do colega, e o objetivo e utilizar os co-nhecimentos de todos para beneficiar o doente. Isto aplica-se nas enfermarias, clinicas, ou unidades de dia. Em qualquer um destes ambientes o doente tem co-nhecimento do papel de cada um destes profissionais e o papel de cada um é respeitado.

COMO VÊ A SITUAÇÃO PROFISSIONAL DOS GRADUA-DOS EM CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS NA EUROPA?Em Portugal de momento as coisas não estão bem. Somos reconhecidos como excelentes profissionais no país onde me encontro atualmente, por isso esta pode ser uma oportunidade para praticar farmácia de uma forma diferente. Não deixem escapar a possibilidade de um futuro brilhante!

QUAL O PRINCIPAL CONSELHO QUE DÁ AOS ATUAIS ESTUDANTES DA FFUP?Se estiverem interessados numa carreira clínica apos-tem em estágios internacionais para poderem cimentar os conhecimentos adquiridos durante o curso e adqui-rir a experiência necessária para integrar essas equipas. Deste lado, farei o meu melhor para proporcionar essa oportunidade aos alunos da FFUP.

“...Quando estamos na faculdade não temos ideia muito definida da realidade do mundo do trabalho, mas agora que estou do outro lado, posso garantir que o curso na FFUP é dos melhores na Europa”.

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DOCENTES:

Paula Andrade

(Responsável)

Patrícia Valentão

Andreia Oliveira

(Assistente Convidado)

Marcos Taveira

(Assistente Convidado)

INVESTIGADORES:

Luís Silva

Carla Sousa

Ana Clara Grosso

Fátima Fernandes

TÉCNICOS:

Rui Gonçalves

Paula Almeida

LABORATÓRIO DE FARMACOGNOSIA

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ATIVIDADE PEDAGÓGICA O Laboratório de Farmacognosia é responsável pe-la lecionação de unidades curriculares obrigatórias (Fitoquímica e Farmacognosia I e Fitoquímica e Far-macognosia II) e complementares (Bioatividade de Matrizes Naturais e Fitoterapia) do Mestrado Inte-grado em Ciências Farmacêuticas da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). Integra atualmente dois docentes doutorados em regime de tempo integral, dois docentes convidados em regime de tempo parcial (sendo um deles doutorado), dois investigadores auxiliares, dois estudantes de Pós--Doutoramento, sete estudantes de doutoramento, um estudante do Mestrado em Controlo de Qualidade da FFUP, um estudante do Mestrado em Toxicologia Analítica Clínica e Forense da FFUP, um assistente técnico, um assistente operacional e dezassete estu-dantes do núcleo de investigação do Mestrado Inte-grado em Ciências Farmacêuticas. Além da atividade pedagógica desenvolvida na FFUP, os docentes têm colaborado pontualmente em outros ciclos de estudos da FFUP, de outras unidades orgânicas da UP e de outras instituições de ensino superior.

ATIVIDADE CIENTÍFICA As atividades de investigação são também prioritárias. Atendendo a que as matrizes naturais são fonte de compostos bioativos, a investigação científica realizada no Laboratório de Farmacognosia está vocacionada para a aplicação de produtos naturais na descoberta de novos medicamentos. Assim, os objetivos focam-se na implementação, validação e aplicação de metodologias químicas e biológicas para a análise de diversos com-ponentes existentes em matrizes naturais, incluindo material vegetal proveniente de culturas in vivo e in vitro, de fungos, da interação inseto-planta, de micro e macroalgas e de macroinvertebrados marinhos. O Laboratório de Farmacognosia tem recorrido a abor-dagens multidisciplinares para procura de metabolitos com potenciais benefícios para a saúde, tendo em con-sideração o desenvolvimento de técnicas analíticas, as interações entre os diferentes metabolitos e a correla-ção entre a composição química e a atividade biológica. Neste contexto, o Laboratório de Farmacognosia tem seguido duas áreas de investigação principais:

1. Análise metabólica de matrizes naturais através de diversos métodos extrativos e técnicas cromatográfi-cas (LC-MS, HPLC-DAD, HPLC-UV, GC-MS, GC-FID), sendo dado ênfase à determinação de metabolitos primários (ácidos orgânicos, ácidos gordos e aminoá-cidos) e secundários (compostos fenólicos, alcaloides, carotenóides, esteróis e triterpenos);

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REVISTA ANIBAL CUNHA | 13 | 2. Avaliação de compostos bioativos encontrados nes-sas matrizes, através de estudos realizados em sistemas químicos in vitro, em modelos celulares e em modelos in vivo. O principal interesse do nosso grupo de inves-tigação é a procura de novos compostos farmacologi-camente ativos com propriedades anti-inflamatórias, de neuroproteção e anticancerígenas:• a avaliação dos agentes anti-inflamatórios inclui a deter-minação de L-citrulina, do óxido nítrico, do radical anião superóxido, dos níveis de 3-nitrotirosina, de citocinas pró-inflamatórias (fator de necrose tumoral (TNF-α), interleucina 1b e interleucina 6) e de prostaglandinas, seus metabolitos e isoprostanos;• os estudos de neuroproteção são direcionados para as doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzhei-mer e consistem na avaliação do efeito sobre as colines-terases (acetil e butirilcolinesterase) e sobre os recetores muscarínicos e nicotínicos, assim como no estudo de proteção contra agentes neurotóxicos, na indução de enzimas de proteção e na atividade anti-apoptótica;• a atividade anticancerígena é avaliada pelo efeito na viabilidade celular, na integridade membranar e na densidade celular. Adicionalmente, são estudados mecanismos de morte celular (necrose ou apoptose).

Toda a atividade está integrada no CEQUP (Centro de Química da Universidade do Porto), o qual faz parte do REQUIMTE (Laboratório Associado para a Química Verde – Tecnologias e Processos Limpos). O Labora-tório de Farmacognosia tem colaborado com diversas instituições nacionais, nomeadamente com a Univer-sidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Universidade do Minho, Universidade Nova de Lisboa, Universidade dos Açores, Universidade do Algarve, Universidade de Aveiro, Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto, Instituto Politécnico de Bragança, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e com o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR).

INTERNACIONALIZAÇÃO O Laboratório de Farmacognosia recebe anualmen-te estudantes ao abrigo do Programa de Mobilidade Erasmus (República Checa, Alemanha, Polónia, entre outras), do Programa Erasmus Mundus (Argentina) e do Programa Internacional Student Exchange Program-me (SEP) da International Pharmaceutical Students’ Federation (Sérvia, Hungria, Espanha, Polónia, entre outras). Simultaneamente, mantem colaborações cien-tíficas com diversas instituições, nomeadamente com o Centro de Edafologia y Biologia Aplicada del Segu-ra (CEBAS) do Consejo Superior de Investigaciones Cientificas (CSIC) (Murcia, Espanha), Universidad de Salamanca (Espanha), Universidad de Vigo (Espanha), Universidade Nacional Timor Lorosae (Timor Lorosae), National University of Jujuy (Argentina), University of Basilicata (Itália), University of Béjaia (Argélia), Insti-tut für Pharmezeutische Biologie und Biotechnologie (Alemanha), entre outras. Adicionalmente, é membro de uma rede internacional financiada pelo programa “Ciencia y Tecnología para el Desarrollo (CYTED)”.

APOIO AO EXTERIOR O Laboratório de Farmacognosia está também envolvido na prestação de serviços à comunida-de, nomeadamente na análise dos perfis meta-bólicos de produtos de origem vegetal e animal (aquática e terrestre) e na avaliação de diversas atividades biológicas deste tipo de matrizes. Neste contexto, mantem colaborações com as empresas UNICER S.A., Aquaporins and Ingredients, S.L., com a Direção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho e com o Instituto do Consumidor. Adicionalmente, tem elaborado pareceres técnico--científicos em conflitos judiciais envolvendo pro-dutos de origem natural.

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A Inovapotek é uma empresa que presta serviços de consultoria, investigação e desenvolvimento às indústrias farmacêutica e cosmética. Fundada por Bruno Sarmento e Marta Ferreira, investigadores do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da Universidade do Porto, iniciou-se como sendo uma spin-off UP, assumindo-se hoje em dia como um parceiro das indústrias farmacêutica e cosmética no desenvolvimento de produtos inovadores.

Marta Alexandra de Oliveira Ferreira é licenciada em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Mestre em Tecnologia Farmacêutica, Mestre em Ciências Farmacêuticas, pós-graduada em Farmacotecnia pela mesma Faculdade.

Bruno Filipe Carmelino Cardoso Sarmento é licenciado em Ciências Farmacêuticas pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto e Doutorado pela mesma Faculdade.COMO É QUE SURGIU A INOVAPOTEK? FOI

EMPREENDEDORISMOJOAO GIL E GEORGINA CORREIA DA SILVA

ALGUMA NECESSIDADE DE PREENCHER LACUNAS NO SETOR FARMACÊUTICO?M (Marta Ferreira): A INOVAPOTEK surgiu há 5 anos atrás, a partir de um conjunto de situações que se conjugaram. Eu e o Bruno trabalhávamos ambos na área da investigação na Tecnologia Far-macêutica na FFUP, e nesse trabalho desenvolvido fomos criando uma série de contatos com a indús-

tria em geral. Então, percebemos que fazia sentido pôr o nosso conhecimento ao serviço dessa indús-tria e fazer essa ponte para a criação de uma em-presa. Não acho que isso fosse resultado de uma lacuna existente na indústria, pois esta também tem departamentos de ID internos, mas no fundo perceberam em nós um tipo de conhecimento que lhes era interessante pontualmente e não algo fixo.

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É aí que nós nos situamos e que nos movemos, seja na indústria farmacêutica, seja na indústria cos-mética. Houve um momento em que a indústria permitiu ter esta flexibilização, pois nem sempre estão a fazer investigação e desenvolvimento, ou testes, e portanto interessa-lhes a possibilidade de ser pontual. A INOVAPOTEK faz-lhes tal projeto, e o contrato fica por aí.

B (Bruno Sarmento): A formação desta empresa foi de facto também uma necessidade logística do im-plementar destas colaborações, pois caso contrário, se não houvesse uma entidade autónoma, seria mais complicado. Portanto, foi quase como que natural a necessidade de criar a empresa, porque nós já tínha-mos os contactos antes.

FOI ESSE UM ASPETO INOVADOR QUE VOCÊS ACRESCENTARAM AO TRABALHO DA INDÚSTRIA?M: Eu não posso dizer que isso seja inovação, porque há outras empresas que se movem assim. O ponto para a inovação está em duas vertentes: por um lado, quando somos contratados para desenvolver novos produtos, é para desenvolver produtos inovadores; por outro lado, internamente, fomentamos a inova-ção dos serviços, isto é, criar novos testes, novas formas de analisar determinada característica. Ou seja, temos tanto a inovação nos produtos, como nas formas de os analisar.

EM 2011, A INOVAPOTEK FOI SELECIONADA PARA INTEGRAR O US CONNECT. O MERCADO AMERI-CANO ABRIU NOVOS HORIZONTES E OBJETIVOS?M: Abriu. Neste caminho da internacionalização co-meçamos pelo espaço europeu, devido à proximida-de e esse momento do US Connect, foi um momento em que olhámos para fora da Europa e começamos a estudar que vantagens tinham mercados fora deste espaço. Nessa perspetiva, abriu-nos claramente novos horizontes, e hoje temos clientes nos E.U.A., na África do Sul, na Argélia. Foi um pouco esse o ponto que permitiu trabalharmos também fora da Europa.

E FOI ESSE O MOMENTO MAIS IMPORTANTE PARA A INOVAPOTEK?M: Foi um momento importante, mas não o mais crucial.

B: O mais crucial foi quando conseguimos, de algum modo, diversificar o leque de clientes.

M: A data dos 5 anos também foi.

B: Houve várias etapas, todas com um grau de impor-tância diferente.

M: Houve uma altura que tínhamos um leque restrito de clientes e estávamos demasiado dependentes des-

sa relação. A partir do momento em que conseguimos diversificar, foi extremamente importante. Depois hou-ve outro momento importante, na passagem para este edifício com um laboratório próprio. Neste momento somos independentes em termos de equipamento e es-paço, embora se mantenham parcerias que entendemos fazer sentido manter, até para fomentar a inovação.

B: Um momento também importante foi a participa-ção na primeira feira internacional, em Paris.

E ESTA IMAGEM DE EXPANSÃO GLOBAL FOI SEM-PRE A IMAGEM PROCURADA PARA A EMPRESA, OU SENTEM QUE AINDA HÁ MAIS PARA CRESCER?M: Para crescer há sempre, tem que ser essa a perspe-tiva. Mas começando com a primeira parte da questão, quando se criou a empresa foi sempre com a perspe-tiva de ser global, daí até o nome escolhido. Não faz sentido uma empresa como a nossa existir só para o espaço português. Em relação à segunda parte, ela nunca está acabada. Uma empresa não vai ter sucesso se ficar estanque, pois há sempre algo a melhorar, tem que haver sempre pensamento de expansão e abertura à flexibilidade. Estamos num mundo em que se tem que pensar dessa maneira.

QUAIS SÃO ENTÃO OS OBJETIVOS FUTUROS DA INOVAPOTEK?B: Passa por continuar a solidificar. Não podemos ter grandes perspetivas de expansão se não tivermos a cer-teza que as áreas para onde pretendemos fazê-lo não são sólidas a médio e a longo prazo. Muitas vezes, um inves-timento a curto prazo pode não ser rentável mais tarde.

M: Nós temos tido um grande crescimento até em ter-mos de equipa. Este ano duplicámos a equipa, e isto requer que existam momentos em que se tem que parar, refletir e só depois dar mais um passo. Vai-se dando um passo de cada vez, apesar de haver momentos em que se tem que reconsiderar e rever a estrutura, de acordo com a procura e oferta que se tem, e depois também rever novos mercados (sobretudo fora da Europa). Portanto, no curto prazo é mais uma perspetiva de consolidação, para depois conseguirmos procurar os objetivos a longo prazo, que passam por alcançar novos mercados.

DE QUE MODO É QUE A UNIVERSIDADE DO PORTO, COM A SUA ESTRUTURA E OS SEUS GABINETES DE APOIO, É IMPORTANTE PARA AUXILIAR PESSOAS COMO VOCÊS, QUE SÃO OS CRIADORES DE IDEIAS?M: É extremamente importante. Em várias vertentes, até. A empresa já existe há 5 anos, portanto muito do que a UPTEC tem hoje para oferecer, não existia no nosso início. No entanto, foi-nos acompanhando sempre e nós também sentimos com isso o desenvol-vimento. É importante existirem gabinetes de apoio para permitirem que pessoas com ideias possam de-senvolver planos de negócio, porque é crucial fazê-lo

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antes de avançar com o negócio. Isso permite perceber se a empresa faz ou não sentido. É um exercício que de-ve ser fomentado, assim como os concursos de ideias, que permitem ver como é que tal ideia se vai posicionar no mercado com vantagens e desvantagens e esclarecer aquilo que se pretende fazer. Ainda permite que depois isso seja criticado por alguém que tem mais experiência no assunto. No passo a seguir, depois de a ideia estar cimentada, é importante existir um apoio à criação dos próprios negócios, porque tudo tem que ser bem pensa-do e bem feito. A questão dos espaços também deve ser valorizada, pois neste ambiente existe um dinamismo de partilha que é interessante. No momento inicial também é essencial a marca spin-off UP, pois toda a gente sabe o que é a Universidade do Porto. A Universidade do Porto tem imensos espaços para projetos assim, que talvez só agora começam a dar mais frutos, no entanto acho que ainda há coisas a fazer, como a existência de mais espaços de partilha na área laboratorial, que é a mais complexa e onde há mais falhas. Acho importante tam-bém que as próprias Faculdades tenham mais abertura a isso, com mais partilha e proximidade do que a que existe atualmente. Nós sentimos que as Universidades

Privadas demonstram mais vontade de colaboração, enquanto que na Universidade do Porto, por vezes, sentimos alguma resistência por algumas Faculdades ou alguns Departamentos, que devia ser atenuado, pois tudo isto pode ter vantagens de parte a parte. É aí que a UPTEC pode fazer mais. Embora isso vá começando a surgir, principalmente nos centros de incubação.

SE UM RECÉM-FORMADO PRETENDER LANÇAR-SE NO MERCADO COM UM PROJETO INOVADOR E EMPREENDEDOR, QUE CONSELHOS LHE DARIAM?M: Tirar partido dos gabinetes de apoio que existem, e lançar-se em concursos de ideias onde existe espa-ço para a crítica. É um exercício importante. O plano de negócio também é importante. Se este for viável, chega o momento de se avançar. Agora é preciso mui-ta perseverança e humildade, com um passo de cada vez, cimentando cada momento antes de recomeçar. É preciso uma enorme vontade e uma enorme disponibi-lidade para o risco, sabendo que pode correr mal e não se vai ter salário no início. Até a estrutura familiar é im-portante, para motivar a pessoa a seguir o seu caminho.

Marcelo é estudante de Doutoramento na Faculdade de Farmácia da Univer-sidade do Porto. Contactando com uma realidade diferente da maioria dos estudantes, que se encontram a realizar Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, é uma pessoa que sempre mostrou in-teresse pela área da Investigação, tendo-lhe sido atribuída a Bolsa de Mérito da FFUP referente ao ano letivo 2011/12.

BOLSA DE MÉRITOMARCELO GIL MACHADO VAZ OSÓRIO

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COMO É SABIDO, TEM DIREITO À BOLSA DE MÉRI-TO UM ESTUDANTE COM APROVEITAMENTO MUI-TO BOM. QUE ASPETOS ACHA IMPORTANTES AO NÍVEL DA FORMAÇÃO, DE MODO A PODER CHE-GAR AO PATAMAR QUE DISTINGUE O MELHOR DOS MELHORES?Na minha perspetiva pessoal é importante sermos em-penhados e gostarmos da área de formação que escolhe-mos, e no meu caso posso dizer que Ciências Farmacêu-ticas foi um curso que me fascinou bastante devido à sua multidisciplinaridade bem como à diversidade de saídas profissionais que oferece. Durante o nosso percurso aca-démico tomamos contacto com diferentes perspetivas e áreas de conhecimento, através de unidades curricula-res bastante abrangentes, de uma notável aprendizagem a nível laboratorial, e das várias oportunidades que os professores nos vão oferecendo nomeadamente a nível de investigação. Em relação às unidades curriculares do nosso curso, é importante salientar o papel das discipli-nas complementares de opção em que nos dão a possi-bilidade de escolher entre um vasto leque de unidades curriculares que abordam assuntos e transmitem conhe-cimentos variados e que constituem uma mais-valia para o nosso futuro profissional.

QUAL A EXPERIÊNCIA MAIS POSITIVA NA SUA VIDA ACADÉMICA? ESTA EXPERIÊNCIA FOI IMPORTANTE, MAIS AO NÍVEL PESSOAL OU AO NÍVEL DA FORMA-ÇÃO INTELECTUAL?Os seis meses de estágio que fiz no final do curso fo-ram sem dúvida uma grande experiência na minha vida académica, na medida em que representou o primeiro contacto com a realidade profissional e com outros profissionais de saúde, com os quais também aprendi muitas coisas, assim como com os doentes, sendo que desta forma pude aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do curso em circunstâncias reais.

CONTINUA ATUALMENTE LIGADO À FACULDADE DE FARMÁCIA, ATRAVÉS DO LABORATÓRIO DE QUÍMICA APLICADA. COMO DESCREVE A SUA ATIVIDADE?Atualmente estou a usufruir de uma Bolsa de Doutora-mento no Laboratório de Química Aplicada, a qual devo não só ao meu esforço e empenho ao longo dos 5 anos do curso de Ciências Farmacêuticas como também à minha orientadora, Prof. Doutora Marcela Segundo, a quem deixo aqui o meu agradecimento pelo importan-te papel que tem desempenhado na minha formação académica e científica. Posso dizer que comecei desde cedo o meu caminho na área da investigação. No 2º ano iniciei a minha experiência de investigação, através de uma Bolsa de Iniciação à Investigação e no 4º ano fiz a unidade curricular de Projeto I sempre no Laboratório de Química Aplicada. Além disso, tive a oportunidade de participar em congressos científicos como o IJUP onde pude expor e discutir o meu trabalho científico. Todo o meu percurso foi bastante natural e evolutivo, sempre com um grande apoio.

E CONSIDERA QUE TODO O SEU INTERESSE AJU-DOU A CHEGAR A ESTA ETAPA DA SUA VIDA?Sim, sem dúvida que o meu interesse e gosto pela in-vestigação ajudaram-me a chegar a esta etapa atual da minha vida. No entanto, também não posso deixar de referir que todo o apoio que tive ao longo destes anos por parte da minha família e da minha orientadora de Doutoramento foi muito importante para alcançar este meu novo projeto de vida.

QUE PERSPETIVAS TEM EM MENTE PARA O FU-TURO? ESPERA PODER CONTINUAR NO PAÍS, OU ACHA QUE APENAS PODERÁ ALCANÇAR AQUILO QUE DESEJA FORA DELE?Sinceramente, ainda não sei. Neste momento, ainda te-nho quatro anos pela frente e para já tento não pensar muito no futuro. Acredito que nestes quatro anos irei aprender e evoluir bastante tanto a nível profissional como pessoal, e que me poderá abrir novas portas e horizontes no futuro, independentemente de ser aqui em Portugal ou no estrangeiro.

GOSTARIA DE DEIXAR UMA MENSAGEM AOS ALU-NOS MAIS NOVOS?É certo que a situação atual para nós Farmacêuticos e profissionais de saúde está cada vez mais difícil e, por isso, mais exigente. Como tal, penso que os novos alunos devem estar conscientes disso e devem encarar o curso como uma forma para obter qualificação a nível académico e profissional e adquirirem conhecimentos multidisciplinares que serão valiosos para serem ca-pazes de trabalhar em diferentes áreas da saúde. Du-rante o seu percurso académico, os alunos devem ir procurando quais as áreas que mais despertam o seu interesse e desde cedo começar a empenhar-se nessas mesmas áreas. No entanto não fiquem com medo e acreditem nas vossas capacidades e que é possível con-ciliar os estudos com uma vida saudável. Para que isso seja possível, é preciso saber quais são as prioridades e nunca esquecer as responsabilidades.

BOLSA DE MÉRITOMARCELO GIL MACHADO

VAZ OSÓRIO

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Pedro Monteiro e João Neves são dois estudantes do Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, que após o final do 1º ano obtiveram resultados académicos de excelência, sendo que o próprio Pedro foi indicado para receber o Prémio Incentivo, da Reitoria da Universidade do Porto. Agora no 3º ano, falaram sobre a sua ainda não finalizada experiência e percurso na Faculdade de Farmácia.

JN (João Neves): Eu escolhi no final do 11º. Já tinha mais ou menos a certeza, porque achava ser uma área com futuro, que pode trazer muito fruto à sociedade, e nela pode assentar muito do futuro. Tanto o da eco-nomia, como o da própria humanidade.

PM (Pedro Monteiro): Eu escolhi este curso porque achei, pelo plano curricular, que era bastante abran-gente, e por isso não tinha que tomar uma decisão no imediato, por causa das saídas profissionais. Decidi tu-do no 12º ano e optei por escolher o curso que me des-se mais perspetivas de no futuro, ao longo do curso, aprender a gostar de alguma das áreas que focamos.

JN: Ideias definitivas ainda não há. No nosso curso temos que ser polivalentes e estar preparados para Farmácia Comunitária, Farmácia Hospitalar, Indústria, Investigação, e até para outras áreas de índole química e biológica. No entanto, o que mais me alicia é mesmo a investigação, e talvez tentar um percurso na docên-cia. Eu sempre gostei da descoberta, e talvez isso seja mesmo aquilo para o que eu fui talhado.

PM: Eu no início estava mais encantado pela Farmácia Comunitária, mas entretanto já me passou pela ideia a Hospitalar e agora estou também mais virado para a In-vestigação. Também comecei agora a fazer Investigação, e acho que é a área que mais perspetivas tem, apesar da insegurança a nível financeiro, pelo menos em Portugal.

POR QUE É QUE ESCOLHERAM CIÊNCIAS

FARMACÊUTICAS QUANDO ENTRARAM NO ENSINO

SUPERIOR?

ESTÃO NO 3º ANO, E AINDA TÊM ALGUM

TEMPO PARA PENSAR NO QUE VÃO QUERER FAZER.

AINDA ASSIM, QUE IDEIAS VOS VÃO CORRENDO NA

CABEÇA?

PRÉMIOS INCENTIVO’13

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JN: Apesar de estar focado na investigação, como consi-dero importante passar por várias experiências, gostava de passar por vários sítios com diferentes tipos de tra-balho. E hoje em dia o mundo é mesmo assim, até por-que os empregos podem mudar e uma pessoa tem que estar pronta para tudo. Concretamente, gostava ainda de passar pela Farmácia Comunitária para ter contacto real com o mundo e perceber o que é que o farmacêutico faz, de forma direta, pela saúde dos utentes.

PM: Pelo menos a curto prazo, na Farmácia Comuni-tária, por ser a maior saída do curso. Depois também por ser a área de maior interação com a sociedade. No entanto, e como não há carreiras para a vida, é como o João estava a dizer, devemos estar prontos para tudo. A título pessoal, penso que investigação pode ser um plano bastante interessante.

JN: Há muitas coisas com que uma pessoa pode con-tactar neste curso, e desse modo vivê-lo de muitas for-mas diferentes. São cinco anos de estudos, mas para se ser farmacêutico a formação é de uma vida inteira. As coisas estão sempre a mudar, e é necessário estar atualizado e conhecer as inovações, além de ter que se adaptar às necessidades e problemas de saúde emer-gentes. Para além disso, é muito importante desen-volver capacidades, pois na Faculdade não estamos aqui apenas para aprender Ciências Farmacêuticas, portanto aconselho as pessoas a explorar, porque o Ensino Superior é uma aventura em Portugal. Têm, por exemplo, a parte associativa, que permite adquirir uma visão muito mais realista do que é o mercado de trabalho. Uma coisa importante também é tentar integrar-se num laboratório para ver se se é talhado para a investigação. Claro que isto tudo não tem que ser logo no 1º ano, deve ir surgindo naturalmente e ao longo do curso. Quanto ao estudo das Unidades Curriculares, devemos levar tudo muito a sério, porque um pormenor, um pequeno conhecimento dito no final de uma teórica pode ajudar-nos a resolver um caso futuro. Além disso, devemos abrir o leque e estudar tudo, tentar saber tudo. E nunca esquecer que não é em cinco anos que um plano curricular poderá dar a ideia concreta do que é um farmacêutico, é preciso uma formação para sempre. Mas durantes esses cinco anos, é aproveitar para nos desenvolvermos enquanto farmacêuticos e pessoas.

PM: Adaptando o lema do vizinho Abel Salazar “Um farmacêutico que só de farmácia sabe, nem de farmácia sabe”. Penso que é necessário estudar mas também conciliar isso com outras atividades, pois vai ser assim durante a vida.

IMAGINEM, ENTÃO, QUE ACABAVAM AGORA O CURSO. O QUE É QUE

VOCÊS IRIAM PROCURAR NO MERCADO DE TRABALHO?

QUE CONSELHOS QUEREM DEIXAR PARA OS ESTUDANTES DOS 1º ANO

QUE, TENDO ENTRADO AGORA, PRETENDEM OBTER

SUCESSO, TANTO AO NÍVEL CURRICULAR COMO

NA APRENDIZAGEM DE COMPETÊNCIAS?

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DAVID PEREIRA foi seleccionado para participar no Novartis International Biotechnology Leadership Camp.

David Pereira, farmacêutico a concluir o Doutoramento na Facul-dade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP), foi um dos 60 estudantes selecionados pela Novartis para participar na edição 2013 do Novartis International Biotechnology Leadership Camp (NIBLC), um evento que juntou em Basileia, em Agosto, estudantes de topo das áreas das Ciências Biológicas, Biotecnologia e Gestão das melhores universidades mundiais.

Durante quatro dias, os participantes tiveram a oportunidade de interagir com os cientistas e responsáveis pela gestão da Novartis e refletir sobre algumas das questões que afetam a indústria Farmacêutica actualmente. A Novartis ofereceu um conjunto de palestras com o objetivo de dar a conhecer o funcionamento de uma In-dústria Farmacêutica, desde a descoberta de novos fármacos até à validação dos alvos moleculares, ensaios clínicos e comercialização. Foi dado particular enfâse ao papel dos programas de descoberta de fármacos e propriedade intelectual para a sustentabilidade e crescimento das Indústrias. No último dia, foi organizado um evento que contou com a presença e apresentações dos vários responsáveis pelos diversos laboratórios e que deu a conhecer aos participantes as várias oportunidades profissionais possíveis na Novartis.

NOVARTIS INTERNATIONAL BIOTECHNOLOGY LEADERSHIP CAMP

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60TH IPSF

No próximo Verão, em 2014, a Associação de Estudan-tes da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (AEFFUP) irá receber no Complexo ICBAS/FFUP o Con-gresso Mundial da International Pharmaceutical Students’ Federation (IPSF), um evento que reunirá estudantes de Ciências Farmacêuticas de todo o mundo. Alexandra Mar-ques, ex coordenadora do Departamento Internacional da AEFFUP, fala-nos um pouco da sua experiência sobre este tipo de atividades e lança a sua previsão sobre o modo como a cidade do porto o irá acolher.

“Não há nenhum Congresso igual ao outro. A experiência varia muito consoante a cultura local e a cidade, a orga-nização, os participantes, os temas abordados, etc. Os Portugueses têm muito a oferecer em termos culturais com as nossas tradições muito particulares, que são tão reconhecidas num ambiente internacional. Para além dis-so, a própria cidade do Porto é uma cidade muito dinâmi-ca e perfeita para estudantes, e o facto de todo o evento se centrar no coração da cidade possibilita o acesso aos pontos de principal interesse. Essa será com certeza uma das grandes vantagens do Congresso.

Vamos também ver um congresso da IPSF com uma dimensão inédita. A capacidade do evento, num total de cerca de 700 participantes vindos de todo o mundo, é a maior alguma vez alcançada (a maior capacidade até hoje foi de 500 participantes em Hurgada, Egipto - 2011) e permitirá atingir o verdadeiro potencial do IPSF World Congress.

Outro ponto muito interessante será o alinhamento dos temas de discussão entre os estudantes e os profissio-nais. O lema do Congresso “Practice Through Science and Science Through Practice” traduz a procura do avanço dos cuidados ao paciente através da promoção da discussão entre farmacêuticos clínicos e investigadores das Ciências Farmacêuticas, e está também em foco na International Pharmaceutical Federation. É muito interessante porque ao contrário do que se viu nos últimos anos, não estamos a falar de um tema específico numa área delimitada, mas sim de uma confluência das várias áreas de interesse com um objetivo comum. Acho que será muito positivo ver a discussão deste tema entre os estudantes, e talvez isso poderá trazer resultados para o futuro da educação na área das Ciências Farmacêuticas, assim como para o futuro da colaboração profissional.

Por fim, de forma um pouco pessoal, devo dizer que as expectativas são altas. Será o 4º IPSF World Congress a que irei e o 1º como participante “normal”, pelo que já vi quase todos os “lados” a este evento. Tenho reparado notado ao longo dos anos uma procura cada vez maior pela perfeição da organização e profissionalismo do evento. Tendo estado extremamente envolvida no projeto de trazer o IPSF WC ao Porto, fico muito feliz sempre que vejo os avanços que o Reception Committee está a fazer, e penso que este Congresso tem todo o potencial para oferecer uma dinâmica fantástica e claro, ser o melhor de sempre.”

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PUBLICAÇÕES DA FFUP EM 2013ATÉ OUTUBRO DE 2013

Almeida, H., M. H. Amaral, P. Lobao and J. M. Sousa Lobo (2013). “Applications of

poloxamers in ophthalmic pharmaceutical for-mulations: an overview.” Expert Opin Drug Deliv

10(9): 1223-1237.

Almeida, S. A. A., M. C. B. S. M. Montenegro and M. G. F. Sales (2013). “New and low cost plastic membrane

electrode with low detection limits for sulfadimethoxine determination in aquaculture waters.” Journal of Electroan-

alytical Chemistry 709: 39-45.

Amaral, C., C. Varela, G. Correia-da-Silva, E. Tavares da Silva, R. A. Carvalho, S. C. Costa, S. C. Cunha, J. O. Fernandes, N. Teixeira and

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Catarina Isabel Bento PetiscaDoutoramento em Ciências FarmacêuticasEspecialidade de Nutrição e Química dos Alimentos

Maria Augusta Dionísio de SousaDoutoramento em Ciências Farmacêuticas Especialidade de Hidrologia

Christian FrigerioDoutoramento em Ciências Farmacêuticas Especialidade de Química Analítica

Cristina Isabel Borges Dias AmaralDoutoramento em Ciências Farmacêuticas Especialidade de Bioquímica

José Alberto Gonçalves das NevesDoutoramento em Ciências Farmacêuticas Especialidade de Tecnologia Farmacêutica

Joana Duarte da Rocha PereiraDoutoramento em Ciências Farmacêuticas Especialidade de Microbiologia

Mário Miguel Duarte MoreiraMestrado em Análises Clínicas

Graciete da Silva SantosMestrado em Controlo de Qualidade Área de Especialização em Água e Alimentos

3º CICLO DE ESTUDOS CONCLUÍDOS DE ABRIL 2013 A SETEMBRO 2013

2ºS CICLOS DE ESTUDOS CONCLUÍDOS DE ABRIL 2013 A SETEMBRO 2013

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NOME COMPLETOMaria Elisa Amorim Matos Fernandes Soares LOCAL E ANO DE NASCIMENTO Porto em 25 de Dezembro de 1951

ESTUDOSLicenciada em Engenharia Química pela FEUP em 1981

SITUAÇÃO CURIOSA (ENGRAÇADA, ESPECIAL, COM BOAS RECORDAÇÕES, ETC.) QUE TENHA OCORRIDO RELACIONADA COM FFUP?Após trabalhar durante muitos anos em Geologia e Minas, vir trabalhar com medicamentos.

A boa recordação para toda a vida será a excelente equipa com quem trabalho há mais de vinte anos, onde reina o respeito, a amizade e a permanente alegria.

ONDE COMER AO ALMOÇO PERTO DA FFUPNão sei. Não gosto de comer fora de casa.

PRATO FAVORITOTodo e qualquer tipo de sobremesa!

COR PREFERIDAAzul

PASSATEMPOSCaminhar junto ao mar transmite-me uma grande sereni-dade e paz; ir ao Estádio do Dragão pela grande alegria e energia que sinto, sobretudo, quando o Futebol Clube do Porto vence!

LOCAL PREFERIDOQualquer lugar onde haja flores e água.

VIAGENSEmbora tenha pavor de andar de avião, adorei o mar e a vegetação da Ilha de S. Miguel, Açores; fiquei maravi-lhada com as cidades de Florença, Roma e Amesterdão.

LIVROSLi recentemente, Jesus de Nazaré, do Cardeal Ratzinger, que refere os acontecimentos da vida de Jesus, e também o livro de Frei Fernando Ventura e do Jornalista Joaquim Franco, Do Eu Solitário ao Nós Solidário, que nos fala so-bre Deus, o homem e o mundo.

MÚSICAAdoro Música Clássica, podendo destacar Beethoven (Fur Elise), Handel (Messias) , Vivaldi (As Quatro Estações), Strauss (Valsas) e Chopin (Valsas) . Também gosto muito do grupo nortenho GNR.

FILMES

Na verdade, não vou muito ao cinema. Mas, adoro espe-táculos de Ópera ( sendo a Tosca, de Puccini, uma minhas favoritas), bailado e as “Quatro Estações” de Vivaldi.

UM CAFÉ COM... ENG. ELISA SOARES

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REVISTA ANIBAL CUNHA | 29 |

4.

1.

7.

1 Semana de acolhimento - Palácio de Cristal;

2,3 Semana de acolhimento - FFUP;

4, 5, 6,7, 8 VIII Congresso Científico AEFFUP;

9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 XI Sarau Cultural AEFFUP;

5.

2.

8.

11.10.

14.13.

6.

3.

9.

12.

15.

ACONTECEU

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| 30 | REVISTA ANIBAL CUNHA

16, 17, 18, 19, 20, 21 Magusto -1º Encontro entre funcionários FFUP/ICBAS;

22,23, 24, 25 Antigos alunos da FFUP (Curso de 1982-88) visitaram as novas instalações no dia 15 de setembro de 2013.;

26, 27, 28,29, 30 Dia do Caloiro;

29.28.

16. 17. 18.

19. 20. 21.

22. 23. 24.

25. 26. 27. 12.

30.

ACONTECEU

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REVISTA ANIBAL CUNHA | 31 |

15º PORTOCARTOON-WORLD FESTIVAL22 JUNHO A 31 DE DEZEMBRO 2013 | MUSEU NACIONAL DA IMPRENSA

CINECLUBE FDUP | FILME: UMBERTO D. | VITTORIO DE SICA 1952 ITÁLIA3 DEZEMBRO 2013 | SALA 0.01 FDUP | 18:30

EMBO PUBLICATIONS: A LOOK BEHIND THE SCENES | NONIA PARIENTE, EMBO REPORTS03 DEZEMBRO 2013 | IBMC•INEB MAIN AUDITORIUM

LEITURAS NO MOSTEIRO | O SANGUE DAS PROMESSAS: LITORAL, INCÊNDIOS, DE WAJDI MOUAWAD | 03 E 17 DEZEMBRO 2013 | MOSTEIRO SÃO BENTO DA VITÓRIA | ENTRADA GRATUITA

PHD TRAINING SERIES | STABILITY OF KINETOCHORE-MICROTUBULE ATTACHMENT AND THE ROLE OF DIFFERENT KMN NETWORK COMPONENTS IN DROSOPHILA11 DEZEMBRO 2013 | IBMC•INEB MAIN AUDITORIUM

5.º SIMPÓSIO EM METABOLISMO DA FACULDADE DE MEDICINA DA UNIVERSIDADE DO PORTO (FMUP). “O METABOLISMO AO LONGO DA VIDA”12 DEZEMBRO 2013 | AUDITÓRIO FMUP

MEETING ON EPIDEMIOLOGY OF HIP FRACTURES16 E 17 DEZEMBRO 2013 | PORTO

LIVRES COMO LIVROS17 DEZEMBRO 2013 | BIBLIOTECA ALMEIDA GARRETT

POST-DOC SEMINARS | NEW INSIGHTS INTO THE LEISHMANIA EXOPROTEOME18 DEZEMBRO 2013 | IBMC•INEB MAIN AUDITORIUM

THYMUS @ PORTO II: SPI WORKSHOP 19 DEZEMBRO 2013 | SALÃO NOBRE ICBAS/FFUP

EXP.: O EGIPTO NA ARTE DE SUSAN OSGOOD ATÉ 20 DEZEMBRO 2013 | REITORIA DA U. PORTO

GRAPE2013, 2º FÓRUM ANUAL DE GRADUADOS PORTUGUESES NO ESTRANGEIRO 21 DEZEMBRO 2013 | RFUNDAÇÃO DE SERRALVES

EXPOSIÇÃO TERRA EM TRANSFORMAÇÃO ATÉ 31 DEZEMBRO 2013 | REITORIA DA U PORTO

2ª EDIÇÃO DA NANOPT - CONF. INTERNACIONAL EM NANOCIÊNCIA E NANOTECNOLOGIA12 E 14 FEVEREIRO 2014 | CENTRO DE CONGRESSOS E EXPOSIÇÕES ALFÂNDEGA

16TH PORTUGALIAE GENETICA20 E 21 MARÇO 2014 | IPATIMUP

CONFERÊNCIASSEMINÁRIOSCURSOSWORKSHOPS

[email protected]

DIVULGAÇÃO

AGENDA

Susana A. Marques Martins, recém-doutorada pela Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, ganhou o primeiro prémio do Best PhD Thesis awards do 10º Spanish-Portuguese Conference on Controlled Drug Delivery (SPLC-CRS 2013) que decorreu no Centro de Investigación Príncipe Felipe (CIPF), Valencia, Espanha, de 10 a 12 de novembro de 2013.

Susana recebeu um diploma, um prémio em dinheiro e a inscrição para o 41st Annual Meeting & Exposition of the Controlled Release So-ciety that will take place in Chicago, Illinois, U.S.A (July 13-16, 2014). Foi também convidada para dar uma palestra após a cerimônia de entrega de prémios.

ACONTECEU

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A FFUP gostaria de prestar uma singela homena-gem à Mafalda, à Sara e ao João. Para tal foi elabo-rado um pequeno texto, que passarei a ler, e que tenta transmitir os sentimentos dos estudantes, docentes e funcionários, aqui representados pelo Paulo, por mim e pela Teresa.

As primeiras palavras são endereçadas aos pais. Nenhum pai ou mãe concebe a ideia de viver a perda de um filho, por isso, não é de todo para nós possível compreender a intensidade do vos-so sofrimento. Não pretendemos pois, com esta homenagem, senão vos presentear com um pe-queno bálsamo para distrair a vossa dor e com isso, atenuar, o profundo sentimento de perda que vos preenche.

A Mafalda e a Sara eram duas estudantes da nossa faculdade. Mas acima de tudo eram 2 elementos empenhados na comunidade FFUP. Não se limi-tavam a ser estudantes, queriam pela força da vida que tinham, contribuir para uma faculdade melhor, no fundo, para um mundo melhor. Não pretendiam passar incógnitas, mas sim estarem presentes nas diferentes iniciativas e viver tudo, com o máximo de intensidade.

A Mafalda empenhou-se no Núcleo de Ação Social da AEFFUP (NASA), que consiste num grupo de estudantes com o objetivo de promover ações de interesse social e comunitário, tais como a pro-moção do voluntariado e da solidariedade social e o apoio à população mais carenciada do Grande Porto. Fê-lo com dedicação durante os últimos anos, sacrificando horas de estudo ou de lazer em prol do bem-estar de outros.

A Sara participava em várias atividades da AE-FFUP e, num ato de coragem e de alguma eman-cipação, participou no programa Erasmus Estu-dos numa Universidade da Polónia. Arriscou, de forma inovadora na FFUP, a estudar durante um semestre num país completamente diferente do nosso, com uma língua que não compreendia e numa Universidade da qual só conhecia um pro-fessor. Apesar das dificuldades que seguramente encontrou, completou os seus estudos na Polónia com pleno sucesso.

O João Alfaro apesar de desejar muito cursar me-dicina, ficou sempre ligado à nossa faculdade. Era um aluno que também marcava pela diferença, culto e inteligente. Manteve contacto bastante próximo com os amigos da FFUP, que sempre o estimaram muito.

Eram verdadeiros estudantes universitários. Não se conformavam e entendiam as dificuldades co-mo desafios. Tinham as suas virtudes e, inevitavel-mente, os seus defeitos. Sentiam-se jovens como tantos outros na nossa Faculdade/Universidade, com os seus sonhos, ambições, frustrações e pra-zeres. Mas eram únicos, na singularidade da sua personalidade. A sua perda é assim irreparável…

Um novo ano letivo começa e um sentimento de renovação nos vai invadindo. Os sorrisos voltarão a preencher os espaços vazios da sua presença. O tempo terá tendência a nublar a sua memória. Mas a recordação da Sara, da Mafalda e do João perdurará na história de todos nós, estudantes, professores e funcionários que com eles convive-mos, pois apesar de tão cedo se terem despedido, deram-nos muito enquanto cá estiveram.

“Abide with me” de Henry Francis Lyte, em 1847

“Onde está o golpe da morte… Onde está, sepultura, a tua vitória… Ainda assim triunfarei… Se Tú, Senhor, habitares em mim…”

Porto - Igreja de Cedofeita, 18 de setembro de 2013

HOMENAGEMMAFALDA, SARA E JOÃO

No mês de agosto faleceram, num trágico acidente de viação, os estudantes Mafalda Maia, Sara Barbosa e João Alfaro. O texto que se segue, foi lido pelo Prof. Fernando Remião, na missa de Mês, a 18 de Setembro de 2013 na Igreja de Cedofeita.

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www.ff.up.pt FACULDADE DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO

RUA DE JORGE VITERBO FERREIRA N.º 228, 4050-313 PORTO - PORTUGAL

CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS NA EUROPA