Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

36
ISSN 1679-2645 Bahia ANO XXI Nº 232 JUL/AGO/2014 INTERESSES SETORIAIS EM PAUTA Indústria, Agricultura e Comércio promoveram encontro com candidatos ao governo FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA - SISTEMA FIEB

description

Interesses setoriais em pauta Indústria, Agricultura e Comércio promoveram encontro com candidatos ao governo

Transcript of Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Page 1: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

ISSN 1679-2645Bahia

ANo XXI Nº 232 jul/Ago/2014

InteressessetorIaIsem pauta

Indústria, Agricultura e Comércio promoveram

encontro com candidatos ao governo

FederAção dAS INdúStrIAS do eStAdo dA BAhIA - SIStemA FIeB

Page 2: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014
Page 3: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

eDItorIaL

Pauta comum na hora de reivindicarO que leva a indústria, agricultura, pecuária, co-

mércio e serviços a se unirem e convidar os princi-

pais candidatos ao governo do estado para debater

programas de governo? A existência de problemas

comuns, que afetam a todos os setores, com grande

impacto na competitividade.

No último dia do mês de julho, FIEB, Faeb e Feco-

mércio realizaram, conjuntamente, um encontro com

os três principais candidatos ao governo do estado da

Bahia. O evento ocorreu em um hotel de Salvador. A

escolha de local neutro não foi à toa: a intenção era

dar a todos os segmentos envolvidos na iniciativa o

mesmo destaque, a mesma dimensão.

Lídice da Mata, Paulo Souto e Rui Costa, nesta or-

dem, puderam apresentar à plateia de empresários o

que planejam fazer, caso eleitos, para facilitar a vida

das empresas e para atrair novos empreendimentos,

tornando a Bahia um espaço mais amigável aos in-

vestimentos. E, por sua vez, puderam ouvir as princi-

pais demandas do empresariado de todos os portes e

de todos os rincões do estado.

Do ponto de vista estratégico, a união de forças

das três entidades representativas do empresariado

mostra ao mundo político que elas pretendem traba-

lhar coesas no momento de levar adiante suas reivin-

dicações às várias instâncias do poder.

Do ponto de vista do planejamento econômico, foi

passada ao próximo governador que o principal de-

safio é direcionar de forma mais efetiva o eixo de de-

senvolvimento para o interior. Sem perder de vista a

necessidade de criar condições para aumentar o grau

de competitividade, seja da indústria, seja do agrone-

gócio, seja dos serviços, onde eles estiverem.

FIEB, Faeb e Fecomércio, apresentaram aos três

candidatos convidados documentos que sintetizam

suas principais preocupações e demandas. A Federa-

ção das Indústrias editou o documento Uma Agenda

para a Indústria da Bahia – 2015-2018, no qual faz um

diagnóstico da política industrial e traz proposições

sobre assuntos fiscais e tributários, meio ambiente e

responsabilidade social, comércio exterior, educação

e qualificação, inovação e infraestrutura.

FIEB, Faeb e Fecomércio unem-se para apresentar demandas aos principais candidatos ao governo da Bahia

Carlos Gilberto

Farias apresentou as

demandas da indústria

mArCE

lo G

AndrA/C

opEr

pho

to/s

IstE

mA F

IEB

Na área tributária, por exem-

plo, defende que o ICMS seja ao

menos condizente com as alíquo-

tas cobradas em outros estados da

federação. Na educação propõe,

dentre outras coisas, rever e alte-

rar os currículos do ensino básico,

focando nos conteúdos de disci-

plinas básicas, como português e

matemática, além de noções sobre

empreendedorismo.

A agenda da FIEB se detém

na questão da infraestrutura, in-

cluindo logística, energia, teleco-

municações, saneamento e distri-

tos industriais. Para estes últimos,

prega a revitalização, como forma

de atrair novos investimentos e de

manter indústrias no interior.

Na avaliação geral, o encontro

com candidatos foi um sucesso. É

o que o leitor verá na reportagem

de capa desta edição.

Page 4: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEBSindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação

e tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da

indúStria do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de

ÓleoS VegetaiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da

cerVeja e de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão,

PaSta de madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúS-

triaS do trigo, milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria de mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conS-

trução do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS

no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eS-

tado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro

de FreitaS, camaçari, diaS d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS

indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de PaniFicação e conFei-

taria da cidade do SalVador, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS

SintéticaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia,

[email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato da indúStria de mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

ProdutoS QuímicoS Para FinS induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria de mÁrmoreS, granitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimen-

tar de congeladoS, SorVeteS, SucoS, concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região

de Feira de Santana, [email protected] / Sindicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] /

Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS de conStrução ciVil de itaBuna e ilhéuS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS

de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eSta-

do da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira

de Santana, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-

dúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de

PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS de

cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected]

Filiada à

Bahia

fiEBPresidente Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1° Vi-

Ce-Presidente Antonio ricardo Alvarez Alban. ViCe-

-Presidentes Carlos henrique Jorge Gantois; Josair

santos Bastos; mário Augusto rocha pithon; Edi-

son Virginio nogueira Correia. diretores titulares

Eduardo Catharino Gordilho; Alberto Cánovas ruiz;

Eduardo meirelles Valente; renata lomanto Carnei-

ro müller; leovegildo oliveira de sousa; Fernando

luiz Fernandes; Juan Jose rosario lorenzo; theofilo

de menezes neto; José Carlos telles soares; Angelo

Calmon de sá Junior; Jefferson noya Costa lima;

Fernando Alberto Fraga; Alexi pelagio Gonçalves

portela Junior; luiz Fernando Kunrath. diretores

suPlentes João schaun schnitman; mauricio to-

ledo de Freitas; Guilherme moura Costa e Costa;

Gladston José dantas Campêlo; Waldomiro Vidal de

Araújo Filho; Cleber Guimarães Bastos; Jorge Catha-

rino Gordilho; marcelo passos de Araújo; Antonio

Geraldo moraes pires; roberto mário dantas Farias

conSElhoSConselho da MiCro e Pequena eMPresa indus-

trial Carlos henrique Jorge Gantois; Conselho de

assuntos FisCais e tributários mário Augusto

rocha pithon; Conselho de CoMérCio exterior

Angelo Calmon de sá Junior; Conselho de eCono-

Mia e desenVolViMento industrial Antonio ser-

gio Alipio; Conselho de inFraestrutura marcos

Galindo pereira lopes; Conselho de inoVação

e teCnoloGia José luis Gonçalves de Almeida;

Conselho de Meio aMbiente Jorge Emanuel reis

Cajazeira; Conselho de relações trabalhistas

homero ruben rocha Arandas; Conselho de

resPonsabilidade soCial eMPresarial marconi

Andraos oliveira; CoMitê de JoVens lideranças

industriais Eduardo Faria daltro; CoMitê de Pe-

tróleo e Gás humberto Campos rangel; CoMitê

de Portos sérgio Fraga santos Faria

ciEBPresidente Carlos Gilberto Cavalcante Farias. 1º

VICE- prEsIdEntE reginaldo rossi. 2º ViCe- Presi-

dente Jorge Emanuel reis Cajazeira. 3º ViCe- Presi-

dente Carlos Antonio Borges Cohim da silva. dire-

tores titulares Arlene Aparecida Vilpert; Benedito

Almeida Carneiro Filho; Cleber Guimarães Bastos;

luiz da Costa neto; luis Fernando Galvão de Almei-

da; marcelo passos de Araújo; mauricio lassmann;

paula Cristina Cánovas Amorin; roberto Fiamen-

ghi; thomas Campagna Kunrath; Walter José papi;

Wesley Kelly Felix Carvalho; diretores suPlentes

Antonio Fernando suzart Almeida; Carlos Antônio

Unterberger Cerentini; décio Alves Barreto Junior;

Fernando Elias salamoni Cassis; hilton moraes

lima; Jorge robledo de oliveira Chiachio; José luiz

poças leitão Filho; mauricio Carvalho Campos; su-

dário martins da Costa; Conselho FisCal – eFetiVos

luiz Augusto Gantois de Carvalho; rafael Cardoso

Valente; roberto Ibrahim Uehbe; Conselho FisCal –

suPlentes Felipe pôrto dos Anjos; rodolpho Caribé

de Araújo pinho neto; thiago motta da Costa.

SESiPresidente do Conselho e diretor reGional

Carlos Gilberto Farias.

suPerintendente Armando da Costa neto

SEnaiPresidente do Conselho Carlos Gilberto Farias.

diretor reGional leone peter Andrade

iElPresidente do Conselho e diretor reGional

Carlos Gilberto Farias.

suPerintendente Evandro mazo

diretor exeCutiVo do sisteMa Fieb

Vladson menezes

Para informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

Unidades do Sistema FIEB

sesi – serViço soCial da indústria

sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9930@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

senai – serViço naCional de aPrendizaGeM industrial

sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-5609@Barreiras: (77) 3612-2188

iel – instituto euValdo lodi

sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista: (77) 3424-2558

Cieb - Centro das indústrias do estado da bahia

sede: (71) 3343-1214

sistema fieb nas mídias sociais

Editada pela superintendência de Comunicação Institucional

do sistema Fieb

Conselho editorial mônica mello, Cleber Borges e patrícia moreira. Coordenação edito-

rial Cleber Borges. editora

patrícia moreira. rePortaGeM

patrícia moreira, Carolina men-donça, marta Erhardt, luciane Vivas e surenã dias (estagiá-rio). ProJeto GráFiCo e diaGra-

Mação Ana Clélia rebouças. FotoGraFia Coperphoto. ilus-

tração e inFoGraFia Bamboo Editora. iMPressão Gráfica trio.

Federação das indústrias

do estado da bahia

rua Edístio pondé, 342 – stiep, CEp.: 41770-395 / Fone:

71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-

tria_online

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da FIEB.

Page 5: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Carlos Gilberto

Farias, presidirá o

CIEB até 2018,

tendo Reginaldo

Rossi como 1º vice

CIEB tEm nova dIrEção

Escola, inaugurada em agosto, tem

capacidade para 4 mil alunos por

ano e recebeu investimentos de

R$ 600 mil em obras e na aquisição

de equipamentos

SEnaI amplIa ofErta dE EnSIno téCnICo Em alagoInhaS

Presidente Dilma Rousseff visitou os

laboratórios do SENAI Cimatec,

aprovou o nível educacional da

instituição e disse que vai replicar o

modelo integrado de ensino

dIlma rouSSEff ElogIa o SEnaI CImatEC

FIEB, Caixa e

Sebrae lançam

serviço de apoio

as pequenas

indústrias

QuInta do CrédIto

Empresários e

lideranças da

FIEB, Faeb e

Fecomércio

apresentaram as

demandas de cada

setor aos

candidatos ao

governo

agEndaS SEtorIaIS

sumárIo jul/ago 2014

12

ilustração Gentil

8

14

6 23

mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

mArCE

lo G

AndrA/C

opEr

pho

to

mArCE

lo G

AndrA/C

opEr

pho

to

mArCE

lo G

AndrA/C

opEr

pho

to

ro

BEr

to A

BrEU

/Co

pEr

pho

to

Page 6: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

6 Bahia Indústria

por Patrícia Moreira

FIEB, Sebrae e Caixa criam serviço Quinta do CréditoIniciativa visa apoiar as micro, pequenas e médias empresas industriais com suporte à contratação de crédito

Com o intuito de apoiar e

contribuir para o aumen-

to da competitividade das

micro, pequenas e médias

empresas (MPME) industriais, a

Federação das Indústrias do Es-

tado da Bahia (FIEB) assinou, no

início de agosto, termo de coo-

peração com a Caixa Econômica

Federal (Caixa) e o Sebrae-Ba que

institui a Quinta do Crédito.

Iniciativa inovadora da FIEB,

o projeto, que está vinculado à

Gerência de Estudos Técnicos da

Superintendência de Desenvolvi-

mento Industrial, visa auxiliar as

MPME na contratação de opera-

ções de crédito. Graças à parceria,

o Sebrae entra com o serviço de

orientação ao empresário sobre

plano de negócio, plano de inves-

timentos e avaliação do perfil do

negócio, enquanto que a Caixa

atua na concessão do crédito pro-

priamente dita, orientando sobre

campanha pela presidência da FIEB e o atual minis-

tro das Cidades ocupava o posto de superintendente

regional da Caixa. “O Ministro Gilberto Occhi é o pa-

drinho dessa ideia e é com grande alegria que hoje

estamos aqui para selar este compromisso”, destacou.

“Uma das prioridades da nossa gestão à frente do

Sistema FIEB é concentrar esforços para aumentar a

competitividade das micro, pequenas e médias em-

presas industriais da Bahia. É a partir dessa perspec-

tiva que estamos formalizando essa parceria, resul-

tado da uma bem-sucedida articulação entre a FIEB

e as duas instituições parceiras”, acrescentou Carlos

Gilberto Farias.

AFINIDADE DE INTERESSESO vice-presidente da Caixa José Henrique Cruz

destacou a afinidade de interesses entre as institui-

ções. “Para nós, este acordo vai trazer uma condição

melhor de estarmos mais próximos das micro, peque-

nas e médias empresas da Bahia, particularmente as

indústrias. Ou seja, também tem um viés de desen-

volvimento, de emprego e de geração de renda. Então,

tem tudo a ver com a missão e com o planejamento da

Caixa de ser o banco das micro, pequenas, médias e

grandes empresas”.

as melhores opções para o perfil

da empresa e indicação das taxas

de juros mais competitivas.

A parceria foi formalizada em

solenidade realizada na sede da

FIEB e contou com a presença do

ministro das Cidades, Gilberto

Occhi. Assinaram o termo de co-

operação o presidente da FIEB,

o superintendente do Sebrae-Ba,

Edival Passos, e o vice-presidente

de Varejo da Caixa, José Henri-

que Marques da Cruz. Também

participaram da solenidade o su-

perintendente nacional da Caixa,

Odilon Soares, e o presidente da

Federação do Comércio (Fecomér-

cio), Carlos Andrade.

De acordo com o presidente da

FIEB, Carlos Gilberto Farias, a ideia

de oferecer uma solução de atendi-

mento ágil na área de concessão de

crédito para os micro, pequenos e

médios empresários industriais

surgiu quando ele ainda estava em

Page 7: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 7

solenidade na

Fieb marcou

a implantação

do novo

serviço

Cruz também ressaltou o fato

de que a iniciativa vai proporcio-

nar uma maior agilidade na con-

cessão de crédito a estes empresá-

rios, bem como reforçar o papel da

instituição no fomento ao desen-

volvimento.

O superintendente do Sebrae

Bahia, Edival Passos, que já de-

senvolve outras ações em parceria

com a FIEB, apoiando, por exem-

plo, o programa de interioriza-

ção, elogiou a Quinta do Crédito,

classificando-a como uma inicia-

tiva “inovadora e extremamente

importante”. “O Sebrae está pron-

to para prestar mais este serviço

para as empresas industriais, im-

plantando um atendimento indi-

vidualizado de orientação sobre

viabilidade na contratação de cré-

dito”, acrescentou.

O vice-presidente da FIEB para

as Micro e Pequenas Empresas e

coordenador do Conselho dedica-

do às MPME (Compem) na Federa-

ção, Carlos Gantois, lembrou que a

demanda pelo aporte de capital é

uma das maiores dificuldades pa-

ra os empresários do segmento. “A

assinatura desse convênio é funda-

mental para estas empresas e espe-

ramos que ela represente o início

de novas iniciativas para a indús-

tria por parte da FIEB, tornando-a

mais forte, coesa e mais bem repre-

sentada no seu segmento”.

O atendimento aos empresá-

rios teve início no dia 21 de agos-

to. Toda quinta-feira é oferecida

consultoria individualizada, reali-

zada por profissionais da Caixa e

do Sebrae, que orientam sobre os

mecanismos de qualificação com

vistas à obtenção de crédito. O Ter-

mo de Cooperação ficará em vigor

até dezembro de 2015 e a proposta

é que sejam atendidas por ano 240

empresas industriais. [bi]Fotos mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

>Quinta do Crédito, toda quinta-feira, das 9 às 17 horas, na FIEB

Page 8: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

8 Bahia Indústria

a nova diretoria do Centro

das Indústrias do Estado da

Bahia (CIEB) tomou posse

no dia 28 de agosto, reafirmando o

propósito de fortalecer a represen-

tação sindical e apoiar a efetiva-

ção do programa de Interiorização

da Federação das Indústrias do

Estado da Bahia (FIEB). O presi-

dente da FIEB, Carlos Gilberto Fa-

rias, vai dirigir a entidade no qua-

driênio 2014-2018. Também fazem

parte da nova diretoria Reginaldo

Rossi, 1º vice-presidente; Jorge Ca-

jazeira, 2º vice-presidente; e Car-

los Antonio Cohim Silva, 3º vice-

-presidente.

“Queremos que o Centro das

Indústrias ocupe um lugar de des-

nova diretoria do CIEB toma posse

roBErto ABrEU/CopErphoto/sIstEmA FIEB

reginaldo

rossi, 1º vice-

presidente do

Cieb discursa,

ao lado do

presidente

Carlos Gilberto

Farias

taque e seja mais um instrumento

para a consolidação do Programa

de Interiorização e para o atendi-

mento aos micro, pequenos e mé-

dios empresários baianos”, ressal-

tou Farias, durante a cerimônia de

posse, realizada na sede da FIEB.

O primeiro vice-presidente,

Reginaldo Rossi, destacou que o

CIEB é o elo entre as indústrias

baianas – especialmente aquelas

situadas no interior do estado –,

as casas que compõem o Sistema

FIEB e parceiros como o Sebrae.

Segundo ele, o objetivo é aproxi-

mar cada vez mais o Sistema FIEB

dos empresários, ouvindo suas

necessidades e estimulando-os a

participar mais ativamente do pro-

cesso de defesa de interesses.

Para isto, o CIEB está estrutu-

rando bases nas regiões prioritá-

rias do Programa de Interioriza-

ção, com o objetivo de levantar

os gargalos e demandas das in-

dústrias para que SESI, SENAI e

IEL possam discutir e apresentar

soluções. “É através deste traba-

lho que vamos efetivar o processo

de interiorização. Temos que levar

capacitação, formação de mão de

obra e inovação”, afirmou.

Rossi destacou, ainda, que a

meta da nova diretoria é ampliar,

nos próximos quatro anos, o nú-

mero de empresas associadas ao

CIEB, saltando de 650 para 1,8 mil

filiadas.

A cerimônia de posse da nova

diretoria do CIEB contou com a

presença do secretário estadual

de Indústria, Comércio e Mine-

ração, James Correia; do diretor

de Ciência e Tecnologia da Con-

federação Nacional da Indústria

(CNI), Rafael Lucchesi; do presi-

dente da Federação da Agricultu-

ra e Pecuária do Estado da Bahia

(FAEB), João Martins; da vice-pre-

sidente do Tribunal Regional do

Trabalho (TRT), desembargadora

Nélia de Oliveira Neves; do su-

perintendente do Sebrae, Edival

Passos; do presidente da Associa-

ção Comercial da Bahia, Marcos

Meireles e do deputado estadual

Álvaro Gomes. [bi]

Carlos Gilberto Farias defende que a entidade seja mais um vetor do programa de interiorização da FIEB

Page 9: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

circuito

Bahia Indústria 9

por ClEBEr BorgES

“o futuro dESEjado dEvE CondICIonar o prESEntE – SE QuEr algo daQuI

a CInCo anoS, planEjE E faça hojE.”

norberto odebrecht, falecido em 19.7.2014. Fundou a empresa que leva seu nome e que emprega mais de 180 mil pessoas, em 23 países, de todos os continentes.

balcão único para licenças ambientais Se houvesse um balcão único que

concentrasse os procedimentos

administrativos para a

emissão das licenças

ambientais, isso pouparia

tempo e restringiria a

burocracia. Essa é uma das

sugestões da indústria brasileira,

encampada pela FIEB, aos

candidatos à Presidência da

República nas próximas eleições.

O setor industrial sugere também

a criação de incentivos para

empreendimentos que adotem

medidas voluntárias de gestão

ambiental. Por exemplo,

descontos nas taxas e redução no

tempo de análise de renovação de

licença. Defende, ainda, que a

autorização para pesquisas saia

junto com o licenciamento.

indústria propõe criar dez faixasPara estimular o crescimento das

indústrias incluídas no Simples, a

CNI propõe a criação de dez

faixas de faturamento, com

aumentos progressivos, até

atingir R$ 16 milhões. A partir

desse valor, a empresa entraria no

regime normal de tributação. “É

preciso oferecer um período de

experiência mais longo para que

os gestores possam se adaptar

antes de enfrentarem o ambiente

tributário normal. Hoje, a falta da

transição desestimula o

crescimento”, explica o diretor de

Desenvolvimento Industrial da

CNI, Carlos Abijaodi. O critério

para considerar empresas com

renda de até R$ 16 milhões como

de pequeno porte já é adotado na

concessão de empréstimos pelo

BNDES.

transição na saída do simplesMesmo com a sanção presidencial do novo texto da Lei Geral das Micro e Pequenas

Empresas, em 7 de agosto último, ainda há muito o que se fazer para estimular esse

segmento no país. Por exemplo, muitos empreendimentos relutam em investir para

crescer, por temor de ultrapassar o limite do Simples, o faturamento de R$ 3,6

milhões/ano. Hoje, as indústrias que faturam esse montante pagam R$ 435.960 em

impostos/ano pelo Simples. Se o faturamento aumentar apenas um centavo, a

empresa pagará R$ 705.967 em impostos, uma alta de 62%, desproporcional ao

crescimento da receita. Por essa razão, a indústria nacional sugere a criação de novas

faixas de tributação para empreendimentos beneficiados pelo sistema especial.

Cresce a participação dos importados

O Coeficiente de Penetração das

Importações, que mede a

participação dos produtos

importados no consumo nacional,

subiu para 21,8% no segundo

trimestre do ano, 1,2 ponto

percentual a mais em relação ao

mesmo período de 2013, maior

alta da série histórica, que

começou em 2007. O Coeficiente

de Exportação, que mostra a

importância do mercado externo

para a produção da indústria,

ficou em 19,2%, estável em

relação ao do primeiro trimestre.

Segundo o estudo Coeficientes de

Abertura Comercial, da

Confederação Nacional da

Indústria, as importações

continuam ganhando

importância no mercado interno,

mas a indústria brasileira não

aumenta suas exportações, o

que confirma sua falta de

competitividade.

Page 10: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

10 Bahia Indústria

sindicatos

mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Para capacitar empresários e técnicos das indústrias de cosméticos em relação à RDC 48, o Sindicato da Indústria de Cosméticos e de Perfumaria (Sindcosmetic-BA), em parceria com a Abihpec, promoveu, dia 4 de agosto, na FIEB, o seminário Boas Práticas de Fabricação para Produtos de Higiene Pessoal, Cosméticos e Perfumes. A nova resolução da Anvisa valida o regulamento técnico que privilegia a qualidade dos produtos do setor. O consultor da Abihpec, Artur Gradim, traçou um cenário da produção dos cosméticos no país e orientou as empresas sobre como melhor atender à resolução. “Precisamos ter marcas fortes, com qualidade, para que o produto baiano seja valorizado na Bahia”, afirmou o empresário Raul Menezes, presidente do Sindcosmetic.

Fabrício

Corrêia e raul

Menezes,

ex e atual

presidentes do

sindicosmetic

Sindicosmetic discute regulamento de boas práticas

nova diretoria tomou posse Conscientizar o industrial do

setor de cosmético e perfumaria

para a importância da

representação empresarial é o

foco da nova diretoria do

Sindicato da Indústria de

Cosméticos e de Perfumaria do

Estado da Bahia, que tomou

posse 26 de agosto, para mandato

até 2017. Entre as propostas, está

a criação de um projeto de

certificação dos produtos

fabricados pelo setor na Bahia. “O

empresário tem que entender o

seu papel como ator das

mudanças para o setor”, ressaltou

o presidente, Raul Menezes.

desafios da representação em debate Com o tema Desafios do líder sindical empresarial,

lideranças sindicais das indústrias baianas

participaram de encontro, dia 17 de julho, na

FIEB. A promoção da defesa de interesses do setor,

a mudança na postura de negociação coletiva e a

prestação de serviços foram alguns dos pontos

abordados pelo consultor da CNI, Luciano

Pinheiro. Para ele, “realinhar a atuação dos

sindicatos empresariais passa pela mudança de

postura dos dirigentes em entender como ampliar

a participação das empresas”. No segundo dia do

evento, executivos e técnicos participaram do

curso O papel do executivo na superação dos

desafios do sindicato. Os encontros fazem parte do

Programa de Desenvolvimento Associativo,

realizado em parceria com a Confederação

Nacional da Indústria.

João A

lVArEz

/sIs

tEm

A F

IEB/A

rq

UIV

o

sincar inicia reuniões itinerantesEmpresários de frigoríficos

estiveram reunidos em Feira de

Santana, dia 4 de agosto, para a

primeira reunião itinerante do

Sindicato das Indústrias de

Carnes e Derivados (Sincar-Ba)

em 2014. As reuniões têm o intuito

de levar informações e discutir

soluções para as dificuldades

apresentadas e demandas das

empresas do interior. A ideia é

realizar encontros em cidades

estratégicas do estado.

Moveba participa de intercâmbio de lideranças O presidente do Sindicato da

Indústria do Mobiliário (Moveba),

João Schnitman, participou, dia 5

de agosto, em Vitória/ES, do

Intercâmbio de Lideranças

Setoriais da Indústria Moveleira,

promovido pela CNI. No encontro,

foram apresentadas as boas

práticas no setor e discutidas

propostas de solução. “A troca de

experiências é sempre muito

enriquecedora. Sabermos o que os

outros sindicatos têm feito e a

criação de um grupo de discussão

nos farão ter acesso mais rápido às

novidades”, destacou o presidente.

João schnitman representou o

Moveba em encontro nacional

Page 11: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 11

UrBIno BrIto/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Empresários do setor de cerâmica participaram, no

dia 24 de julho, do Encontro de Ceramistas do

extremo-sul, realizado em Eunápolis. O evento,

promovido pelo Sindicato das Indústrias de

Cerâmica (Sindicer), em parceira com a FIEB e o

Sebrae, discutiu os impactos da fiscalização

trabalhista e ambiental para a competitividade do

setor. “Fiscalização ambiental e do trabalho são

algumas das principais dificuldades enfrentadas

atualmente pelos ceramistas da Bahia”, alertou o

presidente do Sindicer, Manuel Ventin Ventin. Este

foi o primeiro evento de uma série de encontros que

serão realizados para levar informações e ouvir

demandas das empresas do interior.

sindisabões discute temas de impacto no setor, em Vitória da Conquista Vitória da Conquista sediou, no dia 1º de agosto, o 1º

Encontro Sindisabões Regional Sul e Sudeste da

Bahia. A iniciativa, do Sindicato das Indústrias de

Sabões, Detergentes e Produtos de Limpeza e Velas

(Sindisabões-BA), tratou de temas ligados ao setor,

buscando soluções conjuntas com órgãos

fiscalizadores. Além de empresários, dirigentes do

sindicato e da FIEB, o encontro contou com a

presença de representantes da Diretoria Regional de

Saúde, Vigilância Sanitária, Procon, SESI e Sebrae, e

palestras da Divisa/Bahia e do Ibametro. “A ideia é

tornar as indústrias de saneantes da Bahia

referência nacional na regularização e aplicação das

boas práticas de fabricação”, destacou o presidente

do Sindisabões, Juan José Rosário Lorenzo.

sinprocim promove capacitação em tecnologia do concreto e argamassaObjetivando aprimorar as competências técnicas de

produção e a produtividade do setor, o Sindicato das

Indústrias de Produtos de Cimento

(Sinprocim-BA), com o apoio do SENAI,

promoveu o curso Tecnologia do

Concreto e Argamassa - Aspectos

Técnicos e Ensaios. As aulas

acontecem duas vezes ao mês, e

seguem até 22 de novembro, às sextas

e sábados, com as opções de 48h e 80h

de carga horária. “Trata-se de um projeto

piloto para atender, inicialmente, as indústrias da

Região Metropolitana e do Recôncavo e,

posteriormente, as das demais regiões”, destacou o

presidente do Sinprocim, José Carlos Soares.

Cruz das almas sedia 44ª reunião da Cadeia Produtiva do tabacoO Sindicato das Indústrias de Tabaco, a Câmara

Setorial do Charuto da Bahia e o Sindicato dos

Trabalhadores da Indústria do Fumo promoveram,

no dia 22 de julho, no município de Cruz das Almas,

a 44ª Reunião da Câmara Setorial da Cadeia

Produtiva do Tabaco. O objetivo foi discutir a

produção de tabaco no país e as ações desenvolvidas

na Bahia em defesa da cadeia produtiva do charuto.

A cultura do tabaco sustenta economicamente mais

de 30 municípios do Recôncavo Baiano.

Caderno apresenta tendências para o inverno 2015 O Sindicato da Indústria de Vestuário de Feira de Santana e Região

(Sindvest/FSA), em parceria com o SENAI e o Sebrae, lançou no dia

24 de julho, na Associação Comercial de Feira de Santana, o

Caderno de Macrotendências - Inverno 2015. O catálogo tem por

objetivo integrar o calendário fixo de eventos ligados ao setor.

“Estamos definindo, junto com o sindicato e o SENAI, um

Programa de Oficinas de Moda para serem apresentadas em 2015,

juntamente com o caderno”, ressaltou o gestor de projetos do

Sebrae, Renato Lisboa. A publicação foi apresentada pela

consultora de moda do SENAI, Analívia Lessa, especialista em

design e mestranda em Artes Visuais. O tema apresentado para o

Inverno 2015, intitulado Intensidade, mostrou a diversidade de

tramas e materiais que serão usados na estação mais fria do ano.

Encontro reúne ceramistas baianos

Manuel Ventin

quer ouvir as

demandas dos

empresários

do interior

Page 12: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

12 Bahia Indústria

por Patrícia Moreira

SENaI inaugura escola em alagoinhasEstabelecimento com capacidade para 2 mil alunos é voltado para o ensino técnico em áreas como petróleo e gás, química, automação, manutenção industrial e tI

Com a oferta de 25 turmas do Pronatec e outras

15 de curso técnico, foi inaugurada Escola do

Seviço Nacional de Aprendizagem Industrial

(SENAI), em Alagoinhas, no dia 1º de agosto,

pelo presidente da Federação das Indústrias do Esta-

do da Bahia, Carlos Gilberto Cavalcanti Farias, e pelo

diretor regional do SENAI Bahia, Leone Peter. Com

capacidade anual de formar 4 mil pessoas, incluindo

os cursos de curta duração do Pronatec e os cursos

técnicos, a escola surge como uma oportunidade de

capacitação para jovens e trabalhadores interessados

em se preparar para o mercado de trabalho.

Entre os cursos técnicos são oferecidas 15 turmas

em rede de computadores, logística, segurança do

trabalho, mecânica e em eletromecânica, este, ofe-

recido em parceria com a Brasil Kirin. A escola atua

nas áreas de petróleo e gás, química, automação, ma-

nutenção industrial, gestão de produção, alimentos

Page 13: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 13

Fotos mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

escola do

senai oferece

cursos de

capacitação de

curta duração

e técnicos

e bebidas, construção civil, segurança do trabalho e

tecnologia da informação.

Para dotar a unidade de ensino da infraestrutura

adequada, o Sistema FIEB investiu R$ 600 mil nas

obras de reforma e na aquisição de equipamentos,

que dotaram o prédio da antiga escola técnica mu-

nicipal de 22 espaços pedagógicos, sendo 16 salas de

aula e seis laboratórios (usinagem e soldagem, manu-

tenção e refrigeração, química, informática, automa-

ção e instalações prediais), beneficiando as comuni-

dades de Alagoinhas e de cidades como Catu, Pojuca,

Esplanada e Entre Rios.

INAUGURAÇÃOA solenidade de inauguração contou com a pre-

sença do presidente da Federação das Indústrias do

Estado da Bahia (FIEB), Carlos Gilberto Farias, dos

vice-presidentes da FIEB, Carlos Gantois, e do CIEB,

Reginaldo Rossi, e do diretor João Schnitman; além

do prefeito de Alagoinhas, Paulo Cézar Simões, que

esteve acompanhado de secretários municipais. Re-

presentando o Sistema FIEB, a comitiva do presidente

Carlos Gilberto Farias incluiu, ainda, o diretor regio-

nal do SENAI Bahia, Leone Peter, os superintenden-

tes do SESI, Armando Neto, de Engenharia, Rodrigo

Alves, e de Desenvolvimento Industrial da FIEB, Mar-

cus Verhine.

Em seu discurso, após o descerramento da placa

de inauguração, Carlos Gilberto Farias reafirmou as

linhas gerais de sua gestão, que tem na interiorização

das ações do Sistema FIEB uma de suas prioridades.

Ao fazer um balanço de seus 100 dias de gestão, o

presidente destacou a intenção de ampliar a presença

do SENAI no município com a implantação de uma

escola regional.

O prefeito Paulo Cézar Simões ressaltou: “Temos

um polo de indústrias de bebidas forte, produção de

gás natural e precisávamos preparar a cidade para

gerar mais oportunidades para a população”.

O diretor regional do SENAI, Leone Peter, desta-

cou que a meta do Sistema FIEB é construir Centros

de Formação Regional no entorno das Unidades Re-

gionais do SENAI. Como parte também da proposta

de expansão do SENAI, dentro do Programa de In-

teriorização da FIEB, está a implantação de Centros

Tecnológicos, que atuarão em rede.

O vice-presidente para as micro, pequenas e mé-

dias empresas da FIEB, Carlos Gantois, observou que

a formação de pessoal qualificado atende à necessi-

dade das corporações, mas sobretudo, das peque-

nas empresas industriais, que não têm como fazer

investimentos em formação de mão de obra. O vice-

-presidente do CIEB, Reginaldo Rossi, também desta-

cou que o Brasil tem uma dívida com a Bahia com a

educação profissional. Ele reafirmou o compromisso

de fortalecer as representações sindicais.

Page 14: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

14 Bahia Indústria

por Marta erhardt

obras estruturantes de gran-

de porte como a Ferrovia

de Integração Oeste-Leste

(Fiol) e o Porto Sul trazem boas

perspectivas para a região sul do

Estado, que deve ganhar novo

impulso econômico nos próximos

anos. Neste contexto de desenvol-

vimento, o Sistema FIEB também

anunciou investimento de R$ 18,6

milhões para a construção de uma

unidade integrada na região.

O complexo, que vai abrigar

serviços realizados pelo SESI, SE-

NAI, IEL e CIEB, será construído

no km 13 da rodovia BR-415 (trecho

entre Ilhéus e Itabuna). A previsão

é que o novo equipamento seja en-

tregue em outubro de 2015. O pro-

jeto da unidade foi apresentado

Sul baiano ganhará unidade integradaCom investimento na ordem de r$18 milhões, unidade integrada da região sul deve ser entregue em outubro de 2015

Perspectiva

da fachada

da unidade

integrada

de ilhéus e

itabuna, que

vai abrigar os

serviços do

sesi, senai,

iel e Cieb

pela nova diretoria da Federação

das Indústrias do Estado da Bahia

(FIEB), durante visita à região, em

julho, em encontros com empre-

sários e lideranças da região.

“Pretendemos trabalhar muito

próximos do setor público, pois

entendemos que esta é a melhor

forma de conquistar resultados

mais efetivos”, pontuou o vice-

-presidente Ricardo Alban. Ele

destacou, ainda, que além das

unidades regionais, o Sistema

FIEB também vai investir na cons-

trução de 25 Centros de Formação

Profissional distribuídos em todo

o estado.

Em Ilhéus, o prefeito Jabes

Ribeiro ressaltou a importância

da unidade integrada do Sistema

Uma das empresas beneficia-

das com a presença do SENAI em

Alagoinhas é a Brasil Kirin, que

atualmente mantém contrato com

a entidade para ministrar cur-

sos de aprendizagem industrial

básico (CAI) e curso técnico em

manutenção. “Estamos na quarta

turma de aprendizes e na primeira

de curso técnico em manutenção

e já notamos a evolução dos estu-

dantes, que podem experimentar

na prática o que é aprendido na

teoria. Além disso, antes, estes jo-

vens saíam de Alagoinhas para se

capacitar e, agora, temos a opor-

tunidade de reter estes técnicos no

município, o que resolve um pro-

blema nosso que é a oferta de mão

de obra qualificada”, explica o ge-

rente de manutenção da empresa,

Sérgio Almeida, que foi aluno do

SENAI, nos anos 1980.

Outra empresa que está trei-

nando técnicos na escola do SE-

NAI é a Ferrovia Centro Atlântica,

por meio da subsidiária VLI. Para

Riedson dos Santos Ramos, de 26

anos, que está fazendo curso de

auxiliar operacional de manobra

de trem, a experiência está sendo

excelente. “Estou aproveitando tu-

do o que posso”, revela.

dIVUlGAção

Page 15: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 15

Presidente

visitou

fábrica da

bahia Vidros

temperados em

santo antonio

de Jesus

FIEB para qualificar ainda mais a

mão de obra local. Já o prefeito de

Itabuna, Claudevane Leite, desta-

cou que o equipamento vai contri-

buir para a atração de novos inves-

timentos para o sul da Bahia. “A

iniciativa é necessária e nos dará

a oportunidade de avançar e atrair

novos investimentos”, avaliou.

É o que também acredita o

presidente do Sindicato das In-

dústrias de Aparelhos Elétricos,

Eletrônicos, Computadores, Infor-

mática e Similares de Ilhéus e Ita-

buna (SINEC), William de Araújo.

“Estávamos precisando de um em-

purrão para que possamos desen-

volver mais a região. A presença

da FIEB mais forte aqui, além dos

serviços oferecidos, também vai

nos ajudar a defender os interes-

ses das indústrias junto ao poder

público”, defendeu.

A expectativa é que, com a no-

va unidade, o Sistema FIEB pos-

sa ampliar a sua atuação no sul

da Bahia. O SENAI, por exemplo,

estima média de 5 mil matrículas

anuais em cursos de diversas mo-

dalidades em 2016, somente nos

municípios de Ilhéus e Itabuna.

Segundo o gerente Jurandir Hen-

dler, atualmente, a média anual

é de 4 mil matrículas em toda a

região sul. Atualmente, estão em

curso no sul e extremo-sul do esta-

do, 31 turmas de Cursos Técnicos,

nas áreas de eletrônica, eletrome-

cânica; eletrotécnica; transportes

de cargas; celulose e papel; logís-

tica; redes de computadores; meio

ambiente; segurança do trabalho;

e informática.

INSTITUTO DE TEcNOlOGIAA unidade também vai abrigar

um Instituto SENAI de Tecnologia

(IST) em Eletroeletrônica, que vai

atuar com apoio tecnológico e pes-

quisa. Empresas da região, princi-

palmente as beneficiadas pela Lei

de Informática, já contam com es-

te apoio. O gerente do Centro Tec-

nológico, Yan de Medeiros, expli-

ca que atualmente o SENAI atua

com o desenvolvimento de softwa-

re, mas a partir da nova unidade

também terá condição de prestar

atendimento nas áreas de Elétrica,

Eletrônica e Telecomunicações.

Outra novidade é que a região

vai contar também com o EBEP,

programa que articula o ensino

médio do SESI com a educação pro-

fissional do SENAI. O IEL também

será reforçado com o novo equipa-

mento. A gerente da instituição,

Fernanda Moreira, ressalta que,

com a unidade integrada, a ins-

tituição terá mais estrutura para

promover treinamentos. O IEL atua

no sul da Bahia com desenvolvi-

mento de carreiras e atendimento

empresarial. Na área de estágio e

formação de talentos, a instituição

alocou mais de 13 mil estudantes

em estágio, desde 2011. Na área de

capacitação empresarial e apoio à

inovação, a instituição capacitou

mais de 800 líderes e executivos de

2012 até junho de 2014.

A instituição apoia as indús-

trias da região por meio de pro-

jetos como o Programa de Quali-

ficação de Fornecedores (PQF), o

Projeto Jogo da Inovação (JOIN) e

o Procompi Mineração. Até 2015,

o IEL pretende levar também para

a região sul o Projeto Extensão In-

dustrial Exportadora (PEIEX), pro-

jeto de capacitação para empresas

com potencial para a exportação,

criado em 2009 pela Agência Bra-

sileira de Promoção de Exporta-

ções e Investimentos do Brasil

(Apex-Brasil).

SANTO ANTONIO DE JESUS Outro município que será be-

neficiado com uma presença mais

forte do Sistema FIEB é Santo An-

tonio de Jesus, que irá ganhar uma

unidade integrada do SESI/SENAI.

O anúncio foi feito, no dia 22, du-

rante visita do presidente Federa-

ção das Indústrias do Estado da

Bahia (FIEB), Carlos Gilberto Fa-

rias ao município.

Pela manhã, a comitiva da FIEB

visitou o Showroom da Indústria,

conheceu a unidade de produção

e as obras de ampliação do labo-

ratório farmacêutico Natulab, a fá-

brica Bahia Vidros Temperados e a

unidade da Reconflex. [bi]

mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Page 16: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

16 Bahia Indústria

s Federações das Indústrias

(FIEB), do Comércio (Fecomér-

cio) e da Agricultura (Faeb) da

Bahia promoveram, no dia 31 de

julho, o Encontro Setores Produ-

tivos e Candidatos ao Governo

do Estado, que reuniu os can-

didatos Lídice da Mata (PSB),

Paulo Souto (DEM) e Rui Costa

(PT). Cada postulante respondeu

a perguntas formuladas por representantes das três

instituições, apresentou seu plano de governo e as

propostas para as áreas produtivas, além de receber

um documento contendo as demandas de cada setor.

Para o presidente da Federação das Indústrias,

Carlos Gilberto Farias, o encontro foi um êxito. “Con-

seguimos reunir as três federações e os candidatos ao

governo para discutir propostas que são transversais

a todos os setores e isso, além de uma iniciativa inédi-

ta, é muito importante para conhecer suas propostas

e apresentar nossas reivindicações e expectativas em

relação ao próximo governo”. Defensor de uma políti-

ca voltada para interiorização da indústria e o apoio

às micro, pequenas e médias empresas, o presidente

da FIEB acredita que o próximo governador da Bahia

terá como desafio direcionar de forma mais efetiva

o eixo de desenvolvimento para o interior, isso não

apenas para atender à indústria, como também aos

setores da agricultura e do comércio baiano, que são

atividades transversais.

Na avaliação do presidente da Federação da Agri-

cultura, João Martins, o evento serviu para convencer

as três grandes federações do estado a trabalharem

juntas. “Procuramos mostrar ao futuro governador

que nós agora vamos trabalhar unidos e nossas rei-

vindicações vão ser levadas em conjunto. Isso nos

por carolina Mendonça

FIEB, Faeb e Fecomércio apresentam demandas a candidatos ao governo e conhecem principais propostas para setor produtivo

Pauta unificada

Page 17: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 17

Pauta unificadamArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Page 18: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

18 Bahia Indústria

dará mais força para reivindicar.

Estamos mostrando que o seg-

mento produtivo não pode mais

trabalhar isoladamente. Essa é a

nossa proposta e nós tivemos êxi-

to”, afirmou.

O presidente da Federação do

Comércio, Carlos Andrade, lem-

brou que a proposta das três fe-

derações foi se fazer ouvir pelos

candidatos ao governo. “Essa in-

teração que as federações estão

propondo é importante para que o

próximo governador ouça nossas

reivindicações e nós temos muito

a contribuir”.

A avaliação dos candidatos foi

igualmente positiva. “Fiquei mui-

to satisfeito por ver uma integra-

ção entre as três federações, por

eles apresentarem sugestões efeti-

vas para o governo e me compro-

meti a aprofundar ao máximo esse

diálogo, propondo até a criação

de uma agência de promoção de

investimentos para a Bahia, com

a participação das três federações

e a governança do estado. As fe-

derações deram prova de uma in-

tenção efetiva de participar mais

ativamente do desenvolvimento

econômico do estado”, observou

Paulo Souto.

Para o candidato governista Rui

Costa, o encontro foi importante

para que pudesse apresentar suas

propostas nas áreas de infraestru-

tura, logística e qualificação. Na

sua avaliação, o fim da guerra fis-

cal exigirá do governo uma política

voltada para melhorar a competi-

tividade do setor produtivo. Costa

defende, ainda, que seja mantido

um diálogo permanente e regular

com o setor produtivo para assegu-

rar o desenvolvimento do estado.

Lídice falou sobre a pauta apre-

sentada pelas federações e disse

ter constatado que ela está alinha-

da com suas propostas de governo.

Ela identificou uma unanimida-

de no diagnóstico da economia

baiana feito pelas federações, que

aponta uma alta de concentração

dos setores produtivos na macror-

região de Salvador. Por isso, consi-

dera que o grande desafio da Bahia

é a sua integração econômica.

DEmANDASNo evento, as três federações

oficializaram a entrega de uma

agenda, contendo as reivindica-

ções e sugestões de cada setor,

como forma de contribuir para a

formulação das políticas públicas

“Conseguimos reunir as três federações e os candidatos ao governo para discutir propostas transversais a todos os setores e isso, além de uma iniciativa inédita, é importante para conhecer suas propostas e apresentar nossas expectativas

Carlos Gilberto Farias, presidente da FIEB

Page 19: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 19

o candidato

Paulo souto,

ao lado dos

presidentes da

Faeb, Fieb e

Fecomércio

mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

da próxima administração estadual. Entre os itens

apresentados, há pontos comuns, como as questões

que envolvem infraestrutura e logística (melhoria da

malha viária, ferrovias e portos), desburocratização

e a necessidade de mais investimentos em inovação

e tecnologia.

No documento entregue pela FIEB, tiveram desta-

que as propostas de melhoria de rodovias e portos,

construção de novas ferrovias e canais de escoamen-

to da produção, a fim de garantir competitividade; re-

dução de alíquotas tributárias; capacitação e inova-

ção tecnológica; e uma política diferenciada para as

MPME, incluindo simplificação de documentos exigi-

dos, redução de prazos para abertura e licenciamento

de novos negócios e também de tributos; flexibiliza-

ção do crédito; e tratamento diferenciado de órgãos

estaduais, a exemplo da Divisa e Ibametro.

O presidente da instituição ressaltou, também, a

importância das reformas estruturais nacionais para

o crescimento da indústria e a modernização da eco-

nomia brasileira. “O papel do governo federal é cru-

cial na criação de um ambiente favorável aos inves-

timentos, atuando no controle das contas públicas e

na aplicação de recursos em questões prioritárias”,

defendeu Carlos Gilberto Farias.

Para a Faeb, entre os vários temas levantados, des-

tacam-se a questão do semiárido; insegurança jurídi-

ca, por conta das disputas por terra; a retomada da

assistência técnica e a importância dos investimentos

em tecnologia e inovação; capacitação profissional;

defesa sanitária; a criação de um sistema informati-

zado de dados sobre agricultura e pecuária; e incen-

tivos à internacionalização de mercados.

“Essas ideias foram elaboradas a partir de uma

ampla pesquisa, realizada ao longo de três meses,

que mobilizou nossa rede de sindicatos de produtores

rurais, diversas instituições e entidades ligadas ao

setor, além de cooperativas, associações e produtores

rurais de todo o estado”, explicou o presidente da Fe-

deração da Agricultura, João Martins.

Já a Fecomércio apresentou uma agenda para o

comércio de bens, serviços e turismo, ressaltando

que, na Bahia, o setor responde por 66% do PIB e

pela maioria dos empregos formais gerados no esta-

do. “O segmento está ampliando sua importância na

economia baiana. Neste sentido, é fundamental que o

governo do estado ouça as propostas e reivindicações

no momento de estabelecer uma política que atenda

às expectativas”, afirmou o presidente da Federação

do Comércio, Carlos Andrade.

As principais demandas do setor, de caráter pulve-

rizado e multifacetado, foram resumidas em: melhor

infraestrutura e mobilidade urbana; política tributária

justa; acessibilidade a linhas de crédito, especialmen-

te para as empresas de pequeno porte; redução da bu-

rocracia; estímulo à inovação e empreendedorismo; e

atração de novos investimentos para o estado.

PROPOSTASPrimeira convidada a falar, Lídice da Mata des-

tacou que a economia baiana cresceu, mas que os

números não se refletiram em avanços no desenvol-

vimento social, já que a produção continua concen-

trada em algumas regiões do estado. “Para se ter uma

ideia, cerca de 370 municípios baianos representam

apenas 15% da produção. O dado se materializa na

Page 20: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Lídice da MataInDústrIa» Fortalecimento dos distritos industriais com melhoria da infraestrutura» Elaboração de planos diretores para o entorno de grandes obras, a exemplo da FIOL e do Porto Sul, a fim de atender a diversas cadeias produtivas.

agrIcuLtura e pecuárIa» Criar a agência de desenvolvimento para o oeste da Bahia» Ações mais efetivas para o Semiárido baiano, a exemplo de um corredor ecológico, a fim de garantir os recursos hídricos da região, já escassos.

comércIo» Fim do ICMS antecipado para as MPME» Interiorização do turismo

transversaIs» Escola de Tempo Integral» PNAIC estadual (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa)

»PrinCiPais ProPostas dos Candidatos

Paulo SoutoInDústrIa » Medidas compensatórias para os estados nordestinos diante do fim da guerra fiscal» Melhora dos distritos industriais do interior

agrIcuLtura e pecuárIa» Sistema de produção próprio para o Semiárido, com utilização de pouca água, (a exemplo da criação de animais de pequeno porte)» Agilizar processos de licenciamento ambiental e regularização fundiária.

comércIo» Repensar o Centro de Convenções» Criação de um Programa Estadual de Logística e Transporte (PELT)

transversaIs» Planejamento de médio e longo prazos» Agência de atração de investimentos para a Bahia

Rui CostaInDústrIa » Estruturação de um Polo Industrial do Recôncavo (próximo ao Estaleiro São Roque) e adensamento de cadeias produtivas. » Recuperação e construção de novas vias, a exemplo de um ramal ferroviário que ligará Belo Horizonte (MG), Feira de Santana (BA) e o Porto de Aratu.

agrIcuLtura e pecuárIa» Replanejamento da assistência técnica e diálogo com as universidades públicas para transferência de tecnologia» Complexos logísticos ao longo da FIOL, nos entroncamentos da ferrovia com as BR (101, em Itabuna, 116, em Jequié, entre outros trechos)

comércIo» Mobilidade: nova organização da RMS no que se refere à locomoção» Deslocamento da rodoviária para a BR-324

transversaIs» Fundo de Desenvolvimento do Nordeste» 150 mil matrículas de ensino profissionalizante na rede estadual

Page 21: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 21

enorme desigualdade social que ainda temos no es-

tado”, afirmou.

A candidata destacou a importância do investi-

mento em educação e planejamento para mudar es-

te cenário. Ela propôs a criação de uma agência de

desenvolvimento para o oeste da Bahia e ações mais

efetivas para o Semiárido baiano. Lídice propôs o fim

do ICMS antecipado para as MPME, defendeu o forta-

lecimento dos distritos industriais e a elaboração de

planos diretores para o entorno de grandes obras, a

exemplo da FIOL e do Porto Sul. Além disso, mostrou-

-se favorável à estadualização dos portos da Bahia.

Já Rui Costa apresentou as obras de mobilidade

urbana e de infraestrutura viária que pretende tocar,

a exemplo de um ramal ferroviário que ligará Belo

Horizonte (MG), Feira de Santana (BA) e o Porto de

Aratu. Ele afirmou que a Bahia enfrenta um desafio

orçamentário, por conta dos gastos com a previdên-

cia dos servidores estaduais e a baixa arrecadação,

mas que o estado voltou a ter planejamento e que uma

segunda etapa desta política prevê o desenvolvimen-

to de polos dinamizadores da economia baiana, com

projetos articulados entre si. “É preciso dar estes sal-

tos de efeito dominó”, enfatizou.

O candidato defendeu o adensamento das cadeias

produtivas, a criação de um Fundo de Desenvolvi-

mento do Nordeste; uma nova malha viária no entor-

no de Feira de Santana, a fim de fazer da região um

grande complexo logístico; e a estruturação de um

Polo Industrial do Recôncavo, a partir do funciona-

mento do Estaleiro.

O candidato do DEM fez críticas à gestão atual e

afirmou que a Bahia vem perdendo competitividade.

Paulo Souto reconheceu a dificuldade de atrair “in-

teligências” para os quadros técnicos do governo e

disse que conta com as federações para uma admi-

nistração participativa, caso seja eleito. “Acho que

este diálogo com os setores produtivos deve ser per-

manente”, afirmou.

Souto defendeu uma reforma administrativa, a fim

de modernizar a gestão pública, aproximando-a da

gestão empresarial, além de maiores investimentos

em infraestrutura. Ele propôs a criação de um Progra-

ma Estadual de Logística e Transporte (PELT) e de uma

agência de desenvolvimento e atração de investimen-

tos com um modelo de governança compartilhado en-

tre o estado e a iniciativa privada. Com o fim da guerra

fiscal, o candidato afirmou que é preciso dialogar com

o governo federal no sentido de se estabelecer medidas

compensatórias para os estados nordestinos. [bi]

lídice da Mata

(esquerda)

e rui Costa

apresentaram

suas

propostas aos

empresários

dos três

setores

Fotos mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Page 22: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

22 Bahia Indústria

conselhos

mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Mobilização garante continuidade de redução do irPJ às indústriasAs indústrias instaladas na Região Norte/Nordeste

tiveram restabelecido o direito ao gozo do incentivo

de redução do IRPJ pelo prazo de 10 anos. A

legislação anterior reduzia gradativamente esse

prazo de 9 anos (em 2015) para 5 anos (em 2018). A

conquista resulta de mobilização do Conselho de

Assuntos Fiscais e Tributários (Caft), que levou a

questão à CNI. Outra iniciativa do Caft foi a criação

de um Grupo de Trabalho para discutir o processo de

fiscalização e as autuações lavradas pelo Ibametro,

tendo em vista a aplicação de penalidades

excessivas e a violação aos princípios do devido

processo legal e da segurança jurídica.

Competitividade da indústria de gás foi debatida na FiebO Seminário Agenda da Indústria para a

Competitividade do Gás foi realizado no dia 25 de

agosto, em Salvador, com o objetivo de discutir as

demandas e propostas do setor para o

desenvolvimento do mercado do gás natural de

maneira competitiva e sustentável. Encontros

semelhantes também estão sendo organizados no

Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina. Os

resultados desse trabalho serão apresentados às

equipes dos principais candidatos à Presidência da

República em seminário a ser realizado em Brasília,

em setembro. O seminário é uma iniciativa da CNI e

do Projeto + Gás Brasil, em parceria com a FIEB, por

meio do Comitê de Petróleo e Gás (CPG).

Conselho de relações trabalhistas debate negociações coletivasCom o objetivo de aprofundar o debate sobre a

modernização do sistema trabalhista brasileiro, o

Conselho de Relações Trabalhistas da FIEB realiza em

setembro o evento “Negociações Coletivas de

Trabalho”, no auditório da FIEB. O evento é voltado

para empresários, diretores, executivos e

negociadores de sindicatos da indústria, gerentes de

RH e responsáveis pelas áreas de relações

trabalhistas nas empresas. A programação contará

com palestra do advogado e consultor, Marcelo

Lomelino, que vai falar sobre “Negociação Coletiva

como instrumento para modernização das relações

trabalhistas no Brasil”.

Visando contribuir para o

desenvolvimento da indústria no

estado e proporcionar

oportunidades reais de

investimentos, acontecerá, nos

dias 13 e 14 de novembro, o Fórum

de Oportunidades de

Investimentos na Bahia. O

encontro acontecerá no auditório

da FIEB, que promove o evento,

juntamente com o Grupo de

Líderes Empresariais da Bahia

(Lide). A iniciativa é do Lide e do

Conselho de Economia e

Desenvolvimento Industrial

(Cedin). Em paralelo, acontecerão

workshops e uma feira de

negócios para facilitar o contato

de empresas de diversos portes

com potenciais investidores. João dória Jr., presidente do lide

Prêmio Fieb desempenho ambiental chega à 11ª edição com novidades

Seminário sobre Produção Mais Limpa e Consumo Responsável

abre a programação da solenidade de entrega da 11ª Edição do

Prêmio FIEB Desempenho Ambiental que acontece no dia 18 de

setembro, no auditório da FIEB com a presença de personalidades

da indústria e os candidatos que disputam as cinco categorias da

premiação. A iniciativa tem por objetivo reconhecer, estimular e

premiar empresas que se destacam na promoção de atividades que

contribuem para a melhoria contínua de seus processos

produtivos, proporcionando o aumento da produtividade e da

competitividade, utilizando menos recursos e reduzindo o impacto

negativo no meio ambiente. Nesta edição cada um dos ganhadores

das 5 modalidades receberá a quantia de R$ 5.000 como prêmio.

Esta é uma ação conjunta dos Conselhos de Meio Ambiente

(Comam) e de Responsabilidade Social (Cores) da FIEB. Aberta às

micro, pequenas, médias e grandes empresas, a premiação

apresenta como tema Resíduos Sólidos: como tratar o descarte de

pneus, pilhas, plásticos e outros objetos de uso comum, conforme o

que está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos.

fIEB e lide promovem fórum em novembro

Page 23: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 23

mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Cimatec: qualidade impressiona presidente dilma rousseff conhece projetos de ponta e quer replicar modelo integrado em outros institutos do país

leone Peter,

Carlos Gilberto

Farias e dilma

rousseff

É um centro de excelência, tanto no aspecto

da qualificação profissional, quanto em re-

lação à pesquisa e desenvolvimento tecnoló-

gico”, afirmou a presidente Dilma Roussef, após visitar

a unidade do SENAI em Salvador, no dia 29 de agosto.

Ela percorreu laboratórios do Cimatec, na companhia

do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clélio

Campolina Diniz, do governador Jaques Wagner e do

presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias.

“O que se vê aqui está na linha do que estamos

tentando desenhar, que são plataformas do conheci-

mento integrando atividade produtiva e conhecimen-

to científico. Uma estrutura como a do Cimatec tem

um papel central na mediação da modernização do

parque industrial brasileiro”, disse o ministro.

Dilma viu de perto o desenvolvimento de projetos

de ponta, como os das áreas de polímeros e robótica.

A presidente conheceu peças automotivas, objetos,

pisos, paredes e revestimentos de madeira plástica,

produzidos a partir da combinação do material com

fibras de sisal e coco, casca de arroz e outros resíduos

que seriam descartados no meio ambiente. “Os itens

têm ótima resistência e podem ser utilizados em cons-

truções do Minha Casa, Minha Vida, por exemplo”,

explicou o diretor do SENAI-BA, Leone Andrade.

Já no Instituto Brasileiro de Robótica, que fun-

ciona na unidade, ela se interessou particularmen-

te pelo Flat Fish, um submarino não tripulado que

vai monitorar dutos e instalações de plataformas do

pré-sal em grande profundidade, além de um robô

que inspeciona redes de energia de alta tensão, por

onde passam cargas de até 500 mil volts. Ex-minis-

tra de Minas e Energia, Dilma disse que já tinha vis-

to robôs semelhantes, porém maiores e com menos

mobilidade.

“Nesta visita, a presidente observou que o que é

feito aqui terá um efeito multiplicador importante pa-

ra os 26 institutos de inovação e tecnologia que o go-

verno federal está implantando no Brasil”, pontuou o

presidente da FIEB, Carlos Gilberto Farias.

Dilma ainda cumprimentou alunos do Pronatec

e do Ensino Básico Articulado com Educação Pro-

fissional (EBEP), estudantes do SESI que fazem cur-

so técnico no SENAI. Após a visita, Dilma recebeu a

imprensa e, para os jornalistas, refez os elogios ao

Cimatec: “Saio daqui muito impressionada com esse

centro do SENAI, que merece ser replicado em todo o

País. O Brasil precisa de estruturas como esta para,

de fato, modernizar a indústria e diminuir o custo da

pesquisa”, pontuou. [bi]

Page 24: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

24 Bahia Indústria

Método SESI/SENaI de ensinar inglêsprograma Conexão mundo usa as redes sociais e promove etapas presenciais com monitores americanos

por Patrícia Moreira

Fotos mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Durante um mês, entre ju-

lho e agosto, os 156 estu-

dantes do SESI, que inte-

gram as turmas do EBEP

(Ensino Básico Articulado com

Educação Profissional) e os 50 dos

cursos técnicos do SENAI partici-

param de um processo de aprendi-

zagem intensivo de inglês, com a

vinda de 17 monitores americanos.

Trata-se do programa Conexão

Mundo, que promove o ensino de

inglês utilizando as redes sociais

e que está presente em 31 cidades,

de 18 estados, com a participação

de quase 2 mil alunos do SESI e do

SENAI em todo o país. A metodo-

logia das aulas, desenvolvida em

parceria com a ONG americana

US-Brazil Connect, prevê duas

etapas presenciais, sendo uma de-

las com a vinda dos monitores ao

Brasil, e a outra, ao final do curso,

que premia os melhores alunos

com uma viagem de um mês aos

Estados Unidos.

Os monitores americanos de-

sembarcaram na Bahia no dia 16

de julho e permaneceram até 13

de agosto, quando retornaram aos

Estados Unidos. Durante o perí-

odo em que permaneceram nas

escolas do SESI Piatã e do SENAI

Cimatec, os estudantes matricula-

dos tiveram quatro horas diárias

de inglês, no turno oposto ao das

aulas convencionais.

Os estudantes do SESI estão

inscritos no módulo básico do Co-

nexão Mundo, enquanto os do SE-

NAI cursam o módulo avançado.

“SENAI e SESI estão fazendo o seu

papel de dar aos seus estudantes a

oportunidade de aprendizado do

inglês, que é indispensável na área

de tecnologia e inovação”, afirma

Greta Moreira, gerente de Escola

Técnica do SENAI. Para Cristina

Andrade, gerente do SESI Piatã,

“em um contexto em que o domí-

nio da segunda língua tem peso,

o Conexão Mundo contribui para a

proficiência do inglês”, destaca.

Cada monitor é responsável

por uma turma de, em média, 12

alunos. Ao final do programa, 5%

dos que mais se destacarem – 8

estudantes do SESI e 3 do SENAI –

farão intercâmbio nos Estados Uni-

dos e passarão um mês no país, em

janeiro de 2015.

PROJETO INOVADOR De acordo com Nathalia Men-

des, do SENAI Nacional, que par-

ticipou da solenidade que mar-

cou o início da fase presencial do

programa na Bahia, o Conexão

Mundo é um projeto inovador. “A

segunda língua é fundamental pa-

estudantes

na recepção

aos monitores

para a etapa

presencial

do Conexão

Mundo, no

sesi Piatã

Page 25: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 25

ra o mercado de trabalho e o programa consegue este

resultado já no Ensino Médio”, observou.

Se para os alunos do SESI e SENAI a experiência

é enriquecedora, ela não é menos impactante na vi-

da dos monitores. De acordo com a coordenadora do

grupo Nancy Sonnenfeld, os monitores se esforçaram

muito para arrecadar recursos para custear a viagem

ao Brasil. Os voluntários têm entre 19 e 22 anos e ape-

nas um deles tem 50 anos. Lauren Prebenda, uma das

voluntárias, explicou que esta foi uma das melhores

experiências da vida dela. “Aprendemos juntos, é um

grande momento para nós”, disse.

O Conexão Mundo é coordenado no SENAI por Ja-

naísa Viscardi, que lembra o objetivo principal que é

oferecer aos alunos mais uma oportunidade de serem

bem-sucedidos no mercado de trabalho. “Para entrar

na indústria, os que falam inglês e têm melhor for-

mação são os que têm mais espaço e os melhores car-

gos”, lembra. Para Karla Andrade,

coordenadora do programa pelo

SESI, o mês de convivência com

os monitores americanos faz com

que os estudantes cresçam muito.

Para ela, a convivência contribuiu

para melhorar a autoestima dos

estudantes. “Eles se sentem ca-

pazes de conseguir realizar seus

sonhos”, acrescenta.

Para Nathalia Fernandes, 18,

estudante do curso técnico de Pe-

troquímica do SENAI e que cursa o

módulo avançado do programa, es-

te é o caminho para uma bolsa do

Ciências Sem Fronteiras. Nathalia

conta que para ela, a fase presen-

cial é a alma do programa. [bi]

SEnaI e SESI estão fazendo o seu papel de dar aos seus estudantes a oportunidade de aprendizado do inglês, que é indispensável na área de tecnologia e inovação

“Greta Moreira, gerente de Escola Técnica do SENAI

Page 26: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

26 Bahia Indústria

InDIcaDores Números da Indústria

Piora no desempenho da produção em junhoA Bahia foi um dos nove estados em que a produção da indústria caiu, de acordo com pesquisa realizada pelo IBGE

a produção física da indús-

tria de transformação da

Bahia apresentou queda

de 0,4% na taxa anua-

lizada, registrada em junho de

2014 (período de julho/2013- ju-

nho/2014, em relação a julho/2012-

-junho/2013). Foi um resultado

bem abaixo do registrado em maio de 2014 (1,7%),

conforme a Pesquisa Industrial Mensal Produção Fí-

sica Regional* (PIMPF-R), do IBGE.

No ranking dos 14 estados que participam da

PIMPF-R, nove apresentaram desempenho positivo:

Amazonas (5,3%), Ceará (4,7%), Mato Grosso (3,7%),

Goiás (3,4%), Rio Grande do Sul (2,4%), Pernambuco

(2,1%), Pará (1,9%), Santa Catarina (0,5%) e Paraná

(0,3%). Os outros cinco estados registraram resulta-

dos negativos: além da Bahia (-0,4%), Espírito Santo

(-3,0%), Rio de Janeiro (-2,5%), Minas Gerais (-2,2%) e

São Paulo (-1,8%).

Na Bahia, dos onze segmentos pesquisados, qua-

tro apresentaram resultados positivos: Refino de Pe-

tróleo e Biocombustíveis (6,9%),

Metalurgia (6,8%), Minerais não

Metálicos (2,1%) e Alimentos

(0,8%). Por outro lado, registra-

ram retração os segmentos de

Equipamentos de Informática

(-27,6%), Veículos Automotores

(-15,2%), Couro e Calçados (-7,8%),

Bebidas (-6,5%), Celulose e Papel

(-2,2%), Produtos Químicos (-1,0%)

e Borracha e Plástico (-0,2%).

QUEDA EXPRESSIVANa comparação de junho de

2014 com igual mês do ano ante-

rior, a produção física da indústria

de transformação baiana apre-

sentou queda de 12,9%. Quatro

dos onze segmentos pesquisados

apresentaram resultados positi-

vos: Couro e Calçados (10,9%),

Borracha e Plástico (4,1%), Ali-

mentos (1,9%), Refino de Petróleo

e Biocombustíveis (0,1%). Apre-

sentaram retração os segmentos:

Veículos Automotores (-80,2%,

redução na produção em todos

os produtos investigados no se-

tor, com destaque para a menor

fabricação de automóveis, de-

corrente da concessão de férias

coletivas em unidade produtiva

local), Equipamentos de Informá-

tica (-41,5%, redução na fabrica-

ção de computadores pessoais de

mesa), Metalurgia (-11,3%, queda

na produção de barras, perfis e

vergalhões de cobre e de ligas de

Page 27: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 27

cobre), Bebidas (-8,1%), Produtos Químicos (-3,2%,

com menor produção de xilenos, benzenos, misturas

de alquibenzenos ou de alquinaftalenos, princípios

ativos para herbicidas, ureia e amônia), Celulose e

Papel (-2,6%) e Minerais não Metálicos (-1,8%).

Tendo em conta o acumulado do primeiro semes-

tre deste ano, em comparação a igual período de 2013,

verifica-se uma queda de 5,1% na produção da indús-

tria de transformação baiana. Tal desempenho foi de-

terminado pelo resultado dos seguintes segmentos:

Equipamentos de Informática (-43,2%, menor produ-

ção de computadores pessoais de mesa e portáteis),

Veículos Automotores (-34,3%, com menor produ-

ção de automóveis), Couro e Calçados (-7,5%, menor

produção de tênis de material sintético e calçado de

plástico moldado de uso feminino), Bebidas (-6,2%),

Metalurgia (-5,3%, menor produção de barras, perfis

e vergalhões de cobre e de ligas de cobre), Minerais

não Metálicos (-2,7%), Celulose e Papel (-1,8%).

Por outro lado, houve expansão da produção nos

segmentos: Produtos Químicos (4,5%, maior produ-

ção de ureia, amônia, misturas de alquilbenzenos ou

de alquilnaftalenos e polietileno de alta densidade);

Refino de Petróleo e Biocombustíveis (3,2%, maior

produção de óleo diesel e óleos combustíveis), Ali-

mentos (2,2%); e Borracha e Plástico (0,5%).

De modo geral, os setores industriais brasileiro e

baiano enfrentam um ano de grande dificuldade com

o desaquecimento dos mercados interno e externo. A

despeito desse contexto, os segmentos Refino de Pe-

tróleo e Biocombustíveis e Metalurgia seguem apre-

sentando resultados positivos. [bi]

JAN

JUL

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

115

120

125

110

105

100

95

90

85

80

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral (CNAE 10, 11, 13 e 14); base = 100 (média 2012)

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2012 - 2014)

2012

20142013

* A partir de maio de 2014 tem início a divulgação da nova série da PIM-PF. A reformulação teve como objetivos: atualizar a amostra de atividades, produtos e informantes; elaborar uma nova estrutura de ponderação dos índices com base em estatísticas industriais mais recentes; adotar, na PIM-PF, as novas classificações, de atividades e produtos, usadas pelas demais pesquisas da indústria a partir de 2007 (CNAE 2.0); e produzir indicadores para aquelas Unidades da Federação que no ano de 2010 responderam por, pelo menos, 1% do Valor da Transformação Industrial e, também, para a Região Nordeste. A série reformulada tem início em janeiro de 2012 e sua implantação não implicou em total ruptura das séries históricas iniciadas em 2002, uma vez que essas foram encadeadas à nova, em termos regionais, nas atividades em que houve uma relativa aderência entre as duas séries.

bahia: pim-pf de maio de 2014

Indústria de Transformação -12,9 -5,1 -0,4

refino de petróleo e biocombustíveis 0,1 3,2 6,9

produtos químicos -3,2 4,5 -1,0

veículos automotores -80,2 -34,3 -15,2

alimentos 1,9 2,2 0,8

Celulose e papel -2,6 -1,8 -2,2

Borracha e plástico 4,1 0,5 -0,2

metalurgia -11,3 -5,3 6,8

Couro e Calçados 10,9 -7,5 -7,8

minerais não metálicos -1,8 -2,7 2,1

Equipamentos de Informática -41,5 -43,2 -27,6

Bebidas -8,1 -6,2 -6,5

Extrativa Mineral 1,1 4,6 2,7

VArIAção (%)

setores Jun14/Jun13 Jan-Jun14/ Jul13-Jun14/ Jan-Jun13 Jul12-Jun13

Fonte IBge; elaboração Fieb/SdI

Page 28: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

28 Bahia Indústria

os vencedores do Prêmio Me-

lhores Práticas de Estágio

2014, promovido pelo Ins-

tituto Euvaldo Lodi (IEL), foram

conhecidos em cerimônia realiza-

da na sede da FIEB, no dia 18 de

agosto. A novidade da 11ª edição

é que um estagiário de cada em-

presa vencedora também foi con-

templado com bolsas de estudo de

cursos técnicos, de extensão e de

inglês ou serviços de orientação

de carreira.

Além disso, os orientadores

de estágio subiram ao palco com

mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

talentos reconhecidosEstudantes e professores são homenageados no prêmio melhores práticas de Estágio de 2014

Marcelo

Meirelles Júnior

comemora

premiação

com colegas

da Continental

Pneus

os estudantes para serem home-

nageados. “Estar preparado para

atuar e crescer na empresa é um

grande desafio para o estagiário,

que precisa aprender a convi-

ver com diferenças, ser proativo

e propor inovações. Premiar o

aluno e o professor orientador é

reconhecer a importância desses

atores na construção do conhe-

cimento e na educação profissio-

nal”, afirmou o superintendente

do IEL, Evandro Mazo.

“O prêmio, criado em parce-

ria com o Fórum de Estágio da

Bahia, tem contribuído para a mu-

dança da cultura de estágio nas

empresas. Participando, as or-

ganizações trocam experiências,

ampliam suas redes de relaciona-

mento e podem divulgar, na Bahia

e nacionalmente, seus programas

de estágio”, destacou a gerente de

Estágio e Formação de Talentos do

IEL, Edneide Lima.

Na categoria Pequena Empre-

sa, a vencedora foi a Softwell

Solutions em Informática S.A., de

Salvador. O aluno contemplado foi

Karan Sandes Melo, 24, do curso

de Análise de Sistemas, do Centro

Universitário Unijorge, orientado

pelo professor Márcio Sousa no

projeto SIGES – Sistema Integrado

de Gestão em Saúde. “Investimos

na formação das nossas equipes

desde a etapa de estágio. O prê-

mio, portanto, é a consagração de

um trabalho que vem dando re-

sultados”, afirmou o coordenador

de serviços da Softwell, Adriano

Barbosa.

Já entre as médias empresas, a

premiada foi a Continental Pneus,

de Camaçari. O estudante Marce-

lo Meirelles Júnior, 22, aluno do

curso de Engenharia Mecânica da

Universidade Salvador – Unifacs,

foi homenageado pelo projeto

“Efficiency Attack - CVT”, orien-

tado pelo professor André Soares.

“Desde que entrei na empresa, fui

incentivado a desenvolver proje-

tos, não fui contratado para servir

café e tirar xérox”, brincou.

E a Petrobras S/A, de Salvador,

foi a vencedora na categoria Gran-

de Empresa. Iasmine Souza, 25,

recém-formada em Geologia pelo

Instituto de Geociência da Ufba,

foi indicada por um projeto sobre

a Bacia do Recôncavo, orientado

pelo professor Osmário Leite. A

gerente de TRH da Petrobras, Te-

resa Santos, ressaltou que a par-

ceria com o IEL já dura nove anos

e representa “a possibilidade dos

estudantes entrarem mais qualifi-

cados no mercado de trabalho”.[bi]

Page 29: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 29

Contrato temporário e estabilidade provisória da gestante

jurídico

por Bianca SPínola carvalho

A Constituição, no art. 10, II, “b”,

do Ato das Disposições Consti-

tucionais Transitórias, tutela a

empregada gestante, garantindo-

-lhe estabilidade provisória desde

a confirmação da gravidez até o

quinto mês após o parto, impondo

ao empregador a proibição tem-

porária de despedi-la sem justa

causa, sob pena de indenização

compensatória.

Tal regra aplicava-se apenas

aos contratos celebrados por tem-

po indeterminado, entendido este

como aquele firmado sem prazo

certo ou estimado de extinção.

Não abarcava as contratações por

prazo determinado, cuja vigência

depende de termo pré-fixado ou

da execução de serviços especí-

ficos, ou ainda, da realização de

certo acontecimento suscetível de

previsão aproximada. Isso por-

que, se entendia que a estabilida-

de era incompatível com o con-

trato por prazo determinado, cuja

extinção não decorria de dispensa

arbitrária ou sem justa causa, mas

do término de seu prazo.

A mudança do cenário iniciou-

-se com o entendimento do Supre-

mo, que firmou jurisprudência no

sentido de conceder estabilidade

gestacional às empregadas admi-

tidas pela Administração Pública,

mediante contrato por prazo de-

terminado. Então, diante da nova

perspectiva constitucional, o Tri-

bunal Superior do Trabalho alterou

sua jurisprudência, dando nova re-

dação ao inciso III, da Súmula 244,

estendendo a proteção à gestante a

todas as modalidades de contrata-

ção, seja por prazo indeterminado

ou por prazo determinado.

“Súmula 244, III - A empregada

gestante tem direito à estabilida-

de provisória prevista no art. 10,

inciso II, alínea “b”, do Ato das

Disposições Constitucionais Tran-

sitórias, mesmo na hipótese de

admissão mediante contrato por

tempo determinado”.

Significa dizer que, desde alte-

ração da referida Súmula, em se-

tembro de 2012, caso seja firmado

contrato por prazo determinado

com empregada que venha a en-

gravidar no curso do vínculo, ela

fará jus à estabilidade provisória,

protraindo, dessa forma, a data de

extinção incialmente acordada.

Para muitos, tal alteração refle-

te atitude demasiadamente prote-

cionista, conflitante com as regras

de contratação temporária, uma

vez que o instituto da estabilidade,

ainda que provisória, é incompatí-

vel com a transitoriedade inerente

àquela contratação, cujo objetivo

é atender necessidade pontual,

ou, ainda, aferir a adaptação entre

empregado e empregador.

Neste cenário, as mudanças

nas regras de contratação tempo-

rária podem inibir a contratação

de mulheres para vínculos tempo-

rários, em face da possibilidade de

ocorrência de gravidez e, conse-

quentemente, da estabilidade pro-

visória, restringindo ainda mais o

seu mercado de trabalho.

Prorrogada redução de iPi para a indústria de informática Foi publicada, no dia 11 de

agosto deste ano, a Lei

Federal nº 13.023, que trata,

dentre outros temas, da

prorrogação de prazos dos

benefícios fiscais relativos ao

Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI) para

capacitação do setor de

tecnologia da informação

(TI). São beneficiadas pela

medida jurídica as empresas

de desenvolvimento ou

produção de bens e serviços

de informática e automação

que investirem em atividades

de pesquisa e

desenvolvimento em

tecnologia da informação. Na

Bahia, a medida beneficia

especialmente as empresas

localizadas no Polo de

Informática de Ilhéus/

Itabuna, onde se concentram

as empresas de tecnologia.

lei altera o estatuto das Micro e Pequenas empresasA Lei Complementar nº 147,

publicada em 8/8/14, alterou

o Estatuto da Microempresa e

da Empresa de Pequeno

Porte, para ampliar o rol de

atividades que poderão optar

pelo Simples Nacional,

trazendo, ainda, alterações

na legislação trabalhista e

previdenciária, disposições

relativas à Escrituração

Fiscal Digital, Livros Fiscais,

bem como relativas ao

Microempreendedor

Individual.

bianca spínola almeida Carvalho integra a equipe da Gerência Jurídica da FIEB

Page 30: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

30 Bahia Indústria

painel

trabalhador da Construção tem um dia de serviços e cidadania Com a participação de 1.896 pessoas, entre trabalhadores da

indústria da construção e seus dependentes, e mais de 4 mil

atendimentos, aconteceu, dia 23.8, no SESI Itapagipe, o Dia

Nacional da Construção Social. Realizado pelo Sindicato da

Indústria da Construção Civil (Sinduscon) e organizado pelo

Serviço Social da Indústria (SESI) em todo o Brasil, o Dia de

Mobilização Social disponibilizou serviços e atendimentos de

promoção da cidadania, em uma programação que se

estendeu das 9 às 12 horas. Emissão de Carteira de Trabalho,

orientações em saúde, nutricional e em saúde bucal, foram

disponibilizadas às famílias. Ao todo, foram 14 parceiros,

sendo 10 empresas e entidades e 4 indústrias. A programação

cultural e de lazer ficou a cargo das unidades do SESI Rio

Vermelho e Simões Filho. O evento contou com o apoio de 150

voluntários.

Carlos Passos, do sinduscon, participou da programação

mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

pEdro BEnEVIdEs/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Fieb discute política ambientalCom a presença do secretário

estadual de Meio Ambiente,

Eugênio Spengler, consultores

da Conservation International

e representantes de diversos

segmentos produtivos, a

Gerência de Meio Ambiente e

Responsabilidade Social da

FIEB discutiu a minuta do

decreto que altera a Política

Estadual de Meio Ambiente e

apresentou contribuições.

Temas como o uso alternativo

do solo, a conversão de

multas em prestação de

serviços de preservação,

melhoria e recuperação da

qualidade do meio ambiente,

transferência da licença

ambiental ou autorização

ambiental em função de novo

titular do empreendimento

foram discutidos no encontro,

realizado no dia 15 de julho.

sesi Feira é requalificadoO Serviço Social da Indústria

de Feira de Santana vai

ganhar uma nova unidade,

totalmente requalificada e

com novas edificações. As

antigas instalações, na Rua

Gonçalo Alves Boaventura, no

Alto do Cruzeiro, foram

demolidas para dar lugar ao

novo empreendimento. Com

uma área de 21 mil metros

quadrados, serão construídas

e reformadas edificações que

ocuparão 7 mil metros

quadrados. O investimento

realizado pelo SESI está

orçado em R$ 15,3 milhões e o

prazo de execução da obra é

de 14 meses.

Cacau: empresários focam na qualidadeEmpresários do segmento baiano de cacau e chocolate

tiveram acesso a novas tecnologias e puderam ter sua

produção avaliada por especialistas durante

atividades realizadas pelo CIN e o SENAI-BA, entre os

dias 18 e 22 de agosto, em Ilhéus, sul do estado. Neste

período, eles participaram de capacitações e

consultorias, com o objetivo de aumentar a

competitividade dos produtos. A ação é fruto do

acordo de cooperação com a associação francesa ECTI.

empresários mobilizados em barreirasEmpresários da indústria

de Barreiras reuniram-se,

em julho, com o 1º

vice-presidente do Centro

das Indústrias da Bahia

(CIEB), Reginaldo Rossi, e

o superintendente do

Instituto Euvaldo Lodi

(IEL), Evandro Mazo,

para discutir os serviços

prestados pelo Sistema

FIEB na região, bem como

as oportunidades para

contribuição para o

desenvolvimento do oeste

baiano. Na ocasião, foi

realizada visita às obras

das instalações do

Sistema FIEB em Luís

Eduardo Magalhães,

acompanhado do prefeito

Humberto Santa Cruz e

do secretário de

Infraestrutura, Valdemar

Leite Lobo Filho,

oportunidade que foi

reivindicada a

pavimentação asfáltica

do entorno da futura sede

da unidade integrada do

SESI/SENAI/IEL/CIEB.

Page 31: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 31

Vice-presidente Carlos Gantois apresentou as diretrizes da Fieb e falou sobre a indústria

AnGElo pontEs/CopErphoto/sIstEmA FIEB

saul quadros alertou para o respeito à Constituição Federal

especialista discute direto à ampla defesa em ações de fiscalização Estabelecimentos que industrializam ou comercializam

alimentos de qualquer natureza devem ter direito a ampla

defesa, conforme determina a Constituição, o que significa

que não podem ser fechados ou ter mercadorias apreendidas

apenas por simples decisão de fiscais da Vigilância Sanitária.

Esse é o entendimento do advogado Saul Quadros,

apresentado no seminário Fiscalização da Vigilância

Sanitária na Indústria de Alimentos, realizado em agosto pelo

Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria, na sede

da FIEB. O evento reuniu representantes da Vigilância

Sanitária da Prefeitura de Salvador e do setor de alimentos e

bebidas, especialmente da área de panificação.

mArCElo GAndrA/CopErphoto/sIstEmA FIEB

Fieb defende reformas durante visita de oficiais do exércitoO vice-presidente da FIEB e coordenador do Conselho de Micro e Pequena Empresa Industrial

(Compem), Carlos Henrique Gantois, fez palestra para oficiais da Escola de Comando e

Estado-Maior do Exército (Eceme), dia 2 de setembro, na sede da Federação. Ele traçou um

panorama da economia brasileira e destacou que o Brasil só crescerá de forma sustentável com

as reformas tributária, previdenciária e trabalhista. Gantois fez ainda uma radiografia do setor

industrial da Bahia, apresentou a estrutura do Sistema FIEB e as principais diretrizes da nova

diretoria, presidida pelo empresário Carlos Gilberto Farias. “Nosso foco é a interiorização do

desenvolvimento industrial, com apoio prioritário às micro, pequenas e médias empresas”,

explicou Gantois. Também participou do encontro o 1º vice-presidente do CIEB, Reginaldo

Rossi. A comitiva, chefiada pelo coronel Rafael Moreira do Nascimento, esteve acompanhada

do general de divisão Artur Costa Moura. Os militares demonstraram interesse em conhecer o

Sistema FIEB e acenaram com a possibilidade de o Sistema S fechar parcerias com o Exército,

especialmente na área de inovação.

Missão catalã visita a FiebComitiva de empresários

espanhóis, organizada

pela Agência Catalá de

Competitividade (ACCIÓ),

visitou a FIEB, no dia 1º

de setembro, como parte

da Missão Brasil Cliente

Público. O encontro teve

por finalidade intensificar

contatos com empresas

públicas e privadas

baianas, para estabelecer

parcerias e incrementar

negócios, conforme

destacou Josep Maria

Buades, diretor da ACCIÓ

no Brasil. A comitiva foi

recepcionada por Ângelo

Calmon de Sá Júnior,

coordenador do Conselho

de Comércio Exterior da

FIEB e assistiu a

explanação de Ricardo

Vieira, diretor da

Secretaria de Indústria,

Comércio e Mineração,

sobre potencialidades

econômicas da Bahia.

Page 32: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

32 Bahia Indústria

IDeIas

por leonardo SancheS de carvalho

As mudanças nos padrões de pro-

dução e consumo, aliadas aos pro-

blemas de mobilidade e distribui-

ção de produtos nas áreas urbanas

das grandes cidades, estão fazendo

com que a logística se destaque co-

mo prioridade, desenvolvendo con-

ceitos baseados nos princípios de

suprimento contínuo (just-in-time)

dos pontos de venda, de maneira

a satisfazer necessidades de curto

prazo. Essa prática exigiu uma rá-

pida adaptação e resposta das em-

presas às exigências imediatistas

do mercado, porém, acarretou em

um aumento significativo dos ser-

viços de transporte e distribuição.

O cenário em questão coloca luz

em um dos segmentos da logística

que vem demandando por maior

atenção nos últimos anos. Trata-se

da logística urbana, também co-

nhecida como logística de última

milha. A logística urbana atua e

traz consequências diretas para o

ambiente urbano, uma vez que se

utiliza de sua infraestrutura, po-

tencializando os problemas pré-

-existentes nas grandes metrópo-

les, como os congestionamentos,

a poluição e o risco de acidentes.

A área de logística é responsável

por garantir com eficiência o fluxo

físico de bens e de informações en-

tre os diversos atores da cadeia de

suprimentos. No cenário urbano,

esse fluxo se caracteriza, princi-

palmente, pelo transporte e movi-

mentação de mercadorias. Como

consequências dessas operações,

destacam-se os problemas de des-

gaste prematuro da infraestrutura

Logística urbana: um caso de imobilidade

urbana (dimensionamento ina-

dequado para veículos pesados),

dificuldades ao fluxo de veículos

e pedestres, por conta de carrega-

mentos e descarregamentos reali-

zados, costumeiramente, em locais

inadequados e sem estrutura.

Consequentemente, esse fluxo

intenso, o ambiente hostil e o des-

gaste viário culminam em risco

potencial de aumento na proba-

bilidade de acidentes, além de se

configurar como uma importante

fonte de poluição sonora e atmos-

férica, que ameaçam a sustentabi-

lidade das áreas urbanas no viés

ambiental. Percebe-se, ainda, alta

criticidade no viés econômico, por

conta dos elevados custos dos in-

termináveis congestionamentos.

É fato que as últimas décadas

foram marcadas por significativos

avanços da iniciativa privada no

nível de serviço logístico, com ob-

jetivos claros de redução de custos

operacionais e definição de es-

tratégias inovadoras, eficientes e

colaborativas de transporte, distri-

buição, armazenagem e gestão in-

tegrada da cadeia de suprimentos.

Já os programas de governo e polí-

ticas públicas visaram, prioritaria-

mente, a criação e/ou desenvolvi-

mento das infraestruturas básicas

ou especializadas como: rodovias,

ferrovias, hidrovias, portos, ae-

roportos, terminais multimodais,

plataformas logísticas, centros de

distribuição e portos secos. Infe-

lizmente tais empreendimentos es-

truturantes não estão acontecendo

na velocidade compatível com as

necessidades do país.

É de conhecimento público que

alguns dos principais problemas

da logística no Brasil são:

•Grande dependência do mo-

dal rodoviário;

•Portos deficitários;

•Modal ferroviário muito limi-

tado;

•Transporte público ineficiente

e muito carente de alternativas;

•Burocracia excessiva e distor-

ções fiscais;

•Restrições da malha viária –

manutenção, capacidade, insegu-

rança, etc.

O Governo Federal vem lançan-

do, desde 2011, programas relacio-

nados à Mobilidade Urbana com o

objetivo de melhoria nos grandes

centros, priorizando o desloca-

mento não motorizado, o trans-

porte coletivo e a redução da emis-

são de poluentes, dos acidentes e

dos congestionamentos. Além de

buscar honrar os compromissos

com a Copa de 2014 e as Olimpía-

das de 2016.

Esses programas deveriam

trabalhar em consonância com

as ações do PAC – Programa de

Aceleração do Crescimento – bus-

cando soluções para os problemas

de logística e de mobilidade. No

o crescimento do e-commerce e as entregas fracionadas com distribuiçãodiária geram competição pela malha viária entre os veículos comerciais, privados e o transporte coletivo, provocando congestionamentos

Page 33: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 33

leonardo sanches de

Carvalho é

engenheiro e

atuou em

empresas de

grande porte

como a Vale e a

General Electric e

integra o Núcleo

Estratégico do

SENAI da Bahia

alguns modelos operacionais de logística urbana têm sido implantados com relativo sucesso na Europa. Entregas noturnas, corredores urbanos, plataformas de distribuiçãosão exemplos bem sucedidos

“entanto, o país se depara com um

verdadeiro processo de “imobili-

dade”, pois, esperava-se que a Em-

presa de Planejamento e Logística

(EPL) desse maior celeridade aos

projetos de infraestrutura. Entre-

tanto, os projetos de concessões

ou PPPs estão muito lentos e a

maioria sequer saiu do papel.

Os programas estruturantes

“não andam”, e as grandes cida-

des não podem parar. Estudos do

CSCMP – Council of Supply Chain

Management Professionals mos-

tram que a última milha represen-

ta, em média, 28% do custo total de

transporte e representa aproxima-

damente 30% do volume de tráfego

nas grandes cidades. É responsável

também por 20% a 35% das emis-

sões de gases de efeito estufa, além

de representar entre 15% e 20% dos

acidentes gerados nas redes viárias

urbanas. Portanto, a última milha

se configura como o grande desafio

das organizações no que tange a

otimização da gestão da cadeia de

suprimentos.

O aumento da maturidade por

parte do mercado consumidor

vem criando um cenário cada vez

mais desafiador para as organiza-

ções no que se refere à logística da

última milha. O crescimento expo-

nencial do e-commerce e as entre-

gas fracionadas com distribuição

diária acabam gerando uma espé-

cie de competição pela malha vi-

ária entre os veículos comerciais,

os privados e os de transporte pú-

blico coletivo, provocando, assim,

grandes congestionamentos. So-

mada a essa concorrência, perce-

be-se nos grandes centros urbanos

deficiências estruturais relativas a

alternativas de acesso, ocupação

indevida de locais públicos e in-

suficiência de locais apropriados

para carga e descarga.

Se não bastassem todos os

problemas estruturais, a logísti-

ca de última milha ainda precisa

adaptar-se às políticas públicas

que têm por objetivo a melhoria

da mobilidade urbana. No entan-

to, na maioria das vezes, acabam

entrando em conflito com as boas

práticas da logística empresarial,

pois estão relacionadas a opera-

ções cooperadas, janelas de en-

tregas, espaços predefinidos para

carga e descarga, limitações de

tráfego, entre outras. Todas essas

ações acabam limitando o diferen-

cial competitivo das organizações.

Geralmente, o poder público

estabelece “modelos” e/ou “pa-

drões” que deram certo em outros

lugares (cidades ou países), porém,

as questões geográficas e culturais

precisam ser levadas em conside-

ração, pois, o que serve em uma lo-

calidade, não necessariamente ser-

virá para outra, face ao contexto e

a quantidade de atores e interesses

diferentes que atuam no processo.

Assim sendo, percebe-se que

a logística urbana traz consigo

processos bastante heterogêne-

os e necessita de forte integração

entre o setor público e o privado,

visando alinhar os objetivos de

eficiência logística e desenvolvi-

mento econômico com fatores pre-

ponderantes para o planejamento

das grandes cidades, como as

questões relativas à poluição e à

mobilidade urbana.

Por conta dessa integração

preconizada, alguns modelos

operacionais de logística urbana

têm sido implantados com relati-

vo sucesso em países da Europa.

Entregas noturnas, corredores

urbanos de distribuição, centros

ou plataformas urbanas de distri-

buição são exemplos de implanta-

ções bem sucedidas com vistas à

redução dos custos logísticos nos

grandes centros.

Na última década, essas inicia-

tivas e estratégias integradas de

cooperação e planejamento das

grandes metrópoles para a reso-

lução dos problemas da logística

urbana culminaram no conceito

de city logistics, em países como a

Alemanha, Espanha e Bélgica.

Para chegar ao patamar de uma

city logistics as grandes cidades

brasileiras necessitariam de inter-

venções arrojadas nos setores pú-

blico e privado, que passariam por

investimentos estruturantes, ajus-

tes na legislação e modificações

no comportamento, geralmente

passivo nas questões de infraes-

trutura, das organizações. Certa-

mente, até a sociedade enfrentaria

dificuldade de adaptação a esse

novo cenário, justamente pelo fato

de ter se acostumado com um pa-

drão de serviço logístico que não

privilegia a integração.

Enfim, a logística urbana en-

volve questões de altíssima com-

plexidade por ter vieses políticos,

sociais, de infraestrutura, tecno-

lógicos, institucionais e de gover-

nança, e cuja resolução requer uma

integração entre atores de diversos

segmentos da sociedade, tornan-

do-a de difícil implementação e po-

liticamente pouco sustentável. [bi]

Page 34: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

livros

leitura&entretenimento

os boêmios cívicos Marcos Costa Lima traz no livro a história

do grupo de economistas que o então

presidente Getúlio Vargas montou para

pensar a modernização do país, nos anos

1950. Por passarem noites acordados

trabalhando, o grupo foi apelidado pelo

presidente Vargas de "boêmios cívicos".

Liderados por Rômulo Almeida, o grupo

desenvolveu projetos que resultaram na

criação de instituições e empresas

públicas que consolidaram o estado

brasileiro moderno.

espirito empreendedor Tendo como referência estudiosos

americanos em empreendedorismo

corporativo, Marcos Hashimoto leva aos

leitores algumas ideias de como

desenvolver uma postura empreendedora

dentro das organizações. Uma das dicas

dadas pelo autor é que muitos deixam seus

empregos em busca de se tornar um bom

empreendedor, mas poucos sabem que

podem aliar a carreira ao

empreendedorismo. O livro relata também

14 casos de intraempreendedorismo.

os boêmios Cívicos. a assessoria econômico-política de Vargas (1951-1954)marcos Costa lima (org.) e-papers, 415 p., 2013r$35 e r$9,90 (e-book) disponível na Biblioteca FIeB

espirito empreendedor nas organizaçõesmarcos hashimoto Saraiva, 415 p., 2013r$69,90r$62,10 (e-book)

design moderno no centroNa Salvador histórica, o museu

Caixa Cultural traz aos

admiradores do design uma

exposição de mobiliários de

nomes de referência da arte e

arquitetura nacional. A

mostra, intitulada Designer

Brasileiro Moderno &

Contemporâneo, já passou por

cidades brasileiras e outros

países e se dispõe a apresentar

peças inéditas e raras de

artistas como Oscar Niemeyer,

Lina Bo Bardi, José Zanine,

Sérgio Rodrigues e Aída Boal.

A criação do projeto surgiu

quando Zanine encontrou Raul

Schmidt na Alemanha, em

2012, e os dois tiveram a ideia

de mostrar produtos brasileiros

na Europa. A exposição tem

como destaque a Cadeira

Girafa da arquiteta Lina Bo

Bardi, feita em 1987, e a

Cadeira Chaise Longue Rio, de

Niemeyer.

Não perca Caixa Cultural, ter a dom, 9h às 18h. Até 28.9. Rua Carlos Gomes, 57, Centro, Salvador. Gratuito. Informações: (71) 3421-4200

exposição

34 Bahia Indústria

Mesa água,

de domingos

tórtora,

Cadeira

dos irmãos

Campana e

aparador de

zanine Caldas

Cadeira áfrica,

de rodrigo

almeida

Foto

s dIV

UlG

Ação

Page 35: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014

Bahia Indústria 35

Page 36: Revista Bahia Indústria - Julho/Agosto - 2014