Revista Brasil Rotário março 2011

80
www.brasil-rotario.com.br ROTARIO A REVISTA REGIONAL DO ROTARY NO BRASIL MARÇO 2011 ANO 86 Nº 1065 BRASIL O Rotary mobilizado pela reconstrução CHUVAS NA REGIÃO SERRANA DO RIO

description

Revista Brasil Rotário março 2011

Transcript of Revista Brasil Rotário março 2011

Page 1: Revista Brasil Rotário março 2011

www.brasil-rotario.com.br

ROTARIOA REVISTA REGIONAL DO ROTARY NO BRASIL MARÇO 2011 ANO 86 Nº 1065

BRASIL

O Rotary mobilizado pela

reconstrução

CHUVAS NA REGIÃO SERRANA DO RIO

Page 2: Revista Brasil Rotário março 2011
Page 3: Revista Brasil Rotário março 2011

Sumário050505

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional do Rotary International para os rotarianos do Brasil.ROTARIO

BRASIL

Seções04 Cartas e recados Saudades06 Curtas28 Interact e Rotaract40 Cultura45 Distritos em revista65 Reconhecimentos da Fundação Rotária68 Senhoras em ação69 Autores rotarianos Os 50 mais70 Rotarianos que são notícia Novos clubes, novos amigos71 Aconteceu na Brasil Rotário...72 Relax

OS SUBSÍDIOS Glo-bais do Plano Visão de

Futuro poderão promover acesso à água potável e saneamento básico. Na foto, iniciativa de irriga-

ção no norte da Mongólia

A CATÁSTROFE que atingiu a Região Serrana sensibilizou Rotary Clubs de todo o país. O número de pessoas desabrigadas

e desalojadas chegava a 37.459 no dia 14 do

mês passado, segundo a Secretaria Nacional de

Defesa Civil

MENSAGEM DO PRESIDENTE Mantenha a simplicidadeRay Klinginsmith

COLUNA DO DIRETOR DO RI A evolução sob a ótica da diversidadeAntonio Hallage

ENTREVISTA Novidades para crescer ainda maisNuno Virgílio Neto

ROTARY INTERNATIONAL Noções Básicas do Plano Visão de Futuro

Hallage é eleito curador da Fundação Rotária Lema 2010-11 apresentado na Assembleia Internacional

ENTREVISTA

Simplicidade de BanerjeeJohn Rezek

COLUNA DA ABTRFResponsabilidade socialMaurício Alves

ECONOMIA

Moeda forte? E o juro alto?Antenor Barros Leal

CAPA Os diversos caminhos da reconstrução

COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FR Erradicação da pólio levará à economia de 50 bilhões de dólaresAltimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos

COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

Promovendo a educação pela Visão de FuturoCarl-Wilhelm Stenhammar

Pág. 32

Pág. 17

101010

121212

171717

212121

222222

262626

313131

323232

424242

434343

Monika Lozinska-Lee/Rotary Images

CAPA

Capa: Caminhão da Central Solidária de Joinville, SC, na cidade de Areal (canto superior direito) e em Petrópolis (canto superior esquerdo). As demais fotos registram iniciativas dos seguintes clubes na Região Serrana: (em sentido anti-horário) RCs de Castro-Cidade Mãe, PR (D. 4730), Ipatinga, MG (D. 4520), Boa Vista-Caçari, RR (D. 4720), Campo Mourão-Araucária, PR (D. 4630), Rotaract Manchester de Joinville, SC (D. 4650), e RC de Jales, SP (D. 4480). Arte: A. Santos

Page 4: Revista Brasil Rotário março 2011

Sumário050505

Sucessora de “Notícias Rotárias” e “Rotary Brasileiro”. Publicação mensal dedicada à divulgação do Ideal de Servir. Revista regional do Rotary International para os rotarianos do Brasil.ROTARIO

BRASIL

Seções04 Cartas e recados Saudades06 Curtas28 Interact e Rotaract40 Cultura45 Distritos em revista65 Reconhecimentos da Fundação Rotária68 Senhoras em ação69 Autores rotarianos Os 50 mais70 Rotarianos que são notícia Novos clubes, novos amigos71 Aconteceu na Brasil Rotário...72 Relax

OS SUBSÍDIOS Glo-bais do Plano Visão de

Futuro poderão promover acesso à água potável e saneamento básico. Na foto, iniciativa de irriga-

ção no norte da Mongólia

A CATÁSTROFE que atingiu a Região Serrana sensibilizou Rotary Clubs de todo o país. O número de pessoas desabrigadas

e desalojadas chegava a 37.459 no dia 14 do

mês passado, segundo a Secretaria Nacional de

Defesa Civil

MENSAGEM DO PRESIDENTE Mantenha a simplicidadeRay Klinginsmith

COLUNA DO DIRETOR DO RI A evolução sob a ótica da diversidadeAntonio Hallage

ENTREVISTA Novidades para crescer ainda maisNuno Virgílio Neto

ROTARY INTERNATIONAL Noções Básicas do Plano Visão de Futuro

Hallage é eleito curador da Fundação Rotária Lema 2011-12 apresentado na Assembleia Internacional

ENTREVISTA

Simplicidade de BanerjeeJohn Rezek

COLUNA DA ABTRFResponsabilidade socialMaurício Alves

ECONOMIA

Moeda forte? E o juro alto?Antenor Barros Leal

CAPA Os diversos caminhos da reconstrução

COLUNA DOS COORDENADORES REGIONAIS DA FR Erradicação da pólio levará à economia de 50 bilhões de dólaresAltimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos

COLUNA DO CHAIR DA FUNDAÇÃO ROTÁRIA

Promovendo a educação pela Visão de FuturoCarl-Wilhelm Stenhammar

Pág. 32

Pág. 17

101010

121212

171717

212121

222222

262626

313131

323232

424242

434343

Monika Lozinska-Lee/Rotary Images

CAPA

Capa: Caminhão da Central Solidária de Joinville, SC, na cidade de Areal (canto superior direito) e em Petrópolis (canto superior esquerdo). As demais fotos registram iniciativas dos seguintes clubes na Região Serrana: (em sentido anti-horário) RCs de Castro-Cidade Mãe, PR (D. 4730), Ipatinga, MG (D. 4520), Boa Vista-Caçari, RR (D. 4720), Campo Mourão-Araucária, PR (D. 4630), Rotaract Manchester de Joinville, SC (D. 4650), e RC de Jales, SP (D. 4480). Arte: A. Santos

Page 5: Revista Brasil Rotário março 2011

2 Março de 2011

ÉTICA. Um princípio que não pode ter fim. Campanha em prol de mais ele vados padrões de ética. Apoio dos Rotary Clubs do Brasil

Governadores de distrito no Brasil em 2010-11Conselho diretor 2010-11

Curadores da Fundação rotária 2010-11

PRESIDENTERay Klinginsmith

PRESIDENTE-ELEITOKalyan Banerjee

VICE-PRESIDENTEThomas M. Thorfinnson

TESOUREIROK.R. Ravindran

DIRETORESAntonio HallageBarry MathesonDavid C.J. LiddiattEkkehart PandelElio CeriniFrederick W. Hahn Jr.Kenneth W. GrabeauKyu Hang LeeJohn C. SmargeJohn T. BlountMasahiro KurodaMasaomi KondoNoel A. BajatSamuel F. OworiStuart B. Heal

SECRETáRIO-gERaL Edwin H. Futa

CHaIRCarl-Wilhelm Stenhammar

CHaIR ELEITOWilliam B. Boyd

VICE CHaIRJohn F. Germ

CURaDORESAnne L. MatthewsAshok M. MahajanDavid D. MorganDoh BaeDong Kurn LeeJosé Antonio Salazar-CruzKazuhiko OzawaLouis PiconiLynn A. HammondSamuel A. OkudzetoStephen R. BrownWilfrid J. Wilkinson

SECRETáRIO-gERaLEdwin H. Futa

DISTRITO 4310Humberto de LucenaRotary Club de Itu-Convenção, SP

DISTRITO 4390Hugo da Cruz DóreaRotary Club de Feira de Santana, BA

DISTRITO 4410Sebastião Ventury BatistaRotary Club de Cachoeiro-Oeste, ES

DISTRITO 4420Marcos anselmo Ferreira FrancoRotary Club de Santos-Oeste, SP

DISTRITO 4430Paschoal Flavio LeardiniRotary Club de São Paulo-Vila Alpina, SP

DISTRITO 4440Serafim Carvalho MeloRotary Club de Cuiabá, MT

DISTRITO 4470José adalberto Rodrigues gonçalvesRotary Club de Birigui-XIX de Abril, SP

DISTRITO 4480Silvio Roberto Ribeiro de LimaRotary Club de Olímpia, SP

DISTRITO 4490José Expedito de Sousa araújoRotary Club de Limoeiro do Norte, CE

DISTRITO 4500Tereza Neuma de Castro DantasRotary Club de Natal-Sul, RN

DISTRITO 4510Joamyr CastroRotary Club de Adamantina, SP

DISTRITO 4520José Luiz Scaglioni FilhoRotary Club de Itabira-Cauê, MG

DISTRITO 4530Daltono Umberto de SouzaRotary Club de Taguatinga-Norte, DF

DISTRITO 4540andré Luiz giustiRotary Club de São Carlos-Norte, SP

DISTRITO 4550Valdomiro Oliveira Jr.Rotary Club de Brumado, BA

DISTRITO 4560Walmor ZambrotiRotary Club de Guaxupé, MG

DISTRITO 4570antonio Carlos CoutinhoRotary Club de Nova Iguaçu, RJ

DISTRITO 4580Cristóvão Mauricio Mesquita FerreiraRotary Club de Visconde do Rio Branco, MG

DISTRITO 4590José Carlos de LimaRotary Club de Jundiaí-Leste, SP

DISTRITO 4600Moacyr Pereira PeixotoRotary Club de Taubaté, SP

DISTRITO 4610altamiro Ribeiro DiasRotary Club de São Paulo, SP

DISTRITO 4620José Carlos MiguelRotary Club de Sorocaba-Manchester, SP

DISTRITO 4630José Manoel Martin Hernandes FilhoRotary Club de Maringá-Aeroporto, PR

DISTRITO 4640adair CasagrandeRotary Club de Pato Branco-Sul, PR

DISTRITO 4650adalberto RoederRotary Club de Timbó, SC

DISTRITO 4651Oscar guilherme Bremer NettoRotary Club de Balneário Camboriú-Praia, SC

DISTRITO 4660antonio Carlos FilippeRotary Club de Santa Maria-Dores, RS

DISTRITO 4670Eduardo Muniz WerneckRotary Club de Porto Alegre-Alto Petrópolis, RS

DISTRITO 4680alice Maria Polacchini Rotary Club de Porto Alegre-Independência, RS

DISTRITO 4700Daniel ViuniskiRotary Club de Passo Fundo-Norte, RS

DISTRITO 4710Claudinei de OliveiraRotary Club de Santo Antonio da Platina, PR

DISTRITO 4720geraldo Rocha Cavaleiro de Macedo Pereira FilhoRotary Club de Belém-Sul, PA

DISTRITO 4730alcir SperandioRotary Club de Curitiba-Água Verde, PR

DISTRITO 4740ademir SeminRotary Club de Campos Novos, SC

DISTRITO 4750Marcos Oliveira RosaRotary Club de Itaboraí, RJ

DISTRITO 4760Wilson Caixeta de CastroRotary Club de Patos de Minas, MG

DISTRITO 4770João Maluf FrancoRotary Club de Frutal, MG

DISTRITO 4780Júlio Ernesto Hecker KappelRotary Club de Uruguaiana-Leste, RS

RotaRy InteRnatIonalOne ROtaRy CenteR 1560 SheRman avenue evanStOn, IllInOIS, uSa

www.rotary.org

Page 6: Revista Brasil Rotário março 2011

3Brasil rotário

Leia Ano 86 Março, 2011 nº1065Revista de Propriedade da Cooperativa Editora Brasil Rotário

CNPJ 33.266.784/0001-53 Inscrição Municipal 00.883.425Av. Rio Branco, 125, 18º andar CEP: 20040-006 – Sede própria

Rio de Janeiro – RJ Tel: (21) 2506-5600 / FAX: (21) 2506-5601Site: www.brasil-rotario.com.br E-mail: [email protected]

Conselho sUPeRIoR(Colégio de Diretores do RI – Zonas 22 e 23 A)

Conselho De ADMInIsTRAÇÃo 2009-11Diretoria ExecutivaPresidenteCarlos Henrique de Carvalho FróesVice-Presidente de Operações Edson Avellar da SilvaVice-Presidente de AdministraçãoWaldenir de BragançaVice-Presidente de FinançasWilmar Garcia BarbosaVice-Presidente de Planejamento e ControleBemvindo Augusto DiasVice-Presidente de MarketingJosé Alves FortesVice-Presidente de Relações InstitucionaisCarlos Jerônimo da Silva GueirosVice-Presidente JurídicoJorge Bragança

MeMBRos eFeTIVosAdelia Antonieta VillasFernando Antonio Quintella RibeiroHertz UdermanJosé Luiz FonsecaJosé Moutinho DuarteJosé Ubiracy SilvaMarcos Oliveira RosaRicardo Vieira Lima Magalhães Gondim

MeMBRos sUPlenTesAntônio VilardoAroldo Mendes de AraújoHerlon Monteiro Fontes

GeRenTe eXeCUTIVoGilberto Geisselmann

AssessoResAlberto de Freitas Brandão Bittencourt Dulce Grünewald Lopes de Oliveira Eduardo Alvares de Souza Soares Eduardo de Barros PimentelFausto de Oliveira CamposFernando Teixeira Reis de SouzaFlávio Antônio Queiroga MendlovitzGedson Junqueira BersaneteGeraldo da ConceiçãoIvo Arzua Pereira

Joper Padrão do Espírito Santo Milton Ferreira TitoTaketoshi HiguchiVicente Herculano da SilvaConselho FIsCAlMembros efetivosRil Moura Sebastião PortoWanderley ChiezaSuplentesJoão Carlos de CarvalhoOrlando GraneiroRenato Manuel Azevedo PereiraConselho ConsUlTIVo De GoVeRnADoResMembros natos efetivosGovernadores 2010-11RepresentanteMarcos Oliveira Rosa

CoMIssÃo eDIToRIAl eXeCUTIVA PresidenteCarlos Henrique de Carvalho FróesMembrosBemvindo Augusto DiasEdson Avellar da SilvaGilberto Geisselmann José Alves FortesLuiz Renato Dantas CoutinhoManoel MagalhãesNuno Virgílio NetoRenata Coré

Conselho eDIToRIAl ConsUlTIVoPresidenteCarlos Henrique de Carvalho FróesMembrosBemvindo Augusto DiasCarlos Jerônimo da Silva GueirosEdson Avellar da Silva Fernando Antonio Quintella RibeiroJorge BragançaJosé Alves FortesJosé Ubiracy SilvaMarcos Oliveira RosaMário César de CamargoWaldenir de BragançaWilmar Garcia Barbosa

Mário de Oliveira Antonino(Recife-PE)EDRI 1985-87

Gerson Gonçalves(Londrina-PR)EDRI 1993-95

José Alfredo Pretoni(São Paulo-SP)EDRI 1995-97

Hipólito Sérgio Ferreira(Belo Horizonte-MG)EDRI 1999-01

Alceu Antimo Vezozzo(Curitiba-PR)EDRI 2001-03

Luiz Coelho de Oliveira(Limeira-SP)EDRI 2003-05

eXPeDIenTeEDITOR: Carlos Henrique de Carvalho Fróes JORNALISTA RESPONSÁVEL: Luiz Renato D. Coutinho – Jorn. Prof. 25583RJREDATOR-CHEFE: Nuno Virgílio NetoREDAÇÃO: Alex Mendes, Armando Santos, Luiz Renato D. Coutinho, Manoel Magalhães, Maria Cristina Andrade, Maria Lúcia Ribeiro de Sousa, Nuno Virgílio Neto e Renata CoréIMPRESSÃO: Log & Print Gráfica e Logística S.A.DIGITALIZAÇÃO: Alex Mendes e Armando SantosTIRAGEM DESTA EDIÇÃO: 55.700 exemplaresENDEREÇO: Av. Rio Branco, 125 – 18º andar – Rio de Janeiro – RJCEP 20040-006 – Tel.: (21) 2506-5600E-MAIL DA REDAÇÃO: [email protected]: www.brasil-rotario.com.br*As matérias assinadas são de inteira responsabilidade dos seus autores.

A Brasil Rotário, consciente de sua responsabilidade ambiental e social, utiliza papéis com certificado FSC (Forest Stewardship Council) para a impressão desta revista. A Certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provenha de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Log & Print Gráfica e Logística S.A. – Certificada na Cadeia de Custódia – FSC.

Themístocles A. C. Pinho(Niterói-RJ)EDRI 2007-09

Antonio Hallage (Curitiba-PR)DRI 2009-11

José Antônio Figueiredo Antiório(Osasco-SP)DERI 2011-13

Areportagem de capa deste mês começa com a mobilização dos rotarianos para ajudar as vítimas das chuvas que destruíram a Região

Serrana do Rio. São histórias como a da Central Solidária de Joinville, a cidade que transformou sua reação às enchentes de 2008 em Santa Catarina num modelo de articulação; e da ShelterBox, a ONG parceira do Rotary que já é referência mundial em grandes catástrofes.

Mais uma vez, além do fato concreto da ajuda prestada às vítimas, o que fica desses relatos é a amostra da capacidade de articulação do Rotary em situações assim, seja trabalhando em iniciativas exclusivas de seus clubes ou desenvolvidas em parceria com outras entidades. E é justamente por causa dessa experiência de articulação que o Rotary pode desbravar uma nova frente de serviços nas cidades onde está presente: ajudando a organizar estratégias de prevenção para evitar que novas tragédias provocadas por velhos problemas (como degradação ambiental, ocupações irregulares e investimentos públicos insuficientes) tornem-se uma terrível rotina.

Esta edição traz ainda duas entrevistas. A primeira delas é com Themístocles Pinho, ex-diretor do RI e presidente da Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF), entidade que está completando sete anos de criação neste mês. Ao fazer um balanço desse período e adiantar algumas mudanças que estão sendo implementadas, Pinho explica por que todo rotariano brasileiro deve ter na ABTRF a melhor parceira na hora de arrecadar recursos para a Fundação Rotária.

A outra entrevista é com o indiano Kalyan Banerjee, que fala de seus planos para a presidência do Rotary International (cargo que vai assumir no dia 1o de julho), dos motivos que o levaram a criar o lema para 2011-12 e dos desafios que enfrentaremos nos próximos anos.

Ainda de olho no futuro, esta edição registra a eleição do diretor brasileiro Antonio Hallage para o cargo de curador da Fundação Rotária e os principais momentos da Assembleia Internacional, momento mais importante na preparação dos novos governadores distritais; e traz um guia especial com as informações que todo rotariano deve saber sobre o Plano Visão de Futuro, novo modelo de outorga de subsídios da Fundação Rotária para apoiar projetos humanitários e educacionais de clubes e distritos.

Esperamos que vocês gostem, e aproveitamos para convidá-los a visitar nosso site www.brasil-rotario.com.br e os perfis da revista no Twitter e no Facebook. Até mês que vem.

Page 7: Revista Brasil Rotário março 2011

4 MARÇO DE 2011

Escritório do RI no Brasil Home page: http://www.rotary.org.br

EndereçoRua Tagipuru, 209São Paulo – SP – BrasilCEP: 01156-000Tel: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575Horário: 2ª a 6ª, de 8h às 17h

GerenteCelso [email protected]

Quadro Social (Assistência aos Governado-res de Distrito e aos Clubes)Débora Watanabe<[email protected]>

Supervisor da Fundação RotáriaEdilson M. Gushiken<[email protected]>

Supervisor FinanceiroCarlos A. Afonso<[email protected]>

Encomendas de Publicações, Materiais e Programas AudiovisuaisClarita [email protected].: (11) 3826-2966Fax: (11) 3667-6575

Rotary InternationalSecretaria (Sede Mundial)1560 Sherman Avenue,Evanston,Il 60201 USAPhone: 00-21-1847 866-3000 Fax: 00-21-1847 328-8554Horário: 8h30 às 16h45 (horário de Washington)

A Seu Serviço

SaudadesSaudades

As correspondências para esta seção podem ser enviadas para o e-mail [email protected] ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ; CEP: 20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.

As correspondências para esta seção podem ser enviadas para o e-mail ou para a Avenida Rio Branco, 125/18º andar – Centro – Rio de Janeiro/RJ; CEP: 20040-006. Em razão do seu tamanho ou para facilitar a compreensão, os textos poderão ser editados.

Cartas e recadosA Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou este o Ano Internacional das Florestas. As fl orestas são o ecossistema mais rico em espécies animais e vegetais. A sua destruição ocasiona erosão do solo, degradação das bacias hidrográfi cas e perda de biodiversidade, com a dizimação de diversas espécies.Façamos também nós, rotarianos, a nossa parte. Vamos alardear aos quatro cantos que 2011 é o Ano das Florestas.Maria Regina da Costa Duarte, associada ao Rotary Club de Niterói-Icaraí, RJ (D. 4750).

Parabenizo a equipe pelo site e pela repaginação da revista. Comunicação é isso mesmo: é estar à frente e divulgar pelos quatro cantos do Brasil!Maricler Virmond, associada ao Rotary Club de Campo Alegre, SC (D. 4650).

Fiquei honradíssimo com a publicação do meu artigo no site da Brasil Rotário (“Conscientizar-se rotariamente”). Sei que são dezenas de textos que vocês recebem todo mês, e nunca espero ser escolhido. Estou muitís-simo contente.João Perez, associado ao Rotary Club de São Paulo-Tatuapé, SP.

Eliseu Fedri, associado fundador do RC de Santo André-Norte, SP (D. 4420)

Paul Heinz Von Haehling, associado honorário e presidente 1970-71 do RC de São Carlos, SC (D. 4740), do qual era o membro mais antigo, com 58 anos de vida rotária.

Escreva para nossos e-mails.Para enviar textos e fotos sobre as ações do seu clube, escreva para: [email protected]

Se você quer informações sobre a remessa da revista, alterar o en-dereço de envio ou atualizar o número de assinantes, escreva para: [email protected]

Para informações sobre pagamentos e boletos bancários, escreva para: [email protected]

Você quer entrar em contatocom a Brasil Rotário?

Page 8: Revista Brasil Rotário março 2011

NA REDE

Leia os pronunciamentos e as notícias do presidente do RI Ray Klinginsmith

acessando o site www.rotary.org/president

5BRASIL ROTÁRIO

RAY KLINGINSMITH

PRESIDENTE DO ROTARY INTERNATIONAL

Mensagem do presidente

5BRASIL ROTÁRIO

LMantenha a simplicidade

ogo que me associei ao Rotary, em 1961, ouvia frequentemente dos líderes rotários: “Mantenha a simplicidade do Rotary”. De fato, aquela frase fazia parte do lema do RI em 1956-57! Entretanto, à medida que o Rotary cresceu

em número de associados e na quantidade de programas nos últimos 50 anos, a simplicidade tornou-se mais difícil.

O Plano Estratégico do RI revisado para 2010-13 é uma forma estimulante de manter a força e a vibração do Rotary no futuro. As três prioridades do plano são claras e suas curtas postulações nos chamam a (1) apoiar e fortalecer os nossos clubes, (2) concentrar e intensifi car o nosso serviço humanitário e (3) fortalecer a nossa imagem pública e conscientização.

Trata-se de um verdadeiro plano estratégico, porque cada uma das três prioridades inclui uma lista de metas mensuráveis e um cartão de pontuação para acompanhar o progresso de todos os objetivos. Estamos realinhando o orçamento do RI para refl etir as novas prioridades e tentamos também equilibrar as prioridades em todas as nossas atividades. Até mesmo as sessões temáticas na Convenção de 2011, em Nova Orleans, serão equilibradas entre as três prioridades. O novo plano com a formulação de prioridades simples não será deixado para acumular poeira nas prateleiras das estantes!

Deve-se notar a interdependência entre as três prioridades. Temos constatado, por muitos anos, que o Rotary não pode fornecer projetos de serviços exemplares sem contar com clubes fortes, e que os clubes não podem recrutar e reter associados de grande qualidade sem a existência de projetos de serviços signifi cativos. A terceira prioridade agora reconhece que no mundo moderno o Rotary precisa do apoio das nossas comunidades, de organizações parceiras e, algumas vezes, de governos, para conduzir projetos maiores de serviços, que, por sua vez, resultarão na criação de clubes mais fortes.

O Rotary se mantém no cenário mundial graças ao Polio Plus. Mas somos ainda organizações de grupos de base, e a nossa força depende da saúde dos nossos clubes. As três prioridades do plano estratégico nos lembram que o sucesso do Rotary se baseia numa fórmula simples de clubes fortes, projetos de serviços signifi cativos e uma imagem pública favorável. Graças a Paul Harris e a outros rotarianos pioneiros, essa é uma fórmula simples, que produz resultados extraordinários – e um mundo ainda melhor!

Page 9: Revista Brasil Rotário março 2011

6 MARÇO DE 2011

Curtas

Quantos somos

Programas piloto a partir de julho

Termina em 1º de abril o prazo para que os clubes interes-sados em se candidatar aos programas piloto do Plano

Estratégico do RI apresentem seus pedidos ao Rotary International. Serão levados em conta os Rotary Clubs fundados antes de 30 de junho de 2009. Até 200 serão es-colhidos para participar de um dos

quatro programas piloto, projetados para testar os requisitos de fl exibi-lidade para o quadro associativo e as operações do clube, e com início marcado para 1º de julho.

Clubes satélite, membros associa-dos, membros corporativos, e Rotary Clubs inovadores e flexíveis serão examinados para determinar sua efi cácia na melhora do recrutamento

e na promoção da diversidade dos associados – metas do Plano Estra-tégico do RI.

No início de janeiro, todos os clubes receberam informações e aplicativos para o programa piloto de três anos. Para conhecer melhor o assunto, pesquise em www.rota-ry.org (palavras-chave para busca: clubes piloto).

Em viagem à capital alemã, no mês de novembro, o vice-presidente de Relações Institucionais da Cooperativa Editora Brasil Rotário, Carlos Jerônimo da Silva Guei-ros, e o presidente 1997-98 do Rotary Club de Istanbul-

Arnavutköy, Turquia (D. 2420), Abdullah Hosdir, visitaram a árvore plantada por Paul Harris, em 1932 (foto). Atualmente, ela pode ser vista no jardim localizado na entrada do hotel Intercontinental de Berlim, mesmo local onde está a árvore plantada, 53 anos mais tarde, pelo presidente 1984-85 do RI, Carlos Canseco.

Além de integrar o Conselho de Administração da Brasil Rotário, Gueiros preside o Conselho Superior da Fundação de Rotarianos de São Paulo e a CIP-PLOP.

Árvore de Paul Harris adorna Berlim

No mundoNúmero de clubes: 33.958; Número

de rotarianos: 1.211.633 (sendo

206.662 mulheres); Número de pa-

íses e regiões: 213; Número de dis-

tritos rotários: 534; Rotaract Clubs:

8.383 (em 171 países); Rotaractia-

nos: 192.809; Interact Clubs: 12.865

(em 135 países); Interactianos:

295.895; Núcleos Rotary de Desen-

volvimento Comunitário: 6.975 (em 80

países, reunindo 160.425 voluntários).

No BrasilNúmero de clubes: 2.347; Número de

rotarianos: 53.762 (sendo 11.087 mu-

lheres); Número de distritos rotários:

38; Rotaract Clubs: 682; Rotaractia-

nos: 15.686; Interact Clubs: 743;

Interactianos: 17.089; Núcleos

Rotary de Desenvolvimento Co-

munitário: 300 (reunindo 6.900

voluntários).

Fonte: Escritório do Rotary Interna-tional no Brasil (dados de fevereiro de 2011).

Page 10: Revista Brasil Rotário março 2011

7Brasil rotário

Entre julho de 2009 e junho de 2010, Jorge Fregadolli, associado ao Rotary Club de

Maringá, PR (D. 4630), concluiu 538 visitas a clubes da cidade e da região. Além disso, manteve 100% de frequência em seu próprio clube. A marca estabelecida pelo rotariano em um período de 12 meses consecu-tivos está sendo apontada como novo recorde mundial em visitas rotárias.

Visitante campeão

Quando estiver em Nova Orleans para a Conven-ção do RI, de 21 a 25 de maio, olhe para cima. Você verá fieiras de colares de contas coloridas dependuradas nas árvores. São lembranças da

Terça-Feira Gorda – o dia que antecede a Quarta-Feira de Cinzas e a culminação de semanas de festas, bailes e paradas. Este ano, a terça-feira de carnaval será festejada em 8 de março e, embora os participantes do evento não peguem a badalação das festas, as lem-branças da festa permearão a cultura local o ano todo.

Conheça alguns aspectos das festas:Krewe – É um grupo social privado que organiza

o desfile de carnaval e outros eventos sazonais. Mui-tos deles têm nomes alusivos à realeza ou à mitologia clássica, como as equipes de Rex, Proteus e Comus.

Mardi Gras Indians (Índios do Carnaval, em português) – São organizações sociais afroamericanas cujos integrantes desfilam em trajes feitos à mão com penas e colares de contas, inspirados nas vestimentas dos índios das planícies. Os cantos característicos dos grupos de carnaval influenciaram fortemente o de-senvolvimento do rhythm and blues de Nova Orleans.

Bolo rei – Tradicional bolo colorido, servido para celebrar o fim da temporada de Natal. Cada bolo contém um pequeno bebê de brinquedo e aquele que

Carnaval em Nova Orleans

receber a fatia com a surpresa está escalado para or-ganizar a festa do ano seguinte.

Mobile – Provavelmente você jamais ouviu falar do carnaval na cidade de Mobile, no Estado do Alaba-ma, a não ser que tenha se deparado com rotarianos do distrito 6880, nos Estados Unidos. Os habitantes do Alabama gostam de relembrar a todos que Mobile realizou a primeira comemoração do carnaval no conti-nente, em 1703, uns bons 20 anos antes que começasse a ser celebrado em Nova Orleans.

Contagem regressiva para a Convenção

Inscrevendo-se para a Convenção até 31 de março você pagará o valor promocional. Acesse www.rotary.org/pt/Members/Events/Convention

Kostya Kisleyko/stock.XCHNG

Page 11: Revista Brasil Rotário março 2011

8 MARÇO DE 2011

Curtas

Neste mês dedicado às mulheres, uma notícia publicada pelo bo-letim online The Rotary Leader destaca a importância da pre-

sença feminina em nossa organização: no período que vai de 2001 a 2010, o número mundial de rotarianas prati-camente duplicou, e muitas delas che-garam a posições de destaque, como a diretora do Rotary International Catherine Noyer-Riveau e a curadora da Fundação Rotária Anne Matthews.

Apesar disso, as mulheres repre-sentam apenas 16% do número total de associados. Recrutá-las é, antes de tudo, uma maneira simples e prática de fazer com o que os Rotary Clubs refl itam as comunidades onde estão presentes. Nesse sentido, o The Rota-ry Leader dá como exemplo o Rotary Club de Greenville, nos EUA, que em um ano elevou a presença feminina em seu quadro associativo de 12 para quase 20%. Tudo começou quando o clube convidou 200 mulheres da

Mulheres no Rotary: números dobraram, mas ainda é pouco

Alyce Henson/Rotary International

A ROTARIANA Sara Lucena à

frente de um projeto comunitário

de seu clube, na República Dominicana

Em janeiro, a The Rotarian, “mãe” de todas as mais de 30 revistas rotárias do mundo, celebrou um século de história com uma edição especial, com capa do prestigiado designer Milton Glaser.

Lançada em janeiro de 1911 como The National Rotarian (o nome atual viria apenas no ano seguinte) e uma tiragem de 2.000 exemplares, a revista, então com 12 páginas, foi considerada por Paul Harris, o fundador do Rotary, a melhor forma de divulgar seu pen-samento. Além de um ensaio assinado por ele, o primeiro exemplar trazia notícias dos clubes e anúncios.

De lá para cá, a revista evoluiu juntamente com o Rotary, inspirando o lançamento das revistas rotárias regionais, hoje publicadas em mais de 20 idiomas, com distribuição em cerca de 130 países e uma tiragem mensal total que chega perto de 800 mil exemplares.

The Rotarian comemora 100 anos

comunidade para um café da manhã especial, chamando-as em seguida para uma de suas reuniões semanais. “Esta estratégia foi essencial”, revela Judith Prince, uma das associadas ao clube norte-americano.

Page 12: Revista Brasil Rotário março 2011

9BRASIL ROTÁRIO

Vacina oral bivalente: um golpe poderoso na pólio

Os casos de pólio caíram nos países onde a doença ainda é endêmica depois que a vacina oral bivalen-

te começou a ser administrada. Desenvolvida para interromper de forma simultânea a trans-missão dos vírus dos tipos 1 e 3, a vacina ajudou a reduzir signifi cativamente a incidência de poliomielite na Índia e na Nigéria ao longo de 2010.

Os resultados de um teste de campo, publicados em outubro do ano passado pelo jornal médi-co britânico Lancet, comprovam a efi ciência da vacina. Conduzido pela Organização Mundial da Saúde entre agosto e dezembro de 2008, o teste envolveu 830 recém-nascidos na Índia, que receberam a vacina bivalente ou um outro tipo de vacina antipólio. O estudo revelou que a vacina bi-valente garante de 30 a 40% mais imunidade, e que sua efi ciência é comparável à das vacinas mono-valentes, que protegem somente contra uma cepa da pólio.

“O Rotary International teve um papel fundamental nesta conquista”, disse Bruce Aylward,

diretor do Comitê Polio Plus do Rotary International. Os recentes subsídios concedidos pela Fun-dação Rotária para o combate à doença “estão intimamente rela-cionados aos maiores ganhos que temos observado nos últimos 12 meses”, ele observou. O impacto mais signifi cativo foi o alcançado na Nigéria, onde os custos opera-cionais chegaram aos 23 milhões de dólares: a redução em 98% do número de casos não teria sido alcançada se esta quantia não fosse empregada na vacinação das crianças. (Reportagem: Dan Nixon para a The Rotarian)

Surto no Congo demonstra a necessidade da erradicação mundialA título de emergência, o Rota-ry International disponibilizou 500 mil dólares para a OMS e o Unicef, que estão sendo empre-gados no desenvolvimento de uma ação imediata de combate a um surto do vírus da pólio na República do Congo, que matou pelo menos 179 pessoas até o fi nal de dezembro, paralisando outras 476, a maioria jovens com idades entre 15 e 29 anos.

O Comitê Nacional Polio Plus no Congo gastou mais de 100 mil dólares na produção de pôsteres, panfl etos, banners e outros ma-teriais de divulgação para mobili-zar o país contra o ressurgimento da doença. O último caso de pólio no Congo fora registrado em 2000. A importação do vírus em Angola provocou o surto atual.

“Estes surtos de pólio [em países onde o vírus estava con-trolado] destacam a vulnera-bilidade de todo o mundo glo-balizado diante de uma doença infecciosa”, afirmou Robert S. Scott, presidente do Comitê Internacional Polio Plus. “Isto reforça nossa afi rmação de que o controle da poliomielite não é uma opção, e que a luta contra a doença somente será bem-sucedida quando conseguirmos a erradicação mundial.”

Page 13: Revista Brasil Rotário março 2011

10 Março de 2011

Antonio Hallage

Coluna do diretor do Rotary International

A evolução sob a ótica da diversidadeT

ratar de construir visões múltiplas é reconhecer-se como um ser humano em evolução. Não há dú-

vida de que existem várias formas de se abordar temas, visões e procedimentos, levando em con-sideração a diversidade dos clubes que compõem nossa organização. Todas levam ao mesmo ponto: a construção de um mundo melhor.

Isto nos leva a compreender que a capacidade de convívio en-tre os diversos grupos de Rotary Clubs é uma riqueza por demais valiosa. Uma sociedade de diver-sas culturas é diferente de uma sociedade multicultural. Na pri-meira, estabelecem-se separações; na segunda, são produzidos liames de reconhecimento e de comple-mentaridade.

A alegada diversidade existente entre os nossos clubes, ou mes-mo nas comunidades a que estes clubes servem, não impede uma evolução que requer a superação de desafios que implicam em:

n Desenvolver e implementar estratégias de evolução com qua-lidade.n Decidir em que direção investir os recursos disponíveis.n Construir uma equipe forte, orientada por nosso lema e nossas

ênfases, em direção ao Objetivo do Rotary e seu Plano Estratégico.n Comunicar e praticar nossos va-lores e crenças, melhorando nossa imagem pública, a começar por nos-sa família e por nós mesmos.n Garantir transições suaves entre as administrações.n Encarar a competição.

No entanto, não devemos nunca esquecer que a ação do Rotary ocor-re nos clubes. É deles que depende o sucesso de nossa organização, de sua ação precisa como pensadores e idealistas, mas também precisa como trabalhadores, em igual ou até em maior intensidade nos dias de hoje. Seus talentos, quaisquer que sejam, são necessários para que o Rotary cumpra sua missão e seu Objetivo.

Nossa respoNsabilidadeO Rotary e os clubes que o repre-sentam são uma influência decisiva para a aceitação das coisas. Nesse nosso mundo de trocas e de negócios globais, o Rotary pode ser consi-derado uma das melhores e mais positivas influências.

A evolução e o futuro do Rota-ry podem ser ainda parcialmente desconhecidos, mas têm direção e sentido. A cada um de nós caberá a tarefa de desvendar este futuro e

influenciar este destino. Podemos ter a ousadia de esperar muito mais do Rotary em sua trajetória de evolução, mas em consequência temos o dever de realizar mais.

Como todas as coisas boas, o Rotary tem seus usos e abusos, e é tarefa indelegável de todos obter o melhor de seus usos e repudiar seus abusos. Sempre que nos de-paramos, mesmo em uma conver-sa despretensiosa num jantar de companheirismo, com um abuso ou uma interpretação errada, ou com a deturpação dos valores da nossa organização, uma reação de repulsa se apodera dos nossos sentidos – e o ímpeto de evitar que estes abusos progridam aflora.

Em compensação, quando ve-mos um líder ainda jovem expres-sar suas convicções e ideias com paixão e idealismo, nos animamos e recobramos a juventude e o ideal – e nos remoçamos.

Os desafios com os quais nos defrontamos no dia a dia do servir rotário se apresentam para nos colocar à prova, para permitir que traduzamos estes desafios em sucessos inegociáveis. Talvez a melhor oportunidade de servir esteja bem à nossa frente – e al-gumas vezes não a reconhecemos.

Portanto, a responsabilidade da evolução na diversidade, um

Page 14: Revista Brasil Rotário março 2011

11Brasil rotário

Para fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para [email protected] fazer comentários e sugestões sobre o tema deste artigo, escreva para [email protected]

BR

Podemos ter a ousadia

de esperar muito mais

do Rotary em sua

trajetória de evolução,

mas em consequência

temos o dever de

realizar mais

stock.XCHNG

dos valores que praticamos, reside nos clubes e nos quadros de seres humanos prontos para servir que os compõem. É nos clubes que residem a nossa força e a nossa capacidade de agir. A responsabilidade é de todos e de cada um. O semear pode ser soli-tário, mas a colheita seguramente será coletiva.

Três pergunTasOs Rotary Clubs preenchem tanto as necessidades das pes-soas que moram em pequenos centros como as das que migra-ram para as grandes cidades ou

seus arredores. Eles preenchem a necessidade de pertinência que to-das estas pessoas têm e almejam; a necessidade de se ter uma comuni-dade da qual se sintam partícipes e atuantes. Quando estão num Rotary Club, estas pessoas sabem o que es-tão fazendo e sabem que pertencem a um grupo de seres humanos que

fazem o bem. Para tal, três pergun-tas devem estar sempre vivas em nossas mentes:

l Onde nós podemos fazer a di-ferença?l No que nós realmente acredi-tamos?l No que somos competentes?

Como um Rotary Club, temos que encontrar as respostas a estes questionamentos. Como rotaria-nos, temos que fazer acontecer as respostas que elaborarmos juntos. Agindo assim, evoluiremos – mes-mo na diversidade.

Page 15: Revista Brasil Rotário março 2011

12 MARÇO DE 2011

Entrevista

Novidades para crescer ainda maisEm seu sétimo aniversário, a Associação Brasileira da The Rotary Foundation comemora resultados e planeja o futuro, apostando em novos modelos de parceria

Comemorando os sete anos de criação da Associação

Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF),

fundada em março de 2004, o atual presidente

da entidade e ex-diretor do Rotary International,

Themístocles A. C. Pinho, visitou a sede da Brasil Rotário

para apresentar as novidades que estão sendo programadas

pela ABTRF para este ano.

Aproveitando a oportunidade, a revista conversou com

Pinho sobre o balanço que pode ser feito dessa história,

a verdadeira revolução em termos de arrecadação trazida

pelo programa Empresa-Cidadã e os projetos que foram

desenvolvidos no Chile com a doação milionária da

Mercedes-Benz, agora que o terremoto completou um ano.

Nuno Virgílio Neto*

Fotos: Sérgio Afonso

THEMÍSTOCLES PINHO na sede da revista

Page 16: Revista Brasil Rotário março 2011

14 MARÇO DE 2011

e alguns de outros países. Desta maneira, observadas as regras da Fundação Rotária para o progra-ma de Subsídios Equivalentes, o valor total doado foi aplicado em projetos no Chile antes do final de 2010, cumprindo o compromisso que havíamos assumido com a Mercedes-Benz.

E em que tipo de projeto esses recursos foram empregados? Foram atendidos oito projetos dos distritos 4340 e 4360, do Chi-le, onde estão localizadas as áreas afetadas pelo terremoto, e especi-ficamente nas áreas de educação e saúde, como nos foi solicitado pela Mercedes-Benz.

E qual a importância desses projetos? Essa ajuda ao Chile é um marco na história da ABTRF, que passou a financiar não apenas projetos brasileiros, mas também em outros países. Isso pode levar algumas pes-soas a questionar: “Ah, mas por que foram gerados recursos para o Chile e não para projetos aqui no Brasil?”. A gente atende o que nos pedem e o que podemos fazer. Se você conse-guir uma empresa que doe 1 milhão de reais, e diga que é para aplicar,

por exemplo, na Região Serrana do Rio de Janeiro, nós só vamos ter um problema: arranjar parceiros para os projetos de Subsídios Equivalentes. Mas vamos aplicar todo o dinheiro lá.

Se os distritos brasileiros se reuni-rem e fi zerem um grande projeto, e a gente arranjar um grande parceiro, não tem problema: a ABTRF tem os recursos. “Mas qual é a diferença en-tre a Fundação Rotária e a ABTRF?”, também costumam perguntar. Não há diferença, pois o dinheiro arreca-do tem a mesma destinação.

Vou lhe fazer então a pergunta que muitos rotarianos ainda devem fazer. A ABTRF e a Fundação Rotária disputam ou somam recursos? Elas somam recursos. O que acon-

tece é o seguinte: as duas institui-ções têm um mesmo fim (conseguir recursos para financiar os projetos rotários) e os meios para fazer isso (buscando doações entre as pessoas físicas e as pessoas jurídicas). As pessoas físicas fazem as doações di-retamente para a Fundação Rotária, e as pessoas jurídicas, para a ABTRF – que por sua vez, como associada à Fundação Rotária, recebe esses recursos para serem utilizados pela Fundação Rotária, através de proje-tos elaborados pelos Rotary Clubs. A única diferença, portanto, está na porta de entrada do dinheiro.

É por isso que a ABTRF garante a todos os seus doadores, quaisquer que eles sejam, os mesmos reco-nhecimentos da Fundação Rotária. Tudo que é concedido para quem doa direto para a Fundação Rotária também é garantido aos que fazem doações à ABTRF, porque as duas têm o mesmo objetivo e porque, em última instância, os recursos vão para o mesmo orçamento.

E no caso das empresas, a ABTRF ainda promove outros reconhe-cimentos, certificando-as como empresas socialmente responsáveis – e, em certos casos, com a possibi-lidade de redução na tributação do Imposto de Renda. Para a empresa que é pequena e não está cadastrada no siste-ma de lucro real, podendo rece-ber benefícios fi scais (e este é o caso da maioria das empresas brasileiras), qual é a vantagem de se doar para a ABTRF? Num primeiro momento, a ABTRF abraçou a ideia de conseguir poucas, mas grandes doações. Desde que assumimos, além de manter esta es-tratégia, nosso objetivo é ter muitas pequenas doações, porque essa é a realidade brasileira.

Como nós podemos reconhecer essas empresas? Fazemos isso através do Reconhecimento So-

Entrevista

Total arrecadado até dezembro de 2010: US$ 1.954.601,25

Total de recursos aplicados em projetos no Brasil: US$ 689.687,00

Número de projetos financiados com esses recursos: 34 projetos

no Brasil e oito no Chile

Os 34 projetos no Brasil atenderam a 32 clubes de 18 distritos:

4420, 4430, 4470, 4480, 4510, 4540, 4550, 4560, 4570, 4590, 4610,

4630, 4650, 4660, 4700, 4730, 4760 e 4770. Detalhes adicionais so-

bre os projetos podem ser obtidos junto aos assistentes do Comitê de

Assessoramento da Associação Brasileira da The Rotary Foundation (veja o quadro ao final da entrevista)

Os sete anos da ABTRF em números

SELO QUE será concedido àsempresas parceiras da associação

Page 17: Revista Brasil Rotário março 2011

13Brasil rotário

BRASIL ROTÁRIO: Primeira-mente, vamos fazer um histó-rico: como foi criada e como é administrada hoje a Associa-ção Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF)?n THEMÍSTOCLES A. C. PI-NHO: A ABTRF foi a primeira das cinco associadas à Fundação Rotária admitidas em todo o mundo. Somos, portanto, uma iniciativa pioneira do Pretoni [José Alfredo Pretoni, ex-diretor do RI e primeiro presidente da ABTRF], que trabalhou pratica-mente sozinho, obtendo as primei-ras doações e aparando as arestas que a cada minuto apareciam, até que estivesse consolidada.

E há uma coisa muito importante que as pessoas devem saber: a AB-TRF é uma associada da Fundação Rotária, ela não é independente. Nós não somos, como muita gente pensa, a “Fundação Rotária do Bra-sil”: nós somos associados à Funda-ção Rotária do Rotary International. O que significa isso? Significa que todos os nossos atos estão sujeitos à aprovação da Assembleia Geral da ABTRF, composta pelo secretário-geral da Fundação Rotária, o ge-rente geral da Fundação Rotária e pelo Pretoni. E algumas das nossas decisões são encaminhadas ao Con-selho de Curadores da Fundação Rotária, que por sua vez reexamina as propostas e concorda ou não com elas – mas aqui eu destaco que temos recebido sempre o seu neces-sário apoio. Dentro desses limites, há muita coisa que ainda pode ser realizada, e é exatamente isso que estamos procurando fazer agora.

E com que missão o senhor as-sumiu a presidência da ABTRF em julho do ano passado? n Como advogado, assumi a presi-dência da ABTRF com a incumbência de organizar o dia a dia legal da as-sociação. Vale lembrar que a ABTRF é um projeto de mais de 1 milhão de

“A ABTRF é uma

associada da Fundação

Rotária. Nós não

somos, como muita

gente pensa, a

‘Fundação Rotária

do Brasil’: nós somos

associados à Fundação

Rotária do Rotary

International”

reais que precisa ser administrado de acordo com as leis brasileiras e as normas do Rotary International. Mas posso acrescentar que, até o final de 2010, geramos, por meio da Fundação Rotária, 1 milhão de reais em projetos humanitários, especialmente com os recursos doados pela Mercedes-Benz do Brasil para o fundo de apoio ao Chile.

Falando nisso, em fevereiro o terremoto do Chile completou um ano. Como os recursos do-ados pela Mercedes-Benz do Brasil foram aplicados lá?n A doação da Mercedes foi condicio-nada à execução de projetos financia-dos pelo fundo de apoio criado pelo Rotary International em benefício do Chile. Então a Mercedes doou 1 milhão de reais, que equivalem a aproximadamente 500 mil dólares, para que nós usássemos dentro desse fundo. A Fundação Rotária deter-minou que esses recursos seriam aplicados no Chile sob a forma de projetos de Subsídios Equivalentes, e aí surgiu um desafio: nós tínhamos um compromisso com a Mercedes de fazer a utilização de todo o dinheiro até o final de 2010. A segunda etapa do trabalho, envolvendo particular-mente o Pretoni e o Fonseca [José Luiz Fonseca, ex-governador do dis-trito 4420 e coordenador do Comitê de Assessoramento da ABTRF], era encontrar distritos que pudessem atuar como parceiros internacionais nos projetos dos Rotary Clubs do Chile.

Felizmente, num prazo recorde, conseguimos encontrar estes distri-tos, a maior parte deles brasileiros

l EDIFÍCIO DESTRUÍDO pelo terremoto no Chile, em fevereiro de 2010

Agência Brasil

Page 18: Revista Brasil Rotário março 2011

15Brasil rotário

“Um dos clubes

do distrito 4420

é responsável,

sozinho, pela parceria

com 15 empresas.

Isso significa que,

mensalmente,

esse clube está

conseguindo 3.000

reais em doações

para a Fundação

Rotária, o que soma

aproximadamente 20

mil dólares por ano”

cial. Como associada à Fundação Rotária, a ABTRF pode outorgar esta distinção, pois além de passar o recibo dos valores recebidos, o doador terá a certeza de que está disponibilizando recursos para pro-jetos nas áreas da saúde, educação e meio ambiente, enfim: podemos provar o destino desse dinheiro, reconhecendo a doadora, como já mencionado, como uma empresa socialmente responsável.

Então, se amanhã o Imposto de Renda ou a Bolsa de Valores me pedirem: “Prove que tal empresa de fato é, como ela está escrevendo aqui, uma empresa socialmente responsável”, nós temos como cer-tificar cada projeto que a ABTRF ajudou a financiar, os valores utili-zados, os Rotary Clubs envolvidos e a descrição de cada projeto.

Ou seja: a ABTRF emite um selo de qualidade, dá um atestado, um certificado de responsabilidade social.n É justamente isso: a ABTRF passa a ser uma certificadora de ação social, através, por exemplo, de um programa cha-mado Empresa-Cidadã, uma certificação que é dada de várias formas, de acordo com o valor das doações efetuadas: por um Certificado de Participação, um Diploma de Reconhecimento Social e a possibilidade de uso de um selo próprio e único, im-presso e fornecido pela ABTRF, que identifica a empresa como participante do programa.

Temos também a participa-ção de empresas através de con-vênios e parcerias próprios e es-pecíficos, firmados para apoiar a arrecadação de recursos pela ABTRF. Como exemplo, hoje temos em pleno funcionamento um convênio de abrangência nacional com a empresa Porto Seguro, que garante a todos os rotarianos que os veículos

de sua propriedade, assim como aqueles de propriedade de seus côn-juges, ascendentes e descendentes, segurados com a Porto Seguro e a Itaú Seguros, gerem uma doação de 5% do valor de seu prêmio, feita pela Organização Porto Seguro, para a ABTRF – e seja considerada para crédito no resultado de arrecadação do seu Rotary Club.

Destacamos que estamos prontos para examinar e firmar convênios semelhantes com outras empresas, respeitadas aí algumas condições básicas, como por exemplo, que sejam empresas de atuação em todo o país, tenham como norma a prática de programas ligados à cidadania, atuem em mercados de grande potencial, como telefonia, comunicação, empresas aéreas, montadoras, instituições financei-

ras e outras, que assumam conosco o compromisso de doações perma-nentes, e que façam uma doação inicial representativa para a ABTRF.

Essas parcerias precisam da aprovação da Fundação Rotária?n Sim. Todas as nossas parcerias, em nível nacional, são aprovadas pela Fundação Rotária.

E quais são as vantagens dire-tas para um Rotary Club que convence uma empresa a se tornar parceira do programa Empresa-Cidadã? n Vou dar um exemplo: atualmente, o distrito 4420 possui cerca de 60 empresas-cidadãs cadastradas no programa. Cada uma delas contribui com 200 reais por mês. Esse dinheiro é destinado para a ABTRF e creditado

Page 19: Revista Brasil Rotário março 2011

16 MARÇO DE 2011

BR

como uma contribuição do clube que está vinculado à empresa doadora, passando a fazer parte do compromis-so anual de arrecadação que o clube tem junto à Fundação Rotária.

No distrito 4420, essas 60 empre-sas-cidadãs foram apresentadas por 15 clubes diferentes. Um desses clubes é responsável, sozinho, pela parceria com 15 empresas. Isso signifi ca que, mensalmente, esse clube está conse-guindo 3.000 reais em doações para a Fundação Rotária, o que soma apro-ximadamente 20 mil dólares por ano.

E com isso o clube cumpre suas responsabilidades de arreca-dação para a Fundação Rotá-ria, ganha o direito a todos os seus reconhecimentos, premia seus associados com títulos de Companheiro Paul Harris... Exatamente. E para as empresas também há vantagens. No caso do distrito 4420, que usamos como exemplo, cada empresa-cidadã exibe esta participação através de um banner, exposto em todas as reuniões do Rotary Club que aderiu ao programa. Há um Rotary Club, o Santo André-Norte, que anualmente faz uma festa do chope, reunindo um público médio de 1.000 pessoas, das quais 75% não são rotarianas. Durante esta festa, estes banners ficam expostos e divulgam a marca da empresa. Como elas contribuem financeiramente para a Fundação Rotária através do Rotary Club ao longo de todo o ano, é justo promovê-las e divulgá-las neste evento. Divulgações como esta são feitas também no site dos clubes e nas publicações que ele fizer. Assim todo mundo acaba tendo vantagem.

E qual é o caminho feito pelos recursos quando doados à ABTRF? Esse dinheiro sai do Brasil? O dinheiro vai para uma conta

especial da ABTRF e é utilizado no financiamento de projetos da Fundação Rotária aqui no Brasil. De 2006 a 2010, um total de 689 mil dólares doados à ABTRF foi convertido em projetos rotários no Brasil. É importante esclarecer que o dinheiro da ABTRF atende aos pedidos feitos pelos clubes, mas o clube não pede dinheiro à ABTRF: ele faz seu projeto normalmente, de Subsídio Equivalente, envia o pedido à Fundação Rotária e, à medida que a Fundação Rotária aprova o projeto, vamos liberando os recursos disponíveis. O processo fica mais ágil.

E se não disponibilizamos re-cursos para mais clubes brasileiros fazer projetos é porque ainda faltam projetos dos nossos clubes. Hoje nós temos em caixa 600 mil dólares e que não temos como gastar – repe-timos: por falta de projetos.

Isso quer dizer que os clubes brasileiros...... não fazem projetos. Existe dinhei-ro para que eles sejam realizados, mas nossos clubes não têm apre-sentado propostas adequadamente.

Podemos que afi rmar que, se a ABTRF não tivesse sido criada há sete anos, não contaríamos com todos esses recursos que foram arrecadados por ela desde então? Com certeza, porque esses recursos só vieram de pessoas jurídicas. Você quer um exemplo muito claro? Em 2011, o distrito 4420 já contribuiu com 64 mil dólares para a ABTRF. Desse total, a grande maioria vem da parceria com as cerca de 60 empre-sas-cidadãs que temos lá, e também de um outro programa, o Convênio Seguro Solidário, que foi possível im-plantar com a Porto Seguro graças à ABTRF, e que permite a contribuição de pessoas jurídicas para os progra-mas da Fundação Rotária.

É aquilo que já mencionei anterior-mente: o nosso foco deve ser dedicado à busca de muitas pequenas doações.Podemos dizer que, sete anos depois, a Associação Brasileira da The Rotary Foundation consolidou-se em defi ni-tivo como o braço direito da Fundação Rotária e do rotariano no Brasil.

* O autor é jornalista da Brasil Rotário.

Para saber como seu clube ou empresa podem fazer parte desses

programas da ABTRF, procure o governador de seu distrito ou entre

contato com os seguintes membros do Comitê de Assessoramento da

Associação Brasileira da The Rotary Foundation:

Coordenador – EGD José Luiz Fonseca

E-mail: [email protected]

Telefone: (11) 3822-0680

Assistente da Zona 22 B – EGD Francisco Schlabitz

E-mail: [email protected]

Telefone: (61) 3403-0000

Assistente das Zonas 22 A e 23 A – EGD Maurício Alves

E-mail: [email protected]

Telefone: (46) 3524-6081

Entrevista

Page 20: Revista Brasil Rotário março 2011

17BRASIL ROTÁRIO

Noções Básicas do Plano

Visão de Futuro

O QUE É o Plano Visão de Futuro? O novo modelo de outorga de subsídios da Fundação Rotária para apoiar projetos humanitários e educacionais de clubes e distritos.

POR QUE foi adotado? A Fundação identifi cou a necessidade de simplifi car e aprimorar suas operações e concentrar seus esforços de modo a causar maior impacto no mundo e aumentar o reconhecimento público.

QUANDOserá iniciado? Em julho de 2010, 100 distritos rotários começaram a testar o plano, como parte de uma fase piloto de três anos. Todos os distritos adotarão o novo modelo em julho de 2013.

COMOfunciona? As páginas seguintes fornecem informações básicas de que clubes e distritos precisam para participar do Plano Visão de Futuro.

17BRASIL ROTÁRIO

Page 21: Revista Brasil Rotário março 2011

18 MARÇO DE 2011

OS SUBSÍDIOSNo Plano Visão de Futuro haverá dois tipos de subsídios: Subsídios Distritais e Subsídios Globais.

Subsídios DistritaisOs Subsídios Distritais são subsídios agrupados que permitem aos clubes e distritos atenderem imediatamente a necessidades específi cas em suas comunidadese no exterior. Os distritos podem solicitar até 50% do Fundo Distrital de Utilização Controlada (FDUC) disponível por ano, recebendo-o na forma de um Subsídio Distrital, ou podem solicitar menos de 50% do FDUC e alocar a diferença ao programa Polio Plus ou a um projeto de Subsídio Global. É o próprio distrito que administra e determina como os fundos serão distribuídos entre as atividades desenvolvidas por ele ou seus clubes, incluindo projetos humanitários, bolsas de estudos e equipes de formação profi ssional. A única condição é que as atividades estejam alinhadas com a missão da Fundação Rotária.

Subsídios GlobaisOs Subsídios Globais oferecem a oportunidade de participar de projetos com enfoque mais estratégico e de alto impacto. A Fundação outorga Subsídios Globais de 15 mil a 200 mil dólares. Estes subsídios dão suporte a projetos de maior porte, equipes de formação profi ssional e bolsas de estudos que tenham resultados mensuráveis e sustentáveis em uma das seis áreas de enfoque da Fundação Rotária. As atividades podem ser implementadas individualmente ou em conjunto com outras — por exemplo, um subsídio pode ser usado para fi nanciar uma equipe de formação profi ssional e também um projeto humanitário relacionado à área de estudos do bolsista.

Clubes e distritos podem criar seus próprios projetos de Subsídio Global em uma das áreas de enfoque ou participar de projetos pré-defi nidos, desenvolvidos pela

Fundação Rotária em colaboração com parceiros estratégicos.

Subsídios Globais desenvolvidos por clube ou distrito

Esses subsídios outorgam no mínimo 15 mil dólares do Fundo Mundial para um orçamento do projeto de pelo menos 30 mil dólares. A outorga de verbas do Fundo Mundial tem por base a equiparação de 100% de parcelas do FDUC ou 50% de contribuições em dinheiro. Subsídios Globais devem envolver dois Rotary Clubs/distritos, incluindo um parceiro local (no país onde a atividade ou projeto será realizado) e um parceiro internacional.

Antes de enviar o pedido, os parceiros devem encaminhar uma proposta à Fundação Rotária, descrevendo as atividades e os resultados esperados. Ao planejar um projeto, os parceiros devem conduzir um estudo para identifi car as necessidades mais imediatas da comunidade e os recursos disponíveis localmente para tratar do problema. Após a aprovação da proposta, o clube ou distrito tem seis meses para enviar o pedido ofi cial.

Subsídios Globais pré-defi nidos

Estes subsídios são desenvolvidos pela Fundação e seus parceiros estratégicos, organizações que já trabalham em projetos relacionados às áreas de enfoque e podem fornecer apoio técnico e fi nanceiro aos projetos de Subsídios Globais. O Fundo Mundial e o parceiro estratégico fi nanciam 100% da iniciativa, a qual é implementada por rotarianos. As opções para este tipo de subsídio serão colocadas no acesso ao portal quando estiverem disponíveis.

ÁREAS DE ENFOQUEOs curadores da Fundação Rotária identifi caram seis áreas de enfoque nas quais clubes e distritos estão capacitados a alcançar resultados mais impactantes e quantifi cáveis. Todos os projetos de Subsídio Global, bolsistas e equipes de formação profi ssional devem se dedicar a alcançar metas específi cas dentro de

uma ou mais das seguintes áreas:

Paz e prevenção/resolução de confl itos• Fortalecer esforços locais de paz.• Treinar líderes locais para prevenir

e mediar confl itos.• Apoiar esforços de longo prazo em

prol da paz.• Ajudar grupos vulneráveis

afetados por confl itos.• Apoiar estudos relacionados à paz

e resolução de confl itos.

Prevenção e tratamento de doenças• Melhorar a capacitação de

funcionários da área de saúde.• Informar e mobilizar comunidades

para evitar a disseminação de doenças.

• Aprimorar a infraestrutura de saúde.

• Combater a disseminação de doenças.

• Apoiar estudos ligados à prevenção e ao tratamento de doenças.

Recursos hídricos e saneamento• Promover o acesso a água potável

e saneamento básico.• Fortalecer nas comunidades

a habilidade de desenvolver e manter sistemas de água e saneamento.

• Informar as comunidades sobre a importância de saneamento, água potável e higiene.

• Apoiar estudos ligados a recursos hídricos e saneamento.

Saúde materno-infantil• Reduzir a taxa de mortalidade

infantil.• Reduzir a taxa de mortalidade

materna.• Melhorar o acesso a assistência

médica a mães e fi lhos.• Apoiar estudos ligados à saúde de

mães e fi lhos.

Educação básica e alfabetização• Reduzir a disparidade entre os

sexos no acesso à educação.• Fortalecer a capacidade de as

comunidades fornecerem educação básica e alfabetização.

Page 22: Revista Brasil Rotário março 2011

19BRASIL ROTÁRIO

• Assegurar o acesso das crianças à educação básica.

• Aumentar as taxas de alfabetização entre adultos.

• Apoiar estudos relacionados a educação básica e alfabetização.

Desenvolvimento econômico e comunitário• Treinar e dar apoio a empresários e

líderes comunitários locais.• Desenvolver oportunidades de

trabalho decente e produtivo.• Aprimorar a capacidade de

organizações darem suporte ao desenvolvimento econômico.

• Apoiar estudos relacionados ao desenvolvimento econômico e comunitário.

SUSTENTABILIDADEPara ser elegível a um Subsídio Global, o projeto deve ser sustentável, ou seja, deve continuar funcionando por longo tempo após os fundos se esgotarem e os rotarianos não mais estarem envolvidos. Projetos sustentáveis devem ajudar o máximo de pessoas possível, respeitar o meio ambiente e a cultura local, envolver organizações que conheçam a comunidade – como Núcleos Rotary de Desenvolvimento Comunitário –, procurar apoio dos benefi ciários, e transmitir a outros as lições aprendidas. Os Subsídios Globais também preparam bolsistas e outras pessoas para aplicar métodos inovadores em campos profi ssionais concernentes às áreas de enfoque da Fundação. Ao criarem novos projetos, todos os clubes e distritos devem dar ênfase a treinamento e troca de informações para que as comunidades possam manter os resultados e resolver possíveis problemas sozinhas.

BOLSAS DE ESTUDOSAs bolsas de estudos podem ser fi nanciadas por Subsídio Distrital ou Global. Subsídios Distritais não têm restrições quanto ao nível (médio, universitário ou de mestrado), duração ou área de estudos. Os distritos podem desenvolver seus próprios critérios de outorga, determinar a quantia e dar suporte

a estudantes de universidades locais, pois não há exigência de que os estudos sejam em outro país.

Subsídios Globais apoiam somente bolsas de estudos para cursos de graduação no exterior pelo período de um a quatro anos, em área relacionada a uma das áreasde enfoque. Ao enviar um pedido de Subsídio Global para fi nanciar uma bolsa de estudos, clubes e distritos devem fornecer comprovante de que o candidato foi admitido na universidade em que deseja estudar. O candidato deve também enviar à Fundação comprovação de que obteve resultados aceitáveis em teste de profi ciência do idioma falado nopaís onde irá estudar, caso difi rade sua língua materna. Os comprovantes de admissão edo teste de idioma só são necessários quando o pedido formal doSubsídio Global é encaminhado,não sendo exigidos no envio da proposta.

EQUIPES DE FORMAÇÃO PROFISSIONALAs equipes de formação profi ssional podem ser fi nanciadas por Subsídios Distritais ou Subsídios Globais. Estas equipes podem viajar a outro país e ensinar ou aprender como resolver problemas em uma ou mais das áreas de enfoque. Cada equipe deve ter pelo menos um rotariano como líder e três não rotarianos como membros. Não há limite máximo para o tamanho da equipe ou restrições de idade, mas todos os participantes devem ter habilidades e experiência profi ssionais ligadas às metas do subsídio.

O treinamento pode ter qualquer duração e ocorrer em qualquer lugar, como universidades, hospitais ou empresas, dependendo do que for mais apropriado para alcançar as metas do subsídio. As equipes podem se hospedar em casas de rotarianos, dormitórios de universidades ou hotéis. O custo total do projeto deve ser de no mínimo 30 mil dólares, incluindo as despesas de viagem da equipe e gastos com outras atividades do subsídio.Mais de uma equipe pode viajar como mesmo subsídio.

19BRASIL ROTÁRIO

Page 23: Revista Brasil Rotário março 2011

20 MARÇO DE 2011

QUALIFICAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROJETOS

O que os distritos devem fazer

Para receber Subsídios Distritais e Globais da Fundação Rotária, os distritos devem completar o processo de qualifi caçãoonline e atestar que seguirão e implementarão as diretrizes de gerenciamento fi nanceiro estipuladas no Memorando de Entendimento. Os distritos devem também realizar um Seminário Distrital sobre Gerenciamento de Subsídios, como parte do processo de qualifi cação dos clubes.

Os distritos são responsáveis por administrar os fundos recebidos da Fundação. É dever dos distritos: • Planejar as atividades detalhadamente.• Enviar pedidos de subsídio completos e

com a documentação exigida.• Envolver diretamente os rotarianos na

implementação do projeto.• Demonstrar transparência em todas as

transações fi nanceiras.• Entregar relatórios dentro do prazo.

O que os clubes devem fazer

Os clubes também devem completar um processo anual de qualificação para serem elegíveis a receber Subsídios Globais da Fundação Rotária. Para se qualificarem, os clubes devem enviar um ou mais associados ao Seminário Distrital sobre Gerenciamento de Subsídios, assinar e concordar em seguir o Memorando de Entendimento, além de atender a quaisquer outros requisitos de qualificação definidos pelo distrito. Os clubes também devem cumprir os mesmos requisitos de gerenciamento de fundos exigidosdos distritos.

PROCESSO DE SOLICITAÇÃO DE SUBSÍDIOTodos os pedidos de Subsídios Distritais e Globais devem ser enviados através do acesso ao portal, em www.rotary.org/pt.Os Subsídios Distritais seguem um modelo comercial bianual, sendo o enfoque do primeiro ano em planejamento das atividades e solicitação do subsídio, e o enfoque do segundo ano na outorga do subsídio.

As solicitações de Subsídios Globais começam com o envio de uma proposta online. A Fundação Rotária determina se a proposta é elegível, trabalhando com os parceiros para completar os dados faltantes. Após a análise, os parceiros são notifi cados se devem enviar um pedido formal. Propostas e pedidos são processados por ordem de chegada durante todo o ano rotário.

Os pedidos formais devem ser enviados dentro de seis meses após a aceitação da proposta.

RELATÓRIOSOs distritos devem enviar um relatório à Fundação e a todos os clubes do distrito, explicando como os fundos foram despendidos, no prazo de 12 meses após receberem o Subsídio Distrital. Os parceiros de um Subsídio Global devem enviar relatórios intermediários a cada 12 meses, ao longo da duração do subsídio, e um relatório fi nal em até dois meses após o términodo subsídio.

TREINAMENTOS E RECURSOSDurante 2012-13, governadores eleitos de distritos não pilotos e presidentes entrantes de Comissão Distrital da Fundação Rotária receberão treinamento sobre os processos de qualifi cação, envio de pedido de subsídio e requisitos de envio de relatórios.requisitos de envio de relatórios.

Para mais informações sobre os subsídios do Plano Visão de Futuro e para assinar o boletim mensal do Plano, acesse www.rotary.org/pt/futurevision.

20 MARÇO DE 2011

Page 24: Revista Brasil Rotário março 2011

21BRASIL ROTÁRIO

Lideranças

BR

Sérgio Afonso

Cheios de novas ideias, habilidades e amizades: foi assim que os governa-

dores eleitos de todo o mundo deixaram a Assembleia Inter-nacional, realizada em San Diego, nos EUA, no mês de janeiro. O presidente 2011-12 do Rotary International, Kalyan Banerjee, começou a semana de treinamento com a revelação de seu lema, Conhe-ça a Si Mesmo para Envolver a Humanidade. “Para alcançar qualquer coisa neste mundo, devemos usar todos os recursos disponíveis. E a única maneira de começar é com nós mesmos, e dentro de nós mes-mos”, disse.

Em seu discurso, o diretor do Ro-tary International John C. Smarge destacou um dos maiores desafios do Rotary na atualidade. “Desde 2003, foram fundados 2.552 Rotary Clubs em todo o mundo. No entanto, o aumento geral de nosso quadro associativo foi de apenas 226 asso-ciados”, informou, incentivando os líderes rotários a fortalecerem seus

Hallage é eleito curador da Fundação RotáriaO brasileiro Antonio Hallage, atual diretor do Rotary International, foi

eleito curador da Fundação Rotária, em mandato que irá do próximo dia 1o de julho até 30 de junho de 2015. Engenheiro, empresário e professor

universitário, Hallage vive com a mulher, Rose, em Curitiba, onde é associado ao Rotary Club de Curitiba-Leste.

“As manifestações de apoio que tenho recebido me garantem que posso enfrentar este desafi o com determinação e entusiasmo. Estou otimista que, juntos e unidos por um propósito comum, poderemos justifi car a confi ança que, através de nós, fi ca depositada em nosso país”, disse Antonio Hallage à Brasil Rotário sobre sua eleição. “É um reconhecimento do trabalho de muitos, e isto não pode ser esquecido.”

Lema 2010-11 apresentado na Assembleia Internacional

clubes, promovendo o Rotary como a organização preferida pelos líderes empresariais, profi ssionais e comu-nitários.

Os governadores eleitos também ouviram discursos de ex-presidentes do RI, como Rajendra Saboo, que falou sobre a força da liderança, e Bhi-chai Rattakul, que enfocou os Valores do Rotary, também abordados pelo atual presidente, Ray Klinginsmith, na sessão plenária de encerramento.

O NOVO SECRETÁRIO GERALNo jantar de encerramento, os líde-

res rotários conheceram John Hewko, que, com a aposentado-ria de Ed Futa, ocupará o cargo de secretário-geral do Rotary International a partir de 1º de julho de 2011.

Hewko disse que, por conta da afi nidade que tem com os valores do Rotary, sua função será mais uma paixão do que um trabalho. Por sinal, estes valores fi caram evidentes du-rante a semana de trabalho em San Diego: os participantes da

Assembleia contribuíram com mais de 330 mil dólares à Fundação Rotá-ria, doaram mais de 2.000 livros em 21 idiomas a crianças de San Diego e montaram 1.200 kits de alfabetização para comunidades de Nova Orleans, a cidade norte-americana que sediará a Convenção Internacional deste ano.

Leia mais sobre os planos de Kalyan Banerjee para o próximo ano rotário na entrevista que começa na página 22 desta edição.

Com reportagem de Joseph Derr para o site www.rotary.org.

Page 25: Revista Brasil Rotário março 2011

21BRASIL ROTÁRIO

Lideranças

BR

Sérgio Afonso

Cheios de novas ideias, habilidades e amizades: foi assim que os governa-

dores eleitos de todo o mundo deixaram a Assembleia Inter-nacional, realizada em San Diego, nos EUA, no mês de janeiro. O presidente 2011-12 do Rotary International, Kalyan Banerjee, começou a semana de treinamento com a revelação de seu lema, Conhe-ça a Si Mesmo para Envolver a Humanidade. “Para alcançar qualquer coisa neste mundo, devemos usar todos os recursos disponíveis. E a única maneira de começar é com nós mesmos, e dentro de nós mes-mos”, disse.

Em seu discurso, o diretor do Ro-tary International John C. Smarge destacou um dos maiores desafios do Rotary na atualidade. “Desde 2003, foram fundados 2.552 Rotary Clubs em todo o mundo. No entanto, o aumento geral de nosso quadro associativo foi de apenas 226 asso-ciados”, informou, incentivando os líderes rotários a fortalecerem seus

Hallage é eleito curador da Fundação RotáriaO brasileiro Antonio Hallage, atual diretor do Rotary International, foi

eleito curador da Fundação Rotária, em mandato que irá do próximo dia 1o de julho até 30 de junho de 2015. Engenheiro, empresário e professor

universitário, Hallage vive com a mulher, Rose, em Curitiba, onde é associado ao Rotary Club de Curitiba-Leste.

“As manifestações de apoio que tenho recebido me garantem que posso enfrentar este desafi o com determinação e entusiasmo. Estou otimista que, juntos e unidos por um propósito comum, poderemos justifi car a confi ança que, através de nós, fi ca depositada em nosso país”, disse Antonio Hallage à Brasil Rotário sobre sua eleição. “É um reconhecimento do trabalho de muitos, e isto não pode ser esquecido.”

Lema 2011-12 apresentado na Assembleia Internacional

clubes, promovendo o Rotary como a organização preferida pelos líderes empresariais, profi ssionais e comu-nitários.

Os governadores eleitos também ouviram discursos de ex-presidentes do RI, como Rajendra Saboo, que falou sobre a força da liderança, e Bhi-chai Rattakul, que enfocou os Valores do Rotary, também abordados pelo atual presidente, Ray Klinginsmith, na sessão plenária de encerramento.

O NOVO SECRETÁRIO GERALNo jantar de encerramento, os líde-

res rotários conheceram John Hewko, que, com a aposentado-ria de Ed Futa, ocupará o cargo de secretário-geral do Rotary International a partir de 1º de julho de 2011.

Hewko disse que, por conta da afi nidade que tem com os valores do Rotary, sua função será mais uma paixão do que um trabalho. Por sinal, estes valores fi caram evidentes du-rante a semana de trabalho em San Diego: os participantes da

Assembleia contribuíram com mais de 330 mil dólares à Fundação Rotá-ria, doaram mais de 2.000 livros em 21 idiomas a crianças de San Diego e montaram 1.200 kits de alfabetização para comunidades de Nova Orleans, a cidade norte-americana que sediará a Convenção Internacional deste ano.

Leia mais sobre os planos de Kalyan Banerjee para o próximo ano rotário na entrevista que começa na página 22 desta edição.

Com reportagem de Joseph Derr para o site www.rotary.org.

Page 26: Revista Brasil Rotário março 2011

21BRASIL ROTÁRIO

Lideranças

BR

Sérgio Afonso

Cheios de novas ideias, habilidades e amizades: foi assim que os governa-

dores eleitos de todo o mundo deixaram a Assembleia Inter-nacional, realizada em San Diego, nos EUA, no mês de janeiro. O presidente 2011-12 do Rotary International, Kalyan Banerjee, começou a semana de treinamento com a revelação de seu lema, Conhe-ça a Si Mesmo para Envolver a Humanidade. “Para alcançar qualquer coisa neste mundo, devemos usar todos os recursos disponíveis. E a única maneira de começar é com nós mesmos, e dentro de nós mes-mos”, disse.

Em seu discurso, o diretor do Ro-tary International John C. Smarge destacou um dos maiores desafios do Rotary na atualidade. “Desde 2003, foram fundados 2.552 Rotary Clubs em todo o mundo. No entanto, o aumento geral de nosso quadro associativo foi de apenas 226 asso-ciados”, informou, incentivando os líderes rotários a fortalecerem seus

Hallage é eleito curador da Fundação RotáriaO brasileiro Antonio Hallage, atual diretor do Rotary International, foi

eleito curador da Fundação Rotária, em mandato que irá do próximo dia 1º de julho até 30 de junho de 2015. Engenheiro, empresário e professor

universitário, Hallage vive com a mulher, Rose, em Curitiba, onde é associado ao Rotary Club de Curitiba-Leste.

“As manifestações de apoio que tenho recebido me garantem que posso enfrentar este desafi o com determinação e entusiasmo. Estou otimista que, juntos e unidos por um propósito comum, poderemos justifi car a confi ança que, através de nós, fi ca depositada em nosso país”, disse Antonio Hallage à Brasil Rotário sobre sua eleição. “É um reconhecimento do trabalho de muitos, e isto não pode ser esquecido.”

Lema 2011-12 apresentado na Assembleia Internacional

clubes, promovendo o Rotary como a organização preferida pelos líderes empresariais, profi ssionais e comu-nitários.

Os governadores eleitos também ouviram discursos de ex-presidentes do RI, como Rajendra Saboo, que falou sobre a força da liderança, e Bhi-chai Rattakul, que enfocou os Valores do Rotary, também abordados pelo atual presidente, Ray Klinginsmith, na sessão plenária de encerramento.

O NOVO SECRETÁRIO GERALNo jantar de encerramento, os líde-

res rotários conheceram John Hewko, que, com a aposentado-ria de Ed Futa, ocupará o cargo de secretário-geral do Rotary International a partir de 1º de julho de 2011.

Hewko disse que, por conta da afi nidade que tem com os valores do Rotary, sua função será mais uma paixão do que um trabalho. Por sinal, estes valores fi caram evidentes du-rante a semana de trabalho em San Diego: os participantes da

Assembleia contribuíram com mais de 330 mil dólares à Fundação Rotá-ria, doaram mais de 2.000 livros em 21 idiomas a crianças de San Diego e montaram 1.200 kits de alfabetização para comunidades de Nova Orleans, a cidade norte-americana que sediará a Convenção Internacional deste ano.

Leia mais sobre os planos de Kalyan Banerjee para o próximo ano rotário na entrevista que começa na página 22 desta edição.

Com reportagem de Joseph Derr para o site www.rotary.org.

Page 27: Revista Brasil Rotário março 2011

22 MARÇO DE 2011

Perfilalyan Banerjee tornou-se associado ao Rotary Club de Vapi, Índia, em 1972. Graduado em en-genharia química pelo Instituto Indiano de

Tecnologia, na cidade de Kharagpur, ele é diretor da United Phosphorus Limited, um dos maiores produtores de agroquímicos da Índia. Em 1980, Banerjee tornou-se governador do então distrito 306 do RI. Foi diretor do RI em 1995-97 e curador da Fundação Rotária em 2001-05. E será presidente do RI em 2011-12.

Ele é casado com Binota, assistente social e membro do clube Inner Wheel. O casal tem dois fi lhos e quatro netos.

O editor-chefe da revista The Rotarian, John Rezek, entrevistou Banerjee no escritório de Evanston, Illinois, EUA e relatou: “Há muita coisa que você observa de imediato no presidente eleito. Em primeiro lugar, ele é a pessoa mais calma em qualquer ambiente. Além disso, ele fala com suavidade, mas é direto e fi rme em sua missão, que descreve de maneira gentil. Quando lhe indaguei sobre os difíceis desafi os que ele terá de enfrentar no seu ano presidencial, ele me relembrou, ‘A vida é simples, as pessoas é que a tornam complicada.’”

THE ROTARIAN: Como alguém se torna presidente do RI? KALYAN BANERJEE: Gostaria de saber. Eu estava fazendo o que eu deveria fazer como uma boa pessoa que acredita no trabalho do Rotary, e penso que uma coisa leva à outra. Isso não funciona em todos os casos, e eu não sei como aconteceu no meu – tornar-se presidente do RI. Eu não estava tentan-do ser presidente do Rotary, mas tão somente um bom rotariano.

Quando você foi informado de que era o presidente indicado, qual foi a sua reação? Pulou de alegria? Bem, lembro quando John Germ, o presidente da Comissão de Indicação, chamou-me e disse “Você foi o escolhi-do pela comissão. Concorda? Aceita?”, e eu exclamei “Meu Deus!” talvez umas duas vezes. E John replicou, “Pare de

Simplicidade de BanerjeeNosso presidente eleito acredita que a vida é simples, as pessoas é que a complicam

Kfalar ‘meu Deus’ e responda sim ou não”. Ele costuma me relembrar esse diálogo e nós já brincamos sobre isso algumas vezes. Agora que já venho há algum tempo convivendo com a ideia, aguardo ansioso pela grande oportu-nidade e pelo desafi o.

Qual é o melhor cargo na orga-nização? A presidência está no topo da lista? Realmente, eu não havia pensado nisto. Devo dizer que gostei de ser pre-sidente de clube há muitos anos. Foi em 1975, três anos depois que me associei ao Rotary. Depois, tornei-me gover-nador em 1980 na primeira tentativa. Na Índia, não é sempre que alguém se torna governador na primeira tentativa – e com 38 anos de idade. E ali estava eu, nascido em Bengala, no leste da Índia, morando no Estado de Gujarat – o Estado de Gandhi, se é que posso classifi cá-lo assim – longe do oeste. Estados diferentes, línguas e culturas diversas. Foi um grande desafi o e uma grande oportunidade. Gostei imensa-mente de ser governador. Foi uma das posições mais agradáveis. Fui líder de treinamento na Assembleia Interna-cional. Penso que me saí de forma sa-tisfatória. Havia alguns outros grandes rotarianos comigo que mais tarde se tornaram mais bem conhecidos – Cliff Dochterman, Royce Abbey, Jonathan Majiyagbe, Bob Darth, Luis Giay –; um admirável grupo de pessoas que se tor-naram líderes e até mesmo presidentes do Rotary num curto espaço de tempo. Assim conheci a verdadeira liderança do Rotary pela primeira vez e fi quei amigo deles desde então.

Foi maravilhoso tornar-me diretor. Fui muito bem recebido na Índia. Foi ótimo trabalhar com dois grandes pre-sidentes – Herb Brown e Luis Giay – e foi uma excelente oportunidade ser curador por quatro anos e terminar o meu mandato no ano do centenário do Rotary, com a maravilhosa experiência da Convenção de 2005 de Chicago. Havia ali muitos indianos e o meu Rotary Club de Vapi compareceu.

Essas experiências têm sido ma-ravilhosas, mas naturalmente anseio pelo próximo ano. É a melhor tarefa que alguém pode ter no Rotary, não

Page 28: Revista Brasil Rotário março 2011

23Brasil rotário

Foto

s: Rota

ry Imag

e/A

lyce H

enso

n

Page 29: Revista Brasil Rotário março 2011

24 MARÇO DE 2011

só pela honra em si, como pela oportu-nidade de levar a organização adiante, mantendo simultaneamente as suas tradições.

Trata-se de uma tremenda oportu-nidade, especialmente nesse mundo em transformação. A forma de as pessoas ouvirem, se comunicarem e transmitirem as suas ideias – tudo mudou desde que eu ainda era um engenheiro em início de carreira até o estágio atual da minha vida. Os jovens têm novas formas de se comunicar, de se interrelacionar. Na minha juventu-de, a conexão não era necessariamente algo positivo. Hoje é. Por isso anseio por fazer a diferença na organização.

Quais são as três grandes coisas que você pretende realizar no seu primeiro ano? Focar nos rotarianos individual-mente. O Rotary teve início nas co-munidades, e estas não são somente integradas por pessoas de bem, mas também por famílias. De algum modo, no mundo de hoje, o conceito de fa-mília mudou totalmente. Os pais não têm tempo para seus fi lhos. Os fi lhos não têm tempo para os seus pais. Os pais não têm tempo para eles mesmos. Gostaria de me concentrar novamente nas famílias.

Dito isto, eu acrescentaria que deveríamos pertencer ao século 21 da melhor forma possível. Gostaria de trazer os jovens para o Facebook do Rotary, YouTube – a geração atual mantém a sua própria rede, e por isso tenho estado muito atento para o fato. Se nos comunicarmos satisfato-riamente com os jovens, eles poderão concluir que esta é uma organização à qual compensará pertencer.

Precisamos trazê-los rapidamente. Eles gostam de se conectar, mas o farão com alguma outra organização ou pessoa, de uma forma diferente, se não os encontrarmos. Também precisamos fortalecer o Rotaract e o Intercâmbio de Jovens.

A terceira área que eu gostaria de abordar é a imagem do Rotary. Éramos considerados uma pequena organiza-ção, baseada na comunidade, que se mantinha unida primordialmente em

benefício próprio, para atender seus problemas e para diversão, que pouco fazia pela comunidade. E isso era a verdade. Hoje em dia, a percepção do Rotary é diferente. Já se afi rmou que o “Rotary tem a força de um governo e a ternura de um pai”. Essa é uma noção especial para descrever o Rotary.

Qual será o seu maior desafio durante o seu ano presidencial? Um ano é muito pouco? De certa forma, um ano é muito pouco. Mas o Rotary permite que você se planeje para o período. O presidente Ray [Klinginsmith] e eu temos man-tido estreito contato, e ele promoveu muitas mudanças. Primeiramente, cabe-me compreendê-las e avaliar o que pode ajudar a promover essas mudanças. É claro que nem todos os aspectos de todas as mudanças fun-cionam necessariamente bem. Verei aquelas que talvez não estejam bem e as reformularei, se esta for a avaliação, em consulta com o presidente Ray, levando a transformação adiante. No mundo atual, há outras organizações – sejam elas a Fundação Bill & Melinda Gates ou a Organização Mundial da Saúde – que buscam a continuidade. Elas não querem tratar com pessoas diferentes a cada ocasião. Assim, te-mos que alcançar um equilíbrio em meio à nossa mudança.

Por exemplo, o Conselho Diretor esteve discutindo se necessitávamos de um tema a cada ano. Poderia ser um tema muito bom, com uma logomarca bonita, acompanhado de literatura atraente, mas o que pensa o rotaria-no médio? O Rotary deve atender às expectativas atuais, de acordo com o

tipo de organização que nós realmente queremos. É a mudança, de organiza-ção pequena, baseada na comunidade, para uma grande organização interna-cional. Essa mudança estará na ordem do dia no futuro.

Como você chegou ao tema deste ano: Conheça a Si Mesmo para Envolver a Humanidade? Penso que isso é um pouco da fi loso-fi a espiritual da Índia, ou do Oriente. Começamos olhando para dentro de nós mesmos, e se mudarmos, o mundo também mudará. É no que acredito. É muito fácil afi rmar, “eu sou perfeito, mas o meu vizinho não”. Não acho, porém, que isso seja a ver-dade. Antes de endireitar o mundo, temos de olhar mais profundamente para dentro de nós mesmos. Quando fazemos isso, quando compreendemos melhor a nossa força, concluímos que temos um potencial imenso. Estamos cumprindo as expectativas? Se nos co-nhecermos melhor, podemos chegar a realizações maiores. Mas procuremos a paz interior antes de buscar a paz no mundo.

Caso você pudesse fazer alguma mudança imediata no Rotary, qual seria? Eu olharia com muito carinho para o quadro associativo. A nossa estratégia de crescimento tem que ser diferente. E é por isso que temos que olhar para a geração atual, suas necessidades, a sua maneira de fazer as coisas, e como compatibilizar tudo isso com as nossas metas. O que há no Rotary capaz de atrair novos rotarianos? Quais são as expectativas deles? Por que eles não preenchem as suas expectativas? Pode ser que eles estejam enxergando somente um clube social, e nós somos muito mais do que isso. Penso que, antes de entrar, eles devem estar cons-cientes de tudo aquilo que fazemos. Talvez não estejamos explicando isso de forma adequada.

O que distingue o Rotary de outras organizações de servi-ços, e o que se poderia fazer para que tais distinções fossem

“Se nos conhecermos

melhor, podemos

chegar a realizações

maiores. Procuremos

a paz interior antes de

buscar a paz no mundo”

Perfil

Page 30: Revista Brasil Rotário março 2011

25Brasil rotário

BR

mais claramente definidas ou melhoradas?n Penso que o que nos distingue é o nosso princípio das classificações e o nosso serviço profissional. Atrair diferentes profissões em primeiro lugar: esta é uma das maiores forças. Imagine poder contar com os mais bem-sucedidos negociantes na nos-sa comunidade como associados do nosso clube. Isso seria um grande impacto.

Qual a sua mensagem para cada rotariano?n O Rotary é hoje a maior organização no mundo. Ela abrange o companhei-rismo e o dinamismo da mudança, do progresso, do serviço aos outros, cuidando das pessoas e trabalhando pela paz. Viveremos para atingir o nosso potencial pleno? Se não, o que você gostaria de fazer sobre isso?

Você foi descrito como humilde e modesto. Quando pensa sobre si mesmo, são estas as palavras que lhe vêm à mente?n Penso que antes você deveria per-guntar à minha mulher. Ela seria a pessoa mais capaz de lhe dizer isso. Acho que não sou, algumas vezes, humilde. A humildade é para mim uma grande força. E só um homem forte pode ser humilde. Acredito que quanto mais forte um homem é, mais humilde ele será, e Gandhi é o melhor exemplo. Martin Luther King Jr. é outro exemplo. Eles têm sido meus modelos de comportamento, e que melhores modelos se poderia encontrar? Gandhi foi um homem que enfrentou todo o Império Britâ-nico com humildade. Mas ele não era fraco, de forma alguma. Assim, para mim a humildade nasce com a força interna. O que é a modéstia, afinal? É não precisar exibir o que se é. Se você se exibe, é porque ainda não atingiu seu potencial. Assim, eu não sei, em verdade, se sou humilde ou modesto, mas espero sê-lo.

* Tradução de Eliseu Visconti Neto.

Page 31: Revista Brasil Rotário março 2011

26 Março de 2011

Responsabilidade social

Um dos temas do momen-to no meio empresarial é a responsabilidade social, entendida por

uns como uma grande oportunidade de marketing, por outros como uma situação em que se pratica a filan-tropia, sendo muitas vezes encarada como uma função do governo. Enfim, ainda não há uma difusão do conhe-cimento sobre o discutido tema.

Muhammad Yunus, o economista nascido em Bangladesh, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006 e fun-dador do Grameen Bank, o chamado Banco dos Pobres, com sua tática de microcréditos, afirma que não é a falta de habilidades que faz as pes-soas pobres, mas sim as instituições e políticas que as cercam. O Grame-encredit faz pequenos empréstimos com prioridade na formação do capital humano e no meio ambiente. Yunus, através do Grameen Bank, iniciou o que hoje já se vê com certa frequência, que é o negócio social, que pode ser entendido como uma das vertentes da responsabilidade social. Atitudes como essa fazem com que entendamos que se pode obter lucro com uma visão que atenda também o ser humano e o ambiente, ou atenda aos três Ps: profit (lucro), people (pessoas) e planet, que são o norte das empresas.

Apesar das dificuldades de enten-dimento do tema, percebemos que a cada dia mais empresas se interessam pelo assunto e partem para as ações

Coluna da ABTRFMaurício Alves*

que vão sendo lentamente melhoradas e aperfeiçoadas, com o surgimento de ONGs que hoje procuram normatizar e orientar o setor, com critérios definidos e balizados que buscam conferir cada vez mais seriedade e credibilidade às ações de responsabilidade social.

Há muito a ser feito, pois os chama-dos investimentos em responsabilidade social têm números fornecidos pelas próprias empresas, com destinos nem sempre confiáveis, e de resultado final duvidoso em algumas ocasiões. Pois vejamos um exemplo hipotético: uma indústria do ramo de papéis propor-ciona o pagamento da pintura de uma escola, enquanto sua atenção com o meio ambiente é precária. De que vale então aquela iniciativa? Ou que contraditória seria a mesma ação se os diretores da empresa oferecessem ou aceitassem propinas?

Em alguns eventos dos quais temos participado, observamos a responsabi-lidade social sendo apresentada como uma atitude ampla, que contempla todas as ações desenvolvidas pelas empresas; uma espécie de consciência das empresas e das pessoas que as com-põem, indo muito além da filantropia ou da caridade, abrangendo todas as áreas, desde o meio ambiente, a co-

munidade onde estamos inseridos, os colaboradores, os fornecedores, até as relações com os governos dos municípios, dos estados e do país. Há que se entender que a responsa-bilidade social começa e termina no indivíduo e em tudo o que gira em torno dele, passando por conceitos teóricos, como a ética, e pontos concretos, como o meio ambiente; tornando-se um compromisso do ser humano consigo e com a comu-nidade, objetivando sempre uma sociedade mais justa, mais digna, que seja pautada por valores morais e sociais, e que, principalmente, seja sustentável.

Ênfases presidenciaisAo analisarmos os Objetivos do Milênio (ODM) da ONU, podemos perceber que cada um dos oito pontos (veja o gráfico na página ao lado) mostra-se como uma oportu-nidade, uma via que permite as mais diversas ações, proporcionando, de acordo com a criatividade, iniciativa e recursos disponíveis, uma infini-dade de projetos e serviços a serem prestados.

Os ODM proporcionam uma visão do que se pode fazer para um

Cada um dos Oito Objetivos do Milêniomostra-se como uma oportunidade, uma via

que permite as mais diversas ações

Uma consciência que vai além da caridade e da filantropia

Page 32: Revista Brasil Rotário março 2011

28 MARÇO DE 2011

Interact & Rotaract

Em uma reunião que contou com a presença de mais de 70 pessoas, no dia 30 de novembro foi fundado o Rotaract Club de São

Paulo-Freguesia do Ó, SP (D. 4430). O clube foi formado com 15 integrantes e está sendo presidido neste ano por Vinícius de Aguiar Nieri.

A primeira edição da Feijoaract, a feijoada beneficente organizada pelo Rotaract Club de Fernandópolis, SP (D. 4480), com a ajuda da garotada do Interact, reuniu aproximadamente 400 pessoas. A foto mostra parte da turma que trabalhou no evento. A música ficou por conta do grupo de pagode Mera Atitude. Parte da renda foi destinada à Apae local.

O 4o Encontro Cultural e Esportivo de Interact do distrito 4480 foi realizado em

novembro passado na cidade paulista de General Salgado e reuniu cerca de 500 participantes. Durante o encontro, foi promovida uma batalha de bandas, competições esportivas e de dança, e gincanas.

O Interact Club de Cafelândia, SP (D. 4480), conseguiu com a prefeitura a reforma da praça Rotary Club, além de todo o apoio necessário para a construção da base onde foram fixados os marcos do Rotary Club local e do próprio Interact, ambos presenteados por um rotariano. A inauguração ocorreu em novembro passado.

O Interact Clube de Santa Adélia, SP (D. 4480), limpou uma área onde há uma nascente quase secando. Eles recolheram sacolas plásticas, garrafas, latinhas e plantaram algumas árvores, que irão regar regularmente.

A Festa do Doce, realizada em frente à Igreja de São João Batista, foi organizada com a participação da garotada do Interact Clube de Ouroeste, SP (D. 4480), que desde cedo vem dando provas de seu trabalho em benefício da comunidade.

Page 33: Revista Brasil Rotário março 2011

27BRASIL ROTÁRIO

BR

mundo melhor, e, se acrescentarmos a ética, que está implícita nos Oito Objetivos do Milênio, teremos um conjunto perfeito para a sustentabili-dade do planeta e de seus habitantes.

No ano de 2010 estima-se que o setor privado no Brasil tenha investi-do algo em torno de 2 bilhões de reais em responsabilidade social. Trago esses dados porque eles demonstram que as empresas investiram valores signifi cativos em responsabilidade social, com ações por vezes isola-das, que demandaram horas de trabalho fora da atividade principal da empresa, ocupando mão de obra especializada e cara, além do que, em alguns casos de auditoria duvidosa, empregando recursos com custos ad-ministrativos de difícil mensuração.

Ao abordar a responsabilidade social, procurei demonstrar que a nossa ABTRF tem muito a nos aju-dar no Rotary, tem muito a ajudar as empresas e as comunidades, pois se apresenta como o canal perfeito de arrecadação de recursos prove-nientes das pessoas jurídicas para a Fundação Rotária, aumentando as disponibilidades para os nossos projetos em prol dos semelhantes. Precisamos e devemos atuar com a

nossa ABTRF dando a ela mais visibili-dade e força. Muitas empresas seguirão o belo exemplo da Porto Seguro.

Podemos, pensando nos clubes e distritos como um conjunto, visitar as empresas e oferecer uma forma segura, ética e de resultados altamente confi á-veis para suas doações, fazendo ainda a promoção da imagem pública e inves-tindo no potencial de novos associados, pois quem não se sentiria atraído por uma instituição com tal potencial?

Podemos fazer uma correlação com as nossas ênfases presidenciais e veremos que há muito em comum, que o Rotary tem fortes laços com as comunidades e suas necessidades, seus sonhos e seus caminhos.

Sabemos que muitos distritos já têm conseguido sensibilizar algumas empresas, com resultados muito satis-fatórios, mas posso afi rmar-lhes que ainda há muito a ser feito. As oportu-nidades estão aí, à nossa frente, com as empresas querendo investir, procu-rando parceiros sérios, com conheci-mento, com bons projetos, seguros de que seus recursos serão integralmente empregados nos projetos. Nós temos para oferecer a nossa Associação Bra-sileira da The Rotary Foundation e a nossa Fundação Rotária, que todos nós

sabemos terem os melhores índices de relação entre recurso arrecadado e recurso aplicado em projeto.

Encerro com dois pensamentos de nosso fundador, Paul Percy Har-ris, um visionário, que há quase cem anos já pensava e agia focado na responsabilidade social, nos insti-gando e motivando a fazer o mesmo. Honremos a sua memória:

“Haverá sempre o que fazer; a única concepção ética para um movimento dedicado à melhoria da humanidade é uma concepção totalmente abrangente. O Rotary não deve contentar-se enquanto não for um movimento capaz de atingir a vida de todos os homens.”

The Founder of Rotary

“O Rotary continuará a ser cari-doso, mas pode fazer mais do que isso. Façamos com que o Rotary extermine a causa que faz necessária a caridade.”

The Rotarian, agosto de 1916

* O autor é assistente do Comitê de Assessoramento da ABTRF para as Zonas 22A e 23A, e governador 2007-08 do distrito 4640.

Page 34: Revista Brasil Rotário março 2011

29Brasil rotário

Por meio do Projeto Abraço, feito em conjunto com os

rotarianos, o Interact Club de Teófilo Otoni-Norte, MG (D. 4520), entregou 3.000 fraldas aos pacientes de um hospital público da cidade.

Em dezembro, o Rotaract Club de Pains, MG (D. 4560), visitou a Apae para apresentar uma dramatização do nascimento de Jesus Cristo. Após o teatro, os alunos ganharam sorvete e picolé.

O Rotaract Club de Nova Iguaçu, RJ (D. 4570), está desenvolvendo um projeto para revitalizar uma creche da região que cuida de 50 crianças com

idades entre um e cinco anos. Os rotaractianos estão trocando vidraças quebradas, podando as árvores, fazendo a pintura total do prédio e vêm doando mensalmente mais de 100 litros de leite à creche.

O pessoal do Rotaract Club de São Paulo-Espro, SP (D. 4610), está feliz com o projeto de revitalização da ONG Arte na Rua, situada

no Jardim Damasceno, na Zona Norte da capital paulista, e que atende crianças de sete a 14 anos, prestando serviços de educação em horários alternados aos escolares, para que elas não fiquem na rua. O projeto foi iniciado com a pintura da instituição. Grafiteiros voluntários levaram um pouco mais de cor para as paredes depois de pintadas. Todo esse trabalho contou com a força do Rotaract Club da Universidade Mackenzie e do Interact Club de São Paulo-Espro.

Um concorrido jantar festivo na Casa da Amizade marcou a reativação do Interact Club de

Ubiratã, PR (D. 4640). Na foto, a posse dos fundadores.

Integrantes do Rotaract Club de Campo Bom, RS (D. 4670), fizeram uma visita de Natal ao Lar de Idosos

Maria Emília. Eles levaram alegria aos moradores com atividades como uma manhã de beleza para as senhoras, uma roda de chimarrão e música com os senhores, além

da entrega de kit com toalha de banho, sabonete e xampu para todos. Em outra atividade, os rotaractianos

realizaram um brechó beneficente que gerou renda de mais de 800 reais para a Escola Municipal de Ensino

Fundamental Dona Augusta.

Page 35: Revista Brasil Rotário março 2011

30 MARÇO DE 2011

Em uma atividade desenvolvida em parceria com a Unimed, o pessoal do Interact Club de Santa Cruz do

Sul-Marista, RS (D. 4680), gerou uma renda de 3.500 reais, doada a uma entidade local que acolhe crianças órfãs

de até dez anos de idade.

Interact & Rotaract

Organizado pelo Rotary Club de Campo Bom, o 3o Seminário Galera, realizado no final

de 2010, mostrou a criatividade, o trabalho e a solidariedade dos jovens dos Rotaract e Interact Clubs do distrito 4670, do Rio Grande do Sul. Os relatórios revelaram o envolvimento desses clubes com as suas comunidades: nenhum deles tem menos do que 10 projetos em andamento e um chegou a relatar 25 trabalhos comunitários.Participaram do encontro 120 interactianos, rotaractianos e rotarianos dos clubes Canoas-Integração, Cachoeirinha, Campo Bom, Santa Cruz do Sul, Osório, Taquara, Parobé, São Leopoldo, Porto Alegre-São Geraldo, Canela, São Leopoldo, Porto Alegre-Moinhos de Vento, Porto Alegre-São João, Porto Alegre-Alto Petrópolis e Porto Alegre-Iguatemi.

Luiz Gonzaga Gonçalves

O Rotaract Club de Taquara, RS (D. 4670), promoveu uma campanha para ajudar os moradores da cidade que tiveram suas casas atingidas por um vendaval em novembro. De acordo com a Defesa Civil, cerca de 170 residências foram destelhadas na ocasião. Para angariar fundos para as famílias atingidas, os rotaractianos distribuíram caixas de coleta em diversos estabelecimentos comerciais.

A família rotária da cidade gaúcha de São Leopoldo e do distrito 4670 ganhou dois reforços de uma só vez. Fundados no último dia 7 de dezembro durante uma cerimônia para aproximadamente 150 convidados, o Interact Club de São Leopoldo e o Rotaract Club de São Leopoldo-Integração são apadrinhados pelos quatro clubes da cidade. Eles já participaram de projetos como o Sábado Solidário (arrecadando alimentos) e da organização da festa de Natal na Escola Municipal Paul Percy Harris.

Em novembro, o Rotaract Club de Manaus-Rio Negro, AM (D. 4720), mobilizou-se para ir à Vila de Lindoia, uma comunidade situada a 180 quilômetros de Manaus onde

vivem crianças muito carentes. Eles fizeram uma palestra sobre educação ambiental e doaram cerca de 300 brinquedos, uma bicicleta, alimentos e ainda ofereceram um lanche especial para todos. A ação teve a parceria de companheiros do Rotary Club de Manaus-Distrito Industrial e amigos.

Page 36: Revista Brasil Rotário março 2011

31BRASIL ROTÁRIO

Moeda forte? E o juro alto?Economia

BR

Antenor Barros Leal*

Nada é mais discutido hoje no Brasil do que a taxa de câmbio. Dos principais comentaristas econômicos brasileiros, é comum

ouvirmos elogios ao fato de termos uma moeda forte. Procuro entender as ra-zões de tantos elogios, mas não consigo compreender raciocínios tão brilhan-tes. Falta uma análise mais abrangente, faltam explicações mais definitivas, faltam respostas indubitáveis.

Como pode o Brasil ter uma moeda forte se não dispõe das características fundamentais para tanto? Como pode o Brasil disputar o mercado mundial se suas condições de infraestrutura não lhe permitem competir em iguais condições com os donos do mercado? Donos pela tecnologia. Donos pelos custos fi nais de seus produtos – com a exceção da China, que vem tirando parcelas importantes de nossos antigos compradores, usando subsídios claros e outros encobertos, e, apesar de tudo, é considerada pelo governo brasileiro como economia de mercado. Donos, porque se fi nanciam a juros compensatórios. Donos, porque seus povos são educados, treinados e seus estudantes aprendem. Donos, por-que suas pautas de exportação são ricas em tecnologia e não dependem apenas de minérios, soja e carnes.

Em janeiro, os jornais publicaram, para a nossa tristeza, que os brasileiros pagaram, na média, em 2010, a baga-tela de 120% de juros. Em reais. Fortes ou fracos? Onde está a fortaleza de uma moeda que cobra tal imoralidade econômica? Os bancos internacionais e seus ricos fundos têm aplicado no Brasil a juros ofi ciais de mais de 10% anuais. Podem parecer pequenos aos olhos dos tomadores tupiniquins, mas na verdade são imensos comparados aos “zero por cento” dos papeis ameri-canos, japoneses e europeus. Fica claro que não são apenas os juros que atraem o volume estratosférico de dólares que entram todos os dias no Banco Central. A Nigéria e a Tanzânia certamente

pagam mais e não conseguem tanto dinheiro.

CUSTOS FINANCEIROSAo lado da sonora taxa de juros, há uma política econômica organizada, com dados publicados diariamente com números claros e acessíveis a todos, resultando numa substancial redução de riscos, pondo o Brasil entre os países condecorados com o invest-ment grade, porta mágica do mercado internacional. Os totais de remessas de dividendos das multinacionais aqui funcionando vêm batendo recordes sucessivos. O câmbio transformou o Brasil no paraíso para produzir e ven-der a um mercado interno que compra tudo; de geladeira a ventilador.

O Brasil, para ter uma moeda forte, precisa reduzir dramaticamente seus custos fi nanceiros, principal matéria-prima da atividade econômica. Para que isto não dispare a infl ação, neces-sita de padrões de produção e compe-tição internacionais, tais como uma rede de estradas e portos e aeroportos que viabilizem um transporte rápido e barato. Uma ordem tributária justa e, mais uma vez, que se iguale com os players estrangeiros.

É indispensável uma legislação trabalhista moderna, que permita aos trabalhadores receber salários dignos, cobertos por uma política que os eter-nize nas empresas, em vez do modelo atual, que estimula a rotatividade. As folhas de pagamento não podem ser

oneradas com encargos que não se diri-gem aos que trabalham. A mudança ra-dical do modelo educacional não pode mais demorar, para que o Brasil saia da classifi cação pífi a que hoje desfruta no mundo inteiro. É inadiável a constru-ção de um arco regulatório que ofereça tranquilidade aos investidores de longo prazo, para substituir o ambiente atu-al, onde os especialistas do mercado fi nanceiro mundial, com inteligência, nadam tranquilos nas águas e benesses do curto prazo. Imprescindível garantir a aplicação e execução dos rigores da lei em prazos compatíveis com a realidade do mundo moderno e competitivo.

Um modelo de simulação nos aju-daria bastante a conhecer os limites e os custos da atual comédia econômica. Qual é a verdadeira sangria dos juros? Quanto de infl ação repercute cada ponto percentual de redução da taxa Selic? Quanto dinheiro entrará de menos na mesma hipótese? Quanto de recursos estrangeiros realmente precisamos para compensar a falta de poupança interna e continuar investindo e crescendo?

Dizer sem provar, arguir sem con-testar, pavonear com verdades sobre a valorização do real são uma forma rápida de prestar um desserviço ao país, mesmo que, às vezes, se esteja prestando serviço a alguém.

* O autor é associado ao Rotary Club de Copacabana, RJ (D. 4570). Para entrar em contato com ele, escreva para [email protected].

stock.XCHNG

Page 37: Revista Brasil Rotário março 2011

32 MARÇO DE 201132 MARÇO DE 2011

Foto: Marcelo Piu/Agência O GloboCapa

Conheça um pouco do trabalho do Rotarydiante da catástrofeda Região Serrana doRio e os novos rumosque a sociedade civil pode adotar

Os jornais, revistas, televisão e as pessoas na rua não se cansaram de comentar que o drama que caiu sobre a Região Serrana do Esta-

do do Rio de Janeiro na noite de 11 de janeiro e na madrugada do dia seguinte foi o maior desastre natural brasileiro. Quando fechamos esta edição, o número de mortos chegava a 892, havendo ainda 408 pessoas desaparecidas. Segundo a Secretaria Nacional de Defesa Civil, en-tre desabrigados e desalojados, o Estado do Rio tinha, até 9 de fevereiro, 37.459 pessoas. A Brasil Rotário reservou oito páginas de sua edição para mostrar al-guns dos principais momentos do volun-tarismo e da solidariedade que a situação das principais cidades atingidas gerou. O Rotary não fi cou indiferente ao drama de Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto, Bom Jardim e Areal, e traremos aqui um pouco do trabalho produzido por rotarianos de todo o Brasil.

Mas a tragédia da Região Serrana pode, além disso, gerar mudanças de paradigma. A sociedade civil daqui para frente poderá ter um papel estratégico para que não sejamos obrigados a ver, to-dos os anos, as chuvas produzirem mortes que se contam às dezenas ou centenas.

Como declarou o geólogo e engenheiro Moacyr Duarte, coordenador técnico do Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da UFRJ: “Espero que essa tragédia seja um marco de mudança.”

Os diversos caminhos da reconstrução

Page 38: Revista Brasil Rotário março 2011

33BRASIL ROTÁRIO 33BRASIL ROTÁRIO 33BRASIL ROTÁRIO

33BRASIL ROTÁRIO

VISTA AÉREA de Nova Friburgo: a cidade teve o maior número de vítimas, seguida por Teresópolis Como a Brasil Rotário começou a contar na

edição passada, a reação dos rotarianos brasileiros à tragédia na Região Serrana do Rio veio imedia-tamente após as chuvas, e envolveu Rotary Clubs de todo o país. O resultado não poderia ser mais positivo: exatamente um mês após os incidentes, o distrito 4750 contabilizava o equivalente a pelo menos 100 toneladas de doações. Além das cidades de Nova Friburgo e Teresópolis, as duas mais afeta-das, os donativos foram repartidos com os municí-pios de Petrópolis e São José do Vale do Rio Preto, que fi cam no distrito vizinho 4570. A distribuição dos produtos foi feita após o cadastro das famílias necessitadas e um intenso trabalho de separação e organização das doações conforme sua utilização e prazos de validade.

Além das doações em bens e alimentos, os clu-bes e o distrito 4750 também receberam ajuda em dinheiro. Até a conclusão desta edição, antes do fechamento do balanço com o total arrecadado, somente na conta corrente do distrito haviam sido depositados 78 mil reais. “Assim que tivermos os valores doados diretamente aos Rotary Clubs das cidades atingidas, informaremos esses números para divulgação”, disse o governador do distrito 4750, Marcos Rosa, cuja expectativa é receber um total de 165 mil reais, inclusive com o apoio de clubes do exterior.

“Temos a intenção de que essas doações em dinhei-ro sejam reservadas para necessidades que surgirão mais à frente, ou em itens que são importantes, mas nem sempre doados”, explicou Marcos Rosa. “Por exemplo: os agricultores da Região Serrana, onde ge-ralmente a agricultura é familiar, perderam tudo, ou quase tudo, de suas estruturas de produção: redes de irrigação, bombas de aspersão e sucção, ferramentas e implementos agrícolas, sementes e fertilizantes. Que-remos reservar estes recursos para esses agricultores – mas também utilizaremos o dinheiro na compra de alimentos para os desabrigados e desalojados”.

Da Redação*

Os diversos caminhos da reconstrução

Page 39: Revista Brasil Rotário março 2011

34

Capa

Tempo de solidariedade

Em 2008, quando o Estado de Santa Catarina foi atingido por fortes chuvas que mataram mais de 130 pessoas, a cidade de Joinville criou uma ação chamada Central Solidária para coordenar o recebimento e a distribuição das doações que chegavam de todas as partes do país. Em janeiro de 2011, diante das chuvas na Região Serrana do Rio, os joinvilenses acharam que era hora de retribuir a ajuda

que receberam há três anos e reativaram a Central Solidária, desta vez transformada em arrecadadora de alimentos, material de higiene e limpeza, ferramentas, remédios e outros itens. Liderada pelo Laboratório Catarinense, pela Associação Joinvillense de Obras Sociais e pelo Rotary Club de Joinville-Manchester, a iniciativa teve ainda muitos apoios, como a prefeitura de Joinville, o Corpo de Bombeiros Voluntários da

cidade e o Rotaract, mobilizando mais de 200 voluntários. Com a ajuda de empresas da região, que forneceram o frete gratuitamente, foram enviadas sete carretas ao Rio de Janeiro, com um total de 128 toneladas de doações. Nas cidades atingidas, o material foi recebido por rotarianos, liderados e apoiados pelo Rotary Club do Rio de Janeiro-Tijuca, principal elo da mobilização de Joinville no Rio.

Central Solidária: exemplo de mobilização que vem de Joinville

34 MARÇO DE 2011

Apopulação respondeu ao cha-mado dos rotarianos de Itu, SP, e doou mais de 15 toneladas de

itens como alimentos, material de limpeza e roupas, encaminhados à cidade de Nova Friburgo. A ação foi coordenada pelos Rotary Clubs de Itu, Itu-Convenção, Itu-Terras de São José, Associação dos Ro-tarianos de Itu e Associação das Famílias de Rotarianos de Itu.

O Rotary Club de Pinheiral, RJ (D. 4600), arrecadou cerca de uma tonelada de donativos, assim como os Rotary Clubs de Pato Branco, PR (D. 4640), e Bragança Paulista, SP (D.4590), que envia-ram sua arrecadação ao Rotary Club de Duque de Caxias, RJ

de limpeza e água às vítimas. Uma grande quantidade de água também foi doada pelo Rotary Club de Boa Vista-Caçari, RR (D. 4720).

No distrito 4530, os Rotary Clubs de Taguatinga, Brasília, Guará, Guará-Águas Claras, So-bradinho, Sobradinho-Serrano e Park Way arrecadaram oito to-neladas de cestas básicas, material de limpeza, roupas e calçados, en-tregues ao Corpo de Bombeiros e à Cruz Vermelha.

Já o Rotary Club de Campo Mourão-Araucária, PR (D. 4630), mobilizou a comunidade do municí-pio para a confecção de 5.000 fraldas infantis e geriátricas.

O Rotary Club do Rio de Ja-

Ao longo do mês de janeiro, a Brasil Rotário divulgou em seu site as ações de di-versos clubes que se organi-zaram para ajudar a Região Serrana. Eles doaram água e comida, roupas, colchonetes e remédios, comprovando o poder de articulação de nos-sa organização e sua capa-

cidade de dar uma resposta efetiva a calamidades como esta. O que você vai ler agora é um relatório com as ações comunicadas à Redação até o fi nal de janeiro. As iniciativas informadas posteriormente pelos clubes serão publicadas em nosso site e na seção Dis-tritos em revista.

(D.4570), responsável pelo repasse do material às regiões atingidas. Ação semelhante foi realizada pelo Rotary Club de Tatuí, SP (D. 4620), e pelo Rotaract.

O Rotary Club de Osório, RS (D.4670), realizou uma doação para a compra de alimentos, como os Rota-ry Clubs de Quaraí, RS (D. 4780), e Jales, SP (D.4480), que doaram água e alimentos aos desabrigados.

Promovida pelo Rotary Club de Campinas-Norte, SP (D. 4590), e realizada com a participação dos demais clubes campinenses e parcei-ros como o Makro e a Academia Tat Wong, uma campanha resultou no envio de aproximadamente três tone-ladas de alimentos, roupas, material

NOVA FRIBURGO: voluntários trabalham na separação do material arrecadado para as vítimas das chuvas

Page 40: Revista Brasil Rotário março 2011

35BRASIL ROTÁRIO

Com suas conhecidas caixas verdes que já ajudaram muitas vítimas de catástrofes natu-rais e guerras, a ShelterBox, em parceria com o Rotary, também prestou socorro às vítimas das chuvas nas serras do Rio. Apoiados pelos rotarianos das localidades atingidas, a equipe da ShelterBox e seu presidente no Brasil, Conrado Orsatti, partiram em uma cruzada às rádios locais e prefeituras, buscando ajuda para a instalação das barracas.

Em poucos dias, a Shelter-Box já estava trabalhando na região com a intenção de chegar ao número de 1.500 abrigos, abrangendo os municípios de São José do Vale do Rio Preto, Nova Friburgo, Petrópolis e Teresópolis. As barracas oferecem estrutura com purificador e reservatório de água, caixa de ferramentas, cobertores térmicos, mosquiteiro e kits escolares para as crianças, po-dendo acomodar até 10 pessoas.

O cenário encontrado na che-gada dos membros da ShelterBox à Região Serrana foi o pior possível: “As imagens que presenciei em Teresópolis foram estarrecedoras. Bairros inteiros soterrados por lama, árvores e pedras do tamanho de um caminhão. Sim-plesmente terrível”, afirmou Conrado Orsatti, associado ao Rotary Club de São Caetano do Sul-Olímpico, SP.

A ação da ShelterBox na Região Serrana

“Participando diretamente da descarga dos donativos na cidade de Areal, tive a oportunidade de verificar o cuidado com que cada item foi arrumado e ensacado desde Joinville”, conta o presidente do RC do Rio de Janeiro-Tijuca, Luiz Fernando Pinto. Seu companheiro de clube, o ex-governador do distrito 4570 Joper Padrão destaca o planejamento, a experiência, a liderança e a dedicação da Central Solidária. “Tudo isso só

podia partir de uma grande ação organizada e articulada pelos rotarianos de Joinville”, diz. “É claro que esse fenômeno suscitou, desde logo, a admiração e a curiosidade do nosso clube, eleito para essa parceria.”

Outro personagem dessa história, o empresá-rio Guilherme Gassenferth, de 25 anos, integrante do Rotaract Club Manchester de Joinville, acom-panhou a primeira carreta de donativos rumo

ao Rio (ele também trabalhara na Central Solidária em 2008) e ressalta a importância do Rotary em momentos como esse, nos quais a solidariedade é fundamental. “A liderança e o poder de mobilização dos rotarianos são pontos de destaque na ajuda às vítimas”, disse. “O Rotary já ajudou muito até agora e pode ajudar muito mais, principalmente nesses dois quesitos estratégicos”.

Ele destaca também a importância do Ro-tary para o futuro das comunidades atingidas: “Os Rotary Clubs do país inteiro devem ficar atentos para que essas famílias não sejam abandonadas em acampamentos. O que cos-tumo dizer é que, num primeiro momento após um desastre, a ShelterBox está empenhada em ajudar, mas a partir de agora é o trabalho da Fundação Rotária que vai tornar a vida dessas pessoas melhor”, concluiu.

O trabalho da ShelterBox ao lado do Rotary na Região Serrana do Rio recebeu um amplo destaque em toda a mídia nacional, com matérias nos jornais O Globo e Correio Braziliense; nos portais G1, Agência Brasil, UOL, Terra e R7; e nos canais de televisão Band News, Rede TV, Record, além do “Jornal Nacional”, da Rede Globo.

Central Solidária: exemplo de mobilização que vem de Joinville

35BRASIL ROTÁRIO

neiro-Ipanema, RJ (D.4570), doou colchonetes às vítimas, a exemplo do que fi zeram os jovens do Rotaract Club de São Gonçalo, RJ (D. 4750), e o Rotary Club de Ipatin-ga, MG (D. 4520), que enviou um caminhão carregado de colchonetes à cidade de Teresópolis.

No Paraná, os associados ao Rotary Club de Castro-Cidade Mãe (D. 4730) desenvolveram uma ação que combinou solidariedade e preservação da natureza: com o processamento de 200 litros de óleo de cozinha, que deixaram de ser lançados no meio ambiente, eles produziram 800 litros de sabão líqui-do multiuso concentrado. O produto foi enviado à Região Serrana do Rio.

INSTALAÇÃO DAS barracas contou com apoio dos rotarianos e do poder público

Foto

: Valte

r Cam

panato

/AB

r

Page 41: Revista Brasil Rotário março 2011

36 MARÇO DE 2011

Capa

No remoto ano de 1913, alguém por maldade gritou “fogo!” numa festa de Natal dos mineiros de

Calumet, uma minúscula vila situada no Condado de Houghton, no Estado de Michigan, EUA. Houve pânico e 72 pessoas morreram, a maioria delas crianças. É o tipo de tragédia que se mostra imprevisível em qualquer época ou lugar. Muito diferente é o caso das inundações e deslizamentos ocorridos na Região Serrana do Rio de Janeiro, um drama com alto grau de previsibilidade. Tanto assim que quase todos os especialistas concor-dam que ações coordenadas logo após os alertas meteorológicos poderiam ter reduzido a tragédia a números bem inferiores.

“Na cidade de Areal, por exemplo, um simples carro de som alertou a po-pulação, o que salvou inúmeras vidas. México, Japão e outros países pos-suem especialistas para estes even-tos, que envolvem uma população grande”, comenta o cientista político Antônio Carlos Alkmin, professor da PUC-Rio. Para ele, os habitantes das cidades atingidas precisam ter toda a informação sobre os procedimentos de segurança.

O vice-presidente de Operações da Brasil Rotário e ex-membro do Conselho Empresarial de Meio Ambiente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Edson Avellar, acredita que o Rotary tem um papel importante a desempenhar no pro-cesso de prevenção: “A nossa organi-

zação é comunitária, e as catástrofes têm mostrado que a ação mais efetiva é comunitária. O Rotary pode, por exemplo, formar uma brigada de pre-venção com voluntários. Além disso, podemos, com as forças da sociedade civil, promover seminários para deba-ter ações preventivas”.

É quase certo que a mobilização rotária para a prevenção de catástro-fes provocadas pelas chuvas depen-derá também de uma articulação com engenheiros, geólogos e ambientalis-tas. Por isso, trouxemos a opinião de alguns desses especialistas.

PREVENÇÃO QUE FALHOUUma das primeiras indagações que surge se refere ao fenômeno climático que atingiu a Região Serrana. Mari-lena Ramos, presidente do Instituto Estadual do Ambiente, acredita que houve um fenômeno extremo, que se aproveitou da ocupação desordenada da região para produzir a tragédia. Em um círculo de palestras promo-vido pelo Clube de Engenharia, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 11 do mês passado, Marilena destacou a importância de um sistema de alerta de encostas, pois cada uma tem sua dinâmica, e seria atribuição dos muni-cípios desenvolver esse sistema.

“O sistema de alerta precisa ser ex-pandido para toda a bacia hidrográfi -ca do Paraíba do Sul [rio que banha os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro], e o mapeamento das áreas de risco precisa ser repensado”,

defende. Ela aproveitou para noticiar que o Banco Mundial havia adiantado verba para a aquisição de mais ra-dares meteorológicos. Mas criticou: “O estado é extremamente lento, burocrático, o que difi culta os planos de reassentamento das famílias que vivem em áreas de risco”.

Na mesma ocasião, Moacyr Du-arte, engenheiro químico, geólogo e coordenador técnico do Grupo de Análise de Risco Tecnológico e Ambiental da Coppe/UFRJ, trouxe detalhes sobre as ações de resgate: “Não havia planejamento. Bombeiros trabalharam sem revezamento, sem ração fria e água. Trabalharam até cair de cansaço. Vivemos em cima da coragem dos bombeiros, que, sem a ajuda de geotécnicos, entraram nos escombros sem qualquer técnica, arriscando a própria vida.”

O Clube de Engenharia defende a criação de um órgão nacional de geotecnia que reúna geólogos e enge-nheiros. Nos debates, Alberto Sayão, professor de engenharia geotécnica da PUC-Rio, afi rmou ter sido um su-cesso a cooperação entre profi ssionais

Como impedir quea história se repitaEspecialistas explicam o que pode ser feito para evitar uma nova tragédia

IMAGEM DE satélite obtida em 20 de janeiro mostra o centro de Nova Friburgo e entorno. Os deslizamentos parecem “ranhuras” sobre o verde das serras

Page 42: Revista Brasil Rotário março 2011

37Brasil rotário

nas enchentes em Santa Catarina, em 2008. “Só um geotécnico pode auxiliar os bombeiros na atuação em áreas de desmoronamento, tornando o trabalho de socorro mais seguro”.

Já Hamilton Carvalho, meteorolo-gista do Instituto Nacional de Meteoro-logia, declarou em entrevista à Brasil Rotário: “Não há uma interação total entre o Sistema Nacional de Defesa Ci-vil, os órgãos estaduais de defesa civil e as secretarias municipais”. Para ele, es-tão faltando pessoal e investimento na área técnica, além de uma coordenação

centralizada para que as informações gerem ações preventivas.

MaRco de MudançasTodos os especialistas ouvidos pela reportagem citaram a ocupação irre-gular. O geólogo Fernando Kertzman, presidente da Associação Brasileira de Geologia de Engenharia e Am-biental, recorda-se perfeitamente das chuvas intensas que atingiram Petró-polis em 1977 e mataram 179 pessoas. O padrão de estragos, ele conta, foi semelhante ao da fatídica noite de 11 de janeiro deste ano, apesar do contraste no número de vítimas. “Essas áreas sofrem corrida de blocos e escorregamento de taludes. É um processo natural e constante. Mas o nível de ocupação da região aumentou muito”, explica, acrescentando: “Hoje, as áreas de risco são vastas, e por isso temos que nos indignar”.

Moacyr Duarte foi contundente: “Somos uma sociedade inconse-quente. Só pensamos em cima dos cadáveres. Vi corpos pendurados nas cercas como roupas estiradas, e vi pernas de crianças sob pedras”. Sua esperança é de que a tragédia seja um marco de mudanças. Ao concluir seu depoimento, ele fez um aviso: “Os desastres não conhecem a divisão de municípios. Levar projeto para uma cidade, quando duas ou-tras não são contempladas, é jogar dinheiro fora”.

uMa nova BandeiRa?Perguntado sobre como o Rotary poderia se articular para evitar tragé-dias como a de janeiro, Marcos Rosa, governador do distrito 4750, que abarca a região atingida, defendeu a participação do Rotary nos Conselhos Municipais, e com atuação propositi-va para melhorar as condições de vida das cidades. “A utilização das mídias locais para informar a população de seus direitos, de forma responsável e apolítica, pode ter um resultado interessante, pois através da infor-

mação geramos conhecimento, e do conhecimento vem a convicção que norteará ações mais enfáticas dos representantes do povo, como depu-tados e vereadores, através da pressão da população”, disse.

Ele também sugeriu que essa par-ticipação dos Rotary Clubs se dê por meio do Observatório Social do Brasil de suas cidades – ajudando até a criar essa ferramenta de controle do bom uso do dinheiro do contribuinte nos municípios onde ela não exista.

Em entrevista ao site da Brasil Rotário, o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio de Janeiro, Agostinho Guerreiro, falou sobre a importância de entidades como o Rotary em momentos de crise como o vivido atualmente pelos municípios da Região Serrana do Rio. Ele argumenta que essas enti-dades devem avançar em seu papel político, cobrando do poder público uma maior atuação e integração entre suas esferas.

“Depois da tragédia, é claro que nós temos que usar da solidariedade, juntar alimentos, roupas, tudo o que for possível para amenizar o sofri-mento daqueles que estão lá. Esse é o dever cívico de todos nós. Mas tão importante quanto isso é cobrar realmente essa parceria dos líderes municipais com o governo estadual e órgãos do governo federal. É fun-damental que entidades da sociedade civil, como o Rotary, cobrem das au-toridades medidas de planejamento e ações conjuntas para evitar esse tipo de catástrofe”, concluiu Agostinho.

Pode ser que tenha chegado o momento de a nossa organização empunhar mais uma bandeira: a da prevenção das tragédias provocadas pelas chuvas.

*Reportagem de autoria dos jorna-listas Luiz Renato Dantas Coutinho, Manoel Magalhães, Nuno Virgílio Neto e Renata Coré.

“Os desastres não conhecem a divisão

de municípios. Levar projeto para

uma cidade, quando duas outras não são

contempladas, é jogar dinheiro fora”

– Moacyr Duarte, geólogo

Foto: Instituto Nacional de Pesquisa

Page 43: Revista Brasil Rotário março 2011

38 MARÇO DE 2011

Capa

Fernando Quintella*

Mesmo os mais experientes profi s-sionais precisam de apoio psicoló-gico durante e depois do trabalho

em grandes tragédias. Quem garante é a rotariana Ana Maria Fonseca Zam-pieri, associada ao Rotary Club de São Paulo-Butantã, SP (D. 4610). Psicóloga especialista em psicotraumatologia e com pós-doutorado em psicologia clínica, ela percorre o Brasil e o exte-rior, com a equipe da recém-criada Associação Brasileira de Programas de Ajuda Humanitária Psicológica (ABRAPAHP), apoiando quem precisa.

A mais recente atuação do grupo ocorreu em fevereiro. Durante quatro dias, 60 profissionais capacitaram 48 psicólogos da Região Serrana, em treinamento no município fl uminense de Nova Friburgo. A cidade está cheia de órfãos nos abrigos. Lidar com esse quadro exige preparo específi co e os integrantes do Programa de Ajuda Hu-manitária Psicológica atenderam cerca de 300 pessoas e grupos de professores e educadores. Voluntários e os Rotary Clubs de Blumenau, SC (D. 4650), São Paulo-República, São Paulo-Butantã, São Paulo-Perdizes e Barueri-Alphavil-le, SP (D. 4610), apoiaram a iniciativa.

O trabalho desenvolvido pela ABRAPAHP é pioneiro no Brasil. Surgiu no momento de horror vivido pela população de Santa Catarina, em 2008. Quando as águas tomaram conta da região próxima a Blumenau, o então governador do distrito 4650, Valdir Fiedler, pediu ajuda para as ví-timas das enchentes e deslizamentos. Foi quando, em reunião do seu clube, Ana Zampieri e o governador 2012-13 do distrito 4610, Reinaldo Franco, decidiram levar apoio psicológico aos necessitados. Eles criaram no clube o Programa Humanitário de Ajuda

Superando os traumas emocionaisCom ajuda da psicologia, rotarianos oferecem suporte a vítimas de tragédias

Psicológica. Hoje têm na bagagem atuações nos danos provocados pelo tornado que atingiu a cidade catari-nense de Guaraciaba; pelas enchentes no município paulista de São Luiz do Paraitinga, e nos estados de Alagoas e Pernambuco; pelo deslizamento no Morro do Bumba, em Niterói, Região Metropolitana do Rio de Janeiro; e pelo terremoto do Haiti.

MODO DE AGIRA equipe utiliza os métodos de inter-venção “debriefi ng” (criados pelas For-ças Armadas dos EUA para dar suporte aos veteranos do Vietnã), Sociodrama Construtivista de Catástrofes (criado por Ana Zampieri) e Dessensibilização e Reprocessamento através de Mo-vimentos Oculares (conhecido como EMDR). Todos os envolvidos recebem tratamento. “Tragédias envolvem emo-ções. Da vítima ao profi ssional. Todos são tocados pela situação. Se deixarmos de tratá-los, pode ocorrer o Transtorno de Estresse Pós-Traumático (TEPT), doença perigosa e traiçoeira. De cada

cem pessoas expostas à calamidade, cerca de 20 desenvolverão a doença. Com o tratamento antecipado, você reduz o percentual a cerca de seis por cento. Os sintomas podem aparecer to-dos de uma só vez ou não. O importante é identifi cá-los com rapidez”, explica a psicóloga.

Ana Zampieri alerta para o maior perigo do TEPT: o trauma é invisível. Se a possível vítima é tratada a tempo, evitará o desenvolvimento de atitudes agressivas. Se a família encontra-se em abrigo, perde a privacidade. Passa a di-vidir espaço com outras pessoas, quase sempre desconhecidas. Entra em cena a Síndrome do Confinamento. Com isso, desamarra-se o padrão familiar. Quanto mais cedo a pessoa agir, o risco diminui.

Em tragédias, quem ajuda no traba-lho de campo algumas vezes vê cenas terríveis. Médicos socorristas, voluntá-rios, equipe da Defesa Civil, militares, profi ssionais de todas as áreas passam por situações limite. Quando terminam o trabalho, devem ser atendidos pelos

CURSO MINISTRADO pela rotariana Ana Zampieri (em pé) capacitou 48 psicólogos da Região Serrana

Foto: Giuliano Novi

Page 44: Revista Brasil Rotário março 2011

39BRASIL ROTÁRIO

BR

plantonistas, psicólogos poupados do trabalho de campo naquele dia, dispo-níveis apenas para conversar com quem atuou. Afi nal, o TEPT pode surgir em até dez anos. Com o atendimento psicoló-gico, a estatística americana mostrou a redução signifi cativa no quadro.

PÓS-TRAUMA E LUTODepois de ministrar o treinamento, a equipe da ABRAPAHP acompanha o caso por seis meses. Tira dúvidas, ajuda onde há necessidade. Com o tratamen-to oferecido, poucos reincidem no trau-ma. Um caso emblemático ocorreu na cidade de Barueri, em São Paulo. Um casal perdeu seus quatro fi lhos em uma catástrofe e estava desesperançoso. “Depois do tratamento”, comenta Ana Zampieri, “o casal voltou ao normal, ainda de luto, pois o luto faz parte da vida, mas sem o TEPT, que é doença”. Eles comunicaram ao psicólogo a boa nova: ela está grávida. O novo herdeiro representa o passo adiante.

O ideal seria treinar os profi ssio-nais antes de a tragédia ocorrer. Como prever catástrofes ainda é tarefa com-plicada, resta antecipar-se aos fatos. Em julho, Ana Zampieri pretende ministrar, em São Paulo, curso para psicólogos com capacidade de entender o método e repassá-lo aos colegas em suas cidades. Ela espera contar com representantes de todos os estados. “Desconheço alguma faculdade com grade curricular na qual esteja incluída matéria específi ca para habilitar psicó-logos a tratar de TEPT. O profi ssional aprenderá da pior maneira possível: com a necessidade de atender pessoas de todos os níveis em risco de serem vítimas da doença. Vamos treinar as equipes, na fase de prevenção primária. É hora de chegar antes do problema”, garante a psicóloga.

*O autor é jornalista e coordenador de Imagem Pública do Rotary para o Brasil. BR

Perigos no pós-traumaTragédias de grandes proporções podem re-sultar em sequelas psicofísicas que influirão no desenvolvimento da personalidade das vítimas nos anos subsequentes. Se não recebem trata-mento adequado, as pessoas correm o risco de sofrer o Transtorno de Estresse Pós-Traumático em diferentes graus. Os sintomas da doença podem ser separados por faixas etárias, mas nem todos aparecem juntos. Crianças – Dificuldade para dormir, concen-tração deficiente, pesadelos e até regressão a estágios anteriores do desenvolvimento. Adolescentes – Aliado à fase hormonal característica da idade, pode provocar irri-tação, aumento da rebeldia, sentimento de desapreço pela vida, ideia de suicídio e uso abusivo de álcool e drogas. Adultos – Apatia, depressão e irritabilida-de agressiva são sintomas frequentes. Idosos – Depressão e desilusão espiritual.

Page 45: Revista Brasil Rotário março 2011

40 MARÇO DE 2011

Renata CoréCultura

Fernando Pessoa como guia

Percorrer a capital portuguesa pelas mãos de um dos maiores poetas da literatura universal. Esse é o convite que o jornalista João Correia Filho faz ao leitor de “Lisboa em Pessoa – Guia Turístico e Literário da Capital Portuguesa”. Publicado pela

editora Leya, o livro tem como base principal o roteiro que Fernando Pessoa criou em 1925 – e fi cou oculto no baú do poeta até a década de 1990 – para o lugar que mais amava no mundo, cidade onde nasceu e passou a maior parte da vida. Com o propósito de divulgá-la internacionalmente, Pessoa escreveu seu roteiro em inglês, com o título “Lis-bon: what the tourist should see” (“Lisboa, o que o turista deve ver”, em português).

Mesmo tendo sido idealizado há 86 anos, o roteiro criado por Pessoa não perdeu relevância. O poeta conhecia profundamente a cidade, que só deixou entre os oito e os 17 anos de idade, período no qual, por motivos familiares, foi obrigado a viver em Durban, na África do Sul. Pessoa não era afeito a viagens e, fora esse intervalo, dedicou quase quatro décadas de sua vida a conhecer as ruas lisboetas. E escreveu detalhadamente sobre elas .

SETE ITINERÁRIOS PESSOANOSRico em comentários e informações, o roteiro de Pessoa não é passível de ser cumprido em um único dia. Por isso, o autor de “Lisboa em Pessoa” tomou a decisão de dividi-lo em sete itinerários. Com isso, o visitante tem a oportuni-dade de se deter nos detalhes compartilhados pelo poeta.

O primeiro itinerário percorre a Baixa Pombalina, uma das regiões mais representativas para a vida e a obra do poeta. Era no bairro que Pessoa passava a maior parte de seu tempo, fosse trabalhando, visitando amigos ou fre-quentando cafés. Além dos pontos turísticos destacados por ele – como a Câmara Municipal, o Café Martinho da Arcada e o Teatro Nacional Dona Maria 2ª –, Correia Filho incluiu nesse passeio o Museu do Design e da Moda e o Museu do Cinema.

Em outros itinerários, o jornalista também tomou a liberdade de acrescentar sugestões que, por um motivo

simples, não fazem parte do roteiro original de Pessoa: ainda não existiam ou não eram pontos turísticos em 1925. No itinerário que abarca o bairro do Chiado, por exemplo, o jornalista sugere uma parada na casa onde Fernando Pessoa nasceu.

Bônus“Lisboa em Pessoa” inclui um oitavo itinerário, voltado para o leste da capital portuguesa. Região mais moderna da cidade, tornou-se de interesse turístico nos anos 1990 e é lá que se encontram o Parque das Nações e o Ocea-nário, construídos para a Exposição Universal de 1998, a Expo 98.

Enriquecem também o guia outros três itinerários ex-tras: um dedicado à obra e aos lugares que fi zeram parte da vida do escritor Eça de Queiroz, outro voltado para a cidade de Sintra e, o terceiro, um guia de cafés e livrarias.

Antes que o leitor se lance nas ruas de Lisboa, no en-tanto, Correia Filho situa o viajante, oferecendo uma breve exposição sobre a vida de Pessoa e de seus heterônimos, e relembrando desde a história antiga de Portugal até os dias de hoje.

Lisboa em PessoaGuia Turístico e Literário da Capital PortuguesaJoão Correia FilhoLeya

Page 46: Revista Brasil Rotário março 2011

41Brasil rotário

BR

Expulsos pela guerra

Primeiro 3D brasileiro

Em 1942, a família Popow deixou Stálino, sua cidade natal, ocupada no ano anterior pelo exército de Hitler. Irene – ou Ira, como passou a ser chamada – contava apenas nove anos quando foi obrigada

a fugir da Ucrânia e da guerra. Durante seis anos, os Popow cruzaram uma Europa devastada.

Depois de passar por vários campos de concentração, Irene e sua família chegaram ao Rio de Janeiro, em 1949. No Brasil, ela trabalhou como babá, foi professora parti-cular de russo, inglês e alemão, e formou-se em psicolo-gia. Trabalhou no hospital Pinel e colaborou na criação do setor de psicologia do hospital Pedro de Alcântara. A convite de Antônio Houaiss, escreveu os verbetes sobre a Rússia e a Bielorrúsia para a “Enciclopédia Mirador”.

Em “Adeus, Stalin!”, lançado pela Objetiva, a autora, hoje com 78 anos, narra os episódios mais marcantes de sua infância até a chegada ao Brasil. Estimulada por amigos e familiares, Ira amadureceu por quase três dé-

cadas a ideia de registrar suas memórias em livro. Cerca de 30 fotografias ilustram a obra, cuja orelha é assinada pelo diretor da Biblioteca Nacional, Muniz Sodré.

Adeus, Stalin!Ira PopowObjetiva

Os cães Stress e Relax saem à procura do Grande Jequitibá Rosa, a árvore mais antiga do Brasil. Em sua busca, cruzam o país, passando por al-guns dos nossos principais cartões postais, em

cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Foz do Iguaçu, Brasília e São Paulo. Essa é, de forma resumida, a his-tória de “Brasil Animado”, primeiro longa de animação brasileiro produzido em 3D.

Envolvido com questões relacionadas à natureza e culturas locais, o filme mescla personagens animados com cenas reais. Além disso, transforma personalida-des em desenho, como é o caso do cineasta Fernando Meirelles e da ginasta Daiane dos Santos. Ed Motta e Simoninha estão na trilha sonora do longa, dirigido por Mariana Caltabiano e distribuído pela Imagem Filmes. Com a ideia de produzir uma animação para mostrar

o Brasil, a diretora passou 40 dias na estrada, não em busca de uma árvore rara, mas de imagens do país.

Divulgação

Page 47: Revista Brasil Rotário março 2011

42 Março de 2011

Coluna dos coordenadores regionais da Fundação RotáriaAltimar Augusto Fernandes e Henrique Vasconcelos*

Erradicação da pólio levará à economia de US$ 50 bilhõesUm novo estudo estima que a Iniciativa Global

de Erradicação da Pólio pode prevenir mais de oito milhões de casos da poliomielite paralítica e economizar de 40 bilhões a 50 bilhões de dólares se o vírus da doença for erradicado em 2012 ou por volta deste período. Publicado pelo periódico Vaccine, o estudo “Análise Econômica da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio” se baseia em custos reais e projetados de campanhas de imunização e na incidência da pólio no período de 1988 a 2035. Os países de baixa renda seriam responsáveis por 85% da redução de gastos.

A estimativa do estudo é que a distribuição de suplementos de vitamina A durante os Dias Nacionais de Imunização preveniu de 1,1 milhão a 5,4 milhões de mortes infantis e econo-mizou de 17 bilhões a 90 bilhões de dólares em custos com o tratamento da doença. O levan-tamento se concentra em 104 países, a maioria de baixa renda, que se beneficiaram diretamente da iniciativa de erradicação desde 1988, através do custo reduzido de tratamentos contra a pólio e da prevenção da perda de produtividade causada pela deficiência.

O estudo não aborda os benefícios significativos que continuam a ser vistos em países onde a pólio já

foi eliminada. Em 2006, por exemplo, foi estimado que, por conta de seu investimento em recursos de imunização para tornar o país livre da pólio, os Estados Unidos econo-mizaram mais de 180 bilhões de dólares.

A “Análise Econômica da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio” foi conduzida pela organi-

zação Kid Risk, Universidade de Tecnologia de Delft, Centro Norte-Americano de Controle e

Prevenção de Doenças, e Iniciativa Global de Erradicação da Pólio.

Quando o mundo for certificado como livre da doença, as contribuições do Rota-ry à Iniciativa Global de Erradicação terão ultrapassado 1,2 bilhão de dólares. Além disso, a organização mostra seu apoio através da mobilização de centenas de milhares de voluntários para as ativi-dades de imunização.

O Rotary também desempenha um papel de liderança na solicitação

de apoio financeiro por parte de governos nacionais, o que já tota-

lizou mais de 8,2 bilhões de dólares desde 1988. “Toda esta iniciativa começou por causa da visão do Rotary International”, explica Margaret Chan, diretora geral da Organização Mundial da Saúde, que se refere aos mais de 1,2 milhão de rotarianos como “parceiros incansáveis na luta contra a pólio”.

Dan Nixon

Rotary e ONU compartilham objetivos

Sanja G

jenero/stock.XCH

NG

Em 6 de novembro, mais de 1.100 rotarianos, oficiais da ONU e participantes de programas do Rotary

marcaram presença em painéis de discussão sobre alfabetização, recursos hídricos, saúde e atividades pró-juventude durante o Dia Rotary/ONU. O evento, reali-zado anualmente na sede da ONU em Nova York, EUA, celebra a parceria das duas organizações. Em 2010, os palestrantes deram destaque a projetos rotários que ajudam no avanço de metas da ONU e na melhora da qualidade de vida de pessoas em todo o mundo.

O Rotary, que vem colaborando com a ONU há 65 anos, possui o mais alto status consultivo já oferecido a uma organização não governamental pelo Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.

Durante o painel de abertura, Mickey Chopra, diretor de saúde do Unicef, elogiou o Rotary por sua

colaboração para melhorar a saúde de crianças do mundo todo e erradicar a pólio. Junto com a OMS e o Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças, o Rotary e o Unicef são os principais parceiros na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio. “Nossa parceria continua a ser um elemento essencial à erradicação da pólio”, comentou Chopra. “Através da visão e da determinação de acabar com a doença de uma vez por todas, os rotarianos estão atendendo a necessidades ainda mais importantes global-mente, como pobreza e falta de água potável.”

Chopra disse que a parceria do Rotary com o Unicef é a maior e mais bem-sucedida entre os setores público e privado na área de saúde global. “O Unicef tem orgulho de trabalhar lado a lado com os rotarianos”, ele afirmou. “Com o progresso que já alcançamos juntos, agora, mais do que nunca, é hora de continuarmos a nossa luta.”

Ryan Hyland

Page 48: Revista Brasil Rotário março 2011

43Brasil rotário

Coluna do chair da Fundação Rotária

BR

Carl-Wilhelm StenhammarPresidente do Conselho de Curadores

da Fundação rotária

Promovendo a educação pelaVisão de Futuro

* Os autores são coordenadores regionais da Fundação Rotária para as Zonas 22A e 23A, e para a Zona 22B, respectivamente.

A educação foi a primeira área na qual a Fundação Rotária se engajou, muito antes dos programas humanitários, abraçados no final da década de

1960 e nos anos 1970. A educação é fator vital para uma vida bem-sucedida, e o Rotary pode ajudar.

A Visão de Futuro oferece uma tremenda liberdade no que concerne a bolsas de estudos. Eu argumentaria que a Visão de Futuro aperfeiçoa significativamente o atual programa de bolsas de estudos. Permite que os estudantes sejam patrocinados tanto localmente quanto no exterior, em todos os níveis, por qualquer período de tempo, seja para um título ou diploma, ou simplesmente para um período de estudos.

O cronograma atual para as bolsas de estudo que formam embaixadores da paz é longo – 18 meses. No âmbito da Visão de Futuro, as bolsas oferecem máxima flexibilidade e prazo reduzido. Um distrito pode manter o prazo de 18 meses, caso funcione para ele em particular, mas isso não é mais necessário.

Sob as regras dos subsídios globais, clubes e distri-tos podem lançar mão de recursos próprios ou do Fundo Distrital de Utili-zação Controlada (FDUC) para receber uma equiparação do Fundo Mundial pelos alunos de graduação estudando no exterior em uma das seis áreas de foco. Os distritos podem optar por financiar o estudante por apenas um ano ou por toda a graduação, com até quatro anos de duração. O orçamento mínimo dos subsídios globais é de 30 mil dólares, mas a concessão pode ser maior do que isso, possibilitando a estudantes talentosos completarem os programas de graduação, o que fará grande diferença no mundo.

Continuemos, pois, o nosso empenho na área de educação, Fortalecendo as Comunidades e Unindo Continentes, por meio do lema Dar de Si Antes de Pensar em Si.

Programa Seguro Solidáriol Motivem companheiros que ainda não adquiriram o hábito da informação a respeito dos seguros de seus veículos que o façam, para que melhor utilizemos nosso convênio com a empresa Porto Seguro, contribuinte ativa da Fundação Rotária via Associação Brasileira da The Rotary Foundation (ABTRF).l Divulguem para os companheiros que já tenham atendido a nossa solicitação de, quando da compra e/ou renovação dos seguros de seus veículos e de seus fami-liares, enviar e-mail para [email protected], mas que, por ventura, não tenham tido o valor de suas apólices registrado nas planilhas, a necessidade de corrigir essa situação com o reenvio da mensagem. O e-mail deve conter as seguintes informações:n Nome da seguradora (Porto Seguro, Itaú ou Unibanco)n Número da apólice (consta do cartão de seguro)n Nome do seguradon Nome do rotariano, quando não for o próprio seguradon Número de registro do rotariano no Rotary Interna-tionaln Nome do Rotary Clubn Número do Rotary Club no Rotary Internationaln Número do distriton Grau de parentesco (se cônjuge, mãe, pai, sogra, sogro, filha, filho, nora ou genro), quando o segurado não for rotariano.

Por gentileza, considerem que dos 38 distritos, 2.347 clubes e 53.762 rotarianos que temos no Brasil, as pla-nilhas registram a participação de apenas:tSeguros Porto Seguro: 30 distritos, 125 clubes e 362 apólices emitidas.tSeguros Itaú/Unibanco: oito distritos, 31 clubes e 59 apólices emitidas.

De acordo com informações sobre o mercado de seguros veiculares em nosso país, o potencial que temos (somando rotarianos e familiares) é de aproximada-mente 40 mil apólices por ano, o que representaria um resultado de contribuição que auxiliaria os projetos hu-manitários da Fundação Rotária com aproximadamente 2,8 milhões de reais.

Governadores e presidentes de Rotary Clubs poderão obter informações adicionais e/ou complementares com os seguintes rotarianos, integrantes do Comitê de Asses-soramento da ABTRF: ex-governador distrital José Luiz Fonseca, coordenador – [email protected]; ex-governador distrital Francisco Schlabitz, assistente da Zona 22 B – [email protected]; ex-governador distrital Maurício Alves, assistente das Zonas 22 A e 23 A – [email protected].

Page 49: Revista Brasil Rotário março 2011

44 MARÇO DE 2011

Sua revista não acaba mais na página 72.Acesse nosso novo site e conheça o que preparamos para você.

Acesse www.brasil-rotario.com.br e confi ra. Agora você tem muitos motivos para fi car com a gente também na internet.

O conteúdo do site está

integrado às redes sociais,

podendo ser compartilhado

com seus amigos

por e-mail ou através

de ferramentas como

o Twitter e o Facebook.

www.brasil-rotario.com.br

ROTARIOBRASIL

Servindo através da comunicação.

44 MARÇO DE 2011

Em Clubes em ação, estamos publicando

projetos dos Rotary Clubs de todo o Brasil,

como, por exemplo, os de Rio do Sul, São Miguel

das Missões, Santo Ângelo-Norte e Canoas.

No momento, estamos dando destaque aos

clubes que levam ajuda às cidades da Região

Serrana do Estado do Rio de Janeiro atingidas

pelas chuvas e deslizamentos. Acompanhe esse

mutirão da solidariedade.

Continue conferindo os Artigos do mês.

A seção recebeu a contribuição dos textos

assinados pelos rotarianos Alceu Eberhardt,

João Perez Filho e Damião Lucena.

Prestigie ainda a nossa galeria de marcos

rotários. E não deixe de enviar para nós uma boa

foto do marco do seu Rotary Club, informando

ainda a data de inauguração e localização do

monumento, que nós a publicaremos. O e-mail

é [email protected]

Page 50: Revista Brasil Rotário março 2011

44 MARÇO DE 2011

Sua revista não acaba mais na página 72.Acesse nosso novo site e conheça o que preparamos para você.

Acesse www.brasil-rotario.com.br e confi ra. Agora você tem muitos motivos para fi car com a gente também na internet.

O conteúdo do site está

integrado às redes sociais,

podendo ser compartilhado

com seus amigos

por e-mail ou através

de ferramentas como

o Twitter e o Facebook.

www.brasil-rotario.com.br

ROTARIOBRASIL

Servindo através da comunicação.

44 MARÇO DE 2011

Em Clubes em ação, estamos publicando

projetos dos Rotary Clubs de todo o Brasil,

como, por exemplo, os de Rio do Sul, São Miguel

das Missões, Santo Ângelo-Norte e Canoas.

No momento, estamos dando destaque aos

clubes que levam ajuda às cidades da Região

Serrana do Estado do Rio de Janeiro atingidas

pelas chuvas e deslizamentos. Acompanhe esse

mutirão da solidariedade.

Continue conferindo os Artigos do mês.

A seção recebeu a contribuição dos textos

assinados pelos rotarianos Alceu Eberhardt,

João Perez Filho e Damião Lucena.

Prestigie ainda a nossa galeria de marcos

rotários. E não deixe de enviar para nós uma boa

foto do marco do seu Rotary Club, informando

ainda a data de inauguração e localização do

monumento, que nós a publicaremos. O e-mail

é [email protected]

Page 51: Revista Brasil Rotário março 2011

45BRASIL ROTÁRIO

Distritos em revista

D. 4610

RC de São Paulo-Caxingui, SP – Preocupado em garantir o futuro das novas gerações, o clube se

dedica a capacitar jovens há mais de 30 anos. Junto com o Centro de Aprendizado e Monitoramento Profi ssional (CAMP) de Caxingui, fundado por iniciativa do Rotary Club, os rotarianos assistiram mais de 10 mil adolescentes, desde 1976. “Os outros órgãos semelhantes fi zeram também a mesma obra, a ponto de alguns anos atrás, quando foi feito um levanta-mento de quantos menores já tinham sido benefi ciados em nosso país, concluiu-se ter sido atingido o primeiro milhão, em 1981”, revela o rotariano Dênio Marcus Moreira Porto, ex-presidente do CAMP-Caxingui.

Para seu programa destinado ao pe-ríodo 2010-11, o governador do distrito 4610, Altamiro Ribeiro Dias, incluiu a aplicação, com prioridade, dos Prêmios Rotários de Liderança Juvenil através dos CAMPs ou entidades equivalentes, destinadas a preparar jovens que neces-sitem ingressar no mercado de trabalho. Inúmeros organismos como esses já estão presentes no distrito. Reconhecido pelos órgãos públicos, o CAMP-Caxingui se dedica a atender adolescentes oriundos da periferia das regiões Oeste e Sul de São Paulo e também de Taboão da Serra, Embu, Osasco e Carapicuíba, cidades circunvizinhas.

Mais de 10 mil jovens capacitadosJunto com instituição local, clube prepara adolescentes para o mercado de trabalho

O CLUBE e o CAMP já capacitaram mais de 10 mil adolescentes, desde 1976

UMA DAS salas de aula onde estudam os jovens assistidos pelo CAMP-Caxingui

Page 52: Revista Brasil Rotário março 2011

46 MARÇO DE 2011

Distritos em revista

D. 4310 RC de Itu, SP – Com o apoio do laboratório Bayer, os rotarianos, a prefeitura e o Plaza Shopping Itu realizaram a 4ª Campanha de Prevenção do Diabetes e da Hipertensão, no dia 20 de novembro. O laboratório contribuiu com os equipamen-tos para a ação, realizada nas instalações do shopping por profissionais da Secretaria de Saúde do município e por associados ao clube.

D. 4310 RC de Itu-Terras de São José, SP – Promoveu um almoço com música ao vivo para os idosos da Associação Vila Vicentina, no início de dezembro. Na oportunidade, os rotarianos presentea-ram os vovôs e vovós com kits de higiene.

D. 4310 RC de Porto Feliz, SP – Para come-morar o Mês dos Serviços Profissionais, os associados

levaram o Prof. Marins, conhecido por suas palestras motivacionais, para falar no auditório do Espaço Cul-

tural Olair Coan. O ingresso cobrado foram dois quilos de alimentos não perecíveis. Com a iniciativa, o clube

arrecadou 860 quilos de gêneros alimentícios para entidades assistenciais da cidade.

D. 4390RC de Araca-ju-13 de Julho, SE – Realizou a Campanha de Conscientização sobre o Lixo, junto com representan-tes da Unimed, Empresa Municipal de Serviços Urba-nos, crianças do projeto Amiguinhos

da Polícia Militar de Sergipe, e membros da Associação de Moradores do Conjunto Almirante Tamandaré. Na foto, rota-rianos e representantes da associação aparecem ao lado de todo o lixo coletado na ação.

D. 4390 RC de Itabaia-na-Nova Geração, SE – To-dos os meses, os associados entregam 130 cestas básicas para a comunidade. O trabalho começou com 20 cestas e agora os rotarianos buscam ajuda para conseguir atender o total de 250 famílias cadastradas no projeto. No mês de dezembro, o clube desenvolveu ainda o evento Natal sem Fome.

Page 53: Revista Brasil Rotário março 2011

47BRASIL ROTÁRIO

D. 4390 RC de Jacobina, BA – Desenvolveu uma ação para mais de 120 crianças das comuni-dades Várzea da Lage, Cocho de Dentro e Cocho de Fora. Os meninos e meninas receberam café da manhã e almoço, brincaram e ganharam presentes.

D. 4410 RC de Colatina, ES – Des-de 2009, o clube realiza o projeto Fraldas

Descartáveis, em parceria com a Apae local. Com o objetivo de obter os recursos para a

compra dos materiais utilizados na confecção das fraldas infantis e geriátricas, os rota-

rianos organizam eventos, como almoços e desfiles. Os associados fabricam as fraldas

na máquina da Apae e as distribuem a famí-lias previamente cadastradas pela assistência social da entidade. São beneficiados também famílias assistidas pela Pastoral da Criança,

hospitais públicos ou instituições acometidas por necessidade urgente.

D. 4410 RC de Marataízes, ES – O clube organizou uma festa em parceria com a Pastoral da Criança. Os meninos e meni-

nas foram pesados, receberam presentes e refeições, e se divertiram em um pula-pula.

D. 4420 RC de Santos, SP – Fun-dou o Rotary Kids, inicialmente composto por 18 associados e um aspirante. Entre os 119 presentes na solenidade estavam os governadores 2001-02

Samir Nakle Khoury e 2009-10 Roberto Luiz Barroso Filho. Em outra ocasião, o clube organizou o Rally Rotário, junto com a agência de turismo Mundo Off-Road e em parceria com a prefeitura. O objetivo da ação foi entregar cestas básicas e brinquedos a 87 famílias das comunidades Ribeirão Grande, Piririca e Morar Melhor. Em parceria com a Associação Casa da Esperança de Santos, doou também uma cadeira de rodas para uma criança da cidade. Outra ação do clube foi a participação em um almoço beneficente promovido pelo Fundo Social de Solidariedade.

D. 4420 RC de Cuba-tão, SP – Reali-zou em dezembro o Mutirão da Cidadania Soli-dária, na Escola Municipal de En-sino Fundamental

Elza Silva Santos, localizada no bairro Vila Esperança. Patrocinado pela Petrobras e apoiado pela prefeitura, o evento prestou serviços diversos à comunidade, como manicure e cortes de cabelo, orientação jurídica, e testes de diabetes, entre outros. O clube recebeu, em outra oportunidade, a visita oficial do casal governador Marcos Franco e Adela, que conheceu projetos desen-volvidos pelos associados. Na ocasião, os rotarianos homenagearam a professora Nilza Bretas de Carvalho.

Conferência do distrito 4420: data e localO governador Marcos Franco informa que a Con-ferência do distrito 4420, diferentemente do que a revista publicou a partir de outra fonte, ocorrerá a bordo do navio MSC Opera, que partirá do porto de Santos em 14 de abril, rumo à cidade do Rio de Janeiro, depois Búzios, RJ, voltando a Santos no dia 17 de abril.

Page 54: Revista Brasil Rotário março 2011

48 MARÇO DE 2011

Distritos em revista

D. 4430 Com o apoio da Drogasil, os Rotary Clubs de São Paulo-Aclimação, São Paulo-Brás, São Paulo-Cambuci, São Paulo-Leste e São Paulo-Liber-dade, SP, realizaram a 1ª Feira da Saúde e Cidadania no Largo do Cambuci. Além de oferecer uma série de serviços à comunidade – como exames de pressão arterial, glicemia, e catarata com encaminhamento para cirurgias; exercícios para melhoria da acuidade visual; e orientações sobre a saúde da mulher e os direitos dos idosos, entre outros –, o evento teve o objetivo de unir as organizações do bairro. Aproximadamente 1.800 pessoas foram atendidas.

D. 4430 RC de São Paulo-Alto da Mooca, SP – Ofe-receu uma festa para os 120 idosos

do Lar dos Velhinhos em Itaquera. Os rotarianos levaram lanche, presentes e artigos de higiene pessoal para os vovôs e vovós. Em outra ocasião, os associa-dos realizaram o projeto Rumo na Escola Estadual André Galicho, onde proferiram palestras sobre direito, informática, saúde, engenharia, esportes e ciências contábeis.

D. 4430 RC de Mogi das Cruzes, SP – Com um Subsídio Equivalente da Fundação Rotária – e em parceria com o RC de Karmoy Vest, Noruega (D. 2250) –, o clube investiu mais de 43 mil reais em equipamentos para montar a oficina de marcenaria e a cozinha industrial da Associação Beneficente Árvore da Vida. A instituição atende a 150 crianças, adolescentes e jovens entre seis e 18 anos de idade.

D. 4440 Em visita oficial, o governador Serafim Melo descerrou, no aeroporto municipal Maestro Marinho Franco, a placa alusiva aos cinco Rotary Clubs de Rondonópolis, no Mato Grosso. Na oportunidade, o governador também visitou a Apae local, instituição assistida pelo RC de Ron-donópolis-Rondon.

D. 4470 RC de Araçatuba-Cruzeiro do Sul, SP – Em 2007, Laila Dornellas de Oliveira formou-se técnica em farmácia, curso que ga-nhara no Ryla

realizado pelo clube, dois anos antes. A jovem tornou-se funcionária de uma farmácia da cidade e hoje cursa faculdade de biologia, financiando os próprios estudos. Grata aos rotarianos pela oportunidade de se profissio-nalizar, Laila esteve em uma reunião do clube. Na foto, a jovem aparece ladeada pelo presidente 2005-06, Claudio Sato, e pelo presidente Antonio Carlos de Moraes Elias.

Page 55: Revista Brasil Rotário março 2011

49BRASIL ROTÁRIO

D. 4470 RC de Valparaíso, SP – Organizou uma festa, com direi-to a almoço, na chácara do associado José Orlando Zago. A confraternização reuniu rotarianos, integrantes da Casa da Amizade e crianças da Apae local e da Casa Abrigo. Os meninos e meninas brincaram no parquinho, praticaram esportes e ganharam presentes.

D. 4470 RC de Naviraí-Integração, MS – Distribuiu 165 telhas para famílias cujas casas foram atingidas pela chuva de granizo que caiu sobre a cida-de. O dinheiro necessário à aquisição do material foi obtido com a organização de eventos pelos rotarianos.

D. 4480 RC de Lins-Sul, SP – As asso-ciadas fabricaram tortas e destinaram ao Grupo Li-nense de Combate ao Cân-cer o lucro obtido com a venda. Em outra oportuni-dade, de setembro a outu-bro de 2010, as rotarianas – o clube é formado apenas por mulheres – promove-ram o concurso literário A Melhor Frase sobre a Prova Quádrupla, aberto a toda a comunidade. Composta por professoras e pedagogas, a equipe técnica do clube selecionou dez frases e premiou três.

D. 4480 RC de Votuporanga-Novo Milênio, SP – Promoveu o Churrascão do Milênio na AABB da cidade. Uma caravana formada por associados aos RCs de Jales e Jales-Grandes Lagos prestigiou o evento, que teve parte da renda – 10 mil reais – destinada ao Hospital do Câncer de Jales.

D. 4480 RC de Ge-neral Salgado, SP – Ho-

menageou o professor Tadeu Arruda pela colaboração na

descoberta dos fósseis do Baurusuchus salgadoen-

sis, crocodilo extinto há 90 milhões de anos e até então

desconhecido. Arruda des-cobriu também fósseis do

crocodilo-tatu, posteriormen-te batizado de Armadillosu-chus arrudai, e que viveu no

mesmo período. Na foto, o governador Silvio Roberto Ribeiro de Lima entrega o

certificado ao professor.

Page 56: Revista Brasil Rotário março 2011

50 MARÇO DE 2011

D. 4490 RC de Oeiras, PI – Durante o projeto Natal Fraterno, realizado no bairro Barrocão com a presença do Papai Noel, os associados ao clube distribuíram mais de 70 presentes a crianças previamente cadastradas.

D. 4490 RC de Fortaleza-Centenário, CE – Por meio de um projeto de Subsídios Equivalentes da Funda-ção Rotária, realizado com a parceria do Rotary Club de

St. Charles Parish (EUA), o clube doou uma Kombi para o Lar da Criança Domingos Sávio, que abriga 250 meninos e meninas. Na foto, aparecem o ex-governador distrital Julio Lossio, presidente da Sub-Comissão de Subsídios; Romeu

Cysne Prado, presidente do clube cearense; e Simônica Oliveira, diretora do Lar da Criança.

D. 4500 RC de Bayeux, PB – Numa parceria com a Superintendência Federal do Ministério da Pesca e Aquicultura na Paraíba, a Associação dos Pequenos Pescadores de Bayeux doou cerca de 100 cestas básicas a seus associados. A entrega foi realizada na sede do Rotary Club. Estas cestas básicas têm sido importantes para os pescadores, que vêm sentindo dificuldade de tirar seu sustento do rio Sanhauá, depois da queda na produção pesqueira por causa do alto grau de poluição de suas águas.

D. 4500 RC de Natal-Norte, RN – Em dezembro, o clube doou 2.000 livros e

revistas para a biblioteca da Fundação Estadual da Criança

e do Adolescente, que tem por função a ressocialização

de jovens em situação de risco. Em outra ação,

organizada pelo segundo ano seguido em parceria com

o Natal Norte Shopping, a mídia local, empresários da

cidade e simpatizantes da ideia, o clube realizou o sonho

de Natal de muitas crianças carentes da cidade, que

escreveram cartas ao Papai Noel com seus pedidos.

D. 4500 RC de Carpina, PE – No final do ano passado, foi realizada a solenidade de entrega dos diplomas aos 100 alunos formados na primeira turma do Curso Básico de Informática, ministrado pelo

Telecentro Floresta dos Leões numa parceria entre o Rotary Club, a Companhia de Eletricidade de Pernambuco, o Banco do Brasil e a prefeitura.

Distritos em revista

Page 57: Revista Brasil Rotário março 2011

51BRASIL ROTÁRIO

D. 4510Os quatro Rotary Clubs da cidade de Assis, SP, uniram forças para realizar um baile com renda destinada à Fun-dação Rotária. Na foto, aparecem os presidentes Joaquim Pereira (RC de

Assis-Norte), Nancy Costa Ribeiro (RC de Assis-Fraternal), Sidney Folini Monteiro (RC de Assis do Vale) e Aldo Trentini Júnior (RC de Assis).

D. 4510RC de Lucé-

lia, SP – Numa manifestação

de valorização dos profissio-nais da cons-

trução civil, como pedreiros e pintores, o clube promoveu um seminário sobre

a área (foto), numa parceria com a Associação de Amigos da Construção Civil local. Foram reuni-das lideranças e representantes de diversas enti-dades, empresas e instituições, como Lions Club,

prefeitura e Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura. O clube ainda trabalhou no Cadas-tramento de Doadores de Medula Óssea, numa parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e o Lions Club de Lucélia. Foram cadastrados 213 doadores entre 18 e 35 anos de idade, junto ao

Hemocentro de Marília, responsável pelo trabalho no centro-oeste paulista.

D. 4510RC de Marí-lia-Pioneiro, SP – Com o objetivo de aproximar seus associa-dos, está de-senvolvendo o programa Quem Sou Eu?, no qual,

uma vez por mês, um dos companheiros faz uma pa-lestra sobre a atividade profissional que desenvolve. O clube ainda entregou aproximadamente 40 pacotes de fraldas ao Centro de Apoio à Criança e ao Adoles-cente de Marília (foto). A ação integrou o programa Meu Presente é Doar, que funciona assim: em todos os aniversários dos seus associados, o clube arre-cada uma doação individual de cada companheiro, convertida depois em alguma ajuda a uma instituição beneficente.

D. 4510RC de Para-puã, SP – Ho-menageou uma das equipes res-ponsáveis pela coleta de lixo da cidade. Val-ter Fernandes Amado, Jorge Sepúlveda, Val-denir Santiago

e Álvaro Ferreira de Abreu receberam um diploma de Honra ao Mérito. Em nome do grupo, Valter agradeceu a iniciativa dos rotarianos. “Não é fácil ser coletor de lixo. Mas quando nos sentimos esti-mulados, valorizados e respeitados, a dificuldade é mínima, pois trabalhamos com prazer”, disse.

D. 4520RC de Taiobeiras, MG – Pro-

moveu uma palestra para 140 pessoas da comunidade, incluin-

do jovens a partir dos 12 anos, seus pais e convidados. Este foi o primeiro passo do clube para

criação de um Interact.

Page 58: Revista Brasil Rotário março 2011

52 MARÇO DE 2011

D. 4530 RC de Taguatinga-Sul, DF – O clube doou 35 mochilas com material escolar a uma creche da cidade (foto) e um total de dois violinos, um vio-lão e dez flautas ao Centro de Projetos e Assistência Integral, localizado em Samambaia, DF, projeto mantido pela rotariana Maria da Guia de Melo. Comemorando 30 anos em 2010, o clube ainda prestou uma homena-gem a cinco de seus fundadores e suas famílias.

D. 4520 RC de Baldim, MG – No final do ano passado, o clube uniu-se à população e decorou a cidade para o Natal com enfeites fabricados a partir de material reciclado (foto). A principal praça de Baldim ga-nhou uma iluminação especial e ainda foi palco de um grande evento cultural com a apre-sentação da cantata de Natal da Igreja Batista, entre outras atrações.

D. 4540 RC de Ituverava, SP – Dou 5.000 reais à Apae de Ituverava, como resultado da promoção de um evento do clube chamado Velório do Boi. A entidade atende 105 crianças, adolescentes e adultos portadores de deficiência de Ituverava e região. Na foto, José Carlos Cos-ta Miranda Filho, presidente da Apae, recebe o cheque das mãos do governador do distrito, André Luiz Giusti, em visita oficial ao clube, e do presidente Sergio Luis Fernandes Coimbra.

D. 4530 RC de Brasília-Lago Sul, DF – Equi-pe que realizou a 28a edição do tradicional Bazar Bene-ficente do clube, feito com brinquedos, roupas, calça-dos, eletrodomésticos e móveis reunidos ao longo do ano e colocados à venda por preços simbólicos. Toda a renda do evento foi mais uma vez destinada a obras de melhoria na escola onde o bazar acontece.

D. 4530 RC de Porangatu, GO – As 60 crian-ças da Creche São Vicente de Paula, mantida e ad-ministrada pelo clube, ganharam presentes de Natal numa festa organizada pelos rotarianos.

Distritos em revista

Page 59: Revista Brasil Rotário março 2011

53BRASIL ROTÁRIO

D. 4550 RC de Jequié, BA – No final do ano passado, o clube realizou um seminário com o objetivo de debater soluções para o intenso tráfego de veículos na cidade. O evento teve a participação de diversas autoridades da área. Outra notícia do clube é a presença em Jequié de Berthold Reis, um estudante alemão que está participando do Intercâmbio de Jovens.

D. 4550 RC de Jequié-Vale das Mon-tanhas, BA – Composto somente por mulheres, este clube proporcio-nou um Natal especial para os 60 velhinhos do Abrigo Leur Brito: eles ganharam um televisor de 52 polegadas.

D. 4550 RC de Ipiaú-Vale dos Rios, BA – No final do ano passado, realizou mais uma etapa do projeto Domingo Rotário, que beneficia 78 famílias do bairro Tér-cia Borges, em Ipiaú. Por conta do período natalino, o projeto foi de-dicado às crianças, que ganharam presentes como bolas, bonecas, celulares, bicicletas e videogames, comprados por pessoas que apa-drinharam suas cartinhas ao Papai Noel. Os moradores também rece-

beram roupas arrecadadas numa campanha do clube. Ainda em dezembro, em cerimônia realizada na Associação Atlética Banco do Brasil, o clube fez uma doação de 10.000 reais à Associação dos Deficientes Ana Suely e outra no valor de 5.000 reais à Fundação Hospitalar de Ipiaú, que também ganhou um televisor para sua ala pediátrica da Fundação.

D. 4560 RC de Lavras, MG – Em parceria com a Roda da Amizade, a criançada do Rotakyds apadrinhado pelo clube homenageou as professoras Meirinha Botelho e Vanda Amâncio.

D. 4560RC de Mon-te Sião, MG – Em sua Campanha Natal Solidário 2010, o clube conseguiu arrecadar alimentos para a montagem de aproximadamente 150 cestas básicas, que foram entregues aos líderes das comunidades carentes para serem distribuídas às famílias. Nesse trabalho, os rotarianos tiveram o apoio da Associação Comercial de Monte Sião e dos Correios.

Page 60: Revista Brasil Rotário março 2011

54 MARÇO DE 2011

Distritos em revista

D. 4560 RC de Itajubá-19 de Março, MG – Participou da Exposição de Presépios e Mesas Postas no saguão da Biblioteca Mauá. A inspira-ção para o presépio do clube foi o lema deste ano rotário, Fortalecer Comunidades, Unir Continen-tes. A execução do trabalho foi feita com a ajuda dos alunos da Escola Estadual Novo Tempo – Edu-cação Especial.

D. 4570 RC de Nova Iguaçu, RJ – Mais de 5.000 pessoas foram aten-didas na quinta edição da Ação Social, desta vez realizada pelo clube numa praça do centro da cidade.

D. 4570 RC do Rio

de Janeiro-Saara, RJ – As

irmãs Carolina e Sarah Maldo-

nado viajaram no final do ano

passado para os EUA com o patrocínio do

clube carioca. A primeira foi participar do programa de Intercâmbio de Curta Duração no distrito 5420,

onde foi recebida pelo RC de Murray. Sarah está participando do Intercâmbio de Novas Gerações no

distrito 6630, no Estado de Ohio.

D. 4580 RC de Carangola, MG – Em 1o de dezembro, Dia Mundial do Com-bate à Aids, o clube realizou um projeto de prevenção à doença. Além de um trabalho de conscientização da população, que rece-beu material informativo, o clube distribuiu mais de 500 preservativos e laços ver-melhos, símbolo da luta contra o HIV. Em outra ação, os rotarianos comemoraram com o Interact Club de Carangola a Sema-na do Interact.

D. 4580 RC de Além Paraíba-Portal de Minas, MG – Em de-zembro, o clube fez uma festa de Natal para as 50 crianças da Creche Maria Zófolli Caçador. Após a realização de um show de prêmios, o Papai Noel presenteou todos com roupas e brinquedos.

Page 61: Revista Brasil Rotário março 2011

55BRASIL ROTÁRIO

D. 4590 RC de Jundiaí-Serra do Japy, SP – Em parceria com o RC de Central Chester County, EUA (D.7450), e por meio de um projeto de Subsídios Equivalentes da Fundação Rotária, reinaugurou a biblioteca e a brinquedoteca do Hospital Universitário de Jundiaí.

D. 4580 RC de Juiz de Fora-Distrito Industrial, MG – Doou 540 fraldas geriátricas para o asilo Casa São Camilo de Lelis.

D. 4590 RC de Itatiba, SP – Organi-zou a 14ª Feira Internacional de Cães de Todas

as Raças, evento que arrecadou 800 litros de leite para o Fundo Social de Solidariedade de

Itatiba, além de 100 cadeiras de rodas e cinco camas hospitalares, doadas a entidades do

município. Em outra ocasião, o clube premiou dez alunos participantes do concurso O Melhor

Estudante do Ensino Público de Itatiba com bolsas em cursos de idioma e informática,

além de bolsas integrais em colégios particula-res para os cinco primeiros colocados.

D. 4590 RC de Campinas-Carlos Gomes, SP – Entregou presentes e livros infantis às crian-ças atendidas pela Casa da Sopa Benedita Franco de Camargo.

D. 4590 RC de Campo Limpo Paulista, SP – Publica mensalmente a coluna “Isto é Rotary”, assinada pelo associado Laszio Richard Dezsy no Jornal da Cidade, periódico distribuído nos mu-nicípios de Campo Limpo Paulista, Jun-diaí, Jarinu, Várzea Paulista e Cajamar.

Page 62: Revista Brasil Rotário março 2011

56 MARÇO DE 2011

Distritos em revista

D. 4600 São José dos Campos-Sul, SP – Organizou evento de Natal para crianças da comunidade Beira Rio, distribuin-do presentes e lanche.

D. 4610 RC de Santana do Parnaíba-Aldeia da Serra, SP – Promoveu campanha para cadastrar doadores de medula óssea. O clube conseguiu realizar o cadastro de 599 doadores em apenas seis horas.

D. 4610 RC de São Paulo-Jabaquara, SP

– Realizou evento para as crianças

da comunidade da Rocinha, RJ, com

presentes e lanche.

D. 4620 RC de Sorocaba, SP – Participou da 20ª edição da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho da Escola Técnica Fernando Prestes, com o objetivo de conscientizar os alunos sobre a importância da segurança do trabalho em suas atividades profissionais.

D. 4620 RC de Avaré, SP – Reali-

zou, em parceria com a Casa da Amizade,

um evento de chá com bingo. A renda foi des-tinada à Residência do

Amor Fraternalde Avaré.

Page 63: Revista Brasil Rotário março 2011

57BRASIL ROTÁRIO

D. 4630 RC de Goioerê, PR – Entregou 460 cestas básicas e 1.200 peças de roupas infantis para famílias do município.

D. 4630 RC de Maringá-Parque do Ingá, PR – Arrecadou, em parceria com a Eu-phoria Eventos e a Secretaria de Esportes de Maringá, mais de duas toneladas de alimen-tos no evento universitário Administravando. Os gêneros alimentícios foram destinados a

seis entidades filantrópicas locais.

D. 4630 RC de Maringá-Co-lombo, PR – Inaugurou, em parceria com o Núcleo Social Papa João XXIII, duas casas de alvenaria para doação à comunidade. Em outra ocasião, o clube doou móveis e um notebook à entidade São Rafael de Maringá, que realiza projeto de incentivo ao aleita-mento materno no município.

D. 4630 RC de Umuarama, PR – Or-ganizou evento com café da manhã e pre-sentes para as crianças do abrigo Tia Lili,

no município.

D.4640 RC de Francisco Beltrão-Marrecas, PR – Promoveu o 1º Festival do Peixe Assado. Os rotarianos serviram 1.200 peixes para as 900 pessoas presentes no evento, que recebeu como atração cultural um grupo folclórico germânico. A ren-da obtida com a ação será destinada a projetos do clube.

Page 64: Revista Brasil Rotário março 2011

59BRASIL ROTÁRIO

D. 4651 RC de São José-Ko-brasol, SC – Recebeu a intercambiada Celma Monjate da Costa, do RC de Maputo, Moçambique (D.9400),

que proferiu palestra sobre as características dos países africanos.

D. 4651 RC de Criciúma-Rio Maina, SC – Promoveu no Natal a Sema-na Rotariana de Doação de Sangue, com o objetivo de aumentar as doações no muni-cípio no período de fim do ano.

D. 4660 RC de Cruz Alta-Ana Terra, RS – Participou

de campanha de arrecadação de alimentos, atividade em benefício

de entidades cadastradas que recebem as doações e orienta-

ções nutricionais fornecidas pela Universidade de Cruz Alta.

D. 4660 RC de Ijuí, RS – Organizou evento de Natal para

as garotas do Lar Bom Abrigo, com a

presença de um Papai Noel paraquedista que

distribuiu presentes.

D. 4660 RC de Santa Maria-Sul, RS – Premiou os três primeiros colocados no concurso de redação do projeto Civismo, no qual os estudantes de todas as escolas do município deve-riam dissertar sobre o tema.

Page 65: Revista Brasil Rotário março 2011

58 MARÇO DE 2011

Distritos em revista

D. 4640 RC de Salto do Lontra, PR – Formou mais uma turma de seu projeto Farol Digital, que fornece noções básicas de infor-mática a crianças da rede pública de ensino. O curso é oferecido em parceria com a empresa Cyber Informática.

D. 4650 RC de Hermann Blumenau, SC – Arrecadou 18 tonela-das de alimentos que irão compor cestas básicas destinadas a entidades assistenciais do município. O projeto é uma parceria do clube com o Centro de Tradições Gaúchas Fogo de Chão.

D. 4650 RC de Blumenau-Verde Vale, SC – Reformou as instalações elétricas da Casa de Repouso Dalva, entidade que abriga 22 idosos do município. O clube também doou móveis e utensílios domésticos à instituição e serviu um café da manhã natalino.

D. 4650 RC de São Francisco do Sul, SC – Desenvolveu o programa Boa Visão, que realiza exames oftalmológicos gratuitos em crianças na faixa etária entre três e 14 anos de idade.

D. 4650 RC de Joinville-Manchester, SC – Arrecadou cerca de 30 toneladas de alimentos com o projeto Natal da Família. Com as doações foram confeccionadas 1.450 cestas básicas destinadas a famílias do município.

Page 66: Revista Brasil Rotário março 2011

60 MARÇO DE 2011

D. 4670RC de Porto Alegre-São Geral-do, RS – Realizou o 2º Piquenique da Família Rotária, que reuniu 501 pessoas, entre associados a 30 Rotary Clubs, um Interact e três Rotaract Clubs, familia-res e convidados, na sede campestre da metalúrgica Jackwal, em Gravataí. Foi um grande encontro de companheiris-mo, com direito a plantio e distribuição de mudas de árvores, doações ao Banco de Alimentos do clube, atividades rea-creativas e esportivas.

D. 4670 Os RCs de São Leopoldo, São Leopoldo-Industrial, São Leopoldo-Leste e São Leopoldo-Sul, RS, estão à frente do Movimen-to Viva São Leopoldo, que pro-moveu festa em 12 escolas da rede municipal e distribuiu 5.200 brinquedos e 8.000 lanches. O evento teve os apoios do Inte-ract e Rotaract locais e de mais de 20 outros parceiros. Na Es-cola Paul Harris houve a partici-pação da Orquestra do Instituto Rio Branco e do Rotaract Club de São Leopoldo, que promoveu pintura para a criançada.

D. 4670 RC de Ca-nela, RS – O Núcleo Rota-ry de Desen-volvimento Comunitário do bairro de Santa Marta organizou festa natali-na para 110

crianças da comunidade. O núcleo, sob o comando de Luciano de Oliveira, teve o apoio da Associação dos Proprietários do Parque Laje de Pedra e proporcionou à garotada e aos familiares uma tarde de lanches, recreação e presentes.

D. 4670RC de Osório, RS – Assumiu a liderança da comunidade local para solicitar a implantação de uma Delegacia da Polícia Federal para atender a região do litoral norte do estado. Em 1º de dezem-bro a solicitação foi entregue ao superintendente regional da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, em seu gabinete em Porto Alegre. Na foto desse momento, aparecem, entre os associados ao clube, o governa-dor distrital assistente Giordani Daitx; o governador distrital Eduardo Werneck; o superintendente Ildo Gasparetto; e o presidente do RC de Osório, Álvaro Dias de Oliveira.

D. 4660 RC de Três de Maio, RS – Tem dez ca-deiras de rodas e três cadeiras de banho disponíveis graças aos recursos obtidos com o Costelão do Rotary, evento que contou com o apoio da Casa da Amizade, do Rotaract e do Interact locais.

Distritos em revista

Page 67: Revista Brasil Rotário março 2011

61BRASIL ROTÁRIO

D. 4720 RC de Buritis, RO – Doou cestas bási-cas para morado-res da cidade e 19 cadeiras de rodas para a prefeitura de Buritis.

D. 4720 RC de Belém-Norte, PA – Doou 100 cestas básicas para a população atendida pelo Núcleo Ro-

tary de Desenvolvimento Comunitário da Pratinha II. Na foto, o presidente do clube, George Hamilton Oliveira,

faz a entrega de doações.

D. 4670 RC de Alvorada, RS – Entregou um apare-

lho de ar condicio-nado ao berçário da

Escola Marisol.

D. 4680 RC de Santa Cruz das Pal-meiras, SP – Entregou brinquedos para 112 crianças, e cestas básicas para suas famílias, duran-te festa natalina para a Creche Vovô Albino.

D. 4700 RC de Bento Gon-çalves-Planalto, RS – Realizou o 1º Brechó Solidário, no bairro Zatt. A iniciativa tem como finalidade possibili-tar às famílias de baixa renda a compra de roupas a preços simbólicos. A renda obtida com o brechó será destinada a ações sociais.

Page 68: Revista Brasil Rotário março 2011

62 MARÇO DE 2011

Distritos em revista

D. 4730 RC de Piraquara, PR – Tem feito esforços desde 1991 para reverter o quadro de degradação dos rios da região, principalmente do Iguaçu. No Dia do Rio, 24

de novembro, uma data criada por rotarianos da cidade, foi realizada mobilização ecológica e acordo com o Grupo de Escoteiros Guardiões das Águas.

D. 4740 RC de Chapecó-Sul Centenário,

SC – Doou brinquedos para as crianças atendidas pela Associação de Deficientes Visuais do Oeste de Santa

Catarina (Adevosc). Na mesma data o clube entregou presentes

natalinos para as 98 crianças da Escola Parque Cidadã Cyro Sosnosky. Em ocasião anterior,

o clube completou cinco anos de existência em jantar festivo.

D. 4750 RC de Campos-Goitacazes, RJ – Recebeu a professora Ângela Parente Schott (foto), que proferiu palestra sobre a

merenda na rede municipal de ensino. Na ocasião, a palestrante recebeu certificado pelo Dia do Professor.

D. 4750 RC de Maricá-Itaipuaçu, RJ – Mirian Leite da Silveira, presidente do clube, premiou, em 16 de dezembro,

os alunos Mayara de Souza Canalli e Lucas Santa Rita (foto) pela melhor redação realizada sobre a Prova Quádrupla. Os jovens receberam certificado e bicicleta. Três dias depois, os associados levaram diversão, lanches e presentes para 50 crianças da comunidade. Em 29 de novembro, o clube homenageou Leila Galvão pelos serviços prestados em Itaipuaçu.

D. 4760 RC de Patos de Minas-Guaratinga,

MG – Deu início ao projeto de reforma do telhado da

entidade assistencial Casa das Meninas, de Patos de

Minas. A iniciativa recebeu parceria do Rotary Club de Patos de Minas-Paranaíba,

Fundo para a Infância e a Adolescência, da Prefeitura

de Patos de Minas e de empresários, entre outros.

Page 69: Revista Brasil Rotário março 2011

63Brasil rotário

D. 4770 RC de Goiandira, GO – Fez campanha para expandir seu Banco de Cadeiras de Rodas. Uma filmadora digital foi rifada e parceiros doaram dinheiro. No total foram adquiridas três cadeiras de rodas, quatro de banho, quatro andadores e um par de muletas axilares; além disso, duas cadeiras de rodas foram reformadas.

D. 4770 RC de Goiatu-ba, GO – Repre-sentando o clube, a professora Magda Crispim participou do Pla-no Goiás 2030, que pretende ser uma referência de longo prazo para os pla-nejamentos de municípios, órgãos públicos, empresas privadas e entidades do Terceiro Setor. Na foto, Magda aparece à esquerda, com a jornalista Luciana Finholdt, da TV Serra Dourada.

D. 4770 RC de Araguari-Sul, MG – Realizou festa de Natal para mais de 500 crianças. Houve distribuição de presen-tes e lanches, recreação e apresentações musicais dos alunos do Centro Municipal de Educação Infantil Padre Alberto Arts. O evento contou com a parceria do centro educacional, da Secretaria Municipal de Esportes, da Pastoral da Criança da Igreja Nossa Senhora Aparecida e da Associação de Moradores do Bairro Santa Helena.

D. 4770 RC de Coromandel, MG – Realizou a 1ª Peixada na sede do clube, evento que foi prestigiado pelos rotarianos e pela comunidade local.

D. 4770 RC de Cassilândia, MS – Participou do primeiro leilão em prol da Santa Casa de Cassilândia. Os rotarianos doaram frangos e trabalha-ram como garçons no evento.

Page 70: Revista Brasil Rotário março 2011

64 MARÇO DE 2011

Como ver seu clube no site ou na revistaPara que os companheiros de todo o país conheçam os projetos que seu clube vem realizando, é importante que as notícias cheguem à Reda-ção contendo as seguintes informações: o nome completo e o distrito de seu clube; a data e local em que foram realizadas as ações; um breve relato sobre o projeto, explicando sua importância e o alcance dele junto à comunidade; os nomes dos parceiros, no Brasil e no exterior; e os nomes e sobrenomes de todos os que aparece-rem nas fotos com até seis pessoas, relacionados a partir da esquerda, para o caso de eles serem mencionados na legenda feita pela Redação. Mas lembre-se, a prio-ridade é a ação praticada pelo clube.

FOTOS: as imagens digitais precisam ter uma boa qualidade de impressão. Por isso, selecione a opção alta resolução de sua câmera. Se o envio for feito por e-mail, pedimos que o tamanho dos anexos não supere 1 MB. Não cole suas imagens em documentos de Word: anexe-as ao e-mail como arquivos independentes.

A publicação é gratuita. Basta apenas que o assunto se encaixe em nosso perfil editorial e que seu clube es-teja em dia com a assinatura da revista. A Brasil Rotário não publica posses ou outros fatos que possam obter o merecido destaque nos boletins de seu clube.

MUITO IMPORTANTE: informe também um te-lefone de contato (com o código de DDD) para que possamos falar com você no caso de qualquer dúvida.

Anote os nossos endereços: Avenida Rio Branco, 125 – 18o andar Rio de Janeiro, RJ CEP: 20040-006 e-mail: [email protected] O telefone da Redação é (21) 2506-5600.

Estamos esperando para ver seu clube na revista!

Sobre o uso e a publicação de textos e imagensO leitor que contribui com a Brasil Rotário por meio do envio de conteúdo – tais como fotos, informações, textos e frases, entre outros – aceita e se responsabiliza pela autoria e originalidade do material enviado à revista, bem como pela obtenção da autori-zação de terceiros que eventualmente seja necessária para os fins desejados, respondendo dessa forma por qualquer reivindicação que venha a ser apresentada à Brasil Rotário, judicial ou extra-judicialmente, em relação aos direitos intelectuais e/ou direitos de imagem, ou ainda por eventuais danos morais e/ou materiais causados à Brasil Rotário, à Cooperativa Editora Brasil Rotário ou a terceiros.

Entre os direitos da Brasil Rotário incluem-se, também, os de adaptação, condensação, resumo, redução, compilação e ampliação dos textos e imagens enviados à revista.

Distritos em revista

DICAS PARA PUBLICAÇÃO

D. 4780 RC de Cachoeira do Sul-Zona Alta, RS – Premiou lideranças que se destacaram por servi-ços prestados à comunidade com a Comenda Rotária Victor Razzera. A premiação ocorreu durante festiva pelo 43º aniversário do clube.

D. 4780 RC de Bagé-Sul, RS – Comemorou o Natal com estudantes da Escola Visconde de Ribeiro Magalhães. Eles jantaram com rotarianos e familiares e receberam presentes. Na foto, entre alunos e represen-tantes da escola, aparece o vice-presidente do clube, Odacir Pillon.

D. 4780 RC de Jaguarão-Leste, RS – Auxiliou o Natal comunitário de duas entidades assistenciais ao entregar presentes para serem distribuídos. No centro da foto, o presidente do clube, Cristiano de Sousa Botelho.

Page 71: Revista Brasil Rotário março 2011

65BRASIL ROTÁRIO

Reconhecimentos da Fundação Rotária

O que significam Companheiro Paul HarrisUma pessoa, rotariana ou não, que contribui com o valor de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome é feita tal contribuição, recebe como reconhecimento o título de Companheiro Paul Harris (), que consiste de certi fi cado e distintivo – com a opção de medalha, ao custo de 15 dólares rotários.

Contribuições múltiplasO Companheiro Paul Harris que faz contribuições múltiplas de 1.000 dólares rotários à Fundação Rotária, ou em cujo nome elas são feitas, recebe safi ras (), rubis () ou Major Donors (), de acordo com o valor do aporte acumulado.

Os fundosTais doações formam diversos fundos. São eles: o Fundo Anual de Programas, o Fundo Polio Plus ou Parceiros Polio Plus e o Fundo Permanente. As contribuições ainda podem servir aos Projetos de Subsídios Humanitários ou, se vierem de empresas, à Associação Brasileira da The Rotary Foundation.

MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FRFAÇA SUA DOAÇÃO PARA A ERRADICAÇÃO DA PÓLIO

D. 4420RC de Santos-Ponta da Praia, SP Jorge Magela de Carvalho Luigi Franzese, com a segunda safi ra Mariza Marmore de Lima

RC de São Vicente, SP Fábio dos Santos Cascais Mário da Silva Cascais, com a terceira safi ra Nayene Ponte do Carmo Regina Ponte do Carmo, com a primeira safi ra

RC de São Vicente-Antônio Emmerich, SP Feliciano Tadeu Ferreira da Silva Paulo Roberto Pinto

D. 4470RC de Araçatuba-Oeste, SP Eloá Rodrigues Luvizuto José Aparecido da Silva Laurentina Noriko Mori Gabriel Maristela Márcia Gerolometto Nelson Antonio da Silva Pedro Augusto Mendes Romadier Furtado de Mendonça

RC de Campo Grande-Universidade, MS Andréa Peron Vinholi Edvaldo Cançanção Eliana Setti Albuquerque Aguiar Ivo Martins Cezar, com a segunda safi ra Marcos Flávio Tavares Soares Marcos Vinholi, com a primeira safi ra Milton Miranda Soares, com a segunda safi ra Rildon Vaz da Silva

RC de Naviraí-Integração, MS Antonio Maurílio Pires de Campos, com a primeira safi ra

D. 4490RC de Barbalha, CE José Gonzaga Alexandre

D. 4500RC de Campina Grande, PB Geraldo de Oliveira, com uma safi ra

RC do Recife-Caxangá, PE Emília Aureliano Hélio Araújo Mariana Araújo

D. 4530RC de Brasília-Lago Sul, DF Alexandre Chaer Angélica Castanheira Enio Caiado, com três rubis Isabelle Caiado Jéssica Caiado Mariana Chaer Marília Bernardo Rodrigo Caiado Sergio Castanheira

RC de Taguatinga-Sul, DF Antônio José Rios Antônio Reinaldo da Silva Neto

D. 4550RC de Salvador-Pituba, BA Alessandra Campos de Souza Cunha

Page 72: Revista Brasil Rotário março 2011

66 MARÇO DE 2011 MILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO À FR

Reconhecimentos da Fundação Rotária

André Luiz Ladeia de Almeida Coelho Elizabeth Araújo Nascimento Cunha, ex-governadora, com cinco safi ras José Antonio Nascimento da Cunha, ex-governador, com duas safi ras Maria Helena Tavares Vieira Newton Cleyde Alves Peixoto

D. 4560RC de Divinópolis-Oeste, MG Rivo Otaviano Greco Rosangela Freitas Tavares Maia, integrante da Casa da Amizade Wanderlei Gonçalves Maia

RC de Itajubá-19 de Março, MG Neli Gonçalves Tibúrzio e Silva

D. 4580RC de Além Paraíba, MG Alexandre Rodrigues Guerini

RC de Além Paraíba-Potal de Minas, MG Regina Cândida Ticon Regazi

RC de Alto Caparaó, MG Ronald Gripp Ronald Santos Gripp

RC de Cataguases, MG Sandra Aparecida Marinato Ribeiro

RC de Congonhas, MG Enilta Rezende dos Santos José Godinho dos Santos

RC de Conselheiro Lafaiete, MG Joseph Arnould, com uma safi ra

RC de Espera Feliz, MG Rafael Peixoto Moraes

RC de Itabirito, MG Maria Beatriz Ribeiro Ferreira

RC de Juiz de Fora, MG Carlos Eduardo Manera Cesar Romero Geovanni Correa José Eduardo de Medeiros, com uma safi ra Orlando Manera, com uma safi ra Renato Loures

RC de Juiz de Fora-Independência, MG Ramon Luis Aguiar Ferreira

RC de Juiz de Fora-Norte, MG Amir de Oliveira José Antônio Cúgula Guedes, com três safi ras

RC de Juiz de Fora-São Mateus, MG Maria Elisabeth Schlaucher Richa

RC de Juiz de Fora-Sul, MG Aparecida Dalticlé Souza de Oliveira José Pedro Reis Horta

RC de Leopoldina, MG Miguel Arcanjo Fonseca da Silva

RC de Lima Duarte, MG Mary Côrtes Fernandes

RC de Manhuaçu, MG Claudinei Domingues Lopes Gezo Henrique Pereira Neire Ferraz de Nascimento Leitão

RC de Mariana, MG Alypio de Faria Gabriel José Bicalho

RC de Matias Barbosa-Gov. Paulo Brandão, MG Ronei Fabiano Alves

RC de Matipó, MG Jesus Cássio de Abreu, com uma safi ra Maurício José da Costa

RC de Ouro Preto, MG Geraldo Eustáquio Pimenta José Cecília de Oliveira Junior Margareth Monteiro Ronaldo Maciel Dutra

RC de Ponte Nova-Piranga, MG Hilarina Marília Rezende Rolla José Geraldo Gomides

RC de Rio Pomba, MG Leonel Duarte Fávero

Page 73: Revista Brasil Rotário março 2011

67Brasil rotárioMILHÕES DE CRIANÇAS AGUARDAM SUA DOAÇÃO à FRFAÇA SUA DOAÇÃO pARA A ERRADICAÇÃO DA póLIO

RC de Santos Dumont, MGl Isse Mansurl Maria das Graças Eugênio

RC de São João Del Rei, MGl Alaim Mello dos Santos Filhol Regina Cecília Molica Guimarães

RC de Viçosa, MGl Luiz Carlos D’Antonino, com o terceiro rubi

RC de Visconde do Rio Branco, MGl Márcio Heleno Montezel Maria da Glória Lacerda Rodrigues

D. 4590RC de Amparo, SPl Ivan Antonio Blumerl Lázaro José Domingues, com uma safiral Maurício Barros Ramos

D. 4600RC de Volta Redonda-Leste, RJl José Maria Cruz e Therezinha, casal governador 2011-12, com o cristal de Major Donor

D. 4630RC de Goioerê, PRl Fátima Melol Francisco Scarpari Neto, governador assistente, com uma safiral Gustavo Scarparil Helder Vilelal Luiz Mauro Kamide, com duas safirasl João Carlos Giroldol Ricardo Brito, com uma safiral Ricardo Huben, com uma safiral Vera Lucia Camposl Yumi Kamide

D. 4651RC de São José-Kobrasol, SCl Liliana de Oliveira Granemann Rosa, presidente

D. 4660RC de Ijuí, RSl Gerson Feldmannl Luciano de Amorim Furttil Luis Heickoffl Newton Amaral

D. 4670RC de Canela, RSl Mara Rubia Travi

RC de Porto Alegre-Alto Petrópolis, RSl Márcia Del Fraril Paulo Leno Arpini, com três safiras

D. 4700RC de Vacaria dos Pinhais, RSl Marcos Comparin de Lima, presidente 2011-12l Rosele Maria Leonardelli, ex-presidente, com a primeira safira

D. 4710RC de Ortigueira, PRl Jaime Gomes Martinezl José Eduardo Bianchinil José Francisco Gomes Martinezl Paulo Deduch

D. 4720RC de Boa Vista-Caçari, RRl Bianca Quintella Ribeiro Corrêa Amarol Fernando Antonio Quintella Ribeiro, com o quinto rubil Juliana Quintella Ribeiro da Silval Márcia Cristina Gonçalves Quintella Ribeirol Marcus Vinícius Gonçalves Quintella Ribeirol Súlio Rolim de Freitas

D. 4730RC de Curitiba-Mercês, PRl Ilona Weiss Peterl José Plínio Taques Martinsl Neuza das Graças Conradol Simão Ferreira Banha Junior

RC de Curitiba-Portão, PRl Tereza Lubby

D. 4740RC de Herval D’Oeste, SCl Euro Arcanjo Kuster

D. 4770RC de Frutal, MGl Maria Fernanda Maluf Novaes Francol Maria Julia Maluf Novaes Franco

RC de Goiânia, GOl Otaviano de Oliveira, com uma safira

Page 74: Revista Brasil Rotário março 2011

68 MARÇO DE 2011

Senhoras em ação

BR

As senhoras da Casa da Amizade de Porangatu, GO (D. 4530), promoveram um bazar na Creche São Vicente de Paula, que disponibilizou roupas a valores simbólicos. Na ocasião houve cortes de cabelo e aferição de pressão arterial para a comunidade local.

A Associação das Senhoras de Rotarianos de Salvador, BA (D.4550), promoveu em sua sede o encerramento do ano letivo de 2010 do curso fundamental da Escola Casa da Amizade. Na ocasião houve distribuição de presentes e lanches para os alunos.

A Casa da Amizade de Niterói, RJ (D. 4750), tendo à frente sua presidente, Neusa Baffa, promoveu o Coral Rotary in Canto, formado com associados de diversos Rotary Clubs de Niterói.

Page 75: Revista Brasil Rotário março 2011

69BRASIL ROTÁRIO

Autores rotarianos

Plantas Medicinais HipolipemiantesEspécies Vegetais e a Redução dos Triglicerídeos e do ColesterolLuiz Antonio Ranzeiro de BragançaFernando Cesar Ranzeiro de BragançaEditora da UFFColeção DidáticosA obra em questão aborda um tema com direto impacto na saúde da população, uma vez que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte natural, tanto no Brasil como no mundo. A abordagem analítica empreendida pelos autores tem o cuidado de separar o que é fato daquilo que não passa de fi cção nesse campo, fazendo com que o livro seja mais do que uma mera compilação do conhecimento científi co sobre o tema.

Na opinião do professor titular do Departamento de Fisiologia e Farmacologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), Antonio Claudio Lucas da Nóbre-ga, a obra é “de grande potencial para colaborar na superação do preconceito contra a sabedoria popular, oferecendo uma visão crítica e cientificamente res-ponsável na direção do uso racional das plantas para redução do colesterol”.

Professores da UFF, os dois autores são ex-rotarac-tianos e fi lhos do governador 2001-02 do distrito 4750, Waldenir de Bragança.

O Guerreiro MidiáticoBiografia de José Marques de MeloSérgio MattosVozesA trajetória do jornalista, professor universitário, pesquisador científi co e consultor acadêmico José Marques de Melo é retratada nessa biografi a, assinada por Sérgio Mattos, associa-do ao RC da Bahia, BA (D. 4550). Zé Marques, como é conhecido o biografado, foi um dos fundadores da Escola de Comunicações e Artes da Uni-versidade de São Paulo. Na Universidade Metodista de São Paulo, onde leciona atualmente, coordenou o pro-grama de pós-graduação em comunicação social e dirigiu a faculdade de ciências da comunicação e da cultura. É autor de extensa produção intelectual.

O biógrafo é pós-graduado em comunicação, com mestrado e doutorado pela Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Foi o primeiro doutor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia e um dos fundadores do Instituto Baiano do Livro e do jornal Tribu-na da Bahia. É também poeta, compositor e romancista. Entre suas obras de fi cção estão os títulos “Os Funerais de Dona Camila” e “Amadeu, o Bandido Nordestino”.

Os Judeus no Desenvolvimento BrasileiroNomes, Histórias e Curiosidades da Comunidade Judaica no Brasil e no MundoHertz UdermanIndependenteFruto de uma pesquisa desenvolvida por três anos pelo governador 1995-96 do distrito 4570, Hertz Uderman, o livro foi inicialmente concebido como um registro dos judeus e judias brasileiros que mais se destaca-ram por suas contribuições em diversas áreas. A ideia original, no entanto, acabou sendo expandida e a obra incorpora informação, curiosidades e episódios relati-vos à presença judaica no Brasil e também no mundo.

Além de catalogar nomes de judeus destacados, o livro oferece dados históricos, curiosidades sobre os sobrenomes judeus, detalhes sobre o prêmio Nobel, uma lista de grandes artistas e intelectuais de origem judaica em todo o mundo, e de atores e diretores de cinema que se destacaram em Hollywood, entre outros tópicos.

“Os Judeus no Desenvolvimento Brasileiro” é prefa-ciado pelo escritor e jornalista Arnaldo Niskier, imortal da Academia Brasileira de Letras. Presidente da Co-operativa Editora Brasil Rotário e editor da revista, o governador 1986-87 do distrito 4570, Carlos Henrique de Carvalho Fróes, assina um dos quatro comentários publicados na contracapa do livro.

Mais informações sobre a obra podem ser obtidas pelos telefones 21 2229-9666 / 3296-9004 / 9983-2356 e também pelo e-mail [email protected].

Aulas Práticas de Materiais DentáriosJulio Jorge D’Albuquerque LossioRegina Glaucia Ribeiro de LucenaAdeliani Almeida CamposIndependente

Mais recente título lançado por Julio Jorge D’Albuquerque Lossio, gover-nador 2006-07 do distrito 4490, o livro funciona como um tira-dúvidas de rápido manuseio e mostra como selecionar e usar os diversos materiais na clínica odontológica. Os 11 capítulos nos quais se divide a obra são ilustrados com fotografi as e as etapas do uso dos materiais são descritas com linguagem de fácil entendimento.

Professor aposentado pela Universidade de São Paulo e pela Universidade Federal do Ceará, Julio Lossio é autor de 300 publicações. Toda a renda obtida com a venda deste título será doada ao programa Polio Plus da Fundação Rotária. O autor pode ser contatado pelo e-mail [email protected].

Page 76: Revista Brasil Rotário março 2011

70 MARÇO DE 2011

Rotarianos que são notícia

Nesta seção abrimos espaço para os rotarianos que foram eleitos ou nome-ados para cargos de governo, da administração direta ou indireta, ou que ainda receberam homenagens ou assumiram função em organizações da

sociedade civil nas esferas federal (1o, 2o e 3o escalões), estadual (1o e 2o escalões) e municipal (1o escalão).

Novos clubes, novos amigos

Aqui damos as boas-vindas aos Rotary Clubs recentemente fundados. É a oportunidade de saudarmos novos amigos, que cer tamente terão muito a contribuir.

Darci Garcia de Freitas e Paulo

Mateus da Silveira, associados ao

Rotary Club de General Câmara, RS

(D. 4680), são os atuais prefeito e vice-

prefeito da cidade, respectivamente. Já os

seguintes companheiros do clube integram

a Câmara de Vereadores: Luis Fernando

Gomes Frankem, José Luis Martins

Neto e Norberto Ferreira Azambuja.

A poetisa Emilia Cristina Cavalcanti Ramos, presidente do RC de Floriano, PI (D. 4490), tomou posse na cadeira 21 da Academia de Letras e Belas Artes de Floriano.

Os rotarianos José Carlos Galdeano Fernandes e Paulo Stivalli Júnior foram homenageados pela Câmara Municipal de Itapira, da qual ambos receberam Título de Cidadão Itapirense. Eles são associados ao Rotary Club de Itapira, SP (D. 4590).

RC de Viçosa-Albert Sabin, MG (D. 4580)Admissão: 09/12/2010

E-mail: requintegrafi [email protected]

Presidente: Ronald Estevão Quintão Baltazar

Clube padrinho: RC de Viçosa, MG (D. 4580)

RC de Campos Novos-Centro, SCAdmissão: 14/12/2010

E-mail: [email protected]

Presidente: José Batista Stefanes

Page 77: Revista Brasil Rotário março 2011

71BRASIL ROTÁRIO

Luiz Renato D. CoutinhoAconteceu na Brasil Rotário......em março de 1935

“Segundo estatística reputada bas-tante exacta, existiam 189 milhões

de radio-ouvintes em 1933. Para esse numero de ouvintes existem cerca de 55 milhões de apparelhos de radio, dos quaes 20 milhões estavam nos Estados Unidos, 12 milhões na Rússia, 6 milhões na Allemanha, outros 6 na Inglaterra, 1 e meio no Japão e na França.

Em 1933 foram vendidos 5 milhões de rádios, concorrendo para esse nume-ro o grande desenvolvimento do uso dos rádios para automóveis.

(...) A transmissão das musicas bra-sileiras pelo microphone e pelos discos é o melhor exemplo do desenvolvimento do gosto artistico. Já existe interesse, já se commenta, e já se opina sobre o que se transmitte pelo radio. Este facto tem concorrido para incrementar a formação de estylos apurados e característicos, creando e estimulando compositores, revelando cantores e elevando musicis-tas, que de outra forma jamais apparece-riam no mundo artístico. Naturalmente que predomina ainda o gosto popular pelos estylos das canções regionaes e dos sambas, mas já existe gosto e interesse pelos números classicos e artisticos.

(...) Só conheço um facto que mos-tra o inconveniente da radio diffusão. Foi na França. O marido, Jean Collot, desappareceu de casa, abandonando a esposa. Há participação da polícia na procura do fugitivo, mas todas as

O 30º anniversario do Rotary InternationalA edição comemorava essa data re-

donda transcrevendo a seguinte mensagem da Revista da Semana (a primeira revista brasileira, que existiu de 1900 a 1962), ali publicada em que 23 de fevereiro de 1935:

“Na semana que hoje fi nda celebra-se em todo o mundo o 30º anniversario

da fundação do primeiro Rotary Club e, consequentemente, da instituição universal — Rotary International — á qual estão hoje fi liados 3.730 Clubs espalhados por cerca de 70 nações das cinco partes do globo e que conta com cerca de 153.000 socios.”

De cada profi ssão ou especialida-

de só póde haver um sócio em cada Club, isto exactamente com o fi m de evitar que dois socios se venham a encontrar em opposição ou concor-rencia. Como respeito ás idéas de cada um, os seus Estatutos vedam absolutamente qualquer discussão sobre religião ou política.”

“A Convenção Internacional realizar-se-á na cidade do México, de 17 a 21 de Junho, sendo essa a primeira reunião internacional que se effectua em uma cidade da America Latina.”

Radio-difusão

investigações se tornam infrutiferas. Quando a esposa já se compenetrára da situação de abandono defi nitivo, ouviu pelo radio a seguinte communi-cação de um ‘speacker’: ‘vamos irradiar’

BR

‘Cantando para Você’, a pedido do sr. Jean Collet, morador a rua tal, numero tanto; o endereço serviu para que o advogado da esposa pudesse iniciar a acção de divorcio...”

BR

Os perigos do abuso do álcool

Rodrigo

Leonildo Ribeiro, associado ao RC do Rio de Janeiro, desabafava:“É como si não pudesse haver mais alegria sem álcool. As festas e os

jantares onde não ha bebida, em profusão, correm frios e inexpressivos, parecendo que agora só o álcool é capaz de iluminar o espirito dos moços e aquecer o coração dos velhos.

Esse chamado ‘alcoolismo mundano’, que é o primeiro passo na histo-ria das ‘toxicomanias elegantes’, constitue hoje um problema social que começa a preoccupar os hygienistas e os psychiatras.”

Page 78: Revista Brasil Rotário março 2011

72 MARÇO DE 2011

Relax

“ ”

Vaidade mataUma mulher foi levada às pressas para o hospital, aonde chegou em estado de pré-coma. Foi quando ela viu o Anjo da Morte: – O que é isso? – perguntou ela ao anjo. – Eu morri?– Ainda não... – ele disse. – Pelos meus cálculos, você morrerá daqui a 43 anos, oito meses, nove dias e 16 horas. Quando voltou a si e refl etiu sobre o tempo que ainda teria pela frente, a mulher resolveu mudar comple-tamente de vida. Fez uma lipoaspiração, uma plástica de restauração dos seios, plástica no rosto, correção no nariz, na barriga, enfi m: tirou todos os excessos

Entre aspas

“Em nossa sociedade, os homens são paranoicamente ambiciosos porque a ambição paranoica é admirada como uma virtude, e os que alcançam o sucesso são adorados como se fossem deuses.” – Aldous Huxley, escritor inglês (1894-1963).

“O p ior ana lfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas.” – Bertolt Brecht, dramaturgo alemão (1898-1956).

“Quando eu era pequeno, meus pais descobriram que eu tinha tendências masoquistas. Aí pas-saram a me bater todo dia, para ver se eu parava com aquilo.” – Woody Allen, ator e cineasta americano (1935-)

“No Brasil, quando o feriado é religioso, até ateu comemora.” – Jô Soares, humorista e apre-sentador de televisão (1935-).

para fi car linda e jovial. Mas assim que ganhou a alta médica e saiu do hospital, um cofre caiu na cabeça dela, matando-a na hora. Ao encontrar novamente o Anjo da Morte, a mulher perguntou, irritada: – Mas você disse que eu tinha mais 43 anos de vida! Por que morri depois de toda aquela despesa e de todo aquele sacrifício com as cirurgias plásticas??? O Anjo da Morte aproximou-se bem dela e, olhando-a diretamente nos olhos, respondeu: – Criatura! Nem te reconheci!!!!Colaboração de Marcos Buim, associado ao RC de São Caetano do Sul-Olímpico, SP (D. 4420).

Page 79: Revista Brasil Rotário março 2011
Page 80: Revista Brasil Rotário março 2011