REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA · Padronização de Etiquetas para a Dispensação de Medicamentos...

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VOLUME 99 NÚMERO 1 JANEIRO—ABRIL 2018 REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA Brazilian Journal of Pharmacy PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS WWW.RBFARMA.COM.BR ISSN (online) 2176-0667

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REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA

Brazilian Journal of Pharmacy

PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS

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PUBLICAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS

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Resumos do 9o Congresso Riopharma 2017

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Volume 99 NÚMERO 1 JANEIRO/ABRIL / 2018

SUMÁRIO

TÍTULO PÁGINA

Utilização da Simulação Realística para Ensino da Flebotomia no Curso

de Farmácia

Fábio de Moura Câmara

2285

Sustentabilidade na farmácia hospitalar – um exemplo prático de gestão

farmacêutica em um hospital privado no Rio de Janeiro

Gabriele Brasil Barbiere

2287

Consulta farmacêutica: o resgate da profissão no Brasil

Autora: Gabriele Brasil Barbiere 2289

Síntese de nanopartículas de prata utilizando quitosana como revestimento

Bruna Campos Coelho

2291

A Importância da Farmacognosia das Plantas da Família das SoNceas

usadas em Rituais Religiosos: Atropa belladona, Hyosciamus níger E

Mandragora oficinarum.

Adelino Alves dos Santos

2292

Análise dos eventos adversos do fármaco Axetilcefuroxima no site Reclame

AQUI e a proposta de inclusão em sistema lipossomal

Sara Trindade Espírito Santo Camacho

2294

Atividade seletiva de um derivado do Eugenol contendo 1,2,3 triazol

funcionalizado contra Leishmania amazonenses.

Rafael Conti Brigido

2296

Perfil dos pacientes tratados com ceftriaxona para sífilis congênita, na

ausência de penicilina, em um hospital universitário do município de João

Pessoa- PB

Wedna dos Santos Miguel Moura

2298

Perfil dos portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) com

comprometimento de órgãos e sistemas, internados em um hospital de

ensino do município de João Pessoa-PB

Dafne Dayse Bezerra Macedo

2300

Análise da incidência de potenciais interações medicamentosas em

Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Hospital Universitário no

município de João Pessoa-PB

Thassya Matias Ribeiro

2302

Eventos adversos relacionados ao uso concomitante de morfina e petidina

em paciente cirúrgico: relato de caso

Rachel Nunes Ornellas

2304

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Bradicardia e fibrilação atrial provocadas por interação medicamentosa

durante um procedimento cirúrgico: relato de caso

Rachel Nunes Ornellas

2306

Segurança do paciente: análise das prescrições de unidades de terapia

intensiva em um Hospital Universitário

Maurício Lauro de Oliveira Júnior

2308

O uso da Aloe barbadensis Miller no tratamento da alopecia

Marina Mauricio Augusto

2310

Efects of Euterpe oleracea mart. (açaí) extract on metabolic changes

associated with obesity: role of renin angiotensin system

Izabelle Barcellos Santos

2312

Elaboração e Aplicação de um Jogo como Ferramenta Didática no

Processo Ensino-Aprendizagem em Parasitologia Clínica

Carlos Alberto Cezar Almeida Filho

2314

Avaliação de ésteres candidatos a inibidores da enzima FAAH.

Andrielle Mendes Domard

2316

Sistema Endocanabinóide na modulação de patologias do Sistema Nervoso

Central

Bárbara Carracena de Souza

2318

Desenvolvimento e caracterização de nanocarreadores contendo

ftalocianina de zinco para uso na terapia fotodinâmica antimicrobiana em

doenças periodontais.

Raphaela Aparecida Schuenck da Silva

2320

Incompatibilidade na administração de medicamentos injetáveis no

CTI de um hospital universitário: relato de caso

Luiz Filgueira de Melo Neto

2322

Desenvolvimento de niossomas contendo ubiquinona (coenzima Q10) para

aplicações em formulações anti-idade.

Fiammetta Nigro

2324

Perfil das mães e das crianças tratadas para sífilis congênita, em um

hospital universitário do município de João Pessoa- PB

Wedna dos Santos Miguel Moura

2326

Avaliação da equivalência farmacêutica de comprimidos de diclofenaco de

sódio disponíveis no mercado do Rio de Janeiro

Daniela Guedes

2328

O Programa Nacional de Imunização Brasileiro frente aos desafios para

sua modernização e evolução

Ricardo Bordinhão dos Santos

2330

Prevalência de doenças infecciosas e farmacoterapia dos portadores de

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) com comprometimento de órgãos e

sistemas, internados em um Hospital Universitário do munícipio de João

Pessoa-PB

Dafne Dayse Bezerra Macedo

2332

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Uso da terapia anti-TNF-α no tratamento da artrite Reumatoide: Uma

Revisão Bibliográfica

Suamy Rabelo Rocha da Costa

2334

Classificação dos medicamentos envolvidos em intervenções farmacêuticas

e frequência de alta e óbito de pacientes internados em Unidade de Terapia

Intensiva (UTI) em Hospital Universitário no município de João Pessoa-

PB

Thassya Matias Ribeiro

2336

Observação e intervenção farmacêutica na preparação

de extrato medicinal de Cannabis

Fabio Luiz Costa de Souza

2338

Detecção de enteroparasitas em amostras de alface (Lactuca sativa L.)

comercializadas na Zona Norte do Rio De Janeiro (RJ)

Natalia Espírito Santo da Costa Sá

2340

Avaliação da influência dos excipientes na qualidade de cápsulas de

Aciclovir

Suelen da Silva Reis

2342

Contaminação Microbiana em Superfícies de Aparelhos Celulares

Bruno Barbosa Bezerra

2344

Study of efficacy and mechanism of action in experimental model of

cutaneous and visceral leishmaniasis: a possibility of drug repurposing.

Juliana da Silva Pacheco

2346

Modelagem molecular de uma nova classe de inibidores da Hidrolase de

Amidas de Ácidos Graxos 1 (FAAH1) derivados do glicerol: toxicologia in

Silico das α-ceto heterociclos

Rafaela Martins da Silva

2348

Using Human Albumin for Mesoporous Silica Nanoparticle System in a

Mouse Model of Endometriosis to Avoiding the Mononuclear Phagocyte

System

Sara Rezende dos Reis

2350

Interações entre medicamentos e nutrientes prescritos no CTI de um

hospital universitário: relato de caso

Mariana Souza Rocha

2352

Resultados de intervenção farmacêutica como indicadores de qualidade na

terapia nutricional de pacientes internados em um hospital universitário

Amanda Castro Domingues da Silva

2354

Educação em Saúde: Explorando a Extensão Universitária

Rita Cristina Azevedo Martins

2356

Atenção farmacêutica na hepatite C crônica em tratados com antivirais de

ação direta no rio de janeiro

Silvana Araujo Capitanio

2358

Comparação entre biodistribuição in vivo com radiomarcação e

permeação celular de Franz: Uma abordagem sobre segurança.

Suyene Rocha Pinto

2360

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Avaliação do efeito da compostagem de carcaças de bovinos, na viabilidade

de microrganismos indicadores

Leandro Serrano

2362

Avaliação da atividade antitumoral in vitro de nanopartículas poliméricas

contendo extrato de Uncaria tomentosa, em células LNCaP

Ana Ferreira Ribeiro

2364

Nudibrânquios da costa brasileira: extração e caracterização de

substâncias com atividades biológicas

Hoffgan Pereira Félix

2366

Efeito do gel de papaína a 10% no processo de cicatrização de ferida de

grande extensão em cão causada por miíase

Danielle Barcelos Santos

2368

Nano-aptâmeros anti-MUC1 para imagens de câncer de mama triplo

negativos por tomografia computadorizada por emissão de fóton único em

animais induzidos: considerações iniciais

Thamires de Oliveira Vieira

2370

A inserção do profissional farmacêutico na Atenção Primária à Saúde/

NASF

Desirée Hernandes Barros Lopes

2372

O Educador Farmacêutico em Serviço: Validação da Metodologia da

Problematização

Pedro Henrique Cordeiro Ferreira

2373

O Emprego de uma Cepa Mutante de Saccharomyces cerevisiae para

Avaliação in vitro da Eficácia e Segurança de Substâncias Fotoprotetoras

Raiane Rosales Diniz

2375

Relato de Experiência dos Avanços na Assistência Farmacêutica a partir

do Estabelecimento de Processos Assistenciais Orientados no Modelo

Assistencial Centrado no Paciente.

Carvalho GT

2377

A Influência do Marketing na Automedicação em Alunos de Graduação de

Farmácia da Universidade Salgado de Oliveira no Campus de Niterói e São

Gonçalo

Marcelo Guimarães do Nascimento

2379

Auditorias Farmacêuticas como Ferramenta de Gerenciamento de Risco,

Garantia de Qualidade e Segurança do Paciente

Carina Torres Garruth Ferreira1

2381

Vigilância pós-comercialização de Medicamentos e Contribuições para a

Segurança do Paciente

Camile Moreira Mascarenhas

2383

Avaliação da Atividade Antioxidante do Extrato de Folhas de Morinda

citrifolia L. (noni)

Nathália Martins dos Santos

2385

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Padronização de Etiquetas para a Dispensação de Medicamentos

Potencialmente Perigosos com Foco na Segurança do Paciente em um

Hospital Universitário

Luiz Filgueira de Melo Neto

2387

Síntese de Nanopartículas de Cobre utilizando a Quitosana como

Revestimento

Giani Christie Rodrigues

2389

Efeitos da Síndrome Metabólica Sobre os Níveis de Biomarcadores de

Danos Oxidativos em Militares

Marcio Antonio de Barros Sena

2390

Marcadores Bioquímicos Alternativos Relacionados Com a Síndrome

Metabólica

Marcio Antonio de Barros Sena

2392

Estruturação de atividades de farmácia clínica em unidade de internação

de hematologia de um hospital universitário: relato de experiência

Nayara Fernandes Paes

2394

Adequação das Prescrições da Unidade de Hematologia de um Hospital de

Ensino à RDC n° 10/2001

Nayara Fernandes Paes

2396

Interações Digitálicas na Unidade de Internação de Hematologia de um

Hospital Universitário: relato de caso

Gilberto Barcelos Souza

2398

Efeito do Artesunato no comportamento reológico do Soluplus® e do

Kollidon® VA 64 como um estudo de pré-formulação para o processo de

HME

Daniel Lins de Sales

2400

Controle da Qualidade físico-química de Albuminas Humanas submetidas

ao INCQS

Laryssa Lemos dos Santos

2402

Perfil dos Detentores de Bolsas de Sangue do Brasil com enfoque nas

Substâncias Presentes nas Soluções

Mariane Dantas Ramos Batista

2404

Determinação de Massa como Requisito de Qualidade em Compressas de

Gaze

Patryck Gonçalves Santos

2406

Qualidade das Luvas Certificadas no Brasil: um estudo de caso

Natália Helena de Azevedo Oliveira

2408

Estudo por Análise Fatorial visando o Desenvolvimento de Formulação

Fotoprotetora para uma Farmácia Universitária do Estado do Rio de

Janeiro

Natália Farias Santos

2410

Cinema de comédia no ensino de Deontologia Farmacêutica

Lêda Glicério Mendonça

2412

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Development and Characterization of Nanoemulsion Containing Icaridin

as Insect Repellent

Márcio Robert Mattos da Silva

2414

Avaliação da qualidade das informações fornecida em sítios de saúde

brasileiros: tratamento farmacológico para insônia.

Stephanie de Moura Araujo Fernandes

2416

Integração dos conteúdos de Química abordados no laboratório de

graduação às práticas diárias de um Farmacêutico

Yasmin Aguiar Faria Lima

2418

Contaminação Microbiana em Monitor de Glicemia: Pesquisa de Possíveis

Patógenos

Ana Maria Targa

2420

Plantas herbáceas e árvores nativas com atividade medicinal da floresta

escola do campus Quinta do Paraíso, UNIFESO, Teresópolis/RJ.

Larissa Aparecida Dimas Rodrigues

2422

Avaliação in vitro da Capacidade Antimicrobiana dos Extratos de Uncaria

tomentosa (Willd) D.C.

Thalita Martins da Silva

2424

Efeitos do extrato de Euterpe oleracea mart. (açaí) e de Bloqueadores do

Sistema Renina Angiotensina sobre a Esteatose Hepática associada a

Obesidade

Matheus Henrique Romão

2426

Desenvolvimento, caracterização e Avaliação da Atividade Fotoproterora

de Nanossistemas formados por Silicatos Minerais e Filtros Solares

inorgânicos

Juliana Patrão de Paiva

2428

Proposta de Implantação da Farmácia Clínica na Unidade de Pronto

Atendimento 24H – UPA 24H

Suzana Maria Bernardino Araújo

2429

Desenvolvimento de Métodos Cromatográficos para Análise de Heparina

Injetável

Andreza da Costa de Santana

2431

Nanoradiofármacos para Imagem de Câncer de Mama: desenvolvimento,

caracterização e imagem em animais induzidos

Luis Filipe Cavalcanti Santos

2433

A evolução da profissão farmacêutica e um novo modelo de cuidado ao

paciente

Claudiana de Jesus Felismino

2435

Avaliação de L-Asparaginase (ASP) por eletroforese em gel de

poliacrilamida

Debora Alves Fonseca

2437

Potencialidades e fragilidades da inserção de ferramentas da Educação a

Distância em cursos de graduação de Farmácia

Márcia dos Angeles Luna Leite

2439

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Dispensação de medicamentos em um home care no município do Rio de

Janeiro de 2015 a 2016

Andressa Cristina Da Silva De Lima

2441

Expediente

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Resumos

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Utilização da Simulação Realística para Ensino da Flebotomia no Curso de

Farmácia

Fábio de Moura Camara1 & Andréia Bartachini Gomes1

1Unigranrio, Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Brasil.

Introdução: Os avanços tecnológicos vêm influenciando a educação, uma vez que a velocidade da

informação associada ao progresso do conhecimento desafiam a inserção de metodologias de ensino

inovadoras que proporcionem uma formação crítica e criativa aos alunos, distanciando-se de métodos

antigos, vinculados a repetição e memorização. A simulação como metodologia de ensino em saúde

contribui significativamente para a formação de profissionais com maior qualificação, estimulando o

desenvolvimento de competências. Objetivo: Apresentar a experiência do uso da simulação realística

na formação de estudantes de graduação do curso de farmácia para a solução de problemas

vivenciados pelo profissional farmacêutico em setores de coleta sanguínea. Metodologia: Esse

estudo é um relato de experiência envolvendo 242 alunos do curso de Farmácia de uma Universidade

particular do Rio de Janeiro de 2015 a 2017. A teorização realizada através de aula expositiva

dialogada sobre as atividades desenvolvidas pelo farmacêutico responsável pelo posto de coleta de

laboratório clínico e complementada com projeção de vídeos relacionados ao contexto. Os alunos

foram divididos em grupos, responsáveis pela avaliação do cenário da sala de coleta e as possíveis

intercorrências advindas da flebotomia. A simulação foi praticada durante período de aula e contou

com a participação de três alunos atores – um simulando o paciente, o outro o flebotomista e o terceiro

o farmacêutico responsável pelo setor – demais alunos avaliadores do estudo de caso. Para avaliação

do desenvolvimento da atividade utilizou-se um manual sobre intercorrências na sala de coleta,

confeccionado pelos estudantes, servindo de subsídio para avaliação de competências. Ao final foi

realizado o debriefing, no qual todos os alunos, mediados pelo docente responsável, refletiram e

discutiram sobre a cena, que foi filmada e revisitada a fim de proporcionar avaliação dos pontos de

melhoria no atendimento farmacêutico clínico. Resultados: Os alunos desempenharam a atividade

proativamente, demonstrando mobilização de saberes para resolução dos problemas apresentados e

propostas de melhoria de atendimento farmacêutico. A atividade proporcionou aprendizagem

significativa, resultando em discussão dos aspectos éticos, técnicos e sociais envolvidos nas situações

vivenciadas. Conclusão: A realização da simulação realística mostrou-se como importante

ferramenta para o desenvolvimento do raciocínio crítico e formação de competências para resolução

de adversidades encontradas no exercício profissional.

Palavras chaves: Simulação realística, flebotomia; farmácia

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Quilici AP, Abrão K, Timerman S, Gutierrez F. Simulação clínica: do conceito à aplicabilidade. São

Paulo: Atheneu; 2012.

Mendes KDS, Silveira RCCP, Galvão CM. Revisão integrativa: método de pesquisa para a

incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm. 2008;17(4):758-64.

MAREGA MCF, DEVISATE EA. Uso da Metodologia a Simulação Realística no Curso Técnico de

Enfermagem: Relato de Experiência. Marilia. PBS International Conference; 2016.

COSTA RRO, CALAZANS BMJ, FILHO JB, SILVA MBM. O Uso da Simulação Realística na

Graduação em Enfermagem: Reflexões Sobre Ética e Formação Profissional. Disponível em www.panpbl.org/site/evento/wp-content/uploads/2016/10/6119812.pdf

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2286

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Sustentabilidade na farmácia hospitalar – um exemplo prático de gestão

farmacêutica em um hospital privado no Rio de Janeiro

Autora: Gabriele Brasil Barbiere

Rio de Janeiro – RJ – Brasil - E-mail: [email protected]

Introdução: O termo "sustentável" provém do latim sustentare que significa sustentar; favorecer,

conservar. Segundo o Relatório de Brundtland (1987), o uso sustentável dos recursos naturais deve

"suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras e de

suprir as suas". A sustentabilidade está relacionada ao desenvolvimento econômico e material sem

agredir o meio ambiente, usando os recursos naturais de forma inteligente. É possível trabalhar as

deficiências através de ações de baixo custo e medidas simples. Outro componente facilitador desta

percepção de sustentabilidade está na aquisição dos equipamentos e materiais para a

operacionalidade da função hospitalar. Considerar como prioridade a aquisição daqueles que

tenham a identificação de reciclável, economia energética e possibilidade de reutilização. Objetivo:

Colocar em prática medidas sustentáveis dentro de uma farmácia em um hospital privado no Rio de

Janeiro, através de um conjunto de ações em uma gestão sustentável, com intuito de guiar o setor

através de processos que valorizem e recuperem todas as formas de recursos humanos, natural e

financeiro dentro da instituição. Métodos: Diversas medidas foram tomadas para uma gestão

sustentável. Enquanto a ANVISA foca a saúde pública e prevenção de acidentes, o CONAMA foca

no Meio Ambiente. A RDC 306 traz diretrizes para o gerenciamento de resíduos de saúde,

incluindo: segregação, acondicionamento, transporte, armazenamento, tratamento, coleta e

disposição final. Entre as estratégias adotadas por diversos tipos de unidades estão a minimização

dos resíduos gerados, pois o reaproveitamento ou reciclagem são limitados. Resultados: Uma

gestão farmacêutica sustentável é capaz de promover a redução dos resíduos e de impactar no valor

econômico, social e legal, já que entidades de vários países têm adotado políticas mais rígidas no

sentido de fomentar a redução, reciclagem ou reaproveitamento dos resíduos gerados. Conclusão:

Entende-se por ambiente hospitalar na linguagem “ecossistêmica”, o espaço no qual os

trabalhadores da saúde de diversas categorias, atendem as inúmeras necessidades de saúde dos

usuários, os quais buscam, de forma individual ou coletiva, ações de promoção, prevenção e

recuperação da saúde. Medidas sustentáveis adotadas na farmácia hospitalar, por exemplo, têm sido

de grande valia para a conscientização, contribuição para o meio ambiente e instituição.

Palavras-chave: Sustentabilidade; Gestão; Reciclagem;

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2287

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Referências Bibliográficas:

1. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Regulamento técnico para

gerenciamento de resíduos de saúde. RDC nº 33, de 25 de fevereiro de 2003.

2. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE (Brasil). Resoluções CONAMA 1984-1991.

4. ed. Brasília, DF, 1992.

3. GARCIA, Leila Posenato; ZANETTI-RAMOS, Betina Giehl. Gerenciamento dos resíduos de

serviços de saúde: uma questão de biossegurança. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n.

3, June 2004 . Disponível em <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-

311X2004000300011&lng=en&nrm=iso>. Aces

em 13 Jan. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2004000300011.

4. MACHADO, V. de F. A produção do discurso do desenvolvimento sustentável: de Estocolmo a

Rio 92. Brasília, 2005. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) –Centro de

Desenvolvimento Sustentável, Universidade de Brasília.

5. NOBRE, M.; AMAZONAS, M. (Org.) Desenvolvimento sustentável: a institucionalizaçãode um

conceito. Brasília: Ed. Ibama, 2002.

6. SACH, I. Patterns of public sector in underdeveloped economies. New Delhi: Asia Publishing

House, 1964.

7. VEIGA, J. E. da. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. 3.ed. Rio de Janeiro:

Garamond, 2008.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2288

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Consulta farmacêutica: o resgate da profissão no Brasil

Autora: Gabriele Brasil Barbiere

Rio de Janeiro – RJ – Brasil - E-mail: [email protected]

Introdução: No Brasil, a Constituição Federal de 1988 estabelece a assistência à saúde como um

direito fundamental de todos os cidadãos e um dever do Estado. A prática da Atenção Farmacêutica

é um modelo desenvolvido no contexto da assistência farmacêutica, sendo a interação direta do

farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional. A profissão farmacêutica está se

movendo de um paradigma técnico para um social. A Farmácia Clínica teve início na área

hospitalar nos Estados Unidos na década de 60. Nos dias atuais segue a doutrina Pharmaceutical

Care. No Brasil, essa transformação tem contribuído de forma significativa para a evolução da

profissão e criado expectativas nos profissionais em relação à dignificação dessa atividade,

oferecendo uma oportunidade de resgate da relação farmacêutico-paciente. Em agosto de 2013, o

Conselho Federal de Farmácia publicou as Resoluções 585 e 586 que regulamentou as atribuições

clínicas do farmacêutico e a prescrição farmacêutica, respectivamente. Vale ressaltar que tal

Resolução foi um marco na profissão, aonde o farmacêutico vem ganhando espaço e confiança,

além de agregar conhecimentos em uma oferta maior de serviços. A consulta farmacêutica é

caracterizada por atendimento realizado pelo profissional farmacêutico ao paciente com a finalidade

de obter os melhores resultados com a farmacoterapia e promover o uso racional de medicamentos e

tecnologias em saúde. Objetivo: Avaliar o impacto das novas atribuições do farmacêutico em

consultório, levando em consideração os benefícios para a população. Metodologia: A pesquisa é

de cunho exploratório/descritivo, uma vez que fora feito um levantamento bibliográfico, eletrônico

e documental. Resultados: Os benefícios da aproximação do farmacêutico ao paciente atrelados a

uma oferta de serviços que visam à promoção, proteção e recuperação da saúde do indivíduo dentro

do consultório, resultam numa avaliação e intervenção nas interações medicamentosas indesejadas e

significantes, além de elaboração de um plano de cuidados farmacêuticos no âmbito de sua

competência profissional. Conclusão: A consulta farmacêutica pode ser desenvolvida em hospitais,

ambulatórios, unidades de atenção primária à saúde, farmácias comunitárias e com manipulação,

domicílios de pacientes e consultórios farmacêuticos autônomos. Estes consultórios farmacêuticos

têm se difundido pelo Brasil, amparados por resoluções, estabelecendo e conduzindo uma relação

de cuidados centrados no paciente.

Palavras-chave: Farmacoterapia; Consulta farmacêutica; Resolução;

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Referências Bibliográficas:

1. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº. 585, de 29 de agosto de 2013, que

regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Diário Oficial da

União, Poder Executivo, Brasília, DF, 25 set. 2013. Seção 1, p. 186-188.

2. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº. 586, de 29 de agosto de 2013, que regula

a prescrição farmacêutica e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Executivo,

Brasília, DF, 26 set. 2013b. Seção 1, p. 136-8.

3. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado

Federal; 1988. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm> Acessado em 20 de

Julho de 2017.

4. BRASIL. Lei 8080/1990. Disponível em:

<HTTP://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm> Acessado em 20 de Julho de 2017.

5. IVAMA, A. M.; NOBLAT, L.; CASTRO, M. S.; OLIVEIRA, N. V. B. V.; JARAMILLO, N. M.;

RECH, N.Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica. Brasília: Organização Pan-Americana da

Saúde, 2002.

6. ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE, ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE

SAÚDE. Disponível em: <http://www.opas.org.br> Acesso em: 02 de Junho de 2017.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2290

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Síntese de nanopartículas de prata utilizando quitosana como revestimento

1Bruna Campos Coelho, 1Brunno Renato Farias Vercoza Costa, 1Luiz Augusto Sousa De Oliveira,

1Robson Roney Bernardo.

1NUMPEX, UFRJ, IBCCF, Pólo de Xerém, Estrada de Xerém, Nº 27, Xerém – Duque de Caxias,

Brazil. CEP: 25245-390.

.

Na última década, a síntese de nanopartículas (NPs) têm sido utilizadas e desenvolvidas, não

somente para o seu interesse acadêmico, mas também para aplicações tecnológicas. Na maioria das

aplicações em biomedicina, é desejável que as NPs possuam diâmetros abaixo de 100nm com uma

estreita distribuição de tamanhos, uma vez que suas propriedades dependem diretamente da sua área

superficial (Sawtarie et al. 2017). O objetivo principal desta proposta é a

obtenção de nanoparticulas funcionalizadas bem como sua estabilidade para que as

mesmas sejam capazes de interagir com biomoléculas, para fins de liberação de fármacos

diretamente na célula ou na região alvo. As NPs serão produzidas com características químicas e

estruturas similares ás exigidas para o uso clinico em terapias em sistemas de entrega de

fármacos. Foram produzidas nanopartículas de prata através de reações de síntese utilizando hidreto

de boro e sódio. As nanopartículas de prata foram produzidas de 10 ml de uma solução 1mM de

nitrato de prata, adiconada gota a gota em uma solução de hidreto de boro e sódio (2mM, 30 ml) em

um banho de gelo (Solomon et al. 2007). Para dimensionar o seu tamanho bem como sua

estabilidade, as NPs foram submetidas a análise em espectrofotomteria por varredura (190-1100nm)

de acordo com Solomon et al. 2007 e revestida com o polímero natural de quitosana obtido das

cascas de camarão. As amostras foram divididas em: T0 (tempo zero), T1 (estocada na ausência de

luz) e T2 (estocada na presença de luz). Na amostra T0 forma obtidas tamanhos entre 35-50 nm, T1

após três horas apresentou entre 60-80nm e T2 após as mesmas três horas, 35-50nm. T1 e T2 foram

analisadas sete dias depois, ambos com resultados de 60-80nm. Observamos as amostras no

microscópico eletrônico de varredura (MEV), para constatar o tamanho das NPs, e podemos ver que

elas realmente se encontravam na faixa de 60-80nm. As NPs foram submetidas a um revestimento

de um polímero de quitosana com a finalidade de manter a sua estabilidade e posteriormente

verificou-se no microscópico eletrônico de varredura (MEV) o tamanho das mesmas bem como seu

arranjo. Podemos concluir que com um revestimento de polímero de quitosana, as NPs estão

estáveis e seu tamanho continua na faixa dos 60-80nm.

Palavras-chaves: Nanopartículas; Prata; Quitosana

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A IMPORTÂNCIA DA FARMACOGNOSIA DAS PLANTAS DA FAMÍLIA

SOLANÁCEAS USADAS EM RITUAIS RELIGIOSOS: Atropa belladona,

Hyosciamus níger E Mandragora oficinarum.

Adelino Alves dos Santos1, Gabriela Alves da Silveira Valentim2 & Kessy Caroline Santos da

Silva3

¹ Acadêmico de nono período do Curso de Farmácia da Universidade do Grande Rio Professor José

Souza Herdy (UNIGRANRIO) - Duque de Caxias- RJ. 2, 3 Acadêmicas de decimo período do Curso

de Farmácia da Universidade do Grande Rio Professor José Souza Herdy (UNIGRANRIO) - Duque

de Caxias- RJ

RESUMO: Enquanto algumas plantas eram utilizadas para o alívio da dor e do sofrimento, outras

possuíam propriedades euforizantes e alucinógenos e eram usadas em práticas religiosas ou rituais

mágicos sendo associadas a bruxaria e eram carregadas de misticismo. O presente trabalho tem

como objetivo analisar farmacologicamente três plantas solanáceas (Atropa belladona, Hyosciamus

níger e Mandragora oficinarum) usadas em rituais religiosos. Buscou-se na literatura sobre a

mitologia dos alucinógeno e a farmacognosia dos alcaloides, tendo como critério de exclusão

artigos publicados nos anos anteriores a 1999. Os alcaloides tropânicos presentes na Beladona,

Meimendro e Mandrágora estão presentes em alguns dos 85 gêneros da família das Solanaceae e

embora são muito semelhantes em suas propriedades físico-químicas, apresentaram misticismos e

usos diferenciados na antiguidade tais como: (1) A Atropa beladona era utilizado na idade média

por mulheres com objetivo de dilatar as pupilas e ficarem mais bonitas; (2) a Hyosciamus niger,

conhecida como Meimendro era usado para fazer profecias, envenenamentos, diminuir dores e

utilizada em unguentos de "voo de bruxas"; (3) Já a Mandrágora oficinarum era conhecida por seus

efeitos narcóticos e pela estranha forma de sua raiz que se parecia com o corpo humano, era

considerada uma planta com poderosa ação para a fertilidade, sendo descrita na Bíblia por esta

propriedade. Este estudo mostra que antigamente, devido à falta de conhecimento sobre os

alcaloides tropânicos, acreditavam-se que os efeitos alucinógenos e tóxicos das plantas fossem

mágicos fazendo com que a farmacognosia desempenhasse um papel fundamental na humanidade,

proporcionando um melhor entendimento sobre as plantas e seus efeitos.

PALAVRAS CHAVE: Farmacognosia, Alcaloides Tropânicos, Solanaceas, Beladona, Meimendro,

Mandrágora.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2292

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REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• Alves, L. F. “Produção de Fitoterápicos no Brasil: História, Problemas e Perspectiva.”

Quim. 2013, 5(3), 450 - 513

• BARG, DÉBORA GIKOVATE. Plantas tóxicas. Instituo Brasileiro de Estudos

Homeopáticos, 2004.

• Cortez-Gallardo, Vieyle, et al. "Farmacognosia: breve historia de sus orígenes y su relación

con las ciencias médicas." Revista Biomédica 15.2 (2004): 123-136.

• KATZUNG, Bertram G. Farmacologia básica e clínica. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

• Lima, J. "Plantas e Dor: Contributo para o Estudo Etnoantropológico do Tratamento e Dor."

(2010).

• Martinez, Sabrina T., Márcia R. Almeida, and Angelo C. Pinto. "Alucinógenos naturais: um

voo da Europa Medieval ao Brasil." Quim. Nova 32.9 (2009): 2501-2507.

• PRETO, Leonel. A intoxicação solanácea na criança. Informar, p. 50-52, 2004.

• SIMÕES, C. M. O.; SCHENKEL, E. P.; GOSMANN, G.; et al, Farmacognosia: da Planta

ao medicamento, Porto Alegre/Florianópolis Ed.Universiadde/UFRGS/Ed. Da UFSC, 1999.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2293

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Análise dos eventos adversos do fármaco Axetilcefuroxima no site Reclame

AQUI e a proposta de inclusão em sistema lipossomal

Sara Trindade Espírito Santo Camacho1,

Raquel Rennó Braga2 & Elisa Suzana Carneiro Pôças3

1IFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]; 2IFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil,

[email protected]; 3IFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

INTRODUÇÃO: Axetilcefuroxima é uma cefalosporina de segunda geração, desenvolvida como

pró-fármaco da cefuroxima, pela capacidade do grupamento éster em aumentar a lipofilicidade e

permeabilidade do fármaco, possibilitando sua administração por via oral para o tratamento,

principalmente, de doenças do trato respiratório superior e inferior(1). OBJETIVO: Identificar o

evento adverso predominante ocasionado pela Axetilcefuroxima e propor uma solução

farmacotécnica que diminua esse evento, melhorando à adesão do paciente ao tratamento.

METODOLOGIA: Realizou-se uma análise descritiva dos eventos adversos atrelados ao

tratamento com antibiótico Axetilcefuroxima, notificados a nível nacional, por pacientes no site

Reclame AQUI. Partindo dessa análise, fizemos uma pesquisa literária sobre as propriedades físico-

químicas do fármaco e do nanosistema lipossomal para averiguar a possibilidade de inclusão da

Axetilcefuroxima. RESULTADOS: Dos 193 casos de eventos adversos notificados a partir da

administração da Axetilcefuroxima pelo laboratório Ranbaxy e GSK, ambos tiveram prescrições

prevalentes para otite, sinusite e pneumonia e apresentaram vômito como evento adverso

predominante devido ao sabor característico do fármaco. Além disso, este mesmo evento foi o

responsável por provocar eventos adversos subsequentes, tanto ao próprio paciente quanto a

terceiros expostos (pais dos pacientes), assim como, por provocar outros eventos adversos aos

terceiros que fizeram uso da medicação sem indicação médica. CONCLUSÃO: O presente

trabalho propõe a inclusão da Axetilcefuroxima em sistemas lipossomais, pois acredita-se que a

formulação Axetilcefuroxima lipossomal possa melhorar a solubilidade da molécula na

apresentação suspensão, reduzir seu potencial nefrotóxico e diminuir a ocorrência de vômito como

evento adverso pelo mascaramento do sabor característico do fármaco, promovendo assim, adesão

do paciente ao tratamento e aumentando a eficácia terapêutica do fármaco(2,3).

Palavras-chaves: Axetilcefuroxima. Evento adverso. Reclame AQUI. Lipossoma.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2294

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Referências:

Israr F, Mahmood ZA, Hassan F, Hasan SMF. (2016); Indian J Pharm Sci. 78(1): 17-26

Machado LC, Gnoatto AS, Kluppel ML. (2007); Estud Biol. 29(67): 215-224

Wadhwa J, Puri S. (2011); Int J Biopharm & Toxicol Res. 1(1): 47-60

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2295

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Atividade seletiva de um derivado do Eugenol contendo 1,2,3 triazol funcionalizado

contra Leishmania amazonenses.

Rafael Conti Brigido3, Maria Paula G. Borsodi1, Poliana A. R. Gazolla2, Adalberto M. da Silva2,

Robson R. Teixeira2, Bartira Rossi Bergmann1 & Wallace Pacienza Lima3.

1 Laboratório de Imunofarmacologia, Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho/UFRJ.

2 Depto. de Química, Universidade Federal de Viçosa - MG.

3 Escola de Ciência da Saúde, UNIGRANRIO – RJ.

[email protected]

As Leishmanioses são um complexo de doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania.

Clinicamente, a doença pode se manifestar nas formas cutâneas ou visceral, sendo esta última fatal

se não for tratada. Os tratamentos utilizados atualmente apresentam diversos fatores que limitam

seu uso como toxicidade, regime terapêutico longo, custo elevado e sua administração por via

invasiva (Alvar, 2012). Portanto, esses fatores revelam a necessidade de desenvolvimento de

fármacos mais seguros e ativos. O eugenol (4-alil-2-metoxifenol) é um composto natural

fenilpropanóide metoxilado que compreende até 90% do óleo essencial extraído do cravo-da-índia

(Syzygium aromaticum). Estudos anteriores mostraram a atividade leishmanicida do óleo essencial

de Ocimum gratissimum, rico em eugenol, os valores de IC50 contra promastigotas e amastigotas

foram, respectivamente, 135 e 100 μg/ml (Nakamura, 2006). Além disso compostos apresentando

radicais triazólicos apresentam atividades antiparasitárias descritas em inúmeros artigos

(Papadopoulou, 2012). Neste sentido, o eugenol foi extraído, a partir dos botões florais secos do

cravo da índia, por meio do processo de hidrodestilação dos botões e foi submetido a reações de

alquilação. Os derivados alquilados foram submetidos a reações “Click” resultando na obtenção de

27 compostos triazólicos, que tiveram a atividade antileishmanial avaliada neste trabalho. Para

atividade anti-promastigota, os parasitos (2 x 105 /mL) foram tratados com diferentes concentrações

dos compostos em 1% DMSO por 72 horas a 26oC. A viabilidade das promastigotas foi

determinada fluorimetricamente por alamarBlue. Dentre os 27 compostos testados, o PG-R33 foi o

mais ativo (IC50= 7 µM). Para atividade anti-amastigota, macrófagos peritoneais murinos foram

infectados com promastigotas (1:10) por 4 horas a 34oC, e então incubados por 48 horas a 37ºC/5%

CO2 com diferentes concentrações do PG-R33. A carga de amastigotas foi determinada por

microscopia em células coradas com Giemsa, apresentando IC50 = 1,6 µM. Para citotoxidade para

os macrófagos, a enzima citoplasmática LDH foi dosada colorimetricamente no sobrenadante

coletado, mostrando LD50 = 212 µM. O índice de seletividade (IS = LD50/IC50 amastigota

intracelular) foi 132. Por sua alta seletividade para os parasitos, o PG-R33 parece um promissor

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protótipo para o desenvolvimento de um novo fármaco contra a leishmaniose e encorajam a

continuidade dos estudos.

Keywords: antisleishmanial; eugenol; leishmaniose

Referências:

Alvar J., Vélez, I., Bern, C., Herrero, M., Desjeux, P., Cano, J., Jannin, J. den Boer, M. (2012) Leishmaniasis worldwide and global estimates of its incidence. PLoS One, 7, 35671. T. Ueda-Nakamura. (2006) Antileishmanial activity of eugenol-rich essential oil from Ocimum gratissimum. Parasitology International 55, 99–105. M. V. Papadopoulou. (2012) Novel 3-Nitro-1H-1,2,4-triazole-Based Amides and Sulfonamides as Potential Antitrypanosomal Agents. Journal of Medicinal Chemistry 55, 5554-5565.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2297

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Perfil dos pacientes tratados com ceftriaxona para sífilis congênita, na ausência

de penicilina, em um hospital universitário do município de João Pessoa- PB

Wedna dos Santos Miguel Moura1, Flávia Pessoa de Belmont Fonsêca2, Leônia Maria Batista3 &

Liane Carvalho Viana4

1Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

2Hospital Universitário da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

3Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 4Universidade

Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]

Introdução: A sífilis congênita é uma doença causada pelo Treponema pallidum, transmitido da

mãe para o feto, por via transplacentária, principalmente se a mãe não tiver sido tratada.1,2 O

tratamento farmacológico adequado para a cura materna e prevenção da transmissão do Treponema

pallidum para o feto é considerado apenas com o uso da penicilina. A droga de escolha para

tratamento do neonato também é a penicilina, porém, diante do problema nacional de

desabastecimento e falta da penicilina para tratamento da sífilis, surgiu a preocupação de mães e

neonatos com sífilis, não estarem recebendo tratamento adequado para esta doença.3,4 Objetivo:

Avaliar o perfil dos pacientes tratados com ceftriaxona para sífilis congênita, na ausência de

penicilina em um Hospital Universitário no município de João Pessoa- PB. Metodologia: Foi

realizado um estudo descritivo, do tipo transversal, documental e retrospectivo. A coleta de dados

foi realizada a partir da análise dos prontuários advindos do Serviço de Arquivo Médico e

Estatística (SAME), dos portadores de sífilis congênita (CID 10 – A 50.2) tratados com ceftriaxona,

internados no Hospital Universitário Lauro Wanderley no município de João Pessoa-PB, entre os

meses de julho de 2015 e dezembro de 2016. O Estudo foi submetido à aprovação pelo Comitê de

Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) e aprovado sob o número

do Parecer: 1.853.889/16. Foram identificados 21 prontuários, por meio da vigilância

epidemiológica do hospital, porém nove prontuários não foram localizados no SAME e dois não

atenderam aos critérios de inclusão. Resultados: Neste estudo observou-se em relação ao

diagnóstico das crianças, que 60% apresentaram VDRL reagente, 80% apresentaram o Raio X de

ossos longos sem anormalidades, 90% realizaram o exame de LCR, sendo que 66,7% dos estudos

do LCR não apresentaram anormalidades, 30% das crianças deram início ao tratamento entre dois e

nove dias de vida e 60% foram tratadas com ceftriaxona. Conclusão: Concluiu-se com esse estudo

que em relação à evolução do quadro clínico, não houve óbito entre as crianças tratadas com

ceftriaxona, nem a ocorrência de complicações. Além disso, todas receberam alta sem

intercorrências.

Palavras - chaves: Sífilis congênita, Penicilina, Ceftriaxona.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2298

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Referências:

1. Riekher KF. (2003); Revista Médica do H.S.E. 37(1)

2. Brasil. Ministério da Saúde. (2012). Boletim Epidemiológico – Sífilis. Secretaria de Vigilância em Saúde -

Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais

3. São Paulo. (2010); Centro de Referência DST/AIDS. Guia de Referências Técnicas e

Programáticas para as Ações do Plano de Eliminação da Sífilis Congênita

4. Brasil. Ministério da Saúde. (2016); Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de

Vigilância, Prevenção e Controle de DST, AIDS e Hepatites Virais. Secretaria de Atenção à Saúde.

Departamento de Ações Programática Estratégicas

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2299

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Perfil dos portadores de Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) com

comprometimento de órgãos e sistemas, internados em um hospital de

ensino do município de João Pessoa-PB

Dafne Dayse Bezerra Macedo1, Flávia Pessoa de Belmont Fonsêca2, Leônia Maria Batista3&

Marcia Regina Piuvezam4

1Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

2Hospital Universitário da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

3Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 4Universidade

Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]

Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica, autoimune, multifatorial

e de grande complexidade1. Acomete vários órgãos e sistemas, assim gerando elevados índices de

morbidade nos indivíduos acometidos2. O diagnóstico do LES é realizado a partir da observação das

suas manifestações clinicas e de exames laboratoriais3. Objetivo: Diante disso, esse estudo teve por

objetivo avaliar o perfil dos portadores de LES com comprometimento de órgãos e sistemas

internados em um Hospital de ensino do município de João Pessoa- PB (HULW). Metodologia:

Consistiu em um estudo descritivo, do tipo transversal, quantitativo, retrospectivo e documental. Os

dados foram coletados a partir da análise dos prontuários advindos do Serviço de Arquivo Médico e

Estatística (SAME), dos portadores LES com comprometimento de órgãos e sistemas internados em

um Hospital de ensino do município de João Pessoa-PB, entre os meses de junho de 2015 e agosto

de 2016. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Lauro

Wanderley da Universidade Federal da Paraíba e aprovado sob o número de parecer: 1.901.974/17.

A partir do acesso ao livro de registro da clínica médica do HULW, foram identificados 30

portadores de LES, contudo, apenas 22 fizeram parte desse estudo, visto que em 02 prontuários não

havia diagnóstico de LES, em 01 não havia informações, 03 prontuários não foram localizados e 02

portadores da doença não apresentaram número de prontuário. Resultados: Foi observado que

95,5% dos portadores de LES são do gênero feminino, com idade entre 40 e 49 anos (36,40%,) e

entre 30 e 39 anos (32,00%). Os critérios de diagnóstico mais prevalentes foram doenças articulares

(16,81%), doenças hematológicas (15,93%), nefrite lúpica (12%) e fotossensibilidade (9,73%). Os

sistemas mais acometidos pelo LES foram o articular (23,90%), tegumentar (23,90%), excretor

(20,90%) e o hematológico (10,45%). Quanto à presença de comorbidades, observou-se que

(12,50%) não apresentaram coborbidades, e (12,50%) apresentaram Hipertensão Arterial.

Conclusão: Diante disso, conclui-se que o LES é uma doença de caráter multissistêmico,

prevalente em mulheres. Em adição, acomete, em maioria, os indivíduos acima de 30 anos,

consequentemente interferindo na sua qualidade de vida.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2300

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Palavras-chave: LES; Perfil; Portadores; Autoimunidade; Multissistêmica;

Referências

1. Conti G, Coppo R, Amore A. (2012); Giornale Italiano Di Nefrologia. Suppl 54:84-90

2. Fragoso TS (2014); Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Biologia

Aplicada à Saúde do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami, Universidade Federal

de Pernambuco

3. Assis MR, Baaklini CE. (2009); Revista Brasileira de Medicina. 66(9): 274-85

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2301

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Análise da incidência de potenciais interações medicamentosas em Unidade de

Terapia Intensiva (UTI) em Hospital Universitário no município de João Pessoa-

PB

Thassya Matias Ribeiro1, Giovanna Gusmão Zenaide Nóbrega Albuquerque2, Marli Martins Viana3,

Leônia Maria Batista4 & Islânia Gisélia Albuquerque Gonçalves5

1Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

2Hospital Universitário da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 3Hospital

Universitário da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 4Universidade

Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 5Universidade Federal da

Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]

Introdução: A interação medicamentosa acontece quando os efeitos e/ou toxicidade de um fármaco

são alterados pela presença de outro. Ela se comporta como uma resposta farmacológica ou clínica à

administração de uma combinação de medicamentos, diferente dos efeitos de dois agentes

administrados de maneira individual1. Sabendo disso, o farmacêutico realiza intervenções

farmacêuticas, monitorando a terapêutica do paciente, analisando a posologia, a interação do

medicamento com outros fármacos, com alimento ou com alguma patologia, a via de administração,

a indicação terapêutica, os efeitos adversos, entre outras intervenções2. Objetivo: Esse trabalho teve

como objetivo descrever o perfil de interações medicamentosas e intervenções farmacêuticas em

indivíduos de uma Unidade De Terapia Intensiva (UTI) em um Hospital Universitário no município

de João Pessoa-PB. Metodologia: Realizou-se um levantamento dos dados de 60 indivíduos que

deram entrada no hospital entre os meses de janeiro a junho de 2016. Esse levantamento se deu na

farmácia clinica do hospital universitário e após isso foram feitas tabelas e gráficos para a análise

dos mesmos, utilizando-se do programa Microsoft Office Excel® 2013. Para a realização das

interações medicamentosas utilizou-se da base de dados Micromedex(®) e as intervenções

farmacêuticas foram retiradas das fichas dos internos. Esse trabalho foi submetido ao comitê de

ética do Hospital Universitário Lauro Wanderley e aprovado com o parecer número 1.875.302.

Resultados: Do total de 60 indivíduos, 52% eram do gênero masculino e 48% eram do gênero

feminino. No presente estudo, observou-se que o maior número de internos estava dentro da faixa

etária dos 52-56 anos com 14,51%, seguidos por 57-61 anos. Também foi observado que dos 60

internos, 30% apresentaram interações medicamentosas e 70% não apresentaram, sendo estas

classificadas como contraindicada (22%), maior (44%) e moderada (34%). As intervenções

farmacêuticas mais prevalentes foram: Retirar medicamento 23%; Ajuste de dose 20%; Posologia

11%; e Interação medicamentosa 8%. Conclusão: Conclui-se que, na uti o número de interações

medicamentosas é elevado e requer atenção, como também o manejo inapropriado de

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2302

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medicamentos é uma realidade preocupante, visto que algumas alterações podem desencadear

graves erros. Essa situação revela a importância do farmacêutico clínico na uti para a resolução

desses problemas.

Palavras-chaves: Interação medicamentosa, Intervenções farmacêuticas, UTI.

Referências:

1. Alvim MM. (2015); Revista Brasileira de Terapia Intensiva. 27(4): 353-359

2. Finatto RB. (2012); Revista Brasileira de Farmácia. 93(3): 364-370

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2303

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Eventos adversos relacionados ao uso concomitante de morfina e petidina em

paciente cirúrgico: relato de caso

Rachel Nunes Ornellas1, Gilberto Barcelos Souza1, Amanda Castro Domingues da Silva2, Luiz

Filgueira de Melo Neto1, Nayara Fernandes Paes1, Mauricio Lauro de Oliveira Júnior1, Luiz

Stanislau Nunes Chini1, Bruna Figueiredo Martins2, Mariana Souza Rocha1, Águeda Cabral de

Souza Pereira1 & Márcia de Souza Antunes1.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Federal

Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected]

Introdução: Interação medicamentosa é a alteração dos efeitos farmacológicos entre dois ou mais

medicamentos, administrados concomitantemente, podendo resultar em eventos adversos,

ocasionando danos ao paciente1. Neste contexto, é fundamental a atuação do farmacêutico na

equipe multiprofissional. Objetivo: Analisar a potencialização da ocorrência de efeitos adversos

provocados pela associação farmacológica entre morfina e petidina, durante um procedimento

cirúrgico. Metodologia: Estudo de caso utilizando metodologia observacional e prospectiva,

descrita em pesquisa realizada em um hospital universitário, em pacientes cirúrgicos, analisando os

efeitos adversos relacionados ao uso de opióides, correlacionando-os a possíveis intercorrências.

Projeto CAAE nº 65893617.3.0000.5243. Resultados: Paciente RMM, sexo masculino, 27 anos,

admitido em 20/04/2017, devido a uma fratura de fêmur esquerdo ocasionada por queda de

motocicleta no dia 08/04/2017, com anemia importante (Hematócrito 23,9 µm3 e Hemoglobina 7,8

g/dL). Foi submetido, no dia 26/04/2017, a uma osteossíntese de fêmur. Durante o perioperatório

foram administrados os seguintes medicamentos injetáveis: Cefazolina, Midazolam, Dipirona,

Ondansetrona, Petidina, Morfina, Bupivacaína isobárica. No pós-operatório imediato, o paciente

apresentou vários episódios de hipotensão e taquicardia. Segundo a literatura internacional, há

relatos de taquicardia e/ou hipotensão provocados pelo uso regular de Petidina e Morfina, devido ao

aumento dos níveis plasmáticos de histamina3. Adicionalmente, o paciente evoluiu com constipação

por 4 dias, também associada ao uso de opióides, como os já citados no perioperatório, assim como

Tramadol no pós-operatório2. Conclusão: O quadro clínico do paciente associado aos

medicamentos utilizados justificam a taquicardia e a hipotensão. Existe uma relação causal direta

entre a constipação e os medicamentos usados, principalmente a Morfina, pelo fato da mesma

possuir a capacidade de aumentar o tônus e reduzir a motilidade em diversas partes do trato

gastrintestinal3. Estes efeitos podem aumentar o tempo de recuperação do paciente, especialmente

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2304

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àqueles submetidos a procedimentos cirúrgicos. Todavia, a incidência destas reações é dose-

dependente2,3.

Palavras-chave: Interações, Farmácia clínica, Evento adverso.

Referências:

1.ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 4, DE 10/02/09 (DOU 11/02/09):

Dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os detentores de registro de medicamentos de

uso humano. Brasília, Agosto de 2009.

2.Aguilar-Nascimento JE. Acerto: acelerando a recuperação total pós-operatória. Rio de Janeiro:

Rúbio, 2016, 3 Ed.

3.Ignacio FM; Azevedo LCP; Toledo D. Como avaliar o trato gastrintestinal na unidade de terapia

intensiva. In: Toledo D; Castro M. Terapia Nutricional em UTI. Rio de Janeiro: Rubio, 2015.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2305

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Bradicardia e fibrilação atrial provocadas por interação medicamentosa

durante um procedimento cirúrgico: relato de caso

Rachel Nunes Ornellas1, Gilberto Barcelos Souza1, Amanda Castro Domingues da Silva2, Luiz

Filgueira de Melo Neto1, Nayara Fernandes Paes1, Mauricio Lauro de Oliveira Júnior1, Luiz

Stanislau Nunes Chini1, Bruna Figueiredo Martins2, Mariana Souza Rocha1, Águeda Cabral de

Souza Pereira1 & Márcia de Souza Antunes1.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Federal

Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: farmá[email protected]

Introdução: Interação medicamentosa é a alteração dos efeitos farmacológicos entre dois ou mais

medicamentos, administrados concomitantemente, podendo resultar em eventos adversos,

ocasionando danos ao paciente1. Neste contexto, é fundamental a atuação do farmacêutico na

equipe multiprofissional. Objetivo: Analisar a ocorrência de eventos adversos provocados pela

interação medicamentosa entre Piperacilina + tazobactama, analgésicos Opióides e bloqueadores

neuromusculares, durante a internação para procedimento cirúrgico, resultando em bradicardia e

fibrilação atrial. Metodologia: Estudo de caso utilizando metodologia observacional e prospectiva,

em pacientes pós-cirúrgicos, analisando os efeitos adversos relacionados ao uso de Opióides,

correlacionando-os a possíveis intercorrências. Projeto CAAE nº 65893617.3.0000.5243.

Resultados: Paciente WSC, sexo masculino, 51 anos, portador de doença de Crohn, admitido em

01/02/2017, devido fístula de sigmoide, drenando através de três orifícios para a região interglútea

esquerda, e comunicando-se com a bexiga. Foi submetido a uma laparotomia exploradora com

drenagem de abscesso abdominal, enterorrafia e peritoneostomia no dia 27/03/2017. Durante o

procedimento cirúrgico foram administrados os seguintes medicamentos: Fentanila, Lidocaína,

Propofol, Cisatracúrio, Etilefrina, Norepinefrina, Dipirona, Ondansetrona, Neostigmina, Atropina,

Bupivacaína isobárica, Morfina e Piperacilina + tazobactama. No perioperatório, ao administrar o

antibiótico, por acesso venoso profundo (veia Jugular direita), o paciente apresentou fibrilação atrial

e bradicardia, de acordo com o relato médico. Episódios semelhantes, no pós-operatório imediato,

foram descritos pela equipe de enfermagem, também associados ao uso de Piperacilina +

tazobactama. Conclusão: A literatura aponta que a sobredose de opióides ou a interação destes com

outros medicamentos está entre as causas mais comuns de eventos adversos2. Esses efeitos são

dose-dependente e podem aumentar o tempo de recuperação dos pacientes, principalmente os

submetidos a procedimentos cirúrgicos3. No caso descrito, foi realizada a substituição do

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2306

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Piperacilina + tazobactama pelo Meropenem, com melhora do quadro de bradicardia, devido a

potencialização dos efeitos adversos do primeiro antibiótico pelos Opiódes.

Palavras-chave: Interações, Farmácia clínica, Evento adverso.

Referências:

1.ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC Nº 4, DE 10/02/09 (DOU 11/02/09):

Dispõe sobre as normas de farmacovigilância para os detentores de registro de medicamentos de

uso humano. Brasília, Agosto de 2009.

2.Kopf A; Pastel NB. Guia para o tratamento da dor em contexto de poucos recursos. Associação

Internacional para o Estudo da Dor (IASP), 2010.

3.Aguilar-Nascimento JE. Acerto: acelerando a recuperação total pós-operatória. Rio de Janeiro:

Rúbio, 2016, 3ª Ed.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2307

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Segurança do paciente: análise das prescrições de unidades de terapia intensiva

em um Hospital Universitário

Maurício Lauro de Oliveira Júnior1, Rachel Nunes Ornellas1, Gilberto Barcelos Souza1, Amanda

Castro Domingues da Silva2, Luiz Filgueira de Melo Neto1, Nayara Fernandes Paes1, Luiz Stanislau

Nunes Chini1, Bruna Figueiredo Martins2, Mariana Souza Rocha1, Águeda Cabral de Souza Pereira1

& Márcia de Souza Antunes1.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Federal

Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected]

Introdução: A Segurança do Paciente é uma temática que está em crescente expansão no Brasil,

principalmente pela criação da Portaria Nº 529 de 2013 do Ministério da Saúde, que iniciou o

Programa Nacional de Segurança do Paciente1. Nesse programa, um dos aspectos mais importantes

é a utilização do medicamento, descrita no Protocolo de segurança na prescrição, uso e

administração do medicamento2. Objetivo: Avaliar as prescrições em duas unidades de terapia

intensiva de um hospital universitário quanto à adequação ao Protocolo de Segurança na prescrição,

uso e administração de medicamentos do Ministério da Saúde. Metodologia: Foi realizado um

estudo retrospectivo, em um hospital Universitário de médio porte, localizado no estado do Rio de

Janeiro, onde foram analisadas as cópias das prescrições de um período de 20 dias do centro de

terapia intensiva e da unidade coronariana que chegaram ao Serviço de Farmácia no mês de

novembro de 2015. O referente estudo teve aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o

CAAE 56278116.2.0000.5243. Resultados: Foram analisadas 323 prescrições relativas ao período

do estudo, totalizando 4.588 medicamentos, onde a média foi de 14,20 ± (4,22) medicamentos por

prescrição. Após análise das prescrições foram contabilizados: 703 erros referentes ao Corpo da

Prescrição, relacionados à identificação e localização do paciente e identificação do prescritor, com

média de 2,18 erros por prescrição. Foram encontrados 16.171 erros referentes aos Medicamentos

com média de 3,52 erros por Medicamento. Na totalidade foram identificados 16.874 erros, média

de 52,24 erros por Prescrição. Em 100% das prescrições foram encontradas inadequações quanto às

proposições do protocolo de segurança da prescrição, uso e administração de medicamentos.

Conclusão: A elevada taxa de erros na prescrição de medicamentos nos faz refletir sobre os

possíveis riscos infligidos aos pacientes. Nesse contexto, fica clara a necessidade de participação

ativa do farmacêutico hospitalar e clínico, que através de suas ações pode atuar como importante

barreira de segurança, intervindo diretamente junto ao prescritor quanto a tais questões.

Palavras-chave: Eventos adversos, Segurança do Paciente, Erros de Prescrição.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2308

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Referências:

1.Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 529, de 01 de abril de 2013: institui o programa

nacionalde segurança do paciente. Brasília, Abril de 2013.

2.Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2095, de 04 de setembro de 2013: institui o protocolo de

segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasília. 2013: 46 p.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2309

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O uso da Aloe barbadensis Miller no tratamento da alopecia

Marina Mauricio Augusto¹ & Raiane Pépe Machado².

¹ Acadêmicos de Farmácia da Universidade do Grande Rio Professor José Souza Herdy

- Duque de Caxias, RJ, Brasil - Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 - Jardim 25 de

Agosto - [email protected]; ² Acadêmicos de Farmácia da Universidade

do Grande Rio Professor José Souza Herdy - Duque de Caxias, RJ, Brasil - Rua Prof.

José de Souza Herdy, 1.160 - Jardim 25 de Agosto - [email protected]

Introdução: O cabelo deixou de ser uma proteção para se tornar um objeto de beleza e elevação

da estima. Muitos investem uma quantidade em demasia de tempo e dinheiro, para deixa-lo o mais

aprazível e atraente possível, sendo este utilizado não só para seu determinado fim, mas como objeto

revelador de beleza, personalidade e opinião, sendo também uma característica marcante em certas

culturas. Porém cada vez mais pessoas por diversos motivos como, desequilíbrio hormonal, estresse,

disfunções bioquímicas, doenças neoplásicas, desequilíbrio nutricional, entre outros; perdem seu

objeto de desejo fazendo com que adquiram baixa estima entre outros resultados indesejáveis,

promovendo a incansável busca por alternativas para que ele volte a crescer forte e saudável, fazendo

com que sua alta estima seja restabelecida. Objetivo: O presente trabalho tem o intuito de apresentar

uma alternativa para o tratamento adjuvante da alopecia, utilizando a Aloe barbadensis miller,

comumente conhecida como babosa, mostrando a morfologia capilar, a fisiopatologia e os tipos mais

conhecidos de alopecia e suas subdivisões, detalhes sobre esta planta rica em nutriente bem como sua

história, estrutura e composição química , sua aplicabilidade, e como ela pode ajudar na regressão

dos sintomas causados por esta patologia, mostrando onde cada composto se encaixa em cada tipo de

alopecia. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica em sites de levantamento

científico, em busca dos usos da Aloe barbadensis miller levantando a indagação da sua eficácia no

objetivo proposto. Resultados: Foram analisados 24 artigos de cunho científico para pesquisa

central, provando a eficácia da a Aloe vera em alguns tipos de alopecia, sendo esta utilizada como

adjuvante junto com outros tratamentos. Conclusão: A Aloe barbadensis miller, tem grande efeito

no tratamento da alopecia, podendo ser estudada com mais veemência para o seu uso contra essa

patologia, sendo possível em um futuro não ser utilizada só como adjuvante, mas como tratamento

único para esta patologia.

Palavras-chave: Farmácia, Alopecia, Fitoquímica, Aloe vera, Aloé.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2310

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Referências Bibliográficas:

FREITAS, V. S.; RODRIGUES, R. A. F.; GASPI, F. O. G. (2014). Propriedades farmacológicas da Aloe vera (L.) Burm. f. Uniararas. V.16, n.2, p.1-7

GORDON, KA., TOSTI, A., (2011) “Alopecia: evaluation and treatment”, Clinical, Cosmetic and Investigational Dermatology, 4:101-106.

REBELO, A, S (2015). Novas estratégias para o tratamento da alopecia. ReCil.

RIVITTI, EA. (2005) “Alopecia areata: revisão e atualização”, Anais Brasileiros de Dermatologia, 80(1):57-68.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2311

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Efects of euterpe oleracea mart. (açaí) extract on metabolic changes associated

with obesity: role of renin angiotensin system

Izabelle Barcellos Santos1, Graziele Freitas de Bem1, Lenize Costa dos Reis Marins de Carvalho1,

Thamires Barros Tavares1, Amanda Farias de Medeiros1, Matheus Henrique Romão1, Ricardo

Andrade Soares1, Dayane Teixeira Ognibene1, Roberto Soares de Moura1, Cristiane Aguiar da

Costa1 & Angela de Castro Resende1.

1Department of Pharmacology, Institute of Biology, Rio de Janeiro State University, Rio de Janeiro

– Brazil

Description of the study

The production of renin–angiotensin system (RAS) components by adipocytes is exacerbated

during obesity.1 We have reported that açaí seed extract (ASE), induces vasodilation, and has anti-

hipertensive and anti-obesity effects.2,3 Thus, the aim of this study was to evaluate the effect of

treatment with ASE and the drugs that interfere with RAS such as: enalapril (ENA) and telmisartan

(TEL) on metabolic disorders observed in an experimental model of obesity. Methods: Protocol of

Ethics Committee of the UERJ (CEUA/034/2015). Male C57BL/6 mice were separated in five

groups: control (diet 10% fat), high fat (HF) (diet 60% fat), HF+ASE (300 mg/kg-1), HF+ENA (30

mg/kg-1) and HF+TEL (10 mg/kg-1). The animals received diets concomitantly with these

treatments (by intragastric gavage) for three months, being sacrificed. Body weight and systolic

blood pressure (SBP by plethysmography), were measured weekly. Glycemia was measured with a

glucometer. Expression of RAS proteins in visceral adipose tissue were determined by western

blotting. Results: The increased (p<0.05) body weight in HF group was reduced (p<0.05) by

treatment with ASE and ENA, and not by TEL. Oral glucose tolerance testing was increased

(p<0.05) in HF group, all treatments reduced (p<0.05) these alterations. HF group showed increased

(p<0.05) SBP, which was prevented (p<0.05) by treatment with ASE, ENA and TEL. The increased

(p<0.05) expression of angiotensinogen, renin and AT1 receptor in HF and HF+ENA groups were

reduced (p<0.05) by treatment with ASE and TEL. ECA and AT2 receptor expressions were not

different among groups. HF+ENA group showed increased (p<0.05) expression of ECA2, B2 and

MAS receptors, which was reduced (p<0.05) in HF, HF+ASE and HF+TEL groups. The adipocyte

size was higher in HF group and treatment with ASE and ENA reduced this hypertrophy.

Conclusion: All treatments were effective in preventing the increase of SBP associated with obesity.

The treatment with ASE prevented body weight gain and glucose intolerance as observed with

ENA. These beneficial effects of ASE may be due at least in part to the decreased expression of

angiotensinogen, renin and AT1 receptor. Financial Support: CNPq and FAPERJ.

Keywords: Obesity, Renin–angiotensin system (RAS), Açaí, Enalapril, Telmisartan.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2312

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References:

1. Frigolet ME, Torres N, Tovar AR. (2013). J Of Nutr. Bioch 24:2003-2015

2. Rocha AP, Resende AC, Souza MAV, et al. (2008). J Pharmacol Toxicol. 3:435-48

3. Cordeiro VSC, Carvalho LCRM, Bem GF et al. (2015). International jounal of applied research

in natural products

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2313

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ELABORAÇÃO E APLICAÇÃO DE UM JOGO COMO FERRAMENTA DIDÁTICA NO

PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM EM PARASITOLOGIA CLÍNICA

Carlos Alberto Cezar Almeida Filho1; Camila De Castro Bezerra 1; Monica Dias Ladeira1; Glauce Maria Nunes de

Araújo2; Riethe De Oliveira Rocha 2;

1. Acadêmicos do curso de Graduação em Farmácia, UNISUAM, RJ, Brasil

2. Docentes do curso de Graduação em Farmácia, UNISUAM, RJ, Brasil

Introdução: Atualmente, o ensino tradicional tem passado por mudanças, que tem levado a busca

de diferentes modelos e estratégias como ferramentas no processo de ensino-aprendizagem1. Uma

estratégia efetiva tem sido o desenvolvimento de jogos associados a recursos tecnológicos, tais

como computadores, que são amplamente utilizados por todos2. Existe uma série de razões pelas

quais os jogos são apropriados para este processo em cursos de graduação. Muitos dos processos

cognitivos utilizados durante a reprodução de jogos, como por exemplo, autocontrole, motivação e

raciocinio lógico são componentes necessários no processo de aprendizagem3. Dentro deste

contexto, foi objetivo deste trabalho, relatar a experiência de elaboração/ aplicação de um jogo

didático, criado por acadêmicos de farmácia, e utilizado na disciplina de Parasitologia Clínica.

Metodologia: Na elaboração do jogo foram utilizados os Softwares, como: Corel PHOTO – PAINT

X8 (64-Bit). Os demais efeitos foram aplicados na plataforma Power Point 2016 fornecidos pela

Microsoft Informática; Microsoft office Excel 2016 e Here Maps. A programação foi executada com

auxílio de Hiperlinks espalhados por cada slide e minunciosamente conectados por meio deste

artifício elaborado pela Microsoft Corporation. O jogo foi elaborado para favorecer ao usuário uma

interface intuitiva em que pudesse identificar, através de um quiz, as doenças parasitárias mais

comuns, que tinham sido abordadas em sala de aula. Resultados e discussão: O jogo separa as

doenças parasitárias por países e para cada doença existe uma série de perguntas com níveis de

dificuldades diferentes. Na aplicação da atividade, a classe foi dividida em grupos de cerca de 5

alunos, cada representante do grupo sorteava um país e tinha que responder as questões referentes

aquela doença parasitária. Os alunos demonstraram interesse, empenho e espírito crítico havendo

lugar para debates em torno de determinadas questões, que não haviam surgido durante as aulas

expositivas. Também foi muito positivo o envolvimento dos alunos que participaram da elaboração

do jogo. Conclusão: O jogo foi testado em três turmas durante o semestre, sendo os resultados

bastante satisfatórios. Esta constatação permitiu perceber a utilidade desta ferramenta pedagógica,

que pode ser claramente utilizada na graduação ou por outras pessoas com interesse neste tema.

Palavras-chave: Educação em saúde; Educação em Farmácia; Parasitologia; metodologia ativa.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2314

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Referências:

Barros, K. B. N. T. et al; PERSPECTIVAS DA FORMAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR

TRANSFORMADA ATRAVÉS DE METODOLOGIAS ATIVAS: UMA REVISÃO

NARRATIVA DA LITERATURA. Revista Conhecimento online RCO | a. 9 | v. 1 | p. 65-76 |

jan./jun. 2017.

Marquesi, S. C; Silveira, I. F. TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO COMO

SUPORTE À APRENDIZAGEM ATIVA DE LÍNGUA PORTUGUESA NO ENSINO

SUPERIOR. Linha D'Água (Online), São Paulo, v. 28, n. 1, p. 137-154, jun. 2015.

Cain, J. and Piascik, P. ARE SERIOUS GAMES A GOOD STRATEGY FOR PHARMACY

EDUCATION? American Journal of Pharmaceutical Education. V. 79, n: 4. Article 47. 2015

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2315

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Avaliação de ésteres candidatos a inibidores da enzima FAAH.

Andrielle Mendes Domard1, Bernardo Ouverney Borges1, & João Victor Carvalho Magalhães1

1- Centro Universitário Serra do Órgãos - UNIFESO, Teresópolis, Rio de Janeiro, Brasil

A enzima Amido Hidrolase de Ácidos Graxos (FAAH) é responsável pela hidrólise da

anandamida. A inibição desta enzima aumenta a concentração de anandamida, que ativa os receptores

canabinoides CB1 e CB2 responsáveis pela regulação e liberação de neurotransmissores. Os

inibidores da FAAH apresentam atividades relevantes para o tratamento da dor, inflamação e algumas

patologias do sistema nervoso central. O objetivo deste estudo foi pesquisar e obter características

físico-químicas e toxicológicas de séries de ésteres com potencial farmacológico para inibição da

FAAH. As bases de dados virtuais PubChem Compound, Swiss Target Prediction, Chemicalize e

OSIRIS Property Explorer, propiciaram análises acerca de propriedades físico-químicas relacionadas

às regras de Lipinski. Além das predições de novos alvos farmacológicos para as estruturas dos

ésteres, e ainda a verificação da possibilidade de efeitos toxicológicos. Utilizando o padrão estrutural

contendo o anel spiro, foram desenhadas três séries com 56 moléculas de ésteres cada, distinguindo-

se nos 1º e 2º radicais. As moléculas foram desenhadas no Swiss Target Prediction e PubChem, onde

constatou-se que são estruturas inéditas. Na base de dados Chemicalize, foram obtidas informações

físico-químicas necessárias para a verificação da Regra de Lipinski. Nas séries 1 e 2 a maioria das

moléculas estavam dentro do limite estabelecido, já na série 3, obtivemos resultados negativos, exceto

de duas moléculas. Em relação aos resultados toxicológicos, na série 1, oito moléculas apresentaram

característica irritante, ao passo que na série 2, todas foram indicadas como irritantes, em ambas as

séries duas moléculas podem apresentar ações negativas sobre o sistema reprodutor. Com relação à

série 3, não foi possível gerar estes resultados toxicológicos. A partir destes resultados, a quantidade

de possíveis inibidores com maior potencial a serem analisados foi restringida de forma a qualificar

a série 1 para a realização dos ensaios por Docking Molecular e analisar suas propriedades e

mecanismos de ação.

Palavras-chave: Inibidores da FAAH, Ésteres, Alvo Farmacológico.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2316

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Referências:

1-PERTWEE, R. G. (2014); Elevating endocannabinoid levels: pharmacological strategies and

potential therapeutic applications. Proceedings of the Nutrition Society. 73, 96–105.

2-GFELLER D., Michielin O. & ZOETE V. (2013); Shaping the interaction landscape of bioactive

molecules. Bioinformatics.

3-DI MARZO V. (2009); The endocannabinoid system: its general strategy of action, tools for its

pharmacological manipulation and potential therapeutic exploitation. Pharmacol Res. 60:77–84.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2317

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Sistema Endocanabinóide na modulação de patologias do Sistema Nervoso

Central

Bárbara Carracena de Souza¹, Bernardo Ouverney Borges1, Deborah Castro Ferreira¹ &

Rafael da Silva Borcard¹

1-Centro Universitário Serra do Orgãos, Teresópolis, Rio de Janeiro, Brasil.

O sistema Endocanabinóide está envolvido com uma enorme variedade de mecanismos

neuronais. Entre eles a modulação de processos fisiopatológicos como ansiedade, depressão e

disfunções cognitivas. Evidências sugerem que agonistas endógenos dos receptores CB1 E CB2

como a anandamida e araquidonoilglicerol têm um grande número de efeitos benéficos para o

tratamento de doenças do sistema nervoso central. A partir desta abordagem o presente trabalho

busca obter protótipos de fármacos alternativos e mais eficazes, que atuem na inibição das

enzimas responsáveis pela degradação desses endocanabinóides, mais especificamente a

enzima FAAH responsável pelo metabolismo intracelular da anandamida.

Utilizando uma biblioteca molecular de carboxiamidas que contém como padrão estrutural um

anel spiro, buscou-se em bases de dados virtuais como PubChem e Swiss Target Prediction

novidades em seu padrão estrutural e alvos farmacológicos relacionados às patologias

estudadas. Investigou-se ainda em softwares como Chemicalize dados físico-quimicos como

LogP, PSA, Massa e apuração das regras de Lipinski. E OSIRIS Property Explorer para rastrear

riscos de efeitos indesejados, como mutagenicidade, irritabilidade, toxicidade ou uma má

absorção intestinal.

Todas as moléculas testadas no PubChem apresentaram padrão estrutural inédito e inovador.

Quanto aos dados fisico-quimicos as séries 1 e 2 se enquadraram às regras de Lipinski, já a

série 3 não atendeu aos requisitos da mesma. Em relação os testes de toxicidade, as séries 1 e 3

não apresentaram indicação de risco, já a série 2 demonstrou possível potêncial de irritabilidade,

além disso, em todas as séries as moléculas que continham o átomo de Br apresentaram

potêncial tumorigênico.

Os resultados encontrados comprovam que as moléculas avaliadas nas três séries tem potêncial

para serem protótipos de fármacos, e ainda podem ser utilizadas para explorar outros alvos

farmacológicos numa fase seguinte. Na próxima etapa deste estudo pretende-se verificar através

de ensaios de Docking Molecular as constantes de inibição das séries de carboxiamidas frente

a enzima FAAH.

Palavras chave: Endocanabinóides, FAAH, Anadamida.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2318

Page 45: REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA · Padronização de Etiquetas para a Dispensação de Medicamentos Potencialmente Perigosos com Foco na Segurança do Paciente em um Hospital ...

Referências:

1- HWANG, J; ADAMSON, C. et al. Enhancement of endocannabinoid signaling by fatty

acid amide hydrolase inhibition: A neuroprotective therapeutic modality. Life Sciences,

86, 15-16, 615-623. 2010.

2- PANLILIO, LV; JUSTINOVA Z; GOLDBERG, SR. Inhibition of FAAH and activation

of PPAR: new approaches to the treatment of cognitive dysfunction and drug addiction.

Pharmacology and Therapeutics. 138 (2013) 84–102.

3- CHRISTPPHER, J. F. The potential of inhibitors of endocannabinoid metabolism as

anxiolytic and antidepressive drugs. Department of Pharmacology and Clinical

Neuroscience, Umeå University, SE-901 87 Umeå, Sweden, 2015.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2319

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Desenvolvimento e caracterização de nanocarreadores contendo ftalocianina de

zinco para uso na terapia fotodinâmica antimicrobiana em doenças

periodontais.

Raphaela Aparecida Schuenck da Silva, Márcio Robert Mattos da Silva, & Eduardo Ricci-Júnior1

1LADEG (Laboratório e Desenvolvimento Galênico), Faculdade de Farmácia, Universidade Federal

do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

Introdução: A terapia fotodinâmica (TFD) é um tratamento pelo qual células tumorais e

microrganismos são destruídos por uma combinação de luz, fotossensibilizantes (FS) e oxigênio1. A

ftalocianina de zinco (FtZn) é um dos FS mais utilizados em TFD2. A nanotecnologia farmacêutica

possibilita a encapsulação de FS lipofílicos em nanocarreadores como nanoemulsões (NE) e

nanopartículas (NP). A periodontiteé uma doença crônica induzida por biofilme que causa a

destruição do periodonto3,4. Os nanocarreadores propiciam a manutenção da concentração do FS na

bolsa periodontal para a aplicação da TFD. Objetivo: Desenvolver e caracterizar NE e

NPcontendoFtZn.Material e Métodos: Diclorometano / Dimetilsulfóxido (Tedia), Pluronic F-127®

(Sigma-Aldrich ®); Ftalocianina de zinco (Sigma-Aldrich®); Óleo essencial de cravo - Eugenia

caryophyllata (Ferquima®); Policaprolactona (Sigma-Aldrich®), Tween 20®, Span 80® e água

destilada. Preparo da NE: processada por método de alta energia, composta por óleo de cravo e uma

mistura de tensoativos Tween® 20 / Span® 80. Foi produzida NE contendo Pluronic F-127®.

Preparo da NP: processada através do método de emulsão e evaporação do solvente (MEES).

Caracterização dos nanocarreadores: O diâmetro médio e o índice de polidispersividade (IPD)

foram analisados pela técnica de espalhamento dinâmico da luz, usando o equipamento Zetasizer

Nano ZS (Malvern Instruments, UK). Resultados: O tamanho médio de gotículas da NE contendo

Tween 20®/Span 80® foi 157,90 ± 2,09 nm e IPD de 0,212 ± 0,02 e pH de 5,83. A NE contendo

Pluronic F-127® foi 30,52 ± 0,2192nm e IPD de 0,145 ± 0,049 e pH de 4,55. A NP apresentou

diâmetro médio de partícula de 110,9± 2,139nm e IPD de 0,190± 0,004.As NEs apresentaram

estabilidade em geladeira (T=8°C) por 150 dias. A eficiência de encapsulação e teor da NP foi

superior à 80%. A CIM encontrada frente à cepa de Enterococcus faecalis exposta a TFD foi de 0,5

µg / mL para a NE contendo Pluronic F-127®. Conclusão: A CIM sugere atividade do óleo de

cravo nanoemulsionado presente na formulação. Novas concentrações devem ser testadas para

determinar a concentração bactericida e sua aplicaçãona TFD antimicrobiana das doenças

periodontais.

Palavras-chave: Terapia fotodinâmica, Ftalocianina de zinco, Nanocarreadores e Periodontite.

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Referências:

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Kuzyniak W, Ermilov E A, Atilla D, Gürek A G, Nitzsche B, Derkow K, Hoffmann B,

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Chatterjee DK, Fong LS, Zhang Y. (2008); Advanced Drug Delivery. Rev. 60, 1627–1637.

Núnez SC, Ribeiro M S, Garcez AS. (2013); Terapia Fotodinâmica Antimicrobiana na

Odontologia. Rio de Janeiro, Elservier.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2321

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Incompatibilidade na administração de medicamentos injetáveis no

CTI de um hospital universitário: relato de caso

Luiz Filgueira de Melo Neto1, Rachel Nunes Ornellas2, Gilberto Barcelos Souza2, Amanda Castro

Domingues da Silva3, Nayara Fernandes Paes2, Mauricio Lauro de Oliveira Júnior2, Luiz Stanislau

Nunes Chini3, Bruna Figueiredo Martins3, Mariana Souza Rocha2, Águeda Cabral de Souza Pereira2

& Márcia de Souza Antunes2.

1Universidade Salgado de Oliveira, São Gonçalo, Rio de Janeiro, Brasil; 2Hospital Universitário

Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 3Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de

Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected]

Introdução: A administração dos medicamentos aos pacientes internados em unidades de saúdeé

de responsabilidade da Enfermagem. Assim, é importante que, durante a terapia medicamentosa,

esse profissional esteja atento a possíveis erros médicos, com o objetivo de minimizar os danos aos

pacientes. No Centro de Terapia Intensiva (CTI), devido à complexidade e à frequência dos

procedimentos, a ocorrência de erros tende a ser maior1.Objetivo: Identificaras possíveis

incompatibilidades entre medicamentos injetáveis prescritos aos pacientes internados no CTI de um

Hospital Universitário. Metodologia: Relato de caso, em Julho de 2017, com metodologia

observacional dasincompatibilidadesnos medicamentos injetáveis prescritos, exceto,para as

soluções de pequeno volume (SPPV) para reposição eletrolítica. Estudo utilizando a base de dados

MicromedexSolutions® como referência.Projeto CAAE nº 65893617.3.0000.5243.Resultados:

Paciente HSG, sexo masculino, 62 anos, portador de Mediastinite, admitido em 27/06/2017, devido

aperfuração de esôfago por corpo estranho. Durante o período da internação foram administrados os

seguintes medicamentos injetáveis para infusão continua ou intermitente: Omeprazol, Bromoprida,

Fentanila, Midazolam, Piperacilina-Tazobactama, Vancomicina, Haloperidol e Dexmedetomidina.

Através de consulta a base de dados citada, foram identificadas as seguintes incompatibilidade IV.

Interação nº 1: Haloperidol x Vancomicina (em Soro Fisiológico); Interação nº 2: Haloperidol x

Ondansetrona (em Cloreto de Sódio 0,9%);Interação nº 3: Haloperidol x Piperacilina; Interação nº

4: Midazolam x Omeprazol;Interação nº 5: Midazolam x Piperacilina;Interação nº 6: Omeprazol x

Vancomicina;Interação nº 7: Fentanila x Haloperidol (em Cloreto de Sódio 0,9%); Interação nº

8:Haloperidol x Midazolam (em Cloreto de Sódio 0,9%). Das interações registradas, 50%

ocorreram com medicamentos para administração em infusão contínua. O Haloperidol estava

envolvido em 50% das incompatibilidades.1,2,3Conclusão: Pacientes internados em Centros de

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Terapia Intensiva estão sujeitos a algum tipo de incompatibilidade medicamentosa durante a sua

internação. Para a prevenção desse tipo de erro, o Farmacêutico deve implementar a busca ativa,

tendo em vista que a existência de interações e incompatibilidades de medicamentos injetáveis é um

risco permanente em hospitais.

Palavras chave: Farmácia clínica, Interações de fármacos, Segurança do paciente.

Referências:

1.Telles PCP Filho, Cassiani SHB. Administração de Medicamentos:Aquisição de Conhecimentos e

Habilidades Requeridas por Enfermeiros. Rev Latino-Am Enfermagem 2004;12(3):533-40.

2. Fentanyl. Micromedex® solutions. Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br. Acesso

em 17 de julho de 2017.

3.Midazolam. Micromedex® solutions. Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br. Acesso

em 17 de julho de 2017.

4.Omeprazole. Micromedex® solutions. Disponível em: http://www.periodicos.capes.gov.br.

Acesso em 17 de julho de 2017.

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Desenvolvimento de niossomas contendo ubiquinona (coenzima Q10) para

aplicações em formulações anti-idade.

Fiammetta Nigro¹, Cristal dos Santos Cerqueira Pinto¹, Elisabete Pereira dos Santos² & Claudia

Regina Elias Mansur¹

¹Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano, Universidade Federal do Rio de Janeiro

(IMA/UFRJ), Avenida Horácio Macedo n° 2030, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected].

²Departamento de Fármacos e Medicamentos, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio

de Janeiro (FF/UFRJ, Avenida Carlos Chagas Filho n° 373, Rio de Janeiro, Brasil,

[email protected].

RESUMO

No mercado cosmético, existem diferentes grupos de ativos que podem ser utilizados na terapia anti-

idade, como os antioxidantes. Estes inativam os radicais livres antes que reajam com alvos biológicos,

reduzindo sua concentração no tecido e minimizando assim os danos causados por eles, como

ressecamento cutâneo e formação de rugas.1,2 A ubiquinona (coenzima Q10) é o único antioxidante

endógeno lipossolúvel, no entanto, existem obstáculos para sua reposição na derme, tais como baixa

solubilidade e permeabilidade ineficiente, resultando em baixa concentração sistêmica e, dessa forma,

são necessárias novas estratégias de administração desse ativo para aumentar sua eficácia.³ Os

polímeros apresentam diversas formas de aplicação e podem constituir nanossistemas de liberação

controlada e direcionada de ativos lipofílicos ou hidrofílicos. Dentre eles, encontram-se os niossomas,

constituidos por tensoativos não-iônicos.4 O objetivo do presente trabalho foi desenvolver sistemas

vesiculares poliméricos, os niossomas, contendo coenzima Q10, utilizando o método de hidratação

do filme de tensoativo. Este requer a seleção de uma combinação de tensoativos não-iônicos como o

monooleato de polioxietileno sorbitano (Tween 80) e copolímero em bloco de poli(óxido de etileno)

e poli(óxido de propileno) (Pluronic L64), além de colesterol, a fim de conferir estabilidade ao sistema

desenvolvido. Foram feitas análises de tamanho médio, resultando em vesículas estáveis de cerca de

200 nm, índice de polidispersividade (PDI) de 0,2 e distribuição de tamanho médio com curva

monomodal, indicando a homogeneidade de tamanho das vesículas obtidas. Ainda, foi determinado

o pH do sistema a fim de avaliar sua compatibilidade com a pele. Mediante a análise dos resultados,

pode-se concluir que os niossomas desenvolvidos apresentaram boa estabilidade e tamanho

nanométrico, além de serem compatíveis com o pH da pele, exibindo alto potencial para aplicação na

terapia anti-envelhecimento.

Palavras-chave: Niossoma, Ubiquinona, Antioxidante, Anti-idade, Cosméticos.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2324

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Referências

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(2015); Oxidative Medicine and Cellular Longevity. 2015:17.

Ratnam DV, Ankola DD, Bhardwaj V, Sahana DK, Kumar MN. (2006); Journal of Controlled

Release. 113:189-207.

Molyneux, SL, Florkowski CM, George PM, Pilbrow, AP, Frampton CM, Lever M, Richards AM.

(2008) The Clinical Biochemist Reviews. 29(2):71–82.

Shilpa BP, Srinivasan M, Chauhan M. (2011) International Journal of Drug Delivery.3:14–24.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2325

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Perfil das mães e das crianças tratadas para sífilis congênita, em um hospital

universitário do município de João Pessoa- PB

Wedna dos Santos Miguel Moura1, Flávia Pessoa de Belmont Fonsêca2, Leônia Maria Batista3

& Liane Carvalho Viana4

1Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

2Hospital Universitário da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

3Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 4Universidade

Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]

Introdução: Durante a gestação, ocorrem diversas alterações no organismo materno, que torna a

gestante vulnerável a processos infecciosos que podem afetar sua saúde e a do feto.1 A Sífilis

congênita é uma dessas infecções transmitida ao concepto através da via transplacentária.2 Seu

tratamento consiste no uso da penicilina cristalina ou procaína.3 Objetivo: Avaliar o perfil das mães

e das crianças tratadas para sífilis congênita, em um hospital universitário do município de João

Pessoa-PB. Metodologia: Tratou-se de um estudo descritivo, do tipo transversal, documental e

retrospectivo. Os dados foram coletados dos prontuários dos portadores de sífilis congênita,

internados no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW) no município de João Pessoa-PB,

entre julho de 2015 e dezembro de 2016. Os prontuários foram advindos do Serviço de Arquivo

Médico e Estatística (SAME), do HULW. Foram identificados 21 prontuários pela vigilância

epidemiológica do hospital, mas 09 prontuários não foram localizados no SAME e 02 não

atenderam aos critérios de inclusão. A pesquisa foi submetida à aprovação pelo Comitê de Ética em

Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley e aprovado sob o número do Parecer:

1.853.889/16. Resultados: Este estudo observou que 60% das mães das crianças com sífilis

congênita encontram-se na faixa etária de (20-34 anos), 80% delas são procedentes de João Pessoa-

PB, 80% realizaram as consultas de pré-natal, porém 60% fizeram mais de seis consultas, 80% das

mulheres apresentaram VDRL reagente, sendo que 40% realizaram o tratamento inadequado.

Quanto às crianças, foi observado que 60% correspondem ao gênero feminino, 80% apresentaram

peso ao nascer entre (1.500g – 3.499g) e em 60% delas, o dado sobre a presença de sinais e

sintomas não constava no prontuário, 50% das crianças permaneceram internadas de 11 a 20 dias e

40% delas foram tratadas com penicilina. Conclusão: Esse estudo, concluiu que embora a maioria

das mães das crianças com sífilis tenha realizado mais de seis consultas pré-natal, muitas receberam

tratamento inadequado, facilitando a transmissão da sífilis para as crianças, que apresentaram baixo

peso ao nascer e necessitaram realizar tratamento, permanecendo no hospital por vários dias. As

crianças evoluíram de forma satisfatória, recebendo alta sem maiores complicações.

Palavras - chaves: Sífilis, Sífilis congênita, Penicilina.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2326

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Referências:

Costa MC, Demarch EB, Azulay DR, Périssé ARS, Dias MFRG, Nery JAC. (2010); Anais

Brasileiros de Dermatologia. 85 (6)

Brasil. Ministério da Saúde. (2007); Protocolo para a prevenção de transmissão vertical de HIV e

sífilis

São Paulo. (2010); Centro de Referência DST/AIDS. Guia de Referências Técnicas e

Programáticas para as Ações do Plano de Eliminação da Sífilis Congênita

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2327

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Avaliação da equivalência farmacêutica de comprimidos de diclofenaco de sódio

disponíveis no mercado do Rio de Janeiro

Daniela Guedes1, Carolina Esper Ferreira1, Talita Martins da Silva1, Elizabeth Valverde Macedo1,2,

Carlos Augusto de Freitas Peregrino1,2 & Samanta Cardozo Mourão1,2

¹Laboratório Universitário Rodolpho Albino / Laboratório de Desenvolvimento de Novas

Formulações, Universidade Federal Fluminense / Instituto Vital Brazil, Niterói, RJ, Brasil.

2Departamento de Tecnologia Farmacêutica, Faculdade Farmácia, Universidade Federal

Fluminense, Niterói, RJ, Brasil.

E-mail: [email protected]

O diclofenaco sódico é um anti-inflamátório não esteroide (AINE) caracterizado por ser um potente

inibidor da enzima ciclooxigenase, mais seletivo para COX-2. Possui indicação para o alívio de dores

e inflamações e mais especificamente na artrite reumatóide, osteoartrites, burcites, tendinites, entre

outras¹. É um fármaco ácido que apresenta resistência a dissolução no pH baixo do suco gástrico, mas

permite uma rápida liberação em meio alcalino. Devido a baixa solubilidade, é classificado como

sendo de classe II no Sistema de Classificação Biofarmacêutica2. O diclofenaco de sódio está

disponível no mercado sob a forma de medicamento de referência, similar e genérico. Para garantir a

intercambialidade entre o medicamento de referência e as demais especialidades farmacêuticas, a

equivalência terapêutica deve ser atestada pelos estudos de equivalência farmacêutica e

bioequivalência, os quais são realizados com os lotes empregados no registro. Entretanto, vários

fatores da rotina produtiva podem impactar nos resultados obtidos dos lotes subsequentemente

produzidos e comercializados. A fim de verificar a qualidade e a equivalência farmacêutica dos

comprimidos de diclofenaco de sódio disponíveis no mercado do Rio de Janeiro, realizou-se um

estudo comparativo por meio de testes físico-químicos e análises dos perfis de dissolução. O estudo

foi realizado com medicamentos de referência, genérico e similar contendo 50 mg de principio ativo.

A qualidade foi verificada pelos testes físicos e dissolução realizada na etapa alcalina, conforme

descrito na Farmacopeia Americana (USP 40-NF 35)3. Todas as amostras foram aprovadas nos testes

de peso médio e dureza, de acordo com as especificações, e foram estatisticamente semelhantes entre

si. Entretanto, foram encontradas diferenças significativas nos parâmetros de dissolução dos

medicamentos genérico e similar em relação ao medicamento de referência. As análises dos perfis de

dissolução demonstraram que os medicamentos genérico e similar avaliados podem não apresentar

equivalência farmacêutica com o referência, de acordo com o Método Modelo Independente Simples

(f1 e f2)4. Os resultados sugerem a possibilidade de impactos negativos no tratamento

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farmacoterapêutico de pacientes que utilizam esse medicamento devido a uma possível não-

intercambialidade entre os medicamentos avaliados.

Palavras-chave: Diclofenaco de sódio, Controle de qualidade, Equivalência farmacêutica, Perfil de

dissolução.

Referências:

CASTRO, W. V., OLIVEIRA, M. A. NUNAN, E. A., CAMPOS, L. M. M. Avaliação da qualidade

e perfil de dissolução de comprimidos gastro-resistentes de diclofenaco sódico 50mg comercializados

no Brasil. Rev. Bras. Farm., 86(1): 45-50, 2005.

Klasco R K (Ed): Martindale. The Extra-Pharmacopoeia. Thomson MICROMEDEX, Greenwood

Village, Colorado, USA. Disponível em: http://www.thomsonhc.com/.

United States pharmacopeia, USP 40-NF 35.Rockville: United States Pharmacopeial Convention;

2017.

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução de Diretoria

Colegiada (RDC) nº 31, de 11 de agosto de 2010.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2329

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O Programa Nacional de Imunização Brasileiro frente aos desafios para sua

modernização e evolução

Ricardo Bordinhão dos Santos¹

¹BRL – Distribuidora de vacinas LTDA, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

RESUMO: A tomada de decisão pela estratégia de vacinação é decidida individualmente, porém,

fortemente influenciada por políticas públicas e sociais. O Brasil, ao longo dos últimos anos, possui

um Programa Nacional de Imunização (PNI) que alcança uma cobertura vacinal superior a 95% da

população, com percentuais similares aos observados nos países desenvolvidos. Atualmente, os

maiores desafios a serem enfrentados e superados para preservar a excelência do programa são a

busca contínua pela manutenção e aumento dos altos níveis de cobertura, igualdade de acesso,

monitoramento das coberturas vacinais, segurança, entre outros. Este trabalho tem como objetivo

avaliar o desenvolvimento do PNI do Brasil ao longo das últimas décadas e analisar suas

perspectivas e desafios futuros para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do PNI. O trabalho foi

desenvolvido através de levantamento bibliográfico, do tipo descritivo, realizado entre os meses de

maio a agosto de 2017, na cidade de Rio de Janeiro-RJ, Brasil, referente aos dados da população

brasileira. Nos últimos anos houve uma redução dos percentuais de internação hospitalar para as

seguintes doenças: sarampo, meningite, tétano, gripes, pneumonia, dentre outras. Todavia, o acesso

à informação ainda encontra-se fragmentado em virtude da falta de informatização dos processos.

Os investimentos realizados em imunização geram inúmeros benefícios ao sistema de saúde, e por

consequência para saúde da população brasileira. Apesar dos altos índices vacinais alcançados pelo

Brasil, ainda são necessárias melhorias ao PNI, especialmente quanto à modernização e

informatização do sistema. Todavia, a sua implantação, demanda de investimentos na aquisição e

manutenção de tecnologia, treinamentos aos profissionais, alterações organizacionais, critérios de

certificação, padrões de interoperabilidade. Além disso, a verificação e monitoramento da percepção

do risco da doença e de eventos adversos pós-vacinação (EAPV) articulados com os demais agentes

envolvidos são as principais demandas a serem enfrentadas pela PNI.

Palavras-chave: Vacinação; Holístico; Pessoa; Comunidade.

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Referências

AQUINO, L. M. de. Programa Nacional de Imunizações: a evolução do calendário de vacinação

por meio da implantação de novas vacinas nos últimos 10 anos. Trabalho de Conclusão de Curso.

2016. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de Brasília.

BRASÍLIA – DF. 2016.

BARATA, R. B.; PEREIRA, S. M. Desigualdades sociais e a cobertura vacinal na cidade de Salvador,

Bahia. Revista Brasileira de Epidemiologia. v. 16, n. 2, p. 266-277. 2013.

BARBIERI, C. L. A.; DIAS, C.; SANTOS, M. A. N.; VERAS, M. A. S. M.; MORAES, J. C.;

PETLIK, M. E. I. Cobertura vacinal infantil em um serviço filantrópico de 40 atenção primária à

saúde do Município de São Paulo, Estado de São Paulo, Brasil, em 2010. Epidemiologia e Serviços

de Saúde, Brasília, v. 22, n.1, p. 29-139, 2013.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2331

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Prevalência de doenças infecciosas e farmacoterapia dos portadores de Lúpus

Eritematoso Sistêmico (LES) com comprometimento de órgãos e sistemas,

internados em um Hospital Universitário do munícipio de João Pessoa-PB

Dafne Dayse Bezerra Macedo1, Flávia Pessoa de Belmont Fonsêca2, Leônia Maria Batista3&

Marcia Regina Piuvezam4

1Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

2Hospital Universitário da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

3Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 4Universidade

Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]

Introdução: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é um distúrbio inflamatório crônico,

multifatorial e sistêmico1. Os portadores estão susceptíveis a infecções, sendo uma das principais

causas de morbimortalidade dessa doença.2. As infecções estão amplamente associadas à utilização,

contínua, de glicocorticoides e imunossupressores no tratamento das complicações sistêmicas do

LES3. Assim, é necessária a realização de um diagnóstico correto, a fim de promover uma

farmacoterapia eficaz e segura4. Objetivo: Portanto, esse estudo objetivou avaliar a prevalência de

doenças infecciosas e a farmacoterapia dos portadores de LES com comprometimento de órgãos e

sistemas internados em um Hospital Universitário do município de João Pessoa- PB (HULW).

Metodologia: Tratou-se de um estudo descritivo, transversal, quantitativo, retrospectivo e

documental. As informações foram coletadas através da análise de 22 prontuários advindos do

Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME), dos portadores de LES com comprometimento de

órgãos e sistemas internados em um Hospital Universitário do município de João Pessoa-PB, entre

os meses de junho de 2015 e agosto de 2016. Os medicamentos foram classificados segundo a ATC

(Anatomical Therapeutic Chemical classification index) a partir da classificação por grupo maior. O

estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Lauro Wanderley

da Universidade Federal da Paraíba e aprovado sob o número 1.901.974/17. Resultado: Observou-

se que (50,00%) dos portadores não possuíam quadro infeccioso, (27,00%) apresentaram infecção

do trato urinário, (14,00%) do trato respiratório e (9,00%) choque séptico. Ao avaliar a frequência

de óbitos verificou-se que 23,00% dos indivíduos foram a óbito. As principais causas de óbito

foram às complicações do LES (26,70%), choque séptico (20,00%) e pneumonia (20,00%). Quanto

à famacoterapia, foi observando que dos 161 medicamentos prescritos, (19,90%) eram equivalentes

a medicamentos que atuavam no sistema nervoso; (17,40%) no aparelho digestivo e metabolismo;

(16,15%) no sistema cardiovascular; (14,90%) eram preparações hormonais sistêmicas, excluindo

hormônios sexuais e (13,60 %) eram agentes anti-infecciosos de uso sistêmico. Conclusão: Diante

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2332

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dos resultados, constatou-se que as infecções são prevalentes nos portadores de LES, podendo leva-

los ao óbito. Assim, é necessário que ocorra um diagnóstico prévio da doença, bem como das

infecções, a fim de utilizar uma famacoterapia correta.

Palavras-chave: LES; Autoimunidade; Infecções; Óbito; Farmacoterapia.

Referências

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Skare TL. et al. (2016); Einstein.14 (1): 47-51

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Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2333

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Uso da terapia anti-TNF-α no tratamento da artrite Reumatoide: Uma Revisão

Bibliográfica

Suamy Rabelo Rocha da Costa1, Leônia Maria Batista 2, Claudio Roberto Bezerra-Santos 3

1PET-Farmácia, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, [email protected];

2Departamento de Ciências Farmacêuticas, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba,

[email protected]; 3Departamento de Fisiologia e Patologia, Universidade Federal da Paraíba,

João Pessoa, Paraíba, [email protected].

Introdução:.1 A artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune de caráter inflamatório e crônico,

que atinge a membrana sinovial das articulações.2 Esta patologia acomete 1% da população mundial

e 0,5% no Brasil. O tratamento da AR se baseia no uso de medicamentos convencionais anti-

metabólitos e anti-inflamatórios além dos imunobiológicos utilizados naqueles pacientes refratários

à terapia clássica. 3Dentre os imunobiológicos usados no tratamento da AR destacam-se os inibidores

da citocina denominada fator de necrose tumoral α (terapia anti-TNF-α) que controlam a

sintomatologia da doença inibindo a inflamação e, podem ser tanto anticorpos monoclonais que

neutralizam o TNF-α (infliximabe e o adalibumabe) quanto receptor solúvel que se liga à citocina no

sítio inflamatório (etanercepte). 4 Objetivo: Revisar o uso da terapia anti-TNF-α no tratamento da

AR. Metodologia: O delineamento da pesquisa foi realizado com base na revisão da literatura

científica sobre o tratamento da AR com inibidores do TNF-α, utilizando os indexadores Google

acadêmico, Firefox UFPB e Scielo, além de livros acadêmicos, dissertações e teses publicadas no

período de 2000 a 2017. Resultados e Discussão: Um estudo realizado por ZANGHELINI et al

(2014) relatou o uso de etanercepte (45%), adalimumabe (37%) e inflimixabe (11%) por pacientes

com AR. MONTEIRO & ZANINI (2008) relataram que 62% dos indivíduos utilizavam inflimixabe

no tratamento da doença. Segundo PINHO (2012), os anti-TNF-α são largamente prescritos para o

tratamento desta patologia como o adalibumabe (79 prescrições), etanercepte (60 prescrições) e

infliximabe (14 prescrições). Conclusão: Concluímos que os imunobiológicos são medicamentos

eficazes no tratamento da AR e, que a terapia anti-TNF-α representa uma importante ferramenta

terapêutica no controle da sintomatologia desta enfermidade.

Palavras-Chaves: Artrite reumatoide; imunobiológicos, terapia anti-TNFα.

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Referências:

SHIRATORI, A. P., IOP, R. R., SILVA, F. C., JUNIOR, N. G. B., DOMENECH, S. C., GEVAERD,

M. S. Aspecto Sociodemográfico, Clínico e qualidade de Vida em Pacientes com Artrite Reumatoide.

Revista Brasileira de Promoção a Saúde, v.27, n.1, p. 5-12, 2014.

RISCIONE, L. G.; St. CLAIR, E. W. Tumor necrosis factor- alfa antagonists for the treatment of

rheumatic diseases. Curr Opin Rheumatologia, v.14, p. 204-11, 2002.

FALEIRO, L. R., ARAÚJO, L. H. R., VARAVALHO, M. A. A terapia Anti-TNF-α na Artrite

Reumatoide. Revista Ciências Biológicas e da Saúde, v.32, n.1, p.77, 2011.

ZANGUELINE, F. FILHO, J. A. R., SILVA, A. S., GALDINO, S. L. Perfil de pacientes com artrite

reumatoide em uso de inibidores do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), cadastrados no

Componente Especializado na Assistência Farmacêutica de Pernambuco, Brasil. Revista de Ciências

Farmacêuticas, v. 35, n. 2, p.251-256, 2014.

MONTEIRO, R. D. C., ZANINI, A. C. Análise de Custo do Tratamento Medicamentoso da Artrite

Reumatoide. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 44, n.1,2008.

PINHO, Laura Braga de. Perfil dos usuários portadores de artrite reumatoide Cadastrados na

Farmácia de Medicamentos Especiais de Porto alegre/Rio Grande do Sul, 2012. Trabalho de

conclusão do curso. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Porto alegre, 2012.

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Classificação dos medicamentos envolvidos em intervenções farmacêuticas e

frequência de alta e óbito de pacientes internados em Unidade de Terapia

Intensiva (UTI) em Hospital Universitário no município de João Pessoa-PB

Thassya Matias Ribeiro1, Giovanna Gusmão Zenaide Nóbrega Albuquerque2, Marli Martins Viana3,

Leônia Maria Batista4 & Islânia Gisélia Albuquerque Gonçalves5

1Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected];

2Hospital Universitário da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 3Hospital

Universitário da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 4Universidade

Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]; 5Universidade Federal da

Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil, [email protected]

Introdução: Indivíduos internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são caracterizados pela

necessidade particular de cuidados, igualmente diferenciado tratamento medicamentoso. Estes

pacientes apresentam diversas afecções e utilizam frequentemente muitos medicamentos,

possuindo, portanto maior probabilidade de problemas relacionados a medicamentos, como

interações medicamentosas1. Sabendo da situação clínica de um paciente de UTI é observado um

número frequente de óbitos nesse setor hospitalar2. Objetivo: Classificar os medicamentos

envolvidos em intervenções farmacêuticas, relatar frequência de alta/óbito de pacientes internados

em UTI em Hospital Universitário no município de João Pessoa-PB. Metodologia: Os dados

coletados referentes ao tempo de internação e alta/óbito foram retirados do livro de registro de

admissões da UTI adulta e as informações relacionadas aos medicamentos, foram coletadas das

fichas de intervenção farmacêutica, pertencentes à farmácia clínica do hospital. Após a coleta de

dados foram feitas tabelas e gráficos para análise dos mesmos, utilizando-se do programa Microsoft

Office Excel® 2013. Os medicamentos envolvidos em intervenções farmacêuticas foram

classificados segundo a ATC (Anatomical Therapeutic Chemical classification). Esse trabalho foi

submetido ao comitê de ética do Hospital Universitário Lauro Wanderley e aprovado com parecer

número 1.875.302. Resultados: Segundo classificação ATC as classes de medicamentos mais

prescritos envolvidos em intervenções farmacêuticas foram: Grupo J – Agentes anti-infecciosos de

uso sistêmico (27,06%), Grupo A – Trato digestivo e metabolismo (25,88%) e Grupo N – Sistema

nervoso (17,25%). Quanto a ocorrências de interações medicamentosas, observou-se que não houve

diferença entre os gêneros, sendo 50% das interações medicamentosas no gênero feminino,

igualmente para o masculino. Observou-se também que o período de permanência na UTI variou

entre 1 e 45 dias, tendo maior prevalência dos indivíduos que passaram de 1 a 5 dias e de 6 a 10

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dias, ambos com 31%. Por fim, observou-se que o percentual de Alta e Óbito foi de 45% e 48%,

respectivamente. Conclusão: É perceptível uma alta prevalência de utilização de medicamentos

anti-infecciosos revelando que na UTI utilizam-se desses agentes para o tratamento empírico de

diversas doenças. Percebe-se também que interações medicamentosas ocorrerem independentes de

gênero. Além disso, o número de óbito mostrou-se alto. Conclui-se que o farmacêutico é

fundamental nos ajustes medicamentosos na UTI.

Palavras-chaves: UTI, ATC, Intervenções farmacêuticas.

Referências:

Gimenes AHS, Baroni MMF, Rodrigues PJN. (2014); Revista Brasileira de Farmacia Hospitalar e

Serviços de Saúde. 5(4): 19-24

Bonfada D, Santos MM, Lima KC, Altes AG. (2017); Revista Brasileira de Geriatria e

Gerontologia. 20(2): 198-206

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Observação e intervenção farmacêutica na preparação

de extrato medicinal de Cannabis

Fabio Luiz Costa de Souza1, Ernesto Diaz Rocha2, Andrey Fabiano Lourenço de Aguiar3, Ana

Claudia de Macêdo Vieira4, André Luís de Alcântara Guimarães5, Mario Gandra6 & Virgínia

Martins Carvalho7

1 UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

2 IPEN-CNEN, São Paulo, SP, Brasil, [email protected] 3 UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

4 UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 5 UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

6 UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 7 UFRJ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

O uso medicinal de Cannabis vem sendo regulamentado em diversos países no tratamento de

patologias para as quais constitui frequentemente a única alternativa terapêutica viável. Diversas

doenças como síndromes neurológicas raras e epilepsia refratária (ER), que não respondem aos

tratamentos convencionais vem sendo eficazmente tratadas com Cannabis. A resistência ao uso

medicinal de Cannabis começou a mudar quando uma criança britânica que sofria crises

convulsivas refratárias aos tratamentos convencionais, passou a receber extrato de Cannabis,

resultando na interrupção das crises convulsivas e retorno progressivo das habilidades motoras. No

Brasil, pais de crianças portadoras de ER começaram a organizar-se coletivamente para pressionar a

comunidade médica e as autoridades sanitárias a permitirem o uso medicinal de Cannabis, levando

o CFM em 2014 a autorizar a prescrição de canabidiol (CBD) e a ANVISA em 2015 a autorizar a

importação de produtos medicinais derivados de Cannabis. O elevado custo de importação e a

grande variação na resposta terapêutica destes produtos, levou alguns pais a produzirem extratos

caseiros. O Projeto Farmacannabis, iniciado em 2016, percebeu então a necessidade da academia

aproximar-se do contexto real e antropológico existente naquele momento rompendo barreiras de

preconceito em prol da saúde do paciente, e assim, quando alguns pais obtiveram na justiça “habeas

corpus preventivo” para plantar e preparar extratos de Cannabis, foram convidados para oficinas de

preparo de extratos de Cannabis, do Projeto Farmacannabis objetivando oferecer-lhes suporte

técnico-farmacêutico em ambiente laboratorial para minimização de riscos. O preparo de extratos

foi acompanhado durante as oficinas adotando-se como única intervenção a proposta de extração

alcoólica. As plantas utilizadas durante eram oriundas de cultivo próprio dos pais. Alíquotas dos

extratos produzidos foram então coletadas e analisadas por CLAE, revelando grande variação nas

concentrações de CDB – 0,33-7,95 mg/mL – e THC – 0,00-1,52 mg/mL, evidenciando ainda que a

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técnica extrativa utilizada pelos pais apresenta baixa recuperação. Tomando por base os resultados

obtidos, os trabalhos de otimização da técnica utilizada pelos pais já foram iniciados, e em breve

resultarão em uma técnica padronizada que os pais poderão utilizar na produção de extratos caseiros

mais seguros e confiáveis.

Palavras-Chave: CANNABIS, EXTRATO MEDICINAL DE CANNABIS, EPILEPSIA

REFRATÁRIA

Referências:

ALVARENGA G et al. Epilepsia Refratária: A Experiência do Núcleo Avançado de Tratamento

das Epilepsias do Hospital Felício Rocho (NATE) no período de março de 2003 a dezembro de

2006. Journal of Epilepsy and Clinical Neurophysiology 2007;13(2):71-74.

AMBACH et al. Simultaneous quantification of delta-9-THC, THC-acid A, CBN and CBD in

seized drugs using HPLC-DAD. Forensic Science International 2014;243:107-111.

BRASIL. Resolução n° 03 de 26 de janeiro de 2015. Dispõe sobre a atualização do Anexo I, Listas

de Substâncias Entorpecentes, Psicotrópicas, Precursoras e Outras sob Controle Especial, da

Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998 e dá outras providências. Diário Oficial [da]

União, Poder executivo, Brasília, DF, 2015.

HILL AJ, Williams CM, Whalley BJ, Stephens GJ. Phytocannabinoids as novel therapeutic agents

in CNS disorders. Pharmacology & Therapeutics 2012;133:79–97.

HUSSAIN SA et al. Perceived efficacy of cannabidiol-enriched cannabis extracts for treatment of

pediatric epilepsy: A potential role for infantile spasms and Lennox–Gastaut syndrome Epilepsy &

Behavior 2015;47:138–141

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2339

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Detecção de enteroparasitas em amostras de alface (Lactuca sativa L.)

comercializadas na Zona Norte do Rio De Janeiro (RJ)

Natalia Espírito Santo da Costa Sá1*; Sara Nogueira do Nascimento de Lima, Henrique Moreira

Santos1; Maria Cristiane Pereira de Souza1; Mônica D. Ladeira1; Fernanda Ingrid de Rezende

Felix1; Daiane Cristina Ribeiro dos Santos1; Camila Moreira Ferreira de Oliveira1; Renata De

Mattos Pereira Barroso1; Lygia Rachel Ferreira Yussef Ali 2; Caio Fábio Alves Leonor 2; Riethe

Oliveira Rocha 3

1. Acadêmicos do curso de graduação em Farmácia, UNISUAM, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

2. Acadêmicos do curso de graduação em Nutrição, UNISUAM, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

3. Docentes do curso de graduação em Farmácia, UNISUAM, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Email*: [email protected]

Introdução: A alface (Lactuca sativa) é uma das verduras mais consumidas pelo brasileiro, em

saladas cruas. Desde o cultivo à comercialização pode haver contaminação por parasitos1,2.

Objetivo: O objetivo deste trabalho é identificar parasitos de interesse em saúde pública em

amostras adquiridas em diferentes estabelecimentos comerciais na zona norte da cidade do Rio de

Janeiro. Material e Métodos: Foram adquiridas alfaces (lisa, crespa, americana, roxa e chicole) de

cultivo hidropônico, convencional e orgânico em feiras livres, hortifrúti e supermercados. A

unidade amostral foi constituída um pé ou touceira, acondicionadas e encaminhadas ao laboratório

da universidade. As amostras foram submetidas a avaliação visual, descartando as folhas

deterioradas. Cada alface foi lavada em bacia com água destilada. O líquido da lavagem foi

submetido aos métodos de sedimentação espontânea (Hoffman, Pons & Janner) e de centrifugo-

flutuação (Faust e cols). Foram confeccionadas 5 lâminas por técnica parasitológica. Para

visualização das formas evolutivas em microscópio óptico binocular sob aumento de 100X e

confirmação das estruturas em 400X. Resultados e Discussão: Todas as amostras analisadas foram

encontrados ovos, cistos ou larvas de parasitas. Também foram encontrados contaminantes, como

insetos e larvas de vida livre. Ambas as técnicas parasitológicas evidenciaram os parasitos, como:

larvas de Strongyloides stercoralis; cistos de Entamoeba histolytica e Entamoeba coli; ovos

Enterobius vermicularis; cistos de Giardia lamblia ovos e larvas de ancilostomídeos, ovos de

diphyllobothrium latum e cistos de Chilomastix mesnili. Os resultados sugerem a possibilidade de

contaminação hídrica pela água de irrigação, pelos produtores ou lavagem das verduras, também

não deve ser descartada a hipótese de utilização de esterco animal como adubo. É de suma

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importância que os envolvidos na cadeia de custódia das hortaliças passem por treinamento em boas

práticas de higienização no cultivo, transporte e armazenamento, não esquecendo do controle de

qualidade da água, na contaminação, lençóis freáticos, na utilização de rede de esgotos e adubos3.

Conclusão: Há um baixo padrão de higiene tornando o consumo destas hortaliças um risco para a

saúde pública pela presença de protozoários e helmintos. Para evitar futuras contaminações e danos,

deve-se investir em treinamentos dos profissionais desde o cultivo da alface até sua

comercialização.

Palavras-chave: Parasitologia, Educação em saúde, Lactuca sativa

Referências:

Nascimento, M. P. et al; AVALIAÇÃO PARASITOLÓGICA DA ALFACE (Lactuca Sativa L.)

COMERCIALIZADA NA FEIRA LIVRE DE BARRO-CE, BRASIL. Caderno de Cultura e

Ciência, v.15, n.2, Dez, 2016.

Brauer AMNW, Silva JC, Souza MAA (2016) Distribuição de enteroparasitos em verduras do

comércio alimentício do município de São Mateus, Espírito Santo, Brasil. Natureza on line 14 (1):

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Scherer, Karine, Eichelberger Granada, Camille, Stülp, Simone, Sperotto, Raul Antonio,

AVALIAÇÃO BACTERIOLÓGICA E FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUAS DE IRRIGAÇÃO, SOLO

E ALFACE (Lactuca sativa L.) Ambiente & Água - An Interdisciplinary Journal of Applied

Science [en linea] 2016

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2341

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Avaliação da influência dos excipientes na qualidade de cápsulas de Aciclovir

Suelen da Silva Reis1, Carolina Esper Ferreira2, Thalita Martins da Silva2, Elizabeth Valverde

Macedo2, Carlos Augusto de Freitas Peregrino2, Eliana de Vares Cação3, & Emeli Moura de

Araújo1.

1Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil

([email protected]); 2LURAEx, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro,

Brasil; 3FAU, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Introdução: O aciclovir é um fármaco com atividade antiviral muito utilizado no tratamento de

doenças como Herpes e vírus varicela-zóster. A via de administração mais usada para este fármaco

é a oral, apesar deste apresentar baixa solubilidade e isto influenciar negativamente a dissolução e

eficácia do medicamento1. As cápsulas são líderes na demanda das prescrições executadas em

farmácias magistrais2 e os excipientes que são adicionados nestas tem o poder de alterar a

dissolução do fármaco, causando comprometimento na sua absorção e biodisponibilidade3.

Objetivo: Estudar a influência dos excipientes na dissolução de cápsulas de aciclovir a fim de

padronizar formulação para uma Farmácia Universitária do Estado do Rio de Janeiro. Metodologia:

Cápsulas de aciclovir 200mg foram preparadas com os seguintes excipientes: estearato de magnésio

(1%), celulose microcristalina (52%) e Aerosil® (0,5%). Foram realizados ensaios para

determinação do Índice de Carr, Fator de Hausner e ângulo de repouso da mistura dos pós. Após a

manipulação foram realizados os ensaios de controle de qualidade: peso médio6, uniformidade de

dose7 e dissolução7,8 nas cápsulas preparadas e em um lote de comprimidos genéricos de aciclovir

200mg obtidos comercialmente. Resultados: Os resultados obtidos para índice de Carr (28,92%) e

Fator de Hausner (1,407) indicaram um fluxo pobre, e na determinação direta o ângulo de repouso

(32,62º) indicou um fluxo bom na mistura de pós. Os ensaios de peso médio e uniformidade de

dose das cápsulas e dos comprimidos cumpriram as especificações farmacopeicas6,7, já a dissolução

das cápsulas apresentou-se fora das especificações farmacopeicas (53%) enquanto os comprimidos

cumpriram o teste (98%). Conclusão: O resultado baixo de dissolução nas cápsulas manipuladas

indica que os excipientes ou suas concentrações utilizadas não são os mais adequados e

influenciarão negativamente na biodisponibilidade deste medicamento. É imprescindível o estudo

da influência dos excipientes, com o intuito de desenvolver uma formulação que gere dissolução

adequada, já que esta é uma etapa crucial para tornar a terapia medicamentosa mais eficaz. Por isso

foi realizado um planejamento fatorial fracionado (33-1) a fim de estudar a influência dos excipientes

Aerosil®, estearato de magnésio e amidoglicolato de sódio na dissolução e os ensaios estão em

andamento.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2342

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Palavras-chave: Aciclovir, Dissolução, Doseamento, Biodisponibilidade.

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Guanabara Koogan,3ª edição. 2014

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira, volume 2. 5ª Edição

Brasilia,2010.

Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira, volume 1. 5ª Edição

Brasilia,2010.

United States Pharmacopeial,Editora United States Pharmacopeial Convention,volume 2.31ª

edição.2008.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2343

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Contaminação Microbiana em Superfícies de Aparelhos Celulares

Bruno Barbosa Bezerra1; Guilherme de Carvalho Santos1; Maria Luiza Verissimo Lage1, Nathália

Martins dos Santos1.

1 Centro Universitário Serra dos Órgãos, Estrada da Prata s/n,Teresópolis, RJ, CEP 25976340,

Brasil, [email protected].

Os microorganismos são encontrados em diversos objetos do nosso cotidiano, como aparelhos

celulares, teclado de computadores, cédulas de dinheiro e entre outros. A superfície dos aparelhos

celulares proporciona um ambiente propício para o crescimento de diversas espécies microbianas

que se proliferam a partir de resíduos e substâncias graxas das mãos e do rosto [1]. Havendo

escassez de informações na literatura sobre a contaminação microbiana dos celulares, este estudo

objetivou avaliar a presença de microoganismos patogênicos em superfícies de celulares de um

grupos de acadêmicos da Unifeso – Centro Universitario Serra dos Órgãos. Avaliaram-se as

superfícies de 30 aparelhos celulares de propriedade dos acadêmicos da Unifeso. A coleta das

amostras ocorreu de forma aleatória. Utilizando um swab umedecido, em salina estéril foi esfregado

sobre a superfície das duas faces dos aparelhos e colocados, imediatamente, em tubos contendo

caldo de BHI, devidamente identificados e colocados na estufa 35ºC/24 h. Após o período de

incubação, com turvação do meio, o inóculo foi esgotado em placas de Petri contendo agar Manitol,

seletivo para Staphylococcus aureus, e Ágar Mac Conkey, seletivo para bacilos gram-negativos,,

incubadas a 35ºC/24 horas, onde as culturas que cresceram foram semeadas novamente no meio de

cultura rugai com lisina, para identificação das espécies de microrganismos presentes nas amostras

[2,3]. Foi observado então, a ocorrência de contaminação bacteriana em 25 telefones celulares

examinados. Ao final da contagem e identificação encontramos cinco aparelhos contaminados com

cepas de Escherichia coli, um aparelho com Enterobacter aerogenes, três com Klebsiella

pneumoniae, um com Morganella morganii e dezessete com Staphylococcus aureus. Em alguns

aparelhos foram isoladas mais de uma espécie bacteriana. Concluímos que os aparelhos celulares

podem ser uma fonte de contaminação microbiana aos seus usuários e que uma forma de diminuir a

contaminação dos aparelhos e a higienização dos mesmos seria o uso frequente de solução com

álcool 70%.

Palavras-Chave: Aparelhos celulares, Contaminação Microbiana, Microorganismos

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2344

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Referências:

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Koneman, E W, et al. Diagnóstico microbiológico. 5 ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2001, p. 494, 919-

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Tortora GJ, Funke, BR, Case Cl.- Microbiologia. 8ª ed. São Paulo: editora artmed; 2005.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2345

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Study of efficacy and mechanism of action in experimental model of cutaneous

and visceral leishmaniasis: a possibility of drug repurposing.

Juliana da Silva Pacheco1, Edézio Ferreira da Cunha-Júnior1, Valter Viana Andrade-Neto1, Job

Domingos Inácio Filho1, Elmo Eduardo de Almeida-Amaral1 & Eduardo Caio Torres-Santos1.

1Instituto Oswaldo Cruz-Fiocruz, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected].

The arsenal of drugs against leishmaniases is small, and each has a disadvantage in terms of

toxicity, efficacy, price or treatment regimen1. In the search for new drugs, our group performed a

screen with fifty available drugs belonging to several pharmacological categories, and

spironolactone, a potassium-sparing diuretic that acts as an aldosterone receptor antagonist, proved

to be the most promising drug candidate. This study was approved by Animal Ethics Committee of

Oswaldo Cruz Foundation (license number L-026/2015). Drug screening was evaluated by

phenotypic assay on Leishmania amazonensis promastigote. After the identification of

spironolactone as a promising drug we performed the intracellular amastigote assay of L.

amazonensis (CL model) and L. infantum (VL model) in murine peritoneal macrophages. In vitro

activity with IC50 < 10µM, we evaluated the efficacy on Balb/c mice infected subcutaneously with

L. amazonensis and Balb/c infected intraperitoneally with L. infantum. The treatment was effective

in controlling the cutaneous lesion and reduced the burden significantly as the treatment with the

drug of first choice, the meglumine antimoniate. The treatment of VL was effective in reducing the

load on the main affected organs (spleen and liver), however it was less effective than glucantime.

Thus, we evaluated the efficacy of the association between spironolactone and glucatime in VL

model. The association promoted a better control of the parasite load in the spleen with a 90%

reduction of glucantime compared to the reduction of 98% of the association. In the liver, there was

a reduction of 97% in the group treated with glucantime and 100% in the group treated with the

association. Interestingly, these animals became negative the culture test. In the search the

mechanism of action of spironolactone, we evaluated the interference in the sterol biosynthesis of

this parasite, due to the steroidal structure of this drug. Promastigotes treated with spironolactone

accumulated methylated sterols at positions 4 and 14, inferring a possible inhibition of the enzymes

of the pathway that demethylate at position to produce ergosterol. These results evidenced a

possibility of repositioning of spironolactone for use in association with the glucantime for the

treatment of leishmaniasis in Brazil.

Keywords: Leishmaniasis; Leishmania; spironolactone; drug repurposing;

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2346

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Acknowledgment

CAPES, CNPq and FIOCRUZ

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Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2347

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Modelagem molecular de uma nova classe de inibidores da Hidrolase de Amidas

de Ácidos Graxos 1 (FAAH1) derivados do glicerol: toxicologia in Silico das α-

ceto heterociclos

Rafaela Martins da Silva¹, Ingrid Baia Almeida¹, Hugo Andrade Oliveira¹, Rodrigo da Silva Bitzer¹

& Valter Luiz da Conceição Gonçalves¹.

¹Centro Universitário Serra Dos Órgãos – UNIFESO, Teresópolis, Rio de Janeiro,

[email protected]

A FAAH1 é uma proteína integral de membrana pertencente a uma grande família de enzimas que

compartilham uma região altamente conservada2. Essa estrutura está presente em muitos tecidos,

incluindo o cérebro, intestino, fígado, testículos, útero, rim, tecidos oculares, do baço e do pulmão5.

Inibidores seletivos da FAAH1 podem oferecer uma abordagem terapêutica racional no tratamento

de determinadas patologias, como, esclerose múltipla, certos tipos de dor, inflamação, neoplasias,

esquizofrenia, transtornos de estresse pós-traumáticos, algumas doenças intestinais e

cardiovasculares e entre outras4. O uso de inibidores seletivos da enzima FAAH1 parece oferecer

alívio terapêutico no local de eventos específicos nos tecidos onde os endocanabinóides são

produzidos, como parte de um mecanismo fisiológico de proteção, e não apresentam os efeitos

indesejáveis dos agonistas diretos de receptores endocanabinóides, que podem influenciar

negativamente os comportamentos cognitivos, psicomotores e de apetite1.

O presente trabalho tem como objetivo estabelecer uma nova classe de inibidores seletivos da

enzima FAAH1 derivados do glicerol, realizando um estudo toxicológico das moléculas da classe

α-ceto heterociclos.

Submetemos uma biblioteca de α-ceto heterociclos divididas em três séries, denominadas séries 1, 2

e 3. Todas as séries foram submetidas ao programa OSIRIS®, que aborda os riscos de toxicidade

baseado no banco de dados de substâncias químicas que apresentam efeitos tóxicos comprovados

(Registry of Toxic Effects of Chemical Substances, RTECS) e validados com um banco de dados

contendo fármacos comercialmente disponíveis. O mesmo indica a capacidade de ter efeitos

irritantes, tumorogênicos, mutagênicos ou efeitos maléficos na reprodução. Em conjunto com essas

operações o mesmo oferece o drug-score, que é utilizado para inferir o potencial de um composto

de se tornar um fármaco, sendo a combinação do drug-likeness, cLogP, LogS (solubilidade em

água), peso molecular e risco de toxicidade3. Desse processo 40 moléculas tiveram um bom

desempenho, tendo valores positivos em todas as etapas. Para estabelecer a natureza molecular e

farmacodinâmica dessas estruturas, estudos futuros de docking fármaco-proteína serão empregados.

Palavras-chaves: FAAH1, toxicologia, α-ceto heterociclos.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2348

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Referências:

BENSON, N. et al. A Systems Pharmacology Perspective on the Clinical Development of Fatty

Acid Amide Hydrolase Inhibitors for Pain. CPT: Pharmacometrics Systems Pharmacology. 3, e91;

2014

GIANG, D. K., e CRAVATT. B. F. Molecular characterization of human and mouse fatty acid

amide hydrolases. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of

America, 94, 6, 2238-2242. 1997.

PASSAMANI, Fabiana. Modelagem Molecular e Avaliação da Relação Estrutura-Atividade

Acoplados a Estudos Farmacocinéticos e Toxicológicos In Silico de Derivados Heterocíclicos com

Atividade Antiviral. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – UFRJ, Faculdade de

Farmácia, Rio de Janeiro, 2009, 103fs.

PERTWEE, R. G. Elevating endocannabinoid levels: pharmacological strategies and potential

therapeutic applications. Proceedings of the Nutrition Society. 73, 96–105. 2014.

THOMAS, E. A. et al. Fatty acid amide hydrolase, the degradative enzyme for anandamide and

oleamide, has selective distribution in neurons within the rat central nervous system. Journal of

Neuroscience Research. 50, 6, 1047-1052. 1997.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2349

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Using Human Albumin for Mesoporous Silica Nanoparticle System in a Mouse

Model of Endometriosis to Avoiding the Mononuclear Phagocyte System

Sara Rezende dos Reis¹, Suyene Rocha Pinto², Sofia Nascimento dos Santos², Edward Helal-Neto³,

Ralph Santos-Oliveira²

1Staty University (UEZO), Rio de Janeiro, RJ, Brazil, Av. Manuel Caldeira de Alvarenga - 1203;

2Nuclear Engineering Institute (IEN), Rio de Janeiro, RJ, Brazil, Rua Hélio de Almeida - 75;

3Oswaldo Cruz Foundation, Manguinhos, RJ, Brazil, Av. Brasil - 4365.

Abstract

The mononuclear phagocytic system is a key participant determining the half-life of

nanoparticles (NPs) in the bloodstream and influencing active targeting. Several strategies to

extend the circulation time of nanoparticles and to reduce MPS (Mononuclear Phagocyte

System) uptake have been developed so far. In fact, upon entering in the tumor interstitium, the

accumulation of albumin-coated nanoparticle is achieved by SPARC (secreted protein, acidic, and

rich in cysteine), an albumin-binding protein, overexpressed by several tumor types. Therefore, the

preferential accumulation of albumin in tumors along with its great biocompatibility and increased

half-life makes albumin the ideal nanocarrier for drug delivery platforms. Using a mouse model of

endometriosis (hyperexpressive of VEGF-Vascular endothelial growth factor), in accordance

with protocols approved by the Institutional Animal Care and Use Internal Review Board of

the Federal University of Pernambuco (CEUA-UFPE/CCB, nº 606/13), we evaluated the

potential of albumin coated-mesoporous silica doped with Bevacizumab (Anti-VEGF

Monoclonal Antibody (Mab)) nanoparticles as a drug delivery carrier in order to overcome

MPS clearance and keep the targeting.. We found that human albumin bath was able to reduce

unspecific uptake by liver and spleen but reduced accumulation of NPs to endometriosis site.

Our data suggest that although human albumin bath may help to overcome MPS clearance of

NPs, it affects NPs uptake by the target site. Is important to notice that since we were unable to

perform the determination of the concentration of albumin that coated nanoparticles this data may

vary in accordance with the coating-power of the albumin. We also suggest that others studies

quantifiying the amount of albumin that is absorved in the mesoporous silica nanoparticles should

be done and the relationship between albumin and recognition by the mononuclear phagocytic

system should be established.

Keywords: nanoparticle; smart device; endometriosis

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Acknowledgments

The authors would like to thank the National Scientific and Technological Research Council

(CNPQ) and the Rio de Janeiro State Research Foundation (FAPERJ) for funding. Also gratefully

acknowledge the support from the Nuclear Engineering Institute, the State University (UEZO).

References:

Chlenski A, Dobratic M, Salwen HR, Applebaum M, Guerrero LJ, Miller R, DeWane G, Solomaha

E, Marks JD and Cohn SL. (2016); Oncotarget. 7(47):77696-77706.

Desai N, Trieu V, Damascelli B and Soon-Shiong P. (2009); Translational oncology. 2(2):59-64

Komiya K, Nakamura T, Nakashima C, Takahashi K, Umeguchi H, Watanabe N, Sato A, Takeda

Y, Kimura S and Sueoka-Aragane N. (2016); OncoTargets and therapy. 9:6663-6668.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2351

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Interações entre medicamentos e nutrientes prescritos no CTI de um hospital

universitário: relato de caso

Mariana Souza Rocha1, Rachel Nunes Ornellas1, Gilberto Barcelos Souza1, Amanda Castro

Domingues da Silva2, Luiz Filgueira de Melo Neto1, Nayara Fernandes Paes1, Mauricio Lauro de

Oliveira Júnior1, Luiz Stanislau Nunes Chini2, Bruna Figueiredo Martins2,Águeda Cabral de Souza

Pereira1& Márcia de Souza Antunes1.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil;2Universidade Federal

Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.E-mail: [email protected]

Introdução: A literatura relata a importância da utilização da Terapia Nutricional em pacientes

hospitalizados, tanto para a redução do tempo de internação, quanto de complicações infecciosas1.

Certos cuidados devem ser observados em pacientes que recebem Nutrição Enteral (NE) via sonda e

quando medicamentos estão sendo administrados por essa via, que podem levar à obstrução da

mesma ou a alterações na eficácia do tratamento, devido a interações Fármacos-Nutrientes. Neste

contexto, o farmacêutico é responsável por alertar todas as situações relacionadas ao medicamento,

otimizando a terapêutica para a segurança do paciente. Objetivo: Identificar interações potenciais

entre fármacos e nutrientes, em prescrições de pacientes internados em um Centro de Terapia

Intensiva (CTI) de um hospital universitário, que estejam recebendo NE por via sonda. Material e

Métodos: Estudo prospectivo e observacional em que prescrições de pacientes internados no CTI

de um Hospital Universitário, durante 30 dias no mês de Abril 2017, a fim de identificar a presença

de interações entre medicamentos e nutrientes. Projeto CAAE nº44061615.9.0000.5243.

Resultados: A partir da análise de 280 prescrições foram observadas as seguintes interações entre

fármacos e nutrientes: Hidralazina 47 % (n= 132), Levotiroxina 18 % (n= 51) e Lactulose 14 % (n=

40). A administração concomitante de Hidralazina com a NE leva a uma redução da absorção deste

fármaco e, consequentemente, da sua concentração plasmática, podendo comprometer a sua

eficácia. Enquanto que a Lactulose, em altas concentrações, pode levar a um quadro de diarreia,

fazendo com que a nutrição não seja absorvida adequadamente. Em relação à Levotiroxina, a sua

absorção é reduzida e ocorre o aumento da sua eliminação fecal. Conclusão: O uso de Hidralazina

e Lactulose (altas concentrações) concomitante à NE não é recomendado. Para a Levotiroxina é

necessário realizar uma pausa na NE por uma hora antes, retornando duas horas após a

administração do medicamento.

Palavras-chave: Terapia Nutricional; Interações; Nutrição Enteral.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2352

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Referências:

TOLEDO, D; CASTRO, M. Terapia nutricional em UTI. Rio de Janeiro: Rúbio, 2015, 1 Ed.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria número 272 de 08/04/98.

Aprova o regulamento técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para Terapia de Nutrição

Parenteral.

RIBEIRO, P. C. et al. Manual para administração de medicamentos por acessos enterais. São Paulo:

Editora Atheneu, 2014, 1 Ed.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2353

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Resultados de intervenção farmacêutica como indicadores de qualidade na

terapia nutricional de pacientes internados em um hospital universitário

Amanda Castro Domingues da Silva2, Rachel Nunes Ornellas1, Gilberto Barcelos Souza1, Luiz

Filgueira de Melo Neto1, Nayara Fernandes Paes1, Mauricio Lauro de Oliveira Júnior1, Luiz

Stanislau Nunes Chini2, Bruna Figueiredo Martins2, Mariana Souza Rocha1, Águeda Cabral de

Souza Pereira1 & Márcia de Souza Antunes1.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Federal

Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected]

Introdução: A Gestão de Qualidade em Terapia Nutricional (TN) implica em alguns

procedimentos, tais como: elaboração e padronização das Boas Práticas e de registros; ações

preventivas e corretivas, dentre elas Intervenções Farmacêuticas; acompanhamento de Eventos

Adversos; revisão e ajuste dos processos de acordo com os objetivos a serem alcançados, nos

Protocolos estabelecidos pela Comissão de Terapia Nutricional1. O Farmacêutico pode intervir na

terapia medicamentosa através do acompanhamento das interações medicamentosas potenciais

(IMP), ajustes na posologia e sugestão de formas farmacêuticas mais adequadas à indicação

terapêutica.2 O uso de Indicadores de Qualidade permite quantificar as intervenções realizadas e

aceitas, a fim de aprimorar a assistência prestada e contribuir para o sucesso do tratamento

medicamentoso e nutricional.1,3 Objetivo: Quantificar as intervenções realizadas nas prescrições de

pacientes submetidos à TN em um hospital de ensino, bem como sua aceitação pelos médicos.

Metodologia: Foram acompanhados 86 pacientes, em programas de TN Enteral e Parenteral, no

período de Março a Julho de 2017. A pesquisa incluiu pacientes em TN por mais de 72h. As

intervenções ocorreram durante os rounds com a Equipe Multiprofissional realizadas semanalmente

durante as visitas médicas. Os dados são compilados em planilha Excel® 2017. Projeto CAAE nº

44061615.9.0000.5243. Resultados: Foram realizadas 14 Intervenções Farmacêuticas: 6 (43%)

foram aceitas; em 13 pacientes, ou seja, em 15% a administração de medicamentos foi realizada por

cateter enteral. Os medicamentos observados foram: Acetilcisteína, Ácido valpróico, Anlodipino,

Atenolol, Calcitriol, Captopril, Carbamazepina, Carbonato de cálcio, Dexametasona, Dimeticona,

Dipirona, Donepezila, Fenitoína, Fluconazol, Gabapentina, Hidralazina, Lactulose, Losartana,

Memantina, Metoclopramida, Metronidazol, Omeprazol, Ondansetrona, Prednisona, Quetiapina,

RHZE, Sinvastatina, Topiramato e Tramadol. As reações adversas constatadas foram: agitação,

bradicardia, diarreia, hipersensibilidade, labilidade pressórica, redução do nível de consciência e

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trombocitopenia.4 Conclusão: A manutenção da qualidade é dificultada em hospitais de alta

rotatividade de profissionais e volume de pacientes. Para um mínimo padrão de atendimento na TN,

faz-se necessário, a presença permanente da Equipe Multidisciplinar, assim como a atuação do

farmacêutico clínico, principalmente nas interações Fármacos-nutrientes.

Palavras chaves: Terapia nutricional, Intervenção farmacêutica, Indicadores de qualidades.

Referências:

ASPEN Board of Directors and the Clinical Guidelines. 2016.

BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria n° 484 de 15 de junho de 1998. Dispõe sobre

Regulamentação Técnica para a Terapia de Nutrição Enteral. Diário Oficial da União, seção 1, p. 2,

Brasília, 15 Jun.1998.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância Sanitária. Portaria 272, de 8 de abril de

1998. Regulamento Técnico para Terapia de Nutrição Parenteral.

Ribeiro PC, Silva TAF, Ruotolo F, Barbosa LMG, Poltronieri M, Borges JLA. Manual para

administração de medicamentos por acessos enterais. Hospital Sírio – Libanês. 1° Edição. Ed.

Atheneu, 2013.

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EDUCAÇÃO EM SAÚDE: EXPLORANDO A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Rita Cristina Azevedo Martins1, Elaine dos Anjos da Cruz da Rocha1, Jéssica Chaves Rivas1, Cassia

Britto Detoni da Silva1, Karla Rodrigues Miranda1, Juliana Tomaz Pacheco Latini1, Clemilson

Berto Junior1, Rayanne Lúcia Cruz Ribeiro1, Beatriz Pereira Peixoto1, Jessica de Almeida

Cordeiro1, Yasmin Tramontano Torres1, Carolina Gonçalves Pupe1, Arídio Mattos Junior1, Aminy

Santos Araújo2, Bianca Gioia Branco2, Maria de Fátima Rodrigues de Brito2, Cherrine Kelce Pires1,

Adriana de Oliveira Gomes1, Gilberto Dolejal Zanetti1,

Maria Fernanda Lacher de Almeida1, Edison Luis Santana Carvalho1.

1Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé Professor Aloísio Teixeira, Rua Aloísio

da Silva Gomes, 50 CEP: 27930-560 – Macaé, RJ/Brasil; 2Secretaria Municipal de Saúde de Macaé

(SEMUSA) RJ/Brasil.

O Fortalecimento estratégico para o desenvolvimento sustentável de uma região exige a busca de

novas descobertas na pesquisa e extensão, o que complementa a função da Universidade Pública.

Desta forma a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) traz ao município de Macaé, cursos de

graduação e pós-graduação na área da Saúde e com estes os mais diversos projetos de pesquisa e de

extensão, nos quais vincula desenvolvimento sustentável favorecendo prioritariamente os cenários da

prática de ensino na rede básica de Saúde e Educação. Neste sentido, estamos desenvolvendo junto

aos cidadãos da comunidade da Estratégia de Saúde da Família (ESF) Barreto, do bairro Franco Plaza,

no município de Macaé/RJ, um projeto de extensão de caráter multidisciplinar de forma dialógica,

verificando seus conhecimentos, hábitos e costumes relacionados aos temas como a saúde, a

educação, as ciências naturais e o meio ambiente. Para tanto, estão sendo realizadas encontros, rodas

de conversas, treinamentos com a comunidade da Estratégia de Saúde da Família Barreto, com

extensas trocas de experiências e orientações científicas relacionadas aos temas. A comunidade da

Estratégia de Saúde da Família Barreto, uniu-se aos servidores da saúde municipal, aos alunos e

professores participantes deste projeto e organizaram no próprio espaço da Estratégia de Saúde da

Família, uma horta com plantas medicinais e alimentícias, para usarem conforme o que foi discutido,

demonstrando desta forma grande interesse nos mais diversos temas tratados. Desta forma,

concluímos que as ações envolvidas contemplarão a integração multidisciplinar, contribuindo para a

disseminação sobre o uso racional de plantas, na alimentação, uso medicinal e na fitoterapia no SUS,

cuidado com meio ambiente, auxiliando na promoção da saúde da população e na inserção de novas

práticas ensino-aprendizagem em diferentes áreas do conhecimento.

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Palavras-chave: Plantas medicinais, Alimentos, Educação, Saúde.

Referencias:

BRASIL, Grupo Permanente de Trabalho de educação do Campo, MEC, Referências para uma

Política Nacional de Educação do Campo. Caderno de Subsídios. Brasília, DF, Outubro, 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 48 de 16 de março

de 2004. Dispõe sobre o registro de medicamentos fitoterápicos. D.O.U. Brasília, 18 mar. 2004.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 1996.

MATOS, FJA. Farmácias Vivas. 2.ed. Fortaleza: UFCE, 1994

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1

Atenção farmacêutica na hepatite C crônica em tratados com

antivirais de ação direta no rio de janeiro

Silvana Araujo Capitanio¹, Gabriel da Silva Duarte¹ & Ervylene Trevenzoli¹.

1Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, RJ, Brasil Rua do Bispo, número 83.

[email protected]

Introdução: A Hepatite C é uma doença de complexo diagnóstico e terapêutica, pois na

maioria das vezes se manifestar clinicamente de maneira assintomática, não levanta

suspeitas clínicas para a realização de exames a fim de fazer um diagnóstico, quando

confirmada, muitas vezes essa já se encontra em um grau bastante avançado, podendo

evoluir para cirrose hepática e câncer, tornando seu tratamento indispensável.

Atualmente existem os antivirais de ação direta (DAA). Objetivos: Atualizar os

procedimentos operacionais padrão (POP) de seguimentos farmacoterapêuticos para

pacientes em tratamento para a Hepatite C crônica em um hospital federal do Rio de

Janeiro, em 2016. Metodologia: A metodologia utilizada foi um estudo do tipo

observacional descritivo, onde foram elaborados protocolos para auxiliar no

acompanhamento dos pacientes durante a utilização dos DAA. Resultados: Como

resultados foram desenvolvidas ações para um melhor controle de cada etapa do

processo: reformulação de um POP, para padronizar o passo a passo a ser seguido com

cada paciente; a elaboração de folhetos de orientação sobre os medicamentos a serem

utilizados, com informações sobre armazenamento correto, modo de uso, outros

medicamentos que não podem ser administrados concomitantemente, os possíveis

efeitos adversos que podem aparecer durante o tratamento e com alerta sobre a

importância de seguir todas as instruções dadas no momento da dispensação; a

reestruturação de uma entrevista sobre as condições gerais do paciente, e também da

ficha denominada de entrevista farmacêutica, que tem como foco principal as demais

doenças apresentadas e todos os medicamentos já usados pelo paciente; formulação de

planilhas para acompanhamento das dispensações, resultados de exames realizados e

possíveis efeitos adversos citados pelo mesmo durante a consulta farmacêutica.

Conclusão:. Por fim, a construção de uma estrutura ideal para amparar, manejar e

acolher o paciente no novo processo terapêutico, reforçando e ofertando o apoio e

suporte necessário durante a terapia foi alcançada. Vale a ressalva que para o sucesso do

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2

tratamento, o pleno cumprimento terapêutico e disciplina do paciente serão necessários.

Tendo acesso as informações, o paciente se fortalece para enfrentar as adversidades

trazidas pela doença e seu tratamento.

Palavras-chave: Hepatite C crônica, Novo tratamento, Atenção farmacêutica.

Referências:

AMARAL, K. M. et al. Atenção Farmacêutica no Sistema Único de saúde: um exemplo

de experiência bem sucedida com pacientes portadores de hepatite C. Revista

Brasileira de Farmácia, Rio de Janeiro,v.87,n.1,p.19-21,2006.

ALFANO, D.P.; ENDLICH, A. A importância da atenção farmacêutica na adesão

aos tratamentos com antirretrovirais em portadores de HIV/AIDS. Trabalho de

conclusão de curso em ciências farmacêuticas. Faculdade Católica Salesiana do Espírito

Santo 2011.

BEZERRA, C. A., OLIVEIRA, J. S. Comparação do Interferon alfa convencional com

o Interferon alfa peguilado no tratamento de pacientes com hepatite c crônica. Revista

ConScientiae Saúde, v.6, n.1, p.19-28, 2007.

BERGMANN, D.; OLIVEIRA. S. S. S.; OLIVEIRA, T. B. Análise do serviço de

atenção farmacêutica aos pacientes portadores de hepatite C no Hospital Santo Ângelo,

RS. Revista Eletrônica de Extensão da URI, 2014.

BRASIL, Ministério da Saúde PORTARIA Nº 2.982 DE 26 DE NOVEMBRO DE

2009. Aprova as normas de execução e de financiamento da Assistência Farmacêutica

na Atenção Básica. Oficial da República Federativa do Brasil. 2009.

BRASIL, Ministério da Saúde PORTARIA GM/MS nº 3.439, DE 11 DE NOVEMBRO

DE 2010. Altera os arts. 3º, 15, 16 e 63 e os Anexos I, II, III, IV e V à Portaria nº

2.981/GM/MS, de 26 de novembro de 2009, republicada em 1º de dezembro de 2009.

Oficial da República Federativa do Brasil. 2010.

BRASIL, Ministerio da Saúde. PORTARIA Nº 1.554, DE 30 DE JULHO DE 2013.

Dispõe sobre as regras de financiamento e execução do Componente Especializado da

Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diario Oficial

da República Federativa do Brasil. 2013.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretária de Vigilância em saúde. Departamento de

DST, AIDS e Hepatites virais. Boletim epidemiológico- Hepatites virais. Ministério da

Saúde, Ano I,n.1, 2010.

BRASIL. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para hepatite viral c e coinfecções.

Ministério da Saúde, 2011.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2359

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Comparação entre biodistribuição in vivo com radiomarcação e permeação

celular de Franz: Uma abordagem sobre segurança.

Suyene Rocha Pinto¹, Cristal Cerqueira-Coutinho1, Vania Emerich Bucco de Campos1, André

Linhares Rossi2, V. Veiga3, Carla Holandino4, Zaida Maria Farias de Freitas4, Eduardo Ricci-

Junior4, Claudia Regina Elias Mansur1, Elisabete Pereira dos Santos4, Ralph Santos-Oliveira5.

1Instituto de Engenharia Nuclear, Rio de Janeiro, Brasil, Cidade Universitária - R. Hélio de

Almeida, 75 - Ilha do Fundão; 2Instituto de Macromoleculas Eloisa Mano, UFRJ, Rio de Janeiro,

Brasil, Cidade Universitária -Av. Horácio Macedo, 2030 - Centro de Tecnologia; 3Centro

Brasileiro de Pesquisa em Física, Rio de Janeiro, Brasil, R. Dr. Xavier Sigaud, 150 - Urca, Rio de

Janeiro; 4Instituto de Microbiologia Professor Paulo de Góes, Universidade Federal do Rio de

Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil. 5Escola de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio

de Janeiro Brasil.

Introdução: O uso do ensaio de células de Franz é amplamente reconhecido como um método

eficiente para a avaliação da permeação de produtos pela pele. No entanto, o advento da

nanotecnologia criou um mundo totalmente novo, especialmente no que se refere aos produtos

tópicos. Nesse novo cenário global, um número crescente de sistemas de entrega baseados em

nanoestrutura (NDSs) surgiu e com isso, manifestou-se um aviso global relativo à segurança desses

NDSs uma vez demonstrado que a permeação e retenção de protetores solares podem diferir

significativamente dependendo do NDSs o qual ele tenha sido vinculado. Os protetores solares

devem permanecer na epiderme e não devem permear, caso contrário, eles entrarão na corrente

sanguínea e podem causar uma toxicidade sistêmica. Objetivo: Este trabalho estudou a eficácia do

ensaio de células de Franz, comparando-o com o teste de biodistribuição de radiomarcação com o

proposito de criar novas estrategias de segurança para manter as moleculas ativas na camada

superficial da pele evitando o acumulo em camadas mais basair e consequentemente diminuindo os

riscos. Metodologia: Para este propósito foi desenvolvida e caracterizada uma formulação de

protetor solar com base em um NDS. Resultados: Os resultados demonstraram que o NDS não

apresentou citotoxicidade in vitro e que o teste de biodistribuição de radiomarcação é mais preciso

para a avaliação dos cosméticos NDS do que o ensaio de células de Franz, uma vez que detectou a

permeação do NDS em uma ordem de picograma. Conclusão: Devido a isso fato e considerando

todas as preocupações relacionadas a NDSs e nanopartículas em geral, mais precisas os métodos

devem ser utilizados para garantir o uso seguro dessas novas classes de produtos.

Palavras Chave: Nanoemulsão, Célula de Franz, Permeação in vivo, segurança, biodistribuição.

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Referencias:

Bronaugh R L and Stewart R F 1985 Methods for in vitro percutaneous absorption studies IV: the

flow-through diffusion cell J. Pharm. Sci. 74 64–7

Franz T J 1975 Percutaneous absorption. On the relevance of in vitro data J. Investig. Dermatol. 64

190–5

Sartorelli P et al 2000 Percutaneous penetration studies for risk assessment Environ. Toxicol.

Pharmacol. 8 133–52

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2361

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Avaliação do efeito da compostagem de carcaças de bovinos, na viabilidade de

microrganismos indicadores

Leandro Serrano1, Vanessa Romário de Paula2, Marcelo Henrique Otenio 1,2, João Batista Ribeiro1,2,

Célio de Freitas2

1- Mestrado Profissional em Ciência e Tecnologia do Leite e Derivados – UFJF – MG – Brasil; 2 -

Embrapa Gado de Leite – Juiz de Fora – MG – Brasil

Produtores de carne e leite de bovinos tem dificuldade de destinar carcaças dos animais mortos. Quase

sempre, as mesmas são descartadas inadequadamente, causando poluição ambiental, proliferando

agentes patogênicos, com risco a contaminação de animais e do ser humano. Esta pesquisa pretende

avaliar o efeito da compostagem na eliminação de microrganismos patogênicos. O estudo foi

realizado pela Embrapa Gado de Leite em Valença – RJ, Fazenda Santa Mônica. Foram instaladas

cinco pilhas de compostagem, em maio de 2017 (inverno), e nova montagem vai ocorrer no próximo

verão. Cada pilha, com uma carcaça bovina de +/- 450 kg, onde introduziu-se esferas plásticas

contendo microrganismos liofilizados, colocadas em pontos pré-definidos, assim distribuídas: boca,

úbere, rúmen, pele, abaixo da carcaça e acima da carcaça (cama). A pilha foi montada em um local

plano, piso de concreto, sua montagem, base e cobertura utilizou-se bambu triturado, com tamanho

de +/- 3 cm. Foi monitorado a temperatura do experimento, no qual variou após o 3º dia de

compostagem, de 50ºC à 68ºC. O pH de compostagem foi registrado em 6,2. Foi realizada a retirada

das esferas com 7, 15, 30, 60 e 90 dias, para análise no laboratório da Embrapa Gado de Leite. Nas

análises microbiológicas, foram utilizados meios de cultura de enriquecimento e seletivo, para

detecção da presença de bactérias patogênicas, como exemplo: E. coli, Salmonella sp. e Pseudomonas

sp. O resultado encontrado mostra a eliminação dos microrganismos em todas as coletas. A

compostagem é uma alternativa que pode ser adotada para a destinação adequada da carcaça de

animais mortos, especialmente para grandes animais. Porém, há a necessidade de garantir a ausência

de microrganismos patogênicos. O aumento do crescimento da atividade na pecuária bovina, no

Brasil, resulta, naturalmente, um aumento nos casos de mortes. Esta avaliação torna-se relevante por

verificar a efetividade do processo de compostagem.

Palavras-chave: mortalidade animal, microbiologia, sanidade

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2362

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Referência

PEDROSO-DE-PAIVA, D.; BLEY JÚNIOR, C. Emprego da compostagem para destinação final de

suínos mortos e restos de parição. Concórdia: Embrapa Suínos e Aves, 2001. 12 p. (Embrapa

Suínos e Aves. Circular técnica, 26).

OTENIO, M.H., CUNHA, C. M., ROCHA, B. B. Compostagem de carcaças de grandes animais.

Juiz de Fora: Embrapa Gado de Leite, 2010. 4p. (Embrapa Gado de Leite, Comunicado Técnico,

61).

WALKER R., CR AWFORD B. Composting swine mortality. In: MINNESOTA PORK

CONFERENCE, 1997, Minnesota. Proceedings. Minnesota.: University of Minnesota,1997.

SCHWARZ, M.; BONHOTAL, J.; HARRISON, E.; BRINTON, W.; STORMS, P. Effectiveness of

composting road-killed deer in New York state. Compost Science & Utilization, vol. 18, n. 4, p.

232-241, 2010.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2363

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Avaliação da atividade antitumoral in vitro de nanopartículas poliméricas

contendo extrato de Uncaria tomentosa, em células LNCaP

Ana Ferreira Ribeiro1,2, Juliana Fernandes dos Santos2, Eliane Gouvea Oliveira Barros3, Rômulo

Medina de Mattos3, Luiz Eurico Nasciutti3, Lúcio Mendes Cabral1, Valéria Pereira de Sousa1

1Universidade Federal do Rio de Janeiro, Faculdade de Farmácia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil,

[email protected]; 2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro,

Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]; 3Universidade Federal do Rio de Janeiro,

Instituto de Ciências Biomédicas, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected].

Introdução: A Uncaria tomentosa (UT) é uma planta contendo alcalóides com ação antitumoral1-3,

cujo efeito pode ser potencializado pela incorporação em nanopartículas poliméricas (NPs), visto

que estas possibilitam a vetorização dos ativos para os tecidos tumorais4,5. Objetivo: Neste trabalho

foi avaliada a atividade antitumoral in vitro de NPs contendo o extrato de UT, em células de câncer

de próstata da linhagem LNCaP. Metodologia: As NPs foram preparadas pelo método da simples

emulsificação-evaporação do solvente, utilizando os polímeros biodegradáveis poli--caprolactona

(PCL) e poli (ácido láctico-co-ácido glicólico) (PLGA). Uma solução orgânica contendo o polímero

(PCL ou PLGA) e o extrato de UT foi adicionada, sob sonicação, a uma solução aquosa contendo

estabilizante apropriado. A emulsão resultante foi levada a evaporação para obtenção da suspensão

nanoparticulada. Foram preparadas NPs com o extrato de UT (NpPCL-UT e NpPLGA-UT) e sem o

extrato (NpPCL e NpPLGA), além de uma solução aquosa contendo o extrato de UT, preparada nas

mesmas condições utilizadas para as NPs, mas sem o polímero (Sol UT). As formulações foram

caracterizadas e incubadas com células LNCaP por até 72 h e a viabilidade celular foi determinada

pelo teste do MTT. Resultados: As NpPCL-UT apresentaram maior diâmetro médio (247,3 ± 9,9

nm) e eficiência de inclusão (81,6 ± 0,7%) em comparação às NpPLGA-UT (107,4 ± 3,0 nm e 64,6

± 2,0%). As células tratadas com Sol UT, em concentrações de 4 a 20 mcg/mL de alcalóides totais,

mostraram uma redução na viabilidade celular de maneira dependente da concentração e do tempo.

A 20 mcg/mL, a Sol UT causou praticamente 40% de redução na viabilidade celular, no tempo de

72 h. Ambas as formulações, NpPCL-UT e NpPLGA-UT, foram capazes de reduzir

significativamente a viabilidade das células LNCaP, sendo observada maior redução para a NpPCL-

UT. As NPs vazias NpPCL causaram redução significativa na viabilidade celular, ao contrário das

NPs vazias NpPLGA, o que pode ter contribuído para a maior atividade das NpPCL-UT.

Conclusão: As NPs avaliadas reduziram a viabilidade das células LNCaP, mostrando potencial para

uso no câncer de próstata.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2364

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Palavras-Chave: Nanopartículas, PCL, PLGA, Câncer de próstata, Uncaria tomentosa.

Agradecimentos:

Herbarium Laboratórios Ltda., CAPES, LabCQ-UFRJ, LabTIF-UFRJ, Laboratório de interações

celulares-UFRJ.

Referências:

Heitzman ME, Neto CC, Winiarz E, Vaisberg AJ, Hammond GB. (2005); Phytochemistry. 66:5-29.

\

Pilarski R, Filip B, Wietrzyk J, Kura´S M, Gulewicz K. (2010); Phytomedicine, 17:1133-1139.

Kaiser S, Carvalho ÂR, Pittol V, Dietrich F, Manica F, Machado MM, de Oliveira LF, Oliveira

Battastini AM, Ortega GG. (2016); J. Ethnopharmacol. 189:90-8.

Byrne JD, Betancourt T, Brannon-Peppas L. (2008); Adv. Drug Delivery Rev. 60:1615-1626.

Kumari P, Ghosh B, Biswas S. (2016); J. Drug Target. 24:179-191.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2365

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Nudibrânquios da costa brasileira: extração e caracterização de substâncias com

atividades biológicas

Hoffgan Pereira Félix1(IC-IFRJ), Hayanne R. S. Mozer 2(IC-IFRJ), Luiz Cláudio R. P da Silva3(PQ-

UFRJ), Ricardo M. Borges4(PQ-UFRJ), Natalia Iorio Lopes Pontes5(PQ – UFF), Raquel Rennó

Braga6(IFRJ).

1IFRJ Realengo, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]; 2IFRJ Realengo, Rio de Janeiro, Brasil,

[email protected]: 3UFRJ, Ilha do Governador, Rio de Janeiro, Brasil,

[email protected]; 4UFRJ, Ilha do Governador, Rio de Janeiro, Brasil,

[email protected]; 5UFF, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]; 6IFRJ

Realengo, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected]

Introdução: Nudibrânquios são moluscos gastrópodes conhecidos por sequestrar metabólitos

secundários de sua dieta (esponjas, briozoários e corais) para se proteger dos predadores.

Investigações químicas anteriores, a partir de nudibrânquios, levaram ao isolamento de compostos

químicos que apresentaram atividades biológicas.Objetivo: O presente trabalho tem como objetivo

obter extratos dos nudibrânquios das espécies Felimare lajensis e Tambja stegossauriformis, e

identificar compostos com relevante atividade antitumoral e antimicrobiana.Metodologia:

Exemplares de cada espécie foram coletados na Ilha dos Papagaios, em Cabo Frio (RJ),

preservados em etanol/metanol, submetidos ao processo de extração por imersão em

etanol/metanol, concentrados em um rotaevaporador e secos por liofilização. Os resíduos secos

resultantes foram pesados para cálculo do rendimento e avaliados por espectroscopia no UV,

cromatografia em camada delgada (CCD), espectrometria de massas, RMN, LC-UV e testados quanto à

toxicidade, frente a linhagens de células de pulmão tumorais e renais sadias através do ensaio de

MTT.Resultados: A análise do extrato da espécie Felimare lajensis por CCD revelou a presença de

macha correspondente ao padrão β-cariofileno com fator de retenção de 0,95. Após LC-UV foram obtidas

duas frações principais do extrato que foram avaliadas por espectrometria de massas e RMN para elucidação

estrutural dos compostos presentes. O ensaio de atividade antitumoral e antimicrobiana, os quais foram

realizados duas vezes e apresentaram resultado similar onde algumas frações mostraram perfil

citotóxico, indicando a presença de possíveis compostos antitumorais, apresentando a necessidade

do isolamento e caracterização de compostos puros e novos testes in vitro. Novos extratos estão

sendo avaliados quanto à atividade citotóxica, em fibroblastos gengivais para determinação da

Concentração Mínima Inibitória (CMI) e da Concentração Mínima Bactericida (CMB) dos extratos

brutos. Conclusão: Foi possível identificar a presença de compostos químicos na pele dos

nudibrânquios estudados. Os resultados sugerem a presença de sesquiterpeno no extrato da espécie

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2366

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Felimare lajensis. O extrato dos nudibrânquios estudados revelou-se uma mistura bastante

complexa, confirmando a necessidade de se isolar previamente os compostos químicos presentes no

extrato para posterior elucidação estrutural. Tratando-se de extratos, entende-se que as substâncias

possivelmente tóxicas estariam pouco concentradas sendo necessário isolá-las previamente para

testá-las em maiores concentrações.

Palavras-chave: nudibrânquios, produtos naturais marinhos, caracterização química.

.

Referencias:

PEREIRA, F. R. et al. Metabólitos secundários dos nudibrânquios Tambja stegosauriformis,

Hypselodoris lajensis e Okenia zoobotryon e dos briozoários Zoobotryon verticillatum e Bugula

dentata da costa do Brasil. Química Nova, São Paulo, v 35, n. 11, 2012.

ALVIM, J.; PIMENTA, A. D. Taxonomic review of the Family Discorididae (Mollusca:

Gastropoda: Nudibranchia) from Brazil, descriptions of two new species. Zootaxa, v. 3745, n. 152-

98, dez. 2013.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2367

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Efeito do gel de papaína a 10% no processo de cicatrização de ferida de grande

extensão em cão causada por miíase

Danielle Barcelos Santos1, Caroline Ramalho Santos1, Cintia Fintelman de Almeida Outor2, Izabelle

Barcellos Santos3.

1Alcada Farmácia de Manipulação veterinária, 2Assistência Veterinária Fintelman, 3Universidade

do Estado do Rio de Janeiro

Descrição do estudo

A miíase é uma infestação dos tecidos de vertebrados por larvas de dípteros que inclui os seres

humanos e animais domésticos. As miíases internas ocorrem quando há depósito de ovos nas

cavidades corporais. Nas manifestações de miíase cutânea, a ovoposição ocorre em ulcerações de

pele. Essas manifestações podem ser biontófogas, quando invadem tecidos vivos e integros e deles

se alimentam, um exemplo comum é a “mosca do berne” (Dematobia hominis); ou podem ser também

manifestações necrobiontófogas, que ocorre quando essas larvas se alimentam de tecidos mortos

desenvolvendo ferimentos, o exemplo mais comum é a mosca Cochliomyia hominivorax1. A

cicatrização de feridas tem sido amplamente estudada em medicina veterinária devido à alta

incidência de animais afetados por diferentes tipos de lesões. Nos últimos anos tem-se dado muita

atenção ao papel desempenhado pelas enzimas proteolíticas no processo de reparação dos tecidos

danificados e seu efeito na retirada de tecidos necróticos, desvitalizados e infectados da lesão. A

papaína (de origem vegetal extraída da Carica papaya) vem sendo utilizada há algum tempo em

estudos clínicos, com resultados favoráveis2. Nesse contexto, o objetivo desse estudo foi avaliar

evidências científicas encontradas na literatura sobre o uso da papaína no processo de cicatrização de

feridas e descrever um relato de caso de um cão, atendido em Niterói, com ferida de grande extensão

e gravidade no focinho causada por míiase e tratado com gel de papaína a 10% manipulado no Grupo

Tudodvet Farmácia Veterinária (Alcada Farmácia de Manipulação Veterinária). As imagens e as

informações apresentadas nesse trabalho foram autorizadas pela tutora do animal e pela veterinária

responsável por esse caso. Como resultado, o tratamento demonstrou efetividade na recuperação da

ferida, com a formação de grande quantidade de tecido de granulação e o aumento do processo de

desbridamento3. Por se tratar de um fitoterápico, de baixo custo e alta acessibilidade, o gel de papaína

a 10% pode ser utilizado no tratamento de feridas de grande extensão em cães e, assim como em

humanos, parece ter um efeito benéfico no processo de cicatrização4.

Palavras-chaves: Miíase, Larvas, Feridas, Gel de Papaína, Cicatrização

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2368

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Referências:

Ribeiro C.A, Scherer P.O e Sanavria A. - Rev. bras. med. vet. (2011) 33(3):137-141

Hamilton, L., Kožár, M., Folia Veterinaria (2017), 61, 1: 38—42

D.J. Krahwinkel, Harry W. Boothe, Jr., Vet Clin Small Anim (2006), 739–757

M.Y.H. Porsani, L.A.R. Carvalho, C.S. Pereira, M. Paludetti, M.G. Zangeronimo, L.J. Pereira

- Bras. med. vet. zootec. (2016) v.68, n.5, p.1201-1206

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2369

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Nano-aptâmeros anti-MUC1 para imagens de câncer de mama triplo negativos

por tomografia computadorizada por emissão de fóton único em animais

induzidos: considerações iniciais

Thamires de Oliveira Vieira¹, Fagner Santos do Carmo1,2, Eduardo Ricci Junior3, Cristal Cerqueira

Coutinho3,4, Marta de Souza Albernaz2,5, Emerson Soares Bernardes6, Sotiris Missailidis7 & Ralph

Santos-Oliveira2

1Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Cidade Universitária - R. Hélio

de Almeida, 75 - Ilha do Fundão, [email protected]; 2 Universidade Estadual do Rio de

Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil, R. São Francisco Xavier, 524; 3 Universidade Federal do

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brazil, Av. Professor Rodolpho Rocco, s/n; 4 Instituto de

Macromoléculas Professora Eloisa Mano (IMA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Cidade Universitária –

Av. Horácio Macedo, 2.030; 5 Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), Rio de

Janeio, RJ, Brasil, R. Prof. Rodolpho Paulo Rocco, 255 - Cidade Universitária; 6 Instituto de

Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), São Paulo, SP, Brasil, Universidade de São Paulo - Av.

Prof. Lineu Prestes, 2242 - Cidade Universitária; 7 Instituto de tecnologia em imunobiológicos

(Biomanguinhos), Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Av. Brasil, 4365 – Manguinhos.

A detecção precoce e específica de tumores continua a ser uma barreira na oncologia, especialmente

em casos como o câncer de mama triplo negativo (TNBC). O TNBC vem sendo associada a uma

resposta imunológica específica originada pela grande expressão do gene da mucina 1 (MUC1). Os

aptâmeros podem se ligar aos seus alvos com alta afinidade e especificidade oferecendo um grande

potencial na segmentação de marcadores tumorais como o MUC1 por conta do seu pequeno

tamanho, falta de imunogenicidade e melhor penetração no tumor. Neste estudo, foram

desenvolvidos nanopartículas (NPs) marcadas com tecnécio-99m (99mTc) para o diagnóstico

precoce do TNBC. Os aptâmeros utilizados neste estudo foram selecionados usando abordagens

SELEX tradicionais. A partir disso foram preparados dois tipos de NPs. O primeiro grupo de NPs

estava sem o anti-MUC1e o segundo com o anti-MUC1. Feito isso a distribuição do tamanho, o

tamanho médio e o índice de polidispersão das NPs foram determinados por dispersão de luz

dinâmica. As NPs foram marcadas, com o 99mTc e a marcação foi caracterizada através da

cromatografia em papel. O xenoenxerto do tumor foi feito por injeção subcutânea, a avaliação da

biodistribuição das NPs foi realizada utilizando dois grupos, o primeiro grupo de controle usando as

NPs vazias e o segundo grupo de intervenção usando NPs carregados com aptâmeros. Os nano-

radiofármacos foram administrados retro-orbitalmente. Os grupos foram mortos por asfixia após 2

horas da administração. Os órgãos foram removidos e a atividade foi contada. As imagens spects

foram obtidas aos 90 minutos após a injeção de nano-radiofármacos. Os resultados da

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2370

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biodistribuição demonstram boa depuração renal, a baixa absorção pelo fígado e baço, alta absorção

pela lesão, absorção insignificante no cérebro e o possível uso deste NP como agente de imagem.

Como conclusão notamos que os nano-radiofármacos baseados no anti-MUC1 poderiam ser usados

como um agente de imagem para TNBC com potencial para aplicação em seres humanos por

representar um sistema de entrega de medicamentos seguro e alternativo para o TNBC. Este estudo

e os procedimentos animais foram aprovados pelo Comitê de Ética da Universidade de

Pernambuco, sob o número: 23076020578201327.

Keywords: Aptâmero, Controle de câncer, Medicina nuclear, Radiofarmácia

Referências:

GLOBOCAN 2012: cancer incidence and mortality worldwide in 2012 – IARC; 2012. Available

from: http://globocan.iarc.fr/Pages/ fact_sheets_population.aspx. Accessed October 10, 2016.

Chappuis P, Rosenblatt J, Foulkes W. The influence of familial and hereditary factors on the

prognosis of breast cancer. Ann Oncol. 1999; 10(10):1163–1170.

Sorlie T. Molecular portraits of breast cancer: tumors subtypes as distinct disease entities. Eur J

Cancer. 2004;40(18):2667–2675.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2371

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A inserção do profissional farmacêutico na Atenção Primária à Saúde/ NASF

Desirée Hernandes Barros Lopes1, Denis Fernandes da Silva Ribeiro2 & Stephanie Moura Barbosa3

1 Residente pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da família da Escola Nacional

de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz – ENSP/FIOCRUZ, Rio de Janeiro/

RJ, Brasil. E-mail: [email protected]. 2 Residente pelo Programa de Residência

Multiprofissional em Saúde da família da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da

Fundação Oswaldo Cruz – ENSP/FIOCRUZ, Rio de Janeiro/ RJ, Brasil. E-mail:

[email protected]. 3 Residente pelo Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da

família da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca da Fundação Oswaldo Cruz –

ENSP/FIOCRUZ, Rio de Janeiro/ RJ, Brasil. E-mail: [email protected]

A Atenção Primária à Saúde é um modelo de saúde que visa a melhoria da saúde e qualidade de vida

da população e prioriza ações de prevenção e promoção da saúde de forma integral e contínua. A

atuação do farmacêutico na Atenção Básica ocorre por meio da inserção no Núcleo de Apoio à Saúde

da Família (NASF), onde o farmacêutico atua de forma multiprofissional com outros diversos

profissionais da saúde. O objetivo do trabalho é a descrição e problematização da atuação do

farmacêutico junto ao NASF. A metodologia é baseada em um relato de experiência adquirida por

meio da vivência de um profissional farmacêutico em um programa de Residência Multiprofissional

em Saúde da Família inserido na Estratégia de Saúde da Família do munícipio do Rio de Janeiro/ RJ.

O farmacêutico atua como membro da equipe multiprofissional e contribui para a promoção da

eficácia e segurança da farmacoterapia, além disso possui diversas atribuições, algumas são comuns

a todos os membros do NASF como: a realização de apoio matricial que é fundamental para o

funcionamento do NASF, atuação no apoio técnico-pedagógico, investimento na participação social

e articulação de redes intersetoriais. E outras são especificas do seu saber profissional como: atenção

farmacêutica e intervenções farmacêuticas. Entretanto, uma série de fatores atravancam o fluxo do

farmacêutico no NASF, entre eles estão o isolamento do profissional na Farmácia da Unidade Básica

de Saúde, a enorme demanda de trabalho burocrático e administrativo, a dificuldade de conciliação

de agendas para a realização de interconsultas entre outros entraves. Sendo assim, concluímos que a

atuação do farmacêutico no NASF promove a qualificação do acesso da população a terapia

medicamentosa, visa o uso racional de medicamentos, além de proporcionar o cuidado farmacêutico

aos usuários do território.

Palavras chave: Atenção Primária à Saúde, NASF, Multiprofissional, Farmacêutico.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2372

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O EDUCADOR FARMACÊUTICO EM SERVIÇO:

VALIDAÇÃO DA METODOLOGIA DA PROBLEMATIZAÇÃO

Pedro Henrique Cordeiro Ferreira1,2, Benedito Carlos Cordeiro2, Jéssica Quintanilha Kubrusly2

1 – Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) / MS. Rio de Janeiro – RJ.

Brasil, Rua Visc. Sta. Isabel, 274, Vila Isabel, e Mestrado Profissional em Ensino na Saúde –

Formação Docente Interdisciplinar para o SUS -, Universidade Federal Fluminense. Niterói – RJ.

Brasil. Rua Dr. Celestino, 74, Centro

2 – Universidade Federal Fluminense. Niterói – RJ. Brasil. Rua Dr. Celestino, 74, Centro.

Introdução: o papel do farmacêutico em hemoterapia tem obtido importância e crescimento

vertiginosos na última década, sobretudo com a inclusão dos hemocomponentes na 5ª. Edição da

Farmacopéia Brasileira, em 2010, e com a regulamentação da atuação farmacêutica nos bancos de

sangue, por meio da Resolução do Conselho Federal de Farmácia nº 617, de 2015. Como o

hemocomponente é um medicamento, um dos vértices desta atuação é participar, de forma ativa e

interdisciplinar, da educação de profissionais transfusionistas em serviços de saúde. A Metodologia

da Problematização, uma das mais eminentes manifestações do Construtivismo, foi eleita para ser

avaliada neste cenário de prática transfusional como estratégia de Educação Permanente em

Saúde. Objetivos: validar a Metodologia da Problematização na Educação Permanente em Saúde

aplicada aos hemocomponentes, propiciar a problematização da prática transfusional através de

grupos de discussão e obter evidências objetivas de que a Metodologia da Problematização é capaz

de produzir resultados satisfatórios na Educação Permanente em Saúde aplicada aos

hemocomponentes. Método: estudo experimental, do tipo ensaio-clínico, aberto, randomizado e

prospectivo, com enfermeiros transfusionistas, avaliados por meio de questionários a respeito do uso

racional de hemocomponentes, em dois momentos distintos. Os aspectos éticos foram respeitados

conforme Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 466/2012 com aprovação pelo Comitê de

Ética em Pesquisa (CEP) do INCA nº 259.851, Certificado de Apreciação e Avaliação Ética (CAAE)

nº 05431013.1.0000.5274. Resultados: vinte e um enfermeiros foram avaliados, dos quais dez

compuseram um grupo controle. Foram realizados os testes de hipóteses Kolmogorov-Smirnov, “F”

e “t” de Student, resultando que a média das notas das avaliações do grupo submetido à Metodologia

da Problematização foi significativamente maior do que a média do grupo controle, com p-valor de

0,0000036. Conclusão: a Metodologia da Problematização encontra-se validada na Educação

Permanente aplicada à hemoterapia na população de estudo. O farmacêutico é imprescindível para a

hemoterapia, devendo este profissional, portanto, se apropriar de seu espaço e da relevância do seu

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2373

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papel técnico e social na área pois a mesma utiliza um medicamento de infusão venosa cuja matéria-

prima é o sangue humano: o hemocomponente.

Palavras-chave: Educação Continuada; Aprendizagem Baseada em Problemas; Transfusão de

Sangue

Agradecimentos: À Profa. Dra. Jéssica Quintanilha Kubrusly, pela preciosa consultoria no

tratamento estatístico de dados, e a todos os enfermeiros do Hospital do Câncer III, pela inestimável

participação como sujeitos deste estudo.

Referências:

Ferreira PHC. (2013); Assistência Farmacêutica Hemoterápica na Educação Permanente em

Saúde: validação da metodologia da problematização pelo método experimental. Niterói.

Dissertação [Mestrado em Ensino na Saúde]. Universidade Federal Fluminense.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). (2010); Resolução RDC nº 49, de 23 de

novembro de 2010. Aprova a 5ª Edição da Farmacopéia Brasileira. D.O.U - Diário Oficial da

União [da República Federativa do Brasil], Brasília, DF, n. 224, 24 de novembro de 2010, Seção 1,

p. 80.

Conselho Federal de Farmácia (Brasil). (2015); Resolução CFF nº 617, de 27 de novembro de 2015.

Dispõe as atribuições e competências do farmacêutico nos Hemocentros Nacional e Regionais bem

como em serviços de hemoterapia e/ou bancos de sangue. D.O.U - Diário Oficial da União [da

República Federativa do Brasil], Brasília, DF, n. 230, 02 de dezembro de 2015, Seção 1, p. 77-8

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2374

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O emprego de uma cepa mutante de Saccharomyces cerevisiae para avaliação in

vitro da eficácia e segurança de substâncias fotoprotetoras

Raiane Rosales Diniz 1,2, Juliana Patrão de Paiva 2, Renan Moret Aquino 2, Victtória Marinho Loli

2, Bianca Aloise Maneira Corrêa Santos 2, Alicia Viviana Pinto 1, Katia Christina Leandro 1,

Marcelo de Pádula 2.

1 Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde/FIOCRUZ, Rio de Janeiro, Brasil;

2 Faculdade de Farmácia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil

Apesar de constituírem defesa artificial para proteger a pele da exposição solar, os fotoprotetores

possuem substâncias que podem ocasionar riscos à saúde quando em interação com a radiação solar1.

Estudos do nosso grupo de pesquisa demonstraram que o amplamente utilizado dióxido de titânio

(TiO2), se enquadra nessa categoria2. A RDC nº30/2012, estabelece que os métodos exigidos para a

avaliação de eficácia dos fotoprotetores são: a determinação do FPS; da resistência à água; do nível

da proteção UVA e da amplitude da proteção UV, não incluindo aspectos relacionados com sua

mutagenicidade e fotogenotoxicidade, ou seja, sua segurança3. Em virtude disso, o presente trabalho

objetivou o uso de S. cerevisiae em testes que permitam detectar os potenciais efeitos adversos das

substâncias presentes nos fotoprotetores, para serem utilizados como uma ferramenta de avaliação da

eficácia e segurança dessas formulações. Para a realização do projeto foi utilizada a cepa ogg1 de S.

cerevisiae, deficiente no gene Ogg1 responsável pelo sistema de reparo por excisão de bases que

repara purinas oxidadas, sendo, portanto, um bom bioindicador de lesões oxidativas 4. A fonte de

radiação usada nesse projeto foi a Luz Solar Simulada (LSS), que permite a mimetização de condições

equivalentes à exposição ao sol de forma mais fiel do que quando comparado à utilização das

lâmpadas isoladas de UVA e UVB. As substâncias fotoprotetoras testadas no projeto foram os filtros

TiO2 e ZnO, isolados e associados. Os testes consistiram do monitoramento da citotoxicidade

(sobrevivência celular) e fotogenotoxicidade (mutagênese) da cepa ogg1 após tratamento com tais

substâncias fotoprotetoras, com e sem a irradiação com a LSS. Foi possível constatar a segurança do

TiO2, que favoreceu a fotoproteção sem induzir fotomutagenicidade. Ao passo que o ZnO e

TiO2+ZnO foram substâncias fotossensibilizadoras para a cepa, desfavorecendo seu uso em

formulações fotoprotetoras. O presente trabalho apontou diferenças biológicas acerca do uso de

diferentes fontes de irradiação ultravioleta (lâmpadas isoladas UVA e UVB), alertando para maior

preocupação quanto a esse aspecto. Nesse sentido, o presente projeto contribuiu para fornecer

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2375

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subsídios que sustentem a necessidade do desenvolvimento de testes rápidos e eficazes na avaliação

do potencial mutagênico de substâncias fotoprotetoras.

Palavras-chave: Saccharomyces cerevisiae, controle de qualidade, fotoprotetores.

Agradecimentos: CNPq, UFRJ e FIOCRUZ

Referências:

Lóden M, Beitner H, Gonzalez H, Edstrom DW, Akerstrom U, Austad J, Buraczewska-Norin I,

Matsson M, Wulf HC. (2011); British Journal of Dermatology. 165: 255–262

Pinto AV, Deodato EL, Cardoso JS, Oliveira EF, Machado SL, Toma HK, Leitão AC, Pádula M.

(2010); Mutation Research. v. 688, p. 3-11, 2010

Brasil. Resolução RDC n° 30, de 1 de junho de 2012. Ministério da Saúde - MS. Agência Nacional

de Vigilância Sanitária – Anvisa. Disponível em:< http://www.anvisa.gov.br>. Acesso em: 16 out.

2016.

THOMAS D, SCOTT AD, BARBEY R, PADULA M, BOITEUX S. (1997); Molecular Genomics

and Genetics. 254: 171–178.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2376

Page 103: REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA · Padronização de Etiquetas para a Dispensação de Medicamentos Potencialmente Perigosos com Foco na Segurança do Paciente em um Hospital ...

RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS AVANÇOS NA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA A

PARTIR DO ESTABELECIMENTO DE PROCESSOS ASSISTENCIAS ORIENTADOS NO

MODELO ASSISTENCIAL CENTRADO NO PACIENTE.

Carvalho GT, Guimarães AP, Menzel S, Segalote MAM, Xavier FA

Hospital São Lucas Copacabana – Rio de Janeiro-RJ Brasil e-mail:

[email protected]

Introdução A implementação e manutenção dos processos assistenciais favorecem a qualidade do

cuidado prestado ao paciente crítico, que requer cuidados complexos e assistência permanente por

equipe multiprofissional especializada com condutas sincronizadas e contínuas baseadas na

proposta de um Modelo Assistencial centrado no Paciente. Objetivo Relatar as melhorias na

assistência farmacêutica obtidas a partir da implementação de processos assistenciais focados no

novo modelo assistencial na unidade de terapia intensiva (UTI). Métodos Relato de experiência

refere-se à evolução da assistência farmacêutica a partir de adequações das atividades desenvolvidas

pela equipe assistencial no período de implementação do novo modelo assistencial na UTI do

Hospital São Lucas Copacabana, entre outubro e dezembro de 2016, abrangendo toda a equipe

multidisciplinar e serviços de apoio. Essa implementação foi realizada a partir de um diagnóstico

situacional com o objetivo de promover a melhoria contínua dos processos. Resultados Foram

implementadas atividades voltadas à assistência direta ao paciente e estabelecidos novos fluxos de

atendimento das equipes de apoio e equipes assistenciais (fisioterapia, farmácia clínica, nutrição e

enfermagem) com impacto positivo no progresso da farmácia clínica e na tomada de decisão de

farmacoterapia do paciente, contribuindo na redução dos erros de medicação e melhora dos sistemas

de segurança de medicamentos com foco em otimizar os resultados dos pacientes. Conclusão A

implantação dos processos assistenciais executou ações que impactaram na assistencia

farmacêutica, contribuindo positivamente na redução dos erros de medicação e melhora dos

sistemas de segurança de medicamentos com foco em otimizar os resultados dos pacientes

atendendo a proposta do novo modelo assistencial centrado no paciente.

Palavras chave: Modelo Assistencial, Terapia Intensiva, Farmácia Clínica

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2377

Page 104: REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA · Padronização de Etiquetas para a Dispensação de Medicamentos Potencialmente Perigosos com Foco na Segurança do Paciente em um Hospital ...

Referências:

ANVISA. Resolução N°.7, de 24 de fevereiro de 2010. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_02_2010.htm; acessado em

16/05/2017.

Morin E. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução de E. Jacobina.

3ª ed. Rio de Janeiro (RJ):Bertrand Brasil; 2001. Rev Bras Enferm 2006 marabr;(2)

AMIB. Equipe multidisciplinar é a força da terapia intensiva. Disponível em:

http://www.amib.org.br/detalhe/noticia/equipe-multidisciplinar-e-a-forca-da-terapia-intensiva;

acessado em 16/05/2017.

AMIB. Regulamento técnico para funcionamento de unidades de terapia intensiva. Disponível em:

http://www.amib.org.br/fileadmin/RecomendacoesAMIB.pdf; acessado em 16/05/2017.

Preslaski CR, Lat I, MacLaren R, Poston J. Pharmacist contributions as members of the

multidisciplinary ICU team. Chest. 2013 Nov;144(5):1687-1695. doi: 10.1378/chest.12-1615.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2378

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A INFLUÊNCIA DO MARKETING NA AUTOMEDICAÇÃO EM ALUNOS

DE GRADUAÇÃO DE FARMÁCIA DA UNIVERSIDADE SALGADO DE

OLIVEIRA NO CAMPUS DE NITERÓI E SÃO GONÇALO

Marcelo Guimarães do Nascimento¹, Msc. Rodrigo Tonioni², Msc. Ludmila A. Manarino³ & Dr.

Claudio Cesar Cirne Santos 4

1Universidade Salgado de Oliveira Campus São Gonçalo: Rua Lambari, 10 – Trindade - São

Gonçalo/RJ - CEP: 24456-570 Telefone: (21) 2138-3404 / (21) 2138-3473 / (21) 2138 - 3464

; 2 Universidade Salgado de Oliveira Campus Niterói - Rua Marechal Deodoro, 263 – Centro -

Niterói/RJ – CEP: 24030-060 Telefone: (21) 2138-4942

A propaganda para as indústrias farmacêuticas é uma etapa essencial, considerada uma extensão do

processo de pesquisa e desenvolvimento de novos medicamentos. A influência da propaganda de

medicamentos na automedicação é um processo complexo, que envolve diversas áreas, os

prescritores, os dispensadores, os pacientes, que avaliam sobre as vantagens do produto por meio da

divulgação e os resultados dos estudos relacionados ao seu desenvolvimento, objetivando a sua

consequente comercialização. O que se pretende avaliar é a incidência da automedicação por parte

dos alunos de graduação de farmácia da Universidade Salgado de Oliveira nos CAMPI de São

Gonçalo e de Niterói, que influenciado pelo marketing de medicamentos compraram e fizeram uso

sem prescrição médica ou prescrição farmacêutica de um profissional capacitado e habilitado. Foi

disponibilizado um questionário de pesquisa entre os alunos, de todos os períodos do curso de

graduação de farmácia, onde foram ouvidos 185 alunos, entre os meses de Abril e Maio do ano de

2017. A avaliação foi realizada na instituição, onde 95% dos entrevistados disseram que já fizeram

ou fazem uso da automedicação, 47% dos alunos se sentem influenciados pelas propagandas dos

medicamentos, e 82% que admitiram comprar medicamentos por indicação, mesmo desconhecendo

sua indicação clínica, posologia e informações que só um profissional capacitado teria

conhecimento. Constatou-se entre a diferença de gênero uma maior suscetibilidade por parte do

sexo feminino, principalmente na faixa etária de 18 e 26 anos, e que a classe de medicamento mais

adquirido foram os analgésicos e antitérmicos. Desta forma, foi possível evidenciar que embora seja

um problema de saúde pública a automedicação ainda esta inserido na sociedade brasileira, por

múltiplas questões, como desinformação, fatores econômicas e propagandas feitas por laboratórios.

Cabe a todos os setores envolvidos, a combater esta prática que pode causar intoxicação,

mascaramento de diagnóstico, e até a morte do usuário.

Palavras chaves: Marketing de Medicamentos; Importância do Marketing; Automedicação; Riscos

da Automedicação; Importância da Propaganda na Automedicação

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2379

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Referências:

ARRAIS, Paulo Sérgio D., Perfil da automedicação no Brasil. Rev. Saúde Pública, 31 (1): 71-7,

1997. http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v31n4/2212.pdf (acessado em 21/09/2016 ás 20:50)

Autor responsável H.C. Castro. cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/12/inf17a20.pdf

http://cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/12/inf17a20.pdf (acessado em 18/09/2016 ás 21:45)

Bearden, Netemeyer, Teel, 1989; Lascu, Bearden, Rose, 1995

http://www.spell.org.br/documentos/ver/42143/a-automedicacao-e-a-influencia-de-grupos-

dereferencia--aplicacao-da-tecnica-de-analise-discriminante-no-mercado-de-medicamentos-over-

thecounter (acessado em 15/08/2016 ás 21:10)

Blog.acelerato.com/gestao/a-importancia-do-marketing-para-as-empresas/

http://blog.acelerato.com/gestao/a-importancia-do-marketing-para-as-empresas/ (acessado em

18/09/2016 ás 17:56)

Fonte: Ministério da Saúde e Organização Mundial da Saúde/endocrino.org.br/os-perigos-

daautomedicacão https://www.endocrino.org.br/os-perigos-da-automedicacao/ (acessado em

18/10/2016 á 09:20)

Guiadafarmacia.com.br/noticias/saude/9502-automedicacao-e-uso-incorreto-de-

medicamentospodem-levar-a-morte http://www.guiadafarmacia.com.br/noticias/saude/11417-

automedicacaopode-ser-fatal (acessado em 21/10/2016 ás 21:15)

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22912919 (Acessado em 15/08/2016)

http://www.abimip.org.br/site/conteudo.php?p=codigo_de_conduta ( Acessado em 23/08/2016)

KIYOTANI, Bárbara Peixoto. Análise do comportamento de compra de medicamentos isentos de

prescrição e da automedicação. 2014. 61 f., 2014. Disponível em:

https://repositorio.unesp.br/handle/11449/124178 (acessado em 10/09/2016 ás 20:02)

LEITE, S. N.; VIEIRA, M.; VEBER, A. P. Estudos de utilização de medicamentos: uma síntese de

artigos publicados no Brasil e América Latina. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 13,

supl. 1, p. 793-802, abr. 2008. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-

81232008000700029&script=sci_abstract&tlng=pt (acessado em 15/09/2016 às 10:33)

Organização Mundial da Saúde. Guia para a boa prescrição médica. Porto Alegre: Editora Artmed;

1998. http://apps.who.int/medicinedocs/documents/s19180pt/s19180pt.pdf (acessado em

20/10/2016 ás 20:10)

ORGANIZAÇÃO PANAMERICANA DE SAÚDE. Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica:

Proposta. Brasília, Organização Pan-americana De Saúde, 24 p, 2002b.

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/PropostaConsensoAtenfar.pdf (Acessado em 22/08/2016

as 20:10)

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2380

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Auditorias farmacêuticas como ferramenta de gerenciamento de risco, garantia

de qualidade e segurança do paciente

Carina Torres Garruth Ferreira1,2, Jacqueline Augusto da Silva Campos1,2, Paloma Rodrigues

Alves1,2, Gabriela Ribeiro Dellamarque1,2, Camile Moreira Mascarenhas2 & Flávia Valéria dos

Santos Almeida2

1Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil, [email protected]; 2Instituto Nacional de Cardiologia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

Introdução: A qualidade da assistência farmacêutica está diretamente relacionada ao gerenciamento

de medicamentos, visando a promoção de seu uso seguro e eficaz. O acúmulo de medicamentos nos

setores é um ponto crítico no processo de cuidado do paciente. Neste contexto, as auditorias

farmacêuticas (AF) realizadas de forma sistemática nos ambientes externos à farmácia surgem como

uma ferramenta de gestão do risco e da qualidade nos serviços de saúde, por serem capazes de

identificar e monitorar processos e não conformidades no armazenamento e uso de medicamentos.

Objetivo: Avaliar os resultados das AF realizadas nos setores de um hospital público especializado

em cardiologia. Metodologia: As AF são atividades planejadas e executadas por farmacêuticos

lotados na farmacovigilância. Todos os setores do hospital que utilizam medicamentos, quais sejam,

unidades de terapia intensiva, enfermarias, unidades de apoio diagnóstico e ambulatórios são

inspecionados através das AF. As visitas são orientadas por um formulário padronizado e validado,

elaborado a partir de manuais de boas práticas, resoluções e portaria vigentes. Os resultados obtidos

nas AF são reportados, através de relatórios, ao Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP)

para análise e ações de melhoria. Os dados foram analisados no Microsof Excel® e utilizada

estatística descritiva. São apresentados os resultados das AF realizadas no período de março de 2016

a agosto de 2017. Resultados: Foi realizado um total de 40 AF no período, com uma média de

conformidade por visita de 72%, e não houve diferença estatística entre unidades fechadas, abertas e

setores de apoio. As não conformidades mais frequentes foram ausência de termômetro (80%), de

registro diário de temperatura (93%), de identificação da data de abertura (70%) de validade de

medicamentos multidose e almotolias (90%). A partir destes resultados, foram estabelecidas, de

forma integrada com o NQSP, ações corretivas, como orientação e conscientização da equipe de

cuidado, solicitação de compra de termômetros pela administração hospitalar e elaboração de tabela

de estabilidade de almotolias e multidoses pela farmácia. Conclusão: As AF integradas ao NQSP

mostraram ser uma importante ferramenta na identificação e gerenciamento da qualidade e do risco

no uso de medicamentos na prática clínica da farmacovigilância hospitalar.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2381

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Palavras-chave: Auditoria farmacêutica, Segurança do paciente, Gestão da qualidade

Referências:

Joint Commission International. Padrões de acreditação da Joint Commission International para

hospitais. (2014); 5a ed.

Abramovicius A C, Pasti M J, Padula K M, Ballini J M, Guimarães G M, Cailleni S S, Facincani I,

Marangoni R, De Paula E M, Gilbert M J. Gerenciamento de estoques de medicamentos: ferramenta

para a qualidade da assistência prestada ao paciente (2012). Rev Qualid HC. (3): 50-4

Lazzaroni E. Auditoria: ferramenta de gestão pela qualidade no contexto da farmácia hospitalar.

(2012);Farm Hosp.Colet Práticase Conceitos. 52-9

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2382

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Vigilância pós-comercialização de medicamentos e contribuições para a

segurança do paciente

Camile Moreira Mascarenhas1, Carina Torres Garruth Ferreira1,2, Paloma Rodrigues Alves1,2,

Gabriela Ribeiro Dellamarque1,2, Jacqueline Augusto da Silva Campos1,2, Flávia Valéria dos Santos

Almeida1 & Michelle Menezes Machado1

1 Instituto Nacional de Cardiologia, Rio de Janeiro/RJ, Brasil. [email protected]

2 Universidade Federal Fluminense, Niterói/RJ, Brasil

Introdução: No âmbito hospitalar, a identificação e a avaliação de queixas técnicas e o

conhecimento dos produtos considerados irregulares contribui para segurança no uso de

medicamentos e consequentemente para segurança do paciente. Objetivo: Analisar dados

provenientes de notificação de queixa técnica de medicamentos e da busca ativa de produtos

irregulares de um hospital integrante da rede sentinela, especializado em cardiologia, do município

do Rio de Janeiro. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e de abordagem

quantitativa. Foram avaliadas 79 notificações e 129 buscas ativas realizadas no período entre janeiro

e julho de 2017. Resultados: Constatou-se que 74,7% das queixas referiam-se à classe de risco III -

possibilidade de ocorrência de consequências adversas à saúde, 13,9% à classe II - probabilidade de

ocorrência de agravo temporário à saúde ou reversível por tratamento medicamentoso e 11,4% à

classe I - alta probabilidade de ocorrer riscos à saúde, acarretando morte, ameaça à vida ou danos

permanentes. Os principais tipos de desvios foram problemas na embalagem (30,4%), ausência de

unidades de medicamentos (comprimidos, cápsulas, ampolas e bolsas de sistema fechado) (24,1%)

e vazamento (10,1%). Dos medicamentos ou produtos farmacêuticos divulgados pela ANVISA

como irregulares, 53% não eram padronizados na instituição e 47% eram padronizados, dos quais

18% estavam disponíveis em estoque e poderiam ter ocasionado algum dano para a saúde dos

usuários. Exemplo destas irregularidades são produtos que apresentaram resultados insatisfatórios

no ensaio de análise de aspecto por apresentar corpo estranho em suspensão no interior da

embalagem primária, desvio que expõe o usuário ao risco de contaminação microbiológica ou

toxicidade, possibilitando a ocorrência de efeitos indesejáveis na terapêutica. Além disso, também

foi realizada a notificação das queixas técnicas ao detentor de registro, contribuindo para a

manutenção da qualidade e segurança destes produtos, possibilitando que os fabricantes adotem

medidas corretivas e/ou preventivas. Conclusão: Sendo assim, a vigilância de produtos

comercializados justifica a necessidade das ações de farmacovigilância no âmbito hospitalar para

minimização dos riscos relacionados ao uso de medicamentos, tendo em vista o dano grave que

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2383

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alguns desvios de qualidade e que produtos fora dos parâmetros estabelecidos pela a ANVISA

podem causar aos pacientes.

Palavras-chave: Farmacovigilância. Segurança do Paciente. Vigilância de produtos

comercializados.

Referências:

Brasil (2005); Resolução - RDC nº 55, de 17 de março de 2005.

Santos L, Oliveira FT, Biancho FM, Jacoby T, Mahmud SDP, Fin MC, Winkler N. (2012); Rev

HCPA. 32(4): 490-5.

World Health Organization. (2011); WHO Technical Report Series. 961: 310-23.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2384

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Avaliação da atividade antioxidante do extrato de folhas de Morinda citrifolia L.

(noni) .

Nathália Martins dos Santos¹ & Isabel Cristina Vieira da Silva²,

1UNIFESO, Teresópolis, Rio de Janeiro / RJ. [email protected]; ²Docente do curso de

Farmácia da UNIFESO, Teresópolis, Rio de Janeiro / RJ. [email protected]

Resumo

Morinda citrifolia L. popularmente conhecida como noni, vem sendo amplamente utilizada pela

medicina popular como planta medicinal para tratar enfermidades devido a sua atividade

antibacteriana, antiviral, antifúngica, antitumoral, anti-helmíntica, analgésica, anti-inflamatória,

hipotensora, imunoestimulante, modulação imunológica, antioxidante, hipoglicemiante,

antidepressiva e antitumoral (SECRETTI et al 2015; SILVA, 2012; LIMA E LIMA, 2013;

PALIOTO et al 2015; COSTA et al. 2013).

O estresse oxidativo se da pelo excesso de radicais livres no organismo, causando também danos

teciduais. Esses radicais livres e outros oxidantes, estão sendo associados como grandes causadores

de diversas doenças como câncer, doenças cardiovasculares, catarata, declínio do sistema imune,

disfunções cerebrais, diabetes mellitus tipo I, aterosclerose, artrite reumatoide, mal de Parkinson e

envelhecimento precoce (COSTA et.al 2013; NASCIMENTO et.al 2011). Esse excesso pode ser

combatido por antioxidantes produzidos de forma endógena ou adquiridos de maneira exógena

(COSTA et.al 2013).

As atividades antioxidantes de compostos vegetais são avaliados por diferentes métodos,

colorimétricos, biológicos e eletroquímicos, e outros métodos instrumentais. Dentre os

colorimétricos sobressaem os que possuem habilidades antioxidante para neutralizar radicais como

DPPH (1,1-difenil-2-picrilhidrazila) (BORGES, 2011).

Assim, cada vez mais vem crescendo a curiosidade dos pesquisadores sobre produtos naturais com

atividades antioxidante. E é provável que o extrato da folha de Morinda citrifolia L seja uma fonte

promissora para a redução do estresse oxidativo. Portanto este trabalho tem como objetivo avaliar

pelo método colorimétrico e de DPPH a atividade antioxidante presente no extrato da folha do noni.

Por isso este trabalho tem por objetivo avaliar a atividade antioxidante de extratos de noni pelos

métodos colorimétricos e DPPH.

Para a avaliação da atividade antioxidante serão realizados testes colorimétricos para avaliação de

Flavonoides, taninos, cumarina e o teste de DPPH.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2385

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Para os testes colorimétricos fenólicos realizados até o presente momento, obtivemos resultados

positivos para a presença de antioxidante por meio da visualização das amostras.

Concluindo então que na folha do Noni há metabólitos secundários, podendo ser uma descoberta

promissora para a produção de novos fitoterápicos (LIMA E LIMA, 2013).

Palavras-chave: Morinda citrifolia L., Antioxidante, DPPH.

Referência:

BORGES, L. L.; LÚCIO, T. C.; GIL, E. S.; BARBOSA, E. F. Uma abordagem sobre métodos

analíticos para determinação da atividade antioxidante em produtos naturais. ENCICLOPEDIA

BIOSFERA, Centro Cientifico Conhecer - Goiania, vol.7, N.12; 2011.

COSTA, A. B.; OLIVEIRA, A. M. C.; SILVA, A. M. O.; FILHO, J. M.; LIMA, A. Atividade

antioxidante da polpa, casca e cementes do noni (Morinda citrifolia Linn.). Revista Brasileira

Fruticultura, Jaboticabal - SP, v. 35, n. 2, p. 345-354, Junho 2013.

LIMA, C. R.; LIMA, R. A. Identificação de metabólitos secundários presentes no extrato etanólico

dos frutos verdes e maduros de Morinda citrifolia L. Revista Saúde e Pesquisa, v. 6, n. 3, p. 439-

446, set./dez. 2013 - ISSN 1983-1870.

NASCIMENTO, J. C.; LAGE, L. F. O.; CAMARGOS, C. R. D.; AMARAL, J. C.; COSTA, L. M.;

SOUSA, A. N.; OLIVEIRA, F. Q. Determinação da atividade antioxidante pelo método DPPH e

doseamento de flavonóides totais em extratos de folhas da Bauhinia variegata L. Revista

Brasileira de Farmácia. 92(4): 327-332, 2011

SECRETTI, L. C.; OSHIRO, A. M.; OLIVEIRA, V. S. Características físicas e químicas da polpa

in natura da fruta noni (Morinda citrifolia L.). A Revista Eletrônica da Faculdade de Ciências

Exatas e da Terra Produção/construção e tecnologia, v. 4, n. 7, 2015 -

ISSN: 23170336.

SILVA, L. F.; SILVA, M. M.; SILVA, J. C.; PRAXEDES, W. D. S.; SENA, A. R.; SILVA, J. M.

Caracterização física de frutos de Noni (Morinda citrifolia L.) em estádio de maturação fisiológica.

VII CONNEPI. 2012 - ISBN 978-85-62830-10-5.

PALIOTO, G. F.; SILVA, C. F. G.; MENDES, M. P.; ALMEIDA, V. V.; ROCHA, C. L. M. S. C.;

TONIN, L. T. D. Composição centesimal, compostos bioativos e atividade antioxidante de frutos de

Morinda citrifolia Linn (noni) cultivados no Paraná. Revista Brasileira de Plantas Medicinais,

Campinas, v.17, n.1, p.59-66, 2015.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2386

Page 113: REVISTA BRASILEIRA DE FARMÁCIA · Padronização de Etiquetas para a Dispensação de Medicamentos Potencialmente Perigosos com Foco na Segurança do Paciente em um Hospital ...

Padronização de etiquetas para a dispensação de medicamentos potencialmente

perigosos com foco na segurança do paciente em um hospital universitário

Luiz Filgueira de Melo Neto1, Rachel Nunes Ornellas2, Gilberto Barcelos Souza2, Amanda Castro

Domingues da Silva3, Nayara Fernandes Paes2, Mauricio Lauro de Oliveira Júnior2, Luiz Stanislau

Nunes Chini2, Bruna Figueiredo Martins3, Mariana Souza Rocha2, Águeda Cabral de Souza Pereira2

& Márcia de Souza Antunes2.

1 Universidade Salgado de Oliveira, São Gonçalo, Rio de Janeiro, Brasil; 2Hospital Universitário

Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 3Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de

Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected]

Introdução: Dentre as diversas estratégias para diminuir os erros de medicação no âmbito da

Farmácia Hospitalar está o uso do sistema de distribuição de medicamentos em dose unitária, obtida

através do processo do fracionamento de medicamentos. Neste contexto, uma das atribuições do

Farmacêutico é aperfeiçoar o processo de unitarização de doses, de acordo com o Protocolo de

Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos1,2. Objetivo: Garantir a Segurança

do Paciente com a padronização das embalagens secundárias dos medicamentos potencialmente

perigosos, visando a diminuição de erros no processo de unitarização do medicamento.

Metodologia: Trata-se de uma pesquisa descritiva, realizada no Serviço de Farmácia de um

Hospital Universitário, onde foi observada a falta de informações importantes nas etiquetas de

identificação dos medicamentos injetáveis potencialmente perigosos, utilizados na instituição.

Projeto CAAE nº 56278116.2.0000.5243. Resultados: Em 100 % das informações nas etiquetas

observadas, todas apresentaram falhas técnicas sobre o medicamento, tais como: estabilidade,

diluentes, volume de diluição, concentração final, tempo de infusão e classificação do

medicamento, segundo o seu potencial de dano tissular por extravasamento. Adicionalmente,

constatou-se que os medicamentos com nomes semelhantes (Dopamina e Dobutamina, Epinefrina e

Norepinefrina), não possuíam destaques na grafia (DOPAmina e DOBUtamina; NORepinefrina e

EPInefrina), com a finalidade de evitar equívocos na dispensação desses medicamentos.

Conclusão: A tecnologia de informação tem a capacidade de diminuir os Erros de Medicação que

podem ocorrer em qualquer etapa da cadeia de distribuição de medicamentos. Assim, de acordo

com o Protocolo Nacional de Segurança do Paciente, é imprescindível que as etiquetas para dose

unitária de medicamentos injetáveis potencialmente de alto risco apresentem as seguintes

informações: nome do medicamento na denominação comum brasileira ou internacional, lote, data

de validade após fracionamento, código de barras e matrix, nome do responsável pelo

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2387

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fracionamento do medicamento, parâmetros físico-químicos e classificação do medicamento de

acordo com a toxicidade tissular (vesicante, irritante ou neutra)3.

Palavras-Chave: Assistência farmacêutica, Segurança do paciente, Dose unitária.

Referências:

Wachter RM. Compreendendo a segurança do paciente, 2ª Ed. Porto Alegre: AMGH, 2013.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 529, de 01 de abril de 2013: institui o programa nacional de

segurança do paciente. Brasília, Abril de 2013.

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria nº 2095, de 04 de setembro de 2013: institui o protocolo de

segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasília. 2013: 46 p.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2388

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Síntese de nanopartículas de cobre utilizando a quitosana como revestimento

Giani Christie Rodrigues, Brunno Renato Farias Vercoza Costa, Luiz Augusto Sousa De Oliveira,

Robson Roney Bernardo.

NUMPEX, Federal University of Rio de Janeiro, Biophysics Institute Carlos Chagas Filho, Pólo de

Xerém, Estrada de Xerém, Nº 27, Xerém – Duque de Caxias, Brazil. CEP: 25245-390.

Nos últimos anos, partículas com dimensões nanoméricas com cerca de um bilionésimo de um

metro ganharam propriedades físicas e químicas, contemplando interações únicas e diferenciadas

justamente por sua morfologia e tamanho que permitem um maior número de interações devido à

quantidade de átomos em sua superfície. Por meio destas propriedades, as nanopartículas têm sido

muito estudadas em aplicações como drug-delivery, utilizando nanopartículas metálicas como

Ferro, Prata e Cobre. O objetivo deste trabalho foi fabricar nanopartículas de cobre e testar sua

estabilidade com a quitosana, um polissacarídeo catiônico encontrado no exoesqueleto de

crustáceos, e no caso do presente estudo, extraído de um material geralmente descartado pela

maioria da população, a casca do camarão. As nanopartículas de cobre foram preparadas através da

reação de sulfato de cobre (0,5g) e vitamina C (1g) em 20 ml de água destilada, sendo aquecido a

até fervura. Foi realizada uma varredura no espectrofotômetro (190-1090 nm) em diferentes datas

visando verificar o tamanho das mesmas bem como sua estabilidade. Uma outra amostra, as

nanopartículas de cobre foram incorporadas a quitosana (0,16 g), submetidas a liofilização e a

microscopia eletrônica de varredura (MEV) para verificar a interação da quitosana com as

nanopartículas de cobre produzidas. A análise espectrofotométrica foi realizada em duas etapas: a

primeira no mesmo dia da produção da nanopartícula chamada de T0 (tempo zero), e a segunda em

uma semana após chamada de T1 (tempo 1). Foi verificado então que em T0, no comprimento de

540nm obtivemos o sinal intenso, e em T1 o manteve-se no mesmo comprimento (540nm)

demonstrando que a nanopartícula de cobre se manteve estável, não formando aglomerados. Na

análise no MEV, observou-se a interação da nanopartícula de cobre com a quitosana evidenciando

que a mesma interagiu em sua superfície tornando a mesma mais estável e com tamanho de 60-

80nm, sendo esta promissora em futuros trabalhos aplicados em drug-delivery.

Palavras Chave. Cobre; Nanopartículas; quitosana

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2389

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Efeitos da Síndrome Metabólica Sobre os Níveis de Biomarcadores de Danos

Oxidativos em Militares

Marcio Antonio de Barros Sena1,2, Marcos de Sá Rego Fortes3, Marly Melo Zanetti1, Samir

Ezequiel da Rosa1, Jairo José Monteiro Morgado1 & Marcos Dias Pereira2

1Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx/RJ/Brasil)

2Departamento de Bioquímica, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ/RJ/ Brasil). 3Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO/RJ/Brasil).

[email protected]

Introdução: a Síndrome Metabólica (SM) é a associação de vários fatores de risco para as doenças

cardiovasculares, vasculares periféricas e diabetes, como: intolerância à glicose, resistência à

insulina, obesidade abdominal, dislipidemia aterogênica e hipertensão. Alguns destes fatores podem

ter a sua gênese favorecida pela instalação de um quadro de estresse oxidativo, suplantando o

sistema antioxidante, levando a danos na membrana celular, proteínas e ao DNA. Por outro lado, a

prática regular de exercícios físicos parece induzir uma adaptação favorável no combate a estes

oxidantes. Objetivo: avaliar a capacidade antioxidante em indivíduos portadores de SM.

Metodologia: a amostra foi composta por 44 (32,0 ± 8,9 anos) militares do Exército Brasileiro,

voluntários a missão de paz no Haiti, oriundos de diversas organizações militares, praticantes de

exercício físico regular por, no mínimo, três vezes por semana. Foram divididos em dois grupos:

Gp1 (n=12) sindrômicos portadores de quatro fatores ou mais e Gp2 (n=32), sindrômicos

portadores de três fatores. A pesquisa foi aprovada no CEP do Hospital Naval Marcílio Dias (nº

52570815.2.0000.5256). Amostra de sangue foi obtida de jejum, em um único momento, por

farmacêutico bioquímico para avaliação de glicose (GLIC), triglicerídeos (TG) e HDL colesterol

(HDL-c), no Laboratório de Bioquímica do Exercício do Instituto de Pesquisa da Capacitação Física

do Exército; as avaliações dos biomarcadores de estresse oxidativo, tais como: proteína carbonilada

(PC), peroxidação lipídica (PL), tióis totais (TT) e capacidade antioxidante total (CAOT) foram

realizadas no Laboratório de Citotoxicidade e Genotoxicidade (LCG) da Universidade Federal do

Rio de Janeiro. Na estatística descritiva utilizou-se a média e o desvio padrão. Na estatística

inferencial, utilizou-se o teste t para amostras independentes (p < 0,05). Resultados: foi observado

um aumento significativo na GLIC (Δ%=11,3; p=0,004), TG (Δ%=62,0; p=0,006) e PC (Δ%=41,8;

p=0,049) no Gp1, quando comparado ao Gp2. Não foi observada diferença significativa entre os

outros biomarcadores estudados. Conclusão: o aumento na concentração sorológica de GLIC e TG,

além do número de fatores de risco, pode tornar o indivíduo mais suscetível a desenvolver um

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2390

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quadro de estresse oxidativo e, provavelmente, a prática regular de exercício físico pode estar

contribuindo para atenuar maiores danos.

Palavras chaves: militares, estresse oxidativo e síndrome metabólica.

Referências:

Ciolac EG, Guimarães GV. (2004); Rev Bras Med Esporte, (10): 4 – Jul/Ago.

Power SK, Nelson WB, Hudson MB. (2011); Free Radic Biol Med. 51: 942-50

Teles YCF, Monteiro RP, Oliveira MS, Ribeiro-Filho J. (2015); J Health Sci Inst. 33(1): 89-93

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2391

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Marcadores Bioquímicos Alternativos Relacionados Com a Síndrome

Metabólica

Marcio Antonio de Barros Sena1,2, Marcos de Sá Rego Fortes3, Marly Melo Zanetti1, Samir

Ezequiel da Rosa1, Jairo José Monteiro Morgado1 & Marcos Dias Pereira2

1Instituto de Pesquisa da Capacitação Física do Exército (IPCFEx/RJ/Brasil) 2Departamento de Bioquímica, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro

(UFRJ/RJ/Brasil). 3Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO/RJ/Brasil)

[email protected]

Introdução: a Síndrome Metabólica (SM) é um transtorno multifatorial, que engloba diversos

fatores de risco à saúde como a circunferência abdominal aumentada, sobrepeso ou obesidade,

dislipidemia, hipertensão arterial, hiperuricemia, intolerância à glicose ou diabetes tipo II, todos

contribuindo para a resistência à insulina e deposição central de gordura, constituindo-se assim em

um importante fator de risco para desenvolver doença cardiovascular. O monitoramento de

biomarcadores torna-se muito útil, pois permite o apoio ao diagnóstico, a tomada de decisões no

que tange a estadia hospitalar, farmacoterapia, prescrição de exercícios físicos e a dieta nutricional.

Objetivo: avaliar os níveis de biomarcadores clínicos alternativos em indivíduos portadores de SM.

Metodologia: a amostra foi composta por 43 (32,0 ± 9,0 anos) militares do Exército Brasileiro,

voluntários a missão de paz no Haiti, oriundos de diversas organizações militares, praticantes de

exercício físico regular por, no mínimo, três vezes por semana. Foram divididos em dois grupos:

Gp1 (n=12) sindrômicos portadores de quatro fatores ou mais e Gp2 (n=31), sindrômicos

portadores de três fatores. A pesquisa foi aprovada no CEP do Hospital Naval Marcílio Dias (nº

52570815.2.0000.5256). A amostra de sangue foi obtida de jejum, em um único momento, por

farmacêutico bioquímico para avaliação de creatinoquinase (CK), creatinoquinase fração MB (CK-

MB), alanina transaminase (ALT), aspartato aminotransferase (AST), gama-GT (GGT), fosfatase

alcalina (ALP) e ácido úrico (AU), no Laboratório de Bioquímica do Exercício do Instituto de

Pesquisa da Capacitação Física do Exército. Na estatística descritiva utilizou-se a média e o desvio

padrão. Na estatística inferencial utilizou-se o teste t para amostras independentes (p ≤ 0,05).

Resultados: foi observado um aumento significativo na CK total (Δ%=91,0; p=0,012) e AST

(Δ%=29,2; p=0,030) no Gp1, quando comparado ao Gp2. A avaliação do fator de risco para injúria

do miocárdio levando em consideração a razão CK-MB/CK, demonstrou no Gp1 um risco

aumentado (7,4%), fato este não observado no Gp2 (4,1%). Conclusão: os marcadores CK e AST

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2392

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mostraram ser possíveis candidatos a novos biomarcadores para a SM. Outrossim, alterações na

razão CK-MB/CK tornaram o indivíduo vulnerável a riscos cardiovasculares. A prática de exercício

físico pode ter contribuído para atenuar maiores males.

Palavras chaves: militares, exercício físico e síndrome metabólica.

Referências:

Ciolac EG, Guimarães GV. (2004); Rev Bras Med Esporte, (10): 4 – Jul/Ago.

Power SK, Nelson WB, Hudson MB. (2011); Free Radic Biol Med. 51: 942-50

Silva HA , Carraro JCC , Bressan J, Hermsdorff HHM. (2015); Einstein. 13(2): 202-8

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2393

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Estruturação de atividades de farmácia clínica em unidade de internação de

hematologia de um hospital universitário: relato de experiência

Nayara Fernandes Paes1, Bruna Figueiredo Martins2, Gilberto Barcelos Souza1, Maurício Lauro de

Oliveira Junior1, Rachel Nunes Ornellas1, Luiz Filgueira de Melo Neto1, Amanda Castro

Domingues da Silva2, Águeda Cabral de Souza Pereira1, Mariana Souza Rocha1, Luiz Stanislau

Nunes Chini1, Márcia de Souza Antunes1, Fabio Moore Nucci1 & Fabíola Giordani2.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Federal

Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected].

Introdução: A Farmácia Clínica é a ciência da saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante

aplicação de conhecimentos e funções relacionadas com o cuidado ao paciente, que o uso dos

medicamentos seja correto e adequado1. No ambiente hospitalar, a presença do farmacêutico na

unidade de internação pode reduzir em 72% a ocorrência de eventos adversos relacionados a

medicamentos2. Objetivo: Relatar a experiência de implantação de atividades de Farmácia Clínica

na unidade de internação de Hematologia de um hospital universitário, especialmente no que diz

respeito à estruturação, com o desenvolvimento de formulários, tabelas e procedimentos que

auxiliem a prática clínica multiprofissional. Metodologia: Estudo descritivo realizado no período

de Outubro de 2016 a Julho de 2017. A partir de visita diagnóstica na Hematologia, surgiu a

necessidade da implantação de atividades de Farmácia Clínica no setor. Para isso, foi realizada uma

revisão da literatura especializada buscando artigos e relatos de experiência. As bases de busca

foram SciELO, PubMed, LILACS, além de sites, como CFF, Sbrafh e Anvisa, e livros sobre o

tema. Resultados: Foram desenvolvidos formulários de acompanhamento farmacoterapêutico, que

incluem informações como história da saúde do paciente, exames laboratoriais, medicamentos

usados diariamente, interações e incompatibilidades medicamentosas, conduta do farmacêutico e

intervenções aceitas; tabela de estabilidade de antimicrobianos padronizados no hospital; tabela dos

principais medicamentos prescritos na referida unidade com nomes comerciais e respectivas

substâncias ativas; tabelas de incompatibilidades; tabela de ordem de infusão de medicamentos

antineoplásicos; e tabela de medicamentos antineoplásicos hepatotóxicos e seus respectivos ajustes

de doses. Conclusão: O material produzido foi testado e implantado pela farmacêutica residente

para acompanhamento dos pacientes internados na unidade de Hematologia. Os formulários

permitem a detecção, prevenção e resolução de problemas relacionados a medicamentos de forma

sistemática, contínua e documentada3 e as tabelas auxiliam o acesso rápido e seguro a informações

necessárias ao desenvolvimento das atividades clínicas. A integração e experiência diária do

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2394

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profissional farmacêutico junto à equipe multidisciplinar e ao paciente é requisito fundamental para

o delineamento das ações, pois possibilita identificar as demandas de ambos e, desta forma,

contribuir para o uso racional de medicamentos e a efetividade da farmacoterapia.

Palavras-chave: Farmácia clínica; Uso racional de medicamentos; Hematologia.

Referências:

American Society of Health-System Pharmacists. Best practices for Hospital & Health System

Pharmacy: position and guidance documents of ASHP. Bethesda, 2005-2006.

Leape LL, Cullen DJ, Clapp MD, Burdick E, Demonaco HJ, Erickson JI, Bates DW. Pharmacist

participation on physician rounds and adverse drug events in the Intensive Care Unit. JAMA 1999;

281(3): 267-270.

Ivama AM; Noblat L; Castro MS; Jaramillo NM; Rech N. Consenso brasileiro de atenção

farmacêutica: proposta. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2002. 24 p.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2395

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Adequação das prescrições da unidade de hematologia de um hospital de ensino

à RDC n° 10/2001

Nayara Fernandes Paes1, Bruna Figueiredo Martins2, Gilberto Barcelos Souza1, Maurício Lauro de

Oliveira Junior1, Rachel Nunes Ornellas1, Luiz Filgueira de Melo Neto1, Amanda Castro

Domingues da Silva2, Mariana Souza Rocha1, Águeda Cabral de Souza Pereira1, Luiz Stanislau

Nunes Chini1, Márcia de Souza Antunes1, Fabio Moore Nucci1 & Fabíola Giordani2.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Federal

Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected]

Introdução: Prescrever é o ato de definir o medicamento a ser utilizado, com a respectiva dose e

duração do tratamento1. Erros de medicação podem ocorrer em várias etapas do uso de

medicamentos, sendo a prescrição uma delas2. A RDC n° 10, de 02 de Janeiro de 2001, determina

que: “no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), as prescrições pelo profissional responsável

adotarão obrigatoriamente a Denominação Comum Brasileira (DCB), ou, na sua falta, a

Denominação Comum Internacional (DCI)”3. Em 2013, o Ministério da Saúde, a fim de promover

práticas seguras, desenvolveu o Protocolo de Segurança na prescrição, uso e administração de

medicamentos, que também preconiza o uso da DCB e, em sua ausência, a DCI4. Trabalho

previamente realizado na instituição de ensino deste estudo, identificou que 20% dos medicamentos

na unidade de internação de Hematologia estavam prescritos pelo nome comercial5. Objetivo:

Avaliar a adequação das prescrições da Hematologia à RDC n° 10 de 2010 após a implantação de

atividades de Farmácia Clínica no setor. Metodologia: Estudo retrospectivo e descritivo, realizado

em Julho de 2017, a partir das cópias das prescrições da Hematologia recebidas no Serviço de

Farmácia (CAAE n° 65893817.1.0000.5243). Resultados: Foram analisadas 111 prescrições,

totalizando 1302 medicamentos. Destes, 87% (n=1132) estavam em conformidade com a RDC n°

10 de 2010, enquanto que apenas 4% (n=53) foram prescritos pelo nome comercial. Conclusão:

Apesar da obrigatoriedade do uso da DCB e DCI nas prescrições de medicamentos em Instituições

Públicas de Saúde, ter sido preconizado desde 2001, ainda não é uma prática predominante no

referido hospital5. O uso dessa nomenclatura é um importante instrumento de comunicação técnico-

científica, que identifica a substância de forma inequívoca, porém simples6. A atuação do

Farmacêutico junto à Equipe Multidisciplinar contribui para a conscientização dos profissionais de

saúde, principalmente médicos, residentes e acadêmicos de medicina, sobre a importância da

adequação das prescrições e da necessidade de alterações em rotinas e procedimentos, com foco na

qualidade do serviço prestado e na Segurança do Paciente.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2396

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Palavras-chave: Adequação de protocolo de prescrição, Erros de prescrição, Farmacêutico clínico,

Segurança do paciente.

Referências:

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n°. 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política

Nacional de Medicamentos. Diário Oficial da União, n° 215, 10 de novembro de 1998. Seção 1,

p.16-18.

Cavallini ME; Bisson MP. Farmácia hospitalar. 2. ed. Barueri: Manole, 2010.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução n° 10, de 02 de Janeiro de 2001.

Estabelece o regulamento técnico para medicamentos genéricos. Diário Oficial da União, n° 6, 9 de

janeiro de 2001, Seção 1.

Brasil. Ministério da Saúde. Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de

medicamentos, 2013. [acesso em 27 jul 2017]. Disponível em:

http://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/publicacoes/item/seguranca-na-

prescricao-uso-e-administracao-de-medicamentos.

Oliveira Jr. ML. Segurança do Paciente: Análise da adequação da prescrição em um hospital de

ensino em relação ao protocolo do Ministério da Saúde. Niterói. Dissertação [Mestrado em Saúde

Coletiva] – Universidade Federal Fluminense; 2017.

Manual das Denominações Comuns Brasileiras. Moretto, LD, Mastelaro, R. (Orgs.) São Paulo:

SINDUSFARMA, v. 16, 2013. 706 p.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2397

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Interações digitálicas na unidade de internação de hematologia de um

hospital universitário: relato de caso

Gilberto Barcelos Souza1, Nayara Fernandes Paes1, Amanda Castro Domingues da Silva2,

Luiz Filgueira de Melo Neto1, Rachel Nunes Ornellas1, Fabíola Giordani2, Mauricio Lauro de

Oliveira Júnior1, Luiz Stanislau Nunes Chini1, Bruna Figueiredo Martins2, Mariana Souza

Rocha1, Fabio Moore Nucci1, Águeda Cabral de Souza Pereira1 & Márcia de Souza Antunes1.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Federal

Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. E-mail: [email protected].

Introdução: Interação medicamentosa potencial (IMP) é a possibilidade de um medicamento

modificar a intensidade do efeito farmacológico de outro administrado concomitantemente1. A

Digoxina, glicosídeo digitálico indicado no tratamento de arritmias e insuficiência cardíaca

congestiva (ICC)2, apresenta baixo índice terapêutico3, devendo ter a dose cuidadosamente

titulada e monitorada. Algumas interações medicamentosas e condições clínicas podem alterar a

farmacocinética da Digoxina ou a suscetibilidade do paciente à intoxicação digitálica4.

Objetivo: Analisar a ocorrência de IMP entre Digoxina e outros fármacos em um paciente

internado na Hematologia de um hospital universitário. Metodologia: Relato de caso obtido a partir

de estudo prospectivo e descritivo, em que as cópias das prescrições da unidade de internação de

Hematologia, foram analisadas para a identificação de IMP (CAAE n°

65893817.1.0000.5243). Resultados: Paciente PCS, masculino, 71 anos, portador de tricoleucemia

variante, hipertensão, ICC e fibrilação atrial. Admitido no setor em 21/06/2017 com

prescrição: Omeprazol 40 mg VO 1x/dia, Alopurinol 100 mg VO 1x/dia, Carvedilol 6,25 mg VO

2x/dia, Furosemida 40 mg IV 2x/dia, Espironolactona 25 mg VO 1xdia, Losartana 50 mg VO

2x/dia, Ácido acetilsalisílico 100 mg 1x/dia, Digoxina 0,25 mg VO 1x/dia e Enoxaparina 60 mg SC

2x/dia. Foram encontradas nove IMP: destas, cinco sugerindo aumento da concentração plasmática

de Digoxina e risco de toxicidade digitálica (náusea, vômito e arritmia)5. Em contato com o médico

prescritor, a Farmacêutica sugeriu a dosagem sérica de Digoxina e o resultado estava dentro da

faixa aceitável. Entretanto, no 6º dia de internação o paciente apresentou hipomagnesemia e no 8º,

hipocalemia, sinais clássicos da interação entre Digoxina e Furosemida5. Foi realizada a

reposição dos eletrólitos. Conclusão: Cerca de seis medicamentos são prescritos por dia aos

pacientes internados6. Neste relato, a presença diária da Farmacêutica na Hematologia foi

fundamental para a detecção de IMP, alertando ao médico sobre a necessidade da solicitação de

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2398

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exames laboratoriais complementares e a realização de medidas corretivas, destacando, desta forma,

a importância das atividades farmacêuticas clínicas.

Palavras-chave: Interações medicamentosas potenciais, Interações digitálicas, Farmácia Clínica.

Referências:

Nies AS. Princípios da terapêutica. In: Hardman JG; Limbird LE. (Org.). Goodman & Gilman: as

bases farmacológicas da terapêutica. 10. ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2005, p. 35- 50.

Digoxina. [Bula]. Anápolis: Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A; 2016.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Brasil). Resolução n° 67, de 8 de outubro de 2007.

Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso

Humano em farmácias. Diário Oficial da União 9 out. 2007; Seção 1.

Ooi H, Colucci WS. Tratamento farmacológico da insuficiência cardíaca. In: Hardman JG; Limbird

LE. (Org.). Goodman & Gilman: as bases farmacológicas da terapêutica. 10. ed., Rio de Janeiro.

McGraw-Hill, 2005, p. 679-702.

Micromedex® Healthcare Series: MICROMEDEX 2.0, Greenwood Village, Colorado. [acesso em

21 jun 2017] Disponível em: www.periodicos.capes.gov.br.

Lima REF; Cassiani SHB. Interações medicamentosas potenciais em pacientes de unidade de

terapia intensiva de um hospital universitário. Rev Latino Am Enfermagem 2009:17(2): mar/abr

2009.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2399

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Efeito do Artesunato no comportamento reológico do Soluplus® e do Kollidon®

VA 64 como um estudo de pré-formulação para o processo de HME

Daniel Lins de Sales¹, André Luís Marcomini², Pedro Henrique da Rocha Franco³, Fábio Moysés

Lins Dantas4 & Maria Helena Miguez da Rocha-Leão5

1,5Escola de Química da UFRJ, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Av. Athos da Silveira Ramos, 149; 2Departamento de Engenharia de Materiais da UFSCar, São Carlos, São Paulo, Rodovia

Washington Luís (SP-310), Km 235; 3,4Laboratório de Tecnologia de Materiais Poliméricos do

INT, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Av. Venezuela, 82.

INTRODUÇÃO: Hot-Melt Extrusion (HME) é um processo contínuo, livre de solventes orgânicos,

envolvendo energia térmica e mecânica1 com a finalidade de desenvolver uma dispersão sólida

amorfa (DSA) através da fusão e mistura do sistema fármaco-polímero2. Ela é considerada a melhor

estratégia para aumentar a biodisponibilidade oral de fármacos da classe II do BCS (do inglês,

biopharmaceutics classification system)3. Este é o caso do antimalárico Artesunato (AS), que tem

sido eficaz contra o P. falciparum, normalmente associado aos casos mais severos da doença4.

OBJETIVO: O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do AS na viscosidade complexa (η*) dos

polímeros Soluplus® e Kollidon® VA64, sendo um estudo de pré-formulação para o processo de

HME. METODOLOGIA: a η* em função da temperatura (T) das misturas AS-polímero foram

avaliadas no reômetro ARES® com geometria placa-placa (d=25,0 mm), Gap= 1,0 mm, ω=5 rad/s,

γ= 0,5%, Ti= 120 ºC, Tf = 90 ºC e taxa de 0,3ºC/min. O setup proposto utilizou temperatura máxima

de 120ºC para evitar a degradação do fármaco. Foram avaliadas misturas de AS-polímero com e

sem a adição de 10% (m/m) de Span 20. RESULTADOS: O gráfico gerado (η* versus T) pela

reometria foi avaliado. Os dados apontaram que a temperatura de amolecimento de ambos os

polímeros, sem adição de Span 20, eram inadequadas para o processamento com o AS, sendo o pior

caso o Kollidon® VA64. Já os testes envolvendo o Span 20 apresentaram resultados satisfatórios.

CONCLUSÃO: Os resultados sugerem um efeito plastificante concedido pelo AS aos polímeros,

uma vez que a mistura apresentou queda na η*. O estudo foi útil para inferir uma faixa de

temperatura ótima para o processo de HME, o comportamento viscoelástico das misturas e a

necessidade de se utilizar Span 20 na formulação.

Palavras-chave: Hot-melt extrusion, Reologia, Polímero, Dispersão sólida amorfa, Artesunato.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2400

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Agradecimentos:

Ao Laboratório Farmacêutico da Marinha- LFM que cedeu o Artesunato para o estudo. À empresa

Basf que cedeu o Soluplus® e o Kollidon® VA 64. Ao Prof. Carlos Henrique Scuracchio (UFSCar)

que disponibilizou o laboratório para os estudos de reologia. Ao Pesquisador Samir F. de A.

Cavalcante (CTEx) que disponibilizou vidrarias.

Referência:

Radl S, Tritthart T, Khinast, JG (2010); Chem. Eng. Sci. 65 (15): 1976–88.

Thiry J, Krier F, Evrard B. (2015); Int. J. Pharm. 479(1): 227-40

Williams HD, Trevaskis NT, Charman SA, Shanker RM, Charman WN, Pouton CW, Porter CJH

(2013); Pharmacol. Rev. 65(1): 315-499

Wells S, Diap G, Kiechel J. (2013); Malar. J. 12(68): 1-10

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2401

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Controle da qualidade físico-química de albuminas humanas submetidas ao

INCQS

Laryssa Lemos dos Santos1, Mariane Dantas Ramos Batista2, Natália Helena de Azevedo Oliveira3,

Lílian Figueiredo Venâncio4, Renata de Freitas Dalavia Vale5, Anna Maria Barreto Silva Fust6,

Michele Feitoza Silva7 & Kátia Christina Leandro8

1INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 2INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

3INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 4INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 5INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

6INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 7INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

8INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) realiza análises dos

hemoderivados no Brasil em cooperação com a ANVISA, cuja obtenção é a partir do fracionamento

industrial do plasma humano. A albumina humana é uma proteína e age no controle osmótico do

sangue, na regulação do volume plasmático intravascular e no transporte de ácidos graxos. São

comercializadas como solução injetável, nas concentrações de 20 a 25%. São submetidas às análises

físico-químicas de aspecto, pH e determinação de polímeros e agregados por método de

cromatografia líquida de alta eficiência de gel filtração. Nesta análise, se o produto possui alérgenos

dentro da especificação permitida (inferior ou igual a 5% da área do sinal correspondente aos

polímeros e agregados). Este trabalho visou realizar uma análise dos resultados encontrados na

análise de determinação de polímeros e agregados por CLAE submetidos ao INCQS. Foram

utilizadas informações do Harpya (Sistema de Gerenciamento de Amostras) de 2010 a 2016,

utilizando como filtros: data de entrada, produto e conformidade. Observou-se resultados

satisfatórios nas amostras analisadas nos ensaios de aspecto, pH, polímeros e agregados, estando

dentro das especificações preconizadas na RDC n°46/2000. Com os dados obtidos construiu-se uma

carta controle, visando avaliar o perfil dos resultados no ensaio de determinação de polímeros e

agregados, sendo analisadas 710 amostras no total. Determinou-se uma linha primária e secundária

na faixa de controle de 4,5 a 5,0% para investigação dos detentores com resultados nesta faixa, onde

19 amostras do fabricante A e 3 do Fabricante B obtiveram produtos com resultados dentro da faixa

de investigação. Apesar de não terem ultrapassado o limite superior, um alto índice de amostras em

2013 do Fabricante A estiveram na faixa de controle estabelecida, apontando um possível perfil do

produto deste detentor que deve ser acompanhado. Apesar da oscilação dos resultados, confirmou-

se que um pequeno percentual das amostras (3%) se aproximaram do valor máximo estipulado pela

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2402

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legislação. O resultado aponta o alto índice de amostras satisfatórias e realça a importância do

controle da qualidade realizado pelo fabricante e pelo INCQS, contribuindo com o Sistema

Nacional de Vigilância Sanitária.

Palavras-chave: Albumina Humana, CLAE, Controle da Qualidade.

Agradecimentos: Fiocruz, INCQS, ANVISA e Universidade do Grande Rio.

Referências:

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. RDC N° 46, de 18 de maio de 2000.

Aprova o Regulamento Técnico para a Produção e Controle de Qualidade de Hemoderivados de

Uso Humano. Diário Oficial União. 19 mai.2000.

Matos, G.C. (2006). Estudo de Utilização de Albumina Humana em Hospitais do Rio de Janeiro,

Brasil. Tese apresentada ao Curso de Doutorado em Saúde Pública da Escola Nacional de Saúde

Pública Sergio Arouca como requisito parcial à obtenção do título de Doutor em Saúde Pública.

Fundação Oswaldo Cruz. Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca. Rio de Janeiro, 2006.

160: 11-21.

Takana, K. et al. (2004). Avaliação da Qualidade de Albumina 20% e Imunoglobulina G5%

produzidas pelo método de cromatografia liquida de, no período de 5 anos. Revista do Instituto.

Adolfo Lutz, São Paulo – SP.63(1): 104-110,2004.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2403

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Perfil dos detentores de bolsas de sangue do Brasil com enfoque nas substâncias

presentes nas soluções

Mariane Dantas Ramos Batista1, Patryck Gonçalves Santos2, Laryssa Lemos dos Santos3,

Gleyce Carolina Santos Cruz4, Renata de Freitas Dalavia Vale5

Anna Maria Barreto da Silva Fust6, Lilian de Figueiredo Venâncio7 & Michele Feitoza Silva8

1INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 2INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 3INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 4INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

5INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 6INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

7INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 8INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) é uma unidade da Fundação

Oswaldo Cruz (Fiocruz) que atua em estreita cooperação com a ANVISA e outras entidades. No

Setor de Hemoderivados, Artigos e Insumos de Saúde é realizado o controle da qualidade de bolsas

para coleta de sangue. As bolsas de sangue são classificadas de acordo com a legislação vigente

como produto de risco III e de alta complexidade. Algumas soluções anticoagulantes são utilizadas

para manter a viabilidade e a função das células sanguíneas. Os anticoagulantes mais utilizados

quando se pretende armazenar o sangue são o citrato-fosfato-dextrose-adenina (CPDA), o citrato-

ácido-dextrose (ACD), o citrato-fosfato-dextrose (CPD). O objetivo foi traçar o perfil analítico de

substâncias presentes nas soluções das bolsas de sangue de todos os detentores que submeteram

amostras para análise no período proposto. Foram selecionados e avaliados os resultados obtidos

para amostras de bolsas de sangue com soluções anticoagulantes analisadas e concluídas no INCQS

entre o período de 2006 e 2016, através dos Sistemas SGA e Harpya, pelos filtros: data de análise,

categoria do produto, produto e detentor. Foram avaliados os resultados obtidos para 95 amostras

nos ensaios preconizados para as soluções no período de estudo, sendo que 32% das amostras eram

soluções do tipo CPDA, 33% CPD/SAG, 32% CPD e 3% ACD de 15 diferentes detentores de

registro. Do total das amostras encontradas, 92 foram avaliadas como satisfatórias e apenas 3 foram

insatisfatórias, duas no ensaio de determinação do teor de glicose e frutose monohidratadas e uma

no ensaio de determinação do teor de fosfato. O estudo realizado é uma ferramenta na garantia da

qualidade de resultados seguros no controle da qualidade de produtos. Definiu-se o perfil dos

resultados obtidos para as substâncias presentes nas soluções anticoagulantes de bolsa de sangue.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2404

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Com a sistematização dos resultados é possível compreender e realizar avaliações posteriores que

irão correlacionar variáveis do processo de análise, como temperatura ambiente, insumos utilizados,

vida útil da coluna, dentre outros. Destaca, também, a importância do INCQS como laboratório de

referência para o controle da qualidade do produto e sua inserção na discussão regulatória do

mesmo.

Palavras-chave: Bolsas de sangue, Carta-controle, Soluções anticoagulantes.

Agradecimentos: Ministério da Saúde, ANVISA, Fiocruz e INCQS.

Referências:

BRASIL. (2001) Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. RDC N° 185, de 22 de

outubro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico que consta no anexo desta Resolução, que trata

do registro, alteração, revalidação e cancelamento do registro de produtos médicos na Agência

Nacional de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União. 24 out. 2001.

BRASIL. (2014) Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. RDC N° 35, de 12 de junho

de 2014. Dispõe sobre bolsas plásticas para coleta, armazenamento e transferência de sangue

humano e seus componentes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União.

16 jun. 2014.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2405

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Determinação de massa como requisito de qualidade em compressas de gaze

Patryck Gonçalves Santos1, Jonas Fernandes Oliveira2, Layz Santos Mars Carneiro3, Lilian de

Figueiredo Venâncio4, Anna Maria Barreto Silva Fust5, Renata de Freitas Dalavia Vale6

& Michele Feitoza Silva7

1INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 2INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

3INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 4INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

5INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 6INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

7INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

O Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) é o responsável pela análise de

produtos para a saúde no Brasil avaliando-os em cooperação com os entes do Sistema Nacional de

Vigilância Sanitária, cumprindo com rigor a regulamentação vigente. Os produtos para saúde

possuem grande diversidade tecnológica, sendo projetados para que seu uso garanta a segurança do

paciente e do operador. Por esse motivo os artigos têxteis usados em procedimentos médicos

demandam um controle rígido da sua qualidade. Destacam-se neste estudo as compressas de gaze que

são utilizadas em curativos e demais procedimentos médicos. São compostas por tecido 100%

algodão ou misto. Possuem baixa densidade de fios, podendo ou não ser estéreis além da eventual

presença de material radiopaco. O objetivo deste trabalho foi correlacionar a pesagem de compressas

de gaze submetidas ao Departamento de Química do INCQS com o preconizado na norma vigente

(ABNT NBR 13843:2009). Foi realizada a pesagem de cada unidade presente na embalagem,

utilizando como filtro o tipo de compressa segundo a norma. No total foram analisados 14 lotes (5

sintéticos, 4 do tipo II e 5 do tipo III) sendo que somente para 12 foi possível o ensaio em triplicata.

Observou-se para as compressas do tipo II (11 fios/cm2) apenas 1 lote não alcançou o valor estipulado

na norma de 0,8 g por unidade. Para os lotes do tipo III (13 fios/cm2) todos os lotes foram

insatisfatórios, pois não atingiram o valor mínimo de 1,0 g por unidade. As compressas de tecido

sintético não possuem valor de referência, pois não apresentam densidade de fios já que seu tecido

não é de algodão. Vale ressaltar também que 5 lotes (2 sintéticas, 2 tipos II e 1 tipo III) apresentaram

variações anormais em sua massa unitária (± 0,1g), refletindo no desvio padrão relativo. De modo

geral 67% dos lotes foram insatisfatórios, excluindo as compressas de tecido sintético. O resultado

deste estudo aponta o alto índice de reprovação para as compressas de gaze realçando a necessidade

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2406

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de sua discussão regulatória e a importância do controle da qualidade realizado pelo INCQS

contribuindo com o SNVS.

Palavras-chave: Compressas de gaze, Sintético, Lote, Pesagem.

Agradecimentos: Fiocruz, INCQS e Universidade do Grande Rio.

Referências:

BRASIL. (2013) Agência Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – NBR 13843 de 06 de fevereiro

de 2009. Artigos Têxteis Hospitalares – Compressa de Gaze – Requisitos e Métodos de Ensaio.

BRASIL. (1995) Instituto Nacional De Metrologia, Qualidade E Tecnologia – Inmetro. Portaria n.º

74, de 25 de maio de 1995. Regulamento Técnico Metrológico Estabelece os Critérios para

Verificação do Conteúdo Efetivo de Produtos Pré-medidos, com Conteúdo Nominal Igual, expresso

em unidades do Sistema Internacional de Unidades.. Disponível em: <

http://www.inmetro.gov.br/legislacao/rtac/pdf/RTAC000183.pdf >. Acessado em 16 de ago. 2017.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2407

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Qualidade das luvas certificadas no Brasil: um estudo de caso

Natália Helena de Azevedo Oliveira1, Jonas Oliveira Fernandes2, Layz Santos Mars Carneiro3,

Gleyce Carolina Santos Cruz4, Lílian de Figueiredo Venâncio5, Anna Maria Barreto Silva Fust6,

Renata de Freitas Dalavia Vale7 & Michele Feitoza Silva8

1INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 2INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

3INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 4INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

5INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 6INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

7INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected] 8INCQS, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]

As luvas são produtos médicos submetidos à legislação sanitária e com exigência de certificação

metrológica. São utilizadas durante as rotinas de serviços de saúde, permitem a manipulação de

pacientes de forma segura e contribuem para preservação da integridade física do profissional.

Dentre as legislações vigentes que tratam do controle da qualidade de luvas temos as normas RDC

Nº 55/2011 da ANVISA e a Portaria Nº 332/ 2012 do Inmetro, que estabelecem a certificação

metrológica do produto, além da RDC Nº 185/2001, RDC Nº 56/2001 e a RDC Nº 16/2013 que são

para todos os artigos de saúde. O objetivo deste estudo foi avaliar o aspecto e os dizeres de

rotulagem de luvas utilizadas em 2 serviços de saúde e em 1 laboratório de referência nacional. As

amostras coletadas foram cadastradas no Harpya (Sistema de Gerenciamento de Amostras), na

modalidade de orientação, sendo codificadas por letras: A e B para os serviços e C para o

laboratório. Construiu-se formulários baseando-se nas legislações e com os mesmos avaliou-se 26

lotes de diversas marcas, sendo 18 estéreis e 8 não estéreis. Na análise de rotulagem todas as 26

amostras foram consideradas satisfatórias. No entanto, para 15 delas foram feitas sugestões aos

detentores. No aspecto, 4 amostras foram consideradas insatisfatórias e dentre os motivos observou-

se: presença de furos (1); manchas amareladas com partículas escuras (1), e outras que não estavam

indeléveis (2). Essas características encontradas contrariam a RDC Nº 56/2001 e a RDC Nº

55/2011. Dentre as amostras consideradas satisfatórias no ensaio de aspecto, 20 demandaram

observações e foram sugeridas melhorias aos detentores. O estudo proposto demonstra o impacto da

certificação para o produto luva, já que as amostras foram coletadas após a compulsoriedade e ainda

possibilita a discussão sobre não conformidades relevantes que podem causar danos aos pacientes.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2408

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Os resultados alcançados revelam que a certificação metrológica deve ser considerada uma

ferramenta para o SNVS, mas de forma alguma pode substituir o monitoramento sanitário.

Palavras chave: Luvas, Controle de Qualidade, Certificação Compulsória.

Agradecimentos: Ministério da Saúde, FIOCRUZ, ANVISA e INCQS.

Referências:

BRASIL. (2001) Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. RDC Nº 56, de 06 de abril de

2001. Estabelece os requisitos essenciais de segurança e eficácia aplicáveis aos produtos para saúde,

referidos no Regulamento Técnico anexo a esta Resolução. Diário Oficial da União. 10 abr. 2001.

BRASIL. (2001) Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. RDC N° 185, de 22 de

outubro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico que consta no anexo desta Resolução, que trata

do registro, alteração, revalidação e cancelamento do registro de produtos médicos na Agência

Nacional de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União. 24 out. 2001.

BRASIL. (2011) Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. RDC Nº 55, de 4 de

novembro de 2011. Estabelece os requisitos mínimos de identidade e qualidade para as luvas

cirúrgicas e luvas para procedimentos não cirúrgicos de borracha natural, de borracha sintética, de

mistura de borrachas natural e sintética e de policloreto de vinila, sob regime de vigilância sanitária. Diário Oficial da União. 07 nov. 2011.

BRASIL. (2012) Instituto Nacional De Metrologia, Qualidade E Tecnologia – Inmetro. Portaria n.º

332, de 26 de junho de 2012. Aprovar a revisão dos Requisitos de Avaliação da Conformidade para

Luvas Cirúrgicas e de Procedimento Não Cirúrgico de Borracha Natural, Borracha Sintética e de

Misturas de Borrachas Sintéticas. Diário Oficial da União. 28 jun. 2012.

BRASIL. (2013) Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. RDC N°16, de 28 de março

de 2013. Aprova o Regulamento Técnico de Boas Práticas de Fabricação de Produtos Médicos e

Produtos para Diagnóstico de Uso In Vitro e dá outras providências. Diário Oficial União. 01 abr.

2013.

Vasconcelos, B. M. et al. (2008). Uso de equipamentos de proteção individual pela equipe de

enfermagem de um hospital do município de Coronel Fabriciano. Revista Enfermagem Integrada –

Ipatinga: Unileste-MG. 1(1), 99-111.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2409

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Estudo por análise fatorial visando o desenvolvimento de formulação

fotoprotetora para uma Farmácia Universitária do Estado do Rio de Janeiro

Natália Farias Santos¹, Thalita Martins da Silva2, Carolina Esper Ferreira2, Elizabeth Valverde

Macedo2, Carlos Augusto de Freitas Peregrino2, Eliana de Vares Cação3 & Emeli Moura de

Araújo1.

1Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil

([email protected]); 2LURAEx, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro,

Brasil; 3FAU, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Introdução: A exposição crônica e aguda a radiação violeta aumenta o risco do desenvolvimento

de câncer de pele que é altamente prevalente no Brasil1,2 e estudos demonstram que o uso regular de

protetores solares reduz estes riscos3. O meio primário de medir a eficácia de protetores solares é a

determinação do fator de proteção solar (FPS)4. Objetivo: Desenvolver formulação fotoprotetora

com valor de FPS entre 15 a 30 para uma Farmácia Universitária do Estado do Rio de Janeiro

através de análise fatorial, a fim de determinar quais fatores influenciam significativamente no valor

de FPS. Métodos: Foi realizado um planejamento fatorial completo (33) no Software Statistisca. Os

fatores estudados foram o pH (5, 6 e 7), a concentração do filtro ultravioleta (Avobenzona à 5% e

Metoxicinamato de Octila, nas concentrações de 5, 8 e 10%) e o percentual de gordura na base

galênica (0, 10 e 20,6%), a variável resposta foi o valor de FPS (p<0,05), totalizando 27

experimentos de formulações fotoprotetoras. Após o preparo das formulações o FPS foi

determinado por espectrofotometria segundo o método de Mansur5. Resultados: Após o tratamento

dos dados no Software Statistica, os fatores que mostraram­se estatisticamente significativos, ao

nível de significância de 95% foram: concentração de filtro UV e a composição do veículo.

Observou-se que estes fatores alteram linearmente o valor de FPS, no entanto ambos não possuem

interação sob o outro. Observou-se também que o fator pH não exerceu influência significativa no

FPS, pois seu p-valor deu acima de 0,05 e também não influenciou os demais fatores estudados. Os

valores mais altos de FPS encontrados foram de 18,2, 17,1 e 16,5, obtidos nas formulações com

concentração de 10% de Metoxicinamato de Octila e 0, 20,6 e 10% de gordura na base,

respectivamente. Conclusão: Através da análise fatorial foi possível estudar a influência de

diferentes fatores no FPS de formulações fotoprotetoras, a fim de eleger a formulação que

apresentou maior valor de FPS e como perspectiva será realizado um estudo de estabilidade na

formulação de FPS mais alto a fim de que esta possa ser utilizada na Farmácia Universitária em

questão.

Palavras-chave: Protetor solar, Desenvolvimento, Fator de Proteção Solar, Planejamento Fatorial.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2410

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Referências:

Sambandan DR, Ratner, D. (2011); Journal of the American Academy of Dermatology. 64(4):748–

758.

Koifman S, Koifman R J. (2003);. Mutation Research. 544: 305–311.

Bakos L, Wagner M, Bakos RM. et al. (2002); International Journal of Dermatology. 41:557-562.

Brasil. (2012); Resolução - RDC Nº 30 de 1º de junho de 2012. Regulamento técnico mercosul

sobre protetores solares em cosméticos. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília,

DF.

Mansur JS, Breder MNR, Mansur MCA et al. (1986); Anais Brasileiros de Dermatologia, Rio de

Janeiro. 61(3):121-24.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2411

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Cinema de comédia no ensino de Deontologia Farmacêutica

Lêda Glicério Mendonça¹, Natalia Boechat², Francisco Romão Ferreira³ & Lúcia de La Rocque

Rodriguez4

1Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do

Rio de Janeiro (IFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]; 2Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil,

[email protected]; 3Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e Universidade Estadual do

Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil, [email protected]; 4Fundação Oswaldo Cruz

(FIOCRUZ) e Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil,

[email protected]

Descrição do estudo

A proposição do uso do cinema de comédia em sala de aula emergiu da necessidade de se encontrar

uma estratégia motivadora para auxiliar na apreensão dos conteúdos da Deontologia e Ética

Farmacêutica, disciplina baseada em normas e leis, campo de pouco interesse dos alunos de

graduação em Farmácia. Essa prática pedagógica já foi utilizada com sucesso em outros contextos e

tomou como base estudos similares conduzidos anteriormente no Programa de Pós-graduação em

Ensino em Biociências e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz. Dessa forma, o trabalho visa discutir a

apropriação do cinema de comédia como estratégia no ensino de Deontologia e Ética Farmacêutica

e analisar, consequentemente, como a sétima arte reflete a imagem do profissional que pesquisa

medicamentos. Para tal, analisamos cinco filmes internacionais, aclamados pela crítica e pelo

público: O inventor da mocidade (1952); O professor aloprado (1963); Júnior (1994); O professor

aloprado (1996) e Sem sentido (1998). Os dados apurados indicaram que a grande maioria dos

discentes apoia o uso do cinema como ferramenta facilitadora e aproximadora de campos de

estudos considerados tão áridos e distantes de sua realidade e indicaram a comédia como gênero

cinematográfico de grande aceitação. No decorrer da análise dos filmes selecionados constatou-se

que a imagem do cientista de medicamentos construída pelo cineasta geralmente é atrelada ao

homem, professor de Universidade, médico ou químico. As farmacêuticas foram excluídas. Quando

o farmacêutico aparece no cinema, sua imagem é atrelada à botica do século XIX. Revela ainda que

o papel da mulher como coadjuvante da ciência sofreu modificações ao longo do tempo, embora

ainda persista. Estes fatos acabam, de certa maneira, tanto refletindo o senso comum como

reforçando esse estereótipo e influenciando ao grande público. Esperamos, com este trabalho, não

apenas contribuir para encorajar o uso do cinema no ensino de Deontologia, mas de forma ampla,

naquelas disciplinas que são de difícil compreensão ou não são apreciadas pela maioria dos alunos,

como também trazer à luz a discussão do papel do farmacêutico como legítimo pesquisador de

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medicamentos, ressaltando que a mulher está ocupando, cada vez mais, uma fatia considerável

desse mercado.

Palavras-chave: Ciência, Arte, Ensino, Deontologia, Gênero

Agradecimento

Ao CAPES pelo o auxílio financeiro à pesquisa realizada.

Referências:

Snyders G. (1994); La alegría en la escuela.

Snyders G. (1995); Feliz na Universidade: estudo a partir de algumas biografias.

Snyders G. (1996); Alunos felizes: reflexão sobre a alegria na escola a partir de textos literários.

Schienbinger L. (2001); O feminismo mudou a ciência?

Cecy C, Oliveira GA, Costa EMMB. (2010); Metodologias ativas: aplicações e vivências em

educação farmacêutica.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2413

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Development and Characterization of Nanoemulsion Containing Icaridin as

Insect Repellent

Márcio Robert Mattos da Silva, Raphaela Aparecida Schuenck da Silva, Elisabete Pereira dos

Santos & Eduardo Ricci Júnior1

1LADEG (Laboratório de Desenvolvimento Galênico), Faculty of Pharmacy, Federal University of

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil.

Introduction: The Icaridin is one of the newer repellents and its use in the development of products

is growing1. The Icaridin is insoluble in water2. Thus, Icaridin was incorporated into the Pluronic

F127® which is a biocompatible polymer widely used by the pharmaceutical and cosmetic

industry3. The formulation based in a nanoemulsion was used to incorporate the repellent. The

association of Pluronic with Icaridin is an innovation, because this association has not been found in

the literature. Aim of study: Development and characterization nanoemulsion containing Icaridin.

Materials & Methods: The repellent Icaridin (Galena), Conserve Novamint® (IPEL), propylene

glycol (Galena), Pluronic F127® (Sigma, MO, USA) and distilled water were used. Preparation of

nanoemulsion: The formulation was prepared by addition of methylisothiazolinone (Conserve

Novamint®) and propylene glycol in an amount of distilled water. Subsequently Pluronic F127®

was dispersed in the aqueous solution and keep in the refrigerator at 8°C. Finally, Icaridin was

slowly incorporated into the micellar dispersion under constant homogenization of an ultrasonic

processor (cycle 1, potency 100%). The amount of the Pluronic F127® in the nanoemulsion was

5%. Characterization of nanoemulsion droplets: Droplet size analysis of nanoemulsion was

determined in triplicate by photon correlation spectroscopy (PCS) in terms of average diameter

using a Zetasizer Nano ZS instrument (Malvern Instruments, UK) at 25 °C. The formulations were

diluted 1:10 with distilled water and analyzed. The organoleptic characteristics color, odor,

appearance and pH (potencial of Hydrogen) were evaluated. Results: The average droplet size of

nanoemulsion and polidispersity index (PDI) were 43 ± 3,98 nm and 0,5 ± 0,1, respectively. These

values may be due to their method of preparation. The nanoemulsion showed a transparent, odorless

and homogeneous appearance. The pH of the formulation was neutral (7,3) and can be administered

to the skin. Conclusions: The formulation was successfully produced. The mean droplet size

demonstrated that the formulation is nanostructured. Safety and efficacy in vivo studies will be next

steps of the project.

Keywords: Nanoemulsion, Droplet size, Pluronic F127® and Icaridin.

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References:

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Entomol and Zool Stud. 3(2): 343-347.

US EPA (2005): 7505C. www3.epa.gov/.../chem.../fs_PC-070705_01-May-05.pdf.

Demirci S, Dogan A, Karakus E, Hahcr Z, Topço A, Demirci E, Sahin F. (2015); Biol Trace Elem.

Res. Doi 10.1007/s12011-015-0338-z.

Batrakova E V, Kabanov A V. (2008) J Control Release. 130(2): 98–106.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2415

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Avaliação da qualidade das informações fornecida em sítios de saúde

brasileiros: tratamento farmacológico para insônia.

Stephanie de Moura Araujo Fernandes1, Sabrina Calil Elias2 & Thaísa Amorim Nogueira3.

1Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil

([email protected]); 2Faculdade de Farmácia - Universidade Federal

Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil ([email protected] ); 3Faculdade de Farmácia –

Universidade Federal do Rio de Janeiro, Macaé, Brasil ([email protected]).

Introdução: Medicamentos para o tratamento da ansiedade e insônia foram o mais vendido no

Brasil. Com destaque para os benzodiazepínicos que ocuparam o topo da lista1. Em paralelo a

crescente utilização dos medicamentos hipnóticos, o aumento da necessidade dos consumidores

a informações sobre os mesmos2. Quando se refere à informação em saúde, a qualidade das

informações impactam a saúde da população. A internet tem importante influência na tomada de

decisão dos pacientes3. Objetivo: Avaliar a qualidade das informações sobre medicamentos

hipnóticos em site de saúde na língua português. Metodologia: Os sites selecionados foram

analisados a partir da aplicação de duas ferramentas, uma ferramenta consolidada que permitiu a

avaliação dos sítios quanto aos critérios técnicos e de conteúdo e o desenvolvimento de uma

fermenta especifica para analise dos critérios farmacológico. Após aplicação das duas

ferramentas os resultados foram analisados estatisticamente para a classificação dos sites em

níveis de qualidade em: ≥ 80 % - boa fonte de informação (B); < 80 ≥ 60 % - precisam de

melhorias para ser considerada boa fonte de informação (M); < 60% - não recomendável como

fonte segura de informação (R). Resultados: Foram avaliados 150 sítios. Critério técnico – 14

sítios ≥ 80% (B); 15 sítios de < 80 ≥ 60 % (M) e 121 sítios < 60% (R). Critério Conteúdo – 24

sítios > 80% (B); 33 sítios de < 80 ≥ 60 % (M) e 93 sítios < 60% (R). Critério farmacológico –

zero sítios > 80% (B); três sítios < 80 ≥ 60 % (M) e 147 sítios < 60% (R). Avaliação final dos

sítios, zero sítios > 80% (B); três sítios < 80 ≥ 60 % (M) e 147 sítios < 60% que engloba os

critérios conteúdo, técnico e farmacológico. Conclusão: Os resultados verificam que muitos

sítios fornecem informações com o nível de intermediário a baixo de qualidade, isto é,

necessitam de melhorias para ser considerada uma fonte boa de informação. No entanto, a

maioria dos sítios analisados não são recomendáveis como fonte segura e de qualidade.

Palavras-chave: Insônia, Medicamentos para insônia, Qualidade da informação, Internet.

CAAE: 62134816.0.0000.5243

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Referências:

BRASIL.(2011) Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Boletim de Farmacoepidemiologia

do SNGPC. v.1, n.1, 8p.

MENDONÇA, A. P. B.; NETO, A. P.(2015) Critérios de avaliação da qualidade da informação

em sites de saúde: uma proposta. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação & Inovação

em Saúde, v. 9, n. 1. ISSN 1981-6278.

GONDIM, A. P. S.; WEYNE, D. P.; FERREIRA, B. S. P.(2012) Qualidade das informações de

saúde e medicamentos nos sítios brasileiros. Einstein (São Paulo), v. 10, n. 3, p. 335-341. ISSN

1679-4508.

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Integração dos conteúdos de Química abordados no laboratório de graduação às

práticas diárias de um Farmacêutico

Yasmin Aguiar Faria Lima¹ & Luci Martins Viana²

1Graduação em Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense,

Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected];

2Instituto de Química, Departamento de Química Orgânica, Universidade Federal Fluminense,

Niterói, Rio de Janeiro, Brasil, [email protected];

Introdução: Muitas vezes, o desinteresse dos alunos dos Cursos de Farmácia por algumas matérias

previstas na matriz curricular é bastante alto. Isso acontece, pois, grande parte dos conteúdos é

simplesmente apresentada aos estudantes sem, necessariamente, informá-los a respeito da sua

aplicabilidade. Nesse sentido, integrar o que é apresentado nas disciplinas iniciais à prática

farmacêutica pode se apresentar como uma excelente ferramenta para consolidar os conhecimentos

de forma lúdica e motivadora1. Objetivo: Dentro deste enfoque, este trabalho tem por objetivo a

proposição de experimentos que propiciem uma integração de conteúdos de disciplinas

experimentais de Química com técnicas básicas da vida profissional do Farmacêutico.

Metodologia: Dessa forma, foram realizados dois experimentos integrados, na disciplina de

Química Orgânica Experimental V, oferecida no segundo período, a uma turma de 12(doze) alunos.

O primeiro consistiu na obtenção dos óleos essenciais de cravo e canela, através da técnica de

hidrodestilação2. Após o cálculo de rendimento da extração e teste do grupo funcional do principal

componente, presente no óleo de cada matriz, foram confeccionadas pomadas com os óleos obtidos,

utilizando vaselina como base. Ao término do experimento os alunos responderam um questionário,

para avaliar a compreensão das práticas, em especial quanto a função de cada um dos componentes

da pomada. As práticas foram realizadas em grupos de 2(dois) alunos, que ao final levaram as

pomadas para casa em recipiente apropriado. Os experimentos foram realizados em duas aulas

práticas de 3(três) horas cada uma, adequados ao tempo de aula. Resultados: As práticas

propiciaram a discussão de temas como extração, polaridade e solubilidade das substâncias. Através

da confecção da pomada, foi feita a integração dos conteúdos de Química com o cotidiano do

Farmacêutico, fomentando o interesse do aluno quanto ao uso de óleos essenciais em formulações

usadas em aromaterapia3. Conclusão: Os experimentos, além de integrar o conteúdo da disciplina

ao cotidiano do profissional de Farmácia, permitiram também ampliar a visão discente no tocante as

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atribuições da futura profissão e a responsabilidade que este deve exercer em suas atividades,

quanto a escolha e qualidade de materiais.

Palavras chave: Óleos essenciais, Hidrodestilação, Pomadas, Aulas experimentais.

Agradecimentos: A Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD/UFF) pela bolsa de monitoria.

Referências:

Ely, CR.; Lindner, EL.; Amaral, LC. (2009); Diversificando em Química: propostas de

enriquecimento curricular. Mediação: Porto Alegre.

O’ Neil, MJ. (Ed.) (2001); The Merck Index: an encyclopedia of chemicals, drugs and biological.

13th ed.; Merck & CO: Rahway.

Santos, AS. (2011); Óleos essenciais: uma abordagem econômica e industrial, Rio de Janeiro,

Interciência.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2419

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Contaminação microbiana em monitor de glicemia:

pesquisa de possíveis patógenos

Ana Maria Targa¹

1Consultora técnica farmacêutica, Resende, Rio de Janeiro, Brasil.

Email: [email protected]

Profissional de saúde, não afiliada a instituição.

Introdução: monitores de glicemia fotométricos permitem que ocorra acúmulo de sangue na

superfície do equipamento, uma vez que a reação ocorre a partir da amostra aplicada na guia da tira-

teste, que fica na região externa do aparelho. No automonitoramento doméstico pacientes diabéticos

não têm o hábito de higienizar o monitor a cada medição, tampouco profissionais de saúde que

utilizam o mesmo monitor em pacientes diferentes, inclusive em ambiente hospitalar.

A ausência de dados em literatura que sinalizem o tipo de contaminação microbiana que pode

ocorrer nestes casos originou o presente estudo. Objetivo: avaliar a possível contaminação

microbiana presente na superfície interna e externa da área onde a amostra de sangue é aplicada em

monitor de glicemia fotométrico. Material: foram utilizados 54 monitores de glicemia marca Accu-

Check Active, sendo 52 de pacientes de automonitoramento doméstico e 02 que eram utilizados

para monitorar pacientes em ambiente ambulatorial (Unidade Básica de Saúde). Método de ensaio:

foi utilizada metodologia e especificação segundo a USP 39, capítulo geral, <61>, <62> e FB 5ª

Edição. A metodologia foi previamente validada e conduzida no Laboratório de Microbiologia do

CONFAR/USP. Foram realizados os seguintes testes: contagem de aeróbios totais e leveduras e

pesquisa dos patógenos P. aeruginosa, S. aureus, E. coli e C. albicans. Na devolução dos monitores

Accu-Check Active foram coletadas informações sobre os pacientes, especialmente em relação à

periodicidade/limpeza do monitor após o uso. Resultados: em 12,96% (7/54) monitores foram

identificadas cepas patogênicas de S. aureus e em 3,70% (2/54) houve contagem de aeróbios totais

superior a 102 UFC/cm2. Relataram limpeza pelo menos uma vez por semana 22 pacientes

(40,74%), incluídos os dois monitores em uso coletivo nas UBSs. Não houve paciente/profissional

de saúde que relatou limpeza após cada medição. Conclusões: a contaminação por aeróbios em

quase 4% dos monitores e contaminação específica por S. aureus em cerca de 13% dos monitores

revela que existe contaminação microbiana em monitores fotométricos. Neste tipo de tecnologia a

amostra entra em contato direto com a superfície do monitor, tornando-se fonte potencial de

contaminação. Esta informação torna-se mais relevante quando se considera o uso coletivo de

monitores.

Palavras-chave: contaminação, monitor, Accu-Chek® Active.

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Agradecimentos

Departamento de Microbiologia do CONFAR/USP.

Referências

Accu-Chek®. Monitores de Glicemia. Portal Site. Disponível em www.accu-chek.com.br/

monitores-de-glicemia. Acesso em 10/09/2017.

ANVISA. RDC Anvisa Nº 36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente

em serviços de saúde e dá outras providências. Disponível em:

http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2871504/%281%29RDC_36_2013_COMP.pdf/ca75ee

9f-aab2-4026-ae12-6feef3754d13. Acesso em 10/09/2017.

BRASIL. Farmacopeia Brasileira 5ª edição, Volume 1. Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Item 5.5.3 Ensaios Microbiológicos, p. 236-253. Brasília: Anvisa, 2010. Disponível em:

http://portal.anvisa.gov.br/documents/33832/260079/5ª+edição+-+Volume+1/4c530f86fe83-4c4a-

b907-6a96b5c2d2fc. Acesso em 10/09/2017.

FDA. Letter to manufacturers of blood glucose monitoring systems listed with the FDA; 2010 Sep

30 (Update 12/19/2016). Disponível em: https://www.fda.gov/MedicalDevices/Productsand

MedicalProcedures/InVitroDiagnostics/ucm227935.htm. Acesso em 10/09/2017.

Geaghan MS. Infection transmission associated with point of care testing and the laboratory’s role

in risk infection. eJIFCC. 2014Sep4; 25(2):188-194. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov /

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Manual MSD. Infecções estafilocócicas. Infecções por S. aureus. Versão Saúde para a Família.

Infecções. Disponível em http://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/infec%C3%A7%C3%B5es/

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Acesso em 10/09/2017.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria Nº 2.583, de 10 de outubro de 2007. Define elenco de

medicamentos e insumos disponibilizados pelo Sistema único de Saúde, nos termos da Lei Nº

11.347 de 2006, aos usuários portadores de diabetes mellitus. Disponível em:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt2583_10_10_2007.html. Acesso em

10/09/2017.

Thompson ND, Perz JF. Eliminating the blood: ongoing outbreaks of hepatitis B virus infection and

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Thompson ND, Schaefer MK. “Never Events”: Hepatitis B outbreaks and patient notifications

resulting from unsafe practices during assisted monitoring of blood glucose, 2009-2010. J Diabetes

Sci Technol. 2011Nov1; 5(6):1396-1402. Disponível em: www.ncbi.nlm.nih.gov/

pubmed/22226257. Acesso em 10/09/2017.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2421

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Plantas herbáceas e árvores nativas com atividade medicinal da floresta escola

do campus Quinta do Paraíso, UNIFESO, Teresópolis/RJ.

Larissa Aparecida Dimas Rodrigues1, Mayara Viana de Almeida1 & Liane Franco Pitombo1

1Centro Universitário Serra dos Órgãos, Teresópolis/RJ, Brasil, Estrada da Prata s/n, Prata,

Teresópolis, RJ, CEP:25976-340.

O emprego de plantas na prevenção ou cura de enfermidades é uma cultura antiga, mas ainda

presente nos dias atuais1-2. No entanto, a grande maioria das plantas brasileiras utilizadas para fins

medicinais carece de estudos a fim de comprovar sua eficácia e seu reconhecimento como

medicamento3. Além disso, as plantas medicinais são freqüentemente conhecidas por seus nomes

populares, o que gera riscos e confusões, visto que espécies diferentes são conhecidas pelo mesmo

nome em diferentes regiões do país4. Por esta razão é importante atrelar o conhecimento das

propriedades das plantas a seus nomes científicos5, bem como reconhecê-las no ambiente natural,

antes de serem secas e/ou processadas. Os objetivos do presente trabalhado incluem: capacitar os

estudantes na identificação visual de plantas herbáceas e árvores nativas da Mata Atlântica com

propriedades medicinais presentes na Floresta Escola do UNIFESO, preparar excicatas das plantas

herbáceas identificadas, organizar um registro fotográfico das plantas herbáceas e árvores nativas

selecionadas para estudo, e atuar na manutenção da Floresta Escola através da preservação das

coroas das árvores, controle de pragas e competidores, e rega. As plantas herbáceas estudadas

cresceram de forma espontânea no solo da Floresta Escola, sendo identificadas visualmente e

fotografadas durante os intervalos de uso da ceifadeira para corte do capim e competidores. Os

registros fotográficos foram comparados com dados da literatura. As árvores nativas do bioma Mata

Atlântica foram cultivadas na Floresta Escola em meados do ano de 2014, em local de pastagem de

3000m2, no Campus Quinta do Paraíso (UNIFESO – Teresópolis/RJ). Posteriormente foram

listadas as propriedades medicinais e/ou alimentares de todos os vegetais catalogados. Até o

momento foram registradas várias espécies de plantas herbáceas que creceram espontaneamente no

solo da Floresta Escola e que posssuem propriedades medicinais/alimentícias, dentre elas:

alfavacão, caruru, erva de capitão, erva macaé, erva moura, erva de S. João, hortelã, jurubeba,

melissa, picão branco, serralha verdadeira, taioba, tanchagem, entre outras. Entre as árvores da

Mata Atlântica foram identificadas 12 espécies com propriedades medicinais: angico, assa-peixe,

embaúba, goiaba, ipê-roxo, fumeiro, mulungu, pau-jacaré, pata-de-vaca, pitanga, sibipiruna e

panacéia.

Palavras-chave: Árvores nativas, Floresta Escola, Plantas herbáceas, Propriedades medicinais.

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Referências:

Junior VFV, et al. (2005); Quím Nova 28 (3): 519-528

Maciel MAM, et al. (2002); Quím Nova 25(3): 429-438

Sobrinho FAP, et al. (2017); Rev Acad: Ciênc Anim 9(2): 195-206

Machado MAB. et al. (2017); Facit Business and Technol Journ 1(2): 31-54

Madeiro AAS, de Lima CR (2017); Interf Cient-Saúde e Amb. 5(2): 41-52

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Avaliação in vitro da capacidade antimicrobiana dos extratos de Uncaria

tomentosa (Willd) D.C.

Thalita Martins da Silva1,2, Carlos Augusto de Freitas Peregrino1, Elizabeth Valverde de Macedo1,

Lenise Arneiro Teixeira2, Luciana Ramires Esper2 & Samanta Cardozo Mourão1,2

1Laboratório Universitário Rodolpho Albino, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de

Janeiro, Brasil; 2Faculdade de Farmácia, Universidade Federal Fluminense, Niterói, Rio de Janeiro,

Brasil;

Introdução: A Uncaria tomentosa é uma planta medicinal utilizada na medicina popular para o

tratamento de diversas enfermidades como inflamações e reumatismo. Os crescentes problemas

associados ao limitado espectro de ação dos antibióticos e à resistência múltipla aos mesmos tem

aumentado o interesse pelo estudo dos efeitos antimicrobianos das drogas vegetais. Objetivo: O

presente trabalho avaliou a capacidade antimicrobiana de extratos vegetais de U. tomentosa frente a

patógenos comumente encontrados em ambientes hospitalares. Metodologia: Cepas de

Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Escherichia coli e Pseudomonas aeruginosa

coletadas de ambientes hospitalares foram testadas utilizando diferentes concentrações (2,5; 5; 10;

20; 30; 40; 50 e 60 mg/mL) dos extratos aquoso, alcoólico e hidroalcoólico (50%) obtidos a partir

da rasura de Uncaria tomentosa e também do extrato etanoico comercial (55 °GL) e extrato seco

comercial de Uncaria tomentosa. Os extratos foram incorporados em meio de cultura apropriado à

avaliação antimicrobiana e os crescimentos microbianos testados utilizando replicador de Steers.

Um total 28 cepas foram avaliadas, sendo 7 de cada espécie microbiana, incluindo a cepas padrão.

Resultados: As cepas de Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa foram

inibidas em diferentes percentuais dependendo do tipo de extrato. Apenas o extrato alcoólico e o

extrato seco comercial foram capazes de inibir 100% das cepas testadas. As cepas de

Staphylococcus epidermidis foram inibidas por todos os extratos testados. Os patógenos Gram-

negativos mostraram-se menos susceptíveis à ação antimicrobiana do extrato vegetal. O aumento da

frequência de micro-organismos resistentes torna importante o desenvolvimento de novas drogas ou

de alternativas complementares à terapia. Mesmo considerando as diferentes polaridades, os

extratos obtidos apresentam atividade antimicrobiana semelhante frente aos microrganismos

testados. Conclusão: Os extratos vegetais de U. tomentosa possuem atividade antimicrobiana

representando grande potencial de contribuição para a saúde pública.

Palavras-chave: Uncaria tomentosa, atividade antimicrobiana, extrato vegetal

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Agradecimentos: Instituto Vital Brazil,

Referências:

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Efeitos do extrato de Euterpe oleracea mart. (açaí) e de bloqueadores do sistema

renina angiotensina sobre a esteatose hepática associada a obesidade

Matheus Henrique Romão1, Izabelle Barcellos Santos1, Graziele Freitas de Bem1, Lenize Costa dos

Reis Marins de Carvalho1, Thamires Barros Tavares1, Amanda Farias de Medeiros1, Ricardo

Andrade Soares1, Dayane Teixeira Ognibene1, Roberto Soares de Moura1, Cristiane Aguiar da

Costa1 & Angela de Castro Resende1

1Departmento de Farmacologia e Psicobiologia, Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes,

Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro – Brasil

Introdução: Estudos prévios de nosso grupo mostram que o extrato hidroalcoólico do caroço do

açaí (ASE) apresenta propriedade vasodilatadora1 e produz efeitos antihipertensivo, antioxidante e

hipolipidêmico,2,3 além de reduzir os níveis de renina em modelo de hipertensão4. Portanto, o

objetivo deste estudo foi avaliar o efeito preventivo do tratamento com o ASE sobre as alterações

hepáticas em modelo animal de obesidade, comparando-o com os efeitos de fármacos inibidores do

SRA: enalapril (ENA) e o telmisartam (TEL). Metodologia: Camundongos machos C57BL/6

foram separados em cinco grupos: controle (dieta 10% lipídeos); HF (dieta 60% lipídeos); HF+ASE

(300 mg/kg-1), HF+ENA (30 mg/kg-1) e HF+TEL (10 mg/kg-1). Protocolo aprovado pela

comissão de ética da UERJ (CEUA/034/2015). A dieta foi administrada concomitantemente com

estes tratamentos, realizados por gavagem intragástrica, durante três meses. A massa corporal,

glicemia e pressão arterial foram avaliados durante o período de tratamento. Ao fim do tratamento e

posteriormente ao sacrifício dos animais foram avaliados o peso do fígado, o perfil lipídico hepático

através de kit colorimétrico, a atividade das enzimas antioxidantes e o dano oxidativo através da

peroxidação lipídica e carbonilação de proteínas em homogenato de fígado por espectrofotometria.

A esteatose foi avaliada histologicamente e quantificada por sistema de 36 pontos. Resultados: No

grupo HF houve um aumento do peso, da glicemia e da pressão arterial, alterações prevenidas pelo

tratamento com ASE e ENA. O TEL demonstrou apenas efeito anti-hipertensivo. O tratamento com

ASE e ENA preveniram o aumento dos níveis de triglicerídeos hepáticos observado nos grupos HF

e HF+TEL. O aumento do peso do fígado e a esteatose observados no grupo HF foram prevenidos

pelo tratamento com ASE e ENA. Os níveis hepáticos de colesterol não foram diferentes nos

animais estudados. O tratamento com ASE e ENA preveniram a redução da atividade antioxidante

observada no grupo HF. Conclusão: Nossos resultados indicam que o ASE preveniu os efeitos

deletérios da dieta HF, podendo ter sua eficácia comparada ao ENA. Esses efeitos benéficos do

ASE devem envolver a redução do ganho de peso, o efeito antioxidante e possivelmente a

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modulação do SRA, demonstrando-se uma ferramenta importante no tratamento da esteatose

hepática.

Apoio Financeiro: CNPq e FAPERJ.

Palavras-chave: Obesidade, Esteatose Hepática, Açaí

Referências:

Rocha AP, Carvalho LC, Sousa MA, et al. (2007); Vascul Pharmacol. 46: 97-104.

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Costa CA, Oliveira PR, de Bem GF, et al. (2012); Naunyn-Schmiedeberg's Arch Pharmacol

385:1199–1209

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2427

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Desenvolvimento, caracterização e avaliação da atividade fotoproterora de

nanossistemas formados por silicatos minerais e filtros solares inorgânicos.

Juliana Patrão de Paiva(1,2,5)*, Raiane Diniz(1,2,4), Renan Aquino(1,2,4), Bianca Corrêa(3),

Alicia Viviana Pinto(4), Alvaro Leitão(1), Lucio Mendes Cabral(5) e Marcelo de Pádula(2).

(1) Laboratório de Radiobiologia Molecular, IBCCF, UFRJ.

(2) Laboratório de Microbiologia e Avaliação Genotóxica, FF, UFRJ.

(3) Laboratório de Modelagem Molecular & QSAR 3D, FF, UFRJ.

(4) Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, FIOCRUZ.

(5) Laboratório de Tecnologia Industrial Farmacêutica, FF, UFRJ.

* e-mail: [email protected]

Introdução: A radiação ultravioleta (UV), emitida pelo sol, é capaz de contribuir na geração de

carcinogênese, mesmo em células proficientes em mecanismos de reparo do DNA. Alguns

componentes usados em formulações para fotoproteção possuem características indesejadas,

como o Dióxido de Titânio (TiO2) que apresenta atividade oxidativa, gerando espécies reativas de

oxigênio, porém já foi relatado aumento significativo do FPS após o encapsulamento de TiO2.

Objetivo: Preparar e caracterizar nanossistemas formados por silicatos minerais (MMT) e filtros

solares inorgânicos (TiO2 e Óxido de Zinco [ZnO]), avaliar seus efeitos letais e mutagênicos

(potencial fotoprotetor) em diferentes cepas da levedura Saccharomyces cerevisiae, a fim de

desenvolver formulações fotoprotetoras. Material e Métodos: Foram irradiadas diferentes cepas

(selvagem e ogg1::TRP1) sob lâmpada de UV-B (taxa de dose = 15 J/m2/s) e simulador solar

(LSS) (taxa de dose = 25 J/m2/s de UV-A e UV-B = 1,2 J/m2/s). A eficácia de fotoproteção é

evidenciada pela sobrevivência celular e a segurança de fotoproteção pela mutagênese.

Resultados e discussão: Após radiação UV-B, a combinação de filtros físicos composta por

MMT+TiO2+ZnO, em diferentes tamanhos de partícula, aumentaram a fração de sobrevivência,

quando comparado ao controle e a frequência de mutação aumentou de 4 a 6 vezes. Portanto,

foram mais eficazes ao proteger as células, porém esta eficácia está atrelada ao aumento número

de mutantes CanR, indicando possível aumento na formação de ERO após uso da radiação UVB.

Após uso da LSS, somente a combinação de filtros em escala nanométrica, provocou aumento na

frequência de mutação, quando comparadas ao controle, ratificando o efeito tóxico do ZnO após

radiação UV. Conclusão: Serão desenvolvidas formulações para proteção solar com diferentes

filtros orgânicos e inorgânicos que apresentaram melhor perfil de fotoproteção nos testes com

levedura S. cerevisiae. Ainda, sugere-se que lesões produzidas pela radiação UV possuem

contribuição oxidativa significativa, o que é biologicamente relevante em termos de danos no DNA.

Palavras-chave: Fotoproteção, Mutagênese, Montmorilonita.

Agradecimentos: CNPq, FAPERJ, FF, IBCCF.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2428

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Proposta de implantação da farmácia clínica na Unidade de Pronto Atendimento

24H – UPA 24H

Suzana Maria Bernardino Araújo1

Orientadora: Fernanda dos Santos Zenaide

1 Pós Estácio de Sá, Rio de Janeiro, Brasil; [email protected] e [email protected]. Rua

Albert Sabin, 673, Panorama. Teresópolis – RJ CEP: 25963-190

E-mail: [email protected]

RESUMO

INTRODUÇÃO: A inserção do farmacêutico clínico nas Unidades de Pronto Atendimento 24H

contribui de forma significativa na terapêutica do paciente e na qualidade do serviço prestado, assim

como na redução de custos de uma unidade. Porém estudos evidenciaram que poucos hospitais

brasileiros possuem farmacêuticos clínicos atuantes no serviço de emergência. OBJETIVOS: Criar

uma proposta de implantação do serviço de farmácia clínica na UPA 24H, traçar um fluxograma

estabelecendo diretrizes a serem seguidas; elaborar formulários para coleta de dados obtidos através

da análise das prescrições; propor rotina de visita farmacêutica e estabelecer cronograma de

implantação do serviço de farmácia clínica, com datas definidas, e periodicidade de reuniões com as

equipes envolvidas. METODOLOGIA: Realizado um levantamento bibliográfico dos assuntos

relacionados à farmácia clínica em unidades de pronto atendimento; elaborado instrumento de

coletas dos dados obtidos; selecionados artigos e periódicos no período entre 2000 a 2015.

RESULTADOS: Os problemas relacionados ao medicamento podem ser corrigidos e/ou evitados

com a atuação do farmacêutico clínico. A UPA 24H é uma unidade dinâmica e de alta rotatividade,

necessitando que a implantação deste serviço seja de forma consciente e estruturada, conforme

propõe este estudo. CONCLUSÃO: A implantação do serviço de farmácia clínica na UPA 24H

ratifica a importância do farmacêutico neste ambiente, resultando na qualidade e segurança do

atendimento prestado.

PALAVRAS-CHAVES: Farmácia clínica, Intervenções farmacêuticas, Unidades de Pronto

Atendimento e UPA 24H.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2429

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REFERÊNCIAS

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tratamento em emergências. 2a ed. rev. e ampl. São Paulo: Manole.

BRICOLA, S. (2012); Farmácia clínica: Mais do que um conceito, uma prática essencial.

Disponível em: http://portal.crfsp.org.br/comissoes-assessoras/comissoes/2515-comissao-de-

farmacia-clinica.html. Acesso em 02/12/2012.

SOARES, J.C e SILVA, D.L. (2010); A realidade dos serviços prestados UPA 24H na região

sudeste. São Paulo. Editora Atheneu; Pág. 40.

LING apud MIRANDA. (2012); Intervenções realizadas pelo farmacêutico clínico na unidade

de primeiro atendimento. Eisten (São Paulo) vol.10 Nº1 Jan/Mar.2012, p.2.

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Medical and nursing staff highly value clinical pharmacists in the emergency department.

Emerg Med J. 24(10):716-9.

BROWN J.N, BARNES C.L, BEASLEY B, CISNEROS R, POUND M, HERRING C. (2008);

Effect of pharmacists on medication errors in an emergency department. Am J Health Syst

Pharm. 65(4):330-3.

NUNES, R.M.Z. (2010); Implantação de farmácia clínica na UNIMED de João Pessoa:

Desafios e resultados. Revista Meio de cultura hospitalar. Ano XIII, Nº44.

RODRIGUES, C.M. (2016); Aspectos jurídicos da farmácia clínica e da prescrição

farmacêutica. Academia Nacional de farmácia. São Paulo 28 de julho de 2016. Disponível em:

http://www.academiafarmacia.org.br/02_DrCarlosMagno.pdf Acesso em 16/08/2017.

PILAU R, HEGELE V, HEINECK I. (2014); Atuação do Farmacêutico Clínico em Unidade de

Terapia Intensiva Adulto: Uma Revisão da Literatura. Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde São

Paulo v.5 n.1 19-24 jan./mar. Disponível em:

http://www.sbrafh.org.br/rbfhss/public/artigos/2014050103000472BR.pdf. Acesso em 25/08/2017.

COSTA J.M, ABELHA L.L, DUQUE F.A.T. (2013); Experiência de implantação do serviço de

farmácia clínica em um hospital de ensino. Rev. Bras. Farm. 94 (3): 250 – 256. Disponível em:

http://www.rbfarma.org.br/files/rbf-v94n3-08.pdfm. Acesso em 25/08/2017.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2430

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Desenvolvimento de métodos cromatográficos para análise de heparina injetável

Andreza da Costa de Santana1, Anna Carolina Machado Marinho1, Patricia Conde de Lima1, Ozeias

de Lima Leitao1, Debora Alves Fonseca1, Raissa Lamin Teixeira1, Claudia Maria da Conceicao1,

Filipe Soares Quirino da Silva1 & Silvana do Couto Jacob1

1Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saude, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

E-mails: [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]

O monitoramento dos produtos no mercado e um dos instrumentos valiosos para a efetividade das

acoes de vigilancia sanitaria. E para tanto a pesquisa atribuida as analises laboratoriais se faz

necessario a fim de que se produza conhecimento e se verifique a conformidade dos produtos com

as normas sanitarias1. O desenvolvimento de metodologias fisico-quimicas que sao capazes de avaliar

a qualidade com acuracia dos produtos biol6gicos e um grande desafio para a vigilancia sanitaria. A

heparina (Hep), droga com propriedades anticoagulantes e antitromb6ticas, entra neste contexto

devido aos eventos adversos ocorridos entre 2007 e 2008, onde diversos pacientes apresentaram

reacoes alergicas e levados a 6bito2. Com a mobilizacao da sociedade cientifica e dos

6rgaos reguladores, a investigacao destes lotes suspeitos apontou um grande teor de dermatan

sulfato (DS), impureza prevista em quantidades inferiores a 1%, evidenciando purificacao

ineficiente deste produto biol6gico; e condroetina supersulfatada (OSCS), especie nao-natural, cuja

estrutura e atividade se assemelham a heparina, sendo de dificil deteccao pelos metodos padroes

farmacopeicos em vigor no periodo da crise3,4

. Por mais que houvesse a busca por parte dos

compendios oficiais e a literatura em melhorar as analises, ha grande deficiencia de metodos fisico-

quimicos relacionados ao produto acabado. Os compendios oficiais contem diversas metodologias

fisico-quimicas para a materia-prima heparina s6dica e calcica, e para forma farmaceutica injetavel

e preconizado apenas a analise de material particulado e de pH5. O objetivo deste trabalho foi analisar

tres amostras distintas de heparina como produto acabado a partir de metodo

cromatografico de identificacao de Hep, DS e OSCS e metodo cromatografico de quantificacao

relativa de DS e OSCS. Observa-se a presenca de DS na maior parte das amostras analisadas, no

entanto a quantificacao nao pode ser realizada em todos os casos, porque este metodo e menos

sensivel do que o de identificacao. A unica amostra passivel de quantificacao estava dentro do

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2431

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limite estabelecido pela Farmacopeia Americana6. Conclui-se que os resultados obtidos pelos

metodos cromatograficos sao complementares ao fornecer uma identificacao e quantificacao

relativa dos componentes das formulacoes de heparina, favorecendo assim uma maior

confiabilidade do produto biol6gico disponibilizado a populacao.

Palavras-chave: Heparina, Controle De Qualidade, CLAE.

Agradecimentos:

A estrutura cedida pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saude. Ao auxilio

financeiro proporcionado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnol6gico e

pela Agencia Nacional de Vigilancia Sanitaria.

Referencias:

Fonseca EP. (2013); Vigilancia Sanitaria em Debate. 1(2): 22-26

Guerrini M, Beccati D, Shriver Z, Naggi AM, Bisio A, Capila I, Lansing J, Guglieri S, Fraser B, Al-

Hakim A, Gunay NS, Viswanathan K, Zhang Z, Robinson L, Venkataraman G, Buhse L, Nasr M,

Woodcock J, Langer R, Linhardt R, Casu B, Torri G, Sasisekharan R. (2008); Nature Biotechnology.

26(6): 669-675.

Trehy ML, Reepmeyer JC, Kolinski RE, Westenberger BJ, Buhse LF. (2009); Journal of

Pharmaceutical and Biomedical Analysis 49: 670-673

Liu L, Linhardt RJ, Zhang Z. (2014); Carbohydrate Polymers 106: 343-350

The United States Pharmacopeia (2016); National Formulary 34: 4188

The United States Pharmacopeia (2016); National Formulary 34: 4193

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2432

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Nanoradiofármacos para imagem de câncer de mama: desenvolvimento,

caracterização e imagem em animais induzidos

Luis Filipe Cavalcanti Santos1, Michelle Alvares Sarcinelli2,3, Marta de Souza Albernaz4, Marzena

Szwed5, Alexandre Iscaife3, Kátia Ramos Moreira Leite3, Mara de Souza Junqueira6, Emerson

Soares Bernardes7, Emerson Oliveira da Silva2, Maria Ines Bruno Tavares2, Ralph Santos-Oliveira1

1Instituto de Engenharia Nuclear, Comissão Brasileira de Energia Nuclear, Rio de Janeiro, Brasil; 2Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio

de Janeiro, Brasil; 3Laboratórios de Investigação Médica, Faculdade de Medicina, Universidade de

São Paulo, São Paulo, Brasil; 4Setor de Radiofarmácia, Hospital Universitário Clementino Fraga

Filho, Rio de Janeiro, Brasil; 5Departamento de Termobiologia, Faculdade de Biologia e Proteção

ambiental, Universidade de Lodz, Lodz, Polônia; 6Laboratório de Oncologia Experimental,

Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil; 7Centro de Radiofarmácia,

Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), São Paulo, Brasil.

Descrição do Estudo

Introdução: Anticorpos Monoclonais na forma de nanopartículas poliméricas ganham evidência e

conferem a essa nova categoria de medicamento diversas vantagens, principalmente por reduzir o

número de reações adversas e, no caso dos radiofármacos, reduzir também a quantidade de radiação

(dose) administrada ao paciente. Objetivo: Nesse estudo, um nanoradiofármaco foi desenvolvido

utilizando ácido polilático (PLA)/álcool polivinílico (PVA)/montmorillonita (MMT)/nanopartículas

de trastuzumab marcadas com tecnécio-99m (99mTc) para diagnóstico por imagem de câncer de

mama. Materiais e métodos: Além do desenvolvimento do nanoradiofármaco, afim de se obter a

confirmação da formação das nanopartículas, testes de microscopia de força atômica e

espalhamento dinâmico de luz foram realizados, bem como a medição da citotoxicidade da

nanopartícula e sua biodistribuição com o 99mTc em animais saudáveis e induzidos. Esse estudo e

os procedimentos com os animais foram aprovados pela comissão de ética no uso de animais da

Universidade Federal de Pernambuco (CEUA-UFPE) sob o número: 23076020578201327.

Resultados: Os resultados da microscopia de força atômica revelou que as nanopartículas eram

esféricas, com uma faixa de tamanho entre ~200-500 nanômetros. A análise de espalhamento

dinâmico de luz demonstrou que até 90% das nanopartículas produzidas tinham um tamanho de 287

nanômetros com potencial zeta de – 14,6 mV. Os resultados de citotoxidade revelaram que as

nanopartículas eram capazes de alcançar as células do câncer de mama. Os dados de biodistribuição

demonstraram que as nanopartículas de PLA/PVA/MMT/trastuzumab marcadas com 99mTc tinham

uma excelente depuração renal e também uma alta adesão pela lesão, já que cerca de 45% das

nanopartículas de PLA/PVA/MMT/trastuzumab injetadas aderiram à lesão. Conclusão: Os dados

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apoiam as nanopartículas de PLA/PVA/MMT/trastuzumab marcadas com 99mTc como

nanoradiofármacos para o diagnóstico por imagem do câncer de mama.

Keywords: Radiofármaco, nanotecnologia, oncologia, nanomedicina, farmácia nuclear

References:

Mitra A, Nan A, Line BR, Ghandehari H. Nanocarriers for nuclear imaging and radiotherapy of

cancer. Curr Pharm Des. 2006;12(36):4729–4749.

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Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2434

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A evolução da profissão farmacêutica e um novo modelo de cuidado ao paciente

Claudiana de Jesus Felismino & Larissa Andrade da Conceição

Câmara Técnica de Farmácia Clínica. Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro.

Brasil.

As atividades relacionadas à farmácia tiveram início com a criação das boticas, no século X, época

em que a farmácia e a medicina eram uma única profissão. No final do século XIX e início do século

XX inicia-se o processo da industrialização dos medicamentos, gerando com isso um distanciamento

dos profissionais e pacientes. Diante disso, uma enorme insatisfação por parte dos profissionais deu

origem, na década de 1960 nos Estados Unidos, a um movimento denominado Farmácia Clínica,

tendo como objetivo reaproximar o profissional dos pacientes e da equipe de saúde1,2. No Brasil as

primeiras ações ocorreram com a criação da Lei N.o 8.080/1990 e foi quando se ouviu falar pela

primeira vez em Atenção Farmacêutica. Uma ação complementar a essa foi a criação da Política

Nacional de Medicamentos com o objetivo de garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade

dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados

essenciais. A pratica de Atenção farmacêutica encontra-se inserida no contexto da Assistência

Farmacêutica e não é possível a realização da Atenção Farmacêutica sem a Farmácia Clínica, já que

a mesma fundamenta-se essencialmente no acompanhamento farmacoterapêutico3,4,5,6,7,8. Os primeiros

serviços de farmácia clínica no Brasil aconteceram em 1981 e desde a sua implantação tem se

mostrado promissor, apresentando resultados de redução das reações adversas previsíveis, tempo de

internação, mortalidade e custos. 9,10,11,12,13Com base nesses resultados verificou-se a possibilidade de

se estender o serviço de atendimento clínico farmacêutico aos consultórios farmacêuticos, que se

tornou possível com a regulamentação da atividade através da Resolução 586/2013 e da Classificação

Nacional de Atividades Econômicas21, ações conquistadas pelo Conselho Federal de Farmácia.

Tornando assim uma realidade no Estado do Rio de Janeiro, que conta hoje com cerca de sessenta

farmacêuticos prescritores, possibilitando assim um atendimento farmacoterapêutico aos pacientes

de unidades básicas, fazendo valer o que transcrevia a Política Nacional de Saúde sobre o direito de

saúde universal, sendo dever do estado promover a assistência terapêutica integral. Gerando assim

um novo modelo de cuidado que visa a integralização do profissional as equipes de saúde e melhoria

dos serviços terapêuticos prestados à população14,15,16.

Palavras-chave: Profissão Farmacêutica, Farmácia Clínica, Prescrição Farmacêutica.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2435

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Referências

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system. Geneva: OMS, 1994. 24p

Brasil. CONSENSO BRASILEIRO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA - PROPOSTA. Atenção

Farmacêutica no Brasil: “Trilhando Caminhos”. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde,

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REVISTA. CRF- PR. Ed 111, 2015.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional de Promoção da Saúde. Lei N.º 8.080/1990.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica.

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João, W. S. J. Reflexões sobre o Uso Racional de Medicamentos. Pharmacia Brasileira nº 78 -

Setembro/Outubro 2010.

Pereira, L. R. L. Farmácia Clínica no Brasil: a formação de um profissional capacitado e seu impacto

na construção de uma Assistência Farmacêutica de qualidade no Sistema Único de Saúde.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto.

Ribeirão Preto-SP, 2013.

Brasil. Conselho Federal de Farmácia. Tarcisio José Palhano relata o início e a consolidação da

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Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2436

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Avalia�ao de L-Asparaginase (ASP) por eletroforese em gel de poliacrilamida

Debora Alves Fonseca1, Anna Carolina Machado Marinho1, Patricia Conde de Lima1, Ozeias de

Lima Leitao1, Andreza da Costa de Santana1, Raissa Lamin Teixeira1, Claudia Maria da Conceicao1,

Filipe Soares Quirino da Silva1 & Silvana Couto Jacob1

1Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brasil.

E-mails: [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]; [email protected]; [email protected];

[email protected]

A L-Asparaginase (ASP) e uma enzima que age diminuindo a concentração de L-asparagina livre

no plasma impedindo a proliferação de células cancerígenas. A ASP atua no tratamento de crianças

com Leucemia Linfoblastica Aguada (LLA) atendidos pelo SUS no âmbito da politica Nacional

para Prevenção e Controle do Câncer. Atualmente, a ASP e o único medicamento disponível com

esse fim. Em janeiro, a Anvisa autorizou, em caráter excepcional, a importação de um novo

fabricante da ASP, uma vez que não possui registro no Pais. Dentre outras ações, a Anvisa solicitou

ao INCQS a avaliação preliminar de diferentes fabricantes (A e B). O primeiro distribuído ao SUS

de forma centralizada entre 2013 e 2016 e o segundo a partir do presente ano1,2,3

. Este trabalho teve

como objetivo avaliar diferentes formulações de ASP mediante a técnica de eletroforese em gel de

poliacrilamida. Foram selecionados dois produtores diferentes com apresentação de 10000UI

frasco-ampola na forma de pó liofilizado, as amostras selecionadas foram diluídas em agua purificada

tipo I ate concentração final de 80µg/mL. Uma amostra de material de referência (MR) foi preparada

concomitantemente, assim como o padrão de proteínas marcadoras Low Range (Bio-Rad®), todas

as soluções foram então submetidas a eletroforese em gel descontinuo de poliacrilamida na presença

do tensoativo aniônico dodecil sulfato de sódio (SDS-PAGE) a 12%. A corrida eletroforetica foi

desenvolvida a 30mA e 110V. Os géis obtidos foram corados com Comassie e Nitrato de prata e

digitalizados no densitometro pelo programa QuantityOne (Bio- Rad®). As amostras sao

provenientes de E. coli e de acordo com a literatura possuem 348 aminoácidos, pI 5,96 e massa molar

(MM) de 37kDa. Com base nos resultados adquiridos podemos concluir que o método utilizado foi

promissor e estudos complementares estao sendo realizados por outras técnicas. E, também, evidente

a importância da Vigilância Sanitária, visando garantir que os mesmos não ofereçam riscos nem

danos a saúde da população.

Palavras-chave: L-Asparaginase, Eletroforese Unidimensional, Vigilância Sanitária

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2437

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Silva FA. Avaliação epidemiológica das leucemias linfoblasticas em crianças brasileiras e

implicação de infecções na sua patogênese. 2009. 123f. Tese (Doutorado em Oncologia) - Instituto

Nacional de Câncer, Rio de Janeiro, 2009.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2438

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Potencialidades e fragilidades da inserção de ferramentas da Educação a

Distância em cursos de graduação de Farmácia

Márcia dos Angeles Luna Leite¹, Ana Lígia Bender1, Christiane Colet1, Denise Bueno1, Letícia

Abruzzi Ghiggi1, Luciana Oliveira de Carvalho1, Luis César de Castro1.

1Conselho Regional de Farmácia do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil,

Rua São Nicolau, 1070.

Descrição do estudo

Introdução: A quebra de paradigma na educação perpassa pela crescente inserção de ferramentas

da Educação a Distância (EaD) na formação de profissionais da saúde. O Decreto 9.057/20171, que

redefine os aspectos da oferta de cursos à distância, constitui matéria de debate nas instituições de

ensino superior e deve ser estendido à sociedade. O objetivo da atividade em ambiente de fórum

regional compreendeu a contextualização dos pressupostos da educação à distância e a análise

docente das potencialidades e fragilidades do uso desta modalidade.Método: Mediante o emprego

da Técnica do Grupo Nominal2, docentes farmacêuticos e coordenadores de cursos de farmácia de

um estado do Sul do Brasil apontaram e hierarquizaram potencialidades e fragilidades da Educação

a Distância. Resultados: As cinco principais potencialidades do uso da EaD foram: 1º Gestão da

Aprendizagem; 2º Uso da Tecnologia no processo de ensino aprendizagem; 3º Flexibilidade de

horário e local de estudo; 4º Complementariedade ao ensino presencial; 5º Outra forma de interação

no processo de ensino aprendizagem. Os cinco principais fatores apontados como fragilidades

preponderantes no modelo de EaD foram: 1º Limitações para o desenvolvimento de habilidades; 2º

Falta de aproximação interpessoal para a criação do vínculo; 3º Falta de comprometimento do aluno

com as atividades a distância; 4º Falta de formação específica do docente para o uso das novas

tecnologias; 5º Desinteresse do aluno pelas atividades a distância. As discussões apontaram para a

necessidade de apropriação docente quanto à legislação vigente, bem como de atualização quanto às

metodologias educacionais. A percepção da qualificação profissional docente quanto às

metodologias presenciais, e especialmente em modelo à distância, aponta a preocupação objetiva

para com o fortalecimento na formação farmacêutica. Conclusão: Tecnologias de informação

compreendem importantes recursos contemporâneos na construção do conhecimento. Habilidades

específicas, especialmente procedimentais e atitudinais, encontram especial dificuldade para

construção de competências em modelo de EaD.

Palavras-chave: Educação a Distância, Farmácia, Educação farmacêutica.

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Referências:

BRASIL. DECRETO Nº 9.057, DE 25 DE MAIO DE 2017. Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394,

de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário

Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, Seção 1, p. 3, 26 mai. 2017.

JONES, J.; HUNTER, D. Qualitative research: consensus methods for medical and health services

research. British Medical Journal, 311, 376-380. 1995.

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2440

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Dispensação de medicamentos em um home care no município do Rio de Janeiro

de 2015 a 2016

Andressa Cristina Da Silva De Lima1; Daniela Vieira de Castro Gomes1; Ervylene Trevenzoli de

Sousa1

1 – Universidade Estácio de Sá

Introdução: O termo Home Care, do inglês, pode ser traduzido para a língua portuguesa como

cuidado no lar. O atendimento domiciliar pode ser definido como um conjunto de ações de saúde,

realizados em ambiente domiciliar, por uma equipe multiprofissional em conjunto com os

familiares, visando a recuperação, prevenção, atenção, o cuidado e o bem-estar do paciente. O

farmacêutico juntamente com a equipe multiprofissional, buscará que o paciente possua um

tratamento farmacoterapêutico efetivo. Isto ocorrerá por ações como a Assistência Farmacêutica,

Atenção Farmacêutica e a Farmacovigilância, que juntas promoverão o uso racional de

medicamentos. Objetivo: Avaliar quais medicamentos, por classe farmacológica, foram mais

dispensados em um Home Care, no Município do Rio de Janeiro, no período de janeiro de 2015 a

dezembro de 2016. Metodologia: A pesquisa foi realizada através da análise de dados gerados por

um sistema denominado Incoway (IW), contendo informações quantitativas do processo de

dispensação de todos os medicamentos padronizados pela unidade, sem dados de pacientes, não

sendo necessário a submissão ao CEP. Foram considerados na pesquisa somente fármacos nas

formas farmacêuticas em comprimidos e cápsulas e, dados relevantes a quantidade dispensada de

cada medicamento por classe farmacológica, onde trabalhou-se apenas com cinco principais classes,

sendo elas: antimicrobianos, anti-hipertensivos, analgésicos e anti-inflamatórios e, fármacos que

atuam no sistema nervoso central. Resultados: A Nitrofurantoína, Losartana, Dipirona e Quetiapina

foram os medicamentos mais dispensados no período estudado. Analisando o total do quantitativo

encontrado para esses quatro medicamentos nos 24 meses no estudo, a Quetiapina, um fármaco

agente no sistema nervoso central, apresentou 53% do quantitativo total das medicações mais

dispensadas, perfazendo 43.358 comprimidos dispensados de janeiro de 2015 a dezembro de 2016.

Esses medicamentos mais dispensados, atendem em sua totalidade características de enfermidades

que normalmente são diagnosticadas em pacientes em atendimento domiciliar, onde na maioria dos

casos são idosos. Conclusão: Em virtude do atual aumento na expectativa de vida e o crescente

número de idosos na população, aumentou-se o índice de doenças crônicas ligadas ao

envelhecimento, o uso de medicamentos para essas morbidades e a utilização de serviços de saúde,

como o Home Care.

Palavras-chave: Home Care, Atendimento domiciliar, Dispensação

Revista Brasileira de Farmácia - V99 - N1 - 2018 2441

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Revista Brasileira de Farm6cia – ISSN 2176 – 0667 (on line)

Volume 99 Número 1 Janeiro / Abril - 2018

EXPEDIENTE

Editores Emeritos Nuno Alvares Pereira (in memoriam) Levy Gomes Ferreira Salvador Alves Pereira (in memoriam)

Editora-chefe Dr. Robson Roney Bernardo

Conselho Editorial Benedito Carlos Cordeiro (Universidade Federal Fluminense) Carla Valeria Vieira G. Feraz (Universidade Federal Fluminense) Cleverton Kleiton F. de Lima (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Debora Omena Futuro (Universidade Federal Fluminense) Elizabeth Valverde (Universidade Federal Fluminense) Gabriela Bittencourt G. Mosegui (Universidade Federal Fluminense) Ilidio Ferreira A/onso (Instituto Hahnemanniano do Brasil) Ivone Manzalli de S6 (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Luiz Augusto S. de Oliveira (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Maria Eline Matheus (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Maria Letice do Couto (Universidade Gama Filho I ABF) Maria Rita de Macedo (Escola Nacional de Saúde Publica) Sabrina Calil Elias (Universidade Federal Fluminense) Selma Rodrigues de Castilho (Universidade Federal Fluminense) Vera Lucia Luiza (Escola Nacional de Saúde Publica)

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Vice-Presidente Dr Jose Liporage Teixeira 1ª secretário Dra Isabella de Oliveira da Silva

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3º Conselheiro Fiscal Dra. Valeria Villas Boas Duarte

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