Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 2 n 2

download Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 2 n 2

of 70

description

...

Transcript of Revista Brasileira de Quiropraxia Vol 2 n 2

  • Revista Brasileira de

    Quiropraxia Brazilian Journal of Chiropractic Apoio:

  • REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF

    CHIROPRACTIC

    Volume II - Nmero 02 - Junho a Dezembro 2011

    NDICE CONTENT

    1. EDITORIAL E INSTRUES AOS AUTORES

    II

    2. A HISTRIA DA QUIROPRAXIA NO BRASIL Evergisto Souto Maior Lopes

    68

    3. ARTIGO ORIGINAL

    Srie de Guias prticos, em portugus, de avaliao e tratamento quiroprtico das doenas do Sistema Locomotor

    Series of Practical Handbook Guides about evaluation and Chiropractic treatment of musculoskeletal conditions in Portuguese

    Mara Clia Paiva, Adriana Pegoraro, Jlia P. Birelo, Vanessa Zanetti, Andressa C. Morelli, Daisy Renosto, Flvia C. Souza, N. Omar El Turk, Pablo B. Valverde, Daniel Duenhas, Aline L. Fernandes, Ana Paula Facchinato, Djalma Jos Fagundes

    72

    4.

    Avaliar o efeito do tratamento quiroprtico em praticantes de tiro com arco

    To evaluate the effect of chiropractic care in practicing archery

    Jos Gilberto M. Barros, Joyce Kimie Yanaaki, Ana Paula Facchinato, Aline P. Labate

    79

    5. A eficcia do tratamento quiroprtico para clica menstrual

    The effectiveness of chiropractic treatment for menstrual cramps

    Choo Hyung Kim, Avany M. Xavier Bom

    91

    6. Resultados do tratamento Quiroprtico, em adultos, portadores de Disfuno Temporomandibular utilizando a Tcnica Sacro Occipital

    Results of Chiropractic treatment in adult patients with Temporomandibular Disorders using Sacro Occipital Technique

    Daniela Lopes Nunes e ngela Noro

    98

    7. Avaliao do Impacto da Quiropraxia na Qualidade de Vida da populao idosa do Projeto Master da Universidade Anhembi Morumbi Assessing the impact of Chiropractic of Quality of Life in the elderly population in the Project Master Anhembi Morumbi University

    Elisabeth K. O. Osaki, Moriane S. Sernaglia, Djalma Jos Fagundes, Pablo B. Valverde

    108

    8. Prevalncia de lombalgia e eficcia do Tratamento Quiroprtico em motoristas

    de txi do aeroporto de Congonhas na cidade de So Paulo

    Prevalence of low back pain and effectiveness of Chiropractic treatment in taxi drivers

    from Congonhas Airport in So Paulo

    Joubert Campelo, Tiago Rosolino, Song Duck Kim e Djalma Jos Fagundes

    118

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n. 2 p. I

    EDITORIAL E INSTRUES AOS AUTORES

    A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic)

    um rgo de divulgao das atividades profissionais, acadmicas e de

    pesquisa na rea das Cincias da Sade, voltadas para a Quiropraxia e

    atividades correlatas. Destina-se a divulgar as atividades associativas e de

    interesse profissional em Quiropraxia; divulgar as atividades de graduao e

    ps-graduao senso estrito em Quiropraxia; divulgar as prticas de ensino

    continuado da Quiropraxia; divulgar trabalhos cientficos na forma de revises e

    atualizaes de temas especficos, relatos de casos, srie de casos, trabalhos

    de cunho epidemiolgico, trabalhos prospectivos e retrospectivos em clnica de

    Quiropraxia, e trabalhos em animais relacionados Quiropraxia (experimental

    e veterinria).

    Este rgo foi fundado e est ligado s atividades de Ensino

    Universitrio da Universidade Anhembi Morumbi Laureate International

    Universities, e tem como misso a congregao e integrao das atividades

    profissionais e acadmicas de divulgao e produo de trabalhos cientficos

    pertinentes rea de atuao da Quiropraxia e correlatos.

    A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic)

    publica as seguintes seces: carta ao editor, comunicao de eventos,

    notcias, reviso e atualizao, resumos de publicaes e artigos originais.

    Corpo Editorial

  • REVISTA BRASILEIRA DE QUIROPRAXIA - BRAZILIAN JOURNAL OF

    CHIROPRACTIC

    Corpo Editorial

    Editor cientfico

    Djalma Jos Fagundes

    Editores assistentes

    Ana Paula Albuquerque Facchinato

    Evergisto Souto Maior Lopes

    Jornalista cientfico

    Anna Carolina Negrini Fagundes Martino

    Consultor da lngua inglesa

    Ricardo Fujikawa

    Conselho nacional de consultores (Brasil)

    Eduardo S. Botelho Bracher

    Fernando Redondo

    Aline Pereira Labate Fernandes

    Conselho internacional de consultores

    David Chapman Smith

    Reed Phillips

    Fbio Dal Bello

    Assessoria e Gerncia Executiva

    Mara Clia Paiva

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n. 2 p. II

    ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n. 2 p. III

    EIRA STA BRASILEIRA DE QUIPRAA

    INSTRUES AOS AUTORES

    Apresentao

    A Revista Brasileira de Quiropraxia (Brazilian Journal of Chiropractic)

    uma entidade aberta de comunicao e divulgao de atividades cientficas e

    profissionais na rea de Quiropraxia. Ela recebe colaborao em suas diversas

    sees, aps avaliao de pelo menos dois de seus membros do Conselho de

    Consultores e que iro julgar a relevncia, formatao e pertinncia da

    comunicao.

    Os autores e coautores devem ter participao efetiva na elaborao do

    trabalho publicado, seja no seu planejamento, seja na execuo e

    interpretao. O autor principal o responsvel pela lisura e consistncia das

    informaes do artigo. Os indivduos que prestaram apenas colaborao

    tcnica devem ser designados na seco de agradecimentos.

    O original do artigo ou comunicao deve ser acompanhado de uma

    carta ao editor-chefe apresentando o ttulo do trabalho, autores e respectivos

    graus acadmicos, instituio de origem e motivo da submisso. Deve

    acompanhar uma carta de cesso dos direitos autorais e compromisso de

    exclusividade de publicao segundo o modelo:

    Cesso de Direitos

    Os autores abaixo assinados esto de acordo com a transferncia dos

    direitos autorais (Ato de Direitos Autorais /1976) do artigo intitulado:

    ........................................................................ Revista Brasileira de

    Quiropraxia. Por outro lado, garante ser o artigo original, no estar em

    avaliao por outro peridico, no ser total ou parcialmente publicado

    anteriormente e no ter conflito de interesses com terceiros. O artigo foi lido e

    cada um dos autores confirma sua contribuio e est de acordo com as

    disposies legais que regem a publicao.

    Cidade, data

    Nome legvel e assinatura de todos os autores.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n. 2 p. IV

    Submisso de artigos

    Os originais podem ser submetidos para a apreciao da revista por via

    eletrnica (e-mail) ou por cpia em CD-ROM (ou equivalente),

    preferencialmente em ingls e ser produzidos em editor de texto compatvel

    com Windows Word, em Times New Roman ou Arial, tamanho 12, margens

    superior e inferior de 2,5 cm e laterais 3,0 cm. Os pargrafos devem ser

    separados por espao duplo, no ultrapassando 12 (doze pginas incluindo

    referncias, figuras, tabelas e anexos). Estudos de casos no devem

    ultrapassar 6 (seis) pginas digitadas em sua extenso total, incluindo

    referncias, figuras, tabelas e anexos.

    Os artigos e comunicaes enviadas sero analisados pelo editor-chefe;

    sendo pertinentes e tendo respeitado as normas de formatao da Revista eles

    sero encaminhados ao Conselho Consultivo da revista para avaliao do

    mrito cientfico da publicao. Os originais podero ser devolvidos para

    correes e adaptaes de acordo com a anlise dos consultores ou podem

    ser recusados. A Revista reserva o direito eventual de recusa sem a obrigao

    de justificativa. Os artigos originais recusados sero devolvidos aos autores.

    Figuras, Tabelas e Quadros

    As figuras e tabelas devem ser enviadas em arquivos separados. As

    imagens devem ser designadas como Figuras, numeradas em algarismos

    arbicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto e enviadas em

    arquivo JPG ou TIF com alta resoluo.

    As tabelas devem ser numeradas em algarismos romanos de acordo

    com a ordem em que aparecem no texto. Quadros deve ser numerado em

    algarismos arbicos de acordo com a ordem em que aparecem no texto.

    Formato do Artigo

    Os originais devem conter um arquivo separado com a pgina de ttulo

    (title page) onde deve constar:

    - o ttulo do artigo (mximo de 80 caracteres)

    - nome completo dos autores

    - afiliao e mais alto grau acadmico

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n. 2 p. V

    - instituio de origem do trabalho

    - ttulo abreviado (running title) mximo de quarenta caracteres

    - fontes de financiamento

    - conflito de interesses

    - endereo completo do autor correspondente (endereo, telefone, fax e e-

    mail).

    Formato das Referncias

    As referncias devem ser numeradas em algarismos arbicos de acordo

    com a ordem em que aparecem no texto, no qual devem ser identificadas com

    o mesmo nmero no formato sobrescrito. Os autores devem apresentar as

    referncias seguindo as normas bsicas de Vancouver com Sobrenome,

    Prenome do(s) autor(es). Ttulo do artigo. Ttulo do Peridico. Ano; Volume

    (nmero); pginas inicial-final.

    Exemplos de formatao:

    Artigo: Santos C, Baccili A, Braga P V, Saad I A B, Ribeiro G O A, Conti B M

    P, Oberg T D. Ocorrncia de desvios posturais em escolares do ensino pblico

    fundamental de Jaguarina, So Paulo - Revista Paulista Pediatria. 2009;

    27(1): 74-80.

    Monografia (Livros, Manuais, Folhetos, Dicionrios, Guias): Wyatt, L,

    Handbook of clinical Chiropractic care,2 edio. United States: Jones and

    Bartlett Pusblishers, 2005.

    Resumo: Ostertag C. Advances on stereotactic irradiation of brain tumors. In:

    Anais do 3 Simpsio International de Dor; So Paulo: 1997,p. 77 (abstr.).

    Artigo em formato eletrnico: International Committee of Medical Journal

    Editors: Uniform requirements for manusc ripts submeted to biomedical

    journals. Disponvel em URL:

    http://www.acponline.org/journals/annals/01jan97/unifreg.htm. Acessado em 15

    de maio 2010.

    Resumo (abstract)

    Em arquivo separado deve ser enviado um resumo estruturado (objetivos,

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n. 2 p. VI

    mtodos, resultados e concluses) com no mximo 250 palavras. Dever ter uma

    verso em portugus e outra em ingls.

    Unitermos (key-words)

    Ao final do resumo devem constar pelo menos cinco palavras - chaves

    de acordo com a normatizao dos Descritores em Cincias da Sade da

    BIREME (Biblioteca Regional de Medicina).

    Texto

    Devem constar de Introduo, Objetivos, Mtodos, Resultados,

    Discusso, Concluso, Agradecimentos e Referncias.

    Comisso de tica

    Os artigos devem trazer o nmero do protocolo da aprovao do Comit

    de tica da Instituio de origem e declarao do preenchimento do Termo de

    Consentimento Livre e Esclarecido.

    Contato

    Revista Brasileira de Quiropraxia/Brazilian Journal of Chiropractic

    Secretaria Geral: Rua Columbus, 82 - Vila Leopoldina.

    CEP 05304-010, So Paulo, SP, Brasil.

    E-mail: [email protected] - Tel.: +55(11)3641-7819

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 68 de 127

    REVISO E ATUALIZAO

    A HISTRIA DA QUIROPRAXIA NO BRASIL

    Evergisto Souto Maior Lopes, Bsch, DC(a)

    E-mail do autor: [email protected]

    A Organizao Mundial da Sade - OMS define a Quiropraxia como uma

    profisso independente, de formao universitria, organizada

    internacionalmente desde 1895, presente em mais de 90 pases, com sua

    prpria histria, processos educacionais e organizao profissional distinta,

    como a medicina, enfermagem, odontologia, entre outras. Ela reconhecida

    como profisso independente em todos os pases em que est estabelecida e

    em pases de primeiro mundo est inserida no sistema de sade com

    incentivos do governo devido satisfao dos pacientes e a relao

    custo/benefcio para os cofres pblicos. A estrutura organizacional da profisso

    est mundialmente sob a gide da Federao Mundial de Quiropraxia (WFC

    World Federation of Chiropractic) filiada oficialmente OMS e agrega as

    Associaes Nacionais de Quiropraxia de cerca de 90 pases. No Brasil

    representada pela Associao Brasileira de Quiropraxia ABQ, que membro

    da WFC, e representa oficialmente a Quiropraxia e os profissionais brasileiros

    internacionalmente desde 1992.

    Na pesquisa sobre os fundamentos e o processo histrico da

    Quiropraxia no Brasil documenta-se que no incio do sculo XX aqui chegaram

    alguns Quiropraxistas americanos disseminando algumas tcnicas. Os

    aprendizes das mesmas foram chamados de quiroprticos. Entre os

    inmeros marcadores cronolgicos desde o surgimento da Quiropraxia at a

    colao de grau da primeira turma, na Universidade Anhembi Morumbi e

    FEEVALE em 2004, descreve-se a seguir alguns dados para efeito histrico.

    Em 1922 o Brasil recebe o primeiro Quiropraxista, o americano Willian

    F. Fipps. Em 1952 outro americano, Henry Wilson Young, aprende tcnicas

    de Quiropraxia, nos Estados Unidos da Amrica, com seu irmo, o

    Quiropraxista Harold Young e d andamento em territrio nacional prtica,

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 69 de 127

    promovendo cursos no oficiais e atendimento populao. Segundo registros

    da Christian Chiropractors Association, alguns quiropraxistas missionrios

    participaram de projetos especiais, no Brasil, na dcada de 70, nas cidades de

    Belm e Vianpolis. O primeiro brasileiro a se graduar foi o gacho Marino

    Schuler, em 1975, pelo Cleveland College of Chiropractic KC. 1-6 .

    Em 1982 aps o falecimento de H.W. Young, seu ex- aluno o Sr.

    Manoel Matheus de Souza, recebe sua biblioteca e demais apontamentos e d

    continuidade disseminao da Quiropraxia fundando em So Paulo o

    IBRAQUI Instituto Brasileiro de Quiropraxia e comea a ministrar cursos livres

    de Quiropraxia dentro de um modelo que ele mesmo desenvolveu e o

    denomina como Quiropraxia pelo Mtodo Matheus de Souza2,3 .

    Em 06 de novembro de 1992 fundada em So Paulo a Associao Brasileira

    de Quiropraxia (ABQ), responsvel pela representao da Quiropraxia

    brasileira dentro e fora do Pas e logo em seguida conquista seu

    credenciamento junto a Federao Mundial de Quiropraxia (WFC), co-

    representatividade na Organizao Mundial da Sade. Em julho de 1997, foi

    assinado o acordo entre as instituies, Palmer College of Chiropractic e o

    Centro Universitrio FEEVALE para oficializao do convnio que possibilitaria

    a implantao do programa de graduao em Quiropraxia no Brasil. Em 03 de

    maro de 1998 ocorre a aula inaugural do primeiro curso oficial de ps-

    graduao lato senso de Quiropraxia na FEEVALE como parte do processo

    para estruturao do curso de Graduao em Quiropraxia no Brasil1,7.

    No ano de 2000 o Centro Universitrio FEEVALE e a Universidade

    Anhembi Morumbi oferecem o curso de graduao em Quiropraxia seguindo

    as diretrizes da WFC, obedecendo o padro internacional de educao em

    Quiropraxia, em parceria com outras Universidades internacionais de formao

    em Quiropraxia. Em maro de 2001, foram introduzido no Congresso Nacional

    Brasileiro, no plenrio da Cmara dos Deputados, em Braslia, os trmites para

    a regulamentao da profisso de Quiropraxista, o Projeto de Lei 4199/2001 de

    autoria do Deputado Federal Alberto Fraga, que no momento encontra-se

    pronto para a pauta do plenrio da Cmara dos Deputados1,7-9. No final de

    2004 ocorreu a colao de grau da primeira turma de bacharis em Quiropraxia

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 70 de 127

    em ambos os estabelecimentos de ensino, fruto do primeiro programa de

    formao de Quiropraxistas na Amrica Latina10.

    Aps uma dcada da introduo dos cursos de formao de

    Quiropraxistas, as duas universidades j lanaram no cenrio brasileiro cerca

    de quinhentos e cinquenta Quiropraxistas. Pode-se perceber o desdobramento

    desse novo paradigma na realidade dos sistemas de sade brasileiros com a

    participao de Quiropraxistas brasileiros no Comit Olmpico Internacional, em

    projetos junto ao Sistema nico de Sade (SUS) e Programa de Sade da

    Famlia (PSF ) por meio dos estgios prticos supervisionados como parte da

    formao acadmica em Quiropraxia, participao de Quiropraxistas nos

    programas de clnica da dor em hospitais e clubes de desenvolvimento de

    atletas profissionais, entre outros. Contudo, compreende-se que no Brasil a

    Quiropraxia vive, hoje, um momento de extrema importncia em sua

    estruturao, por estar formando profissionais em nvel universitrio desde o

    ano de 2004, e tambm por ser um novo paradigma no cenrio da sade

    brasileira, tanto em carter social, como poltico e econmico. So duas

    universidades brasileiras que oferecem o bacharelado em Quiropraxia nos

    moldes estabelecidos pelos rgos internacionais, que preconizam e fiscalizam

    a educao em Quiropraxia mundialmente, e que esto aprovadas e

    reconhecidas pelo Ministrio da Educao e Cultura do Pas.

    Para acessar o texto completo acesse:

    http://www.quiropraxia.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=articl

    e&id=57&Itemid=91

    REFERNCIAS

    1. Chapman-S, A. Quiropraxia uma profisso na rea da sade. So Paulo: Anhembi Morumbi, 2001.

    2. Souza, M. M. A Histria da Quiropraxia no Brasil. 27 ago. 2004. Registro para monografia de concluso de curso. Entrevista concedida a Evergisto Souto Maior Lopes, via meio eletrnico.

    3. McNABB, B. The Archives and Journal of the Association for the History of Chiropractic: The First Chiropractic Colleges. Brasil, v. 24, n. 1. 2004.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 71 de 127

    4. Castro, E. A, Histria da Quiropraxia no Brasil. 29/09/2004. Registro para monografia de concluso de curso. Entrevista concedida a Evergisto S. M. Lopes, via meio eletrnico e postal.

    5. Dolenc, D. Y. A Histria da Quiropraxia no Brasil. 14 e 23 out. 2004. Registro para monografia de concluso de curso. Entrevista concedida a Evergisto Souto Maior Lopes, via meio eletrnico e postal.

    6. Braghini C.JR, A Quiropatia no Brasil. Quirobrasil. So Paulo, n.00, p. 14 15, set. 2000.

    7. Schuler, M. A Histria da Quiropraxia no Brasil. 28 set. 2004. Registro para monografia de concluso de curso. Entrevista concedida a Evergisto Souto Maior Lopes, via postal.

    8. Borges, S. M. O. A Histria da Quiropraxia no Brasil. 15 out. 2004. Registro para monografia de concluso de curso. Entrevista concedida a Evergisto Souto Maior Lopes, via meio eletrnico e postal.

    9. Fraga, A. Projeto de Lei 4199/2001. Braslia, Cmara dos Deputados, s.d. Disponvel em:. Acesso em: 19 out. 2004.

    10. Bracher, E. S. B. A Histria da Quiropraxia no Brasil. 15 out. 2004. Registro para monografia de concluso de curso. Entrevista concedida a Evergisto Souto Maior Lopes, via meio eletrnico.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 72 de 127

    ARTIGO ORIGINAL

    Srie de Guias prticos, em portugus, de avaliao e tratamento quiroprtico das doenas do Sistema Locomotor

    Series of Practical Handbook Guides about evaluation and Chiropactic treatment of

    musculoeskeleton conditions in Portuguese

    Mara Clia PaivaI, Adriana PegoraroI, Jlia P. BireloI, Vanessa ZanettiI,

    Andressa C. MorelliI, Daisy RenostoI, Flvia C. SouzaI, N. Omar El TurkI, Pablo

    B. ValverdeII, Daniel DuenhasII, Aline L. FernandesII, Ana Paula FacchinatoIII,

    Djalma Jos FagundesIV

    I. Estudante de Graduao em Quiropraxia. Instituto de Cincias da Sade.

    Universidade Anhembi Morumbi (UAM) Laureate Universities. So Paulo. Brazil.

    II. Quiropraxistas e docentes. Instituto de Cincias da Sade. UAM.

    III. MD, PhD, Professor Livre Docente - Instituto de Cincias da Sade. UAM

    E-mail do autor correspondente: [email protected]

    ABSTRACT

    OBJECTIVE: Develop a series of quick reference guides, updates and organized a functional

    way, directed to the student and health professional who works in the musculoskeletal area.

    METHODS: The diseases and orthopedic tests considered prevalent were selected, acording

    to review perfored. The guides were based, methodologically and fundamentally in the medical

    journal known as current diagnosis and treatment and presented in the handbook.

    RESULTS: The work is presented in a practical and dicatic inf our volumes: Guide do

    Assessment and Treatment of Spinal diseases, with 48 selected diseases, 29 of the Upper

    Limb, Lower Limb of 63 and 118 orthopedic tests. The diseases were operated on topics

    relevant to your diagnosis and treatment (synonymy, concept, risk factors, epidemiology, signs

    and symptoms, physical examination, orthopedic, neurological and laboratory tests, imaging

    examination, differencial diagnosis, treatment and relevant observations). The topics covered in

    volume Orthopedic tests were: synonimy, concept, description of the tests, pathological

    correlation, meaning the test, correlated diseases, critical evaluation, determinacition of the

    score and relevant observations), favoring the systematization and uniformity of information.

    CONCLUSION: Was developed a series of pratical guides of the most commom

    musculoskeletal disorders in clinical practice for the purpose of promoting the construction of

    the diagnosis during the evaluation of the patient, assisting the examiner in your treatment plan.

    KEY WORDS: Chiropractic, concept, history, current, health, spine, extremities, orthopedics

    tests.

    RESUMO

    OBJETIVO: Elaborar uma srie de guias de consulta rpida, atualizada e organizada de forma

    funcional, direcionada ao aluno e profissional da sade, que atua na rea musculoesqueltica.

    MTODOS: As doenas e testes ortopdicos selecionados foram os considerados prevalentes,

    de acordo com a reviso realizada. Os guias foram baseados, metodologicamente e

    fundamentalmente na publicao mdica conhecida como Current Diagnosis and. tremente e

    apresentados no formato handbook. RESULTADOS: A obra apresenta-se de maneira prtica

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 73 de 127

    e didtica em 4 volumes: Guia de Avaliao e Tratamento das Doenas da Coluna Vertebral,

    com 48 doenas selecionadas, 29 do Membro Superior, 63 do Membro Inferior e 118 testes

    ortopdicos. As doenas foram exploradas em tpicos relevantes ao seu diagnstico e

    tratamento (sinonmia, conceito, fatores de risco, epidemiologia, sinais e sintomas, exame

    fsico, exame ortopdico e neurolgico, exame de imagem, laboratoriais, diagnstico

    diferencial, tratamento e observaes relevantes). Os temas abordados no volume Testes

    Ortopdicos foram (sinonmia, conceito, descrio dos testes, correlao fisiopatolgica,

    significado do teste, doenas correlacionadas, avaliao crtica, determinao do escore e

    observaes relevantes), favorecendo a sistematizao e uniformidade das informaes.

    CONCLUSO: Foi elaborada uma srie de guias prticos das doenas musculoesquelticas

    mais frequentes na prtica clnica com o propsito de favorecer a construo da hiptese

    diagnstica durante a avaliao do paciente, auxiliando o examinador no seu plano de

    tratamento.

    PALAVRAS-CHAVES: quiropraxia, conceito, histria, atual, sade, coluna vertebral,

    extremidades, testes ortopdicos.

    INTRODUO

    A Quiropraxia est voltada

    para o diagnstico e tratamento

    das doenas e distrbios

    musculoesquelticos e dos efeitos

    destas desordens na sade em

    geral, enfatizando o poder inerente

    do corpo em curar-se sem o uso de

    medicamentos ou cirurgias. O

    ensino universitrio da Quiropraxia

    no Brasil recente assim como a

    sua atividade profissional. O

    grande acervo de consulta

    biomdica existente que aborda a

    Quiropraxia, encontra-se em lngua

    estrangeira, principalmente em

    ingls, estando assim, voltado para

    a realidade de outros pases1-4.

    Foi exatamente por perceber

    esta lacuna e com o objetivo de

    aproximarmos da realidade

    nacional, que os alunos, estagirios

    e professores da Universidade

    Anhembi Morumbi idealizaram a

    criao de uma srie de guias

    prticos de avaliao e tratamento

    das doenas prevalentes em nosso

    meio. Para a elaborao dos

    mesmos foi adotado como

    parmetro a referncia bibliogrfica

    internacional, conhecida como

    Current Diagnosis and Treatment,

    no formato poketbook, contendo

    mecanismos fisiopatolgicos

    atualizados, permitindo a

    possibilidade de interveno da

    Quiropraxia para preveno das

    doenas musculoesquelticas e

    promoo sade.

    No ano de 2008 visando

    manter uma educao quiroprtica

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 74 de 127

    continuada vinculada a prtica

    clnica, elaborou-se o primeiro

    volume e nos anos seguintes,

    dando continuidade ao projeto,

    foram desenvolvidos os demais,

    sendo que o quarto constou dos

    Testes Ortopdicos mais utilizados

    na prtica da clnica escola de

    Quiropraxia, haja vista a

    importncia da realizao dos

    mesmos para fundamentao da

    hiptese diagnstica

    osteomuscular.

    Para a realizao dos Guias

    alm das pesquisas tericas j

    estabelecidas em Quiropraxia, a

    pesquisa abrangeu o acervo de

    informaes em Ortopedia,

    Reumatologia e Fisioterapia,

    extraindo os elementos essenciais,

    buscando, desta forma, os mesmos

    denominadores comuns que

    permitissem uma sistematizao

    das informaes.

    Esta srie o resultado do

    esforo conjunto de discentes e

    docentes que pode conter pontos

    falhos ou polmicos, mas que

    revela a competncia e

    amadurecimento do projeto

    acadmico do Curso de

    Quiropraxia da Universidade

    Anhembi Morumbi.

    MTODOS

    A preparao dos Guias foi

    realizada sob a orientao

    normativa do Professor Doutor

    Djalma Jos Fagundes e contou

    com a superviso do Corpo Docente

    do curso de Quiropraxia.

    Considerando a natureza da

    pesquisa, foi dispensada a

    apreciao da Comisso de tica

    da Universidade Anhembi Morumbi,

    So Paulo.

    Escolha do Segmento Anatmico

    Os trs primeiros volumes

    descrevem procedimentos de

    avaliao e tratamento em

    Quiropraxia, das doenas

    osteomusculares dos diferentes

    segmentos anatmicos: volume I -

    Coluna vertebral, volume II -

    Membro Superior, volume III -

    Membro Inferior e o volume IV

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 75 de 127

    apresenta os Testes Ortopdicos

    mais utilizados na prtica clnica.

    Apresentao dos captulos dos

    Guias Prticos

    Cada captulo foi disposto de

    maneira resumida e objetiva, para

    cumprir com sua proposta. Para

    cada doena foi seguido um padro

    de formatao que envolve:

    sinonmia, conceito, etiologia,

    fatores de risco, epidemiologia,

    sinais e sintomas, exames: fsicos,

    ortopdicos, neurolgicos, de

    imagem, laboratorial, diagnstico

    diferencial, tratamento e

    observaes relevantes, fornecendo

    ao leitor, contedo adequado para o

    entendimento das doenas

    mencionadas. No guia de Testes

    Ortopdicos a formatao envolveu:

    sinonmia, conceito, descrio do

    teste, correlao fisiopatolgica,

    significado do teste, doenas

    correlacionadas, avaliao crtica e

    observaes relevantes.

    Relao das doenas abordadas

    As doenas foram

    selecionadas de acordo com a

    ocorrncia de cada segmento

    anatmico do esqueleto tendo a

    reviso das referncias e o suporte

    emprico de professores da

    Universidade.

    Procedimentos

    Os livros-textos consultados

    foram retirados das bibliotecas reais

    da Universidade Anhembi Morumbi

    e da Universidade Federal de So

    Paulo. As atualizaes do tema

    foram realizadas pela consulta da

    Scientific Latino-Americana e do

    Caribe em Cincias da Sade

    (Lilacs); US National Library of

    Medicine (PubMed); base de dados

    Medline e

    Bibliomed.

    RESULTADOS

    Como resultados foram selecionados no volume I - Coluna Vertebral 48

    doenas consideradas prevalentes, no volume II - Membros Superiores 29, no

    volume III - Membro Inferior 63 e no volume IV - 118 testes Ortopdicos,

    compondo assim a srie de Guias Prticos.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 76 de 140

    Fig. 1 Capa e disposio dos Guias.

    DISCUSSO

    Embora estejamos

    comemorando 117 anos e a

    Federao Mundial represente a

    profisso internacionalmente em 88

    pases ainda h carncia

    internacional tanto na produo de

    artigos cientficos e insero de

    base de dados, quanto na literatura

    biomdica especializada em

    Quiropraxia. Por essas razes

    desde 2008 desenvolveu-se uma

    srie de Guias Prticos com o

    objetivo de proporcionar ao aluno e

    profissional da sade, que atua na

    rea musculoesqueltica, um

    material de consulta rpida e

    atualizada, voltada a realidade

    nacional e organizada de forma

    funcional.

    Cada captulo trouxe uma

    breve introduo, qual de modo

    direto, abordou as principais

    informaes referentes anatomia

    ssea, ligamentar, muscular,

    neurolgica e biomecnica de cada

    regio. Os elementos abordados em

    cada doena foram escolhidos com

    cuidado, objetivando a relevncia e

    praticidade das informaes,

    proporcionando ao leitor a base de

    dados necessria para um completo

    entendimento das doenas

    selecionadas. Os tpicos eleitos

    foram: conceito, epidemiologia,

    sinais e sintomas, exame fsico,

    exames ortopdicos e neurolgicos,

    exames de imagem, exame

    laboratorial, diagnstico diferencial,

    tratamento e observaes

    relevantes.

    Na sinonmia foram

    reportados termos ou conjunto de

    palavras sinnimas, mais

    encontradas nos dados biomdicos,

    facilitando dessa forma a pesquisa

    em outras bases de referncia do

    leitor. O item conceito trouxe,

    descrita e caracterizada, os pontos

    fundamentais que constituem cada

    doena. Na etiologia foram

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 77 de 127

    descritos brevemente a causa ou as

    causas responsveis pela

    instalao e/ou manuteno da

    doena no organismo do ser

    humano, abrangendo todos os

    aspectos relevantes a este assunto.

    J nos fatores de risco tratou-se de

    apresentar as caractersticas

    individuais ou ambientais que

    predispem o desenvolvimento da

    doena. Os sinais e sintomas foram

    trazidos neste guia como

    informaes objetivas e subjetivas

    fornecidas pelo paciente que

    ajudam a nortear o diagnstico

    correto do examinador. No exame

    fsico foram descritas as condutas

    propeduticas adotadas com a

    finalidade de observar e ressaltar

    todos os fatores presentes,

    ajudando o profissional a identificar

    as novas e/ou caractersticas j

    existentes pertinentes ao quadro

    apresentado pelo paciente.

    Os testes ortopdicos citados

    no Guia foram selecionados

    segundo a regio anatmica

    investigada favorecendo a

    sistematizao e uniformidade das

    informaes. Quando necessrio os

    exames de imagem foram indicados

    e descritos os possveis achados.

    Para ajudar tanto na confirmao

    quanto no diagnstico diferencial de

    uma doena usaram-se os exames

    laboratoriais como referncia para

    os marcadores biolgicos. Foram

    listados no Guia utilizando o

    diagnstico diferencial,

    componentes que mimetizam a

    doena focada e cuja diferenciao

    fundamental para o

    encaminhamento teraputico e

    prognstico. No tpico de

    tratamento foram relatados os

    tratamentos atuais mais eficazes e

    de consenso para cada doena. Em

    relao s observaes relevantes,

    procurou-se fazer descries de

    alguma informao que seja

    necessria para a complementao

    do quadro da afeco. A inteno

    que esta seco funcionasse como

    dicas (tips) para ajudar o leitor no

    reconhecimento de pequenos

    detalhes, considerados importantes

    para a conduta do caso. Quanto

    formatao e a forma esttica dos

    guias, decidiu-se apresentar-se em

    duas colunas, facilitando assim, a

    visualizao total de todas as

    informaes referentes a cada

    doena. Cada subttulo foi

    destacado com cor diferenciada do

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 78 de 127

    resto do texto, promovendo assim, a

    fcil identificao das informaes.

    O leitor poder observar

    nitidamente serem estes guias

    atuais, voltados para a realidade

    brasileira, com uma abordagem

    prtica e contempornea, com

    enfoque nas principais e mais

    frequente doenas, demonstrando

    de forma didtica, os aspectos mais

    importantes de cada uma delas.

    Para facilitar a compreenso do

    leitor, foram utilizadas algumas

    ilustraes. A produo de material

    educacional faz parte, entre outras

    funes, da atividade acadmica, os

    autores dos guias esperam que este

    material, embora no tenha

    abrangido todas as doenas do

    universo especfico, demonstre

    conhecimentos especficos em

    Quiropraxia e assim cumprir o que

    se exige de um formando, e que

    contribua de forma significativa para

    fortalecer as bases de consulta

    especializada, voltada para a

    realidade nacional.

    CONCLUSO

    Elaborar uma srie de Guias

    de consulta rpida e atualizada com

    enfoque na Quiropraxia, voltada

    realidade nacional e organizada de

    forma funcional, foi o objetivo

    proposto e alcanado por seus

    autores. A extensa reviso da

    literatura biomdica possibilitou a

    identificao de cerca de 140

    doenas mais prevalentes entre as

    que afetam o aparelho locomotor e

    que foram selecionadas como

    representativas para a atividade

    prtica da Quiropraxia. O volume de

    Testes Ortopdicos constou de 118

    testes, o que favorece a construo

    da hiptese diagnstica durante a

    avaliao do paciente, auxiliando o

    Quiropraxista no seu plano de

    tratamento.

    CONFLITOS DE INTERESSES:

    No h.

    REFERNCIAS

    1. Associao Brasileira de Quiropraxia. Disponvel em www.quiropraxia.org.br. Acessado dia 20/09/2010.

    2. World Federation of Chiropractic. Definition of Chiropractic disponvel em: http:/wfc.org/website.nsf1WebPage/DefinitionOfChiropractic?OpenDocument. Acesso em 0.11.2010.

    3. Chapman S, David A, Quiropraxia uma profisso na rea da sade Educao, prtica, pesquisa e rumos futuros. Cap. 2 a 5, pgs. 11 -59 Editora Anhembi Morumbi 2001.

    4. Mootz. R.D. Chiropractics Current State: impacts for the future. Journal of Manipulative and Physiological Therapeutics, 2007, volume 30, 1 edio.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 79 de 127

    ARTIGO ORIGINAL

    Avaliar o efeito do tratamento quiroprtico em praticantes de tiro com

    arco

    To evaluate the effect of chiropractic care in practicing archery

    Jos Gilberto M. BarrosI, Joyce K. YanaakiI, Ana Paula FacchinatoII, Aline P. LabateIII

    I. Estudante de Graduao em Quiropraxia. Instituto de Cincias da Sade. Universidade Anhembi Morumbi (UAM) Laureate Universities. So Paulo. Brazil. II. MD e Coordenadora do Curso de Quiropraxia - UAM III. Quiropraxista e docente - Instituto de Cincias da Sade. UAM

    E-mail do autor correspondente: [email protected]

    ABSTRACT

    OBJECTIVE: To assess the efficacy of chiropractic vertebral manipulation applied to

    practitioners of Archery. METHODS: 26 practicing archery (22 males and 4 females) between

    11 and 58 years, training more than 6 months, were selected as the research sample.

    Chiropractic evaluation was performed as well as dynamometry, inclinometer, cervicocephalic

    kinesthetic sensitivity, sports performance and WHOQOL-BREF for quality of life. The sample

    was divided into control and treatment group. Both groups were followed for four weeks: the

    control group was evaluated and observed in his training routine for 4 weeks and reassessed. In

    the treatment group was added chiropractic adjustment (diversified) for eight sessions over a

    period of four weeks. RESULTS: Both groups showed an average age of 24 years (control

    group) and 40 (treatment group) and trained mostly 3 to 4 times a week (47%). The treated

    group showed improvement in left lateralization (p 0.001) and also in the kinesthetic sensitivity

    (p 0.005) after treatment. The assessment of strength, Range of Motion of the other

    movements, shot performance and quality of life showed no statistically significant

    improvements. CONCLUSION: Chiropractic adjustment was effective in the cervical range of

    motion and mainly cervicocephalic kinesthetic sensibility of practicing archery, not impacting on

    other variables.

    KEY WORDS: Sports chiropractic, spinal manipulation, archery.

    RESUMO

    OBJETIVO: Verificar a eficcia da Terapia de Manipulao Vertebral Quiroprtica (TMV)

    aplicada em praticantes do Tiro com Arco. MTODOS: 26 praticantes de tiro com arco (22 do

    gnero masculino e quatro do gnero feminino) entre 11 e 58 anos, em treinamento h mais de

    seis meses, foram selecionados como amostra da pesquisa. Foi realizada avaliao

    quiroprtica acrescida de dinamometria, inclinometria, sensibilidade cinestsica cervicoceflica,

    rendimento no esporte e questionrio WHOQOL-bref para qualidade de vida. A amostra foi

    dividida em grupo controle e grupo de tratamento. Os dois grupos foram acompanhados por

    quatro semanas: o grupo controle foi avaliado e observado em sua rotina de treinamento

    durante quatro semanas e reavaliado. Ao grupo de tratamento foi acrescentado TMV

    quiroprtica (diversificada) por oito sesses em um perodo de quatro semanas.

    RESULTADOS: Os grupos apresentaram mdia de idade de 24 anos (grupo controle) e 40

    anos (grupo tratamento) e treinavam em sua maioria de 3 a 4 vezes por semana (47%). O

    grupo tratado apresentou melhora na lateralizao esquerda (p0,001) e tambm na avaliao

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 80 de 127

    da sensibilidade cinestsica (p0,005) aps o tratamento. A avaliao da fora, ADM dos

    outros movimentos, rendimento no tiro e qualidade de vida no apresentaram melhoras

    estatisticamente significantes. CONCLUSO: A TMV quiroprtica foi eficaz na amplitude de

    movimento cervical e principalmente na sensibilidade cinestsica cervicoceflica dos

    praticantes de tiro com arco, no impactando em outras variveis analisadas.

    PALAVRAS-CHAVES: quiropraxia esportiva, manipulao articular, tiro com arco.

    INTRODUO

    Dentro deste primeiro sculo

    de evoluo, a Quiropraxia viu-se

    multiplicando em especialidades,

    que se diferenciam ou pela

    abordagem tcnica ou pela filosofia.

    Dentre estas especializaes, a

    Quiropraxia esportiva vem

    conquistando o seu espao nas

    equipes multidisciplinares de

    medicina esportiva. A Quiropraxia

    esportiva baseada em trs pilares:

    preveno de leso, acelerao da

    recuperao e aumento do

    rendimento (PICS) e existe uma

    formao para distingui-la como

    uma especialidade. A organizao

    que controla o avano da

    Quiropraxia Esportiva a

    Fdration Internationale de

    Chiropratique Du Sport (FICS), que

    fornece para seus especialistas o

    International Diploma in Chiropractic

    Sport Science (ICSSD). Essa

    distino vem do conhecimento

    detalhado do esporte, do manuseio

    da dor, da mobilizao de tecidos

    moles e prescrio de exerccios de

    reabilitao 2,.

    A Quiropraxia esportiva

    mundial tem realizado incrveis

    incurses em eventos esportivos

    oficiais nos ltimos anos e vem

    sendo usada oficialmente pelos

    Estados Unidos da Amrica em

    todas as olimpadas desde 1980. O

    Comit Olmpico Brasileiro a utiliza

    no tratamento de seus atletas desde

    2000, nos principais eventos em

    que participa como os Jogos

    Olmpicos e Jogos Panamericanos.

    Um estudo na Liga Nacional de

    Futebol Americano revelou que 77%

    dos treinadores encaminham seus

    atletas para o tratamento com

    Quiropraxia, com 31% dos times

    tendo oficialmente um Quiropraxista

    como parte de sua equipe mdica4.

    O esporte de alto rendimento

    est sempre acompanhado de

    leses de esforo e impacto. O tiro

    com arco um esporte menos

    traumtico, porm oferece risco de

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 81 de 127

    leso para as estruturas

    steomioarticular da regio cervical.

    O tempo prolongado de treinamento

    em uma postura isomtrica, com

    rotao unilateral prolongada da

    cervical potencialmente lesivo

    para o atleta5. Para competies, o

    esporte regulamentado

    internacionalmente pela Fedration

    Internacionale de Tir lArc (FITA)

    que organiza as provas outdoor (em

    campo aberto) e indoor (geralmente

    em ginsios), que so as mais

    competitivas entre outras opes de

    prtica6.

    O esporte do tiro com arco

    hoje disputado em duas

    categorias: individual e por equipes.

    Para vencer, o competidor tem que

    somar o maior nmero possvel de

    pontos. O alvo formado por seis

    crculos concntricos. Os dois

    crculos centrais valem 10 pontos e

    cada crculo seguinte perde um

    ponto em valor7. De acordo com a

    FITA, o arqueiro realiza 144

    disparos com 12 sries de trs

    flechas para cada uma das quatro

    distncias regulamentadas (90m,

    70m 50m e 30m masculino; 70m,

    60m, 50m e 30m feminino)6.

    O arco dever se ajustar

    confortavelmente ao arqueiro e suas

    flechas terem medida e equilbrio

    precisos, para que assim possam se

    adequar devidamente potncia

    muscular (fora) e abertura

    (puxada). Todos os componentes e

    acessrios partiro do mesmo

    princpio: a adequao total ao seu

    usurio, tendo em vista suas

    condies fsicas e tcnicas7. As

    flechas so hastes que possuem

    ponta de um dos lados, sendo que

    as mais utilizadas so as de

    alumnio por serem as mais

    versteis, tanto para a instruo,

    treinamento e desenvolvimento

    como para competies7. Os

    ajustes de postura, respirao e

    atividade mental (concentrao) so

    elementos fundamentais para o tiro

    com arco. A respirao do arqueiro

    difere de outros atletas em dois

    aspectos: mais compassada

    (lenta) e os seus movimentos so

    controlados pelos msculos do

    abdmen inferior, e no pela

    musculatura torcica7.

    Por ser um esporte que

    abrange a integralidade do sistema

    nervoso central e perifrico e por

    oferecer uma perspectiva da

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 82 de 127

    avaliao do desempenho de forma

    quantitativa e qualitativa, esta

    modalidade apresenta bom campo

    de estudo para quantificar a eficcia

    da Quiropraxia neste esporte. A

    importncia do presente estudo se

    deve ao fato do Brasil receber

    eventos esportivos internacionais

    nesta modalidade. A Quiropraxia

    esportiva no Brasil deve

    acompanhar esta expectativa do

    crescimento esportivo brasileiro.

    MTODOS

    A pesquisa foi submetida

    apreciao e aprovao do Comit

    de tica da Universidade Anhembi

    Morumbi.

    Populao e Amostra

    O trabalho foi submetido

    apreciao e aprovao do Comit

    de tica e Pesquisa (CEP) da

    Universidade Anhembi Morumbi e

    foi realizado em dois locais: Crculo

    Militar, localizado na R: Ablio

    Soares, 1589 Ibirapuera e o Arco

    e Flecha Bandeirantes na Av. Nova

    Cantareira, 743 Santana, ambos

    em So Paulo, no perodo de

    fevereiro de 2011 a abril de 2011, 2

    vezes por semana, durante 4

    semanas.

    Critrios de Incluso

    A amostra foi composta por

    praticantes de tiro com arco, de

    ambos os gneros, em nvel de

    competio ou em ascenso que

    fossem praticantes da modalidade

    h pelo menos 6 meses e que

    permanecessem com a mesma

    frequncia de treinamento durante o

    perodo da coleta de dados.

    Critrios de Excluso:

    Praticantes que

    apresentassem intolerncia

    manipulao vertebral, leso

    muscular ou articular que

    impossibilitasse o tratamento ou o

    treino. Os que no comparecessem

    em mais de 2 sesses de

    tratamento ou no mantivessem

    seus hbitos de treino durante o

    perodo da coleta de dados.

    Procedimentos

    Os participantes foram

    divididos em dois grupos

    denominados: Grupo Controle (GC)

    e Grupo Tratamento (GT) de acordo

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 83 de 127

    com as condies presentes na

    amostra em cada local de coleta. Na

    primeira sesso os indivduos

    preencheram um questionrio,

    elaborado pelos pesquisadores,

    com dados pessoais e informaes

    a respeito da prtica esportiva, tipo

    de equipamento utilizado, relato de

    leses e ou dor e fatores de contra

    indicao para a terapia de

    manipulao vertebral. Em seguida

    foi aplicado o questionrio de

    Qualidade de Vida WHOQOLbref8.

    Em seguida, os participantes

    realizaram o teste Neutral Head

    Position Head Repositioning

    Accuracy (NHP- HRA). Este teste

    indica a capacidade de retorno ativo

    da cabea posio inicial aps

    rotao passiva e tem objetivo de

    verificar a preciso e acurcia desta

    ao9. A habilidade de reposicionar

    a cabea postura anterior de

    referncia sem ajuda da viso ou

    audio chamada de

    Sensibilidade Cinestsica

    Cervicoceflica10

    . Foi utilizado um

    laser point fixado superiormente a

    um capacete e culos escuros

    reforado com tinta preta para

    garantir que o participante no

    utilizaria o recurso da viso para

    retornar a cabea na posio inicial.

    Com o participante sentado e

    o capacete preso cabea de forma

    que no se deslocasse com o

    movimento e com o laser

    posicionado numa distncia de 90

    cm do alvo, o atleta foi orientado a

    manter a cabea em posio e

    neutra durante a colocao dos

    culos, somente aps este

    procedimento o laser foi ligado. Um

    alvo idntico ao utilizado no esporte

    foi colocado em uma parede

    frente, de forma que o laser

    incidisse no centro do alvo. O

    avaliador rotacionou a coluna

    cervical do sujeito para o lado

    esquerdo e pediu lhe que

    retornasse a cabea posio

    neutra. Em seguida, com uma

    caneta marcou-se o local que o

    laser incidiu e estabeleceu-se, como

    sendo este, o local de

    reposicionamento do participante.

    Para testar o outro lado foi realizado

    o mesmo processo de rotao

    passiva, reposicionamento ativo e

    registro no alvo10.

    Para cada lado foram feitas

    duas marcaes, e para calcular a

    pontuao do teste NHP- HRA foi

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 84 de 127

    medida a distncia em centmetros

    do ponto central do alvo ao ponto

    onde incidiu o laser e somado o

    resultado para cada indivduo em

    pontos. Foram consideradas como

    apresentando alteraes da

    cinestesia as pessoas cujos erros

    em relao posio inicial foram

    maiores que 4 cm em qualquer

    direo para cada movimento9.

    Na sequncia, procedeu-se o

    teste de fora dos braos utilizando

    o dinammetro Jamar seguindo o

    posicionamento padro para os

    braos, estabelecido pela

    Sociedade Americana de

    Terapeutas de Mo (ASHT)11,12.

    Utilizando um inclinmetro,

    foi mensurado a Amplitude de

    Movimento (ADM) ativa do

    participante, um protocolo

    especfico foi utilizado para cada

    tipo de movimento acompanhando

    as recomendaes de Cipriano13.

    Foram efetuados seis tiros para

    registrar a pontuao. O participante

    utilizou seu prprio arco e a

    pontuao seguiu as regras do

    esporte: cada flecha marca de 6 a

    10 pontos dependendo da cor do

    alvo acertada14.

    Interveno:

    Para os indivduos do grupo

    de tratamento (GT), deu-se incio

    interveno logo aps os testes

    realizados inicialmente. Os

    procedimentos de avaliao e

    tratamento foram realizados por

    Quiropraxistas graduados. Durante

    as sesses o participante era

    questionado sobre alteraes fsico-

    emocionais que pudessem

    influenciar no rendimento do

    esporte. Os ajustes foram

    realizados somente na coluna

    vertebral, em segmentos que

    apresentasse complexo de

    subluxao vertebral. Durante este

    perodo, os indivduos integrantes

    do grupo controle (GC) foram

    monitorados para manter a

    frequncia de treinamento,

    realizando os mesmos exerccios

    que realizavam anteriormente,

    equivalentes ao GT. Aps as 8

    sees, os participantes foram

    submetidos novamente ao

    questionrio WHOQOL-bref e aos

    testes de sensibilidade cinestsica

    cervicoceflica, fora, ADM e

    rendimento, para anlise

    comparativa dos dados. Os

    resultados foram dispostos em

    tabelas e grficos e analisados

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 85 de 127

    estatisticamente com teste T e teste

    Wilcoxon. Valores p

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 86 de 127

    DISCUSSO

    A ideia de desenvolver essa

    pesquisa surgiu da hiptese de

    associao entre a postura peculiar

    do praticante do Tiro com Arco e a

    probabilidade da mesma

    desencadear alteraes

    musculoesquelticas. Poucos

    estudos avaliaram os efeitos da

    Terapia Manipulativa Vertebral em

    atletas e nas referncias

    pesquisadas no foram encontrados

    trabalhos sobre o Tiro com Arco.

    Neste, o estresse sobre o sistema

    neuromusculoesqueltico pode ser

    encontrado no apenas em

    situaes de excesso de

    treinamento e competio, mas

    tambm no tipo de movimento,

    postura e concentrao mantida

    pelo atleta. Alguns sintomas podem

    manifestar-se por queda no

    desempenho, fadiga crnica e dor15.

    Vrios estudos demonstram

    que a dor ou disfuno cervical

    podem levar a um decrscimo

    proprioceptivo na regio9,16-19

    .

    Embora no exista indicao

    patoanatmica de leso e que este

    decrscimo cause danos

    irreversveis ao atleta, o risco de

    leso, doenas ou retirada

    prematura do esporte aumentado,

    diminuindo as expectativas e a

    qualidade de vida dos atletas no

    esporte20. O esforo que o

    praticante de tiro submetido

    durante os treinos e a postura

    assimtrica adotada gera alteraes

    posturais e clnicas nesse indivduo.

    Portanto, a forma de abordar e

    avaliar o atleta, como tambm quais

    as ferramentas adequadas para tal,

    so objetos de estudo deste

    trabalho21,22.

    O dinammetro Jamar o

    sistema de calibrao que ganhou

    aceitao clnica na deteco da

    fora de preenso palmar, e tm

    sido utilizados regularmente em

    estudos8,9. Foi empregada neste

    estudo uma rigidez metodolgica na

    medida de fora, que utilizou um

    nico dinammetro, previamente

    aos treinos, no mesmo horrio, de

    forma a minimizar as influncias

    hormonais do ciclo circadiano e

    possveis fadigas ou microtrauma

    decorrentes do treino23. No presente

    estudo no houve melhora

    significativa no grau de fora do

    atleta. Esse resultado contrasta com

    o estudo de Botelho17, que mostrou

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 87 de 127

    que o ajuste articular eficaz na

    melhora da fora de preenso

    palmar em atletas de Judo.

    A medio da ADM cervical

    tem mostrado evidencias cientficas

    contraditrias16. Alguns autores no

    consideram o inclinometro vlido17-

    19 enquanto outros consideraram

    vlidos e sugerem sua utilidade em

    ambiente clnico dirio20,21. O

    aumento da ADM na coluna cervical

    no apresentou melhora

    estatisticamente significativa, com

    excesso da lateralizao esquerda

    que obteve um p0,005. Talvez a

    assimetria do gesto esportivo, com

    predominancia de rotao sempre

    para o mesmo lado, oferea esse

    resultado diferente para a

    lateralizao esquerda. No estudo

    de Cavalcante22, ficou comprovado

    que o ajuste articular eficaz na

    melhora da amplitude de movimento

    cervical, porm a amostra no era

    composta de sujeitos praticantes de

    esporte com gesto assimtrico.

    Talvez por isto, esta pesquisa no

    encontrou os mesmos resultados.

    O questionrio WHOQOL-

    bref no apresentou diferena

    estatstica entre o antes e aps

    tratamento. Talvez a caracterstica

    curta da pesquisa no tenha sido

    suficiente para modificar a

    qualidade de vida desses atletas.

    Dos testes utilizados para

    mensurar a sensibilidade

    cinestsica cervicoceflica, o teste

    de reposio da cabea ativa aps

    movimentao passiva (NHP-HRA)

    com o uso do laser o mais

    utilizado como ferramenta para a

    quantificao de alterao

    proprioceptiva10,17-21. No GT os

    pontos do laser se aproximaram

    mais do centro aps o tratamento,

    tanto no plano horizontal quanto

    vertical, evidenciando que a

    sensibilidade cinestsica est mais

    apurada.

    Rogers23 estudou os efeitos

    da TMV em distrbios de

    sensibilidade cinestsica e

    percebeu modificaes favorveis

    nas medies. O presente estudo

    apresentou resultado semelhante. O

    grupo tratado teve uma melhora de

    37 para 22 pontos em mdia

    (p0,005), enquanto o grupo

    controle baixou de 41 para 38

    pontos em mdia (p=0,658). Um

    recente estudo20 mostrou que

    quanto maior a idade, mais a

    sensibilidade cinestsica esto

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 88 de 127

    comprometidas. No presente

    estudo, a mdia de idade do grupo

    tratado foi maior que a do grupo

    controle (40a no GT e 24a no GC),

    porm a mdia de pontuao obtida

    no teste de sensibilidade cinestsica

    antes de qualquer interveno foi

    semelhante entre os grupos (37

    para GT e 41 para GC),

    contrastando com a literatura. Ou

    seja, os atletas com mais idades

    no apresentaram discrepncia

    neste teste com relao aos atletas

    mais jovens.

    Um dado interessante

    evidenciado quando os praticantes

    de tiro com arco tanto do grupo

    controle quanto do grupo tratado

    tiveram pontuaes muito altas na

    sensibilidade cinestsica, ou seja,

    no retorno ativo da cabea ao

    centro, o laser apontava muito longe

    do centro. Nota-se uma deficincia

    importante nos resultados,

    evidenciando uma provvel leso

    dos receptores somticos dos

    atletas, talvez pelo estmulo

    repetitivo das estruturas. Embora o

    metodo do laser seja simples o

    mesmo no preciso. Ele tambm

    no avalia simultaneamente o

    quanto de amplitude se faz e nem a

    velocidade de movimento da

    cabea, variveis que podem

    influenciar no resultado23. O

    presente estudo no pde dizer se a

    melhora na sensibilidade

    cinestsica teve influncia positiva

    no esporte em questo. Qualquer

    mudana no esquema corporal de

    um atleta, principalmente quando se

    modifica a postura, pode afetar

    negativamente o seu rendimento24.

    Talvez, uma interveno mais longa

    pudesse melhorar tambm o

    rendimento destes atletas, j que a

    sensibilidade cinestsica foi alterada

    positivamente e este esporte est

    diretamente relacionado com a

    capacidade de concentrao do

    praticante. Com base nesses dados,

    pode-se dizer que o resultado da

    sensibilidade cinestsica avaliada

    pelo teste NHP-HRA obteve

    melhora significativa com a TMV

    quiroprtica. A amplitude de

    movimento cervical, fora, qualidade

    de vida e rendimento no

    demonstraram melhora significativa

    durante o tratamento em praticantes

    de Tiro com Arco, com exceo da

    lateralizao esquerda.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 89 de 127

    CONCLUSO

    A TMV quiroprtica foi eficaz

    na interveno sobre a sensibilidade

    cinestsica cervicoceflica de

    praticantes do tiro com arco e no

    obteve o mesmo xito nas variveis:

    fora, ADM, qualidade de vida e

    rendimento no tiro.

    CONFLITOS DE INTERESSES:

    No h.

    AGRADECIMENTOS:

    Quiropraxista Mara Celia Paiva pelo

    preparo deste manuscrito.

    REFERNCIAS

    1. Federation Internationale de Chiropratique Du Sport (FICS). Ontario. [acesso em 12/01/2011]. Disponvel em: http://www.fics-online.org/portal/.

    2. ACA Sports council. Ashland [acesso em: 16/01/2011]. Disponvel em: http://www.acasc.org/.

    3. Pollard H, Hoskins W, McHardy A, et al. Australian chiropractic sports medicine: half way there or living on a prayer? Chiropr Osteopath. 2007; 15: 14.

    4. Stump JL, Redwood D. The Use and Role of Sport Chiropractors in the National Football League: A short report. J Manipulative Physiol Ther 2002; 25; 3:1-4.

    5. Hyde T, Gengenbach MS. Conservative Management of Sports Injuries. Jones & Bartlett Learning 2007; 1(4).

    6. Costa L. Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Conf, 2006.

    7. CBTARCO Confederao Brasileira de Tiro com Arco. Braslia. [acesso em: 15/02/2011]. Disponvel em http://www.cbtarco.org.br.

    8. Kluthcovsky ACG, Kluthcovsky FA. O WHOQOL-bref, um instrumento para avaliar qualidade de vida: uma reviso sistemtica. Rev. Psiquiatr. Rio Gd. Sul; 2009, 31(3,supl.0):0-0.

    9. Reis FJJ, Mafra B, Mazza D, et al. Avaliao dos distrbios do controle sensrio-motor em pessoas com dor cervical mecnica: uma reviso Fisioterapia em Movimento.Impr.2010; vol.23 no.4 Curitiba Oct./Dec.

    10. Humphreys B, Irgens PM. The effect of rehabilitation exercise program on head repositioning accuracy and reported levels of pain in chronic neck pain subjects. Journal of Whiplash & Related Disorders 2002; 1 (1), 99-112.

    11. Moreira D, Alvarez RRA, Gogoy JR, et al. Abordagem sobre preenso palmar utilizando o dinammetro JAMAR: uma reviso da literatura. R. Brs. Ci. e Mov. Jun 2003; v. 11 n.2 p.95-99.

    12. Figueiredo IM, Sampaio RF, Mancini MC, et al. Teste de fora de preenso utilizando o dinammetro Jamar artigo de reviso. Acta Fisiatr 2007; 14(2): 104-110.

    13. 44. Cipriano JJ. Manual fotogrfico de testes ortopdicos e neurolgicos 4 edio Ed. Manole 2005.

    14. Arco e Flecha O Esporte. [acesso em: 15/02/2011]. Disponvel em: http://www.manualdearqueiria.kit.net.

    15. Alves RN, Costa LOP, Samulski DM. Monitoramento e preveno do

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 90 de 127

    supertreinamento em atletas/ Monitoring and prevention of overtraining in athletes. Rev. bras. med. esporte 2006; out 12(5): 291-296.

    16. Martins WR, Moreira D. Validade do Inclinmetro analgico para medio dos movimentos da coluna vertebral-reviso sistemtica. Fisioter. Mov. 2008; out/dez;21(4):111-117.

    17. Botelho MB, Andrade BB. Effects of cervical manipulative vertebral therapy on judo athletes grip strength. WFC 11

    th

    Biennial Congress. Rio de Janeiro, 2011. scientific presentations.

    18. Sedliak M, Finni T, Cheng S, et al. Diurnal variation in maximal and submaximal strength, power and neural activation of leg extensors in men: multiple sampling across two consecutive days. Intern J of sports med 2008; 29;3:217-24.

    19. Teng CC, Chai H, Lai DM. Cervicocephalic kinesthetic sensibility in young and middle-aged adults with or without a history of mild neck pain. Man Ther 2007; 12 (1), 22-28.

    20. Rix GDW. Investigation of Head Repositioning Accuracy as a Measure of

    Cervicocephalic Kinesthetic Sensibility in Patients with Chronic Neck Pain. Full thesis title", University of Southampton, name of the University School or Department, PhD Thesis, 2008.

    21. Thurm BE. Efeitos da dor crnica em atletas de alto rendimento em relao ao esquema corporal, agilidade psicomotora e estados de humor. So Paulo, 2007 Dissertao Mestrado em Educao Fsica Universidade So Judas Tadeu.

    22. Cavalcante JSO, Marciano R. Efeito da manipulao articular sobre a amplitude de movimento da regio cervical, So Paulo, 2005, Trabalho de Concluso de curso, Universidade Anhembi-Morumbi.

    23. Rogers RG. The effects of spinal manipulation on cervical kinesthesia in patients with chronic neck pain: A pilot study. J Manipulative Physiol Ther; 1997, 20 (2), 80-85.

    24. Thurm BE. Efeitos da dor crnica em atletas de alto rendimento em relao ao esquema corporal, agilidade psicomotora e estados de humor. So Paulo, 2007 Dissertao Mestrado em Educao Fsica Universidade So Judas Tadeu.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 91 de 127

    ARTIGO ORIGINAL A eficcia do tratamento quiroprtico para clica menstrual The effectiveness of chiropractic treatment for menstrual cramps

    Choo Hyung KimI, Avany M. Xavier BomII

    I. Estudante de Graduao em Quiropraxia. Instituto de Cincias da Sade.

    Universidade Anhembi Morumbi (UAM)

    II. MS e Coordenadora do Curso de Nutrio. UAM

    E-mail do autor correspondente: [email protected]

    ABSTRACT

    OBJECTIVES: To study the effectiveness of Chiropractic treatment in women with primary

    dysmenorrhea and evaluate the relationship of cause and effect of therapy joint manipulation in

    the lumbar spine. METHODS: We selected as samples, 48 young women between 18 and 27

    years old, were divided randomly into two treatment groups, Group A (study) were treated with

    joint manipulation exclusively in spine and Group B (Control). The two groups A and B were

    treated 2 times a week for a period of three months. RESULTS: 75% of participants were

    Caucasian and stated that dysmenorrhea did not change their regular habits. 100% used

    analgesics and 45% sought medical help for treatment. The prevalence of pain intensity ranged

    from moderate 45% and intense 35%. The most common symptoms associated with

    amenorrhea were nervousness, edema, breast pain and headache, respectively. Group A

    showed statistically significant data in the item intensity of pain "intense", with the same total

    remission after treatment with adjustable joint. Group B showed improvement in pain in the 5%

    who reported moderate pain and 10% among those who reported severe pain. CONCLUSION:

    A significant reduction of pain caused by menstrual cramps and associated symptoms after

    chiropractic adjustment in the segments L1 and L2.

    KEY WORDS: Chiropractic, menstrual cramps, primary dysmenorrhea.

    RESUMO

    OBJETIVOS: Estudar a eficcia do tratamento quiroprtico em mulheres portadoras de

    dismenorreia primria e avaliar as relaes de causa e efeito da terapia de manipulao

    articular na coluna lombar. MTODOS: Foram selecionadas, como amostras, 48 mulheres

    jovens com idade entre 18 e 27 anos, sendo divididas aleatoriamente em dois grupos de

    tratamento, Grupo A (estudo) foram tratadas com manipulao articular, exclusivamente, em

    coluna lombar e Grupo B (Controle). Os dois grupos A e B foram atendidos dois vezes por

    semana, num perodo de trs meses. RESULTADOS: 75% das participantes eram de etnia

    caucasiana e afirmaram que a dismenorreia no alterava seus hbitos regulares. 100% faziam

    uso de analgsicos e 45% procurou auxlio mdico para tratamento. A prevalncia da

    intensidade da dor variou entre moderada 45% e intensa 35%. Os sintomas associados mais

    comuns amenorreia foram: nervosismo, edema, dor na mama e cefaleia, respectivamente. O

    Grupo A apresentou dados estatisticamente significantes no quesito intensidade de dor

    intensa, com remisso total da mesma, aps tratamento com ajuste articular. O grupo B

    apresentou melhora da dor em 5% dos que referiram dor moderada e de 10% entre os que

    relataram dor intensa. CONCLUSO: Houve diminuio significativa do quadro lgico,

    provocado pela clica menstrual e dos sintomas associados, aps ajuste quiroprtico nos

    segmentos L1 e L2.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 92 de 127

    PALAVRAS CHAVES: Quiropraxia, clica menstrual, dismenorreia primria.

    INTRODUO

    O termo dismenorreia tem

    sua origem na lngua grega e est

    associado a "menstruao

    dolorosa" ou "fluxo menstrual difcil".

    Foi descrita no sculo V A.C. por

    Hipcrates, o pai da medicina, que

    considerava esta condio,

    popularmente conhecida como

    clica menstrual uma consequncia

    de obstruo cervical e estagnao

    do fluxo menstrual. Esta sndrome,

    afeta cerca de 50 a 90% das

    mulheres em algum momento de

    sua fase reprodutiva, por esta

    razo, este tema continua sendo

    objeto de muitos estudos

    cientficos1. Quanto sua etiologia,

    ela pode ser classificada como

    primria ou funcional, e em

    secundria ou orgnica2. A

    dismenorreia primria no

    apresenta causa orgnica que a

    justifique e a mais prevalente.

    Ocorre nos primeiros anos aps a

    menarca e afeta at 50% das

    mulheres ps-pberes, em geral a

    sndrome cessa ou diminui de

    intensidade em torno dos 20 anos

    de idade ou com a gravidez3. A

    dismenorreia secundria

    caracterizada com dor menstrual

    resultante de doena plvica,

    frequente em mulheres com

    endometriose ou doena

    inflamatria plvica crnica; mais

    frequentemente observada em

    mulheres com idade entre 30-45

    anos4. Embora sua fisiopatologia

    no esteja completamente

    elucidada, a evidncia atual sugere

    que a patognese da dismenorreia

    primria seja derivada da elevao

    dos nveis de prostaglandinas, que

    favorece a exacerbao de

    contraes uterinas promovendo a

    reduo do fluxo vascular uterino,

    causando hipxia e isquemia, o que

    aumenta o quadro doloroso e

    sintomas associados como

    nuseas, vmitos, diarreia,

    irritabilidade e cafaleia5,6.

    No Brasil, grande parte das

    mulheres sofre de dismenorreia em

    algum momento da vida o que as

    impossibilita de realizar suas

    atividades do cotidiano1. O

    tratamento com antinflamatrios

    no esterides e contraceptivos

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 93 de 127

    orais considerado eficiente em

    90% dos casos de origem primria7.

    Entretanto aqueles que no

    respondem bem ao tratamento

    aloptico, buscam cada vez mais,

    terapias complementares que no

    tragam efeitos colaterais como os

    provocados pelo tratamento

    medicamentoso. A quiropraxia tem

    sido sugerida como um tratamento

    de aproximao, a inervao

    autnoma que controla a tuba

    uterina, tero, vagina e clitris so

    originados das 10 vrtebras

    torcicas (T10) a 5 vrtebra sacral

    (S5), sendo que cabe ao nervo

    simptico da vrtebra lombar (L1 e

    L2) a funo de contrao da tuba

    uterina, tero e vagina. Pressupe-

    se que ao eliminar as subluxaes

    vertebrais encontradas nesta regio

    os sintomas lgicos da dismenorreia

    sejam inibidos8.

    Considerando a alta

    prevalncia da dismenorreia surgiu

    a necessidade de um estudo sobre

    o tratamento complementar

    alternativo baseado na tcnica

    quiroprtica para alvio dos

    sintomas tpicos da dismenorreia.

    MTODOS

    A pesquisa foi submetida

    apreciao e aprovao do Comit

    de tica da Universidade Anhembi

    Morumbi. As portadoras de

    dismenorreia primria que

    concordaram em participar da

    pesquisa foram esclarecidas e

    informadas sobre o estudo, e

    assinaram o Termo de

    Consentimento Livre e Esclarecido

    (TCLE).

    Populao e Amostra

    Aps aplicao de um

    questionrio anamnsico,

    selecionou-se 48 mulheres jovens,

    com idade entre 18 e 27 anos, entre

    elas: alunas da Universidade,

    pacientes da Clnica particular

    Koryocenter e conhecidas destas.

    Critrios de incluso

    Mulheres jovens com idades

    entre 18 a 27 anos, portadoras de

    dismenorreia primria, que no

    faziam uso de dispositivos

    intrauterinos (DIU) para garantir o

    resultado da pesquisa sem

    influncia de outros mtodos de

    tratamento da dismenorreia.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 94 de 127

    Critrios de excluso

    Mulheres que no

    apresentassem sintomas de

    dismenorreia, portadoras de

    dismenorreia primria que faziam

    uso de dispositivos intrauterinos

    (DIU) ou diagnosticadas com

    doenas que causam sintomas

    similares.

    Procedimentos

    A amostra foi dividida em

    dois grupos A e B. O tratamento

    ocorreu durante o perodo de

    fevereiro a abril de 2009, na clnica

    particular Koryocenter. O Grupo A

    (estudo) foi composto de 23

    pacientes, sendo o mesmo

    realizado exclusivamente com

    ajuste articular na coluna lombar.

    No Grupo B (Controle), com 25

    mulheres, foi observado o efeito

    placebo. Para tanto se empregou o

    aparelho de neuroestimulao

    eltrica transcutnea (TENS)

    desligado, com os eletrodos

    dispostos na origem e insero do

    msculo quadrado lombar. Como

    este procedimento no est

    associado a efeito prejudicial

    sade e no tem contraindicaes,

    no foi previsto tratamento mdico e

    ou indenizaes legalmente

    estabelecidas. Os dois grupos

    foram atendidos e observados duas

    vezes por semana. Finalizando as

    sesses de atendimento, foi

    aplicado novo questionrio para

    verificao das variveis a partir do

    questionrio inicial.

    RESULTADOS

    Grfico 1 - Grau de dor antes e aps o tratamento quiroprtico do grupo A.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 95 de 127

    Grfico 2 - Grau de dor antes e aps o tratamento placebo do Grupo B.

    Grfico 2 - Sintomas associados clica menstrual antes e aps o tratamento do grupo A e B.

    DISCUSSO

    Nos Estados Unidos, cerca

    de 60% das adolescentes que

    menstruam referem dismenorreia e

    14% perdem aulas regularmente9.

    Ao analisar os resultados da atual

    pesquisa observou-se concordncia

    com os dados acima j que 75%

    das pacientes raramente faltam s

    atividades (trabalho, aula) e 15%

    frequentemente. Talvez a utilizao

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 96 de 127

    frequente de analgsicos pelas

    participantes (100%) e a busca de

    auxlio mdico por parte de 45%

    delas, justifique a normalidade de

    suas atividades habituais. Em

    relao intensidade da dor, 45%

    relataram dor moderada e 35% dor

    intensa. O que corrobora com

    dados de pesquisa de 2002 em que

    se observou que 40,6% relataram

    dor moderada e 25% dor forte 10.

    Em relao aos sintomas

    associados relatados, em ambos os

    grupos, os mais comuns foram

    nervosismo, edema, cefaleia e dor

    nas mamas, confirmando os dados

    obtidos na mesma pesquisa de

    2002 em que a prevalncia foi de

    nervosismo, edema, tristeza/

    depresso e dor nas mamas,

    respectivamente10.

    Comparando os dados

    obtidos nos grupos A e B observou-

    se que o tratamento com o uso de

    TENS (desligado), apresentou

    melhora da dor moderada em 5%

    dos participantes e em 10% dos que

    referiram dor intensa. Os quesitos

    de sintomas associados

    dismenorreia: nusea, dor nas

    mamas e tristeza/depresso no

    tiveram alterao. J no Grupo A,

    os que referiram dor intensa antes

    do tratamento somavam 35% dos

    participantes, aps o tratamento

    100% relatou remisso do quadro

    lgico, o que difere dos dados

    demonstrados da reviso

    sistemtica realizada em 2006 em

    que no encontrou evidncias que a

    manipulao da coluna mais

    efetiva que um tratamento

    placebo11.

    CONCLUSO

    O tratamento quiroprtico

    utilizando exclusivamente o ajuste

    articular nos segmentos L1 e L2

    demonstrou-se efetivo para

    diminuio lgica e dos demais

    sintomas associados

    dismenorreia.

    CONFLITOS DE INTERESSES:

    No h.

    AGRADECIMETOS:

    Quiropraxista Mara Clia de Paiva

    pelo preparo deste manuscrito.

    REFERNCIAS

    1. Motta EV. Dismenorreia Como diagnosticar e tratar. Rev Bras Med 57 (5), 2000.

    2. Dawood MY. Dysmenorrhea. J Reprod Med. Mar 1985;30(3):154-67.

    3. Poli MEH, Silveira GPG. Ginecologia preventiva. Porto Alegre, Artes Mdicas, 46-47, 1994.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 97 de 127

    4. Koltz MM. Dysmenorrhea, endometriosis and pelvic pain. In: Lemeke DP, Pattison J, Marshall LA, Cowley DS, eds. Primary Care of Women. Norwalk Conn. Appleton & Lange: 1992:420-32.

    5. Jamieson DJ, Steege JF. The prevalence of dysmenorrhea, dyspareunia, pelvic pain, and irritable bowel syndrome in primary care practices. Obstet Gynecol 87 (1): 55-58, 1996.

    6. Rehme MFB. Dismenorria. Sinopse de

    Ginec Obst 4: 84-95, 1996.

    7. Andreoli, Thomas E., Charles C. J. Carpenter, Robert C. Griggs, and Joseph Loscalzo. CECIL Essentials of Medicine, 6th ed. Saunders, 2004.

    8. Chapman-Smith, David A. "The

    Chiropractic Profession." NCMIC Group

    Inc., 2000.

    9. Kolberg, Carolina; Escanhoela, Raquel M.; Efeito da manipulao articular vertebral no processo lgico da dismenorreia primria, Reviso da literatura, So Paulo, 2004.

    10. Schmidt, E, Herter L> D., Dismenorreia em adolescentes escolares. Adolesc. Latinoam. v.3n.1 Porto Alegre ago. 2002.

    11. Proctor M, Hing W, Johnson T, Murphy P. (Jul 19 2006). Spinal manipulation for primary and secondary dysmenorrhoea.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 98 de 127

    ARTIGO ORIGINAL

    Resultado do tratamento quiroprtico, em adultos, portadores de

    Disfuno Temporomandibular, utilizando a Tcnica Sacro Occipital

    Results of treatment in adult patients with Temporomandibular Disorders using Sacro

    Occipital Technique

    Daniela Lopes Nunes e ngela Noro

    Quiropraxistas pelo Instituto de Cincias da Sade. FEEVALE. Novo Hamburgo. Brazil. E-mail do autor correspondente: [email protected]

    ABSTRACT

    OBJECTIVES: To investigate the effect of treatment in chiropractic, using the SOT technique in

    patients with temporomandibular disorders (TJM). Identify what the symptoms are prevalent and

    the incidence of the disorder is more common in one of three categories of SOT technic.

    METHODS: Search pre-trial consists of 10 adult subjects, female, aged 18-50 years old who

    had at least 2 symptoms of TJM parafunctional sought Clinical School Chiropractic treatment.

    Were excluded from the study who suffered from any disease process that was not the source

    or musculoskeletal disease that contra-indicate the chiropractic adjustment. For evaluation, pre

    and post treatment, we used a visual scale of pain specific questionnaire and a goniometer.

    RESULTS: The average age of the subjects was 30.8 years. The mean pain before treatment

    was 10 in the middle of processing and at the end 6.2 3.6 p = 0.01193. The average

    measurement of the jaw opening prior to treatment was 45.7 mm and 51.5 mm after p =

    0.000269. The higher incidence of TJM was found in the SOT Category II (90%).

    CONCLUSION: The technique SOT presented is effective in treating symptoms of TJM,

    especially in the categories of headache, facial pain, clicking of the TJM, shoulder pain, neck

    pain and mouth opening.

    KEY WORDS: Temporomandibular Joint Disorders, Signs and Symptoms, habits, chiropractic.

    RESUMO

    OBJETIVOS: Verificar o efeito do tratamento em Quiropraxia, utilizando a tcnica SOT, em

    portadores de Disfuno Temporomandibular (DTM). Identificar quais so os sintomas

    prevalentes e se a incidncia da disfuno mais comum em uma das trs categorias da

    tcnica SOT. MTODOS: Pesquisa pr-experimental composta por dez sujeitos adultos, do

    gnero feminino, na faixa etria de 18 a 50 anos de idade, que apresentaram, no mnimo, dois

    sintomas parafuncionais de DTM e procuraram a Clnica Escola de Quiropraxia para

    tratamento. Foram excludos da pesquisa aqueles que sofriam de qualquer processo patolgico

    que no fosse de origem musculoesqueltica ou doena que contraindicasse o ajuste

    quiroprtico. Para avaliao, pr e ps-tratamento, utilizou-se a escala visual de dor,

    gonimetro e questionrio especfico. RESULTADOS: A faixa etria media dos sujeitos foi de

    30,8 anos. A mdia de dor antes do tratamento foi 10, na metade do tratamento 6,2 e no final

    3,6 p= 0,01193. A media da medida da abertura da mandbula antes do tratamento foi 45,7

    mm e aps 51,5 mm p= 0,000269. A maior ocorrncia de DTM foi verificada na Categoria II do

    SOT (90%). CONCLUSO: A tcnica SOT apresentou-se eficiente no tratamento dos

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 99 de 127

    sintomas de DTM, especialmente nos quesitos cefaleia, dor facial, estalido da ATM, dor no

    ombro, cervicalgia e abertura da boca.

    PALAVRAS-CHAVES: Transtornos da articulao temporomandibular, sinais e sintomas,

    hbitos, quiropraxia.

    INTRODUO

    A prtica da Quiropraxia

    concentra-se em remover o

    complexo de subluxao vertebral,

    utilizando o ajustamento de

    estruturas articulares, removendo

    interferncias no sistema nervoso

    central e devolvendo ao organismo

    sua capacidade de atingir a

    homeostase. O complexo de

    subluxao vertebral uma relao

    aberrante entre duas estruturas

    articulares adjacentes que podem

    ter sequelas funcionais ou

    patolgicas, causando uma

    alterao nos reflexos biomecnicos

    e/ou neurofisiolgicos destas

    estruturas articulares e/ou outros

    sistemas do organismo que podem

    ser afetadas direta ou indiretamente

    por elas (CID 10). Para corrigir o

    complexo de subluxao vertebral a

    Quiropraxia se utiliza de

    ajustamentos, que podem ser

    entendidos como procedimentos

    que utilizam fora, velocidade,

    amplitude e direo para

    movimentar as articulaes; estes

    ajustamentos podem ser aplicados

    de diversas formas, dentre as

    diversas tcnicas que a Quiropraxia

    oferece1.

    Entre as tcnicas manuais

    aplicadas na Terapia Quiroprtica

    a Tcnica Sacro Occipital (SOT),

    iniciada e desenvolvida com

    estudo, investigao e aplicao

    clnica pelo Dr. M.B. DeJarnette,

    que por mais de meio sculo

    investigou e estudou os aspectos

    da fisiologia e da anatomia

    humana tem como funo principal

    restabelecer o bombeamento do

    lquor crebro-espinhal,

    proporcionando melhora na sade

    em geral. O seu procedimento

    teraputico envolve o uso de

    blocos plvicos prprios da

    tcnica, degrau cervical (sistemas

    de manobras de movimentos para

    a regio cervical), manipulao de

    tecidos moles e, eventualmente,

    correo cranial. Esses

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 100 de 127

    procedimentos, principalmente o

    uso dos blocos sob o corpo do

    paciente, corrige a posio

    vertebral por reverter o processo

    que causa o complexo de

    subluxao vertebral2-3.

    Segundo DeJarnette existe

    uma relao de movimento

    recproco entre os ossos da pelve

    e do crnio, denominada de

    relao Lovett Brothers; nessa

    relao o lio tem relao com o

    osso temporal, e o sacro com o

    osso occipital; tal relao deu o

    nome, sacro occipital, para a

    tcnica. A ATM tambm tem

    relao recproca com a

    articulao sacroilaca e, portanto,

    depende de sua estabilidade. A

    separao desta pode resultar em

    mudana na posio da ATM como

    forma compensatria postural,

    podendo gerar alterao na

    mordida, no equilbrio, na audio

    e posio de pescoo; essa

    relao nos faz acreditar que a

    tcnica SOT pode ser uma boa

    alternativa no tratamento das

    disfunes temporomandibulares4.

    A Disfuno

    Temporomandibular (DTM) est

    associada a uma coleo de

    condies mdicas, dentrias ou

    faciais que associadas

    desencadeiam disfunes na ATM e

    tecidos adjacentes, como os

    msculos faciais e cervicais

    podendo comprometer a

    mastigao, a deglutio, a fonao

    e a curvatura funcional da coluna

    cervical5. Sua etiologia

    multifatorial substanciada pela ao

    conjunta de fatores estruturais

    (ocluso, anatomia da ATM e

    esqueleto); psicolgicos e

    funcionais (neuromuscular)6.

    Estima-se que sua prevalncia seja

    superior a 50% da populao, com

    predomnio no gnero feminino,

    pela suscetibilidade frouxido

    ligamentar; na faixa etria entre 20

    e 40 anos de idade, sendo seus

    principais sintomas: dor na ATM e

    face, cefaleia, estalos, otalgia, dor

    articular, cansao, limitao de

    abertura da boca, dor durante a

    mastigao, zumbido, dor na

    mandbula, entre outros7.

    Alguns estudos relatam que o

    sintoma bruxismo vem se tornando

    um fenmeno cada vez mais

    frequente da prtica clnica. Este

    hbito parafuncional representa um

    contato no funcional, podendo

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 101 de 127

    manifestar-se sob a forma de ranger

    os dentes ou apertamento dos

    dentes. Referida para funo

    frequentemente est associada

    hipertrofia muscular, presena de

    desgaste nas bordas incisais, nos

    dentes anteriores, facetas dentais

    polidas, incremento da linha Alba,

    na mucosa jugal, endentaes na

    borda lateral da lngua e

    dolorimento facial8.

    A relao de movimento

    recproco entre a articulao

    sacroilaca e a ATM, alm das

    dificuldades que os profissionais

    especializados encontram para

    tratar e encontrar a causa das

    referidas disfunes so questes

    norteadoras desta pesquisa, cujo

    objetivo foi verificar o efeito do

    protocolo da tcnica SOT na

    sintomatologia de pacientes com

    diagnstico de DTM2.

    MTODOS

    A pesquisa foi submetida

    aprovao do Comit de tica em

    pesquisa do Centro Universitrio

    Feevale. Os participantes da

    pesquisa assinaram o Termo de

    Consentimento Livre e Esclarecido

    de forma voluntria autorizando a

    utilizao de seus dados.

    Populao e Amostra

    A amostra foi composta por

    10 sujeitos adultos, do gnero

    feminino, na faixa etria de 18 a 50

    anos de idade, que apresentavam

    sintomas de DTM e que

    procuraram a Clnica Escola de

    Quiropraxia no Centro Universitrio

    Feevale em Novo Hamburgo-RS

    para tratamento. Os mesmos

    foram atendidos no perodo

    compreendido entre agosto a

    outubro. Foram excludos da

    pesquisa os pacientes que sofriam

    de qualquer processo patolgico

    que no fosse de origem

    musculoesqueltica ou doena que

    contraindicasse o ajuste

    quiroprtico.

    Procedimentos

    Para verificar a

    intensidade do quadro lgico do

    paciente, foi aplicada escala visual

    analgica, com classificao da

    dor variando entre 0 e 20, sendo 0

    nenhuma dor e 20 dor

    insuportvel. Para avaliao clnica

    foi realizada palpao ssea; nos

    tecidos moles e teste motor de

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 102 de 127

    movimentao ativa na regio da

    cabea, face e pescoo. Os

    pacientes responderam a

    questionrio especfico para a

    sintomatologia de DTM e foram

    submetidos a testes especficos

    para determinar a sua categoria

    dentro da tcnica SOT. O

    tratamento foi baseado no

    protocolo da tcnica SOT,

    utilizando instrumentos prprios,

    como posturgrafo, prancha,

    blocos plvicos e rolo esternal,

    alm de gonimetro e luvas

    cirrgicas.

    Para controle das variveis

    estudadas, os pacientes

    informaram se faziam uso de

    algum tipo de medicamento ou

    tratamento com outro profissional

    da sade, durante o perodo do

    estudo. Os atendimentos

    foram realizados 3 vezes por

    semana, totalizando 8 consultas de

    30 minutos cada uma.

    Estudo estatstico

    Os dados foram submetidos

    anlise estatstica descritiva.

    Para as variveis numricas foram

    utilizados os testes T Student.

    Foram considerados significativos

    os dados com erros alfa menor do

    que 0,5% e, muito significativos,

    com erro menor que 0,1%.

    RESULTADOS

    Grfico 1 Anlise comparativa da intensidade da dor na 1, 4e 8 consultas.

  • ISSN 2179-7676 RBQ Volume II, n.2 - Pgina 103 de 127

    Grfico 2 Anlise comparativa de sintomas pr e ps-tratamento.

    Grfico 3 Anlise comparat