Revista Brilhe 27082012

Revista Brilhe MS Edio 10 Agosto de 2012 1

2 Revista Brilhe MS Edio 10 Agosto de 2012


Artigo

Ns, brasileiros, somos ainda muito jovens no

que tange o sistema democrtico. Nossa

primeira eleio municipal direta se deu em

1985 e presidencial em 1989. So pouco mais de

vinte anos. um tempo muito curto, dentro do qual

estamos evoluindo e aprendendo.

O t e r m o d e m o c r a c i a d e o r i g e m g re g a

(, dmokrata) e quer dizer "poder do

povo" . P rec i samos pensar es te

conceito e foment-lo na real noo

de uma poltica expandida onde as

pessoas da comunidade tm o direito

de debater e participar das decises,

igualitariamente.

O perodo que nomino pessoalista

f o i u m p e r o d o o n d e o e l e i to r

simpatizava com um candidato e

votava nele. E pronto. Por esse motivo

a grande maioria das pessoas no se

lembra em quem votou na maioria

das eleies.

Estvamos apenas colocando outro cidado para

gerir nosso pas, nosso estado ou nossa cidade e

ponto final. Continuvamos em nossas casas vivendo

nossa vida cotidiana, sem nenhuma participao.

Algo como: eu te elegi, voc trabalha. Percebam

claramente que isso no a verdadeira democracia. E

essa nossa no participao gerou toda estrutura

poltica que vemos noticiada em rdios, jornais, e

televiso. Foi nossa prpria postura no participativa.

Portanto, precisamos mudar.

nesse sentido, da democracia participativa, que

precisamos caminhar. Alm de votarmos de maneira

consciente, ou seja, sabendo a histria de nossos

candidatos e suas propostas, precisamos continuar

participando depois.

Trazendo a questo para o pleito municipal, em

minha opinio, o voto em um vereador s algo que

precisa ser repensado. Precisvamos ter direito a

votar em um determinado nmero de

ve readores (ou l egenda ) , pa ra

c o m p o s i o d e n o s s a C m a r a

Municipal. Em nossa cidade, por

exemplo, so treze as cadeiras de

vereadores. Em So Paulo, capital, so

cinqenta e cinco vereadores, nmero

m x i m o e s t a b e l e c i d o p e l a

Constituio de 1988.

Levando isso em considerao,

precisaramos evoluir no sentido de

vo ta r em um nmero ma io r de

representantes. Uma idia seria um

nmero fixo de, por exemplo, quatro ou cinco. Ou um

coef ic iente, que deixo para os matemticos

desenvolverem. E a mesma reforma precisa ser

reproduzida para as eleies estaduais e federais, no

que se referem aos senhores deputados.

Enfim, est na hora de comearmos a repensar

nossa participao poltica enquanto cidado,

discutirmos uma reforma poltica e construirmos

u m a s o c i e d a d e c a d a v e z m a i s e n g a j a d a e

participativa.

DEMOCRACIAAERDADEIRA

A nossa democracia

p a s s o u p o r u m

perodo pessoalista,

q u e n o s e a f a s t a

tanto dos princpios

d o c o r o n e l i s m o

poltico.

Dr. Raphael de Mauricio RosaAnestesiologista

Membro fundador e presidente do

Projeto Conscincia Maracaju

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