Revista Business Portugal | Abril '16

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 5

ÍNDICE

100 DOMUS

TIMOR-LESTE

PME Excelência’15

Compact Records

AMG

Arborlusitania

Município de Boticas70

56

46

32

20A cerimónia em fotografias

A principal fornecedora de CD’s de sites de vendas conceituados

Um exemplo claro de uma empresa de sucesso

Uma empresa especializada na produção de árvores de alinhamento

O sucesso tem um nome

EDITORIAL

EEstamos de volta. E continuamos

com o nosso espírito de missão bem

presente: trazer às nossas páginas

um Portugal exemplar, merecedor de

distinção e de diferenciação.

Exemplo de bravura e audácia continuam a ser

as PME Excelência. E é por isso mesmo que as

trazemos novamente à Revista Business Portugal

do mês de Março. Este projecto do IAPMEI em

parceria com o Turismo de Portugal e com os

principais bancos a operarem em Portugal, visa

conferir notoriedade às empresas nacionais, e

destacando as suas estratégias de crescimento

que constituem, sem sombra de dúvida, impor-

FICHA TÉCNICA | Propriedade: Guidetarget, Lda | Diretor: Fernando Silva | Direção Editorial: Diana Ferreira ([email protected]) | Corpo Redatorial: Rita Carreira Matos, Susana Lopes, Vera Pinho | Direção Gráfica: Tiago Rodrigues | Secretaria-do: Paula Assunção ([email protected]) | Dep. Comercial: Fernando Lopes, Filipe Amorim, Isabel Brandão, Miguel França, José Machado, Luís Silva, Manuel Fernando, Paulo Padilha, Rui Diogo ([email protected]) | Redação e Publicidade: Rua Engº Adelino Amaro da Costa nº15, 6ºandar, sala 6.2 4400-134 – Mafamude / +351 223 754 806 | Distribuição: Distribuição gratuíta com o jornal Público / Dec. regulamentar 8-99/9-6 artigo 12 N.ID | Depósito Legal: 374969/14 | Periodicidade: Mensal | Edição

de Abril

A direção editorial da Revista Business Portugal

tantes alavancas ao desenvolvimento económico

do país.

Outro tema que figura nesta nossa edição é a

reabilitação urbana. O leitor sabia que, a nível

europeu, a reabilitação para fim residencial já

representa mais de 30 por cento do total do

sector da construção civil, em detrimento dos

cerca de 26 por cento de construção de habitação

nova? É um novo mercado que está a emergir

em Portugal e que tem trazido um novo alento às

cidades históricas do país, que há tanto se en-

contravam a desmoronar e a mostrar um Portugal

que não se coadunava com os portugueses.

A inovação torna a preencher a nossa revista,

até porque nunca a inovação esteve tanto na

ordem do dia em Portugal. Com 9.5 milhões de

euros destinados à competitividade e inovação, o

Portugal 2020 apresenta assim uma verba para a

promoção da inovação 20 por cento superior à do

anterior quadro de apoios comunitários, o QREN.

E porque são uma parte fundamental do desen-

volvimento do país, os municípios e as freguesias

continuam a marcar presença na Revista Business

Portugal. Com programas de incentivo ao empre-

go e também à fixação de pessoas, assim como

à natalidade, estas entidades são fundamentais

ao país.

Estas são apenas algumas das razões pelas

quais não pode perder a nova edição da Revista

Business Portugal. Não perca!

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6 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

TIMOR-LESTE: JANELA DE OPORTUNIDADES PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) trata-se de uma organização internacional formada por países lusófonos, criada em 1996. É composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. O 2º Fórum da UE-CPLP, iniciativa conjunta da União de Exportadores da CPLP (UE-CPLP) e da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP) constituiu uma verdadeira plataforma de negócios e de cooperação, geradora de condições para a criação e consolidação de um espaço permanente de apoio à atividade ao empresariado de língua portuguesa, estimulando trocas comerciais e a internacionalização. A República Democrática de Timor-Leste (RDTL) tornou-se no oitavo Estado-membro de pleno direito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a 1 de Agosto de 2002, seis anos após a criação da CPLP. A relação entre Timor-Leste e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi desde sempre muito restrita. Este país de Língua Portuguesa, situa-se no Sudeste-Asiático e conta com o apoio e solidariedade da CPLP desde os tempos da resistência à ocupação indonésia. Para este relacionamento que é agora recordado, tem grande significado a importância que representa a Comunidade para Timor-Leste e a janela de oportunidades que esta jovem nação representa para os seus Estados-membros, na referência à diferencialidade leste-timorense na região.

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TIMOR-LESTE: JANELA DE OPORTUNIDADES PARA AS EMPRESAS PORTUGUESAS

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timor-leste

“O passado comum, a comunhão de alguns elementos da nossa cultura, constituem o alicerce fundamental da nossa organização. É altura de começar a pensar numa eventual conjugação que podemos construir com os recursos disponíveis, com o conhecimento e com a potencialidade do capital e do mercado que facilmente poderia ser alcançada através dos meios de cooperação dos nossos países.”

A República Democrática de Timor-Leste (RDTL) tornou-se no oitavo Estado-membro de pleno direito da

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a 1 de agosto de 2002, seis anos após a criação da

CPLP.

A relação entre Timor-Leste e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa foi desde sempre muito

restrita. Este país de Língua Portuguesa, situa-se no Sudeste-Asiático e conta com o apoio e solidariedade

da CPLP desde os tempos da resistência à ocupação indonésia. Para este relacionamento que é agora

recordado, tem grande significado a importância que representa a Comunidade para Timor-Leste e a

janela de oportunidades que esta jovem nação representa para os seus Estados-membros, na referência à

diferencialidade leste-timorense na região.

Na presença da Embaixadora Extraordinária Plenipotenciária da República Democrática de Timor-Leste em

Portugal, Dra. Maria Paixão da Costa, e do Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da CPLP, Antonito de

Araújo, a revista Business Portugal teve a honra de estar à conversa com o Dr. Hernâni Coelho, Ministro dos

Negócios Estrangeiros e Cooperação da República Democrática de Timor-Leste, que nos deu a conhecer a

viabilidade de futuro da comunidade lusófona e as actividades que têm vindo a ser desenvolvidas, em prol

de um propósito comum: projetar e consolidar os especiais laços de amizade entre os Países de Língua

Portuguesa.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) completou este ano 20 anos de existência,

qual é a importância deste momento para a organização?

É altura de repensar a natureza da nossa organização. A CPLP foi criada num alicerce totalmente diferente

de outras organizações regionais e trans-regionais. O passado comum, a comunhão de alguns elementos da

nossa cultura, constituem o alicerce fundamental da nossa organização. Muitas outras viram nessa união uma

oportunidade, e só depois se congregaram para atingir esse objectivo. Connosco foi diferente. Reconhecemos

um passado comum e aí resolvemos juntarmo-nos. Posto isto, começamos a evoluir e a ver quais as novas

dimensões que estão à nossa volta.

Timor-Leste acolheu o Fórum Económico da CPLP no passado mês de Fevereiro, sob o lema “CPLP e a

Globalização”. Em que consiste esta iniciativa?

Este tema tem como principal objetivo trazer benefícios para o cidadão da CPLP, levando para dentro da

nossa organização uma perspetiva não só com base no desenvolvimento de elementos culturais mas

também económicos. Temos presentes a transferência das gerações, a mudança da constituição política,

um novo contexto mundial onde se discutem as relações entre os países e os interesses que se conjugam

ou que se divergem. Timor-Leste considera que essa componente de levar para dentro da CPLP a questão

do desenvolvimento económico seria um elemento importante para reforçar a união e a coesão da nossa

organização.

A língua portuguesa está presente na Europa, Ásia, África e na América latina. O nível de crescimento de

maturidade económica de cada país é diferente e por isso seria ideal se pudessemos capitalizar. Portugal é

considerado um país muito avançado em comparação com outros países-membros. Contudo, existem países

com potencialidades em termos de recursos naturais que podiam ser aproveitados. É altura de começar a

A CPLP E A REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE EM PORTUGAL

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 9

timor-lesteM

aria Paixão da Costa, Hernâni Coelho e Antonito Araújo Embaixadora, M

inistro dos Negócios Estrangeiros e Embaixador

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10 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pensar numa eventual conjugação que podemos construir

com os recursos disponíveis, com o conhecimento e com

a potencialidade do capital e do mercado que facilmente

poderia ser alcançada através dos meios de cooperação

dos nossos países. Foi neste sentido que introduzimos o

lema “CPLP e a Globalização”. Nessa ótica promovemos

a possibilidade de dinamizar o setor empresarial dentro

da nossa organização. Começamos com as atividades

relacionadas a esse setor e organizamos recentemente a

organização do primeiro Fórum Económico Global da CPLP.

Foi o primeiro fórum global da CPLP em Timor-Leste onde

estiveram presentes mais de 500 entidades empresariais.

Abriu-se um leque de oportunidades e criou-se uma

plataforma de contactos entre as potencialidades. Desta

forma compromotemo-nos a dar continuidade a este Fórum

Económico da CPLP para as próximas presidenciais.

No que diz respeito a questões comerciais, como se tem

Timor-Leste posicionado?

Nós temos três pilares fundamentais na base do

desenvolvimento económico em Timor. O primeiro é o

setor dos hidrocarbonetos, como o petróleo e o gás. Neste

momento é o que está mais acessível para ser aproveitado

e utilizado. O segundo é o setor da agricultura, onde temos

potencial mas que não está bem aproveitado. O terceiro é

o do turismo, onde Timor tem a sua singularidade turística

diferente de outras ilhas. Timor é uma combinação de uma

cultura muito única, é o casamento de uma cultura asiática e

ocidental.

Timor-Leste entrou mais tarde relativamente a outros países

que constituem a CPLP. Só entramos em 2002 e com isso

tivemos a oportunidade de aprender com as experiências

vividas nos primeiros anos da criação da organização. Em

2014 foi-nos dada a oportunidade de presidir à CPLP e

nesse âmbito foram identificadas 35 atividades para serem

implementadas nestes dois anos em todos os sectores, da

educação, do comércio, da justiça, do turismo, entre outros.

Estes elementos foram dinamizados e constituem hoje um

interesse especial para Timor porque é uma oportunidade

para podermos explorar todas as potencialidades das áreas

que estão à nossa disposição.

Devido à nossa localização geográfica, nós efetuamos

recentemente o pedido para a adesão à ASEAN (Associação

das Nações do Sudeste Asiático). O Sudeste-Asiático é um

óptimo mercado com mais de 500 milhões de habitantes,

com população jovem e sobretudo em crescimento. Estas

localizações onde temos o privilégio de estar presentes,

poderiam constituir uma plataforma de entrada para as

nossas empresas que têm origem nos países-membros da

CPLP. A ideia é aproveitar as potencialidades que os países-

membros da CPLP têm e a partir disso poder aceder a

potenciais mercados nas nossas regiões.

timor-leste

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É muito importante para as empresas nacionais esta

possibilidade de incrementar trocas comerciais e de

aproveitar esta relação empresarial com as entidades

timorenses…

Sim, eu costumo lançar uma questão aos meus colegas

relativamente a esse assunto: O quê que eles atualmente

importam e onde? Esta pergunta faz-nos ver o tipo de

potencial que temos em cada país-membro. Chegamos à

conclusão que Portugal está a importar matéria que pode

ser igualmente encontrada nos países-membros da CPLP.

Porquê que não priveligiamos isso? Alguns membros ainda

têm muitas dificuldades, ainda estão em fase de crescimento

económico, como é o caso de Timor. Isso significa que

há uma necessidade muito grande em desenvolver as

infra-estruturas básicas que suportam o desenvolvimento

económico.

Timor tem pouco mais de um milhão de habitantes, o

sistema bancário é muito fraco, os sistemas de proteção

dos investimentos não estão ainda muito bem delineados e

a mão de obra qualificada está a um nível muito baixo. Se

nós começarmos a trabalhar numa perspetiva a longo prazo

poderemos ultrapassar estas dificuldades.

Portanto precisam de empresas que se queiram

internacionalizar e não simplesmente exportar ou

importar…

Sim, isso é o mais importante. Com a adesão de Timor

à ASEAN, o mercado timorense vai sofrer alterações.

Nesta nova perpetiva, eles têm aquilo a que eles chamam

“single window”, janela única, que consiste numa livre

movimentação de capitais, de recursos e de produtos. As

empresas que estão em Timor, futuramente terão acesso ao

mercado da Ásia e do Pacífico. Estas potencialidades não

estão previstas a curto prazo mas sim a longo prazo.

Neste momento estamos a desenvolver três projetos

principais em Timor, para além da Base de Abastecimento de

Suai, o Porto de Tibar, o aeroporto e o centro de produção de

cimento. Um deles está em fase de finalização. Estes poderão

ser os primeiros investimentos sérios em Timor.

Que formas é que têm adotado para promover o país

para o exterior?

Neste momento temos um total de 34 missões, uma

combinação entre 27 missões, uma representação

permanente e alguns postos consulares. De acordo com o

plano estratégico, deviamos ter no mínimo 30 embaixadas

e outros consulados. Para além disso é de salientar a nossa

integração nas organizações regionais e internacionais.

Mantemos muitas relações internacionais. Acedemos a

quase todos os tratados e convenções que regulam a matéria

dos direitos humanos, relacionados com a climatologia,

navegação, entre outros. Também fazemos parte de

organizações regionais e transregionais onde temos algum

timor-leste

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12 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

interesse específico ou que considerarmos

importante para a salvaguarda da nossa

identidade, integridade e prosperidade.

Recentemente estamos em preparação para

aderir à ASEM, que é uma configuração

entre os países da Europa e da ASEAN.

Estamos também como observadores do

grupo do pacífico, onde já expressamos o

nosso interesse em aderir ao Secretariado

da Comunidade do Pacifico, um Secretariado

de 26 países, do qual os Estados Unidos

também fazem parte. Para além disso Timor-

Leste está a participar ativamente nos fóruns

internacionais.

Tem então sido feito um esforço por parte

do governo timorense para participar

nestes eventos e para promover

iniciativas que trazem visibilidade para o

desenvolvimento do país?

Sim, apesar de ainda não sermos um país

muito desenvolvido, tentamos sempre

participar e marcar a presença nestas

iniciativas.

Depois de 2002 entramos numa

experimentação política. Em 2015

introduzimos uma experimentação política

única na região e no mundo. Em 2012

tivemos o resultado das eleições em que se

congregou uma aliança entre três partidos

políticos para formar o governo. Em 2015 o

bloco destes três partidos decidiu convidar

individualmente quadros da oposição para

integrar o governo. O mais interessante é

que o primeiro-ministro pertencia à oposição.

É uma experiência única que estamos a

introduzir em Timor e que neste momento

está a funcionar. Está a alterar o ambiente

dentro do partido político, da sociedade e

do governo, tendo como meta a construção

do estado, deixando de parte as diferenças

políticas. Durante as eleições, expressamos

as nossas diferenças mas depois

trabalhamos juntos com um único objetivo.

É já intrínseco a todos a necessidade e

a aposta que tem sido feita de forma a

promover os negócios em português?

Sim, devíamos avançar com essa discussão

que iniciamos sobre a criação dessa

plataforma, que tem como objetivo a

cooperação empresarial e económica dos

países-membros da CPLP. É óbvio que

estamos numa fase muito inicial ainda,

estamos a tentar angariar iniciativas para

testar a viabilidade desta filosofia. Durante

a nossa presidência tentamos testar essa

tese através da dinamização dos meios

que poderiam levar-nos a esse destino,

com a colaboração dos empresários e com

essa questão do fórum económico global

da CPLP. É certo que há uma filosofia, há

uma visão nesse sentido e estamos neste

momento a pôr em prática através de

atividades concretas. No nosso ponto de

vista há oportunidades para podermos utilizar

essa plataforma para consolidar a nossa

organização e não podemos depender da

língua para o futuro da nossa organização,

temos muito mais para além da língua.

O que distingue Timor-Leste dos

restantes países da CPLP? O que vos

torna únicos?

O que nos torna únicos é essencialmente

a nossa localização geográfica. Outra

particularidade é a natureza da nossa

própria cultura. Temos coisas em comum

como a língua portuguesa e a religião

católica, mas temos práticas diferentes de

África e da Europa. Assim conseguimos

conviver com ambas as culturas porque

estamos habituados a viver num ambiente

multicultural. Temos mais de 36 grupos

linguísticos diferentes, com culturas,

gastronomias e modos de vida totalmente

diferentes. As paisagens naturais e o

património histórico são também uma

mais-valia, bem como as praias e as

montanhas. Para além disso mais de 45

por cento da ilha tem mais de 43 graus de

ângulo de inclinação, parece uma pirâmide,

contribuindo assim para uma variação da

temperatura e das características espaciais e

biológicas entre as diferentes zonas do país.

Falando um pouco das perspetivas

futuras, vê Timor-Leste mais reforçado

por esta relação que mantém com

a CPLP? É este o veículo principal

das relações que contribuem para o

crescimento de Timor-Leste?

Nós partimos sempre do princípio que a base

é essa afinidade que mantemos. Quando

timor-leste

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 13

encontramos pessoas de países-membros

e de outros continentes que expressam

a mesma língua que nós, sentimos que

fazemos parte de uma grande família. O

papel destes países “irmãos” entre 1975 e

1999 foi muito importante para Timor-Leste.

Nos tempos mais difíceis é que vemos os

nossos verdadeiros amigos, aqueles que

estão lá quando é preciso, e foram esses que

estiveram ao nosso lado desde o início. Os

timorenses nunca irão esquecer isso.

Timor está a evoluir para cumprir a meta

que estabelecemos. Em 2030 Timor-Leste

deveria sair da situação em que agora se

encontra para integrar o grupo do Upper

Midle Income Countries. Todo o esforço

que estamos a fazer neste momento em

termos políticos, económicos e sociais estão

direcionados para um objetivo único. Isto

significa que temos que elevar o rendimento

per capita que atualmente temos, ou seja,

duplicar o nosso rendimento. Em termos

de recursos próprios não temos nenhuma

dívida. Essa é uma das vantagens. Queremos

garantir que a geração futura não sofra por

atos que agora cometemos.

timor-leste

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14 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

REABILITAÇÃO URBANA

A reabilitação urbana corresponde a uma modalidade de intervenção arquitetónica, baseada no desempenho de obras de remodelação, com vista à conservação ou modernização do património imobiliário. Esta é, no entanto, uma atividade que se define pela procura de se preservarem as características e elementos que caracterizam o estatuto cultural e histórico dos edifícios intervencionados. Assim, subjacentes à arte da reabilitação poderão estar uma miríade de processos como, por exemplo, a reconstrução, a alteração ou até a ampliação dos imóveis.Mais, porém, do que defini-la enquanto mero conceito subjacente ao ramo da arquitetura, torna-se fulcral que encaremos a reabilitação urbana como uma necessidade cada vez mais premente nas cidades portuguesas. Basta recordar, para tal, o modo como o envelhecimento e a degradação de imóveis – aliados à sua inadaptabilidade perante as exigências dos modos de vida modernos e consequente abandono – poderão traduzir-se na diluição do ADN dos próprios centros urbanos e para a irreparável perda de um património que se assume também como imaterial.É precisamente com a intenção de preservar o cariz identitário das cidades, mas também atendendo à necessidade de se reforçar a sustentabilidade e desempenho energético-ambiental dos centros urbanos que a reabilitação tem, felizmente, vindo a merecer cada vez maior preocupação, não apenas em Portugal, como também um pouco por toda a Europa. É precisamente na tentativa de fazer-se eco ao carácter indispensável da reabilitação urbana que, nas próximas páginas desta edição, apresentamos a história, o percurso e o posicionamento de empresas e porta-vozes que convivem, todos os dias, com esta mesma realidade.

Porque o conforto da sua

casa é importante para si

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®A placa é um painel compósito de cimento leve e apresenta-se como alternativa ao sistema de Isolpro

construção tradicional em panos de alvenaria/tijolo.

É a solução ideal para a construção de paredes exteriores/interiores, coberturas, pavimentos, fachadas e o

revestimento com caixa de ar na reabilitação pelo exterior.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 15

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construção tradicional em panos de alvenaria/tijolo.

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revestimento com caixa de ar na reabilitação pelo exterior.

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16 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

reabilitação urbana | 100 domus

É sob este slogan que se apresenta a 100DOMUS. Com uma atuação exclusiva na cidade do Porto e maioritariamente em edifícios reabilitados no centro histórico, esta equipa não tem receio em afirmar que o seu propósito passa por revitalizar a Invicta.

A qUALIDADE DE vIvER OnDE TUDO ACOnTECE

Esqueça toda e qualquer ideia pré-concebida

que tem sobre a mediação imobiliária. A

100DOMUS, um projeto com cerca de três

anos, rege-se pelo seu caráter inovador de

trabalhar o mercado imobiliário, num local

que acreditam ser extraordinariamente

especial: o Porto.

Com uma forma de atuação muito própria

e diferenciada, esta equipa centra as suas

atenções nas necessidades do cliente,

disponibilizando um acompanhamento

a 100 por cento, desde a compra à

gestão do património. Para que tal seja

conseguido com eficácia e profissionalismos

contam com colaboradores experientes e

multidisciplinares.

É necessário recuar até 2012 para se

perceber a necessidade que o mercado tinha

em encontrar uma empresa de mediação

imobiliária como a 100DOMUS. “Quando

avançamos com este projeto, o mercado

da reabilitação urbana estava a arrancar

e, curiosamente, era um mercado em que

poucos acreditavam. Notámos que faltava

um acompanhamento diferente nesta área,

pois não se fazia um acompanhamento pós-

venda, que consideramos de uma extrema

necessidade e importância. Havia essa falha

e sentimos que era nosso dever suprimi-la”,

conta-nos Paulo Esteves.

“Não somos a mediadora imobiliária

convencional. Não nos limitamos a abrir

e fechar portas, nós criamos projetos em

conjunto com os nossos clientes”, diz-nos

Pedro Ferreira, e Alda Resende faz questão

de complementar que “no fundo, vendemos

sonhos, pois as casas são personalizadas ao

gosto de cada cliente. Num só edifício, temos

casas completamente diferentes”.

Confessam, que inicialmente convencer os

clientes a apostar neste tipo de investimento

e fazê-los ver que os mesmos teriam

rentabilidade não foi tarefa fácil. Hoje em

dia tal já não acontece, pois, regra geral,

as frações dos edifícios são vendidos na

totalidade numa questão de dias. “Sabemos

sempre o que os nossos clientes estão

à procura, pelo que quando aparece um

projeto que se adequa às suas necessidades,

entramos em contacto e, regra geral, o

negócio é quase que realizado no momento”,

confidencia Pedro Almeida.

Acompanhamento personalizado

Aqui, o cliente tem um acompanhamento

constante, desde que o projeto é apresentado

e adjudicado por uma empresa especialista

em reabilitação urbana até à conclusão

da obra. Em todas as visitas efetuadas

está presente um profissional experiente

que integra a equipa 100DOMUS, o que

permite uma resposta imediata a qualquer

dúvida que surja por parte dos clientes.

“Quando entramos num edifício, esteja ele

em que estado estiver, conseguimos de

imediato fazer uma avaliação sobre as suas

apetências e o que poderá crescer ali. O

cliente provavelmente olha e só consegue ver

destroços, nós conseguimos ver o produto

final”, diz Pedro Almeida.

Uma outra forma de atuação desta

equipa passa pelo estudo de capital para

investimento. Alda Resende explica que

Equipa 100 Domus

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 17

100 domus |reabilitação urbana

“São as pessoas que trabalham connosco que fazem desta uma equipa única, são elas que nos diferenciam verdadeiramente no mercado”.

“existem clientes que nos procuram e referem que têm um

certo montante que gostariam de investir no imobiliário.

Nesses casos, fazemos uma avaliação dos projetos que

temos em carteira e que são mais indicados para o

investimento pretendido”. Paulo Esteves refere que esta

forma de trabalho tem crescido substancialmente após os

casos de crises financeiras em alguns bancos portugueses.

Rentabilidade garantida

Cientes das mudanças constantes que o mercado imobiliário

sofre e perante novos paradigmas e novas tendências que

vão surgindo diariamente, a 100DOMUS proporciona os

chamados ‘imóveis com rentabilidade garantida através do

arrendamento’. “Sabemos que temos que fazer frente à

instabilidade dos nossos mercados financeiros e do nosso

sistema bancário, além de que a especulação imobiliária

é sempre um risco. Daí termos apostados neste sistema

que serve tanto o arrendamento tradicional como o turístico

que, atualmente, oferece oportunidades únicas no centro da

cidade do Porto, beneficiando ainda de inúmeras vantagens

fiscais em investir no centro histórico da nossa cidade”,

revelam.

Para tal tem também contribuído a atuação da autarquia,

“que tem mantido uma boa relação com as entidades que se

dedicam à reabilitação da cidade, pois estão cientes de que

estas, além de necessárias, são uma mais valia para todos,

desde cidadãos a turistas”, ressalva Pedro Almeida.

Já Paulo Esteves foca também a importância que os eventos

culturais têm enquanto chamariz a novos investidores e

até residentes. “Se a cidade apresentar um cartaz cultural

variado e preenchido, isso é também um atrativo. Além disso,

as pessoas do norte são diferentes, cativam muito mais”.

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18 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

reabilitação urbana | model eco

O produto que tem dado notoriedade à Model Eco desde 2012 é a placa Isolpro que se distingue de outras placas pela sua flexibilidade e facilidade de aplicação para várias construções e ainda pela sua resistência a impactos e a temperaturas altas. Conversámos com o administrador Eurico Martins, que aprofundou os detalhes de um produto que tem vindo a ganhar notoriedade em Portugal e não só.

Começo esta entrevista por lhe pedir que nos apresente

a Model Eco. Conte-nos um pouco da história da

empresa.

A Model Eco é uma empresa criada em 2012 para dedicar-

se ao fabrico e comercialização da placa Isolpro. Este

projeto alicerça-se no know-how de duas empresas com

comprovada experiência no setor da construção (quer no

fabrico e comercialização de materiais quer na reabilitação e

construção de raiz).

Deste modo, a orientação para o cliente, o rigor e o

profissionalismo são princípios que dão forma ao perfil

estratégico da Model Eco. Acresce ainda uma profunda

preocupação ambiental patente na génese da própria

empresa.

O vosso produto mais inovador é a placa Isolpro. Pode

falar-nos um pouco desse produto?

a) Como é feito?

b) Onde pode ser aplicado? Em que divisões de uma

casa recomendam a aplicação?

c) Vantagens de aplicação desta placa

d) O que distingue essa placa de outras do mesmo

género?

a) A placa Isolpro é um painel compósito de cimento leve

e apresenta-se como alternativa ao sistema de construção

tradicional em panos de alvenaria/tijolo.

b) É a solução ideal para a construção de paredes exteriores/

interiores, coberturas, pavimentos, revestimento de fachadas

com caixa de ar na reabilitação pelo exterior. Por outro lado,

os painéis Isolpro são adaptáveis a vários tipos de sistemas

construtivos nomeadamente a construção em Aço Leve (Light

Steel Framing).

c) A composição da placa Isolpro é uma equilibrada

conjugação de vários materiais, nomeadamente: cimento

leve, grânulos de poliestireno, areia, água, fibra de vidro e

uma estrutura interior em aço galvanizado.

d) As suas principais vantagens são:

• Facilidade e rapidez de aplicação;

• Isolamento térmico e acústico eficaz;

ISOLPRO: UMA PLACA RESISTEnTE AO CALOR

• Elevada resistência ao fogo

• Incombustível (B-s1, d0)

• Flexibilidade e adaptabilidade a qualquer tipo de

construção;

• Reduzida capacidade de absorção de água;

• Dureza superficial elevada, mas corte fácil;

• Boa resistência a impactos e à abrasão;

• Leve e de fácil manipulação;

• Rápido tratamento de juntas;

• Resistente à proliferação de fungos e bolor;

• Admite qualquer tipo de acabamento/tratamento final.

Se tivesse de destacar uma vantagem, qual escolheria?

O nosso destaque vai para a resistência ao fogo. Realizamos

ensaios em laboratórios acreditados para obter a

classificação da resistência ao fogo da placa Isolpro quando

aplicada num sistema de parede exterior e os resultados

alcançados superaram as nossas expectativas. Durante a

realização dos ensaios, a face exposta do sistema composto

pela placa Isolpro registou temperaturas na ordem dos

1000/1100 graus centigrados enquanto que a face não

exposta registou uma temperatura na ordem dos 40 graus

centigrados. Os ensaios foram concluídos após um período

de 153 minutos sendo este um período de tempo bastante

considerável tendo em conta o tipo de solução ensaiada.

Estamos, sem dúvida, perante um dos melhores resultados

do mercado a este nível.

Que tipo de feedback têm recebido da parte de clientes

que residem em habitações nas quais a Isolpro foi

aplicada?

O feed-back tem sido bastante positivo. Para além da rapidez

da construção, o desempenho térmico e acústico das casas

tem sido apontado como um dos principais motivos da

satisfação. Por outro lado, a tendência é crescente. Estamos

confiantes no potencial de crescimento da placa Isolpro e

vamos continuar a direccionar todos os nossos esforços no

sentido de satisfazer e antecipar as necessidades dos nossos

clientes.

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Page 19: Revista Business Portugal | Abril '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL 19

model eco | reabilitação urbana

Além da Isolpro que outros produtos têm ao dispor?

A Model Eco dedica-se exclusivamente ao fabrico e

comercialização da placa Isolpro

Em que medida é que o vosso projeto beneficia o

ambiente?

As placas Isolpro que não possam ser reutilizadas devido a

cortes podem ser totalmente recicladas sendo por isso o seu

desperdício quase inexistente.

Caso seja necessário efectuar uma operação de manutenção

(ex. reparar uma canalização interior) o processo é localizado

sendo por isso bastante simples, rápido e limpo.

O que acha que torna o vosso negócio único em relação

à concorrência?

A placa Isolpro é um produto inovador graças às suas

características físicas mas também devido à sua

aplicabilidade não havendo um produto similar no mercado.

Em 2013, a placa Isolpro esteve em destaque no Espaço

Inovação da Tektónica e este foi um feito que nos deixou

muito satisfeitos por representar o culminar do processo de

Concepção e Investigação.

O produto apresenta vantagens distintivas tais como o seu

excelente desempenho térmico/acústico e a sua elevada

resistência ao fogo.

A placa Isolpro é também um produto polivalente porque

tanto pode ser utilizado para paredes (exteriores e interiores)

como para lages.

De que forma sustentam estas afirmações?

A Model Eco tem vindo a realizar diversos ensaios

laboratoriais quer para caracterizar o produto quer para testar

diferentes sistemas para paredes e lages.

Até ao momento, já foram testadas várias soluções

construtivas para paredes e lages e os resultados obtidos são

bastante positivos.

Onde é que a placa Isolpro pode ser adquirida?

Uma vasta rede de distribuidores permite que a placa

Isolpro possa ser facilmente adquirida de norte a sul do

território nacional. Basta contactar o nosso departamento

comercial para saber qual é o distribuidor mais próximo.

O departamento comercial da Model Eco está também

disponível para apresentar as melhores soluções para a

exportação da placa Isolpro além-fronteiras.

E onde é que o vosso produto já foi aplicado?

A placa Isolpro está a ser aplicada em Portugal, Angola,

Espanha, Guadalupe, Ilha da Reunião e Guiana Francesa,

entre outros.

Que projetos têm em mente para o futuro?

A placa Isolpro está patenteada em vários países da Europa

e África sendo de prever que num futuro próximo se venha

também a produzir nesses países.

Page 20: Revista Business Portugal | Abril '16

20 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

reabilitação urbana | porto baixa

Hoje, percorrer as ruas da cidade Invicta tem um novo significado. Uma cidade que parecia ter ficado esquecida, hoje tem um novo alento, graças aos diversos investimentos que têm sido feitos na reabilitação urbana daquela que é, atualmente, uma das cidades europeias mais desejadas por turistas de todo o mundo. O Porto está na moda, mas todos esperam que esta não seja apenas uma moda passageira, antes pelo contrário. O Porto está vivo e assim será para ficar.

UMA nOvA CIDADE COM A PORTOBAIxA

Page 21: Revista Business Portugal | Abril '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL 21

porto baixa | reabilitação urbanaApaixonados pela cidade, José Teixeira, Pedro Soares e Marta Ferreira da Silva são os rostos

empreendedores da PortoBaixa, uma empresa de gestão de investimentos imobiliários que tem na sua

génese a reabilitação do centro da cidade do Porto. De acordo com os nossos interlocutores, “este

projeto nasceu graças a um grupo de investidores de diversas áreas, que em uníssono optaram por

conciliar os seus conhecimentos, experiência e esforços em prol da reabilitação urbana da cidade do

Porto, uma cidade que parecia, há muito, esquecida e na qual já não era aprazível passear ou viver”.

Questionados sobre o porquê desta aposta, os sócios-gerentes dão como o exemplo a restante Europa,

“onde a reabilitação para fim residencial já representa mais de 30 por cento do total do setor da

construção civil, em detrimentos dos cerca de 26 por cento de construção de habitação nova”. Mas

o verdadeiro impulsionador deste projeto foi o centro histórico da cidade do Porto. “Ao contrário da

construção de habitação nova, a reabilitação urbana tem crescido e tem ganho terreno no nosso país.

Aliado a isto, o centro da cidade tem sido alvo de um crescente interesse por parte de quem investe.

Unindo ao património único que a cidade alberga, assim como as características únicas das gentes

do Porto, a sua cultura, clima e gastronomia, sem esquecer o rio e o vinho a que a cidade dá o nome,

vimos aqui um nicho de mercado de alto interesse, além de que estamos plenamente conscientes de

que a reabilitação do centro histórico da cidade era necessário”.

A reabilitação ‘chave na mão’

A PortoBaixa oferece as mais diversas soluções aos que pretendem investir numa habitação na zona

histórica da Invicta. “Há várias possibilidades de desenvolvermos o negócio à medida de cada um dos

nossos clientes”, acrescentando que num único edifício todas as habitações podem ser completamente

diferentes como, regra geral, acontece. “Importa referir que maioritariamente estes edifícios destinam-

se a alojamento local e não para habitação própria”, esclarecem os nossos interlocutores.

Um fenómeno bastante interessante de se constatar é que, hoje em dia, a PortoBaixa vende todas as

habitações ainda antes de iniciar as obras de recuperação. “Dos edifícios que temos neste momento,

todas as habitações já estão vendidas”, revela Pedro Soares.

Com edifícios nalgumas das ruas mais emblemáticas da cidade, a PortoBaixa diferencia-se igualmente

pelo aproveitamento e recuperação que faz de elementos distintivos dos edifícios, sejam fachadas, o

soalho ou um outro pormenor, como um painel de azulejo, que torna aquele edifício diferente e único.

Um projeto prestes a arrancar que está a merecer toda a atenção e curiosidade nos nossos

interlocutores é a construção de um edifício numa zona nobre da Baixa da cidade que receberá 46

apartamentos, cinco lojas e quatro moradias em condomínio privado, “num conceito diferente de tudo o

que temos feito até à data”.

A diferença está nas pessoas

Questionados pelo seu principal elemento diferenciador, a resposta não tarda: “o que nos diferencia

são as pessoas”, dizem. “As verdadeiras e principais diferenças não estão nos materiais ou no design

implementado aos projetos. O que nos difere, de verdade, são as pessoas que connosco colaboram, as

pessoas que constituem esta equipa, pelo empenho e dedicação que colocam em cada projeto, pelo

acompanhamento único que dão aos nossos clientes e, claro está, por amarem verdadeiramente a

cidade que estamos a ‘reconstruir’. A isso, aliamos uma paixão inexcedível naquilo que fazemos”.

A nova vida dos centros históricos

Não é só na cidade do Porto que o interesse pela reabilitação urbana se tem notado. Um pouco por

todo o país e por toda a Europa, as várias cidades têm ganho uma nova vida. Tal é fruto de uma nova

geração que tem escolhido os centros das cidades como a sua casa. O porquê desta escolha? “A

qualidade de vida que aqui se encontra. Quem aqui escolhe viver tem uma qualidade de vida única. Em

todos as esquinas há mercados de rua, comércio de toda a natureza, cafés, sem esquecer uma rede de

transportes que lhes permite chegar a qualquer ponto da cidade”. A crescente vida noturna da cidade

é também uma mais valia, pois deixa de ser necessário utilizar o carro ou apanhar um táxi para uma

saída à noite.

“O interesse pela reabilitação dos centros urbanos tem-se evidenciado ao longo dos anos, e tem feito

‘renascer’ muitas cidades europeias. Quando nos aventuramos nesta área de reabilitar edifícios, muitos

deles estavam em total estado de ruína, e o panorama geral do edificado era simplesmente desolador.

Acreditamos que já fizemos muito, mas sabemos que ainda temos muito a fazer, mas sentimos já um

grande orgulho em estar a contribuir para uma nova cidade, para esta transformação que o Porto tem

vivido”, finalizam.

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22 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

PME EXCELÊNCIA’15

São casos irregulares de esforço, ousadia, proatividade, brio empresarial e – em última instância – de visão empreendedora e sucesso. Efetivamente, é de tudo isto que se fala quando estamos perante uma empresa que atingiu o exigente estatuto de PME Excelência. Mas, na lista de méritos por detrás deste processo de seleção natural do mundo empresarial, é também reconhecida a capacidade que os agentes económicos tiveram de remar contra a maré e afirmar-se pela sua singularidade, contribuindo para a geração de riqueza e emprego nas regiões em que se inserem.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 23

Loures reconhece PME's Excelência do concelho

Europarque - entrega de prémios PME Excelência

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24 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15 | proóptica

Com mais de duas décadas de existência, hoje a Proóptica é uma empresa distribuidora de referência no setor óptico, possui um portefólio bem estruturado e diferenciado de marcas e serviços, permitindo posicionar-se no mercado como um parceiro de soluções completas e integradas.

InOvAçãO E ExCELênCIA nO MERCADO óTICO

Entrevistámos o diretor-geral, Luís Justino, que explicou quais os desafios e

lutas conquistadas para atingir o patamar de PME Excelência.

A Proóptica foi congratulada com o prémio PME Excelência 2016. O

que significa este prémio para a empresa? Qual o sentimento com esta

conquista?

A distinção como PME Excelência é para a Proóptica um profundo orgulho e

satisfação. Sabíamos que ser distinguidos como PME Excelência não era fácil,

os rácios económico-financeiros e de gestão exigidos são bastante exigentes,

sobretudo num momento de crise, como o que passamos na economia

portuguesa. A conquista deste mérito é fruto do trabalho sustentado que

temos vindo a desenvolver. Fomos reconhecidos como PME Líder ao longo

dos últimos 7 anos. Em Portugal, existem mais de um milhão de PMEs

(1.110.905, número exacto), destas apenas 7.270 foram distinguidas como

PME Líder 2015 (Proóptica incluída) e apenas 1.509 como PME Excelência

2015. Trata-se de uma homenagem pública às “melhores das melhores”

o que confere uma grande importância a este reconhecimento. Assim, a

atribuição da certificação PME Excelência 2015 é para nós uma grande

honra, uma garantia para os nossos stakeholders, mas também representa

uma responsabilidade acrescida em termos de rigor de gestão e de esforço

de melhoria contínua. Acreditamos que o reconhecimento pelo IAPMEI é

uma recompensa pela nossa transparência, pelo crescimento ponderado e

sustentado e foi atingido graças à preocupação de toda equipa em fazer mais

e melhor. É um prémio que reconhece o esforço, eficiência e dedicação de

todos os colaboradores da empresa e é um incentivo para que possamos

melhorar num contexto cada vez mais exigente e competitivo.

Quais os elementos estratégicos que contribuíram para a conquista da

distinção de PME Excelência?

A conquista deste prémio é sustentada em duas forças estratégicas

da empresa, a aposta na internacionalização e na integração de quatro

Luís Justino Diretor Geral

áreas de negócio. Nos últimos cinco anos, temos internacionalizado a empresa de uma forma sustentada

e comprometida com os mercados onde actuamos preferencialmente: Espanha, Marrocos, Angola, Cabo

Verde e Moçambique. Países que reconhecem a qualidade e as tecnologias dos materiais explorados nas

diferentes áreas que oferecemos e que valorizam o compromisso com um parceiro rigoroso e de confiança.

Por outro lado, a integração de quatro áreas de negócio diferentes, mas complementares é uma das principais

vantagens competitivas e que permite responder às necessidades dos nossos clientes de uma forma completa

e integrada, com preços justos, qualidade irrepreensível e focada no serviço e na relação de proximidade. As

quatro áreas de negócio são: armações e óculos de sol, acessórios, lentes e design+arquitectura.

A Proóptica sempre apostou na inovação como fator de diferenciação. Em 2016, como reforça esta

vantagem competitiva?

Em 2016, reforçamos cada uma das áreas de negócio com novidades e marcas relevantes no mercado. Na

área de armações e óculos de sol lançamos duas marcas no segmento de moda, a Vespa e a Vinyl Factory.

A Vespa apresenta como mais valia a elevada notoriedade e reconhecimento do consumidor final, com

um design de moda direcionado para um lifestyle italiano. A Vinyl Factory possui linhas retro irreverentes e

modernas, com uma inspiração na música e na Pop Art interpretadas nas cores e nas formas. A partir de abril,

a Proóptica dá seguimento ao contrato assinado com a Signet Armorlite, que garante a distribuição da marca

Kodak em Portugal. A Kodak irá reforçar o posicionamento da empresa, como marca de lentes altamente

conceituada junto dos consumidores finais, que proporciona soluções personalizadas com uma excelente

relação qualidade-preço, através de valores como a confiança, fiabilidade, qualidade e simplicidade. A área

de acessórios é reforçada com uma grande aposta na inovação, a parceria com a Fitting Box. Este projeto

surgiu através de uma pesquisa de mercado, dando resposta às necessidades de um consumidor cada vez

mais exigente e que procura mais informação online. A Fitting Box surgiu da combinação perfeita entre um

geek na área da tecnologia e um matemático, que desenvolveram em conjunto uma tecnologia que permite o

reconhecimento facial. Perceberam e estudaram a tridimensionalidade de 700 rostos, desenvolveram avatares

que permitem o reconhecimento de cada pessoa que está no espelho, ecrã ou câmera. Com a utilização de

uma base de dados com mais de 70 mil óculos de sol e armações, a tecnologia coloca os óculos em tempo

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 25

proóptica | pme excelência’15real na cara da pessoa que está a olhar para

o espelho. Esta solução tecnológica permite

ao óptico expor as coleções disponíveis nas

redes sociais, no site e em loja, possibilitando

a mesma experiência ao consumidor em

diferentes plataformas (omnichannel). O

objetivo não é venda online de óculos, mas

sim a promoção de uma experiência online,

ou seja, o cliente experimenta online o

que quer e, depois desloca-se à loja para

realizar a compra, porque o óptico faz

toda a diferença no processo de venda, no

aconselhamento e no conhecimento técnico.

A área de Design+Arquitectura foca-se na

remodelação de lojas e no desenvolvimento

de mobiliário e complementos para ópticas,

com soluções chave na mão. Esta área revela

todo o empreendorismo da empresa, torna

os sonhos reais e concretiza-os em soluções

que optimizam a estética e a funcionalidade.

O grande fator de diferenciação é que

projetamos os nossos layouts com base em

estudos de comportamento do consumidor.

Este ano iremos actualizar o nosso catálogo

com novas linhas de mobiliário e produtos

desenhados de acordo com as necessidades

dos clientes.

Quais os desafios para os próximos

tempos?

Neste momento, a Proóptica é um player

muito relevante no sector. Uma empresa

com capitais exclusivamente portugueses,

muito flexível e polivalente, com uma

equipa jovem que dá tudo para a empresa

crescer e ser cada vez mais sólida. O

galardão de PME Excelência pode resultar

de uma liderança forte, mas é sobretudo

reflexo de uma equipa multidisciplinar,

criativa e pró-activa. Os projetos futuros

passam pelo desenvolvimento em todas

as áreas da empresa, de novos contratos

e novas oportunidades, potenciadas pela

possibilidade de trabalhar com grandes

marcas de distribuição europeias. Nos

próximos anos, continuaremos a apostar

na sustentação do mercado nacional com o

lançamento de marcas e produtos de relevo

e na conquista de mercados internacionais

emergentes. Estamos hoje mais unidos

do que nunca, numa única organização,

com muita personalidade, integrados e

reconhecidos pelo mercado. Os nossos

clientes sabem que podem contar com uma

empresa que garante a inovação, a eficiência

e a confiança de que necessitam para

alavancar os negócios.

Page 26: Revista Business Portugal | Abril '16

26 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15 | carlos carvalho decoradores

Fundada em 1993, a Carlos Carvalho Decoradores dedica-se à produção e comercialização de peças de decoração de interiores. A empresa, recentemente distinguida com o estatuto de PME excelência 2015, dispõe de uma fábrica para construção própria e de um showroom aberto ao público em Lisboa. Para além disso, é igualmente responsável por projetos de decoração, instalação, montagem e serviço de entregas. Num tom informal, o empresário Carlos Carvalho, revela-nos o que não pode faltar na hora de decorar uma casa, o processo de criação das peças decorativas e os projetos para o futuro.

Começou por ajudar o pai numa fábrica dedicada à produção de assentos e estofos e aí

descobriu a sua vocação. Rapidamente conquistou o seu segmento de mercado, em virtude

do elevado nível da qualidade dos seus serviços e produtos, e conta hoje com mais de

20 anos de sucesso. “Enquanto estudava ajudava o meu pai na parte da contabilidade da

empresa. Nesses momentos em que lá estava, as pessoas pediam-me conselhos. Chegava

mesmo a ir a casa delas e a partir daí segui arquitetura com essa finalidade. Mais tarde

implementei um novo conceito na empresa do meu pai, a elaboração de projetos. Comecei

a fazer projetos de decoração de interiores para particulares e depois para restaurantes”.

Em 1995 a empresa ganha outro nome, nomeadamente, Carlos Carvalho Decoradores,

responsável por todo o processo de concretização dos ambientes e peças, desde a criação

e confeção até à montagem e instalação dos mesmos. “As pessoas dão-nos uma certa

liberdade para apresentarmos o nosso conceito e posteriormente adequam ao seu gosto.

Apresentamos o projeto com o respetivo orçamento, executando depois as peças nas

nossas instalações. A coordenação do planeamento é sempre nossa, temos um arquiteto

responsável por esse assunto. Os preços e as decorações variam muito de projeto para

projeto mas sem dúvida que a grande vantagem é o facto de termos uma fábrica própria de

mobiliário e de estofos.” No atelier, encontramos sofisticados artigos como cadeiras, espelhos,

tecidos, entre outras peças decorativas. Na Carlos Carvalho Decoradores, o difícil é escolher.

“Temos mais de 2.000 referências de tecido, 100 tipos de mesas, de cadeiras, de sofás…

Temos uma vasta gama de produtos.” Para o entrevistado, o grande desafio é o processo de

transformação dos mais variados espaços. “É isso que nos dá gozo. É entrar aqui alguém e

pedir para transformar algo completamente desatualizado numa coisa nova.”

A empresa conta já com cerca de 40 colaboradores e trabalha diariamevnte com parcerias

comerciais, algo que o empresário considera ser uma mais valia para a Carlos Carvalho

O SEU PROjETO, A SUA DECORAçãO

Page 27: Revista Business Portugal | Abril '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL 27

carlos carvalho decoradores | pme excelência ’15

Decoradores. “Neste momento estamos

associados a um grupo muito grande em

Portugal, denominado por United Investments

Portugal. Atualmente temos 85 por cento da

nossa equipa a trabalhar para esse grupo, o

que é muito bom. O nosso objetivo é tentar

crescer com esta solidez.” Ao longo dos anos

a internacionalização tornou-se numa das

prioridades estratégicas da marca. “Cada vez

mais queremos trabalhar com o estrangeiro.

Estamos convidados para trabalhar todo

o Médio Oriente e recentemente surgiu

também um convite para a Polónia, o qual

tivemos que recusar, uma vez que aceitamos

um projeto de tamanha dimensão, que é

o do Médio Oriente.” Quando questionado

sobre aquilo que o cliente mais estima,

o empresário admite que os prazos de

entrega são imprescindíveis para o bom

funcionamento do negócio. “Há obrigações

e prazos a cumprir. Se os fornecedores se

atrasam eu também me vou atrasar na

entrega e isso não pode acontecer.”

Recentemente a empresa foi distinguida

com o estatuto de PME excelência 2015

pela qualidade dos seus desempenhos.

Para Carlos Carvalho, esta distinção é o

reconhecimento de todo o seu trabalho e

dedicação. “Fizemos um grande esforço

de um ano para o outro. Já nos tinha sido

atribuída esta distinção anteriormente.

Tentamos crescer ainda mais e

conseguimos. Este ano estive presente na

atribuição dos prémios e pensei para mim

que para o ano tinha de lá estar outra vez.

Para além disso estas distinções ajudam-nos

no que diz respeito à parte profissional. Se

somos reconhecidos é porque temos algum

mérito.”

No futuro, o empresário pretende

internacionalizar ainda mais a marca, com

a certeza de que em 2017, a percentagem

de exportações ultrapassará a deste ano.

“Neste momento estamos dedicados

quase a 100 por cento ao projeto do Médio

Oriente. Convidaram-nos para um mundo

completamente diferente e estamos muito

entusiasmados. Queremos ser cada vez mais

internacionais. E com esta passagem para

o Médio Oriente, para o ano mais de 80 por

cento vai ser produzido para o estrangeiro”,

remata.

Carlos Carvalho Administrador

Page 28: Revista Business Portugal | Abril '16

28 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15 | Streak

A missão da Streak assenta na disponibilização de produtos e serviços de qualidade e inovação, em soluções de controlo e automação, com o objetivo de satisfazer e fidelizar clientes, procurando sempre resultados eficientes. Seguir a evolução dos mercados ao nível das tecnologias de ponta, assumindo um compromisso com os clientes e valorizando uma relação de firmeza com os seus parceiros e a comunidade envolvente representa outro dos seus desideratos.

A STREAK – Engenharia em Automação apresenta-se,

nos dias de hoje, como uma empresa de referência

empresarial, tendo sido distinguida, mais uma vez,

com o Prémio PME Excelência. O que representa esta

distinção?

Esta distinção comprova que o trabalho de dedicação e

empenho de toda a equipa da empresa foi reconhecido.

Fundada em setembro de 2002, a STREAK – Engenharia

em Automação tem vindo a registar um crescimento

sustentado e sólido. Quais são os pilares deste

crescimento e desenvolvimento?

O crescimento e desenvolvimento da Streak ao longo destes

anos resultam de um investimento constante em tecnologia

e novos processos bem como, a promoção de trabalho

em equipa e a procura do aperfeiçoamento dos processos

desenvolvidos.

“Para o futuro temos uma visão de crescimento”

Qual o core business da empresa? Quais as soluções

que disponibiliza ao mercado e quais as suas vantagens

competitivas?

A Streak tem procurado ir ao encontro com as necessidades

dos seus principais clientes. Assim, tem desenvolvido novos

sistemas relacionados com robótica, inspeção de qualidade

e processos de maquinação muito específicos em função de

cada cliente.

Dos projetos desenvolvidos pela STREAK – Engenharia

em Automação, dê-nos dois exemplos que tenham sido

mais desafiantes ou marcantes.

A Streak ao longo dos anos teve vários projetos que

desafiaram e marcaram a sua atividade contudo, podemos

destacar dois que a empresa considera como os mais

desafiantes. Um projeto foi relacionado com a integração de

rastreabilidade e inspeção de componentes para a indústria

automóvel (BMW) que incluiu a integração global de todas as

áreas de trabalho da Streak.

Outro projeto foi, a célula robot para a indústria automóvel

que integrou robótica, inspeção por visão artificial e

maquinação de precisão.

A empresa já iniciou o seu processo de expansão

internacional. Em que mercados está presente e quais

os objetivos a este nível?

A Streak tem como objetivo a expansão internacional, desse

modo está presente em Espanha, França, Alemanha e China.

Presentemente está a preparar a sua presença no mercado

suíço.

A STREAK – Engenharia em Automação encontra-se

em processo de certificação. Pode falar-nos um pouco

sobre este processo e quais as razões que vos levaram

a seguir este caminho?

Sim, a Streak encontra-se em processo de certificação pela

ISO 9001 com o objetivo de preparar a empresa para uma

maior eficiência e cumprimento de requisitos essenciais ao

crescimento da mesma, nomeadamente a nível internacional.

A certificação vai proporcionar uma melhor gestão da

empresa e relacionamento com os clientes, nacionais e

internacionais.

Em termos de futuro, que visão tem para a STREAK –

Engenharia em Automação?

Para o futuro temos uma visão de crescimento,

sustentado em uma maior especialização que apoiam

o nosso desempenho e, que garantem o reforçar da

internacionalização da empresa no mercado, principalmente

europeu.

Page 29: Revista Business Portugal | Abril '16
Page 30: Revista Business Portugal | Abril '16

30 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15 | miguel sousa confeções

A Miguel Sousa Confeções é uma empresa têxtil especializada na produção de vestuário para homem, senhora e criança. Fundada em 2006 e com uma estrutura familiar, esta é uma empresa verticalizada, detendo internamente todas as fases

de produção desde a modelação, corte, confeção e acabamento até à embalagem. A qualidade do produto, a capacidade de resposta e a flexibilidade contribuem para a afirmação da Miguel Sousa Confeções como uma referência na indústria

têxtil.

A Miguel Sousa Confeções recebeu a distinção de Estatuto

PME Excelência 2015, atribuído pelo IAPMEI, que procura

homenagear os desempenhos empresariais superiores,

no segmento das pequenas e médias empresas dos mais

variados sectores de atividade, que contribuíram ativamente

para o reforço da capacidade competitiva nacional. Miguel

Sousa e Cláudia Sousa, administradores da empresa,

encaram esta distinção como um reconhecimento do

trabalho desenvolvido. “Acreditamos que este prémio é fruto

do trabalho desenvolvido, ao longo dos últimos 10 anos, por

uma equipa dinâmica e qualificada, que tem colocado as

nossas soluções num patamar de excelência”.

Esta distinção é sentida igualmente como um

reconhecimento pelo esforço e dedicação colocados ao

serviço de um projeto de vida, com o intuito de alcançar

um crescimento cada vez mais sustentado. “A distinção

PME Excelência 2015 é uma motivação adicional para que

continuemos a trabalhar e a servir os nossos clientes com

a qualidade que nos distingue. Este estatuto é, sobretudo,

um reconhecimento do bom trabalho que temos vindo a

SUCESSO EMPRESARIAL ALICERçADO EM TRABALhO E DEDICAçãO

desenvolver”, sustentam Miguel Sousa e Cláudia Sousa.

Valorizando o passado, vivendo o presente e pensando

no futuro, a Miguel Sousa Confeções adota uma filosofia

vanguardista, estando sempre um passo à frente do seu

tempo, tendo como linhas orientadoras para a prossecução

dos seus objetivos, a simplificação da criação de

conhecimento e a criação e disponibilização de produtos e

soluções de qualidade. Estes valores basilares encontram-

se ainda representados na manifestação do seu empenho

em continuar um percurso de contínua inovação. Os

dois administradores apresentam-se como empresários

carismáticos e dinâmicos que têm pautado a sua atividade

profissional por uma grande visão estratégica, a par de um

grande sentido de responsabilidade e uma grande paixão

pelo trabalho que desenvolvem.

A Miguel Sousa Confeções nasceu há 10 anos, pelas

mãos de Miguel e Cláudia, que aliaram a sua experiência e

conhecimentos na área têxtil para se lançarem num desafio

e num verdadeiro projeto de vida. “Comprámos uma empresa

que estava em processo de falência, assumimos essa

Miguel Sousa e Cláudia Sousa Adm

inistradores

Page 31: Revista Business Portugal | Abril '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL 31

miguel sousa confeções | pme excelência’15

responsabilidade e ficámos com os funcionários e alguns

clientes. A nossa dedicação sempre foi a 100 por cento para

podermos cumprir com os nossos compromissos, por isso

também a gestão sempre foi muito sólida e rigorosa, porque

a nossa ambição era crescer de forma sustentada e segura”,

sublinha Miguel Sousa.

Hoje em dia, nesta empresa com uma posição de destaque

no mercado, Miguel Sousa é o rosto da gestão e Cláudia

Sousa é a criativa e responsável pela produção, funções que

desempenha com grande paixão, mas também com grande

conhecimento, uma vez que, ao longo do seu percurso,

realizou diversos cursos e formações, designadamente no

Citex e na Modatex.

“Na Miguel Sousa Confeções fazemos desde a transformação

da matéria-prima, ou seja da malha em cru até ao produto

acabado e convertemos vários tipos de matéria-prima numa

peça. É a nossa grande vantagem”, revelam, acrescentando

que, para além de fazerem as coleções dos seus clientes,

a empresa também apresenta a sua própria coleção. “A

nossa coleção conjuga o clássico, casual e desportivo para

ir ao encontro dos gostos e exigências da mulher moderna”,

afirma Cláudia Sousa, salientando que a sua coleção é

muito diferente de uma coleção de um estilista, ou seja,

“apostamos em peças que sejam comercializáveis para

rentabilizar o investimento efetuado”.

De acordo com Miguel Sousa e Cláudia Sousa, os

colaboradores da empresa ajudam a que o

produto final seja de qualidade e prestigiado.

“A nossa união e as relações de confiança

com os nossos parceiros têm permitido um

crescimento sólido e sustentado”, advogam,

destacando que, neste momento, a Miguel

Sousa Confeções já exporta para os Estados

Unidos da América, Suécia, Dinamarca,

Holanda, Alemanha, França, Espanha e Itália.

A participação em feiras é uma das

componentes do trabalho desenvolvido

por esta empresa, com o desiderato de

acompanhar as tendências e conhecer as

novidades. “Ainda recentemente, estivemos

numa feira em Paris, porque é imperativo

estar atualizados”, evidencia Miguel Sousa.

Os dois administradores dão ainda conta

da conclusão do projeto de expansão das

instalações, cuja última fase contempla os

escritórios o departamento de criação e

modelagem. Miguel e Cláudia esperam que

o futuro continue a ser promissor, porque a

paixão que sentem por esta área de negócio

vai continuar a ser um motor de crescimento

da empresa.

Cláudia Sousa com m

odelo da sua coleção

Page 32: Revista Business Portugal | Abril '16

32 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15 | transportes machado

A Transportes Machado foi iniciada pelo seu fundador António Eduardo Machado (pai), na cidade do Porto, dando o seguimento, partir de 1975, António Machado (filho), atual, proprietário e gerente, da Transportes Machado Lda. Este, através da visão e necessidade da indústria estar a evoluir, decidiu laborar na área da prestação de serviços de carga e descargas, a nível regional e nacional.

Passado algum tempo, foram adquirindo equipamentos de manuseamento de máquinas,

apropriados à indústria, desde a indústria gráfica, metalomecânica e a têxtil. Nos anos

oitenta passaram das instalações do Porto para S. Mamede de Infesta, num pavilhão com

1.200 m2. Nos anos 90, passaram para a Maia, nas instalações atuais, numa Plataforma

Logística, adaptada a trasfega de mercadorias de grande porte. “Estamos a conseguir dar a

continuidade a este projeto, com a dedicação e profissionalismo e inovação da 3ª geração da

Transportes Machado, nomeadamente Eduardo Machado (neto)”.

Quem procura, os serviços da Transportes Machado vem essencialmente do ‘passa palavra’,

ou seja, que são outras empresas que dão as boas referências. Também é possível encontrar

os seus serviços desta empresa via internet , através do site. Daí vem o ‘know how’ desta

forma, conseguem aperceber-se que realmente estão a contactar com uma empresa idónea

e que lhes podem ajudar a resolver os problemas, uma vez que é para isso que estão

vocacionados.

“Como atuamos na área de ‘serviços de movimentações de máquinas e transportes’ para

a mudança de instalações das industrias, possuímos um staff de 20 colaboradores.

Estes possuem uma formação técnica e de grande experiência com vários anos”, explica o

empresário.

A Transportes Machado possui um parque empresarial de 10 mil metros quadrados, fazendo

também a logística de equipamentos que os seus clientes lhes solicitam, isto é, o respetivo

armazenamento e a sua distribuição.

A Transportes Machado foram os pioneiros a possuir os camiões com grua e empilhadores.

“Iniciamos com estes veículos em 1978 em Portugal”. António Machado percebeu que havia a

necessidade de equipar as suas viaturas com equipamentos de movimentação, para ser mais

Na atividade de transportes rodoviários de mercadorias

prático, mais rápido e também mais seguro, facilitando as movimentações e necessidades

dos seus clientes.

“Durante estes anos existiram dificuldades, que se sentiram essencialmente em alturas de

crise, mas na Transportes Machado, todos estes anos foram levados com preocupação, no

“crescimento sustentável” mas obviamente estamos a enfrentar, todos os desafios, que nos

aparecem com sangue novo e com garra”.

A Transportes Machado possui transportes especiais e especializados, com equipamentos

inovadores de elevação para cargas e descargas, sempre na tentativa de ultrapassar as

dificuldades e os obstáculos.

“Todos estes anos, têm sido, muito bem-sucedidos. Todos os nossos colaboradores, já tem

muitos anos de experiência, assim como, têm orgulho na empresa que representam. Estes

são o espelho da mesma, com uma formação específica, para o efeito e gosto, pela sua

representação”, frisa.

Os próximos passos da Transportes Machado serão dados pela nova geração, através de

Eduardo Machado (neto), dando o seguimento, na mesma área e procurando sempre evoluir,

para que os investidores possam contar com a TRANSPORTES MACHADO em novas parcerias

futuramente a realizar.

Esta empresa é uma das melhores a nível de movimentação de cargas e descargas, e

de transportes de mercadoria pesada. O seu vasto ‘know how’ e os anos de longínqua

experiência que adquiriram, sendo tal como, reconhecidos como PME Excelência. Pela

primeira vez, António Machado, se destaca por este prémio e este reconhecimento a ele

associado, se prende com o objetivo de realmente, “estarmos no mercado por sermos

referenciados pelos nossos clientes”.

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34 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15 | compact records

A Compact Records é uma empresa destinada à distribuição de material fonográfico e a principal fornecedora de CD’s de sites de vendas conceituados como o Amazon e o E-bay. A empresa sediada na Maia, existe desde 1997 e o seu proprietário é Abílio Silva, com quem a Revista Business teve o prazer de conversar.

A Compact Records atinge o seu auge numa altura em que tudo ligado à internet era

sinónimo de evolução e de grandes investimentos. Para o empresário, não poderia ter surgido

em melhor altura. “Comecei como armazenista generalista, ía ao estrangeiro comprava os

cd’s aos armazéns e vendia às lojas. Mais tarde, com o aparecimento da internet, dá-se um

decréscimo enorme nas vendas. Contudo, eu sempre fui um consumidor atento de música

e procurava marcar pela diferença. Talvez tenha sido isso que nos fez crescer.” Questionado

sobre os seus primeiros contactos com o mercado externo, Abílio Silva conta que inicialmente

começou por negociar com países como a Holanda, Suécia e Bélgica. “Comecei por comprar

apenas materiais a países europeus. Posteriormente passei para os Estados Unidos, mas

tornou-se complicado porque só se podia importar para fora da comunidade europeia o que

lá não existia. Ainda hoje funciona assim.”

Mais tarde, surgem os primeiros convites por parte de editoras internacionais e começam

a fazer distribuição a nível nacional. “Recebemos propostas de várias editoras, na altura

ligadas à dança alternativa e ao metal. Depois começaram a surgir as bandas portuguesas,

muitas delas começaram aqui. Na altura o negócio era essencialmente ligado à importação

e à venda dos produtos”. Em 2008, o empresário conta que viu o seu negócio “tremer” pela

primeira vez, fator que poderia ter posto em causa o futuro da marca. “Pela primeira vez

não estávamos a crescer, muito pelo contrário estávamos a descer aos poucos. Já tínhamos

hÁ 19 AnOS A ELEvAR A InDÚSTRIA MUSICAL POR TODO O MUnDO

Abíli

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lva

Adm

inis

trado

r

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 35

compact records| pme excelência’15

muitas despesas e não estava a conseguir suportá-las. Decidi então que tinha de fazer

alguma coisa. Voltei novamente às feiras e de seguida entramos no negócio online.” A partir

daí, nunca mais parou. “Conseguimos fazer com que tudo aquilo que tínhamos em stock

não estivesse apenas disponível para o mercado português mas sim internacionalmente.

Disparamos para números brutais e foi isso que fez de nós o que hoje somos”.

Atualmente, são os principais fornecedores de música de sites como o Amazon e E-bay, e

não tencionam parar por aqui. “Trabalhámos com os maiores sites do mundo. Sempre tentei

fazer um intercâmbio de produtos, porque eles têm coisas que eu não tenho e eu tenho

coisas que eles não têm. Desta forma a responsabilidade e a competência é mútua e por isso

funcionamos bem.” Numa altura em que grande parte da população sentia que a internet

estava a prejudicar a indústria músical, a Compact Records viu nesse fator uma forma de

aumentar as vendas. O entrevistado admite que, de certa forma, foram eles os principais

impulsionadores da divulgação da música portuguesa para o estrangeiro. “Vendemos muita

música online portuguesa para fora e isto deve-se ao facto de ser possível adquirir música via

internet. Quando um disco é lançado em Portugal, as pessoas conseguem adquiri-lo através

dos sites para os quais trabalhamos.”

Dono de um percurso de sucesso, que cada vez mais se começa a solidificar, o empresário

conta já com três lojas abertas ao público em Portugal, uma em Vila do Conde, uma no Porto

e outra em Leiria. “As lojas têm funcionado bem mas grande parte das vendas são feitas

via online, através do nosso site de vendas, denominado por CDGO.” Se por um lado obtêm

mais lucro através das vendas online, por outro também é onde dedicam grande parte do

investimento. “Aposto muito na informática. As atualizações são muito caras mas o retorno

é quase imediato. O meu stock é cada vez maior mas é preciso muito cuidado na hora de

adquiri-lo. É óbvio que a informática não me diz o que posso comprar, mas ajuda imenso.

Temos um programa que nos diz qual o melhor preço a nível internacional e pelo nome do

disco consigo identificar se estou a fazer uma boa compra ou não.”

Recentemente abriram um armazém em Inglaterra, com o intuito de credibilizar ainda mais a

marca. “Achamos este investimento um bem necessário porque Portugal não tem a mesma

credibilidade que Inglaterra tem no que diz respeito a vendas online.” 75 por cento de quem

compra por exemplo na Amazon UK se vir o mesmo produto sendo duma empresa inglesa ou

de uma portuguesa prefere sempre a Inglesa mesmo às vezes mais cara.”

“Somos das empresas portuguesas que mais faturam a nível músical”, é com esta certeza

que Abílio Silva vê a sua empresa crescer e a ganhar prestígio no mercado internacional.

Quanto aos planos futuros, o empresário admite: “queremos continuar com isto mas cada vez

mais vai ser um negócio de colecionismo”, remata.

www.com

pactrecords.com

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36 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15 | hotel baía cascais

O Hotel Baía Cascais está situado na costa do Estoril, mesmo em frente à Praia dos Pescadores. Com uma localização priveligiada, este hotel familiar proporciona um ambiente acolhedor e um serviço de qualidade a todos os que o visitam. Falámos com João Coruche, director geral da unidade hoteleira, que nos deu a conhecer o hotel e as suas perspetivas futuras.

Refúgio à beira-mar

Como é que surge este projecto?

O Hotel Baia é uma empresa familiar que abriu portas em

1963 pela mão do meu avô, João Soares. Trata-se de um

hotel independente, de família que vai agora na terceira

geração na gestão. Atualmente o HB possui 113 quartos, o

restaurante Baía-Grill famoso pelo pela sua gastronomia, e o

bar no R/C com serviço de cafetaria e pastelaria de fabrico

próprio. Possui ainda seis salas de reunião com diferentes

tipologias, um parque de estacionamento público com 90

lugares e o Blue Bar no “roof top” aberto ao público nos

meses de verão para “Sunsets” com excelentes cocktails,

considerado a cereja no topo do bolo.

A vossa localização é sem dúvida uma mais-valia...

Sim, sem dúvida. Devido à nossa localização, o hotel já

se tornou num marco histórico aqui mesmo no centro da

vila de Cascais. É o ponto de encontro das pessoas da

terra. Os quartos com vista para o mar oferecem uma vista

fantástica e a procura é cada vez maior também devido à sua

proximidade com os diferentes equipamentos existentes em

Cascais.

Recentemente foram distinguidos com o estatuto

de PME Excelência 2015, este é o reconhecimento

merecido?

Com certeza. O Prémio PME Excelência é um prémio que já

nos acompanha há largos anos. É um estatuto que não só

demonstra a solidez financeira do Hotel Baía como também

premeia a nossa liderança e desempenho na gestão. É um

motivo de orgulho! Demonstra que temos sabido investir de

forma sustentada para garantir o crescimento do negócio e

nossa autonomia financeira.

Qual é o balanço que faz desta aposta?

O balanço é altamente positivo. Temos conseguido

desenvolver e modernizar a empresa, investir no nosso

produto, na infraestrura, e em novas tecnologias. Numa

unidade hoteleira que já conta com 53 anos de atividade,

é necessário fazer um investimento constante nos nossos

equipamentos e produtos de modo a nos mantermos

competitivos e para servir um público cada vez mais exigente.

Temos vindo ao longo dos anos não só a remodelar os nossos

quartos e as áreas sociais, mas também as áreas de serviço

e bastidores, sem interromper o normal funcionamento do

hotel. Temos sabido fazer os investimentos certos nas alturas

certas, sem dar um passo maior do que a perna e garantindo

a sustentabilidade do negócio e o seu crescimento.

Tem projetos para um futuro próximo?

Na hotelaria ficar quieto é morte certa. Tencionamos

continuar a investir no nosso produto para continuar a

servir cada vez melhor os nossos hóspedes e clientes. Num

mercado altamente competitivo, será necessário continuar

a investir em novas tecnologias não só em termos de

serviço mas também para a captação de novos clientes.

Continuaremos a investir também no nosso compromisso

de reduzir o impacto da nossa atividade no meio ambiente.

Atualmente possuímos a Certificação Eco Hotel da TUV

Rheinland e a Green Key, fruto do investimento no nosso

programa de gestão ambiental e na nossa infraestrutura.

Pretendemos continuar a melhorar o nosso desempenho

ambiental e ajudar a divulgar as boas práticas e servir de

exemplo de que é possível satisfazer as nossas necessidades

e as dos nossos clientes de forma responsável, reduzindo o

nosso impacto ambiental.

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Page 38: Revista Business Portugal | Abril '16

38 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15 | tito carnes

A Tito Carnes é uma empresa dedicada ao comércio e à indústria de carnes em Lisboa. Com mais de 50 anos de atividade, foi recentemente distinguida com a atribuição do estatuto de PME Excelência 2015, e tem como objetivo oferecer aos seus clientes um atendimento personalizado tentando fornecer os melhores produtos existentes no mercado.

“A MOLA DE UM PAíS E DE UM POvO é O TRABALhO”

Tito Miguel e Severino Gonzalez Administradores

Severino Gonzalez no início da sua atividade empresarial

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 39

tito carnes| pme excelência”15

Severino Gonzalez, mais conhecido por Tito, de onde provem o nome da atual empresa, exerce as funções

de administrador juntamente com o seu filho Tito Miguel. À conversa com a Revista Business Portugal, o

empresário de origem espanhola, conta que veio para Lisboa com apenas 14 anos começando a trabalhar

com familiares no Mercado 24 de Julho. Em 1957, juntamente com o seu pai compraram um talho na Rua

da Cruz dos Poiais, em São Bento, e anos mais tarde abriram um armazém na mesma rua. Em 1993 mudou-

se para umas novas instalações, em Telheiras, com melhores condições de estacionamento com vista a

distribuição da mercadoria tanto para particulares, como para restauração e hotelaria. “Estou muito satisfeito

e tenho todas as condições para oferecer um bom trabalho”

Quando questionado sobre o processo de transformação das carnes que comercializa, o entrevistado garante

que todos os cuidados são poucos e que são muitos os aspetos a ter em conta na hora de preparar o produto

final. Contudo, admite que os clientes estão cada vez mais exigentes. “Antigamente a mercadoria vendia-se

em bruto mas hoje o cliente gosta das coisas mais preparadas e requintadas, o que acho correto, quanto mais

nos for exigido, melhor se trabalha”.

Para além disso, têm também produção própria para abate e consumo. “Os clientes gostariam de poder

consumir só produto nacional, mas é totalmente impossível, o que lamento. Se um cliente me pede 300

lombos seriam precisos 150 animais, uma vez que cada um só tem dois lombos.” Aqui também se importam

muitos outros produtos e muitas peças nobres como lombos e vazias de vitela branca, novilho, entre outras.

Para além de comercializar os produtos diretamente no balcão, a Titocarnes dispõe também de viaturas de

distribuição com sistema de congelação e conservação, afim de servir o cliente de forma rápida e eficaz.

Os clientes espalhados de norte a sul do país, são a prova de que esta empresa se soube implementar no

mercado: “o que mais valorizo é a boa relação que mantenho com os meus clientes e o orgulho que tenho em

fornecer qualidade e produtos de excelência, como eles merecem”.

Finda a Páscoa, é tempo de começar a pensar no verão e nos clientes que vêm de fora, e por isso na Tito

Carnes não há espaço para pausas. Num futuro próximo, o chefe Tito espera que os seus três filhos, que

atualmente integram a equipa, continuem a trilhar o percurso de sucesso que o pai iniciou. “Os meus filhos

vão dar seguimento a este negócio familiar...”

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40 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15 | josilmar

A Josilmar é uma empresa dedicada ao comércio e à distribuição de artigos relacionados com a indústria e a construção civil. Situada na Vila da Bobadela, em Loures, foi recentemente distinguida com a atribuição do estatuto de PME Excelência 2015, pela qualidade e excelência dos seus serviços. O responsável pela fundação da empresa é Joaquim Marques que, juntamente com a esposa Maria Alice e com o filho David Marques, esteve à conversa com a Revista Business Portugal.

“A satisfação do cliente é uma prioridade absoluta”

Sem sucesso, o empresário abre a primeira loja em Angola. Já em Portugal, tenta novamente

e funda outro negócio dedicado essencialmente ao comércio de materiais de construção.

“Eu tinha uma loja deste género em África. Pensei que ía regressar para lá, mas infelizmente

não consegui. Um dos meus funcionários ficou encarregue do negócio e mais tarde viu-se

obrigado a fechar o estabelecimento. Decidi abrir então uma loja em Portugal. Fui trabalhando

e recuperando o que em tempos tinha perdido”.

Em 1977, abre um novo espaço, que atualmente explora, com maiores dimensões e maior

diversidade de produtos. Quase a completar 40 anos, a Josilmar é já uma empresa de

referência na zona de Lisboa pelas soluções eficazes e seguras que apresenta, através do

domínio da tecnologia e da qualidade, promovendo a constante satisfação dos seus clientes,

colaboradores e parceiros. Para o proprietário, este estabelecimento reúne as condições

necessárias para o bom funcionamento do negócio. “Mantive muitos clientes, mas trouxe

muitos novos. Agora temos uma grande capacidade e variedade de material.”

David Marques, filho do proprietário, fala também do variado stock de artigos que a empresa

dispõe, de forma a responder às necessidades de todos os clientes. “Temos cerca de 30 mil

artigos diretamente ligados ao comércio de máquinas e ferramentas para o setor profissional,

nomeadamente de construção, automóvel, reciclagem, metalomecânica, entre outras.”

O vasto portfólio de parceiros de negócio permite-lhes atuar de forma transversal junto

dos clientes, colocando à sua disposição um leque de produtos muito diversificado. Para

David Marques, estas parcerias são uma mais valia para a empresa. “Tentamos alimentar

três grandes marcas, nomeadamente a Bosch, Makita e DeWalt. São marcas com grande

notoriedade, com preços competitivos e que nos ajudam a crescer, mas temos que trabalhar

em sintonia para tudo dar certo. É preciso cumprir as exigências deles no que diz respeito ao

cumprimento de prazos e pagamentos. Já trabalhámos com mais marcas, mas atualmente

estas são as três grandes operadoras mundiais neste setor.” Para além disso, a empresa

vende materiais a distribuidores e revendedores independentes, garantindo o melhor preço de

mercado. “Por termos uma vasta gama de soluções em stock, procuram-nos porque sabem

que aqui encontram tudo o que precisam. Praticamos exatamente os mesmos preços que as

marcas.”

Aliado a estes fatores, é também de ressalvar a excelente relação de confiança e proximidade

criada ao longo dos anos entre toda a equipa e clientes. “A satisfação do cliente é uma

prioridade absoluta. Através do mercado tradicional criamos laços fortes com os clientes.

Somos o oposto da internet e dos hipermercados.”

Ao longo dos anos, a empresa tem vindo a crescer e contam já com nove colaboradores a

tempo inteiro. “Temos sempre pessoas na loja e alguns técnicos comerciais dispostos a ir ao

encontro dos clientes para realização de demonstrações.”

Quando questionado sobre a recente distinção com o estatuto PME Excelência 2015, David

Marques considera que essa atribuição é o reconhecimento de todo o trabalho que tem vindo

a ser desenvolvido. Contudo, essa não é a principal ambição da empresa. “Não andamos

propriamente à procura de prémios nem é uma coisa que nos preocupa, mas um prémio

destes traz-nos sempre um acréscimo de credibilidade.”

Nos últimos anos, têm resistido a uma crise que parece ter vindo para ficar. Segundo os

empresários, o objetivo passa por manter o equilibrio que até agora tem sido alcançado. “O

objetivo é continuar”.

No futuro, Joaquim Marques deseja que o filho siga as suas pisadas e que dê continuidade ao

negócio que iniciou. “É ele que vai segurar o barco”, conclui. David Marques, Maria Alice e Joaquim Marques Administradores

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42 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

pme excelência’15| hotéis roma e marquês de pombal

Começaram com um negócio familiar e cresceram, conquistando uma posição consolidada com marcas próprias no panorama hoteleiro nacional. Após iniciativas empreendedoras em Fátima e a entrada no Hotel Roma, na década de 80, o grupo apresenta quatro unidades hoteleiras, duas no centro de Lisboa e duas no centro de Fátima. José Miguel Marto, administrador do grupo, recebeu-nos no Hotel Marquês de Pombal em Lisboa e deu-nos a conhecer um pouco de cada um dos hotéis de Lisboa.

DUAS MARCAS DA hOTELARIA TRADICIOnALnA CIDADE DE LISBOA

José Marto licenciou-se em Gestão e tirou o Mestrado em Finanças e Gestão Internacional na

Universidade Nova em Lisboa. Mais tarde, trabalhou numa consultora estratégica americana

em Madrid, e após quatro anos de experiência internacional em projetos de variadas

indústrias, ganhou conhecimento e experiência que está a transpor para o negócio familiar.

Em 2011, assumiu o cargo de administrador do Hotel Roma e do Hotel Marquês de Pombal,

em Lisboa. O entrevistado, que faz já parte da terceira geração do negócio familiar, começa

por contar que o Hotel Roma foi o projeto inicial na cidade de Lisboa, após experiências de

sucesso em Fátima. Jovem e dotado de um espírito empreendedor, acredita que o hotel tem

tudo para continuar a melhorar e a crescer na hotelaria. “É considerado um três estrelas

superior. Temos recebido ótimos comentários e boas menções por parte dos nossos clientes

no Hotel Roma. O facto de oferecermos quartos triplos e familiares é também um fator

distintivo que diferencia a nossa tipologia de oferta, focando segmentos específicos como as

famílias, com dinamismo de procura. Para além disso, o Hotel tem um pilar muito forte no que

diz respeito aos recursos humanos, que “vestem verdadeiramente” a camisola da instituição.”

No restaurante Fiesta-Café no Hotel Roma, podemos encontrar um menu muito variado, com

pratos do dia, e uma seleção cuidada de vinhos portugueses. Este ano, o desenvolveram-

se novos conceitos no hotel e reforçaram-se alguns pontos críticos na restauração.

“Introduzimos 12 novos produtos no pequeno-almoço, melhorando substancialmente a

qualidade, e introduzimos o conceito Brunch do Hotel Roma”. Estes eventos realizam-se aos

domingos, das 12h às 15h30m, tendo como público alvo os clientes do Hotel mas também

residentes nos bairros envolventes (Bairro de São Miguel, de Alvalade, e Areeiro), sendo

iniciativas principalmente dirigidas para o mercado português. “Desta forma temos vindo

a tentar posicionar-nos com uma perspetiva mais direcionada para novos segmentos de

mercado. Contudo, não prescindimos dos valores de qualidade da hotelaria tradicional, na

hora de prestar serviço e acolher os nossos hóspedes. Trabalhamos com base em princípios

e premissas sólidas que nos permitiram ter um destaque particular no mercado nas últimas

décadas.”

José

Mig

uel M

arto

Adm

inis

trado

rHall Hotel Marquês de Pombal

Page 43: Revista Business Portugal | Abril '16

Hall Hotel Marquês de PombalO Hotel Marquês de Pombal está localizado na Avenida da Liberdade, uma das artérias

centrais de Lisboa, e conta já com mais de 15 anos de funcionamento. A unidade hoteleira

de quatro estrelas dispõe de 123 quartos, restaurante, bar, room-service 24 horas, pequeno

almoço buffet completo, sala de conferências, garagem, ginásio, sauna, banho-turco, serviço

de lavandaria, cabeleireiro e centro de estética. Segundo o entrevistado, este Hotel surge num

contexto diferente. “O Hotel Marquês de Pombal é um quatro estrelas superior e compete

com hotéis de quatro-cinco estrelas. Efetuámos uma renovação total em 2009 e temos vindo

a intervir com manutenção recorrente ao longo dos anos. É um produto mais sofisticado e

moderno. No entanto, os mesmos valores de cultura muito focada nos serviços e no cliente

final são em certa medida similares aos do Hotel Roma, tendo como premissa a excelência

no serviço e o foco nas necessidades do cliente.” Ao longo dos anos, o Hotel tem vindo a ser

agraciado com alguns prémios e referências do setor. Em 2015, não foi exceção. “Recebemos

uma distinção muito relevante, ficando classificados como segundo melhor hotel da Europa,

após análise de mais de 74 mil comentários de clientes da eDreams a nível mundial. Sem

dúvida que foi um marco e que criou uma projeção interessante do Hotel Marquês de

Pombal.”

Quando questionado sobre os locais a visitar na capital, o interlocutor sugere alguns dos seus

espaços de eleição. “Identifico-me muito com a zona de Belém. Não se pode deixar de visitar

o Centro Histórico, refiro-me ao tradicionalismo de Alfama, das ruas do Chiado, e do Príncipe

Real… sugiro também um passeio pela Avenida da Liberdade, e obviamente a maravilhosa

vista do Castelo de São Jorge para a cidade de Lisboa. Gostaria também de mencionar os

variados museus, jardins, eventos como os festivais de música e os miradouros de Lisboa,

que hoje em dia estão a ser mais divulgados e proporcionam zonas simpáticas para relaxar

com vistas para a cidade. Certamente há muito para visitar e rever na cidade de Lisboa.”

É relevante salientar que as unidades foram recentemente distinguidas com a atribuição

do estatuto PME Excelência 2015, atribuição essa que José Miguel Marto acredita ser o

reconhecimento merecido do trabalho que a equipa tem vindo a desenvolver ao longo dos

anos.

O grupo possui ainda dois hóteis no centro de Fátima, nomeadamente o Hotel Santa Maria e

o Hotel São José. O entrevistado admite que o turismo religioso tem melhorado residualmente

nos últimos anos e que deve ser valorizado como um fator de atração e de diversificação

geográfica dos turistas que visitam Portugal. É relevante referir que o Hotel Santa Maria

recebeu em 2015 o prémio PME Líder 2015, justificando também as boas práticas de gestão

do grupo tanto em Lisboa, como em Fátima.

Relativamente aos projetos futuros, José Miguel Marto garante: “Temos uma perspetiva de

crescimento a médio-longo prazo. Estamos a ponderar tomar iniciativas adicionais e a planear

novos investimentos.”

Hall Hotel Roma

Restaurante Hotel Roma

Hotel Marquês de PombalHotéis roma e marquês de pombal|pme excelência’15

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46 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

INOVAÇÃO

Diz-nos o dicionário da língua portuguesa que por “empreendedorismo” se entende a atitude que quem, por definição, obedece à ambição de dinamizar ou gerar novos produtos ou serviços dentro de um determinado setor de atividade, recorrendo à conceção de novos métodos ou ideias. Ao falarmos em “empreendedorismo” – palavra que felizmente tem vindo a ganhar um renovado fulgor na atualidade empresarial portuguesa – fazemos alusão a um outro conceito, a si subjacente: a inovação, que se traduz na capacidade de inventar, renovar e, enfim, criar.Perante uma leitura breve destes mesmos conceitos, poderíamos ser levados a pensar que a capacidade de empreender, ou a de gerar inovação, seriam faculdades explicadas apenas pela manifestação de um invulgar talento para conceber, ler e interpretar a realidade empresarial. Mas tal aspeto negligenciaria o que está por detrás de muitas boas histórias de inovação: os anos de persistência, a visão informada sobre o mercado, a ambição de chegar-se mais longe ou, acima de tudo, uma genuína vontade de cimentar, ainda mais, o progresso das nossas sociedades.E é precisamente de inovação e empreendedorismo que falaremos nas próximas páginas, percorrendo a história, o ideais, a perspetivas e as ambições futuras de empresários e agentes económicos que se afirmaram como uma referência em áreas tão díspares como a distribuição de café, os facilty services, o arborismo, a nutrição animal, os agentes transitórios ou o mercado dos stands. Mais do que o sucesso de cada um dos envolvidos, há duas conclusões que se podem tirar destas mesmas páginas: a de que, por um lado, a inovação não se escusa a nenhum setor; por outro, a de que não faltam – no nosso país à beira-mar plantado – histórias de empreendedorismo, coragem e vontade de percorrer mares nunca dantes navegados.

Rua Sarmento Pimentel, 164 . 4450-790 Leça da Palmeira . t: [+351] 229 051 670 . m: [+351] 916 497 258Ed. Mar Vermelho . Av. D. João II . lote 1.06.2.5B . 7º Piso . Parque das Nações . 1990-095 Lisboa . t: [+351] 210 171 010 www.amgt.pt

QUALQUER QUE SEJA O TIPO DE MERCADORIA, NÓS TEMOS A SOLUÇÃO PARA O TRANSPORTE!

Page 47: Revista Business Portugal | Abril '16

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QUALQUER QUE SEJA O TIPO DE MERCADORIA, NÓS TEMOS A SOLUÇÃO PARA O TRANSPORTE!

Page 48: Revista Business Portugal | Abril '16

48 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação | amg transport

Eficientes, discretos e ambiciosos, os transitários colocam todos os seus esforços a trabalhar a favor do crescimento da economia e da satisfação das necessidades dos seus clientes. Desconhecidos da grande parte da sociedade civil, empenham-se na solução e encontram o sucesso. Um exemplo claro de uma empresa de sucesso é a AMG Transport.

Fundada em 2014, a AMG Transport é uma empresa

transitária bem conhecida, pela sua organização e eficiência

e também pela qualidade dos seus serviços no transporte

aéreo e marítimo, especialmente em «just in time». Em

entrevista à Revista Business Portugal, Alexandra Melo,

gestora da empresa, explica as potencialidades da AMG

Transport, bem como a sua cultura empresarial, que se

assume claramente diferente dos transitários ditos standard.

A atividade transitária e, consequentemente, o core business

da AMG Transport consiste na prestação de serviços de

natureza logística e operacional que inclui o planeamento,

o controlo, a coordenação e a direção das operações

relacionadas coma expedição, receção, armazenamento

e circulação de bens e mercadorias. A AMG Transport

A MELhOR SOLUçãO PARA O SEU nEGóCIO…

assume-se como um transitário especializado no transporte

de carga aérea e marítima, respondendo com eficácia às

necessidades do mercado, oferecendo um serviço global. “A

nossa empresa organiza transportes internacionais, porta a

porta, de qualquer tipo de mercadoria, desde a mercadoria

perigosa, farmacêutica, ou de grandes dimensões, fazendo

maioritariamente países terceiros”, esclarece Alexandra

Melo, salientando que a mais-valia de um transitário é fazer

com que o cliente não tenha que se preocupar com muitas

coisas, apenas o que pretende expedir, em que condições e

de que forma, e a AMG Transport faz tudo o resto. “Queremos

que o cliente perceba que nós somos a solução para o seu

problema, ou seja, retiramos o ónus do problema ao cliente,

ficamos com ele até o solucionarmos. Existem sempre

A AMG é conhecida pela sua organização e eficiência, assim como pela qualidade

Rua Sarmento Pimentel, 164 . 4450-790 Leça da Palmeira . t: [+351] 229 051 670 . m: [+351] 916 497 258Ed. Mar Vermelho . Av. D. João II . lote 1.06.2.5B . 7º Piso . Parque das Nações . 1990-095 Lisboa . t: [+351] 210 171 010 www.amgt.pt

QUALQUER QUE SEJA O TIPO DE MERCADORIA, NÓS TEMOS A SOLUÇÃO PARA O TRANSPORTE!

Page 49: Revista Business Portugal | Abril '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL 49

amg transport|inovaçãocontrariedades, mas nós tentamos que o cliente não se

aperceba delas”, evidencia a nossa entrevistada, adiantando

que há uma verdadeira preocupação em antecipar todo

e qualquer problema, por forma a providenciar a melhor

solução para cada caso e cada cliente, como exemplifica

Alexandra Melo: “Recentemente, tivemos um caso de um voo

que ia falhar a ligação com o Porto, fomos imediatamente

avisados dessa falha, por isso pedimos a transferência da

carga para Lisboa e fizemos a entrega na casa do cliente

para que ele não sentisse diferenças no timing, sem custos

acrescidos”. Esta forma de estar e esta cultura empresarial

que é transversal a toda a empresa assumem-se como

fatores distintivos num mercado cada vez mais competitivo,

fazendo com que a AMG Transport se destaque face à

concorrência. “Quando falamos em qualidade, falamos

mesmo em qualidade, porque este é um predicado que não

rouba tempo às pessoas, muito pelo contrário, permite que

as pessoas sejam mais eficientes, produtivas e profissionais”,

salienta.

Por outro lado, esta atitude perante o mercado permite à

AMG Transport criar uma base sólida de confiança com

os seus clientes, que muitas vezes deixam nas mãos da

empresa a decisão da melhor solução para o seu caso,

isto porque o know-how e a experiência da AMG Transport

possibilitam que possa encontrar a solução mais adequada e

aconselhar os clientes da melhor forma possível. “Nós temos

clientes que nos entregam mercadorias específicas, porque

sabem que não falhamos”, revela a administradora. Outra

das características dos seus serviços é a ação rápida desde

a recolha do fornecedor até a entrega ao destinatário, tudo

isto com preços competitivos, que garantem a transparência,

qualidade e grande capacidade de trabalho.

A importância da regulamentação

Alexandra Melo lamenta a existência de uma concorrência

feroz e, muitas vezes, desleal por parte dos armadores

ou agentes de navegação, temendo mesmo que a

atividade transitária possa terminar se nada for feito. “A

regulamentação é uma questão antiga e um verdadeiro tabu.

Muitos armadores desempenham, paralelamente, funções de

transitário. A existência de uma regulamentação fixaria que

quem é armador ou agente de navegação, não poderia ser

transitário, transportador, ou despachante”, afirma Alexandra

Melo, reiterando que esta é uma forma de concorrência

voraz, tanto mais porque, recentemente, foi retirada a

capacidade técnica e financeira ao transitário. A facilitação

do acesso à atividade transitária é uma questão sensível que

a empresária gostava de ver justificada, ao mesmo tempo

que, salienta a urgência na regulamentação da atividade e do

setor. “Em alguns países, esta é uma questão cultural, porque

os profissionais defendem bastante a sua especialização”,

consubstancia.

Estratégia de futuro

Como os olhos postos no futuro, Alexandra Melo espera a

continuidade do crescimento da empresa, de forma sólida

Prima pela base sólida de confiança com os seus clientes

e sustentada, lembrando que no ano de arranque da AMG

Transport o desiderato passava apenas pela sustentabilidade,

mas o certo é que foram ultrapassadas todas as expectativas.

“O nosso principal cliente, em 2014, representava 80 por

cento da faturação. Em 2015, ficou abaixo dos 30 por cento,

isto porque ganhámos quota de mercado, aumentámos a

faturação e a rendibilidade”, sublinha a jovem empresária.

Para 2016, o objetivo passa por “aumentar a quota de

mercado, fidelizar cada vez mais os clientes e manter uma

taxa de crescimento de 20 por cento”, revela Alexandra Melo,

patenteando que a AMG Transport tem os melhores clientes

do mundo, que se assumem como verdadeiros parceiros. Por

outro lado, para Alexandra Melo, “as empresas são feitas de

pessoas e a AMG tem profissionais de excelência a quem

agradeço toda a dedicação que têm com os clientes e que

todos os dias fazem com que a AMG seja a sua segunda

casa, se não a principal”, conclui a jovem empresária.

Perfil de Alexandra Melo

Alexandra Melo é uma jovem empresária que trabalha no

sector dos transitários há cerca de 17 anos, sendo hoje

detentora de uma experiência acumulada e um know-how

sobejamente reconhecido pelos seus pares, assumindo-se

como um exemplo de liderança no feminino.

Alexandra Melo tirou o curso de Controlo e Gestão de

Tráfego na Câmara do Comércio Luso-Alemã, uma

formação com uma duração de três anos e com um estágio

de igual duração numa empresa de transitários. Após o

terminus do curso, foi contratada pela mesma empresa,

que reconheceu o trabalho desenvolvido. Entretanto, foi

contratada por uma empresa multinacional localizada no

Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde foi aprendendo

cada vez mais sobre esta área de negócio. O seu percurso

continuou com a sua ida para uma outra empresa com

o mesmo core business, ao mesmo tempo que foi

frequentando várias formações, nomeadamente de carga

perigosa e segurança. Como sempre teve o desiderato de

ter uma formação superior, Alexandra Melo decidiu tirar a

Capacidade Técnica e Profissional para Transitário, uma vez

que, na altura, um transitário não podia desenvolver a sua

atividade sem um diretor técnico e um diretor financeiro.

Alexandra Melo passou pelo departamento de carga aérea

a fazer exportação, depois importação, passando depois

para o departamento comercial, no qual chegou a diretora

comercial. Posteriormente, transitou para outra empresa,

altura em que já existia a possibilidade do atual projeto

empresarial, no entanto, Alexandra Melo achou que não era

o momento certo para abraçar o desafio. Em 2014, nasceu

a AMG Transport, na qual Alexandra Melo exerce funções de

gestão, tendo no entanto como sócio um grande exportador

português. O seu percurso tem sido feito de experiência e

conhecimento.

Alexandra Melo Gerente

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50 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação | marques, lda

Tendo completado em fevereiro 60 anos de existência, o concessionário Mercedes-Benz mais antigo do país, um dos mais antigos da Europa e um dos três melhores a nível nacional, pretende continuar no caminho da qualidade e da excelência. Fomos descobrir os fatores do sucesso da Marques, Lda, numa entrevista ao seu atual administrador, Bernardo Leal de Oliveira.

MARCA DE COnfIAnçA hÁ 60 AnOS

O negócio de família já percorreu quatro gerações, o concessionário Marques,

Lda “foi fundado pelo meu bisavô e bisavó há 60 anos. Depois passou para

as mãos dos meus avós, seguiu-se o meu pai e agora eu, sempre como

representantes da Mercedes”, explica o interlocutor. Num setor de alguma

volatilidade e constante transformação, importa perceber quais têm sido

as linhas orientadoras que permitiram à empresa, ao longo das últimas

seis décadas, manter o negócio em franca expansão, “são quatro gerações

de pessoas que sempre se preocuparam com as pessoas, ou seja, não

chegámos até aqui sozinhos, a equipa é fundamental”, realça Bernardo

Leal de Oliveira, acrescentando que “tivemos sempre a sorte de, ao longo

dos anos, trabalharmos com profissionais muito capazes e competentes,

mas também, conseguimos captar e incutir nos colaboradores o espírito

de vestir a camisola, o que hoje em dia é mais raro acontecer. Felizmente,

ainda conseguimos manter essa cultura”. Nas palavras do administrador é

notório que na ‘Marques’, forma como é conhecida a empresa na região de

Santarém, existe um verdadeiro espírito de equipa e união que ultrapassa

a barreira do profissional, “preocupo-me imenso com todos os funcionários

e sabem que podem contar comigo nas mais diversas situações, mas eu

também sei que posso contar com eles”, frisa o entrevistado, revelando que

“quando é necessário também saio do escritório, tiro o casaco e vou lavar

os carros, mudar o óleo ou as pastilhas, as situações resolvem-se e o cliente

fica satisfeito”, destaca Bernardo Leal de Oliveira, demonstrando o espírito

de cooperação existente na equipa que lidera. A sede da empresa, na zona

industrial de Santarém, reúne desde outubro de 2014 todos os serviços de

venda e pós-venda. O maior stand passou do centro de Santarém para a

periferia nesse ano, “antes este stand era pequeno, o maior estava no centro

da cidade, quem é de fora não se deslocava ao centro para ver determinado

modelo, na realidade, percebemos que estávamos a perder oportunidades

de negócio de maneira que, 54 anos depois, resolvemos passar todas as

instalações para cá e mantermos o mais pequeno no centro. Foi uma boa

aposta, a afluência ao stand aumentou bastante”, revela o responsável. Para

além dos dois stands em Santarém, o concessionário Mercedes-Benz tem

mais um espaço em Tomar.

Aposta na formação

Com uma equipa de 40 funcionários, “alguns andaram comigo ao colo”,

confidencia o entrevistado, existe também a política de apostar na formação

dos jovens, “temos parcerias e protocolos com centros de formação, os

estagiários ficam afetos aos vários responsáveis de cada setor”, explica o

interlocutor. Questionado sobre a existência de desvantagens nesta vertente,

Bernardo Leal de Oliveira afirma “que pode provocar até alguma quebra na

produtividade, e talvez por isso, algumas empresas preferem não apostar

nesta vertente, mas é importante podermos contribuir para a formação

destes jovens. Por ano, devem passar por aqui cerca de dez formandos,

que faço questão de conhecer primeiro, o contacto inicial está a meu cargo.

Através de pequenos pormenores, incutimos nestes estagiários o espírito Bernardo Leal de Oliveira Administrador

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 51

marques, lda | inovação

de equipa e o facto de lhes darmos o nosso fato oficial de

trabalho é um deles. É fundamental que os jovens percebam

se gostam mesmo desta área, para que depois, possam

seguir o seu rumo”, evidencia Bernardo Leal de Oliveira.

Para além do apoio aos jovens estudantes, existe a formação

dos colaboradores, “em termos de obrigações legais nós

ultrapassamos largamente os mínimos. O número crescente

de novos modelos, as novas tecnologias e a reciclagem das

mesmas envolve muitas horas de formação. Deslocamo-nos

várias vezes por mês para ações de formação no Centro de

Formação da Mercedes-Benz Portugal. São incomparáveis

os custos de formação desta empresa com outras do mesmo

setor de menor dimensão. Reparamos também que o esforço

é compensado porque cada vez mais os clientes vêm até nós.

As marcas têm de se defender e com a atual especialização

e tecnologia apenas os técnicos qualificados estão

habilitados a trabalhar com um carro Mercedes-Benz. Hoje

em dia a utilização das tecnologias é imprescindível”, salienta

o interlocutor. A adaptação e acompanhamento à evolução do

mercado permitiu que a Marques, Lda se tornasse a empresa

de referência que é hoje, tendo ocupado mais uma vez, em

2015, um lugar no pódio, no prémio referente ao Melhor

Concessionário, atribuído pela Mercedes-Benz Portugal.

Bernardo Leal de Oliveira considera que a base do sucesso

está na “capacidade de nos adaptarmos, ter a perceção da

mudança na altura exata, se não temos essa capacidade

perdemos o barco. Estar em cima do acontecimento é crucial,

qualquer distração pode ser fatal”, enfatiza.

A Mercedes e os portugueses

É com agrado que o entrevistado revela que “felizmente

os portugueses têm comprado mais Mercedes, o mercado

teve melhorias significativas, mas agora, tendo em conta o

novo orçamento, que implica uma nova fiscalidade, estou

convicto de que pode ocorrer um abrandamento, se bem

que, a Mercedes-Benz seja a marca premium que mais se

vende em Portugal, somos na Europa, a seguir à Alemanha,

o país com mais quota de mercado”, revela o responsável

da Marques, Lda. Contudo, no entender do entrevistado,

os portugueses são sui generis, uma vez que “qualquer

tipo de notícia, relacionada com o aumento da carga fiscal

no setor automóvel, seja o suficiente para provocar uma

retração ou um adiamento na decisão da compra, mesmo

que o valor do aumento não seja de todo significativo

(nesta situação concreta estamos a falar em aumentos que

rondam os 400€ a 800€ nos modelos mais vendáveis). Esta

política de sucessivos governos, tem comungado de uma

falta de imaginação terrível e assim têm morto aos poucos

a galinha dos ovos de ouro”, considera Bernardo Leal de

Oliveira, explicando que contudo, feitas as contas, “estas

novas medidas implicam, na realidade, o aumento do valor,

dentro de um financiamento, de uma prestação, Mesmo

assim é o suficiente para a retração, no que à decisão final,

diz respeito”, salienta. Comparando o mercado atual com a

realidade de outros tempos o entrevistado considera que,

“há uma nova realidade. Os carros Mercedes têm outro

design, mais moderno, mais atrativo, fugindo ao clássico,

trazendo para a marca novos clientes, clientes mais jovens.

Quando foi lançado o novo modelo da Classe A, que foi

de facto o marco da revolução nestes novos modelos, não

estávamos habituados a esta nova realidade, foi necessário

adaptar toda a estrutura e equipa, com esforço e dedicação

conseguimos”, frisa Bernardo de Oliveira. Sobre o futuro, o

administrador da Marques, Lda não tem dúvidas, “queremos

estar aqui mais 60 anos”. No entender de Bernardo Leal de

Oliveira “o desafio de futuro é o dia de amanhã, temos que

viver um dia de cada vez. Obviamente, que essa questão

está devidamente estruturada e pensada. Pensar a muito

longo prazo é um risco que corremos de termos de ajustar

constantemente o que planeámos, devido aos vários fatores

externos que condicionam o setor. Mas o objetivo é sempre

o mesmo: manter o serviço de excelência, qualidade e

confiança que temos prestado ao longo dos últimos 60

anos”, conclui.

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52 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação | boa bica select

Sediada em Aveiro, a Boa Bica Select apresenta já uma sólida implantação no mercado de vending, contando essencialmente com a experiência acumulada ao longo de vários anos. Assente num crescimento sustentado, atingiu já um elevado nível de serviço e satisfação, conquistando o reconhecimento e a preferência dos seus clientes.

A Boa Bica Select é um dos principais operadores de vending no distrito de Aveiro,

distribuindo diariamente inúmeros produtos nas mais diferentes organizações: escritórios,

fábricas, escolas e locais públicos. Assumindo-se como uma empresa de referência pela

qualidade do seu serviço e pela postura profissional adotada pelos seus colaboradores, a Boa

Bica Select conseguiu granjear um sucesso assinalável ao longo do seu percurso empresarial.

Em entrevista à Revista Business Portugal, Álvaro Ramalho, administrador da Boa Bica

Select, revela que a empresa começou como que por “brincadeira”, através de uma série

de fatores que se conjugaram. “Começámos com algumas máquinas de vending colocadas

em determinados pontos estratégicos, a partir daí, fomos crescendo gradualmente. Neste

momento, estamos em todo o distrito de Aveiro, com máquinas de vending em inúmeras

empresas e instituições”, salienta o nosso entrevistado. A Boa Bica Select dedica-se à

comercialização, exploração e abastecimento de máquinas de venda automática, abrangendo

os serviços de máquinas de vending, office coffee, fontes de água e revenda de café. No

que concerne ao vending, a Boa Bica Select coloca ao seu dispor máquinas de venda

automática de bebidas quentes e/ou snacks, adequando sempre o tipo de equipamento às

preferências e perfil do cliente. A empresa assegura a instalação, a reposição dos produtos

tantas vezes quantas as necessárias, assistência gratuita e a máxima qualidade e frescura

dos produtos. A Boa Bica Select faz a importação direta de máquinas, alguma revenda a

pequenos operadores que estão a iniciar a sua atividade dando-lhes também um precioso

apoio técnico permanente. “No vending, cada caso é muito específico e as exigências diferem

de situação para situação. Tentar saber o que o cliente quer e satisfazer as suas necessidades

e exigências são o segredo do sucesso. Tem sido este o foco do nosso trabalho”, afirma,

evidenciando que uma relação de proximidade e um acompanhamento permanente são as

bases para a fidelização dos seus clientes. E é esta postura tão característica que permite

que a Boa Bica Select se distinga de grandes empresas a nível nacional. “O objetivo na área

do vending será sempre circunscrever a área geográfica de atuação ao distrito de Aveiro,

onde possamos garantir a proximidade e o acompanhamento permanente ao cliente”, declara

Álvaro Ramalho. Por outro lado, “um dos fatores distintivos da empresa é que tem um especial

cuidado na seleção do café utilizado importando a maior parte do café diretamente de Itália.

Ao contrário do que se poderia pensar o café para as máquinas automáticas não pode ser um

café qualquer, tem de ser um café sem impurezas, com um grão regular e uma torra natural

Um serviço com qualidade e profissionalismo onde se devem evitar os torrefatos. As origens devem ser selecionadas e as misturas bem

trabalhadas. Só desta forma podemos garantir que o consumidor toma um verdadeiro café

numa máquina de vending.”

O office coffee é outras das valências da empresa, um conceito que tem vindo a granjear

cada vez maior expressão e dimensão e no qual a Boa Bica Select em boa hora apostou

como complemento do seu core business. “Nós colocamos a máquina gratuitamente na

empresa ou em ambiente doméstico e vendemos o café em kits, com o compromisso da

assistência técnica e se a máquina avariar a colocação de uma nova. Esta é uma nova área

que decidimos abraçar, que funciona como complemento, para tirar a máxima rendibilidade

dos custos e investimentos que efetuamos”, sublinha Álvaro Ramalho, acrescentando que tem

já um parque de 500 pequenas máquinas. O administrador da empresa desvendou ainda que

a Boa Bica Select, opera atualmente em parceria com a Café com Lata que é a representante

oficial da Bonini Portugal. Esta recente empresa do grupo assume já um papel importante no

negócio do café. Além de ter já um vasto número de clientes a nível do serviço office coffe

tem alcançado resultados notórios na divulgação e venda dos produtos da marca Italiana.

A excelência dos cafés Bonini tem por base os seus preciosos grãos de café, originários

das duas principais misturas: Arábica e Robusta. Os elevados padrões de qualidade deste

café aliados ao preço competitivo atraem e fidelizam cada vez mais clientes. “A Bonini

decidiu apostar em Portugal depois de ter consolidado a sua presença em grande parte

dos supermercados da Europa, tendo tido no ano transato um crescimento na ordem dos

300 por cento. Tem a experiência de ter sido a primeira empresa a desenvolver a capsula

compatível com a Dolce Gusto e atualmente dispõe de uma linha de capsulas auto protegidas

compatíveis com a Nespresso com a garantia de oferecer aos consumidores um café italiano

de qualidade superior”.

Estratégia de futuro

De acordo com Álvaro Ramalho, o vending tem muito por onde crescer e inovar.

“As novas aplicações tecnológicas associadas a uma nova mentalidade que se vai criando

nos consumidores e a sua familiarização com os equipamentos de venda automática

vão seguramente num futuro próximo revolucionar este ramo de atividade. É necessário

acompanhar estes desenvolvimentos por perto para poder na altura certa fazer parte da

mudança. Tudo isto sem esquecer que neste negocio como em qualquer outro o capital

humano é sempre a maior riqueza de qualquer empresa. Quanto à área do office coffee a

imaginação é o limite, por isso queremos continuar a crescer e a prestar o melhor serviço

para satisfazer as necessidades e exigências dos nossos clientes”, conclui Álvaro Ramalho.

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54 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação |mokador

‘Apaixonados por café’. É desta forma que a equipa da Ânfora de Aromas se apresenta. Este projeto, com sede na cidade da Maia, nasceu em abril de 2009 e pretende levar a todos o verdadeiro aroma do café, seja no conforto da sua casa, durante uma pausa no trabalho, ou no seu restaurante preferido. Trabalhando

exclusivamente com cafés italianos, a parceria com a italiana Mokador surge há três anos e define um momento de viragem na empresa. Ou não fosse este um café ‘100 por cento extraordinário’,

SABORES E AROMAS SEM IGUAL

Filipe Moura, diretor geral da Ânfora de Aromas, está

ligado a este ramo há cerca de duas décadas. Em 2008,

sentiu ser chegada a hora de abraçar novos projetos e

juntamente com uma equipa com um vasto know-how

nesta área, ajudou a lançar a Ânfora de Aromas no mercado

português. “Iniciamos este negócio em plena época de crise

económica, pelo que desde o início temos tido uma atuação

bastante realista e focada neste mercado que, apesar de

muito específico, é pleno de oportunidades”. A Ânfora de

Aromas nasce maioritariamente direcionada para o serviço

de office coffee, procurando trabalhar com empresas com

uma dimensão mais reduzida, nomeadamente escritórios.

“Em pó, grão, cápsulas ou pastilhas, temos a capacidade de

garantir a melhor solução para cada empresa. O nosso foco

está, essencialmente, na qualidade, não só dos produtos,

mas igualmente do serviço, pelo que também garantimos

um serviço pós-venda com todas as comodidades”,

esclarece-nos o interlocutor. A relação comercial com a

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 55

mokador |inovação

italiana Mokador, uma marca prestes a celebrar 50 anos,

começa em 2012. “Desde o início que procuramos um

produto que, a nível comercial, nos pudesse dar alguma

latitude e funcionasse como um fator distintivo. Foi nesta

perspetiva que surgiu esta parceria com a Mokador, da qual

somos representantes exclusivos em Portugal”, adianta

Filipe Moura. Esta é uma empresa consolidada que vai já

na sua segunda geração, cujo capital ainda permanece nas

mãos de quem fundou a fábrica, e que começam a dar os

primeiros passos na sua internacionalização “e vê também

no mercado português um mercado de oportunidade e

que estão satisfeitos com o trabalho que temos feito.

Assim, naturalmente, a nossa parceria avançou para uma

parceria de exclusividade em Portugal, onde para além do

ramo empresarial estamos, este ano, a começar também a

apostar na hotelaria”, completa. A área da distribuição está

também na agenda, mas apenas para 2017. Este mais

recente desafio no setor Horeca tem já dado frutos, pelo que

a Ânfora de Aromas começa já a conquistar algum espaço.

“Atualmente já é possível provar o café Mokador em três

espaços de referência na zona norte. São eles a One Burguer,

em Espinho e Santa Maria da Feira e no Restaurante 1715,

em Vila Nova de Gaia”. Estão já programados mais dois

espaços, um em Vila do Conde, outro na cidade do Porto e no

segundo semestre deste ano chegará a Lisboa.

A Ânfora de Aromas está atualmente focada em cimentar a

sua posição no ramo empresarial de office coffee e também

no home coffee, essencialmente através das empresas

nacionais, onde a vasta experiência da sua equipa de sete

elementos é uma mais valia e uma garantia constante de

qualidade, não só do produto, mas também do serviço.

Mokador: 100% extraordinário

A qualidade dos produtos Mokador está presente em todos

os processos, desde a sua seleção até ao embalamento. “A

Mokador escolhe apenas as melhores plantações do mundo”,

começa por nos explicar o nosso interlocutor. A degustação

do café começa nos locais de origem, mesmo antes do

embarque, de modo a garantir um controlo de qualidade

meticuloso. Aliando o tradicional às mais recentes tecnologias

é possível alcançar uma colheita com precisão quase

absoluta dos melhores grãos, os mais adequados para um

resultado de excelência. No que concerne ao armazenamento

de cada tipologia de café cru, este é feito em separado,

com o propósito de manter intactas as suas diferentes

características, conseguindo assim, uma qualidade superior.

A transformação conta com a inestimável experiência

humana na selecção da matéria prima. “O torrador mestre,

que traz aos cafés Mokador um toque de artesão”, garante

o padrão de qualidade imposto pela marca. “A refrigeração

nas temperaturas exatas permitem salvaguardar o sabor

do café e não danificar o seu aroma. São todos estes

pequenos pormenores que tornam os cafés Mokador tão

únicos”, explica-nos Filipe Moura. Já na fase da maturação

do café, é fundamental o conhecimento dos profissionais

da marca, pois as misturas são essenciais ao equilíbrio dos

sabores e aromas “que vai trazer a suavidade, a doçura e a

cremosidade ao café”. A fase do embalamento é também

fundamental para a garantia de um café de qualidade. “O

embalamento é feito a vácuo, de modo a garantir um café

perfeito no que diz respeito à frescura, sabor e aroma”, diz-

nos o nosso interlocutor. “São todos estes passos tomados

com tamanha precisão que garantem que os cafés Mokador

sejam sinónimo inigualável de qualidade, sabor e aroma sem

igual”.

Os cafés Mokador estão disponíveis em grão, concebido

essencialmente para máquinas expresso, garantindo um

óptimo rendimento, constante e de um nível elevado. Para

escritórios e também para um ambiente mais familiar é

possível encontrar pastilhas e cápsulas, práticas, confiáveis e

versáteis. A embalagem individual garante frescura, sabor e

aroma de café recém-torrado.

Em todos os cafés Mokador, o creme é compacto e

persistente com uma estrutura regular e cor de avelã; o

aroma é delicado, com traços que vão desde o floral até

ao cacau. Finalmente, o seu gosto é refinado, harmonioso,

arredondado e encorpado. Estão, assim, reunidas, todas as

condições necessárias para um café perfeito, para um café

100 por cento extraordinário.

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56 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação |leitão e cavaleiro

Sediada em Taveiro, no distrito de Coimbra, a Leitão & Cavaleiro, Lda é uma empresa que se dedica à manutenção florestal e plantações de árvores, com 22 anos de atividade.

Paulo Cavaleiro é o rosto desta empresa e em entrevista à Revista Business Portugal, fala-nos

sobre como surgiu a ideia de criar o seu próprio negócio nesta área bem como dos serviços

que disponibiliza.

“Trabalhava numa outra empresa neste setor, quando decidi criar a minha própria empresa,

em 1994. Somos uma entidade polivalente em que fazemos tudo relacionado com a

manutenção florestal. Quando criei a empresa o meu principal objetivo era criar emprego, o

meu emprego e dar-lhe sustentabilidade”, começa por contar o empresário.

Ao longo dos anos a Leitão & Cavaleiro, Lda foi-se adaptando às necessidades dos clientes

e alargou as ofertas de serviços e capacidades, investindo muito na formação dos seus

colaboradores.

“Temos 18 pessoas no quadro. Nos últimos anos mantivemos 70 a 80 por cento dos nossos

colaboradores, inicialmente contratados a prazo. Esta é uma das nossas principais apostas: a

manutenção dos postos de trabalho.

Atualmente estamos especializados na manutenção, instalação e avaliação de povoamentos

florestais, tais como como controlo de matos, gradagens, limpeza de caminhos, desbastes,

adubações, aplicação de produtos fitofarmacêuticos (exemplo: Combate ao Gonipterus),

plantações, inventários florestais, levantamentos GPS e no combate a incêndios florestais.

O envolvimento que demonstramos e o conhecimento que temos acerca da floresta ajuda-

nos na nossa performance no combate aos incêndios, sendo uma mais-valia na ajuda

aos Bombeiros. Ao protegermos a floresta damos confiança aos proprietários a investir. O

combate aos incêndios é executado ao serviço da AFOCELCA. Temos brigadas terrestres e

helitransportadas, possuímos viaturas próprias de combate a incêndios, sendo quatro ligeiras

e duas semipesados. Todo o nosso pessoal tem formação anual para esta atividade.

É neste contexto que se insere de forma clara a empresa Leitão & Cavaleiro, sempre

aprimorando a técnica e a qualidade, garantindo ser ao mesmo tempo competitiva e

rentável, permitindo sustentar o emprego aos seus colaboradores. De salientar que cumpre

com os requisitos das grandes empresas deste setor, inclusive dos dois maiores grupos

Referência em manutenção florestal

(The Navigator Company e Altri) que têm a sua gestão florestal certificada pelos dois mais

importantes sistemas mundiais de certificação florestal (PEFC e FSC), tendo a empresa Leitão

& Cavaleiro sido, por diversas vezes, auditada nos trabalhos florestais que executa para estas

empresas, sem que nunca tenha sido apontada qualquer não conformidade, contribuindo

desta forma para evidenciar uma boa gestão florestal nas áreas destas companhias”.

No entanto, acredita que ainda há muito a fazer a nível das florestas nacionais, sendo que as

empresas de celulose têm a base da sustentabilidade desta área são quem melhor trabalha

e ensina neste domínio de atuação. Porém, admite que este é um setor onde a crise não se

sentiu devido a bons investimentos por parte destas empresas ao nível da comercialização da

pasta e do papel.

“Esperamos que o atual governo não faça a Revogação do Regime Jurídico das Arborizações

e Rearborizações (RJAAR) DL Nº96/2013, de 19 de julho. Chamo a atenção para o facto de

que quem reclama a revogação deste regulamento poderá ser responsável por causar um

enorme prejuízo para a Floresta e para a Economia Nacional, prejudicando severamente de

forma inequívoca as micro, pequenas e médias empresas que prestam os serviços florestais.

São milhares de postos de trabalho que estão em causa e o consequente abandono da

floresta.

No setor privado há poucas empresas com a nossa experiência e com os nossos recursos.

Queremos inovar e continuar a investir a nível de equipamento assim como na formação dos

nossos recursos humanos. O nosso objetivo passa por mantermos o crescimento sustentado

que temos registado nos últimos anos e continuar a apostar na qualidade dos nossos

serviços”, conclui.

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58 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação | arborlusitania

A Arborlusitania é uma empresa especializada na produção de árvores de alinhamento, que disponibiliza igualmente uma grande variedade de arbustos, aromáticas, herbáceas, palmáceas, fruteiras entre outras, sendo que todas estas plantas são produzidas acompanhando os mais altos padrões de exigência de qualidade de mercado. Quem nos revela tudo isto é Paulo Couceiro, o administrador desta empresa situada em Coimbra.

Dedicação ao setor

“O meu pai já era produtor de fruteiras” começa por referir Paulo Couceiro, sendo que o

nosso entrevistado decidiu enveredar por essa mesma área, seguindo os passos do pai,

começando por tirar um curso, voltado para o seu ramo de atividade, na Escola Superior

Agrária de Coimbra em 1992 e, a partir desse ano, decidiu dedicar-se ao setor em exclusivo

à produção de ornamentais, criando uma empresa em nome individual, que mais tarde, em

2004 se transformou na Arborlusitânia,

Fatores de distinção

A constante adaptação às solicitações do mercado e os contínuos investimentos realizados,

permitem à Arborlusitânia deter atualmente uma área total aproximada de 150 hectares. De

referir que cada hectar é equivalente a um campo de futebol. Esses 150 hectares abrangem

o terreno de plantação, o terreno de sombreamento para plantas envasadas e uma zona de

estufas aquecidas, o que faz com que esta empresa se consiga distinguir das demais por

serem os detentores do maior stock de árvores disponíveis a nível nacional para entrega

imediata.

Outro fator de distinção é a localização geográfica onde se inserem os viveiros da

Arborlusitânia, pois estão localizados junto à bacia hidrográfica do rio Ceira, que segundo

no refere Paulo Couceiro “apresenta condições edafo-climáticas excelentes e únicas para

a produção de árvores de elevada qualidade, aliadas à experiência adquirida ao longo das

últimas décadas e ao forte empenho de toda uma equipa, permitem-nos afirmar que hoje

a Arborlusitânia é já uma referência a nível nacional, nomeadamente para a maioria dos

municípios, entre os melhores centros de jardinagem nacionais e das grandes construtoras de

obras públicas e espaços verdes”, vinca.

A Arborlusitânia pratica todas as técnicas de produção existentes, tais como por germinação

da semente, por estacaria e por enxerto. “Pois se uma empresa for grande, na questão das

plantas ornamentais, tem de dominar as técnicas todas de multiplicação. Falando de árvores

de médio a grande porte, algumas funcionam muito bem por estaca, outras multiplicam-

se muito bem por semente, outras têm de ser enxertadas para atingirmos a variedade

comercial”, expõe Paulo Couceiro.

Como foi referido anteriormente, quase todos os municípios portugueses têm relações

comerciais com a Arborlusitânia, e, “conseguimos dar conta desse pormenor visto que, em

quase todas as obras realizadas por essas entidades (ou por particulares), é necessário criar

espaços verdes. A Arborlusitânia fornece todo o material à construtora que realiza essas obras

públicas ou privadas”, alude o administrador.

A larga experiência adquirida e o profissionalismo da equipa composta por 35 colaboradores

da Arborlusitânia, permite-lhes aconselhar e colocar à disposição uma vasta seleção de

espécies fundamentais ao paisagismo, como são o caso das árvores de folha caduca, das

UM SETOR COM POTEnCIAL

Paulo Couceiro Gerente

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 59

arborlusitania | inovação

árvores de folha persistente, árvores florestais, árvores aromáticas, arbustos, herbáceas, entre

outras. Importa mencionar que todas estas árvores são de produção própria.

“Nos últimos anos, devido à crise financeira que afetou todos os setores, incluindo o nosso,

procurámos diversificar ainda mais a produção, e iniciámos a produção de fruteiras, uma

vez que havia por parte dos nossos clientes das ornamentais interesse em nos adquirirem

também as fruteiras. Sendo que atualmente fornecemos já não só os clientes habituais como

também diretamente o produtor de fruta, na reconversão de pomares antigos ou de novas

produções, sendo o kiwi uma das nossas maiores produções no campo das fruteiras”.

O objetivo desta empresa ligada ao setor agrícola é o de oferecer “o melhor serviço tendo por

base a relação qualidade/preço” e o de ter “uma produção de excelência que nos permita

competir com a qualidade dos produtos provenientes de países como a Bélgica, Holanda e

Itália”, indica o nosso entrevistado.

A lenha

A produção e venda de lenha surge na Arborlusitânia, como resposta ao consumidor final que

como nos revela o administrador “tendo nós um garden de venda ao público em Coimbra,

começamo-nos a aperceber que a lenha tinha muita procura e como nós temos muita área, e

há árvores que não se vendem ou não têm a qualidade pretendida, vimos na venda da lenha,

o mercado para estas árvores de qualidade inferior”, indica Paulo Couceiro.

Uma das falhas com o qual o administrador da Arborlusitânia se deparou no início da sua

atividade foi o de só “produzir coisas que eu achava que eram bonitas e às vezes o mercado

não quer nada disso. O mercado está a apostar mais nos salgueiros, como os chorões, para

os colocarem à beira rio”, explica o nosso interlocutor.

Neste setor Paulo Couceiro, refere que “começamos na brincadeira” e hoje em dia, já fazem

inclusivamente entregas ao domicílio.

Próximos passos

Paulo Couceiro salienta que “com estas questões todas a nível político, visto haver muita

instabilidade, tanto a nível nacional como no estrangeiro, fora isso, este setor é um setor

que vai sempre andando”, e conta também que todos os setores existentes estão todos

entrelaçados “não havendo setores que vão para a frente e outros que ficam para trás” Este

administrador refere igualmente que “ainda existe muito espaço para competir”, conclui.

Page 60: Revista Business Portugal | Abril '16

60 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação| capp

Com mais de 60 anos de história, o Centro de Assistência Paroquial de Pampilhosa (CAPP) obteve recentemente o Certificado Europeu de Qualidade, em todas a suas respostas sociais. Damos a conhecer uma IPSS, criada por iniciativa da Fábrica da Igreja e ereta canonicamente por decreto do Ordinário Diocesano de Coimbra, onde a qualidade dos serviços prestados procura estar em perfeita harmonia com o bem-estar dos utentes.

Os primeiros passos do CAPP foram dados, no ano de 1954, quando o Padre Torres, um

homem com uma “visão social avançada para a época, considerou que a Igreja tinha

um papel importante a desempenhar no apoio a uma população onde existiam imensas

carências. Neste âmbito, foi criada a primeira infraestrutura para apoiar a comunidade, ao

nível da saúde e das carências alimentares”, relata António Marques, vice-presidente da

Instituição. Anos mais tarde, o Padre Rolando Simões deu início a uma nova fase na vida

do CAPP através do apoio à infância. “Depois, em 1978, abrimos um pré-fabricado com

infantário e creche para 100 crianças. Nessa altura, descobrimos também que tínhamos uma

população idosa um pouco abandonada que necessitava de apoio, os filhos tiveram de ir para

outras zonas trabalhar, começámos com um pequeno centro de dia, depois nos anos 90,

avançámos com a construção do edifício atual, que está agora a precisar de ser remodelado”,

revela António Marques. Atualmente, o CAPP presta serviços a mais de 200 pessoas, entre

crianças e idosos. O centro está divido em dois edifícios, o infantário, tendo o atual edifício

sido inaugurado em 2001 e o Centro de Idosos, concluído no ano de 1995. No que diz

respeito à terceira idade, a Instituição apoia 30 utentes em Centro de Dia e 25 em Serviço

de Apoio Domiciliário contando ainda com 20 residentes na sua Estrutura Residencial para

Pessoas Idosas (ERPI). Nos serviços prestados aos mais jovens, a resposta de creche tem 45

crianças, o pré-escolar 43 e o ATL 60. Considerada, em termos de estrutura, uma Instituição

de média dimensão, é responsável por 50 postos de trabalho, ocupando a posição de maior

InSTITUIçãO CERTIfICADA InTERnACIOnALMEnTE

empregador da Pampilhosa, no setor do serviço social.

Certificação europeia de qualidade - EQUASS

A aposta na qualidade e excelência dos serviços prestados, valeram ao CAPP a Certificação

Internacional de Qualidade do EQUASS – European Quality in Social Services. O caminho para

alcançar tal distinção foi longo e teve início ainda durante o mandato da “direção anterior”,

relembra, o vice-presidente. Quando a atual equipa que gere a Instituição tomou posse,

decidiram seguir este rumo e concluir todo o processo. “A nossa preocupação foi sobretudo

impulsionar a melhoria da prestação do serviço, com foco no apoio prestado aos utentes

da Instituição, orientando-nos por práticas e processos internacionalmente reconhecidos.

Fomos impulsionados pelo próprio modelo, a implementar um conjunto de procedimentos

focados também nos colaboradores, no âmbito da formação, seleção e recrutamento,

definição de competências, avaliação de desempenho, e política de reconhecimento. Tudo

isto originou uma transformação interna, onde o intuito era corresponder às boas práticas

internacionais e aos critérios e requisitos do modelo de certificação EQUASS que é sustentado

em princípios nos quais a Instituição se revê, como a Ética, os Direitos e a Orientação para

o Cliente”, explica Alexandre Rebelo, elemento da direção. Questionados sobre o que levou

a este sucesso, os interlocutores fazem questão de sublinhar que nada disto seria possível

Pedro Pereira, António Marques, Alexandre Rebelo, Sutero Seabra e Natércia Ferreira Secretário Geral, Vice-Presidente, Secretário, Vogal e Tesoureira

EQUASS Assurance has been awarded to

Centro de Assistência Paroquial de Pampilhosa C.A.P.P.Portugal

for the period from 15th of February 2016 to 15th of February 2018

In recognition of its proven

Quality Assurance

in the provision of social services.

for the following services/departments:

Estrutura Residencial Para Pessoas IdosasServiço de Apoio Domiciliário

Centro de DiaCreche

Estabelecimento de Educação Pré-EscolarCentro de Atividades de Tempos Livres

Mr. Jean-Paul EssersChairman of the EQUASS Awarding Committee

Page 61: Revista Business Portugal | Abril '16

REVISTA BUSINESS PORTUGAL 61

capp | inovação“sem a dedicação e envolvimento dos colaboradores, que corresponderam exemplarmente

aos padrões de qualidade exigidos”, enaltece Alexandre Rebelo. A certificação exigiu ainda

a implementação de novas metodologias de trabalho,“reestruturámos as dinâmicas da

organização, procurando colocar as pessoas certas nos locais certos, através dos próprios

recursos internos. Para cumprir com os requisitos exigidos recorremos também a novos

colaboradores, que vieram ocupar posições determinantes, numa estratégia que passou

por uma mudança completa de paradigma do ponto de vista da gestão”, esclarece o atual

elemento da direção, salientando que, “com a implementação do sistema de qualidade

começámos por definir as nossas políticas internas, os nossos processos, procedimentos e

práticas, até alcançarmos indicadores capazes de responder afirmativamente aos requisitos

do modelo. Agora, é tempo de colher alguns frutos, mas também de perceber que este

processo não acaba aqui, sendo imperioso continuar a investir na consolidação do trabalho

realizado. Quando uma Instituição obtém um reconhecimento europeu de qualidade, sendo

atualmente caso único no concelho, isso é claramente uma mais-valia, mas também uma

enorme responsabilidade”, salienta ainda Alexandre Rebelo.

Futuro promissor

No que diz respeito a futuros projetos, a direção do CAPP destaca que a curto prazo o

objetivo é efetivar o aumento da capacidade de resposta do lar residencial “de 20 para 32

utentes residentes, encontrando-nos apenas a aguardar a abertura de candidaturas do novo

quadro comunitário, que teimam em não aparecer, para este tipo de projetos”, realça António

Marques, vice-presidente do CAPP. Alexandre Rebelo refere que “é imperioso avançar com o

projeto não só do ponto de vista estratégico, mas acima de tudo, porque é uma necessidade

premente da população. Neste momento, a capacidade de resposta em Lar encontra-se

esgotada”. Finalizando, os entrevistados fizeram questão de frisar a capital importância dos

colaboradores no evoluir da Instituição, demonstrando que “toda esta transformação e algum

sucesso que vamos tendo deve-se em muito ao esforço e dedicação dos colaboradores.

Agradecemos também aos utentes e seus familiares que em nós depositam a sua confiança,é

por eles que o CAPP existe e é para eles que trabalhamos, sempre nesta perspetiva de

melhorar continuamente”, enaltecem os entrevistados.

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62 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação | casa pinheiro

A Casa Pinheiro conta com quase quatro décadas de história, assumindo-se hoje como uma verdadeira referência no mercado. Vocacionada para a importação e exportação, comercialização e distribuição de produtos de higiene profissional, a Casa Pinheiro é constituída por uma equipa jovem e dinâmica, orientada para a máxima satisfação das necessidades dos seus clientes.

Na vanguarda da Higiene desde 1977

O crescimento sustentado tem sido uma premissa constante na história da

Casa Pinheiro, facto agora consubstanciado com a recente atribuição do

prémio PME Excelência, uma distinção que representa o reconhecimento do

trabalho desenvolvido e das suas soluções de qualidade e excelência. Para

perceber melhor a dinâmica que gravita em volta da Casa Pinheiro, fomos às

suas instalações em Matosinhos, ao encontro de Helena Rodrigues e Miguel

Pinheiro, os dois timoneiros por detrás de um navio cujas redes se estendem

geograficamente a clientes de norte a sul do país, sem esquecer os Açores e

Madeira, mas cada vez mais à Europa e aos PALOP.

Em entrevista à Revista Business Portugal Helena Rodrigues começou por

explicar que esta história de sucesso empresarial começou ainda, nas

instalações em Serpa Pinto, em pleno coração do Porto. Foram apenas

necessários três meses para Helena Rodrigues perceber que tinha em mãos um negócio com grande

potencial de crescimento. Com grande espírito empreendedor, trabalho e uma ambição de chegar mais além,

a empresária conseguiu construir alicerces para os desafios que a Casa Pinheiro haveria de encontrar no seu

percurso, permitindo assim a sua consolidação.

Em 2000, a Casa Pinheiro mudou de paradigma e dos produtos de higiene pessoal domésticos, passou a

comercializar produtos de higiene profissional, esta acabou por ser uma grande alavanca para o crescimento e

desenvolvimento da empresa.

A entrada de Miguel Pinheiro para o negócio da família permitiu uma nova visão sobre as estratégias a seguir,

como nos revela Helena Rodrigues. “O meu filho, que me acompanha nesta aventura diária, sempre andou

por aqui desde criança, com nove ou 10 anos e, desde logo, revelou uma enorme capacidade em função

dos interesses de todos os nossos clientes, por isso, não é de estranhar que tenha um papel fundamental na

continuidade do espírito que esteve na base da criação da Casa Pinheiro”.

Mas, qual será afinal o segredo para a longevidade patente no aumento sustentado do volume de vendas de

uma empresa referência em áreas tão competitivas quanto agressivas como a higiene e a limpeza a nível

profissional e industrial?

Helena Pinheiro entende que o cliente é o grande foco da empresa, por isso mesmo um dos segredos é

saber ouvir o cliente e procurar a solução profissional capaz de responder às suas necessidades específicas.

“Abrangemos um espectro de clientes diversificados, do consumidor final a revendedores, de instituições

públicas e particulares de enorme prestígio a nível nacional a empresas estrangeiras europeias e de

economias emergentes”, salienta, acrescentando que face a esse desafio todos na Casa Pinheiro procuram

constantemente providenciar respostas à medida em tempo útil.

Miguel Pinheiro destaca ainda o domínio técnico dos produtos e suas funcionalidades, aliados a uma

experiência e um vasto conhecimento do mercado, que permite a fidelização dos seus clientes, sendo este um

dos principais desideratos da empresa.

Para Helena Rodrigues, o preço constitui também um fator fundamental, mas sempre aliado ao valor

acrescentado que o atendimento personalizado e o acompanhamento permanente constituem. Por outro

lado, a qualidade é o sustentáculo do negócio, por isso mesmo a Casa Pinheiro criou a sua própria marca

no segmento da gama de papel, a Paper7 e detergentes a Quimi7. A empresária dá ainda conta do caso

dos equipamentos Hi-Set, uma vasta seleção de grande qualidade, “apenas possível graças à experiência e

know-how, para poder escolher os melhores fabricantes nacionais e internacionais”, revela, salientando que

entre todos os fatores distintivos da empresa há um que destaca, “o espírito de equipa que genuinamente

nos caracteriza. Para atingir as nossas metas, é preciso apenas que cada um de nós demonstre empenho,

dedicação e profissionalismo, para que possamos fidelizar os nossos clientes e conquistar novos. O balanço é

francamente positivo”.

Os dois administradores deram também a conhecer uma aposta no marketing que tem marcado o ritmo da

evolução desta empresa orgulhosamente portuguesa. A Casa Pinheiro, não só tem investido bastante, nos

últimos tempos, numa estratégia de diversificação de públicos-alvo, comunicação de meios e especialização

de produtos, cuja fase mais visível será porventura o seu website, dotado de todas as possibilidades ao nível

de e-commerce, que funciona como uma plataforma de apresentação de produtos, mas também como um

meio de comunicação bi-direcional.

Mas esta capacidade não esgota por aqui: “estamos apetrechados com todas as ferramentas tecnológicas

para a organização e prossecução das todas as tarefas. Em simultâneo, temos apostado, cada vez mais, na

segmentação dos nossos públicos-alvo, que são potencialmente infinitos. No fim, apesar de todos os meios,

importam os fundamentos e esses temo-los bem presentes, por isso somos extremamente rigorosos na sua

execução”, esclarece Miguel Pinheiro.

A finalizar, Helena Rodrigues e Miguel Pinheiro mostram-se optimistas quanto ao futuro da Casa Pinheiro,

querendo dar continuidade a um percurso cuidado, construído com muita dedicação, empenho e trabalho.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 63

lac | inovação

A Loja de Apoio ao Contribuinte é composta por uma equipa dinâmica que privilegia o atendimento personalizado, a eficiência e transparência no contacto com os seus clientes, são no fundo estes vectores que definem a política desta organização, com vista a prestar serviços de qualidade e excelência.

Credibilidade e competência

Sediada em Caldas das Taipas, a Loja de Apoio ao Contribuinte é um espaço

dedicado ao cidadão que engloba uma panóplia de serviços que se estendem

desde a administração e gestão de condomínios, contabilidade e seguros até

aos serviços de limpeza. Em entrevista à Revista Business Portugal, Jorge

Cravo, administrador, revela a génese deste projeto empresarial, dando a

conhecer as suas potencialidades e os objetivos que acalenta para o futuro.

Com um percurso profissional marcado sempre pelo afinco ao trabalho e pela

ambição de poder chegar mais além, Jorge Cravo é um verdadeiro exemplo

de um empreendedor, que nunca virou a cara às adversidades. Com uma

experiência profissional ligada à área da ourivesaria, Jorge Cravo sempre

teve o ‘bichinho’ da área comercial, por isso quando passou por momentos

mais difíceis acabou por se dedicar à venda de seguros e, mais tarde,

abraçou a atividade de administração e gestão de condomínios, um pouco

por ‘brincadeira’, como o próprio costuma dizer, no entanto a força de vencer

levou-o a fazer nascer a Unspotted. Como nos disse, tem orgulho de ter

crescido a pulso, com a força do seu trabalho e da sua esposa, Maria Belém,

que por sua vez, é o rosto da gestão da empresa de serviços de limpeza,

Asterisks & Smiles, vocacionada para serviços pós-obra, oficinas automóveis,

condomínios, escritórios e lojas. Os serviços de contabilidade e seguros são

titulados pela empresa Calculus Provider - Contabilidade e Seguros, que tem

como responsável, Daniel Sousa técnico oficial de contas, e Susana Cravo

no apoio administrativo. As três áreas de atividade estão à disposição dos

cidadãos no nº 5 da Rua Banda de Música, nas Caldas das Taipas, num espaço que Jorge Cravo denomina

Loja de Apoio ao Contribuinte.

Atendimento personalizado, acompanhamento permanente, honestidade, eficiência e qualidade são os

valores basilares que sustentam o sucesso deste projeto empresarial que conta com a dinâmica de sete

colaboradores muito unidos e que se identificam plenamente com esta cultura empresarial. “Acima de tudo, o

sucesso deste espaço assenta no trabalho de equipa”.

Administração de condomínios

Jorge Cravo tem uma visão muito peculiar sobre esta área de atividade que, segundo o próprio, desempenha

“com a máxima transparência”, a fim de permitir a fidelização dos seus clientes. Com a gestão de mais 20

prédios, a Unspotted tem deixado a sua marca no mercado pela sua forma de estar e lidar com todos os

problemas inerentes a uma propriedade horizontal e ao seu condomínio. “Tenho a preocupação em perceber

e estar atento a todas as situações que envolvem a administração de condomínios para poder dar a melhor

resposta possível aos nossos clientes”, advoga o administrador, dando como exemplo contrato efetuado com

uma empresa de elevadores com a oferta da manutenção durante 18 meses.

No âmbito da gestão e administração de condomínios, Jorge Cravo lamenta a falta de regulamentação

existente, que por sua vez permite que muitas pessoas possam desempenhar estas funções sem cumprir

comas suas responsabilidades tributárias, constituindo desta forma concorrência desleal para com as

empresas cumpridoras. “A regulamentação do setor iria permitir uma maior valorização e afirmação das

empresas que trabalham de forma correta e honesta”, salienta o administrador, acrescentando que com a

regulamentação, o próprio Estado iria beneficiar, dado que iria arrecadar mais impostos e controlar mais

rigorosamente os movimentos das empresas.

Estratégia de futuro

Com os olhos postos no futuro, Jorge Cravo revela o seu objetivo de abrir quatro filiais, nomeadamente, na

Trofa, Póvoa de Varzim, Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira. “A minha ideia é que as filiais englobem

exactamente todos os serviços que estão aqui centralizados na Loja de Apoio ao Contribuinte”, sublinha,

acrescentando que a abertura da primeira filial será provavelmente na Trofa.

LACLOJA DE APOIO AO CONTRIBUINTE

Equipa Loja de Apoio ao Contribuinte

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64 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação | asc

O sucesso da ASC – Comércio de Produtos de Higiene, Lda. deve-se às parcerias comerciais com as marcas mais prestigiadas e de maior confiança no mercado da higiene profissional. Especializada no fornecimento, aconselhamento e venda de soluções integradas de higienização profissional, a ASC privilegia a relação com os seus clientes, criando verdadeiros laços comerciais.

Certificação e consolidação no mercado de higienização profissional

Sediada em Guimarães, a ASC – Comércio de Produtos de Higiene, Lda. iniciou a sua atividade em 1990,

resultado da experiência acumulada do seu fundador e gerente, Arménio Salgado Costa. O Core Business

da empresa é a comercialização de soluções globais de limpeza e higienização profissional, atendendo às

necessidades e expectativas de cada cliente. Arménio Costa, gerente da ASC, acrescenta “Não nos limitamos

a comercializar produtos, apresentamos soluções, tornando os nossos clientes verdadeiros parceiros

comerciais. Criamos relações comerciais sólidas, profissionais e de confiança, colmatando as necessidades

dos clientes com produtos de qualidade”. O portfólio de clientes concentra-se principalmente no setor

hoteleiro, transportes, lavandarias, aeroportos, empresas de Facility Services e serviços públicos, tais como,

hospitais, escolas, lares, municípios e juntas de freguesia. A ASC oferece uma diversidade de produtos que

incluem uma completa gama de soluções, nomeadamente detergentes, desinfetantes, produtos de lavandaria,

higiene pessoal, consumíveis, acessórios de limpeza, entre outros.

Empresa Certificada

Com vários anos de experiência no mercado, é hoje considerada uma das mais reconhecidas empresas

distribuidoras no segmento. É certificada na “comercialização, montagem e assistência de produtos de higiene

e limpeza” segundo a NP EN ISO 9001:2008 pela Associação Portuguesa de Certificação (APCER) e pelo

IQNet.

Grande parte do sucesso da empresa deve-se às parcerias comerciais com as marcas mais sólidas e de maior

notoriedade no mercado. Em 2013, a ASC associa-se à Glow Professional, marca reconhecida e valorizada

no setor dos produtos químicos de limpeza, destinados ao ramo profissional. Desenvolvida para colmatar a

necessidade de crescimento na área dos químicos, “a Glow Professional apresenta-se como uma alternativa

às marcas consagradas na medida em que alia o fator qualidade a um preço competitivo, abrangendo as

necessidades de vários setores de atividade”, salienta Arménio Costa.

Nos últimos anos, fruto do crescimento do volume de negócios, a ASC abriu duas filiais, no centro e sul do

país. Assim, atualmente, a empresa dispõe de 3 unidades logísticas (Guimarães, Sintra e Olhão) com stock

permanente, tornando o processo de entrega mais prático e célere.

A empresa tem cerca de 30 colaboradores, diretos e indiretos, e considera que a formação é de

primordial importância, na medida em que é através dela que consegue disponibilizar aos seus clientes

acompanhamento e apoio técnico permanente e personalizado. “No âmbito da Implementação do Sistema

de Gestão da Qualidade, os nossos colaboradores, em especial os técnicos de assistência e os comerciais,

recebem formações sobre várias temáticas relacionadas com o nosso âmbito de atuação. Desse modo, os

nossos comerciais estão preparados para no terreno aconselharem a solução mais adequada para cada tipo

de utilização”, realça Arménio Costa.

A certificação da ASC é uma mais-valia para o posicionamento da empresa no mercado, uma vez que a

notoriedade e o reconhecimento internacional do Sistema de Gestão da Qualidade de acordo com a norma

ISO 9001 prestigia a imagem de qualquer empresa. E, Arménio Costa acrescenta que “Trabalhamos com

qualidade há muitos anos e a certificação só veio atestar essa qualidade”.

Usufruindo de uma vasta experiência e know-how, a ASC distingue-se das restantes empresas do setor pela

diversidade e qualidade dos produtos comercializados e pelo atendimento personalizado. “O reflexo disso é o

eco que temos dos utilizadores dos espaços onde os nossos produtos e equipamentos estão implementados.

Existe um agradável bem-estar, eficiência e rentabilidade” refere Arménio Costa.

Em relação ao futuro, a gerência salienta a pretensão de continuar o caminho que a empresa tem vindo

a percorrer ao longo dos anos, pretendendo continuar a ser considerada uma empresa de referência no

segmento, mantendo a aposta na qualidade e na certificação dos nossos produtos e serviços. O fundador

da empresa evidencia também a pretensão em fortalecer e expandir o negócio, prosseguindo com espírito

inovador tendo como propósito principal a confiança e a satisfação dos seus clientes.

Telefone: +351 253 479 820 - [email protected] - www.aschigiene.pt

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 65

personnalité | inovação

Estreou-se no ramo imobiliário mas, hoje, Personnalité é também sinónimo de Facility Services, numa iniciativa de sucesso que traduz a visão singular de José Carlos Costa.

Empreendedorismo, arrojo e honestidade

Atualmente com sede no coração da cidade de Guimarães, a Personnalité é

uma agência imobiliária que assume um percurso peculiar, em comparação

com outros nomes deste setor. Afinal, este foi um projeto que nasceu

originalmente para funcionar enquanto escritório de negócios, focado em

auxiliar particulares ou investidores na concretização de projetos, bem como

na compra de aparamentos, moradias ou outros imóveis.

A visão do empresário José Carlos Costa, no entanto, cedo contribuiu para

que a características como a transparência no contacto para com os clientes

(que se propagam de norte a sul do país), a discrição, a seriedade ou a

confiança, a Personnalité fosse um nome também associado a uma rara

capacidade de adaptação ao mercado.

A certa altura, “o mercado imobiliário teve uma grande quebra”, recorda

este porta-voz que não se conformou perante os novos condicionalismos

que se impunham no mercado. Pelo contrário, e atendendo ao contacto

anterior que já tinha estabelecimento com a área das limpezas, José Carlos

Costa inaugura – num contexto de plena crise – a Pesonnalité Area Clean.

“O mercado tinha caído bastante, mas eu gostava de estar ativo”, recorda

o empresário, quando questionado sobre os motivos que o levaram ao

desenvolvimento deste projeto paralelo.

Fazendo jus ao seu nome, a Personnalité Area Clean é uma empresa inserida

no ramo dos Facility Services, que providencia serviços de limpeza geral,

tendo em clientes como os condomínios, estabelecimentos comercias e

até indústrias uma grande fatia do seu público-alvo. Claro está que, em

concomitância com o ADN que define a imobiliária com a qual partilha o

nome, também na Personnalité Area Clean a honestidade, a seriedade ou

o rigor se afirmam como valores-chave que pautam a atuação e o know-

how dos seus 12 colaboradores. Pese embora o facto de estar sediada

em Guimarães, os serviços desta companhia estendem-se já a diversos

concelhos do norte de Portugal, nomeadamente Porto, Braga, Fafe, Vila Nova

de Famalicão ou Póvoa de Varzim.

A visão empresarial de José Carlos Costa não se circunscreve, todavia,

ao facto de ter desenvolvido uma empresa paralela no momento em que

o mercado imobiliário mais apertava, evidenciando-se, pelo contrário, no

modo como ambas se complementam na tentativa de prestar o melhor

serviço possível ao cliente. “Uma empresa de limpezas é muito útil ao ramo

imobiliário porque quando vendemos ou arrendamos algo, as pessoas

querem sempre que espaço seja limpo antes ou depois da entrega”, explica o

empresário.

Se valores como o crescimento sustentável ou a estabilidade correspondem

a pedras basilares que sempre definiram o carácter e o posicionamento da

Personnalité Imobiliária, bem como a Personnalité Area Clean, José Carlos

Costa assegura que esses mesmos atributos não vão mudar. Assim sendo,

as principais ambições para o futuro passam pela continuação da exploração

do mercado imobiliário, nomeadamente com a entrada na área do turismo,

através, por exemplo, do arrendamento em unidades hoteleiras e “tudo o que

faz parte da componente turística”. Mas, paralelamente a isso, existe o desejo

de que esta permaneça “uma empresa de referência e de confiança”, ou seja,

com Personnalité.

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66 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação| euromel

No fim do século XIX, Jorge de Almeida Lima adquiriu as suas primeiras colmeias, começando a sua exploração na Quinta do Lameiro, em São Domingos de Benfica, Lisboa. Em 1974, os seus trinetos iniciam-se na atividade apícola, assumindo a recuperação das velhas colmeias. Esta foi a génese da Euromel, primeiro, na Quinta do Lameiro e, a partir de 1979, na Serra da Malcata, ficando a empresa sedeada em Penamacor.

As últimas três décadas da Euromel foram de um exercício

assinalável, pela coerência na prossecução dos objetivos,

pela consistência da gestão e pela validade da estratégia

definida para a empresa. É com grande satisfação que

Frederico Horgan, responsável da Euromel, apresenta os

excelentes resultados da empresa, assumindo-se preparado

para aceitar desafios que possam projetar a empresa e

fortalecer o seu histórico. A escolha da Serra da Malcata,

uma reserva natural com 21 mil hectares, para a produção

do mel Serramel, deveu-se ao seu isolamento e riqueza em

Sabores com qualidade e excelênciaflores silvestres - urzes e rosmaninho - das quais as abelhas

extraem méis de grande qualidade.

Em 2004, nasce o projeto de produção de doces Beirabaga,

produtos confecionados de uma forma tradicional, com

fruta portuguesa da melhor qualidade. O desenvolvimento

das receitas foi liderado pela chef doceira Rita Horgan e a

imagem gráfica teve a assinatura da designer Teresa Horgan.

A qualidade como opção estratégica para o desenvolvimento

da empresa tem permitido a conquista de diversos prémios,

distinções e medalhas nos mais variados concursos, a nível

nacional e internacional, quer nos méis, quer nos doces

tradicionais. “Recentemente, a Euromel foi premiada, em

Inglaterra, com uma Medalha de Ouro, reconhecendo a

qualidade do nosso Doce de Laranja Beirabaga”, revela o

nosso entrevistado, destacando que as distinções granjeadas

são uma forma de reconhecimento do trabalho desenvolvido

e da busca incessante pela excelência. Fruto da sua cultura

empresarial assente em padrões de qualidade, a Euromel

está fortemente implantada no mercado nacional, marcando

ainda presença a nível internacional nos Estados Unidos

da América, Canadá, Japão, China, Angola e em muitos

países europeus, com destaque para a Alemanha, França

e Reino Unido. “Assumimos o desiderato de atingir outros

pontos do globo, por isso mesmo costumamos participar,

anualmente, no SISAB e em outras atividades em Portugal e

no estrangeiro. Este tipo de eventos são uma montra para o

mercado global”, sublinha.

Em entrevista à Revista Business Portugal, Frederico Horgan

falou ainda das características dos produtos com a assinatura

da empresa e com a marca Serramel. “Nós produzimos o

Mel de Rosmaninho Serramel, um mel claro e de sabor suave

e aromático, sendo este o produto mais exportado”. O Mel

de Queiró da Serra da Malcata, que se caracteriza por ser

escuro e ter um sabor forte e peculiar, é outra das variedades

produzidas, bem como o Mel de Carvalho, uma variedade

pouco divulgada, mas que já foi premiado com uma Medalha

de Prata. Trata-se de um mel muito escuro, viscoso e com

um sabor não tão forte como o da urze.

A Euromel embala e comercializa outros méis de Portugal

como o Mel de Eucalipto, com cor âmbar e um sabor

característico, bem como o Mel de Flores de Laranjeira,

muito claro e com um sabor peculiar, com notas ácidas. O

Mel Cremoso de Flores de Laranjeira é outra das variedades

produzidas. “Este mel cremoso é sujeito, a temperaturas

controladas, que provocam uma cristalização rápida e

muito fina, assumindo a consistência ideal para barrar”,

esclarece. “A Euromel trabalha com mil colmeias. Também

adquirimos mel português a apicultores praticamente do

país todo, nomeadamente méis que não são produzidos na

nossa região, como o mel de laranjeira do Algarve e o mel

de eucalipto da Beira Litoral”, adianta Frederico Horgan,

salientando que o mel adquirido assenta em padrões de

máxima qualidade.

Frederico Horgan refere ainda que a empresa criou alguns

produtos originais como as Granolas com Mel, o Mel com

Avelã e Framboesa e o Mel com Frutos Secos, bem como

produtos dietéticos, dos quais fazem parte o Mel com

Própolis, o Mel com Geleia Real, o Pólen granulado de Flores

da Serra da Malcata e o Mel com pólen da Serra da Malcata.

A Euromel tem ainda uma linha de doces tradicionais com a

marca Beirabaga. São cerca de 20 referências, sendo que

todos os produtos são elaborados apenas com ingredientes

naturais e os doces têm sabores tão diferentes como

framboesa, mirtilo, laranja, medronho, maçã e castanha,

abóbora com amêndoa, tomate verde, chila, entre outros.

A última novidade é o Lemon Curd, produto que obteve em

França a preferência do chef parisiense e criador da “La

Maison du Chocolat”, Gilles Marchal.

Objetivos de futuro

Com os olhos postos no futuro, Frederico Horgan revela

que a Euromel vai investir na ampliação da unidade fabril,

com o intuito de fazer crescer a preponderância de alguns

dos produtos novos que estão a granjear um bom feedback

junto do mercado. Para além disso, os objetivos passam por

desenvolver mercados com potencial no estrangeiro.

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 67

penazeites | inovação

A Penazeites foi criada com o objetivo produzir e promover o azeite da região da Beira Baixa, reforçando a qualidade de um produto tradicionalmente português. Atuando em parceria com os olivicultores da região para a obtenção da melhor matéria-prima, e possuindo lagar e linha de embalamento próprios, controla todas as fases do processo produtivo e a qualidade do produto final.

Em entrevista à Revista Business Portugal, Eduardo Leal,

diretor da Penazeites, deu a conhecer um pouco mais sobre

a história desta empresa de referência, cuja excelência

conquistou o mercado nacional e internacional. Produzir

e comercializar o melhor azeite da Beira Baixa, fazendo

uso dos recursos locais de forma sustentada, e apostar na

sua promoção global são os pilares da missão assumida

pela Penazeites. Na unidade industrial desta são apenas

produzidos azeites virgens ou virgens extra, na sequência

da extração do azeite da azeitona única e exclusivamente

através de processos mecânicos. O processo decorre

habitualmente nos meses de novembro e dezembro, podendo

prolongar-se até janeiro. De acordo com Eduardo Leal, a

empresa atua em parceria com os olivicultores da região, Já

que Penamacor tem grande tradição na olivicultura, embora,

segundo o próprio, não tenha acompanhado a modernização

que se verificou noutras zonas do país, nomeadamente

no Alentejo e Ribatejo. “Os olivais são maioritariamente

tradicionais e extensivos com poucas árvores por hectare.

Predomina a variedade galega, a que se juntam outras

variedades, algumas da região, outras importadas de outras

zonas. Cerca de 80 por cento da azeitona que chega ao lagar

Azeites com identidade

é da variedade galega, o que confere um carácter específico

ao azeite da Beira Baixa, que o distingue das outras zonas do

nosso país”, adianta.

O processo começa com a receção da azeitona, e através de

um processo automatizado, esta é limpa, lavada e pesada.

O passo seguinte é a escolha de uma amostra de azeitona

para fazer uma primeira análise para tentar determinar qual

a produção e uma seleção consoante o estado de maturação

e a variedade. “O que determina esta seleção é o facto de

conhecermos bem o mercado no qual operamos”, salienta o

nosso entrevistado, acrescentando que uma empresa com

a dimensão da Penazeites, com esta localização, não pode

cair na armadilha de pensar que atua apenas localmente.

“Nós atuamos localmente, no que toca à produção, se

não atuamos mais é porque de facto existe um défice de

modernização na olivicultura e há escassez de matéria-

prima, mas em termos comerciais pensamos globalmente.

Queremos concorrer com todos os operadores do mercado e

disputar quota de mercado, não só no mercado nacional, mas

também nos mercados externos”, sublinha o gestor.

No que toca ao azeite, quando comparamos o mercado

regional com os centros urbanos, percebemos que na Beira

Baixa, nomeadamente, em Penamacor, há uma tradição de

produção de azeite e ainda existem muitos lagares, assim

sendo o perfil do consumidor de azeite é substancialmente

diferente do que é comumente apreciado como azeite de

alta qualidade. “Se produzíssemos azeite apenas para a

região seria com um determinado perfil adequado ao gosto

destes consumidores, tendo que operar no mercado global,

importa criar uma identidade, ou seja, um perfil de azeite

coerente ao longo do tempo, que permita a sua identificação,

reconhecimento e fidelização por parte do consumidor, tanto

mais quando comercializamos um azeite com marca própria”,

revela salientando que o desiderato da Penazeites é potenciar

as suas vendas e, simultaneamente, divulgar a região como

produtora de azeite. E para contrariar o fenómeno de perda

de relevância no sector desta região, Eduardo Leal entende

ser indispensável reabilitar os olivais existentes e tentar

algum tipo de emparcelamento ou de associativismo de

produtores, visando a reabilitação dos olivais a mecanização,

deixando de olhar para olivicultura como uma atividade de

subsistência, mas sim como uma fonte de rendimento.

Há cinco anos na Penazeites, Eduardo Leal considera ser

importante apostar na formação e captação de jovens para

esta atividade, para contrariar a sua ‘fuga’ para os centros

urbanos, uma vez que esta é uma atividade com mercado,

isto porque o consumo de azeite tem vindo a crescer a nível

nacional e internacional, com um ritmo de crescimento

superior à oferta.

Qualidade e notoriedade

A Penazeites tem duas marcas ativas, Grão Mestre, com

mais notoriedade e representatividade no mercado nacional

e internacional, cuja denominação se assume como um

tributo a Gualdim Pais. A segunda marca denomina-se Pérola

da Beira e tem uma conotação muito regional. “Com esta

estratégia de ter duas marcas no mercado tentamos ter uma

oferta que vá ao encontro de dois segmentos de mercado,

ou seja, quem procura qualidade e quem procura preço”,

advoga.

A Penazeites dedica-se à produção e comercialização de

azeite nos mercados nacional e internacional com marcas

próprias, contudo nos últimos anos, alargou a sua oferta

com produtos derivados e complementares ao azeite.

“Começámos por juntar ao nosso catálogo o vinagre, um

produto complementar do azeite no canal da restauração”,

afirma Eduardo Leal, desvendando que há dois anos, na

marca Grão Mestre, a empresa introduziu no mercado uma

gama de azeites aromatizados com 14 aromas distintos,

dentro dos quais, alguns bastante originais e inovadores

como por exemplo o azeite aromatizado com chocolate,

baunilha ou café. A Penazeites disponibiliza ainda uma gama

de pastas de azeitona, cogumelos, tomate e pimentos. E

este ano pretende reintroduzir a azeitona de conserva, não

excluindo a possibilidade de continuar a alargar a oferta do

seu catálogo com outros produtos complementares que lhe

permita potenciar os seus canais de distribuição.

A Penazeites opera em força no mercado nacional e marca

presença igualmente no mercado externo, em países como

o Brasil, Holanda, Suíça, França, Moçambique e Angola, no

entanto o desiderato é entrar nos mercados do Reino Unido e

do norte da Europa.

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Leal

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68 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

inovação | nutriprado

Em Portugal Continental, constatou-se durante os últimos anos uma importante mudança no mundo agrícola, onde as longas e largas áreas de cereal mais ou menos intensivo, passaram a dar lugar a grandes áreas de pastagem.

fATORES DETERMInAnTES nUMA PASTAGEM

Este aumento da área em pastagens, quando analisado, revela que na sua grande maioria,

são pastagens naturais ou espontâneas mas, de fraca produtividade, baixa qualidade e com

composições florísticas muito prejudicadas, condicionantes derivadas da ocupação cultural por

cereais. Na NUTRIPRADO acreditamos que, num mundo cada vez mais exigente, especializado

e competitivo, revela-se fundamental, a aposta em pastagens melhoradas que permitam por

isso aumentar a produção de matéria seca por hectare; bem como melhorar a sua qualidade

(energia, proteína e digestibilidade), melhorando assim a rentabilidade por hectare.

Existem alguns fatores base, de consideração fundamental para a instalação de uma

pastagem melhorada:

- Precipitação;

- Solo;

- Temperatura;

- Sementeira;

- Maneio.

Precipitação

Em relação ao regime hídrico, as pastagens podem ser consideradas como:

- Pastagens de Sequeiro – 400 a 600 mm de precipitação/ano;

- Pastagens de Regadio – 6000 a 9000 m³/ha/ano.

Solo

O nosso país é caracterizado por tipos solos muito diversificados, que na generalidade dos

casos são solos delgados, pedregosos, com grandes pendentes de declive e muito suscetíveis

a fenómenos de erosão.

Estes solos apresentam por vezes níveis muito deficitários em fertilidade e com valores de

pH muito baixo. São por isso pobres em matéria orgânica (0.5 a 1.0 por cento), com baixa

disponibilidade em fósforo (fundamental para as leguminosas).

pH 5,8 – 6,5

Matéria Orgânica 2,0% - 2,5%

Azoto 90 – 150 unidades

Fertilidade Fósforo 30 – 60 unidades

Com a instalação e/ou manutenção de uma pastagem é possível:

- Melhoria da Estrutura do solo;

- Aumento da capacidade de retenção de água no solo;

- Controlo na erosão em zonas declivosas;

- Melhoria dos níveis de fertilidade bem como do teor de matéria orgânica do solo;

Não é demais referir, que um sistema de exploração agrícola que privilegie as pastagens

traduz-se em acréscimos anuais de matéria orgânica da ordem dos 0.2 por cento.

Temperatura

Na generalidade do território nacional, as temperaturas são moderadas, não se apresentando

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nutriprado | inovaçãopor isso como um fator limitante à instalação das pastagens.

As altas temperaturas de verão (> 30° C) representam

uma limitação, na medida em que as plantas fecham os

seus estomas, abrandando por isso a fotossíntese, e por

consequente abranda também o seu desenvolvimento

vegetativo. No entanto é necessário ter especial atenção á

temperatura de solo no momento de sementeira, que deverá

ser sempre superior a 10 °C, por forma a melhorar a taxa de

emergência das sementes.

Outro fator importante, e que está indiretamente associado

a temperatura é a radiação solar. Em Portugal existem cerca

de 2.500 a 3.200 horas de sol por ano, o que nos coloca

numa posição privilegiada face a outros países da Europa,

permitindo por isso uma boa disponibilidade de luz, muito

importante na fotossíntese.

Sementeira

Ao nível da sementeira de pastagens melhoradas, é

necessário ter em conta alguns fatores que podem ser

determinantes para uma correta instalação, uma vez que

se trata de uma cultura permanente (para vários anos) é

fundamental o domínio das técnicas associadas ao processo

de sementeira, pode determinar o sucesso na sua instalação.

- Preparação do solo –

Qualquer que seja a pastagem a instalar, é fundamental

uma boa preparação de solo para a sementeira, é por

isso necessário que a terra esteja bem esmiuçada numa

camada de 10 a 15 cm (os torrões são inimigos de uma boa

sementeira).

- Densidade de Plantas –

As espécies a instalar devem ser ajustadas a cada situação

de sementeira. Por se tratarem de sementes de muito

reduzida dimensão, de diâmetro por vezes inferior a 1mm, a

densidade de plantas é muito inferior á que a generalidade

dos agricultores está habituada (por exemplo leguminosas

como o trevo subterrâneo são introduzidas à razão de 10

a 15 kg/ha). As sementes de leguminosas, devem estar

inoculadas, por forma a garantir uma elevada fixação do

azoto atmosférico.

- Profundidade de Sementeira -

Existe uma regra universal no mundo agrícola, que determina

que a profundidade de deposição de uma semente no solo

deve ter em consideração a sua dimensão.

Por isso, e por se tratar de sementes de muito reduzida

dimensão, a profundidade de sementeira não deve exceder

1cm, e deve ser acompanhada de uma rolagem (por forma a

melhorar o contacto entre semente-solo).

- Correção da Fertilidade-

Corrigir a fertilidade do solo, é por norma uma operação

necessária. Deste modo, é fundamental a realização de uma

análise de solo, cujos valores nela obtidos serão importantes

para determinar qual ou quais os nutrientes em falta/excesso.

Sabemos que solos de pH muito baixo (4,0 – 5,0) devem

ser corrigidos com calcário dolomítico (carbonato de cálcio

+ carbonato de magnésio) à razão de 1.000 a 3.000 kg/ha.

A correção de pH torna-se num fator fundamental a ter em

consideração, pois solos ácidos não permitem a absorção de

fósforo pelas plantas, nomeadamente pelas leguminosas.

O fósforo apresenta-se como o ‘motor das leguminosas’ pois

é um elemento fundamental ao seu bom funcionamento,

e para o estabelecimento da relação de simbiose com a

bactéria Rizóbio por forma a permitir a fixação do azoto

atmosférico, transformando-o em azoto assimilável para

a planta. É importante o acompanhamento do nível de

fertilidade do solo, por forma a intervir com as correcções

que sejam necessárias, garantindo assim uma boa

manutenção da produção de biomassa por hectare.

Maneio

O Maneio de uma pastagem, é um dos fatores mais

importantes que intervém na sua produtividade e

persistência. Na generalidade dos casos de instalação

de pastagens não são utilizados herbicidas, pelo que, se

existirem infestantes deve-se pastorear por forma a controla-

las (normalmente na fase inicial de desenvolvimento os

animais comem bem as infestantes). Sabemos que o poder

de recrescimento das espécies utilizadas numa pastagem

melhorada é muito superior ao das infestantes, pelo que um

pastoreio intensificado (com um numero superior de animais

por hectare), seguido de uma fertilização com fósforo,

será sempre um bom mecanismo de controlo das ervas

infestantes. É importante ainda referir que o desenvolvimento

da massa verde produzida, nomeadamente por parte das

leguminosas, como por exemplo o trevo subterrâneo, deve

ser controlado uma vez que por se tratar de plantas de porte

prostrado cuja formação de semente se dá ao nível do solo,

existe risco de ensombramento da floração o que pode

prejudicar a produção de semente e por isso condicionar a

persistência da pastagem.Por estas razões, uma pastagem

raramente se deteriora por excesso de pastoreio.

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70 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

MUNICÍPIOS E FREGUESIAS

Fazendo jus ao seu nome e estatuto, é missão da Revista Business Portugal estabelecer um retrato fiel, compreensivo e abrangente daquilo que constitui o tecido empresarial do nosso país. Significa isto que, no desempenhar da nossa missão, interagimos com empresários, instituições ou agentes económicos que, de uma forma positiva, têm vindo a contribuir para o cimentar de Portugal no mapa do empreendedorismo, da inovação, da boa gestão ou do sucesso empresarial.Estabelecer um retrato económico desta natureza sem recorrermos, todavia, a algumas das vozes mais decisivas para o aparecimento, o sucesso ou a consolidação de muitas iniciativas empresariais seria um ato de pura negligência. É, pelo contrário, atendendo à inegável importância do papel que os agentes do poder local ocupam no desenvolvimento do sucesso económico e empresarial português que lhes damos voz, procurando compreender que posicionamentos, perspetivas e ambições reservam, quer para os seus territórios, quer para quem ousa investir neles.Afinal – e pesem embora os condicionalismos impostos pela sua natureza enquanto agentes do poder local – é graças à singular visão dos presidentes das câmaras municipais ou das juntas de freguesia propagadas pelo país que se adotaram algumas das medidas mais marcantes e diferenciadoras, quer para a fixação das respetivas populações nestes territórios, quer para a sustentada atração de novo investimento. Caso para dizer, por isso mesmo, que a inovação e o empreendedorismo são atributos que não se cingem à classe empresarial, afirmando-se também elas enquanto fatores-chave para a dinamização e o crescimento de qualquer município ou freguesia. Nas próximas páginas desta edição apresentamos, por isso, a visão, a estratégia e a ambição de alguns porta-vozes do poder local que ousaram pensar diferente, inovar ou empreender, governando.

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municípios e freguesias | município de boticas

Boticas é uma região de excelência para os apreciadores do turismo de natureza. Tendo em conta esta mais-valia, a autarquia está a apostar no desenvolvimento de novas atividades, através da promoção e dinamização do património natural e arquitetónico. Além desta vertente, o município aposta também na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, através dos incentivos à natalidade e à criação de emprego. A Revista Business Portugal visitou Boticas, em entrevista, ao presidente da autarquia, Fernando Queiroga, revelamos porque é o concelho pode ser considerado um caso de sucesso.

Situado em plena região transmontana, o concelho de Boticas está a potenciar o rico e vasto

património natural, com uma aposta forte no turismo de natureza. A criação do Parque de

Natureza e Biodiversidade é o melhor exemplo, “possui uma grande variedade de fauna e

flora, propícia à biodiversidade. É um espaço encantador, com percursos pedestres, com

algumas rotas, como a dos amores, que vai até à famosa Fonte dos Amores das Águas de

Carvalhelhos. São percursos extraordinários no seio da natureza”, começa por desvendar

Fernando Queiroga. No que diz respeito à fauna, o parque possui “também viveiros de trutas

do Rio Beça, em que damos às pessoas a possibilidade de pescar ou então comprar trutas

e levar para casa. Para os aficionados da pesca é um bom atrativo, temos canas de pesca

para as crianças, no fundo, um parque com atividades para toda a família. Colocámos no

parque espécies autóctones, como é o caso da raça barrosã, com um estábulo de vitelas,

mas também temos outros animais”, revela o autarca. Em tempos, Boticas foi uma região de

referência agrícola na produção de cereais, com inúmeros moinhos de água, espalhados pelo

concelho. A pensar na preservação deste património, existe atualmente uma rota de visita

dedicada a este espólio. A somar a tudo isto, existe também “o Parque Arqueológico do Vale

do Terva, com uma fauna e flora ímpar. Neste espaço há o Centro Interpretativo que facilita

o passeio pelos trilhos. Depois estamos a fomentar e a recuperar o património arqueológico,

muito ligado à figura emblemática do Guerreiro Galaico, símbolo da arqueologia nacional

e que foi encontrado no Castro de Lesenho, localizado no nosso Concelho. Este espaço já

sofreu intervenções de recuperação e estamos agora a tratar da outra parte da muralha”,

explica o edil de Boticas. Para além do vasto património, que inclui também o religioso,

uma outra fonte de atração é a gastronomia tipicamente transmontana, promovida através

de vários eventos, “até final de março realizaram-se os fins de semana gastronómicos do

cozido barrosão. A partir de abril, entraremos com a promoção do cabrito, que é uma carne

propícia desta região de Barroso, depois, faremos também a divulgação da truta fário do

Rio Beça”, evidencia Fernando Queiroga. A região possui diversas unidades de turismo

O SUCESSO TEM UM nOME: BOTICAS

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 73

município de boticas | municípios e freguesiasrural que deixaram de ter a capacidade de resposta desejada, “agora o setor hoteleiro está

complementado com o Hotel das Artes, da Fundação Nadir Afonso, que tem 42 quartos de

boa qualidade, a preços acessíveis, localizado no centro da sede do concelho. Temos vindo

a providenciar algumas atividades para que as pessoas passem férias em Boticas. Existem

vários eventos, como a Feira Gastronómica do Porco, e este ano vamos realizar um outro

certame de produtos da terra, em que não vai faltar o vinho dos mortos, uma referência no

concelho. Este vinho tem uma história associada, que preservamos e divulgamos, é um vinho

com características muito específicas devido à escuridão e à temperatura constante em que

é mantido, considerado palhete, que dá para acompanhar algumas iguarias, deve beber-se

fresco. Boticas é conhecida pelo vinho dos mortos, pela truta e pela carne barrosã. Aqui

preservamos a história, a cultura e a tradição”, exalta o entrevistado.

Incentivos para viver e trabalhar em Boticas

Questionado sobre as dificuldades que alguns municípios transmontanos têm de enfrentar,

sobretudo, devido à desertificação, o autarca explica que existem vários apoios previstos,

onde se procura fomentar a natalidade e a criação de postos de trabalho. Fernando Queiroga

começa por revelar que “já se percebeu que não é o investimento em grandes equipamentos

que fixa as populações e capta investimento. Há um fator fundamental para que estes

territórios continuem com gente, o emprego. Boticas tem a vantagem de ter um investidor

que apostou no concelho e que, neste momento, emprega 120 pessoas”, refere. No que diz

respeito aos incentivos à natalidade e aos jovens, por cada criança que nasce no concelho

são concedidos mil euros, “depois, dos três meses aos três anos são 50 euros por mês.

Atribuímos gratuitamente os livros a todos os alunos do 1ºciclo, oferecemos também, na

totalidade, a alimentação e os transportes escolares. Como a escolaridade obrigatória é até

ao 12º ano e, em Boticas, só existe até ao 9º, pagamos o passe, na totalidade, aos estudantes

que se deslocam para Chaves. Atribuímos uma bolsa de 1200 euros, por ano, aos alunos

que estão no ensino superior. Neste momento o regulamento, contempla 35 bolsas anuais”,

esclarece o interlocutor. De frisar que a autarquia apoia todos os munícipes ao longo da vida,

assim para quem está na vida ativa, a autarquia adotou a taxa reduzida do IMI e devolve na

totalidade a percentagem de IRS a que tem direito. No que toca aos apoios à terceira idade,

o município ajuda na aquisição de “medicamentos, nos transportes para o IPO. Refiro ainda a medida que considero mais emblemática, dirigida aos mais necessitados, o não pagamento

dos três primeiros metros cúbicos de água de consumo. Portanto, o munícipe desde que

nasce, até ao último dia da sua vida, é acompanhado pela autarquia de Boticas”, destaca

Fernando Queiroga. Quanto aos incentivos que se destinam à criação de postos de trabalho,

o município de Boticas decidiu reduzir o preço por metro quadrado dos lotes disponíveis nas

duas zonas industriais do concelho, “uma das zonas estava parada, até porque os preços

estavam um pouco elevados, decidimos reduzir o preço, agora cada metro quadrado custa

1,5 euro. Criámos uma série de incentivos fiscais ao nível das taxas municipais, mas a

principal medida é a ajuda financeira concedida a quem se instale na zona industrial e crie

postos de trabalho. Assim, a uma empresa que crie quatro postos de trabalho e que labore

no mínimo durante sete anos, atribuímos 20 mil euros. Se forem criados entre cinco a nove

postos de trabalho, 30 mil euros, de dez a 50 postos de trabalho, 40 mil euros, mais de 50

postos de trabalho, atribuímos 50 mil euros. Ainda assim, existe um regulamento específico

com mais algumas condições que é preciso respeitar. O que é facto é que tivémos uma

procura muito significativa, aliás há apenas quatro ou cinco lotes disponíveis”, revela o edil

de Boticas. A autarquia procura através de todos estes apoios combater a desertificação, um

dos principais problemas das regiões do interior do país. Neste sentido, Fernando Queiroga

faz questão de sublinhar que “não conheço nenhum município que dê tanto apoio à população

como o de Boticas”. Confrontado com a possibilidade de existir algum momento negativo

ao longo do mandato, o autarca afirma que o “momento mais triste que viveu enquanto

presidente do município foi quando fecharam o tribunal, fiquei mesmo triste, pelo meu povo”.

Para concluir, Fernando Queiroga convida todos os leitores a visitarem o concelho de Boticas,

referindo que “há até uma aplicação para telemóvel que é o Boticas na mão, em que se pode

ver tudo aquilo que existe no concelho, podem escolher onde querem almoçar, o que querem

visitar. Temos um lema que é Boticas, a sedução da montanha, portanto venham a Boticas e

deixem-se seduzir”, remata o autarca.

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74 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

municípios e freguesias| município de penamacor

Apesar dos problemas ligados ao despovoamento e a uma estrutura etária profundamente invertida, o concelho de Penamacor continua a contar com pontos fortes, nomeadamente as excelentes condições para a progressão do turismo rural e a boa qualidade de vida que tem para oferecer, quer às faixas etárias envelhecidas, quer às mais jovens.

Penamacor: uma pequena introdução

O concelho de Penamacor está situado na Beira Baixa, entre as serras da Gardunha e da

Malcata, no encontro destas com a superfície aplanada de Castelo Branco e o campo de

Idanha. Terra fronteiriça, a sede do concelho dista 30 km de Valverde del Fresno (Extramadura

espanhola) 50 de Castelo Branco e 40 da Covilhã.

Ao longo dos tempos a região foi ocupada por vários povos, entre os quais os romanos,

suevos, visigodos e muçulmanos. No entanto, a história de Penamacor é mais clara a

partir do século XII, quando o rei D. Sancho I conquista o território aos mouros. Em épocas

sucessivas Penamacor foi palco de vários movimentos militares, nomeadamente nas guerras

da Restauração e nas invasões francesas.

Afetado por uma corrente migratória que começou no final dos anos 50 do século XX para

“nãO hÁ PROGRESSO nEM EvOLUçãO SEM PLAnEAMEnTO”

nunca mais parar, Penamacor baseia muita da sua atividade económica na silvicultura,

produção agrícola e agro-indústria, e o turismo apresenta-se como um setor em crescimento.

Viajámos até à Beira Baixa e estivemos à conversa com o presidente da Câmara Municipal

de Penamacor, António Luís Beites, que nos revelou as características positivas da região,

que muitos desconhecem, assim como um conjunto de medidas que foram ou estão a ser

tomadas com o objetivo de ajudar ao desenvolvimento de um concelho situado em meio rural.

Onde há problemas também há potencialidades

O concelho de Penamacor sofre do mesmo mal que abala muitas regiões no interior de

Portugal, nomeadamente a tendência para o despovoamento, em resultado da emigração dos

jovens e envelhecimento dos residentes e, consequentemente, de um forte e continuado saldo

fisiológico negativo. O presidente da Câmara de Penamacor, António Luís Beites, não acredita

em estratégias de curto prazo para reverter esta situação, antes em medidas de alcance de

médio e longo prazo.

Apesar de António Luís Beites ainda estar no seu primeiro mandato como presidente da

Câmara de Penamacor, ao cabo de quase três anos de governação conhece não só os pontos

fracos, mas também os fatores positivos e suscetíveis de serem potencializados. A localização,

para o autarca, é um desses fatores, quando coloca o concelho “a meio caminho” entre Porto,

Lisboa e Madrid: “Temos uma localização da qual se pode dizer que é interior profundo, mas

isso depende da perspetiva com que se vê”, diz.

No pouco tempo que conduz os destinos concelhios, António Luís Beites já conseguiu colocar

em movimento vários projetos na área da requalificação urbana, quer em Penamacor quer em

várias freguesias do concelho, visando ganhos de eficiência funcional e de atratividade para o

turismo.

Além disso, foram concluídos com sucesso o processo de revisão do Plano Diretor Municipal

de Penamacor, que estava em curso há 12 anos, assim como o processo de alteração da

Zona Industrial, que visou a criação de sete novos lotes para a fixação de empresas, ao

mesmo tempo que se iniciava o processo de ampliação, que ainda decorre. António Luís

Beites também reconhece as tradicionais componentes agrícolas e florestal como sérias

potencialidades que Penamacor já aproveita e poderá aproveitar muito mais.

No que toca à oferta turística, Penamacor dispõe hoje de um hotel de 4 estrelas associado a

um balnear termal, cujas águas têm características únicas no país, mas também apresenta

ótimas condições para o desenvolvimento do turismo rural e de natureza. Em fevereiro, o

concelho aderiu à Associação Aldeias Históricas de Portugal, tendo em mira uma futura

classificação da zona medieval de Penamacor como Aldeia Histórica, porque, é convicção do

Presidente, que Penamacor tem atributos que chegam e sobram para isso. Antó

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Luís

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 75

município de penamacor | municípios e freguesias

Entre os locais históricos do concelho poderemos destacar

o Castelo de Penamacor, também conhecido como Cimo de

Vila, que inclui o conjunto monumental formado pela antiga

Casa da Câmara, Torre do Relógio e Torre de Menagem.

Fora da zona medieval, o Convento de Santo António, uma

construção do século XVI, é um extraordinário repositório de

riquíssima talha dourada. António Luís Beites sublinha que o

objetivo de requalificar toda a zona histórica de Penamacor

continua a ser uma prioridade, e acredita que a ligação com a

Associação Aldeias de Portugal poderá ajudar a cumpri-lo. “O

projeto está em curso e creio que depois dessa requalificação

estaremos ao nível dos restantes municípios nesta matéria.

Até porque Penamacor é sinónimo de património edificado

e, em termos turísticos e culturais, é algo que temos que

potenciar”.

Qualidade de vida para todos

Apesar de Penamacor, enquanto meio rural, não usufruir de

alguma oferta mais consentânea com os meios urbanos, uma

característica visível é a qualidade de vida que por lá pode

ser apreciada. De facto, em Penamacor “existe desde os

apoios à infância e terceira idade, passando pela educação e

pela saúde”, realça António Luís Beites.

E confirma-se que Penamacor proporciona à sua população

de cerca de 5.200 habitantes uma qualidade de vida que não

existe em centros urbanos. A população idosa, prevalecente

no concelho, usufrui de apoio social proporcionado por lares

e centros de dia, com estes a prestar assistência domiciliária

em todas as freguesias.

Quanto ao ensino, os alunos, desde o pré-escolar até ao

12º ano, têm acesso a manuais escolares, transportes e

alimentação gratuitos, algo que não existe em todo o país.

Além disso, António Luís Beites sente que as faixas etárias

jovens começam a afeiçoar-se mais às suas origens. “Eu

creio que os jovens gostam mais da sua terra e que só

não ficam se não puderem. Cabe-nos a nós e ao tecido

empresarial instalado criar condições para que cada vez mais

jovens possam ficar por cá e, talvez até, regressar”.

O presidente António Luís Beites mostra-se otimista em

relação ao futuro, acreditando que a região de Penamacor

tem potencial para crescer de forma gradual. “Não há

progresso nem evolução sem planeamento. Infelizmente,

em Portugal, às vezes, planeia-se rápido demais e executa-

se lentamente. Deve ser precisamente o contrário, ou seja:

planear bem e executar rápido”.

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76 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

municípios e freguesias| freguesia de nossa senhora de fátima do entroncamento

A Freguesia de Nossa Senhora de Fátima do Entroncamento, no Concelho do Entroncamento, conhecido como Cidade Ferroviária, é uma das maiores Freguesias do distrito de Santarém, onde se encontra sediado o Museu Nacional Ferroviário e o Complexo Desportivo Municipal. Com mais de dez anos de existência, o dinamismo e o desenvolvimento são cada vez mais visíveis no dia-a-dia desta Freguesia que tem como principal defensor o seu presidente Ezequiel Estrada.

POR UMA fREGUESIA DInâMICA, MODERnA E COM SEnTIDO DE MISSãO…

A criação da Freguesia de Nossa Senhora

de Fátima, no Concelho do Entroncamento,

distrito de Santarém, com sede no Concelho

do Entroncamento, cujos limites da nova

Freguesia de Nossa Senhora de Fátima,

desanexada da Freguesia do Entroncamento,

estão descritos na Lei n.º 68/2003, de 26

de agosto, sendo que no âmbito do Artigo

7.º, pode ler-se que a presente lei entrou

em vigor no dia 1 de janeiro de 2004, tendo

sido aprovada em 1 de julho de 2003 e

promulgada em 31 de julho de 2003, pelo

Presidente da República, Jorge Sampaio

(Diário da República nº 196 SÉRIE I-A de

2003-08-26).

Desta forma, a Freguesia assumiu as suas

responsabilidades, enquanto Autarquia do

Poder Local, após as eleições autárquicas

de 2005, tendo uma área de 9,2 km2 e

contando, atualmente, com uma população

jovem e ativa que ultrapassa os 12.000

cidadãos.

À data de criação desta Freguesia constavam

dos cadernos eleitorais cerca de 6200

eleitores, sendo que à data da tomada de

posse do atual Órgão Executivo, outubro

de 2013, existiam 10320 eleitores e

presentemente, encontram-se registados

cerca de 10540 eleitores.

Desde a sua criação, a Freguesia tem vindo a

crescer. É no seu território que está instalada

a zona industrial com várias unidades de

fabrico, indústrias de transformação e

comércio diverso.

Nesta continuidade, singulariza-se que o

Presidente Ezequiel Estrada foi o último

Presidente da Junta de Freguesia do

Entroncamento, sendo também, o atual Presidente da Junta

de Freguesia de Nossa Senhora de Fátima do Entroncamento.

Conta com a excelente colaboração dos elementos que

integram o Órgão Executivo a Secretária Isabel Campaniço,

a Tesoureira Irene Crispim, o Vogal João Fernandes e a

Vogal Paula Ferreira, com duas funcionárias dos Serviços

Administrativos e dois dos Serviços Gerais, que envidam

todos os esforços na concretização dos apoios e ajudas

de cariz cultural e social, das obras públicas municipais

executadas na Freguesia, na convicção da promoção do

bem-estar da comunidade e do seu desenvolvimento de

caráter social, económico e cultural. Assim sendo, tudo

têm feito e continuarão a fazer para a consolidação de uma

Freguesia de proximidade, com uma maior e mais justa

preocupação social, sempre numa perspetiva “Dinâmica,

Moderna e com Sentido de Missão”.

Decorrente da sua Missão a Junta de Freguesia estabeleceu

diversos protocolos de interesse e desenvolvimento para a

mesma, com diferentes Entidades, das quais se destacam a

Câmara Municipal do Entroncamento - CME, Agrupamento de

Escolas Cidade do Entroncamento - AECE, Museu Nacional

Ferroviário, Associação de Professores - ENCOPROF, Instituto

Padre António Vieira, Direção Geral do Território – DGT, entre

outras colaborações existentes, nomeadamente: com o CLDS,

Projeto Reviver, Centro de Convívio da Terceira Idade, CERE,

USE, Lares da Santa Casa da Misericórdia, Associação dos

Lares dos Ferroviários, Conferencia de São Vicente de Paulo,

entre outras.

No que diz respeito às infraestruturas disponíveis, é na

Freguesia de Nossa Senhora de Fátima que está sediada a

sede do Agrupamento de Escolas Cidade do Entroncamento

e se concentra o maior número de alunos devido aos

equipamentos escolares que possui: Escola Secundária c/ 3º

Ciclo, Escola Básica do Bonito e o Jardim de Infância Sophia

de Mello Breyner Andresen. Para além da educação das suas

Ezequiel Estrada Presidente

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 77

freguesia de nossa senhora de fátima do entroncamento | municípios e freguesias

crianças, a Freguesia preocupa-se também com a formação

dos seus cidadãos jovens, promovendo estágios destinados

aos mesmos, bem como o apoio a uma Universidade Sénior

que conta com cerca de 300 alunos. Aqui, as atividades vão

desde a pintura às línguas, entre muitas outras disciplinas,

passando pelo Ioga, por uma escola de Cavaquinhos e uma

Tuna Académica.

Com cerca de 48 associações e clubes no concelho, a que

a Junta de Freguesia está sempre atenta, muitos dos quais

se encontram sediados na Freguesia e têm à disposição um

Complexo Desportivo Municipal do Bonito, equipado com

um pavilhão desportivo, três campos de futebol (um relvado

e dois sintéticos), uma pista de atletismo, dois campos de

ténis, um parque radical e piscinas. Estão ligados à prática

desportiva o CLAC (Clube de Lazer, Aventura e Competição)

e o CADE (Clube Amador de Desportos do Entroncamento),

entre outras associações e clubes. O clube de “Motards” que

se mostra organizado, em breve terá o seu espaço social,

assim como os escuteiros que contam com espaços próprios

para as suas atividades.

Aqui o lazer e o bem-estar não são esquecidos, por isso

existe uma zona piscatória, a Albufeira do Bonito, com 20

pesqueiros que faz as maravilhas de quem por lá passa para

pescar ou apenas para passear e um restaurante panorâmico

com vista para a albufeira; piscinas e um centro atlético

muito frequentado. A Freguesia desenvolve alguns convívios

piscatórios intergeracionais, contando para o efeito com o

apoio do Clube Amador de Pesca do Entroncamento - CAPE.

Mas há uma particularidade da qual a Freguesia destaca,

o Museu Nacional Ferroviário. “Tem peças raras, peças

de grande porte como locomotivas antigas”, explica o

presidente, “o comboio real com a sua locomotiva que se

encontra em bom estado de conservação e o comboio

presidencial ainda em atividade”. Numa área de grande

dimensão, este museu tem um memorial de peças

identificadas como peças únicas no mundo. Ezequiel Estrada,

assim como o seu Órgão Executivo, no âmbito da parceria

com o referido Museu, empenham-se, sempre que possível,

na divulgação e colaboração no sentido de atrair mais

visitantes e de apoiar o mesmo.

Nas instalações da sede de Freguesia existem três

espaços/salas preparados para formação (com capacidade

para 25 e 23 alunos) que são, muitas das vezes, utilizados

através de protocolos pontuais com o IEFP e o NERSANT

(Núcleo Empresarial de Santarém), entre outros, devidamente

equipados com videoprojectores e quadros didáticos. O

auditório/ sala de sessões, é utilizado para reuniões, ações

de formação (limite máximo de 90 lugares), atividades

promovidas quer pelas instituições e associações da

Freguesia sem fins lucrativos a custo zero, quer por

empresas, com um custo simbólico.

“Apoiar as famílias carenciadas é responsabilidade do Órgão

Executivo da Freguesia”, afirma o Presidente, “e contamos

com a colaboração da Conferência de S. Vicente e Paulo no

alerta e levantamento das situações e das necessidades”.

Assim, são comparticipados mensalmente tanto a nível de

produtos farmacêuticos como alimentares, não esquecendo o

reforço do apoio nas épocas festivas. Para além deste apoio,

a Junta de Freguesia criou um fundo social, para o qual

contribui, apoiando os clubes e associações, assim como um

programa de bolsas de estudo atribuídos desde o Ensino

Pré-escolar ao Ensino Superior.

A Junta de Freguesia pretende continuar a melhorar a

qualidade de vida dos seus cidadãos em colaboração com

a CME, no melhoramento e limpeza de espaços públicos,

contando em breve adquirir um equipamento moderno e de

grande rendimento para o efeito, assim como a recuperação

de uma moradia doada à Freguesia por uma cidadã anónima.

Em jeito de conclusão, Ezequiel Estrada deixa uma

mensagem à sua população: “eu e restantes elementos

do Órgão Executivo estamos atentos às preocupações da

população em geral e procuraremos contribuir, sempre que

possível, para a resolução dos problemas e bem-estar da

população”.

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78 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

municípios e freguesias | junta de freguesia de tancos

Tancos é uma freguesia rural do concelho de Vila Nova da Barquinha, com 1,56 km² de área e 215 eleitores.

DEIxE-SE LEvAR PELOS EnCAnTOS DESTA TERRA!

Esta freguesia está situada na margem direita do rio Tejo, sendo conhecida pela sua beleza

e graça naturais e pela sua zona ribeirinha e pelo cais que se enquadram num cenário

paisagístico impar. Tancos é também considerado como sendo uma das vilas mais floridas da

Europa, tendo conquistado em 1999 uma Medalha de Bronze no Concurso Europeu de Vilas

Floridas. A Revista Business Portugal esteve à conversa com José Homem, o homem que

dirige os destinos de Tancos desde as últimas eleições autárquicas.

Apesar de ser uma freguesia de pequena dimensão, Tancos é extensa quanto às

coletividades que possui. As coletividades existentes nesta freguesia vão desde o grupo

folclórico denominado ‘Os Pescadores de Tancos’ fundado em 1981, que tem representado

o concelho a nível nacional e internacional. O Grupo Coral de Tancos que foi fundado em

1984, cujo objetivo era o de animar as celebrações litúrgicas da paróquia, tendo alargado o

seu programa, meses depois a canto de música tradicional e popular portuguesa. Assim se

manteve até finais de 1990, data em que tomou novo impulso e deu inicio à sua atividade de

Coral Polifónico Misto.

Desta freguesia também fazem parte ‘O União Desportiva de Tancos’, o ‘Clube de Pesca

Desportiva de Tancos’ e, mais recentemente foi criada uma associação que está a gerir o

Albergue da Juventude “Flor da minha terra”, que possui quatro quartos com oito camas de

beliche e um quarto de casal, servindo para alojar quem deseja visitar esta região.

Como Tancos é uma freguesia pequena, o setor industrial não marca presença, sendo que

o setor mais comum de ser encontrado nesta zona é o setor redirecionado para a prestação

de serviços, como é o caso do restaurante de Almourol que tem ao seu dispor uma sala de

refeições com ar condicionado para 80 pessoas, um salão panorâmico com ar condicionado

com vista para o Tejo e para o castelo de Almourol com capacidade para 200 pessoas,

uma esplanada natural na margem do Tejo para 300 pessoas, um parque infantil e um

parque de estacionamento, outro espaço que também é muito conceituado é o Pitoresco

que se encontra logo à entrada de Tancos, que é um café e também possui uma área ligada

ao artesanato , existe outro projeto, que é uma quinta rural denominada Quinta Ribeiro

Tanquinhos, uma quinta que se dedica maioritariamente ao turismo onde pode passear a

cavalo , alude José Homem.

A nível turístico, o presidente da Junta de Freguesia de Tancos não poderia deixar de

mencionar o Castelo de Almourol, considerado uma das sete maravilhas de Portugal. “O

castelo é o nosso ex libris e, a nível de coordenação com a paróquia também é possível visitar

a Igreja de Nossa Senhora da Conceição ou Igreja Matriz de Tancos, como é mais conhecida e

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 79

junta de freguesia de tancos | municípios e freguesiasa Igreja da Misericórdia de Tancos”, divulga o autarca.

Tancos é uma freguesia conhecida também pela importância da sua atividade militar. No seu

Polígono Militar encontram-se instaladas várias unidades militares notáveis, nomeadamente

a Regimento de Engenharia Nº 1, Brigada de reação rápida e a Escola de Tropas

Aerotransportadas.

Quando questionado sobre que festividades e romarias se podem encontrar em Tancos, José

Homem salienta que “existem as festas anuais que se realizam em agosto, na altura do 15

de agosto e que antigamente era feita por populares, com falta de interesse em continuar

com as festas as câmaras de Vila Nova da Barquinha e Chamusca, começaram a realizar as

festas que deram o nome um rio e duas aldeias, mas com a falta de verbas começaram as

associações a tomar conta das festividades para que a tradição não se perdesse”, conta o

nosso entrevistado.

Pelo terceiro ano consecutivo, vai também realizar-se em Tancos a Festa do Peixe do Rio, que

se realiza sempre no primeiro fim de semana de julho, esta festa também está a cargo das

coletividades, vindo pessoas de vários pontos do país para apreciar o peixe frito pescado no

rio. José Homem estima que nesta edição estarão presentes cerca de três mil pessoas.

Quanto a apoios à população, “nós temos uma carrinha que saí à segunda, quarta e sexta

feira para irem levantar as pensões, para irem ao médico, fazer exames ou então, à terça e à

quinta quando não está previsto saídas da carrinha, a população tem a facilidade de telefonar

para conseguirmos prestar esse serviço nesses dias”. O apoio domiciliário é realizado pela

Santa Casa da Misericórdia.

A única escola em funcionamento em Tancos é a pré-escola que está em funcionamento com

10 alunos, “porque também servimos a parte militar e eles colocam cá os filhos”, alude José

Homem.

Sobre o futuro de Tancos, o autarca revela que “projetos há sempre!”, sendo que o único

projeto que esta freguesia começou de raiz foi o Albergue da Juventude com recurso a

fundos da Comunidade Europeia. Atualmente, “temos um projeto em vista que é a construção

da casa mortuária e passar a ter um espaço próprio para velar o corpo”, porque, segundo

José Homem, não se justifica que utilizem a igreja para essa situação. Esta freguesia aposta

também na requalificação das suas estruturas.

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80 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

municípios e freguesias| junta de freguesia de pombalinho

A Freguesia do Pombalinho tem 400 anos de existência, e foi sempre uma freguesia pertencente ao concelho de Santarém até há três anos atrás por força da lei da reorganização das freguesias que conseguiu através do movimento da população e dos próprios autarcas daqui ser transferida para o concelho da Golegã, quem nos revelou esta informação foi Luís Júlio, o presidente desta freguesia.

POMBALInhO EM MOvIMEnTO

A área da freguesia é pequena, são cerca de nove quilómetros quadrados e está situada

entre três rios, o rio Tejo, o rio Alviela e o rio Almonda e é por isso que Pombalinho é

também conhecida como a terra das cheias aqui no Ribatejo. Pombalinho tem cerca de

500 habitantes, já chegou a ter mil, mas nos últimos 25 anos perdeu muita gente, “como é

habitual no interior”.

Quando questionado sobre o que se poderia fazer para fixar a população em Pombalinho, Luís

Júlio refere que “não é fácil, porque a falta de emprego faz com que as pessoas saiam, mas

com a construção de um bairro de habitação social, na lógica de cooperativa, seria uma boa

ajuda, uma vez que as pessoas, nos últimos anos perderam a capacidade de construção e de

empréstimo bancário e esta crise no país também dificultou muito este processo”. O autarca

refere ainda que “esta é uma zona rural, que só tem a Golegã aqui perto e o Pombalinho

acaba por ser apenas um dormitório porque têm de trabalhar fora e isso faz com que se

perca muita população”. Só para se ter uma ideia, há 20 anos havia cerca de 60 crianças no

primeiro ciclo e agora só existem 10 crianças. A escola foi encerrada em 2010, reabriu em

2011 e todos os anos é encerrada e a luta da população é todos os anos conseguirem manter

a escola a funcionar. Esta deve de ser a escola do primeiro ciclo do país com 10 crianças que

continua a funcionar e no jardim de infância só funciona com três alunos.

O facto de conseguirem manter as escolas abertas mesmo com poucas crianças é um motivo

de orgulho para Luís Júlio, uma vez que “segundo dados estatísticos a que tivemos acesso,

as crianças que saíram daqui nos últimos dois anos foram as que tiveram, no quinto ano de

escolaridade, melhor aproveitamento escolar na Golegã, o que deita por terra as perspetivas

de ministros deste país que argumentavam que o encerramento de escolas era necessário

devido ao insucesso escolar e posterior abandono dos estudos e isso é falso, visto que

existem outras características positivas, como por exemplo, a proximidade com a família, mais

tempo, mais tranquilidade e mais segurança”, salienta.

Setores de atividade

Historicamente e mantém-se atualmente, o setor agrícola é o que tem mais peso, sendo a

vinha com muitas adegas e muita produção de vinho e o azeite com as oliveiras. Nos últimos

20 a 30 anos, com a alteração desse cultivo, com o arranque de oliveiras e de vinhas deu

espaço ao cultivo de outros produtos, como o milho, a beterraba, o tomate, entre outros. A

freguesia do Pombalinho não tem serviços públicos, nem empresas, o que existe nesta região

são empresários ligados à agricultura.

Ação social

Esta é talvez a vertente mais interessante da freguesia, visto que no Pombalinho, na questão

social “nós temos um serviço a que chamamos de ‘Psicologia Comunitária’, em que todos

os dias da semana com um consultório na sede da junta de Freguesia e com consultas ao

domicilio para a população mais dependente e menos autónoma”, relata o presidente. Outro

serviço do qual a junta dispõe à sua população é o transporte dos seus fregueses para

Coletivo da Junta de Freguesia

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 81

Coletivo da Junta de Freguesia

junta de freguesia de pombalinho | municípios e freguesiasconsultas no hospital ou centros de saúde, tendo uma funcionária que transporta, acompanha

nas consultas e, posteriormente, os leva para casa de forma gratuita.

A única instituição/coletividade da freguesia é a ‘Casa do Povo do Pombalinho’ que recebe

todo o apoio da Junta de Freguesia e que está equiparada a uma IPSS, funcionando como um

centro de apoio para os idosos, fazendo também apoio domiciliário.

Quanto ao jardim de infância e primeiro ciclo, também têm o seu transporte gratuito de casa

para a escola e vice-versa.

Foi inaugurado em abril de 2015 um ginásio de fitness ao ar livre, onde existem 24 estações

com aparelhos de manutenção “de muita qualidade e foi um sucesso, sendo o primeiro a ser

criado no concelho da Golegã”, destaca o autarca.

Festividades

O Pombalinho não para e, como tal, desde o inicio do ano até dezembro, celebram-se aqui

imensas festividades e comemorações ao longo do ano, como por exemplo, o ano novo, o

carnaval, o 25 de Abril, os três santos populares, e no verão realizam-se a festa anual e várias

noites no jardim com fados, folclore entre outros eventos. Como não existem coletividades é a

Junta de Freguesia que assegura a realização destes eventos.

De referir que a junta não gasta um cêntimo do seu orçamento. Todos os eventos e, como foi

o caso do ginásio de ar livre ou a requalificação da ponte, foram feitos com recurso a recolha

de verbas em colaboração estreita com a população local.

Futuro

No futuro, Luís Filipe Júlio pretende continuar a manter a dinâmica que existe no Pombalinho

até então, continuar a lutar pelo direito a um médico e manter a escola enquanto houver

crianças. Por outro lado, continua a construção de um museu rural de ar livre nas ruas e num

páteo da freguesia e, juntamente com a câmara da Golegã, será feita a requalificação da rua

mais antiga do Pombalinho (Rua de Santo António) e também a construção de um espaço

comunitário numa antiga adega, tornando-se assim um espaço de utilidade social diária para

a população em geral.

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82 REVISTA BUSINESS PORTUGAL

municípios e freguesias | freguesia de vila nova da barquinha

A Junta de Freguesia de Vila Nova da Barquinha é uma nova freguesia, com cerca de dois anos e meio, que resultou da extinção das freguesias de Moita do Norte e Vila Nova da Barquinha. Esta nova freguesia anexou os dois territórios.

A Revista Business Portugal esteve à conversa com João Machado, presidente desta junta e

com Laurindo Esperança, o responsável pela tesouraria.

A autarquia tem 3.136 eleitores e é, também, a maior freguesia do concelho. Quando

questionado sobre quais os principais setores de atividade que existem nesta freguesia João

Machado revela que “na freguesia temos muito pouco em termos de indústria uma vez que

o Centro de Negócios de Vila Nova da Barquinha fica situado na zona norte do Concelho,

na freguesia da Atalaia, com uma área de 30 hectares”. Este parque empresarial está todo

infraestruturado e loteado, tem segurança, controlo de acessos e gestão de espaços verdes.

Ali não se vendem terrenos, mas sim aprovam-se planos de investimento com a colaboração

Freguesia preocupada com as suas gentes

do Gabinete de Apoio ao Desenvolvimento Local. Situa-se junto às autoestradas A13 e A23 e

perto da linha de caminho-de-ferro do leste e do norte. João Machado desabafa dizendo que,

a partir de 2007, a crise económica e financeira, a falta de acesso ao crédito por parte das

empresas, o atraso da distribuição dos fundos comunitários do Portugal 2020 e a cobrança

de portagens das autoestradas próximas, foram fatores de inércia de crescimento do número

de empresas no Centro de Negócios, mas ao que tem conhecimento há procura para a

instalação de novas empresas.

Atualmente, os maiores empregadores da freguesia são: a Câmara Municipal, a Santa Casa

da Misericórdia, a Sociedade de Refrigerantes Baía Lda e, mais recentemente, o Intermarché

Coletivo da Junta de Freguesia

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REVISTA BUSINESS PORTUGAL 83

freguesia de vila nova da barquinha | municípios e freguesias

– Barquinha, que foi inaugurado em agosto do ano transato e, de acordo com João Machado,

veio trazer mais dinâmica à freguesia.

Em termos de apoio à terceira idade, a Junta, não exerce apoio direto às pessoas mais idosas,

no entanto, quando necessitam de alguma ajuda “nós estamos sempre disponíveis para as

apoiar”, salienta João Machado. Todavia, e como grande complemento, existe a Associação

Essência da Partilha – Universidade Sénior, frequentada por pessoas acima dos 55 anos, a

quem a Junta apoia. Proporcionamos, ainda aos mais idosos da freguesia, um passeio anual

onde visitamos diversos locais do País.

Os idosos que não têm tanta autonomia são também apoiados pela Santa Casa da

Misericórdia através do apoio domiciliário (AD) onde, atualmente, existem 36 utentes. A Santa

Casa da Misericórdia, para além do AD, conta ainda com um de centro de dia (CD) e também

funciona em regime de internato. Possui, também, com creche (0 aos 3 anos). No âmbito de

crianças e jovens em risco, a Santa Casa alberga no CAT (Centro de Acolhimento Temporário)

17 crianças/jovens, de idades bem diferenciadas.

“Na educação possuímos um campus escolar completamente novo (ensino básico e

secundário, até ao 12.º ano). O mesmo é composto por um pavilhão desportivo, ao serviço

dos alunos e da população, um campo de relva sintética, um edifício para o ensino secundário

e um Centro Escolar (ensino básico) onde funciona a Escola Ciência Viva, e dentro deste

último o Centro Integrado de Educação em Ciências, dotado de laboratório e exposições

interativas, um conceito pioneiro a nível nacional.

Na freguesia, com o apoio da Junta, existe também uma loja social, local que serve de apoio à

população mais desfavorecida através da entrega de roupas e géneros alimentícios.

No centro histórico de Vila Nova da Barquinha funciona, desde 2010, uma Loja do Cidadão

de segunda geração. Possuímos uma unidade de saúde familiar, um posto da GNR, uma

repartição de Finanças e um Centro de Estudos de Arte Contemporânea onde se dá formação

em teatro, desenho, fotografia, vídeo, etc.

Temos um Parque Ribeirinho com 7 hectares, ao qual foi atribuído o Prémio Nacional de

Arquitetura Paisagista em 2007”. Desde a sua abertura, visitaram o Parque milhares de

pessoas, quer pela zona envolvente e proximidade do rio, quer pelas condições dos cais

onde aconchegam milhares de canoas que descem o Tejo, quer pelas zonas de lazer, parque

de merendas e quiosques inseridos em sombras de plátanos centenários, quer pelo espaço

onde as crianças podem divertir-se em autonomia total. Neste local está instalado o Parque

de Esculturas Contemporânea de Almourol, com 11 esculturas dos melhores escultores

portugueses, premiado pela Sociedade Portuguesa de Autores, como a melhor exposição ao

ar livre em 2012. Como complemento, este parque é enquadrado por uma paisagem natural

de extrema beleza proporcionada pelo rio Tejo.

Entretanto, foram criados à volta do parque infraestruturas para acompanhar o fluxo de

pessoas de que são exemplo o posto de turismo, a loja de produtos da terra, os quiosques, a

cervejaria, o centro náutico, os hotéis, o alojamento rural, um banco, uma clínica, etc.

Quando questionado sobre que associações se podem encontrar em Vila Nova da Barquinha,

João Machado expõe que “existem muitas associações nesta freguesia, felizmente. Temos

várias associações ou clubes dinamizam, e muito, a freguesia de Vila Nova da Barquinha em

termos culturais e desportivos. Dou como exemplos: o Clube União de Recreios que realiza

noites de fado, peças de teatro, danças de salão, bailes em datas festivas, almoços e jantares

de solidariedade. Todos os lucros revertem a favor da pessoa ou da atividade em causa, com

a simples preocupação de ajudar”, indica o autarca; o Clube de Instrução e Recreios, Ex

Tuna, que, em termos culturais, implementou o jazz na Freguesia, com a realização quinzenal

de espetáculos de jazz, noites de fado, têm também uma escola de música, um clube de

teatro e cultivam ainda uma atividade anual que é o Passeio de Bicicletas Antigas, que atrai

sempre imensos participantes de vários pontos do País; o Grupo Cicloturismo Barquinhense

organiza todos os anos em Vila Nova da Barquinha uma prova de BTT denominada ‘Almourol

à vista’ inserida no troféu BTT Ribatejo Norte e no dia 24 de Abril próximo trará a Vila Nova da

Barquinha cerca de 700 ciclistas; a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila

Nova da Barquinha que possui um grupo de Teatro, banda filarmónica e Corpo de Salvação

Pública; o ‘Pára Clube os Boinas Verdes’, que organiza campeonatos de paraquedismo,

inseridos na federação Portuguesa de Paraquedismo, ministra cursos de paraquedismo

civil (no Aeródromo Militar de Tancos) e demonstrações de paraquedismo; o Clube Náutico

Barquinhense que este ano irá organizar o campeonato nacional de canoagem, ‘Esperanças

2’ que acontecerá no nosso rio, o Tejo; o Clube de Natação Tejo também tem uma grande

presença no nosso País, os seus atletas participam em várias competições regionais, distritais

e nacionais; o Sporting Clube Barquinhense que desenvolve atividades culturais e o Futsal;

o VespAlmourol (motos vespas); a Escola de Guitarras de Vila Nova da Barquinha; o Grupo

Barquinha Saudosa (música); o Centro de Interpretação de Arqueologia do Alto Ribatejo; o

Clube Desportivo Caça e Pesca; a Associação de Pesca Desportiva ‘os Pestinhas’; o Corpo

Nacional de Escutas – Agrupamento 583; etc.

A nível de ações de reabilitação requalificámos o jardim da nora, em Moita do Norte, estamos

a recuperar, alguns arruamentos em Cardal e vamos remodelar o Parque Desportivo do

Cardal.

A crítica é unânime em considerar Vila Nova da Barquinha “como surpreendente” quer pelo

Parque de Escultura Contemporânea Almourol, quer pelas 2 galerias de arte, quer pelo Centro

Integrado de Educação em Ciências, equipamentos que são uma grande mais-valia para

a freguesia, para o concelho e para a região, uma vez que atraem milhares de visitantes e

constituem um polo gerador de riqueza, sabendo-se que a cultura e criatividade são o motor

da economia no presente e no futuro.

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