Revista Cambalhota

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Índice Brincando de circo - 4 e 5 E o palhaço quem é? - 6, 7 , 8 e 9 Educação - 10 Sem fronteiras - 11 Do Altar ao Picadeiro - 12 e 13 Acrobacias da Vida - 14 e 15 Galeria - 16, 17, 18 e 20 Equipe Aline Ferreira Redação e Direção André Fonseca Redação e Direção Flávia Arcanjo Redação e Fotos Ane Rodrigues Redação e Arte

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Revista Cambalhota 2010

Transcript of Revista Cambalhota

ÍndiceBrincando de circo - 4 e 5

E o palhaço quem é? - 6, 7 , 8 e 9

Educação - 10

Sem fronteiras - 11

Do Altar ao Picadeiro - 12 e 13

Acrobacias da Vida - 14 e 15

Galeria - 16, 17, 18 e 20Equipe

Aline FerreiraRedação e Direção

André FonsecaRedação e Direção

Flávia ArcanjoRedação e Fotos

Ane RodriguesRedação e Arte

Sob a lona e à mira dos holofotes, eles brilham com suas acrobacias, malabarismos e ilusionismos. No picadeiro tudo pode acontecer. Os olhos ficam atentos, se encantando a todos os movimentos, e no fim, todos sempre caem nas gra-ças dos palhaços. Quem não se lembra dos ônibus e carretas coloridas andando pela cidade fazendo o anúncio ao respeitável público de que o circo chegou, e o espetáculo vai começar. Geralmente apresentado na infância, os passeios em família são para conhecer o que acontece dentro daque-la lona, toda animada, cheia de risos e que sempre vai embora, mas um dia volta. Ao fim do espetáculo, e por trás de toda essa alegria, ninguém sabe o que acontece por trás daquele lugar mági-co, e quem são aqueles que vivem da arte. Tido como berço de vários artistas, o circo é uma fá-brica de talentos e também a casa de muitas famílias de espectadores e, artistas. O Circo Spacial, fundado há 25 anos é a casa de quinze famílias entre artistas e funcionários, que mo-ram em “mini-casas” como trailers, ônibus ou carretas, e levam uma vida nômade. Pensando nisso, a “Revista Cambalhota” traz uma edição especial dedicada às famílias circenses. Porque, além de toda a alegria e fantasia que aconte-ce dentro da lona, seja na arquibancada ou no picadeiro, o circo é acima de tudo, um lugar de famílias.

Editorial

“Não, eu não quero dar entrevis-ta. Eu to atrasado”, diz Richard Luan, 7, enquanto todos se preparavam na correria nos bastidores.

Assim como Richard, Matheus Felipe de Jesus Silva, 13, também é “filho do circo”, e faz parte da nova geração de artistas.

Filho de trapezistas, Richard se apresenta vestido como papagaio durante o espetáculo, e conta que não pretende seguir o número dos pais, mas sim, “fazer arame”, onde o artista tem que andar em cima de um cabo de aço.

A trapezista Elaine Cristina Ri-goletto, 43, conta que a brincadeira preferida das crianças é “brincar de circo”, imitando os artistas que lá trabalham, e desta forma, a brinca-deira vira um treino. E com Matheus não foi diferente. Tudo começou, se-gundo ele “como uma brincadeira”. Aos 3 anos de idade começou a fazer

Brincando de circo

Matheus Felipe de Jesus Silva, se diverte divertindo o público

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parte do espetáculo, se apresentando junto com Pingolé, já que é de costu-me no circo, toda criança começar a entrar no picadeiro com o palhaço.

Com a mãe bailarina e a avó ca-mareira, Matheus conta que devido ao convívio no circo e as influên-cias, começou a treinar acrobacias e o trapézio, e ao longo do tempo foi aprendendo novos números.

Em sua rotina, Matheus estuda no período da tarde, e treina durante três dias da semana.

Na segunda-feira é folga, e de

quinta a domingo, os artistas des-cansam para trabalhar à noite. Mas se durante o espetácul ocorre algum erro, aumenta os treinos até acertar.

Estudante da 7ª série do Ensino Fundamental, Matheus muda de es-cola à medida em que o circo muda de cidade, e já perdeu as contas de quantas escolas já frequentou.

Para Richard, o fato não parece atrapalhá-lo nos estudos, já que, se-gundo ele, até chegou a receber uma medalha de honra ao mérito por ser um bom aluno. Por Aline Ferreira

Matheus com a mãe, que tambémé bailarina do Circo Spacial

Richard Luan durante a sua apresentação

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Na barraca do caixa, e sem maquia-gem, Pingolé fica irreconhecível, mas seu bom humor e o jeito brincalhão ao atender deixam claro de que se trata de um palhaço.

Em pouco tempo, abandona o local e corre para os bastidores. O espetáculo vai começar.

Aos poucos a tinta branca em seu ros-to e os traços desenhados, mudam a ima-gem de Gilmar Pedro Querobin, 48, e co-meça a “dar vida” ao palhaço Pingolé. Mas nem sempre a história foi assim. Nascido em Jales, Paraná, Gilmar foi bancário por oito anos. Durante um período de férias, foi convidado a passar um mês no circo, caso gostasse, trabalharia junto com a trupe. Gil-mar adorou o ambiente e não teve dúvidas, viajou 1200 km até o circo com um “Passat velho”, como o classifica.

No início fazia parte da equipe de Pro-moções e Marketing, até ser o secretário ge-ral do circo, e permaneceu no cargo durante quatro anos. Até que um dia, um palhaço que se apresentava em dupla, se machucou, e não havia um substituto. Por ser muito brinca-lhão, Gilmar foi escolhido para se apresentar. Passados três meses, o palhaço se recuperou e Gilmar voltou para o seu departamento.

Após um período, o palhaço foi em-bora do circo, e Gilmar foi convidado a ser o novo comediante preferido da crian-çada no Circo Spacial, e se torna o palhaço Pingolé. Agora sua única meta era fazer o público rir e se divertir.

E o palhaço quem é?

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“Há 17 anos que eu pinto a cara”

O talento de Pingolé é tanto, que no ano 2000, recebeu o prêmio de “O Me-lhor Palhaço do Ano”, em um concurso que contou com profissionais dos princi-pais circos brasileiros.

Amor de CircoE foi no circo, local em que trocou

o terno e a gravata pela maquiagem e a palhaçada,que também conheceu sua futura esposa.

Pingolé conta que torcia para que a trapezista do circo “caísse em sua rede” em uma de suas acrobacias aéreas, e caiu.

Elaine Cristina Rigoletto, 43, trapezista do Circo Spacial, “nasceu no circo”, e teve a lona como berço. Sua tradição circense vem dos avôs paternos e maternos. Com os pais, Elaine já rodou o Brasil inteiro pelos pica-deiros da vida, e conta que já perdeu a conta de quantas trupes já participou.

Integrante do Circo Spacial desde a sua fundação, há 25 anos, Elaine conta que chegou no local junto com os pais, aos 18 anos, onde também já se encon-trava seu primo.

Elaine conta que na época, em 1986, ela e o primo trabalharam junto com o ator Marcos Frota, que fazia o papel de um trapezista na novela Cambalacho da Rede Globo.

Logo, conheceu Gilmar, o palhaço Pingolé, e se casou, assim que os pais fo-ram embora do circo.

E o palhaço quem é?

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“Há 17 anos que eu pinto a cara”

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Palhaço + Trapezista = Malabarista

Da união entre o Palhaço Pingo-lé, e a Trapezista Elaine, nasceu uma filha, dando continuidade a mais uma geração de uma família circense.

Para a Trapezista, foi um privilégio a filha nascer no circo, pois sempre trabalhou e morou no mesmo lugar, portanto não passou por uma preocupação e o estresse de ter que deixar a filha em creches ou com pessoas estranhas enquanto trabalhava.

Caroline Aline Rigoletto Que-robin, 20, também trabalha no circo como malabarista e está no 6º semestre da faculdade de Educação Física.

Segundo Pingolé a filha é consi-derada uma das melhores Malabaristas do Brasil. “Está no sangue do pai e da mãe”, destaca com orgulho.

Família SpacialJuntos há 24 anos, o casal con-

ta que a convivência de uma família circense é bem diferente da tradicio-nal. Elaine diz que no circo a família fica junto durante 24 horas. “É legal e complicado, pois fazemos tudo jun-tos”, ressalta Elaine.

“A família no circo é muito unida e presente, diferente do que acontece hoje com os jovens da cidade, que são mais afastados da família”, diz.

Elaine também destaca que no cir-co, os jovens devem ter mais disciplina e responsabilidade com o corpo e a ali-mentação já que este é o instrumento de trabalho dos artistas.

A Trapezista conta que os três não conseguem se separar, pois, estão acos-tumados a estarem sempre juntos. Ela e o marido, até compraram um trailer para a filha ter mais privacidade, po-rém, Caroline está sempre na “mini-casa” dos pais. A família até viveu uma experiência de participar de um “reality show”, da emissora Record, no progra-ma “ Troca de Família” e sentiu como é viver em uma família tradicional.

Pingolé considera o circo como “uma grande família”, e ressalta que há um bom relacionamento entre to-dos, o que considera necessário, já que “moram dentro do próprio emprego”.

Por Aline Ferreira

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Um retrato de família: Caroline, Gilmar e Elaine abaixo um vislumbre do íncrivel trabalho

A base para uma família saudável, talvez, seja o livre acesso à educação pe-las crianças. No caso do circo, até 2002, era quase que impossível as crianças descendentes de pais que trabalhavam no circo freqüentarem regularmente às escolas, devido ao fato da profissão ser de pessoas itinerantes, ou seja, que mu-dam de local de moradia

Em 2002 o Senado Federal aprovou o projeto de alteração da lei 6.533/78, que assegura o direito a todos os Artistas de circo de ter seus filhos matriculados em escolas públicas em qualquer cidade em que eles passem.

A Educação no circo

Hoje a lei permite que as crianças que “nasceram” no circo tenham aces-so livre as escolas, como por exemplo, Paloma,19, Estela,15, e Luan,14, todos filhos de Eunice Rigoletto. O último é malabarista do Circo Spacial, onde Eu-nice trabalha e mora com o marido que é marceneiro e os três filhos a quatro anos. Ruan e Estela ainda freqüentam a escola, e a mais velha já está formada no ensi-no médio. “Hoje nós podemos trabalhar no circo com tranqüilidade, sabendo que nossos filhos terão acesso ao mínimo de conhecimento para poderem escolher se pretendem continuar no circo ou seguir em outra profissão”, afirmou Eunice.

Luan, mesmo comparecendo a esco-la, já escolheu aonde seguirá carreira, no circo. Atualmente o garoto é malabarista do espetáculo, mas sem nunca deixar de estudar correto. “Apesar de ter de treinar muito, e ele treina, o Luan sempre leva os estudos em primeiro lugar, quer dizer quase sempre (risos)”, afirma a mãe Eu-nice com orgulho estampado nos olhos. Por André Fonseca

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Eunice Rigoletto, tranquila quanto ao futuro dos filhos

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O Circo rompendo fronteiras

A peruana Diana, de 54 anos, trabalha atualmente no Circo Spacial, mas a histó-ria dela e de sua família com o circo é lon-ga, em tempo e distância. Diana nasceu em Lima no Peru, e atualmente mantém resi-dência lá. “Temos casa no Peru, mas vamos para onde há oferta de emprego. Onde o trabalho está, eu estou”, afirma a ajudante peruana. Em Lima também começou a pe-regrinação de Diana pelos circos montados na América do Sul. Além do Peru, Diana também já trabalhou no Equador, na Bolívia e atualmente no Brasil, onde está com a famí-lia completa, seu marido, eletricista, e as filhas Josefine 19, e Jenifer,23, a qual é casada com Pablo, 27, contra-regra do espetáculo.

Como fruto desse casamento surgiu a neta Amélia, de apenas 1 ano. Diana atual-

mente reside em seu próprio trailer montado nos fundos do Circo Spacial, no Tamanduateí com toda a família. com toda a família. “No trailer temos nossa liberdade, eu faço comida na hora que posso, e não precisamos nos ser-vir da comida da cantina. Além de que nos outros países boa parte do salário era desti-nada para o pagamento de hotel, luz, água, etc.”, afirmou Diana.

A filha mais nova Josefine, é bailarina no circo. “O meu orgulho. Eu não trabalho no circo a tanto tempo e, em tantos lugares diferentes por necessidade, é porque o cir-co é nossa paixão e ter nossa filha partici-pando diretamente é um orgulho”, comple-tou a mãe orgulhosa, com suas duas filhas ao lado preocupadas se conseguiríamos entende - lá. “A grande dificuldade de tra-balhar aqui no Brasil é a língua, foi difícil me adaptar, mas acho que já consigo pelo menos ser entendida (risos).

Quando perguntada qual seria a facili-dade de trabalhar no Brasil ela disse catego-ricamente: “Vocês (brasileiros), tenho grande orgulho de minha neta ser brasileira”.

Por André Fonseca

Diana, Jenifer e a pequena Amélia

Do altar para os picadeiros! A história de duas mulheres que entraram no circo por um único motivo: o amor

O dia estava ensolarado, Kelly Ve-nâncio, moradora do bairro de Interla-gos, acordou e ao abrir a janela se depa-rou com uma lona.

O Circo Spacial chegou!A trupe desembarcou no bairro para

uma temporada de dois meses, e entre os funcionários, o ajudante geral Manoel encantou-se por Kelly.

Manoel utilizou o seu poder de se-dução, fez de tudo e mais pouco para ga-nhar o coração da morena, mas a moçoila não se rendeu aos seus galanteios.

Os dias se passaram e o circo foi embora. Após três anos, o circo retornou para uma nova temporada, e as chamas do coração do apaixonado reacenderam.

“Agora eu conquisto esta mulher!”. Manoel não mediu esforços. Man-

dou flores, poemas, chocolate, e final-mente o cupido acertou o coração da sua amada.

CasamentoHá um ano o casal está junto e a

união segue com toda força e amor. O dia a dia de ambos mudou, e muito. Manoel conta que antes do matrimô-nio a sua vida se resumia ao circo. “Por oito anos eu vivi só aqui dentro, isto era um mundo fechado pra mim, eu não saía para lugar algum, depois do casamento tudo melhorou”.

Kelly teve que se readaptar a rotina de trabalhar em um circo, ela possui uma filha de três anos, fruto de outro relacio-namento, e diariamente luta para conci-liar a vida de mãe à vida de esposa de um funcionário do circo.

“A gente vem para o circo na quinta-feira e à noite voltamos para casa, no ou-tro dia, sexta-feira, retornamos e ficamos direto até segunda-feira. Nestes dias a mi-nha filha fica em casa com a minha mãe” - conta a esposa.

Nos dias de trabalho, o casal se hos-peda em uma carreta que possui uma cama e uma televisão, já a cozinha que utilizam, é comunitária.

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Os recém casados, Kelly e Manoel

Do altar para os picadeiros! A história de duas mulheres que entraram no circo por um único motivo: o amor

Professora e mãe de circoKelly não é a única mulher que en-

trou no mundo circense por causa do ca-samento, Eunice Rigoletto há três anos faz parte da família Spacial.

“Meu marido desde sempre trabalhou em circo, a cada três meses estamos em um local diferente” – diz Eunice. Ela possui três filhos, Paloma, 19 anos, Estrela, 15, e Luan, 14, e todos trabalham no circo.

A rotina dos adolescentes consiste em estudar no período da manhã, e à tar-de, treinar de duas a três horas por dia. Eu-nice conta que por diversas vezes pensou em sair do circo, mas os filhos e o marido imploram para que fiquem.

“Eles abraçaram a luta, isto aqui é um sentido de vida. Quando eu conheci o circo, eu me apaixonei completamente, e a minha família achou que eu tinha enlou-quecido” – brinca a funcionária.

Ela relata que apesar de sua família a considerarem uma “louca”, eles sempre que a encontram querem saber tudo sobre os bastidores do circo, existe muita curio-sidade em torno deste mundo. Porém, os encontros familiares não são costumeiros. Nem sempre é possível comparecer aos casamentos, aniversários e outras come-morações, afinal, Eunice trabalha no Circo Spacial nos finais de semana e feriados. “O almoço de domingo é sempre aqui no cir-

co, logo, a convivência com a família cir-cense acaba sendo maior” – relata Eunice

Mas quem pensa que o circo é a sua única ocupação, engana-se! No período da manhã ela trabalha em uma escola como professora, e usa o seu lado circen-se ao seu favor, leva a habilidade que ad-quire no circo para as aulas, e por causa disto acaba sendo destaque.

“Utilizo diversas brincadeiras para entreter os alunos” - diz a educadora

Ela conta que adora trabalhar no co-légio, mas não há nada que sem compa-re ao circo.

“Lá existe magia, é uma sensação inarrável. Não imagino a minha vida sem o circo!” - confessa Eunice.

Por Flávia Arcanjo13 CAMBALHOTAS

Eunice, “trabalhar no circoé algo mágico”

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Acrobacias da Vida

A forte chuva que castigava a lona estendida no dia 5 de novembro ao lado da Estação Tamanduateí do Metrô, em nada abalou a disposição e a simpatia da trupe do Circo Spacial.

Pontualmente às 20h30 as cortinas se abriram dando início ao ritual de le-var alegria aos adultos saudosistas, e às crianças, surpreendidas pela novidade da experiência.

O público, que interagia e se ani-mava mais a cada apresentação, riu mais alto que o temporal desabando lá fora, preenchendo o silêncio das ca-deiras vazias. Ausências estas, que não pareciam notadas pelos artistas.

Entre essas fabulosas pessoas que esbanjam talento e carisma no picadeiro, encontramos os irmãos gêmeos, Maicon e Fernando Prendin de 24 anos.

Quem olha para os jovens, já ima-gina que os dois são atletas, e não se engana. Ambos começaram muito cedo na ginástica artística. Os irmãos tomaram muito gosto pelo esporte, ini-ciando com a Capoeira.

Fernando foi quem primeiro in-gressou na família do Circo Spacial, e de lá para cá, já são 7 anos juntos, viajando pelo Brasil. Questionados sobre falta que fazem aos pais, os dois rapazes explicam que sempre mantêm contato. “Visitamos sempre

que possível”, explica Fernando sor-rindo, sem nenhuma demonstração de arrependimento do estilo de vida que escolheram.

Além do circo, Fernando ainda se-gue a carreira militar. Todos os dias, inclusive quando tem apresentação no circo, segue de moto até a base em Ba-rueri, onde bate continência. Já Maicon, cursa a faculdade de Educação Física. Ele conta que durante sua graduação, se deslocou por 18 unidades da univer-sidade onde estuda, incluindo a capital, o interior e o litoral paulista. Pode pa-recer um espanto, mas para Maicon, é “tranquilo”, já que todo mundo queria fazer grupo com o “garoto do circo”.

Ele também participa de shows e eventos como artista, fazendo evo-luções com pirofagia, perna de pau e monociclo e ministra oficinas circenses em empresas quando solicitado.

No trailer onde vivem, nada dife-rente do quarto de dois jovens ocupa-dos. Para eles não falta nada, principal-mente tempo.

A disposição de Maicon e Fer-nando possuem traz uma reflexão e motivação para começar a arregaçar as mangas e fazer o nosso dia render um pouco mais.

Por Ane Rodrigues

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Ao lado, Maicon e Fernando na descontração do trailer e acima

momentos de apresentação

Mural de Fotos

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Circo SpacialEndereço:

Av. Dr. Francisco Mesquita, 1.000 Horários: Quinta/sexta: 20h30Sábado/Domingo e Feriados:

16hs, 18hs e 20h30O circo permanece neste local até o dia 19

de Dezembrohttp://www.spacial.com.br/

Agradecimentos

Coordenador Marcos Moretti, técnico de fotografia Márcio Neves

e em especial à Família Spacial, que nos recebeu de braços abertos.

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Bravo! Bravo!

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Família

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O Diário dePingolé

Educação circensee acrobacias de vida

Os prodígiosda trupe

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