Revista Capital 58

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Publicação mensal da S.A. Media Holding . outubro de 2012 . 100 Mt Nº 58 . Ano 05 INDÚSTRIA Matchedje Motors, um gigante que se ergue MINAS E ENERGIA Há negócios práticos e chorudos no downstream DESENVOLVIMENTO Prémio 100 Melhores PME: Um incentivo aos mais pequenos DOSSIER Matola é uma referência entre os centros de negócio EMPRESA Grupo Maeva: «Se estamos na Matola é graças aos incentivos municipais» IV Business Forum, the investment magnet in Matola IV Fórum Empresarial, o íman dos investimentos na Matola

Transcript of Revista Capital 58

Publicação mensal da S.A. Media Holding . outubro de 2012 . 100 Mt Nº

58 .

Ano

05

IndústrIaMatchedje Motors,um gigante que se ergue

MInas E EnErGIaHá negócios práticos e chorudosno downstream

dEsEnvolvIMEntoPrémio 100 Melhores PME:Um incentivo aos mais pequenos

dossIErMatola é uma referência entre os centros de negócio

EMPrEsaGrupo Maeva: «se estamos na Matolaé graças aos incentivos municipais»

IV Business Forum,the investment magnet in Matola

IV FórumEmpresarial, o íman dos investimentos na Matola

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ÍNDICE DE ANUNCIANTES /ADVERTISE

TDM, p 02SAMSUNG, p 03BIM, p 04MCEL, p 05STANDARD BANK, p 08AFRITOOL, p 15BANCO ÚNICO, p 45

SAL E PIMENTA, p 50SOURCECODE, p 52CORRE, p 55MOZBUILD, p 67SUPERBRANDS, p 69ZAP, p 71BCI, p 72

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DOSSIER / FILE

28ENTREVISTA / INTERVIEW

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SUMÁRIO / SUMMARY

DOSSIER / DOSSIER ECONOMIA / ECONOMy

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EMPRESAS / coMPAny

Matola: Uma referência entre os centros de negócio do PaísAlbergando quase 30% das empresas do País e 46,8% dos trabalhadores, a Matola é determinante para o estabelecimento de negócios, pela proximidade em relação a grandes mercados.

Matola: A reference point among the national business centersHome to nearly 30% of businesses in the country and 46.8% of workers, Matola is a critical point for the establishment of businesses due to its proximity to large markets.

“Colocar a Matola sempre em primeiro, em todos os aspectos” é o desafio com o qual o edil daquela urbe, Arão Nhancale, se defronta. Nesse sentido, o mesmo pretende encontrar soluções a breve trecho.

Matola economic challenges“Matola always first in every respect” is the challenge that the mayor of that municipality, Arão Nhancale, is faced with. In this regard, Arão Nhancale seeks to find solutions for this problem as soon as possible.

Os desafios económicos da Matola

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REPORTAGEM / REPORT

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ECONOMIA / ECONOMy

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SUMÁRIO

INDÚSTRIA / INDUSTRY energia / energy ESTILOS DE VIDA/LIFE STYLE

36 42 53 66Fórum Empresarial, o íman dos investimentos na MatolaOs Fóruns Empresariais da Matola são uma mais-valia em termos de captação de in-vestimento. Como exemplos dessa atracção surgem a fábrica de automóveis Matchedje Motors e o futuro aterro sanitário.

Business Forum: the investment magnet in MatolaMatola Business Forums are an asset in terms of attracting investments. The car plant Matchedje Motors and the future landfill are some examples of such attraction.

INDUSTRIA / INDUSTRy

42A fábrica de automóveis Matchedje Motors vai entrar em funcionamento este ano. A sua directora, Sandra Song, fala dos projectos daquela unidade fabril que pretende solucio-nar a falta de transporte no País.

Matchedje Motors, an emerging giantThe car plant Matchedje Motors will come on stream this year. Its director, Sandra Song, talks about the projects of that plant which are intended to address the problem of the lack of transport in the Country.

Matchedje Motors, um gigante que se ergue

DR

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REPORTAGEM / REPORT

9EDITORIAL

Propriedade e Edição: Southern Africa Media Holding, Lda., Av. Mao Tsé Tung, 1245 – Telefone/Fax (+258) 21 303188 – [email protected] – director Geral: André Dauane – [email protected] – directora Editorial: Helga Neida Nunes – [email protected] – redacção: Arsénia Sithoye - [email protected]; Sérgio Mabombo – [email protected] – secretariado administrativo: Indira Mussá – [email protected]; Cooperação: CTA; Ernst & Young; Ferreira Ro-cha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Colunistas: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Fotografia: Luís Muianga, Amândio Vilanculo; Gettyimages.pt, Google.com; – Ilustrações: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. Capa: Rui Batista– Paginação: Arlindo Magaia – Design e Grafismo: SA Media Holding – tradução: E. Vas-ques – departamento Comercial: Neusa Simbine – [email protected]; – distribuição: Nito Machaiana – [email protected]; SA Media Holding; Mabuko, Lda. – registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - tiragem: 7.500 exemplares. Os artigos assinados reflectem a opinião dos autores e não necessariamente da revista. Toda a transcrição ou reprodução, parcial ou total, é autorizada desde que citada a fonte.

FICHA TÉCNICA

Helga [email protected]

Como cativar e motivar os investidores que podem fazer da Matola uma cidade mais de-senvolvida? Chegamos à conclusão de que não bastam boas intenções e que é preciso superar o perigo da Matola se tornar num mero corredor de passagem.Diz-se que é o maior centro industrial do País. Mas, ao mesmo tempo, é um grande

dormitório. Basta ver o volume de tráfego que passa pela portagem, levando e trazendo dezenas de milhares de pessoas para o trabalho em Maputo. Uma azáfama que implica um grande des-perdício de energia bem como um sério contributo para a poluição.Quantas pessoas não gostariam de trabalhar na Matola? Quantas pessoas não gostariam de poder evitar a inconveniência das deslocações diárias e das despesas de transporte, de combus-tível e de manutenção das viaturas? Não seria preferível evitar a poluição e a degradação das estradas?A Matola poderá tornar-se numa cidade cosmopolita. E tendo em conta a sua posição geográfi-ca, encontra-se numa encruzilhada ou num nó de importância vital para o progresso da Região.Instalada ou entalada entre a capital, Maputo, e a vizinha África do Sul, com uma ligação à Suazilândia, a Matola pode transformar-se num entreposto, à semelhança do que aconteceu com outras cidades ao longo da história que se tornaram supra-nacionais. E este é um grande desafio: Atingir a magnitude.Para tal, serão precisos recursos, principalmente financeiros. E será necessário criar fontes de receita. A Matola é muito procurada como zona industrial, mas torna-se necessário aproveitar os projectos que podem gerar trabalho, produção, valor, riqueza, emprego e melhoria das con-dições sociais, com reassentamentos disciplinados e saudáveis.A organização social deve ser disciplinada no sentido da harmonia, pois a harmonia não pode subsistir no caos. A esse nível, convém sublinhar que a Administração da Matola tem procurado desenvolver uma acção positiva principalmente na assistência social (protecção das crianças), saúde e educação. Aliás, foi assinado, em Abril, um protocolo de cooperação entre o Conselho Municipal e a universidade Politécnica, com o objectivo de analisar e resolver potenciais confli-tos sociais - o que é muito importante para que as populações se sintam tranquilas.Quando o País atravessa uma fase de grande potencial de desenvolvimento, com a descober-ta e acesso a fabulosas riquezas naturais, principalmente nas zonas Centro e Norte, onde os megaprojectos fazem parte da ordem do dia e concentram a maior parte das atenções, pode perguntar-se: O que irá acontecer à zona Sul?O desenvolvimento do Norte é necessário e importante para que o País cresça em toda a sua extensão. Parece ter chegado a hora, e a dinamização das regiões mais apetecidas já está a acon-tecer, mas vai levar tempo, muito trabalho e investimento à altura. Enquanto isso, o Sul não adormece e a nova circular e a ponte entre Maputo e a Ka Tembe são provas inequívocas da aposta feita. Porém, esta área (Maputo-Matola-Ka Tembe) não correrá o risco de se converter num corredor de passagem, num dormitório, ou na concentração burocrática de funcionários engravatados, em vez de se converter num foco de projectos, máquinas e ferramentas? Espera-mos que não. É preciso apostar numa maior industrialização da Matola. Mas é igualmente preciso não perder oportunidades, criar incentivos e decidir com celeridade, pois os investidores e industriais po-dem vir a cansar-se e rumar em direcção ao Norte.c

Matola:Corredor de passagemou de desenvolvimento?

outubro 2012 revista capital

Property and Publishing: Southern Africa Media Holding, Lda., Av. Mao Tsé Tung, 1245 – Telefone/Fax (+258) 21  303188 – [email protected] – General director: André Dauane – [email protected] – Editorial director: Helga Neida Nunes – [email protected] – Executive director: Vanize Manjate - [email protected] - Journalists: Arsénia Sithoye - [email protected]; Sérgio Mabombo – [email protected] – administrative services: Indira Mussá – [email protected]; Partnerships: CTA; Ernst & Young; Ferreira Rocha e Associados; PriceWaterHouseCoopers, ISCIM, INATUR, INTERCAMPUS – Cronists: António Batel Anjo, E. Vasques; Elias Matsinhe; Federico Vignati; Fernando Ferreira; Hermes Sueia; Joca Estêvão; José V. Claro; Leonardo Júnior; Levi Muthemba; Maria Uamba; Mário Henriques; Nadim Cassamo (ISCIM/IPCI); Paulo Deves; Ragendra de Sousa, Rita Neves, Rolando Wane; Rui Batista; Sara L. Grosso, Vanessa Lourenço; Photography: Luís Muianga, Amândio Vilanculo; Gettyimages.pt, Google.com;  – Ilustrations: Marta Batista; Pinto Zulu; Raimundo Macaringue; Rui Batista; Vasco B. Cover: Project – Graphic design: Arlindo Magaia - SA Media Holding –Comercial departament: Neusa Simbine – [email protected]; Loni Machava – [email protected] - distribution: Nito Machaiana – [email protected]; SA Media Holding; Corre Expresso; Mabuko, Lda. – registo: N.º 046/GABINFO-DEC/2007 - Copies: 7.500 unities. The articles express the opinion of the authors and not necessarily from the magazine.

FICHA TÉCNICA

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Helga [email protected]

Matola:a Transit Corridor ordevelopment Corridor?

EDITORIAL

How to engage and motivate investors that can make Matola a more developed city? We have come to the conclusion that good intentions are not enough and that it is important to overcome the danger of Matola becoming a mere transit corridor. Matola is said to be the largest industrial centre of the country but at the

same time, it is a large dormitory. The tens of thousands of people passing through the tollgate, to and from work in Maputo, is an example of such dormitory. This is a bustle which implies a large waste of energy as well as a serious contribution to pollution.How many people wish they worked in Matola? How many people wish they avoided the burden of commuting and the transport, fuel and maintenance costs? Would it not be better to prevent pollution and the degradation of roads?Matola might become a cosmopolitan city. And taking into consideration its geogra-phical position, it is at a crossroads or at a crucial point for the progress of the region.Positioned or wedged between the capital, Maputo, and the neighbouring countries na-mely South Africa and Swaziland, Matola can become a warehouse, similarly to what happened with other cities throughout history which have become supra-national. And this is a huge challenge: Achieving magnitude.For this to take place, resources, mainly financial will be necessary. And it will also be necessary to create sources of revenue. It should be stressed that Matola is highly sought after as an industrial area, but it is increasingly becoming necessary to seize projects that can generate jobs, production, value, wealth, employment as well as improving social conditions, along with disciplined and healthy resettlements.Given that harmony cannot exist in chaos, the social organization must be disciplined in that regard. Within this context, it should be highlighted that the Municipality of Matola has sought to develop a positive action primarily on social assistance (protection of children), health and education. Incidentally, a cooperation protocol was signed in April between the City Council and the Polytechnic University, aiming at analyzing and resolving potential social conflicts - which is very important so that people can feel calm.When the Country is undergoing a period of great potential development, with the dis-covery and access to fabulous natural wealth, especially in the central and northern areas, where megaprojects are part of the agenda and concentrate the most attention, one may wonder: What will happen to the south?The development of the North is necessary and key so that the country can grow throu-ghout its length. It seems the time has come, and the most desired regions are already being developed, but it will take time, hard work and investment until such time. Me-anwhile, the South did not fall asleep, the new ring road and the bridge between Maputo and Ka Tembe are a clear evidence of such bet. However, this area (Maputo-Matola--Ka Tembe) does not run the risk of becoming a transit corridor, a dormitory, or the concentration of bureaucratic officials in suits instead of becoming a focus of projects, machinery and tools? We hope so.There is a need to invest in a greater industrialization of Matola. Nonetheless, oppor-tunities should not be lost and incentives should be created and decisions should be made quickly as investors and entrepreneurs may lose their interest and head towards the North.c

revista capital outubro 2012

BANCA BCI 11

O BCI MMA apoia a comunidade

Uma comitiva constituída por representantes do BCI, músi-cos locais, organizadores e ou-tros patrocinadores e apoian-

tes do BCI Mozambique Music Awards juntaram-se para proceder à oferta for-mal de um apoio a um orfanato local.

As crianças do Orfanato Madre Maria Clara de Lhanguene, que alberga rapa-rigas órfãs dos 4 aos 18 anos de idade, tiveram uma tarde repleta de diversão assistindo à actuação de músicos locais que, no âmbito desta iniciativa, tiveram a oportunidade de interpretar músicas do seu reportório expressamente soli-citadas pelas crianças. Para sua grande alegria, as crianças foram também brin-dadas com algumas ofertas de brindes dos vários participantes.

Segundo Christine Ramela, Directora Comercial da DDB, “estes prémios não servem apenas para honrar e apoiar os talentos locais, mas visam também dar algo de volta às comunidades de onde vão despontar os futuros músicos. Sen-

timo-nos honrados e gratos pela opor-tunidade de prestar o nosso apoio aos menos afortunados.”

O BCI na qualidade de patrocinador ofi-cial deste projecto, em conjunto com ou-tras organizações, uniram-se para fazer várias doações ao orfanato. As doações incluíam bens alimentícios, material escolar, vestuário, um descodificador e uma antena com a subscrição paga por um ano e ainda um valor monetário para a pintura do orfanato.

“Como um Banco que opera no seio da comunidade, e de onde se reflecte e idêntica, acreditámos que temos uma responsabilidade para com essas mes-mas comunidades. Esperamos que este gesto singelo contribua para melhorar a vida e o futuro destas crianças. Elas são o nosso futuro e estamos empenha-dos em apoia-las na medida das nos-sas possibilidades” afirmou o Dr. Celso Guevane, Director de Relações Públicas do BCI.

O representante do BCI concluiu a sua breve intervenção agradecendo a pre-sença e a pronta resposta dos outros patrocinadores a esta iniciativa, congra-tulando igualmente os organizadores e os artistas presentes por terem tornado este acontecimento possível. “Em nome do BCI, gostaria de fazer uso desta oportunidade para agradecer aos ou-tros patrocinadores e aos organizado-res do BCI MMA pelo apoio concedido a esta iniciativa. Apelamos igualmente a todas as outras corporações empresa-rias para contribuírem de forma signi-ficativa em prol das nossas comunida-des.” c

outubro 2012 revista capital

revista capital outubro 2012

12 BANK BCI

A delegation comprising repre-sentatives of BCI, local mu-sicians, organizers and other sponsors and supporters of BCI

Mozambique Music Awards have tea-med up to make a formal offer to support a local orphanage.It should be noted that the children from the Orphanage, Madre Maria Clara de Lhanguene, housing orphaned girls from 4 to 18 years old, had an afternoon fraught with fun as they watched the lo-cal musicians´ performances that, under this initiative, had the opportunity to play songs from their repertoire specifi-cally requested by the children. To the great joy of the children, several partici-pants also toasted them with some pre-mium offers.According to Christine Ramela, DDB´s Commercial Director, “these awards do not only serve to honour and support the local talents, but they also aim to give something back to the communi-ties from where future musicians will emerge. We are honoured and grateful for the opportunity to lend our support to those less fortunate”.It should be said that, as an official spon-sor of this project, BCI together with other organizations, have teamed up to make several donations to the orphan-age. The donations included foodstuffs, school supplies, clothing, a decoder and a satellite with a paid subscription for a year and an amount of money for paint-

ing the orphanage.“As a bank that operates within the community, and as it reflects and iden-tifies itself with it, we believe that we have some responsibilities towards these communities. We hope this simple gesture will improve the lives and the future of these children. They are our future and we are committed to sup-porting them as far as we can “said Mr. Celso Guevane, the BCI´s Public Rela-tions Officer.The BCI´s representative concluded his brief remarks by thanking the presence and the other sponsors for their prompt response to this initiative, and also con-gratulated the organizers and the musi-

cians for making this event possible. “On behalf of BCI, I would like to take this opportunity to thank the other sponsors and the organizers of BCI MMA for sup-porting this initiative. We also call on all other corporations to contribute sig-nificantly towards our communities.”c

BCI MMA supports communities

EM alta

EM BaIXa

COISAS QUE SE DIZEM…

vergonha é dizer pouco «Modelo de concessão da RTP é uma pouca-vergonha»Ex-presidente português, Mário soares, acerca da possibilidade da concessão do canal 1 da rtP a um privado e do encerramento da rtP2.

Gestão Financeira é outra bola«Quando o assunto são finanças, Neymar não tem a mesma habilidade que tem com a bola»revista norte-americana Forbes em alusão aos gastos excessivos do jogador brasileiro neymar.

o abandono da “petroldependência” «Novas iniciativas vão surgir, que contribuam para (…) a redução da nossa actual dependência do petróleo»Presidente angolano, José Eduardo dos santos, durante a sua campanha elei-toral.

Efeito da contradição«O número de pobres está a aumentar»Economista nuno Castel Branco, citado pelo jornal o País.

Espremer o pobre até à última gota«As pessoas de rendimento baixo gastam 80 a 85% do seu rendimento na co-mida e outros bens, e as pessoas de alto rendimento gastam cerca de 15%»Idem.

GESTÃO-SECTOR MADEREIROApesar de Moçambique ser um dos principais fornecedores da madeira a alguns países asiáticos e europeus, este produto está cada vez mais raro para os compradores e exploradores nacionais. Estes são unânimes em afirmar que a madeira está cada vez mais a escassear. A maior parte dos carpinteiros, pelo menos na cidade e província de Maputo, já está a abdicar da sua pro fissão. A razão reside no facto de haver di ficuldades na aquisição da matéria-prima que geralmente provém da zona norte do país.

InasOs fundos do Estado alocados ao Instituto Nacio-nal de Acção Social (INAS) para o apoio à camada da população moçambicana mais carenciada es-tão a ser delapidados por esta instituição, segundo António Francisco, director de Investigação do Instituto de Estudos Sociais e Económicos (IESE). O mesmo, além de verificar que “há gestão danosa dos fundos alocados ao INAS”, indica ainda que o sistema de protecção social em Moçambique é “miserável e precário”, situação que deriva da ac-tual forma de prestação de contas “que somente é feita apenas aos doadores e não aos beneficiários directos”.

ProdUÇÃo dE Gado BovInoA produção de gado bovino na província de Ma-puto caminha para níveis históricos. As autorida-des do sector de Pecuária prevêem que, nos pró-ximos quatro anos, possa haver um efectivo su-perior a 600 mil animais. O pico da produção de gado bovino na província registou-se no período imediatamente a seguir à independência nacio-nal, altura em que foram contabilizados 500 mil animais, número que viria a reduzir para menos de cinquenta mil, como consequência da guerra civil.

ProdUÇÃo dE alIMEntosO Mercado grossista do Zimpeto, o maior distri-buidor da cidade e província de Maputo, está a registar um aumento de produtos frescos nacio-nais, o que está a concorrer para a redução dos preços que são praticados. Exemplo dessa maior disponibilidade é que, nos últimos meses, aquele mercado é abastecido com produtos como toma-te, repolho, feijão-verde, pimento, pepino, pro-duzidos nos distritos de Chókwè, na província de Gaza, e Moamba, em Maputo. A caixa de tomate de 22 quilogramas pode ser adquirida por valores que variam de 50 a 200 meticais. O quilograma de repolho varia de seis a oito meticais, enquanto a mesma quantidade de feijão-verde custa entre 50 e 60 meticais e a de pimento varia de 15 a 20 meticais.

13BOLSA DE VALORESCAPITOON

outubro 2012 revista capital

MATOLA FORUM BUSINESS OPPORTUNITIES

THERE ARE TOO MANY HOLES ON

THE ROADS

... ESTABLISH A PUBLIC WORKS

COMPANY

GARBAGE IS NOT COLLECTED

... ESTABLISH A RECYCLING COMPANY

THERE ISA SHORTAGE OF

WATER IN THE TAPS

... ESTABLISHA WATER DISTRI-

BUTION COMPANY

HOUSINGINCREASINGLY

DEGRADED

... ESTABLISH A CONSTRUCTION

COMPANY

INSUFFICIENTPUBLICTRANSPORT

... ESTABLISHA TRANSPORT

COMPANY

THERE IS NO MONEY

... DAMN, THERE WAS BANKRUPTCY WHEN THE BUSI-NESS WAS GOOD

GoInG UP

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GoInG doWn

STOCK ExCHANGE CAPITOON

THINGS WE HEARD

shame is an understatement «The RTP granting model is shamelessness »the Former Portuguese President Mario soares, commenting on the possibili-ty of granting the rtP channel 1 to a private investor and the closure of rtP2.

Financial Management is a different game« As a football player, Neymar does not have the same skills when it comes to finances »U.s. magazine Forbes referring to the overspending of the Brazilian player, neymar.

Getting rid of “petrol dependency” « New initiatives that will contribute to (...) reducing our current dependence on oil will emerge »angolan President, José Eduardo dos santos, during his electoral campaign.

The effect of contradiction« The number of poor people is increasing »nuno Castel Branco, an economist quoted by “o País” newspaper.

squeezing the poor to the very last drop« Low-income people spend 80 to 85% of their income on food and other goo-ds, and people of high income only spend about 15%»Ibid.

loGGInG sECtor ManaGEMEntAlthough Mozambique is one of the leading suppliers of wood to some Asian and Europe-an countries, this product is increasingly be-coming rare for buyers and domestic loggers. There is a general consensus that wood is in-creasingly becoming scarce. The vast majority of carpenters, at least in the city and province of Maputo, are already giving up their profes-sion. The reason for this abandonment is that it is increasingly becoming difficult to acquire raw material, which usually comes from the north of the country.

InasAccording to Anthony Francis, the Research Director at the Institute of Social and Eco-nomic Studies (IESE), the National Institute of Social Action (INAS) is depleting the state funds allocated to support the most deprived layer of the Mozambican population. He goes further stating that “there is a mismanagement of the funds allocated to INAS”, and that the system of social protection in Mozambique is “miserable and precarious”, which is a result of the current form of accountability in which “they are only accountable to donors and not to the direct beneficiaries.”

CattlE ProdUCtIon The production of cattle in Maputo province is moving toward historical levels. The Livestock sector authorities anticipate a production of more than 600 000 animals in the next four years. The peak in the province was achieved in the period immediately after independence, when 500 000 animals were counted. Such a figure would then come down to less than fifty thousand, as a result of the civil war.

Food ProdUCtIonThe wholesale market of Zimpeto, the largest distributor of Maputo city and province, is re-gistering an increase of national fresh produce, which is leading to food price reduction. As an illustration to that, in recent months, the ma-rket has been selling products such as tomato-es, cabbage, green beans, peppers, cucumbers, from the districts of Chokwe and Moamba, in Gaza and Maputo provinces, respectively. A 22kg-box of tomatoes can be purchased at a price ranging from 50 to 200 Meticals. The price of a kilogram of cabbage ranges from six to eight Meticals, while the same quantity of green beans costs between 50 and 60 meticals and pepper varies from 15-20 meticals.

revista capital outubro 2012

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delegAçõeS em quelimane, Tete e Nampula

EUaPublicidade atéem rolos de papelhigiénico

Bryan e Jordan Silverman inventaram o papel higiénico publicitário e com cupões, uma ideia que pode ganhar alguns pré-mios. Para os leitores que não conseguem separar-se das letras, mesmo na casa de banho agora poderão ler anúncios num papel higiénico inteiramente preenchido com publicidade. A ideia vem da imaginação de dois irmãos, Bryan e Jordan Silverman, que residem nos arredores de Nova Iorque, mais con-cretamente em Westchester, e o produto final pode vir a conquistar rapidamente o grande mercado norte-americano. O papel higiénico publicitário possui, em alguns casos, cupões de descontos (uma promo-ção muito apreciada nos EUA), os quais são geralmente lidos em telemóveis.Nada como a higiene pessoal estar aliada à economia doméstica.c

CHInaGigante de papelreergue-se para novos mercados

A maior fabricante de produtos de papel do mundo, a International Paper Co, está

MUNDO NOTÍCIAS16

de olhos postos mercado dos produtos de cuidados pessoais do continente asiático.Com cerca de um quinto da sua antiga for-ça de trabalho, a fábrica prepara-se para começar a produzir o Fluff, um tipo de ce-lulose de fibra longa, branca e macia, que é usada em fraldas e demais produtos de saúde e higiene pessoal. A capacidade mundial de fabricação de celulose Fluff encontra-se hoje em 6.4 mi-lhões de toneladas, contra 4.5 milhões em 2007, segundo Rod Fisher, um consultor de Norwalk (Connecticut) que monitora a produção mundial de celulose. Quem sabe se uma ideia destas não poderá vir a vingar em Moçambique. Lá taxa de natalidade favorável existe!c

BrasIl Creme caseiro viranegócio gigante

A criação caseira de um creme de aspargos servido sobre uma base de fubá, uma fa-rinha de milho fina comum no Brasil, fez tanto sucesso num encontro de amigos, que o seu mentor, o empresário Joaquim Pedro, decidiu criar a Juca Fubá, no Rio de Janeiro.A ideia seduziu uma rede de Sistemas de Tecnologias que deu orientação sobre as patentes. Por sua vez, a Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária, Embrapa, ajudou a desenvolver o produto, a embala-gem e deu as especificações de uma cozi-nha industrial. Por seu lado, Joaquim Pedro já investiu em capacitação para o seu pessoal du-rante seis meses antes de abrir as portas. No Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) já beneficiou de mais de oito cursos de entre os quais, a formação de preços, oficina de marketing. O empresário também conheceu o progra-ma Sebrae 2014, que orienta empresários para as oportunidades de negócio que se-rão geradas com a realização da Copa do Mundo FIFA 2014. O negócio cresceu cer-

ca de 30 por cento segundo calcula o em-presário. A Juca Fubá, já produz mais de 50 mil unidades de copinhos de fubá para 70 clientes nas cidades de Niterói, Rio de Janeiro e São Paulo.c

CorEIa do sUlacções da samsung caem sete por centoAs ações da Samsung, consideradas uma das maiores companhias da área da tecno-logia, caíram mais de sete por cento após o veredito, dado na última semana de Agos-to, no processo que opõe a empresa contra a rival Apple. Trata-se da pior desvalorização de acções da empresa nos últimos quatro anos. Por outro lado, a Samsung terá de pagar à rival Apple pouco mais de 1 bilião de dólares no processo em curso. O término da disputa está projectado para Dezembro deste ano.Entre as acusações que a Apple lança con-tra a Samsung constam: cópias do design do iPhone original e do iPad, assim como dos elementos de interface com o usuário- toque para ampliar a imagem e resposta imediata quando o utilizador corre o dedo pela tela para chegar ao fim de uma lista. A Samsung contra-ataca acusando a Ap-ple de usar as leis de patentes para tentar dominar o mercado de smartphones. No processo, a Apple pede um total de 2.5 bili-ões de dólares por danos e prejuízos, uma cifra que poderia ser triplicada pelo tribu-nal, caso a Samsung fosse condenada. Apesar da Apple comprar da Samsung diversos componentes que usa nos seus aparelhos, as companhias não consegui-ram fazer acordos sobre o intercâmbio de licenças. A Samsung e a Apple são actual-mente responsáveis por mais da metade da venda de smartphones no mundo.c

revista capital outubro 2012

NEWS WORLD 17

outubro 2012 revista capital

Usaadvertising evenin toilet rollsBryan and Jordan Silverman invent-ed a toilet roll comprising advertise-ment and coupons, an idea that might win some prizes. For those readers who cannot detach themselves from letters, they can now read ads even in the restroom, from toilet rolls fully packed with advertisements. The idea comes from the imagination of two brothers, Bryan and Jordan Silver-man, who live around New York, more specifically in Westchester, and the final product may quickly conquer the huge U.S. market. In some cases, the advertis-ing toilet rolls have discount coupons (a kind of a promotion very much liked by many in the U.S.), which are usually sent through on mobile phones.Nothing like personal hygiene to be com-bined with domestic economy.c

CHInaPaper giant bounces back to new markets

The largest global manufacturer of paper products, International Paper Co, has its eyes set on the market of personal care products in the Asian continent.With about a fifth of its former workforce, the factory getting ready to produce Fluff, a type of a long soft and white pulp, which is used in diapers and in other health care products and for personal hygiene. According to Rod Fisher, a consultant in Norwalk (Connecticut), who monitors the global pulp production, the global capac-ity of Fluff production is now at 6.4 million tonnes, against 4.5 million in 2007. Who knows such an idea will not find a place in Mozambique. The birthrate is fa-vorable here!c

BraZIl Home made cream turns into big business

The creation of a homemade cream of as-paragus served on a cornmeal base, a thin cornmeal common in Brazil, was so suc-cessful at a a friends gathering, to such extent that its mentor, the businessman, Joaquim Pedro, decided to create Juca Fubá in Rio de Janeiro.The idea lured a network of Technology Systems that it gave guidance on patents. In turn, the Brazilian Agricultural Re-search Corporation, Embrapa, helped de-velop the product, the packaging and gave the specifications of an industrial kitchen. Meanwhile, Joaquim Pedro invested in a six-month training for his staff prior to opening the doors. He has already ben-efited from more than eight courses in-cluding pricing and a marketing workshop from Sebrae (Brazilian Support Service to SMEs). The businessman also got to know

the Sebrae 2014 program, which guides entrepreneurs to business opportunities that will emerge from the organization of the FIFA World Cup 2014. The entre-preneur estimates that the business has grown in about 30 percent. The Juca Fubá is already producing more than 50,000 units of cornmeal cups for its 70 custom-ers in the cities of Niterói, Rio de Janeiro and Sao Paulo. c

soUtH KorEa samsung’s shares fall seven percent

The shares of Samsung, one of the larg-est technology companies, fell more than seven percent after the verdict delivered last week of August on the case that pits the company against its rival, Apple. This is the worst devaluation of the com-pany’s shares over he last four years. Moreover, Samsung will have to pay to its rival, Apple, just over one billion dollars in the current lawsuit. The end of the dispute is planned for December this year.Apple’s charges against Samsung in-clude: copying of the original design of the iPhone and iPad, as well as elements of the user interface, tap to enlarge the im-age and immediate response when you run your finger across the screen to get to the end of a list. Samsung strikes back accusing Apple of using patent laws to try to dominate the smartphones market. In the lawsuit, Ap-ple asks for a total of 2.5 billion dollars in damages, a figure that could be tripled by the court, in case Samsung is convicted. Although Apple purchases from Sam-sung several components that it uses de-vices, the two companies failed to reach an agreement on the exchange of licenses. Samsung and Apple are currently respon-sible for more than half of the smart-phones sales worldwide.c

ÁFRICA NOTÍCIAS18

BREVESDOS PALOP´S

anGola Investimento privado ascende 345 milhõesde dólares A Agência Nacional de Investimento Pri-vado (ANIP) de Angola assinou, entre Ju-lho e Agosto, 16 contratos de investimento com um valor conjunto de 345 milhões de dólares, anunciou a presidente da institui-ção, Maria Luísa Abrantes.A China continua a liderar a lista dos paí-ses com maior volume de investimentos no país, principalmente na área de construção civil, sendo que os contratos assinados es-tão ligados às áreas de construção civil, hotelaria e turismo e prestação de serviços, indústria e comércio.Depois da China, seguem-se Portugal, Espanha e Itália na lista dos países com maior volume de investimento.A ANIP assinou recentemente mais quatro contratos de investimento com empresas ligadas aos sectores da indústria, presta-ção de serviços e agricultura que, no seu conjunto, vão despender 14 milhões de dólares.

O primeiro contrato foi assinado com a empresa de origem espanhola, Mussonde Comercial, dedicada à construção civil, com realce para a habitação social e o se-gundo com empresa China CAMC Engi-neering Co. (CAMC) que pretende erguer e apetrechar duas explorações agro-indus-triais. Os terceiro e quarto contratos foram assinados com as empresas Falkat, que pretende instalar em Luanda uma fábrica de tratamento de águas e com a Special Edition, de prestação de serviços de publi-cidade e marketing.

CaBo vErdErota marítima Cabo verde-Ceará será inaugu-rada em outubro Brasil e Cabo Verde poderão celebrar no-vos negócios a partir de Outubro, com a inauguração da rota marítima e comercial que ligará o Ceará ao Cabo Verde. Com esta linha, o tempo de trânsito entre aque-le estado brasileiro e Cabo Verde cairá para mais de metade, abrindo as portas para o

crescimento das trocas comerciais entre as duas margens do Atlântico. As autoridades - Cabo Verde Investimentos e Câmaras do Comércio - conhecem o projecto, mas não confirmam a data do início das operações. O embaixador do Brasil no arquipélago, João Padilha está optimista e afirma, o projecto de ligação marítima entre Cabo Verde e Brasil está bastante avançado. A expectativa do Brasil é, a partir de Cabo Verde, poder enviar os seus produtos para a África do Sul, Angola, Guiné-Bissau, Se-negal, Moçambique e São Tomé e Príncipe. Daí ainda estarem em discussão duas pos-síveis rotas, sendo uma Cabo Verde-Ceará--Cabo Verde e a outra Espanha-Portugal--Cabo Verde-Ceará.c

ConGo BdEaC concedeempréstimo O Banco de Desenvolvimento dos Esta-dos da África Central - BDEAC concedeu um empréstimo de cinco biliões de fran-cos CFA (9,4 milhões de dólares), para um período de 10 anos, à Mutual Congo-lesa de Poupança e Crédito - MUCODEC.O empréstimo foi formalizado através da assinatura, de uma carta de garantia na qual o BDEAC avaliza, num montante de cinco biliões de francos, a operação de concessão de créditos imobiliários por uma duração mínima de sete anos pela MUCODEC, a favor dos seus sócios.

«A emissão pelo BDEAC de uma garan-tia de depósito a favor da MUCODEC terá por efeito proteger a poupança dos sócios, transformá-la em recursos de longo prazo e favorecer o acesso à mo-radia para numerosas famílias, com a ajuda dos créditos de longo prazo e em condições menos severas», indicou o presidente do BDEAC, Michael Adandé.Criado a 3 de Dezembro de 1975, o BDE-AC é a instituição de financiamento do desenvolvimento dos países da Comuni-dade Económica e Monetária da África Central - CEMAC, que integra os Ca-marões, a República Centro-Africana, o Congo, o Gabão, a Guiné Equatorial e o Tchad.c

revista capital outubro 2012

Moçambique é o 3º país mais atractivo ao investimento em África

Os resultados de um estudo de-senvolvido pela instituição fi-nanceira internacional Rand Merchant Bank (RMB) indi-

cam que Moçambique é o terceiro país

africano mais atractivo para o investi-mento directo estrangeiro.A posição é atribuída por aquela institui-ção devido ao facto de o país ter inflação, moeda e défice público sob total contro-

lo. Os megaprojectos e investimentos aplicados no sector de açúcar são outros factores que contribuem para a posição em que Moçambique se encontra.c

NEWS AFRICA 19

outubro 2012 revista capital

ConGo CasdB grants a loanThe Central African States Development Bank - CASDB - has granted a loan of five billion CFA francs (9.4 million dollars), for a period of 10 years, to the Congolese Mu-tual Savings and Credit Company - MU-CODEC.The loan was formalized through the sig-ning of a letter of guarantee in which the CASDB undertakes to advance an amount of five billion francs for concession opera-tion of the real estate loans to its members by MUCODEC, for a minimum period of seven years.The CASDB president, Michael Adandé, pointed out that «The issuance of a gua-rantee deposit for MUCODEC by CASDB will have the effect of protecting its sha-reholders’ savings, turning it into long--term resources and facilitate access to housing for many households, with the help of long-term credits and less severe conditions».The CASDB was created on 3 December, 1975, and it is the development financing institution of the Economic and Monetary Community of the Central African Coun-tries - CEMAC, and the member countries are Cameroon, Central African Republic, Congo, Gabon, Equatorial Guinea and Chad.c

BREVESDOS PALOP´S

anGola Private investment amounts to 345 millionMaria Luísa Abrantes, president of The National Agency for Private Investment (ANIP) of Angola, announced that her institution has signed 16 investment con-tracts that amount to 345 million dollars between July and August.China continues to lead the list of the countries with the major investments in the country, mainly in the civil construc-tion field, and the signed contracts are in the areas of construction, hotels, tou-rism, services, industry and trade.China is followed by Portugal, Spain and Italy in the list of countries with the ma-jor investment.Recently, ANIP signed additional four contracts with investment firms linked with the industry, services and agricultu-re sectors, totalling $ 14 million.The first contract was signed with a Spa-nish company, Mussonde Commercial, specialized in civil construction, with focus on social housing. The second con-tract was signed with the Chinese com-pany, CAMC Engineering Co. (CAMC), which aims to build and equip two agro--processing factories. The third contract was signed with Falkat, a company that will build a water treatment facility in Luanda. And the fourth contract was sig-ned with Special Edition, a company spe-cialized in service provision, advertising and marketing.c

CaPE vErdEthe maritime route, Cape verde-Ceará, will be inauguratedin october

Brazil and Cape Verde might strike new business deals as from October, with the opening of a commercial maritime rou-te linking the Brazilian State of Ceará to Cape Verde. With this new shipping line, the transit time between this Brazilian state and Cape Verde will fall by more than half, opening the door for the gro-wth of trade between the two shores of the Atlantic. The authorities - Cape Ver-de Investments and Chambers of Com-merce – are aware of the project but did not confirm the date of commencement of operations. The Brazilian Ambassador in the islands, João Padilha, is optimis-tic and says that the draft maritime link between Cape Verde and Brazil is well advanced. Brazil expects to export its products to South Africa, Angola, Guinea-Bissau, Se-negal, Mozambique and Sao Tome and Principe from Cape Verde. There are two possible routes under discussion at the moment, one going from Cape Verde- Ceará - Cape Verde and the other from Spain-Portugal-Cape Verde-Ceará.c

Mozambique is the 3rd most attractive country for investment in africa

A study conducted by the inter-national financial institution, Rand Merchant Bank (RMB), indicates that Mozambique is

the third most attractive African country to foreign direct investment. Mozambi-que was awarded this position due to the fact that the country is in full control of

its inflation, currency, and public deficit. Megaprojects along with the investments in sugar industry also contribute to this position.c

MOÇAMBIQUE NOTÍCIAS20

oPortUnIdadE dE nEGÓCIos

namacurra vai ter porto de águas profundas em 2014

IndústrIaa primeira fábricade automóveis está para abrir em Moçambique

Está a decorrer a fase final da instalação do equipamento para o início da activida-de da primeira fábrica de automóveis em Moçambique que irá localizar-se na Ma-chava (Matola).Trata-se de uma iniciativa coordenada a nível central pelos ministérios de Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio, cujos titulares, Venâncio Massingue e Armando Inroga, estão encarregados de dirigir todo o processo de instalação daquela indústria no maior parque industrial do país.A futura fábrica dos “Matchedje”, designa-ção dos veículos, que está a ser erguida no parque da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), tem como principal investidor a empresa China Tong Jian Investment, com sede em Xangai, em que a Morgan Foundation da Nova Zelân-dia é o maior accionista e que centra a sua actividade na promoção das relações entre a China e África.Ao todo serão investidos 150 milhões de dólares, tendo sido despendidos nesta fase inicial 15 milhões de dólares para garantir o fabrico de 30 mil carros durante o próxi-mo ano, 5 mil dos quais camiões pesados, 22 mil ligeiros e três mil autocarros.c

EnErGIa33 postosde abastecimentode combustíveis líquidos para as zonas ruraisO Fundo Nacional de Energia (FUNAE) despendeu cerca de um milhão de meticais na construção de 33 postos de abasteci-mento de combustíveis líquidos nas zonas rurais dos 45 previstos para as províncias do país, exceptuando Maputo.A presidente do FUNAE, Miquelina Me-nezes, disse que a construção dos postos enquadra-se no âmbito da execução do Programa de Incentivo Geográfico inicia-do em 2008 e cujo termo está previsto para este ano.Aquela dirigente reconhece que o FUNAE foi confrontado com alguns constrangi-mentos relacionados com obras que ainda não foram acabadas, cujos empreiteiros demonstraram algumas fragilidades para a sua execução, embora outros tenham executado os contratos adjudicados nas datas previstas.A província de Nampula é, até ao momen-to, aquela que beneficiou com a constru-ção de maior número de postos de abaste-cimentos com um total de seis, seguida do Niassa e de Gaza, ambas com cinco cada.A entrada em funcionamento dos postos de abastecimento de combustíveis nas zo-nas rurais permitiu melhorar a qualidade do produto fornecido, estabilizar os preços evitando a especulação e encurtar as dis-tâncias que os consumidores eram força-dos a percorrer para os adquirir.c

FInanCIaMEnto BAD financia projecto Cesul em MoçambiqueO Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) está disponível para financiar a cons-trução da Linha de Transporte de Energia Tete-Maputo, igualmente conhecida por Projecto Centro-Sul (Cesul) até ao montante de 400 milhões de dólares, segundo o re-presentante residente do BAD em Maputo, Joseph Ribeiro.O custo estimado do projecto é de 1,8 mil milhões de dólares, sendo considerado uma das apostas do Governo para o desenvolvi-mento do país por constituir a “coluna verte-bral” da rede nacional de transporte de ener-gia eléctrica em alta tensão, ao assegurar o transporte da energia eléctrica dos locais de produção para os centros consumidores na-cionais e da região.Segundo o representante do BAD, o sector da energia vai necessitar de investimentos muito avultados nos próximos tempos e os fundos públicos disponíveis precisam de ser suplementados não só com financiamentos como o do BAD mas também com a parti-cipação do sector privado. Facto que abre a janela a empresários que queiram investir neste projecto.O Banco Africano de Desenvolvimento propõe-se financiar o projecto Cesul devi-do ao seu efeito multiplicador, porque vai beneficiar uma região que possui um défice energético para pôr a funcionar em pleno a máquina económica da região e impulsionar um rápido desenvolvimento.O projecto Cesul consiste na construção de 1340 quilómetros de linha em corrente al-terna de 400 kV e cerca de 1250 quilómetros de linha em corrente contínua de 500 kV, com capacidade para escoar cerca de 3100 megawatts, incluindo a construção de oito subestações e ampliação de duas, que irão permitir o fornecimento de energia eléctrica ao longo das linhas.c

O sector de geografia e cadastro na Zambézia confirmou os pedidos de concessão, reque-ridos por investidores, para a

implantação de serviços de actividades

económicas no posto administrativo de Macuze, distrito de Namacurra. Em Na-macurra vai ser construído um porto de águas profundas, em 2014.c

revista capital outubro 2012

21NEWS MOZAMBIQUE

BUsInEss oPPortUnItY

outubro 2012 revista capital

The Geography and Cadastre sec-tor in Zambézia has confirmed the reception of concession ap-plications from investors seeking

business opportunities in the adminis-

trative post of Macuze, in the district of Namacurra. It should be highlighted that a deepwater port will be built in Nama-curra in 2014.c

IndUstrYThe first car plant isto open in Mozambique

The final phase of equipment installation is underway for the first automobile fac-tory to start operating in Mozambique. The factory will be located in Machava (Matola).It is an initiative which was coordina-ted at the central level by the Ministry of Science and Technology and the Ministry of Industry and Trade, whose ministers, namely Mr. Venâncio Massingue and Mr. Armando Inroga respectively, are in char-ge of directing the whole installation pro-cess in the largest industrial park of the country.The main investor of the future factory “Matchedje”, the designation of the vehi-cles, which is being built in the park of Ports and Railways of Mozambique com-pany (CFM), is a Chinese company called China Tong Jian Investment, whose head-quarters is in Shanghai, in which Morgan Foundation of New Zealand is the largest shareholder focusing its activities on the promotion of trade relations between Chi-na and Africa.A total amount of 150 million US dollars will be invested in the project, out of whi-ch 15 million US dollars have already been invested in this initial phase as a way of ensuring the manufacturing of 30,000 cars over the next year, out of which 5000 are heavy trucks, 22,000 are light vehicles and 3000 buses.c

EnErGY33 filling stationsof liquid fuels forthe rural areasThe National Energy Fund (FUNAE) has spent about one million Meticals for the construction of 33 filling stations of liquid fuels in the rural areas out of 45 filling sta-tions which have been planned for all the provinces of the country, except Maputo.The president of FUNAE, Miquelina Me-nezes, said that the construction of the stations is within the implementation of the Geographic Incentive Program fra-mework which began in 2008 and is ex-pected to end this year.Mrs Menezes recognizes the fact that FU-NAE faced a number of constraints con-cerning construction works which have not been completed whose contractors have shown some weaknesses for the ful-fillment of the contract although some the contractors managed to meet the deadli-nes on the specified dates.The province of Nampula is the only pro-vince so far that has benefitted from the construction of more filling stations with a total of six, followed by Niassa and Gaza, both with five each.When these filling stations came into ope-ration in the rural areas, the quality of the product supplied improved, the prices sta-bilized thus preventing speculation and the distances that the consumers used to travel in order to buy fuel products were also shortened.c

FUndInG adB funds CEsUlproject in Mozambique According to the ADB resident repre-sentative in Maputo, Joseph Ribeiro, the African Development Bank (AfDB) is inte-rested in funding the construction of the Power Transmission Line Tete-Maputo, also known as the Centre-South Project (CESUL) up to an amount of 400 million

US dollars.The project is estimated to cost 1.8 billion US dollars, and it is considered to be one of the major Government strategies for the development of the country for being the “backbone” of the national network for the transmission high voltage energy from the production sites to the national and regional consumption centres.

According to Joseph Ribeiro, the energy sector will require considerable invest-ments in the near future and that the available public funds need to be supple-mented not only with funding from ins-titutions such as ADB but also from the participation of the private sector. This is an opportunity for entrepreneurs to invest in this project.The bank intends to finance the project due to its multiplying effect, as it will be-nefit a region with an energy deficit and thus make its economic machine work fully as well as boosting its rapid develo-pment. The project consists in the construction of a 1340 kilometer transmission line at 400 kV AC and about 1250 kilometer line at 500 kV DC, with a transmission capacity of about 3100 megawatts including the construction of eight substations and the modernization of the existing two which will allow the transmission of electrical power along the transmission lines.c

namacurra will have a deepwater port in 2014

REGIÕES NOTÍCIAS22

GaZa Indústriade agro-processamentoem Chókwè

Uma fábrica de agro-processamento irá surgir brevemente na cidade do Chókwè, num financiamento do governo moçambi-cano, em parceria com a China.Trata-se de uma iniciativa que irá contri-buir, não só para a criação de novas opor-tunidades de emprego, como também para a valorização dos excedentes de produção facilmente perecíveis, como são os casos de hortícolas e batata reno. Para a mate-rialização do projecto, a edilidade dispo-nibilizou, aos investidores, uma área de 12 hectares, na periferia da urbe.Uma nova unidade de processamento do arroz com capacidade de processar uma tonelada de arroz por hora, entrou em acti-vidade no Chókwè, para minimizar os pro-blemas com que se vinham debatendo os produtores locais, que anteriormente eram obrigados a recorrer, por vezes, à província de Maputo, mais concretamente na região da Palmeira, distrito da Manhiça, para fa-zer o processamento do arroz.O arranque da referida fabriqueta, de acordo com fontes ligadas à Hidráulica do Chókwè (ICEP), empresa gestora do empreendimento, foi com 90 toneladas daquele cereal produzido pelos reclusos da penitenciária de Mabalane, numa área de mais de 150 hectares na localidade de Malhazine, Posto Administrativo de Chi-lembene.c

ManICa Província exportamacadâmia para a África do sul23 toneladas de castanha de macadâmia foram exportadas no primeiro semestre, destinadas às indústrias farmacêutica, ali-

revista capital outubro 2012

oPortUnIdadE dE FInanCIaMEnto

Representantes do Banco Islâmico de Desenvolvimento (BID) estive-ram de visita à Moçambique em Setembro, no quadro de oportuni-

dade de acesso ao financiamento daquela instituição, através da Corporação Islâmi-ca para o Desenvolvimento do Sector Pri-vado (ICD).

A ICD está interessada em contribuir na criação, desenvolvimento e expansão de projectos através de novas parcerias ou fortalecimento das já existentes em vá-rios sectores dentre as Telecomunicações, Agronegócios, Produção, Imobiliário, Pe-tróleo e Gás, Mineração, Farmacêuticos e Cuidados de Saúde.c

mentar e de cosmética na África de Sul.Joaquim Zefanias, administrador de Bá-ruè, distrito da província de Manica, disse que a empresa Vale of Macks, que produz macadâmia em simultâneo com capim--elefante nas montanhas da Serra-Choa, fez o primeiro lote das exportações para a África de Sul, devendo, posteriormente, passar a abastecer o mercado asiático.«A empresa continua a capitalizar a pro-dução para fornecer 60 toneladas, em 2014, à África de Sul e a Hong Kong», disse Joaquim Zefanias à agência Lusa.A empresa, que produz a macadâmia numa extensão de 560 hectares, e que prevê exportar 200 toneladas em 2015 para estes dois mercados, espera um au-mento em cinco vezes do volume de ven-das externas, até 2019, e já iniciou a ins-talação da fabrica de processamento da matéria-prima.Para rentabilizar a produção da maca-dâmia, a firma introduziu a cultura de capim-elefante, que é recomendado, pois optimiza o uso da água do solo, da energia solar e corrige a erosão.O capim-elefante destina-se principal-mente à alimentação de equinos e de bo-vinos de leite, detendo ainda um alto po-tencial como fonte alternativa de energia, igualmente importante para a produção industrial de ferro gusa.c

ZaMBÉZIaPromoção de turismo desenvolve o sectorna Zambézia

Um disco compacto contendo as princi-pais potencialidades turísticas, oportu-

nidades de investimento e facilidade de licenciamento contribuiu, de forma signifi-cativa, para o crescimento de investimento do turismo na província da Zambézia, nos últimos dois anos, tendo sido investidos no sector perto de 700 milhões de meticais como resultado da implantação de 40 pro-jectos turísticos.O relatório de desempenho económico do executivo da Zambézia indica que, como resultado do trabalho de promoção, nas-ceram, no ano passado, 17 novos estabe-lecimentos turísticos dos 10 planificados sendo que o número de hóspedes cresceu em mais de 1.500 turistas, ao passar de 30 mil, em 2010, para 31.500 em 2011.O relatório refere ainda que, esse inves-timento trouxe vários ganhos para a pro-víncia pelo facto de ter aumentado o nú-mero de estabelecimentos turísticos para 298, sendo 108 hotéis, 190 de restauração e bebidas, para além de ter criado 1.624 empregos, dos quais 154 são ocupados por mulheres. A província da Zambézia conta, actualmente, com 1.146 quartos disponí-veis, que correspondem a 1446 camas. O maior desafio do sector é a melhoria da prestação de serviços na restauração. O facto decorre da falta de formação dos trabalhadores do ramo. A direcção provin-cial do Turismo, na Zambézia, indica que 130 trabalhadores dos estabelecimentos turísticos foram formados em matéria de hotelaria, restaurante e bar nas cidades de Quelimane, Gúruè, Mocuba, Milange e Pe-bane em 2011.c

23NEWS REGIONS

outubro 2012 revista capital

FUndInG oPPortUnItIEs

Representatives from the Islamic Development Bank (IDB) will be visiting Mozambique in Sep-tember, within the framework of

access opportunity to funding from that institution, through the Islamic Corpo-ration for the Development of the Priva-te Sector (ICD).

ICD is interested in contributing to the establishment, development and expan-sion of projects through new partner-ships or by strengthening the already existing ones in various sectors from Te-lecommunications, Agribusiness, Manu-facturing, Real Estate, Oil and Gas, Mi-ning, Pharmaceuticals to Healthcare.c

GaZa agro-processingindustry in ChókwéAn agro-processing factory will soon be built in the city of Chókwé funded by the Mozambican government in partnership with China.This initiative will not only contribute to the creation of new job opportunities, but also to the valuation of easily perishable surplus production, such as vegetables and potatoes. For the project to be imple-mented, the city council provided an area of 12 hectares in the outskirts of the town.In Chókwé, a new rice processing unit, with a capacity of processing of one ton of rice per hour, has come into operations in order to minimize the problems that the local producers were facing. For example, in the past they were obliged to resort to the province of Maputo, most precisely to Palmeira, in the district of Manhiça in or-der to have their rice processed.According to the Hydraulic of Chókwé sources (ICEP), the company managing the project, the said mill started its opera-tion with 90 tons of the grain produced by the inmates of the penitentiary of Mabala-ne, over an area of 150 hectares in the lo-cality of Malhazine, in the Administrative Post of Chilembene.c

ManICa Province exportsmacadamia to south africa

In the first half of the year, 23 tons of macadamia nuts were exported to South Africa for the pharmaceutical, food and cosmetics industries.According to Joaquim Zefanias, the ad-ministrator of Báruè, a district of the province of Manica, the Vale of Macks, the company that produces macadamia simultaneously with elephant grass in the mountains of Serra-Choa, has made the first batch of exports to South Africa and it will soon supply the Asian market.« The company continues to capitalize production in order to be able to supply 60 tons to South Africa and Hong Kong in 2014», Joaquim Zefanias told the Portu-guese News Agency Lusa.The company, which produces macada-mia in an area of 560 hectares, expects to export 200 tons to these two markets in 2015 and it also expects a fivefold increase in the external sales volume by 2019. It is worth noting that the construction of the raw materials processing factory is already underway.The firm introduced the cultivation of ele-phant grass in order to make the produc-tion of macadamia more profitable, given that it optimizes the use of soil water, solar energy as well as the correction of erosion.Elephant grass is primarily intended for feeding horses and dairy cattle and also it has a high potential as an alternative sour-

ce of energy which is equally important for the industrial production of pig iron.c

ZaMBÉZIathe promotionof tourism developsthe sector in ZambéziaA compact disc containing the main tou-rism potentialities, investment opportuni-ties and licensing facilities has significan-tly contributed to the growth of tourism investments in the province of Zambézia over the last two years. It should be noted that 700 million Meticals were invested in the sector as a result of 40 tourism pro-jects.The economic performance report of the government of Zambézia indicates that 17 tourist facilities out of 10 which were planned for last year were established as a result of the promotion work. At the same time, the number of tourists has gone up for more than 1,500, rising from 30 000 in 2010 to 31,500 in 2011.The report also points out that this in-vestment has brought a lot of gains to the province for having increased the number of tourism facilities to 298, out of which 108 are hotels, 190 restaurants and bars in addition to 1624 new jobs that were ge-nerated, out of which 154 are for women. Currently, the province of Zambezia has 1146 rooms which correspond to 1446 beds which are available. The improvement of the provision of ser-vices in the catering industry is the biggest challenge for this sector. This problem ari-ses from the lack of training for workers. According to the provincial directorate of Tourism, in Zambézia, in 2011, 130 workers from tourist facilities were trai-ned in the areas of hotel, restaurant and bar in the cities of Quelimane, Gúruè, Mo-cuba, Milange and Pebane.c

24 EMPRESA GRUPO MAEVA

Daniel Mondlane explica que com o crescimento da produção na pri-meira refinaria de óleo alimentar e da demanda do produto, tornou-se

necessário abrir mais uma fábrica. Como tal, foi feita uma análise por forma a encontrar um local que reunisse três factores essenciais para que a unidade fabril tivesse o sucesso desejado.«Vimos que a Matola, pela sua natureza e história, detinha os três factores que preci-sávamos para instalar a fábrica. Tem um porto, neste caso, o porto da Matola. Está próxima de três entradas fronteiriças para a zona austral de África, que são as frontei-ras de Goba, Namaacha e Ressano Garcia. E possui a N4 que dá acesso às três frontei-ras e a N1 que, por sua vez, dá acesso a todo o país», explicou Daniel Mondlane.A primeira refinaria de óleo alimentar na Matola tinha uma capacidade de produção de 150 toneladas por dia e com o surgimento da segunda, a produção subiu para 350 tone-ladas. Hoje, o Grupo Maeva possui na Matola duas fábricas de jerricans e garrafas plásti-cas, material que é usado para acondicionar o óleo que refinam, e ainda possui duas refi-narias e um departamento comercial.«Quase todas as empresas do grupo es-tão sediadas na Matola e isso alavanca o município. Com a instalação da fábrica de

produção de garrafas foram criados vários postos de emprego. Estas sinergias tornam o produto final acessível porque produzimos o óleo e a embalagem, o que baixa os custos de produção, e é uma vantagem para o con-sumidor final», disse aquele responsável que considera o ambiente de negócios da Matola propício devido aos vários incentivos que o município tem criado para os investidores. «Se hoje estamos na Matola é graças a es-ses incentivos que são criados pela estrutu-ra municipal e que melhoram ainda mais o ambiente de negócios», confessou.

Faz parte das expectativas trabalhar com matéria-prima nacionalO Grupo Maeva detém ainda duas fábricas de copra, em Inharrime e Maxixe, ambas na província de Inhambane. Por outro lado, encontra-se na fase final a instalação de uma empresa de fomento de girassol. E o presi-dente executivo refere que tudo leva a crer que, a médio prazo, passarão a trabalhar com matéria-prima totalmente nacional. Contudo, reconhece que a Maeva não terá a capacidade para produzir todo o girassol necessário e que para tal terão de recorrer a outros produtores para atingirem as quanti-dades desejadas.«Na zona de Inhacoongo estamos a tentar, a título experimental, fazer o fomento de

produção de soja. Com as condições climáti-cas daquela zona acreditamos que teremos bons resultados, o que fará com que os cus-tos de produção e o preço do produto final reduzam», acrescenta.Quanto ao sabão, 70% da matéria-prima (copra) é nacional e o remanescente é im-portado. Para além do mercado nacional, os produtos Maeva são exportados para Mada-gáscar e Benin.No quadro do seu plano de expansão, o Grupo Maeva está a montar duas fábricas na zona de Mulotana, no distrito de Boane, sendo uma de fabrico de Maionese e Marga-rina e outra de fabrico de detergente em pó sólido, num investimento avaliado em três milhões de euros.A previsão é que estas indústrias entrem em funcionamento no início ou em meados de 2013 e espera-se que venham a empregar cerca de 250 trabalhadores, sendo que na fase de construção e montagem já se encon-tram mais de 50 trabalhadores em activida-de.No futuro, a Maeva projecta ainda uma in-dústria de óleo alimentar na zona de expan-são industrial do distrito de Dondo. Trata-se de um projecto que se encontra em fase em-brionária e que ainda não possui uma pre-visão de arranque, mas promete vir a dar os seus frutos.c

o Grupo Maeva iniciou a sua actividades em Moçambique com a fábrica de produção de sabão, sabimo, em 1998. Mais tarde, em 2004, criou uma refinaria de óleo de copra e, pouco tempo depois, inau-gurou a segunda refinaria de óleo na Matola, local estrate-gicamente escolhido, segundo daniel Mondlane, presidente executivo do Grupo Maeva. desde então, a Maeva expan-diu-se no município que é con-siderado o maior parque in-dustrial do país e conta, hoje, com quatro unidades fabris e um departamento comercial naquela urbe.

«Se hoje estamos na Matolaé graças a esses incentivos municipais»

revista capital outubro 2012

Arsénia Sithoye [texto]

25MAEVA COMPANY

outubro 2012 revista capital

Daniel Mondlane claims that, with the increase of production and demand in the first oil refinery, it became necessary to open another

factory. As such, a research was carried with a view to find a suitable place that gathered the three key factors desired for the success of the enterprise.«Herein, we concluded that Matola Munici-pality, due to its nature and history had the three factors required for the establishment of the factory namely: a port; in this case the port of Matola, its proximity to three Southern African countries border entries, Goba, Namaacha and Ressano Garcia bo-arders; and it also has access road, such as the N4 which gives access to the three border entries, and the N1 which in turn gives ac-cess to the whole country», explained Daniel Mondlane.The first refinery of edible oil in Matola had a production capacity of 150 tons per day and with the emergence of second the production rose to 350 tons per day.Currently, Maeva Group has two factories in Matola, one producing jerricans and the other plastic bottles for use in its own facto-ries, as well as two refineries and a marketing department.

«Almost all companies of the Group have their headquarters in Matola, which leve-rages the municipality. Several jobs were created with the establishment of the factory for the production of bottles. These synergies make the final product cheaper because we produce oil and packaging, which lowers the manufacturing costs, and it is beneficial to the final consumer», said the manager who considers the business environment condu-cive in Matola, due to the various incentives that the city has created for the investors. «If we are in Matola today, it is due to these incentives created by the municipality which are further enhancing the business environ-ment », he confessed.The Group also owns two copra factories, one in Inharrime, and the other in Maxixe, both in Inhambane province. Furthermore, the establishment of an enterprise that will promote the production of sunflower is in its final stage, and according Mondlane, it seems that in the medium term the group will only be working with national raw materials.Daniel Mondlane recognizes that his orga-nization will not be able to produce all the sunflower required for the operations of the factory, therefore, the company will resort to other producers in order to meet the desired

quantities.«We are trying on experimental basis to promote the production of soybean in Inha-coongo. With the climate conditions of that area, we believe that we will get good results which will reduce both the costs production and price of the final product.With regard to soap, 70% of the raw material (copra) is domestic and the remainder is im-ported. Besides the domestic market, Maeva products are exported to Madagascar and Benin.As part of its expansion plan, Maeva Group is setting up two factories in Mulotana, Bo-ane district, one for producing Mayonnase and margarine, and the other for producing solid detergent powder. The investment will amount to three million Euros.These industries are expected to begin their operation in the early or mid 2013, and it is also expected that they will employ about 250 workers, being that more than 50 people have already been employed in the construc-tion and assembly phase.As for the future, the group plans to build a factory of edible oil in the industrial expan-sion area of Dondo District. This project is still at an embryo stage and has no forecast for its beginning.c

Maeva group considers Matolaas strategic business pointMaeva Group started its activities in Mozambique in 1998, with a factory production of soap, sabimo. later in 2004, it created a refinery of copra and started oil production. Shortly thereafter, it inaugurated the second oil refinery in Matola, a place which was strategically chosen, according to daniel Mondlane, CEo of the Maeva Group. since then Maeva has been expanding its business activity in Matola municipality, considered the largest industrial park in the country, and now it has four manufacturing units and a commercial department.

26 DOSSIER MATOLA

Matola: uma referência entre os centros de negócio do paísO Município da Matola destaca-se por ser um ninho de indústrias, ou seja, por ter o maior parque industrial do país. Hoje, a urbe posiciona-se de forma estratégica entre os centros de negócio do país não apenas por ser uma referência a nível das indústrias, mas por acolher e fomentar uma vasta gama de actividades económicas. Aliás, estas actividades são desenvolvidas de forma articulada pelas autoridades municipais e incentivadas, em parte, por um evento já consolidado, denominado Fórum Empresarial do Município da Matola.

Em Moçambique, a Matola é um dos destinos preferenciais do investi-mento nacional e estrangeiro e o exemplo dessa preferência recai

sobre vários projectos, sobretudo os do ramo industrial. Em abono da verdade, a robustez outrora demonstrada pelo município - enquanto referência industrial - reduziu com a para-lisação de diversas fábricas. Contudo, nos últimos anos, o município vem assistindo à entrada massiva de capitais estrangeiros

e nacionais. Alguns capitais são orientados no sentido de acordar o potencial indus-trial da urbe, outros são destinados às no-vas oportunidades de negócio - decorren-tes, sobretudo, da demanda gerada pelas próprias indústrias - e outros surgem para responder às necessidades que advêm da evolução demográfica registada.Hoje, a essência e complexidade do mu-nicípio da Matola transcende o segmento industrial e segue um parâmetro contem-porâneo rumo a um centro de negócios de

excelência. Mais do que um grande complexo fabril, a Matola borbulha em termos de oportu-nidades de negócio nos mais diversos ra-mos de actividade, acolhendo iniciativas económicas e empreendedoras de peque-na, média e grande dimensões. Para se ter uma ideia, nenhum dos principais bancos da praça esboçou um plano de expansão, a nível da província de Maputo, sem incluir a implantação de um balcão na Matola.Durante anos, a paisagem do município

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Matola: uma referência entre os centros de negócio do paísO Município da Matola destaca-se por ser um ninho de indústrias, ou seja, por ter o maior parque industrial do país. Hoje, a urbe posiciona-se de forma estratégica entre os centros de negócio do país não apenas por ser uma referência a nível das indústrias, mas por acolher e fomentar uma vasta gama de actividades económicas. Aliás, estas actividades são desenvolvidas de forma articulada pelas autoridades municipais e incentivadas, em parte, por um evento já consolidado, denominado Fórum Empresarial do Município da Matola.

foi caracterizada por amplas plataformas fabris dos mais diversos segmentos indus-triais. Actualmente, o panorama é diferen-te. As indústrias permanecem, mas a sua presença é alternada com a implementa-ção de centros comerciais, grandes arma-zéns, parques de camiões, construções de vulto, mercados informais, projectos habi-tacionais, entre outros. Contudo, o sector industrial mantém-se forte e é dominado por empreendimen-tos de grande dimensão e a sua contribui-

ção para o PIB aumentou de 10,6% para 12,7%, entre os anos 2000 e 2007, com a entrada de novos investimentos e a reabi-litação do parque industrial.

Plano de ordenamento territorialO desenvolvimento da Matola foi de tal envergadura que a maioria das demandas surgiram em simultâneo para o mesmo espaço. Para ultrapassar o dilema, a edi-lidade pensou e desenhou um plano de ordenamento territorial. É neste contexto, que as autoridades municipais conside-ram a aprovação do Plano de Estrutura Urbana (PEU) pela Assembleia Municipal (e posterior homologação pelo Ministério da tutela em 30 de Junho de 2010) uma das grandes realizações de destaque no Programa de Governação Municipal. Na verdade, o PEU foi um instrumento fi-nal que resultou de auscultações públicas dos munícipes e consertações a nível da edilidade e que definiu a Matola mediante as seguintes abordagens:

• Centro multifuncional metropolitano;• Zona residencial;• Centro para turismo, desporto e cultu-ra;• Reserva agrícola da área metropolita-na.

Por outro lado, o plano estabelece o or-denamento por área em função de cada actividade, ou seja, cada actividade surge multiplicada por tantos hectares, e assim progressivamente.De igual modo, o plano privilegiou o or-denamento dos diferentes tipos de activi-dade em função das suas características específicas, garantindo que as zonas resi-denciais estivessem distantes das futuras unidades fabris com algum nível conside-rável de poluição.

novo Parque Industrial nasce na Matola GareAinda este ano, o Município da Matola definiu uma área de 46 hectares para a implantação de novas unidades fabris no bairro da Matola Gare, Posto Administra-tivo Municipal da Machava. Trata-se, na verdade, de um dos ecos dos Fóruns Em-presariais promovidos anualmente pelo Conselho Municipal.Na área em alusão, serão instaladas fábri-cas, empresas e demais empreendimentos económicos vocacionados para a oferta de diversos tipos de serviços e produtos, sen-do que a ideia da edilidade é potenciar a pujança industrial, pela qual o Município é conhecido.De acordo com a Edilidade, a delimitação do novo complexo fabril surge do facto da antiga área industrial não dispor de es-paço físico suficiente para acolher novos

projectos industriais e empreendimentos económicos de outra natureza. Esta pres-são surge do facto da Matola ser um pon-to preferencial de procura de terra para a implantação de vários tipos de negócio, incluindo os ligados ao lazer e turismo. Este novo Parque Industrial surge no âm-bito do Plano de Estrutura Urbana que indica de forma precisa o aproveitamento que deve ser feito de cada zona da urbe. Por outro lado, numa perspectiva facili-tadora, o novo complexo fabril encontra--se posicionado de forma estratégica em relação às vias de acesso, localizando-se próximo do traçado definido para a cons-trução da estrada que vai ligar EN1 a EN4. Com a facilidade garantida de escoamento das mercadorias produzidas no complexo fabril, espera-se um desenvolvimento ace-lerado da zona e a consequente atracção de mais empresas e investidores.Neste sentido, a Edilidade vê no bairro da Matola Gare condições à altura de trans-formar o local num grande pólo industrial e num dos pontos estratégicos da econo-mia.c

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Não se pode abordar o mercado imobiliário na província de Ma-puto sem mencionar o municí-pio. Nos últimos tempos, além

de inciativas singulares de construção, a Matola tem sido palco de projectos imobi-liários ousados que se implantam ao lon-

go das rodovias da urbe, como é o caso da EN2 e EN4. Trata-se de condomínios, que são fruto da iniciativa privada e oferecem casas para os mais diferentes bolsos.Fora isso, a Matola é o município que vai acolher a construção de cinco mil casas. Aliás, o empreiteiro da obra já concluiu a

construção das casas-modelo. Trata-se de um projecto implementado pelo Governo central em parceria com o Gigante asiático.Pela dimensão do projecto, uma vez mais o nome do município da Matola é enaltecido e desta vez não no ramo industrial mas no mercado imobiliário.c

Fóruns Empresariais atraem investidores

O Fórum Empresarial promovido anualmente pelo Município da Matola é um espaço já consolida-do em termos de reflexões econó-

micas, mas acima de tudo uma plataforma que, de modo prático, apresenta as oportu-nidades de negócio existentes e atrai investi-mentos a vários níveis. Entre o II e o III Fórum Empresarial (2010-2011) pelo menos meio bilião de dólares foi canalizado para o financiamento de 50 pro-jectos empresariais na Matola. E com este investimento foram gerados cerca de dois mil postos de trabalho. Trata-se de números animadores que, por um lado, espelham o crescente interesse do empresariado local e estrangeiro em investir na Matola, por ou-tro lado, reflectem as condições e facilidades criadas pelas autoridades municipais no sen-tido de promover a Matola como um centro de negócios por excelência.Em termos de projectos que vão consumir o bolo acima descrito, destacam-se o da construção de 10 mil casas para jovens e funcionários públicos, num investimento de 200 milhões de dólares; a instalação, já em curso, de um parque industrial na zona do Língamo, num investimento de 3 milhões de dólares de capitais luso-moçambicanos;

o projecto de uma unidade de produção de equipamentos de construção civil e mobili-ário, no valor de 15 milhões de dólares, e a construção de um complexo composto por um hotel e centro comercial na zona da Ma-chava num investimento estimado de 2,5 milhões de dólares norte-americanos. Des-taca-se, ainda, a implantação de uma fábrica de montagem de viaturas na Machava e a construção daquela que deverá ser a maior unidade de produção da multinacional Coca Cola, a nível da região austral de África, para cuja implantação o Município da Matola já aprovou a concessão de uma área de 20 hec-tares.A Matola também tem como responsabi-lidade, atribuída pelo Governo, promover, financiar e monitorar pequenas iniciativas empresariais no âmbito da implementação do Programa Estratégico de Redução da Po-breza Urbana.A rede comercial encontra-se em expansão nas zonas urbanas e peri-urbanas do municí-pio. Por outro lado, quase 30% das empresas no país, encontram-se instaladas na Matola, as quais asseguram a ocupação de 46,8% dos trabalhadores. Esta cifra justifica, em parte, o potencial económico da Matola tendo em conta a proximidade da capital do país, fac-

to que possibilita o acesso à maior parte das instituições estatais, financeiras, fornecedo-res de serviços, bem como o porto de Mapu-to, um ponto estratégico para a localização das indústrias, a disponibilidade da terra para investimento. Fora isso, a autarquia dispõe de mais de 500 estabelecimentos co-merciais e económicos de diversos ramos da actividade e possui diversas unidades fabris ligadas à agro-indústria, confecções, metalo-mecânica, materiais de construção, indústria de alimentos e bebidas, químicos e de tintas. A urbe possui ainda como vantagem uma infra-estrutura rodoviária com facilidade de acesso ao resto do país, através da EN1, e aos países vizinhos através do Corredor de Ma-puto pela EN4 e EN2.

Gamapi: Eco do I Fórum EmpresarialCom a dinâmica gerada pelas solicitações de empresários interessados em investir na Matola, as autoridades municipais deci-diram criar uma unidade que se dedicasse, única e exclusivamente, ao acompanhamen-to dos investidores interessados em desen-volver projectos. Foi neste contexto que o I Fórum Empresa-rial determinou a criação do Gabinete Muni-cipal de Apoio e Promoção de investimentos (GAMAPI). Com esta entidade foi possível flexibilizar cada vez mais os processos ine-rentes à concessão de Direitos de Uso e Aproveitamento da Terra para a implanta-ção de projectos de investimento na Matola; promover com mais eficácia e notoriedade as potencialidades e oportunidades que a autarquia oferece aos empresários locais e estrangeiros; trabalhar em coordenação com associações agrícolas para o aproveitamen-to das condições agro-ecológicas existentes para investimentos no processamento de hortícolas e na agro-indústria; desenvolver mais acções de responsabilidade social com os empresários, cujos negócios foram esta-belecidos na Matola.c

Projectos habitacionais

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DOSSIER MATOLA

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The city of Matola stands out for being a nest of industries, i.e., for having the largest industrial park in the country. Now, the metropolis is strategically posi-tioned among the business centers in the country not only for being a reference point at the industrial level, but also for hosting and encouraging a wide range of economic activities. Indeed, these activities are undertaken in a coordinated manner by the municipal authorities and encouraged, in part, by an already es-tablished event, Matola Municipality Business Forum.

In Mozambique, Matola is one of the pre-ferred domestic and foreign investment destinations. As an example, there are se-veral ongoing projects, especially in the

industrial sector. Should the truth be told, the municipal-ity robustness once demonstrated - whilst industrial reference – has fallen with the closure of several factories. However, in recent years the city has seen a massive influx of foreign and national capital. Part of the capital was directed to revive the industrial potential of the town and the other part of it was directed to new busi-ness opportunities - mainly resulting from the demand generated by the industries themselves - and others emerge in order to meet the needs arising from demographic changes that have been taking place.

Lately, the essence and complexity of the city of Matola transcends the industrial segment and follows a contemporary pa-rameter towards a business center par ex-cellence. More than a large factory complex, Matola swarms in terms of business opportunities in various industries, as it is now receiving many small, medium and large economic and entrepreneurial initiatives. For ex-ample, none of the major banks outlined a plan to expand their activities at the level of Maputo province, without considering the establishment of a branch in Matola.For many years, the scenery of the mu-nicipality was characterized by large plat-forms of various manufacturing indus-tries. Today, the picture is different. Al-though the industries are still there, their

presence is alternating with the existence of shopping centers, warehouses, truck parks, major buildings, informal markets, housing projects, among others. Nonetheless, the industrial sector remains strong and it is dominated by large enter-prises, and their contribution to the GDP increased by 10.6% to 12.7% between 2000 and 2007, with the entrance of new investments and the rehabilitation of the industrial park.

spatial PlanningThe development of Matola was of such magnitude that many applications fell under the same land. To overcome this di-lemma, the city council developed a land use plan. It was in this regards that the municipal authorities considered the ap-

Matola: a reference point among the national business centers

DOSSIER MATOLA

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proval of an Urban Structure Plan (PEU) by the Municipal Assembly (and its sub-sequent approval by the line Ministry on June 30, 2010) which is one of the out-standing achievements of Municipal Gov-ernance Program. In fact, the PEU was the final instrument that resulted from public hearings involv-ing the citizens and the city council at consultations, and which defined Matola under following parameters:

• Multifunctional Metropolitan Center;

• Residential area;• Tourism, Sport and Culture Cen-

tre;• Agricultural Reserve of the met-

ropolitan area.Moreover, the plan establishes spatial planning according to the area of activity, i.e. each activity appears multiplied by so many hectares, and so on.Similarly, the plan favored the grouping of different types of activity depending on

their specific characteristics, ensuring that residential areas were away from future plants with some considerable degree of pollution.

new Industrial Park arises in Matola GareEarlier this year, the city council of Matola defined an area of 46 hectares for the con-struction of new plants in the neighbor-hood of Matola Gare, Administrative Post of Matola Municipality. This is actually one of the echoes of Business Forums that are organized annually by the City Coun-cil.In the referred area, factories, companies and other economic ventures aiming at of-fering various types of services and prod-ucts will be established. The city council believes that this initiative will further boost the industrial strength, for which the municipality is already known.According to the city council, the delimi-tation of the new manufacturing complex arises from the fact that the old industrial

area does not have enough space to ac-commodate new industrial projects and economic ventures of any kind. This pres-sure arises from the fact that Matola is a preferred point for the establishment of many types of enterprises, including lei-sure and tourism. This new industrial park comes under the Urban Structure Plan which precisely in-dicates the utilization that should be given to each area of the city. Moreover, in a facilitating perspective, the new manufac-turing facility is strategically positioned near access routes that will connect EN1 to EN4. With the guaranteed ease flow of goods produced in the factory complex, we expect a rapid development of the area and consequently attract more companies and investors are expected.For the city council, Matola Gare has fa-vorable conditions for transforming the place into a major industrial center, and make it one of the strategic points of the economy.c

DOSSIER MATOLA

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Business Forums attract investors

The Business Forums organized, which is promoted annually by the Matola Municipality, is an already consolidated platform for economic

considerations. Above, it is a platform that in practical terms presents new opportuni-ties for the existing businesses and for the attraction of investments at various levels. Between the Business Forum II and III (2010-2011), at least half a trillion dollars were channeled to finance 50 projects in Matola. And with this investment, about two thousand jobs were generated. On one hand, these are encouraging numbers be-cause they mirror the growing interest of the local and foreign businessmen in in-vesting in Matola. On the other hand, they reflect the conditions and facilities created by the municipal authorities in order to promote Matola as a business center par excellence.In terms of projects, the construction of 10,000 homes for young people and civil servants stands out, a $ 200 million invest-ment; the construction of the industrial park in Língamo, which is underway, a $

3 million Luso-Mozambican capital invest-ment; the construction of a unit for produc-ing construction equipment and furniture, valued at $ 15 million, and the construc-tion of a complex consisting of a hotel and a shopping center in Machava area, an es-timated investment of 2.5 million U.S. dol-lars are some examples of these projects. The car assembly plant in Machava, and the construction of what might become the Coca-Cola’s biggest production unit in southern Africa, whose establishment and concession of 20 hectares of land have al-ready been granted by Matola Municipality authority, also stand out.The Government has assigned the Matola Municipality the responsibility of promot-ing, funding and monitoring small busi-ness initiatives under the Government’s Strategic Program for the Reduction of Ur-ban Poverty by the Government.The commercial network is expanding in the urban and sub-urban areas of the mu-nicipality.Moreover, almost 30% of country’s busi-nesses are located in Matola, employing

46.8% of the national industrial work-force. In part, this figure justifies Matola’s economic potential, given its proximity to the capital, which allows it to have ac-cess to most government institutions, fi-nancial service providers, as well as the port of Maputo. This is a strategic point for investment. Apart from that, the town has more than 500 shops and various ar-eas of economic activity and it also has several factories working in areas such as agro-industry, textiles, metalwork, build-ing materials, food and beverage industry, chemicals and paints. The metropolis also has a road infrastruc-ture advantage giving it easy access to the rest of the country through EN1 and link-ing it to the neighboring countries through Maputo Corridor, which comprise EN4 and EN2.

Gamapi: Business Forum I EcoWith the momentum generated by entre-preneurs’ demands who are interested in investing in Matola, the municipal au-thorities have decided to create a unit that is dedicated solely and exclusively, to the accompaniment of such interested in de-veloping projects. It was in this context that the Business Fo-rum I determined the creation of the Office for Municipal Support and Promotion of Investments (GAMAPI). Due to this entity, it was possible to expedite the adjudication of Land Tenure for the implementation of investment projects in Matola; to promote the potentialities and opportunities offered by the municipality to local and foreign en-trepreneurs with more effectiveness and visibility; to cooperate with the farmers associations to capitalize the existing agro-ecological conditions for investments in vegetables processing and agro-industry; to develop further social responsibility ini-tiatives with entrepreneurs operating in Matola.c

One can not address the real es-tate market in Maputo province without mentioning the city of Matola. Lately, in addition to

individuals building initiatives, Matola has staged audacious real estate projects that are established along the roads of the city, as it is the case of EN2 and EN4. Most of

them are residential condominiums, whi-ch are private initiatives and offer a variety of housing options for different layers of the society.Apart from that, Matola is the municipali-ty that will benefit from the construction of five thousand houses. In fact, the contrac-tor has already completed the construc-

tion of the model houses. This project is being implemented by the central govern-ment in partnership with the Asian giant.For the size of the project, once again, the name of the city of Matola is enhanced, and this time, not only for its industrial potential but also for its real estate mar-ket.c

Housing projects

DOSSIER MATOLA

Sérgio Mabombo [texto]

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A Matola, ainda considerada a ca-pital industrial do País, pretende absorver um volume de investi-mentos cada vez maior. O seu Fó-

rum Económico, que já vai na sua quarta edição, tem-se destacado como um verda-deiro atractivo em termos de investimen-tos. Se nas vésperas do último Fórum, realiza-do em 2011, a Matola anunciava 50 novos projectos geradores de dois mil empregos, para o presente ano as ambições são mais gigantescos, segundo prevê o presidente da edilidade, Arão Nhancale. Até ao ter-ceiro Fórum, a Matola anunciava investi-mentos de cerca de 500 milhões de dóla-res. Dos diversos projectos em carteira, tal como a fábrica de automóveis ou mesmo o Terminal de carvão, o edil da Matola fala com particular destaque do aterro sani-tário como um projecto a ter em conta na área infraestrutural.

Investimentos entre o II e III Fórum Eco-nómico

Novos projectosaté 2011

50

Novos empregosaté 2011

2 mil

I n v e s t i m e n t o s privados

500 Milhões USD

ProJECtos EM CartEIra

Mercado de tchumeneO projecto da construção do mercado de Tchumene, que pretende vir a abastecer toda a Matola e alguns distritos vizinhos, está orçado em cerca de 30 milhões de dó-lares. O empreendimento, a ser erguido no bairro de Tchumene 2, resulta da parceria entre o Conselho Municipal da Matola e a PROMOSA, organismo responsável pela mobilização de financiamento.

aterro sanitárioO aterro sanitário já é uma certeza. O em-preendimento implementado em parceria com o Município de Maputo irá contribuir significativamente para a gestão de resí-duos sólidos. Entretanto, uma área de 100 hectares já foi preparada para acolher o empreendimento no bairro municipal de Mathlemele. As estimativas feitas há ano e meio indicavam a necessidade de um in-vestimento de 30 milhões de dólares, mas é provável que o orçamento tenha de ser ajustado à realidade actual.

Companhia Municipal de transporteDos 1.233 trabalhadores da extinta em-presa de Transportes Públicos de Maputo (TPM), cerca de 806 foram integrados na Companhia Municipal de Transportes da Cidade do Maputo e 427 à sua congénere da cidade da Matola. A divisão dos activos

Fórum Empresarial, o íman dos investimentos na Matola

revista capital outubro 2012

ECONOMIA MATOLA

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foi realizada na proporção de 65 por cento para Maputo e 35 para a Matola. A Mato-la pretende a criação de oficinas próprias para a manutenção da sua frota, que com-preende 123 autocarros.

após a extinção dos tPM

Divisão de activos65% para C.Maputo e 35% para a Matola

Frota de autocarrosda Matola

123 unidades

Divisãode Trabalhadores por Companhia

806 Trabalhadores para Maputo e 427 para a Matola

agro-processamento A agricultura não é o alvo principal da Matola em virtude de não ser uma região predominantemente agrícola, mas sim in-dustrial. Foi analisando este quadro que o último Fórum recomendou fortemente a criação de um espaço para o despoletar da indústria de agro-processamento na Matola.

distribuição de gás domésticoA construção do gasoduto, a partir do centro industrial da Matola, com 15 qui-lómetros de extensão e um anel de apro-ximadamente 35 quilómetros é uma das iniciativas que comprova que a Matola é um verdadeiro íman em matéria de inves-timentos. O gasoduto irá expandir para o distrito de Marracuene num período de 10 anos. Projecta-se que, numa primeira fase,

o gás canalizado seja fornecido aos hotéis, hospitais e restaurantes. Entretanto, o ga-soduto irá alimentar também as bombas de combustível que se destinam ao abas-tecimento de veículos.

terminal de Carvão da MatolaO projecto do Terminal de Carvão da Ma-tola é financiado pelo Banco britânico Standard Chartered, num investimento de cerca de 800 milhões de dólares. O Terminal de Carvão do Porto de Maputo está agora no centro de um programa de expansão que deverá aumentar ao longo dos próximos seis anos a sua capacidade de manuseamento. A sua capacidade irá passar das actuais seis milhões de tonela-das para cerca de 20 milhões de toneladas por ano. Por outro lado, calcula-se que o País venha a tornar-se no segundo maior exportador de carvão em África, facto que torna o Ter-minal de Carvão da Matola num empre-endimento mais sustentável. Estimativas indicam que o projecto irá manusear 20 milhões de toneladas por ano ao fim da terceira fase de expansão.

Capacidade e Investimento do terminal

Investimento 800 Milhõesde dólares

Actual capacidade de manuseamento de carga

6 milhões de toneladas/ano

Capacidade projectada a partir da terceira fase

20 milhões de toneladas/ano

transporteJá se encontram criadas as condições para a implementação da primeira unidade moçambicana de fabrico de automóveis, a Matchedje Motor Lda.. Actualmente, de-corre a fase do estudo do impacto ambien-tal que antecede a implantação física da fábrica na zona da Machava. A construção da fábrica arranca este ano e as primeiras viaturas moçambicanas, com a marca Ma-tchedje, já estarão no mercado em 2013, segundo Arão Nhancale, o presidente do Conselho Municipal da Matola. O projecto resulta duma parceria entre Moçambique e a China. Ao todo, serão investidos 150 milhões de dólares. Para a fase inicial serão aplicados 15 milhões de dólares no sentido de garantir o fabrico de 30 mil automóveis ao longo do próximo ano.

Investimento e produção prevista para a companhia Matchedje Motor

Investimento total 150 milhões USD

Investimento na fase inicial

15 milhões USD

Número de automóveis em 2013

30 mil unidades

Micro-finançasO acesso ao financiamento ainda é escasso na urbe matolense, apesar do ténue cresci-mento do sector. O Programa Estratégico de Redução da Pobreza Urbana (PERPU) constitui uma das plataformas que atende a um segmento cada vez mais crescente de mutuários. Com efeito, o PERPU já possi-bilitou a criação de mais de 600 postos de trabalho nos três postos administrativos do município da Matola.A Matola implementa o PERPU há sensi-velmente um ano, tendo em 2011 finan-ciado projectos que absorveram um mon-tante de 21 milhões de meticais. Durante o período em referência, o Conselho Mu-nicipal da Matola recebeu um total de 856 projectos, dos quais 354 foram devolvidos aos proponentes devido a várias irregula-ridades.c

Financiamento PErPU

Financiamento em 2011

21 Milhões USD

Projectos recebidos 856

Projectos reprovados

354

Postos de trabalho criados

600

outubro 2012 revista capital

ECONOMIA MATOLA

34

revista capital outubro 2012

Matola, considered to be the in-dustrial capital of the country, is planning to increase its invest-ments profile. Matola Economic

Forum, which is now in its fourth edition, has stood out as a real investment attraction. If on the eve of its last Forum, held in 2011, Matola announced 50 new projects that would generate two thousand jobs, according to Arão Nhancale, the Mayor of the City, this year’s ambitions are even bigger. In the third Forum, Matola annou-nced investments of approximately $ 500 million. Speaking about the many ongoing projects, such as the car factory or even coal terminal, the mayor of Matola places particular emphasis on sanitary landfill as a project to be taken into account in the area of infrastructures.

Investments between the II and the III Economic Forum

New projects up to 2011

50

New jobs up 2011 2 thousand

private investments 500 Million USD

onGoInG ProJECts

tchumene MarketThe construction project of Tchumene market is budgeted at about $ 30 million, and it is expected to supply the whole Mu-nicipality and some neighboring districts. The enterprise to be built in the district of Tchumene 2 is the result of a partnership between the City Council and PROMOSA

Matola, the entity in charge of fund rai-sing.

Sanitary landfillThe sanitary landfill is now a certainty. The project implemented in partnership with the Municipality of Maputo will con-tribute significantly to the management of solid waste. However, an area of 100 hec-tares has already been prepared to host the new enterprise in the municipal district of Mathlemele. The estimates that made a year and half ago indicated the need for an investment of 30 million dollars, but it is likely that the budget will have to be adjus-ted to the current reality.

Municipal transport CompanyFrom the 1233 workers inherited from the defunct company Public Transporta-

Business Forum,the investment magnet in MatolaSérgio Mabombo [text]

ECONOMY MATOLA

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tion of Maputo (TPM), about 806 were integrated into the Municipal Transport Company of the City of Maputo and 427 into its counterpart in the city of Matola. The division of assets was performed at a ratio of 65 percent to 35 for Maputo and Matola. Matola plans to create its own workshops for the maintenance of its fleet, comprising 123 buses.

after the extinction of tPM

Division of assetsC. of Maputo 65% and 35% for Matola

Fleet of buses for Matola

123 units

Division of Workers by Company

806 Workers for Maputo and 427 for Matola

agro-processing Agriculture is not Matola’s main target due to the fact that it is not mostly an agri-cultural city, but industrial. It was on the basis of this framework that the Forum recommended the creation of a space for triggering the agro-processing industry in Matola.

domestic gas distributionThe construction of a 15 kilometer gas pi-peline in the industrial center of Matola, and a coverage radius of approximate-ly 35 kilometers, is one of the initiatives that proves Matola to be an investment magnet. Within a period of 10 years, the pipeline is expected to expand to District of Marracuene. At the first stage, the piped gas is expected to supply hotels, hospitals and restaurants. Moreover, it is also ex-pected to feed various fuel pumps which in turn will supply gas to vehicles.

Matola Coal terminalMatola Coal Terminal project is funded by the British Standard Chartered Bank, an investment of approximately $ 800 million. The Coal Terminal at the Port of Maputo is now undergoing an expansion program which is expected to increase its handling capacity over the next six years. Its capacity will increase from the present six million tons to 20 million tons per year. Moreover, it is estimated that the country will become the second largest exporter of coal in Africa, a fact that makes Matola Coal Terminal a more sustainable enter-prise. Estimates indicate that the project will handle 20 million tonnes per year at the end of the third phase of expansion.

Capacity and investment of the terminal

Investiment 800 Million USD

Current handling capability

6 million ton/year

Projected capacity as from the third phase

20 million tons/year

transportConditions are already in place for the es-tablishment of Matchedje Motors Lda, the first Mozambican car manufacturing unit. Currently, EIAS is underway preceding the physical establishment of the plant in Machava. Its construction will start this year, and according to Arão Nhancale, the Mayor of Matola, the the first lot will be available in the market by 2013. The project is the result of a partnership between Mozambique and China. The to-tal investment will amount to 150 million dollars. 15 million dollars will be invested in the initial stage in order to guarantee

the production of 30,000 cars over the next year.

Investment and production forecast for Matchedje Motor

Total Investiment 150 million USD

Investment in the initial phase

15 million USD

Number of vehicles in 2013

30 thousand units

Micro-financeAccess to finance is still scarce in Matola despite the slight growth in the micro--finance sector. The Strategic Program for Urban Poverty Reduction (PERPU) is a platform that caters for an increasingly growing segment of borrowers. Indeed, the PERPU has already enabled the crea-tion of over 600 jobs in three administrati-ve posts in the municipality of Matola.Matola has been implementing PERPU for approximately a year, and in 2011 it fun-ded projects which absorbed an amount of 21 million meticals. During the covered period, the Municipal Council of Matola received a total of 856 projects, out whi-ch 354 were returned to the tenders due to various irregularities.c.PErPU Financing

Budget for 2011 21 Million USD

Received Projects 856

Rejected Projects 354

New jobs created 600

ECONOMY MATOLA

36 REPORTAGEM I IV FORUM EMPRESARIAL DA MATOLA36

revista capital outubro 2012

Quando a revista Capital coloca a questão acerca dos maiores desafios da Edilidade da Mato-la, Arão Nhancale faz um longo

silêncio, fixa os olhos no chão, enquanto no espírito lhe assomam várias realizações económicas que gostaria de oferecer à po-pulação. Após esse breve instante, o presi-dente do Município levanta o olhar, esboça um sorriso de segurança e começa a esgri-mir perspectivas diversas. “Quero a Matola em cima, sempre em primeiro, em todos os aspectos. A luta que travamos todos os dias é justamente para que a Matola seja um município desen-volvido, infraestruturado e com um nível de pobreza mínima ou mesmo ausente”. Consciente de que a lista é naturalmente enorme, o edil da Matola explica que o desafio que carrega é permanentemente renovável. “No dia em que tivermos uma estrada, o desafio que se coloca a seguir é o da iluminação. Depois da iluminação, surge o desafio das lombas e depois o do transporte público, da escola primária, secundária, e assim por diante”, assegura Nhancale. A grande prioridade da Edilidade da Mato-la encontra-se relacionada com as infraes-truturas de saneamento básico, mais con-cretamente com o sistema de drenagem e com a ampliação do sistema de tratamento de resíduos. Mas, por outro lado, há a con-

siderar a necessidade das estradas e da rede de distribuição de energia eléctrica, que constituem um desafio que vem sendo ganho gradualmente.

Urbe organiza mais um fórum e acolhe o empresariadoOs empresários, investidores e empreende-dores irão entender melhor o ritmo do am-biente de negócios na Matola com o próxi-mo Fórum Empresarial, que irá realizar-se a 11 de Outubro próximo. Contudo, há da-dos que os mesmos deverão ter em conta antes de tomar decisões estratégicas.Se Moçambique desceu dois lugares no úl-timo ranking do Fórum Económico Mun-dial de 2011, este ano a Matola irá demon-strar até que ponto o cenário descrito está a ser invertido. Para o efeito, a urbe leva a cabo o seu IV Fórum Empresarial, um evento que irá demonstrar uma abertura no sentido de um melhor ambiente de negócios.Segundo o presidente do Município, Arão Nhancale, «o quarto fórum empresarial constitui um espaço privilegiado, onde o debate de todos os aspectos para a con-solidação das empresas no mercado são uma constante». O que se pretende é que os novos investimentos continuem a fluir e em massa para o Município.Mas apesar dos esforços na Matola, a nível nacional persistem ‘travões’ como os el-

evados impostos e a pouca disponibilidade em termos de infraestruturas, segundo a análise do Fórum Económico Mundial. As-pectos que implicam um frágil desempen-ho do ambiente de negócios, num quadro em que a Matola não constitui natural-mente uma excepção à regra.Com efeito, Moçambique perdeu dois lu-gares na última lista de “Competitividade Global”. De um total de 142 países avali-ados, passou da posição 131, em 2010, para a posição 133, em 2011. Apesar disso, o ambiente descrito poderá conhecer fran-cas melhorias devido ao espaço que está a ser oferecido ao empresário pelo menos na Matola. «Com a realização dos fóruns, queremos que nos tragam uma nova visão, sobr-etudo do lado do empresário, sobre como deve ser a postura da governação no Mu-nicípio», explica Arão Nhancale, que gere os destinos da Edilidade.As anteriores edições do evento revelaram os anseios do empresariado sobre o ambi-ente de negócios ideal para a Matola. An-seios esses que já estão a ser explorados no sentido do desenvolvimento local, a aval-iar pelo crescimento nunca antes visto de pequenas e médias empresas, um fenóme-no que segundo Nhancale caracteriza hoje o Município. O aumento do número de postos de trabal-ho na urbe é sintomático. Contam-se mais

Os desafios económicos da Matola

Sérgio Mabombo e Arsénia Sithoye [texto]

Levar a urbe que dirige a um nível de desen-volvimento elevado é o maior objectivo que o presidente do Conselho Municipal da Matola, Arão Nhancale, pre-tende concretizar. Va-mos saber como Nhan-cale pretende atingir essa meta, nos próximos tempos, e de que modo o IV Fórum Empresarial do Município da Matola, que irá decorrer a 11 de Outubro, pode vir a con-tribuir nesse sentido.

37REPORTAGEM

outubro 2012 revista capital

de dois mil postos desde o último fórum, e essa conquista é apontada como o resul-tado da melhoria do ambiente de negócios na Matola.Com o progresso em curso, os empresári-os do Município de Loures, em Portugal, também já manifestaram o seu interesse em investir cá. Os mesmos possuem inter-esses expressos nas áreas da indústria dos metais, da montagem de equipamentos electrónicos, robots, têxtil e até na área de transporte. Nhancale observa que a parce-ria histórica existente entre o Conselho Municipal da Matola e a Câmara Municipal de Loures, que passa por uma geminação, está a acelerar a limpeza do ambiente de negócios em curso.

Iv Fórum Empresarial promove a Matola como primeiro destino de negóciosNo IV Fórum Empresarial da Matola, que ostenta o lema “Tornar A MATOLA PRIMEIRO Destino de Negócios”, es-tarão presentes para além do presidente do Conselho Municipal da Matola e an-fitrião, Arão Nhancale, o Presidente da República, Armando Guebuza, a governa-dora da Província de Maputo, Maria Jo-nas, e empresários, investidores, financia-dores, agentes económicos, prestadores de serviços, comerciantes e outras entidades.No evento em que se procederá à inaugu-ração da Feira Intermunicipal “Ussembe

Accord” será apresentado um vasto painel de programas, onde serão debatidos vários temas de âmbito económico, nomeada-mente:

AMBIENTE DE NEGÓCIOS EM MOÇAM-BIQUE, com os temas “Impacto dos Grandes, Médios e Pequenos Pro-jectos no Desenvolvimento Empre-sarial”, tendo como orador o ministro da Planificação e Desenvolvimento, Ayuba Cuereneia, e como moderador o presidente do Instituto de Directores de Moçambique, Luís Magaço. Ao mesmo tempo, o tema “Papel da Banca no Desenvolvimen-to Empresarial” contará com o governa-dor do Banco de Moçambique, Ernesto Gove.

AMBIENTE DE NEGÓCIOS REGIONAL, onde será debatido o tema “Desafios da Integração Regional Rumo ao De-senvolvimento”, que será apresentado pelo secretário executivo da SADC, Tomás Salomão, e moderado pelo director geral do GAZEDA, Danilo Nalá. Este painel irá contar ainda com os depoimentos dos presidentes dos municípios de Mbombela e Nkomazi (RSA) e Mbabane (Suazilân-dia).

AMBIENTE INTERNACIONAL DE NEGÓCIOS, painel em que o presidente

da Câmara de Comércio Moçambique/EUA e o presidente da CTA, Rogério Ma-nuel, serão oradores e em que o director editorial da Soico, Jeremias Langa, será o moderador do tema “O Papel das Asso-ciações Empresariais no Desenvolvi-mento Económico”.

ASPECTOS SOCIAIS NA DECISÃO DO INVESTIMENTO, com o tema “Pobreza Urbana vs. Desenvolvimento”, será apresentado pelo reitor da Universidade A Politécnica, Lourenço do Rosário, e moderado pelo secretário permanente do Ministério da Planificação e Desenvolvi-mento, Salim Valá.

A “MATOLA PRIMEIRO” DESTINO DE NEGÓCIOS (Oportunidades de Investi-mento), onde o tema “Investir na Ma-tola” estará em alta, terá como orador o presidente do Conselho Municipal da Ci-dade da Matola, Arão Nhancale, e como moderador o empresário e Professor da Universidade Eduardo Mondlane, Cardoso Muendane.Além dos paineis anunciados, o IV Fórum Empresarial do Município da Matola irá possibilitar aos presentes a participação nas Bolsas de Contacto Empresarial, uma boa oportunidade para que empresários e investidores possam encetar contactos, parcerias e redes de sinergia.c

3838 REPORT I THE IV BUSINESS FORUM OF MATOLA

revista capital outubro 2012

As the Capital magazine poses the question concerning the Municipality’s biggest challenges, Arão Nhancale makes a long pau-

se, stares at the floor, while various eco-nomic achievements that he would like to provide the population with are looming in his spirit. Soon after such a brief mo-ment, the mayor raises his eyes, shows a safety smile and started putting forward different perspectives.“I want Matola to be on top of everything, always first in all respects. The struggle we are waging every day is just to ensure that Matola becomes a developed city, equipped with infrastructures and with a minimum or even absent poverty level”.Cognizant that the list is huge of course, the mayor explains that the challenge is constantly renewed. “The day we will have a road, the next challenge will be lighting. After lighting, the next challenge will be the speed bumps and then the pub-lic transport, primary school, secondary, and so forth,” says Nhancale.On one hand, the top priority of Matola has to do with the basic sanitation infra-

structures, more specifically the drainage system and the expansion of the waste treatment system. But on the other hand, there is the need to consider the roads and the energy distribution network, which is increasingly becoming a challenge.

Municipality organises another forum and hosts the business communityIt should be mentioned that the business community, investors and entrepreneurs will be given the chance of understanding better the rhythm of the business environ-ment in Matola with the next Business Forum, which is to be held on October11. However, there are issues that they should take into consideration before making any strategic decisions.Given that Mozambique fell two places in the latest rankings of the World Economic Forum in 2011, this year Matola will show-case the extent to which the described sce-nario is being reversed. To this end, the municipality is hosting its IV Business Fo-rum, an event which will show that Matola is an open environment for business.According to the mayor, Arão Nhancale,

“the fourth business forum is a privileged space where the discussions regard-ing all the aspects for the consolidation of companies in the market play a huge role.” The idea is that the new investments should continue to flow in droves to the municipality.Notwithstanding the efforts made in this regard, ‘obstacles’ persist at the national level such as the high taxes and poor infra-structure in terms of availability, accord-ing to the analysis of the World Economic Forum. These aspects imply a flimsy per-formance of the business environment, within a context in which Matola is not naturally an exception to the rule.In effect, Mozambique lost two places in the latest list of “Global Competitiveness”. From a total of 142 countries that were as-sessed, Mozambique moved from position 131 in 2010 to the position 133, in 2011. Nevertheless, the environment described therein may improve significantly due to the business conducive environment at least in Matola.“With these forums taking place, we want them to come up with a new vision, es-pecially from entrepreneurs, regarding the governance approach in the city,” ex-plains Arão Nhancale, who manages the destinies of the municipality.It should be noted that the previous edi-tions of the event revealed the concerns of the business community regarding the ideal business environment for Matola. These yearnings, which are already being exploited for local development, judging by the unprecedented growth in small and medium enterprises, are a phenomenon that characterizes the Municipality today as the mayor pointed out.Furthermore, it should be said that the in-crease in the number of jobs in the Munic-ipality of Matola is symptomatic. Since the last forum, more than two thousand jobs have been created, and this achievement is regarded as being the result of the im-provement of the business environment.With the ongoing progress, the entrepre-neurs from the Municipality of Loures, in Portugal, have also expressed their inter-

Matola economic challengesThe ultimate goal of the mayor of the Municipal Council of Matola, Arão Nha-cale, is to make the municipality reach a high level of development. Let us find out from the mayor how he intends to achieve this goal in the near future, and how the IV Business Forum of the Municipality of Matola, to be held on Octo-ber 11, can contribute towards this goal.

39REPORT

outubro 2012 revista capital

est in investing in Matola. They have ex-pressed interests in the areas of metals, electronic assembly equipment, robots, textile and even in the area of transport. Mr. Nhancale points out that the historic partnership between the two Municipali-ties, which involves twinning, is acceler-ating the cleanup of the ongoing business environment.

Iv Business Forum promotes Matola as the first business destinationBesides Arão Nhancale, the mayor of the Municipality of Matola and the host, the President of the Republic, Armando Gue-buza, the Governor of the Province of Maputo, Maria Jonas, and businessmen, investors, financiers, business operators, service providers, merchants and other entities will be present in the IV Business Forum of Matola, which boasts the motto “Making MATOLA THE FIRST Business Destination”.During the forum, a number of events will take place including the inauguration of the Inter-municipal Fair “Ussembe Ac-cord”, and a wide panel of programs will be presented in which various economic

topics will be discussed, namely:BUSINESS ENVIRONMENT IN MOZAM-BIQUE, where the Minister of Planning and Development, Ayuba Cuereneia will present on the “The Impact of Large, Medium and Small Projects on Busi-ness Development”, and the president of the Institute of Directors of Mozam-bique, Luís Magaço will be the modera-tor. At the same time, the governor of the Bank of Mozambique, Ernesto Gove will also present on the “Role of Banking in Business Development”. REGIONAL BUSINESS ENVIRONMENT, where the Secretary General of SADC, Tomás Salomão will present on the “Chal-lenges of Regional Integration To-wards Development,” and the Director General of GAZEDA, Danilo Nalá, will be the moderator. This panel will also include the testimony of the mayors of Mbombela and Nkomazi (RSA) and Mbabane (Swazi-land). INTERNATIONAL BUSINESS ENVI-RONMENT, a panel in which the presi-dent of the Chamber of Commerce Mo-

zambique/USA and the president of CTA, Rogério Manuel, will present on the topic “The Role of Business Associations in Economic Development”, and the editorial director of Soico, Jeremias Lan-ga, will be the moderator. SOCIAL ASPECTS IN THE INVESTMENT DECISION, where the Rector of the Poly-technic University, Lourenço do Rosário will present on “Urban Poverty vs. De-velopment” and the Permanent Secre-tary of the Ministry of Planning and Devel-opment, Salim Valá will be the moderator.“MATOLA THE FIRST” BUSINESS DES-TINATION (Investment Opportunities), where the mayor of the City Council of Matola will present on the topic “Invest-ing in Matola” which will be bullish, and the Professor and entrepreneur from Uni-versidade Eduardo Mondlane, Cardoso Muendane, will be the moderator.In addition to the announced panels, the IV Business Forum will allow those pre-sent to participate in the Business Match-ing, which is a good opportunity for entre-preneurs and investors to initiate contacts, partnerships and synergy networks.c

revista capital outubro 2012

No quadro do referido Plano, fo-ram projectadas novas zonas industriais de modo a permitir um amplo desenvolvimento da

indústria no município pois, a cada dia que passa, cresce o número de inves-tidores naquela urbe. São os casos dos parques industriais da Matola-Gare e do Língamo. Por outro lado, a Matola localiza-se pró-ximo alguns mercados importantes (Ma-puto, África do Sul, Suazilândia) e pode-rá orientar para o resto do país e demais mercados da SADC um esforço de produ-ção sustentável.

Possui na sua população uma “mina” de recursos humanos que aguardam, a qualquer momento, poderem contribuir para o seu desenvolvimento bem como serem treinados ou capacitados nas mais diversas profissões, o que só por si só pode ser uma alavanca de progresso e fonte de riqueza.Em paralelo, possui uma importante via de comunicação que poderá vir a ser melhorada com a futura estrada circular (cujas obras estão em andamento) que irá ligar Maputo, Zimpeto, Machava e Matola e com a ponte que ligará a capital à Ka Tembe. E Tem também a possibili-

dade de vir a tirar melhor partido do seu porto.Portanto, o Município ostenta um vas-to leque de factores que constituem in-centivos para empresários, investido-res, financiadores, agentes económicos, prestadores de serviços, comerciantes e outras entidades, e fazem da Matola um local próprio e determinante para negó-cios, assim como uma porta de entrada para a região Austral de África.Fazem igualmente parte do panorama económico da Matola várias instituições financeiras, como atesta o seguinte qua-dro de agências bancárias:c

40 NEGÓCIO BUSINESS

Matola procura melhorambiente de negócio

Matola seeks for a better businessenvironment

o município da Matola, a zona de Moçambique com o maior número de unidades industriais e com a ambição de ser o primeiro destino de investimento, está a dar passos largos no sentido de melhorar o ambiente de negócios e proporcionar um maior dinamismo à urbe. Entretanto, foi desenhado um Plano de Estrutura Urbana e ordenamento territorial, no qual se encontram devidamente traçados os espaços industriais, habitacionais, ecológicos, sociais, entre outros.

Banco BIM BCI BARCLAYSSTANDARD BANK

FNB ABC ICB MCB PROCREDIT SOCREMOBANCO TERRA

MOZA BANCO

TCHUMA ÚNICO LETSHEGO

Nº de agências

8 8 3 3 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1

Bank BIM BCI BARCLAYSSTANDARD BANK

FNB ABC ICB MCB PROCREDIT SOCREMOBANCO TERRA

MOZA BANCO

TCHUMA ÚNICO LETSHEGO

No. ofbranches

8 8 3 3 1 1 1 1 1 1 1 2 2 1 1

Within the framework of the said plan, new industrial zones were proposed in order to allow a broad industry development

in the city for there is a growing number of investors in that municipality every day. The industrial parks of Matola-Gare and Línga-mo are some of the examples.Moreover, Matola is located near some ma-jor markets (namely Maputo, South Africa,

Swaziland) in such a way that a sustainable production effort can be directed to the rest of the country and other SADC markets.It should be pointed out that the municipality has a bountiful “mine” of human resources, and that at any time, they can contribute to its development or they can be trained or skilled in various professions, which can in turn lev-erage progress and be a source of wealth.Furthermore, it has an important communi-

cation channel that could be improved with the future ring road (whose works are in pro-gress) which will connect Maputo, Zimpeto, Machava and Matola and the bridge linking the capital to Ka Tembe. The municipality might also make the most out of its port.Thus, Matola exhibits a wide range of factors that represent incentives for entrepreneurs, investors, financiers, economic operators, service providers, merchants and other enti-ties, and that makes Matola a conducive and determining business environment as well as an entry point for the Southern Africa region.It should also be noted that various financial institutions are also part of the economic landscape of Matola, as shown by the follow-ing table of bank branches:c

the Municipality of Matola, the area of Mozambique with the largest number of indus-trial units and with the ambition of becoming the first investment destination of the country, is making strides towards improving its business environment as well as provi-ding a more dynamic municipality. nonetheless, an Urban structure Plan as well as a spa-tial Plan were developed, in which the industrial, residential, ecological, social, amongst other spaces were properly outlined.

Com o início das actividades pre-visto para finais deste ano, altura em que será produzida a primei-ra viatura em terreno nacional,

a Matchedje Motors localizada no antigo estaleiro dos Caminhos de Ferro de Mo-çambique na Machava, no município da Matola, encontra-se de momento na fase da montagem de equipamentos e da cons-trução das naves para o fabrico de auto-móveis.O projecto decorre de uma parceria entre a China Tongjian Investiment, Lda. que dispõe de capital competitivo e recursos tecnológicos, e o Governo moçambicano. Trata-se de um grande empreendimen-to que engloba a montagem de automó-veis (numa primeira fase), uma empresa

de transportes, a montagem de aviões e motociclos, sendo que a montagem de automóveis irá envolver um valor de in-vestimento na ordem dos 27 milhões de dólares.«Numa primeira fase, motos eléctricas e automóveis. Foram planificadas três li-nhas de automóveis, nomeadamente para autocarros (bus), carros médios (como pikups) e camiões (Cavalo). A priorida-de recai sobre os mini-bus devido à falta de transportes públicos que se verifica no país», revelou Sandra Song, directora da Matchedje Motors, Lda.Os veículos Matchedje destinam-se a abastecer o mercado moçambicano numa primeira fase, sendo que mais tarde a Ma-tchedje Motors ambiciona fornecer toda a

África. «Como a marca Toyota que se encontra espalhada em todo o mundo, a ideia é que a marca Matchedje chegue a todo mundo levando consigo o nome de Moçambique, exemplificou Sandra Song.A mesma responsável explicou ainda que sendo uma empresa de montagem de automóveis, cujos equipamentos essen-ciais terão que ser todos importados, está descartada a possibilidade da fábrica vir a criar problemas ambientais e de saúde pública, facto que constitui preocupação das comunidades circunvizinhas. Contu-do, sublinhou o facto de que os preços se-rão afixados de acordo com a capacidade financeira e o poder de compra dos mo-çambicanos.

INDÚSTRIA MATCHEDJE MOTORS42

Matchedje Motors, um gigante que se ergue

A indústria automóvel já faz sérias apostas no mercado nacional. Até ao final deste ano, a primeira unidade fabril vocacionada para o ramo dos automóveis irá começar a funcionar em pleno no município da Matola. Segundo a directora da empresa, Sandra Song, a marca dos automóveis ostentará o nome de Matchedje e surge para suprir a demanda de um mercado que vai além das fronteiras de Moçambique. Contudo, e de momento, a prioridade recai na produção dos mini-bus devido à falta de transportes públicos que se verifica no país.

Arsénia Sithoye [texto]

revista capital outubro 2012

43INDÚSTRIA MATCHEDJE MOTORS 43

Arsénia Sithoye [texto]

Já existem encomendas de viaturasA designação Madtchedje foi atribuída pelo Governo moçambicano por fazer par-te da história nacional, uma vez que ao longo da guerra colonial eram usados os carros Matchedjes nos combates.Apesar da Madtchedje Motors carregar a responsabilidade de ser a primeira indús-tria de viaturas no país que ostenta uma marca moçambicana, Sandra Song sosse-ga os ânimos informando que já existem encomendas feitas por muitos nacionais e estrangeiros provenientes de empresas, instituições do Governo ou até mesmo a título pessoal.Quanto aos postos de trabalho que irão ser criados, Song refere não possuir ainda uma estimativa sobre os mesmos, devido à delicadeza que a montagem de automó-veis requer e à particularidade de ser uma indústria nova em Moçambique. O que se sabe ao certo é que virão alguns técnicos chineses para a Matola no senti-do de garantir a montagem das viaturas, e que, só numa fase mais avançada, é se poderá fornecer com precisão o número de moçambicanos que serão empregues na fábrica.Entretanto, a directora da unidade fa-bril em causa afirma que existe um plano traçado no sentido de técnicos chineses darem formação aos moçambicanos de forma a que os últimos se enquadrem no ramo do fabrico automóvel, não só nas áreas da mecânica e da tecnolocia, como

também na vertente da gestão.

a fábrica pode vir a mudar a vidade muitos moçambicanosPara a directora da Matchedje Motors, o surgimento desta fábrica poderá mudar a vida de muitos moçambicanos, pois a ideia é acabar com a importação de automóveis em Moçambique, o que acarreta custos como o pagamento aos intermediários, as taxas de desalfandegamento, de trans-porte e de seguros. Sublinhou ainda que muitos carros importados não se encon-tram em condições para circular nas estra-das visto que além de serem em ‘segunda mão’, alguns possuem mais de 10 anos de uso e causam problemas ambientais.

«A ideia é fabricar carros com qualidade e à medida do bolso dos consumidores. Muitas vezes, Moçambique, enquanto país em vias de desenvolvimento, gasta o pouco que tem importando automóveis. Esta fábrica vem resolver este problema, disponibilizando no mercado carros no-vos e seguros, e com soluções imediatas em caso de avaria», atestou.Questionada sobre o tipo de combustíveis a ser usado nos novos veículos, uma vez que o gás natural abunda no país, San-dra Song afirma que numa primeira fase os automóveis serão movidos a gasolina e a diesel, excepto os autocarros e demais automóveis de grande porte que já serão dotados de tecnologia a gás.c

outubro 2012 revista capital

With the production of the first car this year in the national territory, Matchedje Motors which is located in the former

site of the Railways of Mozambique, in Machava, in the municipality of Matola, is currently at the stage of equipment assem-bling and construction of warehouses for manufacturing of automobiles.The project is in the result of a partnership between China Tongjian Investment, Ltd,

which has competitive capital and tech-nological resources, and the Mozambican government. This is a major undertaking that includes car (at the initial stage), air-planes and motorcycles assembly, as well as a transport company, with the car as-sembly investment of around 27 million dollars.«…initially, electric bikes and cars. Three lines of cars have been planned, one for buses (bus), another for medium-sized

cars (pickups) and the last for trucks (horse-trucks). The priority lies in the production of mini-buses due to the lack of public transport in the country», re-vealed Sandra Song, the Managing Man-aging Director of Matchedje Motors, Lda. Matchedje vehicles are initially intended to supply the Mozambican market, and later the whole of Africa. « Like Toyota that is spread around the world, the idea is that the trade mark

Matchedje Motors, an emerging giantThe automotive industry is already making serious stakes in the domestic market. By the end of this year, the first car production factory will start operating in the city of Matola. According to the Managing Director of the company, Sandra Song, the new cars will bear the name of Matchedje and it is meant to meet the demands of a market that goes beyond the borders of Mozambique. However, at the moment, the priority lies in the production of mini-buses due to the lack of public transport in the country.

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revista capital outubro 2012

Matchedje will reach everyone, taking with it the name of Mozambique », exem-plified Sandra Song.The same official said that despite being a car-assembly company, whose essential equipments will all be imported, the pos-sibility that the plant will create environ-mental and public health hazards is ruled out, a fact that is creating apprehension amongst the surrounding communities. As for the cost of the new cars, she stressed that the prices will be set in accordance with the financial capacity and purchasing power of Mozambicans.

vehicle orders have already been pla-cedThe name Madtchedje was awarded by the Mozambican government for being part of the national history, given the fact that during the colonial war Matchedjes cars were used in combats.Despite the fact that Madtchedje Motors bears the responsibility of being the first car industry in the country with a Mozam-bican brand, Sandra Song guarantees that

orders have already been placed by many domestic and foreign companies, govern-ment institutions and even individual peo-ple.With regard to job creation, Song said that there no estimate of the number because of the delicacy required to assembly cars, especially for being a new industry in Mo-zambique. What is certain is that some Chinese tech-nicians will come to Matola in order to en-sure the assembly of vehicles, and only at a later stage, it might be possible to provide the exact number of Mozambicans that will be employed in the factory.However, the Managing Managing Direc-tor states that there is a plan for the Chi-nese technicians to provide mechanics and technology training to Mozambicans, including the area of management.

the factory might change the lives of many MozambicansFor the Managing Director of Matchedje Motors, this plant may change the lives of many Mozambicans, because the idea is

to stop importing cars into Mozambique, which carries additional costs, such as the payment of the intermediaries, clearance fees, transport and insurance. She also stressed that besides being second hand cars, some of them have more than 10 ye-ars of use and cause environmental pro-blems, therefore not in good condition to circulate on the roads. «The idea is to build quality cars that are also affordable. Although a developing country, very Mozambique spends the lit-tle it has importing cars. Thus the plant is expected to close this gap by providing the market with cars which are new and safe as a way of ensuring immediate solu-tions in case of failure», she added.When questioned about the type of fuel to be used in such new vehicles, since the country abounds in natural gas, Sandra Song said that the cars will initially be powered by gasoline and diesel, except buses and other large vehicles that will be equipped with gas technology right at the outset.c

INDUSTRY MATCHEDJE MOTORS

Banco U¦ünico Capital.indd 1 17-Sep-12 19:46:09

Informação Económica MensalEconomia Moçambicana / Mozambican Economy

A inflação anual de Moçambique, medida pelo Índice de Pre-ços ao Consumidor (IPC) caiu 0.47pp-pontos percentuais em Agosto, para o nível de 1.41% a/a, um mínimo histórico de 32 meses. A média anual também manteve uma tendên-

cia decrescente, ao baixar 0.77pp para 4.73%. A relativa estabilidade cambial do Metical nos últimos 12 meses, associada à manutenção da prática de preços administrados nalguns produtos alimentares, nos transportes públicos urbanos e nos combustíveis foram determinan-tes para a descida da inflação. O Governo prevê no seu Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP) recentemente divulgado, a manutenção de uma inflação a um dígito para os próximos 3 anos (2013-2015), em torno dos 5.6%, o que em nosso entender assenta em pressupostos de manutenção da estabilidade cambial, e da política de preços adminis-trados, de uma melhor oferta de produtos agrícolas e de uma relativa estabilidade do preço do crude no mercado internacional. Tal como esperado, o Banco de Moçambique cortou em 100 pontos base no dia 12 de Setembro, a sua taxa de juro de empréstimos over-night aos bancos comerciais, FPC, para o mínimo histórico de 10.5%, aproximando-se assim do nível de um dígito, consistente com os da-dos benignos de inflação. Este corte, associado ao excesso de liqui-dez que se verifica no mercado monetário, irá certamente continuar a pressionar para baixo as taxas de juro do crédito à economia. Com efeito, a taxa de juro prime dos bancos comerciais continuou a baixar, embora, nalguns bancos, a um ritmo mais lento do que o da descida da FPC, tendo-se fixado entre os 15.5% e 17.5% no final do mês de Agosto. O Metical manteve em Agosto, a volatilidade observada no mês ante-rior. Depreciou-se 1.67% m/m e 4.25% m/m, contra o Dólar e o Euro, respectivamente, mas apreciou-se 1.01% m/m face ao Rand, fechando o mês a níveis de 28.69 MT/USD, 36.18 MT/EUR e 3.42 MT/ZAR. Em termos anuais, a moeda nacional depreciou-se 5.7% a/a contra o Dólar em Agosto, mas ganhou terreno face ao Rand e o Euro, com aprecia-ções anuais de 11.6% a/a e 7.7% a/a, respectivamente. Mantemos as nossas expectativas de estabilidade do Metical, sustentadas pelo forte influxo de investimento directo estrangeiro nos mega-projectos, pelo crescimento das exportações, e pela continuidade da entrada dos fun-dos da ajuda externa, o que tem permitido manter um rácio de co-bertura de importações pelas exportações em torno dos 5 meses e um déficit da conta corrente estável, em torno dos 12% do PIB. Projecções contidas no CFMP indicam que o crescimento do PIB moçambicano deverá acelerar para uma média anual de 7.9% para o triénio 2013-2015, impulsionado por um forte crescimento na genera-lidade dos sectores incluindo o sector agrário (6.5%), indústria extrac-tiva (14.7%), electricidade e água (9%), construção (8.4%), transportes e comunicações (9.2%) e serviços financeiros (17.7%). Prevê-se que estes números sejam revistos para cima, para incorporar o impacto esperado do investimento nos projectos de desenvolvimento de infra--estruturas de escoamento de carvão mineral, de transporte e pro-dução de energia, e para reflectir o esperado financial closure para a mobilização de recursos financeiros necessários ao desenvolvimento dos projectos de exploração de gás natural na Bacia do Rovuma, que muito provavelmente irão ganhar novo ímpeto a seguir ao esclareci-mento sobre a sucessão de liderança do Partido Frelimo, no Congresso que se realiza este mês.

Mozambique’s annual inflation measured by Consumer Price Index (CPI) dropped 0.47pp-percentage points to 1.41% y/y in August, a 32 month historic low. Annual average maintained a decreasing trend, falling 0.77pp

to 4.73%. The relative stability of the Metical over the past 12 months, together with the maintenance of administered prices on some food items, urban public transport and fuels were key to this disinflation trend. Inflation is projected to remain at a single digit level of 5.6% for the next 3 years (2013-2015), as per the Government’s recent pu-blished Medium Term Fiscal Scenario (MTFS). We understand that this forecast is based on a scenario of local currency stability, the continuation of regulated prices, an improved supply of agricultural output and relative stability of crude oil international prices.As expected, Central Bank reduced by 100 basis points on 12th Sep-tember, its overnight standing lending facility interest rate, FPC, to an historic low of 10.5%, coming closer to a single digit level, con-sistent with benign inflation data. This cut, together with the excess liquidity observed in the market is likely to continue to pressure do-wnwards private sector credit extension interest rates. Commercial banks prime lending rates continued to decrease in August, althou-gh at a slower pace than FPC in some banks, closing the month at a level between 15.5% and 17.5%. The Metical maintained in August, the volatility observed in July, depreciating 1.67% m/m and 4.25% m/m to the US Dollar and the Euro, respectively, but gaining 1.01% m/m to the Rand, closing the month, respectively, at levels of 28.69 MZN/USD, 36.18 MZN/EUR and 3.42 MZN/ZAR. At an annual basis, the Metical depreciated 5.7% to the US Dollar in August, but gained some ground to the Euro and the Rand, with y/y appreciations of 11.6% and 7.7%. We main-tain our forecast of a relatively stable Metical, sustained by strong foreign direct investment inflows in the resources mega projects, in-crease in exports and continuation of foreign aid, which has helped to maintain import cover ratio around 5 months and by the relative-ly stable current account deficit around 12% of GDP.Government’s MTFS projections indicates an acceleration of Mo-zambican GDP to an annual average of 7.9% for the 2013-2015 pe-riod, boosted by strong growth in agriculture (6.5%), the resources sector (14.7%), electricity and water (9%), construction (8.4%) trans-port and communications (9.2%) and financial services (17.7%). We expect these numbers to be revised upwards as the expected coal ex-port related infrastructural development investment materializes, together with the starting of electricity transport and production mega-projects, as well as the expected financial closure on the Rovu-ma basin natural gas development mega-projects. These will most probably gain momentum, with the clarification of Frelimo’s leader-ship succession planning, to be decided at the party’s Congress this month.

Fáusio MussáEconomista do standard Bank

revista capital outubro 2012

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outubro 2012 revista capital

InflaçãoApós uma interrupção em Julho, o país voltou a registar em Agosto, uma deflação mensal, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) – Moçambique, na magnitude de 0.02% m/m, devido essencialmente à deflação observada em Maputo, pelo quinto mês consecutivo, de 0.07% m/m que contrariou o impacto da inflação observada nas cidades da Beira e Nampula, de 0.04% m/m e 0.03% m/m, respectivamente.Desde o início do ano, a descida de preços nas classes de alimen-taçao e bebidas não alcólicas, transportes e comunicaçoes, lazer recreação e cultura foram as que mais contribuiram para a des-cida da inflação.Em termos anuais, a inflação de Moçambique caiu 0.47pp-pon-tos percentuais em Agosto, para o nível de 1.41% a/a, um mínimo histórico de 32 meses. A média anual também manteve uma ten-dência decrescente, ao baixar 0.77pp para 4.73%.

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Maputo registou a inflaçao mais baixa, ao cair 0.4pp para 1.07% a/a e uma média anual de 3.85%, seguido de Nampula com uma inflação anual de 1.63% a/a, o que corresponde a uma descida de 0.69pp face ao mês anterior e uma média anual de 5.49%. Bei-ra foi a cidade mais cara, com uma descida da inflação anual de 0.21pp para 2.03% a/a e uma média de 5.44%. A relativa estabilidade cambial do Metical nos últimos 12 meses, associada à manutenção da prática de preços administrados nal-guns produ tos alimentares, nos transportes públicos urbanos e nos combustíveis foram determinantes para a descida da infla-ção.O Governo prevê no seu Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP) recentemente divulgado, a manutenção de uma inflação a um dí-gito para os próximos 3 anos (2013-2015), em torno dos 5.6%.Em nosso entender estas projecções assentam em pressupostos de manutenção da estabilidade cambial e da política de preços administrados, de uma melhor oferta de produtos agrícolas e de uma relativa estabilidade do preço do crude no mercado interna-cional, o que é muito provável de ocorrer.

Mercado MonetárioApós ter mantido as suas taxas de juro de referência inalteradas em Agosto, o Banco Central cortou em 100pb-pontos base a taxa de juro da cedencia de liquidez, FPC, para o nível de 10.5% em Setembro e baixou em 50pb para 2.5%, a taxa de juro da absorção de liquidez, FPD, mantendo o coeficiente de reservas obrigató-rias inalterado em 8%.Manteve-se em Agosto, a redução dos montantes e frequência de emissão de Bilhetes do Tesouro (BT’s), tendo-se observado apenas uma colocaçao para os prazos de 91 e 182 dias, que se traduziu na redução das taxas de juro em 7pb para 3.77% e 14pb para 6.06%, respectivamente. A taxa de juro dos BT’s a 364 dias manteve-se inalterada em 6.47%.O mercado monetário continuou a ser caracterizado por um ex-

InflationFollowing an inflation in July, the country returned to deflation in August, measured by the Consumer Price Index for Mozambique, at 0.02% m/m, mainly due to the Maputo’s deflation for the 5th conse-cutive month, at 0.07% m/m offsetting the monthly inflations recor-ded in Beira and Nampula, of respectively 0.04% and 0.03%. Since the beginning of the year, the price decreases in food and non--alcoholic beverages category, transport and communication items together with leisure and culture were the ones most contributing to the ease in inflation.Mozambique’s annual inflation dropped 0.47pp-percentage points to 1.41% y/y in August, a 32 month historic low. Annual average maintained a decreasing trend, falling 0.77pp to 4.73%.Maputo recorded the lowest inflation, dropping 0.4pp to 1.07% y/y and averaging 3.85%, followed by Nampula with an annual infla-tion of 1.63%, a decrease of 0.69pp compared with previous month and an annual average of 5.49%. Beira recorded the highest infla-tion at 2.03% y/y, falling 0.21pp on previous month, with an annual average of 5.44%.

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Inflacao - Maputo (Maputo Inflation)Anual (Year on Year)

Media (Average)

The relative stability of the Metical over the past 12 months, together with the maintenance of administered prices on some food items, urban public transport and fuels were key to this disinflation trend.Inflation is projected to remain at a single digit level of 5.6% for the next 3 years (2013-2015), as per the Government’s recent published Medium Term Fiscal Scenario (MTFS).We understand that this forecast is based on a scenario of local cur-rency stability, continuation of regulated prices, an improved supply of agricultural output and relative stability of crude oil international prices, which is likely to occur.

Money MarketAfter having kept unchanged in August its reference interest rates, Central Bank has decided to cut by 100bps this month, the overnight lending facility interest rate, FPC, to 10.5% and by 50bps the deposit facility interest rate, FPD, to 2.5%, keeping stable at 8% the reserve requirements ratio. During August, the frequency and amounts of Treasury Bills (TB’s) issues were reduced to a single placement for the 91 and 182 day tenors, at interest rates of respectively 3.77% and 6.06%, down 7bp and 14bp on previous month with the 364 day TB interest rate un-changed at 6.47%.

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Taxas de Juro (mercado primario)(Primary market interest rates)

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cesso de liquidez, o que associado aos cortes da FPC desde Agosto de 2011 na magnitude de 600pbs deverá continuar a pressionar para baixo as taxas de juro do mercado bancário para estimular o crédito à economia, que de acordo com dados referentes ao mês de Julho, cresceu 7.7% a/a, fixando-se em MT103.6 mil milhões, muito abaixo da meta revista para este ano, de 22.8% a/a.Com efeito, a taxa de juro prime dos bancos comerciais conti-nuou a baixar, embora, nalguns bancos, a um ritmo mais lento do que o da descida da FPC, tendo-se fixado entre os 15.5% e 17.5% no final do mês de Agosto.

Mercado de CapitaisDurante o mês de Agosto, o Governo emitiu e cotou na Bolsa de Valores Moçambique (BVM), um empréstimo obrigacionista a 3 anos, denominado OT2012, no montante de MT3150 milhões (cerca de US$110milhões), a uma taxa de juro variável, de 10% no primeiro cupão. A forte procura, de 4.6 vezes superior à oferta reflectiu a escassez de instrumentos de dívida no mercado.Com esta emissão, a capitalização bolsista do mercado obriga-cionista aumentou 28.5% para MT14.2 mil milhões (US$498.7 milhões), dos quais 74.1% representam obrigações do Governo, 20.4% empréstimos obrigacionistas de bancos e 5.5% empresas.

Obrigacoes (Bonds)Valor Nominal

(Nominal Value)Quant. Admitida (Listed Quantity)

Taxa Juro (Interest Rate)

Maturidade (Tenor)

Tesouro 2005 2S 5.000,00 300.000 8,0000% PerpetuaTesouro 2005 3S 67,01 16.673.180 10,0625% 2005 - 2015Tesouro 2008 100,00 3.500.000 9,6875% 2008 - 2013Tesouro 2009 100,00 2.900.000 6,5625% 2009 - 2014Tesouro 2010 1S 100,00 15.000.000 10,1250% 2010 - 2015Tesouro 2011 100,00 26.186.170 17,0000% 2011 - 2016Tesouro 2012 100,00 31.501.124 10,0000% 2012 - 2015BIM 2003 37,50 650.000 9,5000% 2003 - 2013BIM 2003 Sub 100,00 850.000 7,0625% 2003 - 2013BIM 2006 Sub 100,00 1.750.000 6,6250% 2006 - 2016BIM 2010 100,00 10.000.000 15,0000% 2010 - 2015MCEL 2008 21,60 2.500.000 10,0000% 2008 - 2013MCEL 2008 II 27,20 2.500.000 10,0000% 2008 - 2013MCEL 2010 81,25 3.800.000 16,0000% 2010 - 2015Standard Bank 07 Sub 100,00 2.600.000 6,4375% 2007 - 2017ProCredit 2009 75,00 750.000 7,3750% 2009 - 2014ProCredit 2011 Sub 100,00 900.000 17,3750% 2011 - 2017BCI 2009 Sub 100,00 2.160.000 7,2500% 2009 - 2019BCI 2011 100,00 10.000.000 16,5000% 2011 - 2016Petromoc 2010 100,00 3.500.000 9,3750% 2010 - 2015

Ao nível da dívida de curto prazo, não se registaram novas emis-sões de papel comercial durante o mês, com a capitalização fixa em MT810 milhões, repartidos entre a ENH (14%) e a Petromoc (86%).O mercado accionista manteve-se com pouca liquidez, com 3 em-presas cotadas e uma capitalização bolsista de MT14mil milhões, reflectindo o seu fraco desenvolvimento.

Mercado CambialO Metical manteve em Agosto, a volatilidade observada no mês anterior. Depreciou-se 1.67% m/m e 4.25% m/m, contra o Dó-lar e o Euro, respectivamente, mas apreciou-se 1.01% m/m face ao Rand, fechando o mês a níveis de 28.69 MT/USD, 36.18 MT/EUR e 3.42 MT/ZAR.Em termos anuais, a moeda nacional depreciou-se 5.7% a/a con-tra o Dólar em Agosto, mas ganhou terreno face ao Rand e o Euro, com apreciações anuais de 11.6% a/a e 7.7% a/a, respectivamente.Mantemos as nossas expectativas de estabilidade do Metical, sustentada pelo forte influxo de investimento directo estrangei-ro nos mega-projectos, pelo crescimento das exportações, e pela continuidade de entrada dos fundos da ajuda externa, o que tem permitido manter um rácio de cobertura de importações pelas exportações em torno dos 5 meses e um déficit da conta corrente estável, em torno dos 12% do PIB. O saldo de Reservas Internacionais Líquidas (RIL’s) atingiu um novo máximo histórico de U$2419.9 milhões, o que representa uma cobertura de importações de 5.3 meses, suportado pela en-

Money market continued to be characterized by excess liquidity, which together with FPC’s 600bps cut since August 2011 is likely to continue to pressurize downwards private sector credit exten-sion interest rates. Credit grew by a mere 7.7% y/y to a balance of MT103.6bn, well below this year’s revised target of 22.8%.Commercial banks prime lending rates continued to ease, although at a slower pace than FPC in some banks, closing August at a level between 15.5% and 17.5%.

Capital MarketsDuring August, Government issued and listed on Mozambican Stock Exchange (MSE) its latest Government Bond denominated OT2012, at an amount of MT3.150 million (US$110millhon) and a floating interest rate, fixed at 10% for the first coupon.The demand was 4.6 times higher than the offer, reflecting the scar-city of debt instruments in the market.With this issue, the bond market capitalization increased 28.5% to MT14.2 billion (US$498.7 million), of which 74.1% Government bonds, 20.4% banks and 5.5% corporate bonds.In the short-term debt market there were no issues of commercial paper during the month with the capitalization shared between ENH (14%) and Petromoc (86%).The stock market remained illiquid, with 3 companies listed and a market capitalization of Mt14 billion, reflecting a weak level of de-velopment.

Foreign Exchange MarketThe Metical maintained in August, the volatility observed in July, depreciating 1.67% m/m and 4.25% m/m to the US Dollar and the Euro, respectively, but gaining 1.01% m/m to the Rand, closing the month, respectively, at levels of 28.69 MZN/USD, 36.18 MZN/EUR and 3.42 MZN/ZAR.At an annual basis, the Metical depreciated 5.7% to the US Dollar in August, but gained some ground to the Euro and the Rand, with y/y appreciations of 11.6% and 7.7%.We maintain our forecast of a relatively stable Metical, sustained by strong foreign direct investment inflows in the resources mega projects, increase in exports and continuation of foreign aid, which has helped to maintain import cover ratio around 5 months and a stable current account deficit around 12% of GDP.

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Net International Reserves (NIR) recorded a new historic high in August, with a balance of U$2419.9 million, which represents an import cover ratio of 5.3 months, supported by the inflow of foreign aid funds offsetting the impact of Central Bank net sales of foreign exchange to commercial banks of USD68.3 million.

MERCADOS STANDARD BANK 4949

outubro 2012 revista capital

trada de divisas da ajuda externa, que compensaram as vendas líquidas de divisas do Banco Mocambique aos bancos comerciais de USD68.3 milhões.

actividade EconómicaProjecções contidas no CFMP indicam que o crescimento do PIB moçambicano deverá acelerar para uma média anual de 7.9% para o triénio 2013-2015, impulsionado por um forte crescimento do sector agrário (6.5%), indústria extractiva (14.7%), electricida-de e água (9%), construção (8.4%), transportes e comunicações (9.2%) e serviços financeiros (17.7%).Prevê-se que estes números sejam revistos para cima, para incor-porar o impacto esperado do investimento nos projectos de de-senvolvimento de infra-estruturas de escoamento de carvão mi-neral, de transporte e produção de energia, e para reflectir o espe-rado financial closure para a mobilização de recursos financeiros necessários ao desenvolvimento dos projectos de exploração de gás natural na Bacia do Rovuma.

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Estes projectos muito provavelmente irão ganhar um novo ímpe-to com o esclarecimento sobre a liderança do Partido Frelimo, no âmbito do Congresso que se realiza este mês.c

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Reservas Internacionais vs Cobertura Imp.(Net International Reserves vs Import Cover)

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Meses Cob.Import.(Import Cover Months)

Economic ActivityGovernment’s MTFS projections indicates an acceleration of Mo-zambican GDP to an annual average of 7.9% for the 2013-2015 pe-riod, boosted by strong average growth in agriculture (6.5%), the resources sector (14.7%), electricity and water (9%), construction (8.4%) transport and communications (9.2%) and financial services (17.7%).

We expect these numbers to be revised upwards as the expected coal export related infrastructural development investment materiali-zes, together with the starting of electricity transport and produc-tion mega-projects, as well as the expected financial closure on the Rovuma basin natural gas development mega-projects. These will most probably gain momentum, with the clarification of Frelimo’s leadership succession planning, to be decided at the party’s Congress this month.c

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Agricultura (Agric.) 6,6 7,8 6,4 6,6 6,5 6,4 6,5Pescas (Fishing) 8,0 6,0 2,9 3,3 3,2 3,4 3,3Ind.Min (Mining) 12,6 18,7 14,0 13,0 16,0 15,0 14,7

Manufac.(Manufacturing) 4,4 5,8 3,5 4,0 3,7 3,5 3,7Electric.Agua (Elect.&Water) 5,6 6,7 13,2 8,2 9,5 9,4 9,0Construcao (Construction) 5,4 4,6 8,2 8,6 8,2 8,3 8,4

Comerc.Serv.(Trade&Services) 3,9 1,3 8,8 9,2 9,7 9,1 9,3Hoteis e Rest. (Hotels & Rest.) 5,9 9,7 7,5 7,7 7,7 8,0 7,8

Transport. & Com. 14,5 11,3 8,8 8,8 9,3 9,5 9,2Serv.Fin. (Fin.Services) 12,4 6,5 17,5 20,9 16,3 15,9 17,7PIB Real (Real GDP) % 7,1 7,3 7,5 7,9 7,8 7,9 7,9

Fonte: Governo de MocambiqueNotas: (1) actual; (2) projeccoes (forecast)

nota

Este documento foi preparado com base em informação de fon-tes que o Grupo Standard Bank acredita e são confiáveis. Apesar de todo o cuidado ter sido tomado na elaboração deste documen-to, nenhum analista ou membro do Grupo Standard Bank fornece qualquer garantia ou aceita qualquer responsabilidade sobre a in-formação contida neste documento. Todas as opiniões, previsões e estimativas contidas neste documento podem ser alteradas após a sua publicação e a qualquer momento, sem aviso prévio. O desem-penho histórico não é indicativo de resultados futuros. Os inves-timentos e estratégias discutidos aqui podem não ser adequados para todos os investidores ou qualquer grupo particular de inves-tidores. Este documento foi elaborado para efeitos informativos, apenas para clientes do Standard Bank ou potenciais clientes e não deve ser reproduzido ou distribuído a qualquer outra pessoa sem o consentimento prévio de um membro do Grupo Standard Bank. O uso não autorizado deste documento é estritamente proibido. Ao aceitar este documento, concorda ser guiado pelas limitações que existem ou que venham a existir. Copyright 2012 Standard Bank Group. Todos os direitos reservados.

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FACTOS & NÚMEROS / FACTS AND NUMBERS50

CÁ dEntro InsIdE

A indústria avícola nacional emprega actualmente, em todo o país, 3.430 trabalhadores permanentes e cerca de 5.000 famílias praticam avicultura de subsistência como fonte de receitas para suas famílias. Estima-se que, entre 2009 e 2011, cerca de 64.800 famílias produziram milho e soja, produtos que são absorvidos para a produção de rações.

aprovados 500 projectos Cerca de 500 projectos de investimento, avaliados em mais de seis biliões de dólares norte-americanos foram aprova-dos nos últimos dois anos no país. O CPI estima que nos últimos seis anos, o investimento aprovado no país atingiu os 20 biliões de dólares. Os sectores de agricultura e agro--indústria, recursos minerais, energia, transportes e comuni-cações, pescas e aquacultura, construção civil e turismo, são os preferidos pelos investidores.

Produção automóveldecresce  19,7%

Tel.: +258 21 303449Fax: +258 21 303450Rua Ngungunhane nº 56 r/c Afrin Prestige Hotel

Restaurante e Serviço de Catering

Organizamos os seguintes eventos

BanquetesConferências

CocktailsPequenos almoços

Coffee BreaksCelebrações(Casamentos,

aniversários, etc.)

Restaurantee Serviço de Catering

Organizamosos seguintes evento

BanqueteConferência

CocktailPequenos almoços

Coffee BreaksCelebrações(Casamentos,

aniversários, etc.)

“Da simplicidade vem a classe”

lÁ Fora oUtsIdE

3.430 trabalhadoresna indústria avícola

Em Julho de 2012, foram produzidos em Portugal 14.825 veícu-los automóveis, o que corresponde a um decréscimo de 19,7 %, face ao mês homólogo do ano anterior.

automobile productiondecreases by 19.7%

3.430 workers in the poultry industryThe national poultry industry currently employs 3,430 per-manent employees nationwide, and around 5,000 families practice subsistence poultry as a source of income for their families. It is estimated that between 2009 and 2011, ap-proximately 64,800 families produced corn and soy pro-ducts which were absorbed for the production of animal feed.

500 projects approved About 500 investment projects valued at more than six billion U.S. dollars were approved over the last two years in the coun-try. In the last six years, CPI (the centre for the Promotion of Investment) estimates that the approved investment reached the total amount of 20 billion dollars. The preferred sectors for investment are as follows: agriculture and agro-industry, mineral resources, energy, transport and communications, fi-sheries and aquaculture, construction and tourism.

In July 2012, 14,825 vehicles were produced in Portugal, which represents a 19.7% decrease if compared to the same month last year.

Marissa Mayerfoi eleita presidente executiva da Yahoo

A americana Marissa Mayer, de 37 anos, é a nova presidente executiva da Yahoo, a partir de Julho deste ano. A autora do in-terface simples da Google deixa a empresa

após 20 anos de ligação. Será a terceira presidente da Yahoo no espaço de um ano. O mercado vê nela a reorientação da Yahoo para a tecnologia e produtos on-line, em vez dos conteúdos. Marissa é uma cien-tista da indústria informática americana, formada na Universidade de Stanford. Até meados deste ano, foi vice-presidente de serviços geográficos e locais da Google.

Nikeindica Larry Miller vai parapresidente da Jordan Brand

A Nike anunciou recentemente que Larry Miller retorna à empresa para desempe-nhar as funções de presidente da Jordan Brand, a marca premium de calçados, rou-pas e acessórios inspirada no ex-jogador de basquete Michael Jordan. Miller as-sume o lugar de Keith Houlemard e será responsável pela estratégia de crescimen-to global da marca e irá reportar directa-mente à Trevor Edwards, vice-presidente global de marca e gerenciamento por cate-goria da Nike.

Abdul Magid Osmaneleito um dos administradores da Galp Abdul Magid Osman compõe a lista dos novos administradores da Galp. Junta-mente com Abdul Magid Osman existem outros nomes que entram na administra-ção da Galp, de entre os quais o também antigo CEO da Petrobras, Sérgio Gabrielli de Azevedo. Estes compõem o novo elenco da Galp liderados por Palha da Silva que passa a vice-presidente e presidente do Deutsche Bank Portugal. Parte da carreira de Abdul Magid Osman foi feita no governo moçambicano, onde exerceu as funções de ministro das Fi-nanças, ministro dos Recursos Minerais e secretário de Estado do Carvão e Hidro-carbonetos. Actualmente, é presidente do Conselho de Administração da Épsilon Investimento e presidente do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da Tchuma - Cooperativa de Crédito e de Poupança.c

Marisa Mayerelected CEO for Yahoo

The American 37 year old Marissa Mayer is the new CEO and president of Yahoo, as of July this year. The author of Google’s simple interface leaves the company after a 20 year relationship. She will be the third CEO for Yahoo in a year. The market sees in her a change of direction for Yahoo to technology and online products instead of

content. Marissa is a scientist of the Ameri-can computer industry, graduated from the Stanford University. Until mid this year, she was the vice-president of Google’s geo-graphical and locations services.

Nikeannounces that Larry Miller is appointed president of the Jordan Brand

It was recently announced by Nike that Larry Miller returns to the company to act as president of the Jordan Brand, the premium brand of footwear, clothing and accessories inspired by the ex-basketball player Michael Jor-dan. Miller takes over from Keith Houle-mard and will be responsible for the global

growth strategy of the brand and will report directly to Trevor Edwards, global vice pre-sident of the brand and category manage-ment for Nike.

Abdul Magid Osmanelected as oneof the directors for Galp

Abdul Magid Osman is part of the list of the new directors for Galp. Along with Abdul Magid Osman there are other names that join the Galp’s management, among whom is also the former CEO for Petrobras, Ser-gio Gabrielli de Azevedo. These comprise the new cast of Galp led by Palha da Silva, who becomes vice president and president of the Deutsche Bank Portugal.Abdul Magid Osman’s career has included the Mozambican government, where he served as Minister of Finance, Minister for Mineral Resources and Secretary of State for Coal and Hydrocarbons. He is curren-tly Chairman of the Board of Directors of Epsilon Investimento and Chairman of the Board and the Executive Committee of Tchuma – Cooperariva de Crédito e de Poupança.c

Capital Humano

Human Capital

51 VALORES / VALUES 51

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AGENDA

53MINAS E ENERGIA

oportunidade de Formação na argentinaO Instituto Nacional de Tecnologia In-dustrial, sediado na Argentina, está a promover entre o 22 de Outubro e 9 de Novembro, em Buenos Aires, Argentina, o segundo curso de capacitação para Pequenas e Médias Empresas, cujo ob-jectivo passa por habilitar os profission-ais de África para dar apoio às pequenas e médias Empresas de seus países e as-sim incrementar uma integração produ-tiva mais ampla e equitativa.c

Concurso 100 Melhores PMEde Moçambique

Encontram abertas as candidaturas ao prémio «100 Melhores Pequenas e Mé-dias Empresas (PME) de Moçambique», lançado oficialmente em Maputo. O concurso promovido pelo grupo Soico e pelo Ministério da Indústria e Comércio, através do Instituto para a Promoção de Pequenas e Médias Empresas - Ipeme, vai distinguir qualitativamente as PME’s e deverá contar com três principais cat-egorias, nomeadamente, PME do Ano, PME Inclusiva e PME Inovadora. Para participar neste evento, as Peque-nas e Médias Empresas de Moçambique devem preencher a Ficha de Inscrição, anexar os documentos necessários pre-vistos em Regulamento e consultar o website www.100melhorespme.co.mz por forma a confirmar a sua partici-pação.c

Há negócios práticos e chorudos no Downstream

O campo de Downstream, parte da cadeia produtiva do petróleo, é o mais acessível de ser explora-do pelo empresariado moçam-

bicano. Os elevados investimentos reque-ridos nos restantes campos, o Upstream e o Midstream, constituem a principal barreira para a jovem classe empresarial nacional, ainda descapitalizada, segundo observa Nelson Ocuane, PCA da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH). «O investimento diário, na área mineira, corresponde a 1 milhão de dólares. Ape-nas um furo custa em média entre 80 a 100 milhões de dólares», refere Nelson Ocuane. Perante os elevados investimentos, o de-safio dos jovens empresários moçambica-nos, segundo Ocuane, passa por encontrar um mecanismo de explorar a área da pres-tação de serviços. Esta, integrada no Do-wnstream, correspondente a 25 por cento no quadro dos investimentos da cadeia de produção de hidrocarbonetos. Durante a palestra realizada em Maputo, subordinada ao tema «Participação da Juventude na Indústria dos Hidrocarbo-netos», Nelson Ocuane abordou os negó-cios acessíveis para jovens empresários nacionais no Downstream. O líder da ENH descreve que o Downstream, que compre-ende a prestação de serviços de transporte de hidrocarbonetos, comercialização entre outras possibilidades, é a que exige um menor nível de investimento.Por outro lado, o empresariado nacional deve ter em conta o longo tempo de recu-peração do investimento na área dos hi-

drocarbonetos estimado em 10 anos. O projecto de exploração de gás de Pande Temane ilustra o facto. No referido em-preendimento foram investidos cerca de 1.2 biliões de dólares, de 2000 a 2004, só para a componente de processamento e produção. «Entretanto, com a produção comercial iniciada em Março 2004, o projecto fez até hoje cerca de 1 bilião de dólares em receitas», segundo o líder da ENH. O fac-to revela que em sete anos ainda não foi possível recuperar o investimento feito. Nos referidos valores, cerca de 40 por cen-to dizem respeito aos custos de produção. Os investimentos na indústria extractiva rondam em média um bilião de dólares, valores bastante elevados para o poder fi-nanceiro dos jovens empreendedores. Nelson Ocuane sugere ainda algumas por-tas de entrada imediata nos negócios dos hidrocarbonetos para os jovens empresá-rios nacionais. De entre elas figuram os complexos agropecuários. Prevê-se que no período de pico das operações, a indústria dos hidrocarbonetos venha a empregar cerca de sete mil trabalhadores. Assim, caso o empresariado da área agropecuá-ria consiga antecipar-se, poderá assegurar um segmento de mercado composto por sete mil clientes. «O financiamento não será problema, uma vez que com o cliente na mão a via-bilidade do projecto convence qualquer financiador», garante Ocuane. O mesmo sublinha também que a indústria carboní-fera já precisa de energia adicional, facto que abre a oportunidade no sentido de ex-plorar as centrais eléctricas para alimentar a demanda prevista.c

Glossário do sector Petrolífero Upstream - Engloba as atividades de exploração, perfuração e produção.Midstream - Fase em que as maté-rias-primas (hidrocarbonetos) são transformadas em produtos prontos para uso específico (gasolina, diesel, querosene, GLP...). São as actividades de refinaria. downstream - Fase logística, ou seja, o transporte dos produtos da refina-ria até aos locais de consumo. Re-sume-se no transporte, distribuição e comercialização dos derivados do petróleo.c

outubro 2012 revista capital

MINING AND ENERGY 54

revista capital outubro 2012

There are practical and profitablebusinesses Downstream

Downstream, part of the oil produc-tion chain, is the most affordable field for exploration by the Mo-zambican businessmen. As noted

by Nelson Ocuane, the CEO of the National Hydrocarbons Company (ENH), the high in-vestments required in other fields, Upstream and Midstream, are the main barriers for the national young entrepreneurial class, which is still decapitalized. «The daily investment in the mining area, corresponds to 1 million dollars. On ave-rage, one hole costs between 80 to 100 million dollars », said Nelson Ocuane. Given the high level of investment, the challenge of young Mozambican entre-preneurs, according Ocuane, is to find a mechanism for the exploration of the area of services provision. This integrated Do-wnstream, corresponds to 25 percent of the investments within the hydrocarbon production chain. During the lecture held in Maputo, under the theme “Youth Participation in the Oil Industry,” Nelson Ocuane talked about the affordable businesses for the natio-nal young entrepreneurs Downstream. The ENH leader describes Downstream opportunities, comprising the provision of hydrocarbons transportation services among other marketing opportunities, as being the ones that require a lower level of investment.Furthermore, the national entrepreneurs must take into account the time required for recovering investment in the hydrocar-bon industry, which is long, say of about 10 years.

The Natural Gas Projecto of Pande and Temane illustrates that fact. About 1.2 billion dollars were invested from 2000 to 2004, only for the production and proces-sing component. «However, with the commercial pro-duction which started in March 2004, the project has made about $ 1 billion in revenue to date», according to the ENH leader. This shows that it has not been possible to recover the investment made within a period of seven years. It should be noted that, about 40 per cent of this figure relates to the production costs. On ave-rage, the investments in the industry are around one billion dollars, which is a very high amount for the young entrepreneurs’ financial power. Nelson Ocuane also puts forward some suggestions regarding immediate entry points in the hydrocarbons business for national young entrepreneurs. The agri-cultural complexes are among them. The hydrocarbon industry is expected to em-ploy about seven thousand workers at the peak period of the operations. Thus, in case the agricultural entrepreneurs antici-pate themselves, a market segment com-prised of seven thousand customers can be secured. «Ocuane guarantees that, with clients in hand fun ding will not be a problem due to the project banckability». He also un-derscores that the carbon industry is al-ready in need of additional power, given the fact that it opens the opportunity for exploiting the power plants meet the pro-jected demand.c

AGENDA

training opportunity in argentina

Between 22 October and 9 Novem-ber, the National Institute of Industrial Technology, based in Argentina, will be promoting the second training course for Small and Medium Enterprises, in Buenos Aires, Argentina, whose aim is to enable African professionals for them to promote support to SMEs in their coun-tries and thus promote a more equitable and productive integration.

the top 100 Mozambican sMEs

The top 100 Mozambican SMEs contest, which was officially launched in Maputo I now open to applications. The contest sponsored by Soico group and the Min-istry of Industry and Trade, through the Institute for the Promotion of Small and Medium Enterprises - IPEME, will distinguish the SMEs qualitatively, and shall include three main categories, namely SME of the Year, Inclusive SME and Innovative SMEs. In order to participate in this event, Mozambican Small and Medium Enter-prises must complete the entry form, at-tach the required documents set forth in Regulation and then consult the website www.100melhorespme.co.mz in order to confirm their registration.c

oil sector Glossary

Upstream - Encompasses explora-tion, drilling and production activi-ties.Midstream - Phase in which raw ma-terials (hydrocarbons) are transfor-med into finished products for spe-cific use (gasoline, diesel, kerosene, LPG ...). They are refinery activities. downstream - Logistics phase, i.e. the transport of products from the refinery to the places of consumption. It is all about the transportation, dis-tribution and marketing of petroleum derivatives.c

QUEM soMos

A Golden Touch Moçambique, Li-mitada é uma empresa moçam-bicana vocacionada na Distri-buição de Material de Escritório,

consumíveis de informática e seus aces-sórios.O ambiente corporativo equipado com as melhores tecnologias, dotado de todas as ferramentas e meios de transporte e co-municação são os factores que estabele-cem a diferença permitindo a execução nos mais altos padrões de qualidade nos serviços que presta.Encontra-se actualmente em local de fácil acesso na Avenida Ahmed Sekou Touré, N.º1776 R/C e dispõe, para além dos seus armazens remotes, de um armazem local com aproximadamente 300m² que per-mite reduzir de forma significativa o tem-po de resposta e atendimento dos pedidos dos seus clientes.Por outro lado, dispõe de uma equipa de profissionais com larga experiência tanto no ramo bem como em diversas activida-des económicas.Estas são os factores que fazem da Golden Touch hoje uma empresa de referência nos serviços que presta.

sUrGIMEntoNos estudos efectuados pelos seus fun-dadores constatou-se a existência de um espaço por se preencher no que dizia res-peito aos serviços prestados pelas empre-sas fornecedoras de Material de Escritó-rio e Consumíveis de Informática.Destes estudos, constatou-se a ausên-cia de um “toque do Rei Midas” que iria permitir as empresas que se preocupam com a sua imagem bem como a qualida-de dos serviços que prestam estendessem essa visão para as areas administrativas e operacionais através de impresses de qualidade, uso de material de escritório também de reconhecidos.

No mesmo âmbito, foram detectadas constants irregularidades no que diz res-peito aos padrões, referências ou marcas consumidas por cada uma destas empre-sas. A Golden Touch Moçambique, Lda. foi fundada para libertar estas empreas dos rotineiros e demorados processos de procurement para aquisição de Material de Escritório e Consumiveis de Informá-tica.A empresa tinha como slogan “valorizan-do o seu património”. Alguns anos mais tarde, sentindo-se mais sólida e com um espaço firme no mercado nacional, a Gol-den Touch Moçambique reorganizou-se e adoptou uma nova imagem com o slogan “Touch the Future” (toque o futuro)~.

vantaGEns CoMParatIvasConsciente de que não basta oferecer pro-duto, a Golden Touch Moçambique, Lda tem realizado investimentos avultados ao nível de serviço ao cliente, nomeada-mente no atendimento personalizado e na facilidade/comodidade no processo de compra, desde a escolha do produto ao serviço pós-venda. Pensando sempre no conforto e comodidade dos seus clientes, a Golden Touch apresenta diversos servi-ços que se adequam às necessidades dos profissionais, permitindo-lhes poupar tempo.Para além da sua visão futurista e de ob-jectivos acentes e m políticas e procedi-mentos internos norteados pelos princí-pios de boas práticas, a empresa Golden Touch distingue-se dos seus concorrentes pelos seguinte factores:

1. Entregas ao domicilio sem cus-tos adicionais;

2. Preços competitivos;3. Localização estratégica;4. Atendimento personalizado;5. Profissionais com larga experi-

ência no ramo.Dispõe também de um SAC – Serviço de

Atendimento ao Cliente, que permite ao cliente comunicar sempre que necessário com a empresa.As vendas que realiza encontram-se sem-pre associadas a um serviço agregado. Por exemplo, com base no histórico dos clien-tes regulares antevé possiveis rupturas de stock emitindo alertas aos responsáveis do procurement, emite sugestões tendo por base os custos unitários dos toners e a capacidades ou duração destes nos pro-cessos de procurement para aquisição de impressoras pelos seus clientes.

vIsÃo, MIssÃo E valorEs

visão Ser a empresa de referência na oferta de produtos de escritório e Consumíveis de Informática, preferencialmente ao cliente profissional, através de soluções integra-das, ao nível dos canais de distribuição e dos serviços.

Missão Ser líder nacional oferta de produtos e soluções inovadoras para o escritório e Consumíveis de Informática.

valores · Criactividade; · Profissionalismo e e orientação para o cliente;Todas as iniciativas levadas a cabo pela Staples posicionam-na como uma empre-sa que se preocupa com as necessidades dos seus clientes, as suas motivações e simultaneamente com as tendências de mercado. A Golden Touch procura novas soluções que antecipem as expectativas dos seus clientes, explorando oportunidades iden-tificadas num mercado cada vez mais glo-bal, em que todas as alterações e trans-formações tecnológicas acontecem a um ritmo jamais visto.c

EMPRESA GOLDEN TOUCH56

Material de Escritórioe Consumíveis de Informática

revista capital outubro 2012

revista capital outubro 2012

aBoUt Us

Golden Touch Mozambique Limited is a Mozambican company dedicated to the distribution of office equipment, compu-ter consumables and their accessories.The corporate environment equipped with the best technology, endowed with all the tools and means of transport and communication all these are factors that establish the difference allowing the provision of services at the highest stan-dards of quality.It is currently located in a place of easy access at Avenida Ahmed Sekou Touré, No. 1776 R/C and it also has, in addi-tion to its remote warehouses, a local warehouse with approximately 300m² reducing significantly its response time for orders from customers.Additionally, it has a team of professio-nals with vast experience both in the industry and in various economic acti-vities.All these factors make Golden Touch a reference company.

HIstorYA market research was carried out by its founders and they spotted a gap in the area of Office equipment and Computer Consumables supplied by companies.It was concluded that there was lack of the “touch of King Midas” to allow the companies which care about their image and the quality of services they provide to extend their vision to administrative and operational areas through quality printing and the use of quality office su-pplies.Within the same context, constant ir-regularities were detected with regard to standards, references or consumed brands by each of these companies.

Golden Touch Mozambique, Lda was es-tablished in order to release these com-panies from routine and lengthy procu-rement processes for the acquisition of Office equipment and Computer Consu-mables.The company had the following slogan “valuing your assets.” A few years later, when the company got stronger with a solid space in the domestic market, it re-organized itself and adopted a new ima-ge with the following slogan “Touch the Future”.

CoMParatIvE advantaGEsGolden Touch Mozambique Lda realized that it was not enough to supply pro-ducts only, so it has been investing sig-nificantly in customer services, namely personalized customer service and faci-lity/convenience in the purchasing pro-cess, from the choice of product up to af-ter sales services. Always thinking about its costumers comfort and convenience, Golden Touch provides several services that meet the needs of professionals, allowing them to save time.Apart from its futuristic vision and ob-jectives based on internal policies and procedures guided by principles of best practices, Golden Touch distinguishes itself from its competitors by the follo-wing factors:

1. Home delivery at no additional cost;

2. Competitive prices; 3. Strategic location;4. Personalized service;5. Professionals with vast expe-

rience in the area.Moreover, the company has a Customer Care Services, which allows customers to interact with the company whenever necessary.

Its sales are always associated with an aggregated service. For example, based on the customers regular history, it for-sees possible stock-outs issuing alerts to the procurement managers. It also gives suggestions based on the toners unit cost and their capacity or duration in the procurement processes for the purchase of printers by customers.

vIsIon, MIssIon and valUEs

vision To be a reference company in the pro-vision of office products and computer consumables, preferably to professional customers through integrated solutions, at the level of distribution channels and services.

Mission To be a national leader in the provision of products, office innovative solutions and Computer Consumables.

values · Creativity; · Professionalism and customer-orien-tation;All the initiatives that have been under-taken by Staples place it as a company that cares about the needs of its custo-mers, motivations and at the same time about the market trends. Golden Touch seeks to go beyond its customers expectations by exploring all the opportunities that were identified in an increasingly global market, in which all technological changes and transfor-mations occur at a pace that has never been seen before.c

57COMPANIES GOLDEN TOUCH

Office equipment and ComputerConsumables

AMBIENTE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL58

As províncias do Niassa e Cabo Delgado, onde se localizam a Re-serva Nacional do Niassa e o Par-que Nacional das Quirimbas, res-

pectivamente, e que constituem as zonas de grande abundância de fauna bravia no país, são as mais afectadas pelo fenómeno da Caça Furtiva.Para o director do Programa de Paisagem do Rovuma a nível da WWF, Roberto Zo-lho, que em tempos exerceu a função de administrador do Parque Nacional de Go-rongosa, este aumento significativo das actividades ilegais tem a ver com o novo fenómeno da demanda de produtos fau-nísticos no mercado internacional.Há pouco tempo, as alfândegas confisca-ram algumas toneladas de abalone e mar-fim. Tivemos o caso do roubo de marfim no cofre do Ministério da Agricultura. Existem dados sobre matanças de ani-mais na Reserva do Niassa. Portanto, é um fenómeno que acontece porque existe um mercado que alimenta isso.

o elefante é a principal vítima Em paralelo, existe também a caça furtiva de subsistência, segundo explica Roberto Zolho, na qual as comunidades abatem animais de pequeno porte para o consumo e, por vezes, para a venda, por forma a ad-quirir outros alimentos complementares. Contudo, o mesmo reitera que se não for controlada, este tipo de caça pode exercer impactos negativos.«A nossa grande preocupação, neste mo-mento, é com a caça de animais de alto va-

lor económico, como é o caso dos elefantes e rinocerontes. E no caso de Moçambique, o elefante é a grande vítima».Dados recentes que derivam da contagem de fauna bravia estimam que, nos últimos três anos, o país perdeu cerca de seis mil elefantes, nas províncias de Niassa e Cabo Delgado. «A situação é séria e, consequen-temente, há uma redução drástica do nú-mero de elefantes na zona norte do País», lamenta Roberto Zolho.Os distritos mais afectados no Niassa são Mecula, Mavago, Marrupa. Em Cabo Del-gado, são os distritos de Moeda, Nangade e Palma Lugenda, Montepuez e Meluco. Os impactos económicos da caça furtiva são enormes pois, segundo aquele espe-cialista, um elefante vale 20 mil dólares na indústria cinegética, saindo o Estado a perder com este tipo de actos. «Moçam-bique perde somas de dinheiro, compran-do animais fora para repovoar parques e reservas enquanto há muitos animais no país», lamentou Roberto Zolho.No âmbito social, Zolho afirma que um elefante tem cerca de quatro a cinco tone-ladas de peso, e apodrece na mata quando abatido, não podendo a carne ser aprovei-tada para o consumo, pois por vezes morre envenenada. Quanto ao impacto ambien-tal, sublinhou a importância deste animal para o equilíbrio ecológico e avisou: «Se esta situação se mantiver, brevemente vamos ficar sem elefantes no País e as ge-rações vindouras só poderão conhecê-los através de revistas e telas».Roberto Zolho frisou ainda que Moçam-

bique, sendo membro das convenções internacionais de comércio e fauna bravia, tem a obrigação de colocar termo a estes crimes.

o que diz a lei sobre a fauna bravia, em MoçambiqueNo que concerne a aspectos legais, Rober-to Zolho afirma que o actual quadro legal sobre o sector da fauna bravia possui algu-mas lacunas. «O problema não é a lei em si, mas sim a implementação dessa lei», desabafa, acrescentando que, em Moçam-bique, todo o tipo de caça requer uma li-cença e qualquer caça feita sem licença é ilegal.Ao mesmo tempo, aquele responsável aponta algumas fragilidades a nível do sector de fauna bravia, nomeadamente: pouco pessoal efectivo, falta de recursos, formação deficitária e baixa moral por parte dos fiscais, devido a interferências de alguns poderosos que têm mandado soltar os caçadores furtivos sem que sejam punidos.Problemas à parte, a WWF tem apoiado o sector de fiscalização no país, por forma a sensibilizar as comunidades a controlar esta situação. A Wildlife Crime Scorecard também lançou recentemente uma cam-panha internacional de combate à caça furtiva, e produziu um relatório sobre o crime contra a fauna bravia, no qual Mo-çambique se encontra nos lugares cimei-ros de uma lista de países de origem de produtos de fauna bravia, em particular do marfim.c

Com o apoio do WWFA informação, imagens e opiniões emitidas nesta página não reflectem necessariamente o ponto de vista do WWF Mozambique Country Office.

Caça furtiva de animaisé altamente preocupantenos últimos tempos, Moçambique tem-se debatido com o problema de caça furtiva, tendo o Parque nacional de Go-rongosa registado, até ao momento, 600 casos deste fenómeno. o director do Programa de Paisagem do rovuma a nível da WWF, roberto Zolho, considera esta situação preocupante e deixa algumas soluções no sentido de colmatar este problema, que além de afectar o ecossistema cria um impacto negativo na economia do País.

revista capital outubro 2012

caça furtiva de animais

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ENVIRONMENT SUSTAINABLE DEVELOPMENT

Niassa National Reserve (Nias-sa province) and Quirimbas National Park (Cabo Delgado Province), which are the are-

as of high abundance of wildlife in the country, are the areas which are most affected by poaching.For the Rovuma Landscape Program Co-ordinator at WWF, Roberto Zolho, who in the past held the administration post at the Gorongosa National Park, this significant increase of illegal activities is related to the new demand by the inter-national marked of wildlife products.Quite recently, the customs confis-cated some tons of abalone and tusk. Ivory was stolen from the Ministry of Agriculture’s coffer. There is evidence of killings of animals in the Niassa Re-serve. Therefore, this happens because there is a market.

Elephant is the primary victim In parallel, there has been subsistence poaching as Roberto Zolho explains, in which communities kill small species for family feeding and sometimes for selling in order to buy other additional food products. However, he also states that if this type of hunting is not controlled, it may have adverse impacts.«Our serious concern at the moment is on the hunting carried out on animals of high economic value, like elephants and

rhinos. In the case of Mozambique, for instance, the elephant is the

primary victim ».

Recent data from wildlife counting, es-timate that within the last three years the country has lost about six thousand elephants, in Niassa and cabo Delga-do provinces. «This situation is serious and thus there is a drastic reduction on the number of elephants in the northern area of the country», Roberto Zolho re-grets.The most affected districts in Niassa province are Mecula, Mavago, Marrupa, whereas in Cabo Delgado province the most affected districts are Moeda, Nan-gade, Palma Lugenda, Montepuez and Meluco. Economic impacts from poaching are enormous, given that a single elephant is worth 20 thousand dollars in the hun-ting industry, according to the specialist, which means a huge loss for the state due to this type of acts. «Mozambique looses sums of money buying animals abroad to restock national parks and reserves while there are many animals within the country», Roberto Zolho regrets.In social context, Zolho states that an elephant weights about four to five tons and it rots in the bush when it is killed, without being used for consumption, since it is sometimes poisoned. Regarding environment context, the specialist highlighted the importance of this animal for ecologic equilibrium and warned: «if this situation remains, very soon there will be no elephants within the country and the coming generation will only get to know them through ma-

gazines and Video screens ».Again, Roberto Zolho underscored that Mozambique, as a member of the In-ternational Trade and Wildlife Conven-tions, has an obligation to stop this type of crimes.

What the law says about fauna in Mo-zambiqueConcerning legal aspects, Roberto Zolho says that the current legal framework on wildlife sector has many gaps. «The pro-blem is not the law as such but its im-plementation». He further states that, in Mozambique, all types of hunting requi-re license and any hunting without licen-se is illegal.At the same time, Zolho pointed out some fragility on the fauna sector, name-ly: few permanent staff, lack of resour-ces, defective training and supervisor’s low morale due to interference of some authorities who have poachers released without being punished.Problems aside, WWF has been sup-porting the supervisory board within the country, in order to sensitize the communities to control this situation. In addition, Wildlife Crime Scorecard has recently launched an international campaign against poaching and has pro-duced a report on the wildlife crime, in which Mozambique is in the top list of the source countries of the wildlife pro-ducts, especially of ivory.c

Poaching is a matterof a seriousconcern

recently, Mozambique has been faced with the issue of poaching, having the Gorongoza national Park registered 600 cases of this activity to date. the rovuma landscape Program Coordinator at WWF, roberto Zolho, considers this to be an issue of concern, which adversely impacts on both the ecosystem and the country’s economy, and he advances some solutions for the problem.

60 DESENVOLVIMENTO

revista capital outubro 2012

Moçambique conta desde Agosto com mais um concurso. Trata--se do Prémio “100 Melhores Pequenas e Médias Empresas

(PME)” e foi oficialmente lançado em Ma-puto com toda a pompa e circunstância.Promovido pelo grupo Soico e pelo Minis-tério da Indústria e Comércio, através do Instituto para a Promoção de Pequenas e Médias Empresas (IPEME), o concurso vai distinguir qualitativamente as PME em três principais categorias, nomeadamente, PME do Ano, PME Inclusiva e PME Ino-vadora.A iniciativa, que conta com o apoio da SNV Moçambique (Organização Holandesa de Desenvolvimento), do Banco Comercial e de Investimentos (BCI) e da empresa de consultoria e auditoria BDO Moçambique, pretende seleccionar as 100 melhores Pe-quenas e Médias Empresas, premiando a qualidade e estimulando a inovação.O sector empresarial moçambicano é constituído maioritariamente por peque-nas e médias empresas, que representam mais de 90% do total, sendo que no ramo industrial as PME representam 97,4% do total de empresas, empregando cerca de 67% da força de trabalho, segundo dados do Ministério da Indústria e Comércio.

a promoção do modelo de negócios in-clusivosA SNV entra na parceria patrocinando o prémio “Melhor PME Inclusiva”, que consiste numa viagem à América Latina, e a qual se destina à troca de experiên-cias. Este prémio abrangerá igualmente a provisão de assistência técnica à referida empresa, elaboração de um plano de Ne-

gócios Inclusivo e o apoio na obtenção de financiamento. Segundo o director interino do SNV, Au-gusto Razulo, como uma organização que procura reduzir a pobreza e a desigualdade nos mercados através da promoção do mo-delo de Negócios Inclusivos, e que a nível global tem facilitado, apoiado e incentiva-do a ligação das PME com as grandes em-presas, no âmbito dos negócios inclusivos, a SNV aderiu à iniciativa acreditando que poderá impulsionar as PME a organizarem melhor os seus negócios e a garantirem o seu crescimento.«Como SNV, queremos ver uma ligação entre as grandes empresas e o desenvol-vimento económico local. Mas para que haja esta ligação, terá de haver algum intermediário e, neste caso, podem ser as PME. Ao promovermos a iniciativa, pensamos que vamos também levar as grandes empresas a perceber que podem melhorar os seus negócios e ganhar mais se envolverem a comunidade, não sim-plesmente como beneficiária, mas como um actor importante dentro da cadeia», frisou Augusto Razulo.

o trabalho já decorre em nampula e na ZambéziaEm parceria com a Direcção Nacional do Desenvolvimento Rural, a SNV está a de-senvolver nas províncias de Nampula e Zambézia um programa de apoio aos pe-quenos mercados agrícolas, onde se espe-ra que o produtor obtenha mais contactos com os grandes mercados de forma a obter um maior rendimento da sua produção, tendo as PME como intermediárias. «Estamos a trabalhar com algumas em-

presas do sector privado, no âmbito da parceria com a CTA, e estas empresas enfrentam dificuldades para alcançar a qualidade e a quantidade de produtos que precisam para exportar. Mas pensamos que este concurso pode levar a que mais PME tenham acesso à informação, e que possam aproveitar esta oportunidade para mostrarem o seu valor», sublinhou Razulo.Os Negócios Inclusivos são iniciativas empresariais de negócio sustentável que - mantendo a sua natureza com fins lucrati-vos - contribuem para a redução da pobre-za, através da inclusão das comunidades de baixa renda na sua cadeia de valor (for-necedores, trabalhadores, distribuidores ou consumidores).«Portanto, este tipo de ligação, este tipo de negócios inclusivos em que as comuni-dades possam participar e juntos crescer, melhorando a confiança e o espaço que as grandes empresas e grandes projectos têm é um ganho que pode ser repartido no sentido de beneficiar todos os actores da cadeia», explicou.c

Prémio 100 Melhores PME: Um incentivo aos mais “pequenos”

BCI alia-se à iniciativaPara o PCA do BCI, Ibrahimo Ibrahi-mo, o prémio 100 Melhores PME irá contribuir, em larga medida, para aumentar a visibilidade das PME em Moçambique, garantindo maior re-putação no desenvolvimento das suas actividades, ao estimular as boas prá-ticas e a dinâmica empresarial, para que possam contribuir de forma mais sustentável para a criação de riqueza, mais emprego e bem-estar social em Moçambique.c

Arsénia Sithoye [texto]

61DEVELOPMENT

outubro 2012 revista capital

100 Best SME Award: An incentive to the “smaller”onesArsénia Sithoye [texto]

Mozambique has one more contest since August. It is the “100 Best Small and Medium Enterprises (SMEs)” award which was offi-

cially launched in Maputo with all the pomp and ceremony.The contest, promoted by both the Soico Group and the Ministry of Industry and Trade via the Institute for the Promotion of Small and Medium Enterprises (IPE-ME) will distinguish qualitatively the SMEs in three main categories: SME of the Year, Inclusive SME and Innovative SME.The initiative, which has the support of SNV Mozambique (Netherlands Develo-pment Organisation), Banco Comercial e de Investimentos (Commercial and In-vestment Bank) and the auditing and con-sultancy firm BDO Mozambique, intends to select the 100 Best Small and Medium Enterprises, rewarding quality and foste-ring innovation.It should be noted that the Mozambican business sector consists mainly of small and medium enterprises, which account for over 90% of the total number of com-panies whereas in the industrial sector the SMEs account for 97.4% out of the total employing about 67% of the national in-dustrial workforce according to the data from the Ministry of Industry and Trade.

Promotion of inclusive business modelsSNV enters into the partnership spon-soring the “Best Inclusive SME” award

which consists of a trip to Latin America intended for the exchange of experiences. This award will also include technical su-pport to the winning enterprise, the de-velopment of an Inclusive Business Plan and the subsequent support in obtaining funding. According to the SNV interim Director, Augusto Razulo, SNV as an organization that seeks to reduce poverty and inequa-lity in the markets by promoting inclusive business models and at the global level it has been facilitating, supporting and fos-tering the link between the SMEs and the large companies within inclusive business context, joined the initiative believing that it can make the SMEs organize better their businesses and ensure their growth.Augusto Razulo pointed out that: «As SNV, we want to see a link between large firms and the local economic development. Ho-wever, for this to take place, there must be an intermediary, and in this case, the SMEs could be. By promoting the initia-tive, we believe that we will also make the large companies realize that they can improve their businesses and gain more if the community is involved not simply as beneficiaries, but as an important actor within the value chain».

the work is already underway in nampu-la and ZambéziaIn partnership with the National Direc-torate of Rural Development, SNV is un-dertaking a program to support for small

agricultural markets in Nampula and Zambezia, in which the producers are ex-pected to get more contacts with major markets in order to obtain a higher yield out of their production, with the SMEs being the intermediaries. Razulo also emphasized that: «We are working with some companies in the pri-vate sector, within the partnership with CTA, and these companies are struggling to achieve the quality and quantity of pro-ducts they need to export. Thus, we belie-ve that this contest can make more SMEs have access to information, and can use this opportunity to show their value».Inclusive Businesses are corporate initia-tives of sustainable businesses - maintai-ning its for-profit nature – they contribute to poverty reduction through the inclusion of low-income communities in their value chain (suppliers, employees, distributors or consumers).H also explained that: «Thus, this type of link, this type of inclusive business in whi-ch communities can participate and grow together, improving trust and space that big the big companies and projects have, is a gain that can be shared in order to benefit all the stakeholders in the value chain».c

BCI joins the initiativeFor the CEO of BCI, Ibrahimo Ibrahi-mo, the 100 Best SMEs award will contribute to increase the visibility of the SMEs in Mozambique, ensuring greater reputation in the develop-ment of their activities; encourage best practices and business dyna-mics, so that they can contribute in a more sustainable way to the creation of wealth, more employment and so-cial welfare in Mozambique.c

revista capital outubro 2012

FISCALIDADE PRICEWATERHOUSECOOPERS62

Yasser Issá *

“A minha relação com a PWC ajuda-me a criar o valor que procuro”

Esta é a promessa que fazemos aos nossos clientes, aos nossos colab-oradores e às comunidades nas quais operamos.

Oferecemos uma amplitude de ser-viços para assessorar os nossos clientes, nas mais diversas áreas, para enfrentar desafios e poten-ciar o seu desempenho.

Local e internacionalmente, a PwC trabalha com as maiores orga-nizações mundiais e com grandes empreendedores.

A PwC é uma rede internacional e sustentada de prestação de ser-viços de elevado profissionalismo.

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PricewaterhouseCoopers Pestana Rovuma Hotel, Centro de Escritórios, 5.º andar, Caixa Postal 796, Maputo, MoçambiqueT: (+258) 21 350400, (+258) 21 307615/20, F: (+258) 21 307621/320299, E-mail: [email protected]

O presente artigo aborda os aspec-tos relevantes da Dupla Tribu-tação Económica e as soluções adoptadas para evitar ou atenu-

ar a Dupla Tributação Económica. Esta verifica-se quando um mesmo ren-dimento é tributado duas vezes, em fases sucessivas ou noutra pessoa colectiva ou individual, sujeita a tributação. A título exemplificativo, os resultados líquidos de uma pessoa colectiva, são tributados em sede de IRPC. Se estes resultados líquidos forem, subsequentemente, distribuídos a título de dividendos pelos seus sócios, es-tes dividendos serão então tributados em sede de IRPC ou IRPS, consoante se trate de pessoas colectivas ou individuais. Nes-tas situações verifica-se, claramente, Du-pla Tributação Económica.

distinção Entre dupla tributação Econó-mica e dupla tributação Jurídica

A doutrina, em concordância com a OCDE, distingue a Dupla Tributação Jurídica da Dupla Tributação Económica. Tratando-se do mesmo sujeito passivo, está-se perante a dupla tributação jurídica, enquanto que se estiver perante sujeitos passivos diver-sos está-se perante a Dupla Tributação Económica. A Dupla Tributação Jurídica e a Dupla Tributação Económica podem ocorrer no âmbito interno de um Estado. “À diferença da noção de dupla tributação jurídica, que geralmente tem um sentido preciso, o conceito de dupla tributação económica é mais incerto. Alguns Estados não reconhecem a validade do conceito e outros, mais numerosos, não estimam necessário atenuar a dupla tributação económica no plano nacional (dividendos distribuídos por sociedades residentes e accionistas residentes). E porque alguns Estados não atribuem validade ao concei-to da dupla tributação económica e outros adoptam’’1.

1 Comité Fiscal da OCDE. Comentário número 37 ao artigo 10 do modelo de convenção sobre dupla tributação em matéria de impostos relativos à renda e ao património.

Como eliminar ou atenuar a dupla tribu-tação Económica?

O tratamento fiscal da dupla tributação económica enquadra-se paradoxalmen-te no princípio da justiça tributária e na aposta pela competitividade do tecido em-presarial Moçambicano. Os impostos, são prestações para a realização de fins públi-cos2, mas asseguram medidas destinadas a eliminar ou atenuar esta dupla tributação, reconhecendo que esta é uma situação que deve ser objecto de cuidada atenção por parte do Estado, tendo em vista as impli-cações que a mesma pode ter.Embora esta não seja a única razão pela qual deve ser analisada a dupla tributação económica, a duplicidade inerente à ex-pressão é, desde logo, indiciadora de uma situação penalizadora que deve ser evitada.A tributação tradicional das Sociedades pela actividade ou seus ganhos e a dos só-cios pelos dividendos que auferirem jus-tifica-se, aparentemente, pelo facto de as sociedades (juridicamente e não só) serem entidades distintas dos sócios. São tributa-dos não por terem lucros (que se partilha-rão) mas por serem entidades produtoras (não fruidoras de rendimentos mas entes intermédios que os redistribuirão) e que, por sua vez, recebem serviços genéricos do Estado. A questão da eliminação ou atenuação da Dupla Tributação Económica dos dividen-dos é questão antiga e muito discutida ve-rificando-se, na prática a existência de um imposto autónomo sobre as sociedades, com eventuais efeitos económicos negati-vos decorrentes da tributação da sociedade e dos sócios pelo mesmo rendimento. Importa então saber se entre o imposto de sociedades e imposto pessoal de rendi-mento deve existir separação ou integra-ção e, neste último caso, em que termos, atendendo à necessidade de desenvolvi-mento do mercado financeiro e da melho-ria na afectação dos recursos. São vários os métodos adoptadas pelas legislações

2 Ibraimo, Ibraimo, O Direito e a Fiscalidade, pág. 40

O Impacto da Dupla Tributação Económica

63FISCALIDADE PRICEWATERHOUSECOOPERS

estrangeiras para evitar a dupla tributação económica da sociedade e dos seus accio-nistas e que seguidamente se referem.

análise de direito Comparado

Em termos genéricos, as medidas mais co-muns são as seguintes:- Sistema Tradicional, que se caracteri-za pela existência de um imposto sobre as sociedades totalmente independente e não integrado com o imposto sobre o rendi-mento das pessoas físicas em que o trata-mento fiscal dos lucros distribuídos e não distribuídos é idêntico;- Sistema que reduz ou elimina a du-pla tributação ao nível da sociedade, através de sistema da dupla taxa (taxas diferentes para lucros distribuídos e não distribuídos, sendo menor a aplicável à primeira situação) ou de tributação exclu-siva dos lucros retidos;- Sistema que reduz ou elimina a du-pla tributação ao nível do accionista, caracterizando-se por entrarem em con-sideração, na tributação do sócio, com o imposto que a nível de sociedade já recaiu sobre o dividendo, através da concessão de “crédito” parcial ou total, normalmente so-bre a forma de uma percentagem do impos-to das sociedades pago ou, em outras casos, em percentagem do lucro distribuído. A título exemplificativo e meramente enunciativo, analisando a Lei e a Doutri-na no ordenamento jurídico - fiscal Portu-guês, são consideradas cinco modalidades para eliminar ou atenuar a Dupla Tribu-tação Económica dos lucros distribuídos aplicáveis às sociedades a saber:

• A isenção

• A fusão

• A tributação pelo lucro consolidado;

• A imputação; e

• O crédito de imposto.

a Eliminação, a dedução e a Imputação em sede do CIrPC

No nosso País, o código do IRPC(CIRPC), no seu artigo 40º prevê a eliminação da dupla tributação económica dos lucros distribuí-dos, na medida em que deduz ao resultado líquido do exercício para efeitos da deter-minação do lucro tributável das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, co-operativas e empresas públicas, com sede ou direcção efectiva neste território, os lucros recebidos de entidades com sede ou direcção efectiva no mesmo território, sujeitas e não isentas de IRPC ou sujeitas ao imposto Es-pecial sobre o jogo, nas seguintes condições:a) A sociedade que recebe os lucros (socie-dade participante) detêm directamente uma participação no capital da sociedade que paga os lucros (sociedade participada) não inferior a 20%;b) Esta participação deverá permanecer na sua titularidade, de modo ininterrupto, du-rante pelo menos dois anos anteriores à data da colocação à disposição dos lucros.Entretanto, o legislador admite o princípio da dupla tributação para os casos em que a participação seja inferior a 20%, ou, o titular do dividendo, detenha a participação há me-nos de dois anos.A lei estabelece excepções à regra geral nos casos de rendimentos de participações so-ciais em que tenham sido aplicadas as re-servas técnicas das sociedades de seguros e das mútuas de seguros; rendimentos das sociedades de capital de risco; rendimentos de sociedades de participações sociais e na associação em participação, nos termos do nº 3 do artigo 40º do CIRPC.Para os casos não contemplados neste arti-go 40º é aplicado o método da dedução, ao abrigo do disposto no artigo 64º do CIRPC, através do crédito de 60% do IRPC corres-pondente aos lucros distribuídos, incluídos na base tributável.

Já no caso das sociedades consideradas no Artigo 6º do CIRPC, nomeadamente, (i) so-ciedades civis não constituídas sob forma

comercial, (ii) sociedades de profissionais e (iii) sociedades de simples administração de bens, cuja maioria do capital social perten-ça, directa ou indirectamente, durante mais de 180 dias do exercício social, a um grupo familiar, ou cujo capital social pertença, em qualquer dia do exercício social, a um núme-ro de sócios não superior a cinco e nenhum deles seja pessoa colectiva do direito público, contrariamente ao disposto no parágrafo an-terior, é aplicado o método da imputação fiscal, entendendo-se este pela imputação no rendimento tributável dos sócios, para efeitos de IRPS ou IRPC consoante o caso, da matéria colectável das sociedades supra identificadas (i a iii), com sede e direcção efectiva em território Moçambicano, ainda que não tenha havido distribuição de lucros.

Conclusão

A Dupla Tributação Económica consiste, assim, na taxação dupla de um mesmo flu-xo de rendimentos em sede de um mesmo domicílio fiscal. Como abordado no presen-te artigo existem mecanismos previstos no CIRPC que tratam as diversas situações de Dupla Tributação Económica, de forma a minimizar ou mesmo eliminar, a situação de duplicação da tributação e que não se deve verificar de acordo com os mais elementares princípios de transparência e justiça fiscal.c

[email protected]

PwC

Este artigo é de natureza geral e mera-mente informativa, não se destinando a

qualquer entidade ou situação particular, e não substitui aconselhamento profis-

sional adequado para um caso concreto. A PricewaterhouseCoopers Legal não se responsabilizará por qualquer dano ou prejuízo emergente de uma decisão to-

mada (ou deixada de tomar) com base na informação aqui descrita.

O Impacto da Dupla Tributação Económica

outubro 2012 revista capital

revista capital outubro 2012

FISCALIDADE PRICEWATERHOUSECOOPERS64

Yasser Issá *

“A minha relação com a PWC ajuda-me a criar o valor que procuro”

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Local e internacionalmente, a PwC trabalha com as maiores orga-nizações mundiais e com grandes empreendedores.

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This article addresses relevant aspects of Double Economic Taxation and the solutions adopted to prevent or lessen it.

This occurs when a legal or individual entity subject to taxation is taxed twice in successive stages for the same income. For instance, the net profit of a legal per-son is taxed for IRPC. If this net profit is subsequently distributed as dividends for the shareholders, these dividends will then be taxed for IRPC and IRPS, depending on whether it is an individual or legal person. These situations clearly show the Double Economic Taxation.

distinction between double Economic taxation and double legal taxation

The doctrine, in line with OECD, makes distinction between Double Legal Taxation and Double Economic Taxation. Double Legal Taxation applies for the same tax-payer, whereas Double Economic Taxation applies for many taxpayers. However, both can occur within an internal context of a State. “Unlike the notion of Double Legal Taxa-tion, which generally has a precise sense, the concept of Double Economic Taxation is more uncertain. Some states do not recognize the validity of the concept and others, the majority, do not deem neces-sary to ease Double Economic Taxation at the national level (dividends distributed by the resident companies and resident shareholders). And why is it that some States do not value the Double Economic Taxation concept and others do? ’1

How to eliminate or lessen double Eco-nomic taxation?

The tax treatment of double taxation paradoxically falls under the principle of

1 OECD Fiscal Committee. Comment No. 37 on Article 10 of the Tax Model Convention on double taxation with respect to taxes on income and on capital.

fairness in taxation and on the ground of competitiveness of the business fabric in Mozambique. The taxes are installments that are paid to conduct public affairs2, but they also ensure measures to eliminate or lessen this double taxation, taking into account the fact that it is a situation that deserves due attention by the State, in view of the implications that it may have.Although this is not the only reason for which Double Economic Taxation needs to be analyzed, the duplicity inherent in the phrase is, of course, an indicative of a situ-ation that should be avoided.The traditional Taxation of Corporations for their activity or earnings and share-holders earnings for their dividends can be justified apparently because the company (legally and not only) and its members are distinct entities. They are taxed not be-cause of the profits (that they will share) but because they are productive entities (not income users but intermediary enti-ties that will redistribute it) and that, in turn, receive general services of the State.The demand for the elimination or lessen-ing the Double Economic Taxation of divi-dends is on old and a much debated issue. In practice, the existence of a separate tax on companies has possible negative eco-nomic effects arising from the taxation of the company and shareholders for the same income.It is important therefore to find out wheth-er there should be a separation or integra-tion between corporate tax and personal income tax, and if so, in which terms, given the need for financial market development and improvement of resource allocation. There are various methods adopted by foreign laws to prevent double taxation of companies and their shareholders as de-scribed below.

Comparative law analysis

Typically, the most common measures are

2 Ibraimo Ibraimo, Law and Taxation, p. 40

The Economic Impact of Double Taxation

65FISCALIDADE PRICEWATERHOUSECOOPERS

the following:- Traditional System, characterized by the existence of a corporate tax, totally independent and not integrated with the income tax of natural persons in which the tax treatment of distributed and undistrib-uted profits is identical;- System that reduces or eliminates double taxation at society level, through the dual rate system (different rates for distributed and undistributed profits, being less applicable to the former) or exclusive taxation in retained earnings;- System that reduces or eliminates double taxation at the shareholder level, characterized by considerations in taxing the shareholder, with a tax that has already been charged at the company tax level and has fallen on the dividend, by granting partial or total “credit”, usually on the form of a percentage of a paid cor-poration tax or in some cases, a percentage of distributed profits.

For example, analyzing the Law and the Doctrine of the Portuguese legal and tax system, five modalities to eliminate or lessen Double Economic Taxation of dis-tributed profits applicable to companies are considered:

• Exemption

• Merger

• Tax integration

• Imputation, and

• Tax credit.

Elimination, deduction and Imputation at the CIrPC Headquarters

In our country, the IRPC Code (CIRPC), in its Article 40, provides for the elimi-nation of distributed profits double taxa-tion, in that it deducts the net income for

determining taxable profits of commer-cial or civil companies under commercial form, cooperatives and public companies with headquarters or effective manage-ment in the country, profits received from companies with headquarters or effective management in the same country, and not subject to IRPC exemption or subject to a special tax on gambling, under the follow-ing conditions:a) The company receiving the profits (the holding company) holds a direct stake in the company paying profits (Investee Company) not less than 20%;b) This participation should remain in the ownership, uninterruptedly, for at least two years preceding the date of the profits provision.

However, the legislator admits the prin-ciple of double taxation in cases in which the share is less than 20%, or the dividend holder has a share for less than two years.The law provides for exceptions to the gen-eral rule in cases of income from holding companies in which technical reserves of insurance companies and mutual insur-ance have been applied; income of the risk capital companies; income of shareholding companies and in an association by shares pursuant to paragraph 3 of Article 40 of CIRPC.For cases not covered by article 40, the de-duction method is applied under the pro-visions of Article 64 of the CIRPC through 60% credit of the IRPC, corresponding to distributed profits included in the tax base.

In the case of companies considered in Article 6 of CIRPC, namely, (i) civil com-panies unincorporated under commercial form, (ii) professional companies, and (iii) companies of a simple assets man-agement, whose majority of share capital belongs to, directly or indirectly, for more than 180 days throughout the financial year, a family group, or whose share capi-tal belongs to, on any day of the fiscal year,

not more than 5 shareholders, and none of them should be a legal person under public law. Contrary to the preceding paragraph, imputation tax method is applied, this being an imputation on taxable income of shareholders for IRPS or IRPC as appro-priate, from the corporate taxable income as identified above (i to iii), with headquar-ters and effective management in the Mo-zambican territory, even if there has not been any distribution of profits.

Conclusion

Thus, Double Economic Taxation consists in taxing twice the same income stream based on the same tax residence. As dis-cussed in this article, there are mecha-nisms under CIRPC dealing with different situations of Double Economic Taxation aiming to minimize or even eliminate dou-ble taxation situations, which should not occur under the basic principles of trans-parency and fair taxation.

[email protected]

PwC

This article is of a general nature and purely informative, and not intended for any particular situation or entity, and it

does not replace professional advice for a particular case. Cool PricewaterhouseCoo-pers shall not be liable for any damages or

loss arising from a decision made (or lack of) based on the information herein.

The Economic Impact of Double Taxation

outubro 2012 revista capital

ESTILOS DE VIDA / LIFE STYLE66be

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Já são conhecidos os nomeados para o BCI Mozambique Music Awards 2012 e, desde já, cabe ao público de-cidir - através das linhas de votação

- quem levará estes prémios musicais.Durante a cerimónia em que foram anun-ciadas as nomeações, o director-geral da DDB Moçambique, Vasco Rocha, ma-nifestou a sua satisfação nos seguintes termos: «Estamos realmente satisfeitos com o número de concorrentes que tive-mos este ano. Esperamos, no próximo ano, contar com mais concorrentes, pois a concorrência é algo bom para esta in-

dústria». Para os que não se qualificaram este ano, Vasco Rocha deixou uma mensagem en-corajadora no sentido de que não se dei-xem desanimar e que voltem a participar em 2013.As linhas para a votação serão abertas ao público a partir de 29 de Agosto face às seguintes categorias: Músico Mais Popu-lar, Música Mais Popular, Vídeo Mais Po-pular, Melhor Programa de TV Musical, Melhor Animador de Programas de TV Musical, Melhor Animador de Programas de Rádio e Melhor Programa de Rádio

Musical. A votação deverá ser feita através do en-vio de mensagens com base em códigos, os quais serão publicitados na Imprensa e a votação terminará a 20 de Setembro de 2012. A cerimónia de premiação do BCI Mo-zambique Music Awards terá lugar a 21 de Setembro no Centro Cultural Univer-sitário.“Todos são encorajados a participar no processo de votação para ver os seus ar-tistas favoritos receberem os almejados prémios,” disse Rocha.c

Mozambique Music Awards dá-nos música

revista capital outubro 2012

Mozambique Music Awards gives us music

The nominees for the BCI Mozam-bique Music Awards 2012 are al-ready known, and it is now up to the audience to decide – through

the voting telephone lines – the one who will win these music awards.During the ceremony in which the no-minations were announced, the Ma-naging Director of DDB Mozambique, Vasco Rocha, expressed his satisfaction in the following terms: «We are really pleased with the number of competitors we have this year. Hopefully, we expect to have more competitors next year sin-ce competitions are good for the indus-try». For those who did not qualify this year, Vasco Rocha left an encouraging messa-ge for them not give up and participate again in 2013.

The voting telephone lines will be open to the public as from August 29 for the following categories: Most Popular Mu-sician, Most Popular Music, Most Po-pular Video, Best TV Music Program, Best Animator of TV Music Shows, Best Animator of Radio Programs and Best Radio Music Program. The voting must be made by sending messages based on codes which will be advertised on the Press and the voting will end on September 20, 2012. The ceremony will take place on Sep-tember 21 at Centro Cultural Universi-tário.“Everyone is encouraged to participa-te in the voting process for them to see their favourite artists receive the so de-sired prize,” said Rocha.c

ESTILO DE VIDA / LIFE STYLE68

IESE launches 3 books

revista capital outubro 2012

www.superbrands.co.mz

PARCEIROS

SER SUPERNÃO É PARA TODOS

Uma das maiores novidades neste VMFW é que o numero de estilistas moçambicanos continua a crescer de ano

para ano. Feitas as contas, existem já 60 inscritos nas escolas via o projecto MFW School, cerca de 50 novos Young Designers e mais de 20 estabelecidos. Além dos estilistas novos, a VMFW vai contar com a estilista portuguesa Fáti-ma Lopes, que irá celebrar os seus 20 anos de carreira. A propósito da efe-méride, a designer vai apresentar uma colecção que exalta esse percurso e que será também apresentada em Paris. Ao mesmo tempo, o catwalk em Maputo irá ser animado pelas criações únicas de estilistas provenientes da Itália,

EUA e de sete países africanos.Outra novidade passa pelo processo digital agregado ao evento. Através do celular, as pessoas irão poder adquirir passes de acesso para os desfiles e para as festas, sendo que ao mesmo tempo poderão ter acesso à informação indi-vidual e prémios, descontos e surpre-sas via e-mail.Acima de tudo, o Vodacom Mozam-bique Fashion Week é uma iniciativa que serve para reconhecer os jovens talentos moçambicanos, ao passo que a vinda dos estilistas externos serve para garantir a pródiga troca de infor-mação e background, tal como poten-cia a criação de sinergias e a troca de culturas. c

VMFW traz glamoure muita novidade

o qu

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VMFW brings glamour and Novelty

One of the major novelties of this VMFW is that the num-ber of Mozambicans desig-ners continues to grow from

year to year. All in all, 60 have already been registered in schools via the MFW School project, about 50 new Young De-signers and more than 20 established designers. In addition to the new designers, VMFW will also count with the Portuguese de-signer Fátima Lopes, who will be cele-brating her 20th anniversary of career. To celebrate this event, the designer will be presenting a collection that exalts this long journey and which will also be presented in Paris. At the same time, catwalk in Maputo will be animated by unique creations from designers from Italy, USA and seven African countries.The other novelty is about the digital process added to the event. Through the phone, people will be able to purchase access passes for the parades and par-ties, and at the same time they will be able to access individual information, prizes, discounts and surprises via e--mail.Above all, Vodacom Mozambique Fashion Week is an initiative that serves to recognize talented young Mozambi-

cans, while the arrival of foreign desig-ners serves to ensure the lavish exchan-ge of information and background as

well as it enhances the establishment of synergies and the exchange of cultures.c

www.superbrands.co.mz

PARCEIROS

SER SUPERNÃO É PARA TODOS

ESTILOS DE VIDA70

revista capital outubro 2012

branding

superbranding

A primeira “impressão” é a que fica

O mercado das empresas gráficas está a crescer notoriamente em Moçambique e, como conse-quência, está a ficar cada vez

mais competitivo. Já se foram os tempos em que só algumas empresas ofereciam serviços de impressão. Hoje em dia, os serviços são os mais variados, e também prestam atendimento em pós-impressão, como acabamentos, encadernação e cola-gens. Apesar da existência de outras empresas a exercer a mesma função, há algumas que conseguem um lugar de destaque. Estas empresas têm características em comum: são inovadoras, possuem servi-

ços de extrema qualidade, e precaução de antecipar as necessidades do cliente, des-tacando-se no mercado de forma compe-titiva e criativa. Uma dessas empresas é a Brithol Michcoma, fundada há quase 25 anos, uma organização que tem as suas acções baseadas nos conceitos de quali-dade, serviço e competência.A BMIL tem como seu foco principal o mercado africano e Moçambique como sua sede, mas está em constante expan-são, a conquistar um espaço cada vez maior nos mercados europeu e asiático. É a fornecedora exclusiva de documentos de segurança para os Serviços de Migra-ção de Moçambique, incluindo o estudo e

fornecimento de vistos, do passaporte na-cional e de vários documentos de identi-ficação e é especializada na impressão de cheques bancários (para 90% dos bancos moçambicanos).Empenhada em satisfazer as necessida-des dos seus clientes, tem como priorida-de entregar os seus trabalhos com a me-lhor qualidade possível e sempre dentro do prazo combinado. Estas característi-cas fazem da Brithol uma referência no mundo das gráficas do mercado moçam-bicano. c

BritholMichcoma

The first “impression” is what counts

The printing companies market is notoriously growing in Mozambi-que and, as a result, it is becoming increasingly competitive. The days

when only a few companies were offering printing services have long gone. Nowa-days, services are more varied, and support is provided post-printing, such as topcoats, binding and collages. Despite the existence of other companies doing the same job, there are some which get a prominent place. These companies have some characteristics in common: they

are innovative, have extremely high quali-ty of services and the precaution for anti-cipating customer needs, standing out in the market in a competitive and creative way. One such company is Brithol Michco-ma, established for almost 25 years ago, an organization with its operations based on quality, service and competence concepts.BMIL has the African market and Mozam-bique as its main target and headquarters, but it is constantly expanding, conquering an increasingly huge space in the European and Asian markets. It is the exclusive sup-

plier of security documents to the Immigra-tion Service of Mozambique, including the study and provision of visas, national pass-ports and several identification documents and it is specialized in printing bank che-ques (to 90% of Mozambican banks).Committed to meeting the needs of its cus-tomers, its priority is to deliver its work with the best possible quality and always within the agreed deadlines. These cha-racteristics make Brithol a reference in the graphic world of the Mozambican market.c