Revista Cinestesia
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OSCAR 2013Ben Affleck supera o boicote e vence a noite
Mostra Tiradentes + Perfil Tim Burton + Lançamentos 2013E MAIS:
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O cinema, desde o início de sua contemplação na sociedade, se tornou aos poucos o ditador de modos e modas. Até mesmo a clássica e sempre pomposa premiação do Oscar é capaz de parar o mundo e fazer com que todos os holofotes se voltem para o Red Carpet. Mas afinal, o cinema, uma das sete artes mais consumidas pela massa, ainda pode ser considerada centralizada? Em termos de produção, sim.
No Brasil, toda a produção cultural de maior visibilidade se concentra no sudeste, primordialmente no Eixo Rio-São Paulo. As outras regiões são praticamente ignoradas pela indústria audiovisual, mas a tendência atual é de que isso mude. E as mudanças vem acontecendo aos poucos, junto com tímidas, porém expressivas, iniciativas como a Mostra de Cinema de Tiradentes.
Uma mostra tem um papel importante na divulgação do cinema independente no Brasil, por investir em atividades de formação, reflexão e difusão do cinema nacional e, sobretudo, valorizar sua diversidade. Em 2013, com o tema “Cinema Fora do Centro”, foram colocadas em cena as produções de lugares antes sem destaque, como Sergipe, Maranhão, Pará e Amazonas. O estado nordestino de Pernambuco vem surpreendendo a todos antes mesmo da Mostra, por ser o estado que mais produz filmes fora do Eixo Rio-São Paulo. Foi considerado o estado destaque pela New York Times, como produtor de um dos melhores filmes de 2012 com a pelicula O som ao Redor filme muito aclamado fora do país.
A caminhada do “cinema periférico” ainda é longa. Além de lutar contra os padrões da Indústria Audiovisual, é preciso conquistar o público acostumado aos block busters , às superproduções internacionais, e às produções “nacionais” produzidas em um único Eixo.
EDITORIAL
CINESTESIACinema e arte. DIRETORA DE EXECUÇÃO: Luana LevenhagenEDITORES EXECUTIVOS: Tawane Cruz, Marlon Bruno de Paula, Priscila NatanyDIRETOR DE ARTE: Luana Levenhagen,Marlon Bruno de PaulaREPÓRTERES ESPECIAIS: Tawane Cruz, Luana Levenhagen,Marlon Bruno de Paula, Priscila NatanyFOTO DA CAPA: Argo, 2012, Warner Bros. DivulgaçãoCOORDENADORA: Alessandra de FalcoAGRADECIMENTOS: Marcius Barcelos
2 > Cinestesia, 19 de maio de 2013
Fotos: Divulgação
NA REGIÃO
“Fora de Centro” é o tema da 16° Mosta de cinema de Tiradentes
Tiradentes - Os estilos cin-ematográficos do fora de centro foram o foco das discussões no penúltimo dia da Mostra, no centro Cultural Yves Alves. O seminário contou com participação de diver-sos pensadores e realizadores do cinema brasileiro que trouxeram ao público a oportunidade discutir mais abertamente a temática cen-tral da mostra deste ano.
Ao pensar nessa temática, o que seria exatamente uma produção Fora de Centro? Ao observarmos a programação da mostra recheada de produções cinematográficas in-comuns ao grande público, com longas e curtas sendo produzidos do nordeste ao sul do Brasil, po-demos cair no equívoco de julgar esse novo cinema como mera-mente fora do eixo Rio-São Paulo. Mas não é tão simples assim. João Luiz Vieira, professor e crítico de cinema do Rio de Janeiro, analisa que a formação dessa nova geração é a grande responsável para forma-ção de uma mentalidade altamente
seletiva que se instaura no audiovi-sual, resultando em filmes mais ex-perimentais. Vieira descreve a nova interface do cinema Brasileiro “O Eixo não é apenas geográfico, é também estético. Essa produção mais nova, e mais “independente”, ainda cabe muito a esses limites geográficos e estéticos”.
Cinema Regional
A regionalidade é definida por Adirley Queirós, cineasta do Dis-trito Federal, como algo inevitável, afirmando que não é possível falar de Fora de Centro sem citar um território: “Temos que buscar a questão da identidade. Como um filme conseguirá dialogar com o es-paço em que está inserido’’. Queirós finaliza dizendo que “Falar da con-strução das narrativas dos filmes e como fazer com que eles sejam compreendidos pela periferia.” O Fora de Centro é sem dúvida um termo abrangente. Pode con-templar tanto produções fora dos
grandes eixos brasileiros como atin-gir cineasta que desejam subverter os valores comerciais da produção brasileira vigentes no eixo Rio- São Paulo. O cinema atual, que o Brasil está vivendo é isso: subversão. Es-tamos caminhando contra a inércia de transformação que o país viveu décadas atrás.
Marlon Bruno de PaulaRepórter Regional
19 de maio de 2013, Cinestesia < 3
Fotos: Divulgação
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OSCAR 2013
4 > Cinestesia, 19 de maio de 2013
O ano de 2012 pode ser considerado um dos mais ricos em termos
de produção audiovisual. Grandes e pequenas produ-ções foram lançadas, o que poderia significar uma maior abertura na seleção dos indi-cados às categorias na pre-miação do Oscar. Mesmo as-sim, A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood manteve seu tradi-cional método, que ninguém entende, de escolher e pre-miar os candidatos.
O Oscar divide opiniões. Em termos de glamour é o mais apreciado pelos amantes do cinema e por todos os envol-vidos na Indústria Audiovisual, dos diretores aos atores. Mas em termos técnicos sempre gera revolta e polêmica, por
ser conservador ao extremo, e privar muitos, que seriam dig-nos de uma estatueta, de ao menos serem levados à júri.
A premiação de 2013 não foi muito diferente das outras, mas vai ser conhecida como a noite dos musicais. O elenco de Les Miserables emocionou a todos com uma performance que reuniu várias músicas do filme, incluindo “I Dreamed a Dream”, a mesma interpreta-da por Anne Hathaway na pe-lícula. A elogiada atuação da atriz a rendeu não somente a admiração da Academia como também sua indicação a uma das categorias. Outro espetá-culo que despertou o público na premiação, foi uma ence-nação relembrando o musical Chicago, que completou 10 anos desde seu lançamento.
Na premiação máxima, a de melhor filme, havia muitas dú-vidas sobre o vencedor. Obras como Argo, Les Miserables, Lincoln, competiam em ou-tras categorias também. Lin-coln venceu em números de indicações com 12, porém como sempre, a Academia de-cepcionou as expectativas dos fãs que a película conquistou. Além da categoria de melhor filme, as categorias femininas tiveram grande destaque.
Outra categoria cobiçada, a de melhor diretor, deixou de fora Quentin Tarantino (Djan-go Livre) e rejeitou Ben Affle-ck. A grande injustiça da pre-miação, já que seu filme foi reconhecido por todos e pela mesma Academia que o recu-sou. Mas no final A criatura vingou seu criador.
Os vencedoresDaniel Day-Lewis, Jennifer Lawrence, Anne Hathaway
e Christoph Waltz.
MATÉRIA DA CAPA
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“Não importa que você vá a nocaute, o importante é
se levantar”
Quando a lista final de nomeados para o 85º Academy Awards saiu em 10 de ja-neiro, houve um mal estar visível relacionada à categoria de Melhor Diretor, uma das prin-cipais e mais aguardadas da cerimônia. Ben Affleck, que já havia sido indicado à categoria por seu trabalho em Argo em diversas premi-ações do país havia ficado de fora da lista final. Bradley Cooper, indicado à categoria de Melhor Ator pelo filme O Lado Bom da Vida, chegou a comentar no mesmo dia que o seu colega de profissão havia sido “roubado”.
O desconforto aumentou ainda mais com a vitória de Ben Affleck como diretor em duas importantes premiações, o BAFTA e o Globo de Ouro - que é considerado por alguns como “termômetro” da cerimônia da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o Oscar. O irreverente apresentador da edição, Seth MacFarlane, não deixou o acontecido passar despercebido na cerimônia comentando que a história de Argo era tão secreta que o diretor ainda era desconhecido da Academia. Apesar de tudo, o longa produzido, dirigido e estrelado por Ben Affleck venceu a principal categoria da noite, Melhor Filme, além de receber a estatueta por Melhor Edição e Melhor Roteiro Adaptado. O filme, que foi produzido em parceria com George Clooney e Grant Heslov e baseado em fatos reais, conta a história dos acontecimentos que se sucederam ao dia 4 de novembro de
1979, quando manifestantes iranianos invadiram a Embaixada dos Estados Unidos na capital do país em protesto ao asilo concedido pelo gov-erno americano ao ex-governante do país, o Xá Mohammad Reza Pahlavi. Os manifestantes fizeram 52 americanos que se encontravam na Embaixada reféns e outros seis que se encontra-vam no local conseguiram fugir e serem abriga-dos na casa do embaixador canadense, Ken
Taylor (Victor Garber). Com o clima de instabilidade no país, a CIA sabia que não demoraria muito para os revolucionários encontrá-los e matá-los, designando
então o agente Tony Mendes (Ben Affleck) para resgatá-los do país em segurança.
A projeção, que foi adaptada do livro do próprio agente envolvido no resgate, The Mas-ter of Disguise e de um artigo publicado pela revista Wired, intitulado The Great Escape, re-cebeu duras críticas da imprensa iraniana e cin-eastas locais, acusando-a de ter distorcido os fatos e ser um filme político “anti-Irã”. Isso não atrapalhou a repercussão do filme, que recebeu 96% de avaliações positivas no conceituado site Rotten Tomatoes que reúne as opiniões de críticos do mundo todo, e arrecadou mais de 229 bilhões de dólares no mundo todo. Em seu discurso de agradecimento, Affleck desabafa: “Não importa que você vá a nocaute, o impor-tante é se levantar”.
Desabafo:Ben Affleck comemora a vitória por Argo.
Tawane Cruz eLuana Levenhagen
19 de maio de 2013, Cinestesia < 5
Foto: Jason Merritt / Getty Images
MAKING OF
“Eles Voltam”: A metamorfose em Cena
A película inicia com dois irmãos, Cris e Téo, deixados às margens de uma alta estrada pelos próprios pais, algo no mínimo instigante para os es-pectadores que acompanham a cena nas primeiras sequências. Nesse momento não é de se es-tranhar que o público fomente uma dúvida, que no decorrer da narrativa vem sendo alimentada a cada situação, nos colocando de frente à pergunta: Cris con-seguirá voltar pra casa? E assim se estabelece a jornada de uma criança seguida pelos especta-dores ávidos por um desfecho.
O filme é bastante sensorial e marcado pela ausência de tem-pos fortes, como explica diretor Marcelo Lordello, que quis trans-mitir uma inquietude proposital ao público da obra. “Tentei não romantiza-ló” afirma o diretor,
desconstruindo uma visão ide-alizada de uma pobre garotinha desamparada caminhando de volta ao lar.
Logo no primeiro ato do filme a protagonista é abandonada pelo irmão e, sozinha, começa a vagar pela rodovia encontran-do um garoto de bicicleta que a oferece ajuda para sair daquele lugar. Assim, ela é levada para um assentamento do Movimen-to Sem Terra.
Nesse momento conseguimos nos situar na narrativa, constru-indo um perfil social da garota, que desbrava novas realidades, uma menina de classe média pernambucana que agora se vê ao lado de um grupo de assen-tados. Essa construção entra em consonância com o ama-durecimento da jovem na sua
transição à maturidade. Esse discurso fica evidente ao esta-belecer uma conversa notavel-mente adulta com uma atniga vizinha.
Ivo Lopes, diretor de fotogra-fia do filme, relata que o filme é cheio de simbolismo, facil-mente identificável quando Cris bóia sobre as águas da praia, passando a ideia, como o dire-tor declara em coletiva pos-terior a exibição de filme, de uma vida fluida, de que navega nos horizontes de uma viagem.
O renascimento também é um tema pertinente ao filme, pois na figura da garota abandona-da, cabe a imagem de um ser em metamorfose, o nascimento de um novo indivíduo como fer-ramenta crucial para sua própria melhoria como destaca o diretor do filme. A película é uma das recentes produções da notória ascensão do cinema pernam-bucano e isso é metamorfose cinematográfica, a mudança geográfica das produções.
Marlon Bruno de Paula
6 > Cinestesia, 19 de maio de 2013
Foto
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ção
Foto: Reprodução
Tim Burton possui lados muito peculiares na sua essência cine-matógrafica, o desejo ao sombrio e a vontade do macabro. São
caracteristicas que o acompalharam desde a origem e são incorpora-ções de grandes nomes que lhe influenciaram quando criança. Bur-ton elegava fugir da realidade lendo livros sombrios de Edgar Allan Poe, considerado o pai da ficção political e notorio por suas histórias mistériosos e tenebrosas. Frequentava também cinemas que trasmi-tiam filmes de terror de baixo orçamento e adorava a atuação nos telões de Vicent Price, considerado por muitos o “Mestre do Macabro”. Contratado pela Walt Disney Studios após cursar animação no instituto das Artes da Califórnia em Valencia, Califórnia, começou a trabalhar no desenho “O Cão e a Raposa” mesmo estando insatis-feito com a direção artistica do filme. Nesse período produziu o curta metragem em stop Motion “Vicent” em 1982, que retrata um garo-to de 7 anos que queria ser como Vicent Price. A narração foi feito pelo próprio Price, para alegria de Burton, que trabalhado junto com seu grande ídolo.Também produziu dois live actions “João e Maria” e “Frankenweenie”, o ultimo conta a história de um cachorro atropela-do e ressuscitado de forma análoga ao Frankenstein, sendo consid-erada inapropiada pelo Disney, sendo o motivo de demissão de Burton. Burton no filme “Os fantasmas se Divertem” faturou o oscar de melhor maquiagem.Com este filme o diretor começou a se destacar e foi chamada para produzir a superprodução: Batman, em 1989. Com continuação de Batman O retorno. Em 2000, Tim Burton adapta o mu-sical da Broadway Sweeney Todd, o Barbeiro demoníaco da rua Fleet.
Fechando a década de 2000, Tim Burton adapta o musical da Broad-way Sweeney Todd, o barbeiro demoníaco da Rua Fleet. Em 2010 ele produz o filme Alice no País das Maravinhas, o filme apesar de não ser visto muito bem pela crítica, faturou 1 bilhão de dólares mundial-mente, transformando se no filme mais bem sucedido, mercadologica-mente falando, do Tim Burton. O último filme de Burton foi Dark Shad-ows, baseado na série de 1960, Dark Shadows de Dan Curtis. prouzido pela Warner Bros e GK Films, o filme conta om mais uma esplendo-rosa atuação de Johnny Depp no papel o vampiro Barnabas Collins
T im Burton possui lados muito peculiares na sua essência cin-ematógrafica. O desejo do sombrio e a vontade do macabro são caracteristicas que o acompalharam desde a origem e são in-
corporações de grandes nomes que lhe influenciaram quando criança. Burton dizia fugir da realidade lendo livros sombrios de Edgar Allan Poe, considerado o pai da ficção policial e notório por suas histórias mistériosos e tenebrosas. Frequentava também cinemas que trasmi-tiam filmes de terror de baixo orçamento e adorava a atuação nas te-lonas de Vicent Price, considerado por muitos o “Mestre do Macabro”.
Contratado pela Walt Disney Studios após cursar animação no in-stituto das Artes da Califórnia em Valencia, começou a trabalhar no desenho O Cão e a Raposa, mesmo estando insatisfeito com a direção artistica do filme. Nesse período produziu o curta metragem em Stop Motion , Vicent, que retrata um garoto de 7 anos que que-ria ser como Vicent Price. A narração foi feito pelo próprio Price, para alegria de Burton, que teve a oportunidade de trabalhar junto com seu grande ídolo. Também produziu dois live actions, João e Maria e Frankenweenie. O último conta a história de um cachorro atro-pelado e ressuscitado de forma análoga ao Frankenstein, sendo con-siderada inapropiado pela Disney, ocasionando a demissão de Burton.
Tim Burton no filme Os Fantasmas se Divertem faturou o oscar de melhor maquiagem. Com ele o diretor começou a se destacar e foi chamada para produzir uma superprodução: Batman, em 1989, com continuação em Batman : O retorno. Em 2000, ele adapta o musical da Broadway: Sweeney Todd, o Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet. Já em 2010 ele produz o filme Alice no País das Maravinhas, que apesar de não ser visto muito bem pela crítica, faturou 1 bilhão de dólares mundialmente, transformando - se no filme mais bem sucedido, merc-adologicamente falando, de sua carreira. O último filme produzido por ele, até então, foi Dark Shadows, baseado na série de 1960 de mesmo nome, produzida por Dan Curtis. Lançado pela Warner Bros e a GK Films, o filme conta om mais uma esplendorosa atuação de Johnny Depp, figu-ra carimbada nos filmes de Burton, no papel o vampiro Barnabas Collins.
PERFILTIM BURTON:
DO HORROR À POPULARIDADE
19 de maio de 2013, Cinestesia < 7
Foto
: Div
ulga
ção
Marlon Bruno de Paula e Tawane Cruz
L A N Ç A M E N T O S
Título Original: Somos Tão Jovens Gênero: Biogra-fia, Drama, Música, Nacional Direção: Antônio Carlos da Fontoura Roteiro: Luiz Fer-nando Borges, Marcos Bern-stein
Título Original: The Call Gênero: Mistério, Suspense, Thriller Direção: Brad An-derson Roteiro: Jon Boken-kamp, Nicole D’Ovidio,Richard D’Ovidio
Título Original: Faroeste Caboclo Gênero: Aventura, Drama, Nacional, Romance Direção: René Sampaio Roteiro: José Carvalho, Pau-lo Lins
Título Original: To the Wonder Gênero: Drama, Romance Direção: Terrence Malick Roteiro: Terrence Mal-ick
Título Original: Jewtopia -The Movie Gênero: Comé-dia, Romance Direção: Bryan Fogel Roteiro: Bryan Fogel, Sam Wolfson
Título Original: Passion Gênero: Mistério, Suspense, Thriller Direção: Brian De Palma Roteiro: Alain Cor-neau, Brian De Palma,Natalie Carter