Revista Cocapec 69

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ORI

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João Alves de Toledo FilhoPresidente da Cocapec

É motivo de orgulho e satisfação comemorarmos o Jubileu de Prata da Coca-pec, nossos primeiros 25 anos. Ao longo de sua história, a Cocapec passou por muitas conquistas e superações, resultado de todo o trabalho realizado pelas diretorias, conse-lheiros, cooperados e colaboradores. Apesar das vicissitudes, nossa cooperativa conseguiu cumprir sua missão de dar apoio ao nosso cooperado e ainda crescer, ao ponto de exibirmos hoje, com orgulho, o título da melhor empresa do agronegócio café no Brasil, segundo o Anuário 2010 Me-lhores e Maiores da Revista Exame. Paralelamente, uma pesquisa de opinião realizada junto aos nossos cooperados em junho de 2010, encomendada pela atual diretoria, apre-sentou índice de satisfação de 88,6% com relação à atuação da cooperativa. Na noite em que comemoramos nossos 25 anos, sentimo-nos imensamente honrados pela confi ança e pelo apoio que recebemos de nossos cooperados e familiares. A interação entre diretoria, associados e colaboradores, reforça ainda mais o espírito cooperativista, que valoriza a união em prol do bem comum. A presença de entidades que representam a classe dos cafeicultores, tais como o Mapa (Ministério da Agricultu-ra Pecuária e Abastecimento), OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado São Paulo), CNC (Conselho Nacional do Café) e ainda deputados estaduais e federais, prefeituras da região da Alta Mogiana, cooperati-vas de cafeicultores, instituições fi nanceiras, corretores e clientes do nosso café também contribuíram para abrilhantar a nossa festa. Contudo, o principal responsável por este sucesso é o nosso cooperado, razão principal da existência da Cocapec que, ao apoiá-la, proporciona condição de crescer e se fi rmar como cooperativa efi ciente. O passado nos mostra grandes realizações, mas é passado. Temos agora que pensar no futuro, para que os próximos 25 anos sejam cheios de sucesso e realizações, como foram estes que comemoramos neste momento, por isto, pedimos a Deus que da mesma forma que iluminou nossa trajetória passada continue a nos guiar, para construir-mos realizações dignas dos nossos cooperados. Agradeço a todos que estiveram na comemoração. Sua presença engrandeceu este momento especial e marcante da Cocapec.

JUBILEU DE PRATA: UMA REALIZAÇÃO DE TODOS

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ÍNDICE

CAPA

CONCURSO DE QUALIDADE

Cocapec promove o 7° Concurso de Qualidade de Café

Órgão informativo ofi cial da Cocapec e Credicocapec, destinado a seus cooperados

Diretoria Executiva CocapecJoão Alves de Toledo Filho – Diretor-presidenteCarlos Yoshiyuki Sato - Dir. Vice-presidenteRicardo Lima de Andrade - Dir. secretário

Conselho de Administração Cocapec Giane BiscoAmílcar Alarcon PereiraJoão José CintraPaulo Eduardo Franchi SilveiraErásio de Grácia JúniorJosé Henrique Mendonça

Conselho Fiscal CocapecCyro Antonio Ramos Jesuel Justino GomesRicardo Nunes Moscardini

Cocapec FrancaAvenida Wilson Sábio de Mello, 3100 - CEP: 14406-052Franca-SP - CEP:14400-970 - CAIXA POSTAL 512Fone (16) 3711-6200 - Fax (16) 3711-6270

FiliaisCapetinga: (35) 3543-1572Claraval: (34) 3353-5257Ibiraci: (35) 3544-5000Pedregulho: (16) 3171-1400Serra Negra: (19) 3892-7099

Diretoria Executiva CredicocapecMauricio Miarelli - Dir. PresidenteJosé Amâncio de Castro - Dir. AdministrativoEdnéia Aparecida Vieira Brentini de Almeida - Dir. Crédito Rural

Conselho de Administração CredicocapecCarlos Yoshiyuki SatoDivino de Carvalho GarciaÉlbio Rodrigues Alves FilhoPaulo Henrique Andrade Correia

Conselho Fiscal CredicocapecDonizeti MoscardiniJoão José CintraRenato Antônio Cintra

CredicocapecFone (16) 3720-0030 - Fax (16) 3720-1567 - Franca-SPPAC - Pedregulho:(16) 3171-2118PAC - Ibiraci (35) [email protected] - www.credicocapec.com.br

CoordenaçãoEliana Mara Martins

Núcleo de CriaçãoComunicação/MKT COCAPEC

DiagramaçãoIdeia Fixa Publicidade e Propaganda

Apoio Gráfi co / FotosMarcelo Siqueira

RedaçãoLuciene ReisTássia Inácio

RevisãoNathalia Maria Soares

Jornalista ResponsávelRealindo Jacintho Mendonça Júnior - MTb/ 24781

Tiragem: 2.550 exemplares

Home Pagewww.cocapec.com.br

É autorizada a reprodução de artigos publicados nesta edição, desde que citada a fonte.

A revista não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados, mesmo sob pseudônimo, que são de inteira

responsabilidade de seus autores.

EX

PE

DIE

NT

E

SOCIALEscola no Campo completa 10 anos

CAFÉ E ALGO MAISQuem foi Portinari

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8

Cocapec celebra 25 anos em grande estilo ESPECIAL 25 ANOS

TÉCNICANovo Código Florestal e o produtor rural 36

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46CREDICOCAPECCredicocapec oferece linhas de crédito para os cooperados

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A Escola Municipal de Educação Básica Profª Sueli Contini Marques, participante do programa de educação nacional Cooperjovem, atingiu suas metas e cumpriu o objetivo principal desenvolvido por eles, que era aumentar os índices do Ideb (Índice de Desenvolvimento de Educação Básica). A escola, que estabeleceu como meta para 2011 um índice de 6,0 pontos, já superou em 2009 essa marca, atingindo 6,6 pontos. Este resultado deve ser comemorado por toda a equipe da escola e do Programa Cooperjovem, que acompanhou de perto cada ação programada com o objetivo de aprimorar o conhecimento dos alunos e, consequente-mente, melhorar a nota do Ideb. Os professores da escola passaram por uma formação de 40 horas durante o segundo semestre de 2009. Neste curso

foi elaborado, juntamente com a equipe gestora, um projeto que atendesse às necessidades básicas da escola. Diante dessa opor-tunidade, eles optaram pela ampliação da capacidade de leitura e de raciocínio lógico das crianças, além de apoiar ações realizadas

pela escola com a comunidade escolar. Com este ótimo resultado, o programa Cooperjovem se fortalece e confirma a impor-tância de seus propósitos. Em parceria, as co-operativas Cocapec, Coonai, Credicocapec e Unimed-Franca, com o apoio do Sescoop/SP e o compromisso da Secretaria Municipal de Educação de Franca, o programa está implan-tado há mais de três anos. Para 2010, a programação do Cooper-

jovem terá vários cursos e treinamentos para os professores, que se dedicam e buscam a cada dia o melhor para a educação.

Escola de Franca colhe os frutos do programa

COOPERJOVEM ALCANÇA OBJETIVO E AUMENTA IDEBBruna Fernandes MaltaAnalista de Comitê

SOCIAL

Equipe Cooperjovem assiste apresentação das crianças em dia de visita à escola

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SOCIAL

Cocapec, Coonai, Credicocapec e Unimed são parceiros do Sescoop/SP no programa Mosaico Teatral, que este ano completa 10 anos

PEÇA TEATRAL “PANOS E LENDAS” SE APRESENTAEM FRANCA

Este ano, a Unimed, Cocapec, Credicocapec e Coonai, em parceria com o Sescoop/SP (Serviço Nacional de Aprendiza-gem do Cooperativismo no Estado de São Paulo), escolheram a peça “Panos e Lendas” da Cia Pic Nic da Cooperativa Paulista de Teatro para se apresentar em Franca, na 5ª edição do Mosaico Teatral. Segundo Bruna Fernandes Malta, promotora cultural da Cocapec, o programa tem o objetivo de oferecer um programa cultural a toda família, sem distinção de idade. Mais de 1.500 pes-soas já assistiram espetáculos do Mosaico Teatral na cidade. Além de permitir o acesso a espetáculos de qualidade, o Mosaico Teatral coloca em prática a responsabilidade social das cooperativas, com ingressos revertidos a entidades assisten-ciais, e a capacitação dos cooperados e colaboradores, que se tornam promotores de cultura. Eles aprendem desde a produção do espetáculo, como a estrutura de palco, iluminação e som, até a forma de captação de recursos e a produção executiva para viabilizar as produções culturais. “O Mosaico tem uma magia que contagia as pessoas. É muito gratifi cante ver os sorrisos das crianças e a interação delas com o teatro. E os benefícios não se restringem apenas ao público e comunidade, mas também para nós como promotores, que nos apaixonamos cada vez mais pela arte e cultura do nosso país. Se o teatro é a imitação da vida, aqui em Franca essa imitação é um sucesso”, opina o assessor de Marketing da Unimed Franca, Eduardo Bachur. De acordo com a coordenadora do Mosaico Teatral, Sueli Gonçalves, o programa já se consagrou como um impor-tante evento na cidade por permitir acesso a espetáculos de alta qualidade à população local e entorno. Prova desse reconheci-mento são as três premiações que o Mosaico Teatral em Franca recebeu da Feac (Fundação de Esporte, Arte e Cultura de Fran-ca), como o melhor espetáculo do ano na cidade. O programa também realiza workshops gratuitos que ensinam as técnicas teatrais utilizadas pelas Cias que se apre-

sentam nas cidades onde o programa atua. Em Franca, a Cia. Pic Nic promoveu o workshop gratuito “Cantigas de roda“, destinados a artistas locais, professores e interessados em geral na arte de fazer teatro.

A peça O musical “Panos & Lendas” resgata as crendices, os costumes, cantos e as brincadeiras do folclore brasileiro, de modo a valorizar as nossas raízes. Uma grande variedade de panos é utilizada e manipu-lada pelos atores/cabides, que se transformam magicamente em cenários, pessoas e bichos. A música é um dos fortes elementos do espetáculo, cantada e executada pelos atores e músicos ao vivo (com violão, violino, fl auta transversal, sanfona, entre outros), enriquecendo e tornando mais viva cada história ali encenada. O Mosaico Teatral em Franca conta com o apoio insti-tucional da Ocesp (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo) e apoio cultural do Sesi, Jornal Comércio da Franca e Rádio Difusora.

Mosaico Teatral 2010 O programa Mosaico Teatral completa 10 anos de ativi-dades e já levou espetáculos teatrais de qualidade para um públi-co com mais de 65 mil pessoas. Já percorreu mais de 25 cidades e se consagra como importante programa de responsabilidade social. Sempre tem início no primeiro semestre com a publicação do edital, seleção de peças e a organização de reuniões com as cooperativas participantes. No segundo semestre é fi nalizada e realizada a produção teatral. Neste ano, as cidades que participa-rão da temporada do Mosaico Teatral 2010 são: ABC, Adamantina, Araçatuba, Bebedouro, Catanduva, Cerquilho, Franca, Jabotica-bal, Lençóis Paulista, Lins, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Tatuí e Votuporanga.

Ex-Libris Comunicação Integrada – Assessoria de Imprensa do Sistema

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SOCIAL

PEÇA TEATRAL “PANOS E LENDAS” SE APRESENTAEM FRANCA

No mês de julho foram realizados dois cursos direcionados às mulheresCURSOS DO SENAR EM IBIRACI

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) é uma instituição que desenvolve ações de formação profi ssional rural e atividades de promoção social voltadas para o homem do campo, contribuindo com sua profi ssionalização, integração na sociedade, melhoria da qualidade de vida e pleno exercício da cidadania. Em parceria com a Cocapec, o Senar/MG atua na região de Ibiraci, onde foram realizados, no fi nal do mês de abril e início de maio, dois cursos de tratorista (“Trabalhador na Operação” e “Manutenção de Tratores Agrícolas”) e um de terreireiro (“Traba-lhador no cultivo de plantas industriais – café”), que tiveram a par-ticipação de 12 pessoas cada. Em julho, os cursos do Senar foram direcionados às mulheres da região. O primeiro, com o tema “Trabalhador na Pro-dução de Derivados do Leite”, foi ministrado pela instrutora Lílian Maria Cardoso Guimarães no Bairro Rural do Capim Branco e teve a presença de dez participantes que se mostraram muito interessadas em aprender. Na ocasião, as mulheres aprenderam técnicas para aperfeiçoar o preparo de queijo, requeijão, ricota (sem e com tempero), doce de leite em barra e em pasta, bebida láctea, iogurte e provolone. O curso terminou com uma exposição dos trabalhos da semana para degustação. Também foi realizado o curso “Trabalhador na Produção de Conservas Vegetais”, na comunidade rural do Aterradinho, também na região de Ibiraci, onde a instrutora Gleida Maria de Fi-gueiredo ensinou novas técnicas para fazer compotas de laranja, limão, abacaxi e mamão, geléias de goiaba e maracujá, goiaba-da e frutos cristalizados de laranja, mamão, abóbora e abacaxi. O espaço utilizado para as aulas foi cedido pelo padre Norival

Sardinha Filho. No último dia, foi montada uma mesa com os trabalhos realizados para degustação. Os cursos direcionados às mulheres tiveram excelente aceitação, tanto que foi possível perceber a expectativa das parti-cipantes para novos treinamentos.

Raquel CintraAuxiliar Administrativa

Mulheres aprenderam como aperfeiçoar o preparo de derivados de leite

Curso ensinou técnicas para produção de conservas vegetais

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Projeto já atingiu quase nove mil alunos dos municípios atendidos pela CocapecESCOLA NO CAMPO COMPLETA 10 ANOS

A Cocapec lançou, em 2001, o projeto “Escola no Cam-po” em parceria com a Syngenta e, até o momento, já orientou mais de nove mil alunos da região da Alta Mogiana. O objetivo do projeto é conscientizar os estudantes da rede estadual e munici-pal, entre 11 e 12 anos, dos municípios atendidos pela Cocapec, sobre a necessidade de se preservar o meio ambiente e mostrar a importância da correta utilização de defensivos agrícolas, vi-sando a conservação dos recursos naturais, segurança alimentar e saúde dos aplicadores e consumidores. Desta forma, o projeto ganha frente junto aos pais dos alunos que, na maioria dos casos, trabalham no meio rural. Para o aprendizado, o Escola no Campo conta com uma

cartilha desenvolvida pela Syngenta, Fundação Abrinq e pelas professoras. Além deste material, foram inclusos no conteúdo do projeto, informações sobre o cooperativismo e experiências adquiridas por ações implementadas. Para isso, em 2007, asso-ciou-se ao material, um treinamento sobre jogos cooperativos e danças circulares para os professores envolvidos no projeto. Os resultados foram excelentes e motivaram as escolas na aplicação do material e nas atitudes cooperativistas. A adap-tação do projeto para nossa realidade permitiu a capacitação dos professores e um maior comprometimento com a ação. Assim, passaram a se sentir agentes do projeto, com capacidade para realizar mais do que já estava sendo feito nas escolas.

Bruna MaltaAnalista de Comitê

SOCIAL

Projeto Escola no Campo 2005Projeto Escola no Campo 2004

Projeto Escola no Campo 2008

Projeto Escola no Campo 2007

Projeto Escola no Campo 2009

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INFORME PUBLICITÁRIO

ESCOLA NO CAMPO COMPLETA 10 ANOS

Suziellen Tenani Médica Veterinária - CRMV: 18.239/SP/ 16- 8115.4208

PODODERMATITES As lesões podais representam 90% das claudicações em bovinos, especialmente na pecuária leiteira, e os prejuízos fi nancei-ros se traduzem por queda na produção, elevação do custo de tra-tamento dos animais, leite descartado por resíduos de antibióticos, perda de escore corporal, problemas reprodutivos como: ausência de cio, maior intervalo entre partos, pior qualidade do sêmen, des-carte precoce do animal, custo de reposição e maior suscetibilidade a outras doenças como, por exemplo, mastite (infl amação da glân-dula mamária). As pododermatites, ou frieira dos bovinos, é uma infl amação da região interdigital que, muitas vezes, acaba acometendo toda a co-roa do casco e regiões subjacentes. A pododermatite dos bovinos não deve ser confundida com lesões de origem traumática, escoriações ou problemas da articulação das falanges de caráter ortopédico. O primeiro sintoma aparente é a claudicação de apoio, acen-tuada difi culdade do animal em andar, até uma situação em que o ani-mal entra em decúbito (deita). Também são notáveis os quatro sinais cardinais: calor, rubor, dor e tumor.

Como uma alternativa terapêutica, temos a indicação de an-tibiótico via parenteral (injetável), como, por exemplo, Top Cef® asso-ciado com o pedilúvio, de acordo com o Comunicado Técnico n° 25 da Embrapa Bagé/RS. A aplicação de 2 a 3 pedilúvios diários com Cre-olina® em solução aquosa na concentração de 2% em recipiente de cimento. Tal tratamento propicia uma resposta rápida, defi nitiva e sem recidiva, com descarte zero de leite e carne. A efi ciência do tratamento acima indicado permitiu à Embrapa Bagé/RS, a retirada da pododer-matite do quadro de problemas sanitários do rebanho. Convém alertar aqui o seguinte aspecto: logo ao primeiro pe-dilúvio aplicado, na maioria das vezes, a claudicação diminui ou desa-parece e, nesse caso, as pessoas encarregadas de aplicar o tratamen-to são levadas a suspender os mesmos, supondo a cura defi nitiva da doença. Isso não deve acontecer por dois motivos: 1) a cura, realmente, ainda não estará consolidada, embora os sintomas tenham regredido; 2) a recidiva ocorrerá, inevitavelmente, e, a partir daí, a resposta ao antibiótico será praticamente inefi caz. O tratamento deve ser repetido, por no mínimo, três dias, para obtenção do resultado defi nitivo.

Como diagnosticar e tratar

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SOCIAL

AS COOPERATIVAS NO PROCESSO ELEITORAL Buscar uma representação política atuante e compro-metida com o cooperativismo a partir do exercício da cidadania. Estamos falando de uma preocupação do Sistema Cooperativista Brasileiro que se concretizou como direito com a nova Lei Eleito-ral, 12.034, sancionada em setembro do último ano. A nova le-gislação confere ao setor as mesmas condições de participação nesse processo de representação política que outras empresas de formas econômicas distintas. A atitude eleitoral vai além do direito de votar e ser vota-do, é verdadeiro ato cívico. O poder emana do povo, logo, as pes-soas devem sim se organizar e discutir para melhor escolher os seus líderes e lhes dar condições para que se tornem candidatos aptos a disputar uma posição no cenário político do País. Nesse sentido, nada mais legítimo que o cooperativismo, com tamanha expressividade econômica e social, tenha o direito de apoiar e escolher aqueles que serão seus representantes no Poder Legislativo, seja em âm-bito federal, estadual ou mun i c ipa l . O setor atua em 13 ramos de atividades econômicas, r e u n i n d o 7.261 coope-rativas, 8,2 milhões de associados e 274.190 emprega-dos. Sua atuação acon-tece tanto no meio rural quanto no urbano. O setor responde por 5,39% do PIB brasileiro e por uma movimen-tação econômico-fi nanceira de R$ 88,7 bilhões. Para a conquista desse espaço, visando ao cresci-mento constante do Sistema, a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), como entidade representativa do setor e em articulação com suas organizações estaduais, atua, há 40 anos, em defesa das causas cooperativistas junto aos Três Poderes e outras instituições. Assim como os demais setores da economia,

o cooperativismo tem carência de políticas públicas que atendam as suas necessidades e, num país democrático como o Brasil, se tem maior infl uência na formulação dessas políticas a partir de uma representação legítima. Para o direito de escolha ser pleno e cada vez mais consciente, os cidadãos devem se organizar, discutir e fortalecer a representação de seu segmento econômico e social. Isto re-presenta o exercício coletivo da cidadania. Não signifi ca doação de recursos, mas comprometimento com os candidatos, e destes para com o setor cooperativista, não importando a bandeira ide-ológica ou partidária, e sim o compromisso com as causas do cooperativismo. E, no âmbito do Congresso Nacional, a defesa desses temas tem na atuação da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) um fator determinante. Uma das mais antigas

e mais atuantes frentes, criada em 1986, a Frencoop, neste,

último mandato, contou com o empenho de

245 parlamentares que representaram

o cooperativismo na Câmara dos

Deputados e no Senado

Federal. Os resulta-dos desse

trabalho são vistos a cada ano

e nos 13 ramos de atividades econô-micas em que o cooperativismo se faz presente.

As vitórias são decorrentes do comprometimento de di-rigentes do Sistema e parlamentares de todo País, e o caminho está em dar continuidade a esse processo, apoiar aqueles que têm o cooperativismo como bandeira. Somos organizações de pessoas e nossa força está justamente neste diferencial. Por tudo isso, mais uma vez, estaremos unidos também na escolha de nossos representantes. Vamos contribuir para o correto exercício da democracia e para a consolidação e o desenvolvimento do Sistema Cooperativista Brasileiro.

Márcio Lopes de FreitasPresidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB)

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de apoiar e escolher aqueles que serão seus representantes no Poder Legislativo, seja em âm-

associados e 274.190 emprega-dos. Sua atuação acon-tece tanto no meio rural

e mais atuantes frentes, criada em 1986, a Frencoop, neste,

último mandato, contou com o empenho de

245 parlamentares que representaram

o cooperativismo na Câmara dos

Deputados e

vistos a cada ano e nos 13 ramos de atividades econô-

micas em que o cooperativismo se faz presente.

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SOCIAL

AS COOPERATIVAS NO PROCESSO ELEITORAL

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PRESIDENTEO presidente nomeia os ministros que vão cuidar de assuntos estratégicos. Ele cuida da relação do Brasil com outros países, movimentando a economia e divulgando a imagem do país no exterior. Além disso, ele faz as leis aprovadas no Congresso se

transformarem em benefícios para a população.

SENADORO senador fi scaliza o presidente, o vice e os ministros e ajuda a decidir sobre o orçamento nacional e a utilização do dinheiro público. Ele elabora leis que

trazem benefícios para o seu estado e toma decisões importantes sobre acordos internacionais.

GOVERNADORO governador é o chefe do poder executivo no estado. Comanda a segurança e

nomeia secretários. Ele faz as leis aprovadas na Assembleia se transformarem em benefícios para a população e administra os investimentos regionais, garantindo que

os municípios cresçam por igual.

DEPUTADO FEDERAL E ESTADUALO deputado estadual fi scaliza o governador, o vice e os secretários e ajuda a elaborar o orçamento estadual. Ele propõe leis de interesse estadual que se transformam em

benefícios para a população. O deputado federal tem as mesmas funções do deputado estadual, só que a nível federal.

CONHEÇA AS FUNÇÕES DE CADA CARGO

Fonte: Campanha da Justiça Eleitoral para as Eleições 2010

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EVENTO

COOPERADOS SÃO PREMIADOS NO PROGRAMA NESPRESSO

A Nespresso lançou, em 2003, o “Nespresso AAA Sus-tainable Quality Program - Programa Nespresso AAA”, que visa promover a produção e fornecimento de café de alta qualidade de forma sustentável. O programa combina os princípios da sustenta-bilidade prática (procedência, valor econômico, eqüidade social e administração ambiental) com a alta qualidade, a fim de atingir a perfeição exigida pela empresa. O nome deriva da marca “AA”, que representa a qualidade premium do café do Quênia. O terceiro “A”, adicionado pela Nespresso, representa a sustentabilidade. Apenas 1% dos cafés do mundo tem a qualidade, perfis de sabor e aromas exigidos para os Grands Crus da Nespresso e, por isso, são tão valorizados pela empresa, que os considera raros

e valiosos e merecem ser preservados e protegidos. Atualmente, a empresa trabalha com mais de 25 mil produtores, em cinco países que produzem a bebida e, praticamente 50% do seu café, é adqui-rido pelo programa. As embalagens da Nespresso são compostas apenas por espécies de café premium identificadas e selecionadas com enor-me rigor em fazendas de todo o mundo, e são brasileiros alguns dos grãos que recheiam as cápsulas coloridas da Nespresso. Os produtores de grãos que atendem aos rígidos padrões de qualidade da Nespresso são premiados não apenas com uma remuneração mais alta, mas também com a associação à comuni-dade Nespresso, através da oferta de uma parceria de longo prazo.

Safra de associados da Cocapec está dentro dos padrões de qualidade exigidos pela empresa

Tássia InácioAssistente de Comunicação

No dia 9 de junho de 2010, foi realizada em Pedregulho, pela Stockler Comercial e Exportadora Ltda., a premiação do Pro-grama Nespresso AAA – Cluster Mogyana, referente à compra de 5 mil sacas de café com o ágio de US$ 7 a mais por saca. Não só os produtores premiados foram convidados, mas todos os inscri-tos no programa, possibilitando uma maior interação entre os elos da cadeia Nespresso AAA. Nos próximos meses serão premiados

mais 64 produtores, equivalente a mais 10 mil sacas. Nesta oca-sião, foram premiados 36 produtores, todos eles cooperados da Cocapec, o que reitera a qualidade do café produzido na Alta Mo-giana, especialmente pelos produtores da cooperativa, que oferece as melhores tecnologias disponíveis no mercado em todos os pro-cessos, orientação de profissionais qualificados e auxílio de todos os setores, desde o plantio até a comercialização da safra.

NESPRESSO AAADercy Pavão, Osmar (coordenador do projeto Nespresso), Enison Lopes Filho e Michael Timm

Airton Costa da Cocapec (centro) com o barista da Nespresso e Michael Timm, diretor-presidente da Stockler

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COOPERADOS SÃO PREMIADOS NO PROGRAMA NESPRESSO

O CRESCENTE MERCADO DE BARISTASCom boa formação, esse profissional é capaz de realizar maravilhas numa xícara de café

Um café de qualidade não se faz apenas no plantio ou na colheita. O beneficiamento do grão, o tipo de torra e, também, o modo de extração da bebida são decisivos para um bom café. Deste modo, para que as pessoas degustem um produto de alta qualidade são oferecidos cursos de baristas em diversos lugares do país, os quais visam a formação de profissionais capacitados e especializados na preparação de café. A profissão de barista ainda é desconhecida para o pú-blico em geral, porém, é de grande importância para os admira-dores de um café de qualidade, já que esse profissional é treina-do para aproveitar o que o grão tem de melhor, produzindo uma bebida com a combinação exata de aroma, sabor e corpo. Ele também cria novos drinks com café, utilizando licores, cremes, bebidas alcoólicas e outros ingredientes. O mercado do café de alta qualidade está em expansão e, junto com ele, os baristas. Com essa possibilidade de cresci-mento, é cada vez mais necessária a atuação desses profissio-nais que, com toda sua experiência e talento em buscar a “xícara perfeita”, presenteiam os consumidores com o prazer de provar o melhor café possível. Como os baristas devem estar sempre em constante treinamento, a renomada barista Edy Barros, que já realizou vá-rios eventos da Cocapec, esteve em Franca entre os dias 19 e 24 de julho, treinando os profissionais que trabalham em cafeterias que utilizam o blend da nossa marca Senhor Café, na preparação de suas bebidas. O City Posto Padaria e Conveniência, Padaria Estrela, Panificadora Parada do Pão, Hora do Encontro, Food Shop Galo Branco, Padaria Pão na Chapa e Doce Sabor Cafeteria recebe-ram a barista, que passou a eles as melhores dicas sobre a forma de preparar um delicioso café espresso.

Tássia InácioAssistente de Comunicação

EVENTO

Cafeteria Hora do Encontro

Panificadora Parada do PãoGalo Branco Food Shop

Padaria Pão na Chapa

City Posto Padaria e Conveniência Doce Sabor Cafeteria

Padaria Estrela Café espresso sendo preparado

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14 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 201014 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2010

CAFÉ E ALGO MAIS

QUEM FOI PORTINARI?

Portinari nasceu em 1903, numa fazenda de café, em Brodowski/SP. Ainda menino, demonstrou sua vocação artística, totalizando, ao longo de sua vida, quase cinco mil obras, desde pequenos esboços a gigantescos murais. Aos 15 anos, em busca de um aprendizado mais pro-fundo sobre pintura, ele ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro e, aos 18 anos, vendeu seu primeiro quadro chamado “Um Baile no Campo”. Em 1929 foi para a Eu-ropa, permanecendo fora do Brasil por dois anos. Longe de sua pátria e saudoso de sua gente, o pintor decidiu voltar para o país em 1931, quando passou a retratar nas suas telas a realidade do povo brasileiro. Em 1935, ele obteve seu primeiro reconhecimen-

to no exterior, a Segunda Menção Honrosa na exposição interna-cional do Carnegie Institute of Pittsburgh (Estados Unidos), com uma tela de grandes proporções, intitulada “Café”, retratando uma cena de colheita típica de sua região de origem. Em suas obras, os retirantes nordestinos, os trabalha-dores rurais de membros deformados, os tons de marrom e de roxo dos campos cultivados, expressam a força da terra. Os tra-balhadores da colheita, homens e mulheres de rosto sofrido, pés descalços e feridos e mãos calejadas, foram homenageados pelo pintor. Portinari ficou conhecido por explorar a temática brasileira, incluindo a luta das classes trabalhadoras nas plantações, nas favelas e nas cidades.

Tássia InácioAssistente de Comunicação

Cândido Torquato Portinari foi o pintor brasileiro de maior projeção internacional

14 Revista COCAPEC - Maio / Junho 2010

“Saí das águas do mar e num pé de café nasci”Poemas (1964)

Casamento na Roça (pintura a óleo em tela) Peneirando Café (pintura a óleo em tela) Café (pintura a óleo em tela)

Colheita de Café (aquarela em papel) Baile na Roça (pintura a óleo em tela) Colheita de Café (pintura a óleo em madeira)

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Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010 15

CAFÉ E ALGO MAIS

Revista COCAPEC - Maio / Junho 2010 15

Além de pintar, Portinari também gostava de escrever po-emas, tanto que em 1964 foi publicado seu livro “Poemas”, os quais chamava simplesmente de “escritos”. Em 2009, em homenagem ao artista, houve a mostra “Num pé de café nasci”, associando as obras de Cândido Portinari ao café. Na ocasião, foram reunidas 23 reproduções digitais de obras feitas pelo Instituto Cândido Por-tinari. O diretor geral do Instituto e filho do pintor, João Cândido Portinari, disse que o café sempre foi recorrente na pintura e nas obras literárias de seu pai, devido à origem da família, que era de imigrantes italianos que vieram trabalhar na colheita do café. So-mente com esse tema, o pintor realizou 56 obras. Cândido Portinari faleceu no dia 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação pelas tintas que o consagraram.

“Vim da terra vermelha e do cafezal. As almas penadas, os brejos e as matas virgens acompanham-me como o espan-talho, que é o meu autorretrato. Todas as coisas frágeis e

pobres se parecem comigo”Poemas (1964)

Homem de chapéu (pintura à têmpera em papelão) Café (pintura a guache em cartão pardo) Lavrador de café (pintura a óleo em tela)

Café (afresco no Palácio Gustavo Capanema, RJ) Terreiro de Café (pintura a óleo em madeira compensada)

Em julho de 2009, a Cocapec adquiriu réplicas digitais de quatro quadros de Portinari

representados abaixo, sendo dos dois últimos quadros

verticais e dos dois últimos horizontais

Colheita de Café (pintura a óleo em madeira)

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CAFÉ E SAÚDE

CAFÉ FILTRADO FAZ BEM AO CORAÇÃO, DIZ ESTUDO

O café coado, além de prevenir doenças cardíacas, pode ser benéfico para pessoas que já tiveram algum problema no cora-ção. A informação é de um estudo preliminar realizado pelo Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas e pela Empresa Brasi-leira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A pesquisa estudou os efeitos do café em dois grupos, um de pacientes que já possuíam doenças de coração e outro de pessoas saudáveis. Os resultados mostraram que, ao beber de três a quatro xícaras grandes de café todos os dias, não havia aumento da pressão arterial, nem dos índices de colesterol. O café ainda aumentou a tolerância de todos os indivíduos ao exercício físico. “As substâncias do café são semelhantes às que estão presentes no vinho e nos sucos de frutas. Ajudam a combater a diabetes e aumentam a energia”, explica o cardiologista Luiz An-tônio Machado César, coordenador da pesquisa. Ele afirma ainda

que o café expresso não tem os mesmos benefícios do coado. “O coador é capaz de reter as substâncias gordurosas do café, o que não acontece com o expresso”. Para o diretor científico do grupo de estudos em Insufici-ência Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Evandro Tinoco Mesquita, o café não tem contraindicação. “Os estudos vêm mostrando que o café é altamente benéfico para o coração. Ele possui substâncias que colaboram para proteger o órgão”. Tinoco, entretanto, chama a atenção para o tipo de café ingerido. “Pode ser que o café perca algumas de suas propriedades dependendo do tipo de processamento”, explica. O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), Nathan Herszkowicz, afirma que o melhor tipo de café é o de torragem média, a preferida entre os brasileiros. “Quan-to mais torrado, menos propriedades benéficas”.

Algumas substâncias da bebida são semelhantes às do vinho e dos sucos de frutas

As informações são da Agência Estado, adaptadas pela Equipe CaféPoint

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CAFÉ

CAFÉ FILTRADO FAZ BEM AO CORAÇÃO, DIZ ESTUDO

Por diversas vezes você já deve ter ouvido falar em sa-fra agrícola e safra comercial, talvez sem se dar conta da diferen-ça que existe entre essas duas expressões ou sem sequer saber que havia alguma diferença. Os termos “agrícola” e “comercial” são usados para denominar uma mesma safra, mas em períodos diferentes: Agrícola – refere-se ao período no qual a safra ainda está no campo. Compreende entre o início da floração (set/out)

até o final da safra (setembro do ano seguinte). Os órgãos gover-namentais e representativos da cafeicultura geralmente recor-rem ao termo “agrícola” quando diz respeito ao levantamento e divulgação de previsão de safra. Comercial – refere-se ao período caracterizado pelo momento da comercialização da safra, que compreende entre junho (colheita) até maio do ano seguinte. A safra comercial é a que está sendo entregue nos armazéns ou já está armazenada.

Qual a diferença entre os dois termos?

SAFRA AGRÍCOLA X SAFRA COMERCIALAnselmo Magno de PaulaGerente de Comercialização de Café

Colheita na região de atuação da Cocapec A colheita de café da safra comercial 2010/11 iniciou mais cedo que o normal na região de atuação da Cocapec, o que nos leva a crer que, no final de agosto e início de setembro, os trabalhos desta safra estarão encerrados e, cerca de 1,2 milhões de sacas de café passarão pelos armazéns da cooperativa. Quanto à qualidade do café colhido, na safra do ano passado houve grande ocorrência de chuvas no período da co-lheita, gerando um volume considerável de cafés fermentados, mas, felizmente, a safra 2010/11 enfrenta condições climáticas favoráveis, proporcionando ótima qualidade dos grãos, apesar

das inúmeras floradas ocorridas, que contribuem para a maior presença de grãos imaturos. A safra agrícola 2009/10 nacional será mais alta devido à bianualidade da planta. A estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê a produção de 47,04 milhões de sacas de café de 60 quilos. O maior aumento se dará na produ-ção de café arábica, estimada em 35,31 milhões de sacas, o que representa um ganho de 22,3%, (6.440,9 mil sacas) sobre a safra anterior. Já para o robusta (conilon), a previsão aponta produção de 11,73 milhões de sacas, ou seja, crescimento de 10, 7% (1.130 mil sacas).

ENTENDA O CICLO AGRÍCOLA/COMERCIAL

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ESPECIAL 25 ANOS

Comemoração reúne grande parte dos responsáveis pelos seus primeiros 25 anos de história

A Cocapec (Cooperativa de Cafeicultores e Agropecua-ristas) festejou seu Jubileu de Prata no dia 16 de julho de 2010, no salão do Castelinho. Mais de 1.600 cooperados e familiares, diretores, colaboradores, autoridades políticas e representativas do setor cafeeiro e do cooperativismo estiveram presentes na co-memoração inesquecível, preparada para marcar os 25 anos de atuação da Cocapec na região da Alta Mogiana. Esta história começou com a vinda da Cocap (Coopera-tiva Central do Paraná), em 1983, para Franca-SP. Em 11 de julho de 1985, diante da decisão da Cocap de encerrar as atividades na cidade, um grupo de cafeicultores da região resolveu assumir a

unidade, criando uma nova cooperativa. No fi nal do mesmo ano, a Cocapec contava com 291 cooperados. Atualmente, a cooperativa possui quase 2 mil associa-dos e atua numa área de 450 mil hectares de café. A matriz está instalada em Franca-SP e possui três unidades mineiras (Capetin-ga, Claraval e Ibiraci) e três paulistas (Armazéns Gerais – Franca, Pedregulho e Serra Negra). A capacidade de receber o café dos cooperados em seus armazéns ultrapassa 1 milhão de sacas. Todos os convidados foram recepcionados pela direto-ria da Cocapec. Na entrada, os presentes recebiam uma taça de champagne ao som de um quarteto de cordas e, logo depois,

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eram acompanhados até suas mesas. No salão, a pista de frios já estava à disposição dos convidados quando a cerimonialista Keila Alves deu início à solenidade de abertura que homenageou alguns dos responsáveis pela fundação da cooperativa em Fran-ca-SP, como José Cassiano Gomes dos Reis Júnior, José Carlos Jordão da Silva e Alceu Rubens Morandini (in memorian). Pessoas idealistas que foram de grande importância para a consolidação do cooperativismo na cidade, que com coragem e empreendedo-rismo ajudaram a Cocapec a criar raízes e, consequentemente, contribuíram para o fortalecimento dos cafeicultores da região, gerando inúmeras oportunidades de negócios. Devemos ressal-

tar também a presença das autoridades que, ao comparecerem na festa e comporem a mesa principal da Cocapec, reafi rmaram o prestígio e representatividade que a cooperativa tem perante as esferas municipal, estadual e federal. Após o cerimonial, a banda Phanteon deu início às fes-tividades da noite, tocando músicas suaves para acompanhar o jantar. Todos os presentes apreciaram as músicas, dançaram e se divertiram na pista de dança. A comemoração foi dedicada a cada pessoa que esteve lá, que comemorou junto com a Cocapec seus primeiros 25 anos de história e que, com certeza, também estará presente em cada momento dos próximos 25 anos.

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Luciene ReisAnalista de Comunicação

Tássia InácioAssistente de Comunicação

Bruna MaltaAnalista de Comitê

ESPECIAL 25 ANOS

José Cassiano Gomes dos Reis, José Carlos Jordão da Silva e Vinícius Morandini (representando o avô Alceu Rubens Morandini) recebem as homenagens

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ESPECIAL 25 ANOS

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A diretoria, conselhos, cooperados e colaboradores comemo-ram com grande alegria a classificação da Cocapec como melhor em-presa do agronegócio café, segundo o Anuário 2010 da Revista Exame Melhores e Maiores. João Alves de Toledo Filho, presidente da cooperativa, considera este resultado o reconhecimento pelo trabalho consolidado em 25 anos de história, possibilitado pela fidelidade e confiança que os cooperados depositam em sua instituição. “Apesar das adversidades, nossa coopera-tiva conseguiu cumprir sua missão de dar apoio ao nosso associado e, ainda crescer, ao ponto de exibirmos hoje, com orgulho, o título da melhor empresa do agronegócio café no Brasil”, salienta Toledo.

Em homenagem à Cocapec, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançou o selo personalizado e o carimbo co-memorativo alusivos aos 25 anos da cooperativa. O lançamento das peças é uma iniciativa da Cocapec. Segundo os Correios, os carimbos e selos postais come-morativos (que são marcas que documentam a história) fixam acon-tecimentos relevantes e registram fatos através do tempo, assim como a história da Cocapec e seus primeiros 25 anos de sucesso. O carimbo apresenta o logotipo da Cocapec e, ao cen-tro, possui a logo dos 25 anos, com a data de fundação da coo-perativa (11 de julho de 1985). Ao redor, em círculo, o dizer “Co-capec – O melhor café está aqui”, acompanhado pelas palavras “Correios-Franca” e o período de circulação do carimbo “16 de julho a 14 de agosto de 2010”. Ele foi utilizado na Agência Cen-tral da cidade pelo período de tempo determinado, estampando a

marca em todas as correspondências lá postadas. Já o selo personalizado é composto por duas partes: na primeira, a bandeira nacional tremulando ao vento compõe o plano secundário e emoldura o mapa do Brasil, preenchido pelas flores do ipê amarelo – árvore-símbolo nacional. Na segunda parte, o selo estampa ao fundo, acima do lado esquerdo a logo da coope-rativa em marca d’água. No centro, completam o conjunto visual os dizeres “25 Anos Cocapec – O melhor café está aqui – 1985 – 2010”. Após o lançamento oficial no dia 16 de julho, os materiais permaneceram na Agência Central dos Correios de Franca até dia 14 de agosto, para aplicação em todas as correspondências con-fiadas nessa unidade e também para os filatelistas (colecionado-res de selos) e marcofilistas (colecionadores de marcas postais), sendo após esta data, encaminhados ao Museu Postal e Telegrá-ficos dos Correios, em Brasília (DF).

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ESPECIAL 25 ANOS

CORREIOS LANÇAM SELO E CARIMBO EM COMEMORAÇÃO AOS 25 ANOS DA COCAPEC

COCAPEC, A MELHOR DO AGRONEGÓCIO CAFÉ

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Segundo a Revista Exame, no ranking de Melhores e Maiores as melhores empresas são identifi cadas pelo sucesso que obtiveram na condução de seus negócios e na disputa de mercado com as concorrentes no ano que passou comparativa-mente ao exercício anterior. O critério para avaliar o sucesso é basicamente uma comparação dos resultados obtidos em termos de crescimento, rentabilidade, saúde fi nanceira, participação de mercado e pro-dutividade por empregado. A equipe de Melhores e Maiores faz os cálculos que permitem classifi car as concorrentes em cada setor e identifi car a de melhor desempenho ponderado nesse conjunto de fatores. A metodologia de cálculo consiste em atribuir pontos pelo de-sempenho relativo em cada indicador – 10 para o primeiro lugar, 9 para o segundo, e assim sucessivamente até o décimo, que fi ca com 1 ponto. Os pontos, por sua vez, são multiplicados por um peso atribuído a cada indicador. Adicionalmente, a empresa pode receber um bônus de pontos por ter fi gurado em outros guias publicados pela Exame. Os indicadores de desempenho e seus respectivos pesos são os seguintes: Crescimento das vendas – Peso 10 Retrata o dinamismo da empresa no ano analisado: se aumentou ou diminuiu sua participação no mercado e sua capacidade de, expandindo-se, gerar novos empregos. Riqueza criada por empregado – Peso 15 Mede quanto a empresa produz de riqueza em relação ao número de empregados, independentemente do volume total de suas vendas ou da margem de lucro.

Liderança de mercado – Peso 20 Compara as participações de mercado que as principais em-presas detêm no setor em que atuam e estabelece uma clas-sifi cação entre elas em termos percentuais. Liquidez corrente – Peso 25 Indica se a empresa apresenta ou não boa saúde fi -nanceira, ou seja, se está operando com segurança no curto prazo ou dentro de seu ciclo operacional. Rentabilidade do patrimônio – Peso 30 Mede a efi ciência da empresa, o controle de custos e o aproveitamento das oportunidades que surgem no mundo dos negó-cios, sendo um dos principais componentes da geração de valor para os acionistas. Recebem pontos apenas as empresas cujo índice de rentabilidade tenha sido positivo no ano considerado. A rentabilidade do patrimônio é utilizada como critério de desempate entre empresas que apresentem o mesmo número de pontos no desempenho geral. Bônus Além da pontuação obtida nos indicadores de desem-penho, recebe 50 pontos cada uma das empresas-modelo da última edição do “Guia Exame de Sustentabilidade”; outros 50 pontos são atribuídos a cada uma das dez primeiras listadas no último “Guia Exame – As 150 melhores empresas para você trabalhar”; e 25 pontos são somados para cada uma das demais destacadas. As empresas que não publicam ou não enviam de-monstrações contábeis não fazem jus a esse bônus. Foram considerados integrantes do agronegócio os produtores agropecuários, as empresas que fornecem insu-mos ou prestam serviços a esses produtores e as indústrias que compram o produto agropecuário para processamento.

As campeãs em 11 setores foram empresas do agronegócio que conseguiram se destacar com um desempenho acima da média num ano difícil. Os setores analisados e considerados os melhores pelo Anuário Exame foram:

Categoria A Melhor Açúcar e álcool Usina Globo/SP Adubos e defensivos Lharabras/SP Algodão e grãos Camil/SP Aves e suínos C. Vale/PR Café Cocapec/SP Leite e derivados Tangará/ES Madeira e celulose Klabin/SP Máquinas, equipamentos e ferramentas Stara/RS Óleos, farinhas e conservas Anaconda/SP Revenda de máquinas e insumos Tracbel/MG Têxtil Santanense/MG

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ESPECIAL 25 ANOS

COMO É FEITA A ESCOLHA

AS MELHORES DO AGRONEGÓCIO

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As informações partem do Anuário Revista Exame – Melhores e Maiores 2010 – Julho.2010/Edição 971-E

O trabalho evolutivo e a dedicação da Cocapec voltados para colaboradores, cooperados, familiares e comunidades ligadas à instituição foram premiados e certifi cados inúmeras vezes ao longo destes 25 anos. A cooperativa já foi indicada por instituições importantes como uma das maiores do agronegócio, já obteve prêmios de mérito empresarial, foi fi nalista do Prêmio Cooperativa do Ano, promovido pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e pela revista Globo Rural e até assumiu o posto de terceira posição no ranking do mercado de café. O reconhecimento mostra o engajamento da diretoria e cooperados nos preceitos cooperativistas e os resultados desta postura são diretamente refl etidos em toda a cadeia do café. Em 2010, a Cocapec foi classifi cada pela Revista Exame como a melhor empresa do Brasil no setor de café, em seu Anuário “Maiores e Melhores”, publicado desde 1974. Este é um dos principais referenciais que existe no país, respeitado por todos segmentos e pelo público consumidor em geral. O resultado, alcançado no auge das comemorações de seus 25 anos, mostra que a Cocapec tem muito a comemorar com seus cooperados, colaboradores e parceiros, além de sua trajetória de sucesso. Pode-se celebrar o reconhecimento do mercado nacional diante do seu sério e comprometido trabalho.

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ESPECIAL 25 ANOS

A MELHOR DO AGRONEGÓCIO CAFÉ – COCAPEC

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No ano em que a Cocapec comemora seus 25 anos, muitas ações foram realizadas para tornar esta data inesquecí-vel, como no dia 16 de julho, quando reuniu cooperados, cola-boradores e autoridades numa confraternização voltada a todos que fazem parte desta história. Mas, para perpetuar este marco histórico do jubileu de prata, a principal ação elaborada foi uma publicação especial, que resgata estes 25 anos de trabalho e dedicação à cafeicultura e aos cooperados da Alta Mogiana. Neste livro estão registrados os momentos marcantes, as pessoas que contribuíram diretamente com a cooperativa, como as diretorias anteriores, os serviços oferecidos, assistência técnica, armazenagem e laboratório, sem esquecer a fiel parti-

cipação dos cooperados que originaram e dos que continuam mantendo o sucesso desta cooperativa. O livro foi elaborado para que todos possam ter aces-so, com riqueza de detalhes, à história da cooperativa, aos fatos mais importantes que ocorreram desde sua fundação e a todos os acontecimentos na economia nacional que marcaram a cafei-cultura. Também está destacado o desenvolvimento tecnológico da produção cafeeira e o crescimento dos serviços oferecidos pela Cocapec. Todos os cooperados receberão um exemplar e poderão ter em casa parte da cooperativa que eles ajudaram a construir e, com sua fidelidade, fazem com que ela siga forte e eficiente.

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ESPECIAL 25 ANOS

LIVRO MARCA OS 25 ANOS DA COCAPECA trajetória da cooperativa foi transformada em palavras e virou história nas páginas de uma publi-cação elaborada especialmente para seus cooperados

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Além de prestar todos os serviços necessários aos seus cooperados, a Cocapec se preocupa com a qualidade com que eles são ofertados. Com o intuito de obter um diagnóstico preciso das necessidades dos cooperados e avaliação de alguns de seus principais serviços prestados, a diretoria decidiu realizar uma pesquisa sobre o papel da cooperativa junto aos cooperados. Entre os dias 8 e 30 de junho de 2010, a empresa PróPesquisa realizou entrevistas por telefone com 350 coo-perados, escolhidos aleatoriamente dentro do quadro social, contemplando todos os municípios de atuação da cooperativa.

O primeiro ponto avaliado foi o grau de importância da cooperativa para o negócio de seus cooperados, onde 88,6% dos entrevistados consideram boa ou ótima, aprovan-do a atuação da cooperativa. Em outra questão, os pesquisadores pediram que fosse avaliado o trabalho da cooperativa quanto ao armaze-namento e comercialização do café. Outros temas específi-cos como comercialização de insumos e a assistência técni-ca também foram questionados pela PróPesquisa. O quadro abaixo mostra a opinião dos cooperados em relação aos ser-viços da cooperativa.

A pesquisa também revelou alguns dados im-portantes, como o telefone sendo o meio mais eficaz de contato com o cooperado para divulgar a comercialização de café na modalidade de venda futura. Outra constata-ção interessante foi a de que 74% utilizam do próprio café produzido para consumo em casa, sendo que, dos que adquirem o produto industrializado, praticamente todos optaram pelas marcas da cooperativa: Cocapec, Senhor

Café e Tulha Velha. Ao analisarmos os resultados da pesquisa, concluí-mos que os esforços da Cocapec para cumprir sua missão de atender com eficiência as necessidades dos associados, estão seguindo o caminho certo, mas isso não deixa a coope-rativa em situação de conforto, pelo contrário, ainda precisa trabalhar muito para que sua atuação seja plena e que possa-mos alcançar a excelência no atendimento ao cooperado.

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ESPECIAL 25 ANOS

COCAPEC APRESENTA 88,6% DE APROVAÇÃO Cooperados demonstram satisfação com os serviços da cooperativa

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Artigo 1º - A comissão organizadora deste concurso será composta pelos seguintes membros: Sr. Anselmo Magno de Pau-la e Sr. Airton Rodrigues Costa.

Artigo 2º - Somente poderão participar do Concurso, coo-perados que estejam com o café depositado em armazéns da Cocapec ou em local por ela indicado ou credenciado.

Artigo 3º - Serão aceitos no concurso somente lotes de café da espécie Coffea arabica, safra comercial 2010/2011 preparados por via seca (café natural) e por via úmida (cereja descascado ou

despolpado), com tipo 4 para melhor de acordo com a tabela oficial brasileira de classificação de bebida dura para melhor, nas peneiras 16 e acima, com vazamento de no máximo 2% da peneira 16. O teor de umidade deverá ser de, no máximo, 11%, tanto para os cafés naturais como para descascados ou despol-pados. Cafés fora destas características serão desclassificados.

Artigo 4º - Amostra de café preparado por via seca (café natural) que apresente característica de mistura com grãos pre-parados por via úmida (cereja descascado ou despolpado) será desclassificada a critério da Comissão Julgadora.

Será realizado no ano de 2010 o “7º Concurso de Qualidade de Café COCAPEC – Seleção Senhor Café – Alta Mogiana”, com o objetivo de premiar os cooperados cafeicultores que produ-zem café arábica de alta qualidade. O Conselho de Administração, usando da competência que lhe é atribuída pelo art. 43 do Estatuto Social, estabelece:

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CAFÉ

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Artigo 5º - Cada participante poderá concorrer com apenas 1 (um) lote de café, dentro de cada categoria de preparo, represen-tando lotes de, no mínimo, 30 sacas, preparados e/ou equivalen-tes conforme o percentual de peneira da amostra representativa do referido lote, e de no máximo 100 sacas, juntamente com a ficha de inscrição devidamente preenchida e assinada até o dia 17/09/2010.

Artigo 6º - A comissão julgadora será formada por técnicos em classificação de café, não pertencentes ao quadro de funcio-nários da Cocapec, indicados pela comissão organizadora, de-vidamente habilitados junto à Associação Comercial de Santos.

Artigo 7º - Todos os lotes inscritos passarão por análises da comissão julgadora, a qual escolherá os 20 (vinte) melhores lotes preparados por via seca e os 20 (vinte) melhores lotes prepara-dos por via úmida. Os 5 (cinco) primeiros lotes classificados de cada categoria, produzidos em propriedades no Estado de São Paulo, serão encaminhados ao 9º Concurso Estadual de Quali-dade do Café de São Paulo.

Artigo 8º - Não poderão participar deste concurso membros da comissão organizadora e julgadora.

Artigo 9º - Dúvidas de interpretação e omissão deste regula-

mento serão resolvidas e decididas pela comissão organizadora.

Artigo 10º - As decisões das comissões julgadoras e organi-zadoras serão finais e irrecorríveis, cabendo aos participantes, ao assinar a FICHA DE INSCRIÇÃO, a concordância plena com as condições gerais de participação estipuladas neste regulamento.

Artigo 11º - Os nomes dos 20 (vinte) primeiros classificados de cada categoria serão anunciados pelos meios próprios de co-municação da Cocapec no dia 4/10/2010.

Artigo 12º - Os 5 (cinco) primeiros classificados, dos cafés preparados por via seca (café natural), serão contemplados com os prêmios (vale compras) abaixo relacionados, a serem utiliza-dos nas lojas da Cocapec:

1º LUGAR: R$ 10.000,00 2º LUGAR: R$ 8.000,00 3º LUGAR: R$ 6.000,00 4º LUGAR: R$ 4.000,00 5º LUGAR: R$ 2.000,00

Artigo 13º - A premiação será realizada em cerimônia oficial de encerramento do concurso dia 7/10/2010, nas dependências do Shelton In Hotel Franca – Espaço Cenacon (Rua Alfredo Tosi, 1088 – próximo ao Poliesportivo)

Para mais informações entre em contato pelo telefone (16) 3711-6272 ou através do e-mail [email protected].

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CAFÉ

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Qualidade é um dos assuntos mais instigantes do agrone-gócio brasileiro. A todo momento ouvimos especialistas de merca-do dizendo que a qualidade é a chave para o futuro ou que somen-te sobreviverão no mercado aqueles que investirem em qualidade. Eles estão certos. Porém, não basta fazer qualidade, é preciso desenvolver os canais de comercialização adequados para vender qualidade por um preço remunerador. Quando falamos sobre qualidade no café, devemos definir claramente as dimensões com as quais estamos trabalhando. Por exemplo, quando nos referimos à qualidade do produto, podemos nos referir a atributos físicos e sensoriais do café. Por isso, é im-portante utilizarmos um padrão de referência aceito mundialmente, como, por exemplo, o padrão de qualidade de bebida da Associa-ção Americana de Cafés Especiais (SCAA). O padrão de qualida-

de incorpora uma característica importante, que é a consistência; afinal, não adianta levar para seu consumidor uma qualidade fan-tástica em um ano e nos seguintes produzir cafés de qualidade medíocre. É muito importante manter a regularidade do suprimento de qualidade e este é um fator que será levado em conta pelo com-prador, inclusive na formação do preço. Outra dimensão importante é a qualidade do processo produtivo. O crescimento da demanda e da oferta de cafés cer-tificados social e ambientalmente demonstram claramente esta tendência de mercado. O café certificado possui a qualidade de ter sido produzido de acordo com normas específicas, respeitando pa-râmetros sociais e ambientais. Outro aspecto importante é a rastre-abilidade do produto, desde o consumidor até a fazenda, cada vez mais demandada pelos consumidores dos países desenvolvidos.

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NÃO BASTA FAZER QUALIDADE, É PRECISO VENDER QUALIDADEPaulo Henrique Leme Consultor em marketing e estratégia no agronegócio, especializado em café Mestre em Administração de Empresas pela UFLA P&A Marketing Internacional

Para o café, devemos definir claramente as dimensões deste atributo

OPINIÃO

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NÃO BASTA FAZER QUALIDADE, É PRECISO VENDER QUALIDADE

Porém, a mais importante dimensão da qualidade é aten-der as expectativas dos consumidores. Ou seja, a qualidade ideal é aquela que deixa o cliente satisfeito plenamente. É aquela que o leva a pedir a segunda xícara! É exatamente aqui que mora o segredo da estratégia de como trabalhar a qualidade. Na maioria das vezes, os produtores rurais não possuem contato com o con-sumidor final e esta distância não permite enxergar o modo como seu café é visto e avaliado pelo elo mais importante da cadeia. A compreensão destas demandas do mercado é muito importante, tão importante quanto conhecer que tipo de café está sendo produzido e como ele se adéqua ao mercado comprador. Por isso é recomendado provar cada lote produzido na lavoura, obviamente, através de um provador de confiança. Ao final da sa-fra, o produtor terá um “mapa da qualidade” e, a partir dele, poderá direcionar sua estratégia de comercialização para conseguir os melhores resultados. Por exemplo, vender os cafés de qualidade inferior o mais rapidamente possível, reservar lotes para concur-sos, identificar glebas de melhor qualidade, ou seja, ter a noção exata da qualidade produzida. Já existem empresas no mercado especializadas neste tipo de trabalho. Esta estratégia de comercialização da qualidade é funda-mental, pois o mercado mundial de café mudou e a boa notícia é que ele continua a evoluir. No mundo existe uma demanda especí-fica para cada tipo e qualidade produzida e para cada origem, que pode ou não estar atrelada a qualidades sensoriais do café. No final, é o desejo do consumidor que move a gangorra dos preços. Por exemplo, o famoso caso colombiano. Os diferenciais históricos (sempre acima de NY) são resultado de uma alta de-manda pelo produto colombiano, que foi construída com muito marketing e dinheiro. Mais recentemente, refletem a oferta escas-sa do produto, pois nos últimos dois anos a produção despencou mais de 30%. Assim, preços elevados no mercado interno colom-biano e na bolsa de NY não surpreendem. O Brasil é o maior produtor mundial há muito tempo, e,

exceto depois de geadas, nunca faltou Café do Brasil no mercado. Não podemos, portanto, contar com o fator “exclusividade” ou “ra-ridade” para os Cafés do Brasil. E este é um dos motivos para que o café brasileiro seja utilizado como a base de muitos blends. Fica difícil diferenciar nosso produto “genérico” no mercado, pois ele é vendido em abundância e o desejo do comprador internacional é um café brasileiro com qualidade padrão. Qual padrão? Aquele para ser usado como base para seu blend. Faz-se necessário, portanto, “descomoditizar” o café brasileiro do mundo. E, para atingir este objetivo, devemos traba-lhar com a lei da oferta e demanda. Reduzir a produção é inviável, pois reduziria nossa participação no mercado e colocaria muitas regiões brasileiras em situação terrível. Fazer estoques altos, de grande volume, é postergar o problema para safras futuras. Só nos resta trabalhar a questão da demanda por nos-sos cafés. Uma estratégia é diferenciar os Cafés do Brasil. Definir as qualidades de cada região, organizar a produção e trabalhar a consistência e qualidade da oferta ao longo dos anos. Devemos colocar na mente do consumidor internacional o desejo por tomar um café brasileiro, de qualidade tal e de tal região. Existem diver-sos países produtores de café dentro do Brasil, mas o mundo não sabe disso. Por competência, temos ótimos exemplos, o Café do Cerrado de Minas Gerais conseguiu se posicionar como uma ori-gem diferenciada, com atributos específicos de qualidade. Outro exemplo, mais recente, é o nosso cereja descascado, que ano após ano conquista cada vez mais espaço. Portanto, seja na sua propriedade, seja para o agronegó-cio Cafés do Brasil, marketing da qualidade é a chave. E marke-ting não é só propaganda e publicidade. Marketing é entender o mercado, organizar a oferta, definir qualidades e procedimentos da produção, encontrar os canais de vendas adequados, definir estratégias para cada mercado, e, por fim, levar a xícara perfeita para cada consumidor. Afinal, o consumidor não sabe que ama o seu café até prová-lo.

OPINIÃO

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30 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010

No dia 14 de julho, a Cocapec, representada pela dire-toria executiva, recebeu a visita de aproximadamente 20 produ-tores de café do município de Sacramento-MG. O motivo da visita foi o interesse discutido em conversas anteriores, dos produtores conhecerem nossa matriz, situada na cidade de Franca, e de se tornarem cooperados futuramente. Juntamente com o Setor Técnico, a diretoria mostrou aos produtores todas as instalações da cooperativa, bem como

os processos de recebimento de café, armazenagem, rebene-fício, torrefação, além de outros serviços prestados, como as-sistência técnica agronômica e projetos sociais voltados aos cooperados. Durante a visita, os produtores puderam tirar todas as dúvidas e, ao final, agradeceram a recepção e levaram a ima-gem do que a Cocapec é e do quanto é representativa na região da Alta Mogiana.

TÉCNICA

PRODUTORES DE SACRAMENTO VISITAM A COCAPECLuciano Castagine Ferreira CoelhoAnalista Técnico

Eles conheceram a estrutura da cooperativa e podem se tornar futuros cooperados

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Revista COCAPEC - Maio / Junho 2010 31 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010 31

QUALIDADE NA APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

TÉCNICA

Eder Carvalho SandyEngenheiro Agrônomo - Uniagro

A importância da manutenção e de bons equipamentos agrícolas

Todas as operações na lavoura, como as adubações, calagens, gessagens, foliares e herbicidas são de grande im-portância. O que demanda mais cuidado é a pulverização, que precisa de perfeitas regulagens e é a operação que concentra a maior parte dos erros ocorridos na fazenda. Para minimizar problemas com essas aplicações nas propriedades, é extremamente necessário utilizar equipamentos corretos para cada situação e que os mesmos estejam devida-mente regulados e calibrados de acordo com o serviço a ser realizado. Para ter sucesso na pulverização de cafeeiros, alguns aspectos são fundamentais.

Aspectos operacionais Os resultados ou efeitos técnicos e econômicos positi-vos da aplicação dos defensivos agrícolas dependem dos fato-res abaixo:• Bom produto;• Bem aplicado;• No momento certo.

Bom produto O bom produto é caracterizado, fundamentalmente, pelo tipo e aspecto de sua formulação, que pode ser Con-centrado Emulsionável (CE) e Suspensão Concentrada (SC), dose efetiva, facilidade e uso seguro. São exigidas condições químicas e físicas adequadas para qualquer tipo de manejo, seja através de fórmulas prontas para uso (ultrabaixo volume) ou diluído em água. Essas condições exigidas são determi-nantes para gerar gotas perfeitas para a pulverização, caso contrário, sua dispersão e deposição sobre o alvo desejado pode ser incorreta. Formulações com solventes muito voláteis possuem odores desagradáveis e não tolerados por pessoas, justamente para auxiliar na segurança dos aplicadores. Muitos fatores po-dem levar a fracassos nos resultados, como composições instá-veis, condições de armazenamento, transporte, o pH da água de diluição (pois cada produto tem seu pH ideal), incompatibilidade de misturas, diversidade das condições climáticas ou mesmo ambientais, inadequação do equipamento e desconhecimento ou mau uso dos parâmetros durante a aplicação.

O desempenho do produto está diretamente relacio-nado com os aspectos citados acima, portanto, é fundamental fazer uma análise sobre esses fatores junto ao seu técnico, a fim de minimizar as perdas e conseguir uma melhor recomendação.

Bem aplicado Se um produto é realmente bom só poderá ser com-provado após sua aplicação, ou seja, sua boa eficácia depende se ele vai atingir adequadamente o alvo final e obter o resultado efetivo e esperado. Para isso, devemos considerar sob o as-pecto da “Tecnologia de Aplicação”, que três premissas serão observadas e obtidas durante a operação:• Diâmetro da gota;• Deriva da gota e• Deposição da gota.

Qualquer que seja o tipo de formulação empregada ou equipamento de aplicação, devemos trabalhar com as gotas de pulverização, que são as unidades resultantes do processo. Estas gotas poderão ser geradas por processos físicos, como pressão hidráulica sobre o líquido, bicos rotativos e pressão de correntes de vento ou eletrostáticos. O diâmetro da gota definirá ou determinará de que maneira o alvo final será atingido, favore-cendo ou não a deposição em quantidade (densidade) suficiente para o controle e sucesso do produto aplicado. Alvos de superfícies grandes e posições mais horizon-tais são mais facilmente atingidos e cobertos com gotas de maior diâmetro, ao contrário de alvos mais estreitos, onde as gotas mais finas aderem com maior facilidade. O aumento da vazão de aplicação também tem influência direta sobre o diâmetro da gota. Quanto maior o volume utilizado, maiores serão os diâme-tros das gotas geradas e menor densidade de gotas por área será obtida. Entretanto, a melhor pulverização não é feita por um volume maior de líquido, e sim pelo menor volume, mas produ-zindo a maior quantidade possível de gotas, principalmente nas culturas com alta densidade de folhas, como no caso do café. A questão mais importante, considerada como fator essencial, é a densidade das gotas, pois, quanto maior o número de gotas depositadas sobre o alvo desejado, maior será a dose do produto recebida pelo mesmo, melhorando a eficiência da aplicação.

Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010 31

PRODUTORES DE SACRAMENTO VISITAM A COCAPEC

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TÉCNICA

Inclinação errada dos bicos

Bicos duplicados

Entupimento do filtro

Exemplo de um duplicador de bicosDiferentes tipos de bicos e vazões entre os mesmos

Condição ideal de um pulverizador

32 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010

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Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010 33

TÉCNICA

Momento certo (uso de práticas de controle)Este item não se relaciona com a hora ou espaço de

tempo em que se deve efetuar a pulverização ou aplicação, e sim com o momento em que o problema a ser controlado se apre-senta mais suscetível ao produto aplicado, não atingindo nível de dano econômico. Por exemplo, o momento certo para controlar a ferrugem do cafeeiro é quando menos de 5% das folhas apre-sentam sintomas de infecção (esporulação). Muitas vezes, o fator decisivo que faz com que os de-fensivos agrícolas não atinjam os objetivos para os quais foram aplicados, está relacionado à forma como foram aplicados e o momento desta aplicação. Para exemplificar tal fato dentro da cultura do café, podemos citar a principal doença que ataca o cafeeiro, a ferrugem. Sabe-se que ela precisa de umidade e de temperaturas amenas para iniciar seu ciclo de infecção. No caso do cafeeiro, o local da planta que mais oferece condições para o desenvolvimento da ferrugem é no interior da planta, em condi-

ção de baixa luminosidade e umidade disponível. Com relação à aplicação de defensivos, devemos observar:• Se o produto é preventivo ou curativo, para então tomar a decisão do momento correto de aplicar;• Qual o alvo da aplicação? Neste caso é o interior da planta, o que realça a importância de aplicar o produto de forma que chegue ao interior da mesma.• E, por fim, a dose e a vazão devem estar perfeitamente adequadas para cada situação. Percebemos a importância de equipamentos adequa-dos, bem calibrados e regulados à disposição na fazenda, pois um bom produto só vai funcionar se todo o processo de aplica-ção for feito da maneira correta e no momento adequado para cada situação. Para mais esclarecimentos e informações, a Cocapec disponibiliza o Setor Técnico para seus cooperados. Consulte o agrônomo de sua região.

Pulverizadores trabalhando em condição ideal

O diâmetro da gota definirá ou determinará de que maneira o alvo final será atingido

“”

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O gesso agrícola é usado há milhares de anos, desde a era Grega e Romana, como fonte de nutrientes essenciais para as plantas cultivadas. Hoje, no entanto, o gesso assumiu um papel ainda maior graças a descobertas de suas outras potencialidades vitais para alcançar a demanda pela produtividade cada vez maior no contexto agrícola nacional e internacional, visto que, o uso do gesso possibilita o aumento dos teores de cálcio e a diminuição

da saturação por alumínio, o que favorece o crescimento radicular em profundidade, deixando as plantas mais resistentes a pragas, doenças e situações de déficit hídrico. Portanto, sua prática se torna cada vez mais importante (se não indispensável) tanto na nossa região quanto nas demais, no manejo de solos já agricultáveis e de cerrado, para onde as fronteiras agrícolas do nosso país se expandem.

UTILIZAÇÃO INTEGRADA DO GESSO AGRÍCOLASetor Técnico participa de treinamento sobre o “Sistema AP Romero”

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TÉCNICA

Área com gesso- lavoura com 2,5 anos e gessagem de 6kg-metro no plantio

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UTILIZAÇÃO INTEGRADA DO GESSO AGRÍCOLA

Luciano Castagine Ferreira Coelho Analista Técnico

Entretanto, outra modalidade de uso do gesso tem tido sucesso e, ao mesmo tempo, gerado polêmica entre as comuni-dades cafeeiras da nossa região. Modalidade esta denominada de “Sistema AP Romero”, que é conduzida e recomendada pelo engenheiro agrônomo Alessandro Silva de Oliveira. De acordo com Oliveira, este sistema tem o objetivo de otimizar recursos hídricos e enriquecer o subsolo em lavouras de café, usando técnicas como altas doses de gesso concentrado na linha de plantio e manejo de mato, no caso a braquiária, como fonte de matéria orgânica, entre outros. O sistema vem sendo usado no centro-oeste mineiro há mais de oito anos e tem tido constantes resultados positivos quan-to à produtividade média do café, pelo fato de esta região conter água disponível entre 1 a 1,5 metros de profundidade em grande parte da área. Porém, é necessária atenção quanto às doses apli-cadas em nossa região por esta ser diferente, tanto nos teores de argila quanto na profundidade arável dos nossos solos, e devido ao fato de o gesso lixiviar bases positivas da primeira para as sub-camadas do solo, o que poderá provocar um grande desequilíbrio,

tanto no solo quanto na nutrição da planta. Preocupada em se embasar tecnicamente sobre tal as-sunto e atender ainda melhor os cooperados, a Cocapec realizou em junho um treinamento teórico e prático para seu Setor Técnico, juntamente com a empresa de insumos agrícolas Agronelli e o engenheiro agrônomo Alessandro Silva de Oliveira (AP Romero), em Piumhi-MG. Na parte da manhã foram feitas palestras sobre o uso correto do gesso, a melhor época de aplicação e suas dosagens, correto manejo do mato, custo de implantação do sistema e mesa redonda para debate dos assuntos mencionados. Na parte da tar-de foram feitas visitas as áreas, onde o sistema está implantado com observações, através de trincheiras nos talhões para verifi-cação de enraizamento das plantas. Esse treinamento demonstra a preocupação da Cocapec em capacitar e orientar seus cooperados para que os mesmos pos-sam ser cada vez mais competitivos no agronegócio café e produzam mais de modo sustentável. Para maiores informações, consulte o téc-nico de sua região ou informe-se em alguma de nossas unidades.

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TÉCNICA

Área com gesso- lavoura Área sem gesso- lavoura

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36 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010

NOVO CÓDIGO FLORESTAL E O PRODUTOR RURALLuciene ReisAnalista de Comunicação

Proposta ainda precisa ser votada em plenário, mas benefi cia agricultura

TÉCNICA

36 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010

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A Comissão Especial da Câmara aprovou, no início de julho, o relatório do deputado Aldo Rebelo de reformulação do Có-digo Florestal Brasileiro (Lei 4.771/65) para a atualização da legis-lação ambiental. Foram 13 votos favoráveis e cinco contrários ao Projeto de Lei 1876/99. A próxima etapa é discutir e votar o tema na Câmara dos Deputados, o que deve acontecer após as elei-ções de outubro. O relator que modifi ca o Código Florestal, deputado Aldo Rebelo, membro da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Fren-coop) avaliou que as mudanças propostas por ele “servem como base para o debate” e que as alterações indicam sua disposição em aceitar modifi cações no texto original, anteriormente apresentado. O deputado disse que sua intenção é encontrar “uma posição de equilíbrio”. Ele afi rmou que apresentou uma proposta “efi ciente” na proteção do meio ambiente e, ao mesmo tempo, na regularização das propriedades que estão à margem da lei. “Pro-curei avançar no sentido de alcançar esses dois objetivos”, disse.

Propostas apresentadas Baseado em estudos de pesquisadores sobre as con-

sequências ambientais, econômicas, sociais e administrativas da Reserva Legal nos termos atuais, Rebelo afi rma que eles são unânimes em apontar as precariedades, limites e impossibilidades de sua aplicação em território continental, diversifi cado, desigual e carregado de desequilíbrios como é o caso do Brasil. A proposta defendida pelo relator é a elaboração de pro-gramas de governo “moldados às necessidades, às característi-cas físicas, ao histórico da ocupação e aos objetivos almejados pelas unidades federadas”. Os programas seriam uma alternativa ao atual regime de reservas legais, em especial em áreas de agri-cultura consolidada, mas devem contemplar também a recompo-sição de áreas de preservação permanente onde isso for possível e recomendável, técnica e fi nanceiramente. Rebelo explicou que deixou mais claro que a dispensa de reserva legal para pequenas propriedades valerá apenas para aquelas com até quatro módulos rurais (20 a 440 hectares, depen-dendo da região do país). No entanto, ele lembrou que, mesmo nestes casos, a dispensa não será para a derrubada de mata re-manescente, mas para a legalização de áreas onde as atividades rurais já estiverem consolidadas.

Depois da aprovação do novo texto para o Código Florestal, que deverá ocorrer após as eleições em outubro, os produtores rurais poderão viver momentos de transição. A maior parte das mudanças na lei deverá benefi ciar agricultores que, de acordo com o atual código, estão com propriedades em situação irregular. Mas o produtor deve esperar, pois existe a possibilidade de mudanças no texto já que o plenário precisa aprovar a proposta e, como isso ocorrerá apenas depois da eleição, o texto poderá sofrer alterações, dependendo dos deputados eleitos, inclusive o relator do texto,

o deputado federal/SP Aldo Rebelo (PC do B). Para Ricardo Salles, diretor jurídico da Sociedade Rural Brasileira (SRB), o novo código atende às necessidades de um país com proporções continentais como o Brasil, mas alerta que ainda é cedo para tomar decisões com base na nova proposta. Ele alerta que, mesmo que o novo texto seja aprovado em plenário, a lei ambiental para cada uma das culturas ainda vai depender da regulamentação em cada estado. O prazo para que os governos estaduais defi nam as regras é de cinco anos, a partir da aprovação do projeto na Câmara.

O QUE PODERÁ MUDAR PARA O PRODUTOR

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TÉCNICA

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38 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010

TÉCNICA

O relator ainda explicou que haverá uma moratória de cinco anos aos produtores, com o objetivo de regularizar áreas produtivas já consolidadas e que, após esse período, os limites das áreas de reserva legal da legislação vigente hoje serão res-tabelecidos. A moratória também será acompanhada da suspen-são da prescrição de multas por desmatamento. Aldo assegurou que a destruição de áreas de fl oresta será proibida e defendeu que o novo código deve se atentar à questão dos pequenos proprietários, que não estão conseguindo se adequar às exigências das leis ambientais. “Milhares de pro-dutores estão na ilegalidade, sem poder receber crédito do Pro-naf, por exemplo, porque a lei não permite”, defendeu o relator.

Infl uência de todos Em seu relatório sobre o Código Florestal, Rebelo ana-lisou o trabalho de Organizações Não-Governamentais (ONGs) nacionais e internacionais que atuam em defesa do meio am-biente. Apurou que por trás destas instituições, seja em sua di-reção ou como apoiadores e fi nanciadores, existem empresas e grupos norte americanos e europeus para os quais um código fl orestal brasileiro rígido iria de encontro aos interesses deles. Questionou, por exemplo, à quais interesses “a proibi-ção internacional do comércio de mogno” atende? A preservação da árvore ou da indústria moveleira alemã? A restrição dos Esta-dos Unidos à importação de camarões do Brasil visa a proteção dos manguezais e das tartarugas-marinhas ou dos pescadores americanos no Golfo do México? A saúde das tartarugas-mari-nhas deve ser preservada mais do que a dos seres humanos dos países pobres transformados em depósito de lixo hospitalar dos

países ricos?”, indagou, em referência ao episódio do envio de um navio carregado com lixo tóxico pela Inglaterra ao Brasil, no ano passado, fato ignorado pelas ONGs ambientalistas. No entanto, Rebelo disse que recebeu e concedeu tan-tas audiências quantas foram solicitadas e que debateu o assun-to, em audiências privadas com deputados, líderes, ministros, entidades, incluindo a Procuradoria Geral da República e as procuradorias dos estados, além das audiências públicas que permitiram grandes discussões. “Mantive longas e exaustivas reuniões com todas as entidades que me procuraram”, afi rmou ele, citando o Ministério do Meio Ambiente, outros órgãos ligados aos ambientalistas, a Confederação dos Trabalhadores da Agri-cultura (Contag), entre outros. Para Rebelo a matéria é controversa no Brasil e no mun-do, o que exige a paixão humana, mas também a temperança, a ponderação, a capacidade de mediar os interesses em jogo.

Cooperativas apóiam proposta de Rebelo No dia 6 de julho, uma comitiva de 16 dirigentes de co-operativas de São Paulo esteve na Câmara dos Deputados para acompanhar a votação do relatório. Os paulistas – que cons-tituíram a maior delegação estadual do sistema cooperativista – conversaram com os parlamentares e ouviram atentamente os debates. O presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande, que apoiou o relatório de Rebelo, salienta que prevaleceu o bom senso da maioria dos membros da comissão. “Houve um acir-rado debate e conseguiu-se aprovar um relatório que, se não é o ideal, é o mais ponderado possível para o produtor rural”, avaliou Del Grande.

As informações deste texto foram obtidas nos sites da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e PC do B (partido do deputado Aldo Rebelo).

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CONHECENDO SEU CUSTO DE PRODUÇÃO

De modo geral, produtores não só de café, mas de ou-tras atividades agrícolas e/ou pecuárias não conhecem a fundo o seu custo de produção, seja ele anual ou pela produtividade de suas áreas. A importância em se dominar tal assunto, se dá pela segurança com que o produtor tem na hora de comercializar seu produto fi nal, ou seja, através do preço ofertado, ele pode tomar a decisão de vender ou não, pois sabe o quanto lhe custou. Inserido neste importante contexto de gerenciamento agrícola, no custo de produção estão contidas algumas diretri-zes, como anotações diárias de gastos com máquinas, óleos combustíveis e lubrifi cantes, diárias, consumo de fertilizantes e defensivos, irrigação, energia elétrica, colheita, varrição e ou-tros. Entretanto, além de controlar diariamente, outra medida que deve ser adotada é realizar o controle administrativo ainda pouco conhecido e menos ainda feito no meio agrícola.

Buscando a capacitação e experiência vivida por pro-dutores sobre o assunto, o Setor Técnico da cooperativa visitou no município mineiro de Areado, a Fazenda Santa Helena do cafeicultor Wladimir Antônio Puggina, onde fomos recebidos pelo seu administrador, o engenheiro agrônomo Célio Land. A propriedade pode ser considerada como modelo para a cafeicultura, pois, além de todo o custo de produção, conta ainda com o acompanhamento diário do preço na Bolsa de Valores, serviço este feito pelo escritório instalado dentro da fazenda. Uma vez feito isso, de acordo com o administrador, são cruzadas as informações, no caso, custo versus preço do dia. A propriedade, tendo isto em mãos, toma a iniciativa de se comercializar o café sempre que é alcançada uma mar-gem de 20%. Esta margem, juntamente com o seu custo de produção, é esboçada em gráfi cos onde diariamente são feitas análises sobre o mercado café.

40 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010

TÉCNICA

Propriedade mineira é exemplo na gestão do agronegócio café

CUSTO X PREÇO MÉDIO NO MERCADO

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CONHECENDO SEU CUSTO DE PRODUÇÃORoberto MaegawaCoord. Técnico Cocapec

No gráfi co, é possível visualizar como é feito este acompanhamento. Quando o mesmo se encontra na cor ver-de, signifi ca que o preço médio está acima do seu custo (no caso R$ 230,00/SC), porém, talvez ainda não tenha alcançado a margem de 20%, que tem o valor de R$ 276,00. Quando na cor vermelha, acontece o inverso, signifi ca que o mercado está abaixo do seu custo, portanto, não é viável efetuar a venda. Segundo Célio, o café a ser comercializado depende da sua estrutura interna, pois a fazenda produz cafés cereja descascado, natural e também o conilon, variando, portanto, o custo médio de cada tipo de café. Outro ponto importante abor-dado pelo administrador foi o capital de giro, pois é o que permi-te este tipo de operação. Capital de giro nada mais é do que o produtor ter re-serva monetária em caixa para que sua produção não seja

comprometida, ou seja, que ele consiga produzir sem depender da safra ou de algum custeio fi nanciado, o que acarreta juros e pode não ser uma operação vantajosa posteriormente, mas que, na maioria das vezes, se faz necessária entre cafeiculto-res. Nas épocas em que o gráfi co se encontra na cor vermelha (preço abaixo do custo), a fazenda que conta com capital de giro cobre seus gastos normalmente e transforma esse valor gasto em sacas de café, ou seja, quando há a venda do produto, além da margem de lucro, o produtor se atenta em repor o capital retirado anteriormente e assim sucessivamente. Enfi m, a visita proporcionou aos técnicos (que, por sua vez, passarão aos nossos cooperados) o que se busca cada vez mais no agronegócio café, a sustentabilidade. Para mais informações, procure seu técnico em uma de nossas fi liais ou em nossa matriz.

TÉCNICA

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Os agrônomos foram recepcionados pelo engenheiro agrônomo Célio Land

Luciano Castagine Ferreira CoelhoAnalista Técnico

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TÉCNICA

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TÉCNICA

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44 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010

Veja nos quadros abaixo os índices pluviométricos coletados na matriz em Franca/SP e na fi lial de Cape-tinga/MG. Os dados apresentam um comparativo dos últimos seis anos.

BOLETIM BOLETIM

Índice pluviométrico* de Franca nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2006 283 327 178 19 2 16 6 33 31 355 330 3282007 545 175 113 117 45 4 72 0 3 75 190 2732008 325 230 128 108 38 32

320

2126 39 87 168 410

2009 382 228 282 53 58

Média 399,2 223,4 194,7 62,6 32,0 19,3 20,0 17.7 52,3 194,8 191,3 348,2*Dados em milímetros ob dos na Cocapec Matriz - Franca, SP

7730 137 2622010 461

382158 274 16 17 12 1 0

Índice pluviométrico* nos úl mos 5 anosAno jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez2006 591 251 144 54 5 20 0 28 93 319 285 4432007 745 238 135 66 61 0 0 0 69 58 217 2802008 573 236 116 78 40 5

210

1726 37 113 222 428

2009 354 249 286 165 54

Média 518,0 213,8 177,4 82,8 34,4 10,4 3,4 15.6 81,8 161,5 229,3 385,0*Dados em milímetros ob dos na Filial da Cocapec

24 128 156 193 3892010 327 95 206 51 12 6 0 0

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Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010 45

Acompanhe nas tabelas que seguem a média mensal do preço de café arábica, milho, boi e soja segundo índice Esalq/BM&F.

BOLETIM

R$ US$

Média mensal do preço* de Soja2009

Janeiro 49,21 21,30Fevereiro 47,56 20,57Março 45,35 19,62Abril 47,95

50,3921,7524,45Maio

JunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 47,00 23,75

49,89 25,4647,83 24,7748,20 26,1046,0744,6744,06

25,3225,7125,50

R$ US$2010

39,80 22,36

37,22 20,80

42,87 24,48

37,7034,14

20,5019,10

34,49 19,6235,59 19,5936,1638,58

19,9921,79

41,32 23,47

R$ US$

Média mensal do preço* de Boi2009

Janeiro 84,01 36,38Fevereiro 81,54 35,25Março 77,54 33,53Abril 87,88

79,4780,85

39,6838,5841,26

81,40 42,1777,92 42,20

MaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 79,50 40,13

77,25 42,4777,18 44,4174,35 43,04

R$ US$2010

75,70 42,47

81,27 45,41

74,64 42,62

77,0379,03

41,8444,22

82,33 46,8380,81 44,4982,1684,12

45,4147,51

88,95 50,54

R$ US$

Média mensal do preço* de Milho2009

Janeiro 23,67 10,25Fevereiro 22,26 9,63Março 20,62 8,92Abril 21,29

22,259,66

10,8022,24 11,3520,58 10,6619,41 10,51

MaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

*Fonte: Índice Esalq/BM&F

DezembroNovembro

Média Anual 21,04 10,62

19,1220,6020,41

10,5111,8611,82

R$ US$2010

19,66 11,04

19,01 10,62

20,02 11,43

18,3518,46

9,9610,33

18,16 10,3318,67 10,2819,4318,81

10,7310,62

20,57 11,69

R$ US$

Média mensal do preço de Café Arábica* lndice Esalq/BM&F**

2009

Janeiro 268,10 116,04Fevereiro 269,34 116,44Março 262,46

260,10268,02257,12247,50255,34 138,29

113,54AbrilMaioJunhoJulhoAgostoSetembroOutubro

**Saca de 60 kg líquido, bica corrida, tipo 6, bebida dura para melhor

DezembroNovembro

Média Anual 263,22 133,43 291,63 167,44

117,99130,09131,23128,23

254,29262,20272,55

139,81150,93157,75

281,57 160,79

R$ US$2010

280,75 157,51278,68279,70

151,36156,48

282,18 160,51289,46 195,35305,99302,36

169,18170,77

313,93 178,37

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46 Revista COCAPEC - Julho / Agosto 2010

Produtor é benefi ciado com fi nanciamentos de máquinas para colheita

O cafeicultor é, por natureza, bastante conservador, per-severante e fi el à sua cultura. Porém, vem sofrendo com as difi cul-dades impostas com relação à mão de obra. Este fato, que é de conhecimento de todos os produtores de café, vem promovendo o desenvolvimento de maquinários, principalmente para nossa re-

gião, onde a topografi a favorece a mecanização. Diante desta situação, a Credicocapec se coloca a ser-viço do cooperado para viabilizar a sua produção e busca, junto a eles, alguns depoimentos que refl etem o compromisso da coope-rativa com a assiduidade do seu associado.

CREDICOCAPEC OFERECE LINHAS DE CRÉDITO PARA COOPERADOS

Foram entrevistados os cooperados Edna Maria Rodrigues Queiroz, produtora do município de São José da Bela Vista/SP; Geraldo Augusto Ferreira e Klinger Brentini Branquinho, que produzem em Pedregulho/SP; José Altino Diniz, produtor de Cristais Paulista/SP e Patrocínio Paulista/SP e Erásio de Grácia Júnior, de Capetinga/MG.

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CREDICOCAPEC OFERECE LINHAS DE CRÉDITO PARA COOPERADOSEdnéia Aparecida Vieira Brentini de AlmeidaDiretora de Crédito Rural

Os cooperados Geraldo Augusto Ferreira e Klinger Brentini Branquinho adquiriram a máquina recolhedora em parceria.

Credicocapec: Foi fácil atender às solicitações de documen-tos para o fi nanciamento?Geraldo: Sim, foi fácil. A Credicocapec está de parabéns, pois as coisas caminham de modo que nos deixam satisfeitos. O atendimento é simples e rápido.

Credicocapec: Como os senhores avaliam essa linha de cré-dito da Credicocapec?Geraldo: Estamos passando por um período difícil de mão de obra e esta linha de crédito da Credicocapec atende o produ-tor no tempo certo para que ele possa adquirir os equipamen-tos para a mecanização, viabilizando a colheita. A cooperativa é nossa e está pronta para atender todas as necessidades, no custeio, na colheita, estocagem e investimentos.

Credicocapec: Os senhores são parceiros na aquisição da recolhedora. Que benefícios esta parceria traz para seus negócios?Klinger: Em primeiro lugar, como somos vizinhos de proprie-dade, sempre tivemos benefícios na ajuda mútua e troca de informações. Em minha opinião, a mecanização na cafeicul-tura está de certa forma atrasada em relação a outras cultu-ras no país, parte pela falta de equipamentos que atendam as diversas situações de cultivo, e parte pela resistência que os produtores tiveram com relação à entrada de máquinas nos cafezais. Porém, chegamos a um ponto em que a tradição ou os costumes não conseguem prevalecer em relação a luta pela sobrevivência fi nanceira na nossa atividade e, assim, a necessidade de mecanização se torna urgente. Com isso, fi ze-mos um levantamento de máquinas, estrutura e implementos necessários para agilizar e diminuir custos desde a formação de lavouras, passando pela estrutura de secagem, colheita e varrição, e vimos que a necessidade de investimento é muito

grande e, às vezes, acima do que a atividade possa suportar. Outro ponto importante em qualquer atividade é a questão da escala de produção no capitalismo global, com a qual não conseguimos lutar contra individualmente. A maior ferramente para vencermos esse obstáculo é o cooperativis-mo, que já estamos usando. Dentro desse mesmo conceito é que surge a ideia de iniciarmos pequenas parcerias como esta, diminuindo os custos iniciais e atendendo duas ou mais propriedades, pro-movendo uma aprendizagem e aprimoramento da tecnologia nos primeiros anos. Acreditamos que futuramente poderemos ampliar essa parceria, pois a mecanização é dinâmica e a necessidade de novos investimentos é constante. A torcida é que, em breve, o equipamento da parceria não consiga aten-der nossa necessidade, pois será sinal de que estamos cres-cendo dentro da atividade e, com certeza, já teremos disponí-veis equipamentos de melhor tecnologia e maior rentabilidade.

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Credicocapec: Em sua opinião, quais os benefícios da me-canização?José Altino: Com a falta de mão de obra nas lavouras cafe-eiras da nossa região, a mecanização foi a grande saída para fazer uma colheita mais rápida, com menos custo operacio-nal e obter um produto de melhor qualidade. São diversos os fatores que levaram à mecanização de nossas lavouras cafeeiras: o encarecimento da mão de obra, o custo da con-tratação de trabalhadores, o transporte, os direitos trabalhis-ta e os encargos, tudo isto fi ca mais caro. Inclusive, adquiri este ano, por intermédio da Credicocapec, uma colhedeira automatizada KTR e duas recolhedoras para varrição. Nós, os cafeicultores, estamos usando nas lavouras, equipamen-tos como as colhedeiras automatizadas e chegamos a colher 100% dos grãos mais secos. Em agosto, chegamos em 100% de colheita da safra. A mecanização é o caminho certo.

Credicocapec: Qual a importância da Credicocapec com re-

lação ao seu ramo de produção?José Altino: A Credicocapec tem tudo o que precisamos, com ótimo atendimento e agilidade em todos os setores.

Credicocapec: O acesso a essas linhas de crédito através da Credicocapec facilitou a sua colheita?José Altino: Sim, sem dúvidas. Com dinheiro e fi nanciamen-tos de maquinários e diminuindo o custo com mão de obra, temos a possibilidade de aumentar áreas produtivas, comprar mais adubo e outros insumos para aumentar a produtividade.

Credicocapec: A senhora é uma cooperada atuante e adqui-riu uma máquina recolhedora para essa safra. Como avalia nosso atendimento? Edna: Excelente em todos os sentidos, sem nenhuma buro-cracia. Eu vejo que o cooperado é muito valorizado pela Cre-dicocapec, tendo acesso rápido e atendimento personalizado.

Credicocapec: Que benefícios a Credicocapec trouxe para sua colheita?Edna: O grande benefício foi o fi nanciamento, que nos aju-dou muito na aquisição da máquina, reduzindo o custo com a mão de obra, eliminando os problemas consequentes desta e agilizando a varrição. A recolhedora é de fácil condução e manuseio, com alto rendimento operacional e exige baixa ro-tação do trator. Das máquinas que tem no mercado, essa da Cocapec é a de menor custo e de maior rendimento.

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Credicocapec: Por que a mecanização está fi cando cada vez mais comum entre os produtores?Erásio Jr: Hoje, aderimos à ideia de mecanização na colheita do café, quebrando um paradigma, já que todos os colegas concordam com essa mesma ideia, não somente para dimi-nuir o custo, mas, principalmente, porque na nossa região não existe mão de obra sufi ciente para suprir a grande demanda nesse período de safra.

Credicocapec: Qual a sua satisfação com relação ao atendi-mento e serviços prestados pela Credicocapec?Erásio Jr: A Credicocapec vem crescendo paralelamente com a Cocapec e, cada vez mais, suprindo a necessidade do co-operado, tanto no atendimento de sua demanda fi nanceira, como na questão de investimentos na propriedade rural. Isso, graças ao trabalho efi caz da diretoria anterior e dando prosse-guimento nesta atual, que sempre acreditou no potencial do produtor rural e no desenvolvimento da cafeicultura regional.

Credicocapec: Como a aquisição da colheitadeira de café através da Credicocapec, com longo prazo para pagamento,

teve impacto sobre o seu negócio? Erásio Jr: Se há uma disponibilidade maior de crédito por parte da Credicocapec para o cafeicultor, oferecendo mais re-cursos, como no meu caso, para comprar uma colhedeira de café, é porque sem dúvida existe uma contrapartida, sendo resposta de uma maior fi delização do cooperado, que está cada vez mais estreitando essa relação de parceria com a cooperativa, trazendo mais benefícios para todos. Hoje, como nossa cooperativa vem crescendo a passos largos, dá condi-ções de oferecer ferramentas como só ela pôde ter esse ano. Nenhuma outra cooperativa de crédito, ou banco, ofereceu tal condição de fi nanciamento como a nossa Credicocapec. Al-gum tempo atrás, somente grandes produtores tinham condi-ções de comprar, devido ao curto prazo de pagamento, mas a Credicocapec possibilitou que os médios produtores também tivessem a condição de enquadrar no orçamento de sua pro-priedade rural essa aquisição, compensando imensamente a relação de custo/benefício, tanto para sua produção própria, como na prestação de serviços, contribuindo para o aumen-to de renda e otimizando o investimento no curto período de colheita.

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SETOR PESSOAL O Setor Pessoal é responsável pela vida funcional dos co-laboradores, iniciada com o ingresso do profi ssional na Cocapec. Tem por atribuição cuidar de todo o processo de integra-ção do indivíduo na empresa, dentro dos critérios administrativos e jurídicos, adequando as funções do cargo, efetuando os registros em conformidade com a legislação trabalhista, controlando o fl uxo e frequência ao trabalho, elaborando a folha de pagamento, férias e 13° salário, controlando benefícios, calculando os tributos para o devido recolhimento e cuidando do processo de desligamento e quitação do contrato de trabalho, estendendo-se à representação da empresa junto aos órgãos ofi ciais (DRT, Sindicato, Justiça do Trabalho. É de sua incumbência também implementar política de saúde e segurança no trabalho (SST).

Coordenadora do Setor PessoalRita de Cássia Ferreira Nogueira Decarlos / (16) [email protected]

Assistente do Setor PessoalFlávia Helena Cintra / (16) [email protected]

Assistente Setor PessoalIldefonso de Pra Júnior / (16) [email protected]

EstagiáriaCamila Cristina NascimentoC

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CONHEÇA SUACOOPERATIVA

Rita de Cássia. F. N. DecarlosCoordenadora do Setor Pessoal

Camila, Flávia, Rita e Ildefonso

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