Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

60

description

Revista do Sistema Fecomércio MS com textos da Infinito Comunicação Empresarial

Transcript of Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

Page 1: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição
Page 2: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

2 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Page 3: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

3COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

EDISON FERREIRA DE ARAÚJOPresidente do Sistema Fecomércio

de Mato Grosso do Sul

Para quem vive das oscilações econômicas, este ano não promete surpresas.

É com trabalho, criatividade e olhar crítico ao que acontece no mercado que

os empreendedores vão conseguir fazer bem o que mais dominam: “negó-

cios”. Boas projeções para atingir resultados satisfatórios não faltam: a CNC

prevê um crescimento de 7% do volume de vendas para este ano, baseado

na retirada de parte das medidas de restrição ao crédito; a adoção de incenti-

vos fiscais para o consumo de bens duráveis, como alguns produtos de linha

branca; o aumento real de 7,5% do salário mínimo, em vigor desde janeiro;

a expectativa de um cenário mais favorável para a inflação e o processo de

desaperto monetário iniciado em agosto do ano passado.

Temos é que fazer a nossa parte.

Nesta edição, temos umas dicas, algumas já de conhecimento público, mas

que se fazem necessário relembrar. É com educação que conseguimos um di-

ferencial no mercado de trabalho. Em Mato Grosso do Sul, tanto o SESC, com

o fomento à cultura, quanto o SENAC, que apresenta soluções corporativas

com estudo a distância, podem e devem ser parceiros dos nossos filiados. A

Fecomércio-MS intensifica com palestras voltadas para executivos, cargos de

chefia e liderança com temas atuais.

Para garantir bons resultados é preciso também melhorar nossa gestão; mais

do que encantar clientes, é necessário fidelizá-los e seduzi-los. Por isso, mos-

tramos como o estacionamento deve ser priorizado pelos projetos de instala-

ção. Dar uma solução para esse assunto é arrumar o que ficará como a primei-

ra impressão entre os consumidores. Internamente, agir com planejamento e

organização na C.I. - Comunicação Interna - e no setor de estoque, é vital para

o bom andamento dos negócios e melhor assertividade nos investimentos.

A edição traz ainda mais reportagens sobre dois assuntos que continuam a

mobilizar os comerciantes e que podem ser duas ferramentas para agili-

zar processos e modernizar a gestão: a Conectividade Social e o Ponto

Eletrônico. Os dois têm prazo para adesão. Não percam esse bonde

na história trabalhista do país.

Palavra do Presidente

Page 4: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

4 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

SumárioP U B L I C A Ç Ã O B I M E S T R A L D O S I S T E M A F E C O M É R C I O M A T O G R O S S O D O S U L | A N O 2 | E D I Ç Ã O N º 7 | M A R Ç O / A B R I L 2 0 1 2

Comerciantes têm o desafio de oferecer estacionamento para maior conforto da clientela e garantir vendas.

06 18Capa

10. Economia MS Empreendedores que saíram da informalidade têm mais condições para negociar insumos, melhorar qualidade dos produtos e aumentar clientela.

14. Cidades Ponta Porã, ao sul do Estado, vive o desafio de se tornar município mais empreendedor com todas as características de cidade de fronteira.

22. Comércio & Serviços O consumo de chocolate aumentou 39% no Brasil e a expectativa é que os setores de turismo e comércio varejista também incrementem as vendas este ano.

32. Fecomércio MS Palestras para executivos e profissionais que exercem o cargo de liderança vão ser realizadas com mais frequência.

34. Tecnologia & Inovação Empresas têm até o final deste semestre para se adequar ao Conectividade Social. Quem já está dentro, fala das vantagens.

36. Ponto de Vista Presidente do Secovi/MS, Marcus Augusto Netto, analisa os fatores que contribuem para o processo positivo pelo qual passa o mercado imobiliário.

38. Empresário do Mês Roberto Bigolin afirma que versatilidade e olhar empreendedor foram definitivos para o crescimento da marca Rede Bigolin em MS.

O prefeito de CG, Nelson Trad Filho, fala dos projetos e diz que aposta em infraestrutura para crescer.

Entrevista

E a comunicação interna da sua empresa? A importância desse processo nos serviços de qualidade e equipe satisfeita.

26 Estratégia

Page 5: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

5COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Regulamentação das profissões de Cabeleireiro, Manicure, Esteticista e Turismólogo valoriza profissionais.

30 Carreira & Mercado

PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO/MSEdison Ferreira de Araújo

DIRETORIA

1° VICE-PRESIDENTEDenire Carvalho

2° VICE-PRESIDENTEJosé Alcides dos Santos

1° SECRETÁRIOHilário Pistori

2° SECRETÁRIOManoel Ribeiro Bezerra

1° TESOUREIROSebastião José da Silva

2° TESOUREIRORoberto Rech

SUPLENTES DA DIRETORIARicardo Massaharu Kuninari; Valdir Jair da

Silva; Carlos Roberto Bellin; Benjamin Chaia; Álvaro José Fialho; Cláudio Barros Lopes

SINDICATOS REPRESENTADOS PELA FECOMÉRCIO/MS

Sind. do Com. Atacadista e Varejista de Dourados; Sind. do Com. Varejista de Amambai; Sind. do Com. Varejista de

Aquidauana e Anastácio; Sind. do Com. Varejista de Campo Grande; Sind. do Com.

Varejista de Corumbá; Sind. do Com. Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande;

Sind. do Com. Atacadista e Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande;

Sind. do Com. Varejista de Naviraí; Sind. do Com. Varejista de Paranaíba; Sind. do Com. Varejista de Três Lagoas; Sind. do

Com. Varejista de Ponta Porã; Sind. do Com. Varejista de Produtos Farmacêuticos de MS; Sind. dos Despachantes Documentalistas do

Estado de Mato Grosso do Sul;Sind. dos Representantes Comerciais do Estado de Mato Grosso do Sul; Sind. dos Centros de Formação de Condutores de

Veículos do MS; Sind. dos Revendedores de Veículos Automotores de C. Grande

SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO/MSReginaldo Henrique Soares Lima

DIRETOR SUPERINTENDENTE IFMSThales de Souza Campos

DIRETOR REGIONAL DO SENAC/MSVitor Mello

DIRETORA REGIONAL DO SESC/MSRegina Ferro

COORDENADORA DE COMUNICAÇÃONúbia Cunha

Dimensionar o estoque é assunto sério e implica em organização e planejamento para que o empresário não tenha prejuízo.

42. SENAC MS As soluções personalizadas e ao encontro de interesses do cliente são as alternativas para garantir a capacitação do funcionário com a melhor relação custo-benefício.

46. Legislação Obrigatoriedade do ponto eletrônico ainda é motivo de contestação entre os empresários, porém a recomendação é que eles não percam os prazos.

48. Meio Ambiente & Cidadania A reestruturação na Av. Júlio de Castilho, na capital, prevê readequação do sistema de drenagem e funcionalidade para motoristas.

52. Parcerias Habilidade, persistência e talento são imprescindíveis para o surgimento das grandes parcerias, ações que beneficiam público variado e formador de opinião.

54. SESC MS Um ano de fomento cultural para a produção artística e literária de MS. Ações do SESC vão fortalecer a divulgação dos trabalhos dentro e fora do Estado.

56. Sindical O Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã completa duas décadas de história e está empenhado na busca da excelência dos serviços prestados.

58 Gestão & Finanças

EDIÇÃO: Infinito Comunicação [email protected]

EDITORA-CHEFE: Neusa Pavão MTB/MS 035

REPORTAGEM: Neusa Pavão, Fernanda Mathias MTB/MS 041, Marineiva Rodrigues MTB/MS 114, Rosana Siqueira MTB/MS 08, Diogo Rondon, Michele Abreu

REVISÃO: Vanderlei Verdoim

FOTOS: Mário Bueno MTB/MS 166; Edson Ribeiro MTB 050

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Futura Marketing e Propaganda

COMERCIALIZAÇÃO: Departamento de Relações com o Mercado - FECOMÉRCIO/MS

PUBLICIDADE: Cândido da Costa Silva

GESTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO: Ionise Catarina Piazzi Tavares

CONSULTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO: Cátia de [email protected]

Rua Almirante Barroso, 52, Bairro Amambaí, CEP: 79008-300, Campo Grande/MS Fone: (67) 3321-6292 / Fax: (67) 3321-6310

Page 6: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

6 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Capa

Estacionamento agrega valor e pode fidelizar a clientela “Parar carro perto da faculdade é mais difícil que vestibular”. O título de uma reportagem divulgada pela Folha de São Paulo chama atenção para o desafio que não se restringe à maior cidade do país: a falta de vagas para esta-cionar. Campo Grande não escapa a essa realidade e com o aumento contínuo da frota, o prognóstico preocupa. O empresário que se atenta à questão tem a seu favor um grande diferencial que pode pesar muito mais do que se imagina na escolha do consumidor.

A bacharel em Direito Karen Freitas é enfática: mesmo

que o produto que ela procura esteja um pouco mais

caro em determinado estabelecimento, se há local para es-

tacionar fácil, é lá que fará suas compras. “É ruim estacionar

longe do local de compra porque estou sempre com a mi-

nha filha, a Bruna, que tem menos de um ano e fica compli-

cado andar com carrinho” disse. Em Campo Grande o centro

conta com 1,8 mil vagas nas ruas e outras 4,5 mil entre os

quatro shoppings, sem contar com as de estacionamentos

particulares. Ocorre que a frota de veículos tem crescido na

proporção de 9% ao ano. Hoje passa de 400 mil veículos

só na capital, segundo dados do Departamento Estadual de

Trânsito (Detran/MS). Um aumento vertiginoso, consideran-

do que a população tem crescido de 1,5% a 1,8% ao ano.

RESpONSAbIlIDADE cOlEtIvA

Para o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho,

“a  escassez crescente de vagas de estacionamento é um

desafio ao poder público. Mas também uma questão de

responsabilidade coletiva. E de recursos. Especialmente de

investimentos privados na criação de vagas”. Recentemen-

te a prefeitura retirou 400 vagas dos canteiros da Avenida

Afonso Pena, que foram alargados para aumentar o espaço

verde e a obra também teve como propósito dar maior flui-

dez ao trânsito. E a revitalização da Avenida Júlio de Casti-

lhos também deve seguir pelo mesmo caminho da Avenida

Eduardo Elias Zahran, onde ficou proibido estacionar junto

às guias.

O prefeito explica que a mudança na Afonso Pena foi

necessária e, para ele, não pode ser vista como agravante

do problema. “Do mesmo modo, a alternativa encontrada,

à época, para a Avenida Zahran acabou evidenciando-se

como a mais adequada”. Uma possibilidade são estaciona-

mentos subterrâneos, que chegaram a ser estudados pelo

Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb). O

prefeito pondera que estudos indicam custo muito maior

do que os verticais, embora sejam comuns em cidades até

menores que Campo Grande.

O presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo,

lembra ainda uma possibilidade de negócio oferecida pelo

Page 7: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

7COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

governo municipal para empresários interessados em cons-

truir estacionamentos: o PRODES - Programa de Incentivos

para o Desenvolvimento Econômico e Social oferece incen-

tivos fiscais a empresas que tenham interesse em se instalar

por aqui.

Segundo o vice-prefeito Edil Albuquerque, para partici-

par do Programa as empresas devem ter, no mínimo, dez

funcionários registrados, sendo que 90% das vagas devem

ser ocupadas por trabalhadores residentes em Campo

Grande. “É importante ter esse olhar empreendedor, já que

a construção de estacionamentos é uma importante opor-

tunidade de negócios, ainda mais neste momento, com a

revitalização de avenidas e a implantação de projetos de

melhoria da infraestrutura”.

DIFERENcIAl

O consultor Marco Boza avalia que o ritmo de vida con-

temporâneo tem imprimido valor cada vez maior aos espa-

ços para estacionar: “as pessoas

hoje, na sua grande maioria, tem

estado cada vez mais apressa-

das, estressadas com o tempo

que passam no trânsito, e esse

tipo de facilidade, que agiliza o

dia a dia, com certeza é visto com

atenção especial”. Obviamente

que cada empresário deve ava-

liar suas necessidades, de acor-

do com a área de seu negócio

e a demanda de clientes que

estarão visitando seu empreen-

dimento, se há necessidade de

espaço para estacionamento.

Quando não há espaço para isso,

pode ser valiosa uma parceria

com estacionamentos priva-

dos.   “Em um mercado cada vez

mais competitivo, os detalhes

fazem toda a diferença e, muitas

vezes, é justamente nesses deta-

lhes que a empresa mostra sua

preocupação com a clientela e

A fACIlIdAde eM estACIOnAR pOde seR deteRMInAnte pARA uMA pARCelA de COnsuMIdORes COMO, pOR

exeMplO, A KARen, Mãe dA BRunA

RetIRAdA de vAgAs dA pRInCIpAl AvenIdA de CAMpO gRAnde pARA dAR MAIs fluIdez

AO tRânsItO e pRIvIlegIAR O espAçO veRde

Page 8: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

8 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

aumenta seus resultados”, disse

o consultor.

Na Livraria Lê, do bairro

Santa Fé, a área de estaciona-

mento foi um dos pontos de-

cisivos para escolha do prédio

onde está instalada a loja, con-

ta o gerente, Tarcísio Franjotti.

“Com o estacionamento, o clien-

te consegue fazer suas compras

de forma mais prática e rápida”,

analisa. Em busca de mais con-

forto para o cliente, o salão Sutil,

localizado no centro, também

oferece serviço de manobrista.

“Assim a gente consegue ter um

rendimento melhor do espaço”, explica a sócia-pro-

prietária Marisa Myasato. Em uma região de grande

fluxo, o estacionamento faz grande diferença na de-

cisão do cliente: “quando não há espaço para esta-

cionar o cliente precisa ficar horas rodando e, além

disso, é um gasto a mais”.

Com 40 vagas à disposição da clientela, o restau-

rante Fogão de Minas também tem no estaciona-

mento um ponto estratégico. “Hoje o cliente procura

bem estar e facilidade e estabelecimento que ofere-

ce comodidade ganha pontos”, diz o proprietário,

Marcelo Cacique.

NOS ShOppINgS

No Pátio Central, o estacionamento é visto com

grande importância estratégica, por ser, em muitos

casos, o primeiro contato do público com o estabe-

lecimento. Nota da assessoria de imprensa afima:

“Para que este primeiro contato seja satisfatório o

estacionamento foi projetado por profissionais do

setor viário, para que seu funcionamento possibilite

eficiência e comodidade para o consumidor. Acredi-

tamos que uma parcela significativa dos consumi-

dores que utilizam automóvel  para ir ao shopping

fazem uso do estacionamento”.

Na setorização, o setor de carga e descarga  por

exemplo, está estrategicamente localizado próximo

aos elevadores , para dar agilidade ao processo de

AMplA áReA pARA estACIOnAMentO fOI estRAtÉgICA pARA A esCOlhA dO pRÉdIO dA lIvRARIA lê, segundO

O geRente tARCísIO fRAnjOttI

AuMentO de 300 vAgAs, InCluIndO estACIOnAMentO COBeRtO, fOI A fORMA

enCOntRAdA pARA gARAntIR MAIs COnfORtO AOs vIsItAntes dO shOppIng

CAMpO gRAnde

Page 9: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

9COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

MAnOBRIstA OfeReCe MAIs seguRAnçA e COnfORtO pARA ClIentes e MAIOR RendIMentO dO espAçO de estACIOnAMentO nA sutIl

COM MenOs de uM AnO de funCIOnAMentO, O shOppIng nORte sul plAzA AdOtOu COMO estRAtÉgIA A setORIzAçãO pARA fACIlItAR A lOCAlIzAçãO dO CARRO pelO ClIente

pROpRIetáRIOs de estACIOnAMentOs RegIstRAM CResCIMentO MÉdIO de 6% nO MOvIMentO,

índICe que ACOMpAnhA O AuMentO dA fROtA

abastecimento do shopping , como também à área

destinada aos portadores de necessidades espe-

ciais , gestantes e idosos localizada junto às áreas de

acesso. O condomínio está modernizando a área e 

implantando um sistema de automação que faz o

controle de acesso, com leitores de código de barra,

com a proposta de proporcionar segurança e agili-

dade aos usuários.

Recentemente, o Shopping Campo Grande am-

pliou 16% o número de vagas, que aumentou de

1.800 para 2.100 para atender a demanda. O servi-

ço como um todo também passou por melhorias. A

ideia é proporcionar conforto e segurança para os

visitantes. No Shopping Norte Sul Plaza a estratégia

foi setorizar, uma forma de evitar que os clientes te-

nham dificuldade de encontrar o seu carro diante de

um grande número de veículos. O próximo passo é

melhorar a sinalização.

SEguRANçA

Para suprir a necessidade de vagas, é crescente o

número de estacionamentos particulares, mas um

problema que acompanha essa dinâmica é o apa-

recimento dos clandestinos. Proprietário da Max Es-

tacar há 10 anos, o empresário João Karmo Júnior,

alerta que os riscos para quem coloca o veículo em

locais sem alvará de funcionamento são grandes, de-

vido à falta de controle. Para funcionar legalmente, o

estabelecimento precisa seguir uma série de regras,

uma delas é a contratação obrigatória de seguros

em locais que recebem acima de 45 veículos.

Negócio de família que já está na terceira gera-

ção, o estacionamento experimenta todos os anos

crescimento de 5% a 7% no movimento, acompa-

nhando o aumento da frota da capital. E a estrutura

para garantir a integridade dos veículos também é

melhorada continuamente. “Aqui temos 25 câme-

ras instaladas, estamos totalmente informatizados

e com este monitoramento conseguimos solucionar

problemas e dar segurança ao cliente”, diz o proprie-

tário. A orientação para quem utiliza estacionamen-

tos particulares é sempre conferir o alvará de funcio-

namento, que precisa estar em ambiente visível e

que tem validade de um ano.

Page 10: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

10 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Economia MS

Empreendedor Individual rompe burocracias e torna real sonho de formalidade A formalidade sempre foi um desafio para o governo brasileiro, mas desde julho de 2009, com a criação do Empreendedor Individual, o problema da informalidade tem ficado cada dia mais próximo de uma solução, com número crescente de registros. Até o início deste ano já eram mais de 32 mil inscritos, reflexo da demanda reprimida pela burocracia e tam-bém pelos altos custos até então necessários para abertura do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

MAIs de 32 MIl eMpResáRIOs, entRe eles Os COMeRCIAntes dA feIRA CentRAl de CAMpO gRAnde, entRARAM nO MeRCAdO fORMAl

Page 11: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

11COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

São histórias como a da artesã Magda Bertagnolli

Thome, que durante seis anos atuou na informa-

lidade e hoje tem o próprio negócio, uma fábrica de

peças para decoração de quartos infantis e uma loja

na Feira Central, onde atua em parceria com o ma-

rido, Paulo Thome. A partir do MDF cru, em chapas,

o casal dá os formatos às peças e as pintam. Magda

conta que a inscrição no EI foi fundamental para via-

bilizar o negócio. “Com o CNPJ posso comprar maté-

ria-prima por atacado com preço até 30% menor que

no varejo e fico mais competitiva”, esclarece.

Além disso, a formalidade também garantiu uma

ajuda importante ao casal: o auxílio-maternidade

depois que nasceu a filha do casal, Carolina, hoje

com um ano. “Não foi uma gravidez planejada e es-

távamos bem em cima da contribuição mínima para

receber o benefício”, diz Magda. Em janeiro deste ano

começou a valer o novo limite de faturamento, de R$

60 mil, uma mudança que também foi fundamental

para a empreendedora. “Se não houvesse o aumen-

to já teria que mudar de categoria no próximo ano e

para a gente que é pequeno pesa muito”, enfatiza.

MuDANçA

O ano de 2012 começou com procura acelerada

pelo cadastramento no EI. Para o técnico em Orien-

tação Empresarial do Sebrae/MS, Júlio César da Silva,

um movimento que está estritamente relacionado à

mudança do teto de faturamento para R$ 5 mil men-

sais. As principais atividades cadastradas no EI são de

comércio de vestuário e acessórios, na área beleza,

como cabeleireiros e esteticistas, no segmento de

obras, alimentação e serviços de reparos.

Para quem sai da informalidade, os ganhos vão

desde as melhores condições de negociação de insu-

mos até o fator psicológico, com ganhos importan-

tes para autoestima. “Ele passa a se sentir empresa, a

atuar dentro da legalidade e se sente mais confortá-

vel, com mais credibilidade”, diz Júlio César. O técnico

lembra que as condições simplificadas do EI foram

um divisor de águas. “Antes eram muitos impostos,

era preciso ter um contador e cumprir uma série de

exigências que tornavam o processo praticamente

surreal para quem é pequeno”, conclui.

RegIstRO nO e.I. AjudA eMpReendedORes COMO MAgdA thOMe A dIMInuIR CustOs

COM A MAtÉRIA-pRIMA

cOMO SE FORMAlIzAR

Para se cadastrar no EI é preciso ter faturamento anual máximo de R$ 60.000,00, executar uma ou mais das atividades permitidas (Resolução CGSN nº 78, de 13 de setembro de 2010), ter no máximo um funcionário e não ser sócio ou administrador de outra empresa.

cuStOS Após a formalização, o empreendedor terá o seguinte custo:- Para a Previdência: R$ 31,14 por mês (representa 5% do salário mínimo que é reajustado no início de cada ano);- Para o Estado: R$ 1,00 fixo por mês se a atividade for comércio ou indústria;- Para o Município: R$ 5,00 fixos por mês se a atividade for prestação de serviços. * Mais informações e inscrições no site: www.fecomercio-ms.com.br

Page 12: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

Aprimorar conhecimento, reconhecer habilidades e desenvolver atitudes são regras fundamentais para quem quer vencer no mercado de trabalho.

O Senac Management possui cursos diferenciados, com conteúdos específi-cos e voltados a profissionais com poder de decisão.

Escolha seu curso, amplie sua rede de contatos, troque experiên-cias e prepare-se para os novos rumos profissionais.

Para profissionais graduados ou acadêmicos com idade superior a 18 anos.

PREPARE-SE PARA NOVOS RUMOS NA SUA CARREIRA.

Siga o SENAC nas redes sociais:Siga o SENAC nas redes sociais: SENAC CAMPO GRANDERua Francisco Xavier, nº 75 - Centro

[email protected]

GESTÃO DE PESSOAS

Gestão de Pessoas por Competências11/4 a 26/4/2012 18h45 às 22h (2ª a 5ª)Carga horária: 30 horas6 x R$ 69,00 (cartão de crédito)R$ 414,00 (à vista)

MARKETING E VENDAS

Pesquisa de Marketing13/4 a 26/5/2012 18h45 às 22h (6ª) e 8h às 11h (sábado)Carga horária: 40 horas6 x R$ 89,00 (cartão de crédito)R$ 534,00 (à vista)

Marketing e Gestão de Relacionamento de Clientes22/6 a 21/7/2012 18h45 às 22h (6ª) e 8h às 11h (sábado)Carga horária: 30 horas6 x R$ 59,00 (cartão de crédito)R$ 354,00 (à vista)

ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

Gerência de Loja2/5 a 29/5/2012 18h45 às 22h (2ª a 6ª)Carga horária: 60 horas6 x R$ 99,00 (cartão de crédito)R$ 594,00 (à vista)

Balanced Scorecard - Gestão Estratégica de Empresas10/7 a 19/7/2012 (2ª a 5ª)Carga horária: 21 horas6 x R$ 59,00 (cartão de crédito)R$ 354,00 (à vista)

FINANÇAS E CONTABILIDADE

Planejamento Tributário para MPE18/6 a 9/7/2012 18h45 às 22h (2ª a 5ª)Carga horária: 40 horas6 x R$ 99,00 (cartão de crédito)R$ 594,00 (à vista)

Planejamento e Controle Financeiro para MPE6/8 a 21/8/201218h45 às 22h (2ª a 5ª)Carga horária: 30 horas6 x R$ 69,00 (cartão de crédito)R$ 414,00 (à vista)

- O Senac reserva-se o direito de cancelar ou adiar os cursos programados.- Consulte-nos sobre outras formas de parcelamento com boleto bancário ou cheque.

Page 13: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

Aprimorar conhecimento, reconhecer habilidades e desenvolver atitudes são regras fundamentais para quem quer vencer no mercado de trabalho.

O Senac Management possui cursos diferenciados, com conteúdos específi-cos e voltados a profissionais com poder de decisão.

Escolha seu curso, amplie sua rede de contatos, troque experiên-cias e prepare-se para os novos rumos profissionais.

Para profissionais graduados ou acadêmicos com idade superior a 18 anos.

PREPARE-SE PARA NOVOS RUMOS NA SUA CARREIRA.

Siga o SENAC nas redes sociais:Siga o SENAC nas redes sociais: SENAC CAMPO GRANDERua Francisco Xavier, nº 75 - Centro

[email protected]

GESTÃO DE PESSOAS

Gestão de Pessoas por Competências11/4 a 26/4/2012 18h45 às 22h (2ª a 5ª)Carga horária: 30 horas6 x R$ 69,00 (cartão de crédito)R$ 414,00 (à vista)

MARKETING E VENDAS

Pesquisa de Marketing13/4 a 26/5/2012 18h45 às 22h (6ª) e 8h às 11h (sábado)Carga horária: 40 horas6 x R$ 89,00 (cartão de crédito)R$ 534,00 (à vista)

Marketing e Gestão de Relacionamento de Clientes22/6 a 21/7/2012 18h45 às 22h (6ª) e 8h às 11h (sábado)Carga horária: 30 horas6 x R$ 59,00 (cartão de crédito)R$ 354,00 (à vista)

ESTRATÉGIA EMPRESARIAL

Gerência de Loja2/5 a 29/5/2012 18h45 às 22h (2ª a 6ª)Carga horária: 60 horas6 x R$ 99,00 (cartão de crédito)R$ 594,00 (à vista)

Balanced Scorecard - Gestão Estratégica de Empresas10/7 a 19/7/2012 (2ª a 5ª)Carga horária: 21 horas6 x R$ 59,00 (cartão de crédito)R$ 354,00 (à vista)

FINANÇAS E CONTABILIDADE

Planejamento Tributário para MPE18/6 a 9/7/2012 18h45 às 22h (2ª a 5ª)Carga horária: 40 horas6 x R$ 99,00 (cartão de crédito)R$ 594,00 (à vista)

Planejamento e Controle Financeiro para MPE6/8 a 21/8/201218h45 às 22h (2ª a 5ª)Carga horária: 30 horas6 x R$ 69,00 (cartão de crédito)R$ 414,00 (à vista)

- O Senac reserva-se o direito de cancelar ou adiar os cursos programados.- Consulte-nos sobre outras formas de parcelamento com boleto bancário ou cheque.

Page 14: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

14 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Cidades

Para atrair investidores para a cidade, a prefeitura acredita que a impla ntação de duas ferrovias pas-

sando pela cidade de Maracaju. Uma em direção ao porto de Paranaguá (PR) e outra rumo ao Porto

de Santos (SP). “Quando esses projetos saírem do papel, com certeza, vamos ter o ramal ferroviário que

nos liga a Maracaju reativado, criando um novo caminho de progresso para a nossa fronteira”, comemora

o prefeito Flávio Kayatt.

O município de Ponta Porã, a 350 quilômetros de Campo Grande, vive nos últimos anos grande pro-cesso de modernização. A cidade atrai muitos visitantes pela facilidade de acesso ao país vizinho e ao comércio de produtos importados, ficando refém do câmbio que favorece a cidade Paraguaia.

Ponta Porã vive o desafio de fomentar a economia na fronteira

Page 15: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

15COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Segundo levantamento do Instituto

de Pesquisa Aplicada (IPEA) divulgado

em 2010 o Produto Interno Bruto (PIB) de

Ponta Porã cresceu 58,23% entre os anos

de 1996 e 2007. Com a população esti-

mada em 79.174 habitantes (IBGE 2011),

Ponta Porã tem lutado para diversificar a

matriz econômica. A agropecuária lidera

o ranking, com R$ 135.271 milhões, tam-

bém de acordo com o IBGE. O município

tem uma área produtiva de 217 mil hec-

tares e conta com um rebanho de quase

320 mil cabeças de gado. O frigorífico Fri-

goforte gera 120 empregos diretos e ini-

ciou o processo de transformar a cidade

para um pólo industrial.

Com a criação do assentamento da

Fazenda Itamarati em 2001, mais de 3 mil

famílias foram beneficiadas e a economia

local recebeu um reforço com a implan-

tação de alguns projetos como o da fecu-

laria que estimula e transforma a produ-

ção da mandioca, garantindo trabalho e

renda para os assentados.

RENDA E pRODutIvIDADE

De acordo com a prefeitura, em 2004, Ponta Porã conta-

bilizava 6.176 pessoas empregadas, das quais apenas 430 no

setor de indústria de transformação. Já em 2010, o município

fechou com um estoque de emprego de 9.992 ocupações,

sendo 1.394 pessoas empregadas no ramo industrial. “Fa-

zendo as contas, pode-se ver que o crescimento foi de 61,7%

e, no setor de indústria, ocorreu um crescimento de 224%”,

explica Flávio Kayatt.

A geração de novas oportunidades de trabalho é uma

prioridade para o município de Ponta Porã. O Programa de

Incentivos para a Industrialização, chamado Indusporã, per-

mitiu a concessão de terrenos para a sede das empresas,

isenção e redução de impostos, terraplanagem nas áreas das

indústrias e outras facilidades institucionais. Flávio Kayatt

explica que: “o objetivo é simples: dar todo o apoio neces-

sário ao empreendedor. O município amplia o seu perfil de

atividades econômicas, recebendo novos empreendimen-

tos, dentre os quais se destacam a usina de açúcar, álcool e

energia e a fecularia”.

O comércio é formado por 3.348 empresas segundo a

Junta Comercial e, segundo estimativa da prefeitura, indica

que o movimento comercial varejista ultrapasse a quantia de

1,8 bilhão de reais/ano, uma fatia equivalente a 20% da recei-

ta, enquanto os serviços ficam com aproximadamente 30%.

Para fomentar - ainda mais - o comércio local, a prefeitura

municipal doou uma área para a implantação de uma unida-

de do SESC e SENAC,

a fim de que sejam

oferecidos cursos

profissionalizantes

para qualificação e

capacitação dos tra-

balhadores.

INcENtIvOS

FIScAIS

Para os comer-

ciantes, a realidade

vivida por conta da

mudança cambial, é

Page 16: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

16 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

uma das maiores dificuldades encontradas. O empresário

Jamil Salim é dono de um dos maiores supermercados da

região. Ele conta que, quando resolveu investir, o cambio

estava favorável para o Real, mas no decorrer desses onze

anos de atividades, foram várias oscilações. “Quem tem

comércio na região de fronteira, deve estar preparado. Em

alguns períodos temos que pagar pra poder vender. Já

pensei em fechar as portas várias vezes, até mesmo pela

concorrência desleal, de baixo valor tributário nos produ-

tos paraguaios. Mas eu sigo até encontrar uma outra solu-

ção”. A taxa tributária do Brasil é superior a 40% enquanto

no Paraguai é de 10%.

Para este ano, o comerciante diz que vai ampliar o es-

tacionamento para “garantir conforto e facilidade para os

meus clientes. Percebemos que preferem ir ao supermer-

cado de Pedro Juan Caballero por conta do conforto de

um estacionamento”.

Para promover o desenvolvimento da região, em feve-

reiro foi lançada a Unidade Executora Local (UEL-PJC), do

projeto Integração Competitiva de Micro e Pequenas Em-

presas em Ambiente de Fronteira (Bolívia, Brasil, Paraguai)

conhecido também como MS sem Fronteiras.

O presidente da Associação Comercial de Ponta Porã,

Evaldo Pavão Senger, explica que o objetivo é promover

o desenvolvimento econômico, sustentável e integrado,

aproveitando o ambiente de fronteira como oportunidade

de expansão produtiva. “É uma iniciativa inédita, que pro-

põe um novo olhar sobre os municípios fronteiriços. Pos-

sibilitará um desenvolvimento equilibrado, uma vez que

olhamos para essa fronteira como um território integrado,

que apresenta diversas oportunidades para a atuação con-

junta”, disse. A instituição investe em atrativos para o con-

sumidor. “Aqui eles podem comprar a prazo, fazer parcelas,

temos nossos clientes fiéis”, mensura o proprietário.

tuRISMO E hIStóRIA

O município vem focando na interação entre a popula-

ção local e os visitantes impulsionada por alguns fatores

tradicionais, como a facilidade de acesso ao Paraguai pela

linha internacional e, mais recente, pela nova via criada

com a pavimentação de Vista Alegre, distrito de Maraca-

ju, ao entroncamento chamado “Copo Sujo”. As opções de

lazer vão desde o turismo de compras com uma fronteira

seca, além dos cassinos. O município também quer forta-

lecer o turismo nacional e atrair os olhos para o lado de cá

da fronteira com a construção do Centro Internacional de

CentRO InteRnACIOnAl de COnvenções É

uM dOs InvestIMentOs pARA fOMentAR O

tuRIsMO de eventOs nA fROnteIRA

pROjetOs COMO O dA feCulARIA gARAnte

tRABAlhO e RendA pARA fAMílIAs

Page 17: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

Convenções, um espaço apropriado para eventos nacio-

nais e internacionais. “Fortaleceremos a cadeia produtiva

do setor com novos empregos e renda nos hotéis, restau-

rantes e similares”, diz otimista o prefeito.

O visitante também pode encontrar o Museu da Erva-

-Mate, a Colônia Militar dos Dourados que narra a história

da guerra da Tríplice Aliança. O Parque Nacional de Cer-

ro Corá é outro atrativo. É um local com estrutura para

acampamentos, banhos de rio, passeios e visitas aos mo-

numentos dos combatentes da Guerra Del Chaco.

O município dispõe de uma rede hoteleira com cerca

de 20 unidades e capacidade de 1.189 leitos. Para Eval-

do Pavão Senger, que também é dono de uma empresa

de turismo, a cidade é um ótimo local para se investir e

precisa de melhorias. “Ponta Porã tem uma ótima loca-

lização, por ser uma região de fronteira o turismo deve

ser incentivado. O que deve ser feito agora é investir em

profissionais qualificados que atendam bem a quem vier

à nossa cidade”.

flávIO KAyAtt, pRefeItO de pOntA pORã

Page 18: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

18 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Entrevista

Para alavancar o setor terciário, infraestrutura urbanaNos últimos anos a capital sul-mato-grossense passou por fortes mudanças, especialmente no setor terciário, com a ampliação da oferta de serviços e a sofisticação do comércio, processo intimamente atrelado à melhoria contínua da infraestrutura da cidade. Por isso, a Comércio & Cia traz nesta edição o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, para falar sobre as ações em curso e que ainda serão desenvolvidas com intuito de consolidar a capital como pólo de vanguarda na oferta de serviços nos próximos dez anos. Médico por formação, o prefeito tem sua trajetória marcada desde a juventude pelo envolvimento nas causas da sociedade, com mandatos na Câmara dos Vereadores e também na Assembleia Legislativa. Pai de dois filhos, o prefeito conta com apoio e participação ativa de sua esposa, a primeira-dama Antonieta Amorim Trad. Nas linhas que seguem, o prefeito revela sua percepção e perspectivas em torno do setor terciário da capital.

comércio & cia. No último ano de sua segunda gestão,

como percebe a evolução da economia da capital nes-

tes últimos anos?

Nelson Trad Filho - Com especial participação do setor ter-

ciário, Campo Grande vem experimentando, nos últimos

anos, não só expansão econômica em termos absolutos,

mas, o que é muito importante, uma modernização cons-

tante dos fatores ou fundamentos de nossa economia. A

oferta de serviços cada vez mais complexos em múltiplos

setores, a sofisticação do comércio para fazer frente a de-

mandas cada vez mais exigentes, enfim, a consolidação

dos suportes estruturais de uma economia à altura de

uma cidade que, além de Capital, tem em seu DNA a voca-

ção de pólo regional estratégico - tudo isso consubstancia

uma dinâmica econômica vigorosa. Outra frente, o consis-

tente processo de industrialização, de uma política muito

bem articulada de incentivo focado em setores com os

quais Campo Grande tem vocação e afinidades, tem asse-

gurado uma verticalização econômica, sem comprometer

a qualidade de vida, a saúde ambiental de nossa cidade.

Que para nós todos é fundamental e intocável.

 

c&c - E o setor terciário, envolvendo o comércio, servi-

ços e turismo, como tem se comportado neste cenário? 

Com extraordinária e decisiva participação. Se “o Egito é

um dom do Nilo”, bem podemos dizer que “Campo Gran-

de é um dom do comércio”. Foi em torno do comércio, da

vocação de fornecedora de víveres e utensílios para toda

uma vasta região que ia além de Maracaju, que a vila foi

se transformando em cidade. Vocação reforçada com a

chegada dos trilhos da Noroeste do Brasil. Essa vocação

comercial só se expandiu e consolidou ao longo dos anos.

E como comércio e serviços são atividades naturalmente

associadas e, em muitos casos, inseparáveis, aqui essas

afinidades de interesses tem resultado num extraordiná-

rio processo continuado de modernização econômica e

de mudanças sociais. Graças a Deus, tivemos a felicidade

de criar, como prefeito, circunstâncias objetivas para am-

pliar as bases de sustentação e expansão desses setores.

Os investimentos que temos feito em infraestrutura, em

modernização estrutural de fato, em educação, saúde,

saneamento, habitação etc. resultam, concretamente,

em inclusão social, em promoção humana e em ascensão

econômica de segmentos da população que até há pou-

co não tinham oportunidade de participar efetivamente

do crescimento socioeconômico de Campo Grande. Tudo

isso resulta em expansão de emprego e renda, em amplia-

ção das oportunidades, com repercussão direta nos seto-

res do comércio e dos serviços. Pessoalmente, como filho

desta cidade, mas, sobretudo, como alguém que tem a

oportunidade magnífica de governá-la, fico muito feliz ao

identificar que todo esse conjunto de obras e programas

resulta em fundamentos mais sólidos para o crescimento

continuado do nosso setor terciário.

Page 19: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

DIVU

LGAÇ

ÃO

Page 20: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

20 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

c&c - De que forma a prefeitura tem apoiado o setor eco-

nômico? como avalia o diálogo que hoje é estabelecido

com os empresários?

Os investimentos em infraestrutura urbana, as grandes

obras viárias, de saneamento e de resgate de grandes áre-

as disponibilizadas para a ‘fruição’ - como diria o poeta - da

população, tanto quanto os recursos aplicados em saúde,

educação, promoção social e humana - tudo isso resulta, di-

retamente, na dinamização da economia, no incremento às

atividades produtivas. Além do que, em meu governo am-

pliei os mecanismos de incentivo às atividades econômicas,

de apoio aos investimentos geradores de empregos e de

renda. Especialmente em relação ao comércio e aos serviços,

não tenho dúvidas de que o panorama construído ao longo

dos últimos sete anos, de diálogo permanente e construtivo,

permite vislumbrar um horizonte de expansão continuada.

E aqui quero testemunhar que esse diálogo produtivo refle-

te a visão empresarial moderna, a conscientização sobre a

responsabilidade social do setor no contexto do desenvol-

vimento como um todo e, especial-

mente, a sensibilidade humana e éti-

ca dos representantes dos setores de

comércio e serviços que temos tido

como interlocutores ao longo de to-

dos esses anos.

 

c&c - O que podemos esperar para

os próximos anos, em termos de

desenvolvimento do comércio e

turismo da capital alinhados às obras de infraestrutura

urbana e o projeto de revitalização da área central?

O que o poder público pode - e deve - fazer para criar cir-

cunstâncias reais para o desenvolvimento econômico, nós

estamos fazendo em Campo Grande. Talvez nenhuma ou-

tra cidade brasileira tenha recebido tão importantes obras

transformadoras quanto Campo Grande. As dezenas de

quilômetros de Parques Lineares - que não só integram as

diversas regiões com complexos viários modernos, mas res-

gatam o verde e restauram a cidadania ao transformar bre-

jões em espaço de lazer de preservação ambiental - obras

como a Via Morena e todos os complexos similares de lazer

e valorização urbana e de estrutura para atividades culturais.

Essas são apenas algumas das muitas intervenções definido-

ras de um novo panorama urbanístico, social e humano que

instalamos em Campo Grande. Ou melhor, que colocamos à

disposição da população da cidade - e, claro, do empresaria-

do. Que agora tem múltiplas opções de investir na oferta de

produtos e serviços. Este é o papel do Poder Público: ao lado

de garantir a eficácia e a democratização dos serviços públi-

cos, criar as circunstâncias que agreguem, ao mesmo tempo,

oportunidades de ascensão econômica e social para popula-

ções de baixa renda e novas perspectivas de investimentos. 

 

c&c - campo grande já tem dois shoppings de grande

porte, um terceiro em andamento, além de outros dois de

menor porte. A prefeitura tem sido procurada por outros

investidores que pretendem lançar empreendimentos de

grande porte no setor terciário do Estado? como, para

quando e quais regiões da cidade são esses projetos?

É natural que a administração municipal receba sempre

investidores interessados em grandes e médios empreen-

dimentos na cidade. Especialmente quando estão dadas

condições como as criadas pelos investimentos públicos es-

tratégicos para a expansão, como é nosso caso. Agora, por

responsabilidade pública e senso ético, não podemos ‘situar’

esse ou aquele empreendimento.

 

c&c - um dos assuntos tratados nesta edição são as va-

gas em estacionamento nos pontos comerciais - do cen-

tro, bairros e shoppings. como a

prefeitura vê essa questão? temos a

retirada de vagas na Afonso pena e

também a Avenida Julio de castilhos

que, a exemplo da zahran, também

não permitirá que se estacione junto

à guia. Quais seriam as alternativas?

há viabilidade em implantar os es-

tacionamentos subterrâneos como

chegou a ser cogitado?

O déficit de estacionamento é um sério problema na grande

maioria das cidades do mundo. E a tendência, lamentavel-

mente, é o seu agravamento em escala correspondente ao

despejo vertiginoso de novos veículos nas ruas. Nesse sen-

tido, a supressão das vagas da Afonso Pena - em benefício

de maior fluência de veículos e de ‘apropriação’, pela cida-

de e pela cidadania, de maior espaço verde numa alameda

que talvez não tenha similar no Brasil - não pode ser vista

como ‘agravante’ do problema. Do mesmo modo, a alter-

nativa encontrada, à época, para a Avenida Zahran acabou

evidenciando-se como a mais adequada. Agora, é claro que

a questão da escassez crescente de vagas de estacionamen-

to é um desafio ao poder público. Mas também uma questão

de responsabilidade coletiva. E de recursos. Especialmente

de investimentos privados na criação de vagas. Quanto aos

estacionamentos subterrâneos, especialistas dizem que eles

são muito mais caros que os verticais - que, aliás, já são co-

muns em cidades até menores que Campo Grande.

 

c&c - Quem passou pela cidade há cinco anos, hoje prati-

camente não a reconhece. As obras de mobilidade deram

Page 21: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

21COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

uma nova roupagem e, a reboque, brotaram prédios,

condomínios. Quais os avanços previstos ainda dentro

do projeto de mobilidade?

Assim caminha a humanidade... O poder público investe em

grandes obras de infraestrutura urbana, de transporte, in-

tegração urbanística associando saneamento, preservação

ambiental e lazer, exatamente para democratizar o acesso

à qualidade de vida. É natural que

regiões mais periféricas, ‘aproxima-

das’ com esses sistemas viários, se

tornem pólos de atração para in-

vestimentos privados em moradias

com mais qualidade. Esse processo

de ocupação vai gerar, no futuro,

novas demandas em termos de

mobilidade urbana, de saneamen-

to, mais investimentos em setores

como educação, segurança, saúde

pública etc. Mas isso é da natureza

do próprio processo de expansão

urbana. Cabe ao poder público, em primeira instância, or-

denar essa expansão, fazer cumprir a legislação que evite

a expansão desordenada. Isso, felizmente, estamos fazendo

com muito rigor e responsabilidade. Agora, tenho dito que

só as cidades “mortas”, aquelas estagnadas definitivamen-

te, não vislumbram problemas e desafios no curto, médio

e longo prazos.

 

c&c - E o cronograma de despoluição visual e revitaliza-

ção do centro, sofreu novas alterações?

O Plano de Revitalização do Centro (Lei Complementar n.

161 de 20/07/2010) é um planejamento estratégico que

será desenvolvido ao longo de 20 anos na Zona Especial de

Interesse Cultural do Centro (ZEIC/Centro). Abrange uma

área de 257 hectares e possui mais de 90 ações previstas.

Exemplo dessas ações: Reviva o Centro (despoluição visu-

al, já em andamento), restauração da Estação Ferroviária

(entregue em dezembro de 2011), Orla 1 (entregue no final

de 2010), Orla 2 e Orla Ferroviária (ambas em andamento),

Revitalização da Praça Ary Coelho (em andamento), Centro

de Belas Artes (em andamento), Revitalização da Rua 14

de Julho (aguarda recurso), Parque da Imigração Japonesa

(aguarda recurso), dentre outras.

 

c&c - Quanto à revitalização da Morada dos baís, que

terá sua estrutura melhor aproveitada, em que pé estão

as ações?

Com a responsabilidade de governar a capital como um

todo, também nessa área importantíssima, que agrega cul-

tura, patrimônio histórico e turismo, tenho que empreender

um programa integrado que contemple o conjunto monu-

mental de que Campo Grande dispõe em sua região central.

É nesse conjunto que se insere a Morada dos Baís, com um

dos mais importantes itens desse patrimônio, que se esten-

de do Mercadão Municipal à Esplanada da antiga ‘Noroeste

do Brasil’, como todo o seu rico acervo arquitetônico. Aliás,

com relação à Morada dos Baís, hoje intensamente utiliza-

da como espaço cultural para eventos

que valorizam o patrimônio histórico,

há uma proposta muito criativa do

doutor Edison Araújo, presidente do

Sistema Fecomércio. Ele propõe insta-

lar ali um espaço gourmet, de culinária

regional, com cursos gratuitos de gas-

tronomia ministrados por profissionais

atuantes em Campo Grande.

c&c - como o turismo da capital po-

deria ser melhor explorado, a partir

de projetos como o Aquário do pan-

tanal e outros atrativos?

Acho, sinceramente, que o poder público não tem lições

a dar ao empresariado, executivos e especialistas do setor.

São eles, que investem capital, competência e conhecimen-

to, que devem definir as melhores alternativas para valorizar

o enorme potencial de nosso patrimônio turístico.

c&c - O que o atual cenário econômico de campo gran-

de desenha para o futuro da capital e na sua avaliação,

qual o papel que o setor terciário deve exercer neste

contexto?

Estou absolutamente certo que Campo Grande se consoli-

dará progressivamente como uma metrópole regional pres-

tadora de serviços de qualidade e sofisticação crescentes.

Essa é sua vocação natural, está no seu DNA, como dissemos

no início. Seja na Educação (universidades cada vez mais re-

conhecidas, centros de qualificação em diferentes setores

do conhecimento), nos serviços de alta complexidade em

saúde, em áreas como de suportes tecnológicos, núcleos de

pesquisa, nos moldes da Embrapa e Fiocruz (já instaladas, a

primeira há décadas). Vislumbro Campo Grande como um

pólo de vanguarda na oferta de serviços, definitivamente

consolidada nos próximos dez anos. E exatamente porque

sediará, crescentemente, as estruturas - e os profissionais,

o capital humano que vai operá-las - desses sistemas, será,

cada vez mais, uma cidade ótima para se viver. E esse será

outro enorme valor agregado - Campo Grande vai atrair

mais investimentos em habitação de qualidade. Por aí se

avalia a importância que vislumbro para o setor terciário em

nossa cidade.

Page 22: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

22 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Comércio & Serviços

Páscoa deve movimentar 70 milhões na economia de MS em 2012Considerada a 4ª melhor data para o Comércio, a Páscoa deste ano deve gerar 20 mil novos empregos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). Nos últimos cinco anos, o consumo de chocolate no Brasil cresceu 39%, fazendo de nosso país o quarto maior con-sumidor do produto no mundo. Mas não só com chocolate é comemorada a Páscoa, outros produtos e serviços devem movimentar a economia de MS.

COnsuMO de ChOCOlAte nO pAís

CResCeu 39%, elevAndO O BRAsIl pARA O

quARtO MAIOR COnsuMIdOR dO MundO

Page 23: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

23COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

O economista e superintendente do Instituto

Fecomércio, Thales Souza Campos, prevê que

devem circular cerca de 70 milhões de reais na eco-

nomia do Estado em três frentes: Chocolate, Ativi-

dades Pesqueiras e Turismo.

DAtA EStRAtégIcA

O empresário Rafael Orlandi, proprietário da

franquia Cacau Show em Campo Grande está oti-

mista. “Planejamos um aumento de 20% das ven-

das em relação ao mesmo período do ano passado.

Este ano, a Páscoa será comemorada bem no início

do mês o que, acreditamos, significa que as pessoas

estarão com dinheiro para gastar”.

Esse período em que boa parte dos brasileiros

extravasa na ingestão de chocolate é estratégico

para os empresários do setor. “A data significa 50%

de nosso faturamento anual, o que nos obriga a

planejar nosso estoque com até seis meses de an-

tecedência”, afirma Rafael. Num mercado agressivo,

em que as grandes marcas lotam as prateleiras com

novidades e apelos mercadológicos e as pequenas

conseguem abocanhar uma parcela significativa de

consumidores, o empresário aposta na qualidade e

na estética de seus produtos. “Nossa expectativa é

que cada cliente gaste uma média de 50 a 60 reais

por compra só na nossa loja”, afirma.

De acordo com o vice presidente de Marketing

do Grupo Pereira - responsável pelas lojas Comper,

Fort Atacadista e Bat Forte, João Pereira, a expecta-

tiva é de um aumento de 15 % nas vendas de cho-

colate. As vendas também serão favoráveis para o

bacalhau e peixes, azeites, vinhos e massas. Ques-

tionado sobre o valor destes produtos neste ano,

João Pereira afirma que “apenas os ovos de Páscoa

sofrerão um pequeno aumento, de 3% a 5%, mas

investiremos em campanhas que privilegiem com-

Ms ReCeBeRá uMA MÉdIA de 70 MIlhões nA eCOnOMIA duRAnte peRíOdO

AuMentO dAs ClAsses C e d vãO AqueCeR setORes

InvestIMentO eM CAMpAnhAs pARA InCentIvAR A COMpRA AnteCIpAdA

Page 24: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

24 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

pras antecipadas, concedendo descontos e

ações promocionais para os lançamentos. O

Grupo Pereira afirma-se como otimista para as

vendas em 2012. “Com o aumento gradativo

da renda dos consumidores, todos irão pro-

curar produtos com valor um pouco maior do

que compravam anteriormente”.

A Rede Econômica de Supermercados tam-

bém aposta em ações estratégicas para fazer

os olhos do consumidor crescerem e o bolso

ser mais generoso. “Vamos investir na questão

dos preços, comunicação, melhor exposição

dos produtos, promoções”, avalia a diretora de

marketing, Daniela Godoy.

tuRISMO AQuEcIDO

Com o feriado da sexta-feira santa (06/04)

o Turismo é outro setor que prevê aquecimen-

to nas vendas. João Eduardo Antunes é pro-

prietário da Nova Agência Turismo em Cam-

po Grande. Segundo ele, a comemoração se

caracteriza como baixa temporada, mas deve

gerar um aumento de 30% na procura por pa-

cotes turísticos. “Os destinos mais procurados

pelos campo-grandenses são as Serras Gaú-

chas por conta dos chocolates, Buenos Aires e

praias do Nordeste”.

setOR tuRístICO AguARdA uM InCReMentO de AtÉ 30% nuM peRíOdO de BAIxA teMpORAdA

pásCOA COMeMORAdA nO IníCIO dO Mês pOde gARAntIR AuMentO nAs vendAs, AfIRMA O eMpResáRIO RAfAel ORlAndI

Page 25: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição
Page 26: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

26 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Estratégia

“Quem não se comunica, se estrumbica”. A frase tão propagada, do saudoso José Abelardo Barbosa de Medeiro, o Chacrinha, deve servir de alerta para empresários que buscam conquistar melhores resultados seja na vida pessoal ou profissional.

Não é novidade alguma afirmar que a comunicação é

essencial em todas as circunstâncias e imprescindível

no mundo dos negócios. E é neste meio que surge uma

forma específica de comunicação, muito discutida, mas

que ainda gera muitas dúvidas: a Comunicação Interna

(CI), um processo gerencial que tem como objetivo forta-

lecer a comunicação direta das lideranças com suas equi-

pes e vice-versa. Um esforço de comunicação desenvolvi-

do para possibilitar o relacionamento ágil e transparente,

da direção com o público interno e entre os próprios ele-

mentos desse cenário.

Para a Consultora Organizacional, Adriana Gregório,

esse tipo de comunicação nas empresas, geralmente,

acontece de forma não sistematizada, com muitos ruídos

e pouca efetividade. “Deveria ser fluente, natural, utilizada

para aproximação, entendimento, cumprimento da mis-

A comunicação como ferramenta para melhorar seu negócio

A “hORA dA fRutA” nA dIgIthO BRAsIl É MOMentO de desCOntRAçãO e dA

tROCA de IdeIAs

Page 27: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

27COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

são organizacional e pessoal de cada profissional, mas

infelizmente não é assim que acontece”.

Segundo Adriana, essa falta de comunicação pode

trazer sérios problemas para a organização. “Os pro-

blemas são variadíssimos: insatisfação com a natureza

do trabalho - o profissional não sabe a importância

que ele e seu trabalho representam para a empresa e

para a sociedade - conflitos velados e manifestos; alta

rotatividade de profissionais; desperdício de tempo;

comprometimento da qualidade dos produtos e o que

é mais assustador, comprometimento da qualidade

dos serviços prestados, com perdas financeiras e tam-

bém com a falência de mercado e de talentos”.

A Comunicação Interna não se restringe à chamada

comunicação descendente, aquela que flui da direção

para os empregados, mas inclui, obrigatoriamente, a

comunicação horizontal e a comunicação ascenden-

te, que estabelece o feedback e instaura uma efetiva

comunicação. A consultora alerta para esse problema.

“Muitas empresas só comunicam de cima para baixo,

não investem sistematicamente na melhoria contínua

da sua comunicação e isso é um erro. É preciso ouvir,

discutir, entender que seus profissionais são capital

intelectual e emocional e, portanto,  maior bem que

possuem. Investir consciente de que a integração dos

níveis estratégicos, táticos e operacionais é fundamen-

tal para o sucesso”.

A Empresa DígithoBrasil, que atua há dez anos no

mercado de software e prestação de serviços de infor-

mática em Mato Grosso do Sul, é um exemplo de quem

busca melhorar a Comunicação In-

terna para ter mais resultados. Se-

gundo a diretora administrativa e

financeira, Eliane Dias Terra Ferzeli,

tal necessidade partiu da vontade

de aproximar os colaboradores,

que se dividem em dois nichos: o

pessoal que trabalha dentro das

instalações da empresa e aqueles

AdRIAnA gRegóRIO: “A C.I. dá CeleRIdAde AOs pROCessOs e pROpORCIOnA

dIsCussões eM tORnO de IdeIAs, ResOluçãO de COnflItOs”

A C.I. deve seR utIlIzAdA COMO feRRAMentA pARA ApROxIMAR equIpe, dIz elIAne feRzelI

Page 28: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

28 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

que trabalham dentro das instalações dos clientes.

“Queríamos que todos se sentissem parte ‘real’ da

DígithoBrasil, independentemente de qual local tra-

balhassem. E isso nos leva a práticas contínuas de in-

formar, agir, integrar e mobilizar nossa força criativa.

Primeiramente contratamos uma pessoa para ouvir as

necessidades dos colaboradores e à partir da compila-

ção das informações, elaboramos uma série de ações

específicas para cada uma”, diz a diretora.

A empresa implantou uma área do colaborador em

seu site, onde os funcionários podem consultar hole-

rites, informações administrativas, novidades na área

de Tecnologia da Informação, entre outros. Criou uma

associação de colaboradores e realiza ações diversas

como o café da manhã e a hora da fruta, momentos em

que os funcionários se encontram para descontrair e

trocar ideias.

Eliane diz que o principal problema percebido pela

empresa não era a falta de comunicação, mas sim os

ruídos na comunicação ou a comunicação incomple-

ta. “Gastava-se muito tempo e energia para esclare-

cimentos e correções de tarefas entendidas

ou interpretadas de maneira incorreta. Hoje,

melhoramos os processos de trabalho, a in-

tegração entre as pessoas e, como consequ-

ência, o clima organizacional. Reduzimos a

rotatividade de pessoal e melhoramos a qua-

lidade de vida de nossos colaboradores. Com

esse fortalecimento, claramente percebemos

que a empresa cresceu, produz mais e melhor

e está pronta para novos desafios, clientes e

mercados”, afirma.

Mudança organizacional também veri-

ficada na loja especializada em móveis pla-

nejados, Todeschini. Há cerca de três anos

percebeu-se a necessidade de um reposicio-

namento comercial e com isso, melhorias na

CI. Segundo a diretora administrativa e finan-

ceira, Elizabete Santos, a falta de comunicação

gerava prejuízos de um modo geral, como a

“necessidade de correção dos problemas que

advinham da falta de comunicação e a perda

de tempo dos colaboradores, que poderia ser

investido em novos negócios”.

A empresa iniciou um processo com o primeiro

passo da avaliação do cenário de como se dava a Co-

municação Interna na empresa até aquele momento.

Em seguida, a criação de um Plano de Procedimentos

e a definição das alterações com atribuições e respon-

sabilidades. E por último, a execução do plano com

medição constante dos resultados obtidos. “Após essa

melhora na CI nos tornamos mais competentes, rápi-

dos e eficazes na execução de nossas atribuições e no

atendimento aos nossos clientes. Consequentemente,

a produtividade aumentou”.

InvestIR nA C.I. pARA CORRIgIR fAlhAs de COMunICAçãO e peRdA de teMpO dA

equIpe AfIRMA elIzABete sAntOs

Page 29: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

. c o mw w w.

67 3320 0800 www.totvs.com/totvs #letsshare

Technology | Software (SaaS) | Consulting

Compartilhe o novo mundo.

No mundo compartilhado, empreendedor e cliente estão mais próximos.

Nele, empresas desenvolvem produtos junto com seus fornecedores

e consumidores. É contar com a indústria das ideias, gerando novas

demandas a partir de informação ilimitada. A TOTVS, por meio de suas

soluções em tecnologia, software e serviços, oferece acesso a esse novo

mundo sem barreiras ou limitações. Let´s share.

Para a manufatura ser mais leve, sustentável e automatizada.

AF_2541-0-11_Anu_MS_MANUFATURA_20x26.5.indd 1 12/9/11 4:36 PM

Page 30: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

30 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Regulamentação de profissões gera expectativa para quem atua na área

Em janeiro deste ano a presidência da República sancionou a lei nº 12.591, que reconhece a profissão de Turismólogo e disciplina seu exercício, e a lei nº 12.592, que regulamenta as profissões nas áreas de beleza e estética como Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador. O anúncio gerou expectativa entre os profissionais, que esperam ter seus trabalhos valorizados.

Carreira & Mercado

Segundo a presidente da Associação Profissional dos Esteticistas e Cosmetólogos de MS (Apecsul-

-MS), Joana Aguirre do Amaral, existem hoje no Es-tado cerca de 15 mil esteticistas, 9 mil só em Campo Grande. Deste total, afirma Joana, cerca de 70% tra-balham na ilegalidade. “Com a regulamentação, es-peramos que essa realidade mude. Isso vai ser muito bom para nossa profissão. Significa que seremos valo-rizados, pois sem a regulamentação, outros profissio-

nais estavam exercendo nossa função. Isso não será mais possível”. Na prática, diz Joana Aguirre, os sindicatos pode-rão cobrar o cumprimento de carga horária mínima dos cursos. “Os profissionais terão que buscar a quali-ficação mínima exigida para cada atividade o que vai repercutir na qualidade do serviço oferecido para a população”. Para atuar em estética corporal, por exem-plo, será exigida carga horária de 600 horas-aula.

COM RegulAMentAçãO, MAIs

estetICIstAs vãO tRABAlhAR

nA fORMAlIdAde

Page 31: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

31COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

pROFISSIONAIS MAIS pREpARADOS Outra atividade que também foi abrangida pela Lei é a de Cabeleireiro. No Estado, atuam aproxi-madamente 52 mil cabeleireiros, segundo dados do Sindicato dos Cabeleireiros de MS, mas, desse total, a maioria está na informalidade. É o que afir-ma a presidente, Lucimar Roza. Na avaliação dela, a regulamentação vem valorizar os profissionais que já trabalham na área e não eram reconhecidos. Ela afirma que a regulamentação vai gerar profissionais mais qualificados e valorizados e quem ganha com isso também é a população. “A cada dia surgem no-vos produtos e equipamentos que exigem cuida-dos especializados, cuja manipulação indevida por profissionais despreparados pode comprometer a saúde e a segurança das pessoas”. Sobre a escolaridade exigida para atuar na área, de ensino fundamental completo, a presidente ex-plica que os profissionais que já atuam há mais de dois anos poderão se regularizar, mas os que não

têm esse tempo será preciso concluir a escolaridade.

INcluSãO NA cbO Para os profissionais do turismo, o reconhecimento da profissão é o primeiro passo para a regulamen-tação da atividade. Segundo o tu-rismólogo e delegado nacional da Associação Brasileira dos Bacharéis em Turismo de MS (ABBTUR/MS), Wantuyr Tartari, os artigos que regu-lamentavam a profissão foram veta-dos. “O reconhecimento é uma gran-de conquista, mas não cria reservas de mercado e nem obriga empresas

a contratarem esses profissionais no seu quadro de funcionários, e isso frustrou um pouco a categoria, embora seja uma grande conquista após uma luta de 37 anos”. Uma das maiores mudanças é a inclusão da profissão na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego. “Vai propiciar o cadastramento nas bases de dados do IBGE, Receita Federal, CAGED, Lista de Ocupações da Carteira de Trabalho, FGTS. Outro benefício vai decorrer por conta do poder público e da iniciativa privada, que utilizam a CBO para elaborar os seus planos de cargos e carreiras”. Em MS existem hoje cerca de 2,5 mil turismólo-gos. Só em Campo Grande são aproximadamente 500 profissionais atuando. Segundo Tartari, não existe um número exato, pois a ABBTUR/MS é ape-nas uma associação e não um Conselho, assim, não existe a obrigatoriedade do profissional se cadas-trar para poder atuar.

“pOpulAçãO só

teM A gAnhAR COM

pROfIssIOnAIs MAIs

quAlIfICAdOs”,

AfIRMA luCIMAR ROzA

jOAnA dO AMARAl: “MAIs

vAlORIzAçãO pROfIssIOnAl”

pROfIssIOnAl MAnICuRA tAMBÉM fOI RegulAMentAdA

pARA WAntuyR tARtARI, InClusãO

nA CBO AjudARá nA elABORAçãO de

plAnOs de CARgOs e CARReIRAs

ARQU

IVO

PESS

OAL

ARQU

IVO

PESS

OAL

Page 32: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

32 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Ciclo de Palestras e Workshops ao gosto dos empresários

Fecomércio MS

Sucesso de público e crítica em 2011, as palestras e Workshops promovidos pela Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul tem continuidade em 2012. O cronograma de eventos já começou.

Comemorando o Dia Internacional da Mulher, o

Sistema Fecomércio MS trouxe a CG e Dourados

a sexóloga Laura Muller. A iniciativa foi a primeira de

uma série de palestras e workshops que o Sistema irá

oferecer para empresários e profissionais da área do

comércio. A palestra que teve como tema “Trabalho e

Vida Sexual Afetiva”, de Laura Muller, estimulou o públi-

co a fazer reflexões que favoreçam o equilíbrio entre

realização profissional e pessoal.

A próxima edição da Palestra Solidária irá trazer o

filósofo, professor Mario Sérgio Cortella que apresen-

tará a palestra “Não Nascemos Prontos”, abordando a

necessidade que os profissionais têm de refletir sobre

a presença e importância dos valores nas organizações

de trabalho, na família e no meio que estamos inseri-

dos. O evento será realizado no dia 26 de abril, no Cen-

tro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo,

em Campo Grande. De acordo com a gestora de rela-

ções com o mercado da Fecomércio MS, Ionise Piazzi, a

meta para este ano é arrecadar 3.047 latas de leite em

pó que serão doadas para o Programa SESC Mesa Bra-

sil que entregará à instituições carentes. Mário Sérgio

Cortella explica: “ser humano é ser junto. Parece óbvio

mas não é; muita gente desliza ao apequenar a própria

vida deixando de lado a capacidade de também aju-

dar a cuidar de outras vidas. Aliás, alguns pensam que

o ditado que deve imperar é ´cada um por si e Deus por

todos´, quando, se quisermos uma história honrada e

uma biografia digna, temos de praticar o “um por todos

e todos por um”. Só assim entenderemos que a palavra

sexólOgA lAuRA MulleR fOI uMA dAs pRIMeIRAs pAlestRAntes deste AnO, COM eventOs eM CAMpO gRAnde e dOuRAdOs

Page 33: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

33COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

´solidariedade´ não vem de “solidão” e sim de “sólido”,

aquilo que robustece a nossa convivência e protege nos-

so futuro. Muito importante a realização de eventos soli-

dários como este”, conclui Cortella.

O empresário Fábio Ângelo, diretor comercial do Gru-

po Alvorada Materiais de Construção, participa todos os

anos dos eventos do ingresso solidário promovidos pela

Fecomércio MS. “Investir em cursos e palestras significa

aprimorar o conhecimento e a produtividade de cada

colaborador visando o melhor atendimento aos nossos

clientes”, diz.

WORkShOpS EMpRESARIAIS

Em 2012, a Federação do Comércio dará continuida-

de ao ciclo de workshops destinados aos empresários

do Estado. Ionise Piazzi fala das novidades para este ano.

Uma delas é a realização de alguns eventos na cidade de

Dourados. “Também vamos abordar temas escolhidos

pelos próprios participantes do ciclo de workshops do

ano passado. Temos o compromisso de levar informação

e conteúdo de interesse das instituições públicas e pri-

vadas para a sociedade em geral e, com estes workshops

e palestras, promovemos uma reflexão - o que sou como

profissional? Como família? Como cidadão? A partir do

momento que passamos a olhar para nós mesmos, nos

tornamos seres humanos melhores”.

sIsteMA feCOMÉRCIO OfeReCe pAlestRAs de gestãO pARA exeCutIvOs e

tRABAlhAdORes dO COMÉRCIO de vARejO

cRONOgRAMA DE EvENtOS

EvENtO

palestra: “Não Nascemos prontos”

Workshop: “como se tornar um campeão de vendas”.

palestra: “O poder da comunicação no Mundo das vendas”

palestra: Afetivi-dade e Sensibi-lidade nos Rela-cionamentos de trabalho - Dia do comerciante

Workshop: “Es-tratégias de Ne-gociação coletiva para Sindicatos patronais” - 1ª encontro

Workshop: “Fluxo de caixa: a bola da vez do Empresário”

Workshop: “Es-tratégias de Ne-gociação coletiva para Sindicatos patronais” - 2ª en-contro

Workshop: “técnicas de Negociação”

palestra de Natal: “como usar a Motivação para conquistar e Manter clientes”

palestra: “Os 04 pilares do vendedor de Sucesso”

palestra: “construindo Estratégias poderosas de vendas”

Mario Sergio cortella

cesar Frazão e Edilson lopes

professor gretz

plínio Oliveira

Dr. Wolnei tadeu Ferreira

Samuel Marques

Dra.vera lucia dos S. Menezes

João Marcelo Furlan

Daniel godri

Nailor Marques

Edilson lopes

26/04/2012

22/05 e 23/05/2012

28/06/2012

13/07/2012

24/07/2012

22/08 e 23/08/2012

20/09/2012

23/10 e 24/10/2012

13/11/2012

30/05 e 31/05/2012

24/05/2012

ORADOR DAtA

Page 34: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

34 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

A conectividade é um canal eletrônico de relaciona-mento, usado para troca de informações entre a Cai-

xa e as empresas, escritórios de contabilidade, sindicatos, prefeituras e outras instituições. Ela é opcional ainda para as empresas optantes pelo Simples Nacional, que tenham até 10 empregados, nas operações relativas ao recolhi-mento do FGTS. Para garantir o acesso ao sistema, a Caixa Econômica Federal prorrogou até 30 de junho o prazo para início da obrigatoriedade da certificação, no modelo ICP-Brasil, como forma exclusiva de acesso ao Conectividade Social.Segundo o presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo, o canal dispõe de diversas funcionalidades para os usuários, como a transmissão do arquivo do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Pre-vidência Social - SEFIP, envio das informações relativas ao CAIXA PIS/Empresa, encaminhamento do arquivo da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS - GRRF, obtenção de extrato da conta vinculada aos trabalhadores, entre mui-tos outros. Ela explica que a certificação se destina a empresas, escritórios de contabilidade, sindicatos, prefeituras, Supe-rintendências Regionais do Trabalho e Emprego - SRTE, e instituições financeiras que se relacionam com o FGTS. Entre os benefícios, Ionise destaca a simplificação do processo de recolhimento do FGTS; redução dos custos operacionais; disponibilização de um canal direto de comunicação com a Caixa, agente operador do FGTS; aumento da comodidade, segurança e o sigilo das tran-sações com o FGTS; redução na ocorrência de inconsis-tências e a necessidade de regularizações futuras; au-mento da proteção da empresa contra irregularidades e facilitação do cumprimento das obrigações relativas ao FGTS e à Previdência Social.

AgIlIDADE NO tRAbAlhO De acordo com a contabilista Roseni Eliza Fiebert, da Contato Contabilidade, a certificação digital e a conecti-vidade social facilitaram o trabalho na empresa. “Temos

mais agilidade na hora de consultar informações junto à Receita Federal. Antes precisávamos agendar horário e ir pessoalmente. Agora o procedimento é mais rápido. Além disso, no caso de emissão de notas fiscais eletrôni-cas junto ao Governo do Estado, o canal também facilita a impressão. Não precisamos mais usar talões”. Ela destaca que o custo da implantação da certificação digital fica em torno de R$ 445,00 com insta-lação da leitora e uma espécie de pen-drive.

SERvIçOS como usá-lo? O uso do Conectividade So-cial é obrigatório para a trans-missão do arquivo SEFIP e requer a certificação digital do usuário, no padrão ICP-Brasil. Como adquirir o Certificado Digital? O Certificado Digital deve ser adquirido de uma Au-toridade Certificadora credenciada à infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil), nesse caso Fe-deração do Comércio do Mato Grosso do Sul. Aquisição de certificados, renovação e informações,  acessar o site  www.fecomercio-ms.com.br

Tecnologia & Inovação

Empresas ganham maior prazo para aderir ao Conectividade SocialAgilidade nas informações e rapidez ao acesso de sistemas como o da Receita Federal, facilidade para repassar informações à Previdência Social e simplificação na emissão de notas fiscais eletrônicas junto à Secretaria de Fazenda do Estado. Estes são apenas alguns benefícios obtidos com a modernização das empresas que aderiram à certificação digital e mais recentemente à conectividade social em Campo Grande.

“pROCedIMentOs sãO MAIs ágeIs” , AfIRMA A COntABIlIstA

ROsenI fIeBeRt

Page 35: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição
Page 36: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

36 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

MARcOS AuguStO NEttOPresidente do Sindicato das

Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração

de Imóveis e os Edifícios em Condomínios Residenciais e

Comerciais do Estado de Mato Grosso do Sul (Secovi/MS)

Falar sobre habitação atualmente requer uma análise mais aprofundada dos fa-

tores que contribuem para todo esse processo positivo.

Podemos começar nos perguntando se fatores como: controle da inflação, de-

semprego em queda, déficit habitacional e aumento de renda da população são

suficientes para promover o aquecimento no mercado imobiliário. Consideremos

ainda que o país sempre possuiu mão de obra especializada e empresas constru-

toras qualificadas.

A resposta é clara. Esses fatores, mesmo que economicamente favoráveis, não

conseguiram proporcionar o crescimento do setor. Faltava o “fluido” que faria esta

engrenagem funcionar - o crédito imobiliário.

No mundo inteiro onde a relação crédito imobiliário - PIB é alta, observa-se

o desenvolvimento do país. Nos EUA esta proporção é de 72,6%, na Espanha de

62%, no Japão de 24,3%, no México 12,5% e no nosso vizinho, o Chile, de 14%. O

Brasil conseguiu em 2011 atingir o recorde de 5,1% de hipotecas em relação ao

PIB. O grande desafio do mercado, para a próxima década, é alcançar o Chile.

Em 2004, houve uma grande mudança na legislação imobiliária. A Lei 10.931

reestabeleceu a segurança jurídica dos contratos, viabilizando a troca da hipote-

ca, um instituto jurídico desgastado pela jurisprudência brasileira, pela alienação

fiduciária e com o princípio do incontroverso, impossibilitamos a concessão de

liminares que interrompiam o pagamento das prestações. Esta estrutura viciada

privilegiava o mau pagador.

O mercado passou a ter uma alternativa mais segura e célere na reposição

dos investimentos e como consequência destas medidas o Sistema Brasileiro de

Poupança e Empréstimo - SBPE (recursos da caderneta de poupança) saltou de 3

bilhões, em 2004, para 79,6 bilhões em 2011. Isto demonstra que os recursos exis-

tiam, porém não estavam sendo canalizados pelo setor por conta da insegurança

do negócio.

Para o consumidor, o grande beneficiado, esta nova realidade permitiu que

ele voltasse a sonhar com a casa própria. Os juros diminuíram e os prazos ficaram

mais longos, tudo isso motivado por uma taxa de inadimplência que gira em tor-

no de 1,5% nos contratos com alienação fiduciária.

Assim, o restabelecimento da segurança jurídica nos contratos é o segredo do

crescimento do mercado imobiliário. O sistema se tornou seguro para quem em-

presta e acessível ao mutuário.

Qual é o segredo do crescimento do mercado imobiliário?

Ponto de Vista

Page 37: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição
Page 38: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

38 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Empresário do Mês

Agilidade no atendimento e qualidade dos produtos marcam a história da Rede Bigolin em MSCom 30 anos de história, a Rede Bigolin, de materiais de construção, é um dos exemplos mais consistentes de uma administração de sucesso em Mato Grosso do Sul. Com sete lojas entre Campo Grande, Dourados e Três lagoas, além de um centro de distribuição, a rede gera hoje 500 empregos. O empresário Roberto Bigolin relata que a versatili-dade, para se adequar às mudanças radicais dos planos econômicos foi fundamental para configurar o cenário atual. Nascido em São Valentim, no Rio Grande do Sul, Roberto Bigolin chegou ao Estado em 1981 e um ano depois abria a primeira loja.   Foi presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande/MS   por nove anos, onde hoje é tesoureiro e também é vice presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande/MS e Conselheiro do Senac.

ROBeRtO BIgOlIn, eMpResáRIO

Page 39: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

39COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

comércio & cia - como foi o início da trajetória da bi-

golin e da rede em MS?

Roberto Bigolin - O início de nossas atividades no Es-

tado foi desafiador. Nos anos 80 o Estado ainda era

muito novo. Dedicação, planejamento e inovação sem-

pre estiveram presentes em nosso dia a dia. E as gran-

des parcerias comerciais também contribuíram para o

nosso crescimento.

C&C - Quais eram os desafios naquela época?

Roberto - As mudanças de planos econômicos e a in-

flação galopante eram os nossos maiores desafios. Por

isso, a necessidade de constante adaptação, ainda mais

estando num mercado tão competitivo como o da cons-

trução civil. Além disso, atender às expectativas de nos-

sos clientes sempre foi o nosso principal foco.

C&C - E hoje, quais são os desafios para este ramo de

atuação do comércio?

Roberto - Hoje, nosso maior desafio é permanecer ofe-

recendo a excelência no atendimento e dos serviços. A

partir de um planejamento estratégico consistente, em

2012, promoveremos ainda mais melhorias. Os princi-

pais projetos estão focados na consolidação da rede,

no aperfeiçoamento da logística, treinamento de nossa

equipe e na atualização do sistema de gerenciamento,

visando ainda mais agilidade nos processos.

c&c - Depois de um período de efervescência, como

está hoje o mercado da construção civil em MS?

Roberto - Neste caso, é necessário destacar um fator

muito importante. O mercado da construção civil, além

de ser altamente competitivo, é dividido entre varejo

da construção civil e indústria da construção civil. Nós

atuamos como revenda, ou seja, no varejo, focando prin-

cipalmente o consumidor final, pequenos construtores,

fazendas e comércios. Por isso, investimos e movimenta-

mos a economia local.

Considerando o mercado de varejo no Estado, nossa

expectativa é otimista, pois tende a se manter aquecido

com as novas medidas de financiamento na área, como a

Carta de Crédito do FGTS Individual (Construcard FGTS),

oferecida pela CAIXA. A disponibilização dessas linhas

de crédito, sem dúvida, gera um impacto muito positivo,

pois oferece maior poder de compra para o consumidor

final. Outro fator determinante para o aquecimento do

setor é a redução do IPI, que será mantida este ano. 

c&c - O que podemos esperar para os próximos anos?

Roberto - As perspectivas são muito boas, principalmen-

te em relação ao crescimento do Estado. Por isso, a ex-

pectativa é que a empresa também seja impactada por

este crescimento.

A Bigolin trabalha com produtos de qualidade, ofere-

ce a garantia de procedência e a entrega dos materiais

comercializados. E para manter este cenário, iremos

Rede BIgOlIn CRê nA tendênCIA de uM MeRCAdO de vARejO AqueCIdO

Page 40: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

40 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

reforçar ainda mais a confiança depositada pelos con-

sumidores em nossa empresa. A escolha de marcas de

confiança é um dos nossos diferenciais.

Outro fator que resulta na satisfação de nossos

clientes e, consequentemente, no fortalecimento de

nossa imagem no mercado, é o investimento em trei-

namento interno.

Nossas equipes de atendimento são capacitadas por

meio de cursos oferecidos em nossa “Escola de Águias”.

Um espaço totalmente estruturado com laboratórios

técnicos onde promovemos encontros periódicos para

divulgar as novas tecnologias e os lançamentos em to-

das as linhas.

Em suma, os próximos anos nos revelam horizontes

muito promissores.

c&c - No segmento de materiais de construção, qual

é a tônica para conquistar e fidelizar a clientela?

Roberto - Nossos pontos fortes se concentram na agi-

lidade, no atendimento e na qualidade dos produ-

tos que vendemos, sempre com os melhores preços

e a melhor negociação. Todos esses fatores, além do

pós-venda, fazem a diferença na fidelização de clien-

tes.  Como resultado disso, em 2012, receberemos pelo

13º ano consecutivo, o prêmio de Melhor Revenda de

Materiais de Construção de Mato Grosso do Sul e es-

tamos no ranking nacional das melhores empresas do

setor, pela Anamaco. Tudo isso é reflexo de muito tra-

balho, confiança e compromisso. Somos muito gratos

por este reconhecimento.

c&c - como a bigolin trabalha a composição dos es-

toques para garantir assertividade na quantidade

de ítens?

Roberto - Mantemos um estoque saudável consideran-

do a média de compra e as necessidades de cada região

onde atuamos. Possuímos uma grande quantidade de

produtos em estoque e investimos em logística para

atender a pronta-entrega. Tudo com o compromisso

de vender a mesma qualidade exigida durante a nego-

ciação com nossos fornecedores.

C&C - De que forma é definida a composição do mix e como acompanhar um mercado tão dinâmico, em

que novos produtos e tecnologias para construção

são lançados a todo momento?

Roberto - Nosso mix contém o que há de mais moder-

no, prático e inovador para o consumidor. Participamos

constantemente de feiras e eventos de lançamentos de

produtos. E por meio do patrocínio de mostras de de-

coração e arquitetura, como a Casa Cor MS 2011 - onde

o grupo foi Patrocinador Local - temos a oportunidade

de valorizar o profissional da área e demonstrar os no-

vos produtos e tecnologias empregadas na produção

dos materiais.

c&c - E a expansão da rede, de que forma é

orientada? Quais os principais fatores analisados

nesta tomada de decisão?

Roberto - Todas as decisões tomadas em nossa rede

têm como base o estudo de mercado, de cenários e um

planejamento sólido que considera de maneira espe-

cial as necessidades de nossos consumidores, a capaci-

equIpes de AtendIMentO ReCeBeM CApACItAçãO COnstAnte

Page 41: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

41COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

pARA 2012, O OBjetIvO É O

fORtAleCIMentO dA Rede

estOque dIveRsIfICAdO e lOgístICA de

entRegA

eM tRês dÉCAdAs, A MARCA dA expAnsãO nAs CIdAdes de CAMpO gRAnde, dOuRAdOs e tRês lAgOAs

dade de nossa logística de distribuição, estoque e o cresci-

mento da região analisada.

c&c - Quais os projetos para 2012?

Roberto - Nossas metas para 2012 estão concentradas no

fortalecimento da rede; no desenvolvimento e motivação

de nossos funcionários; na contribuição para o crescimento

da economia local e em iniciativas para estreitar nossas re-

lações comerciais, aprimorar nossos processos e nos man-

ter cada vez mais fortes no setor.

Page 42: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

42 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

SENAC MS

O SENAC foca no potencial humano das empresas

Diante do contexto socioeconômico atual, torna-se indispensável à formação de profissionais cada vez mais

qualificados para que o país continue se desenvolvendo. Com isso foi necessário a elaboração e implantação

de projetos educacionais com estratégias específicas, de acordo com cada situação e público. Voltando o olhar

para as empresas, o SENAC MS teve as seguintes dúvidas: como as grandes corporações estão se organizando

para que haja uma educação contínua de seus colaboradores? É necessário que essa educação ocorra ao mesmo

tempo e no espaço do posto de trabalho?

Com atenção especial a essa responsabilidade, o diretor regional do SENAC MS, Vitor Mello, explica que em

2009 o SENAC iniciou o atendimento corporativo, elaborando cursos que atenderiam a demanda das empresas.

“Mais do que treinamento e qualificação de mão de obra, o SENAC Corporativo proporciona aos colaboradores

práticas de gestão voltadas aos processos empresariais de cada empresa, visando à inovação e ao aumento de

produtividade por meio do ensino a distância”.

Notou-se que a adesão da modalidade a distância dentro do atendimento corporativo se enquadraria no que

as empresas precisavam, não sendo necessário o deslocamento dos colaboradores. “Com o SENAC Corporativo

conseguimos atender empresas privadas e instituições públicas com o nosso portfólio, com a possibilidade de

customização dos cursos já existentes além da criação de novos”.

Por meio do atendimento corporativo, o SENAC MS busca soluções personalizadas em consultoria, assessoria e capacitação, voltadas para órgãos públicos e empresas privadas, viabilizando programas de capacitação com a melhor relação custo-benefício. O atendimento pode ser tanto presencial quanto a distância, dando ao empresário a oportunidade de escolher a melhor forma de se adequar aos seus funcionários.

eM Ms, estãO dIspOnIBIlIzAdAs 2.641 vAgAs pARA AtendeR AlunOs InteRessAdOs eM CuRsOs vARIAdOs

Page 43: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

43COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

QuAlIFIcAçãO cOM QuAlIDADE

Para a Coordenadora de Educação a Distância,

Magda Maciel de Oliveira, uma grande vantagem de

se fazer a educação corporativa de uma empresa por

meio da modalidade a distância, é a personalização do

curso segundo as necessidades da empresa. “O pro-

grama inicia-se com a elaboração do projeto do curso,

focando as competências que serão desenvolvidas e o

público a que se destina. Além disso, prevê-se o uso de

mídias variadas para que a mediação do conhecimen-

to possa se dar de forma bem próxima entre o aluno

que estuda e o tutor que acompanha e intervêm nesse

processo de aprendizagem”.

Uma das empresas participantes do atendimento

Corporativo do SENAC MS é a Equipe Engenharia. O

empresário Aliércio Ramos resolveu investir em qualifi-

cação e educação dos colaboradores. “Buscamos uma

proposta que se enquadrasse na política da empresa.

Nossa ideia era que cada um dos 19 participantes co-

nhecesse a realidade desse setor para que pudessem

ter uma noção de como funcionavam os processos e

colaborar para uma melhor administração”.

Segundo Aliércio, essa foi a primeira vez que a em-

presa ofereceu esse tipo de qualificação a seus colabo-

radores e que agora fará parte da politica da empresa.

“O retorno é bom para a empresa, para a melhoria da

qualidade do trabalho dos funcionários. Temos então

uma equipe mais preparada e o trabalho melhor admi-

nistrado pelos colaboradores”.

EDucAçãO NA EMpRESA

Procurando atender a todas essas demandas e dar

respostas rápidas à sociedade, a Educação a Distância

(EAD) do SENAC investe na elaboração de projetos

para novos cursos com demanda identificada em suas

pesquisas de monitoramento de mercado. Com esse

novo perfil, o SENAC MS contribui para a formação de

profissionais com uma visão mais ampla do que a limi-

tada por sua ocupação, sendo capaz de interagir com

o mercado, acompanhar as inovações técnicas e tecno-

lógicas e intervir na sociedade de forma equilibrada.

São oferecidos cursos e programas para o atendi-

mento de diversos públicos, desenvolvendo entre suas

programações, cursos de qualificação básica, aperfei-

çoamento e com o polo do Centro de Desenvolvimen-

to Educacional do Departamento Nacional do SENAC,

cursos de extensão e de pós-graduação em nível de

especialização lato sensu.

vItOR MellO: “pRátICAs de gestãO vOltAdAs AOs pROCessOs eMpResARIAIs”

Entre as várias turmas já oferecidas, estão os cursos

de Especialização em Educação a Distância, Gestão Edu-

cacional, Educação Ambiental, Gestão da Segurança de

Alimentos, Governança de TI, Gestão de Varejo, além do

curso de extensão em Tutoria On-line e os cursos de aper-

feiçoamento em Redação Empresarial, Gestão de Peque-

nos Negócios, Português Sintaxe, entre outros.

Com foco na educação dentro das empresas, o SE-

NAC MS consolida sua posição de referência em ações

educacionais pela modalidade EAD e a disseminação de

conhecimento voltada para comércio de bens, serviços e

turismo, contribuindo para a educação continuada e per-

manente dos profissionais e para o desenvolvimento de

nosso estado e país.

A coordenadora explica que a EAD do SENAC MS, ali-

nhada às transformações do mundo do trabalho, à Lei de

Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e às regulamenta-

ções relativas à Educação Profissional, fundamenta suas

ações em uma filosofia pedagógica que considera a po-

litécnica e a flexibilidade dos perfis profissionais. “A edu-

cação a distância tem contribuído cada vez mais pela sua

especificidade e natureza, como a possibilidade de o alu-

no poder participar de um treinamento ou curso sem se

deslocar da empresa e a qualquer tempo, já que as facili-

dades das Tecnologias da Informação e Comunicação que

permeiam as propostas da EAD possibilitam esse acesso”.

Diante do desafio posto pela realidade à qual se inse-

re, consolida-se a ideia de que pela educação se favore-

ça a inserção dos sujeitos no mercado de trabalho e sua

Page 44: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

44 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

permanência, sem deixar de considerar a necessidade

de uma educação contínua ao longo da vida e também

sem a necessidade de sua ausência na empresa ou até

mesmo de seu lar.

cOMO FuNcIONA O SENAc cORpORAtIvO

A primeira etapa é o levantamento de necessidade e

expectativas de cada organização. Com objetivo de ofe-

recer as melhores soluções em treinamento e desenvol-

vimento de pessoas, o SENAC MS dispõe de uma equipe

comercial especializada em identificar as necessidades

e expectativas de seus clientes, para delinear, de forma

customizada, a construção dos projetos educacionais.

A etapa seguinte se resume no desenvolvimento de

Solução. Com base nas conclusões da primeira etapa e

em conjunto com o cliente, cria-se o desenho da solu-

ção, definindo metodologia de trabalho, equipe técnica

envolvida, temas e conteúdos propostos.

Na sequência vem a fase de implantação da solução

proposta. Ajustes e melhorias no processo são contínuos

durante a realização do trabalho, por meio do acompa-

nhamento constante do projeto pela equipe SENAC MS.

E, por último, a avaliação dos resultados e grupais con-

forme critérios definidos na segunda etapa.

MAgdA MACIel: “eduCAçãO CORpORAtIvA pOR eAd É A peRsOnAlIzAçãO dO CuRsO

segundO As neCessIdAdes dA eMpResA”

Com as soluções desenvolvidas pelo SENAC Corpo-

rativo a empresa conta com o conhecimento de uma

equipe altamente especializada, recursos e a infraestru-

tura. “Elaboramos e operacionalizamos projetos educa-

cionais para atender as necessidades e com a qualida-

de de ensino já reconhecida da instituição”, reafirma

Vitor Mello.

Page 45: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

Nossos serviços são: Ortodontia e Ortopedia Facial. Nossa preocupação é com a pessoa e sua completa satisfação. Afinal, nossa gratificação está na beleza do sorriso e no cumprimento de nosso dever. A clínica Pró-Orto prioriza o atendimento, a qualificação profissional e a qualidade dos materiais utilizados com tecnologia moderna e avançados equipamentos.

Em 13 anos de serviços, o respeito aos nossos pacientes e a preocupação de cumprir a ética profissional é o que nos motiva.

Ortodontia e Ortopedia Facial

Rua 25 de Dezembro, 280 - Centro (esquina com Barão do Rio Branco) Agende sua consulta (67) 3382-2991 Atendemos diversos convênios.

Sorriso, a mais bela expressão da felicidade.Demonstre livremente a sua.

Page 46: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

46 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Em todo o Brasil, mais de 700 mil deverão ser enquadra-das na lei do novo ponto eletrônico. As primeiras obri-

gadas a adotar o ponto eletrônico são aquelas com ativi-dades ligadas à indústria, ao comércio em geral e ao setor de serviços, incluindo segmentos financeiros, transportes, construção, comunicações, energia, saúde e educação. Há dois anos, várias empresas têm ingressado na Justiça

contra as exigências, con-testando o aumento de custos e burocracia. Os empresários alegam que, além do ônus econômico, o meio ambiente fica pre-judicado, é preciso man-ter equipamento ligado ininterruptamente e dis-ponibilizar impressora de uso exclusivo para impres-são de qualidade para du-rabilidade de cinco anos das marcações.

 O consultor sindical da Federação do Comércio

de Bens, Serviços e Turis-mo de Mato Grosso do Sul, Fernando Camilo, afir-ma que a determinação

do MTE trouxe transtornos aos empresários que já tinham sistemas e tiveram que fazer a substituição, implicando aumento de custos.  Ele lembra que a Federação, assim como outras entidades representativas, se empenhou na dilatação do prazo para obrigatoriedade do novo ponto eletrônico e a orientação é de que as empresas não des-cuidem do cronograma.

tRANSpARêNcIA Questionamentos à parte, a confiabilidade dos equipa-mentos eletrônicos com sistema biométrico, que exige a

leitura ótica da digital do trabalhador, parece não deixar dúvidas. “Não tem como duvidar que o ponto foi batido pelo próprio funcionário”, diz Camilo. Dependendo do mo-delo, o custo do ponto biométrico varia de R$ 2 mil a R$ 5 mil, explica Newton de Barros, que é detentor da con-cessão da Dimep - Sistema de Pontos e Acesso - em Mato Grosso do Sul. Com 301 empresas clientes em Mato Gros-so do Sul  e 830 pontos instalados, Newton afirma que a procura está acelerada no Estado, assim como em todo o país. O principal ganho do sistema é a transparência. “Não há como fraudar o sistema; o método biométrico é o mais seguro de autenticar e, além disso, o fiscal pode auditar o ponto pelo software”. No grupo de postos de combustível J. Jardim o geren-ciamento do ponto dos mais de 300 funcionários entre as unidades de Campo Grande e as de Rondonópolis e Alta Floresta, no Mato Grosso, ficou bem mais tranquilo após a instalação dos oito pontos biométricos. A responsável in-terina pelo setor de Recursos Humanos do grupo, Andres-sa Bianca Braga, afirma que a transparência aumentou para os dois lados. “Não há como um funcionário passar o cartão por outro e ele também recebe o comprovante em papel logo depois que bate o ponto”.

Legislação

Adiada pela quinta vez, após uma enxurrada de contestações, a obrigatoriedade do ponto eletrônico entra em vigor a partir deste mês de abril. Primeiro para indústrias e empresas do setor terciário; em junho a medida vale para aquelas que exploram atividades agroeconômicas e, por fim, no dia 3 de setembro, o ponto eletrônico também passa a ser imposto por lei para pequenos e microempresários. A determinação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tem como propósito evitar fraudes no controle de jornada trabalhada, impedindo que horários anotados na entrada e saída do expediente sejam alterados.

Contra fraudes, novo ponto eletrônico entra em vigor

pOntO fInAl: RegIstROs que

pOdeM seR AudItAdOs e

COMpROvAnte de pApel pARA

COntROle pessOAl dO funCIOnáRIO

Page 47: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

47COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Page 48: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

48 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Projeto de Revitalização em avenida da capital gera expectativa para comerciantes

Meio Ambiente & Cidadania

Considerada como uma das principais vias de acesso a bairros densamente povoados da região oeste de Campo Grande, a Avenida Julio de Castilho, em Campo Grande, se caracteriza também por ser uma avenida com forte presença do comércio. O projeto de revitalização começou no ano passado e os co-merciantes ainda têm dúvidas e criticam alguns pontos.

Na década de 70, com a implantação dos corre-

dores de transporte coletivo na Capital, houve

um rápido crescimento populacional ao longo da

avenida. A partir de 1990 a importância da via se

consolidou, ainda mais devido a implantação do Ter-

minal de Transbordo, transformando a avenida em

um dos principais corredores de transporte público

de Campo Grande. Tal situação contribuiu para o

desenvolvimento da região, atraindo comerciantes

atentos ao grande número de pessoas que circulam

diariamente por ali.

Após o anúncio da revitalização da via em agosto

do ano passado, comerciantes da região passaram a

divergir de opinião quanto às melhorias que a obra

trará, mas também em relação aos prejuízos que po-

dem ser causados.

De acordo com a prefeitura de Campo Grande,

serão investidos R$ 18.110.300,96 com 95% dos re-

cursos provenientes do Pró-Transporte e 5% do BID

(Banco Interamericano de Desenvolvimento). A revi-

A AvenIdA júlIO de CAstIlhO tORnOu-se IMpORtAnte CORRedOR de ACessO A BAIRROs pOpulOsOs de Cg

Page 49: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

49COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

talização será concluída até o final de 2012 e será dividida

em dez etapas.

O projeto prevê a reestruturação de 6,8 quilômetros da

via com 3,3 quilômetros de drenagem de águas pluviais e

mais 9,7 km nas ruas vizinhas promovendo assim a reade-

quação do sistema de drenagem. As mudanças também

irão resultar em um melhor funcionamento e fluidez no

trânsito, dando mais segurança aos pedestres, ciclistas e

motoristas. Serão duas faixas de rolamento incluindo fai-

xa preferencial para o transporte público e implantação

de canteiros centrais. Acabam as conversões à esquerda

e as rotatórias, dando lugar a 17 conjuntos semafóricos

sincronizados com a chamada “Onda Verde”. A avenida

contará também com 13,6 km de calçadas com piso tá-

til, rebaixamento de meio fio com rampas nas travessias,

pontos de ônibus padronizados e nova iluminação.

A prefeitura aposta na diminuição do número de aci-

dentes e fim dos constantes alagamentos causados pela

chuva ao longo da avenida. Com tais mudanças, estacio-

nar ao longo da avenida Júlio de Castilho será proibido e

é isso que está preocupando os comerciantes.

cONcIlIAR uSOS DA vIA

De acordo com Shirley Marly Cardoso, comerciante

há 13 anos, além de perderem o estacionamento, outro

receio é que a via se transforme em um corredor de trân-

sito rápido. “Com esse tipo de trânsito ninguém vai olhar

para o lado e ver vitrine. Nosso grande desafio, a partir de

agora, vai ser o de chamar a atenção de um público que

passa correndo”.

Para Priscila Serena, comerciante há cerca de nove

anos, a obra vai trazer mais conforto, segurança e acabará

com os graves problemas de enchentes da via. “Sou fa-

vorável à revitalização. Sei que teremos que nos adaptar,

principalmente com relação ao tempo que nossa quadra

estiver em obras e depois com a falta de estacionamento,

porém, acredito que depois virão as melhorias”.

Segundo Eliane Detoni, arquiteta e coordenadora-

-geral da unidade de programas e projetos especiais da

prefeitura de Campo Grande, o objetivo não é só transfor-

mar a avenida em via de trânsito rápido, mas em uma com

fluxo de transporte contínuo e seguro. “Além de melho-

rar a fluidez e segurança viária, o projeto visa favorecer o

deslocamento de pedestres e de pessoas com mobilidade

reduzida, com a desobstrução das calçadas e da criação

de travessias seguras. Largos arborizados serão criados

para servir de refúgio aos que por ali transitam, as praças

existentes serão remodeladas e uma nova iluminação pú-

blica será implantada. Nossa expectativa é que, melho-

rando a circulação de pedestres e veículos, as atividades

comerciais existentes serão valorizadas, conciliando os

diversos usos desta importante via e beneficiando igual-

mente o numeroso comércio existente no local”.

Eliane explica que o consumidor poderá estacionar

nas ruas adjacentes à avenida, no estacionamento do

próprio estabelecimento ou em particulares que ve-

nham a ser criados nas suas proximidades. “Como em

qualquer cidade da atualidade, as áreas de estaciona-

mento numa rua de grande movimento como a Júlio de

Castilho serão inibidas para melhorar a fluidez do trân-

sito e assegurar as boas condições de circulação para

ônibus e carros. Atualmente, alguns estabelecimentos

comerciais expõem seus produtos e permitem a parada

de veículos em frente à loja de forma irregular, criando

obstáculos para pedestres. O estacionamento ou a ex-

posição de produtos em frente ao comércio só são per-

mitidos quando os mesmos estão inseridos dentro do

alinhamento predial. Portanto, só terão direito a vagas

em frente ao lote, as lojas que possuírem recuo frontal

mínimo de 4,8 metros. Para a exposição de produtos

não há espaço mínimo, desde que estejam dentro do

alinhamento predial”.

O pROjetO pRevê A ReestRutuRAçãO de 6,8 quIlôMetROs, InCluIndO dRenAgeM de águAs pluvIAIs

pARA ReAdequAçãO dO sIsteMA de dRenAgeM

Page 50: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

Patrimônio natural da humanidadeData: 07 a 10 de junho de 2012

Um dos patrimônios naturais da humanidade, esse passeio atende a todas as suas necessidades e desejos. O passeio oferece uma excelente gastronomia e diversas opções de diversão junto à natureza.

Nada como uma viagem para dar uma folga na correria do dia a dia e com o SESC você está na melhor companhia.

Mais Informações: Turismo Social SESC Camillo Boni (67) 3357-1100 Turismo Social SESC Dourados (67) 3410-0739Consulte programação completa no site www.sescms.com.br

Pegue a estradacom o SESC

Foz do Iguaçu PARANÁ/PR

Conheça a programação,

escolha seu destino e

boa viagem.

Porto CercadoData: 27 de abril a 01 de maio de 2012

O Hotel SESC Porto Cercado está situado em uma região privilegiada por suas belezas naturais; o Pantanal mato-grossense. Integrado à Reserva Particular do Patrimônio Natural do SESC, o Hotel possui infraestrutura de padrão internacional, especialmente planejada para a preservação ambiental e o turismo ecológico.

SESC no Pantanal Porto Cercado MATO GROSSO/MT

Bertioga e Guarujá Data: 01 a 09 de maio de 2012

Conheça as belezas de Bertioga e do Guarujá com infraestrutura completa com tudo o que você precisa para experimentar maravilhosos momentos em família. Você vai se apaixonar.

Descanso e Lazer no SESC BertiogaSÃO PAULO/SP

Page 51: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

Patrimônio natural da humanidadeData: 07 a 10 de junho de 2012

Um dos patrimônios naturais da humanidade, esse passeio atende a todas as suas necessidades e desejos. O passeio oferece uma excelente gastronomia e diversas opções de diversão junto à natureza.

Nada como uma viagem para dar uma folga na correria do dia a dia e com o SESC você está na melhor companhia.

Mais Informações: Turismo Social SESC Camillo Boni (67) 3357-1100 Turismo Social SESC Dourados (67) 3410-0739Consulte programação completa no site www.sescms.com.br

Pegue a estradacom o SESC

Foz do Iguaçu PARANÁ/PR

Conheça a programação,

escolha seu destino e

boa viagem.

Porto CercadoData: 27 de abril a 01 de maio de 2012

O Hotel SESC Porto Cercado está situado em uma região privilegiada por suas belezas naturais; o Pantanal mato-grossense. Integrado à Reserva Particular do Patrimônio Natural do SESC, o Hotel possui infraestrutura de padrão internacional, especialmente planejada para a preservação ambiental e o turismo ecológico.

SESC no Pantanal Porto Cercado MATO GROSSO/MT

Bertioga e Guarujá Data: 01 a 09 de maio de 2012

Conheça as belezas de Bertioga e do Guarujá com infraestrutura completa com tudo o que você precisa para experimentar maravilhosos momentos em família. Você vai se apaixonar.

Descanso e Lazer no SESC BertiogaSÃO PAULO/SP

Page 52: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

52 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

A união que faz acontecerEm 2011, Campo Grande teve a oportunidade de assistir a uma apresentação da orquestra Bachiana regida pelo maestro João Carlos Martins e ainda conhecer um pouco da impressionante história de superação e amor à arte do músico. Um even-to como esse, que poderia não ser acessível a muitas pessoas, teve como ingresso três latas de leite em pó. O espetáculo foi possível com apoio de dezenas de mãos que se uniram, um exemplo de como a parceria de empresas e entidades pode aliar conhecimento, visibilidade e solidariedade.

“Quando muitos se unem é

possível organizar gran-

des eventos ou ações de maneira

eficaz”, avalia a diretora de opera-

ções do Sebrae/MS, Maristela de

Oliveira França. Apresentações

culturais ou palestras de renoma-

dos nomes do mercado financeiro,

normalmente, custam caro, tanto

para a organização como para o

público. Em sistema de parceria,

empresas e instituições dividem

responsabilidades e reduzem cus-

tos, além de oferecer apoio social.

A participação da sociedade, por

meio de doações de alimentos,

brinquedos, roupas, por exemplo,

amplia a ação, evidenciando o tra-

balho de entidades de assistência

social que regularmente precisam

de apoio.

Para o presidente da Fecomér-

cio MS, Edison Araújo, a constru-

ção da parceria é uma arte, que

envolve habilidade, persistência

e talento. Edison explica que é

uM jOgO de gAnhOs pARA tOdOs, AfIRMA MARCO AntOnIO

Parcerias

Page 53: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

53COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

preciso descobrir os pontos de identidade e espaços

para que seja possível somar competências, interesses

e possibilidades individuais em um benefício mútuo.

“Acreditamos que, por meio das parcerias, as organiza-

ções podem desenvolver novas atividades, iniciar novos

projetos, abrir frentes de atuação, fortalecer projetos em

andamento e buscar novos negócios”.

O ingresso solidário é um exemplo já consolidado

pela Fecomércio MS. Em abril a Campanha Leite Solidá-

rio será o resultado de mais uma ação conjunta envol-

vendo várias empresas e instituições. O tema é atual e

de interesse de vários executivos: ‘Qual é a tua obra? In-

quietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética”,

do filósofo e professor da PUC-SP, Mário Sérgio Cortella.

Neste evento serão abordadas questões como a revita-

lização constante da liderança, gestão pessoal e ética,

palestra voltada para o público em geral, por tratar de

assuntos relacionados às relações no trabalho e no con-

vívio social.

 

uNIãO

Algumas empresas já têm tradição em firmar parce-

rias em Mato Grosso do Sul, como é o caso da Yes Rent a

Car, há 12 anos no mercado e que exercita esse trabalho

em união. O empresário Marco Antônio Lemos, diz que é

importante consolidar o papel social das empresas e no

apoio de eventos de cunho solidário.

Regularmente nessas parcerias, a empresa entra com

o serviço, como transporte do material arrecadado ou

dos envolvidos na organização do evento. O nome da

empresa fica cada vez mais consolidado, sendo lembra-

do pela participação social e pela qualidade do serviço

prestado. “É um jogo de ganhos para todos”. Lemos

acredita que essa parceria também traz resultados inter-

nos, como o envolvimento dos colaboradores na realiza-

ção do evento. “Esse envolvimento é essencial, porque é

um trabalho em equipe, feito por todos nós da empresa”.

  

pARtIcIpAçãO

Maristela França explica que qualquer empresário

pode entrar em sistema de parceria para a realização de

eventos, pois o envolvimento é feito conforme a capa-

cidade de contribuição. No caso de uma pequena em-

presa, esta contribuição pode ser um desconto no valor

do serviço prestado. Um exemplo seria o de uma gráfica

de pequeno porte, que viabilizaria impressões de convi-

tes ou panfletos por um preço diferenciado. Esse auxí-

lio é lembrado na divulgação da logomarca no evento,

trazendo visibilidade para a empresa. “O importante é

oportunidade de congregar várias pessoas, empresas e

setor público. Isso pode permitir acesso a palestras de

grande interesse, apresentações culturais, é conheci-

mento para todo mundo”.

MAestRO jOãO CARlOs: eventO ACessível A tOdOs Os púBlICOs

Page 54: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

54 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

SESC MS

Olhos atentos, brilhando, ansiosos pelas novidades de um mundo cheio de cores que está por vir. É assim que

um grupo de alunos da Escola Estadual Sebastião Santana de Oliveira, em Campo Grande, recebe o BiblioSesc, um dos dois furgões adaptados do Serviço Social do Comércio de MS, cujo acervo total de 7 mil obras encanta, emociona e transporta os leitores para um mundo sem fronteiras. Livros diversos para todas as faixas etárias. A escola não possui bi-blioteca. Para a maioria dos estudantes este é o primeiro con-tato com os livros. Pega daqui, mexe dali e em meio a tantos gritos e algazarra, todos ficam paralisados durante a conta-ção de histórias e cantigas encenadas pela equipe de cultura do SESC/MS. “Foi um dia inesquecível para nossas crianças”, emociona-se o diretor pedagógico, Luís Carlos de Oliveira. pRIMEIRO AtO “Ao longo de anos de trabalho, o SESC tornou-se um im-portante incentivador cultural e não seria diferente em Mato Grosso do Sul. Nosso trabalho tem como objetivo fomentar as produções culturais regionais, incentivando estes profis-sionais a produzirem e divulgarem cada vez mais seus traba-lhos; além disso, é de fundamental importância levar cultura e informação as mais diversas camadas da sociedade”, afirma a Diretora Regional do SESC MS, Regina Ferro. O técnico de cultura, Francisco de Araújo, complementa: “é com as crian-ças que começamos a atuar em favorecimento da cultura em nosso Estado. Elas são o nosso primeiro público. A leitura é o princípio básico, o passo inicial para estes pequenos cida-dãos começarem a se interessar por arte em geral”. Há mais de 30 anos, o SESC MS promove o desenvolvi-mento de ações culturais no Estado, já tendo se tornado re-ferência e contando com o reconhecimento do público e dos profissionais da área AgENDA 2012 Para este ano a programação é extensa com apresenta-ções artísticas nos municípios de Campo Grande e Dourados. O projeto Palco Giratório, criado com o objetivo de promover o intercâmbio entre artistas e profissionais das artes cênicas e difundir espetáculos teatrais de qualidade por todo o país, traz para nosso estado este ano, apresentações dos estados de Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso. “É uma via de mão dupla. Nós trazemos espetáculos de outros estados e apoiamos a apresentação dos grupos de MS para outros centros”, explica Francisco.

Formador de talentos culturais e de apreciadores da nossa arte

pROjetO pAlCO gIRAtóRIO seRá ApResentAdO eM CAMpO gRAnde e dOuRAdOs

equIpe enCAntA e COntA hIstóRIAs pARA CRIAnçAs nAs esCOlAs de CAMpO gRAnde

SESc AMAzÔNIA DAS ARtES Pelo primeiro ano, MS está inserido no Projeto Na-cional do SESC que tem o intuito de promover a produ-ção cultural de onze estados brasileiros (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins). A partir de julho, Campo Grande contará com apresentações de teatro, dança e música de grupos vindos dos estados citados acima. Além disso, o Espetáculo “A Serpente” e “Plagium” realizados por grupos aqui de nosso Estado, farão suas apresentações nas 11 federações que partici-pam do projeto. As artes plásticas também terão seu espaço no calen-dário cultural por meio do Projeto ArteSesc Nacional. As exposições “Uma Visão da Amazônia” da artista plásti-ca Margaret Mee, e a “Semana de 22 e o Modernismo Brasileiro” com obras de grandes artistas como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, serão expostas nas unidades: Horto, Dourados e Camilo Boni.

Page 55: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição
Page 56: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

56 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Sindical

O Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã está com-

pletando 20 anos de história. Fundado em julho de 1992

e com 60 empresas filiadas, o sindicato tem como principal

propósito defender interesses, nas diferentes instâncias, ga-

rantindo a proteção e a longevidade das empresas represen-

tadas e como papel complementar, oferecer produtos e ser-

viços que permitam melhorar sua sustentabilidade.

O atual presidente e também um dos fundadores do Sin-

dicato, Homero Carpes Barbosa tem uma forte influência no

município e é protagonista da história do município. Ele con-

ta que para manter o sindicato forte, é necessário muito em-

penho e também interesse em representar a categoria. “Que-

remos que o sindicato cresça e estamos com vários projetos

em fase de implantação. Nossa meta é crescer junto com os

empresários da cidade e, por isso, algumas ações devem ser

concluídas até o final de 2012”, diz o presidente.

MAtuRIDADE NA gEStãO

O plano estratégico foi desenvolvido em 2007 durante o

encontro do Sistema Confederativo do Comércio (Sicomér-

cio). Em 2010 o sindicato aderiu ao Sistema de Excelência em

Gestão Sindical (SEGS) e pode desenvolver novas estratégias

Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã: representatividade ao sul do EstadoHá duas décadas, surgia um sindicato com muita força e representatividade no comércio varejista do sul do Estado. Para manter essa mesma tradição e eficácia de duas décadas, o sindicato investe em ampliação e pleiteia novos serviços para oferecer e facilitar o trabalho dos seus empresários.

e adquirir benefícios como, por exemplo, a implanta-

ção do site. “Nossa percepção a respeito do SEGS é a

certeza de que o Sindicato está conquistando maturi-

dade na gestão e oportunidades de inovação”.

Em 2011, o sindicato fez a aquisição de um terreno

no centro de Ponta Porã onde deve funcionar a nova

sede do sindicato. A primeira fase da obra deve ser

entregue em setembro. Serão construídos auditório e

área de lazer para estreitar os relacionamentos entre

os filiados. “Teremos condições de oferecer mais bene-

fícios e também atrair novos sócios”.

Homero Barbosa afirma que umas das conquistas

realizadas no início deste ano foi o site do sindicato.

A iniciativa, criada no âmbito do Programa de Desen-

volvimento Associativo (PDA) da CNC para otimizar a

atuação das entidades sindicais do Sistema Comércio,

começou em 2011 quando o Sindicato assinou o ter-

mo de adesão durante as capacitações no SEGS. Em

fevereiro deste ano, um representante do sindicato es-

teve na Fecomércio-MS em Campo Grande participan-

do do treinamento e, agora, administra as postagens e

hOMeRO CARpes BARBOsA: pResIdente dO sIndICAtO dO COMÉRCIO vARejIstA de pOntA pORã

SIRN

AY M

ORO

AdesãO AO segs fOI ReCOnheCIdA eM 2010. nO AnO seguInte, sIndICAtO ReCeBe CeRtIfICAdO dO segs juntO COM deMAIs sIndICAtOs

Unimed Campo Grande (sede)Rua da Paz, 883 - (67) 3389-2425 / 2421 / 2677Centro Médico Unimed Rua Abrão Júlio Rahe, 1440 - (67) 3321-5600Hospital Unimed Campo GrandeAvenida Mato Grosso, 4.566 - (67) 3318-6610

Um exame preciso contribui para um diagnóstico correto e, logo, um tratamento eficaz.

O Laboratório Unimed Campo Grande possui os equipamentos e profissionais capacitados para realizar exames de análises clínicas em diversas especialidades. E ainda, é o único laboratório do Estado e o primeiro do Sistema Unimed Brasil a receber o selo do PALC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, o maior programa de acreditação do setor na América Latina.

Por isso, para garantir a sua tranquilidade e a segurança da sua saúde, escolha o Laboratório Unimed Campo Grande.

Postos de Coleta

Laboratório UnimedCampo Grande.

Precisão e segurançaque garantem

sua saúde.

ESTACIONAMENTO PRÓPRIO

Page 57: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

57COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

pResIdente dO sIndICAtO hOMeRO CARpes, ReAlIzA pAlestRA pARA funCIOnáRIOs de gRAnde MAgAzIne e fAlA sOBRe AuMentO nAs vendAs e COMÉRCIO de fIM de AnO

atualizações do endereço eletrônico.

Visando ao fortalecimento do Sindicato com outras entidades

representativas da região, com interesses em comum a diretoria

tem acompanhado debates sobre assuntos de interesse do setor,

de forma a estar sempre apoiando e defendendo alternativas que

representem benefícios para todo segmento do comércio varejista.

uM cOMéRcIO MElhOR

Uma das ações mais fortes do sindicato é a realização de con-

venções, acordos coletivos e intersindicais, visando a abertura do

comércio aos sábados, feriados e outras datas comemorativas, para

não perder clientes, principalmente, para o país vizinho, Paraguai.

Para garantir ainda mais comodidade dos empresários, o sindi-

cato pleiteia uma autorização para realizar a certificação digital em

sua sede. O documento garante validade jurídica aos documentos

assinados eletronicamente e permitem que as transações na inter-

net sejam realizadas com segurança.

O trabalho sindical requer tempo, o Sindicato sabe disso e tem

avançado para melhor representar os seus associados. As lutas ge-

rais são importantes e, por meio das novas ações, o Sindicato irá

ampliar a luta por mais direitos e justiça no trabalho.

Unimed Campo Grande (sede)Rua da Paz, 883 - (67) 3389-2425 / 2421 / 2677Centro Médico Unimed Rua Abrão Júlio Rahe, 1440 - (67) 3321-5600Hospital Unimed Campo GrandeAvenida Mato Grosso, 4.566 - (67) 3318-6610

Um exame preciso contribui para um diagnóstico correto e, logo, um tratamento eficaz.

O Laboratório Unimed Campo Grande possui os equipamentos e profissionais capacitados para realizar exames de análises clínicas em diversas especialidades. E ainda, é o único laboratório do Estado e o primeiro do Sistema Unimed Brasil a receber o selo do PALC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, o maior programa de acreditação do setor na América Latina.

Por isso, para garantir a sua tranquilidade e a segurança da sua saúde, escolha o Laboratório Unimed Campo Grande.

Postos de Coleta

Laboratório UnimedCampo Grande.

Precisão e segurançaque garantem

sua saúde.

ESTACIONAMENTO PRÓPRIO

Page 58: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

58 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012

Gestão & Finanças

A medida certaComo dimensionar o estoque e evitar problemas, seja de

ordem financeira ou mesmo aproveitamento de espaço

físico? Uma pergunta para a qual a resposta pode parecer

óbvia, mas não é bem isso que têm mostrado as pesquisas

da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e

Turismo (CNC). As últimas consultas junto aos empresários

do comércio de Campo Grande revelam que um terço deles

consideram seus estoques acima ou abaixo do adequado.

Para Sérgio Torres, que é docente do Senac na área de

Gestão e Comércio, é fundamental ter um profissional espe-

cialista em logística ou gestão de estoque. Ele alerta que as

empresas “cometem um erro fatal” ao não qualificar o pro-

fissional do estoque, que precisa, no mínimo, passar por um

curso técnico de logística, conhecer a cadeia produtiva da

empresa tanto industrial como comercial e ter a habilidade

de fazer um inventário e um balanço de estoque pelo menos

a cada seis meses.

Outro ponto importante é a interface direta com todos os

setores da empresa, em especial as áreas de compras, ven-

das, distribuição e financeiro alinhados às metas da empre-

sas e às demandas do mercado. Além disso, é preciso contar

com uma tecnologia ao modelo da empresa e fazer, sistema-

ticamente, o cálculo dos custos do estoque. Sergio ressalta

que a premissa básica da qual se deve partir na formação do

estoque é “identificar o ponto de equilíbrio, por meio de sis-

temas operacionais, pesquisa de mercado e metas e políticas

de estoques definidos pela empresa”. A tônica é não usar o

capital de giro para estocar, uma vez que a margem do co-

mércio varejista é apertada e muito tributada.

Na Rede São Bento de Medicamentos a reposição segue

um planejamento colaborativo da demanda. “A reposição

de estoque tanto no Centro de Distribuição (CD), tanto no

Ponto de Venda (PDV) tem como base o gerenciamento

por categorias, curvaturas, nivelamento, frequência e face

dos pontos de venda”, explica o chefe executivo da Rede,

Gabriel Gomes.

Ele observa que o estoque é um dos itens mais impor-

tantes do ativo da empresa, por isso a gestão precisa ser no

modelo just in time, um sistema de administração da pro-

dução que determina que nada deve ser produzido, trans-

portado ou comprado antes da hora exata. “É de extrema

importância para se evitar perdas financeiras e tributárias

nos investimentos aplicados a excessos ou estoques desne-

cessários”. Na rede, a cobertura e planejamento dos esto-

ques considera as metas traçadas para o giro e demanda

dos produtos.

O estoque é controlado automaticamente e permanen-

temente por tecnologia ERP (Enterprise Resource Planning)

on-line de forma eficiente e nivelada. Diariamente, sema-

nalmente, quinzenalmente e mensalmente são efetuados

auditoria de inventário de estoque gerenciando a redução

de dias de estoques em excesso com aumento de capital de

giro. “Em nossa estrutura organizacional, foram criadas di-

retorias e departamentos específicos a Logística, que den-

tre outros, gerencia o planejamento e reposição (recepção

e expedição) em consonância e suporte a área comercial”,

explica Gabriel.

pesquIsA dA CnC RevelA que uM teRçO dOs eMpResáRIOs

COnsIdeRAM seus estOques ACIMA Ou ABAIxO dO AdequAdO

nA Rede sãO BentO, A COBeRtuRA e plAnejAMentO dOs estOques

COnsIdeRAM As MetAs tRAçAdAs pARA O gIRO e deMAndA dOs pROdutOs

Page 59: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição
Page 60: Revista Comércio & Cia - 7ª Edição

Informações: SESC CAMILLO BONI (67) 3357-1100

www.sescms.com.br

O SESC VAI MEXER COM A

SUA SAÚDE

Escolha a modalidade que melhor se encaixa com o seu perfil e mexa-se rumo a uma vida saudável.

Musculação - sábado - 7h30 às 9h30 (13 anos acima)

Musculação - sábado - 9h30 às 11h30 (13 anos acima)

Musculação - 2ª a 6ª feira - 14h às 15h30 (13 anos acima)

Natação - 3ª e 5ª feira - 13h30 às 14h20 (9 anos acima) Natação - 4ª e 6ª feira - 14h às 14h50 (5 a 9 anos)

Natação - 4ª e 6ª feira - 9h30 às 10h20 (10 a 14 anos) Basquetebol - 2ª 4ª feira - 17h às 18h30 (10 anos acima)

Basquetebol - 2ª 4ª feira - 18h30 às 20h (10 anos acima) Voleibol - 3ª e 5ª feira - 17h30 às 18h30 (10 anos acima)

SpinSESC - 3ª e 5ª feira - 19h às 19h50Hidrobike - 4ª e 6ª feira - 8h30 às 9h20Hidrobike - 2ª 4ª e 6ª feira - 17h às 17h50Yoga - 3ª e 5ª feira - 18h30 às 19h20Yoga - 2ª 4ª 6ª feira - 19h30 às 20h20Pilates - 2ª 4ª 6ª feira - 17h30 ás 18h20 Pilates - 3ª e 5ª feira - 17h30 às 18h20Aero axé - 3ª e 5ª feira - 19h10 às 20hFutsal - 2ª 4ª 6ª feira - 17h às 18h