Revista Comércio & Cia - 7ª Edição
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2 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
3COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
EDISON FERREIRA DE ARAÚJOPresidente do Sistema Fecomércio
de Mato Grosso do Sul
Para quem vive das oscilações econômicas, este ano não promete surpresas.
É com trabalho, criatividade e olhar crítico ao que acontece no mercado que
os empreendedores vão conseguir fazer bem o que mais dominam: “negó-
cios”. Boas projeções para atingir resultados satisfatórios não faltam: a CNC
prevê um crescimento de 7% do volume de vendas para este ano, baseado
na retirada de parte das medidas de restrição ao crédito; a adoção de incenti-
vos fiscais para o consumo de bens duráveis, como alguns produtos de linha
branca; o aumento real de 7,5% do salário mínimo, em vigor desde janeiro;
a expectativa de um cenário mais favorável para a inflação e o processo de
desaperto monetário iniciado em agosto do ano passado.
Temos é que fazer a nossa parte.
Nesta edição, temos umas dicas, algumas já de conhecimento público, mas
que se fazem necessário relembrar. É com educação que conseguimos um di-
ferencial no mercado de trabalho. Em Mato Grosso do Sul, tanto o SESC, com
o fomento à cultura, quanto o SENAC, que apresenta soluções corporativas
com estudo a distância, podem e devem ser parceiros dos nossos filiados. A
Fecomércio-MS intensifica com palestras voltadas para executivos, cargos de
chefia e liderança com temas atuais.
Para garantir bons resultados é preciso também melhorar nossa gestão; mais
do que encantar clientes, é necessário fidelizá-los e seduzi-los. Por isso, mos-
tramos como o estacionamento deve ser priorizado pelos projetos de instala-
ção. Dar uma solução para esse assunto é arrumar o que ficará como a primei-
ra impressão entre os consumidores. Internamente, agir com planejamento e
organização na C.I. - Comunicação Interna - e no setor de estoque, é vital para
o bom andamento dos negócios e melhor assertividade nos investimentos.
A edição traz ainda mais reportagens sobre dois assuntos que continuam a
mobilizar os comerciantes e que podem ser duas ferramentas para agili-
zar processos e modernizar a gestão: a Conectividade Social e o Ponto
Eletrônico. Os dois têm prazo para adesão. Não percam esse bonde
na história trabalhista do país.
Palavra do Presidente
4 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
SumárioP U B L I C A Ç Ã O B I M E S T R A L D O S I S T E M A F E C O M É R C I O M A T O G R O S S O D O S U L | A N O 2 | E D I Ç Ã O N º 7 | M A R Ç O / A B R I L 2 0 1 2
Comerciantes têm o desafio de oferecer estacionamento para maior conforto da clientela e garantir vendas.
06 18Capa
10. Economia MS Empreendedores que saíram da informalidade têm mais condições para negociar insumos, melhorar qualidade dos produtos e aumentar clientela.
14. Cidades Ponta Porã, ao sul do Estado, vive o desafio de se tornar município mais empreendedor com todas as características de cidade de fronteira.
22. Comércio & Serviços O consumo de chocolate aumentou 39% no Brasil e a expectativa é que os setores de turismo e comércio varejista também incrementem as vendas este ano.
32. Fecomércio MS Palestras para executivos e profissionais que exercem o cargo de liderança vão ser realizadas com mais frequência.
34. Tecnologia & Inovação Empresas têm até o final deste semestre para se adequar ao Conectividade Social. Quem já está dentro, fala das vantagens.
36. Ponto de Vista Presidente do Secovi/MS, Marcus Augusto Netto, analisa os fatores que contribuem para o processo positivo pelo qual passa o mercado imobiliário.
38. Empresário do Mês Roberto Bigolin afirma que versatilidade e olhar empreendedor foram definitivos para o crescimento da marca Rede Bigolin em MS.
O prefeito de CG, Nelson Trad Filho, fala dos projetos e diz que aposta em infraestrutura para crescer.
Entrevista
E a comunicação interna da sua empresa? A importância desse processo nos serviços de qualidade e equipe satisfeita.
26 Estratégia
5COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Regulamentação das profissões de Cabeleireiro, Manicure, Esteticista e Turismólogo valoriza profissionais.
30 Carreira & Mercado
PRESIDENTE DA FECOMÉRCIO/MSEdison Ferreira de Araújo
DIRETORIA
1° VICE-PRESIDENTEDenire Carvalho
2° VICE-PRESIDENTEJosé Alcides dos Santos
1° SECRETÁRIOHilário Pistori
2° SECRETÁRIOManoel Ribeiro Bezerra
1° TESOUREIROSebastião José da Silva
2° TESOUREIRORoberto Rech
SUPLENTES DA DIRETORIARicardo Massaharu Kuninari; Valdir Jair da
Silva; Carlos Roberto Bellin; Benjamin Chaia; Álvaro José Fialho; Cláudio Barros Lopes
SINDICATOS REPRESENTADOS PELA FECOMÉRCIO/MS
Sind. do Com. Atacadista e Varejista de Dourados; Sind. do Com. Varejista de Amambai; Sind. do Com. Varejista de
Aquidauana e Anastácio; Sind. do Com. Varejista de Campo Grande; Sind. do Com.
Varejista de Corumbá; Sind. do Com. Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande;
Sind. do Com. Atacadista e Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande;
Sind. do Com. Varejista de Naviraí; Sind. do Com. Varejista de Paranaíba; Sind. do Com. Varejista de Três Lagoas; Sind. do
Com. Varejista de Ponta Porã; Sind. do Com. Varejista de Produtos Farmacêuticos de MS; Sind. dos Despachantes Documentalistas do
Estado de Mato Grosso do Sul;Sind. dos Representantes Comerciais do Estado de Mato Grosso do Sul; Sind. dos Centros de Formação de Condutores de
Veículos do MS; Sind. dos Revendedores de Veículos Automotores de C. Grande
SUPERINTENDENTE DA FECOMÉRCIO/MSReginaldo Henrique Soares Lima
DIRETOR SUPERINTENDENTE IFMSThales de Souza Campos
DIRETOR REGIONAL DO SENAC/MSVitor Mello
DIRETORA REGIONAL DO SESC/MSRegina Ferro
COORDENADORA DE COMUNICAÇÃONúbia Cunha
Dimensionar o estoque é assunto sério e implica em organização e planejamento para que o empresário não tenha prejuízo.
42. SENAC MS As soluções personalizadas e ao encontro de interesses do cliente são as alternativas para garantir a capacitação do funcionário com a melhor relação custo-benefício.
46. Legislação Obrigatoriedade do ponto eletrônico ainda é motivo de contestação entre os empresários, porém a recomendação é que eles não percam os prazos.
48. Meio Ambiente & Cidadania A reestruturação na Av. Júlio de Castilho, na capital, prevê readequação do sistema de drenagem e funcionalidade para motoristas.
52. Parcerias Habilidade, persistência e talento são imprescindíveis para o surgimento das grandes parcerias, ações que beneficiam público variado e formador de opinião.
54. SESC MS Um ano de fomento cultural para a produção artística e literária de MS. Ações do SESC vão fortalecer a divulgação dos trabalhos dentro e fora do Estado.
56. Sindical O Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã completa duas décadas de história e está empenhado na busca da excelência dos serviços prestados.
58 Gestão & Finanças
EDIÇÃO: Infinito Comunicação [email protected]
EDITORA-CHEFE: Neusa Pavão MTB/MS 035
REPORTAGEM: Neusa Pavão, Fernanda Mathias MTB/MS 041, Marineiva Rodrigues MTB/MS 114, Rosana Siqueira MTB/MS 08, Diogo Rondon, Michele Abreu
REVISÃO: Vanderlei Verdoim
FOTOS: Mário Bueno MTB/MS 166; Edson Ribeiro MTB 050
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Futura Marketing e Propaganda
COMERCIALIZAÇÃO: Departamento de Relações com o Mercado - FECOMÉRCIO/MS
PUBLICIDADE: Cândido da Costa Silva
GESTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO: Ionise Catarina Piazzi Tavares
CONSULTORA DE RELAÇÕES COM O MERCADO: Cátia de [email protected]
Rua Almirante Barroso, 52, Bairro Amambaí, CEP: 79008-300, Campo Grande/MS Fone: (67) 3321-6292 / Fax: (67) 3321-6310
6 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Capa
Estacionamento agrega valor e pode fidelizar a clientela “Parar carro perto da faculdade é mais difícil que vestibular”. O título de uma reportagem divulgada pela Folha de São Paulo chama atenção para o desafio que não se restringe à maior cidade do país: a falta de vagas para esta-cionar. Campo Grande não escapa a essa realidade e com o aumento contínuo da frota, o prognóstico preocupa. O empresário que se atenta à questão tem a seu favor um grande diferencial que pode pesar muito mais do que se imagina na escolha do consumidor.
A bacharel em Direito Karen Freitas é enfática: mesmo
que o produto que ela procura esteja um pouco mais
caro em determinado estabelecimento, se há local para es-
tacionar fácil, é lá que fará suas compras. “É ruim estacionar
longe do local de compra porque estou sempre com a mi-
nha filha, a Bruna, que tem menos de um ano e fica compli-
cado andar com carrinho” disse. Em Campo Grande o centro
conta com 1,8 mil vagas nas ruas e outras 4,5 mil entre os
quatro shoppings, sem contar com as de estacionamentos
particulares. Ocorre que a frota de veículos tem crescido na
proporção de 9% ao ano. Hoje passa de 400 mil veículos
só na capital, segundo dados do Departamento Estadual de
Trânsito (Detran/MS). Um aumento vertiginoso, consideran-
do que a população tem crescido de 1,5% a 1,8% ao ano.
RESpONSAbIlIDADE cOlEtIvA
Para o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho,
“a escassez crescente de vagas de estacionamento é um
desafio ao poder público. Mas também uma questão de
responsabilidade coletiva. E de recursos. Especialmente de
investimentos privados na criação de vagas”. Recentemen-
te a prefeitura retirou 400 vagas dos canteiros da Avenida
Afonso Pena, que foram alargados para aumentar o espaço
verde e a obra também teve como propósito dar maior flui-
dez ao trânsito. E a revitalização da Avenida Júlio de Casti-
lhos também deve seguir pelo mesmo caminho da Avenida
Eduardo Elias Zahran, onde ficou proibido estacionar junto
às guias.
O prefeito explica que a mudança na Afonso Pena foi
necessária e, para ele, não pode ser vista como agravante
do problema. “Do mesmo modo, a alternativa encontrada,
à época, para a Avenida Zahran acabou evidenciando-se
como a mais adequada”. Uma possibilidade são estaciona-
mentos subterrâneos, que chegaram a ser estudados pelo
Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Planurb). O
prefeito pondera que estudos indicam custo muito maior
do que os verticais, embora sejam comuns em cidades até
menores que Campo Grande.
O presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo,
lembra ainda uma possibilidade de negócio oferecida pelo
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governo municipal para empresários interessados em cons-
truir estacionamentos: o PRODES - Programa de Incentivos
para o Desenvolvimento Econômico e Social oferece incen-
tivos fiscais a empresas que tenham interesse em se instalar
por aqui.
Segundo o vice-prefeito Edil Albuquerque, para partici-
par do Programa as empresas devem ter, no mínimo, dez
funcionários registrados, sendo que 90% das vagas devem
ser ocupadas por trabalhadores residentes em Campo
Grande. “É importante ter esse olhar empreendedor, já que
a construção de estacionamentos é uma importante opor-
tunidade de negócios, ainda mais neste momento, com a
revitalização de avenidas e a implantação de projetos de
melhoria da infraestrutura”.
DIFERENcIAl
O consultor Marco Boza avalia que o ritmo de vida con-
temporâneo tem imprimido valor cada vez maior aos espa-
ços para estacionar: “as pessoas
hoje, na sua grande maioria, tem
estado cada vez mais apressa-
das, estressadas com o tempo
que passam no trânsito, e esse
tipo de facilidade, que agiliza o
dia a dia, com certeza é visto com
atenção especial”. Obviamente
que cada empresário deve ava-
liar suas necessidades, de acor-
do com a área de seu negócio
e a demanda de clientes que
estarão visitando seu empreen-
dimento, se há necessidade de
espaço para estacionamento.
Quando não há espaço para isso,
pode ser valiosa uma parceria
com estacionamentos priva-
dos. “Em um mercado cada vez
mais competitivo, os detalhes
fazem toda a diferença e, muitas
vezes, é justamente nesses deta-
lhes que a empresa mostra sua
preocupação com a clientela e
A fACIlIdAde eM estACIOnAR pOde seR deteRMInAnte pARA uMA pARCelA de COnsuMIdORes COMO, pOR
exeMplO, A KARen, Mãe dA BRunA
RetIRAdA de vAgAs dA pRInCIpAl AvenIdA de CAMpO gRAnde pARA dAR MAIs fluIdez
AO tRânsItO e pRIvIlegIAR O espAçO veRde
8 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
aumenta seus resultados”, disse
o consultor.
Na Livraria Lê, do bairro
Santa Fé, a área de estaciona-
mento foi um dos pontos de-
cisivos para escolha do prédio
onde está instalada a loja, con-
ta o gerente, Tarcísio Franjotti.
“Com o estacionamento, o clien-
te consegue fazer suas compras
de forma mais prática e rápida”,
analisa. Em busca de mais con-
forto para o cliente, o salão Sutil,
localizado no centro, também
oferece serviço de manobrista.
“Assim a gente consegue ter um
rendimento melhor do espaço”, explica a sócia-pro-
prietária Marisa Myasato. Em uma região de grande
fluxo, o estacionamento faz grande diferença na de-
cisão do cliente: “quando não há espaço para esta-
cionar o cliente precisa ficar horas rodando e, além
disso, é um gasto a mais”.
Com 40 vagas à disposição da clientela, o restau-
rante Fogão de Minas também tem no estaciona-
mento um ponto estratégico. “Hoje o cliente procura
bem estar e facilidade e estabelecimento que ofere-
ce comodidade ganha pontos”, diz o proprietário,
Marcelo Cacique.
NOS ShOppINgS
No Pátio Central, o estacionamento é visto com
grande importância estratégica, por ser, em muitos
casos, o primeiro contato do público com o estabe-
lecimento. Nota da assessoria de imprensa afima:
“Para que este primeiro contato seja satisfatório o
estacionamento foi projetado por profissionais do
setor viário, para que seu funcionamento possibilite
eficiência e comodidade para o consumidor. Acredi-
tamos que uma parcela significativa dos consumi-
dores que utilizam automóvel para ir ao shopping
fazem uso do estacionamento”.
Na setorização, o setor de carga e descarga por
exemplo, está estrategicamente localizado próximo
aos elevadores , para dar agilidade ao processo de
AMplA áReA pARA estACIOnAMentO fOI estRAtÉgICA pARA A esCOlhA dO pRÉdIO dA lIvRARIA lê, segundO
O geRente tARCísIO fRAnjOttI
AuMentO de 300 vAgAs, InCluIndO estACIOnAMentO COBeRtO, fOI A fORMA
enCOntRAdA pARA gARAntIR MAIs COnfORtO AOs vIsItAntes dO shOppIng
CAMpO gRAnde
9COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
MAnOBRIstA OfeReCe MAIs seguRAnçA e COnfORtO pARA ClIentes e MAIOR RendIMentO dO espAçO de estACIOnAMentO nA sutIl
COM MenOs de uM AnO de funCIOnAMentO, O shOppIng nORte sul plAzA AdOtOu COMO estRAtÉgIA A setORIzAçãO pARA fACIlItAR A lOCAlIzAçãO dO CARRO pelO ClIente
pROpRIetáRIOs de estACIOnAMentOs RegIstRAM CResCIMentO MÉdIO de 6% nO MOvIMentO,
índICe que ACOMpAnhA O AuMentO dA fROtA
abastecimento do shopping , como também à área
destinada aos portadores de necessidades espe-
ciais , gestantes e idosos localizada junto às áreas de
acesso. O condomínio está modernizando a área e
implantando um sistema de automação que faz o
controle de acesso, com leitores de código de barra,
com a proposta de proporcionar segurança e agili-
dade aos usuários.
Recentemente, o Shopping Campo Grande am-
pliou 16% o número de vagas, que aumentou de
1.800 para 2.100 para atender a demanda. O servi-
ço como um todo também passou por melhorias. A
ideia é proporcionar conforto e segurança para os
visitantes. No Shopping Norte Sul Plaza a estratégia
foi setorizar, uma forma de evitar que os clientes te-
nham dificuldade de encontrar o seu carro diante de
um grande número de veículos. O próximo passo é
melhorar a sinalização.
SEguRANçA
Para suprir a necessidade de vagas, é crescente o
número de estacionamentos particulares, mas um
problema que acompanha essa dinâmica é o apa-
recimento dos clandestinos. Proprietário da Max Es-
tacar há 10 anos, o empresário João Karmo Júnior,
alerta que os riscos para quem coloca o veículo em
locais sem alvará de funcionamento são grandes, de-
vido à falta de controle. Para funcionar legalmente, o
estabelecimento precisa seguir uma série de regras,
uma delas é a contratação obrigatória de seguros
em locais que recebem acima de 45 veículos.
Negócio de família que já está na terceira gera-
ção, o estacionamento experimenta todos os anos
crescimento de 5% a 7% no movimento, acompa-
nhando o aumento da frota da capital. E a estrutura
para garantir a integridade dos veículos também é
melhorada continuamente. “Aqui temos 25 câme-
ras instaladas, estamos totalmente informatizados
e com este monitoramento conseguimos solucionar
problemas e dar segurança ao cliente”, diz o proprie-
tário. A orientação para quem utiliza estacionamen-
tos particulares é sempre conferir o alvará de funcio-
namento, que precisa estar em ambiente visível e
que tem validade de um ano.
10 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Economia MS
Empreendedor Individual rompe burocracias e torna real sonho de formalidade A formalidade sempre foi um desafio para o governo brasileiro, mas desde julho de 2009, com a criação do Empreendedor Individual, o problema da informalidade tem ficado cada dia mais próximo de uma solução, com número crescente de registros. Até o início deste ano já eram mais de 32 mil inscritos, reflexo da demanda reprimida pela burocracia e tam-bém pelos altos custos até então necessários para abertura do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
MAIs de 32 MIl eMpResáRIOs, entRe eles Os COMeRCIAntes dA feIRA CentRAl de CAMpO gRAnde, entRARAM nO MeRCAdO fORMAl
11COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
São histórias como a da artesã Magda Bertagnolli
Thome, que durante seis anos atuou na informa-
lidade e hoje tem o próprio negócio, uma fábrica de
peças para decoração de quartos infantis e uma loja
na Feira Central, onde atua em parceria com o ma-
rido, Paulo Thome. A partir do MDF cru, em chapas,
o casal dá os formatos às peças e as pintam. Magda
conta que a inscrição no EI foi fundamental para via-
bilizar o negócio. “Com o CNPJ posso comprar maté-
ria-prima por atacado com preço até 30% menor que
no varejo e fico mais competitiva”, esclarece.
Além disso, a formalidade também garantiu uma
ajuda importante ao casal: o auxílio-maternidade
depois que nasceu a filha do casal, Carolina, hoje
com um ano. “Não foi uma gravidez planejada e es-
távamos bem em cima da contribuição mínima para
receber o benefício”, diz Magda. Em janeiro deste ano
começou a valer o novo limite de faturamento, de R$
60 mil, uma mudança que também foi fundamental
para a empreendedora. “Se não houvesse o aumen-
to já teria que mudar de categoria no próximo ano e
para a gente que é pequeno pesa muito”, enfatiza.
MuDANçA
O ano de 2012 começou com procura acelerada
pelo cadastramento no EI. Para o técnico em Orien-
tação Empresarial do Sebrae/MS, Júlio César da Silva,
um movimento que está estritamente relacionado à
mudança do teto de faturamento para R$ 5 mil men-
sais. As principais atividades cadastradas no EI são de
comércio de vestuário e acessórios, na área beleza,
como cabeleireiros e esteticistas, no segmento de
obras, alimentação e serviços de reparos.
Para quem sai da informalidade, os ganhos vão
desde as melhores condições de negociação de insu-
mos até o fator psicológico, com ganhos importan-
tes para autoestima. “Ele passa a se sentir empresa, a
atuar dentro da legalidade e se sente mais confortá-
vel, com mais credibilidade”, diz Júlio César. O técnico
lembra que as condições simplificadas do EI foram
um divisor de águas. “Antes eram muitos impostos,
era preciso ter um contador e cumprir uma série de
exigências que tornavam o processo praticamente
surreal para quem é pequeno”, conclui.
RegIstRO nO e.I. AjudA eMpReendedORes COMO MAgdA thOMe A dIMInuIR CustOs
COM A MAtÉRIA-pRIMA
cOMO SE FORMAlIzAR
Para se cadastrar no EI é preciso ter faturamento anual máximo de R$ 60.000,00, executar uma ou mais das atividades permitidas (Resolução CGSN nº 78, de 13 de setembro de 2010), ter no máximo um funcionário e não ser sócio ou administrador de outra empresa.
cuStOS Após a formalização, o empreendedor terá o seguinte custo:- Para a Previdência: R$ 31,14 por mês (representa 5% do salário mínimo que é reajustado no início de cada ano);- Para o Estado: R$ 1,00 fixo por mês se a atividade for comércio ou indústria;- Para o Município: R$ 5,00 fixos por mês se a atividade for prestação de serviços. * Mais informações e inscrições no site: www.fecomercio-ms.com.br
Aprimorar conhecimento, reconhecer habilidades e desenvolver atitudes são regras fundamentais para quem quer vencer no mercado de trabalho.
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GESTÃO DE PESSOAS
Gestão de Pessoas por Competências11/4 a 26/4/2012 18h45 às 22h (2ª a 5ª)Carga horária: 30 horas6 x R$ 69,00 (cartão de crédito)R$ 414,00 (à vista)
MARKETING E VENDAS
Pesquisa de Marketing13/4 a 26/5/2012 18h45 às 22h (6ª) e 8h às 11h (sábado)Carga horária: 40 horas6 x R$ 89,00 (cartão de crédito)R$ 534,00 (à vista)
Marketing e Gestão de Relacionamento de Clientes22/6 a 21/7/2012 18h45 às 22h (6ª) e 8h às 11h (sábado)Carga horária: 30 horas6 x R$ 59,00 (cartão de crédito)R$ 354,00 (à vista)
ESTRATÉGIA EMPRESARIAL
Gerência de Loja2/5 a 29/5/2012 18h45 às 22h (2ª a 6ª)Carga horária: 60 horas6 x R$ 99,00 (cartão de crédito)R$ 594,00 (à vista)
Balanced Scorecard - Gestão Estratégica de Empresas10/7 a 19/7/2012 (2ª a 5ª)Carga horária: 21 horas6 x R$ 59,00 (cartão de crédito)R$ 354,00 (à vista)
FINANÇAS E CONTABILIDADE
Planejamento Tributário para MPE18/6 a 9/7/2012 18h45 às 22h (2ª a 5ª)Carga horária: 40 horas6 x R$ 99,00 (cartão de crédito)R$ 594,00 (à vista)
Planejamento e Controle Financeiro para MPE6/8 a 21/8/201218h45 às 22h (2ª a 5ª)Carga horária: 30 horas6 x R$ 69,00 (cartão de crédito)R$ 414,00 (à vista)
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14 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Cidades
Para atrair investidores para a cidade, a prefeitura acredita que a impla ntação de duas ferrovias pas-
sando pela cidade de Maracaju. Uma em direção ao porto de Paranaguá (PR) e outra rumo ao Porto
de Santos (SP). “Quando esses projetos saírem do papel, com certeza, vamos ter o ramal ferroviário que
nos liga a Maracaju reativado, criando um novo caminho de progresso para a nossa fronteira”, comemora
o prefeito Flávio Kayatt.
O município de Ponta Porã, a 350 quilômetros de Campo Grande, vive nos últimos anos grande pro-cesso de modernização. A cidade atrai muitos visitantes pela facilidade de acesso ao país vizinho e ao comércio de produtos importados, ficando refém do câmbio que favorece a cidade Paraguaia.
Ponta Porã vive o desafio de fomentar a economia na fronteira
15COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Segundo levantamento do Instituto
de Pesquisa Aplicada (IPEA) divulgado
em 2010 o Produto Interno Bruto (PIB) de
Ponta Porã cresceu 58,23% entre os anos
de 1996 e 2007. Com a população esti-
mada em 79.174 habitantes (IBGE 2011),
Ponta Porã tem lutado para diversificar a
matriz econômica. A agropecuária lidera
o ranking, com R$ 135.271 milhões, tam-
bém de acordo com o IBGE. O município
tem uma área produtiva de 217 mil hec-
tares e conta com um rebanho de quase
320 mil cabeças de gado. O frigorífico Fri-
goforte gera 120 empregos diretos e ini-
ciou o processo de transformar a cidade
para um pólo industrial.
Com a criação do assentamento da
Fazenda Itamarati em 2001, mais de 3 mil
famílias foram beneficiadas e a economia
local recebeu um reforço com a implan-
tação de alguns projetos como o da fecu-
laria que estimula e transforma a produ-
ção da mandioca, garantindo trabalho e
renda para os assentados.
RENDA E pRODutIvIDADE
De acordo com a prefeitura, em 2004, Ponta Porã conta-
bilizava 6.176 pessoas empregadas, das quais apenas 430 no
setor de indústria de transformação. Já em 2010, o município
fechou com um estoque de emprego de 9.992 ocupações,
sendo 1.394 pessoas empregadas no ramo industrial. “Fa-
zendo as contas, pode-se ver que o crescimento foi de 61,7%
e, no setor de indústria, ocorreu um crescimento de 224%”,
explica Flávio Kayatt.
A geração de novas oportunidades de trabalho é uma
prioridade para o município de Ponta Porã. O Programa de
Incentivos para a Industrialização, chamado Indusporã, per-
mitiu a concessão de terrenos para a sede das empresas,
isenção e redução de impostos, terraplanagem nas áreas das
indústrias e outras facilidades institucionais. Flávio Kayatt
explica que: “o objetivo é simples: dar todo o apoio neces-
sário ao empreendedor. O município amplia o seu perfil de
atividades econômicas, recebendo novos empreendimen-
tos, dentre os quais se destacam a usina de açúcar, álcool e
energia e a fecularia”.
O comércio é formado por 3.348 empresas segundo a
Junta Comercial e, segundo estimativa da prefeitura, indica
que o movimento comercial varejista ultrapasse a quantia de
1,8 bilhão de reais/ano, uma fatia equivalente a 20% da recei-
ta, enquanto os serviços ficam com aproximadamente 30%.
Para fomentar - ainda mais - o comércio local, a prefeitura
municipal doou uma área para a implantação de uma unida-
de do SESC e SENAC,
a fim de que sejam
oferecidos cursos
profissionalizantes
para qualificação e
capacitação dos tra-
balhadores.
INcENtIvOS
FIScAIS
Para os comer-
ciantes, a realidade
vivida por conta da
mudança cambial, é
16 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
uma das maiores dificuldades encontradas. O empresário
Jamil Salim é dono de um dos maiores supermercados da
região. Ele conta que, quando resolveu investir, o cambio
estava favorável para o Real, mas no decorrer desses onze
anos de atividades, foram várias oscilações. “Quem tem
comércio na região de fronteira, deve estar preparado. Em
alguns períodos temos que pagar pra poder vender. Já
pensei em fechar as portas várias vezes, até mesmo pela
concorrência desleal, de baixo valor tributário nos produ-
tos paraguaios. Mas eu sigo até encontrar uma outra solu-
ção”. A taxa tributária do Brasil é superior a 40% enquanto
no Paraguai é de 10%.
Para este ano, o comerciante diz que vai ampliar o es-
tacionamento para “garantir conforto e facilidade para os
meus clientes. Percebemos que preferem ir ao supermer-
cado de Pedro Juan Caballero por conta do conforto de
um estacionamento”.
Para promover o desenvolvimento da região, em feve-
reiro foi lançada a Unidade Executora Local (UEL-PJC), do
projeto Integração Competitiva de Micro e Pequenas Em-
presas em Ambiente de Fronteira (Bolívia, Brasil, Paraguai)
conhecido também como MS sem Fronteiras.
O presidente da Associação Comercial de Ponta Porã,
Evaldo Pavão Senger, explica que o objetivo é promover
o desenvolvimento econômico, sustentável e integrado,
aproveitando o ambiente de fronteira como oportunidade
de expansão produtiva. “É uma iniciativa inédita, que pro-
põe um novo olhar sobre os municípios fronteiriços. Pos-
sibilitará um desenvolvimento equilibrado, uma vez que
olhamos para essa fronteira como um território integrado,
que apresenta diversas oportunidades para a atuação con-
junta”, disse. A instituição investe em atrativos para o con-
sumidor. “Aqui eles podem comprar a prazo, fazer parcelas,
temos nossos clientes fiéis”, mensura o proprietário.
tuRISMO E hIStóRIA
O município vem focando na interação entre a popula-
ção local e os visitantes impulsionada por alguns fatores
tradicionais, como a facilidade de acesso ao Paraguai pela
linha internacional e, mais recente, pela nova via criada
com a pavimentação de Vista Alegre, distrito de Maraca-
ju, ao entroncamento chamado “Copo Sujo”. As opções de
lazer vão desde o turismo de compras com uma fronteira
seca, além dos cassinos. O município também quer forta-
lecer o turismo nacional e atrair os olhos para o lado de cá
da fronteira com a construção do Centro Internacional de
CentRO InteRnACIOnAl de COnvenções É
uM dOs InvestIMentOs pARA fOMentAR O
tuRIsMO de eventOs nA fROnteIRA
pROjetOs COMO O dA feCulARIA gARAnte
tRABAlhO e RendA pARA fAMílIAs
Convenções, um espaço apropriado para eventos nacio-
nais e internacionais. “Fortaleceremos a cadeia produtiva
do setor com novos empregos e renda nos hotéis, restau-
rantes e similares”, diz otimista o prefeito.
O visitante também pode encontrar o Museu da Erva-
-Mate, a Colônia Militar dos Dourados que narra a história
da guerra da Tríplice Aliança. O Parque Nacional de Cer-
ro Corá é outro atrativo. É um local com estrutura para
acampamentos, banhos de rio, passeios e visitas aos mo-
numentos dos combatentes da Guerra Del Chaco.
O município dispõe de uma rede hoteleira com cerca
de 20 unidades e capacidade de 1.189 leitos. Para Eval-
do Pavão Senger, que também é dono de uma empresa
de turismo, a cidade é um ótimo local para se investir e
precisa de melhorias. “Ponta Porã tem uma ótima loca-
lização, por ser uma região de fronteira o turismo deve
ser incentivado. O que deve ser feito agora é investir em
profissionais qualificados que atendam bem a quem vier
à nossa cidade”.
flávIO KAyAtt, pRefeItO de pOntA pORã
18 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Entrevista
Para alavancar o setor terciário, infraestrutura urbanaNos últimos anos a capital sul-mato-grossense passou por fortes mudanças, especialmente no setor terciário, com a ampliação da oferta de serviços e a sofisticação do comércio, processo intimamente atrelado à melhoria contínua da infraestrutura da cidade. Por isso, a Comércio & Cia traz nesta edição o prefeito de Campo Grande, Nelson Trad Filho, para falar sobre as ações em curso e que ainda serão desenvolvidas com intuito de consolidar a capital como pólo de vanguarda na oferta de serviços nos próximos dez anos. Médico por formação, o prefeito tem sua trajetória marcada desde a juventude pelo envolvimento nas causas da sociedade, com mandatos na Câmara dos Vereadores e também na Assembleia Legislativa. Pai de dois filhos, o prefeito conta com apoio e participação ativa de sua esposa, a primeira-dama Antonieta Amorim Trad. Nas linhas que seguem, o prefeito revela sua percepção e perspectivas em torno do setor terciário da capital.
comércio & cia. No último ano de sua segunda gestão,
como percebe a evolução da economia da capital nes-
tes últimos anos?
Nelson Trad Filho - Com especial participação do setor ter-
ciário, Campo Grande vem experimentando, nos últimos
anos, não só expansão econômica em termos absolutos,
mas, o que é muito importante, uma modernização cons-
tante dos fatores ou fundamentos de nossa economia. A
oferta de serviços cada vez mais complexos em múltiplos
setores, a sofisticação do comércio para fazer frente a de-
mandas cada vez mais exigentes, enfim, a consolidação
dos suportes estruturais de uma economia à altura de
uma cidade que, além de Capital, tem em seu DNA a voca-
ção de pólo regional estratégico - tudo isso consubstancia
uma dinâmica econômica vigorosa. Outra frente, o consis-
tente processo de industrialização, de uma política muito
bem articulada de incentivo focado em setores com os
quais Campo Grande tem vocação e afinidades, tem asse-
gurado uma verticalização econômica, sem comprometer
a qualidade de vida, a saúde ambiental de nossa cidade.
Que para nós todos é fundamental e intocável.
c&c - E o setor terciário, envolvendo o comércio, servi-
ços e turismo, como tem se comportado neste cenário?
Com extraordinária e decisiva participação. Se “o Egito é
um dom do Nilo”, bem podemos dizer que “Campo Gran-
de é um dom do comércio”. Foi em torno do comércio, da
vocação de fornecedora de víveres e utensílios para toda
uma vasta região que ia além de Maracaju, que a vila foi
se transformando em cidade. Vocação reforçada com a
chegada dos trilhos da Noroeste do Brasil. Essa vocação
comercial só se expandiu e consolidou ao longo dos anos.
E como comércio e serviços são atividades naturalmente
associadas e, em muitos casos, inseparáveis, aqui essas
afinidades de interesses tem resultado num extraordiná-
rio processo continuado de modernização econômica e
de mudanças sociais. Graças a Deus, tivemos a felicidade
de criar, como prefeito, circunstâncias objetivas para am-
pliar as bases de sustentação e expansão desses setores.
Os investimentos que temos feito em infraestrutura, em
modernização estrutural de fato, em educação, saúde,
saneamento, habitação etc. resultam, concretamente,
em inclusão social, em promoção humana e em ascensão
econômica de segmentos da população que até há pou-
co não tinham oportunidade de participar efetivamente
do crescimento socioeconômico de Campo Grande. Tudo
isso resulta em expansão de emprego e renda, em amplia-
ção das oportunidades, com repercussão direta nos seto-
res do comércio e dos serviços. Pessoalmente, como filho
desta cidade, mas, sobretudo, como alguém que tem a
oportunidade magnífica de governá-la, fico muito feliz ao
identificar que todo esse conjunto de obras e programas
resulta em fundamentos mais sólidos para o crescimento
continuado do nosso setor terciário.
DIVU
LGAÇ
ÃO
20 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
c&c - De que forma a prefeitura tem apoiado o setor eco-
nômico? como avalia o diálogo que hoje é estabelecido
com os empresários?
Os investimentos em infraestrutura urbana, as grandes
obras viárias, de saneamento e de resgate de grandes áre-
as disponibilizadas para a ‘fruição’ - como diria o poeta - da
população, tanto quanto os recursos aplicados em saúde,
educação, promoção social e humana - tudo isso resulta, di-
retamente, na dinamização da economia, no incremento às
atividades produtivas. Além do que, em meu governo am-
pliei os mecanismos de incentivo às atividades econômicas,
de apoio aos investimentos geradores de empregos e de
renda. Especialmente em relação ao comércio e aos serviços,
não tenho dúvidas de que o panorama construído ao longo
dos últimos sete anos, de diálogo permanente e construtivo,
permite vislumbrar um horizonte de expansão continuada.
E aqui quero testemunhar que esse diálogo produtivo refle-
te a visão empresarial moderna, a conscientização sobre a
responsabilidade social do setor no contexto do desenvol-
vimento como um todo e, especial-
mente, a sensibilidade humana e éti-
ca dos representantes dos setores de
comércio e serviços que temos tido
como interlocutores ao longo de to-
dos esses anos.
c&c - O que podemos esperar para
os próximos anos, em termos de
desenvolvimento do comércio e
turismo da capital alinhados às obras de infraestrutura
urbana e o projeto de revitalização da área central?
O que o poder público pode - e deve - fazer para criar cir-
cunstâncias reais para o desenvolvimento econômico, nós
estamos fazendo em Campo Grande. Talvez nenhuma ou-
tra cidade brasileira tenha recebido tão importantes obras
transformadoras quanto Campo Grande. As dezenas de
quilômetros de Parques Lineares - que não só integram as
diversas regiões com complexos viários modernos, mas res-
gatam o verde e restauram a cidadania ao transformar bre-
jões em espaço de lazer de preservação ambiental - obras
como a Via Morena e todos os complexos similares de lazer
e valorização urbana e de estrutura para atividades culturais.
Essas são apenas algumas das muitas intervenções definido-
ras de um novo panorama urbanístico, social e humano que
instalamos em Campo Grande. Ou melhor, que colocamos à
disposição da população da cidade - e, claro, do empresaria-
do. Que agora tem múltiplas opções de investir na oferta de
produtos e serviços. Este é o papel do Poder Público: ao lado
de garantir a eficácia e a democratização dos serviços públi-
cos, criar as circunstâncias que agreguem, ao mesmo tempo,
oportunidades de ascensão econômica e social para popula-
ções de baixa renda e novas perspectivas de investimentos.
c&c - campo grande já tem dois shoppings de grande
porte, um terceiro em andamento, além de outros dois de
menor porte. A prefeitura tem sido procurada por outros
investidores que pretendem lançar empreendimentos de
grande porte no setor terciário do Estado? como, para
quando e quais regiões da cidade são esses projetos?
É natural que a administração municipal receba sempre
investidores interessados em grandes e médios empreen-
dimentos na cidade. Especialmente quando estão dadas
condições como as criadas pelos investimentos públicos es-
tratégicos para a expansão, como é nosso caso. Agora, por
responsabilidade pública e senso ético, não podemos ‘situar’
esse ou aquele empreendimento.
c&c - um dos assuntos tratados nesta edição são as va-
gas em estacionamento nos pontos comerciais - do cen-
tro, bairros e shoppings. como a
prefeitura vê essa questão? temos a
retirada de vagas na Afonso pena e
também a Avenida Julio de castilhos
que, a exemplo da zahran, também
não permitirá que se estacione junto
à guia. Quais seriam as alternativas?
há viabilidade em implantar os es-
tacionamentos subterrâneos como
chegou a ser cogitado?
O déficit de estacionamento é um sério problema na grande
maioria das cidades do mundo. E a tendência, lamentavel-
mente, é o seu agravamento em escala correspondente ao
despejo vertiginoso de novos veículos nas ruas. Nesse sen-
tido, a supressão das vagas da Afonso Pena - em benefício
de maior fluência de veículos e de ‘apropriação’, pela cida-
de e pela cidadania, de maior espaço verde numa alameda
que talvez não tenha similar no Brasil - não pode ser vista
como ‘agravante’ do problema. Do mesmo modo, a alter-
nativa encontrada, à época, para a Avenida Zahran acabou
evidenciando-se como a mais adequada. Agora, é claro que
a questão da escassez crescente de vagas de estacionamen-
to é um desafio ao poder público. Mas também uma questão
de responsabilidade coletiva. E de recursos. Especialmente
de investimentos privados na criação de vagas. Quanto aos
estacionamentos subterrâneos, especialistas dizem que eles
são muito mais caros que os verticais - que, aliás, já são co-
muns em cidades até menores que Campo Grande.
c&c - Quem passou pela cidade há cinco anos, hoje prati-
camente não a reconhece. As obras de mobilidade deram
21COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
uma nova roupagem e, a reboque, brotaram prédios,
condomínios. Quais os avanços previstos ainda dentro
do projeto de mobilidade?
Assim caminha a humanidade... O poder público investe em
grandes obras de infraestrutura urbana, de transporte, in-
tegração urbanística associando saneamento, preservação
ambiental e lazer, exatamente para democratizar o acesso
à qualidade de vida. É natural que
regiões mais periféricas, ‘aproxima-
das’ com esses sistemas viários, se
tornem pólos de atração para in-
vestimentos privados em moradias
com mais qualidade. Esse processo
de ocupação vai gerar, no futuro,
novas demandas em termos de
mobilidade urbana, de saneamen-
to, mais investimentos em setores
como educação, segurança, saúde
pública etc. Mas isso é da natureza
do próprio processo de expansão
urbana. Cabe ao poder público, em primeira instância, or-
denar essa expansão, fazer cumprir a legislação que evite
a expansão desordenada. Isso, felizmente, estamos fazendo
com muito rigor e responsabilidade. Agora, tenho dito que
só as cidades “mortas”, aquelas estagnadas definitivamen-
te, não vislumbram problemas e desafios no curto, médio
e longo prazos.
c&c - E o cronograma de despoluição visual e revitaliza-
ção do centro, sofreu novas alterações?
O Plano de Revitalização do Centro (Lei Complementar n.
161 de 20/07/2010) é um planejamento estratégico que
será desenvolvido ao longo de 20 anos na Zona Especial de
Interesse Cultural do Centro (ZEIC/Centro). Abrange uma
área de 257 hectares e possui mais de 90 ações previstas.
Exemplo dessas ações: Reviva o Centro (despoluição visu-
al, já em andamento), restauração da Estação Ferroviária
(entregue em dezembro de 2011), Orla 1 (entregue no final
de 2010), Orla 2 e Orla Ferroviária (ambas em andamento),
Revitalização da Praça Ary Coelho (em andamento), Centro
de Belas Artes (em andamento), Revitalização da Rua 14
de Julho (aguarda recurso), Parque da Imigração Japonesa
(aguarda recurso), dentre outras.
c&c - Quanto à revitalização da Morada dos baís, que
terá sua estrutura melhor aproveitada, em que pé estão
as ações?
Com a responsabilidade de governar a capital como um
todo, também nessa área importantíssima, que agrega cul-
tura, patrimônio histórico e turismo, tenho que empreender
um programa integrado que contemple o conjunto monu-
mental de que Campo Grande dispõe em sua região central.
É nesse conjunto que se insere a Morada dos Baís, com um
dos mais importantes itens desse patrimônio, que se esten-
de do Mercadão Municipal à Esplanada da antiga ‘Noroeste
do Brasil’, como todo o seu rico acervo arquitetônico. Aliás,
com relação à Morada dos Baís, hoje intensamente utiliza-
da como espaço cultural para eventos
que valorizam o patrimônio histórico,
há uma proposta muito criativa do
doutor Edison Araújo, presidente do
Sistema Fecomércio. Ele propõe insta-
lar ali um espaço gourmet, de culinária
regional, com cursos gratuitos de gas-
tronomia ministrados por profissionais
atuantes em Campo Grande.
c&c - como o turismo da capital po-
deria ser melhor explorado, a partir
de projetos como o Aquário do pan-
tanal e outros atrativos?
Acho, sinceramente, que o poder público não tem lições
a dar ao empresariado, executivos e especialistas do setor.
São eles, que investem capital, competência e conhecimen-
to, que devem definir as melhores alternativas para valorizar
o enorme potencial de nosso patrimônio turístico.
c&c - O que o atual cenário econômico de campo gran-
de desenha para o futuro da capital e na sua avaliação,
qual o papel que o setor terciário deve exercer neste
contexto?
Estou absolutamente certo que Campo Grande se consoli-
dará progressivamente como uma metrópole regional pres-
tadora de serviços de qualidade e sofisticação crescentes.
Essa é sua vocação natural, está no seu DNA, como dissemos
no início. Seja na Educação (universidades cada vez mais re-
conhecidas, centros de qualificação em diferentes setores
do conhecimento), nos serviços de alta complexidade em
saúde, em áreas como de suportes tecnológicos, núcleos de
pesquisa, nos moldes da Embrapa e Fiocruz (já instaladas, a
primeira há décadas). Vislumbro Campo Grande como um
pólo de vanguarda na oferta de serviços, definitivamente
consolidada nos próximos dez anos. E exatamente porque
sediará, crescentemente, as estruturas - e os profissionais,
o capital humano que vai operá-las - desses sistemas, será,
cada vez mais, uma cidade ótima para se viver. E esse será
outro enorme valor agregado - Campo Grande vai atrair
mais investimentos em habitação de qualidade. Por aí se
avalia a importância que vislumbro para o setor terciário em
nossa cidade.
22 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Comércio & Serviços
Páscoa deve movimentar 70 milhões na economia de MS em 2012Considerada a 4ª melhor data para o Comércio, a Páscoa deste ano deve gerar 20 mil novos empregos, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab). Nos últimos cinco anos, o consumo de chocolate no Brasil cresceu 39%, fazendo de nosso país o quarto maior con-sumidor do produto no mundo. Mas não só com chocolate é comemorada a Páscoa, outros produtos e serviços devem movimentar a economia de MS.
COnsuMO de ChOCOlAte nO pAís
CResCeu 39%, elevAndO O BRAsIl pARA O
quARtO MAIOR COnsuMIdOR dO MundO
23COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
O economista e superintendente do Instituto
Fecomércio, Thales Souza Campos, prevê que
devem circular cerca de 70 milhões de reais na eco-
nomia do Estado em três frentes: Chocolate, Ativi-
dades Pesqueiras e Turismo.
DAtA EStRAtégIcA
O empresário Rafael Orlandi, proprietário da
franquia Cacau Show em Campo Grande está oti-
mista. “Planejamos um aumento de 20% das ven-
das em relação ao mesmo período do ano passado.
Este ano, a Páscoa será comemorada bem no início
do mês o que, acreditamos, significa que as pessoas
estarão com dinheiro para gastar”.
Esse período em que boa parte dos brasileiros
extravasa na ingestão de chocolate é estratégico
para os empresários do setor. “A data significa 50%
de nosso faturamento anual, o que nos obriga a
planejar nosso estoque com até seis meses de an-
tecedência”, afirma Rafael. Num mercado agressivo,
em que as grandes marcas lotam as prateleiras com
novidades e apelos mercadológicos e as pequenas
conseguem abocanhar uma parcela significativa de
consumidores, o empresário aposta na qualidade e
na estética de seus produtos. “Nossa expectativa é
que cada cliente gaste uma média de 50 a 60 reais
por compra só na nossa loja”, afirma.
De acordo com o vice presidente de Marketing
do Grupo Pereira - responsável pelas lojas Comper,
Fort Atacadista e Bat Forte, João Pereira, a expecta-
tiva é de um aumento de 15 % nas vendas de cho-
colate. As vendas também serão favoráveis para o
bacalhau e peixes, azeites, vinhos e massas. Ques-
tionado sobre o valor destes produtos neste ano,
João Pereira afirma que “apenas os ovos de Páscoa
sofrerão um pequeno aumento, de 3% a 5%, mas
investiremos em campanhas que privilegiem com-
Ms ReCeBeRá uMA MÉdIA de 70 MIlhões nA eCOnOMIA duRAnte peRíOdO
AuMentO dAs ClAsses C e d vãO AqueCeR setORes
InvestIMentO eM CAMpAnhAs pARA InCentIvAR A COMpRA AnteCIpAdA
24 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
pras antecipadas, concedendo descontos e
ações promocionais para os lançamentos. O
Grupo Pereira afirma-se como otimista para as
vendas em 2012. “Com o aumento gradativo
da renda dos consumidores, todos irão pro-
curar produtos com valor um pouco maior do
que compravam anteriormente”.
A Rede Econômica de Supermercados tam-
bém aposta em ações estratégicas para fazer
os olhos do consumidor crescerem e o bolso
ser mais generoso. “Vamos investir na questão
dos preços, comunicação, melhor exposição
dos produtos, promoções”, avalia a diretora de
marketing, Daniela Godoy.
tuRISMO AQuEcIDO
Com o feriado da sexta-feira santa (06/04)
o Turismo é outro setor que prevê aquecimen-
to nas vendas. João Eduardo Antunes é pro-
prietário da Nova Agência Turismo em Cam-
po Grande. Segundo ele, a comemoração se
caracteriza como baixa temporada, mas deve
gerar um aumento de 30% na procura por pa-
cotes turísticos. “Os destinos mais procurados
pelos campo-grandenses são as Serras Gaú-
chas por conta dos chocolates, Buenos Aires e
praias do Nordeste”.
setOR tuRístICO AguARdA uM InCReMentO de AtÉ 30% nuM peRíOdO de BAIxA teMpORAdA
pásCOA COMeMORAdA nO IníCIO dO Mês pOde gARAntIR AuMentO nAs vendAs, AfIRMA O eMpResáRIO RAfAel ORlAndI
26 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Estratégia
“Quem não se comunica, se estrumbica”. A frase tão propagada, do saudoso José Abelardo Barbosa de Medeiro, o Chacrinha, deve servir de alerta para empresários que buscam conquistar melhores resultados seja na vida pessoal ou profissional.
Não é novidade alguma afirmar que a comunicação é
essencial em todas as circunstâncias e imprescindível
no mundo dos negócios. E é neste meio que surge uma
forma específica de comunicação, muito discutida, mas
que ainda gera muitas dúvidas: a Comunicação Interna
(CI), um processo gerencial que tem como objetivo forta-
lecer a comunicação direta das lideranças com suas equi-
pes e vice-versa. Um esforço de comunicação desenvolvi-
do para possibilitar o relacionamento ágil e transparente,
da direção com o público interno e entre os próprios ele-
mentos desse cenário.
Para a Consultora Organizacional, Adriana Gregório,
esse tipo de comunicação nas empresas, geralmente,
acontece de forma não sistematizada, com muitos ruídos
e pouca efetividade. “Deveria ser fluente, natural, utilizada
para aproximação, entendimento, cumprimento da mis-
A comunicação como ferramenta para melhorar seu negócio
A “hORA dA fRutA” nA dIgIthO BRAsIl É MOMentO de desCOntRAçãO e dA
tROCA de IdeIAs
27COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
são organizacional e pessoal de cada profissional, mas
infelizmente não é assim que acontece”.
Segundo Adriana, essa falta de comunicação pode
trazer sérios problemas para a organização. “Os pro-
blemas são variadíssimos: insatisfação com a natureza
do trabalho - o profissional não sabe a importância
que ele e seu trabalho representam para a empresa e
para a sociedade - conflitos velados e manifestos; alta
rotatividade de profissionais; desperdício de tempo;
comprometimento da qualidade dos produtos e o que
é mais assustador, comprometimento da qualidade
dos serviços prestados, com perdas financeiras e tam-
bém com a falência de mercado e de talentos”.
A Comunicação Interna não se restringe à chamada
comunicação descendente, aquela que flui da direção
para os empregados, mas inclui, obrigatoriamente, a
comunicação horizontal e a comunicação ascenden-
te, que estabelece o feedback e instaura uma efetiva
comunicação. A consultora alerta para esse problema.
“Muitas empresas só comunicam de cima para baixo,
não investem sistematicamente na melhoria contínua
da sua comunicação e isso é um erro. É preciso ouvir,
discutir, entender que seus profissionais são capital
intelectual e emocional e, portanto, maior bem que
possuem. Investir consciente de que a integração dos
níveis estratégicos, táticos e operacionais é fundamen-
tal para o sucesso”.
A Empresa DígithoBrasil, que atua há dez anos no
mercado de software e prestação de serviços de infor-
mática em Mato Grosso do Sul, é um exemplo de quem
busca melhorar a Comunicação In-
terna para ter mais resultados. Se-
gundo a diretora administrativa e
financeira, Eliane Dias Terra Ferzeli,
tal necessidade partiu da vontade
de aproximar os colaboradores,
que se dividem em dois nichos: o
pessoal que trabalha dentro das
instalações da empresa e aqueles
AdRIAnA gRegóRIO: “A C.I. dá CeleRIdAde AOs pROCessOs e pROpORCIOnA
dIsCussões eM tORnO de IdeIAs, ResOluçãO de COnflItOs”
A C.I. deve seR utIlIzAdA COMO feRRAMentA pARA ApROxIMAR equIpe, dIz elIAne feRzelI
28 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
que trabalham dentro das instalações dos clientes.
“Queríamos que todos se sentissem parte ‘real’ da
DígithoBrasil, independentemente de qual local tra-
balhassem. E isso nos leva a práticas contínuas de in-
formar, agir, integrar e mobilizar nossa força criativa.
Primeiramente contratamos uma pessoa para ouvir as
necessidades dos colaboradores e à partir da compila-
ção das informações, elaboramos uma série de ações
específicas para cada uma”, diz a diretora.
A empresa implantou uma área do colaborador em
seu site, onde os funcionários podem consultar hole-
rites, informações administrativas, novidades na área
de Tecnologia da Informação, entre outros. Criou uma
associação de colaboradores e realiza ações diversas
como o café da manhã e a hora da fruta, momentos em
que os funcionários se encontram para descontrair e
trocar ideias.
Eliane diz que o principal problema percebido pela
empresa não era a falta de comunicação, mas sim os
ruídos na comunicação ou a comunicação incomple-
ta. “Gastava-se muito tempo e energia para esclare-
cimentos e correções de tarefas entendidas
ou interpretadas de maneira incorreta. Hoje,
melhoramos os processos de trabalho, a in-
tegração entre as pessoas e, como consequ-
ência, o clima organizacional. Reduzimos a
rotatividade de pessoal e melhoramos a qua-
lidade de vida de nossos colaboradores. Com
esse fortalecimento, claramente percebemos
que a empresa cresceu, produz mais e melhor
e está pronta para novos desafios, clientes e
mercados”, afirma.
Mudança organizacional também veri-
ficada na loja especializada em móveis pla-
nejados, Todeschini. Há cerca de três anos
percebeu-se a necessidade de um reposicio-
namento comercial e com isso, melhorias na
CI. Segundo a diretora administrativa e finan-
ceira, Elizabete Santos, a falta de comunicação
gerava prejuízos de um modo geral, como a
“necessidade de correção dos problemas que
advinham da falta de comunicação e a perda
de tempo dos colaboradores, que poderia ser
investido em novos negócios”.
A empresa iniciou um processo com o primeiro
passo da avaliação do cenário de como se dava a Co-
municação Interna na empresa até aquele momento.
Em seguida, a criação de um Plano de Procedimentos
e a definição das alterações com atribuições e respon-
sabilidades. E por último, a execução do plano com
medição constante dos resultados obtidos. “Após essa
melhora na CI nos tornamos mais competentes, rápi-
dos e eficazes na execução de nossas atribuições e no
atendimento aos nossos clientes. Consequentemente,
a produtividade aumentou”.
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30 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Regulamentação de profissões gera expectativa para quem atua na área
Em janeiro deste ano a presidência da República sancionou a lei nº 12.591, que reconhece a profissão de Turismólogo e disciplina seu exercício, e a lei nº 12.592, que regulamenta as profissões nas áreas de beleza e estética como Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador. O anúncio gerou expectativa entre os profissionais, que esperam ter seus trabalhos valorizados.
Carreira & Mercado
Segundo a presidente da Associação Profissional dos Esteticistas e Cosmetólogos de MS (Apecsul-
-MS), Joana Aguirre do Amaral, existem hoje no Es-tado cerca de 15 mil esteticistas, 9 mil só em Campo Grande. Deste total, afirma Joana, cerca de 70% tra-balham na ilegalidade. “Com a regulamentação, es-peramos que essa realidade mude. Isso vai ser muito bom para nossa profissão. Significa que seremos valo-rizados, pois sem a regulamentação, outros profissio-
nais estavam exercendo nossa função. Isso não será mais possível”. Na prática, diz Joana Aguirre, os sindicatos pode-rão cobrar o cumprimento de carga horária mínima dos cursos. “Os profissionais terão que buscar a quali-ficação mínima exigida para cada atividade o que vai repercutir na qualidade do serviço oferecido para a população”. Para atuar em estética corporal, por exem-plo, será exigida carga horária de 600 horas-aula.
COM RegulAMentAçãO, MAIs
estetICIstAs vãO tRABAlhAR
nA fORMAlIdAde
31COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
pROFISSIONAIS MAIS pREpARADOS Outra atividade que também foi abrangida pela Lei é a de Cabeleireiro. No Estado, atuam aproxi-madamente 52 mil cabeleireiros, segundo dados do Sindicato dos Cabeleireiros de MS, mas, desse total, a maioria está na informalidade. É o que afir-ma a presidente, Lucimar Roza. Na avaliação dela, a regulamentação vem valorizar os profissionais que já trabalham na área e não eram reconhecidos. Ela afirma que a regulamentação vai gerar profissionais mais qualificados e valorizados e quem ganha com isso também é a população. “A cada dia surgem no-vos produtos e equipamentos que exigem cuida-dos especializados, cuja manipulação indevida por profissionais despreparados pode comprometer a saúde e a segurança das pessoas”. Sobre a escolaridade exigida para atuar na área, de ensino fundamental completo, a presidente ex-plica que os profissionais que já atuam há mais de dois anos poderão se regularizar, mas os que não
têm esse tempo será preciso concluir a escolaridade.
INcluSãO NA cbO Para os profissionais do turismo, o reconhecimento da profissão é o primeiro passo para a regulamen-tação da atividade. Segundo o tu-rismólogo e delegado nacional da Associação Brasileira dos Bacharéis em Turismo de MS (ABBTUR/MS), Wantuyr Tartari, os artigos que regu-lamentavam a profissão foram veta-dos. “O reconhecimento é uma gran-de conquista, mas não cria reservas de mercado e nem obriga empresas
a contratarem esses profissionais no seu quadro de funcionários, e isso frustrou um pouco a categoria, embora seja uma grande conquista após uma luta de 37 anos”. Uma das maiores mudanças é a inclusão da profissão na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), do Ministério do Trabalho e Emprego. “Vai propiciar o cadastramento nas bases de dados do IBGE, Receita Federal, CAGED, Lista de Ocupações da Carteira de Trabalho, FGTS. Outro benefício vai decorrer por conta do poder público e da iniciativa privada, que utilizam a CBO para elaborar os seus planos de cargos e carreiras”. Em MS existem hoje cerca de 2,5 mil turismólo-gos. Só em Campo Grande são aproximadamente 500 profissionais atuando. Segundo Tartari, não existe um número exato, pois a ABBTUR/MS é ape-nas uma associação e não um Conselho, assim, não existe a obrigatoriedade do profissional se cadas-trar para poder atuar.
“pOpulAçãO só
teM A gAnhAR COM
pROfIssIOnAIs MAIs
quAlIfICAdOs”,
AfIRMA luCIMAR ROzA
jOAnA dO AMARAl: “MAIs
vAlORIzAçãO pROfIssIOnAl”
pROfIssIOnAl MAnICuRA tAMBÉM fOI RegulAMentAdA
pARA WAntuyR tARtARI, InClusãO
nA CBO AjudARá nA elABORAçãO de
plAnOs de CARgOs e CARReIRAs
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32 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Ciclo de Palestras e Workshops ao gosto dos empresários
Fecomércio MS
Sucesso de público e crítica em 2011, as palestras e Workshops promovidos pela Federação do Comércio de Bens Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul tem continuidade em 2012. O cronograma de eventos já começou.
Comemorando o Dia Internacional da Mulher, o
Sistema Fecomércio MS trouxe a CG e Dourados
a sexóloga Laura Muller. A iniciativa foi a primeira de
uma série de palestras e workshops que o Sistema irá
oferecer para empresários e profissionais da área do
comércio. A palestra que teve como tema “Trabalho e
Vida Sexual Afetiva”, de Laura Muller, estimulou o públi-
co a fazer reflexões que favoreçam o equilíbrio entre
realização profissional e pessoal.
A próxima edição da Palestra Solidária irá trazer o
filósofo, professor Mario Sérgio Cortella que apresen-
tará a palestra “Não Nascemos Prontos”, abordando a
necessidade que os profissionais têm de refletir sobre
a presença e importância dos valores nas organizações
de trabalho, na família e no meio que estamos inseri-
dos. O evento será realizado no dia 26 de abril, no Cen-
tro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo,
em Campo Grande. De acordo com a gestora de rela-
ções com o mercado da Fecomércio MS, Ionise Piazzi, a
meta para este ano é arrecadar 3.047 latas de leite em
pó que serão doadas para o Programa SESC Mesa Bra-
sil que entregará à instituições carentes. Mário Sérgio
Cortella explica: “ser humano é ser junto. Parece óbvio
mas não é; muita gente desliza ao apequenar a própria
vida deixando de lado a capacidade de também aju-
dar a cuidar de outras vidas. Aliás, alguns pensam que
o ditado que deve imperar é ´cada um por si e Deus por
todos´, quando, se quisermos uma história honrada e
uma biografia digna, temos de praticar o “um por todos
e todos por um”. Só assim entenderemos que a palavra
sexólOgA lAuRA MulleR fOI uMA dAs pRIMeIRAs pAlestRAntes deste AnO, COM eventOs eM CAMpO gRAnde e dOuRAdOs
33COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
´solidariedade´ não vem de “solidão” e sim de “sólido”,
aquilo que robustece a nossa convivência e protege nos-
so futuro. Muito importante a realização de eventos soli-
dários como este”, conclui Cortella.
O empresário Fábio Ângelo, diretor comercial do Gru-
po Alvorada Materiais de Construção, participa todos os
anos dos eventos do ingresso solidário promovidos pela
Fecomércio MS. “Investir em cursos e palestras significa
aprimorar o conhecimento e a produtividade de cada
colaborador visando o melhor atendimento aos nossos
clientes”, diz.
WORkShOpS EMpRESARIAIS
Em 2012, a Federação do Comércio dará continuida-
de ao ciclo de workshops destinados aos empresários
do Estado. Ionise Piazzi fala das novidades para este ano.
Uma delas é a realização de alguns eventos na cidade de
Dourados. “Também vamos abordar temas escolhidos
pelos próprios participantes do ciclo de workshops do
ano passado. Temos o compromisso de levar informação
e conteúdo de interesse das instituições públicas e pri-
vadas para a sociedade em geral e, com estes workshops
e palestras, promovemos uma reflexão - o que sou como
profissional? Como família? Como cidadão? A partir do
momento que passamos a olhar para nós mesmos, nos
tornamos seres humanos melhores”.
sIsteMA feCOMÉRCIO OfeReCe pAlestRAs de gestãO pARA exeCutIvOs e
tRABAlhAdORes dO COMÉRCIO de vARejO
cRONOgRAMA DE EvENtOS
EvENtO
palestra: “Não Nascemos prontos”
Workshop: “como se tornar um campeão de vendas”.
palestra: “O poder da comunicação no Mundo das vendas”
palestra: Afetivi-dade e Sensibi-lidade nos Rela-cionamentos de trabalho - Dia do comerciante
Workshop: “Es-tratégias de Ne-gociação coletiva para Sindicatos patronais” - 1ª encontro
Workshop: “Fluxo de caixa: a bola da vez do Empresário”
Workshop: “Es-tratégias de Ne-gociação coletiva para Sindicatos patronais” - 2ª en-contro
Workshop: “técnicas de Negociação”
palestra de Natal: “como usar a Motivação para conquistar e Manter clientes”
palestra: “Os 04 pilares do vendedor de Sucesso”
palestra: “construindo Estratégias poderosas de vendas”
Mario Sergio cortella
cesar Frazão e Edilson lopes
professor gretz
plínio Oliveira
Dr. Wolnei tadeu Ferreira
Samuel Marques
Dra.vera lucia dos S. Menezes
João Marcelo Furlan
Daniel godri
Nailor Marques
Edilson lopes
26/04/2012
22/05 e 23/05/2012
28/06/2012
13/07/2012
24/07/2012
22/08 e 23/08/2012
20/09/2012
23/10 e 24/10/2012
13/11/2012
30/05 e 31/05/2012
24/05/2012
ORADOR DAtA
34 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
A conectividade é um canal eletrônico de relaciona-mento, usado para troca de informações entre a Cai-
xa e as empresas, escritórios de contabilidade, sindicatos, prefeituras e outras instituições. Ela é opcional ainda para as empresas optantes pelo Simples Nacional, que tenham até 10 empregados, nas operações relativas ao recolhi-mento do FGTS. Para garantir o acesso ao sistema, a Caixa Econômica Federal prorrogou até 30 de junho o prazo para início da obrigatoriedade da certificação, no modelo ICP-Brasil, como forma exclusiva de acesso ao Conectividade Social.Segundo o presidente do Sistema Fecomércio MS, Edison Araújo, o canal dispõe de diversas funcionalidades para os usuários, como a transmissão do arquivo do Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Pre-vidência Social - SEFIP, envio das informações relativas ao CAIXA PIS/Empresa, encaminhamento do arquivo da Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS - GRRF, obtenção de extrato da conta vinculada aos trabalhadores, entre mui-tos outros. Ela explica que a certificação se destina a empresas, escritórios de contabilidade, sindicatos, prefeituras, Supe-rintendências Regionais do Trabalho e Emprego - SRTE, e instituições financeiras que se relacionam com o FGTS. Entre os benefícios, Ionise destaca a simplificação do processo de recolhimento do FGTS; redução dos custos operacionais; disponibilização de um canal direto de comunicação com a Caixa, agente operador do FGTS; aumento da comodidade, segurança e o sigilo das tran-sações com o FGTS; redução na ocorrência de inconsis-tências e a necessidade de regularizações futuras; au-mento da proteção da empresa contra irregularidades e facilitação do cumprimento das obrigações relativas ao FGTS e à Previdência Social.
AgIlIDADE NO tRAbAlhO De acordo com a contabilista Roseni Eliza Fiebert, da Contato Contabilidade, a certificação digital e a conecti-vidade social facilitaram o trabalho na empresa. “Temos
mais agilidade na hora de consultar informações junto à Receita Federal. Antes precisávamos agendar horário e ir pessoalmente. Agora o procedimento é mais rápido. Além disso, no caso de emissão de notas fiscais eletrôni-cas junto ao Governo do Estado, o canal também facilita a impressão. Não precisamos mais usar talões”. Ela destaca que o custo da implantação da certificação digital fica em torno de R$ 445,00 com insta-lação da leitora e uma espécie de pen-drive.
SERvIçOS como usá-lo? O uso do Conectividade So-cial é obrigatório para a trans-missão do arquivo SEFIP e requer a certificação digital do usuário, no padrão ICP-Brasil. Como adquirir o Certificado Digital? O Certificado Digital deve ser adquirido de uma Au-toridade Certificadora credenciada à infraestrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil), nesse caso Fe-deração do Comércio do Mato Grosso do Sul. Aquisição de certificados, renovação e informações, acessar o site www.fecomercio-ms.com.br
Tecnologia & Inovação
Empresas ganham maior prazo para aderir ao Conectividade SocialAgilidade nas informações e rapidez ao acesso de sistemas como o da Receita Federal, facilidade para repassar informações à Previdência Social e simplificação na emissão de notas fiscais eletrônicas junto à Secretaria de Fazenda do Estado. Estes são apenas alguns benefícios obtidos com a modernização das empresas que aderiram à certificação digital e mais recentemente à conectividade social em Campo Grande.
“pROCedIMentOs sãO MAIs ágeIs” , AfIRMA A COntABIlIstA
ROsenI fIeBeRt
36 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
MARcOS AuguStO NEttOPresidente do Sindicato das
Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração
de Imóveis e os Edifícios em Condomínios Residenciais e
Comerciais do Estado de Mato Grosso do Sul (Secovi/MS)
Falar sobre habitação atualmente requer uma análise mais aprofundada dos fa-
tores que contribuem para todo esse processo positivo.
Podemos começar nos perguntando se fatores como: controle da inflação, de-
semprego em queda, déficit habitacional e aumento de renda da população são
suficientes para promover o aquecimento no mercado imobiliário. Consideremos
ainda que o país sempre possuiu mão de obra especializada e empresas constru-
toras qualificadas.
A resposta é clara. Esses fatores, mesmo que economicamente favoráveis, não
conseguiram proporcionar o crescimento do setor. Faltava o “fluido” que faria esta
engrenagem funcionar - o crédito imobiliário.
No mundo inteiro onde a relação crédito imobiliário - PIB é alta, observa-se
o desenvolvimento do país. Nos EUA esta proporção é de 72,6%, na Espanha de
62%, no Japão de 24,3%, no México 12,5% e no nosso vizinho, o Chile, de 14%. O
Brasil conseguiu em 2011 atingir o recorde de 5,1% de hipotecas em relação ao
PIB. O grande desafio do mercado, para a próxima década, é alcançar o Chile.
Em 2004, houve uma grande mudança na legislação imobiliária. A Lei 10.931
reestabeleceu a segurança jurídica dos contratos, viabilizando a troca da hipote-
ca, um instituto jurídico desgastado pela jurisprudência brasileira, pela alienação
fiduciária e com o princípio do incontroverso, impossibilitamos a concessão de
liminares que interrompiam o pagamento das prestações. Esta estrutura viciada
privilegiava o mau pagador.
O mercado passou a ter uma alternativa mais segura e célere na reposição
dos investimentos e como consequência destas medidas o Sistema Brasileiro de
Poupança e Empréstimo - SBPE (recursos da caderneta de poupança) saltou de 3
bilhões, em 2004, para 79,6 bilhões em 2011. Isto demonstra que os recursos exis-
tiam, porém não estavam sendo canalizados pelo setor por conta da insegurança
do negócio.
Para o consumidor, o grande beneficiado, esta nova realidade permitiu que
ele voltasse a sonhar com a casa própria. Os juros diminuíram e os prazos ficaram
mais longos, tudo isso motivado por uma taxa de inadimplência que gira em tor-
no de 1,5% nos contratos com alienação fiduciária.
Assim, o restabelecimento da segurança jurídica nos contratos é o segredo do
crescimento do mercado imobiliário. O sistema se tornou seguro para quem em-
presta e acessível ao mutuário.
Qual é o segredo do crescimento do mercado imobiliário?
Ponto de Vista
38 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Empresário do Mês
Agilidade no atendimento e qualidade dos produtos marcam a história da Rede Bigolin em MSCom 30 anos de história, a Rede Bigolin, de materiais de construção, é um dos exemplos mais consistentes de uma administração de sucesso em Mato Grosso do Sul. Com sete lojas entre Campo Grande, Dourados e Três lagoas, além de um centro de distribuição, a rede gera hoje 500 empregos. O empresário Roberto Bigolin relata que a versatili-dade, para se adequar às mudanças radicais dos planos econômicos foi fundamental para configurar o cenário atual. Nascido em São Valentim, no Rio Grande do Sul, Roberto Bigolin chegou ao Estado em 1981 e um ano depois abria a primeira loja. Foi presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Materiais de Construção de Campo Grande/MS por nove anos, onde hoje é tesoureiro e também é vice presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande/MS e Conselheiro do Senac.
ROBeRtO BIgOlIn, eMpResáRIO
39COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
comércio & cia - como foi o início da trajetória da bi-
golin e da rede em MS?
Roberto Bigolin - O início de nossas atividades no Es-
tado foi desafiador. Nos anos 80 o Estado ainda era
muito novo. Dedicação, planejamento e inovação sem-
pre estiveram presentes em nosso dia a dia. E as gran-
des parcerias comerciais também contribuíram para o
nosso crescimento.
C&C - Quais eram os desafios naquela época?
Roberto - As mudanças de planos econômicos e a in-
flação galopante eram os nossos maiores desafios. Por
isso, a necessidade de constante adaptação, ainda mais
estando num mercado tão competitivo como o da cons-
trução civil. Além disso, atender às expectativas de nos-
sos clientes sempre foi o nosso principal foco.
C&C - E hoje, quais são os desafios para este ramo de
atuação do comércio?
Roberto - Hoje, nosso maior desafio é permanecer ofe-
recendo a excelência no atendimento e dos serviços. A
partir de um planejamento estratégico consistente, em
2012, promoveremos ainda mais melhorias. Os princi-
pais projetos estão focados na consolidação da rede,
no aperfeiçoamento da logística, treinamento de nossa
equipe e na atualização do sistema de gerenciamento,
visando ainda mais agilidade nos processos.
c&c - Depois de um período de efervescência, como
está hoje o mercado da construção civil em MS?
Roberto - Neste caso, é necessário destacar um fator
muito importante. O mercado da construção civil, além
de ser altamente competitivo, é dividido entre varejo
da construção civil e indústria da construção civil. Nós
atuamos como revenda, ou seja, no varejo, focando prin-
cipalmente o consumidor final, pequenos construtores,
fazendas e comércios. Por isso, investimos e movimenta-
mos a economia local.
Considerando o mercado de varejo no Estado, nossa
expectativa é otimista, pois tende a se manter aquecido
com as novas medidas de financiamento na área, como a
Carta de Crédito do FGTS Individual (Construcard FGTS),
oferecida pela CAIXA. A disponibilização dessas linhas
de crédito, sem dúvida, gera um impacto muito positivo,
pois oferece maior poder de compra para o consumidor
final. Outro fator determinante para o aquecimento do
setor é a redução do IPI, que será mantida este ano.
c&c - O que podemos esperar para os próximos anos?
Roberto - As perspectivas são muito boas, principalmen-
te em relação ao crescimento do Estado. Por isso, a ex-
pectativa é que a empresa também seja impactada por
este crescimento.
A Bigolin trabalha com produtos de qualidade, ofere-
ce a garantia de procedência e a entrega dos materiais
comercializados. E para manter este cenário, iremos
Rede BIgOlIn CRê nA tendênCIA de uM MeRCAdO de vARejO AqueCIdO
40 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
reforçar ainda mais a confiança depositada pelos con-
sumidores em nossa empresa. A escolha de marcas de
confiança é um dos nossos diferenciais.
Outro fator que resulta na satisfação de nossos
clientes e, consequentemente, no fortalecimento de
nossa imagem no mercado, é o investimento em trei-
namento interno.
Nossas equipes de atendimento são capacitadas por
meio de cursos oferecidos em nossa “Escola de Águias”.
Um espaço totalmente estruturado com laboratórios
técnicos onde promovemos encontros periódicos para
divulgar as novas tecnologias e os lançamentos em to-
das as linhas.
Em suma, os próximos anos nos revelam horizontes
muito promissores.
c&c - No segmento de materiais de construção, qual
é a tônica para conquistar e fidelizar a clientela?
Roberto - Nossos pontos fortes se concentram na agi-
lidade, no atendimento e na qualidade dos produ-
tos que vendemos, sempre com os melhores preços
e a melhor negociação. Todos esses fatores, além do
pós-venda, fazem a diferença na fidelização de clien-
tes. Como resultado disso, em 2012, receberemos pelo
13º ano consecutivo, o prêmio de Melhor Revenda de
Materiais de Construção de Mato Grosso do Sul e es-
tamos no ranking nacional das melhores empresas do
setor, pela Anamaco. Tudo isso é reflexo de muito tra-
balho, confiança e compromisso. Somos muito gratos
por este reconhecimento.
c&c - como a bigolin trabalha a composição dos es-
toques para garantir assertividade na quantidade
de ítens?
Roberto - Mantemos um estoque saudável consideran-
do a média de compra e as necessidades de cada região
onde atuamos. Possuímos uma grande quantidade de
produtos em estoque e investimos em logística para
atender a pronta-entrega. Tudo com o compromisso
de vender a mesma qualidade exigida durante a nego-
ciação com nossos fornecedores.
C&C - De que forma é definida a composição do mix e como acompanhar um mercado tão dinâmico, em
que novos produtos e tecnologias para construção
são lançados a todo momento?
Roberto - Nosso mix contém o que há de mais moder-
no, prático e inovador para o consumidor. Participamos
constantemente de feiras e eventos de lançamentos de
produtos. E por meio do patrocínio de mostras de de-
coração e arquitetura, como a Casa Cor MS 2011 - onde
o grupo foi Patrocinador Local - temos a oportunidade
de valorizar o profissional da área e demonstrar os no-
vos produtos e tecnologias empregadas na produção
dos materiais.
c&c - E a expansão da rede, de que forma é
orientada? Quais os principais fatores analisados
nesta tomada de decisão?
Roberto - Todas as decisões tomadas em nossa rede
têm como base o estudo de mercado, de cenários e um
planejamento sólido que considera de maneira espe-
cial as necessidades de nossos consumidores, a capaci-
equIpes de AtendIMentO ReCeBeM CApACItAçãO COnstAnte
41COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
pARA 2012, O OBjetIvO É O
fORtAleCIMentO dA Rede
estOque dIveRsIfICAdO e lOgístICA de
entRegA
eM tRês dÉCAdAs, A MARCA dA expAnsãO nAs CIdAdes de CAMpO gRAnde, dOuRAdOs e tRês lAgOAs
dade de nossa logística de distribuição, estoque e o cresci-
mento da região analisada.
c&c - Quais os projetos para 2012?
Roberto - Nossas metas para 2012 estão concentradas no
fortalecimento da rede; no desenvolvimento e motivação
de nossos funcionários; na contribuição para o crescimento
da economia local e em iniciativas para estreitar nossas re-
lações comerciais, aprimorar nossos processos e nos man-
ter cada vez mais fortes no setor.
42 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
SENAC MS
O SENAC foca no potencial humano das empresas
Diante do contexto socioeconômico atual, torna-se indispensável à formação de profissionais cada vez mais
qualificados para que o país continue se desenvolvendo. Com isso foi necessário a elaboração e implantação
de projetos educacionais com estratégias específicas, de acordo com cada situação e público. Voltando o olhar
para as empresas, o SENAC MS teve as seguintes dúvidas: como as grandes corporações estão se organizando
para que haja uma educação contínua de seus colaboradores? É necessário que essa educação ocorra ao mesmo
tempo e no espaço do posto de trabalho?
Com atenção especial a essa responsabilidade, o diretor regional do SENAC MS, Vitor Mello, explica que em
2009 o SENAC iniciou o atendimento corporativo, elaborando cursos que atenderiam a demanda das empresas.
“Mais do que treinamento e qualificação de mão de obra, o SENAC Corporativo proporciona aos colaboradores
práticas de gestão voltadas aos processos empresariais de cada empresa, visando à inovação e ao aumento de
produtividade por meio do ensino a distância”.
Notou-se que a adesão da modalidade a distância dentro do atendimento corporativo se enquadraria no que
as empresas precisavam, não sendo necessário o deslocamento dos colaboradores. “Com o SENAC Corporativo
conseguimos atender empresas privadas e instituições públicas com o nosso portfólio, com a possibilidade de
customização dos cursos já existentes além da criação de novos”.
Por meio do atendimento corporativo, o SENAC MS busca soluções personalizadas em consultoria, assessoria e capacitação, voltadas para órgãos públicos e empresas privadas, viabilizando programas de capacitação com a melhor relação custo-benefício. O atendimento pode ser tanto presencial quanto a distância, dando ao empresário a oportunidade de escolher a melhor forma de se adequar aos seus funcionários.
eM Ms, estãO dIspOnIBIlIzAdAs 2.641 vAgAs pARA AtendeR AlunOs InteRessAdOs eM CuRsOs vARIAdOs
43COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
QuAlIFIcAçãO cOM QuAlIDADE
Para a Coordenadora de Educação a Distância,
Magda Maciel de Oliveira, uma grande vantagem de
se fazer a educação corporativa de uma empresa por
meio da modalidade a distância, é a personalização do
curso segundo as necessidades da empresa. “O pro-
grama inicia-se com a elaboração do projeto do curso,
focando as competências que serão desenvolvidas e o
público a que se destina. Além disso, prevê-se o uso de
mídias variadas para que a mediação do conhecimen-
to possa se dar de forma bem próxima entre o aluno
que estuda e o tutor que acompanha e intervêm nesse
processo de aprendizagem”.
Uma das empresas participantes do atendimento
Corporativo do SENAC MS é a Equipe Engenharia. O
empresário Aliércio Ramos resolveu investir em qualifi-
cação e educação dos colaboradores. “Buscamos uma
proposta que se enquadrasse na política da empresa.
Nossa ideia era que cada um dos 19 participantes co-
nhecesse a realidade desse setor para que pudessem
ter uma noção de como funcionavam os processos e
colaborar para uma melhor administração”.
Segundo Aliércio, essa foi a primeira vez que a em-
presa ofereceu esse tipo de qualificação a seus colabo-
radores e que agora fará parte da politica da empresa.
“O retorno é bom para a empresa, para a melhoria da
qualidade do trabalho dos funcionários. Temos então
uma equipe mais preparada e o trabalho melhor admi-
nistrado pelos colaboradores”.
EDucAçãO NA EMpRESA
Procurando atender a todas essas demandas e dar
respostas rápidas à sociedade, a Educação a Distância
(EAD) do SENAC investe na elaboração de projetos
para novos cursos com demanda identificada em suas
pesquisas de monitoramento de mercado. Com esse
novo perfil, o SENAC MS contribui para a formação de
profissionais com uma visão mais ampla do que a limi-
tada por sua ocupação, sendo capaz de interagir com
o mercado, acompanhar as inovações técnicas e tecno-
lógicas e intervir na sociedade de forma equilibrada.
São oferecidos cursos e programas para o atendi-
mento de diversos públicos, desenvolvendo entre suas
programações, cursos de qualificação básica, aperfei-
çoamento e com o polo do Centro de Desenvolvimen-
to Educacional do Departamento Nacional do SENAC,
cursos de extensão e de pós-graduação em nível de
especialização lato sensu.
vItOR MellO: “pRátICAs de gestãO vOltAdAs AOs pROCessOs eMpResARIAIs”
Entre as várias turmas já oferecidas, estão os cursos
de Especialização em Educação a Distância, Gestão Edu-
cacional, Educação Ambiental, Gestão da Segurança de
Alimentos, Governança de TI, Gestão de Varejo, além do
curso de extensão em Tutoria On-line e os cursos de aper-
feiçoamento em Redação Empresarial, Gestão de Peque-
nos Negócios, Português Sintaxe, entre outros.
Com foco na educação dentro das empresas, o SE-
NAC MS consolida sua posição de referência em ações
educacionais pela modalidade EAD e a disseminação de
conhecimento voltada para comércio de bens, serviços e
turismo, contribuindo para a educação continuada e per-
manente dos profissionais e para o desenvolvimento de
nosso estado e país.
A coordenadora explica que a EAD do SENAC MS, ali-
nhada às transformações do mundo do trabalho, à Lei de
Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e às regulamenta-
ções relativas à Educação Profissional, fundamenta suas
ações em uma filosofia pedagógica que considera a po-
litécnica e a flexibilidade dos perfis profissionais. “A edu-
cação a distância tem contribuído cada vez mais pela sua
especificidade e natureza, como a possibilidade de o alu-
no poder participar de um treinamento ou curso sem se
deslocar da empresa e a qualquer tempo, já que as facili-
dades das Tecnologias da Informação e Comunicação que
permeiam as propostas da EAD possibilitam esse acesso”.
Diante do desafio posto pela realidade à qual se inse-
re, consolida-se a ideia de que pela educação se favore-
ça a inserção dos sujeitos no mercado de trabalho e sua
44 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
permanência, sem deixar de considerar a necessidade
de uma educação contínua ao longo da vida e também
sem a necessidade de sua ausência na empresa ou até
mesmo de seu lar.
cOMO FuNcIONA O SENAc cORpORAtIvO
A primeira etapa é o levantamento de necessidade e
expectativas de cada organização. Com objetivo de ofe-
recer as melhores soluções em treinamento e desenvol-
vimento de pessoas, o SENAC MS dispõe de uma equipe
comercial especializada em identificar as necessidades
e expectativas de seus clientes, para delinear, de forma
customizada, a construção dos projetos educacionais.
A etapa seguinte se resume no desenvolvimento de
Solução. Com base nas conclusões da primeira etapa e
em conjunto com o cliente, cria-se o desenho da solu-
ção, definindo metodologia de trabalho, equipe técnica
envolvida, temas e conteúdos propostos.
Na sequência vem a fase de implantação da solução
proposta. Ajustes e melhorias no processo são contínuos
durante a realização do trabalho, por meio do acompa-
nhamento constante do projeto pela equipe SENAC MS.
E, por último, a avaliação dos resultados e grupais con-
forme critérios definidos na segunda etapa.
MAgdA MACIel: “eduCAçãO CORpORAtIvA pOR eAd É A peRsOnAlIzAçãO dO CuRsO
segundO As neCessIdAdes dA eMpResA”
Com as soluções desenvolvidas pelo SENAC Corpo-
rativo a empresa conta com o conhecimento de uma
equipe altamente especializada, recursos e a infraestru-
tura. “Elaboramos e operacionalizamos projetos educa-
cionais para atender as necessidades e com a qualida-
de de ensino já reconhecida da instituição”, reafirma
Vitor Mello.
Nossos serviços são: Ortodontia e Ortopedia Facial. Nossa preocupação é com a pessoa e sua completa satisfação. Afinal, nossa gratificação está na beleza do sorriso e no cumprimento de nosso dever. A clínica Pró-Orto prioriza o atendimento, a qualificação profissional e a qualidade dos materiais utilizados com tecnologia moderna e avançados equipamentos.
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46 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Em todo o Brasil, mais de 700 mil deverão ser enquadra-das na lei do novo ponto eletrônico. As primeiras obri-
gadas a adotar o ponto eletrônico são aquelas com ativi-dades ligadas à indústria, ao comércio em geral e ao setor de serviços, incluindo segmentos financeiros, transportes, construção, comunicações, energia, saúde e educação. Há dois anos, várias empresas têm ingressado na Justiça
contra as exigências, con-testando o aumento de custos e burocracia. Os empresários alegam que, além do ônus econômico, o meio ambiente fica pre-judicado, é preciso man-ter equipamento ligado ininterruptamente e dis-ponibilizar impressora de uso exclusivo para impres-são de qualidade para du-rabilidade de cinco anos das marcações.
O consultor sindical da Federação do Comércio
de Bens, Serviços e Turis-mo de Mato Grosso do Sul, Fernando Camilo, afir-ma que a determinação
do MTE trouxe transtornos aos empresários que já tinham sistemas e tiveram que fazer a substituição, implicando aumento de custos. Ele lembra que a Federação, assim como outras entidades representativas, se empenhou na dilatação do prazo para obrigatoriedade do novo ponto eletrônico e a orientação é de que as empresas não des-cuidem do cronograma.
tRANSpARêNcIA Questionamentos à parte, a confiabilidade dos equipa-mentos eletrônicos com sistema biométrico, que exige a
leitura ótica da digital do trabalhador, parece não deixar dúvidas. “Não tem como duvidar que o ponto foi batido pelo próprio funcionário”, diz Camilo. Dependendo do mo-delo, o custo do ponto biométrico varia de R$ 2 mil a R$ 5 mil, explica Newton de Barros, que é detentor da con-cessão da Dimep - Sistema de Pontos e Acesso - em Mato Grosso do Sul. Com 301 empresas clientes em Mato Gros-so do Sul e 830 pontos instalados, Newton afirma que a procura está acelerada no Estado, assim como em todo o país. O principal ganho do sistema é a transparência. “Não há como fraudar o sistema; o método biométrico é o mais seguro de autenticar e, além disso, o fiscal pode auditar o ponto pelo software”. No grupo de postos de combustível J. Jardim o geren-ciamento do ponto dos mais de 300 funcionários entre as unidades de Campo Grande e as de Rondonópolis e Alta Floresta, no Mato Grosso, ficou bem mais tranquilo após a instalação dos oito pontos biométricos. A responsável in-terina pelo setor de Recursos Humanos do grupo, Andres-sa Bianca Braga, afirma que a transparência aumentou para os dois lados. “Não há como um funcionário passar o cartão por outro e ele também recebe o comprovante em papel logo depois que bate o ponto”.
Legislação
Adiada pela quinta vez, após uma enxurrada de contestações, a obrigatoriedade do ponto eletrônico entra em vigor a partir deste mês de abril. Primeiro para indústrias e empresas do setor terciário; em junho a medida vale para aquelas que exploram atividades agroeconômicas e, por fim, no dia 3 de setembro, o ponto eletrônico também passa a ser imposto por lei para pequenos e microempresários. A determinação do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) tem como propósito evitar fraudes no controle de jornada trabalhada, impedindo que horários anotados na entrada e saída do expediente sejam alterados.
Contra fraudes, novo ponto eletrônico entra em vigor
pOntO fInAl: RegIstROs que
pOdeM seR AudItAdOs e
COMpROvAnte de pApel pARA
COntROle pessOAl dO funCIOnáRIO
47COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
48 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Projeto de Revitalização em avenida da capital gera expectativa para comerciantes
Meio Ambiente & Cidadania
Considerada como uma das principais vias de acesso a bairros densamente povoados da região oeste de Campo Grande, a Avenida Julio de Castilho, em Campo Grande, se caracteriza também por ser uma avenida com forte presença do comércio. O projeto de revitalização começou no ano passado e os co-merciantes ainda têm dúvidas e criticam alguns pontos.
Na década de 70, com a implantação dos corre-
dores de transporte coletivo na Capital, houve
um rápido crescimento populacional ao longo da
avenida. A partir de 1990 a importância da via se
consolidou, ainda mais devido a implantação do Ter-
minal de Transbordo, transformando a avenida em
um dos principais corredores de transporte público
de Campo Grande. Tal situação contribuiu para o
desenvolvimento da região, atraindo comerciantes
atentos ao grande número de pessoas que circulam
diariamente por ali.
Após o anúncio da revitalização da via em agosto
do ano passado, comerciantes da região passaram a
divergir de opinião quanto às melhorias que a obra
trará, mas também em relação aos prejuízos que po-
dem ser causados.
De acordo com a prefeitura de Campo Grande,
serão investidos R$ 18.110.300,96 com 95% dos re-
cursos provenientes do Pró-Transporte e 5% do BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento). A revi-
A AvenIdA júlIO de CAstIlhO tORnOu-se IMpORtAnte CORRedOR de ACessO A BAIRROs pOpulOsOs de Cg
49COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
talização será concluída até o final de 2012 e será dividida
em dez etapas.
O projeto prevê a reestruturação de 6,8 quilômetros da
via com 3,3 quilômetros de drenagem de águas pluviais e
mais 9,7 km nas ruas vizinhas promovendo assim a reade-
quação do sistema de drenagem. As mudanças também
irão resultar em um melhor funcionamento e fluidez no
trânsito, dando mais segurança aos pedestres, ciclistas e
motoristas. Serão duas faixas de rolamento incluindo fai-
xa preferencial para o transporte público e implantação
de canteiros centrais. Acabam as conversões à esquerda
e as rotatórias, dando lugar a 17 conjuntos semafóricos
sincronizados com a chamada “Onda Verde”. A avenida
contará também com 13,6 km de calçadas com piso tá-
til, rebaixamento de meio fio com rampas nas travessias,
pontos de ônibus padronizados e nova iluminação.
A prefeitura aposta na diminuição do número de aci-
dentes e fim dos constantes alagamentos causados pela
chuva ao longo da avenida. Com tais mudanças, estacio-
nar ao longo da avenida Júlio de Castilho será proibido e
é isso que está preocupando os comerciantes.
cONcIlIAR uSOS DA vIA
De acordo com Shirley Marly Cardoso, comerciante
há 13 anos, além de perderem o estacionamento, outro
receio é que a via se transforme em um corredor de trân-
sito rápido. “Com esse tipo de trânsito ninguém vai olhar
para o lado e ver vitrine. Nosso grande desafio, a partir de
agora, vai ser o de chamar a atenção de um público que
passa correndo”.
Para Priscila Serena, comerciante há cerca de nove
anos, a obra vai trazer mais conforto, segurança e acabará
com os graves problemas de enchentes da via. “Sou fa-
vorável à revitalização. Sei que teremos que nos adaptar,
principalmente com relação ao tempo que nossa quadra
estiver em obras e depois com a falta de estacionamento,
porém, acredito que depois virão as melhorias”.
Segundo Eliane Detoni, arquiteta e coordenadora-
-geral da unidade de programas e projetos especiais da
prefeitura de Campo Grande, o objetivo não é só transfor-
mar a avenida em via de trânsito rápido, mas em uma com
fluxo de transporte contínuo e seguro. “Além de melho-
rar a fluidez e segurança viária, o projeto visa favorecer o
deslocamento de pedestres e de pessoas com mobilidade
reduzida, com a desobstrução das calçadas e da criação
de travessias seguras. Largos arborizados serão criados
para servir de refúgio aos que por ali transitam, as praças
existentes serão remodeladas e uma nova iluminação pú-
blica será implantada. Nossa expectativa é que, melho-
rando a circulação de pedestres e veículos, as atividades
comerciais existentes serão valorizadas, conciliando os
diversos usos desta importante via e beneficiando igual-
mente o numeroso comércio existente no local”.
Eliane explica que o consumidor poderá estacionar
nas ruas adjacentes à avenida, no estacionamento do
próprio estabelecimento ou em particulares que ve-
nham a ser criados nas suas proximidades. “Como em
qualquer cidade da atualidade, as áreas de estaciona-
mento numa rua de grande movimento como a Júlio de
Castilho serão inibidas para melhorar a fluidez do trân-
sito e assegurar as boas condições de circulação para
ônibus e carros. Atualmente, alguns estabelecimentos
comerciais expõem seus produtos e permitem a parada
de veículos em frente à loja de forma irregular, criando
obstáculos para pedestres. O estacionamento ou a ex-
posição de produtos em frente ao comércio só são per-
mitidos quando os mesmos estão inseridos dentro do
alinhamento predial. Portanto, só terão direito a vagas
em frente ao lote, as lojas que possuírem recuo frontal
mínimo de 4,8 metros. Para a exposição de produtos
não há espaço mínimo, desde que estejam dentro do
alinhamento predial”.
O pROjetO pRevê A ReestRutuRAçãO de 6,8 quIlôMetROs, InCluIndO dRenAgeM de águAs pluvIAIs
pARA ReAdequAçãO dO sIsteMA de dRenAgeM
Patrimônio natural da humanidadeData: 07 a 10 de junho de 2012
Um dos patrimônios naturais da humanidade, esse passeio atende a todas as suas necessidades e desejos. O passeio oferece uma excelente gastronomia e diversas opções de diversão junto à natureza.
Nada como uma viagem para dar uma folga na correria do dia a dia e com o SESC você está na melhor companhia.
Mais Informações: Turismo Social SESC Camillo Boni (67) 3357-1100 Turismo Social SESC Dourados (67) 3410-0739Consulte programação completa no site www.sescms.com.br
Pegue a estradacom o SESC
Foz do Iguaçu PARANÁ/PR
Conheça a programação,
escolha seu destino e
boa viagem.
Porto CercadoData: 27 de abril a 01 de maio de 2012
O Hotel SESC Porto Cercado está situado em uma região privilegiada por suas belezas naturais; o Pantanal mato-grossense. Integrado à Reserva Particular do Patrimônio Natural do SESC, o Hotel possui infraestrutura de padrão internacional, especialmente planejada para a preservação ambiental e o turismo ecológico.
SESC no Pantanal Porto Cercado MATO GROSSO/MT
Bertioga e Guarujá Data: 01 a 09 de maio de 2012
Conheça as belezas de Bertioga e do Guarujá com infraestrutura completa com tudo o que você precisa para experimentar maravilhosos momentos em família. Você vai se apaixonar.
Descanso e Lazer no SESC BertiogaSÃO PAULO/SP
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Bertioga e Guarujá Data: 01 a 09 de maio de 2012
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52 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
A união que faz acontecerEm 2011, Campo Grande teve a oportunidade de assistir a uma apresentação da orquestra Bachiana regida pelo maestro João Carlos Martins e ainda conhecer um pouco da impressionante história de superação e amor à arte do músico. Um even-to como esse, que poderia não ser acessível a muitas pessoas, teve como ingresso três latas de leite em pó. O espetáculo foi possível com apoio de dezenas de mãos que se uniram, um exemplo de como a parceria de empresas e entidades pode aliar conhecimento, visibilidade e solidariedade.
“Quando muitos se unem é
possível organizar gran-
des eventos ou ações de maneira
eficaz”, avalia a diretora de opera-
ções do Sebrae/MS, Maristela de
Oliveira França. Apresentações
culturais ou palestras de renoma-
dos nomes do mercado financeiro,
normalmente, custam caro, tanto
para a organização como para o
público. Em sistema de parceria,
empresas e instituições dividem
responsabilidades e reduzem cus-
tos, além de oferecer apoio social.
A participação da sociedade, por
meio de doações de alimentos,
brinquedos, roupas, por exemplo,
amplia a ação, evidenciando o tra-
balho de entidades de assistência
social que regularmente precisam
de apoio.
Para o presidente da Fecomér-
cio MS, Edison Araújo, a constru-
ção da parceria é uma arte, que
envolve habilidade, persistência
e talento. Edison explica que é
uM jOgO de gAnhOs pARA tOdOs, AfIRMA MARCO AntOnIO
Parcerias
53COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
preciso descobrir os pontos de identidade e espaços
para que seja possível somar competências, interesses
e possibilidades individuais em um benefício mútuo.
“Acreditamos que, por meio das parcerias, as organiza-
ções podem desenvolver novas atividades, iniciar novos
projetos, abrir frentes de atuação, fortalecer projetos em
andamento e buscar novos negócios”.
O ingresso solidário é um exemplo já consolidado
pela Fecomércio MS. Em abril a Campanha Leite Solidá-
rio será o resultado de mais uma ação conjunta envol-
vendo várias empresas e instituições. O tema é atual e
de interesse de vários executivos: ‘Qual é a tua obra? In-
quietações Propositivas sobre Gestão, Liderança e Ética”,
do filósofo e professor da PUC-SP, Mário Sérgio Cortella.
Neste evento serão abordadas questões como a revita-
lização constante da liderança, gestão pessoal e ética,
palestra voltada para o público em geral, por tratar de
assuntos relacionados às relações no trabalho e no con-
vívio social.
uNIãO
Algumas empresas já têm tradição em firmar parce-
rias em Mato Grosso do Sul, como é o caso da Yes Rent a
Car, há 12 anos no mercado e que exercita esse trabalho
em união. O empresário Marco Antônio Lemos, diz que é
importante consolidar o papel social das empresas e no
apoio de eventos de cunho solidário.
Regularmente nessas parcerias, a empresa entra com
o serviço, como transporte do material arrecadado ou
dos envolvidos na organização do evento. O nome da
empresa fica cada vez mais consolidado, sendo lembra-
do pela participação social e pela qualidade do serviço
prestado. “É um jogo de ganhos para todos”. Lemos
acredita que essa parceria também traz resultados inter-
nos, como o envolvimento dos colaboradores na realiza-
ção do evento. “Esse envolvimento é essencial, porque é
um trabalho em equipe, feito por todos nós da empresa”.
pARtIcIpAçãO
Maristela França explica que qualquer empresário
pode entrar em sistema de parceria para a realização de
eventos, pois o envolvimento é feito conforme a capa-
cidade de contribuição. No caso de uma pequena em-
presa, esta contribuição pode ser um desconto no valor
do serviço prestado. Um exemplo seria o de uma gráfica
de pequeno porte, que viabilizaria impressões de convi-
tes ou panfletos por um preço diferenciado. Esse auxí-
lio é lembrado na divulgação da logomarca no evento,
trazendo visibilidade para a empresa. “O importante é
oportunidade de congregar várias pessoas, empresas e
setor público. Isso pode permitir acesso a palestras de
grande interesse, apresentações culturais, é conheci-
mento para todo mundo”.
MAestRO jOãO CARlOs: eventO ACessível A tOdOs Os púBlICOs
54 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
SESC MS
Olhos atentos, brilhando, ansiosos pelas novidades de um mundo cheio de cores que está por vir. É assim que
um grupo de alunos da Escola Estadual Sebastião Santana de Oliveira, em Campo Grande, recebe o BiblioSesc, um dos dois furgões adaptados do Serviço Social do Comércio de MS, cujo acervo total de 7 mil obras encanta, emociona e transporta os leitores para um mundo sem fronteiras. Livros diversos para todas as faixas etárias. A escola não possui bi-blioteca. Para a maioria dos estudantes este é o primeiro con-tato com os livros. Pega daqui, mexe dali e em meio a tantos gritos e algazarra, todos ficam paralisados durante a conta-ção de histórias e cantigas encenadas pela equipe de cultura do SESC/MS. “Foi um dia inesquecível para nossas crianças”, emociona-se o diretor pedagógico, Luís Carlos de Oliveira. pRIMEIRO AtO “Ao longo de anos de trabalho, o SESC tornou-se um im-portante incentivador cultural e não seria diferente em Mato Grosso do Sul. Nosso trabalho tem como objetivo fomentar as produções culturais regionais, incentivando estes profis-sionais a produzirem e divulgarem cada vez mais seus traba-lhos; além disso, é de fundamental importância levar cultura e informação as mais diversas camadas da sociedade”, afirma a Diretora Regional do SESC MS, Regina Ferro. O técnico de cultura, Francisco de Araújo, complementa: “é com as crian-ças que começamos a atuar em favorecimento da cultura em nosso Estado. Elas são o nosso primeiro público. A leitura é o princípio básico, o passo inicial para estes pequenos cida-dãos começarem a se interessar por arte em geral”. Há mais de 30 anos, o SESC MS promove o desenvolvi-mento de ações culturais no Estado, já tendo se tornado re-ferência e contando com o reconhecimento do público e dos profissionais da área AgENDA 2012 Para este ano a programação é extensa com apresenta-ções artísticas nos municípios de Campo Grande e Dourados. O projeto Palco Giratório, criado com o objetivo de promover o intercâmbio entre artistas e profissionais das artes cênicas e difundir espetáculos teatrais de qualidade por todo o país, traz para nosso estado este ano, apresentações dos estados de Pernambuco, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso. “É uma via de mão dupla. Nós trazemos espetáculos de outros estados e apoiamos a apresentação dos grupos de MS para outros centros”, explica Francisco.
Formador de talentos culturais e de apreciadores da nossa arte
pROjetO pAlCO gIRAtóRIO seRá ApResentAdO eM CAMpO gRAnde e dOuRAdOs
equIpe enCAntA e COntA hIstóRIAs pARA CRIAnçAs nAs esCOlAs de CAMpO gRAnde
SESc AMAzÔNIA DAS ARtES Pelo primeiro ano, MS está inserido no Projeto Na-cional do SESC que tem o intuito de promover a produ-ção cultural de onze estados brasileiros (Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins). A partir de julho, Campo Grande contará com apresentações de teatro, dança e música de grupos vindos dos estados citados acima. Além disso, o Espetáculo “A Serpente” e “Plagium” realizados por grupos aqui de nosso Estado, farão suas apresentações nas 11 federações que partici-pam do projeto. As artes plásticas também terão seu espaço no calen-dário cultural por meio do Projeto ArteSesc Nacional. As exposições “Uma Visão da Amazônia” da artista plásti-ca Margaret Mee, e a “Semana de 22 e o Modernismo Brasileiro” com obras de grandes artistas como Tarsila do Amaral e Di Cavalcanti, serão expostas nas unidades: Horto, Dourados e Camilo Boni.
56 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Sindical
O Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã está com-
pletando 20 anos de história. Fundado em julho de 1992
e com 60 empresas filiadas, o sindicato tem como principal
propósito defender interesses, nas diferentes instâncias, ga-
rantindo a proteção e a longevidade das empresas represen-
tadas e como papel complementar, oferecer produtos e ser-
viços que permitam melhorar sua sustentabilidade.
O atual presidente e também um dos fundadores do Sin-
dicato, Homero Carpes Barbosa tem uma forte influência no
município e é protagonista da história do município. Ele con-
ta que para manter o sindicato forte, é necessário muito em-
penho e também interesse em representar a categoria. “Que-
remos que o sindicato cresça e estamos com vários projetos
em fase de implantação. Nossa meta é crescer junto com os
empresários da cidade e, por isso, algumas ações devem ser
concluídas até o final de 2012”, diz o presidente.
MAtuRIDADE NA gEStãO
O plano estratégico foi desenvolvido em 2007 durante o
encontro do Sistema Confederativo do Comércio (Sicomér-
cio). Em 2010 o sindicato aderiu ao Sistema de Excelência em
Gestão Sindical (SEGS) e pode desenvolver novas estratégias
Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Porã: representatividade ao sul do EstadoHá duas décadas, surgia um sindicato com muita força e representatividade no comércio varejista do sul do Estado. Para manter essa mesma tradição e eficácia de duas décadas, o sindicato investe em ampliação e pleiteia novos serviços para oferecer e facilitar o trabalho dos seus empresários.
e adquirir benefícios como, por exemplo, a implanta-
ção do site. “Nossa percepção a respeito do SEGS é a
certeza de que o Sindicato está conquistando maturi-
dade na gestão e oportunidades de inovação”.
Em 2011, o sindicato fez a aquisição de um terreno
no centro de Ponta Porã onde deve funcionar a nova
sede do sindicato. A primeira fase da obra deve ser
entregue em setembro. Serão construídos auditório e
área de lazer para estreitar os relacionamentos entre
os filiados. “Teremos condições de oferecer mais bene-
fícios e também atrair novos sócios”.
Homero Barbosa afirma que umas das conquistas
realizadas no início deste ano foi o site do sindicato.
A iniciativa, criada no âmbito do Programa de Desen-
volvimento Associativo (PDA) da CNC para otimizar a
atuação das entidades sindicais do Sistema Comércio,
começou em 2011 quando o Sindicato assinou o ter-
mo de adesão durante as capacitações no SEGS. Em
fevereiro deste ano, um representante do sindicato es-
teve na Fecomércio-MS em Campo Grande participan-
do do treinamento e, agora, administra as postagens e
hOMeRO CARpes BARBOsA: pResIdente dO sIndICAtO dO COMÉRCIO vARejIstA de pOntA pORã
SIRN
AY M
ORO
AdesãO AO segs fOI ReCOnheCIdA eM 2010. nO AnO seguInte, sIndICAtO ReCeBe CeRtIfICAdO dO segs juntO COM deMAIs sIndICAtOs
Unimed Campo Grande (sede)Rua da Paz, 883 - (67) 3389-2425 / 2421 / 2677Centro Médico Unimed Rua Abrão Júlio Rahe, 1440 - (67) 3321-5600Hospital Unimed Campo GrandeAvenida Mato Grosso, 4.566 - (67) 3318-6610
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O Laboratório Unimed Campo Grande possui os equipamentos e profissionais capacitados para realizar exames de análises clínicas em diversas especialidades. E ainda, é o único laboratório do Estado e o primeiro do Sistema Unimed Brasil a receber o selo do PALC – Programa de Acreditação de Laboratórios Clínicos, o maior programa de acreditação do setor na América Latina.
Por isso, para garantir a sua tranquilidade e a segurança da sua saúde, escolha o Laboratório Unimed Campo Grande.
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ESTACIONAMENTO PRÓPRIO
57COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
pResIdente dO sIndICAtO hOMeRO CARpes, ReAlIzA pAlestRA pARA funCIOnáRIOs de gRAnde MAgAzIne e fAlA sOBRe AuMentO nAs vendAs e COMÉRCIO de fIM de AnO
atualizações do endereço eletrônico.
Visando ao fortalecimento do Sindicato com outras entidades
representativas da região, com interesses em comum a diretoria
tem acompanhado debates sobre assuntos de interesse do setor,
de forma a estar sempre apoiando e defendendo alternativas que
representem benefícios para todo segmento do comércio varejista.
uM cOMéRcIO MElhOR
Uma das ações mais fortes do sindicato é a realização de con-
venções, acordos coletivos e intersindicais, visando a abertura do
comércio aos sábados, feriados e outras datas comemorativas, para
não perder clientes, principalmente, para o país vizinho, Paraguai.
Para garantir ainda mais comodidade dos empresários, o sindi-
cato pleiteia uma autorização para realizar a certificação digital em
sua sede. O documento garante validade jurídica aos documentos
assinados eletronicamente e permitem que as transações na inter-
net sejam realizadas com segurança.
O trabalho sindical requer tempo, o Sindicato sabe disso e tem
avançado para melhor representar os seus associados. As lutas ge-
rais são importantes e, por meio das novas ações, o Sindicato irá
ampliar a luta por mais direitos e justiça no trabalho.
Unimed Campo Grande (sede)Rua da Paz, 883 - (67) 3389-2425 / 2421 / 2677Centro Médico Unimed Rua Abrão Júlio Rahe, 1440 - (67) 3321-5600Hospital Unimed Campo GrandeAvenida Mato Grosso, 4.566 - (67) 3318-6610
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ESTACIONAMENTO PRÓPRIO
58 COMÉRCIO & CIA MARÇO/ABRIL 2012
Gestão & Finanças
A medida certaComo dimensionar o estoque e evitar problemas, seja de
ordem financeira ou mesmo aproveitamento de espaço
físico? Uma pergunta para a qual a resposta pode parecer
óbvia, mas não é bem isso que têm mostrado as pesquisas
da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC). As últimas consultas junto aos empresários
do comércio de Campo Grande revelam que um terço deles
consideram seus estoques acima ou abaixo do adequado.
Para Sérgio Torres, que é docente do Senac na área de
Gestão e Comércio, é fundamental ter um profissional espe-
cialista em logística ou gestão de estoque. Ele alerta que as
empresas “cometem um erro fatal” ao não qualificar o pro-
fissional do estoque, que precisa, no mínimo, passar por um
curso técnico de logística, conhecer a cadeia produtiva da
empresa tanto industrial como comercial e ter a habilidade
de fazer um inventário e um balanço de estoque pelo menos
a cada seis meses.
Outro ponto importante é a interface direta com todos os
setores da empresa, em especial as áreas de compras, ven-
das, distribuição e financeiro alinhados às metas da empre-
sas e às demandas do mercado. Além disso, é preciso contar
com uma tecnologia ao modelo da empresa e fazer, sistema-
ticamente, o cálculo dos custos do estoque. Sergio ressalta
que a premissa básica da qual se deve partir na formação do
estoque é “identificar o ponto de equilíbrio, por meio de sis-
temas operacionais, pesquisa de mercado e metas e políticas
de estoques definidos pela empresa”. A tônica é não usar o
capital de giro para estocar, uma vez que a margem do co-
mércio varejista é apertada e muito tributada.
Na Rede São Bento de Medicamentos a reposição segue
um planejamento colaborativo da demanda. “A reposição
de estoque tanto no Centro de Distribuição (CD), tanto no
Ponto de Venda (PDV) tem como base o gerenciamento
por categorias, curvaturas, nivelamento, frequência e face
dos pontos de venda”, explica o chefe executivo da Rede,
Gabriel Gomes.
Ele observa que o estoque é um dos itens mais impor-
tantes do ativo da empresa, por isso a gestão precisa ser no
modelo just in time, um sistema de administração da pro-
dução que determina que nada deve ser produzido, trans-
portado ou comprado antes da hora exata. “É de extrema
importância para se evitar perdas financeiras e tributárias
nos investimentos aplicados a excessos ou estoques desne-
cessários”. Na rede, a cobertura e planejamento dos esto-
ques considera as metas traçadas para o giro e demanda
dos produtos.
O estoque é controlado automaticamente e permanen-
temente por tecnologia ERP (Enterprise Resource Planning)
on-line de forma eficiente e nivelada. Diariamente, sema-
nalmente, quinzenalmente e mensalmente são efetuados
auditoria de inventário de estoque gerenciando a redução
de dias de estoques em excesso com aumento de capital de
giro. “Em nossa estrutura organizacional, foram criadas di-
retorias e departamentos específicos a Logística, que den-
tre outros, gerencia o planejamento e reposição (recepção
e expedição) em consonância e suporte a área comercial”,
explica Gabriel.
pesquIsA dA CnC RevelA que uM teRçO dOs eMpResáRIOs
COnsIdeRAM seus estOques ACIMA Ou ABAIxO dO AdequAdO
nA Rede sãO BentO, A COBeRtuRA e plAnejAMentO dOs estOques
COnsIdeRAM As MetAs tRAçAdAs pARA O gIRO e deMAndA dOs pROdutOs
Informações: SESC CAMILLO BONI (67) 3357-1100
www.sescms.com.br
O SESC VAI MEXER COM A
SUA SAÚDE
Escolha a modalidade que melhor se encaixa com o seu perfil e mexa-se rumo a uma vida saudável.
Musculação - sábado - 7h30 às 9h30 (13 anos acima)
Musculação - sábado - 9h30 às 11h30 (13 anos acima)
Musculação - 2ª a 6ª feira - 14h às 15h30 (13 anos acima)
Natação - 3ª e 5ª feira - 13h30 às 14h20 (9 anos acima) Natação - 4ª e 6ª feira - 14h às 14h50 (5 a 9 anos)
Natação - 4ª e 6ª feira - 9h30 às 10h20 (10 a 14 anos) Basquetebol - 2ª 4ª feira - 17h às 18h30 (10 anos acima)
Basquetebol - 2ª 4ª feira - 18h30 às 20h (10 anos acima) Voleibol - 3ª e 5ª feira - 17h30 às 18h30 (10 anos acima)
SpinSESC - 3ª e 5ª feira - 19h às 19h50Hidrobike - 4ª e 6ª feira - 8h30 às 9h20Hidrobike - 2ª 4ª e 6ª feira - 17h às 17h50Yoga - 3ª e 5ª feira - 18h30 às 19h20Yoga - 2ª 4ª 6ª feira - 19h30 às 20h20Pilates - 2ª 4ª 6ª feira - 17h30 ás 18h20 Pilates - 3ª e 5ª feira - 17h30 às 18h20Aero axé - 3ª e 5ª feira - 19h10 às 20hFutsal - 2ª 4ª 6ª feira - 17h às 18h