Revista Composites & Plásticos de Engenharia Ed.75

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Uma publicação para os mercados de corrosão, construção civil, transporte e esporte&lazer ISSN-1518-3092 Sustentabilidade: tendências Automotivo: fibras naturais Painel Ambientes Agressivos www.tecnologiademateriais.com.br Poliéster: novas tecnologias Recuperação de estruturas Mantas de fibras de vidro Feicon BATIMAT 2011 Publicação da Editora do Administrador Ano XIII • nº75 fev./mar. 2011

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Recuperação de estruturas, Mantas de fibras de vidro, Feicon BATIMAT 2011, Painel Ambientes Agressivos, Automotivos: fibras naturais, Sustentabilidade: tendências, Poliéster: novas tecnologias

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U m a p u b l i c a ç ã o p a r a o s m e r c a d o s d e c o r r o s ã o , c o n s t r u ç ã o c i v i l ,t r a n s p o r t e e e s p o r t e & l a z e r

ISSN-1518-3092

Sustentabilidade: tendênciasAutomotivo: fibras naturaisPainel Ambientes Agressivos

w w w. t e c n o l o g i a d e m a t e r i a i s . c o m . b r

Poliéster: novas tecnologias

Recuperação de estruturas

Mantas de fi bras de vidro

Feicon BATIMAT 2011

Publicação daEditora do Administrador

Ano XIII • nº75fev./mar. 2011

Sustentabilidade: tendências Poliéster: novas tecnologiasAutomotivo: fibras naturaisPainel Ambientes Agressivos

Capa_PR75_01.indd 1 3/21/11 5:47 PM

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CARTAS & CONSULTAS

4 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

[email protected] fax: 55 (11) 2899-6395

Cartas

Assinatura adicionalTodas as empresas fabricantes de peças em composites ou plásticos de engenharia e usuários potenciais desses

produtos recebem gratuitamente um exemplar da Revista Composites & Plásticos de Engenharia. Para as empresas

que desejam receber mais exemplares, a Editora do Administrador disponibiliza a assinatura anual (6 edições)

no valor de R$ 83,00. Entre em contato pelo Tel./Fax: (11) 2899-6375 ou e-mail: [email protected]

Veja os assuntos abordados no Tecnologia de Materiais on line. Para ler a notícia, acesse o site www.tecnologiademateriais.com.br e faça a consulta com o assunto indicado abaixo:

Assunto Descritivo

Automotivo Chassi de fi bra de carbono

Agroindústria Catterpillar anuncia nova fábrica

Mercado Fibermaq revê projeções e estima crescimento

Energia eólica Fonte novata inibe avanço de usinas

Abmaco Encontro Regional na Serra Gaúcha/RS

RTM MVC apresenta RTM/S

Construção civil Empresa construirá escolas destruídas

Energia eólica Parques eólicos na Bahia

Médico-hospitalar Tecido antibacteriano combate infecção hospitalar

Construção civil Tapetes São Carlos conquista ISO 14000

Mercado Crescimento no setor de transformação do plástico

Blindagem Veículos e embarcações com fi bra de vidro S2

Automotivo MAN inicia atuação no Brasil

Naval Indústria naval levanta âncoras

Abmaco Jornada chilena sobre tecnologia

Ferroviário Trensurb comprará novos trens

Mercado Evonik tem crescimento recorde em 2010

Aeroespacial Primeiro túnel de fuselagem

Rodoviário Setor cresce mais de 48%

Reciclagem Ampliação do volume de plásticos reciclados

Calçadista Inovações sustentáveis em calçados esportivos

Aeroespacial Foguete a etanol construído no Brasil

Mineração Investimentos em mineração

Gostaria de obter informações sobre a feira JEC Paris. André Sterza, Sterza Indústria

Tenho uma piscina coberta com estrutura metálica e que está sofrendo desgaste com a ação direta do cloro. Gostaria de saber se existe algum produto resistente a esse processo de corrosão. Valéria dos Santos, Academia Styllus, Belo Horizonte, MG

Fabrico réplicas de veículos e moldes especiais (fi bra de vidro) em Recife, PE. Gostaria de divulgar meu traba-lho e conhecer mais sobre fi bra de carbono, aramida e resinas. Robson da Cruz

Trabalho em uma empresa que utiliza moldes de MDF para lixação em lixadeiras orbitais, porém estes moldes se desgastam muito. Existe algum outro material com o qual possamos fazer esses moldes e que seja mais resistente do que o MDF? Fabricio Camisão, Mavaular Ind. e Transportes

Lastimosamente no he recibido mi ejemplar de la edi-ción posterior a FEIPLAR COMPOSITES&FEIPUR. Apre-ciaria recibirla. Gabriel Gonzalez, Córdoba, Argentina

Desearia recibir su publicacion COMPOSITES. Se-bastian Mazza Campos, Mazza Campos&Associados

Gostaria de adquirir os exemplares da Revista Com-posites & Plástico de Engenharia. Sou ferramenteiro e universitário de engenharia mecânica na Una MG, e as informações são muito necessárias para o conhecimento de ambas. Leandro Ferreira dos Santos

Trabalho com composites e gostaria de receber informações técnicas sobre RTM Light e Pressure bag. João Kostetzer

Sou designer e tenho interesse em utilizar materiais composites em alguns projetos. Gostaria de receber exemplares da revista. Armando Freitas

Tenho interesse em entrar no mercado de fabricação de carenagens para motocicletas. Gostaria de obter mais informações sobre o material ABS e suas aplicações. Jefferson Marques, São Paulo, SP

Sou estudante de engenharia mecânica. Gostaria de receber informações sobre as resinas poliimidas e bis-maleimidas, utilizadas na indústria aeroespacial. André Vilares, São José dos Campos, SP

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Os pigmentos desta linha são dispersos e moídos em Fluído de Silicone

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sistemas EPÓXI. Como são dispersos e moídos em "Resina Epóxi Isenta

de Solvente", facilita sua homogeneização e incorporação na formulação

da tinta, assim otimizando e agilizando o processo com a vantagem de

não gerar poeira.

Trata-se de um produto com alta concentração de pigmento, resultando

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poder tintorial.

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dando liberdade de criação a seus projetos.

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3, 10 e 20 Kg.

Obs.: A ASTA não utiliza pigmentos com "METAL PESADO".

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GUIA DE ANUNCIANTES

3A Composites ..........................................................51Abmaco ......................................................................35Aerojet .............................................................. 52 e 53Asta Química ............................................................... 5Brasilplast ...................................................................49Brazil Road Show ......................................................45Cray Valley .................................................................48Cromitec .....................................................................39Diprofiber ...................................................................37Elekeiroz ......................................................... 8, 9 e 23Embrapol ................................................... 33, 36 e 55Fiber Center.......................................................3ª capaFiee..............................................................................57Fibertex .......................................................................21Icder .............................................................................. 6Jushi .............................................................................31Maxepoxi ..................................................................... 7Novapol ............................................................2ª capaNovo Brasil ................................................................55Painéis Setoriais ........................................................... 3Plasmaq ......................................................................36Plasticos 2011 ............................................................13Reichhold ....................................................................15Texiglass .....................................................................27VI ........................................................................4ª capa

SEÇÕES 4 – Cartas & consultas • 6 – Editorial • 10 – Note & anote

22 EpóxiResina técnica de elevado desempe-nho numa ampla gama de quesitos, tais como durabilidade, adesão, resis-tência mecânica, resistência química e resistência térmica, a resina epóxi pode ser usada numa infinidade de aplicações. Veja algumas delasR

ebar

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16Em sua 19ª edição, o Salão Interna-cional da Construção Feicon BATIMAT apresentou uma grande variedade de lançamentos, destaque e produtos em composites e plásticos de engenharia, com materiais de alto rendimento e ele-vado desempenho. Confira na cobertura

Feicon BATIMAT 2011

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26 Painel Ambientes AgressivosO Painel Ambientes Agressivos – Sa-neamento Básico, que ocorreu durante a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2010, em novembro de 2010, contou com uma palestra de Antonio Carvalho, da Reichhold, e outra de Ismael Cora-zza, da chinesa Jushi Sinosia. Confira

32A aplicação de composites com fibras naturais nas montadoras brasileiras já é uma atividade tradicional, graças às diversas vantagens desse tipo de fibra em aplicações internas e também exter-nas. Veja quais são os principais tipos e a que ponto vão essas vantagens

Automotivo

Tra

ble

et D

eco

38Material de altíssima resistência me-cânica com uma fração do peso dos materiais tradicionais em construção ci-vil, a fibra de carbono é usada há mais de duas décadas como solução para recuperação de estruturas de diversos tipos, em grandes e pequenas obras

Construção Civil

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4 – Cartas & consultas • 6 – Editorial • 10 – Note & anote

44 QualidadeA sustentabilidade está na moda, seja com produtos de bases renováveis que conquistam parcelas do mercado ou sobre práticas de amigabilidade ambiental e responsabilidade em todos os setores. Veja como o setor atende essa demandaC

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42 Matérias-primasRespondendo por cerca de 80% do mercado de resinas para composites, em diversos mercados, as resinas poli-éster atendem todos os segmentos de mercado e tendem a se originar cada vez mais de fontes de reciclagem e naturais. Conheça mais sobre a resinaH

enle

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50A fabricação de peças em composites envolve em muitos casos a utilização de reforços sob a forma de mantas de diversos tipos e gramaturas. Essas mantas aumentam bastante o teor de reforço na peça e portanto sua resistên-cia. Veja quais são os principais tipos

Reforços

54Depois de um ciclo de 14 anos sem a construção de grandes embarcações no país, a indústria naval brasileira levanta âncoras, impulsionada pela cadeia de produtos e serviços vol-tados à exploração e produção de petróleo e gás. Confira as tecnologias

Naval

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nspe

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56A sinalização horizontal e vertical de rodovias e vias de outros tipos faz uso de diversas peças em composites, tais como placas de sinalização (normal-mente feitas por laminação contínua) e tachinhas e tachões. Confira as pro-priedades e vantagens dessas peças

Infraestrutura

Fib

ralit

7PR f E V E R E I R O • m A R Ç O • 2 01 1

Editorial e I‟ndice_PR75_03.indd 7 3/21/11 4:50 PM

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Resina sustentável é foco em compósitos

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Elekeiroz S.A. - Várzea PaulistaR. Dr. Edgardo de Azevedo Soares, 392 - CentroVárzea Paulista - São Paulo - CEP 13224-030Fone/Fax: 0800 11 3663 / 11 4596 8881e-mail: [email protected]ência Técnica: [email protected]

Elekeiroz S.A. - CamaçariR. João Úrsulo, 1261Pólo PetroquímicoCamaçari - Bahia - CEP 42810-030

Linha de resinas de base vegetal BIOPOLI, da Elekeiroz, agrega valor em qualidade técnica e

posicionamento de mercado aos seus produtos

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SustentabilidadePara a Elekeiroz, o conceito sustentabilidade é

muito amplo, e fundamental para sedimentação e perpetuação do negócio.

Segue a cartilha da Holding Itaúsa nos quesitos sustentabilidade, sendo eles:

• Ambiental: diz respeito a qualquer ação que envolva uma melhor utilização dos recursos natu-rais, tais como energia, água e redução ou reaprovei-tamento de resíduos

• Econômico: compreende assuntos que geram reconhecimento no mercado de ações, con� ança do consumidor, investimentos que propiciam lucro para a empresa, governança corporativa e transparência.

• Social: refere-se a assuntos e ações voltados a pessoas, sejam elas colaboradores ou a comunidade, assim como questões sobre ética e conduta.

Em outubro de 2010, a Elekeiroz, uma empresa nacional do grupo Itausa, lançou uma completa linha de resinas sustentáveis de base vegetal para a fabricação de peças em compósitos, com o objetivo de substituir parcialmente recursos não renováveis como o petróleo. Em fevereiro deste ano (quatro meses após o lançamento), a Elekeiroz já apresentava números muito significativos: 20% de sua produção já eram constituídos pelas resinas de fontes renováveis. “Estes nú-meros mostram que os transformadores bra-sileiros de compósitos estão alinhados com requerimentos de mercado para a aplicação de tecnologias mais limpas”, disse Carlos Samartine, gerente executivo da Divisão Re-sinas da Elekeiroz.

“A previsão é que, no � nal deste ano, esta taxa de conversão de resinas base mineral

Características da linha BIOPOLI:As resinas desta nova linha oferecem excelen-

te rigidez e durabilidade, requisitos fundamentais para serem aplicadas nos materiais compósitos. As resinas Biopoli são indicadas para processos de moldagem aberta (laminação manual ou a pistola) e fechada (RTM convencional, de baixa pressão e infu-são), laminação contínua e também para processos com resinas de média a alta reatividades em molda-gem a quente, possibilitando desenvolver uma am-pla gama de produtos com exigências específicas em sustentabilidade e desempenho, para variados segmentos de mercado. A linha completa de resinas BIOPOLI consiste em resinas poliéster insaturado de bases ortoftálica/tereftálica, diciclopentadieno (DCPD) e isoftálicas de base vegetal para fabricação de peças em materiais compósitos.

para base vegetal esteja em cerca de 50%”, co-mentou Waldomiro Moreira coordenador de vendas, marketing e assistência técnica resinas. Além disso, a empresa acredita que esta linha será responsável por um acréscimo de 10% em seu volume de vendas anual, em virtude dos no-vos negócios que estão sendo gerados.

A nova linha de resinas BIOPOLI mantém as mesmas propriedades dos contratipos conven-cionais em todos os aspectos como proprieda-des mecânicas � nais e comportamento durante processamento (não exige nenhuma alteração em regulagem de equipamentos ou troca de peróxidos iniciadores de reação ou aceleradores de cura). Via de regra as características da Bio-poli são até superiores às convencionais, princi-palmente na molhabilidade e impregnação das � bras de reforço e cargas minerais, permitindo ganho de produtividade.

Resinas de fontes renováveis BIOPOLI ganham destaque – e espaço – no cenário brasileiro

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NOTE E ANOTE

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Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303)

[email protected]

JornalistaRodrigo Contrera (editor técnico)

ColaboradoresJoão Neiva

Michelle Neves

Marketing e EventosSalete MatiasLuana Oliveira

Representantes de VendasAkim Kumow

Fernando SandovalRafael V. Estevez

Tabatha Magalhães

Conselho EditorialFrancisco Xavier Carvalho (Ibcom)

Waldomiro Moreira (Elekeiroz)Rita Ruiz (R&D)

Antonio Carvalho (Reichhold)Ismael Corazza (Jushi)

Marcio Sandri (Owens Corning)

Administrativo/FinanceiroKleber Almeida Silva

Luiz Paulo SantosBruno Alves Omeltech

CirculaçãoCristiane Shirley Guimarães

Edriele Silva Santos

Projeto Gráfi co, DiagramaçãoElisângela Souza HiratsukaMarcelo Marcondes MarinRaphael Jurado Casanova

InternetRafael Gustavo Pacios

Pré-impressãoArtSim Proj. Gráfi cos Ltda. - 11 3779-0270

www.artsim.com.br

Tiragem12.000 exemplares

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda.Administração, Redação e Publicidade

R. José Gonçalves, 9605727-250 São Paulo – SP

PABX: (11)3779-0270e-mail: [email protected]

www.tecnologiademateriais.com.br

É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta publicação sem autorização prévia da Editora do Administrador.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente adotadas pela Revista Composites & Plásticos de Engenharia.

A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado nos anúncios, mesmo os informes publicitários.

Circulaçãonovembro/dezembro de 2008

Periodicidadebimestral

CapaFEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2008: Studio F

Construção civil: MenzolitSantos Off Shore: Poleoduto

Pós-graduação: Universidade Positivo

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303)

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JornalistaRodrigo Contrera (editor técnico)

ColaboradoresJoão Neiva

Michelle Neves

Marketing e EventosSalete MatiasLuana Oliveira

Representantes de VendasAkim Kumow

Fernando SandovalRafael V. Estevez

Tabatha Magalhães

Conselho EditorialFrancisco Xavier Carvalho (Ibcom)

Waldomiro Moreira (Elekeiroz)Rita Ruiz (R&D)

Antonio Carvalho (Reichhold)Ismael Corazza (Jushi)

Marcio Sandri (Owens Corning)

Administrativo/FinanceiroKleber Almeida Silva

Luiz Paulo SantosBruno Alves Omeltech

CirculaçãoCristiane Shirley Guimarães

Edriele Silva Santos

Projeto Gráfi co, DiagramaçãoElisângela Souza HiratsukaMarcelo Marcondes MarinRaphael Jurado Casanova

InternetRafael Gustavo Pacios

Pré-impressãoArtSim Proj. Gráfi cos Ltda. - 11 3779-0270

www.artsim.com.br

Tiragem12.000 exemplares

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda.Administração, Redação e Publicidade

R. José Gonçalves, 9605727-250 São Paulo – SP

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Circulaçãonovembro/dezembro de 2008

Periodicidadebimestral

CapaFEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2008: Studio F

Construção civil: MenzolitSantos Off Shore: Poleoduto

Pós-graduação: Universidade Positivo

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303)

[email protected]

JornalistasRodrigo Contrera (editor técnico)

Michelle Neves

Marketing e EventosLuciana Megumi Yanagisaka

Mariana NascimentoTamara Leite

Representantes de VendasAkim Kumow

Hermas Braga NetoJosé Eduardo Machado

Tabatha Magalhães

Administrativo/FinanceiroAntonio Celso Altieri

Jefferson da Silva MaiaKarla Alessandra Vieira

CirculaçãoCristiane Shirley Guimarães

InternetAndré Tavares de Oliveira

Projeto Gráfi co, DiagramaçãoElisângela Souza HiratsukaMarcelo Marcondes Marin

Pré-impressão e impressãoArtSim Proj. Gráfi cos Ltda. - 11 3779-0270

EdiçãoRevista Composites e Plásticos de Engenharia nº 75

www.artsim.com.br

Tiragem12.000 exemplares

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda.

Administração, Redação e PublicidadeR. José Gonçalves, 96

05727-250 São Paulo – SPPABX: (11)3779-0270

e-mail: [email protected]

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Circulaçãofevereiro/março de 2011

Periodicidadebimestral

CapaAutomotivo: Matradewilayahtimur

Sustentabilidade: Carbonstream AfricaPoliéster: Henleycraft

www.artsim.com.br

Notícias em composites, poliuretano e plásticos de engenharia

O site www.tecnologiademateriais.com.br apresenta as mais recentes novi-dades sobre os mercados de composites, poliuretano e plásticos de engenharia, em todo o mundo.

Os membros da indústria sul-americana de plásticos de performance diferen-ciada (composites, poliuretano e plásticos de engenharia) podem acompanhar as notícias mais recentes sobre o mercado no site www.tecnologiademateriais.com.br

Os jornalistas da Revista Composites & Plásticos de Engenharia, e da Revista Po-liuretano atualizam o site com as novidades nacionais e internacionais sobre novos produtos, destaques de matérias-primas e processos, aplicações, eventos, mercado, entre vários outros temas. Confira também.

Cursos técnicos 2011A Abmaco - Associação Brasileira de Materiais Compósitos já divulgou sua

programação de cursos técnicos para este ano.Confira as datas: Introdução aos compósitos poliméricos termofixos (13/04,

15/06, 10/08 e 5/10/2011); Processo de saco de vácuo e infusão (18/05, 13/07, 14/09 e 09/11/2011); Processo de laminação manual (14/04, 16/06, 11/08 e 06/10/2011); Processo RTM Light (17/03, 19/05, 14/07, 15/09 e 10/11/2011); Fabricação de moldes para RTM Light (18/03, 20/05, 15/07, 16/09 e 11/11/2011); Reparos em estruturas em compósitos (15/04,17/06, 12/08 e 07/10/2011) e Aná-lise de tensões e deformações em compósitos estruturais (11/05 e 21/09/2011). Mais informações - www.abmaco.org.br.

Ultra light Resin Transfer MoldingA Barracuda Advanced Composites (Rio de Janeiro, RJ) desenvolveu um

novo método de laminação com moldes fechados batizado como ULRTM – Ul-tra Light Resin Transfer Molding. O processo é uma extensão do método RTM light, mas pode construir peças estruturais com teores de fibra de até 70%. Ao contrário do processo RTM convencional, apresenta teores de fibras de 20-25%, o processo, que utiliza a espuma de PVC Divinycell como core estrutural, possi-bilita a fabricação de peças com acabamento em ambos os lados sem a necessi-dade de uso de injetoras convencionais. Para o projeto de construção das peças, a empresa dispõe de um sistema de análise de fluxo (Flow Model), que detalha a colocação dos reforços e projeta as tomadas de resina e as linhas de vácuo. O resultado é uma peça extremamente leve com acabamento perfeito em ambas as faces. Mais informações – www.barracudatec.com.br

Versatilidade de design para nano inlineA Heelys apresentou ao mercado os calçados com rodinhas Nano Inline Foot-

board, desenvolvido com o copoliéster Tritan. O Tritan é um copoliéster que com-bina propriedades de rigidez, transparência e flexibilidade de design, além de ser fabricado sem bisfenol A.

O Nano Inline Footboard é uma prancha de skate compacta e portável, e foi projetado a partir da tec-nologia central do conceito de sapatos com rodinhas removíveis. A prancha oferece funcionalidade e ver-satilidade aos sapatos, pois permite que os usu-ários a prendam diretamente ao sapato através do novo sistema adaptador, o que aumenta a capacidade de manobra em relação a pranchas de skate, patinetes e patins inline. Mais informações – www.eastman.com/tritan

Calçados com rodinhas desen-volvidos com tecnologia Tritan

Eastman

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NOTE E ANOTE

11 f E V E R E I R O • m A R Ç O • 2 01 1

Máquina para a fabricação de gelcoat

A Redelease (São Paulo, SP) firmou um acordo com a Ashland (Araçariguama, SP) e acertou a importação de um equipamento utilizado para a fabricação de gelcoat. Deno-minada Instint Machine, a novidade permitirá que a Rede-lease pigmente na hora o produto e o forneça na cor que o cliente desejar (há mais de 900 opções). O equipamento, importado pela Redelease está programado para chegar ao Brasil no final de setembro. “Dentro de um ano, devemos ampliar em 40% a venda de gelcoat”, calculou Roberto Ia-covella, diretor da Redelease.

A empresa pigmentará o gelcoat Maxguard Le, produto da Ashland e referência na Europa e EUA em segmentos como o náutico e o sanitário. À base de resina isoftálica com NPG, o produto garante elevado índice de repetitibilidade de cor, baixa emissão de estireno, além de excelente resis-tência às intempéries, hidrólise, corrosão e abrasão. Mais informações – www.redelease.com.br

Foguete a etanolO Instituto de Aeronáutica e Espaço (São José dos

Campos, SP) está coordenando a construção de um foguete brasileiro alimentado por propelente líquido – mais especi-ficamente, por etanol.

O projeto está na etapa de construção do sistema de alimentação do motor foguete, cuja principal função é for-necer ao motor foguete a propelente líquido nas pressões e vazões necessárias para o correto funcionamento do motor.

O sistema de alimentação será um dos componentes do primeiro foguete brasileiro funcionando exclusivamente com propelente líquido, o VS-15.

O VS-15 possibilitará a realização de ensaios em voo do motor do foguete a etanol, verificando se o motor corres-ponde às características de projeto.

O sistema é composto por dois reservatórios de prope-lentes, um de etanol e outro de oxigênio líquido, e um reser-vatório de gás pressurizante, todos fabricados em fibra de carbono, para redução da massa total. Para ler esta notícia completa, acesse www.tecnologiademateriais.com.br/fi-bradecarbono

Pós em compositesCom o objetivo de qualificar os alunos para atuarem

na área de composites, contribuindo para o aumento da competitividade das empresas do setor por meio da inovação e melhoria de seus processos e produtos, será realizado o curso de Especialização em Engenharia de Processos – Tecnologia de Compósitos, na modalidade pós-graduação – Lato Sensu, regido pela Resolução nº 1, de 8 de junho de 2007 – CNE/CES. O curso tem como público-alvo os profissionais graduados em cursos de en-genharia e tecnologia em polímeros e em outros cursos de áreas afins, tais como química, arquitetura e designer de produto. Mais informações – www.ucs.br

Prêmio Especial da Revista JECA MVC Soluções em Plásticos (São José dos Pinhais,

PR), conquistou o Prêmio Inovação JEC 2011, na catego-ria Prêmio Especial da Revista JEC. A empresa destacou-se com o projeto de desenvolvimento do revestimento interno do novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacio-nal de Carrasco, em Montevidéu, Uruguai.

“Este prêmio internacional é o reconhecimento de to-dos os nossos esforços para oferecer ao cliente uma solução completa e integrada: desde os cálculos estruturais, ensaios físicos e químicos, até a logística e o treinamento da mão-de- obra local”, afirmou Gilmar Lima, diretor-geral da MVC.

O projeto, que atende a todos os requisitos de resistência e segurança, envolveu uma área total de 24 mil m² de reves-timento da superfície inferior (interna) do novo terminal de passageiros do aeroporto.

Foram instalados painéis sanduíche, com tecnologia Wall System, de plástico reforçado com fibra de vidro e acabamento em gelcoat isoftálico e núcleos de EPS (polies-tireno expandido) e poliuretano. A flexibilidade dos pai-néis foi um diferencial. “Utilizamos três tipos de painéis com características e formulações diferentes para cada área aplicada e conseguimos atender todas as necessidades es-pecíficas, gerar uma solução competitiva e, ainda, tornar o projeto um marco não somente no Brasil, mas no mundo”, ressaltou Lima. O desenvolvimento e a implementação do projeto levaram cerca de oito meses, com a inauguração do terminal de passageiros em 2009. Para ler esta notícia completa, acesse www.tecnologiademateriais.com.br – Consulta – Prêmio

Quadriciclo anfíbioO jet ski e o quadriciclo são equipa-

mentos de transporte de pequeno porte que ganharam um público notável e em franco cresci-mento em seus respectivos segmentos, náutico e off--road. Na categoria de trans-porte náutico, o jet ski se destaca por aliar agilidade e potência, im-pressionando na água. Por sua vez, o quadriciclo, inicialmente desenvolvido para ser um utilitário no auxilio a trabalhos rurais, por possuir os mesmos adjetivos de um jet ski, ganhou destaque também por sua robustez e segu-rança em estradas difíceis, como barrancos e terrenos arenosos.

As semelhanças de funcionalidade, a capacidade téc-nica do jet ski e do quadriciclo inspiraram o projeto do K-jet, primeiro anfíbio brasileiro de alta velocidade que visa a união destes dois equipamentos para a criação de um pro-duto inovador.

O casco e o convés do anfíbio são fabricados em com-posites laminado por infusão com aramida. Já o chassi e a estrutura foram fabricados em um monobloco de espuma de PVC e aramida, em conjunto com longarinas em liga de alumínio reforçado com aramida. Mais informações – www.kjettecnology.com.br

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Quadriciclo anfíbio fa-bricado em composites

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12REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Benefícios da nova norma sobre plástico a frio para sinalização

horizontal viáriaA Evonik (São Paulo,

SP) comemorou o grande avanço obtido no campo da sinalização viária horizontal, com a publicação da norma técnica 15870:2010 – que traz um importante progresso na questão da segurança das ro-dovias, contribuindo para a

redução de acidentes e mortes nas vias de tráfego.

Os sistemas plástico a frio para demarcação viária foram desenvolvi-dos na Alemanha na década de 60

pela Evonik e têm como principal componente as resinas metacrílicas reativas Degaroute. Atualmente os sistemas plástico a frio à base destas resinas representam uma tecno-logia reconhecida, amplamente utilizada em diversos países e que está em franca expansão na América do Sul, devido ao reconhecimento das autoridades, concessionárias, for-muladores e aplicadores como uma das mais avançadas e eficientes quando o assunto é demarcação viária horizontal.

“A publicação da norma é uma forte indicação da preo-cupação das autoridades e do setor em reduzir os índices de acidentes, aumentar a durabilidade das soluções emprega-das na área de sinalização viária e, consequentemente, pro-mover maior sustentabilidade em obras de infraestrutura, pontos que ganharão ainda mais importância nos próximos anos devido à Copa do Mundo de 2014”, declarou Débora Rebuelta, chefe de produto da Evonik. Mais informações: www.evonik.com.br

Grupo Brampac comunica aquisição da R&D Internacional

O Grupo Brampac (Cotia, SP), formado por empresas com atuação comercial no Brasil e no exterior, nos segmen-tos químico, petroquímico e empresas parceiras do setor farmacêutico e de embalagens, comunica a aquisição da empresa R&D International Importadora e Distribuidora (São Paulo, SP).

A R&D International, fundada em março de 1995, iniciou suas atividades na representação e distribuição de produtos com ênfase em especialidades para o mercado do plástico reforçado para segmentos como construção civil, indústria náutica, tecelagem, indústria de corrosão, pultru-são, dentre outros.

A aquisição faz parte do plano de metas do Grupo Brampac que vem de uma trajetória de expansão, evolução e aperfeiçoamento nos mercados de atuação das empresas do grupo. Esta nova operação vem unir e fortalecer as ba-ses de relações com seus clientes e parceiros gerando maior competitividade em seus negócios.

Aplicações no setor eletroeletrônico

A SABIC Innovative Plastics lançou as classificações mais elevadas de temperatura para uso contínuo para ma-teriais termoplásticos não reforçados. As resinas termo-plásticas de poliimida (Thermoplastic PolyImide - TPI) Extem* UP retardantes à chama são materiais de elevada resistência à temperatura, que atingiram recentemente a classificação RTI (Relative Temperature Index, Índice de Temperatura Relativa) UL746B por conseguirem atingir a casa dos 240° C. Ao incorporar o poliéter-éter-cetona (PEEK) à tecnologia presente na resina Extem, a SABIC Innovative Plastics oferece aos clientes um desempenho otimizado, combinando o melhor de ambos os materiais. Essa tecnologia abre novas oportunidades para aplicações que requerem baixo peso e temperaturas de uso contínuo mais elevadas, como placas de chips semicondutores e conectores para ambientes agressivos, propondo uma al-ternativa aos metais presentes nas indústrias petrolífera e aeroespacial. Mais informações – www.sabic-ip.com

Componentes em composites para nova linha de miniônibusA MVC Soluções

em Plásticos (São José dos Pinhais, PR) equi-pou a nova linha W FLY de miniônibus da Volare com inéditos componentes em plás-tico de engenharia, que proporcionaram acabamento superfi-cial de alta qualidade, ajudam na preserva-ção ambiental e na re-dução de peso e de custos. Com conceitos aplicados somen-te nos automóveis, as novas peças foram desenvolvidas com tecnologias 100% recicláveis e permitiram melhor absorção de impacto, aumento da segurança passiva e mais conforto.

De acordo com Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, este novo conceito aproxima cada vez mais o miniônibus de um veiculo de passeio, com foco na redução de peso, resistência, beleza e conforto. “Desenvolvemos desde o para-choque e as saias laterais, em plásticos de engenharia de alto desempenho, até os revestimentos internos, como o teto, as paredes de separação e o painel de instrumentos completo”, explicou Gilmar.

“A inovação não está somente nos materiais, mas também nos processos utilizados – sustentáveis e que colaboram para a preservação ambiental – para fabricação das peças. Isso faz parte do nosso compromisso com a sustentabilidade e contri-bui para o futuro das próximas gerações”, enfatizou o execu-tivo. Para ler esta notícia completa, acesse www.tecnologia-demateriais.com.br – Consulta – Automotivo

Redução dos índices de acidentes

Revestimento de paredes de separa-ção, acabamento de portas e consoles foram fabricados com acrílico modifi-cado fosco e ABS.

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14REVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

Aquecimento ultrarrápido de filmes espessos de alumínio

Quando a Datec Coating Corporation (Reino Unido) desenvolveu a nova tec-

nologia em filmes espessos para apli-cação de uma alta fonte de energia

elétrica para aquecer uma peça de alumínio, escolheu os re-

vestimentos Vicote como o componente de isolação para as camadas dielétricas

(superior e inferior) do filme espesso. O sistema de aque-cimento de filme espesso da Datec possui camadas con-dutivas e resistivas essenciais,

que são serigrafadas diretamente em um dissipador de calor de alumínio, que é revestido com os revestimentos. Esta tec-nologia é usada na fabricação de aquecedores de ação rápida e silenciosa, que oferecem vantagens de performance inigua-lável, incluindo alta condutividade térmica e a capacidade de resposta para diversos produtos industriais e de consumo.

Anteriormente, os aquecedores deste nível de desem-penho só podiam ser impressos em peças de aço inoxi-dável e alumina (óxido de alumínio). “A chave para a inovação da Datec foi a combinação do material dielé-trico contendo o revestimento Vicote e os materiais con-dutivos e resistivos patenteados. O Vicote é um excelente aglutinante que, quando combinado com outros compo-nentes, cria uma forte combinação com a peça e oferece excelente resistência dielétrica. Ele funciona muito bem com as camadas resistoras e condutoras e, juntos, o sis-tema de camadas absorve expansão térmica oriunda da discrepância entre o aquecimento das camadas e a peça”, disse Dominic Talalla, CEO da Datec. Mais informações – www.victrex.com

Design italiano para lanchas cabinadas

A Aguz Marine, o mais novo estaleiro do país, apre-sentou ao mercado náutico, a lancha Aguz Open Line 36. Projetada pelo estúdio italiano Ferragni & Tollini Yacht De-sign, a embarcação tem tudo para dar uma chacoalhada na mesmice que impera no litoral brasileiro quando o assunto é design de lanchas cabinadas.“As embarcações desse tipo feitas aqui são muito parecidas, quase cópias umas das ou-tras. Por isso, decidimos buscar na Itália um projeto inova-dor, que agrega beleza e funcionalidade”, afirmou Amilton Gutierrez, diretor geral da Aguz Marine.

Com 36”, a embarcação conta com duas ou três ca-bines – acomoda até dez pessoas – e dois motores, cuja potência individual chega a 370 HP. O casco, feito pelo processo de infusão com resina éster-vinílica, combina ex-trema resistência e baixo peso, resultando em mais veloci-dade e menor consumo de combustível. Mais informações – www.aguzmarine.com.br

Avião não-tripulado multiuso terá versão supersônica

Uma aeronave supersônica não-tripulada está sendo desenvolvida no país e servirá para exercícios militares. O modelo, que deverá chegar ao mercado no final de 2011, será fabricado pela AGX Tecnologia (São Carlos, SP) em parceria com a Aeroálcool Tecnologia (Franca, SP). O mo-delo servirá para o treinamento aéreo de alto desempenho da Marinha como, por exemplo, a aferição dos radares das embarcações, podendo voar a 15 metros acima do nível do mar. “Ele é utilizado não apenas para treinar a tropa, mas também para testar e aferir o sistema de radares de defesa”, explicou Adriano Kancelkis, diretor da AGX Tecnologia.

As empresas também vêm desenvolvendo há seis anos aeronaves não-tripuladas para atender ao mercado agrícola e o de produção de imagens aéreas. Na área civil, a AGX e a Aeroálcool preparam o lançamento de um avião mul-tiuso – esse subsônico – com 1,5 kg, que chega a 3 kg com os sensores e câmeras. Produzido em fibra de carbono, esse avião pode ser controlado através do telefone celular. “A ideia é produzir inicialmente 50 unidades para atender à de-manda reprimida”, ressaltou Kancelkis. O avião tem opção de lançamento por impulso do próprio braço humano e de-senvolve missões como fotografar e monitorar áreas, entre outras funções. A aeronave pousa com a abertura de um para-quedas. Mais informações – www.agx.com.br

Bioenergy fecha acordo com fabricante de turbinas eólicas A Bioenergy fechou contrato com a GE para adquirir

18 turbinas eólicas ainda em 2011, 36 em 2012 e uma opção de compra de até 250 para 2013. Os equipamentos vêm para atender projetos comercializados nos leilões de 2009 e 2010, assim como da primeira venda de energia eólica no mercado livre brasileiro, cerca de 100 megawatts (MW) médios arre-matados pela Cemig em dezembro de 2009.

Os lotes de equipamentos de 2011 e 2012 somam 250 mi-lhões de reais. Já o lote de 2013 pode chegar a 1,2 bilhão de reais. Neste ano, serão utilizadas as turbinas GE 1.6 Xle com 82,5 metros de rotor, uma tecnologia consagrada, com mais de 14.000 unidades instaladas no mundo.

No ano que vem, serão utilizadas as novas turbinas GE 1.6 -100, com 100 metros de diâmetro de rotor, as primeiras no mundo que utilizam as novas pás de 50 metros de compri-mento e serão as maiores turbinas a serem instaladas no Brasil.

A escolha pela GE se baseou em um exaustivo proces-so técnico-financeiro, com a escolha dos equipamentos que apresentassem a melhor rentabilidade financeira para o inves-timento. “Levamos em consideração o custo de manutenção ao longo de 30 anos, assim como de durabilidade e disponibi-lidade do equipamento, além do suporte e presença da GE no Brasil”, explicou Sérgio Marques, presidente da Bioenergy.

Tecnologias para esta indústria serão apresentadas no Painel Energia Eólica, que acontecerá no dia 7 de abril de 2011, em Fortaleza, CE. Mais informações – www.tecno-logiademateriais.com.br – Consulta – Energia Eólica

Aquecimento rápido e alta densidade de energia com redução de 20% no consumo

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Fornecedora mundial de resinas, gelcoats e pastas pigmentadas, a Reichhold é líder no desenvolvimento de resinas poliéster insaturadas e éster vinílicas para a indústria de Composites e uma das principais fornecedoras de inovadoras tecnologias para a indústria de Coatings, oferecendo soluções sustentáveis que contribuem de maneira eficiente e responsável às necessidades dos mais variados mercados da economia – Construção Civil, Transporte, Náutico, Esporte & Lazer, Industrial e Energia Eólica. Fundada em 1927, sua matriz e Centro Tecnológico de Pesquisa mundiais localizam-se nos EUA, em Research Triangle Park (Carolina do Norte). Opera com 23 unidades, entre fábricas e centros de pesquisa e desenvolvimento (P&D), ao redor do mundo. No Brasil, foi fundada em 1948 e, atualmente, mantém um centro de P&D e duas unidades fabris, uma em Mogi das Cruzes (SP) e outra em Simões Filho (BA), que atendem com eficácia os mercados do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Venezuela. O sucesso da Reichhold está diretamente ligado ao cumprimento dos valores essenciais de segurança, do comportamento ético de todos os seus colaboradores, do forte relacionamento com seus clientes, e constante preocupação com o meio ambiente. Confira essas e todas as demais soluções inteligentes propostas por uma única fornecedora de resinas. Entre em contato com a Reichhold.

Resinas poliésteres,éster vinílicas e fenólicasGelcoatsPastas pigmentadas

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Membrana tensionadaFocada em solu-

ções voltadas a cons-truções sustentáveis, em especial as vol-tadas para infraes-trutura de arenas esportivas, a 3M do Brasil (Sumaré, SP) apresentou a mem-brana tensionada de PTFE/ETFE, já uti-lizada no chamado Ninho de Pássaros,

durante as Olimpíadas de Beijing, em 2008. Essa mem-brana foi aplicada numa simulada arena de futebol num espaço interativo. O evento também foi o local escolhi-do para o lançamento oficial da película antivandalismo Scotchgard 1004, composta de quatro camadas e aplica-da em superfícies de vidro ou policarbonato contra pi-chações, grafite e outros atos de vandalismo.

Impermeabilizante base epóxi poliamida

A Viapol Impermeabilizantes (Caçapava, SP) apre-sentou, tendo como foco soluções em que a imperme-abilização favorece a sustentabilidade, o Viapoxi Coat, linha de impermeabilizantes base epóxi poliamida, fle-

xibilizado, isento de solvente orgânico, impermeável a água e vapor e indicado para superfícies horizontais e inclinadas. Excelente para proteção e acabamento imper-meável em estruturas de concreto e metálicas, o Viapoxi Coat proporciona elevada resistência mecânica e quími-ca, com excelente aderência sobre concreto, argamassas, estruturas metálicas, etc. O Viapoxi Coat não apresenta retração, sendo que após a cura é indicado para contato com água potável. Com elevado índice de flexibilidade, o Viapoxi Coat apresenta elevada resistência à abrasão e pode ser aplicado em estruturas com movimentação es-trutural. A Viapol também divulgou que 15% do peso das mantas produzidas pela empresa vêm de matérias-primas recicladas (polímeros derivados de sobras industriais que são reprocessados e adequados às características necessá-rias para fabricar cada produto).

Barras antipânicoFabricante de fechadu-

ras e ferragens de alta qua-lidade, o tradicional grupo La Fonte (São Paulo, SP) lançou as barras Antipânico Evolution, com aplicação nos mais variados ambien-tes, feita de componentes reforçados em aço e com pintura de resina epóxi nas cores, branca, preta e prata.

Novidades em tecnologias e aplicações

Plásticos de engenharia e composites são materiais amplamente utilizados em

construções, e isso fi cou patente nas atrações da Feicon-Batimat 2011 – 19º Salão

Internacional da Construção, em São Paulo, SP. Veja você mesmo

Ninho dos Pássaros em construção

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Barra antipânico Evolution

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Banheira de 7 mO grupo Astra (Jundiaí, SP) apresentou uma banhei-

ra, batizada de Dubai, com 7 metros de comprimento, com lugar para sete pessoas sentadas, mais de 100 jatos de hidromassagem, air blower, cromoterapia e aromatera-pia. A torneira da banheira é feita em ABS cromado com fechamento automático.

Pintura eletrostáticaA C3 Equipamentos (Caxias do Sul, RS), empresa do

grupo CIM Componentes, apresentou escoras metálicas com elevada vida útil e exclusiva proteção para a rosca, com pintura eletrostática em epóxi, o que lhe confere muito mais resistência a pancadas, riscos e principalmen-te corrosão.

Laminados decorativosA Changzhou Shuangou Flooring (Changzhou City,

Província de Jiangsu, China) apresentou suas soluções em laminados decorativos internos e externos feitos de composites de diversos tipos de plástico com lâminas de alumínio ou soluções como honeycomb de alumínio. A ampla gama de produtos fabricados pela empresa incluem laminados metálicos termo-isolantes, à prova de fogo, flu-orocarbonos, pré-revestidos, etc. Destaques também serão dados aos painéis de aço inox, de lâminas plásticas de cobre, nanométricos autolimpantes, à prova de fogo, etc.

Fibra de vidroImportante grupo fabricante de matérias-primas para

construção civil, dentre elas fibra de vidro e peças em ma-teriais composites para os mercados eólico, de cilindros de alta pressão, novos materiais para pisos, etc., a CNBM apresentou esses e outros produtos na exposição.

ImpermeabilizantesA Dryko Impermeabilizantes (Guarulhos, SP) mos-

trou, dentre variados produtos para o mercado de cons-trução civil, as linhas Drykopoxi Isol e Drykopoxi Al-catrão de revestimentos base resina epóxi. A Drykopoxi Isol, isenta de solventes, apresenta excelente resistência mecânica, química e estabilidade térmica, não contami-nando produtos que venham a entrar em contato com a película. É indicada para tanques para armazenagem de produtos químicos, tanques de contenção, poços de ele-vador, subssolos e jardineiras. A Drykopoxi Alcatrão, por sua vez, é um produto bicomponente à base de resina epó-xi e alcatrão, que forma uma película flexível de ótima resistência mecânica e química. Com facilidade e rapidez de aplicação em locais de difícil acesso, possuindo total compatibilidade com estruturas de concreto, a Drykopoxi Alcatrão é aplicada em revestimentos e tubos de concre-tos, impermeabilização de subsolos contra pressão nega-tiva, box de banheiros, casas de máquinas e de bombas, jardineiras, floreiras e impermeabilização de estações de tratamento de efluentes domésticos.

Concreto poliméricoTradicional desenvolvedora de soluções em tecnologia

de concreto polimérico e outros materiais para sistemas de drenagem de superfície, área em que é mais conhecida, a ACO (Rendsburg, Alemanha), empresa com importan-te presença nos ramos de engenharia e construção, assim como em soluções para construções esportivas e agrícolas, mostrou seus principais produtos em concreto polimérico, assim como outras soluções em concreto reforçado, aço inoxidável, plástico e ferro fundido. Treze dos sites do grupo ACO produzem peças em concreto polimérico para uso, dentre outros mercados, em construção civil. O ma-terial é utilizado nos sistemas de canais, caracterizando-se pela extrema durabilidade e estabilidade. Nas formulações são utilizadas cargas de quartzo e resinas poliméricas para produção de materiais totalmente impermeáveis. Como resultado, obtém-se obras com extrema durabilidade – segundo a empresa, obras lançadas no final dos anos 60 ainda continuam em uso sem danos aparentes. Outro uso do material é em sistemas de prevenção de contracorrente (válvulas de retenção), em aparelhos fabricados em plásti-co, ferro fundido e concreto polimérico de acordo com a norma EN 13564.

Cabo fl exívelFabricante de fios e cabos elé-

tricos, a SIL (Guarulhos, SP) lançou o cabo flexível AtoxSil 0,6/1 kV 90º C, que proporciona elevada segurança em relação a cabos tradicionais, sendo que sua veia é isolada com borracha etilenopropileno (EPR), suportando até 90º C e possibilita maior capacidade de corrente elétrica que o cabo isolado de PVC. Na extrusão da capa externa do cabo é utilizado composto termoplástico poliolefínico não halogenado, com característica de não propagação e autoex-tinção de fogo, assim como baixa emissão de fumaça e gases tóxicos. Esse cabo é indicado para locais de alta densidade de ocupação (de acordo com a norma ABNT NBR 5410, locais BD2, BD3 e BD4). Para lançar esse cabo, a SIL teve que investir na aquisição de uma linha especial de extrusão com rosca, com tecnologia para processar a poliolefina.

Portas, painéis e dequesA turca Adopen Plastik (Istambul, Turquia) mostrou

exemplos de suas portas Sakelli de wood composite, do seu sistema Pladeck de moldagem de concreto polimérico e dos sistemas De Deck em composites, para decks nesse mate-rial. As portas Sakelli, de wood composites, caracterizam--se pela beleza, praticidade, durabilidade (contra torção, impacto e bactérias) e segurança (classe B1 de resistência ao fogo). Outras propriedades consistem na facilidade de limpeza, isolamento acústico (até 36 dB), proteção natural contra umidade e ausência de manutenção. Já o patentea-do sistema Pladeck, de sistemas de moldagem em concreto polimérico, proporciona uma opção à madeira compensada em construções dos mais variados tipos. Produzidos nas di-

Cabo em borracha EPR e termoplástico poliolefínico

SIL

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mensões de 62,5 x 250 cm, os painéis Pladeck, 30% mais leves que os painéis de compensado, possuem propriedades mecânicas elevadas, com resistência à água, umidade e in-tempéries, durabilidade submetido ao fogo, reciclabilidade e amigabilidade ambiental. Podem ser usados moldados em concreto, em colunas, pisos, vigas e todos os tipos de moldagens em concreto. Podendo ser pregados, perfurados e cortados, os painéis Pladeck devem usar, como recomen-dado, pregos especiais encapados, não precisando contudo de pintura epóxi contra absorção de água. Por sua vez, os sistemas De Deck, em composite, é especialmente projetado para deques e outras aplicações sujeitas à água, tais como terraços, beiradas de piscinas, piers, varandas, pergolas, jar-dins, passarelas e qualquer área externa. Não afetado pelas condições climáticas nem pela umidade, água e impactos, o De Deck é fabricado em qualquer dimensão, sendo facil-mente instalado, pintado a depender da solicitação e não necessita de manutenção. Por último, os painéis poliméri-cos Panado, indicados para paredes e telhados de armazéns, depósitos, ginásios poliesportivos e estruturas industriais e agrícolas, dentre outras aplicações, proporcionam elevado isolamento térmico e acústico, não absorvendo água nem sendo afetados pelas condições atmosféricas, por distorções, deformações, etc. Produzidos nos comprimentos desejados, os painéis Panado são resistentes a fumaças ácidas e deriva-das de produtos químicos.

Placa cimentícia

durabilidade, além de resistência a impactos e a umidade, podendo receber qualquer tipo de acabamento, desde pintu-ra até cerâmica. O CRFS das Placas Cimentícias é também utilizado nas telhas Fibrotex, da mesma empresa. Outro produto apresentado foi o DuPont Tyvek HomeWrap, de-senvolvido para utilização em sistemas construtivos a seco que utilizam aço ou madeira e placas de fechamento, servin-do como barreira contra intempéries, reduzindo a infiltração de ar externo, aumentando a eficiência do isolamento térmi-co e assegurando a estanqueidade das paredes e dos perfis e isolamentos internos contra a infiltração de água. O Tyvek HomeWrap é composto em 100% por PEAD (polietileno de alta densidade). As Telhas Shingle, compostas por man-ta asfáltica com grãos minerais e mantas de fibra de vidro para estabilidade dimensional, também foram apresentadas na feira. Sistema mais utilizado na Europa e Estados Uni-dos devido à resistência e estética, a cobertura com telhas Shingle estão disponíveis em 2 modelos e 9 cores e requerem um sistema construtivo especial, composto de compensado, subcobertura e sistema de ventilação.

Caixas d’águaA Bakof (Frederico Westphalen, RS) apresentou sua li-

nha completa de caixas d’água em composites de fibra de vidro, assim como os produtos em polietileno. A empresa apresentou também telhas, reatores anaeróbios e aeróbios, filtros, silos, cochos, lixeiras e desenvolvimentos especiais em composites de fibra de vidro.

Laminados contínuosEspecializada em soluções de alto desempenho em com-

posites de fibra de vidro para os segmentos de construção, transporte e sinalização viária, a Fibralit (Campinas, SP) apresentou desde as tradicionais telhas em composites, pas-sando pelos laminados contínuos usados em paredes para construção civil, construção de paredes de caminhões frigo-ríficos e outras aplicações, e placas de sinalização viária. Em todos esses produtos a tecnologia é a de laminados contínu-os de fibra de vidro (composites).

Painéis compositesO grupo Foshan Shunde (Foshan City Guangdong, Chi-

na) mostrou seus painéis composites de alumínio e polímeros diversos para materiais de núcleo (dentre os quais polietileno de baixa densidade), com ou sem filmes externos (PET, por exem-plo), fazendo também uso de nanotecnologia (para atribuir re-sistência às intempéries e ao pó, assim como propriedade de serem autolimpantes e resistentes a ácidos e álcalis).

Placas de PCA Haining Pure Plastic Sheet (Haining City, China)

apresentou placas de policarbonato de diversos tipos (ocas, multiparedes, sólidas, etc.) para aplicação no mercado de construção civil. Especializada na fabricação de placas resis-tentes a raios ultravioleta extrudadas por ambos os lados, a empresa dedica-se também à produção e montagem de estu-fas de jardim nesses materiais.

Bra

silit Shingle: solução

prática

Bra

silit

Placa cimentícia impermeabilizada

A Brasilit (São Paulo, SP), empresa que faz parte do grupo francês Saint-Gobain, apresentou a Placa Cimentí-cia Impermeabilizada Brasilit, assim como os painéis Mas-terboard, na linha Construção a Seco, da empresa. Esses produtos fazem uso da tecnologia CRFS (cimento refor-çado com fio sintético), associada a um rígido processo de impermeabilização, para tornar esses produtos ideais para fechamentos externos, assim como para pisos e mezaninos de grande resistência e segurança. Desenvolvida para veda-ções, fachadas e revestimentos, a Placa Cimentícia Imper-meabilizada não sofrem com a ação de cupins ou fungos, e estão disponíveis em espessuras de 6 e 8 mm para ambientes internos e 10 12 mm para ambientes externos com largura de 1200 mm e comprimentos de 2000, 2400 e 3000 mm. A placa não utiliza amianto em sua fabricação e tem elevada

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Pia em mármore sintéticoA Ghel Plus (Ampére, PR), fabricante de pias, cubas, tan-

ques, válvulas e acessórios em metal (aço inox, em sua maioria), lançou sua pia da linha Duretec, em mármore sintético. A pia proporciona durabilidade, resistência, tecnologia e durabilidade.

Lã de PETA Trisoft (Itapevi, SP) mostrou alternativas de uso da lã de

PET Isosoft, revestimento acústico oferecido em diferentes es-pessuras e densidades, para ser aplicado em coberturas, pisos, paredes e tratamento acústico industrial. Produzida com lã de PET inteiramente reciclada e reciclável, a lã de PET Isosoft impede a proliferação de bactérias e fungos, podendo também ser aplicada em pisos de escritórios, apartamentos, galpões, te-atros, auditórios, residências, supermercados, casas noturnas, entre outros, com o nome respectivo de Isopiso, para proteção contra ruídos, e Isodecor. Para cada metro quadrado de lã de PET Isosoft são utilizadas por volta de 30 garrafas PET.

Solid surfaceFabricante de solid surface, um tipo de mármore sinté-

tico, a KaiPing Fuliya Composite Material (Kaiping City, Província de Guangdong, China) apresentou suas soluções em solid surface acrílicas puras, acrílicas modificadas, már-more artificial, solid surface tradicional e resinas poliéster. O Solid Surface é um produto composite derivado de resi-nas termofixas e termoplásticas de excelente estética, fácil manuseio e de elevada higiene, utilizado nas mais diversas aplicações em ambientes que requerem aparência impecável e perfeita higiene.

Telhas asfálticasA Onduline do Brasil (Juiz de Fora, MG) mostrou suas

telhas asfálticas onduladas, que possuem monocamada de fibras vegetais (de celulose), impregnação de betume (as-falto), pigmentos e proteção polimérica (contra raios ultra-violeta e escamação). A empresa mostrou também todo o sistema de construção do telhado: telha, cumeeira, espigão, fixadores, clarabóia entre outros, sendo que com as telhas e acessórios Onduline é possível montar um telhado leve, prá-tico e bonito em pouco tempo. O sistema possui garantia de 15 anos de impermeabilização. Outro destaque foi a telha térmica sanduíche da empresa, que por sua vez proporciona isolamento térmico por meio de uma camada de poliestire-no entre duas camadas de telhas vegetais. A empresa lançou também a telha Onduclair, de policarbonato, disponível nas cores transparente e fumê, que permite a passagem de luz natural para o ambiente e ajuda a economizar energia elétri-ca. Essa telha possui uma nova cumeeira, mais bonita e fácil de instalar, com encaixe para a sobreposição.

Selante epóxiA Quimicryl (Cotia, SP) lançou o Baucril Junta Epóxi

AN, selante epoxídico com flexibilidade para suportar mo-vimentações de juntas e resistência mecânica para suportar cargas em pisos de alta resistência.

Assentos e torneiras em ABSA Plastilit Cone-

xões, Tubos e Acessórios (Curi-tiba, PR) lançou assentos sanitários e torneiras feitos em ABS (Acrilonitrila, Buta-dieno, Estireno), com diversas vantagens em relação a outros materiais, tais como a proprieda-

de de não juntar sujeira interna-mente, a durabilidade e a ausência de desbotamento da cor.

Superfície sólidaA Sintec (Congonhal, MG), fabricante de pias, tanques,

lavatórios e cubas em mármore sintético deu destaque a suas placas em superfície sólida mineral, que permitem ela-borar produtos dos mais variados tipos e características.

Painéis compositesA Xiangfan Fengbari Packing Materials (Xiangfan City,

Hubei, China) apresentou painéis composites de alumínio (ACP) com filmes poliméricos adesivos utilizados para adesão das lâminas de alumínio no núcleo de placas de polietileno.

Placas de PCA Zetaflex (São Paulo, SP), fabricante de toldos e cober-

turas com e sem movimento, assim como de forros, brises e fachadas, apresentou os produtos da linha Zetalux, feitos em parceria com a Polygal, fabricante norteamericana de placas de policarbonato multicamada. Os produtos dessa li-nha utilizam policarbonato alveolar translúcido importado, com garantia contra raios ultravioleta por 10 anos ou poli-carbonato compacto, transparente, de outro fornecedor. As placas são fixadas à estrutura de apoio por perfis transpa-rentes importados de policarbonato de alta pressão, permi-tindo alcançar acabamento de alta qualidade sem furações com parafusos aparentes. As estruturas e armações, a não ser em casos específicos, são de alumínio anodizado.

Fibra de vidro e ABSFabricante de piscinas, spas, banheiras, ofurôs, acessó-

rios e hidrowall, a Ouro Fino (Ribeirão Pires, SP) mostrou produtos fabricados, dentre outros materiais, em composi-tes de fibra de vidro, ABS, policarbonato e Noryl.

Caixas d’água e outrosA Fortlev (Serra, ES), fabricante de tanques de filamen-

to contínuo e telhas translúcidas de fibra de vidro, mostrou também suas caixas d’água, caixas multiuso, filtros, , cister-nas, tanques slim, sistemas de tratamento de esgoto, telhas translúcidas, tanques industriais, tanques modulares, caixas de tipo versátil e cochos e bebedouros. As caixas d’água em

Assento sanitário em ABS

Pla

stili

t

Pla

stili

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Torneira em ABS

Feicon_PR75_02.indd 19 3/21/11 9:58 AM

20 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

FEICON 2011

fibra de vidro são ideais para grandes capacidades, sendo que, com opções de até 25 mil litros, elas atendem os mais diferentes tipos de projeto, com segurança e durabilidade.

Piso autoportanteA Revitech (São Paulo, SP) apresentou, como lança-

mento, o piso autoportante Ecoidea, fabricado com 70% de PVC reciclado pós-consumo e estrutura em fibra de vidro, que lhe proporciona excelente estabilidade dimensional. Com camada de 5 mm, o piso Ecoidea não traz apenas a cópia, mas a sensação da madeira, por meio de um filme fotográfico ranhurado. Bacteriostático, o Ecoidea Wood é fabricado por meio de calandragem a 200º C, em que, por sobre um backing de PVC, é aplicado um cilindro com a fi-bra de vidro. O Ecoidea é oferecido nas versões Wood, Con-cret (aparência do concreto) e Décor (próxima da Concret com pega e cor diferenciados).

Filtros em compositesFabricante de filtros de água para piscinas, a Epex (San-

ta Luiza, MG) destacou as carcaças inteiramente em com-posites de fibra de vidro de seus filtros, assim como o uso de plásticos de engenharia para modelos de menor dimensão, eletrobombas e válvulas. A empresa também fabrica bocais e ralos em composites e ABS, assim como sistemas para hi-dromassagem em ABS e skinners, controladores e extrava-sadores em composites.

Energia eólicaA Westaflex (Contenda, PR), fabricante de renovadores

de ar, protetores térmicos tubulares, tubos industriais, tubos acústicos e tubos de acessórios diversos, destacou a utiliza-ção, desde março de 2008, de uma torre de energia eólica própria direcionada ao seu processo produtivo.

Estações de tratamento

A Mizumo (Pompéia, SP) apresen-tou suas tradicionais estações de trata-mento de água e de esgoto, fabricadas em composites de fibra de vidro, de ele-vado rendimento e alta durabilidade.

AbraçadeirasFabricante de materiais elétricos, dentre suas diversifi-

cadas atividades, a Tramontina (Barueri, SP) apresentou as abraçadeiras de poliamida (náilon) Izy Flat, Luz e Lux.

Protetores e fi ltrosA Daneva Materiais Elétricos (Poá, SP), fabricante de

extensões elétricas, lançou uma nova geração de protetores e filtros de linha projetados para suportar curtos e sobrecar-

gas em residências. Divididos em duas categorias, os prote-tores são feitos de material reciclável e utilizam poliamida (náilon) entre os pinos, material insubstituível em função das resistências mecânica e térmica requeridas.

Telha shingle

Telhas shingle: proteção e dura-bilidade

LP

Bra

sil

A LP Brasil (Ponta Grossa, PR), subsidiária da norte-ame-ricana LP Building Products, apresentou o sistema de cober-tura LP Telha Shingle, fabricado a partir de telhas fabricadas num sistema de manta de fibra de vidro saturada em asfalto e grânulos cerâmicos. Podendo ser aplicada em qualquer siste-ma construtivo, a LP Telha Shingle faz uso de um sistema de cobertura com forro em drywall e isolamento térmico ao invés do tradicional sistema com laje em concreto. Com design mo-derno e praticidade de instalação, as telhas shingle permitem execução de telhados curtos, são quatro vezes mais leves do que outras telhas, possuem excepcional resistência mecânica e maior proteção à umidade, além de terem garantia de 5 anos contra a proliferação de algas. A garantia estrutural do sistema de cobertura shingle é de 20 anos.

RevestimentosA Tintas Âncora (São Bernardo do Campo, SP) apresen-

tou revestimentos epóxi bicomponente base água, primer epóxi óxido de ferro bicomponente, fundo epóxi cromato de zinco bicomponente, fundo epóxi fosfato de zinco também bicompo-nente, fundo epóxi bicomponente e revestimentos epóxi com catalisador amina e poliamida.

Chumbador químicoA Fischer Brasil (São Paulo, SP) apresentou o chumbador

químico FIS EM livre de estireno, utilizado para uso em estru-turas metálicas, suportes, consoles, janelas, gradis, máquinas, elementos de fachadas, parede diafragma, vigas etc. Composto de resina epóxi pura, o FIS EM tem qualidade superior aos de epóxi-acrilato. FIS EM tem alta qualidade de aderência no con-creto, oferecendo as mais altas cargas mesmo em pequenas pro-fundidades. Sua fórmula exclusiva permite a utilização em fixa-ções submersas, preservando seus excelentes resultados. Outra aplicação é em furações de diâmetro ou profundidade maiores. Por ser tixotrópico, o produto não escorre durante o processo de aplicação, inclusive em aplicações no teto, resistindo a cargas vibratórias e sísmicas. Pode permanecer armazenado em até 36 meses, após sua data de fabricação. É vendido em embalagens de 390, 585 e 1100 ml.

Miz

umo

Estação de tratamento

Feicon_PR75_02.indd 20 3/21/11 9:58 AM

FEICON 2011

AdesivoA Denver Impermeabilizantes (Suzano, SP) lançou o ade-

sivo estrutural Denverepóxi, a base de resina epóxi, para uso geral, com consistência flúida, isento de solventes em sua com-posição, com média viscosidade e pega normal. Indicado para colagem de diversos materiais ao concreto e entre si, como pe-ças de concreto ou argamassa, cerâmicos, vítreos, metálicos, pe-dras ornamentais, madeira etc., pode ser usado como ponte de aderência. O Denverepóxi é ideal para reconstituição de seções submetidas a esforço de tração, ancoragem de barras e parafu-sos metálicos e para furos verticais para baixo. Apresenta me-lhor aderência ao concreto antigo. Fácil de misturar e aplicar, o Denverepóxi tem maior confiabilidade do reparo, perante os esforços mecânicos e a resistência à corrosão.

Adesivo epóxi líquidoA Henkel (Itapevi, SP) lançou na feira o Loctite Durepo-

xi versão líquido, adesivo muito utilizado por artesãos, pro-fissionais e adeptos do “faça você mesmo”. Diferenciado por ser resistente, flexível e totalmente transparente, o Durepoxi Líquido é da mesma família do Loctite Super Bonder e do tradicional Loctite Durepoxi Massa. O diferencial em relação aos outros é a transparência total, a secagem que ocorre em até 10 minutos e o não escorrimento em colagens verticais. Adesivo de base epóxi, o Durepoxi Líquido é indicado para uma infinidade de materiais, podendo ser aplicado em super-fícies porosas, lisas ou irregulares.

Novas cores de tintas base epóxiA Tintas Universo (Diadema, SP) lançou três novas

tonalidades (rosa, rosa bebê e lilás) de tintas da linha higi-ênica. Essa linha tem três versões, epóxi, látex acrílico e es-malte. As novas três cores são para as três versões. O epóxi é um produto de altíssima resistência e indicado para pinturas deterioradas por repetidas operações de limpeza, tais como os centros hospitalares e cozinhas industriais.

Mármore artifi cial

PK

O d

o B

rasi

l

Pedras artifi ciais: tendência

A PKO do Brasil (Mogi das Cruzes, SP) apresentou suas PKO Stones, pedras artificiais compostas de resíduos de pedras não aproveitadas, trituradas e misturadas a resina epóxi, que já se tornaram uma tendência no mercado.

Feicon_PR75_02.indd 21 3/21/11 9:58 AM

EPÓXI

22 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

A resina epóxi pode ser utilizada de muito mais formas do que parece. Confi ra a seguir

algumas delas

AdesivaçãoA adesivação de laminados plásticos decorativos,

em que a camada externa é feita de polifluoreto de vi-nila (PVF), em que as partes internas são compostas de uma ou várias camadas de filmes impressos ou texturi-zados, para interiores de aeronaves, pode ser feita com filmes epoxílicos, fenólicos ou de poliuretano. O uso de laminados plásticos decorativos possui, em relação aos fil-mes, a vantagem de cumprirem várias funções diferentes.

Assoalho de aeronavesA fabricação de as-

soalhos de aeronaves co-mumente utiliza prepregs de epóxi curados simul-taneamente a camadas superiores especialmente formuladas com resina fenólica. Esta camada su-perior atende aos requisi-tos FST (Fire, Smoke and Toxicity ou Fogo, Fumaça e Toxicidade). Um desen-

Reb

ar S

uppl

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volvimento recente, utilizado no A380, da Airbus, utiliza uma seleção de novos prepregs unidirecionais de carbono e epóxi que proporcionam resistência e dureza mais alta com uma fração do peso do sistema anterior. Por possuir baixas propriedades de FST, o novo desenvolvimento dispensa o uso da camada de resina fenólica.

AssoalhosO lançamento de novas gerações de aeronaves requer

o desenvolvimento de novos produtos com especial ênfase em economia de peso. Um novo painel de assoalho de bai-xíssimo peso possui faces unidirecionais de fibra de carbo-no laminadas com epóxi e núcleo em colméia (honeycomb) de aramida. Sistemas especialmente endurecidos de epóxi têm sido qualificados para aplicações que requerem abafa-mento acústico para as-soalhos de aerona-ves. Outra novidade é a estruturação de as-sentos por aplicações de epóxi em BMC (Bulk Molding Com-pound) que substi-tuem o alumínio.

Resistência à abrasãoA resina epóxi é indicada para proporcionar durabilidade

e resistência à abrasão na parte externa dos cascos de embar-cações, sob a forma de tecido trançado (woven) de vidro. Por

ser transparente, o epóxi permite que o barco seja enver-nizado, mantendo sua cor natural. O tecido normal-mente é fornecido em várias grama-turas, sendo que quanto maior é a gramatura, maior também a resistên-cia à abrasão.

Resinas epóxi com base biológicaA lignina, subproduto da fabricação de papel, tem sido usa-

da para desenvolver uma nova série de resinas para vários com-ponentes de computador, especialmente as placas de circuito impresso, normalmente fabricadas com laminados de epóxi

EPÓXI

Novas aplicações: versatilidade de propriedades

Aeronaves: uso intensivo de epóxi

Sabi

c

Wik

imed

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Fiv

e St

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ling

Epóxi atribui resistência à abrasão

Honeycomb de aramida

A Elekeiroz parabeniza publicamente a MVC pela conquista de uma premiação francesa, nunca conferida a uma empresa brasileira, o Prê-mio Inovação JEC2011, e se orgulha de também ter contribuído para o feito com o fornecimento realizado de Resinas de Poliéster Insaturado especialmente desenvolvidas para o empreendimento, decorrente da parceria de longo prazo existente entre as empresas.

A MVC foi homenageada na categoria Prêmio Especial pelo proje-to de desenvolvimento do revestimento interno do novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Carrasco, em Montevidéu, Uruguai. O projeto compreende uma área total de 24 mil m2 de reves-timento da superfície inferior (interna) do novo terminal de passagei-ros do aeroporto, com a instalação de painéis sanduíche de tecnologia Wall System, de plástico reforçado com fi bra de vidro e acabamento em gelcoat isoftálico.

Parabéns, MVC, por mais este prêmio inédito

Elekeiroz S.A. - Várzea PaulistaR. Dr. Edgardo de Azevedo Soares, 392 - CentroVárzea Paulista - São Paulo - CEP 13224-030Fone/Fax: 0800 11 3663 / 11 4596 8881e-mail: [email protected]ência Técnica: [email protected]

Elekeiroz S.A. - CamaçariR. João Úrsulo, 1261Pólo PetroquímicoCamaçari - Bahia - CEP 42810-030

Elekeiroz_MVC_02.indd 1 3/21/11 10:36 AMEpoxi_PR75_01.indd 22 3/21/11 10:43 AM

A Elekeiroz parabeniza publicamente a MVC pela conquista de uma premiação francesa, nunca conferida a uma empresa brasileira, o Prê-mio Inovação JEC2011, e se orgulha de também ter contribuído para o feito com o fornecimento realizado de Resinas de Poliéster Insaturado especialmente desenvolvidas para o empreendimento, decorrente da parceria de longo prazo existente entre as empresas.

A MVC foi homenageada na categoria Prêmio Especial pelo proje-to de desenvolvimento do revestimento interno do novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Carrasco, em Montevidéu, Uruguai. O projeto compreende uma área total de 24 mil m2 de reves-timento da superfície inferior (interna) do novo terminal de passagei-ros do aeroporto, com a instalação de painéis sanduíche de tecnologia Wall System, de plástico reforçado com fi bra de vidro e acabamento em gelcoat isoftálico.

Parabéns, MVC, por mais este prêmio inédito

Elekeiroz S.A. - Várzea PaulistaR. Dr. Edgardo de Azevedo Soares, 392 - CentroVárzea Paulista - São Paulo - CEP 13224-030Fone/Fax: 0800 11 3663 / 11 4596 8881e-mail: [email protected]ência Técnica: [email protected]

Elekeiroz S.A. - CamaçariR. João Úrsulo, 1261Pólo PetroquímicoCamaçari - Bahia - CEP 42810-030

Elekeiroz_MVC_02.indd 1 3/21/11 10:36 AMEpoxi_PR75_01.indd 23 3/21/11 10:43 AM

EPÓXI

24 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

e fibra de vidro, em que são inseridos os componentes elétri-cos. A substituição parcial das resinas de epóxi derivadas do petróleo por ma-térias-primas com-postas parcialmente por vegetais reduzi-ria as preocupações ambientais com a fa-bricação, montagem e descarte de placas

de circuito impresso. Sabendo que as resinas utilizadas nas pla-cas devem possuir alta temperatura de transição vítrea, baixa absorção de umidade, alta estabilidade térmica, retardância à chama e boas propriedades dielétricas, faz-se uso de lignina, o único biopolímero comum de base fenólica, com natural hi-drofobicidade e boa estabilidade térmica, para a formulação de copolímeros de epóxi com lignina (contendo pelo menos 50% de lignina), os quais exibem aceitáveis propriedades físicas e elétricas para uma ampla gama de aplicações, incluindo placas de circuito impresso. Os laminados formados com resinas de base lignina podem ser processados de forma similar aos lami-nados atuais.

Reparo de pás eólicas

Geralmente utilizada para fabricar pás eólicas, normal-mente pelo processo de infusão a vácuo, a resina epóxi serve também para acabamento, durante a fabricação, e reparo das pás, durante operações de manutenção. Bicomponentes, as re-sinas epóxi para esses fins são flexíveis e rígidas, e permitem dar um ótimo acabamento e polimento nas pás durante a fa-bricação. Nos reparos, permitem consertar danos de pequena gravidade – que não atingem o laminado de fibra de vidro – na superfície das pás, em operações feitas nas torres ou no solo. As resinas epóxi para esse fim costumam ser aplicadas por meio de cartuchos, que eliminam a sujeira e a geração de resíduos, normalmente associados à mistura manual dos componentes.

Em laminados pré-curados sujeitos a umidade

Determinados filmes adesivados em epóxi são também usados para colar superfícies que, após a primeira laminação (ou seja, pré-curados), tenham sido expostas a ambientes de

umidade elevada. Esses filmes apresentam excelente resistên-cia a fraturas (via padrões de falhas de coesão) com superio-res propriedades de adesão. Qualificados pela norma BMS 5-154, da Boeing, esses filmes proporcionam boa durabilida-de para anexar fixadores e outras estruturas. Esses filmes de epóxi, cuja temperatura de trabalho vai de -55º C a 132º C, curam em dois patamares de temperatura (120º C ou 180º C), proporcionam excelente tack e podem ser pré-impregnados em superfícies verticais. Armazenados a -18º C, esses filmes têm vida útil de dois anos.

Espumas de epóxiEspuma de células fechadas, baixa densidade e de ta-

manho de células uniforme, a espuma de epóxi origina-se a partir de um sistema de dois componentes e é fabricada por um sistema froth, de baixa pressão de expansão. Essa espuma pode ser usada in-loco, é impermeável e pode ser fabricada em processo contínuo. Com potencial de ade-são em grande número de materiais, a espuma de epó-xi pode ser aplicada e co-curada com prepregs e outros laminados, inclusive de epóxi. A espuma de epóxi não libera CFCs, serve para isolamento térmico, dentre ou-tras aplicações, e pode ser esculpida. Serve também como material de núcleo.

Epóxi em eletrodos de vidroUtilizados para medição

de pH em soluções, dentre outras funções, tais como medição da concentração de lítio, sódio, amônia e ou-tros íons, os eletrodos de vi-dro podem ser encamisados com um alojamento feito de composites com resina epó-xi. A função da resina nesse caso é a de isolar eletrica-mente o aparelho, de forma a não interferir na medição da solução pelos materiais utilizados na fabricação do eletrodo. O encamisamento em epóxi proporciona tam-bém vantagens em durabi-lidade, resistência química e resistência a quebras, em

relação aos eletrodos de vidro. De acordo com o fabrican-te, a junção feita de composites permite que o eletrólito se espalhe uniformemente e a taxa constante, alcançando de forma rápida e estável seus potenciais de referência. Essa junção é presa ao sistema de medição de vidro com borra-cha de silicone.

Letreiros com LEDsA resina epóxi serve para fabricar, por encapsulamento,

letreiros luminosos de sinalização que fazem uso de LEDs (light-emitting diodes ou diodos de emissão de luz). Segundo

Siem

ens

O epóxi serve para reparos não estruturais

Cam

lab

Eletrodos para medição de pH com corpo em epóxi

Arp

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Placa de circuito impresso: epóxi e fibra de vidro

Epoxi_PR75_01.indd 24 3/21/11 10:43 AM

EPÓXI

25PR f E V E R E I R O • m A R Ç O • 2 01 1

o fabricante, os letreiros feitos de resina epóxi destacam-se pela unifor-midade em relação a mo-delos feitos com outros materiais. Os modelos

de letreiros em LED de epóxi possuem também vantajosas propriedades termomecânicas, de absorção de umidade, re-sistência à oxidação e força de adesão a PPA (poliftalamida).

Reparos industriaisResinas epóxi de alta performance cargueadas com

metal servem para reparos ou reconstrução de equipa-mentos mecânicos críticos, permitindo a retomada da pro-dução de forma rápida e com custo reduzido. As resinas epóxi cargueadas com metal proporcionam excelente re-sistência a uma ampla gama de produtos químicos, resis-tência a temperaturas de até 350º C e cura à temperatura ambiente. Essas resinas, que podem ser furadas, rosquea-

das, usinadas e pintadas, são especialmente indi-cadas para áreas em que as soldagens resultam impossíveis de serem fei-tas e dispensam, para sua aplicação, de treinamen-to especial. Os substratos podem ser metal, concre-to, madeira, cerâmica, vidro, etc. As cargas po-dem ser de aço, alumínio, bronze e outros metais.

Algumas dessas resinas são certificadas para serem usadas em aplicações que guardam água potável, assim como em equipamentos para processamento de carne e granjas.

Revestimentos cargueadosA aplicação de revestimentos em resina epóxi carguea-

da com alumina, por exemplo, serve para reduzir a fricção no interior de bombas de água, reduzindo a resistência à fluidez dos líquidos e reduzindo dessa forma o consumo de energia pelos equipamentos. Os revestimentos em epóxi servem para recuperar bombas e outros equipamentos que, devido à acumulação de resíduos no metal, tornam-se ine-ficientes por necessitarem de mais energia para funcionar. A resina epóxi utilizada serve para diminuir a abrasão, a cavitação e a corrosão nos equipamentos.

Adesivo condutivo para aplicações médicas

Adesivos de epóxi com elevada condutividade podem ser indicados para aplicações médicas sempre que consigam satisfazer as especificações USP Class VI para esse tipo de aplicação. Cargueado com partículas de prata para alcançar resistividade de volume excepcionalmente baixa, sem com-prometer as características adesivas, esse tipo de adesivo é aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration) como

adesivo para artefatos médicos. Curando à temperatura ambiente ou, mais rapidamente, a temperaturas elevadas, o adesivo condutivo para aplicações médicas proporciona uma resistência à adesividade de mais do que 1800 psi em tensão de cisalhamento e uma resistência à adesivação da casca e em casca em T de mais do que 20 pli. A resistivi-dade de volume do sistema curado pode ser menor do que 3 ohm-cm. O sistema adesivado adapta-se bem a uma ex-cepcionalmente ampla faixa de temperaturas (de -270º C a 135º C), podendo ser utilizado em aplicações criogênicas. O sistema também é largamente usado em aplicações em que a biocompatibilidade é de excepcional importância, como implantes, por exemplo, e onde são requeridos adesivos e selantes aprovados pelo FDA USP Class VI.

Epóxi para substituir metaisSistemas formulados a partir de resinas líquidas de epó-

xi, para aplicação sob a forma de composites, substituem o metal em diversos casos (defletores de vento e tetos de cami-nhões, dentre outros). Reduzindo o peso dos conjuntos em 40% em relação às mesmas peças em aço, com opção para pintura direta e com alta qualidade de superfície, esses siste-mas curam rapidamente reduzindo os ciclos de produção (a 20 minutos por peça).

Substituição de soldaAs resinas epóxi servem para substituir soldas em di-

versas situações, permitindo alcançar patamares atraentes de condutividade, em especial com cargas metálicas. Mas, para que a “solda” e o fluxo alcancem bom desempenho, o uso de epóxi requer superfícies limpas e livres de gases químicos. Uma desvantagem, contudo, é a penetração de umidade, causando eventuais falhas de resistência. Uma op-ção para sistemas em que a quantidade de metal causa em-pobrecimento da adesivação do epóxi é a inserção de fibras de carbono no epóxi.

Solda em automóveisAs entradas de abastecimento de combustível de diver-

sos automóveis da linha 2009 não usam solda para conectar os funis aos tubos de combustível num novo sistema, sem tampa, de abastecimento direto. Em lugar da solda, é usado um epóxi estrutural monocomponente, que proporciona co-nexão mais forte e durável ao sistema, evitando além disso a emissão de gases de combustível à atmosfera. Outros usos desse tipo de conexão são as tubulações metálicas da linha de combustível entre o tanque de combustível e o motor.

Barreira anticorrosiva para veículos militares

A proteção anticorrosiva para componentes feitos de li-gas de aço e alumínio para veículos militares pode fazer uso de primer e undercoat de base epoxílica pigmentada com cromato de zinco e de cura a frio. A mesma resina pode ser usada em para overcoat com outros materiais. A espessura do filme seco para a proteção anticorrosiva é de 50 a 70 µm.

Dev

con

Reparos: epóxi cargueado

LEDs: base em epóxi

Res

insi

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26 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

PAINÉIS

Reichhold: Split-Liner para ambientes agressivos

Antonio Carvalho Filho, gerente de desenvolvimento de mercado da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP), começou sua apresentação, durante o Painel Ambientes Agressivos - Sane-amento Básico no dia 8 de no-vembro, caracterizando fisica-mente os liners ricos em resina, utilizados em peças e aplicações fabricados para uso industrial, principalmente, sob a forma de tubos e tanques de diversos

diâmetros e características técnicas específicas. Segundo Carvalho, os liners dessas aplicações são ricos em resina (também sob a forma de gelcoat) em função da facilidade com que os produtos agressivos penetram em interfaces contendo partículas sólidas (cargas, pigmentos, agentes ti-xotrópicos, fibras de vidro, etc.). Segundo ele, é isso também o que explica a pior resistência química de resinas contendo essas partículas. Atacando o laminado por dentro, os produ-tos químicos funcionam então como uma espécie de cavalo de troia, “carregando” os efeitos corrosivos pelo laminado.

Carvalho explicou em que consiste a construção de lami-nados convencionais. Compostos por estrutura (feito de fibras UD, fibras picadas e tecidos), barreira de corrosão (composto de fibras picadas) e liner rico em resina (com véu ou gelcoat), os laminados convencionais comportam-se evitando o efeito cavalo de troia (liner) e retardando a penetração do ambiente (barreira de corrosão), enquanto o laminado estrutural não entra em contato com o ambiente agressivo.

Um problema comum, no entanto, é a facilidade de pro-pagação de trincas dos liners ricos em resina, efeito que não ocorre nos laminados feitos com mantas ou tecidos. A trin-ca, como se sabe, faz com que os liners percam sua função protetora e permitam a penetração dos produtos agressivos. Visando solucionar esse problema, Carvalho propôs então o chamado Split-liner, que, segundo ele, prolonga a vida fun-cional dos composites. Em que consiste o split-liner? O split--liner consiste na divisão do liner em dois: um interno e ou-tro externo, fazendo uso de mantas ou tecidos que impeçam as trincas. Para aplicar o split-liner, o transformador lamina a estrutura e a barreira de corrosão de forma convencional, aplicando contudo dois liners, um deles (interno) sobre a barreira de corrosão, sobre o qual é aplicado tecido ou man-ta, e um outro (externo) aplicado sobre a camada anterior de tecido ou manta. Por sobre o liner externo, também é

aplicado tecido ou manta. Dessa forma, enquanto com li-ner convencional o laminado possui, dividido em camadas, estrutura, barreira de corrosão e liner, com o split-liner o laminado, também em camadas, possui estrutura, barreira de corrosão, liner interno, manta ou tecido, liner externo e manta ou tecido. Veja a seguir a ilustração 1.

Antonio Carvalho (Reichhold)

Diferentes camadas do split-liner em relação ao liner convencional

Mais caro que o liner convencional, o split-liner deve ser utilizado em ambientes que trincam o liner convencional, ou seja, sujeitos a temperaturas muito altas ou em ambien-tes muito agressivos às resinas utilizadas.

Mais informações: www.reichhold.com.br e www.tec-nologiademateriais.com.br/mt/2010/cobertura_paineis/agressivos/principal.html, entrar em Feiplar Composites & Feipur 2010 e em seguida no painel Ambientes Agressivos/ Saneamento Básico.

Jushi: a evolução das fibras de vidro para ambientes agressivos

As vantagens anticorrosivas da novíssima fibra E6, vencedo-ra do Innovation Award 2010 da JEC Composites, foi o prin-cipal foco de Ismael Corazza, vice-gerente geral da subsidiá-ria brasileira do grupo Jushi Si-nosia, em sua apresentação no Painel Ambientes Agressivos/ Saneamento, em 8 de novem-bro de 2010. Corazza falou so-bre a E6, explicando que o obje-tivo da empresa, ao aprimorar o desempenho das fibras de vidro visa, por meio de produtos de desempenho superior, expandir o campo de aplicações especialmente nas áreas de energia eólica e de vasos de pres-são, permitindo aos clientes o desenvolvimento de peças em composites com propriedades ainda mais elevadas quanto a desempenho, durabilidade e redução de custo. Ressaltando que desde 1938, quando foram inventadas, as fibras de vidro E têm atendido a contento as necessidades de mercado, Co-

Ismael Corazza (Jushi)

Paine‟is_PR75_01.indd 26 3/21/11 10:34 AM

PAINÉIS

razza explicou em que consistiu o projeto da fibra E6. Ponto culminante de um trabalho de três anos (julho de 2006 a final de 2009) pelo grupo de ciência e tecnologia da Jushi, o desenvolvimento das fibras E6 teve como principais obje-tivos produzir uma fibra de vidro com melhor resistência à corrosão se comparada à fibra E e com propriedades físicas aprimoradas. Veja na tabela 1 abaixo as principais proprie-dades físicas da fibra E6 comparada à E.

Tabela 1 – Propriedades comparadas das fibras E com E6

Propriedades Norma Fibra E Fibra E6

Densidade ASTM D1505

2,6 g/cm3

2,66 g/cm3

Índice de refração Imersão em óleo

1.566 1.566

Coeficiente de expansão

ASTM D696

5,96 10-

6K-1

6,01 10-

6K-1

Resistividade elétrica (log10. 23º C)

ASTM D257

14,7 Ω·cm

15,1 Ω·cm

Constante dielétrica (23º C, 1 MHz)

ASTM D150

6,7 7,1

Em termos de propriedades mecânicas, a fibra E6 se comporta de forma muito similar e até superior à fibra de vidro E, conforme tabela 2 abaixo:Tabela 2 – Vidros E e E6, comparativo de propriedades mecânicas

Amostra PropriedadeNorma

ou padrão

Vidro E

Vidro E6

Roving direto (24-2400-386), resina poliéster insaturado

Resistência à tração (MPa)

ASTM D2343

1970 2387

Módulo de tração (GPa)

ASTM D2343

78,8 80,1

Woven roving de 800 g/m2, resina poliéster insaturado, laminados à mão

Teor de vidro (%) ISO 1172 55,8 54

Resistência à tração (MPa)

ISO 527-4

296,9 356,4

Módulo de tração (GPa)

ISO 527-4

19,7 22,0

Resistência à flexão (MPa)

ISO 14125

396,1 412,2

Módulo de flexão (GPa)

ISO 14125

18,2 19,5

Paine‟is_PR75_01.indd 27 3/21/11 10:34 AM

28 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

PAINÉIS

Como referência, note-se os resultados de ensaios de resistência mecânica em laminados com resina epóxi, por infusão, com o vidro E6, na tabela 3 abaixo:

Tabela 3 – Propriedades mecânicas de laminado com vidro E6

Amostra Propriedade Norma398-2400

tex

Tecido unidrecional de 1250 g/m2, na direção 0o, transformado por infusão, com resina epóxi (Hexion 135)

Resistência à tração (MPa)

ISO 527-4

1033,5

Módulo de tração (GPa)

ISO 527-4

41,6

Teor de fibra de vidro (%)

ISO 1172

72,3

Resistência à compressão

(MPa)

ISO 14126

700,6

Módulo de compressão

(GPa)

ISO 14126

42,7

Resistência a cisalhamento

(MPa)

ISO 14129

48,1

Mas o principal destaque das fibras E6 é sua excepcional resistência a produtos químicos. Essa propriedade torna-se clara na Tabela 2, em que são comparadas as perdas de mas-sa constatadas em fibra E e E6 quando submergidas em so-luções químicas específicas.

Tabela 4 – Perda de massa verificadas em fibras de vidro E e E6, submergidas em produtos químicos

Método de teste Fibra E Fibra E6

Imersão em solução de HCl 10% a 23º C por 24 h 18,39% 0,04%

Imersão em solução de 0,025 mil/l de Na2CO3 a 23º C por 24 h 0,16% 0,02%

Imersão em solução de 0,5 mol/l de NaOH a 23º C por 24 h 0,46% 0,14%

Imersão em água fervente por 24h 0,53% 0,19%

O comparativo de perda de massa para as fibras de vi-dro E e E6 em duas soluções diversas está nos gráficos 1 e 2. O gráfico 1 é para uma solução de ácido clorídrico (HCl) em 10% a 96º C por 24 e 168h. O gráfico 2 é para uma solução de ácido sulfúrico (H2SO4) em 10% a 96º C durante 24 e 168h.

Com respeito especificamente a ácidos, as fibras de vi-dro E6 possuem também vantagens na manutenção da resis-tência à tração dos laminados em relação às fibras de vidro E, tradicionais. Como se vê nos gráficos 3 e 4:

Gráfico 1 – Perda de Massa em Ácido Clorídrico em 10% a 96º C por 24 e 168 h

Gráfico 2 – Perda de Massa em Ácido Sulfúrico em 10% a 96º C por 24 e 168 h

Per

da d

e M

assa

(%)

vidro E vidro E6

Per

da d

e M

assa

(%)

vidro E vidro E6

Vidro E

Vidro E6

Gráficos 3 e 4 – Comparativo de Resistência e Módulo de Tração de Laminado Imerso em H2SO4, 5% (roving direto 386, da Jushi, com tex 24-2400, woven roving de 800g/m2)

Res

istê

ncia

à tr

ação

/ M

Pa

Dias de imersão

Dias de imersão

Mód

ulo

de tr

ação

/ G

Pa

Paine‟is_PR75_01.indd 28 3/21/11 10:34 AM

29PR f E V E R E I R O • m A R Ç O • 2 01 1

PAINÉIS

O mesmo ocorre com a resistência à flexão e ao módulo de flexão. Conforme gráficos 5 e 6, abaixo:

Em resistência às intempéries, a fibra de vidro E6 também se destaca, em relação à fibra de vidro E con-vencional. Como se constata abaixo, pela degradação do laminado (perda em %) em ensaios em água fervendo:

Foram realizados testes de fadiga estática para lami-nados em meio ácido e o resultado é o gráfico 7, confor-me abaixo:

Gráficos 5 e 6 – Comparativo de Resistência e Módulo de Flexão de Laminado Imerso em H2SO4, 5% (roving direto 386, da Jushi, com tex 24-2400, woven roving de 800g/m2)

Vidro E

Vidro E6

Res

istê

ncia

à tr

ação

/ M

Pa

Dias de imersão

Dias de imersão

Mód

ulo

de tr

ação

/ G

Pa

Gráfico 7 – Teste de fadiga estática em meio ácido (comparativo)

Vidro E

Por

cent

agem

de

últim

a ca

rga

Log de tempo de falha (h)

Vidro E6

Tabela 5 – Resistência ao intemperismo – Degradação do lami-nado (perda em %) após 7 dias em água fervendo (roving direto 386, 24-2400 tex)

Amostra PropriedadePadrão

ou Norma

Vidro EVidro

E6

Woven roving de 800g/m2, em resina poliéster insaturado, laminada manualmente

Teor de vidro (%)

ISO 1172

57 57

Resistência à tração (MPa)

GB/T 1447

49,9% 38,1%

Módulo de tração (GPa)

GB/T 1447

12,4% 2,8%

Resistência à flexão (MPa)

GB/T 1449

42,3% 29,5%

Módulo de flexão (GPa)

GB/T 1449

13,2% 2,6%

Por aplicações, a fibra de vidro E6 promove uma série de vantagens. No mercado de energia eólica, por exemplo, as altas propriedades mecânicas, a superior resistência à fa-diga e a excelente resistência à corrosão permitem fabricar pás mais longas de maior durabilidade e que atendem os mais exigentes requisitos de uso com redução do custo de geração da energia eólica. Note-se a respeito a maior resis-tência à tração da fibra de vidro E6:

Gráfico 8 – Comparativo de resistência à tração (MPa) do vidro E e E6

Já na fabricação de equipamentos para indústrias quí-micas a excelente resistência à corrosão e as superiores pro-priedades mecânicas da fibra de vidro E6 (em relação à fibra de vidro E) proporcionam maior durabilidade e redução de custo. A esse respeito, veja-se os gráficos autoexplicativos 9 e 10, com resultados obtidos após a imersão do vidro E e E6 em soluções de ácido clorídrico (HCl), em 10%, a 96º C por 24 e 168h:

Gráfico 9 – Re-sistência química dos vidros E e E6 (comparativo): imersão em solução de HCl 10% a 96º C por 24h

Paine‟is_PR75_01.indd 29 3/21/11 10:34 AM

30 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

PAINÉIS

Na fabricação de tubos e vasos de alta pressão, a fibra de vidro E6 se destaca pelas altas propriedades mecânicas (tração e rigidez), maior resistência à fadiga e excelente re-sistência à corrosão. Isso contribui para se obter maior dura-bilidade, redução do custo de produção e maior coeficiente de segurança na indústria, reduzindo os riscos de acidente. Confira os resultados da comparação abaixo:

Essa mesma propriedade torna o vidro E6 ideal para aplicações para alta temperatura em que a temperatura de trabalho é mais alta, o mesmo acontecendo com o ponto de amolecimento. Contribuem também para o uso do vidro E6 nesse mercado a excelente resistência à cor-rosão da fibra. Com essas propriedades, o vidro E6 mos-tra elevada resistência a altas temperaturas, maior du-rabilidade e maior coeficiente de segurança (reduzindo riscos de acidente). Veja abaixo o comparativo do vidro E com o E6 em resistência a temperaturas. O teste con-siste em submeter amostras a aquecimento por 10 dias a 180º C e em seguida a congelamento a -60º C, também por 10 dias. A tabela indica a perda relativa de proprie-dades das amostras:

Tabela 6 – Resistência à temperatura – Perda relativa de proprie-dades em amostras aquecidas a 180º C por dez dias e congela-das por outros 10 dias num ambiente a -60º C

Amostra PropriedadePadrão

ou Norma

Vidro E

Vidro E6

Roving direto (EDR24-2400-386) em woven roving de 800g/m2, em resina poliéster insaturado laminada manualmente

Teor de vidro (%)

ISO 1172

58 58

Resistência à tração (MPa)

GB/T 1447

10,0% 4,9%

Módulo de tração (GPa)

GB/T 1447

15,0% 6,8%

Resistência à flexão (MPa)

GB/T 1449

19,3% 17,0%

Módulo de flexão (GPa)

GB/T 1449

14,3% 14,0%

Outros usos da fibra são em produtos para esporte e lazer e no mercado de construção civil. Para o primeiro desses mercados, a fibra de vidro E6 proporciona eleva-das propriedades mecânicas e rigidez, alto desempenho sob esforços cíclicos/fadiga e excelente resistência à corrosão. Essas mesmas propriedades tornam a fibra atraente ao mer-cado de construção civil, acrescida da alta resistência à fa-diga, do maior isolamento termo-acústico, da leveza e da excelente resistência à corrosão.

Corazza destacou também a preocupação do grupo Jushi com o meio ambiente. Utilizando fornos de grande escala de produção, com um sistema de queima/aquecimento de oxicombustível que permite reduzir em 80% a emissão de gases poluentes assim como em 90% a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx), a Jushi também aplica uma tecnologia de recuperação de água de processo, com o objetivo de de-positar zero de água de processo.

Mais informações: www.jushi.com e e www.tecnologia-demateriais.com.br, entrar em Feiplar Composites & Feipur 2010 e em seguida no painel Ambientes Agressivos/ Sane-amento Básico.

Gráfico 10 – Resistên-cia química dos vidros E e E6 (comparativo): imersão em solução de HCl 10% a 96º C por 168h

Gráfico 11 – Comparação entre vidro E e E6 em módulo de tra-ção longitudinal, num laminado imerso em H2SO4 em 5% (GPa)

Para isoladores elétricos, a fibra de vidro E6 também oferece vantagens. Com baixa resistividade (falha baixa a alta tensão elétrica) e consequentemente baixa condutivida-de elétrica, assim como resistência à corrosão, o vidro E6 pode ser amplamente usado nesse mercado, proporcionan-do além de tudo leveza e maior durabilidade. Veja-se abaixo um comparativo entre vidro E e E6 em ponto de amoleci-mento:

Gráfico 12 – Comparação entre vidro E e E6 em ponto de amo-lecimento (oC)

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32 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

AUTOMOTIVO

O uso de fibras naturais em peças automotivas não é nada novo. Datam de 20 anos ou mais as primeiras iniciativas de empresas nacionais especializadas em

transformação de peças plásticas pelo uso de matérias-pri-mas naturais na fabricação de autopeças, geralmente para o revestimento interno dos veículos. Nesse entretempo, o que mudou foram os usos, sempre crescentes e melhores no sentido de aproveitarem as propriedades das fibras para um melhor desempenho ou conforto.

Tipos de fibraDiversos são os tipos de fibra natural utilizados para

fabricar peças automotivas – assim como para outros mer-cados. Alguns deles são: algodão, bagaço de cana, bambu, bananeira, arroz, coco, curauá, juta, kenaf, madeira, malva e sisal, cada um com suas propriedades características, van-tagens e desvantagens. Veja na Tabela 1 algumas das pro-priedades comparativas dessas fibras:

AutopeçasUma grande variedade de peças internas automotivas

(em automóveis, ônibus, caminhões, etc.) podem ser fabri-cadas com fibras naturais. Uma pequena lista delas inclui: revestimentos, bancos e assentos, apoia-cabeças, encostos de bancos, laterais de porta, porta-pacotes, insertos, tetos, forrações do habitáculo dos passageiros e do porta-malas (isoladores antirruídos), compartimentos de cargas, peças internas do porta-malas, caixas de rodas, tecidos de acaba-mento, assim como componentes do painel de instrumentos e (futuramente) revestimentos de colunas, e mantas acústi-cas e térmicas. Peças para uso externo (pára-choques, por exemplo) também fazem uso de fibras naturais.

O constante e crescente uso de fibras naturais

Usadas na fabricação de peças

para o revestimento interno de

veículos automotivos, as fibras

naturais ampliam ano a ano sua

participação no mercado com

tipos que se destacam numa

ampla gama de propriedades, a

depender de sua origem

Origem da fibra Propriedades comparativas

AlgodãoBoa estabilidade dimensional. Resistência a solventes orgânicos. Absorve umidade. É respirável

Bagaço de cana Ganhos em resistência mecânica

Bambu Baixo custo

BananeiraRedução de peso, com excelente comportamento ao impacto

Casca de arrozMelhora a resistência ao risco (risca-bilidade), substituindo cargas minerais como talco e carbonato de cálcio

CocoMais esférica, indicada para geometrias complexas. Maior flexibilidade, resiliência e resistência à umidade

CurauáResistência mecânica superior, especialmente à tração. Peso específico baixo

Kenaf Maciez e maleabilidade

MadeiraÓtima estabilidade dimensional e rigidez. Abundante, com interessante relação custo/benefício

MalvaAbundante, com preço competitivo (relação custo/benefício). Peças de menor exigência técnica

Sisal Ótima estabilidade dimensional e rigidez

Tabela 1 - Características das fibras naturais mais comuns no mercado

Fibra de sisal: estabilidade dimensional

Tra

ble

et D

eco

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34 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

AUTOMOTIVO

ProduçãoEm sua transformação, as fibras naturais precisam

passar por um processo de produção quase inteiramente artesanal, com etapas adicionais no sentido de beneficiar a fibra com as propriedades requeridas para uso automo-tivo. Como fazer, então? Como garantir um fornecimento constante e qualificado de fibras naturais à fábrica de auto-peças? A resposta é só uma: fazendo parcerias com comu-nidades que já viviam dessa fibra, enquanto material para artesanato, assim como com cooperativas, associações e órgãos governamentais ou não (ONGs).

“Nossos parceiros são produtores rurais, órgãos públi-cos e ONGs, com os quais trabalhamos desde 1999”, afir-mou Wilian Siola, gerente comercial da Pematec Triangel (São Bernardo do Campo, SP). Só para se ter uma ideia, cerca de 300 produtores rurais trabalham em conjunto com a Pematec, assim como a Emater (Empresa de As-sistência Técnica e Extensão Rural) do Pará, as secreta-rias de agricultura e produção do Estado e a secretaria municipal de agricultura de Santarém, o Ceapac (Centro de Apoio a Projetos de Ação Comunitária), de Santarém, associações de produtores rurais de diversas comunida-des locais e inclusive a Rádio rural de Santarém. Além da Pematec, que trabalha com fibras de curauá, juta, malva e sisal, outros fabricantes de autopeças também fazem par-cerias com entidades similares, mas preferem manter seus nomes em sigilo.

DestinoBeneficiadas, as fibras naturais abastecem, sob a forma

de autopeças, quais montadoras? Essa resposta varia. “De

forma direta ou indireta, a maioria das montadoras sedia-das no Brasil, tanto para carros como para ônibus e cami-nhões, utilizam autopeças com fibras naturais”, afirmou Giusepe Lombardo, diretor de engenharia de produto da Tapetes São Carlos (São Carlos, SP). “Atualmente a gran-de maioria das principais montadoras estabelecidas no Mercosul possuem alguma utilização de fibras naturais”, concordou Márcio Tiraboschi, gerente de engenharia avançada e de materiais da Plascar (Jundiaí, SP). A Fiat é uma dessas montadoras. “Em alguns veículos de produção normal, o emprego de fibras naturais se dá principalmente em peças de acabamento interno”, disse Henrique Galan-te, da Engenharia Fiat (Betim, MG). Há mais de 15 anos dedicada ao tema, a Artecola (Campo Bom, RS) fornece autopeças com fibras naturais para todas essas montado-ras, mais a Renault e Citröen, com produtos homologados nas principais montadoras mundiais.

VantagensAs vantagens das fibras para as montadoras são di-

versas, a depender das características de cada tipo de fibra, mas o que une suas vantagens é o fato de serem ecologicamente corretas, retiradas de fontes renováveis e biodegradáveis. “A leveza, a qualidade de acabamento e o custo competitivo também atraem as montadoras, mas o ponto fundamental são os aspectos sócio-ambientais agregados ao produto final”, destacou Siolla, da Pema-tec. “Em especial, os clientes de origem europeia valo-rizam muito essas características”. “O que nos atrai é a redução do peso verificada e a recuperação energética ao final do ciclo de vida. Isso sem contar a resistência física, química, ao meio ambiente e a quebra”, disse Galante, da Fiat. “As indústrias automotivas estão no atual momento voltadas para o natural e ecologicamente correto”, disse Lavrini, da Poematec. “Cada projeto das montadoras tem uma história particular de uso para es-sas fibras. Algumas focam-se no apelo ecológico, outras em custo, mas algumas simplesmente estão interessadas em tecnologia e na necessidade de atender determina-das especificações”, afirmou Lombardo, da Tapetes São Carlos. Em outros casos, o que mais conta é a política do fornecedor. “Nossa empresa tem como objetivo ofe-recer ao mercado automotivo produtos ecologicamente

Fibra de kenaf: maciez

Mat

rade

wila

yaht

imur

Kon

gfi

Fibra de bambu: baixo custo

Untitled-1 1 3/18/11 4:28 PMAutomotivo_PR75_01.indd 34 3/21/11 10:28 AM

Untitled-1 1 3/18/11 4:28 PMAutomotivo_PR75_01.indd 35 3/21/11 10:28 AM

AUTOMOTIVO

corretos, reduzindo o uso de materiais petroquímicos e a emissão de gases nocivos ao meio ambiente, assim como promovendo uma melhor utilização dos recursos renová-veis”, disse Tiraboschi, da Plascar. “A sustentabilidade é a grande vantagem das fibras naturais, mas o acabamen-to também costuma ser superior, assim como o nível de ruído, menor”, disse Kunst, diretor da Artecola. “Além de serem ecologicamente corretas, as fibras naturais pos-suem propriedades melhores que as fibras sintéticas”, destacou Lavrini, da Poematec.

UtilizaçãoMas, a que ponto vai o uso de fibras naturais em pe-

ças automotivas? Seu uso pode ser considerado consoli-dado? A esse respeito, algumas opiniões se destacam. “A utilização de fibras naturais na indústria automotiva ain-da é modesta. Ainda falta pesquisa e desenvolvimento, desde a seleção da fibra até o desenvolvimento de proces-sos de extração e beneficiamento mais adequados para cada tipo de fibra”, afirmou Tiraboschi, da Plascar. “Em geral, as operações envolvidas são muito artesanais, sem automatização que possa garantir qualidade, repetibili-dade e produtividade”. Mas há discordâncias. “As fibras naturais já estão consolidadas na indústria automotiva. As diversas normas a respeito, assim como as peças que já estão nos veículos e que irão posteriormente ser lança-das dão mostra de que o uso de fibras naturais já é conso-lidado”, afirmou Kunst, da Artecola. “Usamos fibras de

madeira para cinco peças atualmente. Mas estamos estu-dando seu uso em peças externas (pára-choques, frisos e molduras dos pára-lamas) e maior variedade de peças in-ternas (painel de instrumentos e revestimentos diversos”, disse Galante, da Fiat. “As fibras naturais já estão conso-lidadas, mas não ainda em sua totalidade, pois é preciso garantir matéria-prima”, disse Lavrini, da Poematec. “As fibras naturais concorrem num pé de igualdade com os produtos fornecidos tradicionalmente, possibilitando di-versas vantagens”, afirmou Siolla, da Pematec. “O uso de fibras naturais já é muito significativo, e tende a aumen-

Mat

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Automotivo_PR75_01.indd 36 3/21/11 10:29 AM

AUTOMOTIVO

tar ainda mais, inclusive em peças para uso externo”, disse Lombardo, da Tapetes São Carlos.

ObstáculosSão vários os obstáculos que impedem ou dificultam

o crescimento do mercado de fibras naturais para uso automotivo. Um deles, muito comum, é o elevado cus-to na origem, que ultrapassa o valor do custo das pró-prias fibras. “Dependendo da região de procedência da fibra natural, o frete chega a superar o custo do quilo de fibra”, afirmou Tiraboschi, da Plascar. “Além disso, o longo tempo de viagem e a emissão de poluentes de-vem ser considerados no transporte da fibra. Isso vem na contramão dos benefícios da fibra como produto eco-logicamente correto”. Outro obstáculo é mesmo a tec-nologia. “Muito trabalho de pesquisa e desenvolvimento faz-se necessário para que as fibras naturais possam ser adequadamente empregadas em peças técnicas como os componentes automotivos”, disse ainda Tiraboschi. Outro obstáculo é a escala. “Mas isso não significa que as fibras naturais estejam limitadas a veículos em escala limitada”, disse Lavrini, da Poematec. “O problema de escala vale apenas para a fibra de curauá, pois para as outras fibras não existem problemas de escala de pro-dução”, afirmou Siolla, da Pematec. “Os projetos de alto volume de produção também utilizam os materiais naturais”, disse Lombardo, da Tapetes São Carlos. Ou-tro problema ainda é o desconhecimento. “Ignora-se em

muitos casos todo o potencial das fibras naturais, o que faz com que a falta de arrojo no desenvolvimen-to de diversas aplicações seja um dos maiores obstá-culos ao desenvolvimento desse mercado”, afirmou ainda Siolla. “As áreas técnicas das montadoras não despertaram totalmente para esse grande potencial”.

TendênciasHaveria uma tendência cada vez maior pelo uso

de fibras naturais em componentes automotivo? “Sim, e principalmente pelas questões ambientais e pela redução de peso que elas proporcionam”, disse Tiraboschi. “Esses motivos e a abundância de recur-sos naturais renováveis no país fazem com que a de-manda pela aplicação de fibras naturais se torne tão premente, e crescente”. Mas não é só isso. “A possi-bilidade de fazer peças com várias durezas, algo que as fibras naturais permitem, e a durabilidade e con-forto, fazem com que as fibras naturais sejam cada vez mais avaliadas como uma matéria-prima viável”, disse Lavrini, da Poematec. “As perspectivas de uso são crescentes”, afirmou Siolla, da Pematec. “As pe-ças de acabamento interno são apenas os usos mais conhecidos. Há também um espaço muito grande em peças injetadas e nos tecidos de acabamento”, disse. “O fornecimento pode ser melhorado com a entrada de novos players e novos tipos de fibras”, disse Kunst, da Artecola.

Automotivo_PR75_01.indd 37 3/21/11 10:29 AM

38 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

CONSTRUÇÃO CIVIL

A fibra de carbono na recuperação e reforço de es-truturas deixou há vários anos de ser novidade no ramo da construção civil. Indicada especialmente

para obras que requerem uma solução rápida e eficiente a problemas como erros de projeto, novas destinações dadas às construções e estruturas deterioradas por intempéries, danos mecânicos, químicos, etc., a fibra de carbono utiliza técnicas de resultados já comprovados em trabalhos que ao final tam-bém geram grande economia – de esforço e de custos.

PropriedadesA resistência à tração, o módulo de elasticidade e o bai-

xo peso são as propriedades mais valorizadas da fibra de carbono para uso em construção civil. “A resistência à tra-ção, no caso de fibras de carbono de módulo intermediário, é de 3500 MPa, ou seja, sete vezes maior que a do aço”, afirmou Edson Matar, engenheiro e diretor da Escale (São Paulo, SP). “Por sua vez, o módulo de elasticidade da fibra de carbono é de 266 GPa (compatível com a deformação do aço) e o peso, de 300 g/m2 (muito baixo, se comparado a concreto e aço, dois dos materiais concorrentes mais utiliza-dos em construções)”, disse Giorgio Solinas, diretor da Te-xiglass (Vinhedo, SP). O engenheiro calculista parte dessas propriedades para estimar a resistência de tecidos e lâminas de fibra de carbono em construções específicas.

Outras vantagensMas as características vantajosas da fibra de carbono en-

quanto material de reforço para construção civil não param por aí. Não utilizando metais ferrosos em sua constituição, a fibra de carbono não é suscetível à ação da corrosão. Já a sua leveza e facilidade de aplicação (sempre rápida) per-mitem a entrada em carga/operação após poucos dias de instalação, adaptando-se facilmente à maioria das formas

Fibra de carbono para recuperação

de estruturasUsada no Brasil há mais de quinze anos como solução para estruturas que precisam

ser recuperadas, reforçadas ou protegidas, a fibra de carbono, seja sob a forma de

tecido (uni e bidirecional) seja como lâmina pultrudada, conjuga enormes vantagens

como resistência e facilidade de aplicação, em obras rápidas e eficientes

Fibra de carbono: solução em recuperação de estruturas

geométricas das construções. “A baixa fluência (creep) e a pouquíssima perda de relaxação, a neutralidade eletromag-nética e ausência de condutividade térmica são outros fato-res vantajosos”, afirmou Marcelo Iliescu, da Iliescu Recupe-ração e Reforço de Estruturas (Rio de Janeiro, RJ).

UtilizaçãoEm estruturas, a fibra de carbono é adesivada com re-

sina epóxi especial, adequada às condições específicas de aplicação, com maior ou menor poder adesivo, cura mais ou menos rápida, facilidade de impregnação, etc. “Os ade-sivos precisam possuir propriedades modificadas que per-mitam um comportamento o mais próximo possível das estruturas onde os sistemas são empregados”, afirmou Mi-chel Haddad, coordenador técnico – contratantes da Sika (São Paulo, SP).

CompositeCom o adesivo, a fibra vira um composite. Na obra, a

utilização da fibra de carbono é bem específica. “Basica-

Sika

Lajes: a fibra de carbono possibilita ótimas soluções

Sika

Construcao_civil_PR75_01.indd 38 3/21/11 1:17 PM

Untitled-2 1 3/21/11 6:25 PM

40 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

CONSTRUÇÃO CIVIL

mente a fibra de carbono substitui ou completa as seções de aço estrutural responsáveis por absorver os novos esforços de tração a serem impostos à estrutura”, afirmou Eustenio Montessanti Junior, gerente de negócios para reparos e pro-teção e tintas industriais da Anchortec (Mogi das Cruzes, SP). “Mas só é possível reforçar a estrutura com fibra de carbono se a seção de concreto também atender a nova de-manda de esforços”, completou.

Avaliação preliminarNa obra, a otimização do uso da fibra de carbono se dá

em primeiro lugar com um correto diagnóstico da super-fície na qual o reforço será aplicado. “Deve ser feita uma avaliação da estrutura envolvida, de forma a estabelecer, da maneira mais exata possível e com margem de segu-rança confiável, a sua capacidade resistente naquele ins-tante, identificando deficiências ou anomalias que possam influenciar na segurança da estrutura, determinando suas origens e pesquisando a integridade do substrato de con-creto”, afirmou Iliescu. “Nesse sentido, a estrutura precisa em primeiro lugar apresentar requisitos mínimos, como por exemplo estar em boas condições, sem trincas e fissuras, ou seja, sem patologias estruturais”, disse Montessanti.

DiagnósticoA avaliação do substrato requer a realização de ensaios

específicos. “Em se tratando de um sistema aderido, é im-prescindível que se realizem testes de aderência prévios no substrato onde o produto será aplicado”, disse Haddad. “A partir desses testes, pode-se determinar quais os procedi-mentos de preparo do substrato para aplicação do sistema de fibra de carbono”. O teste de aderência, descrito na nor-ma EN-1542, prevê o acoplamento de pastilhas mecânicas adesivadas a um macaco que impõe uma carga em velocida-de constante na direção perpendicular à superfície. “O teste é finalizado após o arrancamento da pastilha e a medição da carga de arrancamento, transformada sob forma de tensão. A forma de ruptura também é analisada”, explicou Haddad. Iliescu cita a norma ACI 440 (2002) para os valores de re-sistência do substrato à tração direta mínima. “Essa norma estipula um valor de 1,4 MPa, enquanto para os manuais da Sika (2000) e do CEB (Comitê Europeu de Concreto, 2001) esse valor é de 1,0 MPa”, informou.

Preparo Após esse diagnóstico, vem o preparo do substrato –

que para alguns é a fase mais importante da obra. “O mais relevante aspecto da construção é o preparo do substrato, pois entre as mais graves razões de insucesso temos o des-colamento (quando a tensão de cisalhamento na interface reforço-cola superar o valor da tensão de aderência da cola) e o destacamento (quando a tensão de cisalhamento no con-creto supera a tensão limite do concreto)”, afirmou Iliescu. As atividades prévias à aplicação do adesivo consistem em preparar a superfície da aplicação do reforço. “As etapas imprescindíveis são o tratamento da corrosão presente nas armaduras, a reconstituição das seções de concreto com

argamassa polimérica, o lixamento e a regularização com argamassa epóxi”, disse Matar, da Escale. “As ações envol-vem desde a limpeza e remoção de agentes contaminantes até o arredondamento de quinas de elementos, o nivelamen-to da superfície (tamponamento de bolhas) e a remoção de pontos irregulares”, disse Haddad.

“No caso do arredondamento das quinas, o CEB pro-põe raio de cantos angulosos de 30mm, ao passo que o ACI propõe 13mm”, citou Iliescu. A ausência de umidade é tam-bém uma limitação. “Mas ela é de fácil controle e comba-te”, disse Montessanti, da Anchortec.

CálculoApós todas essas fases preliminares, vem finalmente a

aplicação. Ela é feita aplicando os tecidos ou lâminas de fi-bra de carbono diretamente na área. “O cálculo do concreto armado reforçado com fibra basicamente consiste em consi-derar três materiais trabalhando em conjunto: o concreto, o aço da armadura e a fibra de reforço”, disse Solinas. “Deve--se obedecer ao limite da deformação e tensão de cada um dos materiais”, ressaltou.

Aplicação“Os tecidos são posicionados e com o auxílio de um

rolo, pressiona-se o tecido para que o adesivo passe por en-tre os fios impregnando o material”, disse Haddad. “Finali-za-se com a aplicação de uma segunda camada de adesivo e se necessário o procedimento é remetido em tantas cama-das quantas forem recomendadas pelo projeto estrutural”. Tem-se que evitar também a formação de bolhas. “Para as lâminas, os fios já aparecem impregnados por resina epóxi, sendo posteriormente aquecidos a aproximadamente 180º C e prensados, produzindo um perfil laminado flexível”, continuou Haddad. O perfil é então aderido ao elemento estrutural com adesivo epóxi tixotrópico, efetuando cruza-mentos de lâminas e sobreposição de camadas se necessá-rio. “O papel da resina é distribuir as tensões entre os milha-res de fios que conformam o tecido; ela deve estar presente, mas apenas o necessário”, disse Solinas. Pode-se aplicar a fibra nas condições mais adversas. “Pode-se conviver com uma série de interferências, como ar condicionado, tubula-ções de água gelada, bandejamento elétrico, dentre outros”, completou Solinas.

Viaduto em Bogotá: tráfego intenso

Sika

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CONSTRUÇÃO CIVIL

CuraO composite de fibra de carbono, já aplicado, leva em

média 24 horas para a cura inicial e 7 dias para a cura final. Em alguns casos, bastam 24 horas para a obra ser liberada para uso em condições normais. “Deve-se sem-pre discutir o prazo com o cliente e com o calculista res-ponsável pelo dimensionamento”, afirmou Haddad, da Sika. A rápida liberação da área é, aliás, entendida por alguns como a maior atração do sistema para escritórios de engenharia.

ObrasOs mais de 15 anos de tradição em obras reforçadas

com composites em fibra de carbono possibilitam citar vá-rias obras em que o sistema foi um sucesso. A Sika, por exemplo, cita a utilização de aproximadamente 2 mil m de lâminas de fibra de carbono para o reforço das paredes do reator nuclear de Angra 1. O reforço foi necessário por causa da troca do equipamento gerador de calor localizado internamente, que iria ser retirado pela abertura de uma espécie de janela na parede do prédio do reator. “Com o objetivo de reforçar a estrutura e permitir que essa abertu-ra fosse realizada, os cantos internos e externos da futura janela foram reforçados com lâminas de fibra de carbono, em dupla camada”, explicou Haddad. “Essa obra exigiu prazos superexatos, não sendo permitidas falhas. Como re-sultado, o sistema com fibras de carbono permitiu elevado índice de acertividade no planejamento, evitando atrasos”.

ColômbiaObra vencedora do prêmio de Honra ao Mérito pelo

International Concrete Repair Institute (ICRI), o projeto de reparo, proteção e reforço de duas pontes na cidade de Bogotá, Colômbia, é também um projeto destacado pela Sika. Sendo a primeira ponte construída em 1968 e a segunda em 1989, por causa do aumento do tráfego na re-gião, as pontes a serem reforçadas possuíam as estruturas em concreto deterioradas pelo tempo, pela alta umidade, assim como pelo ataque de dióxido de carbono e de gás industrial. Cada ponte possuía 10 vãos com comprimento

entre 26 e 30m, e possuía 8 vigas em concreto reforça-do pós-tensionadas. Conforme foi apurado, os reforços longitudinais nas vigas eram insuficientes para agüen-tar a crescente carga na ponte. Foram então instalados novos cabos pós-tensionados de forma a aumentar a capacidade de flexão. Os cabos foram fixados usando placas de aço em cada extremidade e utilizado graute epoxídico para preencher os vazios entre as placas e a superfície do concreto. A resistência ao cisalhamento foi aumentada utilizando lâminas de tecido de fibra de carbono e adesivo epóxi ao redor das vigas. Para isso foram feitos cálculos desenvolvidos para a ocasião. As colunas existentes foram reforçadas aumentando a área seccional cruzada. O aço corroído foi tratado por um inibidor de corrosão. Novas mísulas foram moldadas e aplicadas nos limites das colunas no concreto pré--existente e ancoradas por uma resina epóxi especial. Macacos hidráulicos apoiados nas novas mísulas foram usados para elevar as vigas da ponte. Resina epóxi es-pecial foi também usada para preencher vãos entre o concreto pré-existente e as barras de reforço. Todas es-sas ações foram tomadas na obra, de forma a reforçá-la na medida desejada.

Obras diversasA Iliescu cita obras como as seguintes: na TKCSA

(Companhia Siderúrgica do Atlântico), o reforço em 24 áreas de encontros de 2 vigas com 100 m cada uma, em que foi aplicada fibra de carbono (o sistema foi se-guido de corte das mesmas), assim como reforços em vigas em outras áreas da siderúrgica; reforço de laje e vigas na cobertura da sala de operações da Intelig Te-lecomunicações (Rocha, RJ); no Consórcio Maracanã (Odebrecht, Andrade Gutierrez e OAS), a colagem de fibra de carbono no entorno de 60 retângulos vazados do teto do Maracanãzinho, assim como o fechamento das fissuras da superfície de duas rampas helicoidais, e a retirada de um pilar com colagem de fibra de carbono e reforço na laje de bordo; e outras obras.

ViadutosTendo aplicado, desde 2000, 5 mil m2 de reforços

com fibra de carbono, a Escale destaca: reforços em lajes de teto de casa de máquinas de hospitais (convi-vendo com uma série de interferências como ar con-dicionado, tubulações de água gelada, bandejamentos elétricos, etc.), sendo que outros tipos de reforço nessas condições é praticamente impossível; reforço de via-duto para a Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo), em que era exigida a ausência de emendas nas tiras das fibras, e onde foi utilizada uma resina de pega lenta na colagem para a retomada de uma faixa no dia seguinte; outro viaduto em que o reforço foi aplicado na laje do piso por dentro do caixão, e onde foram utili-zadas lâminas de fibra de carbono embutidas no cobri-mento do concreto e resina de pega rápida (o trabalho deveria ser feito das 23h às 3h do dia seguinte); etc.

Reforço: aplicações calculadasSi

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42 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

MATÉRIAS-PRIMAS

Das cerca de 120 mil toneladas de resinas consumi-das pelo mercado brasileiro de composites todo ano, por volta de 100 mil são de resinas poliéster,

aqui incluindo desde resina ortoftálica cristal, para apli-cações simples como botões, por exemplo, até resinas isoftálicas NPG, para aplicações de elevadas exigências mecânicas e químicas, passando por aplicações que utili-zam resinas tereftálicas, isoftálicas puras, resinas DCPD (diciclopentadieno) e até bisfenólicas. Basta isso para de-monstrar a importância das resinas poliéster insaturado no mercado como um todo e nos mais variados segmentos em particular. Como tem se dado sua evolução?

TecnologiaA química que resulta em resinas poliéster insatura-

do é bem conhecida. Em poucas palavras, as resinas poli-éster são formadas pela reação de diálcoois (glicóis) com anidridos ou ácidos dibásicos saturados ou insaturados, liberando moléculas de água. A depender da presença ou não de insaturações (duplas ligações entre os átomos de carbono), a resina resultante pode ser de poliéster insatu-rado ou saturado. Para a obtenção de um composite, as insaturações (duplas ligações) da resina devem ser que-bradas pela ação de um iniciador de reação (peróxido orgânico) na presença de acelerador de metal ou aminas terciárias e monômero de estireno (também insaturado). Isso pela parte da resina – sem contar, é claro, a adição de reforço sob a forma de fibras de vidro, principalmente.

As diferentes vocações

das resinas poliéster

Responsáveis por cerca de 80% do mercado de resinas para composites,

as resinas poliéster vêm passando por transformações nas matérias-primas utilizadas

em sua fabricação e por elevado crescimento e reposicionamento no mercado.

Veja em que consistem essas mudanças

Matérias-primasPara produzir resinas poliéster insaturado, podem

ser usadas matérias-primas de origem petroquímica, vegetal ou resíduos de reciclagem de polímeros ter-moplásticos, como o PET. Nos últimos anos, têm ha-vido progressos na utilização de matérias-primas de origem vegetal e oriundas de reciclagem. “Graças à relativamente farta disponibilidade de termoplásticos de pós-consumo como PET, essa tem sido a fonte de suprimento para pelo menos 50% do total das resinas poliéster consumidas no Brasil”, disse Waldomiro Mo-reira, coordenador de vendas, marketing e assistência técnica de Resinas da Elekeiroz (Várzea Paulista, SP). “O mercado brasileiro é líder no mundo em uso de re-sina poliéster derivada de PET reciclado”, contou Este-ban Tous, responsável pelo marketing técnico da Nova-pol (Serra, ES).

Outra fonte alternativa tem sido a vegetal. Vários fa-bricantes de resinas já se baseiam parcialmente em óleo de soja para produzir resinas poliéster, substituindo parte do ácido saturado, com diversas vantagens, den-tre as quais a amigabilidade ambiental. Outra estratégia para esse fim é usar matéria-prima reciclada. “O DCPD é uma matéria-prima residual oriunda de refinarias de petróleo que é utilizada no mundo inteiro por todos os fabricantes de resina poliéster insaturado e saturado”, disse José Roberto de Carvalho, gerente de desenvolvi-mento de mercado da Embrapol (Jandira, SP).

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Aplicações em resina poliéster: maior parte do mercado

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MATÉRIAS-PRIMAS

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VendasDentre os tipos de resina poliéster, as ortoftálicas e

orto-tereftálicas são – quase uma surpresa – ainda as mais produzidas e consumidas, utilizadas em aplicações como caixas d’água, mármo-re sintético, piscinas e telhas, sendo também consumidas – às vezes modificadas – na área náutica, em tubulações e em tanques. “Essas resinas podem representar mais do que 65% do total produzido de resinas poliéster”, disse Tous. “Em questão de volume, as resinas ortoftálicas base-adas em PET reciclado e blendas são as mais comercia-lizadas dentro da indústria de composites, se bem que os tipos (orto, iso ou iso/NPG) variam de acordo com cada mercado específico”, disse Paulo de Tarso, gerente de tecnologia da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP). “As resinas isoftálicas são superiores química e fisicamente às resinas ortoftálicas, mas são destinadas a aplicações mais específicas, onde ocorrem solicitações de maior resistên-cia química e mecânica”, disse Márcio Bozzo, gerente de inovação da Cromitec (Piracicaba, SP).

MercadosPraticamente todos os mercados para composites são

atendidos pelas resinas poliéster insaturado. A regra geral é que quanto maiores forem as exigências química ou físi-ca, mais provável torna-se utilizar, na ordem de exigência, resinas isoftálicas, isoftálicas com NPG (neopentilglicol), bisfenólicas e – não mais resinas poliéster – éster-vinílicas e epóxi. “As resinas isoftálicas e isoftálicas com NPG nor-malmente servem como barreira química para tanques e tubulações que entram em contato com produtos quími-cos corrosivos”, disse Tous, da Novapol. “Mas quando estas resinas não suportam determinado ambiente, são recomendadas as resinas éster-vinílicas que têm um de-sempenho melhor, mas com um valor agregado também superior”. Resinas epóxi também são usadas. “Quanto maior o grau de exigência ou sofisticação do produto final, maior a responsabilidade na escolha da resina, tanto do ponto de vista técnico quanto econômico”, disse Morei-ra, da Elekeiroz. “Resinas éster-vinílicas e epóxi são bons exemplos de produtos orientados para maiores exigências. Embora com custos mais elevados que as resinas poliéster convencionais, as éster-vinílicas têm tido crescimento ex-pressivo em áreas de alta performance”.

TendênciasVoltando às resinas poliéster: quais seriam as mais re-

centes tendências em tecnologia e mercado? “A tecnolo-gia dos polímeros estão em permanente evolução, seja na otimização nas aplicações, sustentabilidade, redução de subprodutos e de rejeitos industriais”, disse Moreira, que cita a redução de emissão de voláteis, a redução de custo em insumos e energia, a redução na contração volumétri-ca (low-shrink) como exemplos nesse sentido. “Determi-nados desenvolvimentos procuram também trocar parte do solvente (monômero de estireno) por água”, cita Tous,

da Novapol. “Mas as melhores condições em uso de ma-térias-primas renováveis, economia e amigabilidade am-biental devem estar ligadas com excelente desempenho, para continuarem sendo usadas as resinas poliéster como material de engenharia”, completa. Isso significaria que o futuro é das resinas de maior resistência? Não neces-sariamente. “Não há mercado cativo para as resinas. Se uma resina com custo menor conseguir atender as exigên-cias técnicas de determinada aplicação, essa resina com o tempo terá seu mercado”, disse Bozzo, da Cromitec. “As projeções continuam apresentando as resinas poliés-ter como as mais comuns no mercado de composites”, afirmou Tous, da Novapol. “Prova disso são os contínuos investimentos de novos fornecedores internacionais nes-sas matérias-primas, com exigências por produtos mais competitivos em diferentes mercados”. A impressão ge-ral é que o mercado vai continuar crescendo (em 15%, para 2011) pelas suas propriedades comparativas em re-lação a outros materiais, como madeira ou aço. “As resi-nas poliéster são produtos de extrema versatilidade, sem grandes investimentos no processamento. Graças a essas características o crescimento e amadurecimento do mer-cado é contínuo e progressivo”, disse Moreira. “Poderão existir casos nos quais algumas resinas poliéster serão substituídas por outro tipo de resina em função de algum desempenho específico, mas em geral quando isso acon-tece aparece uma nova aplicação em que as poliésteres substituem outro tipo de material (aço, madeira, etc.)”, disse Tous. “Acho impossível a substituição das resinas poliéster para fabricação de composites em muitos casos, pois a tendência é surgir novos transformadores com no-vos projetos e conceitos, aumentando o consumo”, disse Carvalho, da Embrapol. “O crescimento e consumo de resinas poliéster pelos mercados automotivo, naval, de saneamento básico, de refrigeração (torres), de gelcoat e de massas plásticas em geral tem sido enorme”, afirmou Carvalho. “As perspectivas para o uso de resina poliés-ter para o mercado de composites para os próximos dois anos são positivas em função do crescimento dos princi-pais setores de construção civil, transporte e infraestrutu-ra (saneamento)”, disse Bozzo, da Cromitec.

Telhas em composites:

grande utilização de resina poliéster

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44 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

QUALIDADE

Muitas são as formas de entender o conceito sustentabilidade. Formalmente, ele é definido como “desenvolvimento que satisfaz as ne-

cessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazerem as suas próprias necessidades”. Essa definição, elaborada pela primeira vez pela política norueguesa Gro Harlem Brundtland, envolve na prática desde a fabricação de produtos com efeitos – menores ou mesmo nulos – ao meio ambiente até as ações de negócio adotadas pelas empresas, com maior ética, e até mesmo atitudes de solidariedade que afetam o relacionamento das empresas com a sociedade. Ou seja, quaisquer ações que redundem num melhor uso dos recursos totais atuais sem afetar adversamente – ou mesmo melhorando – as condições de vida dos indivídu-os e comunidades são consideradas “sustentáveis”.

Matérias-primasDe tão ampla, a definição de sustentabilidade corre o

risco de fazer com que as ações das empresas se percam em generalidades. Há pontos, contudo, em que a noção é suficientemente clara. Por exemplo, quanto à fabricação de produtos a partir de fontes renováveis (substituindo matérias-primas fósseis e permitindo reciclabilidade) ou de produtos que não liberam (ou liberam menos) subs-tâncias prejudiciais ao meio ambiente.

Fontes renováveis e recicláveisDiversas empresas do setor de composites já de-

senvolveram ou estão em fase de desenvolvimento de matérias-primas a partir de fontes renováveis. “Nossa linha de resinas poliéster insaturado são um exemplo de produto sustentável, por empregar fontes renováveis de matérias-primas e resinas termoplásticas em sua fabri-cação e utilizar energia gerada em outros processos quí-micos na mesma planta industrial”, afirmou Waldomiro Moreira, coordenador de vendas, marketing e assistên-cia técnica da Elekeiroz (Várzea Paulista, SP). Segundo Moreira, essa linha de resinas, lançada em 2010, e cujo desempenho é muito similar às resinas tradicionais, já responde por 20% das vendas totais de resinas poliéster insaturado para composites da Elekeiroz. “Via de regra, as características das resinas ‘verdes’ são até superiores às convencionais principalmente na molhabilidade e im-pregnação das fibras de reforço”, concluiu Moreira.

“Já lançada, a linha Envirolite de resinas de maté-rias-primas renováveis começa a ser utilizada, como substituta às resinas tradicionais, em processos como laminação manual e por spray-up”, afirmou Paulo de Tarso, gerente de tecnologia da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP), segundo o qual essas resinas possibilitam desempenhos similares às tradicionais.

“Nossa linha de polímeros não derivados de petró-

Sustentabilidade: uma meta possível

O conceito sustentabilidade está em toda parte. O mercado de composites não é

exceção, e os seus efeitos já se fazem sentir, em produtos e atitudes. Conheça as

principais ações que diversas empresas vêm tomando nessa direção

Meio ambiente: campo de diferenciação e destaque

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leo (soja, no caso), é usada em conjunto com outras matérias-primas renováveis”, afirmou Rodrigo Olivei-ra, gerente de vendas e marketing da Ashland (Araçari-guama, SP). “O desempenho das resinas Envirez é exa-tamente o mesmo das outras resinas baseadas 100% em derivados do petróleo”, acrescentou.

“Buscamos ampliar a utilização de matérias-primas recicladas para fabricação de nossos produtos”, afir-mou Josimar Moreira César, diretor industrial & HSE--Q (Saúde, Segurança e Meio-Ambiente e Qualidade) da Cray Valley (Taboão da Serra, SP). “Nosso maior exemplo é o emprego de PET reciclado para produção de 50% do volume de resinas. Com isso, reduzimos o consumo de matérias-primas derivadas do petróleo e consequentemente minimizamos a emissão de gases ge-radores do efeito estufa”, explicou.

Baixas emissõesA baixa emissão de substâncias nocivas ao meio

ambiente é outro ponto em que os fabricantes de ma-térias-primas têm-se movimentado em prol da susten-tabilidade. Essas substâncias nocivas podem ser VOCs (compostos orgânicos voláteis) ou não. “Nossas resi-nas a base de DCPD promovem baixo nível de emis-sões”, disse Moreira César, da Cray Valley. “Os gelcoats premium Maxguard LE, distri-buídos por nós, têm performance diferen-ciada e permitem baixa emissão de estireno”, afirmou Jurandir Pe-reira Silva, gerente co-mercial da Redelease (São Paulo, SP). Um exemplo de compostos voláteis cuja interdição ainda não é obrigatória mas cuja emissão é, se possível, desaconse-lhável é o dos ftalatos. A AkzoNobel (Itupe-va, SP) possui blen-das de MEKP/AAP e MEKP/cumeno nesse sentido. Concorrente dela, a Polinox (Itu-peva, SP), também. “Nosso lançamento de 2010, ou seja, o catalisador de MEKP Brasnox PF, assim como nosso Brasnox AAP, são produtos isentos de ftalatos”, indicou Roberto Pontifex, diretor da Polinox. “Esta-mos substituindo adesivos que utilizavam matérias--primas tóxicas em sua formulação por produtos sem metais pesados e ftalatos, por exemplo”, disse José Duarte Paes, gerente de manufatura e desenvolvimento da Lord (Jundiaí, SP). “A introdução de adesivos sem solventes e a otimização do processo de fabricação dos adesivos vão também nesse sentido”.

Biodegradabilidade e base d’água

A biodegradabilidade, ou seja, a característica de al-gumas substâncias químicas poderem ser usadas como substratos por microorganismos, também é um ponto a favor da sustentabilidade para alguns fabricantes de ma-térias-primas em composites. A Redelease é um exem-plo. “Tanto nosso cleaner PU 201 quanto o solvente NMP são biodegradáveis, substituindo outros solventes, agressivos e potencialmente cancerígenos”, disse Perei-ra. Ainda em termos de matérias-primas, a solubilidade em água é outro fator interessante. “Também fabricamos adesivos a base d’água”, disse Paes, da Lord. “Nosso desmoldante base d´água, substitui o filme plástico tra-dicionalmente colocado sobre o molde e descartado na fabricação de postes e tubos por filament winding”, disse Silva, da Redelease, citando também o fixador de brilho.

Práticas sustentáveisO conceito de sustentabilidade não para contudo por

aí. Estão também englobados nesse conceito toda e qual-quer ação institucional que promova o desenvolvimento sustentável da empresa e das comunidades com que a

empresa se relacio-na. “A sustentabili-dade permeia tanto a fabricação susten-tável de produtos quanto o desenvolvi-mento de atividades em benefício da sus-tentabilidade na ca-deia de produção”, disse Carlos Piazza, diretor de comuni-cação da AkzoNo-bel para a América Latina. O conceito sustentabilidade en-volve desde as ativi-dades da fábrica até a concepção dos pro-dutos, a racionaliza-ção na aplicação de insumos, energia e materiais auxiliares, assim como a menor

geração possível de subprodutos e resíduos de processo para tratamento antes do descarte – que deve ser feito da forma mais inócua possível ao ambiente. “O conceito en-volve também a geração de valor e resultados financeiros de longevidade elevada, sem contar o relacionamento da empresa com a sociedade”, afirmou Moreira, da Elekei-roz. Apreende-se disso que a sustentabilidade engloba praticamente todas as interfaces da empresa com seus clientes e fornecedores, com o meio ambiente e com a comunidade que a cerca. “Os quesitos de sustentabili-dade, no sentido amplo, são ambientais, econômicos e

Óleo de soja: matéria-prima de fonte renovável

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sociais”, disse Moreira. “Nossa empresa assume que a sustentabilidade não é uma questão de se ter vontade ou não, mas sim de ter clareza de que esta é a forma de fazer negócios no mundo globalizado”, disse Piazza, da AkzoNobel.

AmbientalO quesito ambiental diz respeito a qualquer ação que

envolva uma melhor utilização dos recursos naturais, tais como energia e água, e a redução ou reaproveita-mento de resíduos. A fabricação de produtos de fontes renováveis constitui parte dessas preocupações. “Além de utilizarmos combustíveis geradores de baixos níveis de emissão de gás carbônico, nós reutilizamos todo efluente gerado no processo produtivo, reduzindo assim o consumo de água proveniente de fontes naturais”, dis-se Moreira César, da Cray Valley. Mas a sustentabilidade não diz respeito apenas a tecnologias ditas limpas. Ela se refere também ao manuseio perfeitamente controla-do dos produtos químicos transformados pela indústria. “Instituímos programas de geração de energia a partir da recuperação de calor de processo, assim como progra-mas de racionalização de consumo de água e de energia, e também de geração de efluentes, com um amplo gerenciamento e controle destes últi-mos”, afirmou Morei-ra, da Elekeiroz. Nesse âmbito, a instalação de equipamentos que reduzam a emissão de substâncias à atmosfera também é bem-vinda. “Instalamos em 2009 o Regenerative Thermal Oxidizer (RTO), equi-pamento que elimina todos os voláteis orgâ-nicos emitidos à atmos-fera”, afirmou Tarso, da Reichhold. Esse é também o caso da Cray Valley. “O Ther-mo Oxidizer serve para tratar os gases oriundos do processo de fabricação de resinas”, disse César, da Cray Valley. Já a Polinox conseguiu, tendo em vista es-ses objetivos, a certificação ISO 14001, que dentre ou-tras coisas, confirma o estabelecimento de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) efetivo pela empresa.

EconômicoO âmbito econômico das atividades de uma empresa

envolve governança corporativa e ética, dentre os itens mais visados. “A governança corporativa deve se base-ar em ética e transparência para o mercado”, afirmou Moreira, salientando que a Elekeiroz segue esses itens,

que incluem a comunicação rápida e objetiva com o mer-cado de capitais (Comissão de Valores Mobiliários ou CVM). “Temos sido reconhecidos por diversas entidades nesse quesito”, observa Oliveira, da Ashland, que cita o prêmio “World’s Most Ethical Companies”, dado pelo Ethisphere Institute, em março de 2010, à companhia, dentre outros prêmios, por sua vez locais. Note-se que, em nome da sustentabilidade, ao final de cada ano as em-presas deveriam como um todo ser orientadas a emitirem um Relatório Anual de Sustentabilidade baseado nas di-retrizes do Global Reporting Initiative (GRI). “Nós se-guimos essa metodologia”, diz Moreira, da Elekeiroz.

SocialRelativa a ações voltadas a pessoas, sejam elas co-

laboradores ou comunidade, assim como a questões de ética e conduta, a questão social também tem a ver com sustentabilidade. “Nesse quesito, temos programas in-ternos de treinamento e desenvolvimento, concessão de bolsas de estudo, programas de estágio, visitas técnicas e programas externos em conjunto com instituições das áreas de educação, segurança, esportes e serviços pú-blicos”, explicou Moreira, da Elekeiroz. A Cray Valley

também atua nesse quesito. “Nos últi-mos dez anos a em-presa vem sistemati-camente estreitando seu relacionamento com a sociedade”, afirmou César, da empresa. “Com as informações co-letadas, realinha-mos nosso planeja-mento estratégico e revimos nossos investimentos e prioridades para implementação de projetos sócio-am-bientais. Promove-mos, dentre outras coisas, nos últimos cinco anos, a am-pliação do nível de

participação de moradores da comunidade no quadro funcional da empresa”, disse.

Ações conjuntasCertas ações somente surtem efeito quando são re-

sultado da colaboração de várias empresas num projeto conjunto. É o caso do Programa Nacional ABMACO de Reciclagem, promovido pela associação com a partici-pação de diversas empresas do setor. “Viabilizamos um programa com um custo alto e com recursos próprios para solucionar um ponto-chave na produção e destina-ção dos resíduos de peças fabricadas com nossos mate-

Reaproveitamento de rejeitos: ação de destaque

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riais”, afirmou Gilmar Lima, presidente da entidade. As ações da ABMACO pela sustentabilidade são apoiadas em educação (via capacitação e qualificação), na dimi-nuição das perdas atuais de produção (via automatiza-ção de processos, com menor desperdício e emissão de estireno) e no programa ABMACO de reciclagem. “No momento que tivermos a solução para reciclagem dos composites, a mudança para processos que utilizam mol-des fechados e a consolidação das resinas com bases re-nováveis, nós seremos um dos produtos mais sustentáveis do mercado”. Mas o panorama atual ainda não é ideal. “A questão é que enquanto não tivermos a solução para reciclagem, nossa argumentação em prol da sustentabili-dade é fraca, muito embora em emissão de carbono nos-sas empresas sejam melhores que muitos produtos que defendem a bandeira de produtos ‘verdes’”, disse Lima, enfatizando o importante papel da logística reversa na consecução dos objetivos da associação. “Com a solução para a reciclagem, resolveremos o problema da logística reversa e também seremos mais competitivos”.

TendênciasPara o futuro, tudo indica que o panorama será o de

cada vez mais empresas e indivíduos engajados na ques-tão da sustentabilidade. “Há uma crescente evolução na questão da sustentabilidade, e não só no segmento de composites”, disse Piazza, da AkzoNobel. Mas isso

ainda levará algum tempo. “A conscientização ambien-tal já é comum no mercado automotivo”, disse Oliveira, da Ashland. “Mas para os demais segmentos, ainda deve demorar um pouco, pois eles estão despertando somen-te agora para esse tema”. Essa é também a postura da Reichhold. “De nossos clientes, somente uma pequena parte solicita produtos e soluções quanto a sustentabi-lidade”, disse Tarso. “Por isso, ao menos por enquanto o esforço é em sua maioria dos fabricantes de matérias--primas”. “O tratamento dispensado ao tema pela indús-tria de composites poderia ser muito maior”, diz César, da Cray Valley. “Mas a instalação no Brasil de empresas multinacionais exige o tratamento de tais questões por parte de seus fornecedores. Daí que o comportamento está mudando rapidamente e vem sendo o principal agen-te catalisador para ampliar esse conceito na indústria”, disse. “O mercado de composites é amplo e pulverizado. Alguns setores organizados, como as montadoras de ve-ículos, determinam a escolha de materiais sustentáveis como premissa paralela à da engenharia. Isso significa que os transformadores precisam estar alinhados com os requerimentos de mercado para aplicação de tecnologias mais limpas”, disse Moreira, da Elekeiroz. “Não temos dúvida que estas práticas em médio prazo irão migrar para outros segmentos de consumo. Sustentabilidade portanto é requisito não apenas importante mas funda-mental para a sedimentação e perpetuação do negócio”.

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50 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

REFORÇOS

Material de reforço especialmente fabricado para produzir peças em composites, a manta de vidro é uma velha conhecida dos transfor-

madores. Normalmente aplicada manualmente, a manta de fibra de vidro permite atribuir elevado teor de fibra de vidro aos laminados com ela fabricados (superadas apenas pelos tecidos), assim como boa resistência mecâ-nica em todas as direções (os fios cortados são aplicados aleatoriamente para formação da manta).

DiferenciaçãoQuando se questiona um transformador quanto às

mantas usadas por ele para fabricação de uma peça em composites, ele normalmente as identifica com a grama-tura, qual seja, com 225, 300, 375, 450 e 600 g/m2 ou outras. “Há também mantas com 100, 150 e 900 g/m2, que são escolhidas em função do cálculo estrutural feito pelo cliente”, disse Oscar Hidalgo, gerente de produto da CPIC (Chongquing, China). Mas a densidade apenas não resolve a questão. “As mantas diferenciam-se em função do comprimento da fibra utilizada, na quantida-de e tipo de ligante, na aplicação, larguras e por fim gra-maturas”, afirmou Valter Luna, engenheiro de produto roving e chopped strand mat (manta de fios picados) da Owens Corning (Rio Claro, SP). “Essas diferenciações visam facilitar o processamento em função do processo e equipamento utilizados, melhorar a compatibilidade fibra-resina, etc.”, afirmou.

Mantas de fi bra de vidro:

variedade e tecnologia

Matérias-primas básicas para fabricar uma ampla gama de peças em composites, por processos variados, as mantas de fibra de vidro à disposição

do transformador local assumem diferentes perfis, a depender da tecnologia utilizada em sua fabricação. Confira

LarguraNum primeiro momento, constata-se que as mantas

se diferenciam pela largura. “As mantas mais comuns são de larguras de 140 e 104 cm, mas existem também mantas de fibra de vidro E de 312 cm”, disse Hidalgo. “A escolha da largura aparece diretamente relacionada ao cálculo estrutural que o cliente tenha realizado, de for-ma a adequar-se às condições requeridas para o produto final”, completou.

Tipos de liganteOs ligantes existentes nas fibras de vidro que com-

põem uma manta são de dois tipos: o sizing e os binders.

Red

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Manta: matéria-prima básica

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Fibras de vidro: ampla variedade

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REFORÇOS

O sizing é uma espécie de primer aplicado na fibra que ajuda a proteger os filamentos de vidro do processa-mento/manipulação, assim como a garantir uma liga-ção apropriada das fibras na matriz de resina. Sem essa ligação, as fibras podem deslizar na matriz, ocasionan-do falhas. O sizing varia de fabricante a fabricante. O outro tipo de ligante é o chamado binder, que também varia a depender do fabricante. Dois são os principais tipos de binder: a pó e a emulsão. “As mantas com bin-der em pó permitem impregnação muito mais rápida, mas as com binder em emulsão são consideradas menos contaminantes e ‘sãs’, dado que a própria emulsão pos-sibilita o não desprendimento dos fios da manta”, disse Hidalgo. Os binders podem ser aplicados em maior ou menor quantidade nas fibras das mantas.

AplicaçãoSão inúmeras as aplicações das mantas para fabrica-

ção de peças em composites. Alguns dos mercados em que o uso das mantas é intensivo são o náutico, auto-mobilístico, de construção civil, infraestrutura, energia, indústria petrolífera, etc. “Mas essa diversidade vem acompanhada da necessidade de escolher a manta es-pecífica para cada aplicação”, disse Luna, da Owens Corning. Isso significa que as mantas utilizadas na fa-bricação de peças não são intercambiáveis, ou seja, não podem ser usadas indiscriminadamente, uma no lugar da outra.

Intercambiabilidade“As características das mantas podem variar muito,

a depender do tipo, e até mesmo impedir a produção dos laminados”, explicou Luna, que dá um exemplo. “Imagine utilizar uma manta de laminação em molde fechado, no qual vai ocorrer injeção e onde se deseja que ocorra o fluxo da resina. Se isso for feito, muito provavelmente a injeção não vai acontecer a contento e as fibras serão arrastadas para o perímetro do molde”.

Aplicação: propriedades específi cas

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w w w . a e r o j e t . c o m . b r • a e r o j e t @ a e r o j e t . c o m . b r52 PRREVISTA DO PLÁSTICO REFORÇADO/COMPOSITES

REFORÇOS

Segundo ele, isso pode acontecer porque a solubilidade do tratamento super-ficial aplicado nas diversas mantas é totalmente diferente um do outro. “Em aplicações de menor exigência, contudo, pode ocorrer intercambiabilidade de mantas da mesma família”, ressalvou.

NovidadesSão quatro os principais fornecedores de mantas de fibra de vidro no Bra-

sil (considerando somente os fabricantes de mantas sem núcleo): a Owens Corning, a OCV Capivari (recentemente comprada pela chinesa CPIC), a também chinesa Jushi e a própria CPIC, com suas mantas. Quase todos es-ses fabricantes (excluindo a OCV) fabricam mantas com binders de base pó e emulsão, para o que cada fabricante utiliza uma tecnologia específica. Mas num ponto todos concordam: fabricam normalmente dois tipos de manta (e vários modelos de cada uma), um com ligação superficial mais forte e outro com maior capacidade de se adaptar ao molde. “Nós temos uma manta com ligação superficial mais forte em relação a outra, que possui maleabilidade maior”, disse Ângelo Miguel Pavioto, supervisor de assistência técnica da OCV Capivari (OCV Reinforcements – Capivari, SP). Cada um desses tipos é indicado para determinados processos e aplicações. “Há diversas mantas, algumas indicadas para processos de laminação manual, prensagem, RTM Light e Vácuo, e outras também para prensagem e pultrusão”, disse Luna.

TendênciasA fabricação de mantas de fibra de vidro é uma tecnologia consolidada

que dá pouca margem a inovações. Mas sempre surge algo um pouco me-lhor para determinada aplicação. “Novas tecnologias para a fabricação do vidro permitem disponibilizar mantas de melhor qualidade, mais resistentes e com melhores propriedades químicas”, disse Hidalgo, da CPIC. “Mas há uma tendência de diminuir a fabricação de produtos mais agressivos para o meio ambiente”. Uma outra inovação são mantas de filamento contínuo não unidas por ligante mas por entrelaçamento, o que é o caso da recém--desenvolvida Uniconform, da Owens Corning. “Essa manta garante uma rapidíssima absorção de resina, fácil conformação aos perfis mais comple-xos, assim como translucidez para os painéis/laminados.

Processos e MercadoAs mantas de fios picados são utilizadas em processos como a laminação

manual, prensagem a quente ou a frio, vácuo e as mantas especiais assim como a manta de fios contínuos em processos de pultrusão, RTM convencio-nal e Light, infusão e vácuo. As mantas com núcleo normalmente são utili-zadas em processo de moldagem por RTM ou RTM Light. As mantas podem ser usadas tanto em processos de moldagem aberta como fechada onde fa-zem amplo uso delas, até mesmo processos automatizados, em que as fibras são aplicadas por máquinas, como no processo de enrolamento filamentar e pultrusão, por exemplo. No processo de enrolamento filamentar, as mantas de fios picados têm como missão compor a barreira química e completar a resistência transversal dos tubos devido à distribuição aleatória, sendo que o enrolamento utiliza ângulos paralelos muito próximos a 90º e cruzados. No processo de pultrusão a utilização é da manta de fios contínuos com objetivo de obter o acabamento nos perfis fabricados e resistência transversal.

Já quanto ao mercado, nota-se uma tendência clara quanto a recupe-ração do consumo das mantas seja de fios picados como de fios contínuos após a queda abrupta do consumo no ano de 2009. “O mercado vem reto-mando os volumes anteriores à crise, e as perspectivas para o mercado são as melhores possíveis devido ao bom momento econômico em que o Brasil se encontra”, disse Pavioto.

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54 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

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Primers intermediáriosA Weg (Jaraguá do Sul, SC) disponibiliza a linha Wet Sur-

face 76, de primer intermediário e acabamento epóxi poliamina de alta espessura, sem solvente, formulado com pigmentos an-ticorrosivos atóxicos para superfície de aço carbono. O produto foi desenvolvido para a aplicação em superfícies preparadas por jateamento abrasivo e hidrojateadas.

Outro destaque é a linha de primer de acabamento epóxi bicomponente, de altos sólidos e alta espessura. O produto é tolerante a superfícies, aplicável em substratos de aço jateado a seco, úmido, hidrojateado e com tratamento manual ou me-cânico. Pode ser usado como conversor de sistema. Oferece excelente proteção anticorrosiva em ambientes agressivos. Dis-ponível na versão alumínio, proporciona maior proteção anti-corrosiva por barreira.

A empresa disponibiliza, também, a linha de primer epóxi e a linha de primer epóxi amina. O produto foi desenvolvido para a aplicação em superfícies onde há dificuldade na prepara-ção do aço, tais como em cantos vivos, cantoneiras, cordão de solda, parafusos, porcas e similares. Permite a aplicação sobre superfícies preparadas por jateamento abrasivo seco ou hidro-

Novas tecnologias para a indústria

naval

Depois de um ciclo de 14 anos sem a construção de grandes embarcações no país, a indústria naval

brasileira voltou a levantar âncoras, impulsionada pelo pré-sal, e pela cadeia de produtos e serviços

voltados à exploração e produção de petróleo e gás. Confira alguns destaques que a indústria naval

disponibiliza em termos de novas tecnologias e matérias-primas para esse segmento

NAVAL

jateamento. Já o primer epóxi amina, de dois componentes, é pigmentado com alumínio e possui excelente resistência à abra-são e excelente proteção anticorrosiva.

Tintas anti-incrustantesA Internacional Paint, marca da unidade de Revesti-

mentos Marítimos e Industriais da Akzo Nobel, trouxe para o mercado naval a linha Intersleek 900, revestimento anti-incrustante, livre de biocidas.

As tintas anti-incrustantes convencionais possuem biocidas, que são liberados para a redução e controle de incrustação. O produto não possui biocida, ou seja, não libera material químico ao meio ambiente marinho. O me-canismo de controle de incrustação é físico. Ele atua por meio da lisura e da tensão superficial do filme seco, facili-tando o desprendimento das incrustações. O anti-incrus-tante, base fluorpolímero, apresenta melhor propriedade de desprendimento em velocidades menores (abaixo de 15 nós) e em condições estáticas.

O produto ainda melhora o desempenho da embarca-ção significativamente, pois, por amenizar o atrito com

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a água causado pela incrustação, pro-picia uma economia de combustível que chega até 9% em um ano. O anti--incrustante possui durabilidade de 10 anos e pode ser aplicado em embarca-ções que navegam por todos os tipos de mares e de águas (densas ou leves, quentes, mornas ou frias). Recente-mente, o produto foi aplicado também em monoboias (que ficam no mar) e em plataformas marítimas.

Revestimentos A Tecpox (Rio de Janeiro, RJ) ofe-

rece ao mercado naval a linha MES-500 de revestimento antioxidante compos-to por massa epóxi poliamida de dois componentes para aplicação subaquáti-ca. O produto possui como principais características alta tixotropia, ótimo isolamento elétrico, alta resistência mecânica e à abrasão. O revestimento pos-sui ótima adesão em substratos de aço, concreto e lamina-dos de fibra de vidro, sendo utilizado como revestimento antioxidante em substratos de aço de estruturas submer-sas em plataformas de exploração e produção de petróleo (offshore), oleodutos, emissários submarinos, estacas es-truturais em construção portuária na faixa de variação de maré e hidrelétricas.

Tinta epóxi antiderrapanteA Química União (Rio de Janeiro, RJ) destacou a linha de

tinta epóxi antiderrapante Jumbocoat 55806-30 AD. Trata-se de uma tinta epóxi, bicomponente, antiderrapante modificada com poliamida formulada com pigmentos e cargas com exce-lente resistência química, alto ponto de fulgor e baixo odor.

A linha possui alta viscosidade e alta espessura, e pode ser aplicado, sobre superfícies de aço carbono (navios, estruturas marítimas e offshore) ou concreto como primer e acabamento.

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56 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

As vantagens dos composites em sinalização

INFRAESTRUTURA

São 1,8 milhão de quilômetros de malha rodoviária, dos quais apenas por volta de 100 mil são pavimenta-dos – e sinalizados (dados de 2004). O enorme merca-

do brasileiro de sinalização rodoviária, tanto de sinalização vertical quanto de horizontal, era, até meados da década de 90, dividido em peças de origem metálica – aço ou alumí-nio. Solução relativamente recente, os materiais composites destacam-se por sua vez pelas excelentes propriedades e ca-racterísticas de processo e aplicação, e são uma ótima opção para uma infinidade de situações.

Aplicações e processos - tachõesSão duas as principais aplicações dos materiais com-

posites nos mercados de sinalização horizontal e vertical: como tachões e tachinhas (horizontal) e como placas dos mais variados formatos e tamanhos (vertical). No primeiro caso, a fabricação de tachões faz uso do processo de cas-ting, relativamente simples (derramamento num molde) e

Presentes sob a forma de placas de sinalização dos mais variados tipos e

tamanhos (sinalização vertical), assim como tachas e tachões para ruas,

avenidas e estradas (sinalização horizontal), os materiais composites

destacam-se pela resistência superior e economia de processo. Veja como

que permite produzir peças de elevada qualidade, tanto em termos de resistência (mecânica, química, etc.) quanto em aparência. “Os composites conferem excepcionais vanta-gens ligadas a flexibilidade, versatilidade de aplicação, alta tecnologia e custo acessível”, disse Pedro Teles, da Niws Serviços Demarcação Viária (Guarulhos, SP). “Os com-posites proporcionam excelente resistência ao impacto e compressão com maior durabilidade”. “A matéria-prima principal para esse produto é a resina poliéster, que precisa ter média viscosidade para permitir um composto de alto teor de carga mineral e alto HDT, para excelente resistência à temperatura ambiente”, disse Paulo de Tarso, gerente de tecnologia da Reichhold (Mogi das Cruzes, SP).

Aplicações e processos - placasNo segundo caso (as placas de sinalização), a produ-

ção de peças em composites pode ser feita pelos processos de laminação contínua, laminação por moldagem aberta ou SMC (Sheet Molding Compound). Mas nem todos de-ram até agora certo no mercado. “O SMC já foi utiliza-do por empresas do setor, mas não vingou em função da irregularidade e alta espessura das peças, do acabamento irregular, da necessidade de reforço periférico em peque-nas peças e da baixa resistência mecânica, em especial ao arrancamento da fixação”, afirmou Jorge Capela, diretor da Sinalta Propista (São Paulo, SP), importante fabricante de placas em composites.

Placas: laminação contínuaO sistema de laminação contínua, também utilizado

para fabricação de telhas e laminados em geral, tanto para construção civil como para transportes (paredes de cami-nhões frigoríficos, por exemplo), permite produzir placas de sinalização com os dois lados lisos, na cor desejada, com excelentes propriedades mecânicas, químicas e ópticas às

Fib

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Sinalização em composites: vantagens em instalação e durabilidade

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58 PRREVISTA COMPOSITES & PLÁSTICOS DE ENGENHARIA

solicitações do uso, extremamente leves (30% a mais que o alumínio e 80% que o aço), já com a cor preta no lado oposto ao dos sinais, e requerendo baixa manutenção. “As placas em composites caracterizam-se também pelo preço competitivo, facilidade no corte e no manuseio e caracte-rística de não oxidarem”, disse Antonio Perez Gamero, ge-rente técnico da Fibralit (Campinas, SP). “Em termos de re-sistência mecânica, nossos cálculos em campo concluíram que um laminado com espessura mínima de 2 mm e teor de fibra de vidro entre 25 e 29% suporta ventos de até 50 m/s”, afirmou. “Outras propriedades vantajosas são a fabricação de placas de dimensões maiores (até 4 m x 2 m) e fácil recu-peração de acidentes ou depredação (tiros)”, disse Capela, da Sinalta Propista. A ocorrência de tiros fazem com que as placas feitas em aço tenham sua vida útil encurtada drasti-camente, pelo rompimento da proteção superficial e o rápi-do início do processo de corrosão.

Sem valor de revendaMuito leves, ao contrário das placas de aço, que reque-

rem grande esforço físico dos instaladores para colocá-las nos suportes metálicos, as placas em composites fabricadas por laminação contínua possuem uma outra característica que se converte em vantagem neste caso, em relação às similares de aço e de alumínio: a não reciclabilidade. “As placas de sinali-zação de trânsito com substrato metálico e especialmente as de alumínio possuem alto valor de revenda nas empresas de sucata, que por sua vez revendem o material para empresas de reciclagem”, explica Gamero, da Fibralit. Como as placas em composites não têm valor para a reciclagem, mata-se o problema pela raiz. “A grande maioria dos órgãos de trânsi-to usa as placas em resina com fibra de vidro em laminação contínua”, disse Silas J. Oliveira, diretor comercial da Portal Sinalização (São Caetano do Sul, SP). “Por isso que, quando temos de produzir, produzimos em composites de fibra de vidro. Compramos as chapas de resina com fibra de vidro da Fibralit e confeccionamos com elas as placas”, explicou. Vale ressaltar que a ABMACO - Associação Brasileira de Mate-

riais Compósitos lidera um programa de reciclagem deste material, inédito em âmbito mundial.

Matérias-primasApesar de simples, a fabricação de laminados em compo-

sites para fabricação de placas de sinalização requer o uso de resinas e reforços sob medida. “Nós sugerimos, para laminação aberta e contínua, resinas poliéster insaturado com baixa vis-cosidade e sistema de promoção especial, que permitem boa molhabilidade dos reforços e excelente grau de cura, conferindo ótima rigidez às placas”, afirmou Tarso, da Reichhold.

Propriedades e normasA fabricação de chapas de composites por laminação

contínua para fabricar placas de sinalização exige o cum-primento de uma série de propriedades em termos de re-sistências mecânicas, químicas, etc. Veja na tabela 1 abaixo as principais propriedades requeridas e as normas exigidas para cada uma dessas propriedades. “Em linhas gerais, exi-ge-se seguir a norma ABNT NBR 13275:1999 – Sinalização vertical viária – Chapas planas de poliéster reforçado com fibras de vidro, para confecção de placas de sinalização – Requisitos e métodos de ensaios”, disse Gamero. Essa nor-ma foi revisada, tornando-se a NBR 13275:2006.

Tabela 1 – Características das chapas

Característica Unidade Laminação contínua

Teor de fibras de vidro (min) % 25

Espessura do laminado (min) mm 2

Alongamento na ruptura- (ASTM D-638) (min) % 1,2

Resistência à tração (ASTM D-638), - no estado de entrega ( inicial) MPa 85,0

Resistência à tração (ASTM D-638),variação máxima após 300h de intemperismo % +/- 10,0 valor inicial

Módulo de elasticidade à tração (ASTM D-638), no estado de entrega. MPa 5000,0

Módulo de elasticidade à tração (ASTM D-638 ) – variação máxima após 300h de intemperismo % +/- 10,0 valor inicial

Resistência à flexão (ASTM D-790) – no estado de entrega (min) MPa 130,0

Módulo de elasticidade à flexão – no estado de entrega - (ASTM D-790) (min) Mpa 5000,0

Absorção de água (ASTM D-570) (max) % 1,0

Massa específica (ASTM D-792) (min) g/m3 1,35

Sinalização vertical: mercado enorme

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