Revista Comunhão e Ação - Nº22

40
Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 1

description

Revista Comunhão e Ação, Ano 10 Nº 22. Igreja Adventista do Sétimo Dia - Região Central de São Paulo.

Transcript of Revista Comunhão e Ação - Nº22

Page 1: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 1

Page 2: Revista Comunhão e Ação - Nº22
Page 3: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 3

O imenso sorriso de Sheyla Guima-rães ao entrar no tanque batismal continua vivo em minha memória.

Seis meses antes, sua filha adolescente, Pa-loma, havia encontrado o livro A Grande Esperança na caixa do correio de sua casa. Por vários anos Sheyla estivera buscando a Deus incessantemente. Finalmente ela O encontrara nas páginas deste inspirado livro. Agora, seis meses depois, eu a batiza-va juntamente com sua filha e seu filho na Igreja Adventista do Sétimo Dia central de Jaú, SP. Todos os presentes alí notávamos que as palavras de gratidão a Deus e a Igre-ja ditas ainda no tanque batismal, eram a expressão exata da alegria e paz de pessoas possuídas pelo Espírito de Deus.

Ao batizá-la, eu também estava aju-dando a transformar sua esperança em re-alidade. Como primícias dentre as pessoas que terão a vida transformada pela leitura deste livro, a experiência de Sheyla nos dá ainda mais esperança, pois o Espírito San-to está usando este livro para convencer pessoas do pecado, da justiça e do Juízo.

Quando, há mais de 3 anos, os pasto-res e líderes da Associação Paulista Cen-tral concebemos a idéia de deixar um livro de salvação em todas as casas de nossas cidades, o plano parecia um sonho grande demais para ser realizado. Mas a esperan-ça de torná-lo real era maior.

No início de 2009 visitamos mais de 12 mil lares das cidades de Águas de Lin-dóia e Lindóia. Naquela ocasião tivemos o apoio de mais de mil colportores de toda Divisão Sul-Americana, sede adventista para a América do Sul que realizava seu concílio em Águas de Lindóia. Esta foi uma experiência piloto, pois já estava esboçado o projeto intitulado Impacto Campinas. O plano agora era alcançar mais de 250 mil famílias da maior cidade de nosso território com o livro. Para tan-to, teríamos que ser bem mais ousados na estratégia, logística, recursos financeiros e material humano.

No final daquele mesmo ano pude-mos celebrar e louvar nosso Maravilhoso Deus, pois nossa esperança se tornara re-alidade. Já havíamos realizado uma cam-panha inédita na grande mídia impressa, radiofônica, televisiva e sociais. Realiza-mos evangelismo em todas as igrejas da cidade com apoio dos pastores do campo, pastores convidados, estudantes de Teolo-gia, irmãos e irmãs voluntários. Tivemos uma audiência acumulada de mais 30 mil pessoas no ginásio de esportes do Guarani Futebol Clube nas 9 noites de pregação do pastor Luís Gonçalves. E todas as famílias de Campinas haviam recebido o livro Si-nais de Esperança, de Alejandro Bullón. Para citarmos apenas um ítem do êxito do projeto, naquele ano batizamos 1.100 pes-soas numa cidade cuja média de batismo em anos anteriores era de 280 pessoas.

Naquele ano, ainda distribuímos mais de 250 mil DVDs O Grande Conflito, do pastor Luís Gonçalves.

Estas conquistas nos tornaram ainda mais ousados. No concílio quinquenal da Divisão Sul-Americana, em novembro de 2010, soubemos que o livro evangelístico para o ano de 2012 seria A Grande Espe-rança. Então decidimos que entregaríamos 1 livro para cada família de nosso campo. Seriam um milhão e setecentos mil famí-lias, numa população de 5,1 milhões em 81 cidades. Um projeto hercúleo!

Estratégia, logística, cronogramas, or-çamento, publicidade tornaram-se palavras comuns em nosso vocabulário. Entretanto, o mais extraordinário é ver o exército de ir-mãos visitando casas, apartamentos, becos e avenidas levando de graça a Graça da sal-vação. Salvação que já foi levada a 1.6 mi-lhão de famílias da APaC até o momento.

Quero tomar este espaço para louvar a Deus e agradecer aos nossos valorosos irmãos, irmãs, jovens, pastores, servidores da igreja e voluntários em geral pelo em-penho e dedicação a Deus e envolvimen-

to pessoal nestes projetos de Sua Igreja. Agradeço também por sua fidelidade a Deus na devolução dos dízimos e ofertas. Pois é através destas doaçōes que pudemos comprar 1,7 milhão de livros A Grande Esperança, realizar campanha publicitária para que as famílias conheçam e aceitem o projeto e todos os recursos cumpram seus objetivos que são trazer honra e glória a Deus e pregar o Evangelho Eterno a todas as famílias da Terra.

Até o momento foram investidos 2,5 milhões de reais no Impacto APaC.

O imenso sorriso de Sheyla Guima-rães ao entrar no tanque batismal conti-nua vivo em minha memória. Este imen-so sorriso será indescritivelmente maior quando ela estiver entrando na Nova Je-rusalém. Ali estará lhe esperando não um pastor humano e pecador como eu, mas o próprio Senhor Jesus, o Supremo Pastor das ovelhas, nossa Grande Esperança de salvação. Ali entraremos todos nós que cremos e pregamos a Grande Esperança.

Continuemos cada vez mais unidos, dedicados e liberais, pois novos e mais ousados planos Deus nos dará. Deixo com você duas convicções que tenho aprendi-do com estes projetos. Primeiro: Pregar o evangelho a todas as pessoas não é apenas possível mas também muito fácil. E segun-do: existem milhões de Sheylas buscando a Deus ao nosso redor. Vamos salvá-las.

Ao enfrentar esses obstáculos hoje, nos identificamos com Paulo quando pre-gava na secularizada Corinto. A visão que o Senhor lhe deu na ocasião se aplica aos mensageiros da esperança de hoje: “Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: Não temas; pelo contrá-rio, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo, e nionguém ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (Atos 18.9,10. Grifo nosso).

Jamais perca a Esperança! Ela se tor-nará realidade! Muito em breve.

Palavra do PresidentePastor Oliveiros Ferreira@PrOliveiros

A ESPERANÇA SE TORNA REALIDADE

Page 4: Revista Comunhão e Ação - Nº22

4 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

Hoje em dia, especialistas do mercado estão de olho no comportamento dos chamados nativos digitais. Esse foi o

termo encontrado para identificar a geração que nasceu no mundo dominado pela internet. As empresas estão preocupadas em conquistar jovens consumidores que vivem, trabalham, se divertem e se relacionam online.

Essa geração está prestes a revolucionar o mercado de consumo tal como o conhecemos. Os jovens que agora se lançam ao mercado re-presentam a primeira onda de consumidores nascidos e criados sob o signo da internet. Para essa geração, é imperceptível a separação entre vida virtual e vida real. A conversa começa no colégio e termina em casa, pelo Facebook.

É um mundo novo. É um mundo fas-cinante. E é um mundo que desafia não só empresas, mas toda organização interessada na comunicação em massa, oferecendo pro-dutos e serviços. É razoável incluir na lista de interessados nesse admirável mundo novo organizações que cuidam da vida espiritual das pessoas, e chegamos à conclusão que os líderes religiosos precisam entender esse fe-nômeno cultural, e aprender a lidar com ele o quanto antes, se quiserem comunicar-se bem com essa sociedade do futuro.

A geração digital em curso está acostuma-da com a interação, com o imediatismo da co-municação eletrônica. Essa geração “está pron-ta para falar sobre empresas e produtos – e a ouvir o que se diz deles. Os adolescentes já par-ticipam ativamente de um grande bate-papo na internet, sem que o marketing tradicional possa influir sobre o andamento da conversa. A caixa de ressonância não pára de aumentar. Pela última conta, havia 50 milhões de blogs no mundo. A cada dia, 175 mil sites pessoais são criados. São novas vozes, de gente nova entran-do na conversa”, diz trecho de reportagem da

revista Exame, de 2006, o que leva a deduzir que esta nova realidade está prestes a atingir a maturidade.

É algo aparentemente caótico, mas a gu-rizada está acostumada a lidar com isso. E quanto às organizações religiosas? Será que elas estão preparadas para atrair a atenção dessas pessoas para as mensagens morais, de relevância espiritual? Estão prontas para for-mar comunidades interessadas em dar resso-nância a essas mensagens?

O fato é que existe uma comunidade de jo-vens em rede, pronta para ser conquistada por uma mensagem que tenha algo a dizer pra eles. Estamos preparados para usar fotologs, blogs, Twitter, Facebook, Instagram, Youtube, Wiki-pedia, ipods e celulares para uma evangeliza-ção 24 horas, em escala global?

A reportagem especial desta edição, mos-trando como a tecnologia vai contribuir para alcançar leitores do livro A Grande Esperança, e a reportagem Ministério High Tech, na pági-na 27, trazem fatos auspiciosos sobre a com-preensão desses novos tempos por parte da liderança na Associacão Paulista Central, sede adventista para a região central de São Paulo.

Ellen White, escritora americana que teve uma percepção esperta do futuro, já preconi-zava a importância de usar novas ferramentas para a evangelização. O momento, me parece, é de transição entre uma liderança que usa a internet para acessar e-mails, consultar o ban-co ou fazer compras, e uma que cresceu com a internet, em rede com um universo inimaginá-vel de amigos, e que usa a web para tudo - lazer, estudos, relacionamentos, trabalhos. Entender essa realidade é dar um passo à frente no gran-de desafio missionário na era da comunicação instantânea.

EditorialHeron Santana@heronsantana

DO SÉCULO 21A EVANGELIZAÇÃO

Page 5: Revista Comunhão e Ação - Nº22

ExpedienteAssociação Paulista Central da Igreja

Adventista do Sétimo Dia

Rua Júlio Ribeiro, 188 – BonfimFone: (19) 2117 2900 – FAX: (19) 2117 2988

www.apac.org.brFacebook: /AssociacaoPaulistaCentral

Youtube: /APaCvideosTwitter: @PaulistaCentral

Presidente: Oliveiros FerreiraSecretário: Emmanuel Guimarães

Tesoureiro: Hugo QuirogaDiretor de Comunicação: Heron Santana

Diagramação: Rodrigo SilveiraCapa: Rodrigo Silveira

Edição: Fabiano Dresch

Colaboradores: Fabiano Dresch, Suzaeny Lima, Jeaane Oli-veira, Siloé Almeida, Rodrigo Silveira, Felipe Lemos

Impressão: Gráfica Santa EdwigesTiragem: 8.000 exemplares

Distribuição Gratuita

ColunasPalavra do Presidente Pastor Oliveiros Ferreira ..................................................................................................

Editorial .....................................................................................................................Saúde Financeira Pastor Hugo Quiroga ....................................................................................................

Princípio de Crescimento Pastor Emmanuel Guimarães ......................................................................................

Reportagem de CapaPrimícias do livro A Grande EsperançaMobilização e tecnologia aproximaram Igreja e leitores do livro missionário ...........

MatériasComunhão e AçãoAs atividades missionárias da Associação Paulista Central ...........................................

Dia Mundial da AlegriaFiéis usam data para promover TV Novo Tempo .......................................................

ComunicaçãoAs relações entre opinião pública e gestão da imagem ................................................

Diagnóstico EspiritualPrograma estimula fidelidade e ação missionária .......................................................

PublicaçõesCampanha vai estimular o empreendedorismo ...........................................................

MobilizaçãoAs propostas da revista Foco na Pessoa .......................................................................

EducaçãoEducadores participam da campanha A Grande Esperança ......................................

Reavivados por sua PalavraCampanha propõe leitura de um capítulo da Bíblia por dia ......................................

EvangelismoEstratégias para alcançar as grandes cidades .............................................................

TecnologiaTransmissões via web renovam ação missionária ......................................................

AdolescentesA força da geração teen para o evangelismo ...............................................................

Ministério JovemTreinamentos mostram motivação missionária da juventude ...................................

Plantio de IgrejaCalebes constroem templo em tempo recorde .............................................................

SecretariaAs vantagens do sistema online de Secretaria de Igrejas ...........................................

SolidariedadeTreinamentos e Recolta mobilização Ação Solidária Adventista ................................

Fé & CulturaOs bastidores do livro Questões sobre Doutrina ........................................................

OpiniãoReflexões sobre a ditadura da beleza ..........................................................................

34

16

26

18

6

10

12

11

13

14

15

17

27

28

30

24

32

33

34

36

37

Page 6: Revista Comunhão e Ação - Nº22

6 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

Comunhão & Ação /

Líderes de Ministério Jovem da Igre-ja Adventista do Sétimo Dia para oito países sul-americanos defi-

niram data e local para o quarto Cam-pori de Desbravadores Sul-Americano.

O evento vai acontecer de 14 a 19 de ja-neiro de 2014 na cidade de Barretos, em São Paulo, no chamado Parque do Peão. O campori é um grande acampamento que reúne adolescentes, jovens e crianças

que participam dos clubes de desbrava-dores mantidos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia em todo o mundo.

Campori Sul-Americano

Fé no Brasil 1Brasil 2

Fé noO IBGE divulgou em junho o censo das

religiões no Brasil. Os dados confirmaram o crescimento da diversidade dos grupos religiosos no país. A proporção de católicos seguiu a tendência de redução observada nas duas décadas anteriores, embora tenha perma-necido majoritária. Em paralelo, consolidou-se o crescimento da população evangélica, que passou de 15,4% em 2000 para 22,2% em 2010.

Os evangélicos foram o segmento religioso que mais cresceu no Brasil no período entre os censos de 2000 e 2010. Em 2000, eles representavam 15,4% da população. Em 2010, chegaram a 22,2%, um aumento de cerca de 16 milhões de pessoas (de 26,2 milhões para 42,3 milhões). Em 1991, este percentual era de 9,0% e em 1980, 6,6%.

Já os católicos passaram de 73,6% em 2000 para 64,6%

em 2010. Embora o perfil re-ligioso da população brasileira

mantenha, em 2010, a histórica maioria católica, esta religião vem

perdendo adeptos desde o primeiro Cen-so, realizado em 1872. Até 1970, a proporção

de católicos variou 7,9 pontos percentuais, re-duzindo de 99,7%, em 1872, para 91,8%.

Page 7: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 7

Ao falar sobre as parcerias público- religiosas, o médico Dário Saadi, verea-dor da Câmara Municipal de Campinas, SP, fez um apelo a igrejas e movimentos religiosos para que ampliem as ações pre-ventivas contra o crack. O vereador defen-deu a importância das “parcerias público--religiosas”, como vem sendo chamada a ação conjunta entre políticas estatais e as iniciativas sociais. “O poder público deve estar aberto para trabalhar com as igrejas

e as igrejas devem procurar os governos para potencializar os efeitos”, disse Saadi. Ao elogiar o poder de mobilização dos movimentos religiosos, o vereador citou como exemplos projetos sociais da Igreja Adventista, como a campanha Quebran-do o Silêncio, que orienta a sociedade sobre o problema do abuso e da violência familiar, e o projeto Vida por Vidas, que articula voluntários para doarem sangue e medula óssea em hemocentros brasileiros.

“Geração Esperança - Gente como Je-sus” é o tema que vai nortear os projetos do Ministério Jovem da Igreja Adventis-ta em oito países da América do Sul em 2013. Segundo pastor Areli Barbosa, líder sul-americano deste departamento, “que-remos com isto envolver o jovem no pro-grama do discipulado motivando jovens a seguirem o exemplo de Jesus, transformar pessoas”, diz.

Em 2013, o Ministério Jovem vai tra-balhar em sintonia com as ênfases da Igre-ja: comunhão, relacionamento e missão. “Queremos que a juventude seja agente de transformação nas comunidades e através de seus relacionamentos possa levar pes-soas a Jesus”, salientou pastor Areli.

No dia 31 de maio, quando é lem-brado o Dia Mundial de Combate ao Tabagismo, foram divulgadas estatísticas alarmantes sobre esse hábito no plane-ta. Segundo informações do site Quit Smoking, especializado no assunto, há atualmente pelo menos 1,1 bilhão de fu-mantes no mundo e a triste expectativa é de aumento para 1,6 bilhão até 2025. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, entre 80 e 100 mil crianças, a cada dia, são iniciadas no hábito de fumar.

Os adventistas do sétimo dia, que somam quase 17 milhões de membros em todo o planeta, possuem pelo menos duas frentes de ação contra o tabagismo. A primeira delas são os cursos gratuitos sobre como deixar de fumar em cinco dias ministrados em escolas, universida-des, igrejas e locais públicos. Permanen-temente esses cursos abrem suas inscri-ções para a comunidade. Outra atuação adventista é através dos seus hospitais, clínicas e centros de vida saudável onde

os pacientes recebem orientação médica e, por meio de um programa de desin-toxicação, recebem ajuda para abando-nar o vício. “Nossa preocupação é com a saúde integral das pessoas e certamente o tabaco afeta não apenas fisicamente, mas traz danos para a família e para a relação das pessoas com Deus”, comenta o pastor Marcos Bomfim, diretor sul-americano da área de Saúde da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

A fé contra

Brasil sem cigarros

Tema jovempara 2013

as drogas

Page 8: Revista Comunhão e Ação - Nº22

8 | Revista Comunhão e Ação - set-nov 2011

Comunhão & Ação /

Esperança no A Grande

mundo da bola

O ex-jogador de futebol José Gleydson Pinheiro Carneiro, fiel da Igreja Adventista em Jundiaí, SP, entregou 15 exemplares do livro A Grande Es-perança para jogadores do São Paulo Futebol Clube. Ele presenteou atletas como Lucas, jovem revelação do futebol brasileiro, o atacante Luís Fabiano e o goleiro Rogério Ceni. Um dos grandes personagens da história do clube, o tetracampeão mundial Raí também recebeu o livro. Ao receber o livro, Ceni elogiou a iniciativa da Igreja Adventista. “É bom saber de ideias como esta, porque o mundo precisa de esperança”, disse.

A saúde dos pastores para os desafios missionários é uma preocu-pação da Paulista Central. Logo no primeiro concílio pastoral, ocorri-do em fevereiro, o assunto prevaleceu. O encontro ocorrido no Centro Adventista de Vida Saudável (Cevisa) em Engenheiro Coelho, serviu para que os ministros realizassem exames. Profissionais de saúde cui-daram do check up dos pastores. “Nós somos mordomos de Deus, e ao cuidar da saúde demonstramos a Deus que respeitamos a confiança que Ele dedica a cada um de nós”, disse o pastor Oliveiros Ferreira, presidente da Associação Paulista Central.

A reforma de saúde também foi abordada nos cultos devocionais durante o evento. O pastor Emilson dos Reis, diretor da Faculdade de Teo-logia do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), foi o orador oficial do encontro. Ele abordou temas relacionados ao cuidado com o corpo, com a alimentação e também falou sobre a ética e os valores cristãos do líder religioso con-temporâneo.

Saúde pastoral 1 Saúde pastoral 2

Page 9: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - set-nov 2011 | 9

Em tenra idade, Isabelle Cordeiro Biondo foi ensinada pelos pais sobre Jesus. O ensino era feito através de uma minúscula Bíblia de feltro. Todos os dias, enquanto a mãe falava, a criança acompanhava atentamente as histórias da Santa Escritura. Filha do pastor Moisés Biondo, líder espiritual do distrito de Novo Campos Elíseos, bairro de Campinas, e sua esposa, Fernanda, a criança foi vitimada de uma grave enfermi-dade e faleceu. Um tempo depois, o casal foi abençoado com a chegada de um filho, Davi. E o exemplo de Isabelle inspirou uma campanha de evangelização de bebês de até 2 anos, por meio de uma Bíblia de feltro. A campanha, apropriadamente, é cha-mada de “Projeto Isabelle”.

Cerca de 200 jovens se reuniram em uma unidade do Hemocentro, na cidade de Campinas, SP, para doar sangue e medula óssea. A ação fez parte do projeto Vida por Vidas, que em todo o país mobiliza voluntários para esse tipo de doação.

A estudante Aline de Fátima doou sangue pela primeira vez. Ela expressou entusiasmo com a chance de ser solidária. “É uma sensação muito boa saber que através desse gesto a gente pode salvar vidas”, comemorou.

O coordenador do projeto, Daniel Constantino, falou sobre a importância das mídias sociais para a mobilização. “Toda a ação foi articulada pelo Facebook, e também usamos o Twitter para convidar os jovens para a campanha”, disse.

Para o pastor Jorge Pimenta, líder espiritual para o distrito de Espírito Santo do Pinhal, SP, o envolvimento da juventude em projetos solidários deve ser incentivado. “Isso faz a diferença na vida deles e também na vida de outras pessoas”, afirmou.

Fiéis realizaram o 2º Encontro Saúde e Esperança, na cidade de Jundiaí, SP, no domingo dia 27 de maio. Mais de 250 pessoas foram beneficiadas com o mutirão solidário, que ofereceu serviços como orientação vocacional, sorteios de cursos profissionalizantes, cortes gratuitos de cabelo, serviços estéticos e de higiene pessoal e palestras sobre saúde e qualidade de vida. Luciana Lima, ins-trutora de um instituto-escola para cabeleireiro, falou sobre a importância da ação. Ela trouxe 15 alunos para atender a comunidade. “É uma forma de apren-dizado para nossos alunos e também uma ação solidária”, afirmou. Já Eliana Ca-pobianco, gerente comercial de uma escola profissionalizante, realizou sorteio de dois cursos de assistente administrativo e trouxe profissionais para oferecer orientação vocacional aos participantes. “Nosso objetivo foi trazer serviços para a comunidade e oferecer aquilo que a Igreja tem de melhor, que é a esperança e o contato com Cristo”, disse o pastor Tiago Rodrigues, responsável pela iniciati-va. Ele ressaltou a importância de palestras preventivas sobre drogas e bullying.

Missionários voluntários visitaram o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Americana, SP, no dia 23 de maio, para entregar o livro A Grande Esperança para funcionários e detentos.

A campanha levou 200 exemplares para ser-vidores da unidade prisional e cerca de 1.200 livros para os presos. “O nome de Deus foi engrandecido com esta ação”, afirmou Clayton Stina, líder voluntário em Americana e um dos promotores da mobilização.

O pastor Adílson Cruz, líder do distrito de Americana, coordenou a campanha missioná-ria, que pretende alcançar cada residência do Brasil com o livro evangelístico. Diretores do CDP também receberam a mensagem de espe-rança.

Com capacidade para 576 pessoas, a po-pulação prisional do CDP de Americana é de 1.282, segundo dados da Secretaria de Admi-nistração Penitenciária do Estado de São Paulo.

“Ensina a criança...”

Evangelismoem presídio

Mutirão solidário

Page 10: Revista Comunhão e Ação - Nº22

10 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

DIVULGANDOALEGRIA

Wesley Santos liderou a divulgação da TV Novo Tempo em São João da Boa Vista

Fiéis promovem programação da TV Novo Tempo em comemoração ao Dia Mundial da Alegria

Um dia diferente dos outros. Um dia separado. Todos os sábados são considerados “O Dia Mun-

dial da Alegria” para os adventistas do sétimo dia. Mas para celebrar e mostrar para os amigos e a comunidade a impor-tância de ter um dia especial de descan-so, o dia 7 de julho foi escolhido para uma ação inédita.

A celebração desse dia acontece anu-almente, e o foco dessa vez foi a divulga-ção da programação da TV Novo Tem-po. Em todo o território do Estado de São Paulo, foram distribuídos cerca de 12 milhões de folhetos que explicavam de-talhes dos programas exibidos pela emis-sora. A ideia foi apresentar para a popu-lação a grade diferenciada de programas da Novo Tempo, despertando o interesse em acessar o canal. Na Sky, empresa de TV por assinatura, a Novo Tempo está

no canal 14. A emissora está presente em quase 200 cidades paulistas que possuem sinal em canal aberto. Nessas cidades, os fiéis confeccionaram folhetos especiais informando também o canal local.

Na região central do Estado de São Paulo, a meta era distribuir cerca de 1 milhão de folhetos em todas as casas de 81 cidades. A campanha mobilizou 28 mil fiéis, que dedicaram o sábado inteiro para cumprir a tarefa. Também foram re-alizadas pesquisas para saber como está a audiência da Novo Tempo e a qualidade da programação.

Mas o dia não foi só uma comemo-ração. A liderança de algumas congre-gações aproveitaram o engajamento dos fiéis e a oportunidade do contato com os moradores para desenvolver outros projetos. Em São João da Boa Vista, a 229 quilômetros da capital São Paulo, a

distribuição foi promovida pela lideran-ça local de uma maneira estratégica. O principal objetivo era divulgar o canal em um bairro onde futuramente será construído um templo.

Para Wesley Alves Santos, líder de uma congregação na cidade, a ação foi uma oportunidade de colocar em prá-tica o que Jesus ensina e sair da zona de conforto que muitos se encontram. “Aproveitamos o sábado de uma ma-neira diferente, especial. Queremos de uma forma prática mostrar para todos uma mensagem diferente”, disse. Para Santos, essa atividade reforçará a pre-sença adventista na cidade que já possui a Novo Tempo em canal aberto. “Esse trabalho faz o fiel se sentir parte de algo grande, importante. E dividir isso com os vizinhos e amigos não tem preço”, sa-lientou Santos.

Fiéis motivadosQuem celebrou o Dia Mundial da

Alegria dessa forma garante que foi um privilégio divulgar uma emissora de tele-visão diferente das outras. Para o volun-tário Cleverson Coimbra, quem participa desse tipo de campanha reaviva a espe-rança e a fé. “O sábado é um dia de ale-gria porque além de estar mais próximo de Deus, tenho a oportunidade de repar-tir essa esperança com as outras pessoas. E isso é maravilhoso”, garantiu Coimbra.

Apesar da divulgação, para muitos a emissora não é desconhecida. Sílvio Fer-reira virou expectador assíduo assim que descobriu o canal. “Foi por acaso. Estava procurando canais na televisão e me de-parei com o 51 (canal local da Novo Tem-po)”. E desde o momento que encontrou o canal, ele nunca mais deixou de acom-panhar uma programação que ele mesmo admite ser de qualidade comparado a outras emissoras. “Esse canal não é igual aos outros, que tem muita coisa que não presta. Só tem programa educativo e de cultura. E eu gosto muito do programa Evidências, pois ele mostra nosso passa-do, o presente e as coisas que irão aconte-cer no futuro”, comentou Ferreira.

DIA DA ALEGRIA

Page 11: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Ivy Lee era um jornalista conceitua-do em Nova Iorque em 1906 quando teve uma ideia inusitada: criar uma agência para intermediar as relações

entre as empresas e a imprensa. Ele definiu a natureza do trabalho por meio de uma carta de princípios. Estabelecia que profis-sionais de relações públicas têm uma res-ponsabilidade pública que se estende além das obrigações para com o cliente.

A obstinação de Lee chamou a aten-ção do magnata John Rockfeller Jr, que o contratou para assessorá-lo no episódio conhecido como “massacre de Ludlow”, em 20 de abril de 1914, definido por his-toriadores como o mais violento embate entre o poder corporativo e trabalhadores

da história americana. Por conta da as-sessoria de Lee, Rockfeller, que entrou na crise como patrão sanguinário, saiu dela como um dos grandes filantropos dos Es-tados Unidos.

A história ilustra, desde os primór-dios, a importância do profissionalismo no relacionamento com a imprensa e a opinião pública. O assunto vem sendo considerado com intensidade cada vez maior pelas organizações. Quem afirma é o jornalista e consultor corporativo Siloé João de Almeida, responsável por assesso-rias a organizações no Brasil e no exterior.

Em entrevista para o canal de vídeos da Igreja Adventista para a região central

de São Paulo, Siloé falou sobre as origens de uma crise corporativa. Segundo ele, crises não são geradas pela organização. “São fortuitas, e muitas vezes públicos até ligados a esta organização trazem a crise para dentro dela”, afirmou.

O consultor afirmou que é equivocada a ideia de que, quando ocorre uma cri-se, o jornalista procura a instituição para persegui-la. “Ele vem em busca de uma informação. A saída clássica é pedir nome, telefone e email e passar para a assessoria; o jornalista se sentirá melhor atendido e a or-ganização pode iniciar um relacionamento proveitoso com a imprensa”, declarou.

COMUNICAÇÃO

Jornalista analisa relação entre opinião pública e gestão da imagem nas organizações

OPINIÃO PÚBLICA EGESTÃO DE IMAGEM

Para Siloé Almeida, em situação de crise, o primeiro passo que uma organização precisa dar é identificar o que está acontecendo e tratar do assunto no local da crise, onde está o foco. “O comitê de crise deve se transferir para o local, e montar um gabinete lá, com a presidência acom-panhando de longe”, declarou. Ele esclarece que o principal motivo disso é tratar do fato gerador da crise no local em que ela ocorre, evitando con-taminar o resto da organização, especialmente a holding ou o presidente. “No âmago da crise existe um mistério, que é o ataque ao número um; vencendo este, vence a organização toda. É da natureza da crise o ataque ao centro do poder”, afirmou.

AÇÃO NA CRISE

Acesse o canal de vídeos no site www.apac.org.br e assista a entrevista com-pleta com o jornalista Siloé de Almeida.

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 11

Page 12: Revista Comunhão e Ação - Nº22

12 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

O Diagnóstico Espiritual é um dos destaques este ano do ca-lendário eclesiástico da Associação Paulista Central. Reali-zado pelo Ministério de Mordomia Cristã, responsável pela

promoção da fidelidade, o programa mede o grau de envolvimento dos fiéis na missão da Igreja.

Cidades como Limeira, Campinas e Leme, entre outras, rece-beram a caravana. “Para estas reuniões, convidamos pessoas por função para uma análise da condição espiritual de cada igreja”, ex-plicou o pastor Decival Novaes, líder de Mordomia Cristã para a As-sociação Paulista Central. Segundo ele, cada nome é avaliado pelas comissões formadas durante os encontros. A principal finalidade é envolver a todos os fiéis nas atividades das congregações locais.

Aqueles que não participam ativamente da vida religiosa rece-bem visitas e são motivados a congregar e rever sua situação com Deus. “Se houver pessoas enfermas espiritualmente, teremos a oportunidade de levar para elas o remédio, que é o relacionamento com Jesus Cristo”, disse o pastor Luiz Timóteo, líder espiritual para Mococa e outras cidades. “O que fazemos aqui é o diagnóstico; o remédio de fato é a visitação”, disse o pastor Novaes.

O Diagnóstico Espiritual é um trabalho importante e auxilia os líderes das congregações. Roberto Carlos Pires, líder voluntário em Pirassununga, irá utilizar os resultados da melhor maneira possível. “Talvez na nossa igreja local não tivéssemos condição de fazer um trabalho como esse que está sendo feito aqui”, afirmou Pires.

DiagnósticoEspiritualPrograma estimula fidelidade e mobilização missionária

FIDELIDADE CRISTÃ

Page 13: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 13

O mercado de vendas diretas, como passou a ser conhecido o sistema de vendas de porta em porta, re-

monta ao século 18. A tradução literal do inglês door to door referia-se a vendedo-res da Enciclopédia Britânica, que ofere-ciam as coleções de casa em casa.

Hoje, o mercado não para de crescer no Brasil. Segundo a ABEVD (Associação Brasileira de Empresas de Vendas Dire-tas), o volume de negócios das vendas di-retas somou R$ 26 bilhões em 2010. Um índice 17,2% superior ao obtido em 2009.

Inspirado neste modelo, o Ministé-rio de Publicações da Associação Paulis-ta Central, sede adventista para a região central de São Paulo, lançou a campanha Empreendendores da Esperança. Inte-ressados em ampliar a receita da família terão a oportunidade de ser consultores

de livros, revistas e outros produtos da editora Casa Publicadora Bra-sileira.

Segundo o pastor Reginal-do Paulino, líder de Publicações da Paulista Cen-tral, a campanha destina-se a estu-dantes, donas de casa ou mesmo trabalhadores dispostos a aumentar os ganhos no final do mês.

Os empreendedores da esperança se-rão cadastrados e receberão treinamento de vendas e marketing. Ao final, recebe-rão um catálogo onde poderão expor os produtos. “A dona de casa, o estudante,

ou mesmo um trabalhador em horário de almoço, enfim, em qualquer lugar os consultores terão a oportunidade de abrir o catálogo e oferecer os produtos”, afirma Paulino. No primeiro semestre desse ano, mais de 110 pessoas aderiram ao projeto.

Os “empreendedores da esperança” são uma das novidades do Serviço Educacional Lar e Saúde, conhecido como Sels, para este ano. A campanha foi apresentada a líderes do segmento durante retiro espiritual ocorrido em Analândia, a 221 km da capital paulista. Realizado todo o ano, o evento é destinado a treinamentos técnicos e

motivacionais e definição de metas.Este ano, a programação incluiu aulas sobre técnicas de abordagem, orçamento familiar, planejamento e motivação.

O pastor Oliveiros Ferreira, presidente da Associação Paulista Central, esteve presente, acompanhado pelo pastor Do-mingos Sousa, presidente da Igreja Adventista para o Estado de São Paulo.

As novidades foram o lançamento da revista Nosso Amiguinho em inglês e a nova edição do livro “O Grande Con-flito”, best-seller escrito por Ellen White. Segundo Paulino, todas as coleções vendidas este ano deverão ter esse livro. Já a revista será disponibilizada para assinatura em escolas, bibliotecas e também para os pais adquirirem como opção de presente e conhecimento para os filhos.

Retiro Espiritual

PUBLICAÇÕES

Setor de publicações lança campanha para estimular o empreendedorismo

Empreendedoresda Esperança

Page 14: Revista Comunhão e Ação - Nº22

14 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

A palavra “mobilização” foi usada pela primeira vez, em um con-texto militar, para descrever a

preparação do exército da Prússia – hoje parte da Alemanha – nas décadas de 1850 e 1860. A origem da palavra vem do latim, mobilis, algo como “o que pode mudar de lugar”. Coube ao general Carl von Clau-sewitz, considerado o pai da estratégia, dar um contexto inusitado à mobilização de soldados para seguir ideias e táticas militares tidas como novidade até então.

De lá até hoje, a mobilização popular saiu das trincheiras para conquistar co-rações e mentes de líderes de toda a espé-cie, dispostos a reunir gente em torno de suas ideias e planos. Foi esta a motivação que levou a Associação Paulista Central a criar o Instituto para a Mobilização de Pessoas.

Idealizado pelo pastor Silvano Barbosa, o Insti-tuto tem como principal meio de treinamento a re-vista Foco na Pessoa. Ela traz conteúdo sobre como inspirar pessoas a aderi-rem a ideias e projetos. Líderes interessados em obter sucesso na mobili-zação de pessoas em torno de um programa eclesiás-tico têm a chance de am-pliar as estratégias ao assi-nar o periódico, que trará conteúdo com os maiores pensadores e estrategistas da Igreja Adventista no Brasil e no mundo.

“Qualquer que seja o projeto, qual-quer que seja a ideia, é preciso pessoas para que aconteça. Esse é o objetivo, le-var as pessoas a refletirem sobre como reunir fiéis em torno de ideias para o crescimento da Igreja ou dos projetos eclesiásticos”, disse Barbosa.

LançamentoO lançamento oficial do Instituto e da

revista multimídia Foco na Pessoa acon-teceu em maio. A iniciativa foi apresen-tada para pastores de diversas cidades de São Paulo e também de outros estados. Antes mesmo do lançamento, cerca de 3 mil líderes já realizaram a assinatura da publicação.

Além da revista, um portal disponi-biliza vídeos contendo entrevistas com os autores dos textos. Mídias sociais tam-bém ajudam a divulgar os conteúdos e manter os assinantes atualizado sobre os temas das próximas edições.

Foco naPessoa

MOBILIZAÇÃO

Paulista Central lança Instituto para Mobilização de Pessoas

Para ter assinaturas e acesso ao conteúdo multimídia, basta visitar o site: www.foconapessoa.com.br

Oração de dedicação da revista Foco na Pessoa

Page 15: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 15

O Sistema Adventista de Educa-ção na região central de São Paulo demonstrou senso mis-

sionário ao participar da campanha A Grande Esperança. A mobilização, que aconteceu no dia 19 de maio, envolveu diretores, coordenadores e servidores das escolas. Eles se reuniram em Cam-pinas para entregar 7 mil exemplares da publicação de casa em casa, em dois bairros da cidade.

“Educação é redenção, e com esta campanha todos da Educação Ad-ventista podem participar da parte prática da pregação do Evangelho”, disse Juliano Ferreira de Melo, diretor do Colégio Adventista de Paulínia. A opinião foi compartilhada pela coor-denadora do Colégio de Rio Claro, Eliza Medeiros, que expressou sua

expectativa com a campanha. “Espero encontrar pessoas que já tenham sido preparadas pelo Espírito Santo para receber este livro”, declarou.

Em menos de três horas, os edu-cadores entregaram os livros para as famílias de Campinas. A ação deixou lições para os voluntários. “Um senhor me atendeu e disse que estava esperan-do esse livro”, surpreendeu-se Marlene Lehr, diretora do Colégio Adventista de Campinas. Para Jediel Unglaub, lí-der da Educação Adventista na Paulis-ta Central, a escola demonstrou estar integrada ao projeto que envolveu fiéis adventistas em todo o país. “Levar uma mensagem de esperança. Isso motivou esses educadores a deixar o livro que traz essa mensagem nas casas de Cam-pinas”, enfatizou Unglaub.

EDUCAÇÃO

Educadores participam da campanha A Grande Esperança

SENSODE MISSÃO

Page 16: Revista Comunhão e Ação - Nº22

16 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

A HORA CERTA DECOMPRAR O CARROPuxada pelo calote no financiamento de ve-

ículos, a inadimplência de consumidores e empresas em instituições financeiras vol-

tou a crescer e atingiu 6% em maio, a maior da sé-rie histórica do Banco Central, iniciada em junho de 2000. (Folha de São Paulo, pg A5, 27/06/2012).

O financiamento de veículos é um dos maio-res responsáveis, senão o maior, pelo descontrole financeiro da maioria dos brasileiros. Portanto, é de suma importância não se precipitar na deci-são de comprar um veículo antes de se fazer as devidas contas.

Com tanta facilidade no mercado, como sa-ber quando é a hora certa de comprar um carro?

Com a economia aquecida e as facilidades de crédito, comprar um carro tornou-se um sonho possível para muita gente.

No entanto, a realização deste sonho pode tra-zer um pesadelo, que é o descontrole financeiro. Quem não tem o hábito de controlar as finanças di-ficilmente perceberá o que representa uma compra dessa natureza, com parcelas altas e duradouras.

Com os financiamentos alongados, chegando até a cinco anos, o que fica na cabeça das pessoas é que o custo do veículo será a prestação mensal. É um erro desconsiderar, por exemplo, o custo de manutenção do veículo. Muitas vezes, esse custo será superior à parcela do financiamento.

Além disso, existirão despesas que incluem combustível, seguro, IPVA, manutenção, esta-cionamentos, lavagem e eventualmente multas. Quando colocamos isso no papel, veremos que o

carro será responsável por grande parte do orça-mento, todos os meses. Há muito tempo já se diz que ter um carro é ter as despesas de uma família.

Algumas dicas- Durante uns três meses, poupe o equivalente

a 1,5 o valor da parcela e veja como você conse-guiu sobreviver nesses meses;

- Dê no mínimo 40% de entrada;- Compare taxa de juros;- Leve em consideração o preço das manuten-

ções da garantia do carro;- Faça uma pesquisa sobre a manutenção do

carro, como exemplo: preço de pneus, amortece-dores, etc.

- Na escolha da cor do carro, opte por cores sóbrias, dependendo da cor o carro já fica desva-lorizado;

- Não deixe de pechinchar nunca.A decisão de adquirir um carro próprio deve ser

muito bem pensada. Controle sua ansiedade e es-pere um pouco mais, forme uma reserva financeira isso o ajudará a manter o equilíbrio financeiro.

Ter um veículo é muito bom, porque traz co-modidade para as pessoas. Entretanto, é muito melhor ter o domínio do dinheiro, e fazer a com-pra dentro de um planejamento que ajudará a des-frutar deste sonho.

Saúde FinanceiraPastor Hugo Quiroga

Page 17: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 17

Os adventistas do sétimo dia, que somam mais de 18 milhões de fiéis em todo o mundo, querem ressaltar a importância

da leitura diária da Bíblia. Essa prática faz parte da comunhão diária com Deus. Sabendo disso, foi criado o projeto Reavivados por Sua palavra: uma viagem de descobrimento e consagração através da Bíblia. Cada dia, um capítulo da Bíblia Sagrada.

plano começou no dia 17 de abril de 2012 e vai terminar em 2 de julho de 2015, quando os adven-tistas realizam sua assembleia mundial na cidade de San Antonio, nos Estados Unidos.

Ao mesmo tempo, Reavivados por Sua Palavra é um movimento que une a igreja ao redor do mesmo propósito, apesar de tão dividida por países, idiomas, etnias e culturas. Conforme o pastor Erton Köller, líder da Igreja Adventista para oito países da Améri-ca do Sul, “a unidade da igreja é pré-requisito para o derramamento do Espírito Santo por meio da chuva

serôdia.” Essa seria uma forma de unir ainda mais os fiéis em torno do principal propósito da Igreja: a vol-ta de Jesus.

E a repercussão do “Reavivados por sua Palavra” não se limita ao meio adventista. Vários adeptos de redes sociais como o Twitter postam tweets diários com comentários sobre os capítulos sugeridos para meditação. Dessa forma, aconteceu de forma espon-tânea a divulgação do projeto entre os internautas. A hastag usada #rpsp (Reavivados por Sua Palavra) ficou vários dias durante o mês de julho no Trend Topic Brasil, considerado o medidor oficial dos as-suntos mais populares entre os tuiteiros brasileiros.

Reavivadospela Palavra

DEVOÇÃO

Projeto Reavivados por Sua Palavra: Uma viagem de descobrimento através da Bíblia

Quem quer fazer parte desse plano de leitura pode encontrar mais informações no site www.reavivamentoereforma.com.

Page 18: Revista Comunhão e Ação - Nº22

18 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

Uma ação ousada. Distribuir 1,7 milhão de livros em pouco mais de 1 ano em todas as residências de 81 cidades, sendo uma delas a maior cidade brasileira que não é capital. Os números traduzem uma tarefa que parece nada fácil. Se a missão fosse concentrada em apenas um ano, seria preciso entregar mais de 4,6 mil livros por dia. Para dar

conta disso, cada um dos 28 mil fiéis representados pela associação deveria distribuir uma média de 60 livros.

O livro missionário de 2012, “A Grande Esperança”, é uma edição condensada de 11 capítulos do livro “O Grande Conflito” – best-seller escrito em 1858 por Ellen White que descreve o conflito cósmico entre as forças do bem e do mal e o futuro da humanidade. A mensagem atual e intrigante da obra possibilitou uma boa receptivi-dade da população.

ESPERANÇAIMPACTO

ESPECIAL

Page 19: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 19

Page 20: Revista Comunhão e Ação - Nº22

20 | Revista Comunhão e Ação - set-nov 2011

“Um livro em cada casa, e final-mente vamos para a casa”. As palavras do pastor Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista para a América do Sul, despertaram a vocação missioná-ria de fiéis presentes ao lançamento da campanha “A Grande Esperança” na Associação Paulista Central. O líder fa-lou em setembro de 2011 para mais de 10 mil adventistas que lotaram cerca de duas centenas de ônibus e se dedicaram durante o dia inteiro a um estado de prontidão para o desafio missionário. Em outubro, começaram as primeiras entregas do livro missionário.

A jornada sinalizava um esforço evangelístico fora do comum. Mas nesse momento os fiéis e voluntários deram a primeira resposta de que acei-tam sair de casa em casa, entregando livros e falando de esperança para o mundo. “O mundo está caindo vio-

lentamente, e a Igreja está levantando poderosamente”, disse o pastor Erton Köhler, uma aliteração que caiu no gosto do auditório e foi imediatamente repetida em perfis de mídias sociais.

O pastor Oliveiros Ferreira, presi-dente da Associação Paulista Central, conclamou os presentes a não obser-varem a disseminação dos livros como um fim em si. “O nosso desafio não será apenas distribuir os livros, mas envolver a Igreja em um grande pro-jeto missionário. É um trabalho para a vida inteira”, disse Oliveiros.

As primeiras distribuições come-çaram logo após o evento, já nos meses de outubro e novembro de 2011. Vo-luntários se juntaram a fiéis de Jaú, Pi-rassununga, Leme, Mococa, São João da Boa Vista, Socorro e Itatiba, para distribuir livros missionários nestas cidades. Espírito Santo do Pinhal, Ita-pira, Campo Limpo Paulista, Várzea Paulista e Cabreúva também foram al-cançadas nesta primeira etapa. Até fi-nal do ano de 2011, foram distribuídos cerca de 470 mil exemplares.

LANÇAMENTO DO PROJETO

A primeira arranca-da massiva de distribui-ção do livro ocorreu em 01/10/2011. Neste dia ti-vemos o primeiro exército de voluntários, que conti-nuaram trabalhando até o final de fevereiro de 2012. 1 milhão de lares foram vi-sitados com o livro.

DIA “D”

Page 21: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - set-nov 2011 | 21

A distribuição aconteceu em diversas ci-dades da Paulista Central desde 2011, mas a mobilização internacional marcava o dia 24 de março como a data oficial para a entrega do livro. Foram deixadas para essa fase do projeto algumas das cidades mais populosas da região central do Estado de São Paulo.

Para aumentar a repercussão da campa-nha, a liderança da Paulista Central se preo-cupou em promover a campanha A Grande Esperança para a população de forma massi-va. No dia 19 de março, teve início uma cam-panha publicitária.

O planejamento de mídia repercutiu a distribuição do livro através de outdoors, busdoors e divulgação nas principais emis-soras de rádio e televisão, além de jornais da região. A campanha na televisão começou na tarde do dia 19, com propagandas divulga-das em intervalos da programação da EPTV, emissora filiada à Rede Globo.

24 DE MARÇOO vídeo produzido para televisão teve

elementos que remetiam ao impacto missio-nário realizado em 2009, na cidade de Cam-pinas. A arte fez referência a esta campanha, um marco que trouxe resultados satisfatórios de evangelização.

A propaganda foi veiculada em mídias diversas até o fim de abril, aproveitando para promover a campanha evangelística que aconteceu durante a Semana Santa. “É um esforço que fizemos para motivar os fiéis nes-ta campanha histórica”, disse o pastor Olivei-ros Ferreira, presidente da Paulista Central.

E a campanha surtiu o efeito que a lide-rança esperava. Só no dia 24 de março , 20 mil voluntários visitaram cerca de 800 mil famílias, deixando um exemplar do livro missionário em cada residência. Em algumas cidades, o número de fiéis não foi suficiente para atender a demanda de visitas progra-madas. Para isso, tiveram que contar com a ajuda de voluntários adventistas de outras ci-dades. Um exemplo foi Americana. No final do ano passado, os fiéis dessa cidade auxilia-ram a distribuição em Jaú. Quando foi a vez de Americana realizar a visitação dos lares, receberam o apoio das congregações de Jaú.

Page 22: Revista Comunhão e Ação - Nº22

22 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

Desde o início do projeto, a intenção da liderança da Paulista Central era não somente distribuir livros, mas realizar um projeto missionário. Para aumentar o retorno dos leitores do livro, foi criada uma ferramenta online. O site Promoção da Esperança foi desenvolvido para atender aos interessados após a leitura do A Grande Esperança. Além da interação, os leitores que enviarem suas avalia-ções concorrem a prêmios. “Queremos interagir com as pessoas que já leram o livro missionário e desejam ampliar o relacionamento com a Igreja”, disse Lemes.

Além da pesquisa, a Paulista Central vem trabalhando com a campanha Promoção da Esperança. Através de ca-dastros em um site (www.promocaodaesperanca.com.br), as pessoas podem solicitar estudos da Bíblia ou fazer pedi-dos de oração. O site vai sortear um tablet para as pessoas que acessarem o canal.

Até agora, cerca de 2 mil pessoas já entraram em con-tato com a Igreja através deste serviço. Os ministérios res-ponsáveis pelo evangelismo estão organizando forças para acompanhar cada uma das solicitações.

Apesar do sucesso da campanha, o pastor Lemes anunciou que a Igreja adotará outras iniciativas missioná-rias. “A Promoção da Esperança é um serviço para aqueles que têm acesso a internet, o que representa cerca de 40% dos fiéis”, declarou.

Outro projeto ainda em estudo será uma campanha que terá como meta presentear com o DVD missionário O Grande Conflito, do pastor Luís Gonçalves, cada família alcançada pelo livro. O pastor Oliveiros Ferreira sinalizou sobre a possibilidade da campanha. Para ele, o esforço é necessário, uma vez que o livro despertará o interesse pelo estudo da Bíblia em muitas famílias. “A Igreja precisa estar preparada para acolher pessoas de culturas e classes sociais diferentes, alcançadas pela mensagem do livro A Grande Esperança”, salientou Ferreira. Ele comemorou os resulta-dos da campanha e a mobilização dos fiéis para a concreti-zação desse grande desafio missionário.

Mas o trabalho dos voluntários não terminou no dia 24 de março. Várias congregações optaram por realizar a dis-tribuição em outras datas. Esse foi o caso de Jundiaí. Uma das maiores cidades do Estado de São Paulo, possui cerca de 370 mil habitantes e Produto Interno Bruto superior a 15 bilhões de reais. Sua força econômica o coloca à frente de 14 capitais. É o 15º mais populoso e a 5ª cidade com melhor qualidade de vida em todo o país. Os indicadores sociais, a estrutura urbana vertical e a riqueza transformaram o mu-nicípio em um dos maiores desafios da Igreja Adventista, que se esforça para evangelizá-lo. A tarefa ganhou o reforço de uma multidão de alunos e estudantes do Centro Univer-sitário Adventista de São Paulo (Unasp), que saiu em cara-vana de Engenheiro Coelho para entregar, no sábado 31 de março, um livro em cada casa nas ruas e bairros da cidade.

A mobilização foi cercada de cuidados. Para fazer pre-valecer um projeto missionário tão ambicioso, os líderes determinaram uma comitiva com 41 ônibus e vários car-ros. Foram quase 2 mil pessoas envolvidas na ação. Até um helicóptero ajudou na logística e promoção.

Por volta de 13h, a caravana chegou em Jundiaí. Muni-dos de mapas e guiados por funcionários da universidade e pastores, os voluntários tomaram conta das ruas. Em menos de três horas, os fiéis venceram o desafio de entregar um li-vro em cada casa. Foram mais de 72 mil exemplares entre-gues gratuitamente na cidade. Nem mesmo o sol forte impe-diu o entusiasmo dos estudantes na ação missionária. Aluna de Pedagogia, Andrea Ramos visitou uma rua e entregou A Grande Esperança em cada residência. Em uma delas, sur-preendeu-se com o entusiasmo com que um morador acei-tou o livro. Uma vizinha, com quem o homem conversava, também pediu e recebeu uma cópia. “A impressão que tive é que essas pessoas já estavam esperando pelo livro”, disse.

O esforço dos voluntários começou a dar resultado em Jundiaí poucas horas após a distribuição. Segundo o pas-tor Steverson Lemes, diretor de Ministério Pessoal da As-sociação Paulista Central, cerca de 20 pessoas entraram no site Promoção da Esperança, um canal de relacionamento divulgado em um folder que foi entregue junto com a li-teratura. Além de avaliar a obra, puderam solicitar visitas pastorais ou estudos da Bíblia.

UNIVERSITÁRIOS

PÓS – ENTREGAENGAJADOS

Page 23: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 23

PRIMÍCIASA visitação realizada pelos voluntários começou em outubro de 2011. Do início da campanha até esse momento, várias

pessoas estão despertando para uma nova vida ao lado de Deus através da mensagem do livro A Grande Esperança. E essas são algumas das histórias de vidas transformadas.

O esforço começou a apresentar resultados cedo. Mococa, a 270 quilômetros da capital paulista, foi uma das primeiras cidades a receber os exemplares do livro missionário. Lúcia Helena recebeu a visita de um voluntário em sua casa. Ela concluiu que a ação era uma resposta a sonhos que vinha tendo sobre o rumo de sua vida espiritual.

Lúcia leu o livro duas vezes naquele mesmo final de semana, e convenceu-se de que a mensagem dele era uma expressão da verdade divina. “Essas pessoas que se dedicam a entregar esses livros são como anjos de Deus na terra”, disse.

LÚCIA HELENA

Sheyla Guimarães mora em Mineiros do Tietê, que fica a 295 quilômetros de São Pau-lo. Ela encontrou através do livro A Grande Esperança o verdadeiro Deus, o qual buscava fazia 5 anos. Quase seis meses se passaram desde que recebeu a literatura em sua caixa de correio, até descobrir que o livro fazia parte de uma campanha promovida pela Igreja Ad-ventista. A leitura trouxe estímulo para o estudo da Bíblia durante esse período de procura por uma congregação adventista.

Foi a missionária voluntária Rosana Valentim Ferreira, fiel adventista há 14 anos, que entregou o livro a Sheyla. Ao se encontrarem, a emoção das duas famílias ficou evidente. “Sempre pedi para que Deus me usasse para cumprir o Seu trabalho. O que aconteceu com Sheyla é sinal de que o Espírito Santo está agindo para salvar pessoas.” Foi um momento de muita emoção para mim”, afirmou Rosana.

SHEYLA GUIMARÃES

Em outubro de 2011, fiéis adventistas de Casa Branca, município com menos de 30 mil habitantes, a 230 quilômetros da capital, visitaram cada bairro para entregar o livro A Grande Esperança, de casa em casa. A secretária Kátia Mendonça Consul de Lima não estava em casa no dia da visita. O exemplar foi deixado por baixo do portão. Uma cadela da raça pitbull, criada por Kátia, pegou a publicação e levou para o fundo do quintal.

O livro foi encontrado dias depois. Dilacerado, com páginas caindo, sujo, faltando um pedaço, A Grande Esperança foi acolhido por Kátia, que leu a obra inteira no mesmo dia. Kátia era religiosa, mas somente com a leitura do livro se aprofundou no estudo das Es-crituras Sagradas. “Foi tudo maravilhoso. Eu estava procurando Deus, mas Ele, pelo jeito, estava procurando muito mais a mim. Minha cachorra poderia ter comido o livro todo, mas graças a Deus isso não aconteceu”, analisa Kátia.

KÁTIA MENDONÇA

Vá até a sessão Interativo (pág. 38) e encontre os links dos testemunhos na íntegra.

Sheila e Rosana

Page 24: Revista Comunhão e Ação - Nº22

24 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

EVANGELISMO

DISCIPULADOAcontece a cada sábado, no horário da escola sabatina durante os 5 últimos minutos.

Serão disponibilizadas aulas para os fiéis pela internet através do Elo Digital, projeto de ensino virtual que será lançado em breve pela Paulista Central.

Serão formadas as “Duplas Comunhão e Ação Multiplicadoras”.

Projeto Oração Intercessora “Janela 7X7”- Orar 7 dias por semana;- Por 7 pessoas;- Orar no mínimo 7 minutos;- Enviar uma carta avisando sobre sua intercessão;- Convidar para uma refeição;- Convidar para o pôr-do-sol;- Convidar para classe bíblica

“Filhos e Filhas na Fé”Cada novo batizado deverá ser adotado por um pai espiritual. Na ce-

rimônia, tanto o batizado quanto o responsável receberão certificados.

Durante encontro realizado com lideranças sul-americanas, este ano, em São Paulo, o pastor Ted

Wilson, líder mundial da Igreja Adventis-ta, conclamou fiéis a trabalharem pela sal-vação de moradores dos grandes centros urbanos. “Conforme a Bíblia, Jesus Cristo chorou pelas grandes cidades antes de ser crucificado”, comentou. “Ele fez isso por causa das pessoas. E você, já chorou pelas grandes cidades?”, finalizou Wilson.

O projeto de evangelismo das gran-des cidades deve prevalecer no calendário adventista para este restante de 2012 e du-rante 2013. Na América do Sul, o desafio será impactar mais de 80 grandes centros metropolitanos. A campanha não carac-terizará um grande evento, nem uma ação pontual, mas será um projeto permanente através de várias frentes, envolvendo o uso integrado da mídia, trabalho com jovens, agenda social, pequenos grupos, igrejas que são testemunhas nas cidades, além da obra médico-missionária.

Pastor Wilson enfatizou que todas es-sas ações não terão qualquer valor se “as pessoas não conhecerem Aquele que é a razão de tudo isso existir”.

Campinas será uma das cidades paulis-tas contempladas pela campanha. A Asso-ciação Paulista Central reuniu os pastores no mês de agosto para apresentar o projeto “Esperança para as Cidades – Comunhão e Ação”. O principal objetivo do programa será a fidelização de duplas missionárias em determinadas quadras, que serão sem-pre de sua responsabilidade.

Acompanhe as principais etapas do projeto “Esperança para as Cidades – Co-munhão e Ação”.

ESPERANÇA PARA AS

PLANTIO DE IGREJAProjeto “Plantando e Cultivando Igrejas”

Plantio de novas congregações e redução do espaço ocioso nas igrejas

Capacitação da liderança através da Jornada COMUNHÃO E AÇÃO

Será escolhido uma pessoa para fortalecimento do Ministério Pessoal e Escola Sabatina do distrito. Trabalhará diretamente com o pastor e o líder de Ministério Pessoal da Associação.

Page 25: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 25

EVANGELISMOMínimo três classes bíblicas por igreja permanente

Serão realizadas 3 semanas de colheita durante o ano em cada distrito

Incentivar cada unidade da Escola Sabatina a reunir-se como um Gru-po Comunhão e Ação. Projeto “Conquistadores em Ação”.

Projeto “Igreja Aberta”Manter o maior tempo possível as portas abertas de igrejas estraté-

gicas para atender as necessidades sociais e espirituais da comunidade.

GRANDES CIDADES

IMPACTOImpacto Campinas 2.0

Dividir a cidade de Campinas em quadras. São cerca de 19 mil quadras, média de 4 pessoa. As duplas participarão de uma cerimônia onde mar-carão seus pés no mapa, simbolizando que aquelas quadras serão de sua responsabilidade missionária.

Distribuição de 1 DVD em cada casa do campo.

Caravanas Impacto Comunhão e Ação nas igrejas

Pr. Steverson Lemes: “Em 2013, plantio de igreja, discipulado, evangelismo e rela-cionamento serão formas de alcançar as grandes cidades

Page 26: Revista Comunhão e Ação - Nº22

26 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

Nossa declaração de missão como igreja afirma que “a missão da Igreja Adventista do Sétimo Dia é fazer discípulos de todas

as nações, comunicando o Evangelho Eterno no contexto das mensagens dos três anjos de Apoca-lipse 14:6-12, convidando-as a aceitar a Jesus como seu Salvador pessoal e unir-se à Sua Igreja rema-nescente, instruindo-as para servi-lo como Senhor e preparando-as para Sua breve volta”[1].

Estima-se que haja “mais de 33.830 denomi-nações cristãs em nosso planeta” [2]. Além des-tas subdivisões, há várias filosofias fortes que têm penetrado no meio do cristianismo e da sociedade, causando uma grande resistência ao Evangelho. Tendo em vista essas informações, a pergunta que precisa ser respondida é: Como alcançar todas as nações, tribo, línguas e povos com o Evangelho Eterno?

Para pregar a tríplice mensagem de Apoca-lipse para todas as pessoas, a Igreja precisa tor-nar-se relevante. Thom e Sam Rainer, no livro “Igreja Essencial” (Essential Church) apresentam sete sinais de declínio das igrejas: “Diluição da doutrina, perda da paixão evangelística, falha em ser relevante, poucos ministérios voltados para os de fora, conflitos e preferências pessoais, priorida-de no conforto e analfabetismo bíblico”. [3]

Ser relevante é um sinal de vida e crescimento da igreja. É dar uma resposta bíblica aos sistemas filosóficos. É agir. Vamos sintetizar aqui algumas das principais filosofias de hoje para entender-mos melhor como podemos ser relevantes:

a) Pós-modernismo: aponta para crenças, regras, comportamentos e verdades flexíveis. Não há absolutos;

b) Pluralismo: a pluralidade de crenças e doutrinas são opções para chegar ao conheci-mento de Deus;

c) Relativismo: o homem determina o seu critério de verdade, baseado na sua formação cultural, religiosa e social. O que é verdade para uma pessoa pode não ser para outra;

d) Secularismo: exclui a religião de todos os sistemas, como governos e escolas. É uma filoso-fia em que a religião deixa de ser importante.

Diante desses desafios, a Igreja deve se adaptar ao tempo e ao lugar em que atua, sem abrir mão dos princípios e trabalhar da seguinte forma:

1) Desenvolver um programa que leve os mem-bros a testemunhar de sua vida espiritual, pois muitos desses sistemas valorizam a espiritualidade;

2) Ser relevante. Atuar nas necessidades das pessoas, demonstrar interesse sem proselitismo;

3) Chegar a cada lar, a cada família com con-teúdo bíblico, como por exemplo, um livro A Grande Esperança;

4) Criar um ambiente de comunidade em cada congregação, onde as pessoas se importam umas com as outras;

5) Desenvolver um púlpito forte, com prega-ção bíblica sólida que vá ao encontro de todos os tipos de pessoas, adaptando-se à cultura e às es-truturas locais.

Pregar o Evangelho eterno e ser relevante é um imperativo de Deus para sua Igreja, pois o tempo é curto. Como líderes, oficiais e mem-bros da Igreja compreendemos que o tempo em que vivemos é desafiador para a proclamação do Evangelho eterno, mas Deus promete capacitar--nos e nos dar êxito nesse trabalho.

[1] Regulamentos Eclesiástico-Administrativos, p. 48.[2] NORTON, Ricardo. Como Alcançar o mundo hoje. p. 8.[3] RAINER, Thom e RAINER, Sam. Essential Church. pp. 16-19.

MODERNOSMISSÃO E DESAFIOS

Princípio de CrescimentoPastor Emmanuel Guimarães

Page 27: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 27

A campanha A Grande Esperança ganhou um reforço inusitado de promoção este ano. A Associa-

ção Paulista Central transmitiu, ao vivo em seu canal na internet, uma série de mensagens espirituais e orientações para o impacto evangelístico. Apresentado pelo pastor Oliveiros Ferreira, presiden-te da Paulista Central, o programa foi gravado desde Jardim Eulina, bairro de Campinas, SP, e se chamou Semana Co-munhão e Ação Online. Durante a sema-na em que foi transmitido, contou com mais de 900 acessos individuais.

Fiéis ainda assistiram a reprises do programa, no canal de vídeo da insti-tuição. As mensagens iam ao ar das 19h às 19h20, sempre antes da Semana de Mordomia.

Na primeira noite, o pastor Ferreira abordou o livro do Apocalipse para re-fletir sobre dois tipos de mídia: uma que se sobrepõe aos valores éticos e morais e

outra que apresenta um futuro diferente para a humanidade. “É a mídia celestial, que, diferente da mídia ‘dragônica’, pro-cura recuperar no homem a imagem do Criador”, disse o líder.

Ele aplicou na mensagem o livro A Grande Esperança como um exemplo de mídia a ser apresentado ao mundo pelos cristãos. A Grande Esperança é uma ver-são condensada do livro O Grande Con-flito, principal obra da escritora Ellen White, que apresenta o futuro do mundo num contexto de conflito entre forças do bem e do mal.

O pastor Oliveiros Ferreira ainda fa-lou sobre jejum e oração como prepara-ção para a campanha missionária. Ao fa-lar sobre jejum, enfatizou a campanha da Igreja Adventista na América do Sul, que ocupará o dia 10 de março como uma data para jejum e oração.

Nas noites seguintes, o líder da Asso-ciação Paulista Central ainda apresentou

dicas para que os fiéis tenham sucesso na abordagem das famílias para a entrega do livro. A meta é distribuir 1,2 milhão de livros na região central de São Paulo. An-tes, mais de 500 mil exemplares já foram distribuídos, em 53 cidades, nos meses de outubro e novembro do ano passado.

Durante as transmissões, o pastor Oliveiros Ferreira interagiu com pesso-as de vários estados brasileiros, como Roraima, Sergipe e São Paulo. Ele res-pondeu perguntas e recebeu incentivo pela iniciativa.

As transmissões online foram bem avaliadas pela liderança da Igreja. “Es-peramos que a partir de agora esta ferra-menta seja utilizada com mais frequência para conversar com os irmãos e apresen-tar projetos e informações de nosso terri-tório”, ressaltou pastor Ferreira.

MINISTÉRIO HIGH TECH

TECNOLOGIA

Com transmissões ao vivo e uso dinâmico da web, campanha A Grande Esperan-ça mobiliza fiéis e supera expectativas

Transmissão de cultos na web: mil conectados

em uma semana

Page 28: Revista Comunhão e Ação - Nº22

28 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

MINISTÉRIO DO ADOLESCENTE

Congressos estimulam crianças e adolescentes paulistas para o evangelismo

Orações, louvor, mensagens espiri-tuais e muitas decisões. Tudo isto aconteceu em eventos que reuni-

ram mais de 2500 participantes paulistas. Mas se você pensa que foram programas para oficiais, mulheres ou líderes de de-partamentos, você está enganado. Os en-contros promoveram mais comunhão com Deus entre crianças e adolescentes.

Com o tema “Sou um Josué”, o evento aos adolescentes de 13 a 17 anos mostrou de forma clara e dinâmica a vida de fé e coragem do personagem bíblico. Enquan-to isto, crianças de 7 a 12 anos aprenderam que tamanho não é documento e que elas podem sim, ter atitudes tão grandiosas como teve o menino Davi ao encarar o gi-gante Golias. Os eventos às crianças e aos adolescentes aconteceram simultaneamen-te e em duas sessões.

Uma parte do evento aconteceu no sá-bado 14 de abril, no Unasp campus Hor-tolândia. Lá os programas reuni-ram cerca de

1200 participantes do interior paulista. Só a Associação Paulista Central, sede admi-nistrativa da Igreja Adventista para a re-gião central de São Paulo, teve 230 crianças e 220 adolescentes inscritos. A procura foi tão grande que foi criada uma lista de espe-ra, caso alguém desistisse de ir ao evento. A outra parte ocorreu no domingo dia 15, em São Paulo, nas dependências da Igreja e da Escola Adventista do bairro Liberdade.

Os eventos tiveram públicos e temas diferentes, com o objetivo de promover mais espiritualidade e comunhão com Deus e prepara-los para a missão. Para isto os participantes foram desafiados a realizar projeto de oração intercessora, leitura diá-ria da Bíblia, duplas missionárias, a arte da pregação, entre outras.

A professora Sonia Rigoli, organizado-ra dos eventos, destaca a importância de apresentar modelos para

as crianças. Cada projeto pretende tornar Davi e Josué exemplos de fé e persistência.

Os planos da Paulista Central para essas faixas etárias pretendem, além de programações que já existem como o Ado-lecamp, quando é realizado um retiro espi-ritual voltado para o público adolescente, realizar outros programas que terão como objetivo preparar os coordenadores. A lí-der para a região central paulista dos mi-nistérios da criança e do adolescente, Irene Lisboa, destaca o gosto que já existe nessas faixas etárias pela causa de Deus e a impor-tância disso para o futuro da igreja: “Que-remos que os professores e coordenadores consigam manter isso com eles conforme eles forem crescendo, para que essas crian-ças venham a se tornar novos líderes”.

Page 29: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 29

Page 30: Revista Comunhão e Ação - Nº22

30 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

FOCO NA MISSÃOConvenção de evangelismo jovem e Missão Calebe evidenciam força missionária da juventude

MINISTÉRIO JOVEM

Qual deve ser o objetivo do jovem cristão na atualidade? Essa e outras perguntas foram respondidas na Con-venção de Evangelismo Jovem, realizada em abril no

Unasp (Centro Universitário Adventista de São Paulo), Cam-pus Engenheiro Coelho. O encontro teve como objetivo capa-citar, instruir e motivar a juventude para o desafio missionário de batizar mil pessoas em 2012.

Logo no início, todos estavam reunidos no mesmo auditó-rio, onde foram apresentadas músicas pelos quartetos Athus e Vox. O grupo Perspectivas Brasil apresentou encenações que levaram os jovens a refletirem sobre a importância de ter uma vida baseada na confiança em Deus.

Palestras e oficinas mostraram como trabalhar o evange-lismo de diversas maneiras. O uso das redes sociais e de artes cênicas foram algumas das áreas mais procuradas. Assim cada jovem pode usar seus dons e capacidade, apresentando o Evan-gelho de uma maneira atrativa e diferenciada.

JOVENS NA MADRUGADAOutro projeto que teve destaque foi a Madrugada Turbo+. O

pastor Decival Novaes, líder de Mordomia Cristã da Associação Paulista Central, sede administrativa da Igreja Adventista para a região central de São Paulo, incentivou a missão evangelística e estimulou o encontro diário com Deus. “Para que a igreja cresça é importante a participação do líder jovem no evangelismo, mas para isso é necessário entregar os seus planos nas mãos de Deus, amanhecendo aos pés de Jesus”, disse Novaes. Também mostrou que esse ano a meta da Paulista Central é aumentar o número de pessoas buscando a Deus nas primeiras horas do dia.

Durante a tarde, um grupo de 50 jovens não participou das palestras. Não foi por falta de vagas ou interesse. Eles partici-param da entrega do livro A Grande Esperança no bairro de Martinho Prado, na cidade de Conchal. Em quase duas horas, mais de mil famílias receberam a literatura. No retorno, ainda

Page 31: Revista Comunhão e Ação - Nº22

no evento, puderam repartir com os demais parti-cipantes a alegria de realizar essa atividade.

Para a estudante Juliana Vieira, essa foi uma ótima oportunidade para aprender mais sobre como um jovem cristão deve ser e como deve estar envolvido com os assuntos de Deus. Ela pretende incentivar os fiéis de sua congregação, na cidade de Rio Claro, a orar todos os dias por amigos e fa-miliares.

OBJETIVOS ALCANÇADOSO líder do Ministério Jovem da Paulista Cen-

tral, pastor Alceu filho, falou sobre a importância de eventos cujo interesse é promover a capacitação e motivação da juventude, para não só evangeli-zar, mas também receber todos os interessados em estudar a Bíblia, frutos da entrega do livro missio-nário A Grande Esperança. O objetivo é incenti-var o jovem a ser um evangelista. “Esse é o ano da liderança, nossa proposta é que o jovem assuma o desafio de evangelizar outros jovens e para isso apresentamos as ferramentas”, declarou.

MISSÃO CALEBE Na região central de São Paulo, a juventude

adventista dedicou o mês de julho para a Missão Calebe – campanha que estimula estudantes a tro-carem as férias por projetos sociais e missionários.

“No ano passado, tivemos o envolvimento de mais de 800 jovens, com resultados surpreenden-tes”, disse o líder da juventude na Paulista Central. Segundo ele, em todo o Estado de São Paulo, cer-ca de 2 mil jovens fizeram parte da Missão Calebe este ano. Segundo ele, em todo o Estado de São Paulo, cerca de 2 mil jovens fizeram parte da Mis-são Calebe.

“Tivemos resultados animadores. Em Rio Cla-ro, 85 pessoas foram batizadas. Em Araras, os ca-lebes deixaram 1.403 pessoas estudando a Bíblia, e tenho recebido informações de pessoas que têm tomado decisão pelo batismo ainda hoje, mais de 6 meses depois da ação da juventude”, disse o pastor Alceu Filho.

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 31

Page 32: Revista Comunhão e Ação - Nº22

32 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

Mais uma cidade paulista possui oficialmente presença adven-tista. No dia 21 de julho foi

inaugurado o primeiro templo adven-tista na cidade de Torrinha, distante 262 quilômetros da capital São Paulo.

Todo o trabalho de construção e acabamento do prédio foi realizado no período de 24 dias. Grande parte da mão-de-obra foi executada em forma de mutirão por voluntários e estudantes da Missão Calebe.

Mas não foi só o prédio novo a obra que 40 pessoas fizeram em Torrinha. Eles também foram responsáveis pelos primeiros contatos e visitas para deze-nas de interessados e a ministração de cursos bíblicos. A população também foi convidada a participar de um en-contro especial que ocorria a cada noite, onde eram realizados estudos da Bíblia. O mais interessante era que as reuniões ocorriam no prédio do então futuro templo, mesmo sem paredes totalmente levantadas e sem telhado. Apesar do cli-ma frio, inúmeros interessados e curio-sos frequentavam e ouviam os conselhos da Bíblia todas as noites.

O projeto foi considerado ousado pela administração da Associação Pau-lista Central. Apesar do pouco tempo, os voluntários e calebes fizeram um tra-balho diferenciado. Conforme o pastor Oliveiros Ferreira, presidente da Paulista Central, a maneira que foram realizadas as atividades evangelísticas em Torrinha foi modelo, e deveria ser adotada em ou-tros lugares onde ainda não existe pre-sença adventista.

Por volta de 80 pessoas estudam a Bíblia em Torrinha e oito já foram ba-tizadas. O templo recém inaugurado já acolhe cerca de 20 fiéis. Segundo o pas-tor Héldio

Teixeira, líder espiritual da região, esse trabalho é fru-to de muito esforço dos voluntários de diversas cidades que contribuíram para a realização

desse sonho. “Eu fico feliz por essa cida-de agora ter adventistas. Foi bom traba-lhar junto com os calebes e os líderes de outras cidades para realizar esse sonho”, confessa Teixeira.

MUTIRÃODA ESPERANÇA

PLANTIO DE IGREJA

Templo construído em tempo recorde é inaugurado em Torrinha

Mesmo sem teto, as reuniões aconteceram na nova igreja

Page 33: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 33

Desde o mês de março, está funcio-nando o novo sistema de secreta-ria para as igrejas da América do

Sul. Secretárias das congregações adventis-tas para mais de 28 mil fiéis na região cen-tral de São Paulo assistiram a treinamentos práticos sobre o uso da nova tecnologia para o gerenciamento da rotina eclesiásti-ca. Elas trouxeram projetos de transferên-cia e pedidos de carta, e aprenderam na prática o modo de trabalho com o sistema.

“O atendimento com o novo sistema se destaca pela agilidade e eficiência”, disse o pastor Emmanuel Guimarães, secretário da Associação Paulista Central. Ele anun-ciou que haverá revisão permanente de secretaria nas igrejas, com representantes da Paulista Central, onde as secretárias ampliarão conhecimentos sobre o proce-dimento online do novo sistema.

Razões para um novo sistemaDurante os últimos 12 anos, o atual Sis-

tema de Secretaria passou por constantes melhorias para atender as necessidades da Igreja no controle de seus fiéis e congrega-ções. Porém, há quase dois anos, chegou-se a conclusão que era necessário um novo sis-tema, pois o atual já não atendia em algumas questões administrativas importantes do dia a dia das congregações locais, das Associa-ções e Missões, das Uniões e da Divisão.

Alguns fatores importantes justificaram a criação de um novo Sistema de Secretaria:

- A tecnologia e estrutura criada em 1999 chegou ao seu limite máximo de de-senvolvimento, adaptação e ampliação.

- Necessidade de avançar ainda mais em controles modernos de pessoas, igrejas, distritos, pastores, etc.

- Necessidade de atingir uma parcela maior de usuários. O sistema atual limitava sua utilização às igrejas que possuem um computador (particular ou da igreja) com um sistema operacional específico (Micro-soft Windows).

- Necessidade de aceleração na comuni-cação instantânea das atividades entre igre-jas e entidades da América do Sul.

Com a popularização da Internet, foi constatado que a melhor solução para a se-cretaria seria um sistema com uma base de dados centralizada, distribuída através da web. Isso traz maior agilidade nos proces-sos e confiabilidade nas informações geri-das pelo sistema.

Este novo sistema, chamado ACMS, sigla inglesa para “Sistema Adventista de Gerenciamento de Igrejas”, atenderá às di-versas necessidades da igreja no controle e manutenção da Igreja Adventista do Sétimo Dia no que se referem a pessoas, membros, congregações, associações/missões, uniões e a divisão. Também está sendo desenvol-vido um sistema semelhante para remessas de tesouraria.

Vantagens do novo Sistema de Secretaria:

- Funciona em qualquer computador, pois a base de operações é em ambiente 100% online.

- Dados em tempo real. Uma vez in-gresso no sistema, já estará disponível nas estatísticas (o sistema só aguardará pela recepção das fichas no campo para os dados serem aprovados).

- Carta de Transferência Online. Criado um pedido de carta, a igreja destino receberá instantaneamente, não sendo necessário envio por correio.

- Publicação Online dos Desapareci-dos em todas as igrejas.

- Pesquisa instantânea de qualquer fiel da Divisão Sul-Americana com foto.

- Acesso aos dados por parte do pas-tor distrital, tendo ampla visão de todas as suas igrejas e fiéis.

- Pesquisa de igrejas com localização geográfica.

SISTEMA ONLINE

SECRETARIA

Page 34: Revista Comunhão e Ação - Nº22

34 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

A liderança da Igreja investiu, nes-te primeiro semestre de 2012, em orientação aos voluntários

sobre o papel da Ação Solidária Adven-tista, novo ministério da Igreja. Uma das estratégias foi a realização de um treina-mento para o voluntariado.

O objetivo do encontro foi esclarecer a razão do surgimento do Ministério da ASA e mostrar como será feito o traba-lho de ação solidária a partir de agora, uma vez que a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assisten-ciais (ADRA) passou a ser uma organiza-ção não governamental e não opera mais como um departamento da igreja.

O diretor da ASA para o estado de São Paulo, pastor Laércio Mazaro, ex-plica que a ADRA atua agora como uma agência fora das igrejas e a ASA, em con-trapartida, é a responsável por operar nas congregações, com o mesmo objetivo

que a ADRA funcionava, o de ajudar o próximo através de recursos de necessi-dade básica. Ele também explica que essa mudança ocorreu para facilitar o traba-lho da ADRA em questões burocráticas, já que ela realiza projetos de ajuda huma-nitária em diversos países. “Para presta-ção de contas fica mais fácil a ADRA ter um CNPJ e uma conta separada da Igre-ja. Isso facilita na hora de receber as do-ações, que são feitas por empresas e pelo governo”, informa Mazaro.

Os participantes do treinamento fo-ram orientados sobre o papel do Minis-tério da ASA. Foi mostrado que o traba-lho de ajuda contínua aos necessitados é de responsabilidade de cada congrega-ção, sendo que os projetos maiores ficam no encargo da ADRA. Um exemplo são as grandes catástrofes, como as enchen-tes, que atingem um número bem maior de necessitados. Ações como o Mutirão

de Natal e o Mutirão de Inverno, que antes pertenciam a ADRA, agora são de competência da ASA. No entanto, essa divisão não impede que as duas traba-lhem em conjunto. A ADRA depende de voluntários para os seus projetos e em determinadas situações ela pode precisar da ajuda da ASA.

O pastor Jediel Unglaub, líder da ASA para região central de São Paulo e organizador do evento, incentivou os voluntários a lerem o manual que foi confeccionado para ensinar as diretrizes deste novo ministério. “É importante que cada um saiba a estrutura que envolve a ASA para que seja feito um trabalho ain-da melhor”, afirmou Unglaub.

Para Geraldo de Souza, voluntário na cidade de Mogi Mirim, além de alimen-tos, roupas ou remédios, a ASA também pode atender as necessidades espirituais. “O nosso objetivo é melhorar mais a cada

VOLUNTARIADO

SOLIDARIEDADE

Com treinamentos e campanha da recolta, Paulista Central mobiliza voluntários da Ação Solidária Adventista

Page 35: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 35

EFICAZano para que tenhamos condições de atender melhor as pessoas e treinamento como esse ajuda muito”, declarou Souza.

Palestras motivacionais sobre servir ao próximo, instruções sobre recursos financeiros e evangelismo através do amor serviram de auxílio aos mais de 300 voluntários que estavam presentes. Ao fim do programa houve sorteios de vários brindes para os participantes como forma de gratidão pelo tempo gasto ao interesse de diminuir o sofri-mento de muitas pessoas.

Recolta vai levantar fundos para projetos sociais da Igreja

Representantes de 27 mil adventistas da região central de São Paulo acompa-nharam o lançamento da Campanha de Recolta 2012, que vai arrecadar recursos para atender fiéis em situações de vulne-

rabilidade e também beneficiar os proje-tos da ASA (Ação Solidária Adventista).

A campanha foi lançada oficialmente no dia 9 de junho. Durante o evento apre-sentado a líderes religiosos, representan-tes da ASA na Paulista Central apresen-taram dados das últimas campanhas de arrecadação, que transformaram a região em campeã de recolta no país.

Para o pastor Jediel Unglaub, a recolta tem contribuído para as ações assisten-ciais das igrejas, que usam o recurso para atender pessoas socialmente vulneráveis, seja por meio de deficiência alimentar, sa-nitária ou médica. Por outro lado, o pro-jeto também atende aos núcleos mantidos pela ADRA nas cidades de Campinas, En-genheiro Coelho e Rio Claro.

Nesses lugares, cerca de 500 crianças são assistidas diariamente com duas re-feições diárias dentro de uma dieta ba-lanceada, projetos de educação artística,

artesanal, musical, e também ações em favor do crescimento humano como o projeto Primeiro Emprego, que prepara adolescentes para o mercado de trabalho. “Num carrossel de atividades, as crianças aprendem inglês, música, canto coral e ar-tesanato”, disse Unglaub.

A deficiência de espaços para aten-dimento e apoio ao crescimento e for-mação de crianças é um dos grandes de-safios sociais do Brasil. O Proinfância, programa federal para a construção de novas unidades, anunciou, desde 2007, convênios para construir 2.528 creches e pré-escolas no país. Mas, segundo o Ministério da Educação, foram conclu-ídas 411 unidades, das quais 338 estão funcionando. Isso representa cerca de 5% da meta do programa.

Page 36: Revista Comunhão e Ação - Nº22

36 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

Fé & Cultura /

Nas primeiras páginas de “Ques-tões sobre Doutrina” (Casa Pu-blicadora Brasileira, R$ 53,00),

o leitor acompanha uma história tão fascinante quanto o estudo das crenças adventistas, tema central do livro. É um relato em ritmo de thriller: há acusações, suspeitas, diálogos, intrigas e um final envolvendo a aceitação do adventismo como um autêntico movimento evangé-lico e cristão. O suficiente para o pastor George Knigth declarar “Questões sobre Doutrina” como o mais polêmico livro da história da Igreja Adventista. Escrito em 1957, o texto chegou recentemente ao mercado editorial brasileiro.

A publicação surgiu de uma série de 18 conferências realizadas entre a primavera de 1955 e o verão de 1956 entre os líderes adventistas e alguns representantes protes-tantes. Entre os evangélicos, destaque para a participação do editor da revista Eterni-ty, Donald Grey Barnhouse, e o especialista em seitas norte-americanas, Walter Mar-tin. Barnhouse, que colocava sob suspeita as crenças adventistas, delegou a Walter Martin a publicação de um livro sobre o adventismo. Martin pediu uma reunião com líderes adventistas para que ele pudes-se questioná-los sobre suas crenças.

O primeiro encontro entre Walter Martin e os dirigentes adventistas ocor-

reu em março de 1955. Martin foi acom-panhado por George Cannon e se reuniu com o representante Adventista Le Roy Edwin Froom. Mais tarde, Roy Allan An-derson e Barnhouse se juntaram a essas discussões. Inicialmente, ambos os lados viam uns aos outros com desconfiança e trabalhavam em cima de uma lista de 40 perguntas. As preocupações centrais nessas discussões giravam em torno de quatro itens da teologia adventista: que o sacrifício de Cristo na Cruz não foi com-pleto; que a salvação é resultado da graça mais as obras da lei; que o Senhor Jesus Cristo era um ser criado, não oriundo de toda eternidade; que Jesus partilhou da natureza caída e pecaminosa do ser hu-mano em sua encarnação.

Esforço de comunicação – As con-ferências apresentaram aos adventistas que estavam participando das reuniões que eles precisavam articular as crenças numa linguagem que os evangélicos pu-dessem compreender. No verão de 1956 o pequeno grupo de evangélicos se con-venceu de que os adventistas do sétimo dia eram suficientemente evangélicos para ser considerados cristãos. Barnhou-se publicou suas conclusões na edição de setembro de 1956 da revista Eternity no artigo: “Os adventistas do Sétimo Dia são cristãos?”. Nesse artigo, eles concluíram

que “os adventistas do sétimo dia são um grupo verdadeiramente cristão, ao invés de uma seita anticristã”.

A decisão não agradou a todos os adventistas, provocando uma cisão entre duas correntes dentro do adventismo que divergiam sobre alguns dos temas abor-dados, como o propósito da expiação e a natureza humana de Cristo. Apesar das divergências, a decisão contribuiu para a aceitação da mensagem adventista em território americano.

O LIVRO MAIS POLÊMICODO ADVENTISMOResultado do debate entre adventistas e evangélicos americanos, livro chega ao Brasil enaltecendo o poder do diálogo

A publicacão do livro, em 1957, pro-vocou debate acalorado entre evangéli-cos e adventistas nos Estados Unidos

Page 37: Revista Comunhão e Ação - Nº22

Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012 | 37

Certa vez pediram para que a atriz Audrey Hapburn, umas das mulheres mais lindas da

década de 70, escrevesse um artigo contando seus segredos de beleza. O texto a seguir foi escrito por ela:

Para ter lábios atraentes, diga pala-vras doces;

Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas;

Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos;

Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia;

Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho. Você tem a certeza de que Deus estará sempre ao seu lado.

Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, res-gatadas e redimidas; jamais jogue al-guém fora. Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão ami ga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos, uma para ajudar a nós mesmos, a outra para ajudar o próximo.

A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela veste, nem no cor-po que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside. A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está refletida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra. A bele-

za de uma mulher cresce com o passar dos anos.

Mas o que é realmente ser bonita? Qual é o verdadeiro conceito de beleza?

Cada dia mais a sociedade nos bombardeia com estímulos impondo a opressão da beleza. E sem dúvida, a mídia é exaustiva quando mostra como a beleza de fato conquista suces-so. É claro que desejar ser bonita faz parte do universo feminino. É natural desejar ser agradável e, sobretudo, ter o desejo de cuidar do nosso corpo. De-vemos fazer exercícios, nos alimentar de maneira correta, enfim, ter um cor-po saudável. Porém existe uma preocu-pação que não é saudável: a obsessão com a aparência.

O conceito de beleza de Deus é completamente diferente do concei-to do mundo. Ele mesmo que diz em Isaías 55:8-9: “Porque os meus pensa-mentos não são os vossos pensamen-tos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos”.

Somente quando meditamos na palavra de Deus, temos o verdadei-ro elixir da juventude, na palavra de Deus, encontramos o verdadeiro se-gredo da força e da confiança.

Jeaane Cristina Oliveira de Brito Go-mes. Esposa do pastor Levi Alves Gomes, vivem com dois filhos em Campinas, SP.

BELEZA QUE NÃOSE ENCONTRAEM SPA

OPINIÃO

Page 38: Revista Comunhão e Ação - Nº22

38 | Revista Comunhão e Ação - ago-out 2012

Interativo /O Centro de Mídia da Associação Paulista Central está produzindo histórias emocionantes de pessoas alcançadas pelo livro A

Grande Esperança. Nos links a seguir, conheça os depoimentos de Sheyla Guimarães, Lúcia Helena e Kátia Consul.

http://bit.ly/pr_siloe1

Parte 1

http://bit.ly/pr_siloe2

http://bit.ly/emp_esperanca

http://bit.ly/grande_esperanca

Parte 2

Lúcia Helenahttp://bit.ly/lucia_helena

Sheylahttp://bit.ly/sheyla

Kátiahttp://bit.ly/katia_mendonca

Um capítulo da Bíblia por dia. Com essa proposta, centenas de pessoas estão invadindo as mídias sociais e contando as experiências com a Palavra de Deus. Navegue no site Reavivamento e Reforma e conheça mais sobre este e outros projetos.

www.reavivamentoereforma.com

Entenda as relações entre opinião pública e gestão da imagem organiza-cional por meio desta entrevista, em dois vídeos, com o pastor e jornalista Siloé Almeida.

No vídeo a seguir, conheça a campanha Empreendedores da Esperança, que vai estimular o empreendedorismo no setor de Publicações por meio do mercado de venda direta.

A Associação Paulista Central executou uma campanha de mídia e propaganda para ajudar a divulgar o livro missionário. Assista este relatório e entenda o alcance dessa iniciativa.

HISTÓRIAS EMOCIONANTES

REAVIVADOS POR SUA PALAVRA

GERENCIAMENTO DE CRISE

EMPREENDEDORES DA ESPERANÇA

A GRANDE ESPERANÇA

Page 39: Revista Comunhão e Ação - Nº22
Page 40: Revista Comunhão e Ação - Nº22