Revista CRN4 19

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Conselho Regional de Nutricionistas | 4 a Região | RJ - ES Ano VIII N. 19 Abril 2013 Págs. 8 a 9 A equipe de Fiscalização do CRN-4, em resposta ao Ministério Público (RJ), elabo- rou um relatório contendo in- formações sobre a qualidade da alimentação nas unidades escolares públicas do estado. O documento aponta que a execução do Programa de Ali- mentação Escolar (PAE) não atende aos seus objetivos. Entre outras inadequações constatadas, é possível des- tacar o déficit de nutricionis- tas na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente são apenas três nutricionistas, apesar da Re- solução do CFN indicar 386 para atender as escolas da região. Págs. 6 e 7 Pág. 15 Pág. 3 CRN-4 apresenta relatório ao Ministério Público Alimentação Escolar Encarte: Balanço da gestão “Articulação e Atitude” com as principais ações desenvolvidas no triênio 2010/2013 Concurso CRN-4 abre vagas para atender melhor os profissionais Processo eleitoral As eleições no CRN-4 serão realizadas via internet no dia 8 de maio Exercício profissional Ficha técnica: um instrumento fundamental no controle de qualidade

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PB Revista CRN-4 Abril de 2013 1Revista CRN-4 Abril de 2013

Conselho Regional de Nutr ic ion is tas | 4 a Região | R J - ES

Ano VIII N. 19Abril 2013

Págs. 8 a 9

A equipe de Fiscalização do CRN-4, em resposta ao Ministério Público (RJ), elabo-rou um relatório contendo in-formações sobre a qualidade da alimentação nas unidades escolares públicas do estado. O documento aponta que a execução do Programa de Ali-mentação Escolar (PAE) não atende aos seus objetivos. Entre outras inadequações constatadas, é possível des-tacar o déficit de nutricionis-tas na Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro. Atualmente são apenas três nutricionistas, apesar da Re-solução do CFN indicar 386 para atender as escolas da região.

Págs. 6 e 7 Pág. 15Pág. 3

CRN-4 apresenta relatório ao Ministério Público

Alimentação Escolar

Encarte: Balanço da gestão “Articulação e Atitude” com as principais ações desenvolvidas no triênio 2010/2013

Concurso

CRN-4 abre vagaspara atender melhoros profissionais

Processo eleitoral

As eleições no CRN-4serão realizadas via internet no dia 8 de maio

Exercício profissional

Ficha técnica: uminstrumento fundamentalno controle de qualidade

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2 Revista CRN-4 Abril de 2013 3Revista CRN-4 Abril de 20132 Revista CRN-4 Abril de 2013 3Revista CRN-4 Abril de 2013

Diretoria:Presidente: Kátia Cardoso dos Santos (Alimentação Coletiva)Vice-presidente: Madalena M. R. Marques (Saúde Coletiva/ Nutrição Clínica)Diretora Secretária: Cristina Velloso Melo (Alimentação Coletiva)Diretora Tesoureira: Marlete Pereira da Silva (Nutrição Clínica)Conselheiros efetivos: Lúcia França Santos (RJ), Márcia Carvalho Lessa (RJ), Marisa Lopes Gervásio de Oliveira (ES), Myrian Coelho Cunha da Cruz (RJ), Nelma Fernanda Fonseca Salvaya (RJ)Conselheiros suplentes: Cláudia Regina de Azevedo Fernandes (RJ), Cristina Fajardo Diestel (RJ), Juliana Pizzol (ES), Luzia Giannini Cruz (RJ), Marcos André Silva de Figueiredo (RJ), Nara Limeira Horst (RJ), Patrícia Valéria Costa (RJ), Stella Maria Pereira de Gregório (RJ), Vanessa Vasconcelos Fonseca (RJ)Comissão de Formação Profissional: Stella Gregório (coordenadora), Myrian Cruz, Patrícia Costa, Cristina Diestel. Colaboradores: Maria Arlette Saddy (coord. técnica), Celina Szuchmacher Oliveira (fiscal nutricionista)

Revista

Ano VIII N. 19Abril 2013

Editorial

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Comissão de Tomada de Contas: Nelma Salvaya (coordenadora), Márcia Lessa, Myrian CruzComissão de Ética: Cristina Velloso de Melo (coordenadora), Nelma Salvaya, Lúcia França, Nara Horst, Patrícia Valéria CostaComissão de Fiscalização: Marlete Pereira da Silva (coordenadora), Marisa Gervásio Oliveira, Kátia Cardoso dos Santos, Nara Horst, Luzia Giannini Cruz, Myrian Cruz. Colaboradores: Maria Arlette Saddy (coord. técnica), Samara Crancio (coord. de fiscalização)Comissão de Comunicação: Madalena Marques (coordenadora), Vanessa Fonseca, Kátia Cardoso, Lúcia França, Juliana Organo, Marcos Figueiredo. Colaboradores: Maria Arlette Saddy (coord. técnica), Vania Gomes (assessora de imprensa), Carlos D (design gráfico) e Cecília Contente (asessora de comunicação)Comissão de Licitação: Márcia Lessa (coordenadora), Madalena Marques, Cláudia Maria André (auxiliar administrativo), Vânia de Jesus Ferreira Thomé (auxiliar administrativo). Colaborador: João Guilherme Calixto (coord. administrativo)Comissão Patrimônio: Lucia França (coordenadora), Luzia Giannini Cruz, Marcos Figueiredo. Colaboradores: João Guilherme Calixto (coord. administrativo) e Rose Cleide Cerqueira (assessora contábil)Câmara Técnica de Nutrição Clínica e Esportes: Nara Horst (coordenadora), Cristina Diestel, Nelma Salvaya, Cláudia Regina de Azevedo Fernandes. Colaboradores: Edna Garambone (fiscal nutricionista)

Câmara Técnica de Alimentação Coletiva: Luzia Giannini Cruz (coordenadora), Kátia Cardoso, Cristina Velloso, Vanessa Fonseca, Lúcia França, Marisa Gervásio Oliveira. Colaboradores: Cristina Helena do Couto (fiscal nutricionista)Câmara Técnica de Política Pública: Myrian Cruz (coordenadora), Madalena Marques, Patrícia Costa, Cláudia Regina Fernandes, Marcos Figueiredo, Marisa Gervásio Oliveira, Juliana Pizzol, Stella Gregório, Vanessa Fonseca. Colaboradores: Celina Szuchmacher Oliveira (fiscal nutricionista)Jornalista responsável: Cecília Contente MTB 17.202/RJAssessora de Imprensa: Vânia Gomes MTB 18.880/RJDesign Gráfico e Ilustrações: Carlos DImpressão: Imo´s Gráfica e Editora Ltda | Tiragem: 12.000 exemplares

Conselho Regional de Nutricionistas 4a Regiãowww.crn4.org.br

Rio de Janeiro:Av. Rio Branco,173 - 5º andar - Centro - Rio de Janeiro/RJ - Cep: 20040-007 - Tel: (21) 2517-8178 - Fax: (21) 2517-8115 Atendimento: 9h às 16h, de segunda a sextaEspírito Santo:R. Misael Pedreira da Silva, 98/101 - Praia do Suá - Vitória/ES - Cep: 29056-940 - Tel: (27) 3315-5311 - Atendimento: 9h às 12h e das 13h às 17h, de segunda a sexta

Nós da Gestão “Articulação e Atitude” acreditamos que chegamos ao final do nosso mandato com motivos para

comemorar. Avaliamos que conseguimos atingir nossa proposta de estreitamento das relações com os Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética e com as demais entidades representativas da categoria no Rio de Janeiro e Espírito Santo, por meio de várias ações desen-volvidas nesses três anos.

Desde o início da nossa gestão bus-camos criar canais de aproximação com os profissionais e, retomar e criar novos projetos, firmar parcerias e desenvolver ações que possibilitassem o melhor aten-dimento das demandas dos profissionais e do fortalecimento da profissão.

Um dos nossos principais objeti-vos é garantir o caráter orientador do processo de fiscalização do CRN-4 em Consonância com a Política Nacional de Fiscalização do Sistema CFN/CRN, iden-tificando o CRN-4 como parceiro do nu-tricionista para sua prática profissional cotidiana. A Fiscalização é a área fim do Conselho e, por meio de suas ativi-dades, norteia as políticas e ações que nossa gestão deve adotar.

O Projeto CRN-4 Itinerante, em que o Conselho se desloca para vários mu-nicípios (RJ e ES), com a parceria dos sindicatos e associações da nossa ju-risdição, e seus desdobramentos é um exemplo disso. Por meio deste projeto, descentralizamos nossas ações e confe-

Prezados Nutricionistas e Técnicos,rimos de perto as demandas e a reali-dade dos profissionais de cada região. Inovamos ao realizar uma solenidade de entrega de habilitação profissional, também com a proposta de aproxima-ção e acolhimento dos egressos pelas entidades.

Honramos nosso compromisso com a categoria de dar transparência às nossas ações e aos balancetes finan-ceiros, utilizando a receita do Conselho para atividades em prol da categoria. Estreitamos nossas articulações com as representações da categoria, com outros Conselhos Profissionais, Ministé-rio Público, órgãos governamentais fis-calizadores e com Instituições de Ensino Superior e Cursos Técnicos . Com o Projeto Gestor, estamos dando continui-dade à estratégia de aproximação com os gestores públicos, com o Poder Le-gislativo e empregadores dos diferentes ramos de trabalho do Nutricionista na esfera pública e privada, com a finali-dade de defender os direitos adquiridos por lei dentro das nossas atribuições.

Fomos às ruas para dar visibilida-de para as campanhas defendidas pelo Sistema CFN/CRN como o “Compromis-so do Nutricionista com o Direito à Ali-mentação” (2010), a “Fome, Obesidade e Desperdício: Não alimente este pro-blema” (2011) e “Alimentação Fora do Lar”(2012), pois precisamos mostrar para a sociedade que nossa formação é voltada para contribuir com a saúde, qualidade de vida e segurança alimentar

e nutricional da população. Em função da importância do tema, a campanha do ano passado será repetida.

Conseguimos encaminhar o concur-so público para a ampliação do quadro de funcionários do CRN-4, com a aber-tura de vagas para Nutricionistas fiscais e Técnicos em Nutrição e Dietética no Setor de Fiscalização. Criamos polos re-gionais de fiscalização no Rio de Janeiro como projeto piloto para descentralizar ainda mais nossas ações.

Agora estamos perto de mais um processo eleitoral, em que apenas uma chapa – CHAPA 1 “Articulação e Atitude: ampliando conquistas” foi inscrita. Mas é importante lembrar que somos uma Autarquia Federal e todos os nutricio-nistas devem votar para eleger seus re-presentantes, pois além de obrigatório, como em todas as eleições no país, é um exercício de cidadania e demons-tração de fortalecimento da categoria. Convidamos todos os Nutricionistas, inscritos no CRN-4, para participarem das eleições.

Aproveitamos para agradecer a todos aqueles que estiveram junto conosco colaborando para a construção de uma entidade mais democrática e sempre de “portas abertas” para a sociedade e, especialmente, para a categoria.

Bom voto!

Kátia Cardoso dos SantosPresidente do Conselho Regional de Nu-tricionistas 4ª Região

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2 Revista CRN-4 Abril de 2013 3Revista CRN-4 Abril de 20132 Revista CRN-4 Abril de 2013 3Revista CRN-4 Abril de 2013

Informes

3Revista CRN-4 Janeiro de 2013

Concurso para o CRN-4A gestão “Articulação e Atitude” trabalhou com o

objetivo de ampliar o quadro de funcionários, principal-mente o de nutricionistas fiscais para atingir uma das metas desta gestão que é descentralizar, cada vez mais, a fiscalização nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Na avaliação da gestão, incluir os Técnicos em Nutrição e Dietética (TND) na equipe de Fiscalização do Conselho, é uma vitória. Uma das propostas da “Ar-ticulação e Atitude” é incentivar o trabalho integrado do nutricionista com o técnico, tornando realidade esta prática no Conselho.

Para dar encaminhamento e acompanhar o edital do concurso público do CRN-4 foi instaurada uma Comis-são Transitória composta pelas conselheiras Stella Maria Pereira de Gregório (coordenadora), Marlete Pereira da Silva e Kátia Cardoso dos Santos. Esta comissão também contou com a colaboração dos coordenadores do CRN-4 do setor Jurídico, Técnico, Administrativo, Fis-calização e Contábil.

Estão abertas, até dia 23 de maio, as inscri-ções para o concurso do Conselho Regional de Nutricionistas – 4ª Região. Há vagas para o cargo de Fiscal Nutricionista (Graduação em

Nutrição) e Secretário Executivo (Nível Superior), As-sistente Técnico em Nutrição e Dietética (nível médio), Assistente Administrativo (nível médio), Assistente Técnico em Informática (nível médio) e Auxiliar Admi-nistrativo (nível médio). Cabe ressaltar que o concur-so será realizado para o provimento de vagas e for-mação de cadastro de reserva do quadro de pessoal do CRN-4. As inscrições só podem ser feitas via in-ternet. A Prova Objetiva será realizada nas cidades do Rio de Janeiro (RJ) e Vitória (ES) na data provável de 16 de junho de 2013, no turno da tarde. Mas é preciso ficar atento, pois a data da prova ainda está sujeita a alteração. O edital foi publicado no Diário Oficial da União e também pode ser conferido no site www.crn4.org.br

Fórum De 4 a 6 de junho de 2013 será realizado, em Porto Alegre -

Rio Grande do Sul, o VII Encontro Nacional do Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (FBSSAN).

Com a finalidade de definir os objetivos estratégicos e as prio-ridades políticas do FBSSAN para o próximo período (2013-2016), o encontro terá ainda os seguintes objetivos: Identificar novos temas e questões que precisam entrar na agenda pública de SAN; Fortalecer e valorizar a troca de experiências concretas de promo-ção da soberania e segurança alimentar e nutricional; dar continui-dade ao processo de interação com Fóruns, Redes e Articulações estratégicas para a promoção da SAN; Promover maior articulação e diálogo com os Fóruns e outras dinâmicas estaduais de mobiliza-ção em SAN; Elaborar proposições de políticas públicas de SAN.

Projeto Itinerante

A atual gestão da Anerj informa que o Espaço do Nutricionista já está funcionando. Este espaço é destinado ao Nutricionista sócio, que esteja em dia com a Associação, para atendimento nutri-cional individualizado ou em grupos. Entre em contato com a Secretaria da Anerj e faça sua agenda para utilização do espaço. Av. Graça Aranha, 145 / Sl. 807 - Centro - Rio de Janeiro - RJ - Tel: (21) 2224-6078.

Vale destacar que entre os benefícios de ser associado da Anerj estão os descontos que podem ser obtidos na inscrição do CONBRAN e na participação dos cursos promovidos pela Anerj ou com parceiros. Mais informações: http://www.anerj-nutricao.com.br/cursos.htm

ANUIDADE 2013 Valor (R$)

NUTRICIONISTAS 100,00TÉCNICOS EM NUTRIÇÃO 70,00ESTUDANTES 70,00

Anerj

RENOVAÇÃO DE ASSOCIAÇÃO Valor (R$)

NUTRICIONISTAS 100,00TÉCNICOS EM NUTRIÇÃO 70,00ESTUDANTES 70,00

O próximo CRN-4 Itinerante será realizado em Colatina, no dia 22 de maio de 2013, das 9h às 16h, no Auditório do Centro Uni-versitário do Espírito Santo (UNESC) - R. Fioravante Rossi, 2930 – Martinelli.

Veja a programação no site www.crn4.org.br

Colatina

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4 Revista CRN-4 Abril de 2013

Área Esportiva

Projeto Gestor

Com a proximidade da Copa das Confederações, ainda este ano, da Copa do Mundo em 2014 e das Olimpíadas de 2016, o inte-

resse dos profissionais pela área de nu-trição esportiva vem crescendo muito.

De acordo com a coordenadora da Câmara Técnica de Nutrição Clínica e Es-portes, Nara Horst, estão sendo realiza-das reuniões com profissionais de refe-rência nesta área para a criação de um Grupo de Trabalho (GT) e realização de um fórum de discussão sobre o tema. Nara e as demais conselheiras que inte-gram esta comissão sentiram a necessi-dade de conhecer o perfil dos profissio-nais que atuam na nutrição esportiva. Uma das propostas é o encaminhamen-to de uma enquete aos profissionais e às Instituições de Ensino Superior (IES) para levantamento de dados, tais como: número de profissionais, área de atuação dentro da nutrição esportiva, formação em pós-graduações, dentre outros.

Nara explica que a Comissão também pretende abordar a compe-tência do Conselho no acompanha-

Câmara Técnica de Nutrição Clínica e Esportes

mento das competições esportivas que acontecerão no âmbito da juris-dição do CRN-4. Outro assunto a ser tratado é o conhecimento das legisla-ções vigentes na nutrição esportiva e o tipo de formação oferecida pelas IES nesta área.

As conselheiras do CRN-4 que inte-gram a comissão são: Nelma Salvaya e Marlete Pereira além da coordenadora Nara. Maria Arlette Saddy (coordena-dora técnica do CRN-4) e os partici-pantes Leonardo Murad, Erika Santi-noni, Fernanda Neves Pinto, Mildre Souza e Silvia Pinto Ferreira também participam desta câmara. Eles avaliam que o caráter generalista da profissão

pode ser um fator que não incentiva a especialização nesta área. Apesar disso, foi ressaltado que os grandes clubes já contam com nutricionistas há algum tempo. Eles acreditam que o atleta individual dá mais valor ao nutricionista.

Na área de formação foi constatado que ainda não existe uma pós-gradu-ação no Rio de Janeiro que contemple a nutrição esportiva. Os participantes da reunião relataram ainda que alguns estagiários não têm noção das tarefas destinadas ao nutricionista. Foi suge-rido que o CRN-4 faça uma parceria com a Anerj para realização de cursos voltados para a área.

O Projeto Gestor consiste em uma estratégia do CRN-4 voltada para a sensibilização e conscientização de gestores públicos sobre a impor-tância do trabalho do nutricionista.

Iniciado em 2004, na Gestão Integrando Ações 2004-2007, é reto-mado pela Gestão Articulação e Atitude neste momento de entrada de novos gestores e, especialmente, quando as políticas públicas demandam cada vez mais a contribuição do nutricionista.

O CRN-4, com o apoio de coordenadores das Áreas Técnicas de Alimentação e Nutrição (ATAN) dos municípios do Estado do Rio de Janeiro, elaborou Carta Aberta destinada aos Secretários Municipais de Saúde e Educação do Rio de Janeiro e Espírito Santo. O documento já está sendo entregue aos gestores por representantes do Conselho.

A filosofia inicial do Projeto Gestor inspirou o Projeto CRN- 4 Itinerante. O CRN-4 Itinerante tem como proposta dar desdobramento às ações de fiscaliza-ção e buscar aproximação com os nutricionistas.

Percebendo sua realidade e, ao mesmo tempo, convocando a participação do profissional, o CRN-4 se propõe a fortalecer o posicionamento da categoria diante das questões de alimentação e nutrição que atingem a sociedade.

Comissão de Políticas Públicas do CRN-4

Estratégia para conscientizar os gestores públicos sobre o trabalho do Nutricionista

Reunião da Câmara Técnica de Nutrição Clínica e Esportes

4 Revista CRN-4 Abril de 2013

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Encarte Especial

Balanço da Gestão Articulação e Atitude2010/2013

A gestão Articulação e Atitude faz um

balanço do triênio 2010/2013, a fim de

prestar contas para os Nutricionistas

e Técnicos em Nutrição e Dietética das

principais ações desenvolvidas no período. Vale

destacar que além de cumprir todas as propostas

assumidas ainda em campanha, foram realizadas

ações em função das demandas e da conjuntura

enfrentada pelos profissionais em seu ambiente

de trabalho.

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Retomada das ações de fiscali-•zação em todo o Estado do Rio de Janeiro e estendido ao Espí-rito Santo, com a garantia do caráter orientador. A proposta visa maior aproximação, parceria e confiança do nutricionista com o Conselho.

Ampliação do horário de aten-•dimento do Conselho com pré-agendamento para atender as expectativas dos profissionais e melhor recepcioná-los.

Cumprindo proposta de gestão, •debateu junto ao CFN/CRN, sobre a anuidade do Conselho, mantendo o valor inalterado em 2011. Nos anos de 2012 e 2013 houve apenas correção monetá-ria, com ampliação de três para cinco parcelas.

Garantia da transparência da •gestão tanto em suas ações quanto na questão financeira. A divulgação foi feita nos veículos de comunicação da entidade.

Criação da Comissão Especial •para Acompanhamento de Con-cursos (CEACOP) com a finalida-de de acompanhar os concursos públicos nos estados do RJ e ES.

Concurso Público para o CRN-4 •(em andamento). Esta foi uma meta da gestão Articulação e Atitude, com vistas a ampliar o quadro de funcionários. Serão contratados Nutricionistas Fiscais, inclusive para o Espíri-to Santo, para atender melhor a categoria e com a proposta de descentralizar as ações de Fiscalização em Polos Regio-nais (Macaé, Petrópolis e Volta Redonda). Outra inovação do edital foi inserir o Técnico em Nutrição e Dietética na equipe de fiscalização do Conselho.

Como desdobra-•mento do Projeto CRN-4 Itinerante, foi entregue uma Carta Aberta em Audiência com os Secretários de Saúde, Assistência Social (Vice-Prefeito) e Educação nos municípios de Vitória e Caria-cica. O documento das entidades da categoria foi construído com dados das ações fiscais e dos en-contros com os profissionais em Vitória, apontando principalmente a insuficiência de nutricionistas na rede pública de saúde e educação destes municípios.

Principais ações desenvolvidas no triênio 2010/2013Projeto CRN-4 Itinerante que •visa à aproximação e inte-gração de ações das entida-des com a categoria fora das capitais dos estados do RJ e ES, promovendo o debate sobre o exercício profissional, condição de trabalho e seus desafios.

Solenidade CRN-4 – evento es-•pecialmente criado para entrega de habilitação profissional, com o objetivo de acolhimento, esclareci-mento do papel de cada entidade da categoria (CRN-4, Sinerj, Sindi-nutri-ES, Anerj e Anees) e promoção de debate.

Por meio das Comissões e Câmaras •Técnicas do CRN-4, foram criados grupos de discussão com temas de interesse da categoria e/ou da fis-calização, com ampla participação dos nutricionistas.

Ampliação de representação do CRN4, •no RJ e ES, como membro titular e suplente nos conselhos de controle social: Conselho Municipal de Segu-rança Alimentar e Nutricional do RJ (CONSEA-Rio), Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Niterói (COMSEA/Niterói), Conse-lho Municipal de Segurança Alimen-tar e Nutricional de Quatis, Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional de Barra Mansa, Conselho Municipal de Saúde de Cachoeiras de Macacu, Conselho Estadual de Saúde do RJ (CES/RJ), Conselho Municipal de Saúde de Angra dos Reis, Conselho Municipal de Saúde de Araruama,

Ampliação das ações do Setor de Comunicação do CRN-4, com maior •inserção na mídia do RJ e ES, destacando o trabalho dos Nutricionis-tas. Criação de novos canais de comunicação como as redes sociais e o boletim eletrônico. Renovação do site e da revista para garantia de mais agilidade nas informações. Encaminhamento das Campanhas do Sistema CFN/CRN como “O Compromisso do Nutricionista com o Direito à Alimen-tação Adequada”, “Fome, Obesidade e Desperdício: Não alimente este problema” e “Alimentação Fora do Lar”.

Ales

Campanha Alimentação Fora do Lar

CRN-4 Itinerante em Volta Redonda

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Conselho Municipal de Saúde de Piraí, Conselho Municipal de Saúde de Rio das Ostras, Conselho Munici-pal de Saúde de Vassouras, Conse-lho Municipal de Saúde de Queima-dos, Conselho Municipal de Saúde de Pinheiral, Conselho Municipal de Saúde de Saquarema, Conselho Mu-nicipal de Saúde de Carapebus, Con-selho Municipal de Saúde de Barra Mansa, Colegiado dos Conselhos de Fiscalização do exercício profissional (Conselhinho); Grupo Técnico de Ali-mentação e Nutrição (GTAN/SES-RJ), Grupo Executivo de Nutricionistas (GEN), NUCANE, Conselho Estadual de Alimentação Escolar, Conselho Municipal de Alimentação Escolar, Se-cretaria Executiva do Fórum de Saúde Penitenciária, Fórum Capixaba em Defesa da Saúde Pública, COMSEA de Vitória, COMSEAS de Cariacica, CONSEAS Estadual e Fórum de Se-gurança Alimentar e Nutricional do Espírito Santo.

Principais ações desenvolvidas no triênio 2010/2013

As representantes dos conselhos sociais se reúnem no auditório do CRN-4 para troca de experiências

Levar a discussão sobre •a questão do agrotóxico e a responsabilidade do Nutricionista para toda a categoria. Por entender que a categoria deve se apropriar dessa temáti-ca, que está diretamen-te ligada a sua prática profissional, a gestão “Articulação e Atitude” promoveu e participou de vários eventos, in-clusive da Rio + 20. O tema também foi de-senvolvido no Projeto CRN-4 Itinerante.

Investimentos em trabalhos •com parlamentares e políticos conjugaram a participação do CRN-4 em diversas audi-ências públicas no RJ e ES com o objetivo de apresen-tar denúncias dos setores de saúde e educação, referentes à alimentação e nutrição e, também, de ampliar a visibi-lidade do trabalho do nutri-cionista e sua contribuição da gestão pública.

Manifestação durante a Rio + 20

Nutricionistas discutem a sustentabilidade na Cúpula dos Povos

Audiência Pública na Alerj em 2010

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Participação na Secreta-•ria Executiva do Fórum Permanente de Saúde no Sistema Penitenciário (FPSSP), discutindo a im-portância do trabalho do nutricionista na equipe multidisciplinar do Plano Nacional de Saúde do Sistema Penitenciário.

Parceria com o Te-•lessaúde da Univer-sidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) para realização de seminários virtuais com temas relevan-tes para categoria. O objetivo é democra-tizar as discussões e ampliar o acesso dos nutricionistas por meio da inter-net.

Lançamento da Campanha “Ali-•mentação Coletiva em Debate”, com a proposta de aprofundar a discussão pertinente a essa área de atuação dos nutricionis-tas diante da intensificação das fiscalizações realizadas pela De-legacia do Consumidor (Decon), que resultou em detenções de alguns profissionais.

nas unidades escolares públicas do Estado do Rio de Janeiro. A equipe de Fiscalização do CRN-4 elaborou um relatório técnico, baseado em visitas a 301 escolas (universo de 1350), apontando um déficit de 383 nutricionistas.

Assinatura de Termo de Coope-•ração Técnica com o Ministério Público do Estado do RJ para re-alização de ações voltadas para a adequada alimentação e nutrição no âmbito do sistema prisional.

Assinatura de Protocolo de Inten-•ções entre os Conselhos Profis-sionais de Saúde do Estado do RJ, CREA e SUBVISA –Rio, que visa parceria em ações de fisca-lização.

Efetivação da proposta de tra-•balho com as IES e cursos técni-cos enfatizando o debate sobre exercício profissional e condições de trabalho dos Nutricionistas e Técnicos em Nutrição e Dietética.

Apoio e participação em eventos técnico-científicos.

Apoio aos movimentos que •apontam a necessidade de regu-lamentar a publicidade dos ali-mentos.

Participação em grupos de dis-•cussão promovidos pelo Fórum de Nutricionistas da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis – Rio de Janeiro (ABIH-RJ), com o propósito de contribuir para as questões específicas relativas à área.

Em parceria e apoio da Anerj, •disponibilizamos o Espaço do Nutricionista na antiga sede do CRN4, para que os nutricionis-tas possam utilizar o Consultório Compartilhado para atendimento de seus clientes.

Participação na Ação Global, •evento promovido pelo Sesc e Sistema Globo, proporcionando a visibilidade ao profissional e faci-litando o acesso da população ao trabalho do nutricionista.

Fórum de Acupuntura – Evento re-•alizado atendendo às expectativas dos profissionais que buscam a regulamentação do Sistema CFN/CRN para atuação do nutricionis-ta na acupuntura, com o objetivo de estar integrado legalmente na Política Nacional de Práticas Com-plementares da Saúde. Toda a discussão foi encaminhada para o CFN. As discussões continuam em pauta.

Representações ao Ministério •Público, Vigilância Sanitária e outros órgãos competentes como desdobramento de ações de fis-calização do CRN-4.

Resposta ao Ministério Público •(RJ) à solicitação de avaliação da qualidade da alimentação servida

Participantes do FPSSP lotam auditório do CRN-4

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5Revista CRN-4 Novembro de 2011

O Núcleo de Alimentação e Nu-trição Escolar (Nucane/UERJ) e os parceiros da Rede Es-tadual de Alimentação e Nu-

trição Escolar (REANE) já estão forne-cendo informações e apoio técnico aos municípios a fim de estimular ações de alimentação saudável na Semana de Educação Alimentar (SEA), comemora-da na terceira semana de maio.

Segundo a professora do Instituto de Nutrição da UERJ, Luciana Maldo-nado, da equipe técnica do NUCANE, a semana vai enfocar as “Diferentes dimensões da alimentação saudável”, com o objetivo de aproximar a discus-são do cotidiano das pessoas e ampliar o olhar sobre as práticas alimentares.

Luciana adianta que as dimensões dizem respeito ao acesso à alimenta-ção saudável e adequada (segurança alimentar e nutricional), à cultura (dife-rentes significados e valores atribuídos aos alimentos) e à ecologia (formas de produção de alimentos e os impactos para o ambiente e a saúde da popu-lação).

NUCANE dá apoio técnico e incentiva ações nos municípios

Semana de Educação Alimentar

Luciana Maldonado

SEA terá objetivo de aproximar a discussão

do cotidiano das pessoas e ampliar o

olhar sobre as práticas alimentares.

– Tradicionalmente, as ações educa-tivas sobre alimentação saudável apre-sentam foco no valor nutricional dos grupos de alimentos. Este ano decidi-mos enfocar outras dimensões, igual-mente importantes, que pensam as práticas alimentares – afirma Luciana.

A próxima plenária da REANE será realizada no dia 31 de julho. O tema da campanha da Semana da Alimentação Escolar foi lançado numa teleconferên-cia, transmitida pelo Telessaúde, no dia 8 de abril. Participaram as professoras Luciana Maldonado e Rute Ramos da Silva Costa, do curso de Nutrição da UFRJ – Macaé. O debate foi mediado pela professora do Instituto de Nutri-ção da UERJ, Luciana Maria Cerqueira Castro.

Universidade

A teleconferência “Diferentes dimen-sões da alimentação saudável” pode ser conferida no link http://reanerj.blo-gspot.com.br/

A Escola de Nutrição da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO comemora 70

anos de existência e pioneirismo na formação dos Nutricionistas. Para marcar a importância desta Escola dentro da área de Saúde da Universidade, o CRN-4 parabe-niza a Nutricionista e Professora, Ana Maria Mendes Monteiro Wan-delli, eleita para ocupar o cargo de Decana do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS) da Universidade Federal do Estado do

Escola de Nutrição da Unirio comemora 70 anos de existência

Rio de Janeiro, no mandato 2013/2017, substituindo a Nutricionista e Profes-sora Lúcia Marques Alves Vianna, que ocupou o cargo de Decana nos últimos quatro anos. O processo de mudanças também envolve a direção da Escola de Nutrição. A atual diretora Maria Aparecida Campos será substi-tuída, em maio, pelo professor Ander-son Junger Teodoro.

O CCBS é composto de cinco Uni-dades Organizacionais: Escola de Nu-trição, Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, Escola de Medicina e Cirurgia e Instituto de Biociências e Instituto Bio-

médico. Além dos cursos de gradua-ção, oferece cursos de especialização e residências. A Decania do CCBS, que fica responsável por todas essas unidades, é um cargo diretamente ligado à Reitoria da Universidade.

No último processo eleitoral a Nutricionista Ana Maria Wan-delli concorreu com o biomédico, Antonio Brisolla Adiuna, e com o médico pediatra, Edson Liberal. A eleição, mais uma vez, de uma Nu-tricionista para o cargo de Decana do CCBS, mostrou a força da Escola de Nutrição dentro da Universidade.

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Ficha Técnica

“Não faz Nutrição quem não adota fichas técnicas”. Essa afir-mação incisiva pode

parecer radical, mas resume a opinião de nutricionistas conceituadas na área acadêmica e profissional ouvidas nesta edição. Mais do que uma adver-tência, é um alerta para os profissio-nais que não entendem a importância das fichas técnicas de preparo (FTPs) como instrumentos básicos de contro-le da qualidade, da segurança alimen-tar, da satisfação do consumidor e dos custos. Nesta entrevista, as professo-ras Raquel Botelho (UNB) e Rachel Marchtein (UBM – Centro Universitá-rio de Barra Mansa) dão a dimensão exata dessa ferramenta de trabalho e as vantagens de quem a utiliza.

Instrumento essencial para o controle da qualidade

“As fichas técnicas são diferenciais que garantem segurança alimentar.”Raquel Botelho

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Controle de custo e desperdício Imagine uma unidade de alimen-

tação onde não se controla o peso dos ingredientes, o per capita, o ren-dimento, o custo, o valor nutricional das receitas e o modo de preparo das porções. Sem essas e outras etapas de planejamento e controle da pro-dução é impossível evitar desperdí-cio, padronizar e garantir a qualida-de do processo e das condições hi-giênico-sanitárias. Para a professora do Laboratório de Técnica Dietética da Universidade de Brasília (UNB), Raquel Botelho, as Fichas Técnicas de Preparo (FTPs) são instrumentos gerenciais de apoio operacional que possibilitam isso.

– O nutricionista que não adota as fichas técnicas – e nem tenta – não está fazendo nutrição – avalia.

Ela reconhece que a montagem das fichas técnicas dá trabalho, leva tempo, mas, quando estão prontas, facilitam a montagem do cardápio e mudanças nas preparações. “As fichas técnicas são diferenciais que garantem segurança alimentar e, com as modificações que proporcionam, motivam os funcionários. Ao padro-nizar a produção, possibilitam o con-trole dos custos, o que impacta os empresários.”

Raquel reconhece também que muitos funcionários resistem à adoção das fichas técnicas e, por essa razão, é necessário explicar sua importân-cia. Para aplicá-las, segundo a pro-fessora, é essencial que haja parceria entre nutricionistas e funcionários, capacitação e discussões em grupo, a fim de envolvê-los no processo de mudanças.

Para a nutricionista, nas fichas téc-nicas devem constar dados mínimos como peso bruto e líquido dos in-gredientes, per capita, descrição do modo de preparo, rendimento das receitas, fator de cocção, tempo de preparação e descrição dos equipa-mentos utilizados na produção. “Isso ajudará no planejamento do cardápio e possibilitará a execução de prepa-rações adequadas aos equipamentos, ao pessoal e ao tempo disponíveis”, explica.

Sua expertise na elaboração e apli-cação de fichas técnicas de preparo

rativo de custo, de uso equilibrado de ingredientes, de estoque e de pre-parações para montar cardápios com equilíbrio calórico e qualidade nutri-cional – destaca.

Segundo ela, as fichas técnicas pertencem ao profissional e servem como banco de dados para qualquer trabalho, mas reconhece que, em alguns momentos, o nutricionista terá de ajustá-las, porque podem ocorrer pequenas variações, como a quali-dade dos ingredientes fornecidos e o modo de manipular os alimentos. Nada, no entanto, que não seja fácil de solucionar.

Além dos itens básicos, a nutricio-nista recomenda a inserção de dados que agregarão valor às fichas técni-cas, como a especificação dos ingre-dientes (ex: palmito tipo pupunha) e tipo de corte do alimento (ex: iscas, palito, tornedor etc). Também recomenda a inclusão do custo per capita dos ingredientes, que fornece-rá o custo unitário da porção, e seus quantitativos de miconutrientes, que darão o valor calórico da porção.

– As fichas técnicas são, portan-to, a base do nosso trabalho, porque possibilitam o controle de custo, ga-rantem o equilíbrio calórico das refei-ções, a padronização das caracterís-ticas sensoriais da preparação e dos per capitas, a otimização de tempo de pré-preparo e preparo, além da verificação do volume quantitativo de ingredientes na produção.

Outro procedimento recomendado é o recebimento e liberação de ingre-dientes entre centro de custos, por escrito.

transformou Raquel Botelho numa “militante da causa”, principalmente junto a alunos e estagiários.

– Consigo convencê-los da impor-tância das fichas técnicas abordando o impacto que a falta de padroniza-ção na produção de alimentos - visto que as pessoas comem fora de casa – terá lá na frente, nos consultórios, na prescrição de dietética – afirma.

Nutricionista só dá valor às FTPs ao trabalhar

A coordenadora acadêmica do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), Rachel Marchtein, é mais crítica, e enfatiza: “O nutricionista que não monta fichas técnicas não sabe técnica dietética”. Ela considera que os estudantes de graduação não dão a devida importância à discipli-na, por não perceber sua estratégia no conjunto da formação. Ela aponta que sendo o alimento a base do pro-fissional é preciso utilizar todas as ferramentas necessárias, análise, ver-ficação e desdobramento, que devem se tornar rotina.

Rachel salienta que o nutricionista não tem de saber orientar a compra dos ingredientes, conhecer o valor nutricional e as técnicas de manipu-lação, supervisionar a execução do pré-preparo e o preparo e selecionar as preparações. “O nutricionista só dá valor às fichas técnicas quando começa a trabalhar”, lamenta. A pro-fessora ressalta, no entanto, que as fichas devem constar no Manual de Padronização da Unidade.

– Sem as fichas técnicas, o nutri-cionista não tem parâmetro compa-

“O nutricionista só dá valor às fichas técnicas quando começa a trabalhar.”

Rachel Marchtein

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Parceria

O Ministério Público do Estado do Rio promoveu um encon-tro, no dia 26 de março de 2013, com representantes

da área de educação do Governo do Estado e da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para a apresen-tação do relatório sobre a qualidade de alimentação oferecida em escolas estaduais. O relatório elaborado pela equipe de Fiscalização do Conselho Regional de Nutricionistas – 4ª Região (CRN-4) foi realizado a partir do pedido da 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Proteção à Educação.

A apresentação do relatório foi feita pela coordenadora da Fiscalização do Conselho, Samara Crancio, que infor-mou que os dados foram coletados no período de outubro de 2010 e julho de 2012 em 301 das 1.350 escolas estadu-ais nos 92 municípios (22,3% do total de unidades). Ela ressaltou que esse percentual de amostragem foi definido por um profissional de estatística que estabeleceu um critério científico para espelhar a realidade no Estado. Fez um agradecimento especial para a equipe de fiscalização, que se empenhou para atender à solicitação do MP.

Samara explicou que os nutricionis-tas da Secretaria de Estado de Educação (SEEDUC) dispõem de um instrumento intitulado Manual de Orientações Pro-grama Estadual de Alimentação Escolar (MOPAE) e a equipe de fiscalização consultou e analisou este manual e depois estabeleceu um grupo de traba-lho em parceria com a Associação de Nutrição do Estado do Rio de Janeiro

CRN-4 elabora relatório sobre a qualidade na Alimentação Escolar Fiscalização elabora documento, em resposta ao Ministério Público, que aponta que a execução do Programa de Alimentação Escolar (PAE) não atende aos seus objetivos nas unidades escolares públicas do Estado do Rio de Janeiro

(Anerj) para desenvolver um Relatório de Visita específico. Foram conside-rados aspectos nutricionais, higiênico-sanitários, condições das áreas físicas das Unidades de Alimentação e Nutri-ção (UAN) e procedimentos de controle de qualidade implantados para avaliar a qualidade das refeições oferecidas.

No que se refere à qualidade da ali-mentação oferecida aos alunos foram utilizados como base os princípios dietéticos da quantidade, qualidade, harmonia e adequação às diretrizes do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) dispostas na Resolu-ção FNDE 38/09. Foi também observa-do o cumprimento da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, que determina que “do total dos recursos financei-ros repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% devem ser utilizados na aquisição de gêneros ali-mentícios diretamente da agricultura familiar.

O relatório aponta que 76% dos cardápios oferecidos (no dia da visita) não atendiam ao princípio da harmo-nia e 52% ao da adequação; apenas 13% das UE atendiam à determina-ção do FNDE de oferecer, no mínimo, três porções de frutas e hortaliças por semana; das que não atendiam, 9% ofereciam somente uma ou duas porções semanais. Um dos pontos ne-gativos é que 51% das UE adquiriam frutas apenas uma vez por mês e 42% ofereciam doces de um a dois dias por semana e 4% das UE de três a cinco dias, contrariando os cardápios plane-jados pelos Nutricionistas e publicados

no D.O, nos quais a oferta de doces limita-se a uma vez por semana.

O relatório do CRN-4 também mostrou que 36% das UE utilizavam, mais de uma vez por semana, enlata-dos para o preparo das refeições, o que também contraria os princípios do FNDE. Embora seja proibido pelo FNDE oferecer aos alunos refresco artificial, 255 das escolas utilizam esta prática. Além disso, 95% das escolas não ad-quiriam produtos da agricultura fami-liar, em desacordo com a Lei.

O documento de 13 páginas, que foi entregue aos gestores presentes e está disponível no site www.crn4.org.br, não se restringe ao planejamento e qualida-de nutricional dos cardápios. Também relata irregularidades como o não cum-primento das normas sanitárias, por exemplo não ter certificados de controle de pragas e do controle da água. Outros aspectos apontados foram a uniformi-zação indadequada daqueles que ma-nipulam os alimentos, as condições da área física (inclui os equipamentos) e o controle de qualidade.

Déficit de nutricionistasA Promotora de Justiça Juliana

Gomes Viana informou que o MP cobrará do Estado a execução de uma política eficaz de alimentação escolar. Para isso, vai requisitar à Secretaria uma série de medidas, que inclui a ca-pacitação de todo o pessoal que lida com a manipulação de alimentos. Ela solicitou ainda que o CRN-4 continue a contribuir com o MP/RJ e afirmou que apontará o enorme déficit de

José Mesquita, Ana Mirrha, JulianaGomes Viana e Kátia Cardoso dos Santos

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nutricionistas, como um dos fatores que contribui para as irregularidades apontadas no relatório. Atualmente a SEEDUC conta com três nutricionistas no quadro. Segundo o documento, é necessária a contratação de mais 383 profissionais, conforme previsto na Res CFN 465/2010. De acordo com a Reso-lução do próprio FNDE, a entidade exe-cutora pelo PAE é obrigada a atender aos parâmetros numéricos estabeleci-dos pelo CFN.

A Fiscalização do CRN-4 avaliou que, apesar dos esforços do quadro de nutricionistas da SEEDUC, é inviável o desenvolvimento das atribuições e também do acompanhamento da exe-cução do programa nas 1.350 escolas do estado. Essa questão foi apontada para o MP como uma das principais causas do não atendimento dos ob-jetivos do programa, que inclui contri-buir com a aprendizagem, rendimento escolar e práticas alimentares saudá-veis dos alunos entre outros.

A promotora se mostrou muito im-pressionada com os dados revelados pelo relatório e anunciou a intenção de formalizar um termo de cooperação, in-clusive para fiscalizar escolas privadas que ainda não contam com nutricionis-tas em seus quadros funcionais.

Além da Promotora Juliana Viana, participaram do encontro a presidente do CRN-4, Kátia Cardoso dos Santos; a presidente do Conselho de Alimenta-ção Escolar (CAE), Ana Cristina Ferreira Mirrha; o presidente do Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional do Rio de Janeiro (Consea), José Gonçal-ves de Mesquita; a presidente da Asso-ciação de Nutricionistas do Estado do Rio de Janeiro (Anerj), Lúcia Andrade; o assessor da Secretaria de Estado de Educação, Paulo Laboissiere; a coorde-nadora da Alimentação Escolar da Se-cretaria de Estado de Educação, Daniela Mello Duarte; e a assessora da Comis-são de Educação da Alerj, Marilda Reis de Almeida, entre outros participantes que atuam na área da educação.

Kátia Cardoso dos Santos ressaltou a importância do documento e mostrou preocupação com o público alvo deste relatório, que, em sua maioria, não tem acesso a uma alimentação saudável em casa, pois foi verificado que a maioria dos cardápios executados nas escolas não correspondiam aos elaborados pelos nutricionistas e privilegiavam ba-sicamente a aceitabilidade do aluno, o que compromete a formação de

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) firmou Termo de Cooperação com o Conse-

lho Regional de Nutricionistas - 4ª Região (CRN-4) e com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O documen-to foi firmado por meio do 8° Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Execução Penal (CAOP) com a proposta de desenvolver ações para adequar a alimentação e nutrição dos apenados e, com isso, melhorar a saúde dentro do sistema carcerário do Estado do Rio de Janeiro. O ob-

hábitos alimenta-res saudáveis. A presidente do CRN-4 ressaltou que é preciso que o poder executivo pense na segu-rança alimentar e na saúde e entenda a ne-cessidade de se ampliar o quadro de nutricionistas nesta área. Alertou que não se trata de corporati-vismo, mas o trabalho do nutricionista contribui efetivamente para a promo-ção da saúde da população. É preciso garantir o Direito Humano à Alimenta-ção Adequada, presente na Constitui-ção do Brasil.

O relatório que fará parte do in-quérito que apura a qualidade da ali-mentação escolar oferecida no estado, servirá também para orientar ações da Secretaria do Estado de Educação para melhorias do serviço. Cabe res-saltar que um dos desdobramentos do evento é uma Audiência Pública a ser realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) no dia 15 de maio.

A questão da alimentação escolar no Estado do Rio de Janeiro teve reper-cussão na mídia. Confira matéria com-pleta no link: http://extra.globo.com/noticias/rio/ministerio-publico-conde-na-merenda-escolar-da-rede-estadual-7966503.html

Ministério Público firma termo de cooperação com o CRN-4jetivo é que o CRN-4 colabore com o conhecimento técnico de alimentação e nutrição nas visitas às unidades pri-sionais do Estado do Rio de Janeiro, avaliando a qualidade da alimentação dos apenados.

O 8º CAOP informou que as parcerias do MPRJ com o CRN-4 e a Fiocruz fazem parte de outras ações já desenvolvi-das pelo Núcleo de Apoio ao Sistema Prisional (NASP) do Ministério Público, que tem como finalidade agregar às fiscalizações do sistema para propor soluções a partir de visões diferentes. Assinaram o convênio o Procurador-

Geral de Justiça, Cláudio Lopes, os Co-ordenadores do 8º CAOP, Promotores de Justiça Andrezza Duarte Cançado e João Alfredo Gentil Gibson Fernandes; a Diretora do Centro Latino-America-no de Violência e Saúde Jorge Carelli (CLAVES/ENSP/FIOCRUZ), Maria Cecília de Souza Minayo; a Presidente do CRN-4, Kátia Cardoso dos Santos, a Co-ordenadora de Fiscalização do CRN-4, Samara Crancio, e a Assessora Jurídi-ca do Conselho, Mariângela Polastri Castro, além do Secretário de Estado de Administração Penitenciária, Cesar Rubens Monteiro de Carvalho.

9Revista CRN-4 Abril de 2013

Samara Crancio

DEFICIT DE NUTRICIONISTAS

Sistema Penitenciário

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Espirito Santo

A Fiscalização do CRN-4 tem intensificado as visitas fiscais no Espírito Santo. Logo no início do ano, em janeiro, a Nutricionista Fiscal Celina Oliveira esteve nos municípios de

Vitória, Serra, Cariacica e Vila Velha realizando ações de fiscalização em 21 instituições e empresas a partir de denúncias e demandas dos profissionais da região. O CRN-4 também promoveu uma ação de entrega de Carta Aberta, como resultado das ações fiscais em vários mu-nicípios. A diretoria do Conselho e as conselheiras do Espírito Santo foram recebidas pelos gestores. O con-teúdo do documento aponta a deficiência de quadro técnico de nutricionistas e mostra a necessidade da realização de concurso público para o provimento e ampliação de cargos. A Carta Aberta também foi assi-nada pela Associação de Nutrição do Estado do Espíri-to Santo (Anees) e pelo Sindicato dos Nutricionistas do Estado do Espírito Santo (Sindinutri-ES). O documento tem o objetivo de fazer uma análise da área de Nu-trição em cada região. No período de 12 a 19 de abril foram programadas novas visitas fiscais.

Ações de Fiscalização

CRN-4 apoia GESAN

Para mais informações sobre a Anees e o Sindicato:http://aneesnutricao.blogspot.com.br• /www.sindinutri-es.org.br• /

Solenidade de entrega de habilitação profissional

Nos dias 22 e 23 de feverei-ro, o Grupo de Estudos em Segurança Alimentar e Nu-tricional Prof. Pedro Kitoko

(GESAN) realizou o II EIGESAN (En-contro de Integração dos membros do GESAN), no Campus de Alegre (UFES). A programação contou com a reali-zação do ‘Seminário Diversidades e Convergências´, tema principal do en-contro. O segundo dia foi destinado à programação de futuras ações do grupo.

No seminário foram discutidas as diversidades existentes no campo do Direito Humano à Alimentação Ade-quada e Saudável (DHAA) e suas con-vergências, com a participação de aca-dêmicos, professores, representantes de sindicatos e associações.

O evento, que contou com o apoio do CRN-4, FBSSAN, FOSAN-ES e CON-

SEA-ES, também discutiu temas como soberania e segurança alimentar e nu-tricional, agroecologia, aspectos higiê-nicos e sanitários, conflitos no campo, geografia alimentar, comércio justo e solidário, educação no campo, os

aspectos sociológicos, fitoterápicos e alimentares relativos aos saberes co-munitários, bem como o Sistema Na-cional de SAN.

Mais informações sobre o GESAN acesse http://gesan-ppk.blogspot.com

A criação de uma solenidade de entrega de habili-tação profissional é um projeto da gestão “Articula-ção e Atitude” que tem como objeti-vo esclarecer as principais dúvidas dos novos profis-sionais, tanto Nu-tricionistas quanto os Técnicos em Nutrição e Dietética, em relação ao papel de cada entida-de. O evento é uma ação conjunta do CRN-4, da Associação de Nutrição do Estado do Rio de Janeiro (Anerj) e Espírito Santo (Anees) e do Sindicato dos Nutricionistas do Estado do Rio de Janeiro (Sinerj) e do Sindicato dos Nutricionistas do Estado do Espírito Santo (Sindinutri). Na última soleni-dade realizada em Vitória, nas dependências da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo (ALES), no dia 6 de março, foi lançado o vídeo produzido pelo CRN-4 “Alimenta-ção Coletiva em Foco”. O material de comunicação faz parte da campanha promovida pelo Conselho “Alimentação Coleti-va em Debate”.

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Integrantes da GESAN

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Saúde

O CRN-4 vem participando, como convidado do CFN para ampliar a representação da Nutrição, das reuniões do Comitê Gestor do Pro-grama de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviço na Saúde Suplementar, assim como dos grupos de trabalho que definem os indicadores de qualidade para serviços auxiliares de

diagnósticos e terapia. O programa foi instituído pela Resolução normativa da ANS nº 267 de 2011

e tem o objetivo de oferecer ao consumidor maior capacidade de escolha de seu plano de saúde, já que poderá avaliar a qualidade da rede associada a cada produto disponível no mercado, mudando o foco do preço para a qualidade do serviço prestado. Além disso, como as informações disponíveis sobre qualidade dos hospitais ainda são muito escassas, esta divulgação promoverá concorrência positiva.

Da mesma forma vem participando da Câmara de Saúde Suplementar que tem como proposta discutir e definir ações pertinentes aos profissionais de saúde.

CRN-4 participa de reuniões na Agência Nacional de Saúde Suplementar

AgrotóxicosA “Mesa de Controvérsias sobre

Agrotóxicos”, promovida pelo Conse-lho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) em parceria com a Câmara Interministerial de Seguran-ça Alimentar e Nutricional (Caisan) e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), teve o ob-jetivo de refletir sobre o alcance e va-lidade dos argumentos subjacentes às ações públicas e privadas que contri-buem para o Brasil ter uma participa-ção significativa no mercado de agro-tóxicos no mundo.

A presidente do Consea, Maria Emilia Pacheco, ressalta a importância de todos que atuam na área de alimen-tação e nutrição tomarem conhecimen-to do debate. Por isso, os documentos e apresentações realizadas no evento estão disponíveis no site http://www4.planalto.gov.br/consea

A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) lançou o dossiê “Um Alerta Sobre os Impactos dos Agrotóxi-cos na Saúde”, que está disponível no site www.abrasco.org.br

No início de 2013 o CRN-4, representado por sua presidente Kátia Cardoso dos Santos; pela tesoureira, Marlete Pereira e pela coor-denadora da Fiscalização, Samara Crancio, se reuniu na Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ) com a subsecreta-

ria de Unidades Próprias (instância de gestão dos hospitais estaduais), Ana Lúcia Eiras das Neves com a finalidade de compartilhar informações obtidas pela Fiscalização que comprometam o exercício profissional do nutricionista. Também foi entregue documento alertando sobre o quantitativo insuficiente do quadro de nutricionistas em diversos hospitais estaduais e o consequente prejuízo para a saúde dos pacientes.

Na oportunidade também foi abordada a questão dos prontuários eletrô-nicos implantados em alguns hospitais, em que ainda não há espaço para a prescrição do nutricionista. A subsecretária informou que o Hospital da Mulher, em São João do Meriti e o Hospital da Mãe estão em processo de im-plantação do Sistema e que o espaço para o nutricionista estaria garantido.

No encontro, que também contou com a participação da nutricionista Érika Santinoni da Secretaria de Estado de Saúde, ficou acordado que seria agen-dada uma nova reunião para a apresentação do projeto de ação para 2013 da SES/RJ.

Fiscalização aponta número insuficiente de nutricionistas em hospitais da rede estadual

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Mais informações sobre a ANS:http://gj2.ot.sl.pt e http://gj2.rh.sl.pt

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Artigo

A Doença de Alzheimer (DA) é a forma mais comum de demência neurodegenerati-va manifestada em pessoas

idosas. Segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde, a prevalên-cia de demência na população com mais de 65 anos aproxima-se dos 7,1%, sendo que a DA é responsável por 55% destes casos¹. Ao se consi-derar a população de idosos no Brasil de aproximadamente 15 milhões de pessoas, a estimativa para demên-cia é de 1,1 milhão de idosos. Outros estudos também relataram que no país, a prevalência de DA dobra, em média a cada 5 anos, podendo ultra-passar 1% aos 60 anos e com possibi-lidade de alcançar 40% da população com idade superior aos 85 anos ².

A DA manifesta-se clinicamente por alguns sintomas típicos como falta de memória para acontecimentos recen-tes, repetição da mesma pergunta várias vezes, dificuldade para acom-panhar conversações ou pensamentos complexos, dentre outros. A causa dessa enfermidade segue indetermina-da, entretanto, estudos recentes des-crevem forte associação entre DA com pesticidas, hipertensão e altos níveis de colesterol, hiperhomocisteínemia, fumo, depressão e traumas cerebrais³. Outros fatores de risco bem estabe-lecidos para DA são idade e história familiar da doença (o risco aumenta com o número crescente de familiares de primeiro grau afetados)¹.

A fisiopatologia da doença é des-crita através de duas vias distintas de neurodegeneração: a via da cascata amiloidal, sendo esta as formas fami-liais da doença, e a via colinérgica. Na primeira ocorre clivagem proteolítica anormal da proteína precursora amiloi-de, seguida de produção de proteína β-amilóide, agregação e deposição de placas amilóides extracelulares e for-mação de novelos neurofibrilares in-tracelulares levando a superprodução de radicais livres, ativação da glia e in-flamação. Por sua vez, a via colinérgi-ca promove a redução da atividade da

Doença de Alzheimer e Vitamina E

colina acetiltransferase e redução da atividade da acetilcolinesterase. Estas vias resultam em perda sináptica e morte neuronal observada nas regiões cerebrais responsáveis pelas funções cognitivas, incluindo o córtex cerebral, o hipocampo, o córtex entorrinal e o estriado ventral 4.

Segundo Cardoso e Cozzolino (2009), a proteína β-amilóide desen-volve papel central no aumento do estresse oxidativo em portadores de Doença de Alzheimer. Os radicais livres (causadores do estresse oxidativo) promovem danos celulares por meio de peroxidação lipídica, oxidação pro-téica e do DNA sendo diretamente res-ponsáveis pela destruição de células do tecido neuronal. Na mitocôndria, a proteína β-amilóide inibe a cadeia transportadora de elétrons, diminui a taxa respiratória e induz a liberação de radicais livres, podendo também causar neurotoxicidade por meio da produção direta dessas espécies rea-tivas, através da interação da proteína β-amilóide com metais de transição5. Por consequências destas reações,

podem ocorrer perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, as quais são essenciais para a linguagem, raciocínio, memória, re-conhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato 6.

Neste contexto, a utilização de nu-trientes antioxidantes pode exercer um papel fundamental no controle do dano neurodegenerativo. Dentre estes, destaca-se a vitamina E por apresentar formidável efeito antioxi-dante. Na realidade, a nomenclatura “vitamina E” engloba oito substâncias com características estruturais e pro-priedades químicas similares designa-das vitâmeros. Estes são subdividos em quatro tocoferóis (α, β, δ, γ – toco-ferol) e quatro tocotrienóis (α, β, δ, γ - tocotrienóis). Ao contrário de muitos outros antioxidantes celulares que são enzima- constituintes ou sistemas enzima-dependentes, a reação antioxi-dante da Vitamina E é não-enzimática e rápida7.

O papel principal da Vitamina E como um antioxidante é creditado à função de varredura dos radicais

“A utilização

de nutrientes

antioxidantes

pode exercer papel

fundamental no

controle do dano

neurodegenerativo”

Leonardo Murad

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lipídicos peroxila, que são as espé-cies da cadeia de transporte oxidante que propagam a peroxidação lipídica. Desta maneira, a oxidação de lipídios é vista como um processo mediado pela reação em cadeia de radicais livres. A propagação da cadeia ocorre pela abstração de um átomo de hidro-gênio, a partir da reação de lipídios-alvo pelo radical peroxila. Os radicais livres de lipídios ainda podem reagir com o oxigênio molecular para gerar outro radical lipídico peroxila e produ-zir outras reações em cadeia. Assim, a vitamina E funciona como um inibi-dor dos radicais peroxila, a partir da doação de um elétron que estabiliza o radical, antes que seja iniciada uma reação em cadeia. Em estudos in vitro, a medição desta inibição dos radicais peroxila pela vitamina E indicou que esta reação é consideravelmente mais rápida que a taxa de reação entre o radical peroxila e o substrato lipídi-co8.

Com esta visão bioquímica, traba-lhos com vitamina E e DA têm sido amplamente desenvolvidos. Pesqui-sas in vitro com células hipocampais e corticais têm demonstrado menor taxa de morte induzida pela proteí-na β-amilóide, nas culturas celulares tratadas com vitamina E9. Um estudo realizado em uma linhagem animal

espontaneamente hipertensa e pro-pensa ao acidente vascular encefálico demonstrou preservação do tecido cerebral e manutenção da memória e cognição em animais tratados com Vi-tamina E em comparação aos animais controles10. Outros trabalhos experi-mentais com roedores têm apresen-tado atenuação do efeito tóxico da proteína β-amilóide e melhora na performance cognitiva em ratos suple-mentados com vitamina E11.

Entretanto, investigações epide-miológicas apresentaram uma série de controvérsias. Devore et al (2010), afirmaram que o alto consumo de vi-tamina E está relacionado com redu-zido risco de demência senil e DA12. Corroborando com esta tese, demais estudos de longo acompanhamento apontaram que grandes quantidades de vitamina E, mas não de vitamina C ou beta-caroteno, foram associados com uma substancial redução no risco de desenvolvimento da DA. Um destes trabalhos afirmou que a utilização de 2000 UI (unidades internacionais) de vitamina E por dia reduziria o risco do aparecimento de DA. Por outro lado, um trabalho mais recente com um grande número de participantes, afirmou que não houve correlação entre o alto consumo de vitamina E (2000 UI) e diminuição do risco da

progressão da demência senil para a DA12 .

Em adição, uma revisão sobre Vita-mina E e acidente vascular encefálico (AVE) demonstrou aumento do risco de desenvolvimento de AVE isquêmi-co e hemorrágico após uso indiscrimi-nado e prolongado de Vitamina E13. Atualmente, não existem recomenda-ções seguras e é desaconselhado o consumo de suplementos de Vitami-na E com dose iguais ou superiores a 400UI ou 268,45mg/dia, devido a cor-relações feitas em estudos epidemio-lógicos que demonstraram aumento da mortalidade por diversas doenças vasculares em grupos populacionais com consumo diário igual ou acima desta dose14.

A relação entre a Doença de Alzhei-mer, estresse oxidativo e vitamina E é intrínseca, podendo haver uma boa resposta no retardo da progressão da doença com a utilização de desta vi-tamina. Contudo, torna-se necessário a realização de novas pesquisas, com desenhos de estudos diferenciados para determinar as possibilidades te-rapêuticas da vitamina E na Doença de Alzheimer de forma segura e eficaz.

Leonardo Borges MuradNutricionista INCADoutor em Neurologia

1-Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Portaria nº491, de 23 de setembro de 2010. Brasil.

2- Nitrini R, Caramelli P, Herrera Jr. E, Bahia VS, Caixeta LF, Radanovic M, et al. Incidence of dementia in a community-dwelling Brazilian population. Alzheimer Dis Assoc Disord. 2004;18(2):241-6.

3-Campdelacreu J. Parkin-son disease and Alzheimer disease: envi-ronmental risk factors. Neurologia. 2012. In press.

4-Serniki A, Vital MABF. A doença de Alzheimer: aspectos fisiopatológicos e farmacológicos. Rev Psiquiatr RS. 2008; 30(1 Supl).

5-Cardoso BR, Cozzolino SMF. Oxidative stress in Alzheimer’s disease: the role of vitamins C and E. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim.Nutr. / J. Brazilian Soc. Food Nutr. 2009; 34(3):249-259.

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13-Schurks M et al. Effects of vitamin E on stroke subtypes: meta-analysis of randomised controlled trials. BMJ 2010;341:c5702.

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World Nutrition

O World Nutrition Rio 2012 continua renden-do frutos, com reuniões, grupos de trabalho e

eventos como parte do processo de desdobramento de pontos fun-damentais apontados no Congres-so Internacional, que teve como tema “Conhecimento, Política de Ação”. A ideia do grupo que vem acompanhando este processo é promover a discussão continuada e ações efetivas na Nutrição em Saúde Pública. O CRN-4, junto com o Conselho Federal de Nutricionistas, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Univer-sidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), Universidade Federal Fluminense (UFF), a Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/FIOCRUZ), o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Instituto de Nutrição Annes Dias (INAD), o Rio de Janeiro City Hall e o Telessaúde/UERJ, integra esse grupo, que passou a se chamar “Coletivo de Desdobramento do World Nutrition Rio 2012”, e tem participado de todas as discussões.

Em fevereiro deste ano aconteceu o I Ciclo de Debates, na UERJ, que abordou as questões em torno de conflito de interesses em parcerias público-privadas em alimentação e nutrição. O evento contou com a parti-

cipação dos palestrantes Renato Maluf e Fátima Portilho (ambos da Universi-dade Federal Rural do Rio de Janeiro), e a moderadora foi Luciene Burlandy (UFF ). Na abertura foi apresentado o vídeo da sessão do Congresso “Comer como ato político”.

Fátima Portilho focou na questão do consumo, ressaltando que a escolha dos alimentos na hora da compra é uma questão política, pois o consumidor pode agir de várias maneiras e uma delas é o boicote. Renato Maluf defendeu uma relação entre alimentação e política em que o consumo não é o único elemento. Ele mostrou que o consumo acontece sob a influência de determinantes sociais e econômicos. Ele destacou ainda que as pessoas se preocupam com a se-gurança dos alimentos, mas não cos-tumam perceber as questões relacio-nadas com a produção e distribuição,

que têm mais aspectos sociais e relações de poder. Maluf também elogiou o World Nu-trition, realizado no Brasil, por ser o primeiro congresso a de-senvolver ações continuadas. A 2a seção do I Ciclo de Debates aconteceu em março e teve como tema “ Parcerias Público Privadas em Nutrição e Saúde Pública: o interes-se público”. As palestrantes foram Mariana Ferraz (Univer-

sidade de São Paulo) e Luciene Bur-landy (UFF) e o moderador foi o nutri-cionista Fabio Gomes (INCA).

Luciene Burlandy focou sua apre-sentação nos aspectos conceituais. Ela compartilhou com o público pre-sente o que está sendo discutido no Grupo de Trabalho “Regulamentação dos conflitos entre interesses pú-blicos e comerciais em nutrição em saúde pública” (também parte do WN-Rio2012). Luciene analisou o tema de acordo com o contexto, as políticas atuais e seus princípios, bem como as ações e políticas do setor privado. Ela apoiou a necessidade de regula-mentar o setor privado, que não deve ser envolvido em políticas públicas. Já Mariana Ferraz mostrou alguns exem-plos práticos de relações públicas e corporativas no Brasil. Afirmou que não é possível considerar como normais as ações da indústria de alimentos, que acabam gerando um impacto negati-vo sobre a política pública. Mariana propôs a construção de um quadro de alimentação e nutrição com base na experiência com a Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.

Os resultados do Ciclo de Debates serão ulilizados para a elaboração de um manifesto do Coletivo, que será lançado na última sessão do I Ciclo de Debates.

Ciclo de Debates como processo de desdobramento do Congresso Internacional

Mais informações: [email protected]

Fátima Portilho, Luciene Burlandy e Renato Maluf

Luciene Burlandy, Fábio Gomes, Mariana Ferraz (na mesa) e Inês Rugani

Foto: Jonathan Nunn

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Eleições no CRN-4

Ao Eleitor

A m p l i a r c o n q u i s -tas obtidas

durante a gestão Articu-

lação e Atitude (2010/2013), descritas

no encarte “Balanço de Gestão” e apre-sentar novas propostas que atendam e respeitem as demandas da categoria são os objetivos da Chapa 1- Articula-ção e Atitude: Ampliando Conquistas.

Acreditamos que o trabalho con-junto entre o Conselho de Nutricionis-tas -4ª Região (CRN-4) com as Associa-ções de Nutrição dos Estados do Rio de Janeiro (Anerj) e do Espírito Santo (Anees) e com os Sindicatos dos Nutri-cionistas do Rio de Janeiro (Sinerj) e do Espírito Santo (Sindinutri-ES) tem con-tribuído para o fortalecimento da nossa profissão. Por isso, vamos intensificar essa parceria e também a parceria com as Instituições de Ensino Superior (IES) e outras que forem necessárias.

Sabemos que somente com o apoio da categoria é que podemos avançar ainda mais em nossas propostas. Que-remos manter uma gestão participativa, com o objetivo de desenvolver ações que possam atender efetivamente as demandas da categoria e ampliar a vi-sibilidade dos nutricionistas e de seu conhecimento técnico e científico para toda a sociedade.

Nossa meta é continuar investindo em estrutura para que o Nutricionista seja atendido cada vez melhor em seu Conselho profissional e que entenda o papel dessa entidade. Desejamos um bom voto para todos!

Nutricionistas elegem a gestão 2013/2016

O próximo processo eleitoral no CRN-4 para eleger a gestão 2013/2016 está marcado para o dia 8 de maio e será por meio eletrônico (Via internet). Para exercer o

direito de voto é preciso estar em dia com as anui-dades e com o endereço atualizado junto ao Con-selho.

A Comissão Eleitoral informa que apenas uma chapa se inscreveu para participar do pleito. Chapa

1- Articulação e Atitude: Ampliando Conquis-tas.

Para atender as principais dúvidas dos nutri-cionistas, a comissão eleitoral, composta pelas nutricionistas Márcia Maforte Braga, Idalina de Melo Gopnçalves, Cláudia Santos de Aguiar Cardoso, Vânia Maria de Freitas Sares Barberan e Rosane Martins de França, criou o e-mail: [email protected]

PROPOSTAS E INTEGRANTES DA ChAPA 1- ARTICULAÇÃO E ATITUDE: AMPLIANDO CONqUISTAS

Propostas

1 – Fiscalização - Dar continuidade às ações de Fiscalização do CRN-4, com olhar ampliado para as condições de trabalho do nutricionista e técnico em nutrição, (que ainda é um dos aspectos vulneráveis que prejudicam a prática cotidiana destes profissionais), por meio de parceria com o Ministério Público do Trabalho.

Descentralização da Fiscalização em Pólos Regionais (Macaé, Volta Redonda e Petrópolis)– A partir do projeto de des-centralização da fiscalização do CRN-4, iniciado pela gestão Articulação e Atitude, efetivar a proposta e desenvolver estraté-gias de ação locais de fiscais e conselhei-ros junto às IES, gestores,profissionais e empresas.

2 - Projeto Gestor - Dar continuidade à estratégia de promover a visibilidade da profissão junto ao poder público, pelo uso das informações pertinentes ao exercício profissional e as orientações previstas nas nossas normativas, fortalecendo o papel de protagonista do nutricionista nas po-líticas públicas no campo da saúde e se-gurança alimentar e nutricional, investindo no apoio aos profissionais em suas ativi-dades na gestão pública.

3 - CEACOP - Intensificar os trabalhos da Comissão Especial de Acompanhamen-to de Concursos Públicos, que foi criada pela gestão Articulação e Atitude para acompanhar os editais de concursos pú-blicos e tratar das possíveis denúncias de irregularidades em relação a estes editais. Essa ação contempla também o estado do Espírito Santo.

4 – Áreas de atuação profissional – In-vestir em ações específicas em cada área de atuação do Nutricionista, formando

grupos de discussão e promovendo fóruns e eventos com a categoria. Em função das perspectivas geradas pelos eventos espor-tivos a serem realizados no RJ, ampliar as discussões com a participação dos profis-sionais da área. Ação será ampliada para o ES.

5 – Instituições de Ensino Superior - Em parceria com as associações (Anerj e Anees) e com os sindicatos (Sinerj e Sin-dinutri-ES), elaborar um programa dirigido aos estudantes de final de curso, com a fi-nalidade de contribuir com as Instituições de Ensino Superior (IES) no fortalecimento de ações estratégicas que qualifiquem as informações sobre as responsabilidades, bem como as possibilidades de atendi-mento das suas entidades representativas no vinculo com a categoria.

6- Assessoria Parlamentar - Investir em estrutura material para o acompanha-mento de projetos de lei (PL), de modo a facilitar e criar estratégias de interlocução junto ao poder legislativo e executivo dos dois estado (RJ e ES), sob a coordenação da Câmara Técnica de políticas Públicas do CRN-4.

IntegrantesCaroline Iris Cardoso Rocha Passos Cristina Velloso de Melo Denise Pontes Valle Elisa de Farias Simas Moraes Juliana Pizzol Organo Kátia Cardoso dos Santos Lucia França Santos Luciléia Granhen Tavares Colares Madalena Maria Ribeiro Marques Maria do Carmo Rebello Gomes Mariana Correa Gonçalves Marlete Pereira da Silva Myrian Coelho Cunha da Cruz Nara Limeira Horst Nelma Fernanda Fonseca Salvaya Patrícia Valéria Costa Stella Maria Pereira de Gregório Vanessa Vasconcelos Fonseca Barros

Atenção: Confira no site www.crn4.org.br a trajetória profissional de cada membro da chapa “Articulação e Atitude: Ampliando Conquistas”.

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Campanha 2013

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Alimentação fora do lar Um tema que chama a atenção pela

necessidade de se observar o que escolhemos na hora de comer e qual local devemos privilegiar entre a variedade de lanchonetes e restaurantes existentes. A responsabilidade sobre o que é consumido fora de casa também envolve os empresários do setor, que, ao lidar com um público cada vez mais informado sobre os benefícios de uma alimentação adequada e saudável, precisam ficar atentos para o cumprimento de condutas, normas e exigências legais decisivas para a qualidade do seu negócio. Além disso, a preocupação social quanto ao aumento gradativo dos índices de obesidade, diabetes e hipertensão em crianças, jovens e adultos exige mudança de postura de ambos os lados.

A promoção de um serviço de qualidade por parte do empresariado deve ter a contribuição do nutricionista, fundamental para alcançar excelência no que é oferecido aos clientes e alertar a população sobre a importância de uma dieta balanceada. O Sistema CFN/CRN se interessa pela discussão e lança a campanha institucional com o objetivo de orientar o público a respeito das escolhas feitas na hora de comer fora de casa e conscientizar os empresários sobre o papel do nutricionista em seus estabelecimentos: indicar cardápios e opções alimentares mais recomendadas em diferentes situações do dia a dia, zelar pela segurança alimentar e nutricional do que é servido e gerenciar a qualidade dos produtos e serviços por meio de ações que privilegiem o controle sanitário, a prevenção e a diminuição do desperdício.

Trabalho integrado de técnicos

e nutricionistas é fundamental

para promoção da saúde e da

qualidade de vida.