Revista Cultura Hip-Hop #4

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Revista brasileria sobre cultura hip hop, Streetball, Skate e tudo que acontece na cultura urbana brasileira. [email protected]

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Os EditoresMarques Rebelo e Alexandre De Maio

UltrapassandoLimites

A história do Hip-Hop foi construida comsuperações. A primeira foi conquistar aatenção da sociedade, depois ganharespaço e com isso mudar um pouco dainjusta realidade social do planeta.

Em todo o globo isso vem sendoalcançado, mas agora a Cultura de Ruavive outro momento, como disse RappinHood: “Não precisamos aumentarnosso público, e sim, cuidar melhordele”.

Para isso cada vez mais surgemfilmes, músicas, esportes e entrete-nimento baseados na estética e nacultura do Hip-Hop.

Um exemplo disso é o programaManos e Minas apresentado por RappinHood na Tv Cultura, que se tornou avoz da periferia na televisão brasileira.Já nos EUA outro exemplo de que o Hip-Hop pode ser usado de várias maneirase hoje está totalmente inserido nacultura mundial, é o sucesso mundialdo filme High School Musical 3, quecom sua força Pop se apropriou daestética do Hip-Hop e impulsionou ascarreiras das belas Vanessa Hudgense Ashley Tisdale.

Novidades para 2009 sobre o Rap, oGraffiti, o Skate, o Street Ball, DJs e muitomais. Tudo sobre a coletãnea da Nikeem parceria com Racionais e a fuga deKelis e Nas do Brasil. Imperdível!

Sobre os B.Boys, fomos até NovaYork e entrevistamos Ken Swift, a lenda.

E ainda uma entrevista que irá abalara Arte de Rua. Conversamos com ospixadores que “atacaram” a Bienal deSão Paulo, a Galeria Choque Cultural ea Faculdade de Belas Artes.

É o Hip-Hop ultrapassando os limites.

[email protected]á!!! Gostaria de parabenizar toda a equipe da revistaCultura Hip Hop que sempre nos deixa atualizados sobre omundo do Hip Hop. Curti todas as edições. Só não concordocom o Catra na matéria da edição 03. Nada contra o funkcarioca. Tem muita coisa boa no rap nacional que poderiarolar nos bailes. Se no próprio baile funk rola porque nãorolar em nossos bailes??? Agora dizer que o rap nacional oscaras só falam de morte e treta só pode ser brincadeira.

Sou a favor do rap que fale de festa mas não pode faltar orap de protesto como Facção Central, Realidade Cruel, Goge tantos outros espalhados por aí. E aqui vai uma sugestão:que tal uma entrevista com um desses grupos citados naspróximas edições? Rap é compromisso e não banalização.Obrigado pela compreensão. Paz!!!

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om grandes poderes, surgem grandesresponsabilidades, diziam os heróis. E éisso que acontece com Rappin Hood.O mano do PosseMenteZulu, que sedestacou no cenário musical exaltandosua raça com o sucessso “Sou negrão”,ganhou o Brasil com seu Rap misturado

com samba, o que lhe rendeu prestígioentre os músicos e grandes participações em seusálbuns, nunca antes imaginadas por nenhum outrorapper. Em seus discos, circulam nomes como GilbertoGil, Caetano Veloso, Exalta Samba, Jair Rodrigues, ArlindoCruz, Zélia Duncan, Dudu Nobre e até os gringos doLiving Color.

Mas isso foi só o começo. Rappin Hoodmantém no ar o programa “Rapdubom”, na Rádio 105FM, Jundiaí, SP, além de escrever uma coluna na revistaRaça. Fora suas palestras, shows e projetos, ele aindaencontrou tempo para fazer um quadro que mais tardese tornaria um programa de televisão com a responsade ser a “voz da periferia”. Com toda essa exposiçãona mídia, conseguiu quebrar tabus e levar o Rapbrasileiro para novos horizontes.

“A idéia era realizar um projeto focadona cultura, e conversando vimos que poderia sera grande chance de se ter um programa que fossea voz da periferia”, revela um dos diretores, minutosantes do programa, que trazia a Banda Black Rio comoconvidada, entrar no ar.

Toda segunda-feira o programa é gravado comgrande participação do público, e a identificação coma periferia e o Hip-Hop é total. “Alem do Rap e doHip-Hop, temos uma perocupação social emajudar as pessoas da periferia, as menosfavorecidas”, revela Astolfo, que tem muitos anoscomo diretor e também mostra seu senso critico. “Comesse programa, a TV Cultura não faz nada maisque a obrigação, pois é mantida com o dinheirodo povo, dinheiro nosso. Nós temos obrigaçãode colocar as coisas em discussão e mostrar acultura da periferia”, finaliza.

Depois da gravação, fomos até o camarim trocaridéia com nosso parceiro. “Este ano foi agitado...Comecei querendo fazer o meu disco, mas aí veioo projeto do programa e deu uma mudada noquadro geral”. E que mudança! Um programa semanal,em rede aberta, que deu a Rappin Hood uma visiblidadea qual ele mesmo confessa ainda não ter se acostumado.

A história começou com seu quadro no programaMetrópolis, que evoluiu para o projeto de um programa próprio.Depois de meses de negociações para definir o perfil doprograma, a TV Cultura colocou nas mãos de Rappin Hoodprojetos que também estavam em andamento na emissora.“Vi os papéis do projeto do Ferréz, do Busão, e erammuito bons. Daí, pensei: ‘Vamos dar essa oportunidadepara os caras’. Também conhecia a Juju Dendê pararepresentar as minas, e asssim fomos formatando oprograma”.

Sobre ser apresentador de um programa de TV, eleconfessa que ainda se sente estranho. “Nunca tinha meimaginado apresentando um programa de TV, e depoisdo que aconteceu, toda a minha expectativa se voltoupara o público. O que o público iria pensar? Como orapper vai ver isso? A dona de casa, os jovens, a mãedo jovem? Essa foi a minha principal preocupação, evejo que funcionou. Agora, a briga é para se manter noar”, explica Hood.

Mas o saldo geral é positivo. O programa ganhou maishorário no decorrer do ano e promete novidades para o anoque vem. Rappin Hood, que já se destacava como uma vozforte do Rap brasileiro, com respeito e admiração da sociedade,depois do programa ganhou ainda mais notoriedade, e comtudo isso sua responsabilidade aumentou. “Eu me sinto cadavez mais responsável e mais preocupado em representarbem esse povo que nos assiste, que ama o Hip-Hop.Mudou o comportamento nas ruas... Hoje em dia, parafazer um rolê, o ‘bagulho é loko’!. Para ir da Praça doCorreio até a Galeria 24 de Maio (Centro de São Paulo)é ‘muita idéia’. Para fazer uma compra no supermercadoé complicado, só vou de madrugada, não tem jeito.Mas o que eu vejo é que mudou o olhar de algunsrappers. De repente, para alguns foi como se pudessemdizer: ‘Agora, eu posso’. Isso foi muito importante”,desabafa.

Com toda essa visilbilidade e poder, Rappin Hood é a

“PARA ALGUNS RAPPERS,FOI COMO SE DE REPENTE

ELES PUDESSEM DIZER:‘AGORA, EU POSSO’. ISSOFOI MUITO IMPORTANTE”

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grande voz do Rap na mídia. Será quecom isso ficou mais fácil cobrar asautoridades? Será que com todo essepoder chegou a hora do RAP reivindicarmais ou se tornar mais comercial, paraaproveitar o espaço conquistado? “Èuma boa pergunta. Na verdade,acredito nas duas coisas. Acho queo Rap não pode perder essacaracteristica militante, como afrase eterna do nosso parceiroSabotage: ‘O Rap é compromisso’.A gente não pode perder isso, mastemos que entender que o Raptambém pode divertir o povo, quequer sair à noite, quer ir para apista, quer dançar. As minas queremse divertir, o pessoal quer ficar àvontade dentro da festa. O Rap nãopode ser só militância, temos que

“A GENTE NÃO PODEPERDER ISSO, MAS

TEMOS QUE ENTENDERQUE O RAP TAMBÉM

PODE DIVERTIR OPOVO, QUE QUER SAIR À NOITE...”

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aprender que são duas coisas diferentes:Tem que ter aquela musica mais agressiva,mais discursiva, mas também aquela músicamais leve, para o pessoal tocar na pista. Oequilíbrio é a maior busca do Hip-Hop hojeem dia, é estar entre a militância e ocomercial. Temos que aprender a fazer umdisco que atinja tanto a militância quantoo público em geral, para que uma dona decasa, um pai de família possa entender. Euacredito nisso, em fazer um Rap que sejapara todos”.

Sobre as cobranças, contou: “Naverdade, sou um pessoa que se consideraum ‘fio desencapado’. Mas é lógico quehoje em dia tenho que me preocupar comas conseqüências do que eu falar, porqueelas podem ser grandes. Mas se eu tiverque falar alguma coisa, não vou pensar duasvezes. Se achar que algo oua lguém preciseser cobrado, vou cobrar. Mas tambémquero cobrar dos rappers, porque temosque nos organizar melhor nesse sentido.Hoje em dia, os projetos sao a principalfonte de muitas coisas. A Lei de Incentivoà Cultura, a Lei dos Editais, estão aí, então,precisamos nos organizar. No primeiroedital que a Secretaria de Estado abriu,foram meio milhão de Reais destinados aoHip-Hop. Como houve poucos projetos, averba diminuiu. E se não criarmos maisprojetos, a verba vai cair ainda mais. Nãoadianta só cobrar, temos que nos prepararpara conquistar o que é nosso. Aprender enos preparar administrativamente, essa éuma da lutas do Rap”, alerta.

Nesses mais de 40 programas, o pontoalto aconteceu no final de novembro, com apresença internacional da rapper Rah Digga.“Foi um dia muito abençoado, pelo fatode a gente não conhecer a pessoa que é aRah Digga, mano. E deu certo; ela veio eparticipou. E tambem pelo fato de teranunciado o Afrika Bambaataa e não tertido uma atração internacional, acabouvirando um tabu no programa. Foi o melhormomento, pela simpatia dela. Quero deixarum agradecimento para Rah Digga pela suahumildade. Foi um ponto alto do nossotrabalho, foi um brinde”. Mas, infelizmente,também não foram só alegrias. O programatambém foi marcado pela morte do DJ de palcoque acompanhava Rappin Hood. “O pontotriste foi o programa da Fabiana Coz, quenão aconteceu por causa da morte do DJPrimo. Esse foi o grande pesar, mas alembrança sempre ficará, desse irmãonosso que foi o DJ Primo”.

Mas Rappin Hood não se limita aoprograma. Recentemente, participou do livro“Pelas Periferias do Brasil Vol. 2”, queacabou de ganhar o Prêmio Hutuz na categoriaCiência e Conhecimento. Além de voltar com asatividades de seu selo Raizes, parceria quecomeçou com Jhonny MC e KL Jay e hoje seguesozinho, preparando quatro lançamentos para2009: o disco do Jhonny MC, o álbum do Liu Mr.,além dos DVDs Sujeito Homem 3 e Mzuri in Sana,tudo com distribuição da Trama, sua antigagravadora.

Rappin também não pára de colecionarparticipações monstruosas. “O que posso lheadiantar, com certeza, é que estamos

conversando com o Ben Jor há muito tempo, e eu lhe garantoque vem Rappin Hood e Jorge Ben Jor”. Ele também preparaum disco novo e uma Mixtape com DJ Erick Jay, além de confessarque num futuro distante vai fazer um trio com sua irmã e seu irmão,“Parte 1”.

Sobre a recente vitória de um presidentre negro nos EUA,Rappin Hood volta à época do “Sou Negrão” e fala: “Barack Obama,graçaa a Deus. Acho que, independente do resultado dissochegar ou não ao Brasil, para os homens e mulheres negrasno mundo todo é importante e representativo. Essa vitóriamuda a história dos negros do mundo todo”.

Comentando e entrevista na edição passada com AfrikaBambaataa, em que ele afirma que o Funk carioca é um legitimo Hip-Hop, perguntamos se ele levaria um Funk carioca ao Manos e Minas,ou se ele até gravaria o ritmo. “Eu sabia disso, é o Miami Bass.Muitos podem não gostar, mas é Hip-Hop sim. 2 Live Crew;a batida do Miami Bass é a mesma do Funk carioca, e é Hip-Hop, são coisas derivadas do Afrika Bambaataa. Eu trariaum Funk carioca ao programa, como também gravaria umFunk sem nenhum problema. Traria Mister Catra, Buchecha,Andinho, Léozinho, Tati Quebra-Barraco... Não tenho nenhumproblema com o Funk, embora tenha diferenças depensamento sobre algumas coisas, mas acho que cada umfaz o seu, e eu tenho que respeitar o que os outros fazem”.

Sobre o futuro da Cultura Hip-Hop, ele vislumbrou: “ORap não precisa conquistar mais público, precisa cuidarmelhor do seu público, cuidar para que tenhamos showscom melhor qualidade e a preços acessíveis. Temos queabrir o leque, vamos fazer a festa para o público que sótem 10 reais para pagar. Tem que fazer beneficente, mastambém tem que ter show em casa ‘top’ . Temos que fazershows como o do APC 16 no Via Funchal, precisamos levar oRAP pro Mainstream, com camisetas e bottons, shows commelhor estrutura”.

Antes de se depedir, ele deixou seu recado: “Mósatisfação estar falando com essa revista, espero quepossamos trazer uma nova geração para o Hip-Hop, e quetodos se sintam representados nessas páginas. Que um diao Martin possa ler essa revista, para quem sabe um dia,quando for um DJ ou um MC, possa estar também nestaspáginas. Que em 2009 a gente possa continuar abrindoportas para o Hip-Hop, se prerarando para a invasão. Vamosestudar e nos aprimorar, a idéia é essa, nos aprimorar paraa invasão, porque o ‘barato’ é nosso. Barack Obama épresidente, Lewis Hamilton é campeão da Fórmula 1... Nósvamos invadir! É tudo nosso!”.

Como grande porta-voz do Hip-Hop, hoje Rappin Hoodtem grandes poderes, mas também grandes responsabilidades.

OS MANOS E AS MINAS DO “MANOS E MINAS”

Uma das caraterísticas do programa é ter pego uma galerade talentos da própria cultura, da periferia. Além dos B. Boys Katataue Kokada, da famosa crew Tsunami, atemos também as B. Girls. Oproigram ainda conta com o DJ fixo Erick Jay, que acaba de se tornartricampeão do Hip-Hop DJ. A repórter Juju Dendê completa o time etambém é DJ. “O programa não traduz o que acontece naperiferia, é feito por pessoas da periferia. Temos o quadrodo Buzão, que conhece bem as quebradas, o do Ferréz, nossovídeo-repórter que mora no Capão Redondo”, revela um dosdiretores.

Negro Rauls, da produção de palco, também é outropersonagem que, além do programa, cuida da carreira do RappinHood e de alguns grupos, fazendo também festa comunitárias quereúnem nomes como Leci Brandão. Tudo isso dá mais autenticidadeao programa “Não queremos fazer um programa ‘planfletário’,mas um programa importante para todas as pessoas, nãosomente para a periferia, para quem não é da periferiatambém assistir e repensar melhor alguma coisas”.

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WWW.MYSPACE.COM/ZONADERISCO

O grupo traz poesia e protesto, vencendo e ganhando ogrande público. Com o novo trabalho, o CD “Guerreiros de Atitu-de”, eles trazem mãos cansadas na capa do disco, o verdadeiroguerreiro de atitude: o trabalhador.

Destaque para as músicas “Alerta Vermelho”, “Seu Abra-ço” e a própria “Guerreiros de Atitude”. O grupo também partici-pou de apresentações de grandes grupos como SNJ, Negra Li ePaula Lima. Zona de Risco realiza diversos shows comunitáriospela cidade, sendo famoso no bairro de Heliópolis e em ONGs dacidade de Mauá. Confiram o trabalho desse grupo que, além denão perder a essência de denunciar as injustiças vividas nas pe-riferias das grandes cidades, traz belíssimas canções, com ener-gia, atitude, realidade e veracidade.

primeira edição da revista-DVD lancada pelo 7Gems –“VII Gems Break Magazine”. Colocamos entrevistassobre a história do B.boying no Brasil e também umabrincadeira entre a Ghettoriginal e um grupo deCapoeira no pátio de um hotel.

O que é o 7 GEMS?É um movimento em prol do estilo de vida Hip-Hoptradicional e underground. Comecou em 1997, inspiradopelo nome de um filme de Kung Fu chamado “TheSeven Grandmasters”. O conceito era que cada membrose tornasse mestre num estilo em que não fosse taobom, assim, o grupo poderia ter resposta para qualquertipo de competidor. A essência desse movimento é aconsciência da verdadeira Cultura Hip-Hop, os estilosde vida da danca underground e suas histórias.Comparamos isso aos genes que se encontram naprofundeza da terra, acreditamos que com toda adecepção e propaganda que existem por aí, é precisopesquisar a verdade…VII Gems, a verdade da CulturaHip-Hop.

O que voce acha dos B. Boys brasileirosatualmente? O que podemos fazer paramelhorar nossa dança?Eu preciso voltar ao Brasil para poder realmenteobservar e dar qualquer tipo de conselho. Mas noseventos em que tenho estado, me impressiona aevolução dos B. Boys brasileiros em comparação a1997. O Tsunami All Stars é um dos meus grupos decompetição favoritos atualmente. A maioria dosgrupos nas batalhas têm bons movimentos e estilo,mas o estilo hardcore e a energia interna que eu vejoneles é inacreditável. Eu os vi competindo na R16Korea 2007 e acho que eles mereciam ter ido para asfinais. Para mim, eles foram a crew com maisconsistência do evento.

Qual a sua opiniao sobre a cena B. Boyno mundo hoje?O mundo B. Boy está se tornando uma terminologiamal interpretada em filmes, revistas, festas, batalhas

“VOCÊ TEM QUEREALMENTEVIVER ISSO

TODOS OS DIASPARA SABER

SE É PRA VOCÊOU NÃO”

Como foi sua experiencia no Brasil?Estive duas vezes no Brasil. Em 1997, com uma produção da Ghettoriginalchamada “Jam on The Groove” – Hip-Hop Teatro Show. Nos apresentamos noRio e em São Paulo. Conhecemos vários grafiteiros e dançarinos da VelhaEscola do Hip-Hop. Foi muito divertido viver isso e o respeito que recebemos foimaravilhoso. Essa viagem está no vídeo “The Seven Gems Video Break MagazineVolume I”. Foi demais! Em 2005, viajei com o 7 Gems; eu, Honey Rockwell e Burn1. Fizemos uma apresentação em um teatro, onde eles mostraram o filme “Wild

“TSUNAMI ALL STARS É UM DOSMEUS GRUPOS DE COMPETIÇÃO

FAVORITOS ATUALMENTE. EU OS VICOMPETINDO NA R 16 KOREA 2007 EACHO QUE ELES MERECIAM TER IDOPARA AS FINAIS... PARA MIM, ELES

FORAM A CREW COMA MAISCONSISTÊNCIA DO EVENTO”

embro da primeira geracao da Rock Steady Crew, Ken Swift ehum dos bboys mais respeitados no mundo. Com agenda cheiade eventos ao redor do mundo e respeito imaculado pela suahistoria com o bboying, Ken Swift nao precisa, mas ainda sepreocupa com a formacao de novas geracoes de bboys e bgirls.Recentemente, abriu um espaco no Harlem, bairro de NovaIorque, para treinos abertos onde vai uma vez por semana soh

para manter o vinculo com a arte espontanea na rua. Uma vez por semana, daaulas na Peridance, uma escola de danca. Polemico, marrento e honestissimonas palavras e modo de ser, Ken eh admirador do Brasil e dos bboys/bgirlsbrasileiros. Na entrevista abaixo, fala sobre as duas vezes no Brasil, da dicasde treino e critica a cena bboy de hoje.

Style”. Também nos apresentamos no centro dacidade, com crianças da favela, e demos aula nasede da CUFA, com a Nega Gizza e o MV Bill. Houvetambém um debate e outro evento que o Burn 1 e aHoney participaram. Eu tive de viajar para o Japão,então não pude estar nos dois uútimos dias. Asduas experiências foram incríveis. A primeira vezno Brasil foi um dos momentos mais memoráveisda minha carreira, eu estava muito feliz com aminha dança, minha carreira e minha vida de formageral. Nós estávamos em uma turnê com um showque conseguimos concluir depois de muitos anosde trabalho duro. Adessola, Mr.Wiggles, Fabel e eu– a companhia de dança Ghettoriginal Productionsfoi uma ótima fase da minha vida.

Que impressão você teve dos B. Boysdo Brasil? Que aspectos vocêdestacaria e o que não lhe agradou?Durante nossas apresentações, semprechamávamos o público para vir ao palco dancarcom a gente… A energia era impressionante. Haviamuitos B. Boys, Grafiteiros, MCs etc., que sabiamquem nós éramos, e o respeito era incrível. Os B.Boys que subiam ao palco eram bons. Tanto no Riocomo em São Paulo, todos eram bem conscientessobre a Cultura Hip-Hop e a importância do respeitoaos pioneiros da dança nas duas cidades. Meagradou ver que havia aspectos da própria culturalocal, como a Capoeira, misturada com o B.boying…Foi muito louco ver isso, ficamos impressionadosem ver que todos sabiam fazer isso muito bem, deforma natural. Rio e São Paulo fazem parte da

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e festivais ao redor do mundo. Eu tenho estadoem pessimos eventos de Break Dance, em queas pessoas se auto-intitulam B. Boys, mesmoque não tenham o menor estilo, se vistamcomo bolas de carne e não escutem a musica!Ao mesmo tempo, vou a outros eventos e vejoB. Boys e B. Girls que têm uma idéia do que é oB. Boying. Na minha opiniao, para ser B. Boy épreciso combinar os conceitos tradicionais dadança com novos conceitos, sem perder aatitude, o ritmo, o estilo e a personalidade –elementos essenciais do Breaking original.Tem que haver um certo equilíbrio e respeitoa essa forma de arte e toda a sua jornada atéhoje, para haver uma legítima cena B. Boy nomundo. Sobre os eventos, me incomoda o fatode a maioria dos DJs não tocarem “breaks”. Amaioria toca a música do início ao final,pensando que, por ser uma música antiga,então é legal. Cada vez menos DJs tocambreaks, quebrando a música em partes. Comovocê chama evento de B. Boys se os DJs nãotocam “breaks”? Acho que a maioria doseventos sao de Break Dance, e nao B. Boying.

O que torna alguém B.Boy ou B. Girl?Você tem que realmente viver isso todos osdias, para saber se é para você ou não.Algumas pessoas dançam por dois anos edesistem. Alguns dancam dez anos, e só aífinalmente começam a entender e sentir aenergia e a magia dessa dança. Algumaspessoas estão sendo mal direcionadas porDVDs e páginas da Internet. Resumindo, háuma série de características que tornam vocêB. Boy ou B. Girl, aprender a história é o primeiropasso. Para entender e apreciar essa dança,você tem que entender pelo que ela já passou.Essa dança foi ridicularizada pela mídia edesconsiderada como verdadeira dança, eainda hoje não recebe o merecido respeito nomundo da dança. Tem programa de TVchamando cara de 65 anos para criticarbreaking!!!!! Inacreditável!!

Falando sobre treino, qual seriauma boa rotina de treino e o quefazer para evitar machucados?Machucar-se é normal, e é difícil prevenirquando se está treinando sério e tentando tirarcertos movimentos. Para mim, ter hábitosbásicos de condicionamento físico é umcomeço. Comer direito, dormir bem e seexercitar são bons fundamentos. Alongar éessencial…treinar sempre os fundamentos, isso

“NA MINHA OPINIAO, PRA SER BBOY EH PRECISO COMBINAR OS

CONCEITOS TRADICIONAIS DA DANCA COM NOVOSCONCEITOS SEM PERDER A ATTITUDE, O RITMO, O

ESTILO E A PERSONALIDADE – ELEMENTOSESSENCIAIS DO BREAKING ORIGINAL.”

Escola do Ken Swift em Nova Iorque

ajuda a tirar movimentos mais complexos. Umaboa rotina está em se preparar mentalmenteantes de chegar ao local de treino. Tentar tiraro máximo do tempo em que estiver treinandoe não ficar preso a um só movimento ou estilo…Treinar tudo o que você tiver, do mais fácil aomais difícil. Isso é bom pra decorar o quevocê tem. Dançar com intervalos de15 segundos de descanso e focaruma grande parte da práticaapenas em Top Rock! Muitoimportante. Me impressiona maisver como você dança bem amúsica do que o que vocêconsegue fazer com seu corpo.

Numa batalha, como que o B. Boy ouB. Girl devem sepreocupar?Depende. Primeiro, emqualquer circunstânciavoce tem que parecerconfiante do começo aofinal, mesmo que perca oracha, sempre lembrandode não deixar seu oponentesentir que voce tem medoou ficou confuso com a suadança. Eu, pessoalmente, emminha melhor fase nãopensava muito, apenassentia e dançava. Naqueletempo eu treinava tanto, e comtanta garra, que sentia estarpreparado para qualquer coisa.O treino me trazia um sentimentode confiança, porque eu sabia oque podia fazer e tinha energiapara executar bem. É bom lembrartambém que há diferenças entrebatalha e compe-tição. Numabatalha de verdade, não há limitesnem regras, é guerra no chão. Vocêtem que ficar lá e encarar. Pela minhaexperiência, aprendi a escolher meusmovimentos de forma sábia e guiar a mimmesmo. Também aprendi a forçar meusoponentes a mostrar rápido seus melhoresmovimentos. Estratégia é importante, mas agente tem sempre que sentir a “vibe” e ir comela. Não gosto de recomendar estratégia,porque qualquer coisa pode acontecer, aqualquer momento. Meu conselho é seguir asua propria cadência, não se preocupar com o

que os outros pensam e controlar-se, parater energia na hora em que tiver queexplodir ou usar uma seqüência maiscomplexa. Seja você mesmo, entre namúsica e deixe seu estilo vir à tona.

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uitos vão dizer: “Pô, VanessaHudgens e Ashley Tisdale não

são das ruas, não são do Hip-Hop”.Mas elas estão aqui justamente porcausa disso. Também porque asduas são o fenômeno Pop dosadolescentes, e tudo isso com osucesso de “High School Musical 3”,

que traz toda a estética do Hip-Hop,aliada ao Pop.

Isso ainda funciona e faz barulho, mas em1986, o filme “Beat Street” já tinha causado

sucesso mundial levando o estilo Hip-Hop para astelas. É claro que o filme e o tempo são outros, e

comparações não seriam muito felizes. Mas umacoisa é certa: o High School mostra que a força do

Hip-Hop continua viva e poderosa. Tanto é que asduas lançaram sua carreiras musicais com Hits da BlackMusic, no embalo do terceiro e novo filme da série.Vanessa se envolveu em polêmica quando teve fotossuas nua divulgadas na Internet, mas sua fama fez atécom que a Disney relevasse o episódio. Seu romancecom Zac Efron, também ator da séri,e enche as páginasde revistas e é acompanhado em todo o mundo.O musical ao vivo levou 45 mil pessoas ao Estádio do

Morumbi em maio, e se consagra definitivamente no terceiroepisódio da séire, lançando meteoricamente a carreira da duascantoras.

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AAAAA v v v v vozozozozozeeeeexótxótxótxótxóticicicicicaaaaade de de de de AAAAAshleshleshleshleshleyyyyyTTTTTisdaleisdaleisdaleisdaleisdale

Pegando impulso com osucesso da série, Ashley MichelleTisdale se lança no mercadocomo a versão “loirinha” dasdivas da Black Music. Ashleyapareceu como atriz na série “TheSuite Life”, da Disney. Mas odestaque veio mesmo com HighSchool Musical. Em 2007, lançouo primeiro álbum, “Headstrong”,que estourou nas paradas. Foieleita pela Revista Capricho umadas cantoras mais queridas domundo, e esteve entre as 10mais sexys do mundo. Ganhoudisco de ouro no Brasil peloimenso sucesso e já vendeu maisde um milhão de discos, além deser eleita a cantora de voz maisexótica pela revista Billboard.

Ela atua como atriz desdea infância, e também comomodelo pela Ford Model.Atualmente com 21 anos, atingiuo número 5 no Topo da Billboard

“Headstrong”, seu pri-meiro álbum, traz grandes com-positores e produtores do pla-neta: The Matrix (Britney Spears,Avril Lavigne); Scott Storch(Usher, Chris Brown); KaraDioGuardi (Gwen Stefani, AshleeSimpson); Shelly Pieken and GuyRoche (Christina Aguilera); Adame Nikki Anders (Backstreet Boys,Sheryl Crow).

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uem diria, hein? Não era só Tim Maia que nãoaparecia nos shows. Kelis também. Em suadesastrada passagem pelo Brasil com seu maridoNas, a diva do R&B cancelou, adiou e depoiscancelou de novo os shows em São Paulo.Quando finalmente chegou ao Rio de Janeiro,adiou de novo. Depois, em fuga cinematográfica,foi para o aeroporto, onde armou confusão comdireito a Polícia Federal e cobertura da TV.

Na real, ela não é muito conhecida no país,mas é dona de grandes hits como “Milkshake” e“Bossy”. Por aqui, o som mais lembrado dela é o“Caught Out There”, com batida quebrada erefrão “raivoso” que fica na cabeça: “I hate youso much right now” (algo como ‘eu te odeiodemais nesse momento’).

Mas agora ela ficou na cabeça de muitosbrasileiros, com as apresentações que não fez

e com a atitude inédita de vir, não fazer os showse fugir.

A história começou mais ou menos assim:O grande nome por trás da história era Marcos Buaiz,

empresário e marido da cantora VanessaCamargo, proprietário da casa noturna Royalque vem trazendo artistas gringos através daprodutora X-Type, que intermedia anegociação para a vinda dos artistas aoBrasil.

O nome da vez agora era Kelis, que alémdo show no Royal iria gravar uma faixa comVanessa Camargo e fazer shows noEspaço das Américas em São Paulo. Naseqüência, embarcaria para o Rio deJaneiro para se apresentar no ViadutoMadureira. Isso era o que deveria teracontecido, mas não aconteceu. Elachegou a vir para o Brasil, mas foi emborasem cantar e nem gravar. As acusaçõesvêm de várias partes: a X-Type acusa oscontratantes de não cum-prirem asexigências; por sua vez, os contratantesacusam a artista de calote, e assim segueo maior barraco da cena Black deste ano.

Em São Paulo, depois de tudoarmado, chega a notícia de que

ela não chegaria a tempo para oshow por causa de atraso novisto, e que o mesmo deveriaser adiado. Uma correria loucaé iniciada para que toda a mídia

fosse avisada de que o show

seria adiado para o dia seguinte, adiando tambem agravação e o show no Royal para a outra semana.Mas apesar do contratempo, tudo parecia caminharbem, até que ao meio-dia de quarta-feira chega anotícia que o vôo havia sido cancelado e que elanão chegaria.

A essa altura, o Espaço das Américasestava todo pronto, com palco, luz e mais de doismil convites vendidos, que tiveram de serdevolvidos. Parecia que o pesadelo se repetia, comoquando em 2001 o grupo Bone N’ Thugs não veiopara uma apresentação no Anhembi. Mas ocancelamento do show em São Paulo era só ocomeço da saga. Resolvido o embate aéreo, chegavaa informação de que Kelis finalmente estavachegando ao Brasil, e que iria direto para o Rio deJaneiro, onde se apresentaria no sábado.

Já no Rio de Janeiro e com a repercussãodo cancelamento do show em São Paulo, a tensãoaumentou. Novamente, troca de acusações dãoconta de que os contratantes não haviam pago todoo combinado, ou chegaram tarde com o combinado,enfim, de novo a cantora não se apresentou, agoraalegando que não se sentia segura. Mas prometeucantar no dia seguinte.

Acompanhada do famoso rapper Nas, seuatual marido, Kelis e sua produção mudaram o horáriodo vôo na madrugada, e com o dinheiro no bolso,disseram aos produtores que iriam almoçar e fugirampara o aeroporto. Avisada pelo motorista de uma Van,a equipe dos shows foi acionada, indo direto para oareoporto, alertando a Imprensa de que Kelis estavafugindo e pedindo para a Polícia Federal intervir,pois ela ainda deveria cumprir o contrato, fazendo oshow em Madureira.

Já no Aeroporto Internacional do Rio, acantora e sua produção brigaram com uma equipeda Rede Globo que apurava o “no-show”. Vídeos naInternet já estão disponíveis, mostrando Kelis e Nasfugindo das câmeras.

Mas como Kelis só pode-ria ser impedidade embarcar com uma decisão judicial, ela voltouaos Estados Unidos sem devolver o dinheiro, semdar declarações ou pedir desculpas aos fãs. Na sededa Polícia Federal do aeroporto, Mônica, a produtorado evento, foi aconselhada a darqueixa para que a cantorapudesse ser indiciada, masnão havia tempo útil paraimpedir seu embarque.“Perguntei porque estava

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indo embora daquele jeito e ela disse: 'desculpe, masestou morrendo de medo de ficar no seu país'. Eu pedientão que ela devolvesse o dinheiro e ela respondeu'não posso agora, depois, desculpa'”, contou Mônica aum site. “A produção está com toda a documentação,tomamos um prejuízo e vamos partir para um processo”,arremata Mônica para o site Globo.com.

Mas não foram só os cariocas que ficaram noprejuízo. Em São Paulo, o empresário Marcus Buaiz revelouter pago US$ 35mil de cachê para a cantora. “Pagueiantencipadamente US$ 35 mil, e ela foi embora com ocachê sem dar nenhuma explicação”, disse Marcus.

Zezão, Silvinho e Puff, responsáveis pelo showna Barra Funda, também estão acionando a empresa quetrouxe a cantora. Com alegação de ambas as partes, quemestá certo, só a Justiça dirá.

Mas os fãs, independente de qualquer nego-ciação tomaram um calote sem direito a explicações. Comcerteza, Kelis man-chou sua imagem no Brasil, enquantosua conterrâneas Shaka Kan e Rah Digga, conquistaramo coração dos brasileiros.

“DESCULPE, MAS ESTOU MORRENDODE MEDO DE FICAR NO SEU PAÍS”, falou

Kelis à produtora do evento, minutos antes de embarcarpara os EUA com o dinheiro do cachê no bolso.

509-E GANHA PRÊMIO COM DOCUMENTÁRIO, MASPROCESSA DIRETORA

Durante sete anos, Luciana acompanhou atrajetória do grupo de Rap 509-E, formado por Dexter eAfro-X. O documentário brasileiro Entre a Luz e a Sombra,produzido pela jornalista e documentarista LucianaBurlamaqui, ganhou o Prêmio de Público de MelhorDocumentário do Festival de Biarritz, na França. Mas ofilme não foi autorizado nem por Dexter nem por Afro-X,que agora estão processando a diretora, que soltou odocumentário sem a autorização. As filmagens são daépoca do presídio do Carandiru, e o filme foi o únicodocumentário brasileiro na Mostra Competitiva do 10º PrixUnion Latine (www.festivaldebiarritz.com). Concorreu com14 filmes selecionados, entre 170 inscritos.

DMC BRASIL LANÇA CAMPEONATOS DEEQUIPE DE DJSA equipe responsável pelo maior campeonato deDJs do mundo lança um campeonato de equipes emmarço de 2009. No dia, quatro equipes de dois,três ou quatro Djs usando até seis toca-discos, seenfrentarão para saber quem é a melhor. O uso do Serato estáliberado na competição. Quem quiser se inscrever deve mandarpara [email protected] a performance para avaliação. Asinscrições terminam no dia 23 de março. Ja a esperadacompetição individual, acontecerá em agosto.

FANZINE DO RIO GRANDE DO SULESTÁ DE VOLTA ON LINEO fanzine Zine RS nasceu da idéia deCarol Anchieta durante as aulas dePlanejamento Gráfico no curso de jornalismo. Ela, quejá tinha convivido com a cena Hip-Hop gaúcha, achouque esse foi seria o tema ideal. Assim aconteceu o ZineRS - MÍDIA IMPRESSA ALTERNATIVA, que TVE duas ediçõescirculando pelo Brasil, levando um pouco do rap gaúchopara outros Estados.Com dificuldade em manter o projeto, ela volta agora nomundo digital com um blog:dearcarolforyou.blogspot.com, formato ideal parapessooas que geram conteúdo exclusivo e que nãoencontram espaço em publicações tradicionais, alémdo custo zero. “É reservado mais para as minhashistorinhas e coisas pessoais, e lá no blog do Zine temtodas as matérias, fotos e comentários de tudo o querola na cena gaudéria do RAP, mas claro que continuamtodos convidados a entrar no Dear e compartilharcomigo as alegrias, tristezas, desejos e curiosidades daminha vida! E aqui na Cultura Hip-Hop o Zine RS vemcomo parceiro, estendendo para a mídia impressa o seuconteúdo on line!”. ziners-ziners.blogspot.comPor: Carol Anchieta - [email protected]

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a última edição da Battle Brazil, houve pela primeira vez no paísuma seletiva para a competição mundial de B. Girls, o campeonato“We B. Girlz Battle”, tendo como campeãs a paulista Miwa e abrasiliense Fabgirl (BSBgirls).

Como prêmio, a dupla ganhou uma viagem para a Alemanha paraparticipar da competição mundial no International Battle of TheYear, onde competiram com outras sete duplas de outros países,

sendo eles: Japão, Coréia do Sul, Polônia, Holanda, Espanha, França e Israel.Os resultados foram todos positivos. Apesar de não terem tido boa

colocação na competição, o Brasil já está convidado para a final do próximoano, que será a comemoração de 20 anos do Battle of The Year, e a dupla jáestá se preparando. “Estar entre as oito melhores duplas do mundo já foimuito importante para nós, além disso, foi inédita a participação do Brasilnessa competição”, comenta Miwa.

“Só foi possível tudo isso acontecer graças aos nossoscolaboradores. Nossos sinceros agradecimentos à Rooneyoyo ePuma do Brasil, que patrocinaram nosso sonho”.

Miwa agora é parceira de Rooneyoyo e produzem juntos a BatalhaFinal. Ela conta que a parceria foi devido à semelhança em quererdesenvolver o mesmo trabalho. “Durante anos o Rooney procuroupor alguém que o ajudasse e o compreendesse. descobrimos juntosque temos muito em comum, e essa viagem à Alemanha me ajudoua ter certeza de que o que fazemos é o mesmo, e o que precisamosé continuar nosso trabalho. O que queremos e as pessoas ainda

não entendem é revolucionar o Hip-Hop brasileiro, fazendoa coisa acontecer. É cruel comentar dessa

forma, pois todos que-rem usufruir, mas nin-guém quer quebrar acara .”

Eles garantem quen o no próximo ano o Brasil

sofrerá uma mudançadrástica, e que estão traba-

lhando muito para que essa mudanças e se concretize. A Batalha Final virá

com muitas novidades, além decomemorar dez anos desde a sua

primeira edição. Em breve, maisinformações.

Miwa e Fabgirl (BSBgirls)

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São Paulo - SP22 anos

Dançarina e coreógrafa desde2000, além de ser a atualcampeã nacional é também aatual campeã sul-americana deB. Girls (Sudaka, no Chile).Desde 2004, desenvolvetrabalhos como palestrante eministrante de workshops debreaking por todo o país, e jáfoi jurada de diversascompetições nacionais einternacionais. Participou devários programas de TV noBrasil e no Chile, atuou emalguns comerciais e éprofessora de Street Dance emacademias de dança em SãoPaulo. Integra o grupo AmazonCrew (Belém/PA), uma dasmaiores equipes dedança doBrasil. Atualmente, também éprodutora dos maioreseventos de breaking do país,como ODUELO(www.oduelo.com.br) eBATALHA FINAL(www.batalhafinal.com.br).

B. Girl Miwa

FabgirlBrasília/ DF25 anosDançarina e coreógrafa desde 2001, éfundadora e diretora da equipe de dançafeminina Brasil Style B. Girls. Também éprofessora de Street Dance e ministrante depalestras e workshops por todo o país, trabalhacomo jurada em diversas competições eproduz eventos de dança em Brasília.Além de ter sido campeã em diversascompetições no Brasil, foi a primeira mulher aganhar algumas competições de dança, antessó ganhas por homens, e a primeira mulher aparticipar de uma disputa feminina no maiorevento individual internacional do mundo,representando o Brasil:RED BULL BCONE 2006. Foi também campeã doBattle of The Year B. Girls 2007.

Miwa e Rooneyacabaram de chegar da

Argentina, onde oevento foi um sucesso.

“REVOLUCIONAR O HIP-HOP BRASILEIRO EFAZER A COISA ACONTECER. É CRUELCOMENTAR DESSA FORMA, POIS TODOSQUEREM USUFRUIR, MAS NINGUÉM QUERQUEBRAR A CARA”

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Fonte Central do RAp

LIL’ WAYNE,O MELHOR DO MUNDO

O rapper do momento, Lil’ Wayne, vemcolecionando prêmios, além de milhõesde cópias vendidas, é claro. No dia 09de novembro ele adicionou outraconquista ao seu fantástico ano de 2008,ao ser coroado como Melhor Artista deHip-Hop/Rap do Mundo, no World MusicAwards.

Este ano, a cerimônia de premiação,que foi organizada em Monte Carlo,Mônaco, foi apresentada pelo ator deDesperate Housewives, Jesse Metcalfee pela ex-integrante do Destiny’s ChildMichelle Williams.

SITE RADAR URBANO: UMAVISÃO COM O ESTILO DA RUAO site traz Skate, Street Ball, Moda,Tatoo, Clipes, Tecnologia, Música,Literatura, e é claro, o Hip-Hop,criando um universo muito maiorpara a Cultura de Rua, trazendo avisão de quem vive as CulturasUrbanas há mais de 18 anos.

Além do website WWW.RADARURBANO.COM.BR, temtambém o canal do Twitter que a cada dia cresce emnúmero de acessos – www.twitter.com/radarurbano, eo site de relacionamento MySpace - www.myspace.com/radarurbano, que são os meios de contato einteratividade com nossos internautas.

WWW.RADARURBANO.COM.BR

A cerimônia anual, que existedesde 1988, baseia suas escolhasem vendas mundiais. Através docritério, as três milhões de cópiasvendidas mundialmente de “ThaCarter 3” fizeram com que Waynesuperasse seus concorrentes KanyeWest e T-Pain.

50 CENT AFIRMA TER “ROUBADO” BATIDA DE EMINEMRecentemente, 50 Cent revelou que passou algum tempo

na casa de Eminem, onde literalmente roubou uma produçãode Dr. Dre do computador do astro. “Eu peguei a produção emDetroit, porque Dre estava trabalhando com o Em. Fui nocomputador do Em e encontrei. Eu pensei: 'Espere até elesouvirem isso!' Eu escrevi o som, o Em ouviu. Ele falou: 'Vocêtem que ficar com essa batida, o som está tão louco!’. Euachei que ele iria tirar a batida de mim, mas ele falou: 'Ele temque usar isso'.

“Eu acho que o empresário do Em, Paul Rosenberg, queriaque ele tomasse a batida de mim”, adicionou 50.

A faixa, que ainda não tem título, deve ser parte integrantedo novo álbum de 50 Cent, “Before I Self Destruct”, que estáprevisto para dezembro.

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Cassidy assina contrato com astro da NBAO rapper da Filadélfia Cassidy, assinou contrato com a Krossover Entertainment,gravadora fundada pelo super astro da NBA Carmelo Anthony.Cassidy lançará pela gravadora um álbum intitulado Language Arts, que traráparticipações de Rick Ross, Cool & Dre, Jadakiss, Gorilla Zoe e RaheemDevaughn. Language Arts será o primeiro álbum lançado pela KrossoverEntertainment.

Uma TV para os fãsdo Basquete!Mais uma televisão muito legal daHANNspree para o quarto das crianças!A HANNSnet é um aparelho de TV comtela LCD de 10 polegadas para os fãs debasquete. O aro exterior é feito de metal,como o aro de uma cesta de basqueteverdadeira, e a bola que envolve a tela éfeita com o mesmo material de uma bolade basquete real.O logotipo da NBA está presente nafrente e na traseira da TV. Maisinformações no site da HANNspree.Fonte: blogdebrinquedo

Libbra, campeonato organizado pela Cufa, prometenovidades para 2009. Em 2008 o evento foi umsucesso no Vale do Anhangabaú, tornando-se o maiorevento nacional do gênero.

Ano que vem, o campenato se divide emNacional, Estadual e Municipal, além do campeonato“Os Reis da Rua” e “Divas da Rua”.

Os Reis da Rua consiste na formação de duasequipes, compostas pelos melhores jogadores eleitosna temporada que farão amistosos e clínicas no Brasil e,em dezembro, disputam um desafio internacional emSão Paulo, com exibição ao vivo pela Rede Globo.

As seletivas estaduais deverão acontecerentre março e abril nas capitais, o que resultará napresença de times de todo o Brasil na fase nacional.

LIBBRA 2009 - 81mil atletasdisputando3 mil pessoas trabalhando27 Campeonatos Estaduais(LIBBRA Estaduais)2 Campeonatos Regionais1 Campeonato Nacional1 Campeonato de seleções(LIBBRA Seleções)www.libbra.com.brhttp://www.reisdarua.com.br/

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LIGA URBANADE BASQUETECHEGA COMTUDO EM 2009

A Lub continua suas ativiadde em2009, fomentando a cultura urbana. Além daatividade no campo virtual, lança a LUB TV, umcanal voltado para a geração e difusão dacultura urbana e com o propósito de retratar erevelar talentos, sejam eles ballers, grafiteiros,b. boys, rappers ou skatistas, que nãoencontram espaço na grande mídia.

O ANO FOI CHEIO PARA A LUB, QUE EM 2008TEVE A REALIZAÇÃO DO STREETFEST, OLUBÃO, ENCERRANDO O ANO COM CHAVEDE OURO COM O PATROCÍNIO DA OI,REALIZANDO O OI STREETJAM

Outra organização que surge na cenado Street Ball é o Rachão.

Realizando vários jogos pelas cidadesde São Paulo, o Rachão vai ganhando seuespaço.“Estamos orgulhosos pela metaalcançada; foi um ano com muitadificuldade, mas conseguimos divulgar efazer muitos amigos e admiradores poronde passamos, e isso e muitogratificante”, revela Kaseone, organizadordo Rachão.

O Basquete de Rua vive hoje um grandemomento, com organização e crescendo, e SãoPaulo, berço de muitos craques, não fica de fora.“Fico feliz por estar vivendo estemomento mágico em que o Basquetede Rua está de volta, só que agora comforça total, veio para ficar e mostrar oquanto capazes e habilidosos são essesnovos jogadores de rua. Acredito quenum dia próximo, não tão longen essesjogadores anônimos estarão brilhandoem algum timen dentro ou fora do país”.

Em 2008, o site do Rachão atingiuvários paises, como Estados Unidos, África,Cuba, Portugal, Japão, Reino Unido, França,Holanda, Senegal, Bélgica, Chile, Venezuela ealguns estados brasileiros, chegando a mais decinco mil acessos.

Em 2009, vários Rachões serãoorganizados, em diversas regiões de São Paulo,com intercâmbios entre os bairros.“Voltaremos para as quadras com forçatotal e divulgando mais picos onde rolamo bom e velho Basquete de Rua. Novaatualização em nossa página na Internet evários projetos em andamento para opróximo ano, aguardem”.

Kaseone, mais um braço no Street Ball,finaliza: “Um sonho que agora tornou-serealidade graças à persistência, dedicaçãoe respeito aos joga-dores(as). Paz, respeitoe união em todas as quadras dessemundão”. Acesse o site: www.rachao.com.

A concretização de um grande sonho também acontece nesteano. A inauguração do CELUB - Centro de Cultura Urbana localizado emMarechal Hermes (RJ), com o objetivo de educar e trabalhar odesenvolvimento social, utilizando o basquete e suas vertentes dacultura urbana.

E para quem pensava que Street Ball é coisa exclusivamentemasculina, as meninas do time feminino da LUB Rio e São Paulo estão aípara contestar.

Organizadas e já treinando a todo vapor, elas se preparam parao lançamento oficial do time feminino, assim como para futurascompetições.

Ratificando o intercâmbio Brasil/EUA, a Liga Urbana de Basqueteretornará em 2009, a terras americanas. Neste ano que se encerra, aconvite da One World Games, a instituição participou de torneios deStreet Ball realizados no Harlem, considerado a Meca dessa modalidadeesportiva, além de visitar a Yale University, o Hall da Fama da NBA, asinstalações do Madison Square Garden e outros lugares que promoverama troca de experiências definidas no projeto.

A viagem da LUB aos Estados Unidos é conseqüência do acordoassinado entre a LUB, Maritacas em Ação, SEME (Secretaria Municipal deEsportes) e PSAL (Public Schools Athletic League), em que foiestabelecido o intercâmbio esportivo e cultural entre as cidades deNova York e São Paulo, através do basquetebol e da capoeira. O ato deuinício ao Projeto Sports Partnes Cities, realizado na cidade paulista nodia 25 de abril desse mesmo ano.

O ano foi cheio para a Lub, que em 2008 teve a realização doStreetFest, o LUBão, encerrando ano com chave de ouro com o patrocínioda OI, realizando o OI Street Jam, que foi essencial para a construção doCELUB, que recebe parte dos investimentos. Quem ganha é o bairro deMarechal Hermes, na Zona Norte da cidade carioca.

Liga Urbana de Basquete: é de rua, é organizado.

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Um marco na história do Skate brasileiro,o evento “Oi Mega Rampa 2008” ganhou a mídiae superou os limites dos skatistas.

Realizado no Sambodrómo do Anhembi,em São Paulo, o brazuca Bob reinou absoluto, sendoo campeão da edição. O grafiteiro Binho fez umaação ao vivo para a Rede Globo, e o grafiteiroChivtz foi o repórter da MTV para o evento. É isso:Graffiti e Skate sempre unidos.

Pelo visto, ano que vem teremos mais umaedição do Oi Mega Rampa. Agora, o jeito é esperarpor mais lendas por aqui, como o Tony Hawk, quedisseram que viria.Fonte: www.skatecultura.com

lygia e gabi

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Eles abalaram as estruturas das artes plásticas e doStreet art, logo eles, que sempre foram consideradossimplesmente vândalos, sem valor artístico, discriminados pormuitos críticos.

Só que em 2008 as ações dos pichadores se revelaramuma das coisas mais interessantes no universo das artes. Elesatacaram a Faculdade de Belas Artes, a Bienal de São Paulo, aGaleria Choque Cultural e ainda acirraram as disputas com osgrafiteiros pelos espaços da cidade. Buscando respeito e atençãoeles mantém vivo o protesto dentro da cultura da pixação.

Eles tem história, tem propósito, e vão muito além detinta na parede.

Numa troca de idéias no Vale do Anhagabaú, Centro deSão Paulo, entrevistamos um dos mentores desse movimento,conhecemos as motivações, a história e a verdade por trás dos ataques.

Tudo começou com o ingresso de um dos pichadoresna Faculdade de Belas Artes. “O primeiro ataque foi o TCC doRafael, que é um cara que é pichador e da periferia. Eleconseguiu uma bolsa de estudos na Belas Artes através de umtrabalho que fez lá. Quebrou o braço, ficou desempregado ea faculdade foi obrigada a dar a bolsa integral pra ele. Nessequatro anos de faculdade, ele defendeu como tese artística aPichação, e tinha, no final do curso, de apresentar um trabalhoprático, e o que ele achou de mais verdadeiro foi levar agalera pra pichar a faculdade, dentro do contexto da pichação.Ele não avisou ninguém. Foi o trabalho dele de conclusãodentro do contexto do movimento. Sem perder a essência,ele foi e chamou a maior galera. Chegamos lá, invadimos epichamos tudo, e o moleque foi reprovado e expulso. Foi aíque começamos a tirar as máscaras, mostrando que umainstituição de arte não agüentou com a tinta”, revela Cripta.

Depois dessa reação da faculdade, a história tomouforma e conteúdo, e os novos ataques foram à galeria ChoqueCultural, famosa por exposições de grafiteiros, e a BienalInternacional de São Paulo. “O motivo do ataque à Bienal e àChoque Cultural foi defender a pichação como manifestaçãoartística, mas sem perder a essência dela. O que aconteceu nagaleria e na Bienal foi um deslocamento de contexto. A gentelevou a pichação, que é uma arte da rua, uma arte da ilegalidade,para dentro da galeria e da Bienal, mas sem perder o contextodela, que é a ilegalidade. Se a gente fosse convidado prapichar lá dentro, perderia todo o contexto”, explica.

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Travando uma luta de conceito com a arte degaleria, a pichação segue o caminho oposto ao doGraffiti. “A pichação não vai ser domesticada, como

o que aconteceu com o Graffiti. O objetivo dessesataques também é mostrar isso, que eles podem até

levar a estética da pichação para dentro da galeria,escolher meia dúzia de pichadores que não entendem nadae achar que é legal. Mas é só a estética mesmo, porque aessência do movimento só tem como se manter dentro dailegalidade”, revela, com ar de desafio.

A galeria Choque Cultural, que contribui para osucesso de grafiteiros na cena mundial das Artes Plásticas,também não foi perdoada. “O dono da Choque Cultural, oBaixo Ribeiro, andava declarando que a galeria eraunderground, que representava a arte das ruas, que nãotinha nenhum problema, então, a gente promoveu umaexposição da ilegalidade, e aí caiu a máscara da ChoqueCultural, porque eles não entenderam e levaram para ooutro lado, prestaram queixa crime. Como é que umagaleria que se diz underground e ganhou de presente umaexposição da ilegalidade, recusa dessa forma? Então, foimais uma máscara que a gente tirou também”, afirma.

Enquanto galerias eram atacadas, o apoio era total,mas o aumento da cultura e as brigas por espaço na cidadetambém ficaram mais duras, e uma das ações dos pixadoresfoi atacar alguns pontos de Graffiti, como o Beco da VilaMadalena e a Avenida Paulista. Será que existe uma guerraentre grafiteiros e pichadores, irmãos na arte de rua? “OGraffiti e a pichação sempre tiveram uma relação muitodelicada. Alguns grafiteiros não respeitam a pichação, evários pichadores não respeitam o Graffiti. No caso dessesataques, foi uma coisa pensada, para atingir o movimentode uma forma geral, uma espécie de alerta para osgrafiteiros se ligarem que eles se renderem ao sistema. Ografiti quando nasceu era ilegal, foi como a pichação,cada um buscava seu espaço dentro da ilegalidade. Aí, oGraffiti começou a ser usado como ferramenta paracombater a pichação. As autoridades e a sociedadecomeçaram a ver que o grafiteiro tinham o respeito dospichadores, e começara a usar isso para combater apichação. Muitos grafiteiros se omitiram, se deixaramlevar pelo dinheiro e acabaram se vendendo. Eles estãoperdendo totalmente o respeito da galera, e esse ataqueaos graffitis foi uma espécie de alerta, para os caras seligar em tudo, não entrar em qualquer fria, não ir paraqualquer coisa que forem chamados. E também parabuscara o espaço deles na ilegalidade, como o pichadorbusca. Não existe uma guerra, mas existe uma disputa deespaço. Mas essa disputa está sendo covarde por partedos grafiteiros, que se aliaram ao sistema, à sociedade,eles se renderam ao sistema. Eu não posso ser específico,pode ser que aconteça uma guerra e a gente não sabe. O

que rolou até agora foi um alerta, tem muito pichadorque não gosta de graffiti porque os caras apagam ostrampos”.

A discussão nas ruas continua, e na Internet oseguinte texto foi divulgado pelos grafiteiros: “Ninguémdeve atropelar o trabalho do outro, seja grafiti oupichação. Também é preciso lembrar que muitosgrafiteiros que deveriam respeitar agendas e diversosrolês, não fazem isso, e talvez este momento sejaoportuno para reclamar sobre esses atos com quem ospratica”, Diz o texto sem identificação, que acaba dandorazão, em parte, aos pichadores.

O Graffiti ganhou espaço, deixou um pouco ailegalidade de lado e ganhou o respeito da sociedade, masem termos artísticos, a pichação segue outros caminhos.“O caminho da pichação é se manter dentro da ilegalidade,porque vem da época da ditadura militar, e veio tomandooutras formas. Essa pichação que a gente faz hoje emdia começou com a galera que ouvia Punk Rock, Hardcore,que tinha muita coisa de protesto nas músicas, e o pessoalsaia pra pichar também pra protestar. Só que começou avirar uma parada de gangues, de disputa de espaços. Oqueaconteceu é que no decorrer desses vinte anos demivemento, a pichação ficou focada mais na vaidade dopichador, no seu ego, e foi perdendo aquele cunhopolítico de protestar. A intenção dos ataques foi resgataresse lado que estava esquecido, esse lado do protesto”.

Mas os atques não são unanimidade entre ospichadores. Grandes nomes da antiga se pronunciaramcontra, dizendo que tudo isso só serviu para atrair a atençãoda polícia. “Tem muito pichador que não enxerga um palmoà frente do nariz, só pensa em si mesmo. Tem cara queacha que essas paradas vão arrastar a pichação, porque,de repente, tem o pensamento de que a pichação vai seraceita, como o Graffiti foi. Isso tudo acontece paramostrar o quê? Pra ficar na rua só quem é, porque o caraque tem medo da repercussão que os ataques estão tendo,vão deixar de pichar, e isso é bom também, porque aí vãoficar só os verdadeiros, só o pessoal para bater de frentemesmo, porque pichação é resistência, não tem hierarquia,não impõe nada”, rebate o ativista.

Nos ataque à Bienal estava escrito “Abaixo aDitadura”. “Ditadura não se enquadra só em ditaduramilitar, ela se enquadra em tudo que é ditado, porque aburguesia está acostumada a ditar o que é arte. Quemorganiza a Bienal? É a burguesia, são os burgueses. Então,eles estão acostumados a ditar o que é arte e a reduzir apichação ao vandalismo. Abaixo a Ditadura foi contra aditadura da arte, e existem várias fomas de ditaduradentro da arte. Nosso abaixo a ditadura na Bienal foicontra tudo isso aí, ditadura da arte e a ditaduracamuflada em que a gente vive”.

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Mas tudo que é contracultura, um dia acabasendo absorvido pela sociedade. “Se a gente fosseconvidado a ir lá, não teria a menor graça, não seriapichação, porque seria só a estética, só tinta, não terialógica nenhuma, e a gente não precisa disso. Quando opichador sai pra pichar, ele não quer dinheiro , não quervender o picho dele, só está buscando o espaço dele comoartista dentro da cidade. Isso já basta para o pichador, elenão precisa ser aceito pela burguesia, por ninguém. Umacoisa eles não podem negar: que a pichação é arte! Apichação, sem a gente saber, já existia há milhares de anos.Em São Paulo, foi inspirada nos logotipos das bandas deRock, e aí fomos estudar as bandas de Rock, que seinspiraram no alfabeto rúnico, que tem milhares de anos,dos vickings, dos escandinavos, dos bárbaros da Europa. Agente nem sabe com veio parar aqui, pode ser até um herançagenética”, filosofa.

No final dese depoimento, ele entra numa questão quegera muita discussão.Por que pichação é arte? “Só o fato dopichador colocar a vida dele no limite para deixar a sua marca, jáum conceito de arte. Que artista coloca a própria vida no limitepara expressar sua arte? Se você estudar a História da Arte,não vai encontrar ninguém que tenha feito isso. Picasso, DaVinci, Monet, Duchamp, você pode pegar todo mundo, nenhumartista colocou a vida no limite, e é tudo tinta. Eu vejo a pichaçãocomo tinta; se a parede está pintada de branco, é tinta, sepassa um treco de spray, é tinta também. Tudo que é tinta, éarte”, revela o mano, que para colocar seu nome na cidade sobeem prédios, foge da polícia e arrisca a vida.

Para quem conhece os manos da pichação, sabe queeles vêm da camada mais esquecida da sociedade, onde a culturanunca é incentivada. “A pixação é uma forma de excluir asociedade que excluiu os pichadores, e os pichadores sãoaqueles caras que são excluídos da sociedade, que não têmvisibilidade nenhuma. Por isso que a estética das letras éinacessível para quem não é do meio. Se alguém quer entendera pichação, vai ter de estudar”, mostra Cripta.

Em São Paulo, o prefeito Kassab mantém o projeto“Cidade Limpa”, e vem repintando os prédios da cidade. “Esselance de cidade limpa eu acho válido, está até renovando osespaços, tem mais lugar para pichar, mais lugar para o grafiteirobuscar o espaço dele dentro da ilegalidade, sem precisar apagarnada de ninguém. É bom por esse ponto, porque está renovandoo espaço da ciadade. Melhor para nós, pois vão surgir maispichadores buscando seu espaço. Para mim não muda em nada,e se gente for analisar, sé está beneficiando o movimento”.

Mas toda ação de guerra tem seu atingidos, e uma dasgrandes vitimas foi pichadora Carol, que no ataque à Bienal foipresa, e pelo fato de ser reincidente, ficou presas por variassemanas “Os advogados da Bienal, de uma instituição de arte,fizeram questão de que ela fosse presa. Levar o protestopara um outro lado? O pessoal da Bienal foi totalmentehipócrita, tem dedo do vice-governador, do secretario desegurança também, que estava presente na Bienal, e elesligaram para a delegacia e exigiram que prendessem a Carol.Para quê? Foi uma forma de assustar todos os pichadores,uma forma de intimidar.” revela Cripta. Mas atitude de prendera pixadora teve ação contraria, e o caso foi para em Brasiliaonde ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) defendeu alibertação de Carolina Pivetta da Mota, que ficou presa mais de50 dias, na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e devários ministros, durante a abertura de umaconferência.Vannuchi comparou com a libertação do banqueiroDaniel Dantas, que foi preso em decorrência das investigaçõesda Operação Satiagraha, da Polícia Federal. “Daniel Dantas ficoupreso muito menos tempo”, afirmou o ministro, sendo aplaudidopelos presentes. A Justiça expediu dois mandados de prisão contraDantas —ele ficou detido dois dias na primeira vez e um dia nasegunda. E o caso dos pixadores foi usado até como argumento

politico na defesa da justiça.

O mentores dos ataques também foram acusadosde fazer tudo para promover a pichação, e

conseqüentemente, futuros DVDs dos ataques.E questino;Vender DVD de picho, álbum de figurinha, isso também não

é uma maneira de comercializar a cultura? “Eu não vejocomo uma maneira de comercializar, vejo como umamaneira de documentar. A pichação é uma manifestaçãoefêmera, que será apagada, vai acabar, então, um geraçãointeira de pichadores já passou despercebida e sem registro.Já que hoje em dia a tecnologia está acessível para todomundo, por que não registrar isso o que acontece? Colocaresse DVD em comercialização é uma forma de registraresse moviomento, e também de fortalecê-lo. Não é pelaparte finaceira, é mais uma forma de integrar omovimento. E documentar a história”, explica.

Para o ano de 2009, o protestos prometem continuar.“Tem muita coisa para a gente protestar ainda , estamosestudando, nossa intenção é dar continuidade. Tem váriospontos para a gente protestar, acho que o caminho dapichação é esse, resgatar esse lado do protesto. É difícil,porque têm caras do movimento que não entendem o queestá acontecendo, e isso desanima um pouco. Mas a genteestá aí para isso, para ser a resistência, para reivindicar,para protestar. Pelo menos esse grupo que está na linha defrente tem o objetivo de sempre protestar”.

“A PICHAÇÃO FICOU FOCADA NA VAIDADE ,NO EGO DO PICHADOR, E AGORA NÓSESTAMOS RESGATANDO O PROTESTO. ÉUMA DISPUTA DE ESPAÇOS ENTRE JOVENS,PARA VER QUEM SE DESTACA MAIS NAPAISAGEM URBANA”

[email protected]

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“OS MIXERS SEMPREFORAM O FORTE DAVESTAX. OS FADERS

TEM CORTESPRECISOS E MUITOS

AGORA VEM COMEFEITOS.

E EU, QUE SEMPREFAÇO SCRATCHES,

GOSTO DESSE TIPODE EQUIPAMENTO”

“AS PICK-UPS TAMBÉMESTÃO MUITO BOAS,O DISCO NÃO PULA,

É PERFEITO”

VESTAX NO BRASIL

COMO A MARCA CHEGOU AO BRASIL?Durante uma turnê ao Japão, DJ Cia (RZO), após um contato com a Vestax, conheceu suasede em Tóquio, e lá pôde conhecer diversos equipamentos. Muitos nem chegavam a serlançamentos, mas ele nunca havia visto antes. Conversando com um dos responsáveis,soube do interesse deles em entrar no mercado brasileiro. Cia viu então a chance de fazero sonho de muitos DJs virar realidade, e conseguiu encontrar uma empresa capaz de importare distribuir a Vestax no país. Da união de duas empresas criou-se a Vestax Brasil, com sedeem Curitiba e distribuição em todo o território nacional.

COMO VOCÊ SE TORNOU UM REPRESENTANTE DA VESTAX NO BRASIL? COMO NASCEUA PARCERIA?Sempre gostei de usar a marca Vestax, porque os mixers são melhores que os das outrasmarcas. Até que, pouco antes de ir para o Japão, um cara do Chile, que representa a Vestax porlá, entrou em contato comigo por indicação de um amigo DJ chileno. Ele falou dos planos daVestax no Brasil e perguntou se eu gostaria de ser um dos DJs patrocinados por eles. Lógicoque me interessei, e disse até que estava indo para o Japão. Ele agendou uma reunião na sededa Vestax e eu fui lá conhecer. Foi louco! Tinha equipamento que eu nem imaginava queexistisse. Daí, me interessei em mudar essa cena, queria fazer com que esses equipamentoschegassem ao Brasil ao mesmo tempo em que fossem lançados por lá. Queria mudar esseatraso que temos aqui, por isso batalhei para representar a marca por aqui.

VOCÊ SE APRESENTA EM EVENTOS DA VESTAX. NA PRÁTICA, QUAIS SÃO AS SUASAÇÕES?A marca está trabalhando para mostrar que está no Brasil, são eventos de divulgação. Fizemosa Expomusic 2008, uma parceria com o Hutuz e estaremos no DMC 2009. E também emshows e eventos em geral.

QUAL A DIFERENÇA DOS EQUIPAMENTOS DA VESTAX PARA OS DAS OUTRAS MARCAS?Os mixers sempre foram o forte da Vestax; os faders tem cortes precisos, e muitos agoravem com efeitos. E eu, que sempre faço scratches, gosto desse tipo de equipamento. Aspick-ups também estão muito boas, o disco não pula, é perfeito.

QUAIS OS PLANOS DA VESTAX PARA 2009?Esperamos que em 2009 a marca já esteja bem divulgada no país. Muitas pessoas ainda nãotêm acesso a essa informação, ainda nao fizemos a festa de lançamento da marca no Brasil.Provavelmente, esse será o primeiro evento da Vestax em 2009.

COM O DMC NO BRASIL, A CENA DO DJ VEM CRESCENDO?Essa é a nossa expectativa. Quando eu concorria em campeonatos, meu sonho era disputaro DMC, mas agora já passou o meu tempo. Esse sonho então virou realidade para os DJs queestao aí agora, e só depende deles para dar certo, para revelar um DJ brasileiro lá fora,mostrar que aqui a gente também entende disso.

FALE SOBRE OS NOVOS MIXERS E PICK-UPS DA VESTAX.Os grandes lançamentos são o PMC 08, que é um mixer para DJs de performance.É ummixer profissional, híbrido e digital. Converte do seu analógico AD/DA comprocessamento digital de sinal e a mais baixa taxa de latência, o mais alto nivel dedesempenho, com dois canais digitais. O PMC 580 tem seis efeitos e parametrosdiferentes em cada canal, com conexao USB. Esse é o mais completo para DJs que gostamde efeitos. As pick-ups são muito boas, o disco não pula, e essa é a sua maior vantagem.

QUAIS AS NOVIDADES EM TERMOS DE PRODUTOS?Os controladores USB MIDI, que são muito procurados pelo diferencial de ser um mixerVestax, ou seja, a precisão de virada é muito maior. O VCI 300 vem de uma parceria com oSerato. Os DJs que conhecem o programa sabem da qualidade, e agora isso estádisponivel em um equipamento compacto e prático.

Maiores informações: [email protected] 11 - 7860-4620 ID 80*14768

Chega ao Brasil uma das melhores marcas de equipamentos paraDJs do mundo, a Vestax. Há 31 anos no mercado, com sede no Japão, a

empresa promete trazer ao Brasil toda a sua tecnologia. Especializada emmixers, toca-discos e CDJs, traz ainda uma grande inovação: os

controladores. Um único aparelho capaz de tocar e mixar as músicas apenascom o auxílio do notebook, tudo em MP3. São diversos modelos para facilitar

e ajudar os DJs. Até mesmo para aqueles que não são profissionais, a Vestax lhesdá a chance de começar.

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MANO BROWN CONSIDERADO PORMUITOS COMO RADICAL, CAUSAPOLÊMICA AO ASSINAR COLETÃNEA DANIKE AO LADO DE ICE BLUE

A Nike é um dos símbolos do capitalismo americano equando Mano Brown assinou varias letras e até o hino dacampanha “Batalha nas Quadras” os fãns mais radicais seespantaram.

Ação de marketing incluiu também uma participação deIce Blue no comercial de televisão da nova coleção da Nike. AMixtape traz o título “O jogo é hoje” tem direção de Ice Blue eletras da Mano Brown, além de vários nomes como Flora Matos,Negredo, Cocão, Terra Preta entre outros e está pra downloadno site da marca.

Para quem ficou chocado, lembramos a participação deBrown no Roda Viva, no início do ano. “Acho que ascontradições sé acabam quando a gente morre. Eu estoude Nike no pé, mas já xinguei muito a Nike por aí... Masdescobri também que a Adidas não me dá nada se euficar falando mal da Nike. Se você derruba uma, levantaa outra. A Adidas é dos alemães, não são nada meu,

entendeu? Tô de Nike... o KL Jay não usa Nike,mas agora, veja o Nike que Blue tem no pé. É

a contradição... Racionais é isso, 4caras, 4 mentes, 4 idéias. E o maisconfuso dos 4 sou eu mesmo”confessou Mano Brown em rede nacional.

“Feito para trazer à tona toda aemoção, disputa, atitude e energia dofutebol de rua através das vozes mais

promissoras do Rap de São Paulo”, dizo release “Ice Blue é o produtor

executivo e traz artistas querepresentam as diferentes

áreas de São Paulo, unidas emsua paixão comum pelo

futebol e pela música”,informa o site

A faixa “O Jogo éHoje”, composta por ManoBrown e Dom Pixote, foicriada para ser o hino dacampanha. A música traztambém na produção IceBlue e William Magalhães, daBanda Black Rio. A Mixtapeainda traz Dj Cia, Negredo, DuBronk, entre outrosrappers.

Um time masculino de peso, mas odestaque vem na voz de uma mulher, FloraMatos, que com o som “Mundo Pequeno”,renova esperanças se apresentando como umagrande letrista dessa nova geração de mulheres.Terra Preta também empresta sua voz àMixtape que nem saiu e já gerou polêmica nainternet, algumas matérias criticando ManoBrown, dizia que o grupo sucumbiu aocapitalismo. O que você, leitor, acha? o jornalistaMarcelo Mirisolao, inimigo decalarado de Brown,aproveitou e o criticou com a matéria "O Rapda Nike". Outras matérias saíram causandomuitas repercussões e comentários, como a dainternauta Mônica, que disse: “BOM, NAVERDADE, PARA A TEORIA CAPITALISTA,QUANTO MAIS GENTE COM PODER DECOMPRA, MELHOR. É UMA ‘SACADA’ DANIKE SE ASSOCIAR A UM GRUPO CRÍTICO,AFINAL, A MARCA É SEMPRE LEMBRADAPELA EXPLORAÇÃO DO TRABALHO INFAN-TIL E MANIPULAÇÃO DE CAMPEONATOS.TALVEZ ELES QUEIRAM CONQUISTAR OSBRASILEIROS COM MEMÓRIA MAIS CURTA,E COMEÇAR A DIVIDIR O PREÇO DE SEUSPRODUTOS EM DOZE VEZES...”, d isparou emtom crít ico. Até o fechamento desta ed ição, acampanha t inha acabado de sair, vamosacompanhar a repercurssão.

E você? O que você acha? Mande Suaponião para [email protected].

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Trecho da musica

MINHA TORCIDA É SOFRIDALIINDA DE SE VERE POR ELA EU SOU CAPAZ DE MORRERAO PERDEDOR, DESAMOR, O BEIJO DA LONAPRAÇA PÚBLICA EXPLANA VERDADES À TONAOPOSTO DA FAMASEM DÓ, DESPREZO DAS DAMASO JOGO É HOJEMEU AMOR, EU VOU INDOMEU UNIFORME TÁ PRONTOÉ MAIS QUE UM CONFRONTOÉ UMA PÁÉ MAIS QUE TRÊS PONTOSO JOGO É HOJE

“ACHO QUE ASCONTRADIÇÕES SÓ ACABAM

QUANDO A GENTE MORRE.EU ESTOU DE NIKE NO PÉ,MAS JÁ XINGUEI MUITO A

NIKE, POR AÍ... MASDESCOBRI TAMBÉM QUE AADIDAS NÃO ME DÁ NADA

SE EU FICAR FALANDO MALDA NIKE. SE VOCÊ DERRUBA

UMA, LEVANTA A OUTRA”

PARPARPARPARPARCERIACERIACERIACERIACERIA COM SI COM SI COM SI COM SI COM SITE CULTE CULTE CULTE CULTE CULTURTURTURTURTURAAAAA HIP HIP HIP HIP HIP-HOP UOL-HOP UOL-HOP UOL-HOP UOL-HOP UOL E REVIS E REVIS E REVIS E REVIS E REVISTTTTTAAAAA CUL CUL CUL CUL CULTURTURTURTURTURAAAAA HIP HIP HIP HIP HIP-HOP-HOP-HOP-HOP-HOP.....

A partir de 2009 os internautas vão poder conferir uma parceriaentre o mega portal Uol, o site Cultura Hip-Hop e a revista.Acesssando o link (www.culturahiphop.uol.com.br/revista)você poderá ler a publicação on-line e ficar informado sobre oque está acontecendo no cenário do Hip-Hop.

Em menos de três anos de atividade o site Cultura Hip-Hop já registra expressivos números de audiência econsolida-se como uma da boas opções da internet.Maiores informações:Cultura Hip Hop - UOL - www.culturahiphop.com.br

Mano Brown no Roda viva

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e você gosta de RAP nacional, com certezaconhece rimas como “Aquela mina éFirmeza” ou “De quem é essa mulher?”um Rap em homenagem ao Corinthians.Tem também sua fase mais dançante, como sucesso “Lagartixa”, ou mais Gangsta,com o sucesso “5º Vigia”, que chegou avender mais de 120 mil cópias. Naldinhoatravessa gerações e se mantém vivodentro do mercado dinâmico do RAP.

Mas ele não está na televisão,nem nas principais rádios, mas seu

público é grande e fiel. Deve ser pelofato de Naldinho fazer RAP de todos os

tipos, dos mais “rua”, até os maissentimentais.

Recentemente, shows em PortoAlegre e Minas Gerais confir-

maram que sua fama semantém depois de 20 anos de

estrada.Apesar de ser do tempo

do vinil, seus vídeos noYoutube ultrapassam ummilhão de visitas, e em 2008Naldinho completa 20 anos decarreira fonográfica, somando13 discos.Em entrevista exclusiva, falamos

com Ndee sobre sua carreira, seusprojetos e muito mais.

A que voce atribui estar na ativa, cantandoRap há 20 anos e ter gravado 13 discos ?N: À disposição, à vontade própria de cantar. Eu nãofaço Rap porque alguém manda fazer, faço porquegosto, acredito, amo, trabalho e vivo isso! Não sououvinte de músicas, sou amante da música. Quandofaço meu trabalho, penso no público e me preocupoem saber se ele quer ouvir o que estou cantando.Todos nós sabemos que existem pessoas que

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quando fazem seu trabalho ficampensando se o outro artista vai gostarou não. Eu já me preocupo se o povovai gostar ou não, confio no meutrabalho e acredito que isso seja algoque também me traz um bom resultado.

Você já ouviu algum comentáriosobre o RAP que você não tenhagostado?N: Sim. Agora mesmo, em temposatuais, até de algumas pessoas que sãodo meio e já comentaram que achamque o Rap já era. Na minha visão, quempensa assim é quem é fraco no Rap.Uma coisa lamentável é ver umapessoa que canta Rap, parar de cantarRap, entrar para outro estilo musical eficar insinuando que o Rap é bagun-çado, ficar “tirando” o Rap comoirresponsável. O Rap não parou e nemvai parar, está em uma das melhoresfases, pois agora está sendo maisadministrado por quem é do Rap, e nãoapenas pelos oportunistas, e isso vaidar um bom resultado, você pode crerno que estou falando. Quem gosta deRap nunca deixa de gostar, o nossopúblico está aí, eles não nosabandonaram, e sabem que o Rap é aúnica música que está, durante todosesses anos, ao lado deles, a favordeles e nunca vai abandoná-los (aperiferia). O Rap vai se expandir ecrescer muito, ir além do que algunsimaginam, vai conquistar mais públicodo que já conquistou, e nunca perderáa química da periferia.

Quais os grupos musicais quetêm influência em seu trabalho?São muitos... Eu gosto muito da músicanacional, mas minha ligação com amúsica negra internacional é que mefortaleceu nessa paixão por música.Entre muitos posso citar Zapp, GapBand, Whodini, Dr. Dre, Sos Band, BarKays, One Way, Mtume, Manhatthans,Kurtis Blow, Stevie Wonder, MarvinGaye, Con Funk Shun e muitos mais,que me deixaram apaixonado pelamúsica negra. Também gosto muito deouvir a música brasileira... Ed Motta,Roberto Carlos, Almir Guineto, Zeca,Dudu Nobre, Art Popular, Exalta Samba,e gosto muito dos imortais, comoBezerra da Silva e Tim Maia. Ouçooutros estilos musicais também, seachar que a música me agrada eu ouço,e admiro pricipalmente se falam deamor. Eu sou apaixonado por música.

O que vc pretende deixar deexemplo como rapper para apróxima geração?N: Que é possível vencer. Eu tive umainfância conturbada, não tive o carinhode pai. Minha mãe, empregada domés-tica, até hoje não é alfabetizada, issoporque o tempo que ela tinha eraapenas para trabalhar e mais nada.Estudei até a 4ª série do 1º grau, eposso dizer o que é passar fome, poisisso já aconteceu comigo e não foi umsó dia. Minha infância não é uma ficção,é uma verdade que ainda ronda muitafamília brasileira, então, com tudo queeu passei de ruim, hoje me vejo comouma pessoa feliz, tenho minha família,dois filhos, Lucas (13) e Erick (5). Eusofri na vida, mas o Rap me deu e me dácoisas e momentos em que me sintorecompensado, como ser aplaudido emlugares em que vou fazer meus shows.Tenho pessoas que têm grande carinhopelo meu trabalho, pessoas queadmiram minha música e muitos fãs emtodo brasil, essas coisas são o quesempre me fortalecem e me sustentam,

me fazem nunca parar de cantar, edigo a qualquer um que queira saber:eu não devo, não quero e não vouparar de cantar e nem me desligardo Rap nacional! Quero mostrar eservir de exemplo de que o rap fazpessoas se erguerem e melhorar devida. O Rap é muito mais que umestilo musical, não é moda, pois amoda passa e o Rap não, ele fica.Rap é coisa séria e sempre vai estarpresente na vida de quem éverdadeiramente da periferia. Paraquem acha que o Rap só contahistórias de crime, saiba que o Raptem romance, charme, amor, alegria,tem histórias de saudades depessoas que se amam, e é lógico, arealidade da vida na periferia e dopovo da classe baixa, que é o maiorcompromisso da nossa música.

O RAP MOVE AS PESSOAS,PORQUE É MUITO MAISVERDADEIRO QUE QUALQUEROUTRA MÚSICAE PONTOFINAL.

O que o Rap fez e faz porvocê na sua vida em geral?N: Me deu conhecimento, me dámuitas amizades, aqui e em várioslugares do Brasil e do mundo, comoabrir o show para o James Brown noPalmeiras em 1988, viajar comWhodini para show no Brinco deOuro em Campinas, abertura dosShows do Born in Jamaricans.Também deu á minha mãe umamoradia, deu para mim as palmas dopúblico, o carinho de muitaspessoas, a admiração de muitosmanos e minas e do publico em geralque curte Rap, e de pessoas quetambém não são do Rap. Amizadede algumas pessoas responsáveispela música negra no Brasil, comoLuizão da Chic Show, Willian daantiga Zimbabwe, Black Mad,Claudinho Gordo, Armando, daCircuit Power, Donizetti Dinamite,Cláudio Costa da antiga Super Star,que foi o primeiro local das grandesfestas de São Paulo que eu curtiatodos os finais de semana, enfim,isso é só um pouco de muita coisaboa para contar.

“...o Rap não parou enem vai parar, está em

uma das melhores fases,pois agora está sendoadministrado por quemé do Rap, e não pelos

oportunistas”

“...se eu achar que a música me agradaeu ouço e admiro, pricipalmente se falamde amor. Eu sou apaixonado por música!”

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20 ANOS DE CARREIRA

Dee Naldinho, em 1988 foi o incentivador para a gravação da coletânea “O SOMDAS RUAS”, da Equipe Chic Show. Em seu primeiro registro gravado, ele era “NDEERAP”, que estourou com os sucessos “RAP DE ARROMBA” e “MELÔ DALAGARTIXA”.

No começo da década de 90, ele gravou seu primeiro disco solo, “MENOSUM IRMÃO, CHEGA DISSO”, que também teve seu clássicos, como “E ESSAMULHER DE QUEM É?” e o som que também dava nome ao disco, que o colocaramdefinitivamente no cenário do RAP brasileiro.

Em 1992, gravou o disco “SÓ PORQUE SOU FAVELADO”, que já retratavao preconceito da polícia com as favelas. Em fevereiro de 1993 ele foi pioneiro elançou o primeiro “REMIX¨do Rap nacional. Ainda no mesmo ano, o rapper começaa deixar sua marca de bastante trabalho e lança “HUMANIDADE SELVAGEM”.

Para até hoje se manter na linha de frente do Rap, Naldinho seguiu gravandona década de 90, como em 1995, com o álbum “BEM VINDO AO HIP-HOP”, e assimsegue sua gravando.

Em 1996 lança “The Best Ndee 1”Em 1997 grava “Você tem que acreditar”Em 1998 “Ndee Naldinho ao vivo”, o primeiro disco de Rapgravado ao vivo no Brasilem 1999 gravou “O APOCALÍPSE”, com o mega sucesso“ESSA É A LEI”, que marcou a fase mais pesada do rapperEm 2000 grava “PRETO DO GUETO” e traz os sucessos“O 5º VIGIA” e “AQUELA MINA É FIRMEZA”em 2001 grava “AO VIVO - EDIÇÂO LIMITADA”, com todos os sucessosAinda no mesmo ano lança o álbum “O Povo da Periferia”Em 2003 gravou “NUNCA É TARDE PRA VIVER”em 2005 lança “THE BEST 2”em 2007, com o lançamento do “REMIX¨ inaugura um nova fase,produzindo o álbum dentro de seu próprio estúdio.

Agora, em 2009 prepara seu álbum de inéditas pela Preto do Gueto. Ainda em 2009lançará também a coletânea “A VOZ DO GUETO VOL. 1” e prepara para o segundotrimestre o albúm do grupo “IDENTIDADE NEGRA”.

Shows (11) 3971-5000/9769-2705

www.pretodogueto.com.br

20 anos de Rap, 20 anos de música,um rapper completo, com seu estúdio, suamarca de roupas e sua própria gravadora,a Preto do Gueto, fortalecendo o mercadoe a Cultura do Hip-Hop brasileiro, servindode exemplo para as novas gerações.Não se pode falar da história do Rapnacional, sem falar em Ndee Naldinho.

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POR QUE UM DISCO COM TANTASPARTICIPAÇÕES? VOCÊ ESTÁ NUM MOMENTODE MAIS UNIÃO COM OS RAPPERS?Sempre procurei estar proximos dos meus amigos,e com o passar do tempo fiz novos amigos e metornei fã de alguns também. Isso me levou aconvidar pessoas que eu admiro e respeito parasomar no meu trabalho, me dando a honra de podercantar com eles.

VOCÊ FOI O PRIMEIRO RAPPER GOSPEL. COMOVÊ ESSA NOVA GERAÇÃO, COMO O LITO, OMÁRCIO E AO CUBO? O QUE MUDOU NESSA NOVAGERAÇÃO E O QUE ELES TROUXERAM DE NOVO?Muitas coisas boas foram acrescentadas por essanova geração, mas também alguns equívocos, noque diz respeito ao ponto de vista bíblico de algunsna hora de expressar suas idéias. Espero que amaturidade musical chegue para aqueles queprecisam, e que aqueles que estão fazendo umbom trabalho continuem no caminho certo. Eu,particularmente, acho que o Lito amadureceubastante como músico, e vai fazer muito sucessoem sua carreira. O Márcio também tem tudo paradar certo. Já sobre o Ao Cubo não tenho muito oque falar, porque já estão fazendo sua própriahistória no Rap.

O QUE MUDOU DA SUA ÉPOCA ATÉ HOJE?Eu sinto falta da época dos bailes, porque a genteouvia uma música muito mais bem feita e dançante,de um nível acima da média. Hoje o Rap americanose perdeu na banalidade, em falar de carros,mulheres e dinheiro. Isso é muito ruim para omovimento, mas é bom para a indústria, que passoua vender mais CDs. Acho que não podemos perdera essência que é a base do movimento: Diversãocom conscientização.

VOCÊ VIVEU NOS EUA. O QUE AINDA FALTA PARA O RAPBRASILEIRO?Lá, eles tem a mídia e a grana para investir no que quiserem,até mesmo em porcaria, que acaba virando hit. Aqui a gentetem a raça e a criatividade para fazer acontecer nossos sonhose projetos. Acho que o que nos falta é mais espaço na mídia emais reconhecimento por parte dos críticos musicais, para quenossa música possa estourar nas pistas e nas rádios do paísinteiro.

A FAIXA “TUDO VAI MUDAR” É A MAIS SUINGADA, FALANDODA SUA HISTÓRIA. QUAL O MELHOR MOMENTO NESSES 15ANOS?Sempre acho que meu melhor momento é o que estou vivendo,ou algo que ainda vou fazer, porque sempre faço tudo commuito empenho e dedicação. Sei que ainda há muito para fazere muito a dizer, porque o Evangelho é a boa notícia de Deuspara o homem.

VOCE SEMPRE SAI BEM VESTIDO. ISSO NÃO É CONSIDERADOOSTENTAÇÃO PELA PARTE MAIS RADICAL DA IGREJA?A Bíblia não diz nada contra a respeito de você viver bem e terboas coisas, pelo contrário, Deus tem uma benção deprosperidade para o homem aqui na Terra, é só aprender comoagir para recebê-la. Sempre gostei de me vestir bem porqueacho que a roupa diz muito sobre quem voce é. Já passei muitavontade olhando uma vitrine sem ter como comprar o que euqueria. Hoje Deus me deu a condição de ter mais do que euquero ou preciso, porque ele cuida de mim nos detalhes. Queroser um exemplo de força de vontade para as outras pessoas,mostrar que é possivel se voce acreditar em Deus.

QUANDO A ESPERANÇA NO SENHOR SE CONFUNDE COM OCOMODISMO?Alguém que realmente tem a esperança em Deus jamais vai seacomodar, porque a Bíblia diz que não temos que nos conformarcom este século, isso quer dizer que, passe o tempo quepassar, a promessa de Deus para a nossa vida sempre secumpre. A fé não se explica, mas traz felicidade.

QUERO SERUM EXEMPLODE FORÇA DEVONTADEPARA ASOUTRASPESSOAS,MOSTRARQUE ÉPOSSIVELSE VOCÊACREDITAREM DEUS.

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NO SOM “SEM CHANCE” VOCÊ DIZ“SÓ VAI SUBIR QUEM FOI FIEL ÀPALAVRA”. VOCÊ ACHA QUE ESSAREGRAS SÃO CUMPRIDAS? VOCÊ ESTÁSALVO?Existem algumas verdades bíblicas quetem que ser ditas, para tirar algumaspessoas do engano. O fato de uma pessoaacreditar em Deus não traz para ela asalvação, porque a Bíblia diz que até odiabo tambem acredita em Deus. Entao, oque faz uma pessoa que tambémacredita, diferente do diabo, é o sanguede Jesus, é a salvação que há no nomede Jesus. Somente aqueles queaceitarem a Jesus como Senhor eSalvador herdarão o Reino dos Céus, issoestá na Bíblia, eu só coloquei na músicaporque está lá e as pessoas precisamsaber.

O RAP E PALAVRA DE JESUS É A UNIÃOPERFEITA PARA TOCAR O CORAÇÃODOS JOVENS?Acho que o Rap, o Samba, o Rock ouqualquer outro tipo de música que faledo amor de Deus é capaz de falar aocoração das pessoas, porque a palavrade Deus nao volta vazia. No meu caso, oRap somado à palavra faz a diferença nahora de uma pessoa aceitar a Jesus,porque isso é uma coisa bem inusitada.Deus escolhe os loucos para confundiros sábios.

NA MÚSICA RENASCER VOCE RIMA “EUERA O BRANCO MAIS PRETO DA MINHAQUEBRADA”. COMO FOI SER BRANCOE CANTAR E CURTIR RAP NAQUELAÉPOCA EM QUE VOCÊ COMEÇOU?Quem me conhece sabe onde eucomecei, e sabe de onde eu vim. Euestava lá quando o Thaíde batia na latana São Bento, estava lá quando JR Blawfundou a Roosevelt como ponto deencontro do Rap em São Paulo, estava láquando o Racionais estourou com Pânicona Zona Sul, estava lá quando o NelsonTriunfo dancava em frente ao Mappin, nocentro de São Paulo, então, nesse casoser branco é sé um detalhe na vida dequem respirou o movimento Hip-Hopdesde o começo. A cor não meatrapalhou, porque eu sempre respeiteia todos de maneira igual. Racismo é algoinaceitável, e se existe alguém que aindaacha que branco no Rap nao está comnada, diga isso ao DJ HUM, ao Nill, aoBranco, ao Duck Jam, ao Geração Rap, aoEminem e ao Dj Alpiste. Estamos aí, mano.

VOCÊ RIMA TAMBÉM “ENTÃO, MAISUMA FITA PRA CATAR E SOSSEGAR” E“O BARATO DA DROGA ME SAIU CARODEMAIS”. VOCÊ JÁ FOI DO CRIME EFOI USUÁRIO. TUDO ISSO FOIESSENCIAL PARA VOCÊ ESCREVER SUAMÚSICA?Acho que isso serve de testemunho paraoutras pessoas não se deixarem levar poresse caminho, e é claro que nas minhasletras procuro sempre passar algo de

positivo baseado nas minhas experiencias de vida.A MÚSICA “A TUA GLÓRIA” TEM UMA PRODUÇÃO MAIS DANÇANTE. ÉPOSSÍVEL UM RAP GOSPEL PARA TOCAR NA PISTA?Ja temos nossa própria pista. No Rio de Janeiro existe uma equipe de somchamada Gospel Night que realiza festas com DJ tocando som para agalera dancar. A música tem uma linguagem universsal, e várias vezes,eu, como DJ, toquei músicas gospel em meus bailes sem saber que eramgospel. Quem nao toca Rap gospel nas pistas é por preconceito ou porachar que nossa menssagem não é adequada para as pistas. Mas issotambem é um equívoco, porque sefosse assim o Kirk Franklin nãofaria tanto sucesso no meiosecular por causa do seusom dançante.

FALA COMO SURGIU AIDÉIA DO TEMA “SE EUMORRER”?Eu tenho visto a vida demuita pessoas ser tirada deforma estúpida através daviolência urbana que vivemosem nosso país, e isso me levou arefletir como nossa vida épreciosa aos olhos de Deus, e comomuita gente morre sem conhecerJesus. Na letra eu descrevo umpersonagem que entra emconflito consigo mesmosobre o que vai aconte-cer depois que ele mor-rer, para que as pessoasreflitam sobre a vidaeterna e o quanto essavida aqui é pas-sageira. O Luo, comosempre acrescentoumuito na música,que ficou perfeitapra o que eu queriapassar.

COMO VOCÊ VÊAS PRODUÇÕESNOVAS DE T-PAIN E KANYEWEST, USANDOE ABUSANDO DOAUTO TUNE?Eu gostei da novi-dade, tanto que tam-bém abusei bastantedesse recurso emmeu novo CD. O Rapvive de evolução,hoje o barato é esse,amanhã pode seroutro. Eu tive achance de poder usarno meu som e gostei.

Contato(11) 9880-8675(11)7883-5352Nextel ID: 55*9*4956

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Leona Lewis, a nova estrelaComo para muitos artitstas dessa geração,um programa de TV impulsionou suacarreira, e ela não parou mais. Quebrourecordes de vendas nas paradas britânicase seu som tem chegado a vários lugares domundo. Aqui no Brasil, sua musica e clipeinvadiram Rádio e TV, e ela se mostra a maisnova candidata ao trono de diva do Black.Muitas se candidatam, mas só o tempo vaidizer se Leona Lewis vai ter maturidadepara fazer como sua rival Beyoncé, que semantém no topo por vários anos..

Beyoncé agora é Sasha Fierce

Com seu novo disco “I am Sasha Fierce”,B. volta com seu alter ego, e o disco que já fazmuito barulho com seu primerio single ganhaas paradas. No clipe da música, B. interpretauma policial que está em crise em seurelacionamento. Todo em preto e branco, oclipe traz sempre o bom gosto da diva do R&B.

No disco, músicas com referência ao seurelacionamento com Jay-Z, entre outros clichês.Beyoncé se mantém no topo e dificulta achegada de qualquer uma.

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Dando continuidade ao trabalho de divulgação do álbum“Visão Noturna”, o rapper WX lança o vídeoclipe da música“Só pra Mim”, que traz participação da cantora Quelynah.

Com produção impecável, direção de fotografia e captaçãoem alta definição, o clipe já estreou na Rede TV, no programa“Hit TV”. A música “Só pra Mim”, que mistura Rap e R&B, contaa história de um relacionamento, e também já pode ser visto naInternet. Confira: www.myspace.com/wxspace

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CN BOYS MCs SE DESTACA NA CENA GAÚCHAgrupo surgiu em 1999, na Zona Sul de

Porto Alegre. Com letras conscientes em

defesa do Hip-Hop, Os parceiros DJ Tande,

Bagalo, Negão Nadré, Sandrão CNB, Caramão e

Léo, seguiram seus objetivos, e em 2003

colocaram o som “Violência” na coletânea do

Programa de TV “Hip-Hop Sul”, da emissora

TVE. A música foi escolhida para ser divulgada

nas rádios, tornando o grupo conhecido. Em

2004, saiu o primeiro CD do grupo, com 12

faixas e 2 vídeoclipes, através da gravadora

AGevê Music.

No ano seguinte, o grupo participou da

coletânea “Militantes do Sul” e gravou um

vídeoclipe ao vivo. Em 2006 saiu o segundo

disco, agora totalmente independente. O álbum

de 14 faixas teve o vídeoclipe da musica “A favelaChora” patrocinadao pela emissora TV Ulbra.

Em 2007, participaram da coletânea “Atitude Sul”,e paralelamente ao trabalho com o grupo o rapper

Sandrão CNB inaugurou a loja “Ponto Favela”, e

estreou na Rádio RCB com o programa “Atitude Sul”.Ainda no mesmo ano, Sandrão CNB lançou seu

primeiro trabalho solo , um EP com participação de

grupos da região e de São Paulo, como o grupo

Função RHK. O álbum atingiu 10 mil cópias vendidas

em poucos meses.

Agora, Sandrão lança o primeiro álbum duplo do

Rio Grande do Sul, que traz várias participações, como

Novaments, Nego Prego, RP3, Ministro, Nitro Di,Hantaroo, Função RHK, DBS e a Quadrilha, Episódio1, Divila, Bira Power, Baby Boy, BFN,Profeta eMaurício Roots. O disco traz 28 faixas e músicas novas

do grupo CN Boys, e foi gravado nos estúdios da Ponto

Favela Produções e no Dekebrada. Foi mixado e

masterizado na Ponto favela Produções, pelo DJ Tande.

Contatos: [51]3013-0361/8161-0128www.myspace.com/cnboys / www.pontofavela.com.br

OOOOO

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Um salve para os manos e minas da CulturaHip-Hop. Aqui quem escreve é o Nuno Mendes,Espaço Rap, 105 FM de Jundiaí, São Paulo.Agora também “é nóis” na revista!

partir desta edição, traremos o melhor da cenaHip-Hop pelo Brasil, com muitas idéias, salves,grupos e tal.

Para chegar chegando, quero falar do grupo Inquérito,do interior paulista. Formado por Renan, Nicole e Dj Rodrigo,vem com o mais novo disco, “Um Segundo é Pouco”. Está aíum exemplo de como é possível juntar musicalidade,diversão e crítica social com inovação. Vale a pena conferir.

Outro CD que vai fazer barulho é o do grupo Enxame,que está na estrada desde 1997. O disco deve estar naslojas a partir de janeiro.

Vale registrar o evento que aconteceu no dia 26 deoutubro em comemoração ao dia das crianças, que tive ahonra de apresentar, na Zona Norte de São Paulo. Organizadopela banca Preto do Guetto, junto com o rapper NDeeNaldinho, passaram por lá vários ícones do Rap nacional.Destaque para a apresentação do Big Bang Jhonson.

Por fim, mas não menos importante, ainda há tempo.Agradeço todo o apoio que recebi na batalha eleitoral queenfrentamos. Fui candidato, para levar à câmara devereadores um pouco do que estamos fazendo aqui, abrindonovos espaços para o movimento Hip-Hop e mantendo avoz da periferia ativa. Esta foi minha intenção, e tenhocerteza que foi também a do Nelson Triunfo em Diadema,Aliado G em Hortolândia e dos mais de 30 manos que secandidataram nestas eleições, e dos milhares de votos deconfiança que recebemos. Obrigado a todos!

GOSTOU DAS NOVIDADES?Então mande também suas dicas, críticas, sugestões,

salves e vamos juntos construir o “Fala Sério”.Certo, malucão?Nos vemos na próxima edição!

Nuno Mendes eNDee Naldinho

AAAAA

Nuno Mendes – É “Nóis” na [email protected]

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GGGGG..... A.A.A.A.A. P P P P P..... um gr um gr um gr um gr um grupo de apoioupo de apoioupo de apoioupo de apoioupo de apoio

grupo GAP( Grupo de Apoio da Periferia) tem 2 anosde existência e é formado por Di MC, (Alvorada), e VidBraza (Guaíba) ambos convertidos ao evangelho.

No final de 2006 eles sairamos de um um Centro deRecuperação para dependentes químicos e começaram acantar o Rap Gospel “...pois até então éramos os trêsmuito loucos.” revela Vid Braza. Os manos são do bairroJardim Algarve em Alvorada, na cidade de Porto Alegre e jáparticiparam de shows ao lado de grandes nomes do Rap Gos-pel Gaúcho entre eles Du e Junção. Além de diversasapresentações em Igrejas, ginásios, escolas e ruas dascomunidades que fazem parte de caminhada do grupo. Emseguida demos início ao nosso CD intitulado “O Pega daQuadrada” no estúdio Dekebrada em Porto Alegre “Nosescrevemos no 2º festival de novos talentos do Rapdo RS, tendo ficado em 1º lugar, dentre 50concorrentes. Participamos também de trabalhos deoutros aritstas fazendo participações tanto Gospeis,quanto secular, dentre eles Junção, Wnegro.” fala Di MC.

O primeiro CD saiu em 10 de Outubro de 2008, oalbúm tem 14 faixas com as participações especiais deDú25D, Klebão de la fúria, Guinho, Ruth e DéboraAtualmente tocando nas rádios Esperança, 840 AM,Ipanema e Sara Brasil. Els também estão produzindo umdocumentário sobre a história do Grupo.

Voces se encontraram no centro de recuperação dedependendtes químicos. Como você vê essa questãohoje em dia, quem quer se tratar encontra oshospitais ou lugares para se recuperar?GAP:Em 2006 após nosso internação foi onde nosencontramos eu, Vid Brasa e DI MC. A nessecidade deprocurar ajuda para se recuperar submete o usuario deintorpesentes a procurar clinicas de recuperação paradependendtes quimicos, eu pessoalmente (Vid Brasa)Recomendo a procura de ajuda em lugares que se baseiamno evangelho tendo como ancora a tarsformação atravésdo poder que ha na pessoa de Cristo Jesus muito embora sesaiba que no nosso país existam poucos lugares dessetipo, pois em hosptais só irão substituir uma droga por outra.Qual foi principal mudança na vida de voceisdepois da conversão?GAP: A principal mudança em nossas vidas foi atransformação de carater e a libertação espiritualdas cadeias sistematicas do cotidiano trazendocomo beneficio a reentregação social,restauração familhiar assim como a submisão aautoridades em carater legal e espiritual nosfazendo entender que viviamos numconstante engano sobre a verdade que é umasó, onde Deus é um ser supremo dono detudo que há e somos todos sujeitos a ele e asua lei e sua justiça.

O novo disco do Pregador Luo tem FunkCarioca, musicas que falam da Vale Tudo,no titulo do Cd de voceis é “o pega daquadrada” que faz um referencia a um arma.Hoje o Rap gospel pode encontrar variasmaneiras de passar uma mensagem e falarde cristo, que não só o louvor?GAP:Hoje o Rap é uma forte ferramenta de

OOOOO resgate social, fisico e espiritual sendo conciederado umaforte arma no combate ao racismo, a corupção e a indiferençaentre as classes sociais tendo varias maneiras de se espressare passar a mensagen, mas não existe forma de você mencionara pessoa de Cristo sem conhecelo, a palavra louvor significaadoração. Então para que Aja um empacto mais profundo énessesario que você esteja em uma total sintonia com espiritosanto de Deus porque a palavra é morta, a letra é morta, poiso que vivifica é o espirito sendo assim sem a presença doespirito não ha vida.Voceis também tocam no meio secular apesar de seintitularem gospel, onde esse rótulo de grupo Gospelé bom? e onde o rótulo atrapalha?GAP:Tocar no meio cecular é um previlégio para aqueles quelevan consigo o testemunho de Cristo Jesus em Suas Vidas,sendo as palavras de Jesus : eu não vim chamar os justo aoarrependimento, mas sim os pecadores, não nessecita demédico quem esta são, mas sim os necessitados e enfermos.Muitos que estão sendo enganados com os prazeres domundo sentem nessesidade de ouvir boas novas pois esseé o signifacado da palavra evangelho, boas novas desalvação. A palavra Gospel portanto não nos atrapalha porqueéla é só uma palavra, resultado disso foi o resultado do festivalregional que ganhamos onde disputamos com 50 grupos semdistinção de rotulos. Atrapalharia se dessemos totalimportancia a ela, Na verdado o que nos atrapalha é o pecadopor que o pecado é o que nos distancia de Deus. Falecomo foi a produção do disco e sobre o titulo “ Opega da Quadrada”?GAP:A produção do disco foi totalmente independentecontando com ajuda de familiares sendo eles Tia Nilsa, tioCarlão, Peixoto Espowjones meu pai, Ribamar, Bem EstarWorkstation, Daniel Garibaldi Jornal Fala Ai, Patrick Garibaldi,Fotos.com, Edinho Dekebrada e Pastor Volnei ComunidadeFonte de Vida nos dias de hoje conta com os colaboladores:Anderson (son) Diretor executivo da ONG B.E.COS ( BairrosExtremamente Comunitarios) Vini, Jason Programa ÊXODORádio Sara Brasil, Rádio Ipanema com Pia, na Rádio Esperançae na rádio do Raper DU 25D, Nelsão Firma Forte Produções,Marcio e Lindomar "Meu Patrão da Arte e Pesca de Alvorada"O titulo do nosso cd faz a lusão a Biblia Sagrada sugerindo à

como uma arma de espiritual de 66 caribesutilizando a ambiguidade do significado

dessa expressão e que é propria paradestruição de fortalezas penetrandoentre juntas e medulas discernindo a

carne e do espirito revelando averdadeira intenção do coração.Ultimamente nosso material dedivulgação se encontra noendereço virtualwww.sarabrasil.com.br .Contatos: (Confirmar)(51) 9644 6827??

(51) 8468 3423??(51) 3436 1208??(51) 3436 4017.

da Pda Pda Pda Pda Perererererifififififerererereria do sul do paísia do sul do paísia do sul do paísia do sul do paísia do sul do país.....

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RAPPER EMINEMADIALANÇAMENTODE SEU NOVOÁLBUM

Ficou para esse anoo lançamento donovo álbum deEminem. O disco,primeiro trabalhodo rapper desde2004, ainda nãoestá pronto e,apesar deprevisões otimistasdivulgadasanteriormente,deve sair apenasno primeirotrimestre do anoque vem.

O disco vai sechamar “Relapse”,e será o sextolançamento deestúdio de Eminem."Ele está sendoperfeccionista eestá totalmenteobsessivo com oálbum", declarouuma fonte próximaa ele.

TSUNAMI NA ALEMANHAA crew ficou em 5º lugar no maior

campeonato do mundo: “Battle of The Year”.Além da competição, as rodas ao redor

do evento reservaram momentoinesqueciveis. Rachando com os melhoresB. Boys do mundo inteiro, O Tsunami ganhouainda mais respeito dentro e fora doscampeonatos. Esse momentos são tãoimportantes quanto a própria competição.

Desse ano de batalha o B. Boy Kokadatirou a seguinte lição: “Nada é impossível.Se você acredita em algo, viva e lute porseus objetivos e sonhos. A recordação é arealização de um sonho, e ver um ginásiolotado para assistir uma coisa que amamosfazer é bom demais”.Contato Tsunami: (11) 8407-9668

ENCONTRO EM SÃO LUIZDO MARANHÃO.Aconteceu entre os dias 20 e 23 denovembro em São Luiz, o primeiro EncontroMaranhense de Hip Hop, o evento tevepalestras, debates sobre igualdade racial,shows, trocas de experências e batalha deB.boys. tudo em homengame ao PretoGhóez , um dos organizadores do evento éNando do grupo do falecido militante “Falardo ghoez é falar da história do hip hopno maranhão, é falar da existência doclãnordestino, , é falar de uma liderançamuito respeitada, é falar de atitude,de ação, de pensamentos coletivos, éfalar de uma lenda e de uma referência”fala Nando Agradecimentos: Alessandro Buzo - Fotos:

Marilda Borges

RAEKWON PROMETE ALBUMNOVO PARA MARÇO

“‘Only Built 4 Cuban Linx 2’ estáchegando em março de 2009”,revelou Raekwon. Eu estoutendo um tempo para mim eestou fazendo isso pelaspessoas, não por mim”.Fonte: Central do Rap.

DOCUMENTÁRIO SOBRE O WU-TANG.

Já tem um bom tempo que os fãs do Wu-Tang esperam por isso: “Wu: The Story ofthe Wu-Tang Clan documentario”.Esse novo projeto foi idealizado pela BETe chegou ás lojas em DVD no dia 18 deNovembro. A BET liberou 7sete minutosdo documentáriona net.

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MV BILL FARÁ FILME DE SANDRA WERNECKO rapper MV Bill vai estrear como ator no cinema, informa a coluna deAncelmo Góis no jornal “O Globo”.Depois de dois anos de estudos em uma oficina com Lázaro Ramos na Cufa(Central Única das Favelas), Bill estará no próximo longa de Sandra Werneck:“Sonhos Roubados”. Ainda segundo a coluna, o rapper prepara um projetomaior, um filme sobre sua vida e a de seu parceiro Celso Athayde, chamado“Os Invisíveis”.

PRÊMIO HUTÚZ 2009 - OS MELHORES DA DÉCADAAo comemorar seus 10 anos de vida, o festival vai premiar os melhores nessesdez anos, artistas de Hip-Hop que marcaram a década de 2000 no Brasil eajudaram a construir esse novo conceito, essa nova identidade do MovimentoHip-Hop Brasileiro.Assim, o Hutúz separou para vocês os melhores desses anos em cadacategoria, e vocês, amigos, vão decidir quem entrará para a História do Hip-Hopnesse novo século. Deste modo, em 2009 teremos no Hutúz o tema:“Aniversário Hutúz – Parabéns pra Você”, terminando essa história como elamerece: numa noite de grande festa. Afinal, só temos o que comemorar.

DJ CIADJ CIADJ CIADJ CIADJ CIA GR GR GR GR GRAAAAAVVVVVAAAAACOM RAPPERCOM RAPPERCOM RAPPERCOM RAPPERCOM RAPPERAMERICAMERICAMERICAMERICAMERICANOANOANOANOANOCHINGCHINGCHINGCHINGCHINGYYYYYA faixa “Another One”já está no seumyspace, na músicacom produção do DJCia que deve sair nodisco do rapper dosEUA, ainda trazpartcipação de NegraLi. DJ Cia que jácarrega no curriculomusica com U-God do(WU Tang),recentemente tambemteve 2 produções nasprateleiras americansatravés do rapperNature

www.myspace.com/djciabrasil

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CANCIONEIROS DO GUETO CHEGA COM APOIO TOTAL DOS NOMES MAISFORTES DO RAP, COMO DEXTER , CASCÃO (T$G) E DIMENÓ (ALVOS DA LEI).

Apoio forte

sses manos da nova geração do RAP começaram em 2003.Formado por Maycon, Douglas, Ruq, DJ Fefeu e DJ Caio, em 2005a musica “Deus me conduz” alcançou o 3° lugar na Amostrade Artes de Diadema. Em 2006, novamente o grupo se destacou

com a música “É Desse Jeito”. Entre shows comunitários em que ogrupo se apresenta pela região do ABCD, se destaca o evento chamado,“Dia-D”, batizado e realizado pelo próprio grupo em parceria com o“Clube dos Moradores do Jardim Santa Cândida” e da “Familia 75”. Nesseevento, é proporcionado um dia de festa e lazer para as crianças edemais moradores da comunidade.Em 2007 o grupo iniciou o projeto de seu primeiro CD, intitulado“Mesmo o Barato sendo Loko, $egue Assim a Vida na Quebrada”,com músicas que relatam o cotidiano em que vivemos sem esqueceros momentos de alegria, mudando a visão de muitos que pensam queo Rap só fala de crime, armas e drogas. “Se for pela Paz e pelo Amor,‘demorô, vem com nóis’”, é a filosofia do grupo. No álbum, o destaquevai para a música “O Zé eo Jão”, que conta a história de pessoas quevivem numa situação financeira não favorável e que têm sempre doiscaminhos. “Os dois são difíceis, porque no início pode parecervantajoso, como também pode parecer que você nunca vai chegar lá,mas no final, ambos tem suas conseqüências, seus lucros e seusprejuízos”, explica Douglas.O nome do grupo foi inspirado na poesia. “O nome do grupo foiinspirado nos poetas e musicos que marcaram historia duranteanos "cancioneiros é uma união de poesias e canções de todostipos e todos os tempos, que são eternas no cenario brasileiro,e foi o que si identificou com o q estávamos procurando,resumindo o significado é "POETAS DO GUETO" .”, relembra. Maso grupo tem seu lado contudente, e na música “Mesmo o Baratosendo Louco”, eles falam sobre a polícia. “Toda profissão tem osseus pontos positivos e negativos, e nenhum grupo de Rapaté hoje mostrou o outro lado da moeda. Pensando nisso escre-vemos essa letra, para refletir que o mesmo cotidiano e rotinado comerciante do mundo paralelo, é o do herói fardado dasociedade. Realmente o refrão diz tudo: ‘O difícil é saber quemte ameaça ou te pretege’”, relata Maycon.Sobre se hoje a rapaziada absorve bem a mensagem, Myaconcompletou: “Eu acredito que é um conjunto, não adianta ter uma letranervosa e não ter uma batida envolvente. A ‘rapa’ de hoje quer ir aoibaile dançar, descontrair, deixar os problemas que atormentam asemana inteira do lado de fora do salão. Em cada letra passamos onosso cotidiano, mas sem esquecer de trabalhar as batidasenvolventes, pois podemos casar o conteúdo com os ‘ritmosalucinantes’. Isso é musica, onde não existem regras ou limites, paraque se possa viajar”.Cancioneiros do Gueto, a nova geraçãodo Rap chegando com apoio total.

“OS RAPPERS QUE ESTÃO COMEÇANDO AGORATEM UMA IDENTIFICAÇÃO COM ALGUNSRAPPERS DA MINHA GERAÇÃO, E É ALGO ATÉQUE AUTOMÁTICO, NO CASO DOCANCIONEIROS, A IDENTIFFICAÇÃO FOICOMIGO. CONSEQÜENTEMENTE, EU TAMBÉMME IDENTIFIQUEI COM O TRABALHO DELES E,DENTRO DO POSSÍVEL, ESTOU AJUDANDO.ACREDITO QUE É ISSO, UM AJUDANDO OOUTRO PARA QUE A CULTURA SE FORTALEÇACADA VEZ MAIS”.Dexter

"CANCIONEIROS DO GUETO, GRUPO QUE CONHECIATRAVÉS DO BUIU (QS). PROFISSIONALMENTE FALANDO,GOSTEI DA SERIEDADE E RESPONSABILIDADE QUE ELESTEM PELO MOVIMENTO RAP. FATO QUE HOJE POUCOSGRUPOS OBSERVAM E RESPEITAM AO ENTRAREM NESSALABUTA, PELA QUAL FALAMOS QUE AMAMOS E DAMOSNOSSAS VIDAS. PASSEI A TER UM CARINHO ESPECIALPELOS MOLEQUES PORQUE ALÉM DE SEREM MEUSAMIGO TIVE A HONRA DE SABER QUE O PAI DELES, É FÃINCONDICIONAL DO TRILHA E O MESMOS,MOSTRARVA AS MUSICAS DO TRILHA QUE ELEGOSTAVA COMO UMA FORMA DE INCENTIVO PARAELES. SEJAM BEM VINDOS E NÃO ESQUEÇAM ARESPONSABILIDADE É MAIOR DO QUE VOCEIS SPENSAM."CAascão Trilha Sonora do Gueto

“CANCIONEIROS DO GUETO É UMA NOVAPROPOSTA NO RAP NACIONAL, NA QUAL EU APOSTOE ACREDITO. RESUMINDO, UM EXEMPLO DECORAGEM, SINCERIDADE E LEALDADE. ENFIM JÁ ÉSUCESSO”.Dimenó - Alvos da Lei

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O relançamento do único disco do Sabotage, “O Rap éCompromisso”, já começa a fazer barulho, porque o discooriginal ficou pouco tempo nas lojas, é chance dos fãnscompletarem sua coleção

O veterano do Gospel DJ Alpiste traz um disco recheado comgrandes participações, mostrando como se manter no topo.

Do Sul do país vem “RP3”, com o disco “A Fúria e a Verdade”.De lá vem também “Nego Prego”, que lança seu álbum “AMafia dos Meninos”, trazendo todo o peso e a qualidade desua trajetória musical em Porto Alegre.

De Brasília vem o novo álbum do “Viela 17”. O grupo do Japão,DJ Batina, Denizar e Don Gerson vem com ótimas músicas noálbum “Lá do Morro”.

Saiu também o álbum com 4 faixas do rapper Falco. Com otítulo “Hoje vai ser Diferente”, ele começa a colocar o sonhonas ruas.

Outro disco de peso é do grupo Hórus, “Sequelas dasLágrimas de Sangue”. O álbum traz participações deRealidade Cruel, Cirurgia Moral, Facção Central, Pregador Luo eMoysés.

Também do interior vem o grupo “Sacramento”, que lança odisco com tecnologia SMD, barateando o preço final do álbum“Em meio às dificuldades... Há vitória”.

Do interior de São Paulo chega o segundo disco do Inquérito,“Um Segundo é Pouco”, garantia de bom som e letrasinteligentes.

Outro representante do Rap paulista é Sombra, que depois desua saida do grupo SNJ, consegue lançar seu disco solo, “SemSombra de Dúvidas”. O melhor do rapper que tem um dosvocais mais diferenciados do Rap nacional.

Vamos começar com o primeiro disco solo do rapper Elly, domilitante grupo DMN, “Preto Original – Acerto de Contas”,com produções de Johnny Campanile e Diogo Poças. O discosai com distribuição da Tratore.

O rapper “Renegado” lança seu disco “Do Oiapoque a NovaYork”, que já ganhou o Hutuz. O mano de Belo Horizonteconta com produção de Ganjaman, que já é um selo dequalidade.

De Minas Gerais, o rapper Lindomar 3 L sai com o apoio doGOG e lança o disco “Das Ruas Mineiras”.

Para finalizar, saiu o tão esperado CD do rapper Kamau,chamado “Non Ducor, Duco”. Entretenimento, mensagenspositivas e inovação. O título, que em português quer dizer“Não sou Conduzido, Conduzo”, traz o resultado da carreirado rapper, e também já começou faturando o prêmio Hutuz.

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grupo, formado na década de 1990 nacidade de Sumaré, interior de São Paulo,vem com força total, agora pelo selo Pretodo Guetto, do Rapper NDee Naldinho.

Ice Juck, Rony, R.O e DJ Odd já têm longacaminhada dentro da música, e em todos essesanos já passaram por várias formações, até a mortede um dos integrantes, em 2001.

O primeiro álbum, “A Volta Terrorista”, saiuem 1998, e em 1999 lançaram o segundo disco:“Mortos para o Sistema”. Em 2006 o grupolançou “Cadáveres sem Honra”, com letras deforte efeito e polêmicos shows com cenasapresentadas ao vivo no palco. “Ouvir o CD doIdentidade é uma coisa, assistir ao show éoutra”, revela Rony.

Agora no selo “Preto do Guetto”, o grupoprepara um novo álbum. “...tá sendo muitobom, porque ele está dando uma atenção,sem pressa, dando todo apoio”, comentasobre o produtor NDee Naldinho, que estátrabalhando no álbum há alguns meses.

Sempre falando sobre a questão racial, ogrupo observa que o negro vem conquistandoseu espaço. “Antigamente você não viacomercial de televisão com pretos, pareciaque o preto não consumia, mas as coisasestão mudando. Agora com a eleição doBarack Obama, acho que vai dar um boom amais, e as pessoas enxergarão que todomundo é igual. Sei que o preconceito nunca

vai acabar, mas acho que agora as pessoas vão ter maisconsciência, vão pensar mais”, fala RO.

O novo disco vem com um título forte: “Os fracos vão seassustar”, e o grupo explica o motivo: “Justamente pelo pesomusical que tem o Identidade Negra. Uma idéia forte, esabemos que tem muita gente que concorda, mas tambémmuita gente que não concorda com esse estilo. Mesmo sendopesado, dá para fazer música boa sem falar palavrão”.

Sobre hoje o Rap não ter mais a questão racial em evidência, elesnão se mostram radicais. “Hoje em dia a gente fala de váriosassuntos, e isso é bom. Não quer dizer que a gente esqueceudo problema, não queremos tampar o problema, mas tambémnão podemos ficar sempre batendo na mesma tecla”.

RAP é coisa séria, e eu não tô de brincadeiraRAP é coisa séria, e eu não tô de brincadeiraRAP é coisa séria, e eu não tô de brincadeiraRAP é coisa séria, e eu não tô de brincadeiraRAP é coisa séria, e eu não tô de brincadeira

RAP campineiro é como sangue que corre nas veiasRAP campineiro é como sangue que corre nas veiasRAP campineiro é como sangue que corre nas veiasRAP campineiro é como sangue que corre nas veiasRAP campineiro é como sangue que corre nas veias

Revolucionário sem valor não quero serRevolucionário sem valor não quero serRevolucionário sem valor não quero serRevolucionário sem valor não quero serRevolucionário sem valor não quero ser

Luto pela igualdade, não pelo poderLuto pela igualdade, não pelo poderLuto pela igualdade, não pelo poderLuto pela igualdade, não pelo poderLuto pela igualdade, não pelo poder

Pra quem diz que tô perdendo tempo com o assutntoPra quem diz que tô perdendo tempo com o assutntoPra quem diz que tô perdendo tempo com o assutntoPra quem diz que tô perdendo tempo com o assutntoPra quem diz que tô perdendo tempo com o assutnto

Mas alienado tem em qualquer lugar do mundoMas alienado tem em qualquer lugar do mundoMas alienado tem em qualquer lugar do mundoMas alienado tem em qualquer lugar do mundoMas alienado tem em qualquer lugar do mundo

Eu não me rendo às palavras traiçoeirasEu não me rendo às palavras traiçoeirasEu não me rendo às palavras traiçoeirasEu não me rendo às palavras traiçoeirasEu não me rendo às palavras traiçoeiras

EnqEnqEnqEnqEnquantuantuantuantuanto eu fo eu fo eu fo eu fo eu falo séralo séralo séralo séralo sério io io io io ,,,,, Zé P Zé P Zé P Zé P Zé Pooooovvvvvinho é só bestinho é só bestinho é só bestinho é só bestinho é só besteireireireireiraaaaa

A nova aposta da Preto do Guetto vemmostrando que “os fracos vão se assustar”

O

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mogi

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mogiAliados Contra o Sistema

grupo vem Mogi das cruzes, interior doestado de São Paulo e atulamnete é formadopor Poox T , Dj Jhay e Cachorro Loko Star. O

manos começaram no Rap começou em 87 equando o grupo Ação Criminosa se desfez elesmontaram o 380 ACS. Nesse mais de 22 anos decaminhada o grupo está no terceiro álbum “VidaReal – O Dobro ou nada”.

O álbum traz váriso ritmos que se mixam aoRAP Gangsta do grupo, é Jhay quem produz as bases"Nosso processo de criação... muitas vezes oJhay nos da a base e a gente cria a letra."Revela Poox T.

A artistas da periferia que começaram amuito anos hoje vêem as mudanças “Na real nóscomeçamos lançando um fita cassete, depoisveio o Vinil, depois agora od CDs” mas tudoisso na verdade é apenas o veículo, a essência estáem qualquer mídia “Por exemplo eu não tiro nadade base americana, eu mesclo vários estilos,eu pego muita coisa nacional, uso muita coisalá do fundão. No disco tem colagem deRoberto Carlos, Lindomar Castilho, WanderleyCardoso e são artistas que juventude nãoconhece mais tem bastante coisa pra serusada.Então também fazemos esse resgate damusica braileira” explica Jhay.

Além do grupo, Jhay também mantêm umestúdio na quebrada e produz alguns grupos da cenalocal. “Quando eu comecei a trabalhar comoDj, e me infiltrei no Rap mas sempre tiveinteresse de ter autonomia. Eu economizei eaos pouco montei esse estudio.” Conta o Dj quetambém é eletricista. Enquanto seu parceiro Loko

Star está desempregado, Poox T trabalha numa empresa de logística,mostrando que o sucesso no Rap se constrói aos poucos mas embases sólidas.

O 3º álbum do grupo abre como uma resposta pra quemdesacreditou dos manos, no disco o destque fica com “cadê alei” onde Cachorro Loko Star denúncia a ação da policia na periferia“Nessa música eu falo que quando o crime ocorre naperiferia, a polícia nunca está presente e depois que o fatoocorre é que os caras chegam.” Já na música “O Brasil é sóimagem” o rapper Poolx T conta "Eu estava trocando ideiascom meu patrão, que o Brasil tem 2 imagens, tem doispaíses, existe um Brasil de quem passa fome e o Brasil dequem tem campo de golf”.

Outro Rap é a “Negro no Guarujá” escrita por Loko Star“A praia é para todos mas infelizmente la é só a playboyzadaque curte, é um música que eu me ponho como se fosse umcriminoso, e falo da minha visão.” O grupo tambe vem com umlado consciente no som “A trajetória” onde o grupo fala sobre asociedade que vive nas periferias “Eu fiz uma pesquisa e viaque até hoje o pobre segue a mesma trajetória, que em vezde ordem e progresso como está escrito na bandeira doBrasil, existe s desórdem e regresso.” Fala PoolxT

Todo esse lançamento teve o apoio e o patrocínio doempresário Volt L “ Eu vim também da periferia, mas o que mechamou a atenção foi o talento do grupo e eu vi apossibilidade de lançarmos eles no mercado.Eles são muitosdiferenciados. Isso me levou e fechar com a rapaziada. Opessoal tem muito talento e quem contratar o show nãovai se arrepender”

Contatos7409-1828/8222-1459/72778027/74091887WWW.MSYAPCE/380ACS

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Mais um elo na corrente no Rap nacional que chegou para fortalecer. Commais de um ano do lançamento do CD “Em nome dos pretos / Em nomedos brancos”, Dinho do Gheto já fez vídeoclipe da música “Essênciado Amor”, e vem ganhando destaque no cenário. Recentemente, gravouum documentário sobre o movimento Hip-Hop em Itapevi que estará emseu DVD, que tem previsão de chegar às lojas em março de 2009.

Hoje, o “Low Rider” anda junto com o Rap Nacional.Estamos aí, lado a lado com a Cultura de Rua. Nagringa, os rappers Eazy-E, 2PAC eSnoop Dogg somaram com a cultura Low Rider,colocando-a em seus repertórios musicais esegmentos do Gangsta Rap.

Nós, do “Q.I Racional”, estamos aqui, namesma caminhada, somando com o mano “RenatoGuerreiro” da $ul... Nosso objetivo é divulgardentro do nosso trabalho a nossa própria marca:“FOOME Graffits”, mostrando que os verdadeirosapoios estão em nossa própriaárea - Jardim Niterói,Zona Sul, SP.

MC Alex, no comando do Bonde Di Menor,mistura Black e Funk Carioca, uma característicada nova geração que tem tido grande aceitaçãonos bailes de todo o Brasil.

No mês de dezembro, o Bondi embarca para oSul do país e continua fazendo sucesso entre osadolescentes. O grupo também fará shows emRecife, trazendo sucessos como “Manda aMulherada” e o RAP “Criança”.

Para 2009 o grupo prepara um novo álbum, eatualmente faz um show novo com dançarinos,prometendo invadir também as rádios no ano que vem.

Depois de abençoado por Afrika Bambaataa ede Rappin Hood declarar que levaria Funk ao seuprograma de TV, e que gravaria um Funk cariocasem problema, o ritmo vem ganhando força e seaproximando cada vez mais do Hip-Hop.

Com isso todos ganham: o Rap fica maisdivertido e o Funk mais elaborado.

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