Revista de Aero N.º 2

18
Revista de Aero SEMESTRAL-OUTUBRO/2011 NÚMERO 2 A revista de alunos de Aero para alunos de Aero ! Conteúdos Air Cargo Challenge 2011 Paris Air Show 2011 PASSAROLA Team em grande! Paris Airshow! III Jornadas de Eng. Aeroespacial. BALUA - o novo projecto do SSETI. A escolha do ramo de Espaço! APAE - Quem somos, que fazemos! Reunião do Congresso EUROAVIA! S3A - Uma nova Direcção! S3A - O que andamos a fazer! S3A- Dia do Caloiro! Workshop Eurocopter - Paris Airshow. Estágio na OGMA - Aeronaves. Partículas movem-se mais rápido que a velocidade da luz ?! Primeiros voos regulares de Passageiros com Biocombustível.

description

2ª edição da Revista de Aero, lançada em Março de 2012 pela S3A, Secção Autónoma da AEIST.

Transcript of Revista de Aero N.º 2

Revista de Aero

S E M E S T R A L - O U T U B R O / 2 0 1 1 NÚMERO 2

A revista de alunos de Aero para alunos de Aero !

Conteúdos

Air Cargo Challenge 2011

Paris

Air Show

2011

PASSAROLA Team em grande!

Paris Airshow!

III Jornadas de Eng. Aeroespacial.

BALUA - o novo projecto do SSETI.

A escolha do ramo de Espaço!

APAE - Quem somos, que fazemos!

Reunião do Congresso EUROAVIA!

S3A - Uma nova Direcção!

S3A - O que andamos a fazer!

S3A- Dia do Caloiro!

Workshop Eurocopter - Paris Airshow.

Estágio na OGMA - Aeronaves.

Partículas movem-se mais rápido que

a velocidade da luz ?!

Primeiros voos regulares de

Passageiros com Biocombustível.

A equipa PASSAROLA

da S3A conseguiu no passado

mês de Agosto a melhor clas-

sificação de sempre de equi-

pas do IST em edições inter-

nacionais da competição Air

Cargo Challenge (6º lugar).

Com 2 alunos do 5º ano

(Hugo Marques e Pedro Albu-

querque), 3 do 4º ano (David

Melo, Diogo Vicente e Tiago

Ferreira) e um piloto do Ensi-

no Secundário (Pedro Precio-

so), a equipa conseguiu o

primeiro resultado visível da

criação da Secção Autónoma

de Aeronáutica Aplicada da

AEIST que foi criada justa-

mente para servir de núcleo

aglutinador de alunos que

pretendam participar em

competições e eventos aero-

náuticos potenciando desta

forma a transmissão de

conhecimento e experiência

entre alunos e reforçando o

apoio logístico, institucional e

financeiro, para que o Institu-

to Superior Técnico seja

representado ao mais alto

nível.

No Air Cargo Challenge

2011 competiram 27 equipas

de 11 países. Devido à tradi-

ção lusa desta competição,

Portugal levou 6 equipas a

Estugarda, tendo a Universi-

dade da Beira Interior ganho

a competição e batido a forte

concorrência alemã e chine-

sa.

A competição, criada por

alunos da Associação Portu-

guesa de Aeronáutica e Espa-

ço (constituída por alunos de

Engenharia Aeroespacial do

IST) em 2003 cresceu e tor-

nou-se internacional a partir

de 2007 com edições bia-

nuais. Esta foi a 1ª edição fora

de Portugal, sendo organiza-

da pelos vencedores de 2009

– a Universidade de Estugar-

da.

O esforço de muitos colegas

de Engenharia Aeroespacial e

também de Electrotécnica e

de Mecânica do IST na S3A

deu frutos e a equipa PASSA-

ROLA da S3A da AEIST conse-

guiu o 2º melhor resultado a

nível Ibérico, o melhor se

apenas se contabilizarem

equipas com alunos, já que

algumas congéneres tinham

professores como membros

da equipa. Diga-se ainda que

no cômputo do relatório final,

dos desenhos técnicos, da

apresentação oral e das pena-

lidades pré -voo, a equipa

PASSAROLA ficou em 1º lugar.

AUTORIA:

Pedro Albuquerque

Invasão Lusa no ACC da Alemanha

Página 2

Patrocínios:

Página 3

PASSAROLA Team da S3A em grande!

O Air Cargo Challenge foi um evento bastante marcante para todos os membros da equipa PASSAROLA bem

como para todas as pessoas que ajudaram a equipa. Por trás do 6º lugar alcançado pela equipa na edição de

2011 existem muitas histórias, preocupações, noites mal dormidas e percalços que assombraram a equipa e que

vale a pena serem contados. Por esse motivo fizemos este pequeno resumo da competição e do processo de

projectar a PASSAROLA.

Consequentemente foram neces-

sários vários protótipos para cor-

rigir todos os errosnão detecta-

dos durante o projecto.

Ainda como agravante o avião foi

construído pelos alunos que

tinham pouca ou nenhuma expe-

riência na construção de aeromo-

delos.

Por todos estes motivos, vários

protótipos caíram até que final-

mente se alcançou uma solução

100% operacional. Apesar de

tudo o resultado final foi um

aeromodelo de qualidade e bas-

tante competente que conseguiu

inclusivamente superar o desem-

penho de outros modelos de

envergadura superior.

Durante a competição

A competição realizou -se em

Agosto na cidade alemã de Estu-

garda. Por ser uma competição

internacional, todas as equipas

foram obrigadas a transportar o

avião numa caixa com dimensões

definidas e iguais para todos.

Sabendo que é sempre possível o

avião despistar -se, a equipa pre-

veniu-se e decidiu levar dois

aviões na dita caixa. Para cabe-

rem os dois estes não podiam ir

completamente montados, pelo

que a montagem final foi feita na

véspera do início da competição

já na Alemanha. Escusado será

dizer, que não foi uma noite bem

dormida.

O projecto

A PASSAROLA foi projectada por

um grupo de alunos do Instituto

Superior Técnico que pretendem

aplicar os conhecimentos que

aprendem nas aulas teóricas. Gru-

po esse, composto por alunos do

4º e 5º ano de engenharia aeroes-

pacial e ainda um sexto elemento

(piloto) do primeiro ano de enge-

nharia electrotécnica. Tal como

qualquer projecto de engenharia

actual, este avião foi projectado

em grande parte com recurso a

várias ferramentas de Software

que vão desde CAD, simulações de

escoamento de fluidos, análises

estruturais até programas feitos

pelos próprios alunos.

Contudo esta é uma actividade

extra curricular pelo que os alunos,

além de projectarem o avião, têm

ainda de fazer as cadeiras do res-

pectivo curso. Posto isto nunca há

tempo suficiente para fazer todos

os estudos necessários para asse-

gurar o correcto funcionamento do

avião.

11 de Agosto - 1º dia de competição:

No primeiro dia do evento não haveria

voos. Este dia resumir-se-ia a inspecções

técnicas e à apresentação das equipas e dos

seus aviões bem como de todos os estudos

que fizeram para chegar ao produto final.

Este dia correu bem sendo o único percal-

ço o facto do estabilizador horizontal não

estar exactamente horizontal. Problema

esse que foi corrigido para o dia seguinte. A

equipa fez a sua apresentação dentro do

tempo estipulado e não sofreu penalizações

nas inspecções. O júri gostou do trabalho

apresentado pela equipa até então , pelo que

a pontuação total atribuída ao relatório de

projecto, apresentação do trabalho e zero

de penalizações valeram à equipa o primeiro

lugar desse dia!!

12 de Agosto - 2º dia de competição:

No segundo dia de evento far-se-ia então

a primeira e segunda ronda de voos. É de

salientar que havia um peso máximo estipu-

lado, para o avião sem carga, de 1.8Kg. No

entanto a grande maioria das equipas exce-

deu este valor. A penalização de peso extra

era de 10g de penalidade na carga levantada

por cada grama de peso extra que o avião

tivesse. Ou seja, se avião levantar 4Kg de

carga mas o seu peso em vazio for de 1900g

a equipa apenas pontuará 3Kg.

O avião PASSAROLA não era excepção no

peso extra. Pesava aproximadamente 1900g

em vazio no primeiro voo. Era então crucial

remover peso extra para o tornar o modelo

competitivo. A remoção de peso tornou -se

então uma verdadeira obsessão! Tudo o que

se achasse desnecessário era removido,

inclusivamente os “pesados” autocolantes

da equipa com o número 15. Em vez disso o

número 15 era pintado nas asas poupando

assim 1 ou 2g. Parafusos com milímetros a

mais erram cerrados, excessos de madeira

tinham o mesmo tratamento, isolamento

eléctrico em demasia dos cabos do motor e

baterias eram reduzidos ao mínimo, estas e

muitas outras medidas foram adoptadas

para combater a obesidade do modelo.

No primeiro voo a equipa quis manter uma

carga leve para evitar surpresas e levantou o

peso mínimo com que já tinham voado em

Portugal, 3.8Kg. Para os voos serem válidos

os aviões tinham de descolar em 60m de

pista, dar a volta e aterrar (por isto entenda-

se tocar com todas as rodas no chão e ir a

deslizar na pista) em 120m. Nos vídeos publi-

cados no site é possível ver que, ao aterrar,

a passarola vai com o trem dianteiro no ar

quase até parar. Esta foi uma manobra feita

pelo piloto Pedro Precioso para evitar uma

saída de pista do avião dado que o trem

dianteiro desalinhava com facilidade. De

notar que o piloto inicial da equipa, João

Paulo, infelizmente não pôde ir à competição

devido a imprevistos pessoais. Contudo foi o

mesmo que sugeriu Pedro Precioso para

tomar o seu lugar na competição dado que é

também um piloto de grande qualidade.

Infelizmente no segundo voo a equipa

levantou 5.5Kg mas este não foi válido dado

que avião descolou em mais de 60m. Pensa -

se que o centro de gravidade talvez estivesse

demasiado para a frente, o que dificulta o

levantar do nariz e torna o avião demasiado

estável. Como agravante , a cobertura da

fuselagem foi mal presa e soltou-se durante

Página 4

Patrocínios:

Beira Interior. O nosso país encontra-

va-se representado por seis equipas

no total, AirFEUP, IPL Team, Luso

SPAD, PASSAROLA, UBI – Portugal,

Gryphus Team. É de bradar o espirto

de entreajuda que havia especialmen-

te entre as equipas portuguesas.

Um obrigado muito especial ao Srs.

Manuel Cunha, João Silva e Daniel

Costa do clube de aeromodelismo de

Corroios por todo o apoio e paciência

prestada durante a fase de testes do

modelo. Agradecemos também o apoio

prestado pelos professores Luís Eça,

Paulo Oliveira, Fernando Lau, Agostinho

Fonseca, José Azinheira e Filipe Cunha.

AUTORIA:

Hugo Marques

Foto da equipa PASSAROLA: Da esquerda para a direita - David Melo, Hugo Marques, Pedro Albuquerque, Diogo Vicente, Tiago Ferreira e Pedro Precioso .

o voo ficando a bater e impedin-

do o avião de acelerar tanto

quanto podia. O resultado foi um

voo rasante e espectacular para

deleite dos espectadores, que

felizmente acabou numa aterra-

gem segura novamente em cava-

linho.

13 de Agosto - 3º dia de com-

petição:

No terceiro e derradeiro dia o

avião fez um voo válido com

5.2Kg de carga, ficando assim em

6º lugar.

A equipa, que no dia anterior

solucionou problemas de fragili-

dade nas asas, conseguiu reduzir

drasticamente o peso ao remover

grande parte da cobertura de

madeira de balsa das asas. Os

pedaços removidos foram cober-

tos com papel transparente. O

resultado foi uma redução de

quase 100 gramas e mais uma

noite mal dormida. Obviamente a

carga levantada valeu por mais

dado que a penalização por peso

extra foi consideravelmente

menor.

Ainda havia tempo para uma

quarta ronda de voos. A equipa

teve tempo para reduzir mais

alguns gramas no peso do estabi-

lizador horizontal (PASSAROLA

V3.2) e fazer a derradeira tentati-

va com 6Kg de carga. Contudo de

forma brusca e inesperada levan-

tou-se um temporal com ventos

muito fortes que obrigou ao can-

celamento do evento e desman-

telamento das tendas das equipas

antes que estas voassem.

A equipa volta então para Por-

tugal com um suado mas mereci-

do 6º lugar. É de salientar que a

competição foi ganha pela equipa

UBI Portugal da Universidade da

Página 5

Página 6

Paris! O sonho de gerações, fonte de inspira-

ção e centro de confluência de grandes nomes

da cultura, a perdição daqueles que procuram a

excentricidade e os prazeres da vida! Cidade

onde se forjou o pensamento ocidental con-

temporâneo após a tomada da Bastilha através

da tão conhecida revolução Francesa. Cidade

das luzes, capital da moda…e entre os dias 20 e

26 de Junho de 2011 o centro das atenções de

todas as mulheres e homens de negócios e

amantes da indústria aeronáutica e espacial,

contando com mais de 2100 empresas repre-

sentadas, de 45 países (Portugal incluído) e 150

aeronaves expostas!

Este evento que já vai na sua 49ª edição,

decorreu no histórico aeroporto de le Bour-

get ,onde Charles Lindberg aterrou após realizar

a primeira travessia solitária do Atlântico sem

escalas em 1927, e onde se situa o museu Fran-

cês do ar e do espaço (Musée de l'Air et de

l'Espace) desde 1919, ano em que o aeroporto

foi inaugurado.

Durante os primeiros 4 dias (20-23 de Junho)

deste importante festival aéreo o recinto este-

ve reservado apenas à indústria e às actividades

ligadas aos negócios do sector. Estes dias con-

taram com a presença de 151.500 profissionais

da industria aeroespacial. O destaque vai para a

Airbus, que conseguiu um total de 730 novas

encomendas de aeronaves, para a ATR (joint-

venture entre a Alenia Aeronautica e a EADS)

com 60 aeronaves vendidas e para a fabricante

de motores Safran com 910 encomendas para o

seu motor Leap-X.

Portugal apresentou-se representado por um

conjunto de 37 empresas congregadas num

único pavilhão o que culminou na maior repre-

sentação de sempre de Portugal em eventos

desta natureza. Para isso foram decisivos os

esforços realizados pelo AICEP (Agência para o

Investimento e Comércio Externo de Portugal).

O projecto Life, desenvolvido por um leque de

empresas nacionais com a brasileira Embraer ,

que propõe um novo conceito de fuselagem

mais leve e amigo do ambiente, foi a grande

atracção do pavilhão de Portugal em le Bourget.

Os dias mais ansiados da abertura ao público

ocorreram entre os dias 24 e 26 de Junho.

Durante estes dias 204.000 pessoas viram as

aeronaves expostas e assistiram aos diversos

voos do festival aéreo.

Entre as aeronaves expostas as preferências

do grande público inclinaram -se de forma arre-

batadora para o Solar Impulse, um avião unica-

mente alimentado pela energia solar. Os aviões

Paris

Airshow!

Paris

Airshow!

militares A400M da Airbus e C-5 Galaxy da Lockheed

bem como o clássico Boeing 747 -800 também desperta-

ram o interesse dos visitantes.

Já entre as 40 demonstrações aéreas realizadas, o

novo helicópetro X3 da Eurocopter, o Airbus A380 e o

caça Rafale da Dassault Aviation foram os preferidos do

público.

A grande desilusão foi a ausência do Boeing 787

Dreamliner nos dias de abertura ao público.

Estes dias ficaram ainda marcados pelo career day no

dia 24 em que a entrada foi gratuíta para todos os estu-

dantes. Tiveram lugar nestes dias diversos eventos de

recrutamento e workshops dirigidos a que procura

emprego ou formação adicional na área. Cerca de 50.000

estudantes e jovens tiveram oportunidade de se apre-

sentar às 63 empresas representadas neste evento para-

lelo. Neste número podemos incluir cerca de uma deze-

na de estudantes de Engenharia Aeroespacial do IST que

quiseram estabelecer contactos e sentir um pouco da

atmosfera que se vive na indústria actualmente.

Seja pela dimensão, pela organização, pelo número

impressionante de visitantes, ou pelo volume de negó-

cios, o Paris Airshow foi um sucesso em toda a linha.

Ficando assim comprovado que o sector Aeroespacial

está de boa saúde e recomenda-se.

AUTORIA: Pedro Vaz Paulo

Página 7

Página 8

A Associação Portuguesa de Aeronáutica e Espaço (APAE) orgu-lha-se de apresentar pelo 3º ano consecutivo as Jornadas de Enge-nharia Aeroespacial, a realizar nos dias 10 e 13 de Outubro de 2011, no campus Alameda do Instituto Superior Técnico (IST), em Lisboa.

O evento é de entrada livre e todos os participantes poderão assistir a muitas palestras e work-shops e ainda conviver no grande Churrasco de Aeroespacial! Entre os convidados, contaremos com a presença de docentes da ACMAA, engenheiros portugueses em repre-sentação de empresas nacionais, alunos do curso de Engenharia Aeroespacial, representantes de projectos sedeados no IST, alumni e ainda algumas das equipas portu-guesas que participaram no Air Car-go Challenge.

Na segunda-feira, dia 10 de outubro, a Sessão de Abertura terá lugar às 9 horas, seguindo -se uma breve apresentação da APAE. A seguir, a S3A apresentará os seus projectos e demais actividades. De seguida, o Prof. Fernando Lau apre-sentará as várias colaborações internacionais disponíveis para o nosso mestrado, incluindo as opções de duplo grau. A seguir, assistiremos ao lançamento da 2ª edição da Revista de Aero, uma ini-ciativa da APAE e da S3A mas aber-

to a todos os alunos do IST.

Após um breve intervalo para café, regressaremos para mais uma apresentação. O Eng. Ivo Vieira, alumni do IST, fará uma apresentação sobre a LusoSpace, abordando os principais desafios e projectos da empresa que fundou em 2002. Antes do almoço, tere-mos ainda oportunidade para assistir à palestra do Prof. Filipe Cunha intitulada “Operações com helicópteros em Portugal”.

A sessão da tarde será reali-zada em colaboração com a S3A e dedicada ao Air Cargo Challenge, evento criado pela APAE em 2003. Contaremos com a participação do NAAM-FEUP e de várias equipas nacionais que participaram nos últimos eventos, incluindo equipas do IST. Com o aval da APAE, have-rá ainda uma apresentação e con-sequente debate sobre uma pro-posta de uma nova competição baseada no ACC. Por fim, teremos a apresentação do projecto SSETI e ainda uma palestra do Prof. João Oliveira sobre “Dinâmica de Voo, Estabilidade e Controlo”.

Na terça -feira, dia 11 de outubro, retomaremos novamen-te às 9 horas, com a apresentação da JUNITEC. A seguir, o Eng. Carlos Rodrigues da OGMA e o aluno Pedro Albuquerque apresentarão

III Jornadas de Engenharia Aeroespacial

10 a 13 de Outubro de 2011

a organização e discutir as experiências de estágios numa empresa de dimensão mul-tinacional. A seguir, o Prof. Paulo Gil abor-dará o tema “do foguete de feira ao pro-grama Apollo”. Por fim, os alunos Guilher-me Trigo e Hugo Lopes contarão as suas experiências como estudantes do mestra-do de duplo grau na Universidade de Delft, na Holanda.

Após um pequeno intervalo, o Eng. Agostinho Fonseca, em representação da Ordem dos Engenheiros, apresentará as alterações previstas à distribuição dos Colégios da Ordem, nomeadamente a cria-ção do Colégio de Engenharia Aeroespa-cial. Antes do almoço, assistiremos ainda à apresentação da SystemsGroup.

Depois do almoço, teremos a apre-sentação do projecto FST Novabase, segui-do de uma palestra do Eng. João Loureiro, alumni do IST, em representação do CEIIA.

Página 9

Finalmente, a última apresentação estará a cargo do aluno Cláudio Silva, que abordará a sua experiência de estágio na empresa GMV.

Durante as Jornadas, todos os participantes terão ainda a possibilida-de de realizarem workshops de micro-foguetões e de sistemas Arduinos. As Jornadas terão o seu final no magnífico Churrasco de Aeroespacial, no Bar da Bola, com muita bebida, comida e ani-mação.

Contamos contigo para tornar estas III Jornadas num evento memorá-vel.

Nuno Carvalho - APAE SSETI Student Space Explo-ration and Technology Initia-tive

ACC Air Cargo Challenge

ACMAA Área Científica de Mecânica Aplicada e Aeroespacial

CEIIA Centro para a Excelência e Inovação na Ind. Automóvel

OGMA Oficinas Gerais de Material Aeronáutico

S3A Secção Autónoma de Aeronáutica Aplicada da AEIST

SSETI Student Space Exploration and Technology Initiative

Página 10

O SSETI, (Student Space

Exploration and Technology

Initiative), tem um novo pro-

jecto denominado BALUA, que

consiste num inovador balão

de altitude.

Com um conceito simples, o

BALUA pretende superar as

anteriores incapacidades deste

tipo de balão, pretendendo -se

que, ao contrário dos anterio-

res, não rebente quando passa

a barreira dos 30 km de altitu-

de.

O objectivo deste novo pro-

jecto é conseguir tornar este

equipamento numa platafor-

ma reutilizável, que permita a

recuperação quer do objecto,

quer dos dados que o mesmo

contém.

Com este novo projecto, as

possibilidades que os balões

atmosféricos oferecem

aumentam consideravelmen-

te. Detecção de incêndios,

vigilância da costa, realização

de estudos ambientais, ou a

possibilidade de realizar foto-

grafia aérea, até aqui apenas

disponível com recurso a

helicópteros ou aviões o que

representava gastos muito

altos, ficam agora disponí-

veis.

O grande desafio a que

agora os investigadores

envolvidos no projecto terão

de responder prende-se com

a capacidade de controlar

este tipo de dispositivo sem

recurso a hélices ou a moto-

res.

Mais informações

em www.balua.org.

BALUA - o novo projecto

do SSETI

Página 11

Recordo-me de enfrentar no meu

terceiro ano uma dúvida com a qual a

maioria de nós se depara, a escolha do

ramo a seguir. Optei então por esclarecê -

la com o meu Tutor. Meses mais tarde

após esta conversa, o Professor Agostinho

Fonseca contactou-me e disse-me que

estava em aprovação o nascimento de um

terceiro ramo do nosso curso, que iria

combinar as cadeiras mais importantes

dos outros dois ramos e que estaria foca-

do para a exploração espacial.

Seguiram-se inúmeras conversas

com os meus colegas, e várias opiniões me

foram dadas. Desde o facto de este tercei-

ro ramo ser uma mistura dos outros dois

ramos, não tendo por isso um currículo

forte, até ao facto de este ramo do espaço

ser uma boa aposta mas, seguindo a nor-

ma que é o técnico, sobremodo teórico.

Desta feita, ao escrever estas linhas, depa-

rei-me com uma questão: o que é que eu

penso do ramo que escolhi?

Adoro. E explico. Quando me can-

didatei ao ensino superior sabia apenas

que, pela reputação e colocação profissio-

nal, um curso no IST seria o investimento

de melhor retorno, mas ter que optar

entre um curso focado na mecânica ou na

electrónica perplexava-me. Até que desco-

bri o curso de Aeroespacial. Um curso

exigente e completo nas áreas de enge-

nharia por excelência, e que viria deste

modo colmatar a minha dúvida. Contudo,

e chegado ao terceiro ano, deparei-me

novamente com a mesma situação. Foi

então que acolhi de braços abertos a ideia

de um ramo que continuava a minha for-

mação em ambas as áreas da aviação.

Sempre que me dizem que o ramo

está incompleto, sorrio e concordo com

eles. Não me iludi. Nunca achei que as

cadeiras que nos são leccionadas são sufi-

cientes. Mas são sem dúvida uma base

eficaz para uma formação auto -didática

abrangente, e todos sabemos quão neces-

sário isso é em engenharia.

Por outro lado, com o aparecimento

deste novo ramo surgiram também novas

oportunidades para os alunos, ao nível de

cadeiras e projectos. Falo de Planeamento

de Missões Espaciais, cadeira leccionada

pelo Professor Paulo Gil e que tenta

"consolidar esse conhecimento [Introdução

à Astronáutica], e de dominar todos os

aspectos básicos da dinâmica do voo espa-

cial] através do contacto com a problemáti-

ca global de definição de missões espaciais"

e "identificar, formular e abordar proble-

mas relacionados com a análise e design de

missões espaciais, tanto do ponto de vista

de cada subsistema como do ponto de vista

da missão como um todo" (do site da cadei-

ra ou in www.ist.utl.pt). Falo também da

conhecida cadeira de Projecto Aeroespacial,

leccionada pelo Professor Afzal Suleman, na

qual pela primeira vez surge a opção de se

realizar um projecto distinto dos restantes

colegas, focado na conquista espacial. A

título de exemplo, este ano o projecto

consiste no design e plano de negócios

para um veículo de transporte para órbita

comercial. Verifica-se assim uma proactivi-

dade da parte dos professores para inte-

grar o ramo do espaço e aplicá -lo à área,

iniciativas que motivam os alunos interes-

sados no tema.

Foi-me noutra circunstância referi-

do que ao optar por um tão novo ramo

estaria a prejudicar a minha integração

profissional, sonegando oportunidades

nos ramos de aeronaves ou aviónica em

prol das poucas, a nível nacional e interna-

cional, existentes com focagem directa na

exploração espacial. No entanto, a opinião

da indústria não é esta, e embora seja de

acreditar que o ramo da exploração espa-

cial esteja a entrar em dificuldades devido

a realocação de fundos por parte das

agências governamentais, verdade é que

só no nosso país foi elaborado recente-

mente um catálogo com todas as empre-

sas que têm projectos focados na explora-

ção espacial, seja a nível de programação

informática ou da criação de maquinaria

como sensores ou estruturas. E isto a nível

nacional, já que no estrangeiro há verda-

deiros gigantes da indústria espacial.

Espero ter conseguido mostrar

que embora recente, o ramo de espaço

tem o potencial necessário para formar

engenheiros aeroespaciais tão eficazes

como os dos restantes ramos, com uma

forte componente multi-disciplinar, que

providencia as bases necessárias para uma

aplicação eficaz em várias áreas de enge-

nharia, bem como noções das complica-

ções existentes na exploração espacial.

AUTORIA:

Ricardo Graça

A escolha do ramo de Espaço!

Página 12

Associação Portuguesa de

Aeronáutica e Espaço.

A Organização:

A APAE surgiu no ano de

1996 quando quatro alunos

da Licenciatura em Engenha-

ria Aeroespacial resolveram

reestruturar a então denomi-

nada Secção Autónoma de

Aeronautica e Espaço, dirigida

pela Associação de Estudan-

tes do Instituto Superior Téc-

nico. Desta forma, a associa-

ção deixaria de ser apenas um

núcleo académico e passaria

a ser reconhecida a nível

europeu como parte inte-

grante da EUROAVIA.

A criação desta secção autó-

noma prendeu-se à necessi-

dade sentida pelos alunos do

curso em fundar um núcleo

capaz de promover a coope-

ração entre estudantes da

área da aeronáutica, não só a

nível institucional mas tam-

bém a nível nacional e euro-

peu.

Desde então a APAE tem

crescido a cada ano, permitin-

do aos seus associados a inte-

gração num grupo dinâmico,

que possibilita a obtenção de

competências e experiências

académicas que de outra

forma seria quase impossível.

Os Eventos

Desde a sua criação, a APAE

tem como prioridade o pla-

neamento de actividades

variadas e enriquecedoras

das quais se destacam as

seguintes:

* JEA – Jornadas de Enge-

nharia Aeroespacial:

As JEA tiveram a sua primei-

ra edição em 2002 e têm

como objectivo o estreita-

mento de relações entre os

sectores industrial e académi-

co, permitindo ao aluno infor-

mar-se sobre os mais varia-

dos ramos do mercado de

trabalho, trocar impressões

com antigos alunos e ainda

fomentar a união dos vários

anos do curso.

* Air Cargo Challenge:

O ACC é um dos principais

eventos criados pela APAE

tendo neste momento dimen-

são europeia e com a qual

pretende testar os limites da

criatividade e capacidade de

trabalho em grupo de cada

equipa. O objectivo desta

competição é simples: criar

uma aeronave que transporte

a maior massa possível.

* Workshops:

Ao longo de cada ano lecti-

vo a APAE compromete-se a

realizar vários workshops que

visam enriquecer e comple-

mentar as aptidões adquiri-

das no curso. Como tal é pos-

sível aperfeiçoar os conheci-

mentos a nível de aeromode-

lismo, programação de ardui-

nos, construção de rockets,

etc.

Se estas actividades são do

teu interesse e se procuras

novos desafios e estímulos à

tua passagem pelo IST, visita

o n o s s o s i t e e m

www.apae.org.pt onde pode-

rás encontrar mais informa-

ção útil. Vem conhecer-nos!

AUTORIA:

Alexandre Costa - APAE

APAE - Quem somos e o que fazemos!

Depois do almoço, teremos

a apresentação do projecto

FST – Fórmula Student, segui-

do de uma palestra do Eng.

João Loureiro, alumni do IST,

em representação do CEIIA.

Finalmente, a última apresen-

tação estará a cargo do aluno

Cláudio Silva, que abordará a

sua experiência de estágio na

empresa GMV.

Durante as Jornadas, todos

os participantes terão ainda a

possibilidade de realizarem

workshops de micro-

foguetões e de sistemas

Arduinos. As Jornadas terão o

seu final climático no magnífi-

co Churrasco de Aeroespacial,

no Bar da Bola, com muita

bebida, comida e animação.

Contamos contigo para

tornar estas III Jornadas num

evento memorável.

AUTORIA:

Nuno Carvalho - APAE

Página 13

E foi com muito trabalho (e também

alguma diversão) que decorreu mais um

AMEAC, a reunião anual do Congresso

da EUROAVIA – Associação Europeia de

Alunos de Engenharia Aeroespacial.

Desta vez, reuniram-se em Dresden

(Alemanha), de 18 a 24 de Setembro de

2011, mais de 50 alunos vindos de toda

a Europa para discutir o futuro da Enge-

nharia Aeroespacial.

Foram dias de trabalho muito intenso

e discussões claramente proveitosas

para o futuro da Associação. Todas as

Associações Afiliadas, onde se inclui

naturalmente a APAE, apresentaram os

relatórios das suas actividades locais e

projectaram o futuro nos próximos 6

meses. Foi ainda dada à Universidade

de Oostende (Bélgica) a possibilidade

de se juntar a esta Associação, que

conta com 37 membros em 17 países.

A APAE propôs também que os Con-

gressos da EUROAVIA fossem transmi-

tidos em directo através da internet,

dando uma maior transparência a toda

a Associação e possibilitando que os

seus mais de 1200 sócios possam

acompanhar regularmente os traba-

lhos realizados em prol dos seus inte-

resses.

Por fim, foram ainda discutidos os

Regulamentos do Air Cargo Challenge,

evento criado pela APAE que visa a

competição de aeronaves com o

objectivo de transportar o maior peso

possível. Foram conseguidos importan-

tes avanços na obtenção das regras que

regerão os próximos eventos, estando

prevista a sua aprovação no próxi-

mo Formation Workshop da EUROAVIA,

em Bucareste (Roménia), já em Dezem-

bro.

Como Presidente da APAE, desejo-vos

umas óptimas Jornadas e peço -vos que

consultem regularmente o nos-

so website (apae.org.pt), onde encon-

trarão sempre algo novo e útil para a

vossa formação e carreira profissional.

Cumprimentos.

AUTORIA: Vitor Frade - APAE

Reunião do Congresso

da EUROAVIA!

Cumprem-se por esta altura dois anos

do início dos trabalhos da Secção Autó-

noma de Aeronaútica Aplicada (S3A), e

deparamo-nos com um momento de

transição especial. Impõe -se, portanto,

um balanço geral, com os olhos postos

no futuro, como chuva que assnta a

poeira no caminho de terra batida e

permite continuar a viagem com uma

visão clara.

Desde a nossa formação após o o

AirCargo Challenge 2009 (ACC' 09), os

nossos projectos foram crescendo e a

nossa organização foi amadurecendo.

Na época transacta, a equipa PASSARO-

LA participou no ACC' 11, em Stuttgart

(Alemanha), superando com sucesso

todas as etapas da prova. Este feito

permitiu à S3A cumprir o seu primeiro

grande objectivo desde a sua funda-

ção. Na vertente financeira, a S3A

consegiu expandir amplamente o

número de apoios e patrocínios, alcan-

çando financiamento para as suas

actividades. A nossa secção autónoma

consolidou a sua estrutura, não só

através de uma melhor e mais activa

interacção dos seus orgãos, mas tam-

bém através de um crescimento do

número de colaboradores, que são

agora cerca de trinta.

Actualmente, os nossos projectos

internos englobam a leccionação de

minicursos de aeromodelismo, a cons-

trução de um hidroavião, de uma nova

aeronave para as próximas competi-

ções de aeromodelismo, e uma cola-

boração com os nossos congéneres

espanhois no sentido de criar uma

competição ao nível da península ibé-

rica. A nível externo, estamos a cola-

borar activamente com o Departamen-

to de Arquitectura, na construção de

um balão de observação do solo, e com

o Instituto Superior de Robótica do

Departamento de Engenharia Electro-

técnica e de Computadores, no desen-

volvimento de uma aeronave para tes-

tes de sistemas de controlo automático,

permitindo elevar a S3A a um novo

patamar de exigência e profissionalis-

mo.

Porém, todos progressos alcançados

não teriam sido possíveis sem um ingre-

diente fundamental: o grupo. A S3A é

um colectivo composto por estudantes

de várias idades, com gosto pela aero-

naútica, com uma forte base técnica, e

com vontade de aprender e aplicar o

que sabem. O sentido de corpo entre

todos os colaboradores tem permitido

uma forte articulação das competências

individuais em torno dos projectos.

S3A - Uma nova Direcção!

Página 14

O trabalho árduo e hones-

to, o espírito de equipa e a

convivência salutar fizeram

da S3A uma secção autónoma

com uma imagem de qualida-

de a nível académico, uma

referência para alunos e pro-

fessores, e um núcleo agluti-

nador de experiência e com-

petências.

Este dois primeiros anos de

trabalho e os tempos profí-

cuos que se aproximam apon-

tam para um futuro promis-

sor. Os próximos projectos

vão exigir muito a nível indivi-

dual, mas ainda mais a nível

colectivo, pois, por mais

geniais que sejam os colabo-

radores, a missão só chegará

a bom termo se toda a equipa

estiver sintonizada e disposta

a sacrificar-se em prol da

secção autónoma. É, pois,

fundamental que se transmi-

ta o verdadeiro espírito de

equipa às próximas gerações

de colaboradores, para que a

S3A continue a demonstrar o

mesmo nível de brilhantismo.

Assim, num ano em que

uma percentagem considerá-

vel de colaboradores termina

os seus cursos e segue cami-

nho para o mercado de traba-

lho, fica uma mensagem. É

necessário criar dinamismo,

criatividade e elos emocionais

entre os colaboradores que

no futuro tomarão as rédeas

da secção autónoma. Só com

estes ingredientes se pode

gerar a vontade e o espírito

ganhador, empreendedor e

de sacrifício. Mais do que

liquidez financeira ou projec-

tos megalómanos, é preciso

acreditar na S3A, como grupo

de estudantes, como símbolo

da aeronaútica no IST, como

parte activa do meio acadé-

mico de engenharia. A crença

é o que dá significado a todos

os desenvolvimentos científi-

cos. Sem ela somos meros

seres mecanizados, ao sabor

de ordens ou modas. Este é o

verdadeiro Desafio da S3A

para o futuro. Vamos, pois,

abraçá-lo, até porque desa-

fios são o nosso metier...

Saudações Aeroespaciais,

AUTORIA:

Pedro Ochôa - S3A

*Leccionação do III e IV Minicurso de Aeromodelismo S3A a alunos do IST:

Os conteúdos incluem - introdução teórica, fresadora CNC, CNC de espuma, mate-riais compósitos, entre outros.

Durante os meses de Outu-bro e Novembro decorre o III minicurso de aeromodelismo S3A que visa dotar os ins-truendos de competências práticas que não são lecciona-das no programa do curso (ou são muito específicas). Entre elas encontram-se: fresadora CNC, CNC de espuma, mate-riais compósitos, programas de análise aerodinâmica (XFLR5), montagem e integra-ção de componentes e elec-trónica.

Em Março e Abril do próxi-mo ano, realizar-se-á o IV

minicurso de aeromodelismo S3A com conteúdo semelhan-te.

*III Jornadas Aeroespaciais no IST Out/2011:

No mês de Outubro serão organizadas as III Jornadas Aeroespaciais pela APAE. A S3A dá o seu contributo ao comparecer com alguns membros a falarem sobre experiências em competições de aeromodelismo. Outras Universidades ibéricas foram convidadas a participar, sedo que apenas a Universidade de Aveiro estará representada com a equipa Gryphos.

*Colaboração com uma Docente do Departamento de Arquitetura:

Na construção de um balão que permita a observação, registo e análise de movimen-

to de regiões abrangentes do Campus da Alameda: Set/2011-Jun/2012.

Durante este ano será conti-nuado o projecto do balão de observação de movimento em colaboração com o departa-mento de Arquitectura. A fase de testes do primeiro protóti-po está quase a começar, com o modelo de testes a ser lan-çado no pavilhão da AEIST num futuro próximo. Próximos modelos apontarão para um alvo mais abrangente como os campos de ténis e futebol e, por fim, a calçada da alameda, dentro do campus.

*Colaboração com o ISR:

Desenvolvimento de um veículo aéreo não tripulado (UAV) em conjunto com o Instituto de Sistemas e Robóti-ca (ISR).

S3A - O que andamos a fazer!

Mãos à obra!

Página 15

O objectivo será construir um aparelho eléctrico que será instrumentado pelo ISR e será capaz de realizar um voo autó-nomo de reconhecimento e numa fase mais avançada mapeamento de uma área de 1 Km 2. A fase de design está a começar com uma equipa composta por estudantes de aeronaves (design e estu-do de propriedades mecânicas e aerodi-

nâmicas do UAV) e de aviónica (projecto e estudo de sistemas de mapeamento e controlo automático).

*Construção de asas:

Construção de asas para serem utiliza-das em ensaios laboratoriais, em con-junto com o professor de aerodinâmica

I. Estas asas visam substituir o ensaio actual e permitir medir o efeito das end-plates nas características aerodinâmicas de uma asa, assim como distinguir a bos-sa laminar.

AUTORIA:

Diogo Vicente, Presidente da S3A

S3A- Dia do Caloiro!

"Por iniciativa da S3A e em conjunto com as atividades de recepção aos

novos alunos de aero (aka Caloiros), foi incluído no percurso de visita às

instalações do IST uma visita ao laboratório. Os caloiros foram alertados

para a importância das atividades extracurriculares, como reforço da nossa

formação enquanto pessoas e engenheiros e ainda como forma de desen-

volver importantes dinâmicas de trabalho em equipa. Houve ainda oportu-

nidade para verem alguns aeromodelos construídos ao longo dos anos por

alunos de Aero, tendo os caloiros ficado a conhecer as principais atividades

da S3A neste âmbito."

AUTORIA: Pedro Albuquerque

Workshop Eurocopter - Paris Airshow

Foi no âmbito da minha visita ao

Paris Airshow que me candidatei a um

dos Workshops proporcionados a estu-

dantes pela EADS no espaço «Work for

EADS».

Consegui ser selecionado para o

workshop que coloquei em 1º lugar na

minha lista de prioridades, o «Make

Innovation Fly» da Eurocopter.

O Workshop teve pouco mais de

duas horas de duração, mas foi uma

experiência muito interessante dando

para ficar a conhecer um pouco melhor

a orgânica da EADS e das suas 4 subsi-

diárias, a Airbus, a Eurocopter, a

Astrium e a Cassidian (antiga Defense &

Security.

O Workshop dividiu-se em 4 partes.

Uma breve apresentação sobre a EADS ,

outra sobre a Eurocopter e o futuro dos

helicópteros, uma discussão sobre as

inúmeras causas de queda de helicópte-

ros, e um último momento em que se

dividiram as causas por vários grupos de

trabalho que tiveram de encontrar solu-

ções para as evitar, tendo concluído com

uma apresentação oral sobre o tema aos

demais colegas e membros da Eurocop-

ter.

Como único ponto negativo da

experiência, destaco o facto de ter per-

dido a maior parte do voo de exibição

do A380 presente no Airshow!

Como nota final, diga-se que fui

parcialmente reembolsado dos custos

da viagem, o que foi muito simpático

da parte deles! ;P

AUTORIA: Pedro Albuquerque

Página 16

Estágio na OGMA

Aeronaves O Estágio curricular para

realização de Dissertação de

Mestrado na empresa OGMA,

Indústria Aeronáutica de Por-

tugal (Antigas Oficinas Gerais

de Material Aeronáutico) foi

proposto pelo Professor Filipe

Cunha e de pronto abraçado

por mim.

O objetivo da Dissertação

passava por construir um

«Structural Loads Handbook»,

ou seja, construir uma ferra-

menta genérica que permita

o cálculo de todas as cargas

atuantes numa aeronave, em

todas as condições de voo e

em solo, determinando os

valores do esforço transverso,

momento flector e torção

máximos possíveis em cada

ponto.

O grande desafio foi fazer

isto sem programação (como

me foi pedido). Imaginam

fazer isto em folhas Excel sem

programar!? Não? Eu tam-

bém não imaginava...

Detalhes técnicos aparte,

aconselho a todos quantos

tenham a oportunidade de

fazer a sua Dissertação numa

empresa a não hesitarem.

Para além do valor acrescen-

tado no vosso CV, é uma

excelente oportunidade para

contatar com a realidade e

entender como é que as coi-

sas realmente funcionam. A

OGMA é a maior indústria

aeronáutica em Portugal.

Fundada em 1918, foi privati-

zada em 2003 e é hoje detida

em três partes idênticas pela

EMBRAER, pelo Estado Portu-

guês e pela EADS. A empresa

faz manutenção e opera as

mais variadas modificações a

F-16, C-130, P-3, família ,

A320, Embraer-145 e 190,

fazendo ainda modificações a

helicópteros e motores de

outras aeronaves. A OGMA

participa ainda na produção,

com a produção da maior

parte do avião suíço Pilatus,

de parte da fuselagem do C-

295 dos espanhóis da CASA e

ainda do helicópteros.

AUTORIA:

Pedro Albuquerque

Partículas movem-se mais rápido que a velocidade da luz ?!

Uma experiência italiana

do projecto OPERA

(Oscillation Project with

Emulsion-t Racking Ap-

paratus), revelou que os

neutrinos, partículas funda-

mentais, são capazes de se

moverem mais rápido que

a velocidade da luz. Os

resultados desta experiên-

cia, a confirmarem-se,

podem vir a pôr em causa

um dos princípios base da

teoria da relatividade geral

proposta por Einstein no

início do século XX. Segun-

do Einstein nada se move

mais rápido que a velocida-

de da luz – 299 792 458

metros por segundo.

O projecto OPERA do laborató-

rio nacional de Gran Sasso em

Itália em colaboração com o

CERN estuda a captação de um

raio de neutrinos provenientes

do CERN localizado a mais de 730

quilómetros de distância, perto

da cidade de Genebra na Suiça.O

detector de partículas italiano

revelou após mais de 16 000

observações que os neutrinos

chegavam consistentemente

60 nanossegundos mais rápi-

do que o previsto pela veloci-

dade da luz. O responsável

pelo projecto, António Eredi-

tato afirma estar chocado

com os resultados e aceita o

cepticismo da comunidade

científica.

Os resultados foram apre-

sentados no passado dia 23

de Setembro no CERN – onde

se espera com ansiedade uma

solução para este extraodiná-

rio mistério.

AUTORIA:

Sebastião Pereira

“As oportunidades

não nos batem à

porta. Se não

formos buscá-las,

jamais as

materializaremos”

Página 17

A Lufthansa efectuou o primeiro voo

regular de passageiros do mundo com

biocombustível. Quatro voos diários entre

Hamburgo e Frankfurt vão ser os primei-

ros a usar uma mistura com 50% de éste-

res hidro-processados e ácidos gordos,

após este tipo de combustível ter sido

aprovado em Julho.

O avião utilizado é um A321, equipado

com motores IAE (International Aero Engi-

nes). Cabe à Airbus prestar assistência

técnica e monitorizar as propriedades do

combustível. Inicialmente estão previstos

voos durante seis meses como parte do

projecto “Burn Fair”, com vista ao estudo

do impacto a longo termo dos biocombus-

tíveis no desempenho de aeronaves.

O biocombustível está a ser fornecido

pela Neste Oil, situada na Finlândia e

todas as matérias -primas renováveis

utilizadas para produzi-lo obedecem aos

critérios de sustentabilidade da UE.

“A Lufthansa é a primeira companhia no

mundo a utilizar biocombustíveis em

voos diários. Isto é mais um consistente

passo em frente na estratégia sustentá-

vel, que a Lufthansa tem vindo a perse-

guir durante anos. Nós queremos asse-

gurar uma futura mobilidade sustentável

apostando na pesquisa e desenvolvi-

mento hoje,”afirma Cristoph Franz, CEO

da Lufthansa.

"A qualidade dos combustíveis é uma

questão crítica na aviação. A tecnologia

NExBTL da Neste Oil adequa-se muito

bem à produção de combustível de avia-

ção que atende aos mais rígidos critérios

de qualidade ", diz Matti Lievonen, pre-

sidente e CEO da Neste Oil. "Sendo pio-

neiros nesta área, estamos muito orgu-

lhosos em cooperar com a Airbus e a

Lufthansa. Acreditamos que os combus-

tíveis de aviação renováveis têm um real

potencial para o futuro. "

"A Airbus está orgulhosa de seu papel

como catalisadora da reunião de vários e

importantes intervenientes para acele-

rar a comercialização de biocombustí-

veis. Estes voos diários são um passo

significativo na nossa procura de um

futuro sustentável para a aviação ", disse

Tom Enders, Presidente e CEO da Airbus.

A Airbus tem sido fundamental

para a aprovação de combustíveis com

50% Fischer Tropsch (em Junho de

2009), ésteres hidro -processados e

ácidos gordos (em Julho de 2011), atra-

vés de esforços conjuntos com compa-

nhias aéreas em todo o mundo. Nestes

incluem-se o primeiro voo de biocom-

bustível da América Latina, o primeiro

v o o c o m e r c i a l d o m u n -

do utilizando 50% de GTL e em Fevereiro

de 2008, o primeiro voo Gas-to-

liquid do mundo (GTL) utilizando um

A380.

AUTORIA: Orlando Santos

A Lufthansa e a Airbus dão passos importantes no caminho da aviação sustentável.

Primeiros voos regulares de

passageiros com Biocombustível

REVISTA DE AERO Nº2

Revista de Aero

******email*****

EDIÇÃO:

Alexandre ???????????????

Ana Macedo, 3º Ano MEAer

Diogo Monteiro, ?º Ano MEAer

Duarte Boto, 5º Ano MEAer

Francisca de Matos Dias, 5º Ano, MEAer

Nuno Carvalho, 4º Ano, MEAer

Orlando Santos, ????????

Samuel ??????????????????????

Página 18

REVISTA DIGITAL SEMESTRAL

CONTACTOS:

[email protected]

http://www.apae.org.pt

Revista de Aero A revista de alunos de Aero para alunos de Aero !

EDITORES

Alexandre ???????????????

Ana Macedo, 3º Ano MEAer

Diogo Monteiro, ?º Ano MEAer

Duarte Boto, 5º Ano MEAer

Francisca de Matos Dias, 5º Ano, MEAer

Nuno Carvalho, 4º Ano, MEAer

Orlando Santos, ????????

Samuel ??????????????????????

EDIÇÃO GRÁFICA

Francisca de Matos Dias, 5º Ano, MEAer