Revista DeMolay - Edição 04 - Ano 2013 - Fevereiro.Março

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II EMCN: O evento que fez jus ao tema “Representa- tividade DeMolay” contou com muitas novidades. Página 07. John Vaz: O Maçon, ator e diretor de teatro concedeu uma entrevista a nossa Revista, confira! Página 13. GABINETE NACIONAL LIDERANÇA JUVENIL SUPREMO CONSELHO DA ORDEM DeMOLAY PARA O BRASIL

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Revista DeMolay, produzida pelo GNLJ/SCODB!

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II EMCN: O evento que fez jus ao tema “Representa-tividade DeMolay” contou com muitas novidades.Página 07.

John Vaz: O Maçon, ator e diretor de teatro concedeu uma entrevista a nossa Revista, confira!Página 13.

GABINETE NACIONALLIDERANÇA JUVENILSUPREMO CONSELHO DA ORDEM DeMOLAY PARA O BRASIL

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Concurso Nacional de RedaçãoGabinete Nacional da Liderança Juvenil

Em breve mais informações no site do Gabinete Nacional da Liderança Juvenil.

www.liderançajuvenil.demolay.org.br

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Sumário

04 - Alberto Mansur e as Filhas de Jó06 - I Fórum de Líderes - PI07 - II Encontro Macrorregional Cen-tro-Norte09 - Literatura na Ordem DeMolay12 - Dia das FDJ no Rio de Janeiro13 - Entrevista: John Vaz17 - Cicloturista Matrogrossense18 - Divulgue o seu Capítulo19 - O GNLJ recomenda para você20 - Palavra do MCN

Assessoria Nacional de Comunicação

Diagramação: Luis Gustavo CordassoTextos: Chris Torres, Mário Coppini, Maycon Corazza, Nelson Zuchi, Lud-mila Canabrava, Mateo Scudeler.

Agradecimentos: Jorge Possetti, Ner-so Zuchi, Francisco Armínio.

Edição 04 - Ano 2013Supremo Conselho da Ordem

DeMolay para o Brasil

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Concurso Nacional de RedaçãoGabinete Nacional da Liderança Juvenil

Em breve mais informações no site do Gabinete Nacional da Liderança Juvenil.

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A Filhas de Jó Internacional é uma organização paramaçônica que se destina a meninas entre 10 e 20 anos de idade, com foco no aperfeiçoamento do caráter. A Ordem foi fundada em 1920, na cidade de Omaha, Nebraska, Es-tados Unidos, e atualmente se faz presente também no Canadá, Aus-trália, Filipinas e Brasil. Foi trazida para nosso país em 1993, pelas mãos do mesmo grande entusi-asta da família maçônica que foi o fundador da Ordem DeMolay: Al-berto Mansur. Desde 1980, a Ordem De-Molay no Brasil encantava jovens meninas que assistiam suas ce-rimônias públicas, o que gerava um sentimento nessas garotas sobre a necessidade de haver tam-bém ambiente semelhante para meninas. Em uma das cerimônias públicas, Tio Mansur deu o passo inicial para a fundação de uma Or-dem feminina no Brasil; comen-tou com algumas presentes que havia uma Ordem paramaçônica para garotas nos Estados Unidos, denominada, àquela época, de

petições de todas em seu nome. Na Instalação, estiveram pre-sentes dez Grão-Mestres e muitas outras autoridades maçônicas, que ficaram surpresas com mais está inovação chegada ao Brasil. Apesar de sua imensa con-tribuição para a Ordem, Tio Man-sur nunca fez parte de nenhum Conselho Guardião, o que de forma alguma não o afastou de dedicar-se imensamente em prol dos trabalhos das Filhas de Jó. A tradução do ritual, por exemplo, foi fruto de trabalho do Tio Mansur e de um grupo selecionado por ele para ajudá-lo. Além disso, Alberto Man-sur era figura respeitada e prestigi-ada pela comunidade maçônica do Brasil e, principalmente, pelo Su-premo Conselho; como prova des-sa admiração, a Suprema Guardiã da época sugeriu que ele indicasse a primeira Miss Filha de Jó do Es-tado do Rio de Janeiro, para que ela pudesse representar o Brasil na Suprema Sessão (internacional) e no concurso de Miss Filha de Jó Internacional, realizados nos Esta-dos Unidos. Nos primeiros anos em nos-so país, as novidades eram tantas que houve inclusive uma pequena confusão quanto à idade correta para que a Filha de Jó se tornasse Membro de Maioridade, pois como Tio Mansur era muito próximo dos DeMolay’s, acabou seguindo a mesma idade da maioridade da Ordem DeMolay (21 anos), já que os regulamentos das Filhas de Jó ainda não eram bem consolidados no Brasil. Assim, desde a fundação, Ordem DeMolay e Filhas de Jó Internacional sempre estiveram muito próximas, não só pela he-rança maçônica que as une, mas

Ordem Internacional das Filhas de Jó. Desde então, reuniões foram feitas com muita frequên-cia para que a fundação no Brasil pudesse se realizar. Os encontros preparatórios ocorriam no Supre-mo Conselho do Grau 33 da Praça Seca, no Rio de Janeiro, e eram momentos nos quais as meninas tinham acesso à Ordem através de panfletos das Filhas de Jó Interna-cional. Tio Mansur era o grande ar-ticulador da ideia e, então, dirimia todas as dúvidas das meninas que a ele fossem postas. Após muito trabalho, no dia 13 de Março de 1993, no Rio de Janeiro, foi fundado o primeiro Bethel do Brasil, com 64 meninas iniciadas. Essas primeiras Filhas de Jó, de todos os lugares do Brasil, eram, em sua maioria, parentes dos maçons filiados ao Supremo Conselho do Grau 33 ou irmãs de DeMolays. As garotas que não ti-nham o parentesco maçônico, que é exigido para o ingresso na Ordem feminina, foram apadrinhadas pelo Tio Mansur, que assinou as

Alberto Mansur e as Filhas de Jó

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Dad Mansur ainda dedicou mais do seu tempo para trazer também a Ordem Estrelas do Oriente para o Brasil, podendo ser dito, portanto, que é ele o pai, entusiasta, e difu-sor da Família Maçônica no Brasil. Alberto Mansur partiu, mas para sempre deixará sua im-portância registrada nas páginas

(Brasileiro) das Filhas de Jó In-ternacional, foi realizada uma bela Cerimônia de Saudade, em homenagem a Dad Alberto Mansur; uma demonstração de carinho, gratidão e respeito por esse pai que nos permitiu sermos Irmãs, Irmãos, Primos e Primas.

da história e na vida dos milhares de jovens, meninos e meninas, que ele ajudou a mudar. Graças a ele, a Família Maçônica consolidou-se no Brasil e, atualmente conta com aproximadamente 4.500 Filhas de Jó Ativas, e muitos Betheis. Em outubro de 2012, no primeiro Congresso Nacional

Alberto Mansur e as Filhas de Jó

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Por: Ludmila Canabrava

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Fórum de Líderes - PI

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Por: Mateo Scudeler

Nos dias 12, 13 e 14 de abril, a cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, foi sede do 1º Fórum de Lí-deres Piauiense! O encontro, dedicado à discussão de diretrizes e metas, à realização de atividades da Ordem da Cavalaria, à confraternização e à comemoração dos cinco anos do Capítulo anfitrião, Valdir Edson Soares, nº 654, contou, dentre tan-tos participantes, com a presença dos Irmãos Mateo Scudeler (MCN) e Yan Walter (MCN-A), Francisco Armínio (MCE-PI), Tio Marcelo Leal (GME-PI), e muitas outras au-toridades DeMolay’s e Maçônicas. Durante a tarde de sába-do, dia 13, foi realizada reunião de representantes do Estado, à qual se seguiu a Sessão Comemo-rativa de cinco anos de existência do Capítulo Valdir Edson Soares. Foram agraciados diversos Irmãos e Tios componentes da trajetória do Capítulo, além de realizada a sagração Chevalier do Irmão Joaquim Brasil. O fim da sessão foi seguido por um jantar de confraternização oferecido pelo Capítulo e, em se-quência, ocorreram trabalhos da Ordem dos Soldados Companhei-ros de Jacques DeMolay, com In-vestidura ao Grau de Cavaleiro e passagem de Graus Históricos do IRCB. No domingo (14), ocorreu uma grande confraternização da família DeMolay Piauiense, com despedida das comitivas. Certa-mente foi um evento marcante para a Gestão e para a história do Estado, que inaugurou uma nova tradição em solo piauiense.

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O II Encontro Macrorre-gional do Centro Norte da Ordem DeMolay foi realizado no último sábado (06), em Porto Velho, capi-tal de Rondônia. O evento teve como tema “Representatividade DeMolay”, proporcionando de-bates construtivos que geraram i-deias e sugestões para modernizar e atualizar o Estatuto Social e o Regulamento Geral do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil (SCODB). Os temas apresentados pe-los Estados foram debatidos indi-vidualmente. Depois do diálogo, cada proposta foi colocada em vo-tação e o resultado deu origem a Carta de Porto Velho. As sugestões dos Estados do Centro Norte serão encaminhadas até o dia 20 de abril para a Assembleia Geral e devem ser colocadas em votação no Con-gresso Nacional da Ordem DeMo-lay (CNOD), que ocorrerá em Mi-nas Gerais. O evento também teve em sua programação uma palestra

Madeira-Mamoré e as usinas que estão sendo construídas no Rio Madeira. O nível do hotel, alimen-tação, auditório... foi tudo perfeito e todos saíram com uma excelente impressão da logística e organi-zação do evento”, elogiou. O Grande Mestre Estadu-al de Santa Catarina, Toni Haag, concorda com Kelson e classifica o encontro como “ímpar”. “Extre-mamente bem organizado, com pontualidade, momentos de con-fraternização. Foi ímpar”, destaca. Pré-candidatura Durante o encontro, o Grande Mestre Estadual de Ron-dônia, Carlos Aberto Marques Ribeiro, lançou a pré-candidatura do Grande Capítulo Estadual de Rondônia para sediar o Congresso Nacional da Ordem DeMolay no ano que vem, e pediu apoio dos Grandes Capítulos Estaduais. “Com o mesmo espírito que foi para realizar esse encontro e em conversas com as lideran-ças do Estado, o GCE-RO decidiu

motivacional ministrada pelo De-legado Litúrgico do Supremo Con-selho do Brasil do Grau 33 para o Rito Escocês Antigo e Aceito, maçom Jorge Antonio Peixoto da Silva. Por fim, às 16h30, teve início um passeio histórico e cultural. “Este evento consolida a união fraterna de uma região dis-tante e afastada do resto do país, mas que faz a verdadeira Ordem DeMolay não deixando dese-jar nada a nenhum outro Grande Capítulo”, destacou o membro da Comissão Nacional de Relações Institucionais do Supremo Con-selho da Ordem DeMolay para o Brasil, Ilan Kelson. Kelson destacou ainda a organização do evento enca-beçada pelo Grande Capítulo Es-tadual e pelo Gabinete Estadual de Liderança Juvenil. “Se preo-cuparam com a arte da camisa, crachá, lembrança com chaveiro e bombom de fruta local, locação de ônibus e um barco para fazer um passeio sobre a Estrada de Ferro

II Encontro Macrorregional Centro-Norte

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abraçar essa causa. Após 14 anos, queremos sediar outro CNOD. Esse agora com um gosto de cresci-mento, em virtude da importância do GCE na Região Norte para a ex-pansão e crescimento da Ordem DeMolay”, ressalta o Grande Mes-tre Estadual. Presença Estiveram presentes no en-contro, o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil de Rondônia e Membro Honorário do SCODB, Ju-raci Jorge da Silva; o Grão-Mestre do Grande Oriente do Brasil do Amazonas, Aurélio de Aguiar Moi-ta Júnior; o Grande Mestre Esta-dual do Grande Capítulo do Mato Grosso, Otávio Cecílio de Oliveira; o Grande Mestre Estadual Adjunto do Grande Capítulo do Mato Gros-so do Sul, Roberto Pio; o Grande Mestre Estadual do Grande Capítu-lo de Santa Catarina, Toni Haag; o Membro da Comissão Nacional de Relações Institucionais do SCODB e representante do Grande Capí-tulo Estadual do Piauí, Ilan Kelson; o Mestre Conselheiro Nacional, Mateo Scudeler; entre outras au-toridades adultas e juvenis. A ida do Grande Mestre Nacional, Alexandre Volney Rizzi, estava confirmada até sexta-feira (06). Motivos profissionais, porém, levaram ao cancelamento de úl-tima hora. Mesmo de longe, Rizzi tomou conhecimento dos assun-tos abordados e da organização exemplar do encontro. “O GCE-RO está de parabéns pela forma como conduziu o encontro, proporcio-nando debates de alto nível. A troca de experiências entre os Grandes Capítulos Estaduais com toda certeza fortalecem e trazem benefícios para nossa Ordem”, destacou o Grande Mestre Nacio-nal.

II Encontro Macrorregional Centro-Norte

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Relações Institucionais O membro da Comissão Nacional de Relações Institu-cionais do SCODB, Ilan Kelson, aproveitou a presença em Porto Velho para estreitar os laços com o Grande Oriente do Brasil de Ron-dônia. Em visita a sede do GOB/RO, Ilan conversou com o Grão-Mestre, Juraci Jorge da Silva, e re-forçou a importância do apoio ao Grande Capítulo Estadual de Ron-dônia. “Enquanto Grão-Mestre ele não vai poupar esforços para apoi-ar cada vez mais nossas empreita-das em prol da juventude”, contou o membro da Comissão Nacional de Relações Institucionais. Na noite de sexta-feira (06), Ilan Kelson, acompanhado do Grande Mestre Estadual Adjunto do Mato Grosso do Sul, Roberto Pio, do Grande Secretário do Grande

Capítulo do Mato Grosso do Sul, Rafael Rezende de Oliveira, do Grande Mestre Estadual de Santa Catarina e membro da Comissão Nacional de Relações Institucio-nais, Toni Haag, e do Grande Mes-tre Estadual de Rondônia, Carlos Alberto, visitaram a Loja Verdade, em agradecimento ao apoio e dedicação dos maçons para com o SCODB. Destaque também para a participação ativa do Grão-Mes-tre do Grande Oriente do Brasil do Amazonas, Aurélio de Aguiar Moita Júnior, que aproveitou o en-contro para reforçar que até o final do semestre o Capítulo Manaós e o Grande Capítulo Estadual do Ama-zonas estarão reinstalados.

Por: Maycon Corazza

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Literatura na Ordem DeMolay

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principalmente àqueles recém-iniciados, que se encontram no inicio da Jornada, querendo mais e mais de nossa Ordem, e àqueles mais velhos, que estão a rever seus conceitos e relembrar os ensinamentos. Trazemos aqui dois textos, que nos recordarão de alguns ensi-namentos de nossa bela Ordem. Esperamos que curtam a leitura!

“Escrever é esquecer. A li-teratura é a maneira mais agradá-vel de ignorar a vida. A música em-bala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contu-do, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e, portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que nin-guém emprega, pois que ninguém fala em verso”. (Fernando Pessoa)

Literatura é arte de criar e compor escritos artísticos em prosa ou em verso. É passar para o papel tudo aquilo que vêm à sua imaginação, transmitindo uma mensagem positiva e verdadeira para aqueles que venham a ler uma frase, um texto ou até mesmo um livro, seja fictício ou real. Li-teratura é criar a realidade a par-tir da visão de determinado autor, é transformar ideias em palavras explorando o mundo à maneira de cada um. A Secretaria de Cultura do Gabinete Nacional de Liderança Juvenil incentiva a Literatura De-Molay. Está feito o convite a to-dos os Irmãos: escrevamos textos artísticos, artigos, poesia, ficção, romance, cordel, etc, sobre a Or-dem DeMolay. Troquemos ideias e viajemos no grande mundo que a Ordem tem a oferecer-nos. Incen-tivemos os escritos de textos lite-rários em nossos Capítulos: é uma forma de ensinar o que a Ordem tem a passar a todos os irmãos,

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- Ei amigo, já posso te chamar de irmão? Perguntou o jovem ao se aproximar de um De-Molay que estava pensativo em al-gum canto daquele enorme local. - Claro que pode. Você tornou-se meu irmão e compa-nheiro de Ordem e de vida des-de o momento em que vistes e conhecestes as chamas das nos-sas Sete Grandes Luzes. Já as aprendestes? - Sim. Fiquei bem atento aos ensinamentos de cada virtude. - E qual foi a que te chamou mais atenção? - Aquela que brilha mais alto. - A virtude do Companhei-rismo. Também foi a que mais cha-maste a minha atenção quando as vi pela primeira vez entre todas aquelas chamas. Olhei para cada uma e fixei meus olhos na virtude do Companheirismo. - Já entendi porque somos mais que amigos? - Já? Perguntou querendo ouvir a resposta do seu mais novo irmão. - Por causa dessa virtude que nos une e nos torna irmãos, não irmãos de sangue, mas irmãos

do mais novo irmão e colocando a mão esquerda sobre seu ombro disse: - Acredito fortemente que as chamas do Amor Filial, Reverên-cia Pelas Coisas Sagradas, Corte-sia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo são virtudes que renasceram em nossa Ordem para que nós DeMolay’s as ex-pandissem e as levassem, colocan-do-as em prática, falando o quão são belas aonde fossemos, para que então, pudéssemos contribuir para um mundo melhor. - É isso ai. Por toda a minha vida. Concluiu o irmãozinho. O irmãozinho mais novo de Ordem foi correndo passar o que tinha aprendido para os outros e aquele que estava ali refletindo fora também para junto de seus irmãos, mas, antes pensou e falou para si mesmo: - Encho-me de alegria ao ver que as chamas das Sete Vir-tudes Cardeais da Ordem DeMo-lay: Amor Filial, Reverência Pelas Coisas Sagradas, Cortesia, Com-panheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo traz esperança e o brilho nos olhos do novo e do velho. E vejo que estas insígnias, pelas quais muitos se dedicaram serão honradas mais e mais vi-vendo assim, eternamente.

de vida, de jornada, caminhada, companheiros uns dos outros em todos os momentos, sejam de alegria, dificuldade, tristeza ou ne-cessidade. - Tu estavas bem atento à cerimônia, hein? - Com certeza. Esse foi o momento em que esperei ansi-osamente para que acontecesse. Embora cansado, prestei atenção em cada palavra, gesto ou movi-mento. - Se todos fossem iguais a você meu irmão, nossa Ordem se-ria bem mais fiel a nossos princípi-os e virtudes. Muitos iniciam com a mesma inocência e vontade, as-sim como você, mas, com o passar do tempo o brilho das virtudes se apagam, acham que só era impor-tante cultivá-las em seus corações nos tempos em que eram ativos em nossas fileiras. - Eu acredito, mesmo ten-do poucas horas de iniciado que os que levam esses ensinamentos por toda a vida são maioria e, além disso, os repassam para outras pessoas através de atitudes. - É... Eu também acredito nisso irmãozinho. Segurou fortemente a mão

Literatura na Ordem DeMolay: Ei amigo, ei Irmão

10Por: Chris Torres

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Sempre escrevo da Or-dem DeMolay de maneira mais que romântica, ultraromântica eu diria. Prefiro em momento re-duzir este lado, pra expor um pen-samento que me ocorreu. Conver-sava eu com mais um dos meus bons irmãos quando falávamos das sete virtudes, em que ambos chegamos ao consenso de que são completas. Porém como uma ma-neira de provocar, me foi questio-nado o seguinte: “Se você tivesse que acrescentar a oitava virtude, qual seria?”. Bem... Minha conclusão foi que, apesar do perfeccionismo das virtudes, devemos ter uma coisa sempre em mente (apesar de termos tacitamente) que acho que poderia ser sagrada ao nível de virtude, e falo em nada mais nada menos que a esperança. Sim, acho que as virtudes nos mostram o caminho, mas nenhum caminho é percorrido sem a esperança de chegar a um final (mesmo que ele seja inexistente ou abstrato como um ideal), seria a esperança que daria a liga e legitimaria todas as virtudes. A mim, foi respondido por este irmão “A persistência”, porém

em dia moveria tantos jovens sob apenas um ideal, alguns balu-artes, alguns pensamentos se não a esperança? Ora, pois, então a mesma nada mais é que uma gera-triz para as sete virtudes.. Uma origem, o princípio, esperança.. De que o amor, o respeito, a cor-tesia, a amizade, fidelidade, e al-guns outros ideais se proliferem em mentes jovens e que ainda tem ilimitadamente possibilidade de se desenvolver, e levar estes postos com ela. Com isso, me con-tento a dizer que as sete virtudes permanecem perfeitas, e que de nenhuma vez que ajoelhei no altar simbólico o fiz em vão. E espero de todos os irmãos, que mante-nhamos esta esperança, pois “En-quanto nós permanecermos fiéis a essas promessas, enquanto existir uma Ordem DeMolay, nós estare-mos unidos.”

logo entendi que não adianta per-sistir no que não se espera… Antes de persistir, você espera, e isso lhe da às forças necessárias. Vemos em muitos casos situações difí-ceis, tangendo a impossibilidade, porém que com esperança se re-verte e se vence, se supera, ou se aceita (o que já parecia imprová-vel). Porém, a esperança, a per-sistência e até mesmo a fé andam de mãos dadas, pois a primeira engendra as demais. Cada um de nós sendo um DeMolay “trazemos em nossos corações uma chama (…) se pudermos penetrar nas profundezes mais recônditas de nossas almas e acender a chama que ali está (…) ora, de que seria essa chama de não a esperança”? Identificada em nossas virtudes, em nossos baluartes, se não a es-perança de construir um caráter solidificado, de se desenvolver, de evoluir quando tudo que vemos lá fora está praticamente perdido? Pois bem, como termina a citação “ai reside objetivo da Ordem De-Molay”. Concluo dizendo que mes-mo aparentemente fundamenta-do, este pensamento é inútil. Não há necessidade. O que mais hoje

Literatura na Ordem DeMolay: Esperança, a oitava virtude?

Por: Mário Coppini

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Dia das Filhas de Jó no Rio de Janeiro

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Dia cinco de abril, sexta-fei-ra, graças ao apoio do Tio Maçom e Deputado Estadual do Rio de Ja-neiro, Gilberto Palmares, a Assem-bleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, ALERJ, abriu suas por-tas para receber e homenagear o as Filhas de Jó do Estado, em razão do transcurso do dia 9 de março, dia estadual da Ordem Interna-cional das Filhas de Jó. A sessão solene contou com a presença de autoridades maçônicas, tais como o Tio Archimedes Machado - Grão Mestre Adjunto do Grande Oriente do Brasil do Rio de Janeiro – e o Tio Itálo Aslan - Past Grão Mestre Adjunto do Grande Oriente In-dependente do Rio de Janeiro -, e também com autoridades De-Molay. Da Ordem Internacional das Filhas de Jó, havia inúmeras Primas presentes, em especial as lideranças do Bethel Jurisdicional Princesa Isabel de Bragança, que é presidido pela Honorável Rainha Virginia Soares. Como a Ordem DeMolay não poderia se furtar de somar neste dia tão importante para as Primas Filhas de Jó, representan-do a nossa Ordem, tomou lugar na

tribuna o Ir. Raphael Castro - Secre-tário Executivo Nacional da Lide-rança Juvenil do Supremo Con-selho da Ordem DeMolay para o Brasil -, para fazer uso da palavra. Ao longo da sua oratória, destacou a importância dessas duas Ordens Para-maçônicas Juvenis cami-nharem lado a lado, entendendo que somente dessa forma será possível alcançar as ambiciosas metas da nobre missão de ambas, oferecendo à Juventude um cír-culo de convivência onde poderão desenvolver seu caráter com base em valores e virtudes. Destacou, ainda, a imensa honra de poder fazer parte de uma dessas Ordens, fato este que marcou e mudou para sempre sua vida e, por isso, lembrou a todos, por fim, de que devem caminhar unidos e firmes para a manutenção da força. Como símbolo do recon-hecimento da Ordem DeMolay e do Gabinete Nacional da Lide-rança Juvenil ao trabalho das Pri-mas do Rio de Janeiro, em nome do Mestre Conselheiro Nacional, Ir. Mateo Scudeler, foi conferido à Ordem Internacional das Filhas de Jó, Jurisdição do Estado do Rio de

Janeiro, representado pelo Bethel Jurisdicional, um certificado em homenagem ao seu dia, lembran-do a importância de que ambas Ordens caminhem sempre unidas nesse belíssimo trabalho em prol da Juventude e que, assim, sempre honrem a memória do saudoso Tio Alberto Mansur, responsável pela implantação deste grandioso projeto em favor da integração da Família Maçônica no Brasil. Nas palavras finais do Tio Gilberto Palmares, foi entregue à Prima Aline Busnardo - Ex-Miss Filhas de Jó Internacional – o título de Cidadã Honorária do Estado do Rio de Janeiro, onde agora ela pas-sou a morar em função de seus es-tudos na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Por: Mateo Scudeler

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Entrevista com John Vaz

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O ator e diretor de artes cênicas, John Vaz, é um especia-lista em interpretar personalidades da história. Foi coordenador do Teatro Museu da República (Rio de Janeiro) de 1999 a 2007 e é conhe-cido como “O Mil Caras do Teatro Brasileiro” sendo assim chamado pelo jornal O Globo. Ator carioca, John Vaz, que interpreta D. Pedro I, no Espetácu-lo Maçônico de mesmo nome, em turnê nacional, estreou o espe-táculo Jacques de Molay – O Fim da Ordem do Templo – no dia 28 de agosto de 2010, Rio de Janeiro, na sede da centenária Loja Maçônica Vigilância, nº 1, em Niterói. O ator vive o Cavaleiro Templário Jacques de Molay - ultimo Grão Mestre da misteriosa Ordem do Templo. A montagem da peça, que é itinerante, conta com a partici-pação da plateia: 10 espectadores voluntários se vestem de Inquisi-dores e Templários e participam junto ao ator de cenas da peça. “Ter o espectador como parte do elenco é algo que motiva não só o público como a mim mesmo. A proeza foi feita pela primeira vez na peça D. Pedro I; gostei da ideia e repeti a dose nessa nova monta-gem. É muito interessante a par-ticipação do público no centro da cena; me remete ao Teatro da Cru-eldade de Antonin Artaud”, explica John Vaz. O espetáculo, como não poderia deixar de ser é uma aula de história antiga e medieval. Vaz dividiu a peça em cenas que irão revelar e responder certas questões do público: quem foram os Templários e o porquê de serem exterminados. Segundo o ator, que tam-bém assina a direção, a peça começa do lado de fora do tea-tro com a cena do Julgamento de

Jacques de Molay. Já dentro no palco, a peça se passa no dia 13 de outubro de 1307, na madrugada de sua captura pelos soldados do Rei Francês Filipe, o Belo. Ali, De Mo-lay encaminha a fuga de alguns de seus Irmãos com o tesouro Tem-plário e da posse, em um ritual, a um novo Grão Mestre Templário no exílio. Fala sobre a Lenda de Hiran e a construção do Templo de Salomão, e a montagem segue contando a história de Jerusalém, as batalhas, os vários tipos de po-vos que assumiram a Terra Santa, até o Sultão curdo Saladino. Após a visão do Islã sobre as Cruzadas, e os planos do Papa Clemente V e do Rei Filipe para condenar os Templários, o personagem narra como foi o surgimento da Ordem e o porquê está sendo perseguida pela Monarquia e Inquisição. Um espetáculo instigante e dramático do início ao fim, que promete me-xer com a plateia. (Adaptação do texto origi-nal disponível em: http://www.johnvaztemplario.blogspot.com.br) Vaz tem em sua galeria de personagens o poeta e ator francês Antonin Artaud, o filósofo marxis-ta Lousi Althusser, o seringueiro

Chico Mendes, o presidente Jus-celino Kubitschek (pelo qual Vaz foi premiado com a Medalha JK em 2002), o presidente deposto João Goulart, o revolucionário Che Guevara, o Imperador Dom Pedro I, Jacques de Molay, ultimo Grão Mestre dos Cavaleiros Templários e, em 2014, estreará o espetáculo “A Inconfidência Maçônica – Re-volução Francesa a Conjuração Mineira”, que deve acontecer em abril, na cidade de Ouro Preto, MG, seguindo em turnê pelo Bra-sil. Na televisão, fez a minissérie “Amazônia”, de Gloria Perez, onde interpretou o coronel boliviano Rosendo Rojas; também interpre-tou Jango na minissérie “JK” em 2006 - ambas na TV Globo. John Vaz contou ao Gabi-nete Nacional de Liderança Juvenil um pouco de sua trajetória, falan-do também do espetáculo Jacques de Molay – O fim da Ordem do Templo -, que cativa a plateia por onde passa, principalmente os DeMolay’s, desde o Iniciático ao Sênior, encantando-os com a ma-gia do espetáculo.

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Entrevista com John Vaz

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Gabinete Nacional da Liderança Juvenil (GNLJ): O que te levou a seguir a carreira de ator?

John Vaz (JV): Assisti uma leitura dramatizada do ator Rubens Cor-rea em 1988 e decidi ali que que-ria ser ele. (risos) Mal sabia que ele era o maior e mais premiado ator brasileiro, passei a frequentar seus cursos no teatro Ipanema, fui ficando, ficando e passei a traba-lhar nesse teatro até 1996 quando ele faleceu, e assim surgiu a minha carreira.

GNLJ: Qual o princípio básico de um ator? O que ele deve desejar em primeiro lugar?

JV: Um ator deve gostar muito de ler e se aprofundar no universo e-xistencialista para descobrir a ver-tigem da interpretação. Um ator deve ser culto, entender de artes (todas elas), deve aumentar muito a sua biblioteca pessoal, que vive dentro de você, pois é dali que ele vai retirar o que precisa para dar vida a um personagem. Não acre-dito em artista fabricado – nas novelas é só o que tem. Artista nasce artista, a vida só faz desen-volver a sua vocação.

GNLJ: Quando percebeu que a arte era, além de algo que lhe fazia bem, algo vital?

JV: A Arte tem um poder incrível de mexer com o artista e com o espectador... Essa comunicação é fundamental para a sua existência, quando eu vi que tinha esse poder de sonhar e transformar meus sonhos em cena, eu vi que estava na profissão certa e sigo nela com muito entusiasmo.

GNLJ: De onde surgiu a ideia do tema Jacques de Molay? E por que retratar o fim da Ordem do Templo?

JV: O sucesso do Espetáculo Maçônico D Pedro I – que já foi encenado em 70 cidades pelo país -, me levou a trabalhar sobre esse tema que está ligado dire-tamente a Ordem de nossos so-brinhos DeMolay’s e também se funde com a história da Maçonaria operativa. Consegui ali juntar as duas coisas, e debater questões como lealdade, perseguições, tra-mas, rituais, tudo em uma mesma montagem. A peça é uma lou-cura, eu a termino acabado fisica-mente, mas o resultado é divino!

GNLJ: Como surgiu sua paixão pela história de Jacques de Molay e dos Cavaleiros Templários? A Ordem DeMolay influenciou de al-gum modo o seu desenvolvimento teatral, seja através de Cerimônias presenciadas ou de alguma outra forma?

JV: Fui iniciado na maçonaria em 1997 e só fui saber que existia a Ordem DeMolay em 2007; muitos de nós maçons não sabemos nada a respeito dessa, que considero a obra mais importante da Maço-naria: a criação dos DeMolay’s. O que vejo esses meninos fazendo por esse país é de dar orgulho pra qualquer um. Nunca assisti a uma sessão dos DeMolay’s, então não houve ali nenhum tipo de influên-cia na feitura do texto, mas quem assiste me diz que muita coisa que esta na peça se encaixa com os en-sinamentos da Ordem, o que eu acho muito bacana.Sobre a história acho que todo mundo se envolve e gosta, só que quis ir um pouco além... Mos-tro a visão do islã sobre as cruza-das... Em nossa cultura judaica cristã ocidental só se fala das

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Entrevista com John Vaz

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conquistas ocidentais e põem-se os outros como inimigos... Só que não é bem assim... Saladino foi um virtuoso e os árabes também, e colocar os dois pontos de vista sobre a guerra torna a montagem mais justa e mais interessante.

GNLJ: Quais foram às pesquisas que você teve de fazer para cons-truir a peça: Jacques de Molay – O fim da Ordem do Templo?

JV: Toda produção passa por um período de um ano de leituras e pesquisas e posso garantir que a maioria do que há é explorando a imaginação com especulações. Aquele canal “Especulecion Chan-nel” que de história não tem nada é bem isso... O público quer acredi-tar em coisas místicas e adora con-sumir isso... O mercado se encar-rega de encher de livros e filmes especulando sobre o assunto. Eu já procuro ir à busca de uma história mais crua, desmistificando a mi-tologia criada pela indústria e o resultado está aí: agenda cheia e público bem satisfeito.

GNLJ: Qual a sensação de percor-rer o país inteiro com o espetáculo Jacques de Molay – O fim da Or-dem do Templo e deparar-se com diversas culturas? Qual a reação do público ao assistir o espetácu-lo? E existem diferenças em apre-sentar o espetáculo em eventos Maçônicos e da Ordem DeMolay em relação a apresenta-lo para o público em geral?

JV: Eu fiz essa peça em Havana, Cuba, em 2011, dentro de um ci-nema para um público de atores e bailarinos do Teatro Musical de Havana e a experiência foi mara-vilhosa. No Brasil não foi dife-rente, vejo a satisfação estampada

na cara da garotada ao termino da peça, e como há a participação voluntária de 10 DeMolay’s na peça que se vestem com as roupas da produção, eles saem no tapa para participarem, e eu morro de rir com isso (risos). Outra coisa bacana é a média de público, que está batendo em 400 pessoas eu-fóricas; coisa rara hoje em dia ter-mos no teatro um público assim tão grande, e graças a quem que temos isso? A Ordem DeMolay e as Lojas Maçônicas que resolvem patrocinar e ajudar! Mas quando não há apoio, os meninos não se intimidam. Eles acreditam mesmo na cultura, investem, dão um jeito e a coisa acontece. Muito bacana mesmo!

GNLJ: Qual o principal ensinamen-to da vida e morte de Jacques de Molay que leva em sua vida diária?

JV: Lealdade... O cara preferiu a morte a revelar o nome dos Irmãos que foram para o exílio, preferiu a morte a revelar os segredos, isso sim é exemplo.

GNLJ: Fale-nos um pouco de out-ros trabalhos que está realizando, ou que pretende.

JV: Ano que vem vai estrear o espe-táculo “A Inconfidência Maçônica – Revolução Francesa a Conjuração Mineira”, o texto já está pronto e estou bastante entusiasmado. A estreia deve acontecer em abril de 2014 em Ouro Preto, MG, seguin-do em turnê pelo Brasil.Uma peça que abrange a historia da Revolução Francesa, passando pelo pensamento iluminista até chegarmos às tramas da Incon-fidência Mineira e a participação de maçons em todo esse processo.

GNLJ: Em sua opinião, qual é a im-portância da Maçonaria no mundo e no Brasil?

JV: Como disse meu colega ator Milton Gonçalves – “a Maçonaria é a ultima barreira antes do Caos”. Nossa Ordem é de uma beleza in-crível, a fraternidade que existe é indescritível... Problemas? Cla-ro que temos e são muitos, mas quem não os tem? Mas seguimos adiante, vejo com bons olhos a renovação de nossa Ordem; pre-cisamos de obreiros mais jovens, não só na idade, mas também de pensamento, com menos vai-dade, status, pessoas mais plurais,

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Entrevista com John Vaz

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abertas e modernas. Estou mesmo confiante nessa renovação.

GNLJ: Tio John Vaz é especialista em interpretar biografias e conhe-cido como “O Mil Caras do Teatro Brasileiro”, referência dada em matéria de capa do segundo cader-no do Jornal O Globo. Qual o peso e a importância de ser considerado o “Mil Caras do Teatro Brasileiro”?

JV: De ter que sempre se rein-ventar e também a obra de arte: é isso. É o que tem acontecido, meu próximo projeto é mais uma rein-venção de mim mesmo.

GNLJ: Dentre todos os persona-gens históricos que interpretou, qual foi o que mais o marcou?

JV: Che Guevara, sem duvidas. Já encenei essa montagem aqui no Brasil e na America Latina (Argen-tina, Cuba, Uruguai, Bolívia, Ve-nezuela). É o espetáculo de maior sucesso de público, mais apaixo-nante, não só pelo ideal, mas por seu exemplo em largar todo tipo de vaidade, pegar em armas para defender pobres miseráveis da América contra a tirania imperi-alista e morrer por eles, morrer por pessoas que jamais conheceu. Um herói é assim, morre por uma causa, por um ideal.

GNLJ: Como é feito o contato para agendamento dos espetáculos?

JV: Os interessados me mandam e-mail e já respondo com o pro-jeto. Eles levam paras as reuniões e definem a data, conseguem o espaço para encenação, fazem a venda dos ingressos e o espetácu-lo acontece... E sempre lota.Meus contatos são: [email protected] / 021 8065 1615

GNLJ: O teatro é parte indispen-sável na formação cultural e edu-cacional de um povo?

JV: Arte é. Em um mundo cada vez mais fútil, consumista e acumu-lador de coisas, onde pessoas não discutem ideias e sim entreteni-mento que é alienação, a arte evo-lui o ser humano porque dá a ele consistência, valores, conteúdo e as Nossas Ordens são respon-sáveis por isso, e tem feito um tra-balho grande nessa direção. Um exemplo disso é o meu espetáculo que tem sido encenado por todo o país, levado pelos sobrinhos De-Molay’s e por Irmãos Maçons.

GNLJ: O que você considera o marco do seu trabalho e o que vem deixando para a cultura do nosso País?

JV: A carreira é longa. Independ-ente dos inúmeros temas que já abordei, vejo a arte como instru-mento de discussão, aprofunda-mento das questões fundamen-tais; abrir mentes, criar duvidas, rever conceitos. É esse meu papel como artista; não quero entreter ninguém, quero fazer o público pensar.

GNLJ: Deixe uma mensagem para aqueles que querem fazer arte.

JV: Estudem, sejam cultos, se des-prendam de preconceitos e vai-dades burguesas, mantenham a mente livre aberta e se dediquem! Há muito trabalho a ser feito! O Brasil precisa de artistas, porque fazedores de entretenimento a-lienado já se têm muito, alias... É a maioria.

GNLJ: Agora responda com sim-plicidade.

GNLJ: Maçonaria? John Vaz: Sem vaidade, é a insti-tuição mais bela do planeta.

GNLJ: Ordem DeMolay?

John Vaz: Esperança de um ama-nhã melhor.

GNLJ: O Teatro?

John Vaz: Vida.

GNLJ: Cultura?

John Vaz: Necessidade.

GNLJ: Brasil?

John Vaz: País mais belo e genero-so do mundo.

GNLJ: Um sonho?

John Vaz: Um mundo sem po-breza, igual e justo.

GNLJ: John Vaz?

John Vaz: Um homem como outro qualquer.

GNLJ: Um pensamento?

John Vaz: Se você é capaz de tre-mer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mun-do, então somos companheiros. (Che Guevara)

Por: Chris Torres

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Cicloturista Matogrossense

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Nesta semana o Irmão Luã Francis Paludetto, Sênior DeMolay do Capítulo Conquista e Integração N° 652 em Cuiabá e Past Mestre Conselheiro do mesmo Capítulo, irá iniciar seu projeto de ciclo tu-rismo. Residente em Cuiabá, Mato Grosso, irá se mudar para o esta-do de São Paulo, mais especifica-mente para a cidade de Dracena e resolveu inovar na viagem: irá de bicicleta! O Irmão irá percorrer quase 2 mil quilômetros passando inclu-sive por Bonito, cidade turística de Mato Grosso do Sul, com um tem-po de viagem estimado de 26 a 30 dias. Com objetivo de refletir a cada curva, a cada pedalada, ob-ter um aprimoramento pessoal, profissional, com férias men-tal conhecendo lugares novos, sem pressa de chegar ao destino, o Irmão Luã aproveitará cada quilômetro percorrido no ritmo da bicicleta, diferente da rapidez de uma viagem de carro, ônibus ou avião. A bagagem do Irmão conta com um kit completo de camping, pois irá dormir acampado na maio-ria das noites. A cada duas ou três noites dormindo em acampamen-to, pretende dormir uma noite em alguma cidade sede de algum Capítulo do SCODB para conhecer melhor a cidade e aumentar os laços de Companheirismo. Se você mora em alguma cidade que o Irmão irá passar e deseja conhece-lo, saber mais como está sendo sua experiência, conhecer a “Podero-sa” (nome de sua bike super equi-pada para a viagem) e auxiliá-lo em suas eventuais dificuldades en-tre em contato com o Mestre Con-selheiro Estadual de Mato Grosso Irmão Nelson Zuchi que estará mantendo contato com o viajante

sempre que possível, pelo e-mail [email protected] ou pelo te-lefone (65) 9925-9887. Para quem não tiver a oportunidade de conhecer o Irmão Luã e seu projeto, mesmo assim poderá acompanhar suas “aventuras” pelo site www.paludetto.com.br onde o mesmo irá manter um diário de viagem incluindo fotos, que será atualizado sempre que possível uma conexão com internet, também a fim de manter todos familiares e ami-gos ciente de onde estará e as experiências vivenciadas. O GCE-MT e o SCODB desejam uma excelente viagem ao Irmão e que cumpra seus objetivos!

Por: Nelson Zuchi

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Capítulo Espera Feliz nº 595 enviou um textopara o Divulgue seu Capítulo e aí está

O Capítulo Espera Feliz Nº 595, o meu Capítulo, tem desde o ano passado uma página no facebook que se destina a divulgação da Ordem DeMolay. Ela foi uma das primeiras páginas exclusivamente voltadas para a Ordem DeMolay, e é diferenciada por publicar apenas conteúdo sério e focado apenas na filosofia demolay/maçônica. Temos quase 200 imagens, sendo praticamente todas originais e produzidas pela comissão de in-formática do Capítulo. Elas são postadas semanalmente na página e as publicações alcançam um público médio de 50 mil pessoas por semana, segundo o facebook. Nossas imagens são, também, constantemente veiculadas em outras páginas relacionadas com a Ordem DeMolay. Nós recebemos elogios em todos os capítulos que visitamos e inclusive em grupos sobre a Ordem DeMolay no facebook, sendo o do SCODB um deles. Sugerimos que façam uma matéria sobre a Ordem DeMolay na internet, e já está aí a dica de uma página sobre ela! Nossa página é www.facebook.com/demolayesperafeliz Nosso Capítulo fica em Minas e é filiado ao GCEMG.

Divulgue seu Capítulo

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Músicas para RitualísticaCapitular

- Bolero - Ravel- The Final Countdown (orchestra)- Gladiador (tema)- Prayers - Era

Músicas para a Ritualística da Cavalaria

- Set Fire to the Rain (instrumen-tal)- Infanati - Era- Reborn - Era- Bard’s Song (instrumental)

Filmes

- Os Reis Malditos (2005)

Livros

- Os Templários – Alain Demurger

O Gabinete Nacional recomenda para você

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Palavra do Mestre Conselheiro Nacional

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Minha família DeMolay! Todos nós sabemos o quão importante é a filantropia para a Ordem DeMolay. Ajudar ao próximo, sem esperar nada em troca, é um exercício de caridade e uma lapidação do altruísmo. Em nossos Capítulos, sempre procuramos organizar arrecadações, mutirões e visitas, que trazem alegria e suprem necessidades das mais diversas categorias de instituições. Em alguns Estados, observa-mos também uma articulação regional e, às vezes, até estadual em prol de ajudar ao próximo. Como sabemos, agora a filantropia é também uma pauta importante em âmbito nacional! A criação do Fundo Nacional de Filantropias, uma iniciativa de nosso GMN, Alexandre Rizzi, foi o pontapé inicial desta nova fase de estímulo ao desenvolvimento dos trabalhos filantrópicos. Seguindo esta linha, e continuando um trabalho pioneiro da Liderança Juvenil, o GNLJ reformulou o Arrastão Nacional da Solidariedade, que está ocorrendo em diversos lugares do país neste exato momento! Dezenas de Capítulos Brasil afora já se organizaram e começaram suas coletas para essa competição saudável, onde quem ganha é o próximo! E o seu Capítulo? Já está participando do Arrastão Nacional da Solidariedade, a maior campanha filantrópica DeMolay do Brasil? Se ainda não, não perca tempo! Faça o bem e ajude a provar que nossas re-uniões não são fórmulas vazias, e que unidos somos imbatíveis! As inscrições continuam abertas em www.liderancajuvenil.demolay.org.br! Não perca mais tempo! As inscrições para o Congresso Nacional da Ordem DeMolay (Belo Horizonte) e o Encontro Nacional de Cavaleiros (São Paulo) também já estão a todo vapor! Não percam essas oportunidades ímpares de con-graçarem com seus Irmãos e Tios de todos os cantos do país! Afinal, nada melhor do que rever a família, não é mesmo? O Programa de Aprofundamento de Estudo (PAE) também está a caminho, em sua novíssima versão 2.0! O esperado é que a nova Plataforma Moodle, desenvolvida pela Grande Comissão Nacional de Informática, já esteja no ar ao longo do mês de maio, fornecendo material de qualidade e treinamento à distância sobre os mais variados temas de nossa Ordem: história, liturgia, legislação e muito mais! Continuamos, sempre, trabalhando por e para vocês! Um grande abraço a todos, e que o Pai Celestial nos ilumine, guie e dê sabedoria!

#OrgulhoDeSerSCODB !!!