Revista DeMolay RJ #005

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História Quem eram os Templários, parte 2 EFOC 2012 Veja o aconteceu no evento Entrevista Ritualística, qual a sua iportância? Artigo Blogs DeMolays na internet DeMolayRJ Gabinete Estadual do Rio de Janeiro Fevereiro de 2012 - Nº 005 - Ano 01 demolayrj.com.br DESTAQUE: ENTREVISTA COM FERNANDO NERY, GRÃO-MESTRE INTERINO DO GOB-RJ Página 09

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Março 2012

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Demolayrj.com.br1História Quem eram os Templários, parte 2

EFOC 2012 Veja o aconteceu no evento

Entrevista Ritualística, qual a sua iportância?

Artigo Blogs DeMolays na internet

DeMolayRJGabinete Estadual do Rio de JaneiroFevereiro de 2012 - Nº 005 - Ano 01demolayrj.com.br

DESTAQUE: ENTREVISTA COM FERNANDO NERY, GRÃO-MESTRE INTERINODO GOB-RJ Página 09

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Revista DeMolay RJ 2

SCODB

GABINETE ESTADUAL

ENTREVISTA DEMOLAY

HISTÓRIA

IV Congregação Nacional de Jovens Líderes

Entrevista com o Grão Mestre Interino do GOB-RJ

Equipe Estadual de TreinamentoEncontro Fluminense da Ordem de Cavalaria -2012Novo Ambiente VirtualNovo Site para a Ordem DeMolay-RJCanal Oficial DeMolay-RJ no Youtube

Iniciação e Posse no Capítulo duque de Caxias, nº229Iniciação e Posse no Capítulo Avalon, nº568Posse no Capítulo Frank Sherman Land, nº257

Posse no Capítulo Obreiros do Século XXI, nº221Posse no Capítulo Agulhas Negras, nº134

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DeMolay é destaque no concurso para a Escola Naval

A Revista DeMolay-RJ é um grande sucesso!Congregações Regionais 2012

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Importância da ritualística 26

Quem eram os Templários (parte 2) 21

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SUMÁRIO

Conheça o P.A.E 05

PALAVRAS DO MCE 29

Primeiro Concurso de Redação da Ordem DeMolay-RJ 11

GCE-RJAto n.º21 / 2011 - 2012 04

Capítulo Sul Paraibano realiza filantropia em asilo 18

NOVAS COLUNAS 28

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EDITORIAL

Caros leitores, é com muita alegria que apresento a vocês mais uma edição da nossa revista que tem um foco voltado para a Ordem Demolay, numa linguagem dinâmica, sem peso e também sem segredos, com objetivo de apenas informar aos interessados o que nossa irmandade repre-senta para a sociedade brasileira e mundial. Esta edição da DEMOLAY RJ temos uma novidade que é o site da demolay RJ que também teve suas dificuldades de atualização mas que conta com um feed de noticias com todos eventos da Ordem no estado e um novo layout, mais moderno e fácil de navegar. Aproveitamos o site para divulgar dos os congressos regionais que por sua vez já tem data marcada ainda para este semestre. Não podemos esquecer do nosso CEOD que ocorrerá em Resende, RJ. Contamos com a presença de todos, principalmente das novas gestões que começa-ram agora em janeiro e fevereiro.

Nesta edição trazemos uma entrevista exclusiva com o Grão Mestre interino do GOB – RJ o Tio Fernando Nery em um reunião organizado pelo Ir e Tio Max Pereira, Secretário Estadual de Entida-des Paramaçonica Adjunto do GOB-RJ junto com o Ir Raphael Castro MCE-RJ em que foi discutido assuntos relacionados a nova gestão, e seus planos e seu posicionamento junto a nossa Ordem. Boa Leitura, Saudações em Demolay.

Fellipe NeumannSecretário Estadual de Comunição do GELJ-RJ.

Equipe DeMolayRJ

Raphael CastroMarcel XimenesFellipe NeumannAdalberto Martins

contato:

[email protected]

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Entrevista Ritualística, qual a sua iportância?

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SCO

DB

Desde sua primeira edição, em 2009, a Congregação Nacional de Jovens Líderes é uma realização do Gabinete Na-cional da Liderança Juvenil do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil, e acontece no Senado Federal em Brasília – DF

Nesse ano de 2012, aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de janeiro, na sala da Co-missão de Constituição e Justiça do Sena-do Federal. Com o lema “Reinventando a Congregação Nacional”, o foco desse importante encontro que reuniu lideran-ças juvenis e adultas de diversos Estados do Brasil, serviu de palco para troca de experiências e idéias entre os Estados.

Segundo o Ir. Raphael Castro, Mestre Conselheiro Estadual RJ e Sec. Nacional de Planejamento, “Essa Con-gregação Nacional foi histórica, além de reafirmar os laços de irmandade entre os diferentes Estados, serviu de forma ex-celente para conhecermos mais sobre a realidade e os projetos desenvolvidos por diferentes Estados, apenas com essas tro-cas de experiências seremos capazes de realmente fazermos um grande trabalho

nacional e crescermos ainda mais”, e lembrou, “vale destacar o trabalho exem-plar da comissão organizado, Ir. Mateo Scudeler, o Ir. Eduardo Danete e todos os DeMolays do Distrito Federal fizeram um evento fantástico”. E representando as liderança adulta do Rio de Janeiro, es-tava presente o Tio Luiz Alberto, Segundo Grande Mestre do Grande Capítulo do Rio de Janeiro.

Na ocasião o Ir. Caio Santos, Mes-tre Conselheiro Estadual de SP, realizou uma excelente apresentação sobre “Lider-ança”, de modo dinâmico e inteligente levou todos os presentes a refletirem so-bre os diferentes perfis de lideres e quanto ás nossas prioridades.

O Gabinete Nacional da Liderança Juvenil aproveitou a presença dos Mestres Conselheiros Estaduais reunidos para apresentar os projetos que estão sendo desenvolvidos, sobre isso, o Ir. Rafael dos Reis, Mestre Conselheiro Nacional, desta-cou, “Nosso Gabinete Nacional ao longo desses seis meses tem trabalho incansav-elmente para realizar um grande tra-balho, na magnitude da Ordem DeMolay brasileira, como os Manuais de Adminis-tração e Ritualística, Treinamento á dis-tância, e muitos outros projetos”, e ainda destacou, “A presença do Estado do Rio de Janeiro, brilhantemente liderado Ir. Raphael Castro, com a segunda maior comitiva presente, destacou-se como ex-emplo de gestão de Ordem DeMolay, com excelentes projetos e organização exem-plar”

Por fim, a repercussão foi exce-lente: o senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), falando sobre a 4ª Congre-gação Nacional de Jovens Líderes da Ordem DeMolay, afirmou, “um evento que considero da maior relevância para a juventude do Brasil e para o país. Fico muito feliz de, como maçom, sempre in-termediar junto à direção do Senado a re-alização desse evento aqui”, e acrescentou, “no Brasil, mais de 85 mil jovens já pas-saram pelas fileiras da instituição, que busca sempre formar no jovem o caráter de fraternidade, amor filial, respeito ao próximo, amor aos estudos e patriot-ismo”.

IV CONGREGAÇÃO NACIONAL DE JOVENS LÍDERES

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CONHEÇA O P.A.E

1. DEFINIÇÃO

O Programa de Aprofundamento de Estudos (PAE) é uma modalidade de ensino à distância da Secretaria Nacional de Ritu-alística do Gabinete Nacional da Liderança Juvenil. Serão disponibilizados, inicialmente, 16 cursos, posteriormente elencados, com seus respectivos pré-requisitos de inscrição, que deverão ser observados e respeitados.

2. CURSOS

2.1. HISTÓRIA TEMPLÁRIA

2.2. HISTÓRIA TEMPLÁRIA

2.3. HISTÓRIA TEMPLÁRIA

2.4. HISTÓRIA DA ORDEM DEMOLAY NO MUNDO

2.5. HISTÓRIA DA ORDEM DEMOLAY NO BRASIL

2.6. HISTÓRIA DA ORDEM DA CAVALARIA

2.7. PRÁTICA RITUALÍSTICA GI

2.8. PRÁTICA RITUALÍSTICA GI

2.9. PRÁTICA RITUALÍSTICA GI

2.10. PRÁTICA RITUALÍSTICA GD

2.11. PRÁTICA RITUALÍSTICA GD

2.12. SIMBOLOGIA GI

2.13. SIMBOLOGIA GD (Único)

2.14. LEGISLAÇÃO (Básico)

2.15. LEGISLAÇÃO (Intermediário)

2.16. LEGISLAÇÃO (Avançado)

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3. INSCRIÇÃO NO CURSOS

As inscrições ocorrerão semanalmente durante todos os dias da semana. As que forem efetuadas até às 23h59 de sábado (horário de Brasília), serão homologadas no domingo seguinte. Ocorrerão somente através de email que deverá ser direcionado para [email protected], com o assunto “INSCRIÇÃO – NOME DO CURSO”. No corpo do e-mail deverá conter nome completo, data de nascimento, CID, Grau e telefones para contato.

Atenção:

• Ao enviar sua inscrição, você estará concordando com todos os termos deste Edital.

• As informações prestadas deverão ser verdadeiras, porque serão verificadas. Havendo informações inconsistentes será aberta uma sindicância pelos meios administrativos e legais cabíveis.

• Deverá ser enviado um e-mail para cada inscrição, sendo possível acumular apenas dois cursos. Ex. Se quero fazer dois cursos simultaneamente, devo enviar dois e-mails com os assuntos diferentes.

• O e-mail utilizado na inscrição será o e-mail cadastrado no PAE, devendo ser o único utilizado em todo o processo pelo candidato.

• A ausência de qualquer um dos elementos exigidos por este Edital acarretará na anulação da inscrição.

4. HOMOLOGAÇÃO

A homologação da inscrição em um curso consiste no envio, por parte da Secretaria Nacional de Ritualística, no primeiro domingo seguinte à inscrição, do Módulo 01 do curso desejado, contendo o texto de apoio (em pdf.) e a tarefa de avaliação do módulo (tam-bém em pdf.). Uma vez aprovado no Módulo 01, o candidato automaticamente será inscrito no Módulo 02 e assim sucessivamente, até a conclusão do curso.

5. EXECUÇÃO E AVALIAÇÃO

O candidato, após recepcionar o material do Módulo, deverá estudar o texto de apoio e responder a tarefa de avaliação do módulo. Serão permitidos questionamentos sobre o texto e/ou a tarefa até às 23h59min (horário de Brasília) da terça-feira seguinte à recepção do material, para o e-mail [email protected], com o assunto: “DÚVIDA – NOME DO CURSO”. Na quarta-feira, todos os questionamentos levantados serão respondidos. A partir da 00h01min (horário de Brasília) de quinta-feira até 18h00min (horário de Brasília) da sexta-feira devem ser enviadas para [email protected] as tarefas de avaliação respondidas, obedecendo aos seguintes critérios:

• Arquivo word anexo ao e-mail;

• Deverá conter a numeração da questão seguida de sua resposta;

• Deverá utilizar-se da fonte Arial, Nº 12, preto;

• Todas as margens da página (A4) devem estar configuradas em 2,5cm;

• Devem ser respondidas em português padrão, sem a utilização de gírias, abreviações etc.

6. DURAÇÃO

Cada módulo terá duração de uma semana. Assim, os cursos variam de duração dependendo da quantidade de módulos que tiver. Ex. Um curso que tenha três módulos poderá ser concluído no prazo de três semanas.

Atenção:

• Qualquer fuga do prazo acarreta na anulação do procedimento. Por exemplo, os questionamentos enviados fora do prazo, não serão respondidos. As respostas das tarefas enviadas fora do prazo, não serão corrigidas. Não é obrig-atório o envio de dúvidas e/ou de questionamentos.

• Os candidatos aprovados no Módulo 01 de um curso estarão automaticamente inscritos no Módulo 02 do mesmo curso, tendo início no domingo seguinte a sua aprovação. E assim sucessivamente.

• O candidato reprovado em um Módulo deverá manifestar interesse em se reinscrever no mesmo Módulo/curso.

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7. RESULTADO

Cada tarefa de avaliação de cada Módulo será avaliada da seguinte forma:

Até 6,5pts: INSUFICIENTEEntre 6,6pts até 7,0pts: SUFICIENTE Entre 7,0pts até 7,9pts: SATISFATÓRIOEntre 8,0pts até 8,9pts: BOMEntre 9,0pts até 9,5pts: MUITO BOMA partir de 9,6pts: PLENO

Os candidatos que receberem INSUFICIENTE em algum Módulo serão considerados REPROVADOS nesse Módulo, devendo manifestar interesse em se reinscrever no Módulo perdido. Ex. Se reprovei no Módulo 02 de um curso, devo manifestar interesse em me reinscrever a partir do Módulo 02. Ou seja, não é necessário refazer os Módulos em que já fora aprovado.

8. CERTIFICADO

Concluído e aprovado em um curso, o candidato receberá um certificado digital emitido pela Secretaria Nacional de Ritualística do Gabinete Nacional da Liderança Juvenil com a quantidade de horas-aula referente ao curso. Cada módulo corresponde a 5h/aula. Ex. Um curso que tenha três módulos será certificado com 15h/aula. Além da carga horária, constará também o desempenho no Curso, de acordo com a média obtida em todos os Módulos, vide as condições estabelecidas no ponto 6.

Atenção:

Os certificados serão emitidos em até uma semana após a Conclusão do Curso (ou seja, de todos os Módulos do Curso).

9. OBSERVAÇÕES FINAIS

• Os casos aqui omissos serão elucidados pela Secretaria Nacional de Ritualística.

• A Secretaria Nacional de Ritualística preserva-se no direito de modificar a estrutura dos cursos no decorrer de suas execuções, para um melhor desempenho.

• Havendo falha por parte da Secretaria Nacional de Ritualística, os prazos poderão ser dilatados ou comprimidos. Não nos responsabilizamos por questões estruturais de responsabilidade dos candidatos (energia, conexão da Inter-net etc).

• A percepção de cópia ilegal e irresponsável nas respostas das tarefas de avaliação acarretará na EXCLUSÃO SUMÁRIA do Candidato, sendo enquadrado nos procedimentos administrativos e legais cabíveis.

• O candidato que se inscrever em um ciclo e não enviar sua tarefa de avaliação no prazo estipulado será BANIDO do PAE por um mês.

• Esporadicamente poderá haver premiações para os candidatos que se destacarem em seus cursos.

• O primeiro ciclo inicia no dia 12 de fevereiro de 12 e as inscrições estão abertas a partir da publicação do presente Edital.

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ENTREVISTA COM O GRÃO-MESTRE INTERINO DO GOB-RJ

A Revista DeMolay RJ entre-vista o Grão Mestre Interino

do GOB-RJ

Nascido na cidade de Nova Fribur-go, na Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, o Tio Fernando Nery de Sá fez carreira em Niterói. Formado em Direito, tornando-se líder sindical, sendo eleito presidente do sindicato dos despachantes documentalistas do Rio de Janeiro. In-gressou na vida pública candidatando-se e sendo eleito vereador no município de Niterói, chegando a ocupar a presidência da Câmara Municipal entre os anos de 1981 a 1984.

Com uma vida maçônica pautada na ética e dedicação aos ideais pregados pela Maçonaria, membro da Loja Acácia Nº 0177, chegou ao posto de Venerável Mestre desta Loja em 2003, tendo tam-bém ocupado diversos postos no GOB-RJ, sobretudo, no Poder Legislativo, onde depois de atuar exemplarmente como Deputado Estadual, foi eleito Presidente da Poderosa Assembléia Legislativa do GOB-RJ. E em função disto, ocupa hoje o posto de Grão Mestre Interino do Grande Oriente do Brasil no Estado do Rio de Ja-neiro.

E muito gentilmente recebeu em seu Gabinete Oficial a Equipe da Revista DeMolay RJ para uma entrevista históri-ca.

A Entrevista

Tio Fernando Nery, Eminente Grão Mestre Interino do GOB-RJ, como tem sido estes primeiros dias de adminis-tração?

Muita luta em tentar reorganizar a Maçonaria para os maçons e trazer paz e fraternidade aos verdadeiros interesses de nossa Ordem. Quais seus projetos para o Estado e como o senhor pensa a Maçonaria do século XXI?

O Rio de Janeiro sempre foi o berço das cabeças pensantes e dos grandes projetos em todas as áreas que pudéssemos pensar. A Maçonaria precisa preparar os irmãos para responder as grandes questões que assolam a humanidade. Precisamos dizer para o que viemos, o que podemos fazer, nas áreas política, social cultural, ecológi-ca, entre outras. Temos que oferecer con-

hecimento, que é o grande diferencial de todas as culturas, preparar nossos irmãos para estes questionamentos. O GOB é a Obediência Primaz da Maçonaria Brasileira, e uma das mais preocupadas com o investimento na juventude, exemplo disso é ter uma Secretaria Especial de Paramaçôni-cas, que compõem com outras secre-tarias a administração dos Poderes Executivos, federal e estadual. Existe na sua administração algo de inova-dor para estar pasta?

Você falou tudo! O GOB sempre pensou na frente, exemplo disso é que o primeiro Capítulo da Ordem DeMolay patrocinado por uma Loja Simbólica foi pelo GOB, em 1981. Em 1985, foi criada a APJ para ter uma organização diretamente ligada ao GOB. Uma administração precisa ser de-scentralizada e participativa. Daí termos escolhido o Ir. Max para adjuntos da Sec-retaria de Paramaçônicas. A Ordem DeMolay sofreu uma grave cisão, á exemplo da Maçonaria em 1927, qual seu posicionamento a res-peito disso?

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Não podemos e nem queremos entrar em política, principalmente esta triste políti-ca que vocês estão passando. Existe um Decreto do Poder Central, exarado pelo Soberano Grão Mestre Ir. Manir Haddad, que só reconhece os Capítulos do Supre-mo Conselho da Ordem DeMolay para o Brasil. O Ir. Mansur é membro do quadro de nossas lojas, e assim, não há muito o que fazer ou discutir. As organizações juvenis, como DeMo-lay, APJ e Filhas de Jó, têm contribuído de certa forma para um certo rejuve-nescimento da Maçonaria, como o sen-hor vê isso?

É esplêndido! Precisamos disso, jovens iniciam na Ordem DeMolay e trazem seus pais, no futuro eles próprios, e mais os apejotistas iniciam na Maçonaria. As Fil-has de Jó acabam sugerindo aos seus es-posos a adentrar na Ordem. A Maçonaria precisa de qualidade somada a qualidade responsável, para se fazer presente na so-ciedade. Seus quadros precisam liderar a revolução do pensamento e assim sendo melhorar o mundo.

O GOB no Rio de Janeiro possui quase 300 Lojas, é uma das Obediencias mais respeitadas e no passado, con-tribuiu deveras para movimentos rev-olucionários e restauradores, como Abolição da Escravatura, Sabinada, Balaiada, enfim... Nos dias atuais, o que pode fazer a Maçonaria para se manter na vanguarda do pensamento e a frente de movimentos do porte do passado?

Como falei anteriormente, precisamos saber pensar e aliar esse pensar às grandes reformas que a sociedade clama. Os

maçons, demolays, apejotistas, Filhas de Jó, precisam trabalhar em uníssono, num só corpo e mente, para essa mudança. Existe algum projeto para que novas Lojas possam patrocinar núcleos para os jovens, sejam eles Capítulos DeMo-lays ou núcleos apejotistas?

Isso é com a secretaria de Paramaçônicas, o Vandir e o Max estão aí para isso, de minha parte garanto que envidarei o mel-hor dos esforços para plena consecução desse grande projeto, que é amparar a ju-ventude e integrar a família. Esse sonho do Ir. Alberto Mansur de 1974 é atual e necessário. Deixa uma mensagem para os jovens de nosso Estado e de todo o país?

Podem acreditar que nós maçons estamos nos mexendo, e vemos fazer a diferença. A Juventude precisa conhecer os ideais maçônicos que remontam seus mais de 300 anos e ainda hoje são atuais, vocês conhecem parte disso nos rituais que sempre praticam, mas urge que façamos mais!

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“Liberdades: um baluarte da Or-dem DeMolay”: com esse tema, o Gabi-nete Estadual da Liderança Juvenil do Rio de Janeiro/GCE-RJ e a Academia Maçônica de Artes, Ciências e Letras do Estado do Rio de Janeiro - AMACLERJ (Academia Maçônica de Letras do Estado do Rio de Jenaiero) realizam, com o apoio do Grande Oriente do Brasil - Rio de Ja-neiro, o Primeiro Concurso Estadual de Redação da Ordem DeMolay RJ.

Nas palavras do Ir. Raphael Castro,

Mestre Conselheiro Estadual RJ, “quando assumimos a gestão Estadual já tínhamos o desejo de realizarmos um Concurso Es-tadual de Redação, como meio de incen-tivarmos o interesse literário do DeMo-lay e também premiar aqueles que mais de destacarem, e ficamos imensamente felizes quando a AMACLERJ abraçou e apadrinhou esse projeto”, e acrescentou, “graças a esse grande apoio alcançamos um novo patamar, já podemos prever que esse Concurso de Redação será um im-enso sucesso, ainda mais tendo exclusi-vamente acadêmicos na banca final de seleção dos melhores colocados”.

O Ir. Raphael Pereira, Presidente

da Associação Alumni RJ, peça funda-mental para a realização desse Concurso Estadual de Redação, lembra que “Esse concurso será de grande valia para os De-Molays, não só pela premiação, mas pela

oportunidade de expor seu ponto de vista sobre um tema tão abrangente e contro-verso na sociedade atual’, e ainda afirmou, “Além disso, firmamos uma importante parceria com a AMACLERJ, que tem em seu quadro de Acadêmicos, ícones da cultura e saber maçônicos, os quais viabilizaram esse projeto, através de seu Presidente, nosso querido tio, Carlos Roberto Alves”.

Os interessados poderão encon-trar em março o Edital do Primeiro Con-curso Estadual de Redação da Ordem De-Molay RJ no nosso site www.demolayrj.com.br. E já adiantamos, o resultado e a premiação acontecerão no dia 11 de maio, na Sala dos Conselheiros do Grande Ori-ente do Brasil do Rio de Janeiro, no Lavra-dio, em uma solenidade da AMACLERJ, e o primeiro lugar ganhará um tablet.

Nosso Concurso Estadual de Redação DeMolay RJ já em sua primeira edição promete ser um verdadeiro suc-esso, se informem, prepare sua redação e participem!

PRIMEIRO CONSCURSO ESTADUAL DE REDAÇÃO DA ORDEM DEMOLAY - RJ

CANAL OFICIAL DEMOLAY-RJ NO YOUTUBE

Se você ainda não conhece o Ca-nal Oficial da Ordem DeMolay RJ no YouTube não perca mais tempo! Lá você encontrará vídeos divulgando: os proje-tos desenvolvidos pelo Gabinete Estad-ual do RJ, as primeiras chamadas para o Congresso Estadual RJ 2012, alguns dos eventos do nosso Estado, como as Con-gregações Regionais e os Desfiles Cívicos de Sete de Setembro e muito mais.

Saiba mais sobre o universo da Or-dem DeMolay do RJ, acessando:

www.youtube.com/RJdemolay

aproveite !!!

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GABINETE ESTADUAL/GCE-RJ LANÇAM NOVO AMBIENTE VIRTUAL

O mais novo e inovador projeto do Gabinete Estadual da Liderança Juvenil do RJ já foi lançado, o Ambiente Virtual DeMolay RJ. Um espaço onde os DeMo-lays poderão encontrar e baixar a Legis-lação DeMolay , Projetos inscritos no PID - Prêmio de Inovação DeMolay, Matérias e Manuais de Administração de Capítulos - usados nas apresentações realizadas pela Equipe Estadual de Treinamento, Materi-al para Conselho Consultivo, sugestão de músicas para Reuniões Ritualísticas, ma-terial de estudo ritualístico de excelente qualidade, e muito mais.

E tudo isso ao alcance do seu Capí-

tulo!!! Essa é uma ferramenta para todos os DeMolays terem acesso a um material de excelente qualidade, esse projeto pro-mete ser mais um grande impulsionador do avanço e crescimento da Ordem De-Molay no nosso Estado.

Então não perca mais tempo, peça ao Mestre Conselheiro do seu Capítulo enviar um e-mail para [email protected] solicitando a sen-ha o login e senha de acesso do seu Capí-tulo no Ambiente Virtual.

O site da Ordem DeMolay do Rio de Janeiro está com nova cara, muito mais moderno, dinâmico e interativo, o Grande Capítulo do Estado do Rio de Janeiro está com um novo site no ar. Nele, você poderá

encontrar notícias sobre a Ordem DeMo-lay no Rio de Janeiro, conhecer mais sobre os projetos desenvolvidos no nosso Esta-do, a história da Ordem DeMolay no Rio de Janeiro, no Brasil e muito mais.

Acesse www.demolayrj.com.br e aproveite ao máximo mais essa ferramen-ta do Grande Capítulo do Estado do Rio de Janeiro!!!

NOVO SITE DO GCE-RJ

CLIQUE PARA ENTRAR!

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ENCONTRO FLUMINENSE DA ORDEM DE CAVALARIA - 2012

As perspectivas

Anualmente cavaleiros de todo o Estado reúnem-se para a maior convo-cação do ano, o Encontro Fluminense da Ordem de Cavalaria - EFOC, que em 2012, aconteceu no primeiro final de se-mana de fevereiro, e pelo segundo ano consecutivo, foi sediado pelo Convento Sir Percival de Gales 001, patrocinado pelo Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro.

Esse ano as perspectivas eram al-tas, a Comissão Organizadora do EFOC 2012 foi ousada na proposta de ativi-dades, oferecendo a concessão de todos os Graus da Série Histórica do Ilustre Rito da Cavalaria Brasileira, Investidura ao Grau de Cavalaria, Encontro de Es-tadual de Lideranças, Treinamentos e o Távola Festiva.

Pelas palavras do Ir. Hiran Azeve-do, Ilustre Comendador Cavaleiro do Convento Sede, “No Congresso Estadual de 2011, a ideia de apresentamos proposta de candidatura para sediar o EFOC 2012 foi um projeto motivado por todos os membros do Convento, por isso, tivemos uma excelente equipe trabalhando para fazer desse o maior EFOC já visto pelo nosso Estado”.

O grande momento

Chegado o grande final de semana, as atividades começaram cedo, às sete da manhã a equipe de credenciamento já es-tava a postos para receber os cavaleiros. Tendo como primeiro acontecimento do sábado a Assembléia Estadual do Grande Capítulo do Rio de Janeiro, com intensa participação dos Capítulos presentes, foi realizada a prestação de contas do Grande Capítulo e das atividades do Gabinete

Estadual da Liderança Juvenil do Rio de Janeiro. Quanto a isso, o Ir. Raphael Cas-tro destacou: “foi uma excelente opor-tunidade para mostrarmos os projetos desenvolvidos pela liderança juvenil do RJ, como a Revista DeMolay RJ, Grande Censo Estadual, Plano Estadual de Trei-namento, Ambiente Virtual, Desafio De-Molay e os recém-lançados, Concurso Estadual de Redações e o Relatórios on-line de atividades das lideranças juvenis”, e acrescentou, “poder conversar com os Capítulos em conjuntos sobre os nossos projetos, sentir a excelente recepção á to-dos eles foi uma grande alegria”.

No período da tarde, houve o primeiro grupo de concessão de Graus do Ilustre Rito da Cavalaria Brasileira, se-guido do Banquete Ritualístico, recordan-do as antigas tabernas medievais, acom-panhado de um saboroso jantar. E como prometido e muito aguardado, o Inves-

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tidura noturna ao Grau de Cavaleiro, re-alizada de modo belíssimo e inesquecível, quando nove DeMolays ingressaram na Ordem de Cavalaria.

Logo após, houve um momento livre de confraternização e bom papo en-tre os presentes, aumentando os laços de fraternidade entre os cavaleiros de difer-entes conventos e regiões do Estado, além de exibição de filmes para os interessados.

No domingo, o dia começou tam-bém cedo, com a organização dos grupos que realizariam as duas concessões dessa manhã, e como no dia seguinte, com alto padrão de qualidade na apresentação. Nas palavras do Ir. Raphael Castro, “teste-munhei nesse final de semana o resul-tado de muita organização, dedicação, inteligência, e principalmente, amor por essa causa, e o resultado não poderia ser outro que não o sucesso. Hoje, o EFOC alcançou um novo e mais elevado padrão de qualidade, parabéns, Sir. Hiran Tassi-nari, Tio Rubem Azeredo e Convento Sir Percival de Gales, por nos darem a opor-tunidade de vivenciamos esse final de se-mana”.

Lembranças de um final de semana inesquecível

E nesse momento, já era nítido o sentimento de tristeza por já ter chegado ao final o Encontro Flumin-ense da Ordem de Cavalaria de 2012. As mochilas já estavam arrumadas, as comi-tivas já se organizando para voltarem para suas regiões, ficando as lembranças desse final de semana inesquecível. Nas pala-vras do Sir Deivison Ferreira, membro

do Convento Sede, “resumindo, o EFOC 2012 em uma palavra: sensacional. O evento todo foi um sucesso, graças aos esforços de cada cavaleiro do Convento conseguimos cumprir nosso objetivo, todos os graus previstos foram concedi-dos, a Távola Festiva maravilhosa e sem contar, a alegria maior de passar os dois dias em plena harmonia e sintonia com os irmãos de todo o Estado. Valeu muito a pena, espero que venham mais e mais eventos como este!”

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O EQUIPE ESTADUAL DE TREINAMENTOS

O Gabinete Estadual da Liderança Juvenil do Rio de Janeiro continua trabal-hando com todo empenho para alcançar a meta definida do Plano Estadual de Treinamento. Para tando, como verão nas linhas a seguir, nossa Equipe de Treina-mento esse mês esteve presente em uma série de Capítulos levando capacitação e aprimoramento que prometem melhorar não só a qualidade de gestão dos Capí-tulos do nosso Estado, mas lançar uma aprendizagem que poderá ser levada para a vida.

Visita aos Capítulos Cidade de Niterói e Gonçalense.

Empenhados na ousada meta de

levar á Equipe Estadual de Treinamentos ao encontro de todos os Capítulos do Es-tado, no sábado, dia 11 de fevereiro, foi a vez dos Capítulos Gonçalense e Cidade de Niterói. Reunidos na sede deste, foram realizadas uma série de treinamentos pelo Ir. Raphael Castro, Mestre Conselheiro Estadual RJ, e pelo Ir. Adalberto Martins, Sec. Estadual de Expansão e articulador da Equipe Estadual de Treinamento.

Na ocasião foi realizada dinâmica

em grupo, discussões sobre gestão de Capítulo, funcionamento de Comissões. Houve ainda uma enriquecedora e par-ticipativa discussão sobre o Ritual DeMo-lay. Nas palavras do Ir. Douglas Vivas, Sec. Regional da Metropolitana e Baixadas

Litorâneas “Esse sábado foi um dia de grandes aprendizados com o irmão Raph-ael Castro com a instrução sobre comis-sões e o nosso querido irmão Adalberto que deu uma bela aula sobre ritualística. Definindo com poucas palavras esse dia, poderia dizer MAGNIFICO”.

E a Equipe Estadual de Treina-mento continua a trabalhar em perder o ritmo, sempre empenhada em elevar o pa-drão de qualidade da Ordem DeMolay RJ.

Treinamento no Capítulo

Wilton Cunha n° 005

Aos vinte e cinco dias do mês de fevereiro, o nosso Ir. Raphael Castro - Mestre Conselheiro Estadual RJ e seu Secretário Estadual de Comunicações, Ir. Fellipe Neumann, foram á cidade de Vol-ta Redonda, no Capítulo Wilton Cunha n°005, para realizar uma série de treina-mentos para os membros desse Capítulo.

Contanto com a presença em mas-sa dos membros do Volta Redonda, foi realizado treinamento na área de Gestão de Comissões, ritualística e liderança. “Em meio á dinâmicas, apresentação de conceitos e a participação constante dos presentes foi possivel realizar excelentes treinamentos”, avalia o Ir. Castro.

Apresentaram ainda os projetos desenvolvidos pelo Gabinete Estadual da Liderança Juvenil do Rio de Janeiro. E ainda contou com a presença do Ir. Santa Rosa, Sec. Executivo Regional, Tio Silvio Figueiredo Jr., Oficial Executivo Regional e do Ir. Magno Maleck, Mestre Consel-heiro Regional.

Um momento memorável que foi ainda brindado com a declaração do Tio Silvio, lembrando sua alegria em trabal-har com a Ordem DeMolay, e disse que se sente bem ao poder ajudar a transformar a sociedade de amanhã.

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POSSE NO CAPÍTULO FRANK SHERMAN LAND Nº 257

INICIAÇÃO E POSSE NO CAPÍTULO AVALON Nº568

Aos vinte e um dias do mês janeiro, o Capítulo Frank Sherman Land nº 257 realizou a posse da nova Gestão Admin-istrativa. Em uma belíssima cerimônia, o Ir. Yuri Freitas passou o malhete do Capí-tulo para o Ir. Ramon Viana. O evento contou com a presença do Ir. Rafael dos Reis, Mestre Conselheiro Nacional e membro desde Capítulo e do Tio Zé Ma-ria, Grande Secretário de Paramaçônicas da Grande Loja do Rio de Janeiro, que em suas palavras, lembrou “A importância da Maçonaria apoio e incentivar o trabalho brilhante desenvolvido por esses garotos nos Capítulos”.

Nas palavras do Ir. Yuri, agora ex-MC, “No inicio não imaginava a grande responsabilidade que teria pela frente, mas em meio as cobranças e a necessi-dade de manter o alto nível deixado pe-los Ex-MCs, percebi que teria um desafio pela frente”, e acrescentou, “mas hoje termino essa Gestão feliz em ver os resul-tados alcançados e por ver á minha volta todos os irmãos, tios e convidados que me deram apoio durante esses longos 6 me-ses. Um momento gratificante e único”.

O Capítulo Avalon vive um mo-mento de “ressurgimento”. Um ano atrás passaram por um momento de série di-ficuldade, quando imbuídos com o mais puro e elevando sentimento de “Com-panheirismo”, os membros desse Capí-tulo uniram-se para mantê-lo firme, o Ir. Leonardo Motta, na época Mestre Consel-heiro Regional da “Metro 1” e membro do Capítulo Grão-Mestre Moacyr Arbex Dinamarco, aceitou o desafio de liderar o Avalon nesse momento.

Passados meses, chegado o dia 10 de fevereiro, o Avalon realiza uma belís-sima Cerimônia de Iniciação á Ordem DeMolay e empossa a nova Gestão Ad-ministrativa do Capítulo, tendo a pre-sença de membros de outros 3 Capítulos, do nosso Mestre Conselheiro Estadual e mais de dez maçons e quase 30 DeMolays presentes. Nas palavras do Ir. Leo Motta, “Depois da cerimônia que presenciei, ficou bastante nítido que, na Ordem De-molay, podemos ter verdadeiros amigos”, e com emoção destacou, “Felicidade é a palavra que define o sentimento que sinto agora. Avalon, o capítulo dos Bem-aven-turados”

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INICIAÇÃO E POSSE NO CAPÍTULO DUQUE DE CAIXIAS Nº 229

POSSE NO CAPÍTULO AGULHAS NEGRAS Nº134

No dia 11 de fevereiro de 2012, foram realizadas as Cerimônias de Ini-ciação, Posse da 35ª Gestão Administrati-va e instalação do Clube de Mães no Capí-tulo Duque de Caxias n° 229. Iniciaram os irmãos Cássio, Lucas, Felipe e Wagner.

Deixou o cargo de Mestre Con-selheiro o Ir. Raphael Verdan, tomando posse o Ir. Gabriel Reis, juntamente com os Irs. Marcellus Pena, Primeiro Con-selheiro, e Lúcio Mascarenhas, Segundo Conselheiro, em uma cerimônia pública muito emocionante.

Lembrando dos meses passados destacou, “A união e a convivência em ir-mandade são as chaves para realizações de filantropias e eventos importantes para a sociedade” – diz o Ir. Verdan, ago-ra Ex-MC. E lembrou, “o evento que mais marcou a última gestão do Capítulo foi a filantropia de Natal no Hospital Infantil municipal de Duque de Caxias em 2011, com a ajuda do Bethel #8 e da AMAVIN. O Capítulo arrecadou brinquedos e don-ativos para o hospital, entrou em contato com a assistência social e marcou o dia

da filantropia, destacando-se o trabalho do irmão Lúcio Mascarenhas Fernandes e da Tia Edicléia que trabalharam inces-santemente para que o evento fosse pos-sível”.

Foram meses fantásticos aqueles

que passaram, e com certeza, o Capítulo Caxias tem á sua frente um futuro esplên-dido de grandes realizações.

No dia 11 de fevereiro, um dia nublado em Resende, os DeMolays do Capítulo Agulhas Negras movimentavam para darem posse à nova Gestão Adminis-trativa do Capítulo. O evento foi fruto do trabalho de alguns membros do Capítulo, com a ajuda de tias, que ficaram muitas horas de sábado deixando tudo perfeita-mente organizado para o grande dia; era chegada a hora.

Com presença de familiares, de seniores do Capítulo e do nosso Ir. Raph-ael Castro, Mestre Conselheiro Estadual RJ, o Capítulo Agulhas Negras deu posse a sua nova Gestão Administrativa, quando o Ir. Rafael Rodrigues passou a liderança do Capítulo para o Ir. Alexsander Ribeiro, que lembrado desse momento, afirmou que “compreendo, enfim, a importância de que cada DeMolay ocupe todos os cargos de um Capítulo em sua jornada; Experienciar é um exercício para entend-er-se”.

Nosso Ir. Raphael Castro, na oc-asião disse, “se pudesse dar um adjetivo

para esse Capítulo seria ‘guerreiros’, vocês são exemplo de superação, e me fazem ter orgulho de ser DeMolay”, e acrescentou, “nesse espírito de super-ação, marca do Agulhas Negras, tenho

certeza que teremos um excelente e inesquecível Congresso Estadual em Resende, vamos juntos sempre meus irmãos”.

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POSSE NO CAPÍTULO OBREIROS DO SÉC. XXI, Nº 221

Aos doze dias do mês de fevereiro de dois mil e doze ocorreu a posse da 47° Gestão do Capitulo Obrei-ros do Século XXI, sediado em Teresópolis – RJ. Conta-mos com a presença de vários irmãos ativos e seniores para prestigiar o Ir. Pedro Ivo assumir o posto de Mestre Conselheiro, até então ocupado pelo Ir. Rafael Verás.

A nova gestão tem como objetivo continuar a visitação nas Lojas da cidade e estimular a presença de irmãos ativos e seniores nas atividades do Capítulo. O Tio Fonseca, Presidente do Conselho Consultivo, exal-tou a importância deste projeto e o Tio e Ir. Max Moishe, Secretário Estadual de Paramaçônicas Adj. do GOB-RJ, representando o Grão Mestre Interino do GOB-RJ, Tio Fernando Nery dizendo, afirmou, “Uma sensação inde-scritível uma vez que este capítulo foi o primeiro capit-ulo que eu tive a chance de visitar a quase 24 anos atrás. Me fez rememorar grandes irmãos do passado e estrei-tar laços de fraternidade com demolays ativos dos dias atuais e que nada devem aos grandes baluartes deste ca-pitulo do passado.”.

Em 2012 os obreiros do século XXI comemoram 25 de instalação e já trabalha para realizar um grande evento, a altura desta importante data. Vale ainda lem-brar que em todos esses anos, o capítulo vem propor-cionando mudanças importantes na sociedade tereso-politana.

CAPÍTULO SUL PARAIBANO REALIZA FILANTROPIA EM ASILO

O Capítulo Sulparaibano, consci-ente de sua responsabilidade como célula da Ordem DeMolay, sempre teve como costume e preocupação praticar ações filantrópicas. Sobretudo no asilo ‘’Lírio dos Vales’’ que funcionava no Bairro Liberdade na Cidade de Paraíba do Sul, onde está situado o Capítulo.

Infelizmente, recentemente este asilo teve que ser fechado, pois dependia, em sua maior parte, de doações recebidas para continuar funcionando, e já não con-seguiam subsistir por falta de apoio sufi-ciente para continuar seu trabalho.

Com o fechamento do asilo ‘’Lirio dos Vales’’, aqueles assistidos por este foram transferidos para o asilo ‘’Lar Vi-centino’’, também sitiado na cidade de Sul Paraibano, que há décadas vem re-alizando um grande trabalho em prol da terceira idade.

E mesmo com essa mudança, o Capítulo Sulparaibano não deixou de re-alizar seu trabalho. Consciente dessa mu-dança ocorrida, os DeMolays do Capítulo tem focado a maior parte de suas ativi-

dades filantrópicas no asilo “Lar Vicen-tino’’. Sua primeira filantropia nesse asilo foi realizada no dia 28 de dezembro de 2011, quando os irmãos, além de levarem diversas doações, também ajudaram na preparação do lanche da tarde dos idosos.

Nas palavras do Ir. Thiago Mar-tins, “foi um dia maravilhoso, quando os irmãos, além de levarem doações ma-teriais, também levaram um pouco de alegria para os senhores e as senhoras do asilo”.

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DEMOLAY É DESTAQUE EM CONCURSO PARA A ESCOLA NAVAL

Os interessados em ingressar para o Corpo de Oficiais da Marinha do Brasil, passam por um critérios, rigoroso e concorrido processo de seleção, sendo necessário dedicar horas incansáveis aos estudos.

Dedicação que não faltou para o Ir. Matheus Ferreira, membro do Capítulo Luz do Universo n° 404, onde iniciou em setembro de 2011, e sempre demonstrou incrível desempenho dentro e fora da Sala Capitular. Tendo conciliado perfeita-mente responsabilidades DeMolay e vida profana.

Estudando de Física na UFRJ, ag-ora ingressa na Escola Naval, dento pas-sado em 2° lugar. Um irmão de humildade inquestionável e que serve de exemplo para todos, pois basta correr atrás que conseguimos tudo aquilo que queremos.

Parabéns ao Ir. Mateus e a todos do Capitulo Luz do Universo, pode ter certeza, hoje toda a Ordem DeMolay do nosso Estado comemora com você essa sua importante vitória.

CONGREGAÇÕES REGIONAIS 2012!

Depois do imenso sucesso que foram as Congregações Ritualísticas Regionais em todas as Regiões Administrativas do Estado, agora, nos meses de março e abril ocorrerão nossos Congressos Regionais. As perspectivas são excelentes, as datas foram definidas e os Capítulos sedes já estão trabalhando para oferecer um excelente evento para todos, mantendo o alto padrão de quali-dade alcançado pelos encontros Regionais ao longo dessa Gestão.

Então, anotem em suas agendas e coloquem no calendário do seu Capítulo.

Dia 24 de março - Congresso Regional da Costa Verde e Médio Paraíba, no Capítulo Wilton Cunha Volta Redonda

Dia 31 de março - Congresso Regional da Metropolitana 2, no Capítulo Duque de Cáxias

Dia 14 de abril - Congresso da Região da Metropolitana e das Baixadas Litorâneas, no Capítulo Gonçalense

Dia 22 de abril - Congresso da Região Serrana, no Capítulo Três Rios

Para maiores informações procurem o Mestre Conselheiro Regional da sua Região. E já lembramos que em dia de Congresso Regional, os Capítulos daquela Região não devem reunir-se, até para prestigiar esses grandes eventos.

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Ao tomar posse, a atual adminis-tração do Gabinete Estadual da Liderança Juvenil tinha a preocupação de criar uma ferramenta para estar mais em contato com os Capítulos. “No inicio, nosso ob-jetivo era ter algo como um Informativo, direto e objetivo, um meio de divulgar projetos e comunicados do Gabinete Es-tadual”, afirma o Ir. Raphael Castro, Mes-tre Conselheiro Estadual RJ.

A grande mudança e o alto nível de profissionalismo veio graças ao Ir. Marcel Ximenes, que ao ingressar na equipe, li-derou a transformação do que era para

ser um Informativo do Gabinete Estadual para uma Revista Eletrônica. Esta passou a servir como meio de noticiar os acon-tecimentos da Ordem DeMolay do nosso Estado, e oferecendo espaço para os Capí-tulos divulgarem seus projetos e eventos. “Hoje essa revista alcançou uma mag-nitude que nenhum de nós esperávamos, com certeza esse sucesso se deve á nossa Equipe de Comunicação, e sobretudo, ao Ir. Marcel, ele é realmente fera”.

Hoje a nossa Revista DeMolay RJ

pode ser encontrada no site da Grande Loja do Rio de Janeiro (http://www.glm-

erj.org.br/page/revista-de-molay-rj), no site do Grande Oriente Brasil no Rio de Janeiro (http://gob-rj.org.br/portal/con-tent/view/634/132/) e no site do Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro (http://goirj.com/site/exibicao.php?av_cod=14).

Desejando receber em seu e-mail nossa Revista Eletrônica ou querendo enviar noticias do seu Capítulo, só man-dar um e-mail para [email protected]. Afinal, a Revista De-Molay RJ é de todos nós !!!

A REVISTA DEMOLAY-RJ É UM GRANDE SUCESSO!

DeMolayRJ

Ordem DeMolay homenageadano Lavradio. pág. 08

HISTÓRIA Quem foram os Pobres Cavaleiros de Cristo? pág 30

CONGREGAÇÕESVeja o que aconteceu nas CongregaçõesRitualísticas do estado do Rio de Janeiro! pág 30

STAE DO OD D

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2005

Gabinete Estadual do Rio de JaneiroJaneiro de 2012 - nº 004 - ano 01

GRANDE LOJA - RJUm dia inesquecível para a Ordem DeMolay - RJ pág. 05

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História Quem eram os

Templários, parte 2EFOC 2012 Veja o aconteceu no evento

Entrevista Ritualística,

qual a sua iportância?Artigo Blogs DeMolays

na internet

DeMolayRJGabinete Estadual do Rio de Janeiro

Fevereiro de 2012 - Nº 005 - Ano 01

demolayrj.com.br

DESTAQUE: ENTREVISTA COM FERNANDO

NERY, GRÃO-MESTRE INTERINO

DO GOB-RJ Página 09

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HIS

TÓRI

A Quem eram os Templários? (Parte 2)Por Leonardo Lacerda

QUEDA NO ORIENTE

Apesar de ter sido a Ordem mais poderosa e independente de toda a Europa Medieval do séc. XIII, e de ter se estabel-ecido durante cento e setenta e dois anos, essa sociedade altamente organizada e hierarquizada conheceu o declínio e o Sua grande derrota foi contra os turcos na Terra Santa, adversários terríveis, que tra-ziam consigo uma organização bélica es-merada e larga experiência adquirida nas estepes asiáticas. Perderam os Templários gentes, armas e praças, em duas batalhas, até a vitória final do Islão.

Apesar da derrota, e da rendição em 1291, na última praça-forte da Terra Santa, São de Acre, antiga Ptolomeia, os poucos sobreviventes da Ordem foram os últimos a se retirar, Iutando contra mamelucos e negros do Sultão do Egito. O último reduto dos Templários no Ori-ente Próximo foi a ilha de Ruad, situada

a norte de Trípoli, entre Chipre e a Ásia Menor, que só foi abandonada em 1303, quando a Ordem já corria certo perigo na Europa.

QUEDA NA EUROPA

A Ordem do Templo, intemacional e independente, era vista com maus olhos pelo rei de França, Felipe-o-Belo, ávido de poder absoluto e sempre às voltas com problemas financeiros.

O Grão-mestre de então, Jacques de Molay, contrariamente aos seus ante-cessores, era um ser fraco, que conduziu a Ordem por caminhos estreitos, sem ter uma visão clara da realidade e dos perigos que a rodeavam. Os dignatários do Tem-plo, se compońavam como tecnocratas financeiros, o que suscitava malquerença em muitos setores. Alem disso, a atmos-fera secreta e misteriosa vinha prejudi-cando a imagem dos Templários, ajudan-

do a criar um ambiente propício à ruína, ao serem acusados de práticas de brux-arias, feitiços, mágicas e rituais obscenos.

Como muitos dos cavaleiros provinham das melhores familias franc-esas, isso significava uma ameaça para Felipe-o-Belo, monarca habilidosamente malévolo, que com ajuda do Iegista e ex-Templário Guilherrne de Nogaret (que já esteve ao lado de Jacques Demolay), preparou uma ardilosa armadilha para se apoderar dos bens dos Templários e destruir a Ordem, que, viva, pode-ria travar suas ambições absolutistas. A perseguiçâo começou com uma campan-ha de descrédito à Ordem, aliciando os seus inimigos mais mesquinhos e levan-tando calúnias que convinham aos seus designios, acusando-os ao Papa Clemente V, que Ihe devia favores, e que prometeu-Ihe abrir um inquérito para investigar os Templários. Paralelamente os judeus eram perseguidos, torturados e explora-

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dos em seus bens, sob o seu comando. A inquisição, recentemente criada, colabo-rava com o Monarca.

No dia 13 de outubro de 1307, poucos dias antes de ter Felipe-o-Belo confratemizado com o Grão-mestre da Ordem, todos os Templários foram in-esperadamente presos na França. Alguns suicidaram-se e outros fugiram, sendo a maioria capturada. Os soldados do Rei de-vassaram as propriedades dos Templários à procura de documentos incriminatórios do Iendário Tesouro da Ordem, origem de conjeturas, cobiças e endas. Pela In-quisição, torturas, ameaças e coações foram arbitradas as vítimas que para se Iivrarem dos suplícios impostos, confes-savam o que Ihes era ordenado, como aconteceu a Jacques de Molay, obrigado a cuspir na cruz e prestar adoraçâo a Baphomet. O Concílio, convocado para Viena, reuniu-se para discutir a sorte dos Templários. Ao cabo de sete anos de at-ropelos jurídicos, foram condenados à ig-nominia e à prisão perpétua nos terríveis cárceres medievais, quando não foram queimados vivos. Jacques de Molay foi condenado ao fogo. No entanto, antes da imolação, retratou se em público, e proc-lamou a inocência da Ordem, intimando o Rei e o Papa a comparecerem perante Deus no prazo de um ano. Com efeito, ambos morreram no prazo de um ano.Com o assassinato de Jacques de Molay, e as pressões, extinguiu-se a Ordem do Templo na França. Felipe-o-Belo apoder-ou-se da maioria dos bens, que deveriam ficar nas mãos dos Cavaleiros Hospital-ares e do Papado. No resto da Europa, apesar de incitamentos do Rei da França, os Templários só esporadicamente foram perseguidos. Mas, sem Mestre nem capí-

tulo que os orientasse, os Templários do resto da Europa ficaram a mercê de reis e príncipes. A desagregação dos Templa-rios e da estrutura romano cristã foi vista por muitos historiadores como marco da decadência do Ocidente.

Não por acaso, o próximo peri-odo que se iniciava, o Renascimento, não teve mais Deus como modelo, e sim, o próprio homem.Os Templários que re-staram, absorvidos pela Santa Sé, foram integrados em outros mosteiros princi-palmente na Ordem dos Hospitaleiros. Muitos voltaram à vida laica.Em Aragão, os bens dos Templários foram utilizados para fundar a Ordem Montesa.Na Itália dois grupos se formaram: a Fede Santa e os Fadelli d’Amore, que adaptaram a ideologia da antiga Ordem, usando como suporte a literatura.Em Portugal, D. Di-niz, rei hábil e político, conseguiu fundar a “Ordem de Cristo” sobre as ruinas do

Templo, aproveitando os bens e a maioria dos cavaleiros, que transitavam para uma nova ordem, cuja designação recordava o nome original da Ordem extinta. Em 15 de novembro de 1319 foi criada a “Milícia de Jesus Cristo”. A manobra política de D. Diniz foi espantosa e teve um alcance secular. Cobrindo com uma cruz branca, símbolo da pureza, a cruz original dos Templários, e dando-lhe uma forma difer-enciada, a Ordem de Cristo prosseguiu a obra iniciada pelos Templarios. Combat-eram o lslão e devotaram-se à exploração marítima (os descobrimentos).

Ao invês de protegerem a Terra Santa, foram procurar a Terra Santa. Não é por acaso que o primeiro nome do Bras-il foi Terra de Santa Cruz. Enquanto a Eu-ropa se debatia na Guerra dos Cem Anos, Portugal prosperava sob a dinastia de Avis, empenhada em fazer frutilicar essa civilizadora dos descobrimentos. A mal disfarçada Cruz do Templo, bordada nas velas das embarcações pioneiras, anunci-ava ao Velho Mundo os Novos Mundos, que se estendiam para lá da ponta de Sa-gres.

DANTE ALIGHIERI

A iniciação do autor da “Divina Comédia” ocorreu em Florença, em maio de 1300, data em que as Iutas entre “guel-fos e gibelinos - assumiram proporções de auténticas batalhas.

Oriundo da nobreza iiorentina, Dante só podia ser “guelfo” que era o par-tido dos nobres. lngressando na Ordem do Templo, rompeu com a aristocracia para se dedicar às aspirações populares defen-

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didas pelos gibelinos e apoiadas secre-tamente pelos Templários.A sua elevação ao priorado, porém, irritava seus antigos correligionários. Quando Carlos de Va-lois, irrnão de Felipe-o-Belo, se apossou de Florença, mercê da traição dos guel-fos, teve de sofrer a proscrição, sendo os seus bens coniîscados. Refugiado em Ve-rona, recebeu a notícia de sua condenação à morte. Foi essa intervenção indébita de Roma que poderosamente para que a “Divina Comèdia” fosse o que realmente é - uma alegoría metafísico-esotérica onde se retratam as provas iniciáticas dos Templários em relação à imortalidade.

TEMPLÁRIOS DE PORTUGAL

Ao erguerem os castelos e for-talezas, os Templários obedeciam so-mente a regras de ordem tático- mili-tares, como indicações de Iocalizaçâo estabelecidas através de dados ocultos, onde certas forças telúricas propiciavam fenômenos de ordens. Essas forças que a terra irradia através da estrutura intema, conforme trajetórias que se desenham sob o solo e determinados enquadramentos, determinavam o erguimento de tais edi-ficios. É o que se supõe ter acontecido, em Tomar, Portugal. Povos antigos ai adoravam forças sob a forma visivel de uma deusa negra e virgem. Era conhecida desde os tempos pré- históricos pelos no-mes de Ay-Mari, Myrina, Mariena e mari-ana, sendo o seu simbolo uma lua de um branco extremamente puro.Tomar uma

cidade com condição especialissima, foi sede da ordem do Templo em Portugal. A vinda dos Templários para Portugal se deu a principio, por causa das declarações do Papa de que a reconquista da Penín-sula ibérica teria o mesmo valor religioso como o da reconquista dos Lugares San-tos. Dai o nome de “Cruzadas do Oci-dente”, dando auxilio europeu aos estados cristãos da Península. A Ordem foi fun-dada por franceses, tinha maior facilidade em vir a Portugal do que ir à Palestina e mesmo porque dentre os fundadores da Ordem havia um português. Outro fator fundamental seria a segurança e rentabi-lidade da Península em comparação com o Ocidente, devido à Ionga e penosa Iinha de comunicações.

Em 1157, Gualdim Pais sucedeu ao primeiro Mestre Português Pedro Amaldo. Educado na nobre arte da guer-ra, foi companheiro fiel do Rei D. Afon-so Henriques, que, apenas aos 21 anos, consagrou-se cavaleiro. Como defensor e guerreiro realizou prodigios, na célebre tomada de Ascalona no cerco de Gaza e na rendição de Sidon, Segundo reza a lápide que se encontra no Castelo de Tomar, pelo seu grande walor histórico, transcrevemos na íntegra, em Iinguagem corrente:”Era de 1160 reinando elrei de Portugal Af-fonso: Gualdim Pais, mestre dos soldados portugueses do Templo, seus soldados: em o primeiro dia de março começou a editìcar este Castelo: por nome Tomar: o qual castelo o dito rei ofereceu a Deus e aos soldados do Templo. - Servindo-se de

pedras onde ainda hoje lêm-se velhas in-scrições romanas, foi erguida a fortaleza com todos os requisitos da arte bélica, às margens do Rio Nabão.

Magnífica obra arquitetônica, o Castelo foi palco de batalhas e atualmente há hipóteses de que o paradeiro do famoso tesouro dos Templarios se encontre nesta região, apesar de muitas outras fortalezas erguidas pela Ordem neste país.

O MITO

Muitas Iendas e várias hipóteses serviram de base a numerosas obras de es-peculação e fantasia sobre os Templários.Seu famoso tesouro nunca foi encontrado. É certo que possuíam bastante dinheiro, que ganhavam cobrando pelo “templo, trabalho e risco” - de suas missões. O ouro e a prata distribuidos pelas diversas casas da Ordem, constituíram a base de seu tesouro, mas o colosso econômico, que era a Ordem do Templo, soçobrou sem deixar rastro. Dizem as lendas que o Tesouro dos Templarios incluiria o Tesouro de Salomâo e o Santo Graal. Salomâo reuniu os melhores artílices, arquitetos e sábios de seu tempo, com a ajuda da Rainha de Sabá, detentora do saber original do mundo e das Tradições das Primeiras ldades, conhecimento esse ultra-secreto, codiiicado hermeticamente. Além disso, as Tábuas da Lei, gravadas por Moisés no Monte Siâo, o Candelabro de Ouro de Sete Braços e outras preciosi-dades do Santo Graal era o cálice no qual

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Cristo bebeu na última ceia, recolhido por José de Arimatéia, junto com gotas de seu sangue. Além do cálice, Arimatéia levou a lança, a espada, o prato e o caldeirão, como reliquias para Glastonbury, no Pais de Gales, onde fundou uma pequena co-munidade cristã que se tomou foco de peregrinaçâo religiosa. O Santo Graal passou a aparecer associado às lendas do Rei Arthur e dos seus Cavaleiros da Távo-la Redonda.

OS NÚMEROS

Quando foi fundada a Ordem do Templo, muitos fantasiosos diziam que a mesma já existia secretamente, ou pelo menos, a origem de seus ideais se traçava até a Távola Redonda. A Or-dem do Templo ensinava que a Filosotia Oculta contava com três mundos: o el-ementar, o celestial e o intelectual, e no Universo havia o espaço, a matéria e o movimento. Que a medida do tempo era o passado, o presente e o futuro. Que o homem dispunha de très poderes han-nônicos: o gênio, a memória e a vontade. Que a natureza operava sobre a etemidade e a imensidade movida pela onipotência. A sua concepção de Deus era: sabedoria, força e beleza. Tudo provinha da Lenda do Graal, a que os Templarios juntavam que, em política, a grandeza, a duração e a prosperidade das nações se baseavam em três aspectos primordiais: sabedoria, estabilidade e poder. O número três era iniciático e sagrado. O Triángulo encon-

trado no Templo de Jerusalem, tinha no centro a palavra YOD que signilîcava sua origem divina e que presidía os três rei-nos da natureza: o mineral, o vegetal e o animal.

Também o número cinco era sa-grado. O cinco encerra dois principios opostos e que afinal andam juntos e se completam: o da imperfeição e o da feli-cidade. O número cinco era consagrado a Juno porque representava a junçâo dos el-ementos masculino e feminino, o binário e o temário, morte e vida etema. Simboli-za a essência vital, a força dinâmica da natureza, a quintessência, o ar, o vento, o fogo, a água e a tena. As festas lunares greco-romanas eram realizadas de 5 em

5 anos. Os muçulmanos oravam 5 vez-es ao dia. Os primeiros Iivros do Velho Testamento eram cinco. Eram cinco os sentidos no homem; cinco dedos nos pés e nas mãos; cinco Iinhas na pauta musi-cal; cinco vogais; cinco lados a estrela Flamígera.

Da mesma forma 0 número sete era sagrado para os antigos Templarios. Sete eram as ciências que ensinavam nos graus iniciáticos: a gramática, a retórica, a lógica, a aritmética, a geometria, a música e a astronomia. Sete eram os sábios da Grêcia, sete dias da semana, sete anos de fertilidade no Egito sete de esterilidade, sete casais encerrados na Arca de Noé,

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sete pragas que assolaram o Egito, etc.Muitas doutrinas filosóiicas posteriores à Ordem afirmaram ter no Templo sua patemidade. Os Rosa-Cruzes, Maçons, Cátaros, Gibelinos, etc. No entanto, mu-danças estruturais definitivas, ressaltam o distanciamento dos Templários das outras Ordens. A Ordem do Templo conciliou dois aspectos essenciais àquele momento histórico. O lado exotérico, ligado à pro-teção dos peregrinos e lugares santos, profundamente cristão e o lado esotérico, responsável pela emancipação do espírito humano, pelo conhecimento, pela ciência e pela prática da solidariedade, visando um mundo mais perfeito.

As contrafações que surgiram após a era dos Templários podem ter se inspirado nos mesmos, imitado seus pre-ceitos, mas não eram mais a Ordem do Templo. A transmissão real da doutrina não se manteve. Com o dos Templários, chegou-se ao de um período da història.

CONCLUSÃO

Os Templários iniciaram o culto de um Gnosticismo eclético, que admitía e harmonizava os principios de várias re-ligiões, conciliando o politeísmo em sua essência com os mistérios mais profundos do Cristianismo. São instituidas regras in-iciáticas que se estendem por sete graus

- três elementares, três e um cabalístico, denominados: Adepto, Companheiro, Mestre Perfeito, Cavaleiro da Cruz, In-tendente da Cavema Sagrada, Cavaleiro do Oriente e Grande Pontífice da Mon-tanha Sagrada.A fé unida à ciência disce-mia a verdadeira da falsa doutrina: que acreditavam literalmente nas sagradas es-crituras, e gnósticos, aprofundando-Ihes o sentido interior, escondido, conhecendo a verdade inteira.

Acreditavam que após a morte, a alma liberta do involucro fisico ascendía a um plano superior, se sublimava e volta-va ao mundo para rever aqueles que Ihes eram simpáticos, segundo as Leis das afinidades. A alma era imorial.Há uma Iimitaçâo em se aproximar da saga dos Templarios, dentro de uma ótica profana, historicista, modema. A verdadeira com-preensão é possivel a partir da regressão no Tempo, ao se chegar ao entendimento das estruturas sociais, político e religio-sas da época.Partiam do princípio de que todas as religiões eram boas porque visa-vam o aperfeiçoamento moral, intelectual e material da humanidade.

Não consideravam Céus como expressão exclusiva de qualquer sistema religioso, mas comum a todos os siste-mas. O admitiam como um ser vingativo, infiexível ante as fraquezas humanas, mas

propenso ao perdão, símbolo da bondade e justiça.

Os Templários consideravam e figuravam nas suas cerimônias iniciáticas a compatibilidade da ciência com a essên-cia divina. Buscavam a perfeição humana - a retidão nas ações, o respeito pelos se-melhantes, o amor pela familia, piedade para com os enfermos e doçura para com as crianças. O sentido da moral era de enorme importância, já que a obtenção da felicidade celeste chegaria na medida em que se fosse justo, bom, valente na guerra e leal na paz.Os cánticos entoados em louvor à Divindade terminavam com este preceito: “Tudo que começa deve acabar, para recomeçar; tudo que nasce deve morrer para renascer.”

Sua prece ilustra sua grandeza: “Deus infinito que em nossos corações, que conheces os nossos pensamentos mais íntimos, que nos dá o livre arbitrio para que escolhamos entre a estrada do Bem e do Mal. Recebe minha prece e ilumina minha alma para que caia no erro, para que desagrade a vossa soberana vontade.Guia-me pelo caminho da virtude e fazei de mim um ser útil à Humanidade.”

Assim eram os Templários.

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A IMPORTÂNCIA DA RITUALÍSTICACom Erick Santos

Primeiramente agradecemos o Irmão Erick por atender ao pedido de nossa revista, desde já lhe parabenizamos pelo trabalho e dedicação com a Ordem e a frente da comissão de Ritual, Liturgia e Jóias, sabendo que sua nomeação foi fruto de trabalhos e estudos voltados para questões litúrgicas e ritualísticas de nossa e outras Ordens. Irmão Erick, de onde veio esse interesse pela Ritualística?

Curiosamente veio antes mesmo de iniciar na Ordem Demolay. Meu Avô é Maçon (iniciado no ano de 1967) e desde sempre soube transmitir para mim o melhor dos ensinamentos maçonicos (tanto acerca do Simbolismo como acerca dos princípios de Virtude).Em virtude disso, sempre tive interesse em questões que envolviam a Maçonaria e seu Simbolismo. Mesmo antes de estar na Ordem Demolay eu já havia tido contato (e lido) algumas obras de Maçons renomados. Ao iniciar na Ordem DeMolay isso foi reforçado e passei a focar mais no Simbolismo e (consequentemente) na Ritualística da Ordem - sem falar na história e nos mitos Templários, que também sempre foram de grande interesse.

De fato, passei a ser mais conhecido dentro da minha Região, após ter ocupado os Cargos de Presidente da Comissão de Ritu-alística (do Capítulo Imperial de Petrópolis, nº 470) e de Mestre Conselheiro. Por sempre ter dado palestras acerca desses temas, acabei sendo conhecido por essas questões, e acabei sendo, posteriormente, Mestre Conselheiro Estadual (aqui do RJ) e Secretário Estadual de Ritualística (do GCERJ). No entanto (e diferentemente da Maçonaria), não existem muitos livros sobre a Ordem De-molay. Muito menos bons materiais que especulem sobre seu Simbolismo e sua Ritualística, o que fez com que, quando assumi o cargo de Secretário Nacional de Cavalaria, ter desenvolvido um material sobre os Graus do IRCB, que ficaram conhecido como as “Monografias do Ilustre Rito da Cavalaria”, que é uma pequena Monografia sobre as especulações Histórias e Ritualísticas de cada Grau. Esse material acabou chegando as mãos do nosso atual GM, o Irmão Hugo Pinto Martins, que na época ainda era o Grande Mestre Nacional Adjunto, e que entrou em contato comigo - após termos nos conhecido pessoalmente, no Congresso Estadual do Rio de Janeiro - para falar das Comissões. Por fim, fui indicado para o cargo que ocupo atualmente, o de “Presidente da Grande Comissão de Ritual, Liturgia e Jóias”.

Como foi a experiência de liderar um Capítulo, sendo também, presidente da sua Comissão de Ritualística?

Foi bem Alinhado. Sei que não funciona assim mas, no mundo ideal, o Mestre Conselheiro conhece e sabe apresentar boas reflexões acerca da ritualística e do simbolismo da Ordem, não só apresentando as necessárias lições de virtude, como também, despertando nos Demolays a vontade de estudar mais.

Como você vê a contribuição das Congregações Ritualísticas para o desenvolvimento da Ritualística na Ordem DeMolay? E qual deve ser o ideal dessas Congregaçõoes?

Primeiramente fico muito feliz que elas estejam funcionando como deveria. A bem da verdade devo dizer que, depois da minha gestão como Mestre Conselheiro Estadual (quando as “congregações ritualísticas regionais” foram implantadas) elas não foram muito bem, porque, na minha gestão, eu acabei levando tudo sozinho, para que as congregações acontecessem.

Nessa atual gestão, o Mestre Conselheiro Estadual - Raphael Castro - montou um ótimo esquema para que as Congregações ac-onteçam sem que dependa, necessariamente, de uma pessoa específica para isso. Fiquei feliz com o resultado e isso ajuda muito a Ordem Demolay, no Estado, para as próximas gestões, já que o objetivo dessa Congregação é um espaço específico para discutir a história, a ritualística e a ideologia de nossa Ordem, sem que seja discutido problemas administrativos e “legislativos”, muito comum em nossos Congressos.

Nessa Gestão, como Presidente da Comissão de Ritual, Liturgia e Jóias, estamos tentando levar essa Congregação para os outros Estados da Ordem.

Na sua opinião, qual é a maior dificuldade para uma melhor prática da ritualística, na Ordem DeMolay?

Entender a importância dela. Se o Demolay enxerga a Ritualística como algo que ele precisa fazer, apenas para cumprir o “proto-colo”, e não acha que ela tem qualquer utilidade, não tem porque ele achar que existe a necessidade de aperfeiçoamento dela. Outra coisa curiosa, e que muitos CERTAMENTE vão discordar - e, por isso, já deixo bem claro que se trata de uma opinião bem particu-lar - é que tem “elogios de mais” para trabalhos que não estão bons. Nossos Rituais deveriam ser memorizados. Isso não só faz com que a cerimônia seja melhor absorvida, para os que a assistem, como também facilita para que o Irmão (que realiza a cerimonia) tenha consciência daquilo que ele faz e fala, durante as cerimonias.

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Nós podemos perceber estudos bem aprofundados quanto à Ritualística de outras Ordens Iniciáticas e mesmo a Maçonaria, mas o mesmo não acontece em relação à Ordem DeMolay. Você vê como prejudicial, a falta de conteúdo literário para a nossa Ordem?

Acho que a questão é que a Ordem Demolay é para jovens, o que faz com que poucos se interessem por produzir esses materiais. Além do fato, é claro, da Ordem ser bem nova no mundo. Nas obras literárias Maçonicas temos o aprofundamento de diversas questões. Dos mais “pragmáticos” aos mais “místicos”. Mas isso não quer dizer que os Maçons conheçam bem essas obras - mui-tos até criticam. Isso acaba desanimando os jovens a se interessarem menos por essa produção de conteúdo. Felizmente, desde as Congregações, e alguns materiais, desenvolvidos por mim e pelo Irmão Hugo Lima (atual Presidente da “Filiadas e Paralelas”) essa visão tem mudado.

Como foi a criação e implementação do Conteúdo Programático de Instrução Capitular, na Ordem?

Foi muito bem aceita pelos Capítulos. Em torno de 50% utilizou o material. Infelizmente, com o tempo (e as gestões se passando), foi diminuindo o hábito do uso. Provavelmente esse material (e os textos adicionais que foram escritos) se torne um livro sobre a Ordem.

E quais foram os resultados da criação desse trabalho?

Apresentar aos Demolays as diversas formas que eles tem de aproveitar o conhecimento de nossa Ordem. Muitos Demolays ainda usam, mesmo que não juntamente com o grupo, esse material como referência para auxiliar novos Irmãos Demolays e que tem um interesse por essas questões.

Frequentemente lidamos com afirmações do tipo “O bastão do Mestre-de-Cerimônias serve para purificar os membros do Capí-tulo”, como você interpreta afirmações desse tipo e qual o motivo dessas afirmações?

Por mais que não possa se dizer que o motivo desses materiais estarem lá, tem conotação metafísica, o conhecimento acerca das cor-rentes de pensamento que justificam essa ideia, são válidos. Uma coisa que sempre insisto é sobre CONHECER sem o “julgamento da verdade”. Você não precisa concordar com o Hinduísmo, o Xintoísmo ou o Espiritismo, mas não custa nada CONHECER a doutrina e a proposta dos mesmos.

Aproveito para indicar e convidar os Demolays do RJ a entrarem na “Lista Nacional de Ritualística do SCODB”, onde temos um ótimo espaço para debatermos essas questões.

Quais materiais você aconselha para o estudo de nossa Ordem?

Isso vai variar muito de Demolay para Demolay. No começo eu acreditava que era importante termos listas para indicação de mate-rial, mas hoje vejo que as possibilidades são tão grandes, para interesses tão distintos, que não vale a pena apontar sem conhecer bem o Demolay que está pedindo esse auxílio. Seja com relação a Simbologia ou a Filosofia da Ordem, diversos tipos de livros podem ser recomendados para isso.

Na sua opinião, quais são as maiores dificuldades de um Capítulo e qual dica você deixa para os DeMolays que estão por vir e que buscam estruturar uma ritualística melhor nos seus Capítulos? Façam (e saibam) corretamente as questões Litúrgicas. Com relação aos conhecimentos “extras”, estruture o que você achar melhor, segundo a identidade do seu Capítulo. E, esteja aberto para novos conhecimentos que você não tenha ainda relacionado com a Ordem.

O entrevistado:

O Irmão Erick Santos é Ex-Mestre Con-selheiro do Capítulo Imperial de Petrópo-lis, tendo ocupado outros cargos como Mestre Conselheiro Estadual do Rio de Janeiro, Secretário Nacional de Cava-laria durante sua jornada como DeMolay. Hoje, o Irmão Erick se encontra como Presidente da Grande Comissão de Ritual, Liturgia e Jóias do SCODB.

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S Coluna “Perspectiva”

Coluna “História & Ciência”

Antes de tudo, é necessário que se faça uma confissão: a Ordem DeMo-lay representou, para mim, a primeira es-sência do que é ser humano. Vou além: aos doze anos, com um peito inflamado e coração sem jeito, ouvi pela primeira vez as palavras que são os alicerces das min-has idéias e ações.

Contudo, de todas, algumas pou-

cas me atingiram no peito, como tiros sem dispersão alguma, que se alojam nas entranhas e não se podem mais tirar. São elas: liberdade intelectual, liberdade civil e companheirismo. Tanto foi assim que vou escrever sobre dois pontos nevrálgi-cos na nossa Ordem: política e sociedade – discussões sempre presentes na minha rotina.

Essa tentativa de introduzir um

debate mais sério dentro dos Capítulos é antiga. Entretanto, o ímpeto se restringia ao meu próprio círculo, ou, no máximo, a poucos irmãos de outras cidades. Tenho

alguns motivos para insistir: o Demolay se propõe a participar intensamente dos debates sociais e a agir para um bem de todos.

Porém, dentro da Ordem, falta o

arcabouço teórico indispensável à ação política. Em nosso Estado, o último en-contro para esse tipo de ação – a nível es-tadual – foi em situação de calamidade, a saber, as chuvas da Região Serrana. Mas nem nesse momento houve um debate grande acerca dos problemas políticos e sociais gerados: apenas uma ajuda pontu-al, de grande importância em curto prazo, porém quase nula quando se pensa em um longo tempo. Isso acontece justamente porque, mesmo nos considerando uma es-cola de líderes, não temos estrutura – nem material, nem teórica - suficiente para pensar (e agir) social e politicamente.

É essa discussão que pretendo

inserir. Explico os valores citados: esses debates só surtirão efeito se as balas este-

jam alojadas nas nossas entranhas, e que as feridas - necessárias e benignas - por elas deixadas cubram todo o corpo do Demolay, para que a chama do compan-heirismo e o baluarte libertário estejam sempre presentes nos passos precisos da Ordem.

Quão ampla é a Ordem DeMolay? Quais as possíveis referências e a que caminhos nos levam? A prática moral, a História e a Ciência sempre estiveram presentes nas Ordens Iniciáticas que prezam pela evolução e aprimoramento humano, são a materialização da “Ciên-cia Espiritual”.

A “Ciência” de que falamos não é nada além do estudo da Natureza em sua essência, a denominada “Ciência Oc-ulta”, ou a “Arte” dos antigos Alquimis-tas medievais, ou seja, o estudo da Na-tureza, suas relações com o Universo e o Homem. Os Elementos, a Mitologia, a Psicologia, a Kabbalah compõem esse estudo interior e apresentam por meio de analogias, as chaves das relações uni-versais, pois, como dito por Hermes em

sua tão conhecida Tábua Esmeraldina:

“Tudo que está em cima é como o que está em baixo.”

A História vem intimamente li-gada ao desenvolvimento humano e suas relações com a Ciência se farão presentes, completando o ciclo de artigos que virão a fazer parte das páginas futuras da re-vista DeMolay RJ. Assim, atravessare-mos as areias onde foram contruídos os Templos do Antigo Egito, os Templários, que nunca poderão faltar e mesmo os dias atuais, reflexos das ações passadas, além de muitos outros assuntos.

Em torno disso começaremos nossas publicações a partir da próxima edição, esperamos que gostem!

O Ir. Gabriel Gorini, Ex-Mestre Conselheiro do Capítulo Obreiros do Século XXI - Teresóp-olis, e hoje, cursa graduação em Ciências Sócias na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O Ir. Marcel Ximenes é ex-Mestre Consel-heiro do Capítulo Imperial de Petrópolis, nº 470, membro da Grande Comissão de Ritual, Liturgia e Jóias e estudante de Publicidade e Propaganda na Universidade Estácio de Sá.

HISTÓRIA & CIÊNCIA

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“Essa Ordem nos ensina muitas belas lições”, lembra nossa Cerimônia das Luzes, e esses meses, quando temos vivido intensamente a Ordem DeMolay, compartilhado momentos fantásticos em meio a grandes amigos e irmãos, quando testemunhamos nossa Ordem crescer. Tenho cada vez mais a certeza: ser De-Molay é um modo de vida.

DeMolay é aquele jovem que ama seus pais e respeita os mais velhos. Se um jovem levanta no ônibus para ceder o lu-gar para alguém mais idoso, suspeite, ele talvez seja DeMolay. Ele é preocupado com o mundo a nossa volta, mesmo em uma sociedade cada vez mais individual-ista. E mais, um DeMolay é aquele para quem se olha, e pode reconhecê-lo como irmão.

Muitas vezes nos vemos em vol-to de preocupações, exalto com alguns problemas, conciliar responsabilidades DeMolay e nossa vida, por vezes, torna-se um desafio. Contudo, visitar um Capí-tulo, conhecer um novo DeMolay, ser reconhecido como irmão e sentir-se bem-vindo, mesmo á quilômetros de distância de nossa casa, saber que podemos contar não apenas com um, mas com inúmeros jovens com quem estamos ombro a om-bro, isso, apenas na Ordem DeMolay.

Por isso, o Companheirismo “centro das nossas sete velas” sempre haverá de ser aquela que mais brilhará, pormostrar aq-uilo de maior grandiosidade que possuí-mos: o sentimento de Irmão.

Esses ensinamentos fantásticos que aprendemos dentro da nossa Ordem, devemos interiorizá-los, colocá-los em prática no nosso dia a dia, devemos ser “DeMolays para a vida”. E cada Capí-tulo visitado e cada DeMolay com quem conversamos, propagamos a mensagem que devemos vivenciar nossa Ordem, nossos ensinamentos e nosso compan-heirismo em todos os momentos da nossa vida, e tornar esses dias, anos, dentro dos nossos Capítulos, ao lado dos nossos irmãos, os mais fantásticos das nossas vidas.

DeMolays para a vida! “ ”

“A felicidade reside em quem sabe desfrutar de cada momento da vida. Valorize seus desejos, cultive seus sonhos, busque seus objetivos. Quando acreditamos que merecemos, tudo é possível!” Tati Bernardi

Raphael Castro,Mestre Conselheiro Estadual