Revista Desktop 126

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Ano XXII - Edição 126 Revista Desktop MERCADO DE PAPEL Mares calmos? Qual a situação do mercado papeleiro no Brasil? PHOTOSHOP Aprenda a criar o ambiente de um universo pirata com as dicas de AC Espilotro! FACFORM Conheça a FacForm, uma das gráficas mais premiadas do Brasil Ano XXII - Edição 126 - R$ 12,90 CONHEÇA AS MUDANÇAS QUE ESTÃO CRIANDO UM NOVO NEGÓCIO PARA AS EDITORAS ATRAVÉS DA IMPRESSÃO DIGITAL BAIXAS TIRAGENS MEDIA PARTNER LIVROS EM

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Revista Desktop 126, a sua revista de artes gráficas. Agora, totalmente disponível para leitura no Issuu! Nesta edição: Baixas Tiragens: conheça as mudanças que estão criando um novo negócio para as editoras através da impressão digital; Pequenos detalhes, grandes diferenças, por Alexandre Keese; Marcelo Lopes destaca o programa de rádio Living Design.

Transcript of Revista Desktop 126

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Ano X

XII -

Edi

ção 1

26Re

vista

Des

ktop

MERCADO DE PAPEL

Mares calmos? Qual a situação do mercado papeleiro no Brasil?

PHOTOSHOP

Aprenda a criar o ambiente de um universo pirata com as dicas de AC Espilotro!

FACFORM

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Ano X

XII -

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13 a 16 de março de 2013Expo Center Norte | Pavilhão Azul

São Paulo | Brasil

ORGANIZAÇÃO:

ASSOCIAÇÕES:

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ExpoPrint Digital:

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Relevância

Dados Variáveis

Impressão Sob Demanda

Baixas Tiragens

Grandes Formatos

Web-to-Print

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Soluções de

Acabamento

Embalagens

Rótulos

Digital Publishing

Softwares

O calendário de eventos latino-americano acaba de

receber uma nova feira: ExpoPrint Digital, que nasce

da parceria entre a Digital Image & Print e a ExpoPrint.

Uma grande notícia para o mercado.

Os fornecedores ganham um evento mais focado

em impressão digital, de grandes formatos a dados

variáveis, com um público altamente pro! ssional.

Os empresários compradores ganham um lugar para

encontrar as melhores marcas reunidas, com

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13 a 16 de março de 2013Expo Center Norte | Pavilhão Azul

São Paulo | Brasil

ORGANIZAÇÃO:

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Mala-Direta de Alta

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Baixas Tiragens

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O calendário de eventos latino-americano acaba de

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EDITORIAL Paulo Stucchi Editor da Revista Desktop

TUTORIAIS: a Desktop apresenta para você os ícones que ilustram a revista e facilitam sua leitura. Conheça mais sobre eles ao lado. Divirta-se e boa leitura.

Di!culdade de execução dos tutoriais: fácil, médio e difícil, respectivamente.

Ícones de Download, Tempo de execução dos tutoriais e Matérias que vão para web, respectivamente.15m

DIA DO GRÁFICO

Os imigrantes europeus, sobretudo os italianos, mudaram a cara do Sul/Sudeste do Brasil no !nal do século XIX. Talvez São Paulo tenha sido a cidade que mais sentiu essa in"uência. Comida, expressões, festas. E, também, a indústria, comércio e os movimentos populares.Foi a partir de um movimento popular que se instituiu o Dia do Grá!co, comemo-rado no último 7 de fevereiro. A data relembra uma grande greve de pro!ssionais grá!cos ocorrida em São Paulo em 1923. De lá para cá, muita coisa mudou. A indústria grá!ca brasileira se modernizou, sobretudo a partir da década de 90 do século XX, e, hoje, nosso mercado é disputado por todas as maiores fabricantes de tecnologia grá!ca do mundo, cujos negócios na Europa Ocidental e EUA estão estagnados.Temos, ainda, algumas entidades representativas de maior importância no contexto latino-americano. A Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Grá!ca) foi e continua sendo uma das maiores responsáveis pelo suporte dado ao mercado grá!co nacio-nal; junto dela, surgiram outras associações que representam nichos desse segmen-to, entre elas, a Afeigraf, que realiza desde 2006 a ExpoPrint Latin America, maior feira grá!ca da América Latina e uma das cinco maiores feiras grá!cas do mundo.Hoje, são quase 20 mil grá!cas operando em todo o país, muitas delas, vencendo prêmios internacionais e levando nossa criatividade a outras nações. um exemplo bem ilustrativo é o da FacForm, que mereceu uma matéria especial nesta edição. Além de vários Pinis, a grá!ca pernambucana também faturou três Prêmios Sappi, um dos mais conceituados do mundo.E, falando em indústria grá!ca, impossível deixar de lado as aceleradas mudanças pelas quais esse segmento vem passando nos últimos anos. Na matéria de capa, você !cará por dentro do mercado de livros em baixas tiragens, e, também saberá como a indústria papeleira tem lidado com o avanço da eletrônica na comunicação.Então, vire a página e curta mais esta edição conosco.

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EXPEDIENTE / ÍNDICE

A REVISTA DESKTOP É UMA DRUPA MEDIA PARTNER E TRARÁ ARTIGOS TÉCNICOS DA FEIRA EM SUAS PÁGINAS.

DESKTOP PUBLISHING EDITORIAL LTDA.Rua Madre Maria Basília, 237 - 13300-003 - Itu - SP Tel.: 11 4013-7979 - Fax: 11 4013-7977E-mail [email protected] - www.dtp.com.br

DIRETORIsmael Guarnelli - [email protected]

EDITOR CHEFEPaulo Stucchi - MTB 029182 - [email protected]

CONSELHO EDITORIALAnderson Goes, Bruno Schrappe, Carlos Pinheiro Júnior, Carlos Samila, Claudio Gaeta, Eduardo Pereira, Fernando Maia, Ismar Miranda, Jorge Gasula Mir, Luiz Seman, Márcio Ribeiro, Nazareth Darakdjian, Osvaldo Cristo, Paulo Amaral, Salvador Sindona, Rafael Sanchez, Wilson Vieira.

PROJETO GRÁFICOZeh.Design

DIAGRAMAÇÃO E ARTEJean-Frédéric Pluvinage - [email protected]

TRATAMENTO DE IMAGEMFelipe Zacharias - [email protected]

ILUSTRADORGetulino Pacheco - [email protected]

WEBGuilherme Keese - [email protected]

COLABORADORESAndré Lopes, Bruno Cialone, Bruno Mortara, Clovis Castanho, Demósthenes Galvão, Fernando Mayer, Fabio Mortara, Flávio de Andrade Costa, Irineu Jr., José Donizete de Melo, Luíz Seman, Marcelo Copetti, Marcelo Lopes, Marcos Araújo, Mario Navarro, Pedro Bueno, Ricardo Minoru, Ricardo Polito, Tonie R. V. Pereira, Rolf Hinrichs, Vitor Vicentini, Wilson Caldana.

INTERNACIONAISJack Davis - USAHelder Generoso - Austrália

DIRETOR COMERCIALIsmael Guarnelli - [email protected]

DIRETORA FINANCEIRAVivian Stipp - [email protected]

COORDENAÇÃO DE EVENTOSSandra Keese - [email protected]

CURSOS E EVENTOSCláudia Menezes - [email protected]

ASSINATURASMariana Camargo - (11) 4013-7979 [email protected]

[email protected]

IMPRESSÃO E TIRAGEMIGIL 11 4813-869621.000 exemplares

PERIODICIDADE BIMESTRALEdição nº 126, fevereiro/março - Ano XXII - ISSN 1806-6240

IMAGENSAs imagens utilizadas em tutoriais são de total responsabilidade de seus autores

08

1810

22

28

32

44

64

76

MERCADO

NORMATIZAÇÃO

OPINIÃO

FIQUE DE OLHO

34

70

CRIATIVO

por Irineu De Carli Jr.

por Vitor Vicentini.

PHOTOSHOP PRO

por Alexandre Keese.

por Kauê Luz e Leonardo Luz.

DESIGN

Living Design, que completou dois anos de vida e é apresentado pela publicitária Mônica Barbosa.

WORKFLOW

simpli!ca a aprovação remota e reduz custos.

NO PAPEL

editorial, seus desa!os e as possibilidades fornecidas pelos livros em baixas tiragens.

TOQUE FINAL

destaca o acabamento 2.0 e as tendências que irão aparecer na Drupa 2012.

DICAS & TRUQUES

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COLABORADORES

ALEXANDRE KEESEUm dos principais especialistas em Photoshop na América Latina, é consultor, criador do Grupo PhotoPro, organizador do Photoshop Conference.

MARCELO LOPESDesigner premiado nacional e internacionalmente, é diretor da empresa Merchan-design e atual diretor de projetos da ADP- Associação dos Designers de Produto.

OSVALDO CRISTOHá vinte anos na indústria grá!ca, trabalhou na Auto-Grá!ca, na Heidelberg do Brasil e, atualmente, atua na Hewlett-Packard como Gerente de Pré-vendas para impressoras de alto desempenho na América Latina.

ANDRÉ LOPESExperiente especialista em "uxos de pré-impressão e aplicativos grá!cos. Também ministra consultorias sobre ferramentas de prepress.

LEONARDO LUZFotógrafo consagrado no Brasil, com prêmios nacionais e internacionais. Está à frente do Estúdio Luz, um dos maiores do interior de São Paulo.

FABIO MORTARAPresidente do Sindigraf São Paulo, Abigraf Nacional e da PaperExpress, uma das empresas pioneiras em Impressão Digital no Brasil.

MARCELO COPETTIDiretor da Easycolor e colaborador da Desktop. Especializou-se em "uxos de controle de cores e calibração de dispositivos em ambiente grá!co.

AC ESPILOTROFormado em Comunicação Visual pelo Mackenzie, Espilotro especializou-se no uso criativo do Photoshop. Atualmente, trabalha na área de Design e Criação e é um dos diretores da A2 Publicidade.

KAUÊ LUZFormado em Publicidade, Kauê é especialista em tratamento de imagens e pós-produção com o Photoshop. Dirige o Estúdio Luz e, também, sua empresa, a Estúdio de Imagem.

JEAN PLUVINAGEDiagramador da Revista Desktop. Autor, junto com Ricardo Minoru, do primeiro livro no Brasil e no mundo sobre criação de revistas digitais para iPad e outros tablets.

RICARDO MINORUConhecido especialista em aplicativos grá!cos, Ricardo Minoru realiza consultorias em grá!cas e editoras. É autor de diversos livros sobre softwares grá!cos.

GETULINO PACHECOIlustrador que iniciou seu trabalho usando técnicas de pintura tradicionais, especializou-se em arte vetorial e, hoje, ministra cursos de Illustrator e também é ilustrador da Revista Desktop.

HAMILTON TERNIConsultor grá!co há mais de 35 anos e diretor da AN – Agência de Negócios. É criador, coordenador técnico e professor de Gestão Estratégica do curso de Pós-Graduação Gestão Inovadora da Empresa Grá!ca na Escola Senai Theobaldo De Nigris.

VINÍCIUS AMARALFormado pelo Senai em Artes Grá!cas e especialista em Pré-impressão, Sistemas Web e pós-graduado em Gerenciamento de Projetos pela FGV. É autor do DVD InDesign & XML e consultor e desenvolvedor de projetos de diagramação automatizada.

VITOR VICENTINIConsultor e especialista em softwares de pré-impressão. Vitor é autor de livros na área e consultor da Adobe em InDesign. Escreve periodicamente para a Revista Desktop com dicas sobre InDesign.

BRUNO MORTARAReconhecidamente um dos maiores técnicos e conhecedores de processos grá!cos do Brasil. Também é diretor da empresa Prata da Casa.

MARCIO NEGHERBONVencedor do Adrenalina Pura em 2007, Marcio trabalha no birô de imagens Meca, da grá!ca Impresul de Porto Alegre (RS).

IRINEU DE CARLI JRConsultor Pro!ssional Apple Macintosh, trabalha com a plataforma há mais de 20 anos, atendendo empresas e particulares em todo Brasil.

Page 7: Revista Desktop 126

Hoje as gráficas precisam equilibrar suas ações para atender tanto às pequenas tiragens quanto aos impressos mais complexos. Isto exige flexibilidade no acerto. Com a combinação de sistemas digitais e offset você estará preparado para realizar qualquer tipo de trabalho. Nosso portfólio possibilita o melhor dos dois mundos, oferecendo em um único fornecedor todas as soluções que você precisa.

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Page 8: Revista Desktop 126

FIQUE DE OLHO

JORGE SUÁREZ É ANUNCIADO COMO DIRETOR DE VENDAS DA NELA PARA AL E CARIBEJorge Suárez foi anunciado nesta semana como o novo diretor de vendas da NELA para as regiões da América Latina e Caribe. Colombiano, Suárez faz parte da equipe da NELA na região há sete anos e meio, e tem atuado na região latino-americana desde então, sempre na abertu-ra de novos mercados.“Estou muito grato por terem me concedido esse novo desa!o e ajudar na expansão da NELA na região latino--americana e nos mercados do Caribe”, disse Suárez.

FERROSTAAL ANUNCIA NOVA DIRETORIAForam anunciados Fábio Lobo como novo diretor-pre-sidente da companhia, e Richard Möller, que era res-ponsável pela área de rotativas, como o novo diretor--geral de operação para o segmento de máquinas.Os anúncios de Richard e Fábio fazem parte de uma série de reestruturações internas da Ferrostaal. Segun-do Fábio Lobo, executivo que fez carreira na empresa, com atuações no Brasil e em países da América do Sul, como Peru e Chile, o objetivo é adaptar-se ao cenário atual do mercado, já que boa parte da estrutura ainda era remanescente da antiga Intergrá!ca.Para Richard, outro executivo que construiu uma sólida carreira na Ferrostaal (possui 13 anos de trabalho na empresa), o objetivo é tornar a empresa mais ágil, enxuta e dinâmica. Contudo, segundo Richard, o mer-cado grá!co não sentirá alterações no que se refere ao atendimento, suporte e parceria com as tradicionais re-presentadas da Ferrostaal no Brasil. “O que haverá, sim, é um estreitamento ainda maior de nossas parcerias, e a busca por parceiros sólidos em áreas que ainda não atuamos”, frisou Richard.Mario Barcelos, que até então atuava como presidente da Ferrostaal, passa a se dedicar ao trabalho da compa-nhia que se refere à comercialização da Ryobi nos EUA.A Ferrostaal continuará, segundo a!rmação dos executivos, a comercializar no Brasil as marcas que já se tornaram consagradas no país, como Ryobi, TKS, Manugraph, Kolbus e Horizon.(11) 5522-5999

AKAD LANÇA IMPRESSORA SEIKO COLORPAINTER W-54S PARA GRANDES FORMATOSA Akad, que representa marcas consagradas do segmen-to de impressão em grandes formatos para comunica-ção visual, anunciou o lançamento no Brasil da impres-sora Seiko ColorPainter W-54S. Voltada ao segmento de grandes formatos, a impressora possui qualidade fotográ!ca, pode ser usada para pro-dução de painéis em backlights, tem tecnologia solvente e largura útil de 1,37 metro. A velocidade está estimada em 16 m2/hora e a resolução máxima é de 900x900 dpi. Outro destaque é a tecnologia DDP (Impressão Dinâ-mica de Pontos) para produzir jatos de três tamanhos diferentes de gotas, o que possibilita à impressora im-primir em altas velocidades, sem perda de densidade, maximizando a qualidade de impressão.Além disso, a impressora conta também com o ino-vador sistema “Smart Pass Technology 3”, que otimiza a colocação dos pontos e seu alinhamento, passada a passada, possibilitando a redução de bandings nas impressões, sem perder a produtividade.www.akad.com.br

Fábio Lobo (E), e Richard Möller (D)

Impressora Seiko ColorPainter W-54S para grandes formatos

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RICOH BRASIL INCORPORA INFOPRINTO Grupo Ricoh anunciou que, a partir do dia 1º de janeiro de 2012, a InfoPrint Solutions Company se tornou o!cialmente uma subsidiária integral da Ricoh Brasil.As duas empresas iniciaram o processo de joint venture mundialmente em junho de 2007. Desde maio de 2011, algumas unidades e subsidiárias da Ricoh na América Latina já anunciaram a incorporação total e, agora, chegou a vez do Brasil. O grande objetivo da junção das duas empresas no país é tornar-se uma companhia ainda mais forte no mercado nacio-nal, complementando e agregando todos os serviços e soluções que a Ricoh oferece aos seus clientes brasileiros.A partir de agora, com a incorporação, a Ricoh Brasil irá crescer ainda mais no país, dobrando de tamanho em 2012. O quadro de funcioná-rios da companhia irá aumentar para cerca de 450 e a empresa passará a ter também outra !lial brasileira. Além da sede do Rio de Janeiro, a Ricoh terá também, a partir do início do próximo ano, um escritório em São Paulo. A expectativa da companhia é que o faturamento da Ricoh no Brasil também dobre para o próximo ano. O grande objetivo da empresa é aumentar sua atuação no mercado nacional e também aumentar ainda mais o seu market share brasileiro.De acordo com o presidente da Ricoh Brasil, Diego Imperio, a integração com a InfoPrint expandirá ainda mais a capacidade da empresa em satis-fazer as exigências dos clientes. “A Ricoh irá agregar mais um know-how de uma empresa líder no segmento de formulário contínuo, além de trazer para si uma cultura de serviço da IBM. Dessa forma, nós ofereceremos um serviço ainda mais amplo, além de suporte e soluções técnicas ainda mais superiores aos nossos clientes”, destaca Imperio.A InfoPrint Solutions foi criada com base nos 50 anos de experiência da IBM no segmento de impressão de produção e na excelência da Ricoh em soluções e inovações tecnológicas. A empresa também é especia-lizada no fornecimento e implementação de fábricas automáticas de documentos, em marketing documental de precisão, além de soluções de impressão e hardwares especializados.www.ricoh.com.br

São, literalmente, centenas de dicas de Photoshop espalhadas por 25 capítulos, ilustradas com imagens surpreendentes, daquelas que provocam e fazem a imaginação viajar e, juntas, ultrapassam 3 horas de puro conhecimento, destacando-se como o treinamento ideal para aqueles que desejam se tornar Experts em Photoshop!

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MILTON FETTER É ANUNCIADO DIRETOR COMERCIALMilton Fetter, que desde 2005 ocupava o cargo de gerente-geral da IBF nos EUA e assessoria de vice-presidência, gerência de marketing e exportações, foi anunciado como novo diretor comercial do departamen-to Graphix da IBF. O departamento é responsável pelas soluções grá!cas da companhia brasileira – única fabricante chapas e chapas digitais da América Latina.www.ibf.com.br

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MERCADO

KODAK ENCERRA 2011 CELEBRANDO RECORDES, PRÊMIOS E CRESCIMENTO NO NORDESTEPrimeiro lugar em market share na região Nordeste, Kodak termina 2011 com instalação de uma NexPress SE 2500 na Provisual de Recife.Sem dúvida alguma, 2011 será um ano para se lembrar e comemorar na divisão de artes grá!cas da Kodak. Isto porque a empresa atingiu marcas inéditas, cresceu em mercados emergentes, e aumentou a penetração em segmentos cuja presença não era tão grande até então.Foi assim no segmento de jornais, no qual anunciou, neste segundo semestre, a parceria com dois dos maio-res jornais da região Norte: O Diário do Pará e O Liberal, ambos na área de pré-impressão. Ainda na região Norte/Nordeste do país, a Kodak apresentou um expressivo crescimento, consolidando-se como líder no market share na área de pré-impressão (CtP e chapa).Ainda no !nal de 2011, a empresa anunciou a instalação de mais uma Kodak NexPress, desta vez, na Provisual de Recife (PE), grá!ca tradicional que atua em toda a região Nordeste desde 1995. Para celebrar, a Provisual, em parceria com a Kodak, realizaram no dia 19 de dezem-bro um evento no salão do hotel Golden Tulip (Recife) no qual receberam diretores de agências e diretores de criação e propaganda para apresentar as possibili-dades de criação e impressão da NexPress. Estiveram presentes José Gomes e Antonio Serpa, diretores da Provisual, Maurício Carlini, gerente de produto da Kodak para impressão digital no Cone Sul, Luiz Felipe Cunha, especialista de produto para a área digital da Kodak, e Laércio Teixeira, gerente de contas regional para o Norte e Nordeste da Kodak.www.kodak.com.br

RICARDO KARBAGE É O NOVO PRESIDENTE DA XEROX NO BRASILRicardo Karbage é o novo presidente da Xerox do Brasil, uma das mais importantes subsidiárias da Xerox Corpo-ration. Ao longo de mais de 20 anos de carreira na Xerox, Karbage atuou em diferentes atividades comerciais, de marketing e gestão até integrar o comitê executivo da operação brasileira como diretor executivo de marketing e posteriormente diretor executivo para sistemas de produção grá!ca e impressão de grande porte, e diretor executivo de serviços.Depois de atuar por dois anos como presidente da Xerox Chile, Ricardo Karbage volta ao Brasil com o desa!o de inaugurar uma nova etapa na trajetória de crescimento da operação brasileira. Em sua nova função, Karbage substitui o israelense Yo-ram Levanon, que agora assume a presidência da divisão geográ!ca da Xerox para a Europa Central, Leste Euro-peu, Turquia e Israel. À frente da Xerox Brasil, Karbage será responsável pela gestão da estratégia da empresa e suas unidades de negócio em todo o território nacional, supervisão da operação comercial para todo o portifólio de produtos e serviços, marketing, suporte e relações com clientes da subsidiária brasileira.www.xerox.com.br

Kodak NexPress obtém sucesso no Nordeste, sendo inclusive instalada na grá!ca Provisual, de Recife

COMERCIAL BOA VISTA INOVA ACOMPANHANDO O CRESCIMENTO NO NORDESTENão é segredo para ninguém no segmento grá!co que o Nordeste é uma das regiões que mais cresce em oportu-nidade e tecnologia. Assim como ocorre na maioria dos

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Revista DESKTOP 11

METRICS EXPANDE EXPORTAÇÃO PARA 9 PAÍSES DA AMÉRICA LATINAA Metrics Sistemas de Informação, empresa brasileira, re-ferência em tecnologias de gestão para os setores grá!co e de embalagem, encerrou o exercício de 2011 com um crescimento total de 27%. A empresa é a única no Brasil a exportar software de gestão para as indústrias grá!ca e de embalagem e único fornecedor desta tecnologia em alguns países da Região.Ao longo de 2011, a Metrics expandiu sua presença na América Central e num total de 9 países da América Latina (além do Brasil), região onde a empresa atua através de sua !lial no México. Nos países da América Latina, a Me-trics ampliou em 38% a sua base de clientes internacionais no último ano, representando uma das mais altas taxas de crescimento na região ao longo dos últimos anos.Além de registrar crescimento nas vendas, a Metrics co-memorou em 2011 a conquista de clientes em El Salvador e Bolívia. A empresa avançou também no Equador, onde já fornecia software de gestão integrada para as líderes nos segmentos promocional e editorial do país: as empre-sas Grupo Grá!co ABAD e a indústria grá!ca Mariscal.www.metrics.com.br

Equipe da Comercial Boa Vista

ramos de atividade, as empresas buscam os mercados emergentes, e entre eles, o Brasil, para crescerem com novos negócios. Internamente no Brasil, regiões como o Nordeste são as que apresentam maiores oportunidades de crescimento, com a chegada de novas indústrias e desenvolvimento – o que inclui a indústria grá!ca.Considerada por muitos a capital do Nordeste e cidade mais industrializada da região, Recife (PE) possui grá!cas de excelência, algumas delas, vencedoras de importan-tes prêmios grá!cos nacionais e internacionais.Mesmo que as fabricantes e suas !liais não possuam escritórios centrais na região, o crescimento da região nordeste fez com que essas companhias multinacionais dinamizassem seus negócios da região através de suas representadas e canais de distribuição. Entre esses ca-nais, merece destaque a Comercial Boa Vista, que possui escritório em Recife, !lial na Bahia, e novo e amplo depó-sito em João Pessoa (PB), construído para acompanhar o crescimento no número de parcerias que a Boa Vista acumulou nos últimos anos. Além disso, conta ainda com salas de treinamento, equipe de atendimento, ven-da e distribuição para atender estrategicamente a maior parte da região nordestina.A Comercial Boa Vista hoje representa para a região as tec-nologias Kodak entre soluções digitais para pré-impressão e matrizes de impressão o#set digitais. E os laços entre Ko-dak e Boa Vista tendem a crescer em 2012, com a expan-são das instalações de impressão digital na região, novos clientes na área de consumíveis e, acima de tudo, as pers-pectivas de negócios geradas pela Drupa 2012. Além da Kodak, a Comercial Boa Vista representa empresas-líderes no segmento, tais como Flint Group, Suzano, International Paper, Bignardi, Epson, 3M, Scrity entre outras.Criada por Carlos e Gustavo Araujo, a Comercial Boa Vista atua no mercado há 12 anos. Inicialmente, foi criada com o objetivo de fornecer tecnologia grá!ca para a região nordeste. Porém, hoje, a situação é bem diferente de há 12 anos. “O mercado tornou-se mais exigente, nosso segmento se pro!ssionalizou. Aqui, tínhamos um proble-ma grave com o grá!co que não ligava para qualidade e pro!ssionalismo. Isso melhorou. E, com clientes mais exi-gentes, temos que trabalhar para atender a essa exigên-cia. A Boa Vista procura parceiros e fornecedores, com condições e capacidade de treinamento e busca sempre focar nos melhores do mercado”, disse Carlos Araujo.

Ainda segundo Carlos, o per!l pro!ssional da Boa Vista é muito positivo. “Não há em nossa região um revendedor com os parceiros e bandeiras que temos. O que há de melhor no mercado, oferecemos ao cliente. Quando eles pensam num produto de ponta, ele sabe que pode encontrar com a gente e vimos na Kodak a única em-presa do mercado com a oferta e portifólio de soluções gra!cas que pode realmente agregar valor ao negócio grá!co. Por isso, estamos bastantes otimistas”, !naliza.

Page 12: Revista Desktop 126

MERCADO

AG BOOK, ALPHAGRAPHICS VÊ OPORTUNIDADES DO LIVRO SOB DEMANDAA AG Book, projeto de publicação de livros sob deman-da da Alphagraphics, está colhendo seus resultados. Desde que foi lançado, a ferramenta de publicação via Web (web-to-print) vem realizando o sonho de diversos autores em todo o Brasil.Para Rodrigo Abreu, diretor da rede Alphagraphics no Brasil, o mercado editorial está longe de uma crise. Mas, passa, sim, por mudanças importantes. “Creio que, como todo o mercado editorial mundial, está se adaptando e encontrando o caminho em volta a todas as mudanças e incertezas com relação ao formato atual. O que eu entendo é que ele está atrasado em alguns aspectos, se comparado a grandes mercados, como o dos EUA, e isto pode ter re"exo nos resultados a curto e médio prazo. É necessário se mexer rápido e aceitar as transformações que estão acontecendo. Não adianta insistir para todos os autores e mercados em um modelo de publicação que serve e atende poucos”, disse Rodrigo.Segundo ele, a impressão digital é peça-chave para a de-mocratização da produção literária no Brasil e no mundo, viabilizando projetos em baixas tiragens ou sob demanda, descentralizando a impressão (que pode ser demandada a partir de qualquer lugar), facilitando a atualização de con-teúdo e a reimpressão do mesmo, interatividade por meio

SOLUÇÕES DE VINCO MORGANA SÃO DESTAQUES NO ACABAMENTO DA IMAGEM DIGITALCom 17 anos de atuação no mercado promocional, comercial e transacional, a Imagem Digital é uma das principais empresas da capital paulista quando o assunto é investimento em tecnologia de impressão digital. Liderada pelo diretor Carlos Moreira, a empresa localizada na Avenida Consolação possui hoje a respei-tável marca de 140 funcionários, operando em três tur-nos (24 horas) para atender a demanda de serviços. Ou seja, para suprir a necessidade de alta produção, contar com soluções que permitam a entrada, gerenciamento e saída de trabalhos rapidamente, sem desperdícios ou contratempos é fundamental.“Pensamos em produtividade em todas as etapas. Desde a entrada dos trabalhos, para qual possuímos conexão Internet de alta velocidade, até a impressão e, também, o acabamento”, explica Carlos.A Imagem Digital possui um parque de impressão com-posto, hoje, por duas impressoras Xerox 1000 (coloridas), uma impressora P&B Xerox Nuvera 288, seis DocuTech, três impressoras Océ monocromáticas e, para impressos

de QR Codes, referências e URLs, e evitando desperdício de papel usado na impressão de livros que morrerão em estoques. Deixa-se de imprimir “à toa”, sem um destino !nal. Não há mais desperdício de papel e os livros sob demanda já têm um direcionamento !nal claro”, a!rma.www.agbook.com.br

Rodrigo Abreu aposta na impressão digital como forma de democratizar a publicação em baixas tiragens. Vincadeira Morgana instalada na Imagem Digital

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Revista DESKTOP 13

o#set, duas Printmaster modelos 52 e 74, da Heidelberg. Com toda essa tecnologia de impressão, como a grá!ca

“Pesquisamos algumas soluções que atendessem à nos-sa demanda e encontramos o parceiro ideal na Morga-na”, explica Carlos.A parceria entre a Morgana, cujos equipamentos são re-presentados pela Diginove há quase cinco anos no Brasil, e a Imagem Digital rendeu frutos. A grá!ca foi a primeira empresa no país a instalar uma vincadeira Morgana e, desde então, a parceria só cresceu.“Há equipamentos de vinco ou dobra, porém, nenhum deles tem a qualidade que as soluções de vinco da Mor-gana oferece”, explica Carlos. “Temos outros sistemas de dobra aqui na Imagem Digital, mas, mesmo assim, opta-mos por fazer o vinco na Morgana e, depois, o restante

do processo nos outros equipamentos”, acrescenta, justi!cando o fato de as vincadeiras da fabricante inglesa terem sido desenvolvidas especialmente para impressos digitais. “Para quem, como nós, está focado em qualida-de, não há outra alternativa.”Depois do investimento pioneiro numa Morgana Do-cuCreaser (que hoje opera em uma outra unidade da grá!ca, também em São Paulo), a Imagem Digital já in-vestiu em outros dois modelos: uma DigiCreaser formato 33 e uma AutoCreaser 50 para ter mais "exibilidade em outros formatos até 50cm.Entre os highlights dos equipamentos Morgana, Carlos destaca ainda o rápido tempo de acerto, fácil operação, baixa manutenção e qualidade do vinco. Hoje, cerca de 100 mil capas/mês são vincadas nos equipamentos.www.imagemdigital.com.br

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MERCADO

FESPA CHEGA AO BRASIL COM LANÇAMENTO DA FESPA BRASIL 2013

A FESPA está formando uma joint venture com a empresa brasileira de eventos APS, organizadora da ExpoPrint, o maior evento de artes grá!cas na América Latina. A primeira iniciativa dessa joint venture será o lançamento da FESPA Brasil ao lado da ExpoPrint Digital 2013, que irá ocorrer no Expo Center Norte, em São Paulo, de 13 a 16 de março de 2013.Ao realizar paralelamente a FESPA Brasil com a Expo-Print Digital 2013, o evento terá agora um foco duplo. A FESPA Brasil vai oferecer aos visitantes uma mostra abrangente das mais recentes inovações em impressão de grande formato (serigra!a, digital e têxtil), impres-são de vestuário, sinalização e sinalização digital. Já a ExpoPrint Digital continuará a fornecer uma visão geral da impressão transacional, mala direta, impressão de dados variáveis, publicação digital e impressão digital de rótulos e embalagens.A FESPA Brasil 2013 irá combinar uma exposição de alta qualidade consistente com eventos da FESPA em todo o mundo, com características educacionais fornecidas pela FESPA e adaptadas às necessidades especí!cas do mercado brasileiro. A joint venture entre FESPA e APS fornece para a FESPA 50% de propriedade da FESPA Brasil. A parte dos lucros da FESPA no evento será implantada no programa de reinvestimento mundial FESPA “pro!t-for-a-cause”, para bene!ciar a comunidade global de prestadores de servi-ços de impressão da FESPA.

Neil Felton, diretor-gerente de exposições e eventos da FESPA, explica: “O Brasil é reconhecido como uma das economias de mais rápido desenvolvimento do mundo, e a Copa e os Jogos Olímpicos vão fornecer um enorme impulso a este mercado já vibrante para impressão de grande formato.”“Avaliamos este mercado há vários anos, nos conectando com associações comerciais locais para compreender a oportunidade e a demanda por um evento FESPA. Nós sentimos que este modelo de parceria com um em-presário líder na região é o melhor, o que nos permite combinar o conhecimento de mercado e os contatos da APS com a nossa reconhecida competência global no fornecimento de experiências ricas em conteúdo sobre impressoras de grande formato para os visitantes.”A APS é a empresa organizadora da ExpoPrint, evento realizado a cada quatro anos em nome dos associados da Afeigraf. A ExpoPrint contou, em sua última edição, com mais de 35.000 visitantes. A APS também licencia a marca ExpoPrint para o evento ExpoPrint Digital, que ocorre com maior regularidade, a cada dois anos. Neil Felton continua: “A ExpoPrint é uma marca forte-mente estabelecida no Brasil, e estamos todos con!an-tes de que, pela realização paralela da FESPA Brasil com a ExpoPrint Digital, podemos oferecer aos visitantes regionais novas perspectivas. Sabemos que há um ape-tite forte no Brasil por conteúdo atraente, inspirador e educativo, o que é uma característica muito popular de nossos eventos em outras partes do mundo.“A chegada da FESPA no Brasil acompanha a história de sucesso da organização há cinco anos no México, onde assumiu um evento de comunicação visual estabelecido em 2008, que posteriormente teve um crescimento de 30% sob a marca FESPA Mexico.Alexandre Keese, diretor da APS, complementa: “O mercado vai !car surpreso com a qualidade da expo-sição e o conteúdo que a FESPA vai trazer ao Brasil. O visitante vai experimentar uma feira que traz, além de grandes soluções, um conhecimento que auxilia sua vida pro!ssional junto com conferências e outras ações que estamos planejando.”A joint venture entre FESPA e APS será dirigida por Neil Felton, diretor-gerente de exposições e eventos da FES-PA, e Alexandre Keese, diretor da APS.www.fespabrasil.com.br

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AF ANUNCIO KODAK TESTEMUNHAL REVISTA DESKTOP 21x28cm.pdf 1 1/30/12 3:07 PM

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Impressão Ecológica –mais do que Marketing O assunto da atualidade é ecologia. Companhias orgulham-see enfatizam ações com o apelo da sustentabilidade. Empresáriose consumidores estão mais conscientes e a maioria das pessoasjá tem noção da importância de preservar o meio ambiente.

Dentro de uma perspectiva empresarial, muitas

companhias desenvolvem ações de ecomarketing

para comercializar e impulsionar a venda de seus

produtos e esquecem da verdadeira intenção

em apoiar e incentivar ações ecológicas. O setor

gráfico tem plena consciência de que imprimir

sem agredir o meio ambiente é uma atitude

estratégica e rentável e muitos clientes das

gráficas já exigem do fornecedor uma postura que

minimiza os impactos na natureza.

A Heidelberg adota uma política há mais de 30

anos investindo em ações amigáveis ao meio

ambiente - as principais instalações da empresa

atendem às diretrizes do padrão internacional

ISO 14001:2004 e seus equipamentos trazem

inovações que permitem ao gráfico a economia de

energia, menos consumo de papel e insumos. Além

disso, a empresa estabelece medidas e documenta

metas ambientais. Quando se trata de soluções

abrangentes para impressos ecologicamente

corretos, a Heidelberg lidera no setor e centraliza

ações em três áreas:

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Eco News

Caso se interesse em receber gratuitamente a publicação HEI Eco – Soluções para Impressão Ecológica, ligue paraMartina Ekert, Marketing, fone 11 5525-4403ou pelo e-mail [email protected]

2 - considerando que o papel tem

90% do CO2 em um trabalho de impressão, produtos

Heidelberg ajudam na diminuição de perdas: alguns

exemplos são as ferramentas Prinect - que integram

todo o fluxo de trabalho de uma gráfica; a unidade

Anicolor de entintamento; a folhadeira transversal

CutStar para produção de papel no formato requerido;

sistemas espectrofotométricos para medição de cores e

sistemas em linha de inspeção de folhas para controle

de qualidade durante o processo de impressão.

Além disso, a Heidelberg oferece opções que

permitem diminuição do consumo de energia,

como por exemplo o CtP Suprasetter A52 / A75 e os

sistemas periféricos da linha Star, como a central

de suprimento de ar AirStar e o secador DryStar.

A fabricação de impressoras com carbono neutro

também é um importante fator que colabora com a

ecologia.

– possível por meio da

economia com produtos de lavagem utilizados em

nossos dispositivos automatizados de lavagem de

cilindro, blanquetas e contra-pressão. Economia de

pó antimaculante utilizado no sistema pulverizador

PowderStar AP 500, aumento da vida útil das soluções

de molha que podem ser filtradas com o FilterStar e

FilterStar Compact; através da redução de VOCs e de

ruídos em todas as peças das máquinas com abafador

absorvente de som.

– além do papel, a Heidelberg

minimiza outras formas de desperdício em todas as

áreas da produção com as chapas Saphira Chemfree

para o Suprasetter, menos tinta residual com o uso

do InkStar e desperdício de água com a utilização

do sistema de filtragem de duplo-estágio FilterStar e

FilterStar Compact.

A Heidelberg investe pesado em ações que beneficiam

o desenvolvimento sustentável e é pioneira na

criação de soluções eficazes com alta tecnologia.

Dessa forma, disponibiliza equipamentos e produtos

ecologicamente corretos de acordo com os padrões

exigidos pela indústria para proteção ambiental.

A linha Saphira foi criada para que os clientes

possam ter acesso a uma ampla e completa gama de

produtos de consumo cuidadosamente selecionados,

testados e aprovados para atender às necessidades

de cada gráfica na pré-impressão, impressão e

acabamento. A linha Saphira ECO possui chapas

Saphira Chemfree, tintas à base de óleo vegetal

e matéria de fonte renovável com a Bio Speed, a

linha de pó antimaculante à base de amido Saphira

antimaculante ZOWL e vernizes à base de água.

Em mais uma ação de conscientização do empresário

do setor, a Heidelberg lançou uma publicação

chamada HEI Eco – Soluções para Impressão Ecológica,

que mostra todas as ações desenvolvidas pela

empresa há anos, que ajudam ao gráfico obter uma

produção mais “verde”.

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Marcelo LopesDESIGN

VER O DESIGN

OUVINDO

NO DIA NACIONAL DO DESIGN, A COMEMORAÇÃO FOI TOTAL!

O PROGRAMA LIVING DESIGN, APRESENTADO PELA PUBLICITÁRIA MÔNICA BARBOSA,

COMPLETOU SEUS DOIS ANOS DE VIDA.

E MARCELO LOPES REVELA TUDO SOBRE ESSA PROGRAMAÇÃO ALTERNATIVA

DE VER O DESIGN OUVINDO!

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LIVING DESIGN NAS ONDAS DO RÁDIOPara quem é apaixonado por design, pode !car antena-

Hoje, já são mais de 100 mil ouvintes no boletim da manhã, às 8h, e mais de 150 mil ouvintes no boletim da tarde, às 15h40, da Alpha FM. Durante esse tempo, o Living Design já provou que é possível falar de maneira simples e descontraída sobre referências em design, ar-quitetura, arte e decoração, in"uenciando diretamente a qualidade de vida das pessoas, vencendo o tabu de que era impossível falar de assuntos tão “visuais” no rádio.Mônica Barbosa a!rma que a missão do Living Design é fazer com que a cultura do design e arquitetura seja incorporada pela comunidade e setores público e privado com o intuito de melhorar a qualidade de vida das pes-soas, garantindo o crescimento sustentável das cidades e promovendo o desenvolvimento estético do nosso país.Descolado, sem perder de vista o viés da utilidade pública, o programa leva informação de qualidade para mostrar que o design contribui – e muito – para a vida

Eduardo Leite, diretor de programação da rádio Alpha FM, conta por que decidiu apostar na ideia do programa. “A Mônica tinha uma ideia muito bem desenhada na cabeça e me mostrou a resposta para uma pergunta que a gente já se fazia aqui na rádio, que era ‘será que existe uma fatia de público para um programa que fala sobre

de sucesso um programa tão inovador como o Living Design. Com o programa, a rádio passou a ser percebida de uma forma boa e positiva por um público que até então desconhecia a Alpha”, a!rmou Leite.Mas o reconhecimento não vem apenas da emissora. Hoje, as principais instituições ligadas à arquitetura e ao design brasileiro também são parceiras do programa, como a Associação Brasileira dos Escritórios de Arqui-tetura (AsBEA), a Associação Brasileira de Designers de Interiores (ABD), a Associação dos Designers de Produto (ADP), a Associação Brasileira de Empresas de Design (Abedesign), o Instituto dos Arquitetos do Brasil – depar-tamento São Paulo (IAB-SP) e o Museu da Casa Brasileira, que é referência no Brasil e no exterior quando o assunto é o design do nosso país.

Carro smart do Living Design, inteiramente adesivado com o logo criado pela agência Motorstrategy - Neogama/BBH

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DESIGN É...

Design é estratégia e sentimento, técnica e emoção!João Raposo

Design é... realizar um projeto a partir do entendimento das necessidades dos seres humanos, dos sonhos ainda não realizados e do futuro sustentável que queremos ter.Elsie Quintaes Marchini Caloête

Design é.... criação com paixão e alma dos desejos e necessidades futuras, melhorando a nossa vida e o nosso meio ambiente.Peter Fassbender

Design é entender o passado, provocar o presente e antecipar o futuro para - combinando empatia, criatividade e racionalidade - satisfazer as necessidades do usuário, tornar a vida mais agradável viabilizando a relação entre produção, consumo e uso.Julio Bertola

Design é, nos dias de hoje, uma obrigação, não uma opção.Hécliton Santini Henriques

“Nossa parceria com o Living Design é consistente e, além de permitir uma ampla divulgação e acesso a um público novo pelo rádio, tem aumentado o alcance da programação do museu de forma que di!cilmente se-ria conseguida, visto que não temos previsão orçamen-tária para este !m”, disse Giancarlo Latorraca, diretor técnico do MCB.E as parceiras se estendem às empresas privadas. Como o Living Design acredita que o mundo necessita de um novo modelo de sustentabilidade, o programa !rmou um acordo com a Mercedes-Benz e circula pela cidade em um smart – veículo conhecido por ser compacto, ocupar menos espaço nas ruas e contribuir para uma melhor qualidade de vida. E o smart do Living Design é mais do que especial, e chama muito a atenção por onde passa, já que é inteiramente adesivado com o logo super colorido criado pela agência Motorstrategy - Neogama/BBH.

LIVING DESIGN PEGANDO OUTRAS ONDAS!O ano de 2011 foi cheio de conquistas para Mônica Barbosa. Além de estrear uma coluna no portal da revista Caras, o Living Design chegou ao Rio de Janeiro e, desde maio, é exibido duas vezes por dia na rádio SulAmérica Paradiso. O próximo passo, agora, é estrear em outras cidades brasileiras (Belo Horizonte é a próxima), e prepa-rar o terreno para a conversão do blog do programa em portal na Web. Passos grandes e bastante signi!cativos, que devem agregar ainda mais valor à missão de mostrar a todos o poder transformador do design, da arquitetura, da decoração e da arte.

FIQUE ANTENADO!Living Design na Alpha FM, às 8h e às 16h40 em São Paulo, às 13h20 e às 20h na Sulamérica Paradizo no Rio de [email protected]

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Bruno MortaraNORMATIZAÇÃO

OS PACOTES DE SOFTWARE PARA ECONOMIZAR TINTA NA HORA DA IMPRESSÃOBRUNO MORTARA REVELA ESTUDOS E CONCLUSÕES SOBRE SOFTWARES DE ECONOMIA DE TINTA

INTRODUÇÃONo !nal de 2010, a Idealliance, grupo de associações norte-americanas, criou um ensaio dos principais apli-cativos de pré-impressão dedicados a fazer separações de cores com o intuito de economizar tinta na hora da impressão. Para esclarecer o que é economia de cores, este artigo passará rapidamente pelos conceitos de GCR (Grey Component Replacement), UCR (Undercolor Remo-val), separação e re-separação, além de total de tintas ou TAC (Total Area Coverage). Após esses esclarecimentos, será possível examinar os resultados dos testes com os pacotes comercializados no mercado e entender sua e!cácia e a relevância do teste comparativo.

SEPARAÇÃO DE CORESToda vez que utilizamos algum processo de impressão, seja ele um processo analógico ou digital, utilizamos o modelo de cores CMYK, também conhecido como síntese subtrativa. Ele leva este nome pois cada uma das cores

CMYK (ciano, magenta, amarelo e preto) funciona como um !ltro de subtração parcial ou total dos componentes da luz incidente sobre o papel: vermelho, verde e azul (RGB). O ciano !ltra totalmente o vermelho, o magenta !ltra totalmente o verde e o amarelo !ltra totalmente o azul. Dessa maneira, construímos as cores impressas com percentuais de CMYK. O preto tem a função de dar mais profundidade às áreas escuras, além de sua produção e preço de mercado serem bem mais econômicos. Portan-to, todos os conteúdos impressos são feitos com percen-tuais de ciano, magenta, amarelo e preto.

UCR E GCRDurante o processo de separação de cores, há algu-mas estratégias de separação, uma vez que o sistema de cores CMYK tem uma característica singular que nenhum outro sistema possui: uma cor pode ser feita de diversas maneiras. Por exemplo, posso construir uma cor com 10% de ciano, 9% de magenta e 9% de amarelo ou

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posso obter a mesma cor, num certo processo teórico, com 5% de ciano, 4% de magenta, 4% de amarelo e 5% de preto. A geração do preto possui as estratégias de GCR ou UCR. Simpli!cadamente, o UCR retira quanti-dades de CMY de áreas escuras acromáticas (neutras) e substitui por preto. Já a estratégia GCR substitui quan-tidades de CMY de quaisquer áreas, cromáticas ou não, e substitui por preto. No passado, o UCR era a tecnolo-gia dominante e, hoje, o GCR predomina no mercado. Como, em geral, utilizamos per!s de cor para conversões de cores, não nos atentamos para a estratégia utilizada, mas nos per!s mais comuns, como o ISOcoated_v2_eci, a estratégia é um GCR médio.No GCR podemos substituir áreas de ciano, magenta e amarelo por seu correspondente em preto (sempre que estejam na proporção do balanço de grises). Essa substi-tuição pode ser fraca, média ou forte. Quanto mais forte, menor o total de tintas.

TAC – TOTAL DE TINTASO processo CMYK permite teoricamente uma cobertu-ra de tinta de até 400% (100% para cada cor – CMYK). Embora esse nível de tinta seja teoricamente possível, na prática, aplicar essa quantidade de tinta elevaria os custos absurdamente, assim como o decalque, o tempo de secagem e criaria muitos problemas de ajustes de impressão. A quantidade de tinta que um processo de impressão pode aceitar adequadamente depende dire-tamente do tipo de processo, da tinta e do substrato. Por essa razão, diferentes segmentos da indústria e grá!cas utilizam limites de tinta apropriados para o seu processo de impressão. O segmento de impressão rotativa de revistas, por exemplo, tem um total de tinta de 300%, en-quanto o promocional com papéis couché vai até 330%. O processo mais crítico é a impressão de jornais (coldset) onde o limite é de 240%. Os sistemas de pré-impressão, através de aplicativos de otimização de tinta, permite

reduzir a quantidade de tinta no arquivo de entrada para que o arquivo processado atenda às especi!cações acima, sem alterar a cor da imagem na saída impressa.

OTIMIZAÇÃO DE TINTAO principal benefício da otimização de tinta é a eco-nomia obtida na sua redução, sem compromisso da qualidade !nal. Em 2009, foi realizado um estudo de otimização de tinta pela norte-americana PIA que incluiu muitos dos fornecedores, sem identi!car os mesmos nos resultados. No estudo de 2010, apresentado na TAGA, pôde-se concluir que a utilização de otimizadores de tinta pode ser feita com segurança e reduzir o seu con-sumo em até 30%, o que reduz os custos de impressão substancialmente.O gerenciamento de cores com uma condição de impressão de referência é uma tecnologia que permite a otimização da tinta, uma vez que fornece uma descrição dos pontos de cor !nal. A maioria das soluções utilizam uma forma de mecanismo ICC ou per!l do tipo Device Link proprietário. O per!l do tipo Device Link é uma maneira de converter um espaço CMYK para outro (por exemplo de o#set rotativa para o#set plana) sem comprometer as cores puras primárias e secundárias, o que é fundamental. Preservar os elementos em preto puro (ou outras cores CMYK/RGB puras) é crucial para um sistema de otimização de tinta. O processo de conversão, muitas vezes chamado de re-separação, não deve introduzir anomalias em trap-ping, registro, overprints ou degradês.

EMPRESAS E PRODUTOS PARTICIPANTESA maioria dos fornecedores com produtos de economia de tinta existentes no mercado participou deste estudo e permitiu que seus dados fossem tornados públicos. A Figura 1 (no box da outra página) traz a lista dos fornece-dores que participaram do estudo, incluindo preços (em dólares e na época do estudo) e suas funcionalidades.

O PRINCIPAL BENEFÍCIO DA OTIMIZAÇÃO DE TINTA É A ECONOMIA OBTIDA NA SUA REDUÇÃO, SEM COMPROMISSO DA QUALIDADE FINAL

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DELTA E (2000)Em todo o estudo os produtos aparecem em ordem alfabética e nos grá!cos o primeiro elemento é o arquivo original sem modi!cação, seguido pelos fabricantes em ordem alfabética. O relatório usa a unidade de diferença de cores Delta E (2000). Ao compará-lo a outros estudos similares, em que se utilizou o Delta E 76 (ab), nota-se que o Delta E (2000) resulta, em média, em valores 50% inferiores. Assim, um valor de Delta E (ab) de 4,0 seria, em média, na faixa de DE (2000) = 2,0, quando calculado para um patch de mesma cor.

RESULTADOS DO ESTUDOEspera-se que este estudo possa mostrar aos usuários e fornecedores quais seriam os requisitos mais impor-tantes para o sucesso no uso de otimizadores de tinta, além de estimular a melhoria contínua nesta tecnologia em desenvolvimento. A intenção não foi a de classi!car ou identi!car as “melhores” tecnologias, mas descobrir o que se pode conseguir de melhor neste campo. O estudo da Idealliance procura nos ajudar a compreender os desa!os e oportunidades de economizadores de tinta no "uxo de trabalho de pré-impressão além de promo-ver o desenvolvimento de procedimentos em "uxo de trabalho com otimização de tinta.

ECONOMIA DE TINTAComo cada software de economia de tinta realiza uma re-separação do arquivo fornecido, há a oportunidade de reduzir a quantidade de tintas mais caras CMY por tinta mais barata preta. Essa é a alma do negócio. O sistema cria uma nova combinação de CMYK que produz visualmente a mesma cor impressa, mas com menor quantidade de tintas CMY. As outras vantagens do total de tintas menor são a diminuição do tempo de acerto, do tempo de secagem e melhor estabilidade durante a impressão. O estudo foca a redução de tinta, mas, também a precisão colorimétrica da re-separação em relação à separação no arquivo original. Portanto, a análise deve ser feita sempre

Segundo o estudo, “as diferenças na vida real depen-dem muito da tecnologia de reticulagem e do tipo de imagem dos gra!smos”. Um fator importante nesse tipo de análise é o preço relativo das tintas CMY em comparação à tinta preta. Para um verdadeiro estudo de ROI (retorno do investimento) é necessário conside-rar o diferencial de preço entre as tintas e a tiragem do trabalho. A diferença de custo no varejo de uma tinta preta em relação às tintas CMY é de 7 a 9 dólares por quilo para o#set rotativa e de 3 a 4 dólares por quilo para o#set plana. Muitos fornecedores oferecem, em-butida como função de seu software, ferramentas de ROI que geram relatórios gerenciais bastante valiosos para o gestor da grá!ca.Há outras vantagens em diminuir o total de tinta uti-lizado na impressão. É possível utilizar um papel mais leve para o trabalho, com o qual o tempo de secagem da folha de impressão é reduzido para que o trabalho possa ser impresso no verso ou acabado mais rapida-mente. Há redução de energia quando se usa um seca-dor nas rotativas. Assim, o cálculo do ROI pode incluir muitos fatores que não são imediatamente óbvios, mas, quando começamos a considerar ali as economias de custo de otimização de tinta, começamos a veri!car que há vários argumentos bem convincentes para a adoção desta tecnologia.A grande conclusão geral deste estudo é que os siste-mas disponíveis comercialmente são capazes de propor-cionar economia de tinta entre 17-30% em um ambiente de impressão típico.

ALTERAÇÕES DE COR NO ARQUIVO RE-SEPARADO EM DELTA E, SEM IMPRESSÃOUma suposição básica da economia de tinta é que as cores na separação resultante são as mesmas do arquivo original. Em outras palavras, cada fornecedor tem en-contrado uma nova combinação de CMYK para criar a mesma cor, resultando no uso de menos tinta. O estudo procura veri!car se isso provocou alguma alteração de cores, que seria um malefício colateral bastante nocivo.

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Economia de tinta (%)

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Participantes do estudo da Idealliance sobre otimizadores de tinta, de 2010

Fabricante/Sistema Preço (US$) Comentários País de origem

1 Agfa :Apogee InkSave $ 11.900Apogee InkSave para planas: US$ 11.900 e

rotativa: US$ 21.000Bélgica

2 Alwan CMYK Optimizer ECO $ 16.990Versões vão de US$ 7.800 a US$ 16.990

dependendo dos recursos e opçõesFrança

3 Beijing Founder EcoInk $ 9.500 - China

4 CGS ORIS INK SAVER $ 12.500 Contrato de serviço anual de US$ 1.500 Alemanha

5 FineEye ICEserver Litho $ 9.990FineEye MSRP com lançamento em abril de

2012, inclui um ano de suporteEUA

6 GMG InkOptimizer $ 12.500 GMG InkOptimizer - Versão o#set plana Alemanha

7KODAK COLORFLOW

Software Pro Work"ow edition

with Ink Optimization option

$ 23.000Preço para KODAK OVERFLOW Software Pro

Work"ow edition US$ 8.000 + Ink Optimiza-

tion US$ 15.000

EUA

8 MPX360 Colorserver $ 8.500Inclui conjunto de per!s Expert DLS Device

Link e suporte de 12 mesesReino Unido

9 OneVision PlugINKSAVEin $ 16.200 - Alemanha

10 ppi Media InkReduction $ 14.900Preço em 2010 sem instalação. Além desta

opção há a opção SAAS (software-as-a-

-service) e leasing

Alemanha

11 TGLC PerX Pro and PerfX DeviceLink Pro $ 10.500PerfX Pro Pro!ler: US$ 4.550; PerfX Device-

Link Pro com color control: US$ 5.950Canadá

Tabela mostra a economia de tinta (C + M + Y + K) em relação ao arquivo original

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Page 26: Revista Desktop 126

Para isso, foi impressa uma carta de cores IT8.7/4 a !m de comparar uma grande gama de cores do arquivo original com as mesmas re-separadas.A Figura 3 mostra o Delta E calculado antes e depois da otimização de tinta na carta de cores IT8.7/4, compa-rando apenas arquivo digital com arquivo digital, sem impressão. O processo passou por uma rasterização no Photoshop e uma comparação de cores posterior entre as imagens, com o método Delta E (2000). A Figura 4 mostra o Delta E em termos de média e 90 Percentil Delta E (2000), com base nos 1617 patches da carta de cores. O método de 90 Percentil é feito com o descarte dos 10% piores resultados, uma prática comum em procedimentos na ISO.

ALTERAÇÕES DE COR NO ARQUIVO RE-SEPARADO EM DELTA E, NA IMPRESSÃOEste teste indica que há um equilíbrio a ser alcançado entre a economia de tinta e a precisão colorimétrica. Os fabricantes podem eventualmente aumentar a econo-mia de tinta em detrimento da qualidade, por exemplo, em produtos menos exigentes como jornais. O estudo trouxe também a informação de que um grande núme-ro de patches da carta de cores, IT8, não foi afetado pela otimização de tinta. O estudo sugere que a partir das pequenas alterações em arquivos digitais, de acordo com a Figura 3, onde o Delta E !ca abaixo de 2,0 e

na maioria dos casos abaixo de 0,5, para a maioria das soluções avaliadas é esperado ver diferenças notáveis entre as imagens não-otimizadas e as otimizadas, em provas e nos impressos.Observa-se que durante a impressão as cores varia-ram dentro de Delta E 3,0 - em média - sendo que os pacotes da GMG e da Kodak se comportaram adequa-damente quanto à sua performance de !delidade de reprodução de cores. Essas variações são inerentes ao processo grá!co e dependem de controle de processo no momento dos testes.

CONCLUSÕESQuanto à comparação entre os fabricantes de softwares de economia de tinta, !ca claro que quando não há um compromisso com a qualidade !nal pode-se economi-zar mais, mas, se o produto ou cliente exigir qualidade máxima, alguns produtos serão mais indicados, além de terem uma performance ótima.A conclusão mais ampla desse estudo é que os sistemas disponíveis comercialmente são capazes de proporcio-nar economia de tinta entre 17-30% em um ambiente de impressão típico. Isso pode ser crucial para muitas empresas diminuírem custos sem perder qualidade e, assim, ganhar competitividade.Vamos imprimir bem e com menos [email protected]

OS SISTEMAS SÃO CAPAZES DE PROPORCIONAR ECONOMIA DE TINTA ENTRE 17 E 30%

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Page 27: Revista Desktop 126

Delta E medido entre arquivo original e arquivo convertido, sem impressão.

Delta E (medido na tarja) na impressão para cada fornecedor.A coluna azul é a média e a vermelha é o 90% Percentil. Observe que, neste grá!co, um número menor é melhor.

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Delta E na impressão o!set - leitura da tarja de controle

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Fabio Arruda MortaraOPINIÃO Presidente do Sindigraf - SP e da Abigraf Nacional

[email protected]

COMUNICAÇÃO IMPRESSA NA MIRA DO GREENWASHING

O combate ao “greenwashing”, ou patrulhamento ecoló-gico, em tradução livre, tornou-se uma das maiores ban-deiras da indústria grá!ca brasileira sob a liderança da Associação Brasileira da Indústria Grá!ca (Abigraf Nacio-nal). Não por acaso, foi a Abigraf Nacional a responsável por lançar, em meados de 2010, a campanha “Imprimir é dar vida”, iniciativa que mobilizou mais de duas dezenas de entidades ligadas à cadeia da comunicação impressa com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre o caráter sustentável do papel.Hoje, podemos perceber o resultado desse trabalho nas conversas com os colegas, empresários ou pro!s-sionais grá!cos, que reproduzem com desenvoltura informações sobre a produção de celulose no Brasil. Fora desses círculos, no entanto, a reação às tentativas de instrumentalizar a opinião pública contra os produtos grá!cos ainda engatinha. E aqui somos instados a fazer um parêntese relevante: a maioria absoluta das mensa-gens contra os impressos, deve-se dizer, não tem outro objetivo tático senão o de reduzir custos operacionais. Daí, para se justi!car os esforços, desenvolve-se uma estratégia de marketing que soe ecologicamente correta aos ouvidos incautos.Pois bem, mas como ia dizendo, nada disso é novidade para os colegas bem informados, como os leitores desta Desktop. A novidade, nesse caso, é que a discussão sobre a sustentabilidade do impresso tem extrapolado os limites do universo grá!co, e começa a chegar à sociedade como um todo. Dois fenômenos midiáticos recentes resumem bem essa tendência.Re!ro-me, em primeiro lugar, à campanha de um impor-tante banco nacional para convencer seus correntistas a abrir mão do recebimento de seus extratos impressos. Nela, o pai de um simpático bebezinho provoca gar-galhadas no !lho com o simples ato de rasgar papel. Em o", o narrador insinua que quem economiza papel “colabora com um mundo mais sustentável”. Não preciso dizer o quão equivocada está essa frase. O fato é que o comercial, nascido da apropriação de um “viral” com o

mesmo bebezinho simpático, teve milhares de acessos na Web. O que me pergunto é se tamanho sucesso deveu-se à mensagem do comercial ou às contagiantes risadinhas do pequeno. Deixo que você, caro leitor, tire suas próprias conclusões.O segundo evento midiático a abordar a indústria da comunicação impressa a partir da perspectiva da sus-tentabilidade mostra-se mais alvissareiro ao nosso setor. A informação mais relevante aqui é que, ao contrário do comercial do banco, trata-se de um fenômeno gerado por mídia espontânea, e não comercial, como no caso da propaganda do banco. Ou seja, um exemplo perfeito do velho embate entre jornalismo e publicidade. A boa notícia é que, neste caso, o jornalismo – prática baseada nos conceitos de ética, credibilidade e verdade factual – está do lado da indústria grá!ca.Explico: em sua edição de dezembro último, a revista Su-perinteressante (Editora Abril) publicou uma reportagem de capa na qual buscou desmisti!car alguns mitos criados pelo chamado marketing ambiental. Diz um dos trechos dedicados à indústria do papel: “No Brasil, a indústria de celulose emite 21 milhões de toneladas de CO2, mas as "orestas plantadas de pinus e eucalipto sequestram 64 milhões de toneladas de CO2. Ou seja, essa conta dá superávit – a plantação limpa mais do que polui”.O texto traz ainda uma série de outras informações favoráveis à comunicação impressa, e chancela jorna-listicamente o que temos defendido. Não podemos ignorar, no entanto, que quando setores mais poderosos economicamente querem comunicar algo, mesmo que inverídico, a elaboração de charmosas campanhas publicitárias e a compra de bons espaços na mídia não são exatamente um problema. Sem os mesmos recursos, devemos cada vez mais buscar informações sobre a sus-tentabilidade do impresso com o objetivo de mobilizar um número crescente de pessoas, preferencialmente de fora da indústria grá!ca, a encampar essas ideias. Pense

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Hamilton Terni CostaOPINIÃO

OS CAMINHOS DA IMPRESSÃO DIGITAL E OS DOCUMENTOS TRANSACIONAIS

Recentemente, duas pesquisas realizadas por consul-torias norte-americanas de renome - a InfoTrends e a PODi - trouxeram aspectos importantes sobre os rumos da utilização da impressão digital, por um lado, e as perspectivas do crescimento na utilização de documen-tos transacionais em formato digital, de outro. Vamos explorar isso.Em primeiro lugar, deve-se levar em conta que estamos falando sobre o mercado norte-americano, mas vale a pena a veri!cação até mesmo pelo impressionante volume de comunicação impressa que utiliza. De forma geral, as premissas levantadas podem, até certo ponto, ser extrapoladas para nosso mercado. Em segundo lugar, as duas consultorias são especialistas nessas áreas e possuem levantamentos diversos em nível global, em especial a InfoTrends, para a qual reali-zamos a maioria de suas pesquisas na América Latina. Da mesma forma, a PODi, com que já trabalhamos e

desenvolvemos sua operação na região, possui pesqui-sas que têm como foco principal o mercado dos EUA, mas também possuem referências globais de a!liados.Começando por aí. No início deste ano, a PODi co-mentou os resultados de sua pesquisa anual sobre caminhos que seus levantamentos apontam para o mercado de impressão digital. Os principais pontos que destaco, entre os mais de dez citados na pesquisa, são: a crescente agitação, no segmento de marketing direto, em torno do marketing de crossmedia, com a integração da mala direta, e-mail, mídia social, aparatos móveis etc; a questão da efetiva personalização das comunicações impressas que começa a ser adotada de forma mais abrangente pelo pessoal de marketing; a canalização da impressão de baixas tiragens através de sistemas web-to-print e a constatação de que os fornecedores de serviços grá!cos que não incorpora-rem esses sistemas em sua oferta de negócios terão

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Hamilton Terni Costa é diretor geral da ANconsulting, (www.ansconsulting.com.br), consultoria líder no mer-cado grá!co latino-americano em estratégia e desen-volvimento de negócios, com clientes no Brasil, outros países da América Latina e Estados Unidos. É também co-autor do livro "TransPromo - Oportunidades Mercadológicas em Documentos Transacionais" e um dos coordenadores do curso de Pós-Graduação Gestão Inova-dora da Empresa Grá!ca na Faculdade Senai Theobaldo De Nigris, onde ministra a matéria de Gestão Estratégica. [email protected]

desvantagens de venda; a adoção crescente, pelos editores de livros, da impressão digital, independente-mente dos ebooks, com a indicação de que boa parte do mercado de livros impressos será feita em rotativas inkjet em futuro próximo; e, por !m, os extratos de conta estão mudando para cor, mas, ao mesmo tempo, estão se tornando eletrônicos. Segundo a PODi, nos EUA, os volumes de impressão transacional declinarão signi!cantemente nos próximos cinco anos.Pois bem; nesse ponto, levanto uma pesquisa recente de InfoTrends denominada The Emergence of Digital Mailbox Services, algo como “O Crescimento dos Servi-ços de Correio Digital”, cujo objetivo foi o levantamento do impacto desse serviço no mercado de documentos transacionais pelo menos até 2015. Esse tipo de serviço entrega de forma digital documentos transacionais, em especial contas de cartões de crédito e outras, de forma organizada e planejada para o usuário !nal.Essa pesquisa mostra alguns aspectos interessantes. Pri-meiro que o mercado norte-americano de documentos transacionais é estável em seu número total projetado, ou seja, algo como 28,2 bilhões de documentos em 2010 para 29,2 bilhões em 2015.A diferença está na forma. A estimativa é que esse tipo de serviço eletrônico atinja 7% do mercado em 2015 representando, por outro lado, 19% de toda a entrega de cobrança em formato eletrônico. Esse serviço não somente apresenta maiores funcionalidades para os usuários como cria oportunidades adicionais de en-gajamento com o cliente, tendendo a acelerar a sua mudança do papel para os meios digitais. Isso !ca claro, no levantamento, quando se identi!ca uma projeção de crescimento até 2015 de 18,2% ao ano dos documentos transacionais em forma eletrônica e um decréscimo de 5,2% ao ano em formato papel, o que bate com a cons-tatação feita pela pesquisa da PODi.

Antes que soem todos os alarmes das impressoras, ressal-temos duas coisas relativas ao Brasil. Primeiro, o mercado brasileiro, pela incorporação de novos consumidores, tende a ter um crescimento bastante razoável da base de documentos transacionais e, segundo, apesar das massivas campanhas dos bancos para que os consumi-dores adotem os extratos online, há ainda um fantástico horizonte a ser explorado pelos marqueteiros na amplia-ção dos contatos e geração de diálogos com seus clientes através de mensagens relevantes devidamente impres-sas, com cores atrativas, em documentos transacionais. Documentos que ainda contam com maior credibilidade de seus correntistas. Se as mensagens forem relevantes a quem os recebe, o seu tempo despendido na leitura e sua resposta serão extremamente compensadoras. Em especial se forem embutidas de tecnologia crossmedia que permite medições de retorno em tempo real.Como o mercado nacional começa a instalar tecnolo-gias propícias a essas produções impressas será interes-sante ver como os grandes emissores de documentos transacionais no Brasil vão se portar. Esse sem, dúvida, será um dos temas debatidos no evento TransPromo Multicanal que será realizado em abril no espaço Mille-nium em São Paulo.

HÁ UM HORIZONTE A SER EXPLORADO NA AMPLIAÇÃO DE CONTATOS E GERAÇÃO DE DIÁLOGOS COM OS CLIENTES ATRAVÉS DE MENSAGENS RELEVANTES IMPRESSAS

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Ricardo Minoru HorieWORKFLOW

REMOTE DIRECTORUMA SOLUÇÃO QUE SIMPLIFICA A APROVAÇÃO REMOTA E REDUZ CUSTOS DE PRODUÇÃO E ENTREGA DE PROVAS DE LAYOUT, CONTEÚDO E DE CORES

O conceito de soft proof ou virtual proof prevê que as pro-vas sejam enviadas por meio de transmissão eletrônica e, prioritariamente, que sejam apenas visualizadas em tela.Os sistemas baseados nesse conceito oferecem uma visualização de prova com uma con!abilidade maior do que nos outros tipos de tecnologias analógicas, já que a promessa é que o que se visualiza num monitor, seja uma representação !dedigna do que se terá no produto !nal impresso.As soluções pro!ssionais de prova virtual são disponi-bilizadas de forma simultânea, e até então inédita, de modo que se possa oferecer aos clientes de uma grá!-ca, por exemplo, uma prova de layout, de conteúdo, de cor e de contrato a um custo acessível.

Uma dessas soluções é o Remote Director, comercia-lizada no Brasil pela Starlaser. Ele pode ser adquirido e implementado no "uxo produtivo de empresas grá!cas, independente do sistema de work"ow digital que possua.Tanto a administração quanto o uso pelos responsáveis pelas tarefas de aprovação são feitos por meio de navega-dores de Internet como o Firefox, Safari e Chrome.A empresa grá!ca faz o upload do arquivo (geralmente um arquivo PDF) para uma pasta exclusiva do cliente num servidor que pode ser acessado por meio da Inter-net, cria um log-in e uma senha, e os envia para o cliente junto com um link (endereço Web) para que este acesse o sistema de aprovação virtual.

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O cliente escolhe e abre os arquivos disponibilizados e, por meio das ferramentas de medição (porcentagens de cores), visualização (canais de cores ou camadas), zoom, anotações (post-its digitais) e marcação (cane-tas), pode avaliar o material e escrever recados para solicitar alterações e correções em áreas distintas das páginas. Assim que terminar o processo de revisão, o cliente pode aprovar integralmente, aprovar com alte-rações ou reprovar solicitando uma nova prova com as alterações realizadas.O responsável pela administração do "uxo de revisão/aprovação dentro da grá!ca receberá as solicitações de alteração ou aprovação por meio de e-mails, dispara-dos automaticamente.Ao contrário dos processos de aprovação analógicos, que demandam a produção e entrega das provas, a aprovação do cliente e a devolução das provas comen-tadas ou aprovadas para a grá!ca, que pode demorar horas ou dias (quando é necessário usar serviços dos Correios, FedEx etc), o procedimento virtual pode ser concluído em poucos minutos.A interface do Remote Director é um dos pontos fortes do produto em relação aos concorrentes, já que é bas-tante simpli!cada e intuitiva. As ferramentas e recursos de comentários, anotações e marcações remetem a itens convencionais que seriam usados para fazer as anota-ções por meios não-digitais se a revisão fosse feita sobre uma prova impressa.Como as anotações são feitas digitalmente, não há necessidade de decifrar as informações que o revisor escreveu à mão, nem muito menos redigitar os trechos novos no documento original (outro risco considerável de se gerar outros erros) já que se pode copiar os novos trechos e colar no aplicativo nativo.Outro diferencial é a possibilidade de alugá-lo, evitando, assim, dois investimentos iniciais necessários para solu-ções concorrentes: a compra do produto e a montagem ou implementação de uma estrutura de TI baseada num servidor Web onde os arquivos serão disponibilizados.

O Remote Director pode ser comercializado pelo regime Hosted (uso dos servidores de hospedagem da ICS) e o interessado paga uma mensalidade para usá-lo. Dessa for-ma, também não há necessidade do segundo investimen-to, já que os arquivos são enviados pela grá!ca e !carão acessíveis para os clientes a partir de um servidor nos EUA.É possível atribuir níveis de privilégios de aprovação diferentes para cada uma das pessoas responsáveis por um ciclo de aprovação. Um funcionário pode, por exem-plo, apenas ter o direito de fazer aprovações de layout, enquanto o diretor de arte pode fazer aprovações de cor. Todas as anotações e aprovações são permanentemente armazenadas em logs (relatórios) para oferecer pleno controle sobre as alterações solicitadas, assim como quem e quando as fez.Dependendo da necessidade tanto de quem aprova quanto da vontade ou política da grá!ca, o Remote Director pode ser con!gurado para permitir ou não o download dos arquivos PDF, impressão local ou criação de imagens em baixa ou alta resolução.Se o objetivo é fornecer uma prova virtual de conteúdo ou layout, qualquer monitor serve, desde que, é claro, a expectativa da pessoa que vai fazer a aprovação tam-bém esteja sob controle.Já para provas virtuais de cor/contrato, somente são ho-mologados modelos de monitor calibráveis fabricados pela Eizo e Apple. Nesses casos, o RD pode ser con!gu-rado para exigir que o monitor seja calibrado antes de cada sessão de aprovação virtual. Evidentemente, nada disso adianta se não houver um controle de luminosida-de no local onde o monitor está instalado.Outro item interessante é a capacidade de organizar as diversas versões de provas e também de compará--las para ter certeza de que as alterações tenham sido feitas. Isso pode ser feito por meio de diferenciação de cores nas áreas que sofreram alterações, mas também por meio de um recurso interno que cria uma anima-ção em Flash.www.starlaser.com.br

AS FERRAMENTAS E RECURSOS REMETEM A ITENS DE ANOTAÇÕES FEITAS POR MEIOS NÃO-DIGITAIS

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CRIATIVO Irineu De Carli Jr.

IBOOKS AUTHORA MAIS NOVA REVOLUÇÃO APPLE!

IRINEU DE CARLI JR REVELA AS NOVIDADES DA APPLE NO SEGMENTO DE LIVROS EDUCACIONAIS

No artigo anterior, homenageei o fundador da Apple, Steve Jobs, que nos deixou em outubro de 2011. Des-taquei o seu empreendedorismo e visão. Seu primeiro feito foi o lançamento do Apple I, em abril de 1976, pri-meiro conceito real de computador pessoal (PC), e logo seguido pelo Apple II, um sucesso mundial. Em seguida, veio a primeira revolução prática que abriu as portas da editoração eletrônica como a conhecemos hoje, através do lançamento do Macintosh em 1984, e que perdura até nossos dias. Muitas outras revoluções surgiram da cabeça de Steve: o iPod; o iPhone; o recentemente lançado iPad; o iCloud, entre outros. Steve Jobs tinha essa ambição de mudar o mundo de forma prática, e, até onde podemos ver, ele conseguiu.

Com sua morte, muitos projetos permaneceram inaca-bados, no entanto, a fantástica equipe atual da Apple com certeza saberá continuar seu legado de ideias e sonhos. O iBooks Author 1.0 é mais uma grande e revolu-cionária ideia de Steve Jobs.

SONHOJobs tinha um sonho educacional. Achava que quase tudo no mundo escolar era muito “chato”, monótono: livros, lousa etc. E tendo como fundamento o conceito de entretenimento básico do iPad, sonhou com aquilo que, no dia 19 de janeiro de 2012, se tornou realidade: o nascimento de!nitivo de uma nova etapa do ensino mundial: os livros educacionais interativos!

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E a ferramenta certa para elaborá-los é o mais novo aplicativo Apple, gratuito, denominado iBooks Author 1.0 (Autoração de iBooks).

Através do iBooks Author 1.0, qualquer pessoa de qual-quer lugar pode produzir livros-textos com multi-links, ou seja, pontos dinâmicos e interativos multi-touch, pontos

uma foto que se torna 3D, um !lme que comece a passar, uma galeria de fotos do mesmo assunto que se apresente, ou mesmo que remeta para outro lugar ou site. Mas o en-sino, como um todo, será revolucionado, pois !nalmente uma união completa entre livros de aprendizado e a Web irá acontecer, tornando tudo dinâmico e vivo.

CONCEITOO conceito do iBooks Author é muito simples. Ele trabalha com templates (modelos) em seis áreas gerais, seguindo padrões de estruturas que combinam com esses seis temas: botânica (estrutura básica); astronomia (estrutura contemporânea); álgebra elementar (estrutura moder-na); história da arte (estrutura clássica); ciência da terra (estrutura editorial); e entomologia (estrutura artesanal).

A forma de trabalhar do software é a mesma do pacote iWorks 2009 da Apple, composto pelos aplicativos Pages, Numbers e Keynote. Portanto, se você produz bem com esse pacote, vai conseguir produzir bem com o iBooks Author. É o início da publicação sem papel no mundo novo da educação digital.É engraçado que, enquanto grandes empresas de soft-wares de publicação e editoração eletrônica mundiais como a Adobe, com o InDesign dentro do pacote CS5.5, e o Quark com o QuarkXpress 9.2, entre outras, focaram em uma ação mais arrojada na publicação voltada ao iPad, a própria Apple veio em socorro do iPad e lançou esse exce-lente software de autoração gratuitamente para todos.

PROPÓSITOO principal propósito do iBooks Author é criar livros e apostilas didáticos e interativos para uso direto em iPads, e em apresentações para a classe toda através da tec-nologia AirPlay da Apple e o espelhamento numa HDTV local, ou mesmo em conjunto com uma Apple TV 2.0.

Note que isso já acontece em diversas escolas e univer-sidades americanas, e mesmo em algumas escolas de alto padrão em São Paulo, no nosso território nacional. Nessas escolas, quando os pais recebem a lista de mate-rial escolar, além dos itens caneta, borracha e papel, há também o iPad 2.

ESTRATÉGIAAté o momento, apenas o aplicativo iBooks 2, distribu-ído gratuitamente através do software iTunes 10.5.3 na iTunes Store, é capaz de ler os novos livros interativos na terminação .ibook. Dessa forma, existe um trâmite que, na minha opinião, engessa um pouco todo o conceito: após você criar aquela maravilhosa obra-prima literária interativa, você só poderá enviar seu livro para a iBooks-tore da Apple por meio de sua conta criada da iTunes Connect, com o auxílio do software utilitário gratuito Modelos de livros do iBooks Author

Novos iBooks educacionais interativos

Considerando o peso dos livros didáticos e sua dinâmica, eles apenas rodam no iPad 2, e no iPad 3 que já está chegando, em salas de aula onde cada aluno deverá ter seu iPad.

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iTunes Producer, que até o momento está na versão 2.5.1. Seu livro poderá ser disponibilizado debaixo de duas categorias: livros comerciais (para serem vendidos); ou livros gratuitos. A Apple de!niu alguns parâmetros: esse novo conceito de livro didático interativo não deve-rá ultrapassar o tamanho de 2 GB; e seu preço, caso seja um livro comercial, não poderá ultrapassar os 15 dólares. No entanto, já vemos alguns títulos sendo produzidos com quase 3 GB; e um pequeno livro interativo di!cil-mente !cará abaixo de 800 MB. Na minha opinião, esse sistema engessado que a Apple determinou prejudica a forma como poderíamos produzir, distribuir, e utilizar essa maravilha de livro didático interativo. Por que devo obrigatoriamente passar pela iBookstore para usar o

avulsa e independente. Deveria haver uma forma de colocar o livro criado dentro do iPad 2 e abrir com o iBooks 2, não como PDF, mas mantendo a beleza e a interatividade. Se a Apple lançasse o aplicativo iBooks 2 numa versão para Macintosh, qualquer professor ou pro-!ssional poderia criar projetos literários interativos locais e distribuir na classe para uso nos computadores Macin-tosh presentes e/ou iPads. A Apple poderia até mesmo licenciar isso tudo para podermos usar essa tecnologia

De qualquer forma, devemos lembrar que essa é a versão 1.0 do aplicativo, e que a Apple tem a excelente visão de mercado. Com certeza, saberá aprimorar tanto o seu pro-duto quanto sua estratégia do uso do iBooks Author 1.0.

ITUNES UNo mesmo dia em que disponibilizou o aplicativo iBooks Author 1.0 e iBooks 2.0, a Apple também dispo-nibilizou um novo aplicativo de acesso ao universo de ensino universitário, o iTunes U 1.0 (iTunes Acadêmico), para iPhone e iPad. Com isso, a Apple reforça ainda mais sua posição acadêmico-universitária de ensino, e traz uma ferramenta que torna o acesso a todo esse conteúdo mais fácil e interativo. Existem mais de 40 universidades e grupos de ensino de todo o mundo disponibilizando cursos gratuitos das mais diversas áre-as de formação universitária e de nível colegial. Univer-sidades como Biola, Cambridge, Harvard; MIT, MoMA; Oxford, Stanford; Berkeley, UCLA, Yale e mesmo grupos

e instituições como o Smithsonian e a Biblioteca do Congresso Americano, uma das maiores do mundo. Dessa forma, a Apple atinge outra área importante da educação: a educação online, ou do ensino à distância (EAD). A ideia da Apple é normatizar o ensino prático e interativo. E ela visa incentivar os professores a desen-volverem novos livros. Livros que serão criados com o iBooks Author 1.0, disponibilizados através da iBooks-tore e acessados no iPad 2 com os aplicativos iBooks 2 e iTunes U. Tudo isso dentro da sala de aula, tornando o ensino cada vez mais didático, interativo e participa-tivo. Com essas ferramentas, temos a apresentação do conceito de classe em todo lugar, a toda hora, sempre a sua disposição, quando você quiser aprender, com total integração e interatividade.A própria Apple diz aos estudantes: “O aplicativo iTunes U se integra ao iBooks 2, ao iCloud e a outros aplicativos, para tornar mais fácil aos estudantes !carem em dia com seus estudos. Por exemplo, os novos livros didáticos iBooks interativos e ainda outros livros de cada curso !-cam disponíveis diretamente através do aplicativo iTunes U, através do qual cada estudante pode tocar e começar um capítulo especí!co da matéria. As notas feitas nesses livros interativos dentro do iBooks 2.0 são reunidas para um revisão fácil posterior. Se uma das tarefas dadas pelo professor inclui assistir a um vídeo, basta tocar e este começará a passar. O iTunes U coordena e mantém atualizados documentos, notas, destaques e uma lista de favoritos através de múltiplos aparelhos Apple.”

Catálogo de apostilas disponíveis na iTunes U

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E ainda diz aos professores: “Elaborar um novo curso é

deseja e siga um tutorial passo a passo dentro do iTunes U Gerenciador de Cursos – um aplicativo Web acessível através do seu navegador preferido. Cada novo curso pode incluir provas, testes, tarefas, questionários e outros itens. O material do curso que você reunir será hospeda-do e disponibilizado pela Apple através do iCloud para qualquer um que vier a fazer esse novo curso de sua autoria. Você encontrará conteúdo útil para uso atra-vés de links na Internet, iBookstore, App Store e iTunes Store. Ou, ainda, através de mais de 500 mil recursos diferentes no iTunes U, incluindo áudio, vídeo, conteúdo de museus, universidades, instituições culturais e muito mais. Quando seu curso estiver pronto e preparado para ministração, é muito fácil distribuí-lo e torná-lo dispo-nível para qualquer um que esteja interessado em seu conteúdo, seja em sua classe local, na escola, ou para qualquer um no mundo todo.”Você encontra no iTunes U os seguintes materiais para a produção de cursos locais e online: material de áudio e vídeo; apresentações Keynote; diferentes tipos de docu-mentos; materiais no formato PDF; livros textos interativos para iPad; livros ePub; os mais variados aplicativos para seu iPhone, iPod Touch e iPad; e links de Web.É muito importante que, com a estreia da iTunes Store brasileira em dezembro de 2011, as diversas e excelentes universidades brasileiras disponibilizem o mais rápido possível material de qualidade com excelente conteúdo para o iTunes U no Brasil.

CONCLUSÃO

mudar e nos adaptar. A nova geração Z de nativos digitais está aí e são eles que irão moldar nosso mundo

daqui para frente. Eles nascem no mundo da Web com total acesso a e-mails, SMS, Facebook, Twitter, entre outros, como meios de comunicação social normal. Eles não sabem o que é uma carta escrita e mandada pelo correio. São multi-tarefados, multi-touch, multi--interligados, e, agora, serão multi-linkados através dos livros didáticos interativos nas salas de aula. É claro que a tecnologia é uma ferramenta, e que devemos estabe-lecer conteúdo de qualidade para utilizá-la sabiamente. A Apple, destacando o uso intenso de iPads na sala de aula, e de iPhones no dia a dia, aponta para algo que teremos de encarar num futuro não tão distante: o !m do papel. A digitalização, de mãos dadas com o movi-mento ecológico de sustentabilidade, aponta para o !m do papel de celulose das árvores, e nos impulsiona cada vez mais para o uso do papel digital. A!nal, quem diria que os supermercados iriam acabar com a utilização das

O controle remoto foi uma grande revolução para a hu-manidade. Agora, estamos no limiar do comando de voz. A Apple acaba de lançar o iPhone 4S com seu auxiliar interno de comando de voz, a Siri. Dizem que, neste ano, a Apple poderá lançar um televisor digital com o coman-do de voz Siri embutido nele. Hoje, usamos a busca do Google como um robô particular de busca de informa-ção, que com certeza será acionado por comando de voz em breve. Em 1983, a Apple lançou um pequeno vídeo intitulado “The Knowledge of the Navigator” (O conhecimento do navegador), onde ela já previa tudo isso. No entanto, o psicológico do ser humano sofre com toda essa aceleração do tempo. Então um mundo novo se revela para nós. Precisamos adquirir corações sábios e

A APPLE, DESTACANDO O USO DE IPADS NA SALA DE AULA, E DE IPHONES NO DIA A DIA, APONTA PARA ALGO QUE TEREMOS DE ENCARAR NUM FUTURO NÃO TÃO DISTANTE: O FIM DO PAPEL

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CRIATIVO Vitor Vicentini

PAINEL DE CONTROLE:

FERRAMENTAS OCULTASVITOR VICENTINI REVELA OS PRINCIPAIS ATALHOS OCULTOS NO PAINEL DE CONTROLE DO INDESIGN

Em um momento em todos estão sedentos por infor-mações sobre a produção de livros digitais, irei voltar ao básico. Escrevo sobre funcionalidades quase invisíveis e ignoradas. Funcionalidades que facilitam a produção. Não importa se é produção para livros que vão ser im-pressos ou que serão distribuídos em formato digital.A maioria dos usuários usa apenas uma pequena porcen-tagem das ferramentas e características de produção do InDesign. Usam o software em sua capacidade mínima, muitas vezes executando tarefas desnecessárias “de forma manual”, quando poderiam usar as ferramentas e funcio-nalidades disponíveis para executar essas tarefas.Um exemplo de características avançadas e muito pouco utilizadas são os atalhos de teclado. Os atalhos ajudam a economizar tempo e muitos cliques de mouse, dando acesso a janelas e ferramentas ocultas. Utilizar atalhos permite ativar imediatamente uma função que, feita com o auxílio do mouse, levaria mais tempo e com certeza muitos mais cliques.Nesta edição, falarei sobre uma forma de acesso rápido a várias janelas de con!guração e de tarefas que estão disponíveis bem na nossa frente e que a maioria dos usuários não conhece. Vou falar das características ocul-tas do Painel de Controle.Certamente você utiliza o Painel de Controle. Ele está lo-calizado no alto da janela do InDesign e permite, depen-dendo do objeto e da ferramenta que estejam selecio-nados, veri!car e alterar vários atributos de um objeto. A utilização apenas das funcionalidades que estão visíveis já torna o Painel de Controle uma ferramenta indispen-sável. Imagine, então, ter, diretamente a partir do painel, acesso a muito mais con!gurações, bastando para isso

FUNCIONALIDADES OCULTASA quantidade de ferramentas exibidas pelo painel de controle está ligada diretamente à resolução de seu monitor. Quanto maior a resolução, mais ferramentas e funcionalidades estarão disponíveis. A resolução mínima de monitor recomendada pela Adobe é 1024x768 pixels, mas uma resolução maior vai proporcionar mais espaço de trabalho e mais ferramentas.Se o Painel de Controle estiver oculto, vá para o menu Window > Control ou utilize o atalho Alt/Option + Control/Command + 6. Vá para o menu do Painel de Controle (a setinha no canto direito do painel) e selecione a opção Customize. Na janela Customize Control Panel, marque to-das as opções disponíveis. Isso habilitará todas as funcio-nalidades do painel. A exibição das ferramentas é depen-dente da resolução do monitor. Para ter certeza se todas as funcionalidades estão visíveis escolha a ferramenta de Seleção (setinha preta) e desmarque qualquer elemento da página. Isso deve deixar uma área cinza vazia no lado direito do painel. Se o seu painel !car totalmente preen-chido, pode signi!car que algumas funcionalidades estão ocultas. Se possível, aumente a resolução do monitor.

Selecione a ferramenta de texto, crie uma caixa, ou selecione texto em uma caixa já existente. Vá para a barra de ferramentas e clique no botão Character Formatting Controls, o “A” no canto superior esquerdo do painel.

01 CONFIGURAÇÃO DE TEXTO

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JUSTIFICAÇÃOPara abrir a janela Justi!cation que permite con!gurar o espaçamento entre letras, palavras e a escala dos glifos, pressione a tecla Alt/Option e clique sobre o botão Lea-ding (entrelinha).

CONTROLES AVANÇADOS DE TIPOGRAFIAPara abrir a janela de preferências Advance Type, pressio-ne a tecla Alt/Option e clique sobre um dos seguintes botões: Smal Caps, Superscript ou Subscript. Essa janela permite con!gurar as preferências de texto sobrescrito e subscrito e também o versal-versalete.

SUBLINHADO E RISCADOPara abrir as preferências de Underline e Strikethrought, pressione a tecla Alt/Option e clique sobre os botões Underline ou Strikethrought.

UNIDADES E MEDIDASPara abrir a janela de preferências para con!guração de unidades e medidas, pressione Alt/Option e clique sobre o botão Kerning.

CORES DE TEXTOPara abrir os painéis de con!guração de cor de texto e cor de contorno de texto, dê um duplo clique sobre os botões Fill (Preenchimento) e Stroke (Contorno).

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Com a ferramenta de texto, crie uma caixa, ou selecio-ne texto em uma caixa já existente. Vá para o Painel de Controle e clique sobre o botão Paragraph Formatting Controls, o ícone de parágrafo no canto superior esquer-do, embaixo do “A”.

PARÁGRAFOS COM CAPITULARES E COM ESTILOS ANINHADOSPressione Alt/Option e clique sobre os botões Drop Caps number of lines ou Drop caps one or more characters para abrir a janela de con!guração.

LISTAS NUMERADAS OU COM CARACTERES ESPECIAISPara abrir a janela Bullets and Numbering que permi-te con!gurar as listas numeradas ou com caracteres especiais e os recuos dessas listas, pressione Alt/Option e clique sobre os botões Bulleted List ou Numbered List.

LINHAS E GRADES DE BASE DE PÁGINAPressionando a tecla Alt/Option e clicando sobre os bo-tões Do not align to baseline grid ou Align to baseline grid, é aberta a janela de con!guração de linha de base e de grid de página.

02 CONFIGURAÇÃO DE TEXTO E PARÁGRAFO

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OPÇÕES DA CAIXA DE TEXTO.Para abrir a janela de con!guração de caixa de texto que permite alterar a quantidade de colunas, o espaço do texto com relação às bordas, a justi!cação vertical e as linhas de base da caixa de texto, pressione Alt/Option e clique sobre os botões Number of Columns ou Gutter.

TÍTULO EM ALTO DE COLUNAPara alterar as con!gurações automáticas de título em alto de coluna, pressione a tecla Alt/Option e clique sobre o botão Span Columns.

Com a ferramenta de seleção, selecione uma caixa grá!ca ou de texto. A pequena caixa formada de nove pontos que aparece no canto esquerdo do painel de

controle permite selecionar um ponto de referência para os ajustes aplicados em um objeto. Para selecionar um ponto, basta clicar sobre ele.

CONFIGURAÇÕES DE POSICIONAMENTOPressione a tecla Alt/Option e clique sobre o “X” ou o “Y” de localização no canto esquerdo do Painel de Con-trole para abrir a caixa de movimentação numérica de objetos. Insira os valores que deseja e clique em OK, para mover o objeto, ou em Copy para fazer uma cópia do objeto selecionado nas coordenadas determinadas.

PROPORÇÃO DO OBJETOPara alterar a escala de um objeto ou então para fazer uma cópia do objeto selecionado com as proporções determinadas numericamente, pressione a tecla Alt/Option e clique sobre os botões Scale X ou Scale Y para abrir a janela Scale.

03 CONFIGURAÇÃO DE CAIXAS GRÁFICAS

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ROTAÇÃO E INCLINAÇÃOPressione a tecla Alt/Option e clique sobre os botões Rotation Angle ou Shear Angle para abrir as janelas de con!guração de rotação e inclinação. Além de aplicar as con!gurações, também é possível fazer uma cópia do objeto selecionado.

CORES DO OBJETOPara abrir os painéis de con!guração de cor de objeto e cor de contorno de objeto, dê um duplo clique sobre os botões Fill (Preenchimento) e Stroke (Contorno).

EFEITOSPressione a tecla Alt/Option e clique sobre o botão Drop Shadow para abrir a janela de con!guração e aplicação de efeitos.

CONTORNO DE TEXTOPara abrir o painel Text Wrap e con!gurar o contorno de texto ao redor de um objeto, pressione a tecla Alt/Option e clique sobre um dos botões de Text Wrap no painel de controle.

[email protected]

CONFIGURAÇÕES DE CANTOSPressione a tecla Alt/Option e clique sobre o botão Corner Options para abrir a janela Corner Options que permite selecionar um tipo de canto para a caixa bem como o raio do efeito de canto que será aplicado. Essa janela permite con!gurar cada um dos quatro cantos de forma independentemente.

AJUSTES DE TAMANHOS DE IMAGENSPara abrir a janela de opções de ajuste automático de tamanho de imagens dentro de uma caixa grá!ca, pressione a tecla Alt/Option e clique sobre um os três primeiros (da esquerda para a direita) botões de ajustes de imagens. Além de con!gurar o tipo de ajuste, essa janela também permite determinar um tamanho para o recorte da borda da imagem que está aplicada.

MAIS ATALHOS.Os atalhos apresentados são apenas uma parte das centenas de atalhos que o InDesign possui. Eles facilitam muito o trabalho, mas não são totalmente documentados nos manuais. Portanto, sempre que estiver trabalhando, experimente. Pressione um conjunto de teclas e clique sobre os controles do software. Você poderá se surpreen-

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DTP2 28/7/11 11:27 Page 1

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NO PAPEL

NOVO LIVRO

AS TIRAGENS CAÍRAM.

PORÉM, NUNCA HOUVE TANTOS TÍTULOS, NACIONAIS E ESTRANGEIROS,

NAS PRATELEIRAS DAS LIVRARIAS E À VENDA PELAS LOJAS VIRTUAIS.

O LIVRO AINDA VIVE, E RESPIRA FORTE! DAS BAIXAS TIRAGENS ÀS NOVAS

POSSIBILIDADES DO LIVRO DIGITAL, VEJA O QUE AGUARDA O MERCADO

EDITORIAL EM CURTO PRAZO.

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O brasileiro lê mais. O povo semi-letrado e que desprezava o hábito de se deleitar com um bom livro até cerca de vinte anos atrás está mudando o per!l e, agora, dinamiza um novo mercado que faz com que livrarias apostem em novos best sellers, variem sua coleção de autores (qual “rato de livraria” nunca topou com romances bem-sucedidos provenientes de países até então alijados do círculo editorial brasileiro, como Suécia, Islândia, Dinamarca, Afeganistão, Irã, Chile, Japão,

leitores, desde aqueles que procuram por literaturas técnicas, até jovens, adolescentes, mulheres, degustadores de biogra-!as e outros. Ou seja, livros não são mais objetos de adoração de intelectu-ais, nem terreno para títulos predominantemente norte-ameri-canos ou europeus. Hoje, boas livrarias disponibilizam acervos ricos e variados.Se é assim, os livros no Brasil passaram a ser um bom negócio,

Caso contrário, por que redes, como Cultura, Laselva e Saraiva,

Bom, devemos ter prudência na resposta, apesar de, num pri-meiro impulso, tendermos a incorrer no erro de responder: Sim, livro tornou-se um ótimo negócio, o brasileiro lê mais, os títulos são variados, para todos os gostos, e o mercado está aquecido.Peralá. As coisas não são tão simples assim, principalmente para quem está do outro lado da cadeia, ou seja, para quem imprime os livros.Qualquer um com um mínimo de conhecimento da realida-de da indústria grá!ca sabe que as editoras estão rebolando para ajustarem seus orçamentos, diminuindo suas margens, revisando contratos de direitos autorais e, sobretudo, sofrendo, e muito, com a concorrência do livro eletrônico. Então, sendo assim, o mais prudente é analisar esse mercado sob várias ópticas. Somente assim se pode ter uma visão real-mente consistente do que está ocorrendo “além das pratelei-ras” e, talvez, realizar prognósticos, já que nos encontramos às vésperas de mais uma Drupa e, sendo assim, não há momento melhor para se fazer análises amplas de mercado.

LIVRO NO BRASILO brasileiro lê mais. Ponto. A mesma a!rmação que abre esta matéria é repetida aqui, porém, agora, com base em constata-ções. Segundo o Ministério da Cultura (Minc), o brasileiro está lendo cerca de 4,7 livros ao ano. Certo, ainda é baixo perto da realidade de outros países, incluindo alguns vizinhos, como Ar-gentina, Chile e Uruguai. Mas é uma melhora para um povo cujo hábito de leitura mal chegava a dois livros por ano. A pesquisa relatada pelo Minc data de 2008, ou seja, de lá para cá, com base no número crescente de títulos das livrarias (reais ou virtuais) essa taxa deve ter crescido. Por exemplo, entre 2000 e 2001, somente 49% da população era de leitores. O levantamento foi realizado pelo Instituto Pró-Livro e executada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) e coordenada pelo Observatório do Livro e da Leitura (OLL). Também se constatou que o hábito da leitura está decisiva-mente ligado ao grau da educação. O Sul é a região do Brasil onde mais se lê (5,5 livros ao ano), seguido do Sudeste (4,9). Outra pesquisa interessante (e importante) foi feita pela SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros). Nela, consta que o brasileiro está comprando mais livros. A pesquisa, que data de 2010, aponta um crescimento de 8,12% no faturamento do se-tor editorial daquele ano, que !cou na casa dos R$ 4,5 bilhões. A pesquisa foi realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE/USP) e divulgada em agosto de 2011. Cento e quarenta e uma editoras (do total de 750) participaram, tota-lizando 56% do universo do faturamento do setor. A pesquisa detectou, ainda, que o número de exemplares vendidos cresceu de 387.149.234, em 2009, para 437.945.286, em 2010. Em 2010, foram publicados 54.754 títulos, que representam um aumento de 24,97% em relação a 2009, sendo 18.712 títulos novos. Ou seja, o editor tem apostado no aumento da diversidade da oferta. O censo mostrou que das 498 editoras ativas, 231 são empresas com faturamento de até R$ 1 milhão.No Brasil, 43% do que é publicado no setor editorial é do seg-mento didático, o que signi!ca que, de um modo ou outro, o governo, que encomenda e licita esses livros, ainda é um cliente importante (para não dizer fundamental) para várias editoras.

NO BRASIL, 43% DO QUE É PUBLICADO NO SETOR EDITORIAL É DO SEGMENTO DIDÁTICO

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Carlo Carrenho, diretor-proprietário da Singular Digital, empre-sa do Grupo Ediouro, acredita que o mercado de leitores do Brasil tenha crescido pouco diante do potencial que esse mer-cado tem, mas não descarta a mudança pela qual o segmento editorial passa no Brasil.

“Esse mercado vive uma grande mudança, embora os números de vendas de livros não têm crescido muito, apenas um pouco acima da própria in"ação. Tudo indica que isso seja resultado de dois movimento antagônicos: o crescimento da classe C e, mesmo, da A/B, que traz novos leitores ao mercado, e a maior competição com outras formas de entretenimento, como games, celular, internet etc. O primeiro movimento favorece a venda de livros, o segundo, diminui”, explica Carrenho.Para Fabio Mortara, presidente da Abigraf Nacional, o crescimen-to da produção de livros no Brasil é um fato incontestável, sendo que o mercado editorial, em virtude desse comportamento, tem se tornado um dos motores da indústria grá!ca como um todo.“Entre todas as possibilidades abertas pela impressão digital, as que nos parecem mais relevantes para o mercado editorial são a de impressão sob demanda e de dados variáveis, que usam a versatilidade do processo digital para reduzir custos e persona-lizar as edições. Ou seja, além de imprimir as tiragens de acordo

com os pedidos para um determinado título, o editor pode produzir um mesmo livro com parte das informações variáveis sem custos extras”, disse.Os dados mais recentes da Abigraf, referentes a setembro de 2011, mostram que o segmento cresceu 14,1% nos nove primeiros meses do ano passado, frente a igual período de 2010. Já a indústria grá!ca como um todo cresceu 2,7% para a mesma base de comparação.Em relação às tiragens, dados da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, da Câmara Brasileira do Livro (CBL), mostram algumas oscilações na tiragem média do livros nos últimos quatro anos. Em um mercado total de livros crescente, em 2010, por exemplo, essa média foi de 8.700 exemplares por título editado. Em 2009, as tiragens foram, de fato, maiores: 9.160 exemplares. Um salto em relação a 2008, quando a tiragem mé-dia foi 6.655 exemplares por título. Já em 2007 as tiragens foram maiores: em média, 7.792 exemplares. “Com tantas oscilações nos últimos anos, não temos como aferir qual é a tendência. Mas o fato é que a indústria grá!ca brasileira deve parte do seu cres-cimento dos últimos anos ao segmento editorial”, diz Mortara.Dados recentes da Aner (Associação Nacional de Editores de Revistas), também mostram que as revistas impressas têm crescido em número de títulos e que o volume total de revistas impressas cresce substancialmente.“O segmento editorial (que é composto por livros, jornais, revis-tas, manuais e guias) deve fechar 2011 com uma produção de valor equivalente a R$ 9,07 bilhões, o que, se con!rmado, irá re-presentar 30,2% de toda a produção do setor grá!co nacional - que prevemos encerrar 2011 com uma produção de R$ 29,9 bilhões. Em termos comparativos, trata-se da segunda maior produção do setor grá!co nacional, perdendo apenas para o segmento de embalagens, que deve fechar 2011 com uma produção de R$ 11,81 bilhões, ou 39,4% da produção de todo o setor. Falamos em termos relativos porque ainda estamos trabalhando com as projeções feitas a partir dos resultados do terceiro trimestre de 2011, uma vez que a produção industrial de 2011 ainda não foi divulgada pelo IBGE”, diz Mortara.

Carlo Carrenho, diretor-proprietário da Singular Digital

O MERCADO EDITORIAL, COM O CRESCIMENTO DA PRODUÇÃO DE LIVROS, SE TORNOU UM DOS MOTORES DA INDÚSTRIA GRÁFICA

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NOVOS AUTORESO Brasil também vive um surto de novos autores. E aí entramos no primeiro tópico que, de algum modo, causa uma revolução na indústria editorial.Sim, é fato que os meios eletrônicos concorrem com o mercado editorial diretamente. Conteúdo produzido exclusivamente para os leitores digitais ou Internet arrebanham mais e mais leitores, sobretudo jovens, que já nasceram sob a cultura do digital.Novamente em 2011, o assunto foi pauta do encontro da ANJ (Associação Nacional de Jornais) e tende a se repetir por mais alguns anos em congressos dessa natureza. No segmento de livros, outro nicho do mercado editorial, não é diferente.Contudo, a impressão digital e o potencial que esta abre de im-primir tiragens ín!mas foi um acalento para o setor. Caso con-trário, ano a ano, cresceria exponencialmente a inviabilidade de se trabalhar com tiragens estrondosas, estoques abarrotados e encalhes enviados para a reciclagem.A impressão digital e a produção em baixas tiragens também abriram novas perspectivas de negócios para as editoras. Expli-co: culturalmente, no Brasil há duas realidades bem distintas: as mega-editoras, que trabalham com livros de vendagem ga-rantida e normalmente consagrados em seus países de origem. Nestas, é raro vermos um autor nacional sobressair. Existem alguns casos, claro, mas raramente eles são de novos autores que arriscam publicar seu primeiro título.Do outro lado, contudo, vemos o surgimento de várias editoras

Porque trabalhar em baixas tiragens permite isso.

Basta dar uma rápida busca no Google para veri!car o número de editoras que anunciam serviços de impressão sob demanda ou em baixas tiragens, a partir de 30 ou 50 exemplares.Essas editoras concentram-se na produção de livros sob demanda, em tiragens que variam de 100 a 500 exemplares, de autores iniciantes ou pessoas que escreveram um livro e querem vê-lo publicado. Obviamente que, para esse tipo de cliente, é totalmente arriscado pensar no volume de impressos típico de um título consagrado publicado por uma Companhia das Letras, por exemplo. Se o livro não vingar, se não !zer sucesso, será um

Pois é. Hoje, existem editoras especializadas nesse tipo de au-tor. E a forma de produção varia igualmente. Muitas, possuem parque grá!co próprio; outras, terceirizam a impressão. Outras, ainda, são empresas oriundas de grandes editoras, que pratica-mente montaram novas empresas para atender à produção de livros sob demanda.“Sim, muitas empresas novas surgiram especializadas em trabalhar com baixas tiragens. Contudo, muitas fecharam tam-bém”, diz João Scortecci, diretor da Scortecci Editora, uma das pioneiras e principais editoras brasileiras no trabalho em livros em baixas tiragens e com autores iniciantes.Há mais de 30 anos no mercado editorial, Scortecci tem duas visões bem distintas quando o assunto é o mercado editorial brasileiro e o surgimento de novos títulos e autores.Sobre o mercado editorial, Scortecci contesta os números apresentados, que apontam para o crescimento do número de leitores do Brasil. “O número de leitores cresceu, mas não a venda de livros. Além disso, se considerarmos que 60% dos livros que são lidos e vendidos no Brasil são didáticos, essa porcentagem de 4,6 livros/ano cai para aproximadamente 0,8. É como se cada brasileiro lesse 80 páginas de um livro de 100 por ano”, explica.

João Scortecci , diretor da Scortecci Editora

Fabio Mortara, presidente da Abigraf Nacional

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Para ele, isso não cria um mercado literário. “No Brasil, isso só será possível com educação e cultura”, enfatiza. Por outro lado, a variedade de títulos aumentou, sim, nas prateleiras das livra-rias, responsáveis por 40% da venda de livros no Brasil. Mas isso não signi!ca espaço para autores brasileiros.“As editoras apostam em autores já consagrados no exterior porque são tiros certeiros. O livro já vem pronto, já tem certo sucesso. Há a ideia de que o autor brasileiro é difícil, um tanto amador. Livros nacionais exigem um trabalho desde o início; um trabalho com o autor, diagramação, escolha da capa. O custo !ca mais alto. O livro estrangeiro vem pronto”, explica Scortecci. Ou seja, o aumento no número de autores independentes no Brasil não signi!ca necessariamente um mercado de autores nacionais, mas, sim, um negócio para a editora. “Teremos um mercado quando tivermos autores produzindo com frequência e sendo lidos. Até lá, temos um negócio, que é o de publicar o primeiro livro de alguém, realizar um sonho”, disse Scortecci. Dentro do quadro de leitura e venda de livros no Brasil, as baixas tiragens são extremamente viáveis, ainda na opinião do experiente editor. “Página impressa e não vendida é prejuízo. E nenhuma empresa pode se dar ao luxo de trabalhar com prejuízo atualmente. E aí entra a impressão digital como uma tecnologia de suma importância, já que ela permite que se imprimam livros em baixas tiragens de forma viável.”

baixas tiragens é mais caro. Na ponta do lápis, !ca mais caro você imprimir 2 mil exemplares em o#set e ter livro parado em estoque. Essa é a verdade”, analisa.Thiago Schoba, que dirige a Editora Schoba ao lado do pai e do irmão, é um desses casos que encontrou um !lão interessante de mercado no interior de São Paulo. Em Salto, cerca de 100 quilômetros da capital paulista, a empresa especializou-se em novos autores e, com a ajuda da Internet, encurta distâncias, mantendo clientes em várias cidades do Brasil.“Embora uma tiragem menor custe mais, unitariamente falando, a tiragem menor ajuda a reduzir ou até acabar com o problema de estoques enormes e livros em deterioração que acabam cus-tando fortunas para armazenar e destruir ou reciclar. Gastando menos, as editoras podem focar em ações de promoção dos tí-tulos – o que inclui propaganda, assessoria de imprensa, eventos de lançamento, entre outros – o que acaba desenvolvendo mais o mercado, que sempre foi taxado de familiar e conservador de-mais”, destaca Thiago. “Trabalhar com tiragens menores permite trabalhar o potencial de cada autor e de cada obra de maneira individual, praticamente personalizada. Um assunto inédito ou

carente no mercado certamente demandará maior quantidade de livros, para que possam ser comercializados não somente no pólo literário brasileiro, que compreende Rio, São Paulo e Região Sul, mas também em outras partes do país. O grande problema enfrentado é justamente quem aposta nos novos autores. As editoras têm apostado cada vez mais em novos autores, mas isso cria uma barreira para distribuidores e livrarias, que temem o encalhe das obras”, analisa.A Singular Digital é um “braço” da Ediouro especializada em publicações de baixas tiragens, autopublicação e fotolivros. Possui em seu parque grá!co uma Bookmaker, Kodak Nexpress 2500, HP Indigo 5500 e impressoras Océ 6250 e 6320, além de equipamentos de cola e acabamento. “Hoje, somos uma das poucas grá!cas com uma solução por demanda (um a um) em capa dura. Uma parceria importante que acabamos de fazer é com a Ingram, maior distribuidora de livros dos EUA. Estamos em processo de integração, mas em breve estaremos impri-mindo no Brasil livros por demanda que antes eram impressos nos EUA e exportados para cá com altos custos de transporte e prazos de entrega enormes”, explica Carrenho.Para ele, a impressão digital foi uma tecnologia que catalisou a publicação em baixas tiragens, indo ao encontro da necessida-de de eliminar estoques de livros, assim como garantiu sobrevi-da ao livro impresso. “Sem a impressão digital, o livro impresso morre rapidamente, pois deixa de ser economicamente viável imprimir em o#set quantidades inferiores a 1.000 exemplares. Ou seja, se um livro vende menos que 1.000 exemplares por ano, os editores deixam o mesmo morrer. Agora, com a impres-são digital um a um, os livros impressos poderiam, teoricamen-te, serem eternamente impressos, aproveitando toda a sua cauda longa”, disse Carrenho.

Thiago Schoba, diretor da Editora Schoba

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CRISE-

um baixo consumo (apesar da curva ascendente de leitura

Para Carlo Carrenho, diretor-executivo da Singular Digital, o mercado editorial passa longe de uma crise. “O mercado edito-rial de livros não está em crise, está em plena revolução. Com o desenvolvimento da tecnologia que permite a impressão por demanda e a distribuição de livros digitais, esse mercado está passando por várias mudanças que põem em xeque os modelos tradicionais”, a!rma.Para Carrenho, a relação autor, publicação e editora mudou. “Hoje, o self-publishing (edição independente) permite que autores se lancem sozinhos tanto no mundo digital como no mundo físico e se tornem best sellerseditoras não controlam mais os canais de distribuição com ex-clusividade. Graças à impressão por demanda, ao comércio vir-tual e às redes sociais, um autor independente hoje consegue publicar seu livro sem investir capital, comercializá-lo no varejo online e divulgá-lo pelas mídias sociais. Isto pode ser uma ameaça ou uma oportunidade para as empresas do mercado editorial. Como exemplo, nos Estados Unidos, já existem oito vezes mais lançamentos de livros independentes do que de livros comerciais, se considerarmos a emissão de novos ISBNs. Além disso, as editoras hoje contam com soluções de POD um a um e de baixas tiragens digitais, que permitem uma nova estratégia com menos desperdício de recursos em capital de giro, transporte e impressão. A diversidade do self-publishing e a possibilidade de tiragens reduzidas vem ajudando a aumen-tar o volume de impressão digital no mundo. Segundo a em-presa de pesquisas Interquest, o volume de impressão digital deve passar de 5% do mercado norte-americano de impressão em 2010 para 15% em 2015. Outra mudança é o livro digital.

Nos Estados Unidos, 20% do faturamento das grandes editoras de interesse geral já é digital. No Brasil, ainda temos de chegar no 1%, mas o crescimento será exponencial”, a!rma.Para Thiago, o jovem editor da Schoba, o que o mercado edi-torial enfrenta não é propriamente uma crise, mas um período de profundas mudanças. “Embora o faturamento do mercado venha crescido a cada ano, o mercado editorial enfrenta uma crise no que diz respeito ao número de obras editadas. Não se sabe se há obras demais ou leitores de menos, já que a oferta de novos títulos tem crescido mensalmente, o que obriga os principais canais de distribuição – livrarias e e-commerces – a selecionarem as obras com maior potencial de venda e barra-rem outras”, explica.João Scortecci discorda e vê, sim, uma grande crise no mercado editorial brasileiro. Mas não é de hoje. “Faz tempo que vivemos

vez mais autores publicando. O aumento tão divulgado do número de leitores não re"ete substancialmente na venda de títulos. Daí, voltamos àquela questão: não temos mercado para esses autores e, sim, negócios sendo criados em torno das baixas tiragens, possibilitadas pela impressão digital”, a!rma Scortecci.

REVOLUÇÃO DOS PIXELS?Apesar de ter seu foco principal no livro impresso, Thiago não descarta o livro eletrônico como um objeto de força potencial para crescer no futuro. “Acredito que os dois suportes continu-arão existindo por muito tempo. Não apenas pela questão de muitos leitores gostarem do livro impresso. O livro digital tem grandes vantagens com relação ao impresso, no que diz res-peito à mobilidade, armazenamento e à compra de conteúdo. Tudo é mais rápido no digital, mas nem todos estão habitua-dos (ou querem se habituar) à nova mídia”, diz.Quando a escala de livros eletrônicos aumentar, seu custo, ainda alto, se tornará viável. E, nesse ponto, existe um contra--senso. Se muitos pensam que o preço de capa de um livro no

O FATURAMENTO DO MERCADO EDITORIAL TEM CRESCIDO A CADA ANO, MAS HÁ UMA CRISE NO QUE DIZ RESPEITO AO NÚMERO DE OBRAS EDITADAS

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Brasil é alto, no caso do livro eletrônico, o custo de edição e produção tende a ser menor. Contudo, os dispositivos de lei-tura, importados em sua maioria, ainda apresentam um preço elevado para o padrão do brasileiro médio.“Quem pagaria quase R$ 1000,00 em um leitor digital para ler

os leitores digitais custam, em média, US$ 150,00 e os e-books di!cilmente chegam a US$ 10,00. Diferente daqui, os ame-ricanos leem uma média de 20 livros por ano, ao passo que o brasileiro lê somente quatro. Assim, há, inicialmente, mais vantagens no mercado editorial digital norte-americano do que no brasileiro”, analisa Thiago. Carrenho a!rma que o futuro do livro está muito relacionado à paixão que o leitor mantém com a obra impressa. Para ele, a tendência é pela coexistência entre o livro eletrônico e impresso. “O livro impresso vai continuar existindo por muito tempo, mas perderá participação no mercado editorial para o livro digital. A tecnologia do papel impresso é excelente, por isso a sua resistência. Mas a praticidade de compra e arma-zenagem do livro digital também é incontestável. Algumas categorias de livros já sumiram do papel, como as enciclopé-dias, e outras talvez nunca desapareçam da forma impressa, como livros de arte. É importante diferenciar o amor ao livro e amor à leitura nos consumidores. Quem ama o livro sempre vai querer o papel. Quem quer apenas ler, irá para o digital”, analisa Carrenho.“Podemos a!rmar que, no Brasil, o livro impresso tem uma larga dianteira na comparação com o digital. Basta comparar a quan-tidade de títulos editados para as duas modalidades. De acordo com a pesquisa da CBL citada, foram editados em 2010, ao todo, 54.754 títulos. Embora não tenha uma pesquisa especí!ca para o livro digital, a mesma CBL estima que haja, aproximadamente, entre 6 mil e 7 mil títulos de e-books disponíveis no mercado. Uma diferença considerável”, a!rma Mortara. “Vale destacar também que, em janeiro de 2011, a consultoria IDC Brasil previu que as vendas de tablets este ano atingiriam a marca de 300 mil unidades. Entretanto, um estudo realizado pela consultoria GFK Retail and Technology Brasil mostrou que foram vendidos apenas 67 mil unidades destes aparelhos entre janeiro e outubro deste ano. Esses fatos, somados à urgente necessidade de que se invista cada vez mais na educação dos brasileiros, nos leva a crer que o livro impresso será soberano ainda por um bom tempo. Isso sem citar o fato de a leitura no papel ser muito mais agradável e produtiva do que nos dispositivos eletrônicos que, por sua natureza multimídia, são dispersivos.”

LEIA, NÃO IMPORTA ONDEJoão Scortecci frisa a importância da leitura, não importando o meio escolhido. “Tenho tablets, não consigo ler livros nele. Certo dia, um rapaz me disse que no tablet dele cabiam mais de 500 livros. Perguntei a ele quantos livros ele lia por ano e ele me respondeu: 20. Obviamente, esse sujeito está totalmente fora dos padrões brasileiros, assim como você e eu. Mas, lendo 20 livros ao ano, e tendo esse rapaz 35 anos, ele não lerá 500 livros até o !nal da vida”, exempli!ca o editor. “Devemos tomar cuidado com essa euforia do digital. Para mim, isso não impor-ta. Queria que o brasileiro lesse, e isso só acontecerá por meio da educação. E, lendo, não importa o meio. A!nal, só podere-mos falar num mercado quando tivermos leitores.”Ricardo Minoru, consultor da área grá!ca renomado, e colabo-rador da Revista Desktop, fala com propriedade sobre o livro sob demanda. A!nal, apesar de não ser um romancista ou au-tor, Minoru acumula a respeitável marca de algumas dezenas de livros técnicos sob demanda publicados – todos a partir de sua loja no site de sua empresa de consultoria, a Bytes & Types.

“Publicar um livro usando os meios tradicionais (submeter textos para editoras) é bastante difícil e estima-se que a cada dez pretensos autores, somente um consegue. Ter um livro publicado fornece status e reconhecimento social e trata-se de um diferencial importante em algumas áreas como, por exem-plo, carreiras acadêmicas. No meu caso, o primeiro livro nasceu de uma oportunidade que detectei no meio da década de 90, quando percebi que não existiam livros no mercado nacional que ensinassem técnicas e boas práticas de arte-!nalização de arquivos para o segmento grá!co. Juntei alguns materiais e

Ricardo Minoru, diretor da Bytes & Types

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apostilas que eu já tinha desenvolvido e produzi um original. Comecei a distribuí-lo para ser avaliado por várias editoras de livros técnicos. Recebi dezenas de nãos e meses depois uma editora acreditou no projeto e no conteúdo e o publicou. Hoje, esse livro está na quinta edição tendo mais de 15.000 exempla-res comercializados”, conta Minoru.A partir da publicação do primeiro, algumas outras editoras passaram a se interessar por títulos técnicos voltados para o seg-mento grá!co e Minoru encontrou mais facilidade em publicar livros sobre PageMaker, CorelDRAW, InDesign e Photoshop.A partir de 2005, novamente Minoru bateu às portas das editoras atrás de apoio para publicação. “Havia detectado outros nichos pouco explorados e a crescente adoção de algumas tecnologias e ferramentas no segmento grá!co, tais como pre#ight, PitStop Pro e Acrobat Pro. Dessa vez, nenhu-ma das editoras que já publicavam meus livros se interessou, alegando que a demanda era pequena e não seriam viáveis economicamente se vendessem menos de algumas milhares de cópias. Uma vez que os conteúdos já estavam praticamente prontos, resolvi alterar o contrato social da Bytes & Types para poder atuar também como editora e fazer uma experiência de publicar meus próprios livros”, relata.Quase sete anos depois, Minoru publicou 31 títulos que são impressos digitalmente por uma grá!ca terceirizada e co-mercializados por meio de distribuidores e diretamente por meio da loja virtual da editora. O que era para ser apenas uma experiência, se mostrou um bom negócio que comercializa algumas centenas de livros por mês. “Acredito que o mercado de impressões digitais de publicações sob demanda está em franca expansão, por enquanto, com mais desenvolvimento em

mercados internacionais. Pegue o exemplo da Amazon.com na qual, de acordo com dados fornecidos por eles, 30% dos títulos de livros que eles comercializam são de títulos que vendem entre um e cinco exemplares por ano e, por isso, são produzidos sob demanda em impressoras digitais da empresa. Uma das características mais importantes da Impressão Digital é a impres-são sob demanda, ou seja, a possibilidade de imprimir somente a quantidade de impressos que é necessária num determinado momento”, explica Minoru. Assim como João Scortecci, Minoru defende a publicação em baixa tiragem ou sob demanda. Segundo ele, ainda que o valor unitário do livro impresso em digital seja menor, tudo se equili-bra quando se leva em consideração os estoques. “Não acredito que o mercado editorial esteja em crise, mas sim passando por algumas mudanças profundas no seu modus operandi. Uma das mais perceptíveis é a relação entre editoras e autores. Assim como aconteceu comigo, se o autor não encon-tra uma editora que publique suas obras, atualmente ele pode recorrer à autopublicação, um fenômeno crescente em todo o planeta e que vem assustando cada vez mais as editoras tradi-cionais. Assim como no mercado internacional, esse nicho vem se desenvolvendo bastante no Brasil, visto o aumento exponen-cial de empresas que se prestam a produzir livros em pequenas ou microtiragens a partir de textos originais enviados por autores nos últimos anos. Existem empresas que apenas imprimem e outras que fornecem uma série de itens que vão desde a diagramação, até mesmo o registro na Biblioteca Nacional, CBL e comercializam por meio de websites, como é o caso da Digital Publish & Print, Amigos do Livro e Clube de Autores. No âmbito internacional, destaca-se a Lulu e Amazon”, relata o consultor.

Livros sobre os segmentos grá!co e de publicação digital, impressos sob demanda da editora Bytes & Types

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Como uma das maiores e principais mudanças do mercado editorial, Minoru enxerga, além da diminuição das tiragens, o crescimento do e-Book.“As vendas de e-Books vêm crescendo de maneira exponencial ano após ano, mas não acredito que decretem o !m do livro impresso no futuro, mesmo daqui há várias décadas. Decidi-mos publicar e oferecer as versões eletrônicas dos livros que imprimimos sob demanda por uma questão de custos de frete que muitas vezes encarecia demais a compra por parte de lei-tores que residem fora da região Sudeste do Brasil. Os livros no formato ePub e com pouco mais de alguns megabytes podem ser baixados segundos depois da con!rmação do pagamento. Um fato curioso é que não é raro que os leitores comprem as duas versões do mesmo livro: a impressa para ler e a eletrônica para pesquisar.

REFLEXÃO

persistirá – seja como meio de consumo de massa, seja como

“A impressão digital de livros deve ainda ganhar força com o surgimento de novos modelos de negócios para a impressão sob demanda. Em mercados mais maduros como o americano, por exemplo, já são comuns as empresas que permitem que uma pessoa crie seu próprio livro com o auxílio de ferramentas baseadas na Internet e depois o imprima com qualidade pro!s-sional”, destaca Fabio Mortara. O fato é que a palavra reinventar nunca foi tão usada no meio editorial. E, no caso, reinventar envolve alguns tópicos cuja re"exão essas editoras não podem se dar ao luxo de ignorar:Custos "nais – Os custos !nais de capa terão que ser reavalia-dos. Há divergências se o preço do livro no Brasil in"uencia ou não no baixo índice de leitores que tem o país. Porém, é fato que o valor de capa aqui é superior aos similares na Europa e nos EUA. Também é fato que o livro impresso no Brasil pelas editoras de maior nome recebem um acabamento diferencia-do, ao contrário dos estrangeiros. Relevo, verniz localizado, hot stamping. Tudo para atrair os olhares do leitor (sim, a capa é o cartão de visitas de um livro na prateleira). Porém, tratam-se de itens que encarecem o produto !nal – que já possui um

custo maior devido aos custos de distribuidoras, parcelas das editoras, das livrarias. Com a concorrência do eletrônico, por exemplo, esses valores devem ser revistos.Custos de produção – Outro item importante que ainda se refere aos custos. No caso, deve-se avaliar com mais cuidado e carinho o uso da impressão digital como forma de viabilizar baixas tiragens a um preço módico para autores e leitores através do self-publishing ou das baixas tiragens, tema central desta matéria. Há editoras que vendem livros eletrônicos com o mesmo valor de um livro impresso. Isso, sem dúvidas, é um tiro no pé. As editoras que souberem explorar os benefícios do livro eletrônico, sobretudo como “porta de entrada” para a ampliação e aquisição de novos leitores, sairão na frente.Novas regras no casamento autor e editora – Sim. A divisão de “bens” no contrato autor e editora também precisam ser revistos. No livro eletrônico, têm-se menos custos de produção envolvidos. Isso tende a in"uenciar, também, a forma como os novos contratos entre editoras e autores serão feitos no futuro. Por exemplo, livros de novos autores podem ser lançados como eBooks numa primeira versão e, fazendo sucesso, serem convertidos para exemplares impressos.Leitores – A popularização dos leitores digitais terá papel fundamental no aumento do volume de leitores no Brasil. Ana-lisando o hábito de leitura de uma geração que nasceu com o livro impresso na mão, certamente o mercado eletrônico dina-mizará a venda de impressos, servindo como entrada para esse mercado. Isso não se refere, no entanto, aos livros de arte ou lixo. Estes, continuarão a ser impressos com todos os recursos grá!cos possíveis – no caso, o custo !nal não importa, já que se tratam de exemplares voltados a consumidores especí!cos que, teoricamente, gastam o valor cobrado. Mercado – Parafraseando as ideias expostas por João Scortecci, hoje, temos no Brasil o aumento dos negócios envolvendo livros impressos, o que não re"ete e não signi!ca a criação de um mer-cado de escritores no Brasil. Para que isso exista, é preciso que o brasileiro leia mais, consuma mais livros e os leia. A expansão da educação no país certamente mudará, em médio prazo, esse ce-nário. E as editoras devem estar preparadas para formar e apoiar novos autores, oferecendo suporte de marketing, divulgação e auxílio para pro!ssionalização desse mercado.

REINVENTAR É A PALAVRA-CHAVE DO MERCADO

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NO PAPEL

Segundo dados ainda não o!ciais da Bracelpa (Associa-ção Brasileira de Celulose e Papel), o mercado de papel no Brasil deve se manter relativamente estável, conforme atestam os números de 2011 em relação ao ano anterior (2010). Esses mesmos dados apontam uma produção de 9.8 milhões de toneladas no ano recém-terminado, o que não chega a ser uma marca preocupante, mas, também, não faz a indústria papeleira vibrar.Se a curva é ascendente em épocas como volta às aulas (produção de material escolar e didático), observa-se, no entanto, um equilíbrio tênue que pode de!nir, num futuro bem próximo, as cifras desse mercado.Sabe-se, por exemplo, que o Brasil, a exemplo de Chi-na, Índia e Rússia, países do Leste Europeu e África, vê seu mercado de impressão de livros e jornais subir, por exemplo, apesar de as tiragens continuarem caindo. A explicação está na variedade dos títulos, e não no volume unitário de tiragem por publicação. Tudo fruto de uma nova geração de letrados e recém-alfabetizados que, como alguns prognosticam, são resultados do processo

de desenvolvimento econômico obtido na última década. Para saber o que pensam e como algumas das maiores indústrias de papel estão navegando pela nova realidade do mercado grá!co no Brasil, a Revista Desktop conver-sou com representantes dessas companhias e destaca que, apesar de certo otimismo, o tempo é de plantar as bases para um futuro breve mais estável. A Suzano não respondeu aos nossos contatos e, por isso, a líder do segmento no Brasil não consta entre os entrevistados desta matéria.

INTERNATIONAL PAPERPara Sérgio Canela, gerente-geral de negócios da Interna-tional Paper do Brasil, a estabilidade do mercado aponta-da pelos dados da Bracelpa é exempli!cada pela deman-da positiva que a empresa observou junto ao mercado. “Consolidamos nossa participação nos segmentos de o#set e cutsize. No entanto, sofremos com a concorrên-cia desleal: o mercado doméstico ainda é impactado, principalmente, pelo desvio de !nalidade de uso do

MARES CALMOS?DIANTE DO AVANÇO DOS MEIOS ELETRÔNICOS E DIMINUIÇÃO DAS TIRAGENS DE UMA FORMA GERAL, COMO ENCONTRA$SE O CENÁRIO DO MERCADO PAPELEIRO NO BRASIL?

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papel imune”, a!rma Sérgio, referindo-se à nomenclatura usada no Brasil, desde 1946, para papéis que recebem isenção de impostos (ICMS e IPI, basicamente) quando são adquiridos por empresas credenciadas pelo Governo Federal e cujo uso é destinado à impressão de material que desempenha alguma !nalidade na educação e cul-tura, e na disseminação da informação, como produção de jornais, livros e periódicos. Dados da Bracelpa mostram que, somente em 2010, aproximadamente 620 mil toneladas de papel para im-primir e escrever podem ter sido desviadas (de um total de 1095 milhões de tonelada de papel imune), gerando um prejuízo de R$ 411 milhões aos cofres públicos.Sobre a demanda, Canela destaca a mudança do per!l do mercado. “O mercado promocional tem sido mais criterio-so na de!nição de suas estratégias de mídia, entretanto, com o aquecimento da economia brasileira e com o aumento da competitividade, a demanda por papéis para

mídia impressa se mantém estável. Outros segmentos como cadernos, envelopes, editorial também continuam estáveis. Acredito que a pequena queda da demanda es-teja associada à concorrência com produtos importados, como imune e desviados de !nalidade, produtos impor-tados favorecidos pelo câmbio até setembro/2011 e pela redução da atividade econômica no último trimestre em relação ao mesmo período de 2010”, disse.Dentro desse “novo mercado”, não se pode desconsiderar a in"uência dos meios eletrônicos na criação de uma nova geração de leitores cada vez menos acostumada com o

eletrônicos crescem a taxas mais expressivas. Entretanto, no Brasil e nos demais países em desenvolvimento, o con-sumo de papel ainda não foi afetado pelos meios eletrô-nicos. Estudos mostram que o crescimento do consumo do papel em países emergentes está relacionado, entre outras coisas, com o aumento do PIB (Produto Interno Bruto) e investimentos em educação. Por isso, há muito espaço para a mídia impressa, para cadernos, livros im-pressos e outros produtos de papel”, destaca Canela. “O mercado papeleiro continua extremamente compe-titivo. Assistimos neste período a uma grande simpli!ca-ção das operações de importação, bem como persis-tente queda da demanda nos mercados desenvolvidos e consequente aumento de oferta no Brasil. Por outro lado, a indústria brasileira vem fazendo sua lição de casa, elevando seus níveis de e!ciência, melhorando a qualidade de seus produtos e serviços, a !m de atender o crescente nível de exigência do mercado brasileiro. Uma prova disso é a importância que as certi!cações ganharam neste setor, como o Cer"or e FSC. Com a cer-ti!cação, o consumidor tem a certeza de que o papel é um produto sustentável, que respeita o meio ambiente, preservando "orestas nativas. Os rótulos de certi!cação

É CERTO QUE OS MEIOS ELETRÔNICOS CRESCEM A TAXAS MAIS EXPRESSIVAS. ENTRETANTO, NO BRASIL, O CONSUMO DE PAPEL AINDA NÃO FOI AFETADO POR ESSES MEIOS

Sérgio Canela, gerente-geral de negócios da International Paper do Brasil

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no papel comprovam a integridade do processo. Uma empresa certi!cada protege a biodiversidade. Signi!ca que você não está simplesmente comprando o papel, mas cumprindo uma meta de preservação do meio ambiente, não somente para hoje, mas por muitas gera-ções”, a!rma Canela.

BIGNARDIA Bignardi, empresa que detém a marca Jandaia, tam-bém olha para o futuro do mercado papeleiro e analisa as possibilidades e novos nichos que surgem e somem nesse segmento.A empresa apresentou um crescimento geral de receita de cerca de 5% em 2011, sendo que no segmento de conversão houve um crescimento de 15% e uma diminuição dos lucros no setor de papel em virtude da queda dos preços.É o que a!rma Ivan Bignardi, diretor da empresa. Ivan recebeu a reportagem da Desktop em seu agradável escritório cravado na região altamente "orestada e de clima ameno de Caieiras, local típico para implantação de uma fábrica de papel. O que levou a uma primeira pergunta: estão sendo feitos novos investimentos, diante das mudanças aceleradas pelas quais o mercado pape-

“Fizemos grandes investimentos em 2008 e ainda estamos colhendo os resultados”, a!rma Ivan, que, no entanto, destaca: “De uma forma geral, as grandes empresas estão recuando seus investimentos no setor de papel. Ainda que a ampliação de fábricas tenha sido anunciada nos últimos anos por algumas fabricantes, alguns setores estão sendo desativados, está havendo uma reestruturação interna para adequação a novos e importantes mercados, como o de embalagens, por exemplo”, a!rma.Analisando mais a fundo essas mudanças, o executi-vo aponta o mercado editorial como o primeiro a ter sentido mais fortemente a concorrência com os meios eletrônicos. Contudo, logo, essas mudanças também se tornarão mais sensíveis para outros setores papeleiros. “A expansão dos meios eletrônicos tem tido um grande impacto no segmento editorial. Mas há outros impactos que precisamos avaliar. O Brasil possui um mercado mui-to grande, porém, pouco explorado quando o assunto é produção e consumo de livros.”

Ivan enxerga com cuidado o novo cenário que emergirá como resultado das mudanças no mercado de papel. “Mesmo nos Estados Unidos, 80% dos livros vendidos ainda são impressos. O que está havendo no Primeiro Mundo é uma estagnação e queda no consumo de pa-pel que tem relação com as crises econômicas da Europa Ocidental e Estados Unidos. Essa queda tem sido de 4 a 5% ao ano. Porém, há novas oportunidades surgindo nos países emergentes da América Latina, Europa Oriental e Ásia, e isso mantém o crescimento da indústria de papel atualmente”, analisa Ivan. O diretor ainda cita o exemplo do Japão. “O Japão é um país que consome muita tecnologia. E também é o país em que mais se imprime. Lá, esse fenômeno dos tablets já amadureceu, e agora há um equilíbrio entre a mídia impressa e eletrônica.”Além disso, segundo Ivan, a disseminação dos tablets também auxilia na disseminação do hábito da leitura. E, nesse contexto, os livros didáticos, maior tipo de leitura vendida no Brasil, desempenharão um papel fundamen-tal. “Quando o meio eletrônico chegar aos tablets, aí sim veremos a nossa indústria passar por um abalo signi!ca-tivo”, disse Ivan. Então, qual é o maior problema da indústria papeleira

-mente estável em relação a 2010. Creio que, em geral, o grande problema de nossa indústria no ano passado foi

Ivan Bignardi, diretor da empresa Bignardi

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a concorrência dos papéis importados, já que 99% dos papéis importados em 2011 foram classi!cados como imunes, tendo teoricamente !nalidade educacional e cultural, mas foram usados em produção comercial. O governo já está !scalizando isso e creio que em 2012 teremos um quadro diferente”, a!rma.Sobre as oportunidades de crescimento em curto prazo, Ivan destaca que o mundo emergente será responsável pelo equilíbrio mundial no mercado de papel. Há, ainda, grandes expectativas para segmentos como embala-gem e de papel reciclado. Sobre o segundo item, Ivan mostra grande otimismo. “Levantamos a bandeira do papel reciclado há anos e continuamos apostando nisso. Há algum tempo vem se falando que o papel branco é mais ecológico que o reciclado, além, é claro, de oferecer custo menor. Contudo, o que se esquece é que o papel reciclado é sustentável em toda a cadeia. Além de pro-mover o reaproveitamento de matéria-prima, também gera emprego, tem papel social. O papel reciclado é educativo, em minha opinião”, disse.Além disso, a Bignardi também se movimenta estrategi-camente para enfrentar as mudanças do mercado. Em junho de 2011, anunciou uma parceria com a Inter-national Paper para distribuição dos papéis cutsize da empresa norte-americana. Isso promoveu a descontinui-dade da linha cutsize da Bignardi, que, agora, atua como distribuidora IP nesse nicho. “Unimos forças e, graças a essa união, ampliamos nossa presença com crescimento de 4% em 2011”, fala Ivan.

SAPPIA sul-africana Sappi é a maior fabricante mundial de papéis revestidos – por exemplo, papel couché. Há 12 anos possui escritório próprio no Brasil e, segundo Flávio Ignácio, diretor da Sappi Brasil, o mercado latino-ame-ricano é estratégico para a corporação, o que aponta

a mudança mundial do mercado papeleiro. “Há alguns anos, a América Latina não despertava grande interesse mundial. Agora, somos estratégicos para várias empre-sas em todo o mundo. Isto porque o Primeiro Mundo, em especial a Europa Ocidental e os Estados Unidos, está em crise. O consumo de papel nesses países está declinando, enquanto que aqui está crescendo. E ainda há espaço para crescer mais”, destaca Ignácio.Concorrência eletrônica, crescimento no número de leitores, mudanças nos livros didáticos e crise mundial são alguns dos fatores que, segundo o diretor, irão determinar o futuro do segmento papeleiro no Brasil e no mundo. “Resumindo, posso dizer que, analisando o mercado brasileiro como empresa, a!rmo que a Sap-pi não enxerga nosso mercado como uma corrida de 100 metros. Trata-se de uma maratona, de apostar em setores e investir para crescer”, disse Ignácio. “2010 foi o melhor ano da história da Sappi no Brasil e temos boas expectativas para 2012”, a!rma. A Sappi hoje vende cerca de 120 mil toneladas/ano de papel.

QUANDO O MEIO ELETRÔNICO CHEGAR AOS TABLETS, AÍ SIM VEREMOS NOSSA INDÚSTRIA PASSAR POR UM ABALO SIGNIFICATIVO

Flávio Ignácio, diretor da Sappi Brasil

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“O governo brasileiro ainda é um grande parceiro das empresas de papel devido aos livros didáticos. Isso torna nosso setor muito sensível às ações do governo”, disse Ignácio, apontando como principal problema do setor em 2011 o desvio de papel imune para uso comercial, sobretudo do papel importado da Ásia. “Mas essa ação irá diminuir, porque o governo está !scalizando de forma muito intensa”, disse.Outro fato que foi determinante para a con!guração do mercado em 2011, e que marcará a mudança em 2012, é a diminuição de estoques. “Algumas grandes empresas do setor, como a Suzano, entraram com um volume de estoque de papel muito grande em 2011. Isso manteve o preço competitivo neste ano. Porém, em 2012, esse estoque está menor e isso dará uma nova con!guração para o mercado. Há, ainda, o fator eleição, que sempre in"uencia positivamente o nosso mercado.”Ignácio ainda se mostra cético em relação ao papel dos eletrônicos nas mudanças mais sensíveis no mercado papeleiro. “Analisar e responder sobre a concorrência en-tre papel e eletrônicos exige que se avalie a questão de forma segmentada. Falo pelo setor de papel revestido. A indústria de papel está sofrendo, sim, mas nos mercados maduros. Ainda assim, o consumo per capita de papel nos Estados Unidos, por exemplo, é de 50 kg/ano. No Brasil, é 5. Há muito espaço para crescer e, conforme os mercados emergentes crescem, o setor como um todo se equilibra”, a!rma, numa primeira análise.

Outro ponto importante que destaca Ignácio é o mer-cado interno. “Por outro lado, temos também que ver o cenário interno no Brasil. Houve um crescimento na

classes migraram, sobretudo no que se refere à leitura de atualidades, para a Internet e tablets. Contudo, há a elevação do padrão de consumo das classes C, D e E, que estão lendo mais, comprando mais revistas, assinan-do jornal”, analisa o diretor.

esse quadro mostra que ainda teremos muito tempo para que alguma mudança realmente signi!cativa ocorra no que se refere à substituição da leitura em impressos por meios eletrônicos. O consumo do papel não está caindo. Pelo contrário, está crescendo. Eu acho que o mais viável é que haja coexistência de mídias. Em alguns segmentos, como nas publicações de atua-lidades e os jornais diários, haverá uma substituição acelerada pelos meios eletrônicos. Em outros, haverá a coexistência, sem dúvidas. Se formos analisar, sempre que uma nova mídia surge, todas as demais têm per-das. Ao !nal, ocorre uma acomodação. Foi assim com o rádio e com a TV, por exemplo.”Quanto aos novos mercados para o papel, Ignácio aponta como fundamental o segmento de embalagens. “A indústria de papel está se reinventando nesse sentido”, disse. “Acho que reinventar será o termo que marcará o futuro de nossa indústria.”

A visão globalizada do setor grá! coThe globalized vision of the graphic sector

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PERNAMBUCO, SIM SENHOR!

Está localizada em Recife uma das mais premiadas e con-ceituadas grá!cas promocionais do Brasil e da América Latina. Mas, se você está pensando em ouvir sobre quali-dade de ponto, controle de cor, tinta e papel certi!cado, está redondamente enganado. Além de todos esses

itens que estão relacionados à qualidade de impressão, a FacForm especializou-se em produzir o diferente. Duvi-

há muito espaço para inovação na indústria grá!ca – e o

Francisco de Assis, diretor da FacForm, revela trabalhos produzidos pela sua grá!ca pernambucana

NO PAPEL

CONHEÇA A FACFORM, UMA DAS MAIS PREMIADAS GRÁFICAS LOCALIZADA EM RECIFE

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Diferenciar-se. Deixar o “mais do mesmo” de lado e apostar no novo. Um bom empreendedor deve possuir, antes de

Há anos, ou, melhor, décadas, a indústria grá!ca vem se especializando em fazer mais do mesmo. Uma inovação ali, outra acolá. Novos equipamentos surgem e abrem espaço para novas aplicações. E, claro, é possível cobrar mais por isso.Contudo, raramente vemos algo efetivamente inovador. Algo que nos faz pensar que ainda há a remanescência do gene das artes grá!cas em nosso mercado que, hoje, se convenciona chamar de indústria. Localiza-se em Recife (PE) um dos principais e, talvez, o maior exemplo de que é possível fazer arte no mercado grá!co – não, claro, sem esforço, aposta, arrojo e muito trabalho. A FacForm é uma das grá!cas mais premiadas no Brasil e na América Latina. Nova (foi fundada em 1997), já arrebatou 51 troféus do Prêmio Fernando Pini de Exce-lência Grá!ca nas mais diversas categorias ligadas ao seg-mento promocional e calendário, seis Prêmios Theobaldo De Nigris, concedidos pela Conlatingraf, e três Prêmios Sappi, concedidos pela fabricante de papel sul-africana, sendo a única grá!ca na América Latina a ter vencido essa valorosa premiação. Isso, apenas para falar nos prêmios mais conhecidos; não citamos outros regionais, cujos troféus decoram o espaço do segundo andar do prédio da FacForm, no bairro recifense de Boa Viagem. Aliás, para quem gostar de ver coisas diferentes e ter nas mãos curiosidades sobre o mercado grá!co, vale a pena gastar algumas horas admirando o portifólio da grá!ca – como, por exemplo, a revista mais “comprida” do mundo, exposta de forma decorativa na escada caracol que dá acesso ao piso superior da empresa.Não é à toa, também, que seu proprietário, Francisco de Assis, não esconde o orgulho de mostrar e posar ao lado dos trabalhos expostos e dos troféus conquistados. “Quando ganhamos prêmios, todos sobem no palco para receber. Os funcionários estão presentes, vibram. É o trabalho deles, a participação de cada um é, talvez, muito maior do que a minha. Cada um aqui é responsável pelo que faz, por seu setor, pelo equipamento que usa. E isso funciona muito bem. O comprometimento é muito grande”, diz Francisco, enquanto passeia pelos departa-mentos da FacForm e explica o que cada setor realiza. Fiel a algumas marcas, divide a pré-impressão entre

A FacForm e suas prateleiras de prêmios, com 51 troféus do Prêmio Fernando Pini e seis do Prêmio Theobaldo De Nigris

soluções Heidelberg (CtP) e Kodak (chapas convencionais e digitais); a impressão conta com três o#sets Speedmas-ter (uma cinco cores, e outras duas quatro cores formato meia-folha), uma impressora digital recém-adquirida HP Indigo, e, no acabamento, três dobradeiras, grampeado-ras, sistemas para corte/vinco, aplicação de hotstamping etc, das mais famosas e consagradas marcas do mercado, entre Müller Martini, Heidelberg e outras. “Não terceiriza-mos nada”, orgulha-se Francisco.A limpeza e organização do local impressiona, e o esmero com que as tarefas são executadas também. Talvez resida, aí, o segredo maior do sucesso da FacForm: ao lado do arrojo e criatividade do proprietário, a grá!ca possui toda uma estrutura voltada para produzir trabalhos diferencia-dos. Por exemplo, os calendários são acompanhados de acessórios que se dividem em madeira, papel, tecido, ou

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impressos que simulam !bra ou couro. Tudo é colado e, muitas vezes, dobrado manualmente. Os brindes revolu-cionam na inovação ano a ano. Seja em comemoração ao tradicional carnaval de Olinda, ao frevo das ruas, aos projetos da Prefeitura de Recife ou mesmo na produção de calendários promocionais ou produzidos de forma personalizada para fotógrafos, há um naco de inovação em cada detalhe.“Trabalhamos de forma muito sintonizada com agências e criadores. Eles vêm aqui, discutimos ideias. Algumas vezes, um cliente chega aqui com uma ideia, deixa o projeto, e nós imprimimos o protótipo como ele pediu e uma segunda versão introduzindo algumas inova-ções. Sem custo. E, normalmente, ele acaba aceitando a segunda ideia e executando”, explica Francisco.

-

trabalhar com tinta sobre o papel. Claro que somos uma grá!ca e temos os trabalhos convencionais. Porém, quan-do pensamos em valor agregado, pensamos junto com o cliente na beleza e qualidade da peça !nal”, responde o diretor-proprietário. “Há fotógrafos que passam uma se-mana aqui usando nossa pré-impressão para tratamento de imagens. Eu permito. Não vejo problema nisso.”

FUTURO AMEAÇADO?Francisco não esconde. Abre as portas da FacForm para quem quiser ver seu trabalho e de sua equipe. Mesmo com o tempo apertado pelo volume de traba-lhos, o proprietário recebe constantemente visitas de outros grá!cos de São Paulo e do exterior.Muito se comenta, atualmente, com a concorrência di-reta das mídias digitais em relação a algumas aplicações impressas, sobre qual será o futuro da indústria grá!ca.Em busca dessa resposta, um grá!co espanhol deixou seu país acompanhado de sua gerente de marketing para conhecer a FacForm. Ao !nal da visita, ouviu de sua gerente o seguinte comentário: “Viu qual será o futuro

Ela se referia à inovação e diferenciação. Coisas que, na FacForm, já são parte do presente. www.facform.com.br

Francisco entre os elefantes sul-africanos: a FacForm é a única grá!ca na América Latina a conquistar troféus do Prêmio Sappi A MÍDIA IMPRESSA NO FUTURO

A II Conferência Internacional de Impressão

Digital GEDIGI-ABIGRAF 2012 (Grupo Empresarial de

Impressão Digital) foi organizada com o objetivo de

manter a discussão, troca de ideias e otimização de

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A MÍDIA IMPRESSA NO FUTURO

A II Conferência Internacional de Impressão

Digital GEDIGI-ABIGRAF 2012 (Grupo Empresarial de

Impressão Digital) foi organizada com o objetivo de

manter a discussão, troca de ideias e otimização de

recursos para o desenvolvimento das aplicações

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TOQUE FINAL - DRUPA MEDIA PARTNER Michael Seidl

As avançadas e atuais possibilidades que a indústria de impressão moderna tem – incluindo a impressão digital – assim como uma maior diversidade de aplicações, obrigam os fabricantes de máquinas de acabamento a inovarem sempre. A isso devemos somar o fato de que, diante da crescente competitividade dentro do setor, as empresas dão cada vez mais importância à otimização e automação de processos. Paralelamente, a ecologia, a diferenciação ou

as tiragens menores são outros dos temas pendentes. Quais tendências podem ser esperadas no âmbito do acabamento para a Drupa 2012, que acontecerá de 3 a

REALIDADENão se preocupe. Na Drupa 2012, seremos testemu-nhas de um grande número de inovações no setor de acabamento.

O TRABALHO MAIS INTELIGENTE, E NÃO O MAIS DIFÍCIL

PONTO FINAL:

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Todos os fabricantes com quem temos falado con!rmam, de maneira unânime, que estão trabalhando intensamen-te nos avanços para novos produtos. E isso é bom, porque a paralisação é sinal de retrocesso, e em nada isso interes-sa, sobretudo quando tudo o que se procura é motivar e impulsionar o setor depois de alguns anos difíceis.Nesse sentido, a Drupa 2012 acontecerá no momento adequado e com toda a probabilidade de mostrar que antigos padrões deixaram de existir, num quadro em que China, Índia e América do Sul registram índices de crescimento notáveis (apesar da crise), e em que, por outro lado, há uma estagnação nos mercados ocidentais desenvolvidos. As tiragens encolhem, porém, há mais produtos im-pressos disponíveis; as margens de lucro se reduzem, os custos se mantêm e os clientes estão mais exigen-tes. Nesse quadro, os grá!cos e as empresas fabricantes devem pensar em atuar de maneira coordenada. O tempo vale dinheiro e cada erro cometido re"ete nos li-vros de contabilidade. E isso vale tanto para as grandes tiragens, quanto para os projetos de impressão digital de um único exemplar.

FINAL DA CADEIA DE PRODUÇÃOSe há algo claro é que, durante anos, o setor de acaba-mento foi uma etapa do processo de produção grá!ca que não recebia a devida atenção.Sem dúvidas, essa situação mudou drasticamente. Por

-mento reinventaram a si próprios para deixar de serem

de novo. Eles deixaram de ser algo de menor atenção para se tornarem um meio indispensável dentro da cadeia de produção. E aqui !ca a pergunta: de que serve uma o#set de última geração ou um equipamento de impressão digital mais moderno se o acabamento não está à altura e sua prática envolve trabalho manual sem precisão alguma, baixa remuneração, com perda de

O acabamento 2.0, se podemos chamar assim, é um processo muito bem organizado, inovador, e não tem nada a ver com outros processos da indústria. A partir de agora, faremos uma pequena viagem pelo mundo das artes grá!cas. Se você ler com atenção, verá o que podemos esperar na próxima Drupa 2012.

AUTOMAÇÃO: CHEGAMOS AO LIMITE? Nos últimos anos, os sistemas de encadernação alcan-çaram um alto grau de automação. Na Drupa 2012, devemos !car atentos a essa tendência e se ela se manterá e como se desenvolverá, atingindo os níveis máximos de automação.Outra pergunta é: onde poderiam estar os novos nichos

--impressão comercial da Heidelberg, acha que a tendên-cia geral do setor de acabamento é aumentar a e!cácia e a produtividade. A automação do acabamento permite diminuir os tempos de preparação em tiragens curtas; em casos extremos, edições de um só exemplar em impressão digital. Para as tiragens maiores, a automação resulta num decisivo aumento de produtividade. Outro exemplo vem da Müller Martini. A automação é um dos focos dos novos desenvolvimentos da empresa. “A automação dos processos comerciais, como logística, se tornam ainda mais importantes nas tiragens peque-nas”, diz Bruno Müller, CEO da Müller Martini. “Não chegamos ao limite”, diz Jan Oldenkott, diretor da vendas da MBO, referindo-se aos novos desenvolvimen-tos que podem ser esperados para o setor de acaba-mento. “O passo seguinte é aplicar essa !loso!a de livro sob demanda ao acabamento também”, a!rma. Na sua visão, cada livro pode ter um formato diferente.Rendimento e produção são dois itens importantes para produtos fabricados em massa. Nesses casos, a produção está centrada em diminuir gastos de pessoal e aumentar a produtividade – o que só possível com alto grau de automação.“Os fabricantes desenvolveram máquinas totalmente automáticas por pressão dos clientes. Sem dúvida, elas surgiram para substituir e modernizar os processos pro-dutivos convencionais. O desenvolvimento de máquinas tem chegado ao limite nesse sentido, mas os usuários têm à sua disposição um grande potencial”, diz Kai Bün-temeyer, gerente da Kolbus.Para a Horizon, a automação também é um tema em pau-ta. Se as tendências para tiragens menores se mantiverem, as novas máquinas devem ser não somente rápidas, mas também mais inteligentes. Se um equipamento deve pro-cessar cinco ou seis trabalhos diferentes por dia, isso deve ser feito com rapidez nas trocas de trabalho e no prazo em que os trabalhos podem ser !nalizados sem perdas.

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A mesma opinião é compartilhada pela Duplo através de seu presidente Robin Greenhalgh; a automação segue avançando porque cada vez mais se alastra pela indús-tria grá!ca. Ele cita o exemplo da Duplo DC-745. Trata-se de um exemplo que reúne automação e velocidade.

ACABAMENTO DIGITAL: SEGMENTO EM EXPANSÃOCom o aumento das unidades de produção, também aumenta a demanda por soluções de acabamento de alto nível. Nesse aspecto, a MBO oferece uma ampla gama de soluções, desde rebobinadoras ou coladeiras, guilhotinas transversais (com a opção de cortar em diferentes longitu-des) até sistemas de saída totalmente automatizados para produtos colados, "iers ou folhas soltas.Já a Müller Martini possui a família SigmaLine, que foi a primeira solução industrial para o mercado de impressão digital com instalações no mundo todo, indicado para aplicações de encadernação.

Outra tendência é o chamado green !nishing, ou acabamento verde. A impressão clássica não é o único processo que se vê às voltas com o crescente interesse pela ecologia e sustentabilidade. O acabamento não escapa dessa tendência e as empresas do setor se veem obrigadas a criar soluções que venham de encontro a essa demanda.Em comparação com um sistema de impressão, uma máquina de acabamento consome claramente menos eletricidade. Sem dúvida, um dos objetivos do desenvolvi-mento de empresas como a Heidelberg é a redução ainda maior do consumo energético, tendo como exemplo a coladeira Stitchmaster ST 450, que usa um sistema de pro-pulsão modular com opção de desconexão individual e consumo reduzido, e sistema de servomotores separados que param imediatamente caso haja erros.

Já a Müller Martini há anos instalou internamente o programa Going Green, que tem como exemplo no setor de acabamento a EcoBinder, uma encadernadora que trabalha com cadernos e pastas que usam espiral e papel reciclado, classi!cada como uma solução 100% ecológica.

INOVAÇÃO: É FACTÍVEL?O termo inovação tem sido usado com frequência em nosso ramo. Existe, contudo, margem para inovar no

Segundo a japonesa Horizon, “de acordo com o dicioná-rio, inovação é a introdução de algo novo, uma mudan-ça, uma materialização de novas ideias ou procedimen-tos”. Para a Müller Martini, outra gigante do ramo de acabamento, é possível focar, em termos de inovação,

Duplo DC-745

SigmaLine Trimmer da Müller Martini

Coladeira Stitchmaster ST 450 da Heidelberg

Revista DESKTOP 66

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em numerosos controles de qualidade nas máquinas, automação total, sistema de "uxo de trabalho digital integrados com gerenciadores de trabalho e com as necessidades mais atuais do mercado. Isto, somente para citar algumas das consideradas “inovações”.

pergunta. Poderíamos pegar uma colher e destacar a necessidade de inovação desse objeto cuja funcionalida-de já foi comprovada. O mesmo acontece com os livros”, disse Büntemeyer, da Kolbus.Sem dúvida, entre o autor e o consumidor !nal do livro, há processos muito complexos que escondem um po-tencial de inovação praticamente in!nito. Apesar disso, a maior parte das vezes o que acontece é uma recombina-ção de ideias somente. “Por isso, cremos que a modéstia nos obriga a usar a palavra inovação com muita modera-ção”, destaca Büntemeyer.Outro exemplo vem da Heidelberg, cujas inovações na área de acabamento são impulsionadas tanto pelo desenvolvimento técnico, quanto pela tecnologia de aplicação. Exemplo é a Stahlfolder TD 112, um excelente exemplar que mostra como uma aplicação técnica inte-ligente pode criar um aumento substancial de produ-tividade. “Medimos o valor da inovação de acordo com a melhora de uso por parte de nossos clientes”, destaca Thomas Krischke, da Heidelberg.Olhando mais de perto, veri!ca-se que a tendência atual é focar inovações no novo universo da impressão digital, criando sistemas avançados, automatizados e produtivos para fotolivros, cartões de lembranças etc, bem como aplicação de itens de segurança ou textos em Braille. Além disso, a próxima geração de impressoras inkjet por folha ou bobina também gera novas oportunidades de negócios. Todas essas mudanças criam novas demandas para o setor de acabamento. “O que nos inspira é o fato de que, todavia, haverá mui-tos novos desenvolvimentos em papel”, destaca Robin Greenhalgh, da Duplo.“Costumamos distinguir entre inovação tecnológica e de processos”, analisa o CEO da Ferag, Jürg Möckli, para a qual a empresa, segundo ele, busca colaboração estreita junto de fabricantes de sistemas e clientes. Em termos práticos, essas inovações a que se refere Jürg Möckli são novos sistemas para criação de folhetos, grampo, corte, encarte e empilhadeiras.

DRUPA 2012: O REFERENCIAL DA INDÚSTRIAA Drupa costuma demarcar o caminho seguido pelo setor. A cada quatro anos, a indústria de artes grá!cas muda-se toda para Düsseldorf para de!nir os passos que se dará para cada novo desenvolvimento. Conhecer o que será apresentado como novidade pelas empresas antes da feira é como perguntar ao oráculo de Delfos. Ou seja, é muito difícil fazer prognósticos. Mas podemos, todavia, de!nir algumas coisas, como, por exemplo: sabemos que a Müller Martini trará várias no-vidades em toda sua linha de produtos; a MBO estará no pavilhão 6 junto com outros fabricantes de acabamento; a MB Bäuerle tem a intenção de apresentar novos desen-volvimentos em termos de automação de suas soluções; a Kugler-Womako apresentará uma máquina que lança novas diretrizes desde o ponto de vista de processo, até de qualidade do produto !nal e usabilidade.“Atualmente, o setor tem a impressão digital como desa!o para inovação”, diz Büntemeyer. “Pressupostos enormes estão esperando até que !que claro o futuro papel que terá a impressão digital.”O setor de tecnologia de impressão deverá eliminar esse obstáculo na Drupa 2012. A Kolbus quer contribuir com suas novidades, mas também focará nas encadernadoras convencionais que trazem tecnologias para aumentar a rentabilidade dos clientes.Para a Horizon, a impressão digital e as tecnologias de aca-bamento terão um papel de destaque maior do que há quatro anos. Ainda nesses termos, a Ferag centrará seus esforços na otimização de processo com o objetivo de oferecer maior e!ciência e redução signi!cativa de preços, novos conceitos de uso e soluções de valor agregado.

Tudo isso para dizer que temos motivos para "car-mos atentos. Deixemo-nos surpreender. www.drupa.com

Horizon AFC-746F

Revista DESKTOP 68

Page 69: Revista Desktop 126

de Máquinas e Equipamentos para Embalagem e Impressão

BRASILPACK | FLEXO LATINO AMERICA | EXPOGRAFICA

Visite o evento mais completo do setor e imprima mais ritmo para seus negócios.

Faça seu credenciamento online através do site. É rápido, fácil e gratuito.

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12 a 16 de Março 2012 | 11h às 20hAnhembi - São Paulo

A 3ª edição da SEMANA INTERNACIONAL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA EMBALAGEM E IMPRESSÃO traz os principais eventos dos setores realizados simultaneamente: BRASILPACK, FLEXO LATINA AMERICA e EXPOGRAFICA. Juntos formam o único e mais completo evento de embalagem e impressão que reúne tudo o que você procura para imprimir mais ritmo e gerar mais negócios para sua empresa.

Visite e fi que por dentro das novidades e tendências do setor!

Proibida a entrada de menores de 16 anos, mesmo que acompanhados. Evento exclusivo para profi ssionais do setor. O visitante que comparecer ao evento sem convite ou sem pré-credenciamento feito deverá fazer a sua inscrição no local. A entrada custará R$ 50,00.

FEIRA INTERNACIONAL DA INDÚSTRIA

GRÁFICA, PAPEL & TECNOLOGIA

Organização e Promoção:Local:

A Reed Exhibitions Alcantara Machado é uma empresa fi liada a Ubrafe.

Apoio Institucional:

Facebook: /semanainternacional

Linkedin: /semanainternacional

Page 70: Revista Desktop 126

Getulino PachecoDICAS & TRUQUES

O VASO DOS ANCESTRAIS!

30m

GETULINO PACHECO REVELA COMO CRIAR UM VASO DE ASPECTO ENVELHECIDO A PARTIR DE UMA ILUSTRAÇÃO 3D CRIADA ORIGINALMENTE NO ILLUSTRATOR.

Page 71: Revista Desktop 126

A dupla Illustrator e Photoshop executam excelentes resultados, oferecendo recursos que impressionam cada vez mais. Um exemplo é a criação de objetos de aspecto envelhecido e realista. Vimos um exemplo com o elmo metálico na edição passada. Vamos ver agora como fazer

01 COMO CRIAR A FORMA NO ILLUSTRATOR

02 RENDERIZANDO O VASO

03 APLICANDO AS GRAVURAS NO VASO

Con!gurei no Illustrator um stroke grosso com suas terminações arredondadas na cor marrom e, com a ferramenta Pen, desenhei a metade direita de um vaso. Converti em seguida o stroke para curvas em Object > Path > Outiline Stroke.

Depois, eu selecionei a forma criada e ativei E"ect > 3D > Revolve. Ativei o preview do painel para ver o vaso no formato 3D. Rotacionei levemente o cubo do painel de forma que a parte superior do vaso fosse exibida. Adi-cionei também um pequeno valor em Perspective para corrigir o ângulo visual e, depois, cliquei em Ok.

Ainda nesse passo, dupliquei o layer para criar uma cópia do vaso.

Posso aplicar qualquer coisa como gravura neste vaso: tanto imagens como texturas ou ilustrações feitas no próprio Illustrator. Neste caso, usei algumas ilustrações existentes no painel Symbols do Illustrator.No menu do painel Symbols, acionei em Open Library o painel Primitive. Escolhi três ilustrações e as arrastei para o meu arquivo. Em seguida, selecionei as três no arquivo e as arrastei juntas para dentro do painel. Isso faz com que elas se tornem um único símbolo dentro do painel.

Revista DESKTOP 71

Page 72: Revista Desktop 126

Agora, selecionei a cópia do vaso, no layer do topo, e ativei o painel Appearence. Nesse painel, eu clico sobre o ícone 3D Revolve para entrar nas con!gurações 3D da ilustração. Depois, clico sobre o ícone Map Art para visualizar o mapeamento da ilustração.

Clicando nas setinhas direcionais de Surface, eu navego por todas as partes renderizadas do objeto (que são mostradas abertas em forma de diagramas na janela do painel). Eu posso aplicar minhas informações que estão contidas dentro de uma extensão do painel Symbols localizada no próprio painel. Escolhi a parte externa do vaso, apliquei a gravura e ativei o item Invisible Geometry, fazendo com que o vaso desaparecesse e a gravura permanecesse exatamente da mesma forma como foi aplicada no mapa. Tenho agora dois layers, sendo que um contém o vaso sem gravura, e o outro exibe somente a gravura. Exportei o arquivo para o Photoshop.

04 TRABALHANDONO PHOTOSHOP

05 CRIANDO SALIÊNCIA COM O FILTRO GLASS

Abri o arquivo no Photoshop e dupliquei o layer da gravura. Com a cópia desse layer ativado, fui em Image > Adjustments > Desaturate para tirar a cor da gravura e, em seguida, apliquei sobre esta imagem o Filter > Stylize > Emboss para ganhar volume nos detalhes da gravura.

O !ltro Glass é um !ltro que cria distorções semelhantes a ranhuras ou lentes de vidros sobre a superfície de uma imagem. O !ltro já possui algumas opções de distorções prede!nidas. Porém, é possivel criar e salvar um mapa de distorção personalizado para o !ltro. A minha intenção era fazer com que a gravura !casse talhada na superfície do vaso. Então, escondi todas as outras visualizações dos layers, exceto a da gravura, e fui no menu File > Save As para criar um arquivo com outro nome, conservando a extenção Psd. Este irá ser o meu mapa de distorção.Depois, ativei e selecionei o layer do vaso. Em Filter > Dis-tort, eu acionei a opção Glass. No pop-up do painel, ao lado das opções de texturas, ativei Load Texture para ha-bilitar o arquivo Psd da gravura que salvei anteriormente.

Ao selecionar o arquivo imediatamente já se pode notar a distorção acontecendo na superfície do vaso pelo Preview da paleta. Pode se conseguir um volume mais saliente ou

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Page 73: Revista Desktop 126

06 APLICANDO TEXTURA

não bastando fazer os ajustes pelas opções de sliders do painel. Nesse caso, não é recomendável alterar o valor de Scaling, pois um valor maior ou menor do que 100%, que já esta con!gurado no painel, fará com que o efeito da distorção não ocorra no local desejado.

Uma vez aplicada a distorção da gravura sobre a superfície do vaso, ativei a visualização da gravura original e apliquei, em seu layer, um blending Overlay, o que fez com que a saliência fosse colorizada sem ocultar o volume.

Providenciei uma textura adequada ao efeito que pretendia e a arrastei sobre a imagem do vaso. Apliquei o blending Overlay para mesclar a textura com o vaso.

Ativei uma seleção em torno do vaso e, com o layer da textura ativado, inverti a seleção e deletei seu conteúdo para que a textura revestisse só a área do vaso.

Abri um novo layer abaixo de todos os demais e criei um background preto. Para concluir, !nalizei a imagem, trabalhando em seu sombreamento e usando recursos como Curves e Layers Style.

[email protected]/IllustratorGET

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Untitled-2 1 11/21/11 6:33 PM

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Untitled-2 1 11/21/11 6:33 PM

Page 76: Revista Desktop 126

Alexandre KeesePHOTOSHOP PRO

ALEXANDRE KEESE MOSTRA COMO APLICAR UM TOM ESPECIAL NA SUA IMAGEM, FAZER OS RETOQUES FINAIS E CRIAR UM EFEITO DE FLARE.

PEQUENOS EFEITOS,GRANDES DIFERENÇAS

30m

PARTE 2

Page 77: Revista Desktop 126

TOM ESPECIALNas campanhas de joias e relógios é muito comum encontrar um “tom especial”. Confesso que, em outras áreas, também já vi várias imagens que usam esse tom, mas os maiores representantes e ícones desse recurso, pelo menos para mim, são as imagens de joalherias.Para realizar esse efeito, preciso reduzir a saturação da imagem como um todo, inserir um tom predominante e, ao !nal, valorizar alguns detalhes. Depois de testar algumas opções e comandos, minha escolha foi:

01 LAYER BLACK AND WHITE

02 OPACIDADE

03 NOVO LAYER BLACK AND WHITE

04 SATURAÇÃO

No painel Adjustments, clique sobre o ícone Black and White para inserir um novo layer de ajuste.

Sua caixa de diálogo irá aparecer. Nela, você deve ativar a opção Tint, que é responsável por inserir uma tonali-dade predominante na imagem ao mesmo tempo que quebra a saturação.

Reduza a opacidade do layer para 50%. Dessa forma, uma combinação entre a imagem abaixo e o layer inseri-do é feito e nosso tom começa a ganhar vida.

Insira um novo layer de ajuste com o comando Black and White. Mas, desta vez, não precisa ativar a opção Tint. Em seguida, reduza sua opacidade para 60%.

Pode até parecer contraditório, mas agora você deve valorizar algumas cores, entre elas, os tons de vermelho e amarelo, usando o comando Hue & Saturation. Pense sempre que você vai escolher os tons mais importantes presentes em sua imagem.

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Page 78: Revista Desktop 126

[email protected]@alekeese

RETOQUE FINALFinalizei a imagem acrescentando uma moldura e unin-do todos os layers. O mais legal aqui é que tudo pode

TOM E FLAREAgora, vou inserir um tom que remete ao pink e um "are na imagem. Veja como é simples:

01 TOM

02 NOVO LAYER E SMART FILTER

03 BLEND MODE

Inserindo um layer de ajuste com o comando Color Balance, eu consegui um tom pink da foto. Basta usar o painel Adjustments e brincar um pouco com os valores do comando.

Insira um novo layer com o preenchimento preto. De-pois, pelo menu Filter, converta a imagem para Smart Filter. Por !m, entre no menu Filter > Render > Lens Flare e aplique o !ltro.

Troque o Blend Mode de Normal para Screen. Dessa forma, o preto !ca transparente e somente o efeito claro é visto na imagem.

TOQUE FINALReduzindo a saturação do layer com o Flare, você elimina toda e qualquer invasão de cores.

Você pode editar o !ltro a qualquer instante para buscar sua melhor con!guração e localização. Para isso, basta clicar duas vezes sobre seu nome pelo painel Layers.

Revista DESKTOP 78

Page 79: Revista Desktop 126

REALIZAÇÃO E ORGANIZAÇÃO:

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2012 O SUCESSO JÁ ESTAVA PREVISTO!

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Page 80: Revista Desktop 126

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Page 81: Revista Desktop 126

O assunto piratas está gravado em nosso imaginário de várias formas: homens mal-encarados, tapa-olhos, chapéus e muitas brumas. Vamos então dar forma a esse mundo de horror, encantamento e muita ação.

01 IMAGEM E FUNDO

02 COR SÉPIA E DRAMATICIDADE

Abra a imagem e duplique. Para isso, tecle Command + J para duplicar o Layer Background. É sempre bom ter uma cópia das imagens originais.

Utilize a nova ferramenta de recorte. Para isso, selecione o fundo, depois inverta a seleção. Agora, vá em Re!ne Edge. Com a ferramenta pincel dessa palheta, vá pintan-do ao redor da imagem do pirata de fora para dentro. Você vai perceber que todos os detalhes irão aparecer.

Para criar um tom sépia, use o Photo Filter. Escolha a cor sépia, reduza o valor de Density para 90 e deixe ativada a opção Luminosity.

Aplique um !ltro Hue/Saturation para diminuir as cores e a luminosidade: Hue 0, Saturation -20 e Lightness -10.

03 ACHATANDO OS LAYERS

Agora, vamos usar um comando para fazer um acha-tamento, mas preservando os demais layers. Usamos o comando Tudo “E” (ou seja, Cmd+Opt+Shift+E). Isto é o mesmo que fazer um Merge Layers. Feito isso, aplique o !ltro Smart Object. Entre no menu Filter > Convert Objects > Convert to Smart Objects. Note que o ícone que indica essa função aparece em seu thumbnail. É preciso usar esse comando para o próximo passo !car editável.

04 MAIS NITIDEZ E CONTRASTE

Aplique o !ltro Unsharp Mask nesse layer que acabamos de transformar em Smart Object. Use o valor 500 para Amount, 0,8 para Radius, 0 para Threshold. Aplique o !ltro mais uma vez, só que, agora, vamos usar esse !ltro para criar mais profundidade na imagem: use 30 para Amount, 30 para Radius, 0 para Threshold.

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Page 82: Revista Desktop 126

05 ONDE JÁ SE VIU FILME DE PIRATA SEM NÉVOA?

06 CICATRIZ DE PIRATA MALVADÃO

08 REBAIXANDO AS CORES

09 DENTES

07 MAIS NÉVOA

Com o Smart Sharpen, por se tratar de um !ltro de nitidez, a imagem a princípio deve ser analisada a 100% na tela, para que você possa ver de forma clara como o !ltro está trabalhando sobre ela.

Faça um ajuste de contraste. Crie novamente um layer de ajuste – “Create new !ll or adjustment layer”. Depois, vá para o menu Image > Adjustments > Levels.

Crie um novo layer. Estabeleça os valores da cor Fore-ground em R18, G5 B40 e da cor Background em R64, G10 B131. Depois, vá em Filter > Render > Clouds para criar a né-voa. Troque o Blend Mode para Multiply. Use a máscara que foi criada para retirar o fundo e aplique ela nesse layer.

Copie e cole uma imagem de cicatriz sobre o rosto. Ajuste com as ferramentas de distorção. Troque o Blend Mode para Multiply. Faça ajustes !nos com a borracha com a opção Brush.

Crie um novo layer e faça mais névoas. Repita o passo 5, mas, dessa vez, aperte a letra D para fazer um “reset” e dei-xar o Foreground/Background com as cores preta e branca. Mude o Blend Mode para Screen e controle a opacidade. Duplique esse layer e mantenha a opção do Blend Mode em Screen. Isso destacará mais o efeito; deixe a transparên-cia com 70%. Faça um Merge Layer desse layer com o layer de baixo; para isso, faça um Command + E. Agora, crie uma máscara e, com um pincel macio, trabalhe a quantidade de “névoas” que está sobre a imagem do pirata.Por !m, repita mais uma vez o passo 5: crie um novo layer e faça mais névoas. Não há necessidade de trans-formar esse layer em Smart Object.

Para um clima mais carregado, vamos rebaixar as cores. Crie um layer de ajuste Hue/Saturation pelo painel Layers. Use Hue 0, Saturation -54 e Lightness 0.

Crie um novo layer e faça umas manchas com um pincel macio. Pegue uma cor escura com a ajuda do contago-tas. Escolha um lugar, como a parte escura da língua do

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12 UM POUCO DE RUÍDO

10 MAIS PROFUNDIDADE

11 COR AMARELADA E MAIS NÉVOAS

Crie um novo layer e, com um pincel macio, vá pintando de preto em algumas partes. Vá alterando a opacidade. Siga a sua sensibilidade e criatividade.

Um tom de luz de velas é sempre um pouco amarelado. Use o Color Balance seguindo as marcações seguintes:

Shadow c0, m0, y-6Midtones c+16, m0 y-29Highlight c+19, m0, y-17

Agora, repita o passo 5: crie um novo layer e faça névoas, mas sem criar um Smart Object.

Aplicaremos um ruído para dar uniformidade à imagem. Com a tecla Option apertada, crie um novo layer através do ícone do painel Layer. Nesse layer, você pode controlar algumas opções de !ltros. Escolha o Blend Mode - Overlay.Vá em Filter > Noise > Add Noise e aplique um pouco de ruído nesse layer. Como ele é cinza e está como Overlay, só o ruído irá aparecer. Mais uma vez estamos usando uma maneira não destrutiva.

13 MAIS LUZ

Vamos trabalhar com o contraste e aproveitar para trazer um pouco mais de luz no rosto. Crie um novo layer de ajuste clicando no ícone que é um círculo preto e branco na paleta Layers. Com isso, voce criará um layer de ajustes New Fill Adjustment Layer. Faça um “S” com os pontos dessa curva.

pirata, para pegar a cor. O importante é não fazer um preto criado na paleta de cores. Na sequência, aplique um pouco de ruído. Use Filter > Noise > Add Noise…

14 FINALIZANDO

Agora, aplique o título. Você pode trabalhar com fontes e estilos e aplicar alguns efeitos através do Layer Style.

www.a2.com.br www.!ickr.com/photos/[email protected]

Depois de tudo pronto, duplique a imagem. Vá em Image > Duplicate, selecione a opção Duplicate Merge Layers Only. Isso fará uma cópia, achatando todos os layers. Transforme em CMYK, salve um JPG, e o trabalho

É isso aí pessoal, espero que tenham curtido!

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Kauê Luz e Leonardo LuzPHOTOSHOP PRO

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KAUÊ LUZ E LEONARDO LUZ REVELAM COMO CONTROLAR A LUZ DE UMA FOTO POR MEIO DE MATERIAIS COMO ESPELHOS, CARTOLINAS E PAPÉIS VEGETAIS. CONFIRA!

PAPEL, CARTOLINA E UMA PITADA DE SAL!

VOILÁ,

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Toda fotogra!a é incrementada pelas luzes e suas som-bras. Isso, de certa forma, é reconhecido até mesmo pe-los leigos da área. Então, em qualquer tipo de cena a ser fotografada, sabemos que, colocando uma luz dirigida a tal ponto, teremos uma luminosidade; e se quisermos uma sombra, basta não deixar a luz chegar até lá.O bom fotógrafo sabe que quanto maior a sombra, maior será o volume, e quando tivermos áreas muito iluminadas, estas representam os brilhos.Só que quando iluminamos pequenos objetos, ou cenas muito pequenas, isso passa a ser mais difícil de controlar. Querer uma área mais iluminada em um prato de alimen-to pode ser mais crítico, e quase impossível, em determi-nados pontos se pensarmos em iluminar com um spot.Diminuir a luz é igualmente difícil em alguns casos, principalmente se queremos sombrear apenas um dos lados de uma ervilha, por exemplo, ou não deixar o arroz estourar. E veja que em quase toda fotogra!a de alimento passamos por isto, pois sem grandes áreas de sombras, ou brilhos em lugares-chave, o alimento perde totalmente sua graça e frescor.Aliás, fotogra!a de alimento, em grande parte, tem a mesma iluminação: um Hazy 45º atrás do prato e, como dizia um professor de fotogra!a, uma luz ”lambida“. Mas, o pulo do gato está, realmente, em diferenciar os brilhos e sombras de cada alimento. E faremos isso usando pe-daços de espelhos,cartolinas e papéis vegetais.Faremos em um prato uma iluminação básica: apenas uma única luz. Mas usaremos um isopor branco ou leve-mente amarelado, em formato de “L”, recoberto em parte com uma folha amarela, para iluminar áreas sombreadas do prato. Veja que o amarelado pode esquentar o prato.

Com uns pequenos espelhos, vamos localizar um bri-lho mais forte, re"etido da luz principal para áreas onde queremos maior brilho, como na frente da carne que,

em geral, !ca mais escura. Ainda com umas pincela-das de azeite, podemos dar uns brilhos especulares na gordura. Com uma cartolina preta, podemos deixar o contorno da louça um pouco mais marcado, ou sombre-ar áreas muito claras.

Com um papel vegetal, localizado bem próximo, pode-mos aliviar o brilho do arroz na parte superior para evitar o estouro no branco.

Um papel branco, a 45º atrás, pode dar o brilho neces-sário para a faca e o garfo ou tirar o estouro de luz.

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01 CRIANDO O SMART OBJECT

02 DIMINUINDO AS SOMBRAS

03 MÁSCARA

04 LUMINOSITY E OPACIDADE

05 VIBRANCE

No Photoshop, abra a imagem disponível no link abaixo: www.revistadesktop.com.br/desktop126 . Por ser uma imagem em RAW, o Photoshop carrega automaticamen-te o ACR. Pressione, no ACR, o Shift do teclado e clique no botão Open Object. Dessa forma, iremos abrir uma imagem RAW em um Smart Object.

Com a imagem aberta no Photoshop, vá no menu Layer > Smart Objects > New Smart Object via Copy. Dessa forma, iremos copiar o Smart Object para um layer acima, deixando as propriedades do RAW de cada camada indi-vidualizadas. Depois, carregue novamente o ACR através do menu Layer > Smart Objects > Edit Contents.

Para que possamos diminuir a incidência das sombras na imagem, con!gure os sliders conforme os valores abaixo e clique em Ok:

Recovery:100Fill Light:100Blacks:0Contrast:100Clarity:100Saturation:-50

Essa experiência faz parte do curso Híbrido e sempre surpreende os participantes pela simplicidade de recur-sos técnicos, mas que faz toda a diferença no resultado da imagem. Agora, podemos, tranquilamente, enviar a imagem para o Photoshop e realizar os toques !nais.

Agora, vá no menu Layer > Layer Mask > Hide All. Criare-mos uma máscara escondendo o conteúdo.

No painel Layers, modi!que o Blend Mode de Normal para Luminosity. Com a ferramenta pincel selecionada e dureza 0, preencha de branco as áreas que devem ser iluminadas, como, por exemplo, o prato, alimentos e a carne. Depois, modi!que a opacidade da camada para 50%.

Para darmos vida aos alimentos, clique no menu Layer > New Adjustment Layer > Vibrance. Aplique o valor 100 de Vibrance.

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[email protected]

06 TOMATES,LEGUMES E CARNES

07 TOQUES FINAIS

Inverta a máscara, clicando no menu Image > Adjustments > Invert. E, com o pincel selecionado, aplique nas áreas do tomate, carnes e legumes. Para esquentar as cores dos legumes e carnes, vá para o menu Layer > New Adjustment Layer > Selective Color e, no Red, aumente o Magenta para 30 e Yellow para 15.

Pressione Ctrl+Alt+Shift+E e crie um layer com todos os ajustes. Modi!-que o Blend Mode para Luminosity. E, para !nalizar, aplique um !ltro de nitidez pelo menu Filter > Sharp > Unsharp Mask.

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Marcio NegherbonPHOTOSHOP PRO

25h

www.revistadesktop.com.br/desktop126

MALA POLARMARCIO NEGHERBON REVELA NOVO EXEMPLO DE FUSÃO DE FOTO COM ILUSTRAÇÃO 3D!

Combinar foto com ilustração 3D sempre proporciona trabalhos criativos e interessantes. Porém, mesmo em trabalhos simples, é muito fácil “errar a mão”, se não tiver-mos cuidado. É preciso atenção e bom senso.

A imagem desta edição foi produzida para a Polar, tradi-cional marca de cerveja do Rio Grande do Sul. A proposta da agência foi muito interessante, possibilitando um tra-balho abrangente, usando o melhor de cada ferramenta.

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IMAGENS ORIGINAISAntes de mostrar o passo a passo, veja abaixo as imagens originais do trabalho. Elas podem ser baixadas pelo link www.revistadesktop.com.br/desktop126

01 MALETA

A maleta foi modelada em 3D de acordo com o formato solicitado por nosso cliente. As texturas iniciais foram aplicadas apenas para visualização, deixando a !naliza-ção para o Photoshop. A sombra usada foi do próprio render do programa.

O resultado das texturas ainda deixava a desejar. Foi necessário deixá-las com aspecto mais orgânico. Usamos uma textura de couro de nosso banco de imagens e aplicamos essa textura com critério em todas as faces da maleta. Para valorizar os detalhes, aplicamos uma costura, também utilizando imagens de banco. Já deixa-mos o layer da textura dessaturada para evitar manchas indesejadas mais adiante.

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Com a base preparada, chega o momento de aplicar a cor verde, que já estava prede!nida. Por cima da cor, criamos um layer dessaturando -15%.

Chega a vez de criar os acessórios da maleta. O pega-dor e os metais cromados foram colocados em um layer separado por cima de tudo, deixando o conjunto independente para retoques. Tudo montado, começa-mos a valorizar a peça, realçando o contraste e aplicando volumes em pontos estratégicos. Nas bordas, um pouco mais de luz para acentuar o encontro das costuras. A textura também !cou bem mais evidente agora.

Na parte interna superior da maleta, aplicamos uma textura de tecido. Criamos um tom amarelado e, em seguida, destacamos os volumes, desenhando um leve movimento. Com Blend Mode em Multiply, centralizamos o logo do cliente.

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02 CERVEJAS

Para aplicação das cervejas, usamos fotos do produto. Garrafas e latas foram recortadas e prismadas de acordo com o layout da agência.

Colocamos os produtos todos dentro de um grupo, dei-xando o arquivo bem organizado. Por cima e em volta das cervejas, fomos encaixando os cubos de gelo. Podemos usar vários métodos para simular os efeitos de transpa-rência no Photoshop. Na imagem em questão, pelo fato de o conjunto de layers estar por cima de tudo, criamos uma máscara no grupo e apagamos alguns pontos bem de leve. Onde aparece a transparência, distorcemos a imagem para dar mais realismo à refração.Agora, o momento de valorizar ainda mais a produção: com fotos de fumaça, criamos a névoa característica do gelo. Essa parte não é muito complicada, mas é preciso ter cuidado para simular o comportamento real da né-voa. Erros e exageros são inevitáveis, por isso, a opinião de outros da equipe é muito importante para conferir realismo ao trabalho. Usamos Blend Mode em Screen.

Com a imagem !nalizada, o resultado é uma maleta dos sonhos de muitos, ainda mais com esse verão de altas temperaturas. Com ampla divulgação, a imagem foi usada especialmente no hotsite da Cerveja Polar e no Facebook. Ainda que usada amplamente na Internet, produzimos essa imagem em grande formato, estimando cerca de 25 horas de trabalho, desde a ilustração ao acabamento.

[email protected]://mecasave.blogspot.com

FICHA TÉCNICAAnunciante: Ambev – Polar       Agência: PaimDireção de Criação: Carlos A. Thunm e Rodrigo PintoCriação: Luiza Ollé e Rodrigo RochaAtendimento: Mariana Balestra, Dolores de Pauli e Daniela FloresProdução Grá"ca: Elisa Moura  3D e Manipulação de imagem: Meca

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Adobe Certified Expert;Consultor Adobe Systems Brasil;Diretor do Grupo PhotoPro;Autor do livro Tratamento & Edição Profissional de Imagens, do DVD 100% Photoshop CS5, Máscaras e Seleções e coautor do DVD Photoshop & Fotografia: A Arte da Imagem Conceitual, com Brasilio Wille.

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