Revista Destaque 38 - ACE Botucatu... · signi cativa para nossa entidade. Em fevereiro, Roseni...

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Ano 3 - Edição 38 - Março de 2019 Botucatu Distribuição Gratuita Economia ACEB e a Prefeitura reafirmam luta pela Junta Comercial Qualidade de Vida Crossfit estimula os limites do corpo João Passos A rua que une a tradição e a modernidade de Botucatu

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Ano 3 - Ed i ç ã o 38 - Ma r ç o d e 2019

B o t u c a t uDistribuição Gratuita

Economia

ACEB e a Prefeitura reafirmamluta pela Junta Comercial

Qualidade de Vida

Crossfit estimula os limitesdo corpo

João PassosA rua que une a tradição e a modernidade de Botucatu

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VEÍCULOS|Freire Motos: a excelência da marca Honda se consolida na região

B o t u c a t u

Expediente

www.acecdlbotucatu.com.br

Horário de expediente do SCPC Segunda à Sexta das 08:00h às 18:00 h

Presidente

Emilio Angella Neto

Vice Presidente

Donizete Aparecido Manzini

Secretários

Carlos Roberto de Souza e

Mario Eduardo P. de Almeida

Tesoureiros

Julio Calonego e Rafael Trevizoli

Conselho Fiscal

João Batista Correia Ribeiro, Carlos Roberto

Dorini e Jose Roberto Carrega

Suplentes

Ricardo de Campos Dorini, Marcelo

Michelim e James Sales Pereira

Conselho Deliberativo

Carlos Alberto Fumes, Marcia Inês Bravin

Angella e Wilson Cesar da Cruz

Membros

Luiz Guilherme F. de Freitas, Sacae

Watanabe, Ricardo José Pauletti, Luiz R B

Peres, Maria A Sartor de Oliveira, Marcos

Antonio Garcia, Geraldo Inacio Silva Filho e

Antonio Cecilio Junior

Revista Destaque - Distribuição Gratuita e Dirigida

Publicação produzida pela ACEB

Rua Curuzu, 565, Centro. Tel: (14) 3882-0010

Periodicidade

Mensal

Tiragem

1.000 exemplares

Diagramação

Jornalista Responsável

Flávio Fogueral MTB: [email protected]

(14) 99795-9210

Impressão

Gralar - (14) 3812-5700 - São Manuel

Erica Lopes - [email protected](14) 99819-3753

PALAVRA DO PRESIDENTE

O bom pagador

A inadimplência é ainda um fator de grande aição, não só ao empresário que

sente a lucratividade e o poder de investimento se esvair; mas também ao consumidor que perde seu principal poder de barganha na hora de comprar: o crédito em praça.

Nos últimos anos, com as crises econômicas, muitos dos consumidores perderam a capacidade de crédito em praça. Quase 70 milhões de brasileiros (as) economicamente ativos (as) tiveram os nomes negativados por não conseguirem quitar seus débitos. Isso apenas em 2018. E parte dessas dívidas estão com pessoas acima dos 30 anos. Situação que se pode classicar como preocupante.

Em âmbito local, a Associação Comercial e Empresarial de Botucatu (ACEB) registrou mais de R$ 3,7 milhões de dívidas não honradas pelos consumidores no comércio e serviços. Foram mais de 3440 Cadastros de Pessoas Físicas com algum tipo de pendências e que sentiram os reexos na hora de comprar a prazo ou obter crédito. Muitos dos débitos estão registrados há mais de doze meses e geralmente são contas de até R$ 500.

Mesmo com a recuperação lenta da economia, existem gargalos preocupantes para uma retomada mais consistente. Anal, a capacidade de compra e contratação de crédito são termômetros para o aquecimento econômico de uma região.

Mas anal- muitos se perguntam- o que é o Cadastro Positivo de Crédito? Nada mais é que um serviço prestado por empresas especializadas que avaliam o risco de crédito de pessoas físicas e empresas, baseando-se em seus históricos nanceiros e comerciais. Dá-se, a partir disso, notas de crédito, chamadas de “score”, que é compartilhada a instituições nanceiras como bancos e também ao comércio. Com isso, podem denir os limites de crédito a ser concedido ou mesmo negociar descontos diferenciados a tais clientes classicados como “bons pagadores”.

Os trâmites do Projeto do Cadastro Positivo sempre estiveram envoltos em polêmicas, mais pela privacidade dos dados, com algumas contestações sobre a sua ecácia. Pesquisa promovida pela Boa Vista SCPC, em 2018,

mostrou que mais da metade dos brasileiros ouvidos pela entidade consideram a lista como benéca para a vida nanceira. Muitos pontuaram questões que o cadastro facilitará o planejamento das contas, maior poder de barganha e de negociação por taxas de juros mais competitivas.

Por m, o projeto foi aprovado e adotado a partir de 2011, mas o cadastro ocorria apenas de forma voluntária pelas entidades. No entanto, em 20 de fevereiro, a Câmara dos Deputados aprovou mudanças importantes na Lei Complementar 441/17 do Senado, com a inclusão será automática e a pessoa, para sair do cadastro, terá que fazer a solicitação. O texto voltará a ser apreciado novamente pelo Congresso e, em caso de aprovação, entrará em vigor no máximo em 90 dias.

Com isso, entendemos haver uma análise de crédito mais precisa, tendo em vista que as ferramentas serão bem mais analíticas. É mais um o de esperanças para que a atividade econômica volte a encontrar o seu rumo no país.

Não posso encerrar esta mensagem aos associados neste mês sem lamentar uma perda signicativa para nossa entidade. Em fevereiro, Roseni Naves de Araújo nos deixou aos 74 anos. Empreendedor, foi gerente da lial de Botucatu do antigo Jumbo Eletro e depois, foi ousado em investir em suas próprias lojas como a Discoteca da Cidade e La Femme. Em 1987 foi presidente da então Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), sendo inclusive o pioneiro na apresentação do projeto de revitalização da Amando de Barros, ainda na década de 1980, com propostas ousadas e que dariam um novo fôlego ao principal corredor comercial de Botucatu. Quase duas décadas depois este anseio se concretizou e temos uma rua extremamente dinâmica e que serve de modelo para o nosso comércio de rua. À f a m í l i a , n o s s o s sentimentos e mais sinceros cumprimen-t o s d e a m i z a d e fraterna! Emilio Angella Neto

Presidente da ACEB

ACEB|Reunião estreita articulação da Junta Comercial em Botucatu

CAPA|João Passos e a imponência de uma rua histórica de Botucatu

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CIDADE|Sabesp assume construção da barragem do Rio Pardo

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SAÚDE|Superando os limites do corpo pela qualidade de vida

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VEÍCULOS|Motoristas pagarão R$ 50 milhões de IPVA em Botucatu

GASTRONOMIA|Hambúrguer à parmegiana

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SEBRAE|Plano de negócios: um guia para cada passo da empresa

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DESTAQUE|O adeus a um presidente empreendedor

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4 ECONOMIA|Impostômetro: Botucatu arrecadou R$ 98 milhões em 2018

ÍNDICE

CONHEÇA BOTUCATU|Pinacoteca, a arte mais próxima da população

TURISMO|Museu do Café um dos mais frequentados do interior

NEGÓCIOS|Número de novas empresas sobe 14% em 2018

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Demonstrativo Financeiro Sintético - Janeiro 2019

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Contribuintes botucatuenses- sejam eles pessoas físicas ou jurídicas-, pagaram R$ 98 milhões em

impostos no ano passado. Este é o cálculo obtido pelo Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo. De 1º de janeiro a 31 de dezembro, o registro foi de R$ 98.063.650,23 oriundos dos mais diversos tributos cobrados da população e de empresas.

O número é superior ao registado em 2017, onde o impostômetro mensurou R$ 87.836.650,14, especi-camente no município. O resultado foi obtido em um período onde o país ainda saía da crise econômica dos anos anteriores e sentia os impactos da recessão. Em 2016, no ápice da turbulência da economia brasileira, Botucatu registrou R$ 77,843 milhões em impostos.

Segundo informado pela Prefeitura de Botucatu, a expectativa de arrecadação, somente com o Imposto Territorial e Predial Urbano (IPTU) foi de aproximada-mente R$ 30 milhões. Pela legislação, o Poder Público tem que destinar este valor da seguinte maneira: 25% são destinados à Educação, 15% para a Saúde, e os 60% restantes, o Município custeia a sua manutenção e aplica em obras diversas e convênios com o Estado e a União.

Já o Imposto sobre Serviços (ISS) e outras taxas de licenças rendeu, em 2017, R$ 23 milhões. No ano passado a média foi a mesma. Para se ter uma ideia, somente o pedágio instalado na Rodovia Marechal Rondon (SP-300), foi responsável pelo depósito de R$ 2,65 milhões no total arrecadado em 2017, sobre o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS-QN).

O Imposto Sobre a Propriedade para Veículos Automotores (IPVA), mesmo sendo de origem estadual, possui divisão na esfera municipal. Em 2018, o governo paulista cobrou a incidência do mesmo em 61.785 veículos, totalizando R$ 50.177.548. Metade do valor é repassado ao município, que pode ter diferentes aplica-ções como educação, saúde, segurança pública, saneamento básico, entre outras.

O impostômetro estima que o total arrecadado em janeiro deste ano, feche com estimativa de R$ 10,925 milhões em impostos. A ferramenta considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos: impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária. Para o levantamento das arrecadações federais a base de dados utilizada é a Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União, e IBGE – Instituto Brasileiro de Geograa e Estatística.

Outro ponto frisado é o tempo que o contribuinte leva para honrar com todos os impostos. Para que isso ocorra, nas três esferas (União, Estados e municípios), cada brasileiro trabalhou 153 dias. Este número se manteve estável desde 2016. No entanto, cresceu consideravel-mente na última década sendo que, em 2010, era preciso dedicar 148 dias para honrar com todos os compromissos como tributos e impostos.

Impostômetro: Botucatu arrecadou R$ 98 milhões em 2018

ECONOMIA

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Mais um passo crucial para a construção da barragem do Rio Pardo, em Botucatu, foi dado

pelas autoridades. Em 12 de fevereiro, o prefeito Mário Pardini (PSDB), acompanhado do vice-prefeito André Peres, além de uma comitiva de vereadores esteve na sede da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), junto ao presidente da empresa, Benedito Braga, onde assinou um contrato aditivo para a execução da obra.

Com isso, a Sabesp assume a integralidade da obra, orçada em mais de R$ 50 milhões e que prevê a constru-ção de uma barragem acima do complexo turístico do Véu da Noiva, a nove quilômetros do montante da represa do Mandacaru. Pelo projeto, a obra terá extensão de 280 hectares, sendo 130 destinadas às Áreas de Proteção Permanente, com reorestamento e conservação ambiental. A barragem em si terá 600 metros de extensão e profundidade máxima de 20 metros.

A nova represa é um planejamento a longo prazo para aumentar a capacidade no fornecimento de água ao município para as próximas cinco décadas. Estima-se que o local poderá reter até nove bilhões de litros de água, suciente para atender a uma população superior a 400 mil habitantes. Além da obra de represamento, o Poder Público prevê a construção de área de lazer, com centro de convivência, estacionamento, além da manutenção e recuperação do Complexo Turístico do Véu da Noiva. Tais benfeitorias serão realizadas em momento posterior à entrega da represa.

“Esse é um dos momentos mais importantes da história do nosso Município. Além de garantirmos a construção da represa, que vai abastecer Botucatu por décadas, a Sabesp vai custear essa obra, sem onerar os cofres da Prefeitura. Esse era nosso desejo desde o início, que não foi compreen-dido por algumas pessoas, mas que após trabalharmos muito, diariamente, se realizou, salientou o Prefeito Pardini.

A próxima etapa será a abertura da licitação para contratação da empresa que executará a obra. O edital foi publicado no nal de fevereiro no Diário Ocial do Estado

(DOE). A previsão é de que este resultado saia em 5 meses e portanto, a ordem de serviço seja expedida ainda neste ano. Estima-se que a obra seja inaugurada de dezoito a vinte e quatro meses.

Sabesp assume integralidade da construção da barragem do Rio Pardo

CIDADE

Prefeito Mário Pardini e Benedito Braga, presidente da Sabesp assinam contrato onde a empresa assumirá obra

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ACEB

A viabilização do escritório regional da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp),

vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, em Botucatu teve mais um importante passo. Reunião no dia, 2 de fevereiro, delineou estratégi-as para os próximos trâmites burocráticos que visam a autorização ocial, por parte do governo estadual, do braço do serviço voltado a abertura de novas empresas do segmento.

O encontro ocorreu no gabinete do prefeito Mário Pardini (PSDB) onde recebeu a presidente interina da Jucesp, Adriana Flosi, além do secretário municipal de Desenvolvimento, Daniel da Cruz Lopes e do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Botucatu (ACEB), Emílio Angella Neto e do 1º tesoureiro da entidade, Julio Calonego.

Foram apresentadas à presidente da Jucesp detalhes de como o escritório funcionará no município. Convênio aprovado em novembro pela Câmara Municipal estabele-ce que o futuro escritório terá colaboração mútua entre Prefeitura e ACEB. O Poder Público cará responsável

pela alocação de servidores de carreira para atuação nos serviços, enquanto que toda a estrutura física e logística cará a cargo da Associação Comercial.

O objetivo do escritório será desconcentrar serviços relativos a registro público de empresas mercantis e atividades ans. Atualmente, contadores ou mesmo empresários precisam se deslocar a outros municípios, como Bauru, Sorocaba, Campinas ou mesmo São Paulo para a viabilização de trâmites burocráticos na abertura ou encerramento de empresas. Falta apenas a autorização o c i a l p o r p a r t e da s e c r e t á r i a e s t adua l d e Desenvolvimento, Patricia Ellen da Silva. Ainda não há previsão para que o ato ocorra, segundo explicou a presidente interina da Jucesp, devido às mudanças de governo e realinhamento e reorganização da estrutura operacional da pasta. Adriana Flosi deverá se reunir com a titular da pasta de desenvolvimento estadual, nas próximas semanas, a m de apresentar o projeto botucatuense.

Hoje, a entidade conta com 35 escritórios regionais, mesmo número de postos de serviços espalhados pela capital, litoral e interior. “A grande tarefa da Junta Comercial é a integração econômica estadual, fazendo com que todos os licenciamentos empresariais passem pela entidade. O que o novo governo quer é a implantação de um modelo mais ecaz de abertura das empresas”, salientou Flosi, ressaltando que a presença de um escritório próprio em Botucatu resulta do dinamismo econômico e que beneciará ampla gama de municípios no entorno pela agilidade no atendimento.

Para o prefeito Mário Pardini, a reunião encerra mais uma etapa em busca da implantação em denitivo do serviço empresarial no município. “Desde o ano passado estamos lutando, junto com a equipe da ACEB, para trazermos um escritório da JUCESP para Botucatu.

Reunião estreita articulação para autorização da Junta Comercial em Botucatu

Julio Calonego, tesoureiro da ACEB; Daniel Lopez, secretário de desenvolvimento; Prefeito Mário Pardini,; Adriana Flosi,

presidente da Jucesp e Emílio Angella Neto, presidente da ACEB

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ACEB

Apresentamos essa demanda para Adriana, para que ela nos ajude a vencer os trâmites burocráticos com mais agilidade. Ela nos explicou que ainda está montando a equipe da nova estrutura da Junta Comercial. Vamos aguardar esse momento, mas agora temos uma grande proximidade com essa instituição que desejamos ter em Botucatu, para facilitar a vida dos empresários, consequen-temente gerar emprego, renda e desenvolvimento para nosso município”, armou o chefe do Executivo municipal.

Já o presidente da Associação Comercial e Empresarial de Botucatu, Emílio Angella Neto, a reunião entre as partes interessadas no escritório foi crucial para

que a assinatura nal do convênio ocorra o mais breve possível. “As primeiras etapas para a implantação da Junta Comercial do Estado em Botucatu, que eram a denição do projeto para o convênio e sua posterior aprovação pela Câmara Municipal, foram importan-tes para mostrar o empenho e rearmar o interesse de se ter um escritório regional da Jucesp. Sabemos que o apoio da Adriana Flosi, que é botucatuense e preside a entidade, é fundamental para rearmar esse anseio que beneciará empresários de toda a região”, disse.

Junta Comercial é anseio empresarial desde 2013

A proposta da regional da Junta Comercial em Botucatu era um antigo anseio do empresariado local. Desde 2013, requerimentos foram protocolados na Câmara de vereadores, a m da implantação da unidade.

No entanto, em julho de 2016, o deputado estadual Fernando Cury (PPS), anunciou a viabilização do escritório. Estudos técnicos e de viabilização, além de todos os trâmites burocráticos foram realizados pelas entidades interessadas.

O atual projeto para o escritório foi sendo denido em parceria com a ACEB e Prefeitura, sendo aprovado em novembro de 2018 pela Câmara Municipal.

Encontro realçou a importância da Jucespao empresariado botucatuense

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O mês de fevereiro reservou uma triste notícia à Associação Comercial e Empresarial de Botucatu

(ACEB). Faleceu, no dia 13, Roseni Naves de Araújo, aos 74 anos. O empresário, com signicativa atuação no varejo local, também se destacou à frente da luta pelo desenvolvi-mento econômico botucatuense, sendo presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

Com uma trajetória de dedicação ao varejo, Naves nasceu em Campos Gerais (MG), mudando para São Paulo aos quinze anos. Iniciou sua carreira prossional em uma papelaria no bairro da Liberdade. Tempos depois tornou-se vendedor da antiga Eletroradiobras, um dos maiores grupos de varejo do Brasil nos anos 1950 a 1970, vendido logo após ao Pão de Açúcar, vindo a se tornar a Jumbo Eletro.

Em 1974, Roseni foi transferido para ocupar a gerência da loja de Botucatu, da então Jumbo Eletro. Já no começo dos anos 1980, o destino o levaria a outra cidade, dessa vez para São José do Rio Preto. Recusou o convite, quando decidiu empreender. Inaugurou a “Discoteca da Cidade”, uma das mais conhecidas lojas de discos e música da região. Empreendedor, foi responsável por trazer conceitos únicos na venda de produtos, com a “La Femme”, especializada em bolsas, joias e bijuterias. Trabalhou ainda como representan-te comercial até 2015, quando se aposentou.

Sua atuação frente ao varejo levou Roseni Naves a ter atuação imprescindível para a consolidação do comércio. Em 1987 assumiu a presidência da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), onde solidicou as campanhas promocionais em datas diversas. Foi também o responsável por apresentar o primeiro projeto de revitalização da Rua Amando de Barros.

Era um plano ousado para a época, que consistia no alargamento das calçadas, uma única faixa para passagem de veículos; nova instalação da rede elétrica; áreas de

descanso com bancos e oreiras; em cada quadra bolsões para carga e descarga, algo que fora adotado pelo Poder Público quando da primeira etapa da revitalização, em 2016. A única diferença é que, no projeto original não havia espaço para estacionamento visto que priorizava o cliente pedestre.

Casado por cinco décadas com Ivanice Santos Araújo, foi pai de Alessandra Naves de Araújo, Ricardo Naves de Araújo e Cristiano Naves de Araujo. Roseni ainda deixou os netos Danilo, Gabriela, Victória e Felipe.

Por sua contribuição à história da ACEB, Naves foi homenageado em 2016 e consta na galeria de ex-presidentes da entidade. Uma homenagem justa a um personagem que deixou sua marca no comércio botucatuense.

O adeus a um presidente empreendedor

DESTAQUE

Foi na gestão de Roseni Naves que surgiu o primeiroprojeto de revitalização da Amando de Barros

Araújo com a família durante homenagem da ACEB

Roseni Araújo teve sua contribuiçãoao comércio reconhecida pela ACEB

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Toda região central é um resgate histórico de qualquer Cidade. Toda a efervescência e o crescimento urbano

passaram pelas aglomerações iniciais. Edicações e espaços públicos que mostram uma época passada e que representa a dedicação das pessoas que zeram em prol do município. Uma das mais tradicionais ruas de Botucatu, a João Passos, sintetiza este resgate da memória, ao mesmo tempo em que abre caminhos para o desenvolvimento.

Abordar a origem desta rua também é resgatar o início da Cidade. Ocialmente é a terceira rua construída em uma incipiente Botucatu, ainda no século XIX. Recebeu algumas denominações, como Rua Nova, Rua de Cima, sendo que a mais popular e a que perdurou por mais tempo foi a de Cesário Alvim, já em 1884 que, segundo consta no livro Achegas para a Histórica de Botucatu, de Hernâni Donato, tal denominação ocorreu quando da Proclamação da República, para homena-gear um dos políticos que foram propagandistas do então novo regime político.

A mudança de nome, que visa homenagear um dos mais signicativos empresários botucatuenses, ocorreu por meio da Lei 1757, de 12 de abril de 1971, promulgada pelo então prefeito Luiz Aparecido da Silveira, o Lico. Trocava-se o Cesário Alvim e a região seria denominada de João Passos (leia biograa ao nal da reportagem), junto com uma homenagem que o decreto especicava: nas placas instaladas, abaixo do nome da via apareceria o complemento “Líder Autêntico”.

E com este batismo, a rua foi se consolidando nas três décadas seguintes. Desenvolveu-se, tornando-se um importante corredor comercial e empresarial em seus três quilômetros de extensão, que cortam diversos bairros. Sede de 259 empreendimentos (número de fevereiro de 2019), segundo a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, a região é a síntese da dinâmica empresarial do Centro de Botucatu. Seja prestação de serviços como educação, saúde ou mesmo no entretenimento, é esta diversidade que faz a via se tornar destaque.

Outro ponto é a relevância histórica da rua. Ao transitar pelas quadras é possível conferir prédios consagrados e que remon-tam a anos de lutas e trabalho para o crescimento de Botucatu.

Desde a vertente religiosa, com o Santuário de Lourdes, um dos pontos turísticos que leva a arte barroca nas representações sacras; à Igreja Presbiteriana Independente, onde a imponência de sua Catedral também remete à conexão entre o terreno e o divino. O lazer está nos espaços públicos como o acesso à Praça Emílio Pedutti, o Bosque, onde outrora abrigou o famoso Cine Teatro Espéria. Hoje, no local, uma área voltada para o povo, com a Fonte Luminosa sendo o cartão postal.

João Passos: toda imponência de uma das ruas mais históricas de Botucatu

CAPA

Prédio atual da Câmara tevediversas usos: clube e prefeitura

A rua com o antigoTeatro Espéria

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As decisões políticas e que dita os rumos do município estão em evidência, com a Câmara Municipal ocupando um prédio histórico, que já foi clube social, sede da Prefeitura Municipal, da Divisão de Cultura e também Biblioteca Municipal. Como espaço dos debates públicos, já passou por reformas para atender às necessidades da população, mas sem deixar de exibir sua fachada com o relógio de louça portuguesa que, há mais de sessenta anos, é uma atração a quem transita pela região.

Hoje, a rua está consolidada como uma das mais importantes do município. Isso é visto pela valorização imobiliária e também pelos constantes investimentos. A todo momento, o dinamismo do local faz com que novas empresas se juntem a tradicionais empresas.

Uma oportunidade para realizar o sonho de empreender. Foi nesse anseio que a empresária Karina Zucari criou, em 2016, a Amor em Pacotes, uma loja dedicada a presentes diferenciados, decoração e utensílios domésticos especiais. Fisioterapeuta por formação, tem também no empreendimento a concretização de um antigo desejo. “A ideia da loja foi para tentar suprir essa necessidade de presentes para várias ocasiões como aniversários e casamentos. Também primo pela decoração para casa e utensílios para equipá-la”, ressalta.

A experiência da loja, instalada estrategicamente em um antigo casarão no cruzamento das ruas João Passos com a Moraes Barros, proporciona aos clientes uma imersão em que os itens à venda fazem parte da decoração. Há mais de um ano optou por transferir a empresa ao atual endereço, por diversas opções, sendo que a facilidade de acesso e um

contato maior com o público foram preponderantes. “Na João Passos a loja se consolidou, mas tem que se destacar que é uma rua de fácil acesso no Centro da cidade, além de toda a tradição que se tem, o que é fator crucial nas escolhas para se investir”, salienta Karina.

Um dos empresários que observou o potencial da região foi João Batista Correa Ribeiro, proprietário da loja Acha Tudo, especializada na comercialização de itens variados como ferramentas e utilidades diversas. A história do empreendimen-to já conta com treze anos de sucesso na região do Lavapés.

Ribeiro, que por anos foi comerciário e passou pela gerência da lial da J.Mahfuz, tinha o anseio de empreender. Após diversas análises de mercado, escolheu o perl da empresa e, por m, selecionou a Rua João Passos, tendo em vista a carência da região Sul de Botucatu em lojas do tipo.

CAPA

Karina optou pela rua porseu dinamismo de negócios

Ribeiro apostou no crescimento daregião sul para sediar a Acha Tudo

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O início, modesto, foi em um pequeno espaço, de menos de 80 metros. Contou com o auxílio da esposa Vanderlene Ribeiro e das lhas Juliana e Miriam. Com o sucesso do empreendimento, Ribeiro alçou novos voos, ampliando o leque de atuação da Acha Tudo, com uma loja de 300 m². O local começou a car insuciente para a quantidade de produtos. Desde 2015, porém, com um novo espaço, dessa vez com mais de 1200 m², a empresa oferece mais de 20 mil itens que variam desde materiais para construção, utilidades para o lar, entre outros produtos. De apenas um funcionário no início do empreendimento, atualmente Ribeiro é respon-sável por empregar mais de vinte colaboradores.

O empresário reforça que a região da João Passos, no Bairro do Lavapés mostra uma particularidade: por estar na conuência com outras vias importantes da Cidade (Ruas Amando de Barros, Curuzu, General Telles), é atrativo nas facilidades de infraestrutura. “A empresa estrategicamente precisava estar em um ponto bem visto, já que a localização era importante. Tínhamos a pretensão de car no centro, mas que fosse acessível ao cliente. E a João Passos atendeu a este anseio, por ser uma via de acesso a diversos bairros, além de ser uma saída para rodovias”, explica o empresário.

Para ele, a região do Bairro do Lavapés sentiu o cresci-mento de Botucatu para a Zona Sul, principalmente com os novos residenciais populares e a pluralidade dos empreendi-mentos. “Não tinha uma loja desse tipo na região. Lembro que, quando abri a loja um conhecido me indagou porquê de se abrir justo neste bairro, onde as casas eram antigas e estava um pouco afastado do Centro. No entanto, a empresa deu certo e estamos em um momento em que pensamos em expandir novamente”, conclui Ribeiro.

Uma relação de sessenta anos com a Cidade

A Rua João Passos foi, ao longo dos anos, escolhida estrategicamente por empresas e entidades representativas para abrigar suas sedes. Desde a vida política, religiosa, educacional, artística ou mesmo social, a via se tornou emblemática na construção de histórias de sucesso. Um desses exemplos é o Sindicato Rural de Botucatu, criado em 1947, ainda sob o nome de Associação Rural de Botucatu.

Foram personagens de relevância na gestão do sindicato Sylvio Galvão (1947/1951), Jaime de Almeida Pinto (1951-1955). Impossível falar do Sindicato Rural sem citar o nome de João Baptista Ciof (1915-2015) que, de 1955 a 2015, presidiu a entidade conquistando diversos avanços como a

mudança da sede, que por anos funcionou no Mercado Municipal, para um prédio próprio no atual endereço ainda na década de 1980. Atualmente a gestão é exercida por Alfredo Chaguri Neto, que tem o desao de prosseguir com os avanços no segmento. “Já no mandato do João Ciof conseguimos ter uma base sindical sólida que nos possibilita continuar com os serviços prestados aos mais de duzentos associados de Botucatu, Itatinga e Anhembi. Além do espaço físico da sede na Cidade, ainda temos uma área na Fazenda Experimental do Lageado onde ocorrem cursos e também serve de suporte caso o produtor rural tenha necessidade de uso”, ressalta Chaguri.

CAPA

Chaguri, presidente do Sindicato Rural: Entidademais próxima e gama de serviços aos associados

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Com atuação direta junto ao produtor rural, o sindicato oferece serviços nas áreas de departamento pessoal, como assessorias burocráticas, orientações prossionais; tributos e de receita; assistência técnica em veterinária e assistência jurídica. Também prima pela qualicação prossional dos associados e dos trabalhadores rurais com cursos gratuitos e totalmente subsidiados ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Somente em 2018, o sindicato promoveu mais de 120 capacitações abrangendo tópicos como hortas orgânicas, manejo de estufa, compostagem, além de outros alinhados com as novas tendências tecnológi-cas no campo como inclusão digital no campo.

Além disso, o sindicato mantém parceria com outras entidades e colabora diretamente com o Poder Público. Para se ter uma ideia desse auxílio, houve desde fornecimento de maquinários para uso da comunidade agrícola, além de ações para auxiliar no desenvolvimento do setor. “Por meio de um convênio com a prefeitura cedemos equipamentos como ensiladeira, colhedora de milho para pequenas propriedades e carreta para transporte de forragem. São voltadas ao uso da comunidade. Também colaboramos com a Casa da Agricultura, Unesp e o Sebrae, atividades especícas como palestras e Dia do Campo. São ações que beneciam diretamente o produtor rural do município”, ressaltou.

Hoje, reforça Chaguri, o posicionamento do sindicato na João Passos é estratégico a m de oferecer maior conforto e acessibilidade aos associados. Mais do que isso, reforça, é crucial para que empresários tenham mais opções de investi-mentos em uma área próxima dos bairros mais populosos do município. “É facilidade para o produtor rural ter acesso aos serviços do sindicato e, principalmente, para que ele usufrua das demais lojas que estão instaladas na área urbana”, ponderou o presidente do Sindicato Rural de Botucatu.

João Passos: um “líder autêntico”

O nome de João José Passos é de extrema relevância no desenvolvimento de Botucatu. Como muitas guras, adotou o município e construiu uma sólida trajetória pessoal e prossional. Nascido a 15 de agosto de 1907 em Sorocaba, residiu naquele município até 1924. Diplomou-se contador em Botucatu onde também constituiu família ao casar-se com Marina Fagundes Passos e tendo como lho, Ronaldo Fagundes Passos.

Entre suas atividades empresariais, Passos é conhecido por atuar diretamente na distribuição de lmes e sendo proprietário de cinemas. Chegou, ainda, a ser diretor adjunto do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), quando criou diversas delegacias regionais. Também ocupou a vice-presidência da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), além da presidência da Associação Comercial e Industrial de Botucatu (antiga ACIB e atual ACEB), em duas oportunidades: em 1949, 1955 a 1969.

João Passos também foi uma gura importante na vida social de Botucatu. Integrante do Rotary Clube Internacional desde 1941, engajou-se em diferentes ações benecentes e em prol da formação educacional e prossional, como a criação da Casa Esperança.

Ainda foi presidente da comissão organizadora das festividades do primeiro centenário de Botucatu, em 1955. Uma das lutas mais importantes da vida política botucatuen-se foi a viabilização da criação da antiga Faculdade de

Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu (FCMBB), o atual câmpus da Unesp. Passos foi o tesoureiro da iniciativa. Por sua atuação em prol do município, recebeu em dezembro de 1956 o título de “Cidadão Botucatuense”. Faleceu em 2 de março de 1971, sendo que no mês seguinte passou a dar o nome à antiga Rua Cesário Alvim.

Por todas as contribuições e deixando marca indelével ao município, João Passos foi inspiração e se perpetuou como um “líder autêntico”.

(Com informações do livro Ruas Botucatuenses, de Olavo Pinheiro Godoy, 2009, sem publicação impressa)

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CAPA

João Passos no baile de centenário do município com a miss Botucatu, Aparecidinha Antonangelo;

personagem se tornou referência no empreendedorismo

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O número de novas empresas cresceu 14,0% em 2018 contra o ano anterior, segundo levanta-

mento da Boa Vista, com abrangência nacional. No 4° trimestre houve queda de 13,6% em relação ao trimes-tre anterior.

Na classicação por forma jurídica, a variação em relação ao 3° trimestre mostrou queda nas aberturas para MEIs (-13,3%) e demais tipos de empresas (-14,0%). Já em termos de composição, no resultado em 2018 as MEIs representaram 77,3% dos casos. No ano anterior a participação dessas empresas foi um pouco menor, de 74,0%.

Setores - Quando analisada a composição das novas empresas por setores, o levantamento mostrou que o setor de Serviços atingiu 58,7% de representatividade no ano de 2018, estando maior que os 55,8% observa-dos no mesmo período 2017. O Comércio também teve queda na participação, chegando a 32,9% em 2018. Assim como o setor industrial, que passou de 7,9% para 7,4% dos casos no período.

Regiões - Ainda na análise acumulada do ano, todas as regiões registraram aumento das aberturas em 2018. As Regiões Sul (14,9%) e Sudeste (15,6%) foram as que registraram maior crescimento.

O levantamento foi realizado pela Boa Vista, empresa que administra do Serviço Central de Proteção ao Crédito – SCPC, a partir das novas empresas registradas na Receita Federal, considerando todo o território nacional.

Número de novas empresas sobe 14% em 2018

NEGÓCIOS

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uando o assunto é recomendação para quem vai abrir a Qprópria empresa, a elaboração de um plano de negócios aparece no topo da lista. Em geral, os empresários sabem da importância do planejamento. Na prática, a história é bem diferente: 55% deles não elaboraram um plano de negócios antes de abrir uma empresa, segundo pesquisa Causa Mortis do Sebrae-SP.

Além disso, planejamento é essencial também para cada passo que a empresa pretende dar e deve ser uma constante durante a sua trajetória. A falta de planejamento prévio acaba sendo uma das causas da mortalidade dos negócios. “Muitos empresários não fazem o plano de negócios ou fazem apenas uma parte dele. E ainda quem faz o planejamento não pode deixar de acompanhá-lo. O plano de negócios não é uma ferramenta estática e deve ser sempre atualizado e seguido”, destaca a analista de negócios do Sebrae-SP Geovana Annelli Leonardo.

Prova da importância da revisão e atualização constante do plano de negócios é que 50% das empresas em atividade têm essa preocupação. Já entre as que já fecharam as portas, essa prática foi feita por 43%. “Com o avanço da competitividade na economia brasileira, o empresário precisa acompanhar fatores internos e externos do segmento em tempo real se para manter no mercado. Por isso, o empreendedor deve utilizar o plano de negócios antes de começar um empreendimento ou em uma possível expansão do negócio”, reforça Geovana.

COMO FAZERPara ajudar quem pretende fazer um plano de negócios, o

Sebrae-SP tem uma lista de passos importantes para seguir. O primeiro é fazer um estudo de mercado, ou seja, denir o segmento de atuação e buscar o maior número possível de informações sobre o público, localização, fornecedores, quantidade de concorrentes, legislação, scalizações, questões tributárias, entre outras.

Em seguida, é preciso fazer uma pesquisa para entender onde estão os potenciais clientes, se estão dispostos a comprar o tipo de produto ou serviço oferecido e o que o mercado espera sobre a oferta. O terceiro passo inclui as estratégias de marketing para denição dos valores da empresa, missão e gestão da marca.

Na fase do plano operacional, serão analisados os espaços físico e virtual da empresa, capacidade produtiva, rotinas administrativas, departamentos e as funções e quantidades necessárias de funcioná-rios. O passo seguinte é o plano nanceiro com o levantamento dos custos operacionais, custos com desenvolvimento de pesquisas, investimentos em marketing, criação da marca e instalações

necessárias para a empresa. Também é importante estimar o investimento xo para manter a empresa, capital de giro, faturamen-to mensal, custo unitário dos produtos e/ou serviços, custos de mercadorias vendidas e custos de mão de obra.

O empreendedor não pode se esquecer de fazer os controles. Além de executar o plano de negócios, é importante controlar as ações, acompanhar o resultado previsto e as novas tendências. Também é preciso fazer uma revisão sempre que necessário.

PLANEJE-SEO Sebrae Botucatu está com inscrições abertas para quem tem

planos de abrir a própria empresa. São duas trilhas de capacitação com cursos voltados para quem tem uma ideia de negócio e quer se preparar para entrar no mercado.

Tem uma ideia de Negócio? Desenvolva, modele e entre no mercado!

30 horas de aprendizadoHorário: das 19h às 23hInvestimento: R$ 350 parcelados em até sete vezes

Cursos incluídos:- Desenvolva sua ideia de negócio com o Canvas: 25, 26 e 27 de fevereiro- Descubra a importância do marketing: 28 de fevereiro- Crie seu plano de negócios: 11 e 12 de março- Controle suas nanças: 13 de março- Abra sua empresa: 14 de março

Prepare-se para novas oportunidades!

36 horas de aprendizadoHorário: das 19h às 23hInvestimento: R$ 570 parcelados em até 10 vezes

Cursos incluídos:- Conhecendo seu perl empreendedor: 29 de abril- Análise de Mercado: 30 de abril- Desenvolva soluções com Design Thinking: 20, 21, 22, 27 e 28 de maio- Controle suas nanças: 3 de junho- Abra sua empresa: 4 de junho

Plano de negócios: um guia para cada passo da empresa

A elaboração de um planejamento detalhado não é exclusividade de quem vai começar a empreender: ele deve ser atualizado a cada nova etapa.

Sem isso, são altas as chanc de errar e ter de fechar as portas

Horário de Atendimento

2ª a 6ª feiradas 09h00 às 17h00

Rua Dr. Costa Leite, [email protected]

0800 570 0800(14) 3811-1710

Informações e Inscrições

Agenda deprogramação

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Março 2019

Botucatu

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Destaque | Março 2019 15

Botucatu deverá recolher neste ano mais de R$ 50 milhões oriundos do Imposto Sobre a Propriedade de

Veículos Automotores, o IPVA. A expectativa foi divulgada pela Secretaria de Estado da Fazenda, com base na incidên-cia do tributo em 61.705 veículos registrados no município.

A arrecadação tradicionalmente teve início em janeiro, quando os proprietários de veículos em Botucatu recolheram mais de R$ 20 milhões, segundo balanço preliminar da pasta. Nesta primeira etapa, que consistiu a quitação integral e também o parcelamento com desconto, foram tributados 31.884 veículos, gerando total de R$ 21.476.071,91.

A previsão, segundo o governo paulista, é que os cofres estaduais recebam o incremento de R$ 51.082.694, sendo que metade deste valor acaba por ser destinado aos municí-pios. Nesta primeira fase de cobrança do imposto, 15.661 veículos tiveram o pagamento integral, que consistia desconto de 3% estabelecido pelo governo estadual. O total arrecadado foi de R$ 15.318.826,31. Já o pagamento apenas da primeira parcela (com vencimento em janeiro) com desconto foi efetuado em 16.223 veículos, gerando R$ 6.157.245,66 em arrecadação.

A média quitada do imposto nesta etapa do calendário de cobranças, que vai até março com o pagamento parcelado

sem descontos, teve ligeira alta se comparada com a do ano passado, quando os cofres dos governos estadual e munici-pal receberam R$ 19,5 milhões.

O montante arrecadado com o IPVA – descontado os 20% destinados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Prossionais da Educação (Fundeb) – é dividido meio a meio para Estado e município de registro do veículo.

Tanto a quota-parte estadual como a parcela de recursos entregue aos municípios, vão compor o orçamento anual e, dessa forma, destinadas às diversas áreas de atuação do Estado e das prefeituras, dentre as quais, a saúde, a educação, a segurança pública, a infraestrutura e também ao trânsito.

Região deverá arrecadar R$ 102 milhões com o IPVA

Em outras cidades da região, o desempenho pelo pagamento integral também impactará na arrecadação dos cofres estadual e municipais. Com a segunda maior frota do entorno, Avaré tem 40.171 veículos aptos à cobrança do IPVA este ano. Pela expectativa da Secretaria da Fazenda, a arrecadação estimada é de R$ 29.484.083. Este ano, 9.042 veículos tiveram o pagamento integral, totalizando R$ 7.681.585,66. Já o pagamento da primeira parcela, com desconto, impactou em R$ 3.662.637,63 na cobrança de 9.622 veículos.

São Manuel, com uma frota tributável de 14.686 veículos, tem previsão de arrecadação em R$ 11.347.560. Desse total, 3.483 veículos tiveram o pagamento em parcela única, gerando R$ 3.117.311,88 em receitas. Quanto à quitação em primeira parcela, 3.658 veículos foram contemplados nesta etapa, com mais de R$ 1.220.201,48.

Os valores das cidades que compõem a região deverão, portanto, arrecadar mais de R$ 102 milhões em 129.174 veículos tributáveis nas cidades de Botucatu, Avaré, São Manuel, Pardinho, Bofete, Anhembi, Pratânia e Itatinga.

Motoristas de Botucatu pagarãomais de R$ 50 milhões em IPVA

VEÍCULOS

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As vendas de motocicletas zero quilômetro retoma-ram níveis positivos conforme levantamento

preliminar da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Somente em janeiro deste ano foram quase cem mil unidades emplacadas no

país, número relevante desde 2012. Nos últimos doze meses, o crescimento signicou mais de um milhão de novos veículos duas rodas pelas ruas.

Alguns dos motivos para o aquecimento das vendas são preponderantes, como a retomada da economia, além do custo-benefício de consumo de combustíveis e de manu-tenção. Isso faz com que o brasileiro volte a optar pela vida em duas rodas, seja para lazer ou mesmo trabalho.

Diante do crescimento nas vendas, a Honda ainda mantém-se como a líder no ranking entre as montadora-doras. Nos mais diversos segmentos e modelos de motocicletas, a marca apresenta modelos que despontam na p re f e r ênc ia do consumido r. Somen te na categoria urban, são líderes de venda a Honda CG 160, CB Twister e CG 125. Até no segmento esportivo para trilhas (trail), a empresa coloca os modelos Honda Bros 160, XRE 300 e a XRE 190 entre as mais procuradas. A marca ainda se consolida nas categorias scooter, com a Honda PCX 150 e as cub- para uso exclusivamente urbano- com as já consagradas Honda Biz e Pop.

Freire Motos: A excelência da marca Honda se consolida na região

VEÍCULOS

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Destaque | Março 2019 17

“Com o passar do tempo o consumidor tem se tornado mais exigente por ter mais acesso a informações, com poder de compra maior e por ter melhor custo benefício. A motocicleta se tornando mais econômica, consideran-do o aumento no valor do combustível atual”, ressalta Aline Silva, gerente da Freire Motos em Botucatu, uma das concessionárias que mais se atenta ao cenário de retomada nas vendas de motos. A autorizada da marca Honda para Botucatu e região completa seis anos de atuação na Cidade, celebrando a consolidação na preferência do consumidor.

Unindo a qualidade dos modelos Honda, a Freire se mostra como a referência no atendimento personalizado e

assessoria na hora da escolha dos modelos. Além disso, o cliente conta com uma gama completa na assistência técnica, com prossionais treinados e certicados pela própria montadora. O mix de peças para reposição são originais da marca, além do curto período para a reposição.

A marca ainda rearma a excelência na gama de produtos: são 30 opções de escolha nos mais diferentes modelos alguns com até três anos de garantia. A conces-sionária ainda garante peças originais de reposição com até dez anos de fabricação. Também entra como diferen-cial a facilidade de nanciamento para compra de modelos zero quilômetro, com condições especiais conforme a necessidade do cliente.

VEÍCULOS

Equipes de vendas e de assistência técnica recebem as mais completas certificações da Honda

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Destaque | Março 2019 18

Um dos pontos turísticos mais visitados de Botucatu, o Museu do Café da Fazenda Experimental do Lageado

alcançou a marca de 28 mil visitas somente em 2018. A marca coloca o espaço como um dos mais frequentados do interior paulista. Desde 2006, quando ocorreu a criação da área histórica da fazenda, vinculada à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp (FCA), passaram pelos corredores e salões do espaço, mais de 263 mil pessoas.

Em fevereiro, a direção do museu homenageou parceiros e colaboradores. Receberam o reconhecimento pessoas e autoridades da comunidade botucatuense, além de voluntários e parceiros como o ex-narrador Osmar Santos. Algumas empresas colaboradoras da instituição também foram homenageadas.

“O Museu completa 31 anos de existência, passando por algumas mudanças e avanços signicativos. Algumas vezes funcionando com maior ou menor intensidade, dependendo dos interesses da universidade. Em 2006 assumi a direção da área histórica, que passou a agregar tanto o Museu como outros pontos da fazenda (datada de 1885), tornando um ponto turístico. Para isso estabelecemos parcerias com empresas e recebemos a colaboração da população”, salienta José Eduardo Soares Candeias, diretor do museu. Durante seu discurso, Candeias frisou cada um dos programas desenvolvidos em prol da preservação histórica e difusão da cultura em Botucatu e região. Lembrou que através de parcerias foi possível ampliar a atratividade do espaço. Usou como exemplo as exposições de artes visuais que, desde 2009, contabilizaram 62 mostras de artistas como Romero Britto, Ziraldo, Ilka Lemos, Osmar Santos, e de outros artistas de âmbito nacional.

O diretor citou ainda o projeto “Arqueologia no Câmpus”, que consistiu no estabelecimento de um espaço direcionado a concentrar vestígios arqueológicos da região. No entanto, salientou que um ponto crucial no desenvolvimento do Museu do Café foi a colaboração da própria comunidade que, com doação de objetos pessoais, proporcionou uma ambientação de décadas atrás, possibilitada pela iniciativa “Da minha casa para nosso museu”. “Hoje o Museu não é só da Fazenda Lageado, não é só de Botucatu. É regional, tendo sua relevância e esse peso signica que os vários projetos associados em andamento, parcerias com empresas de todo o país. Quando falamos em Museu do Café as pessoas associam apenas ao limite físico das salas o que não é verdade, há prédios e equipamentos do entorno que também agregam nosso acervo”, frisou Candeias.

Outra mudança pela qual o museu passará, nos próximos meses, é quanto a gestão administrativa. Candeias também deixará, em breve, o cargo de diretor do museu, já que se

aposentará da Unesp. Ainda não há indicação de substituto, posto que será denido pela direção da FCA. “Como o museu e o cargo estão diretamente ligados à direção da faculdade, o professor (Carlos Frederico) Wilcken já foi comunicado e está procurando a melhor forma de continuar com este projeto. Há algo que levarei após deixar o museu: sempre trabalhei com equipes vencedoras e isso dá uma satisfação grande. Olho para o retrovisor e vejo os avanços e um legado que o museu deixa na Cidade”, completou o diretor.

Museu do Café se consolida como um dos mais frequentados do interior

TURISMO

Diretor do museu há treze anos, Candeiastransformou o espaço em referência regional

Acervo de museu concentra objetos queremontam ao apogeu cafeeiro em Botucatu

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Destaque | Março 2019 19

Em pleno Centro Histórico de Botucatu, um local sintetiza a sutileza e a beleza da arquitetura,

mesclando o passado e o presente. Na avenida Dom Lúcio está a Pinacoteca do Estado, o primeiro museu deste porte, voltado exclusivamente para as artes plásticas e visuais.

Inaugurado em março de 2018, o espaço demandou anos de restauro e revitalização de um prédio histórico, onde funcionava o antigo Fórum, concebido ainda na década de 1920, cujo projeto cou a cargo do escritório de Ramos de Azevedo, um dos mais conceituados arquitetos brasileiros do século passado.

Com sete salas e dois halls dedicados a exposições em dois pavimentos, além de auditório, reserva técnica e biblioteca, a estrutura da futura Pinacoteca de Botucatu, que será gerida pela municipalidade, conta também com plataformas de acessibilidade, elevador e outros ambien-tes fundamentais para o funcionamento pleno do museu. As reformas e adequações abrangeram uma área de 3.421,92 m², com investimentos de R$ 17 milhões (sendo R$ 15 milhões do governo estadual e R$ 1,9 milhões do município).

A Pinacoteca, que será uma “lial” da existente na capital paulista, ainda não está integralmente aberta à visitação pública, sendo que ocorrem apenas exposições

esporádicas, apresentações musicais, entre outros eventos. O acervo será composto por obras próprias e também receberá parte da reserva técnica (quadros que não estão em exposição) da “matriz”. Ainda não há uma data ocial para que o museu seja aberto permanente-mente à população. O Poder Público tem se articulado a obter nanciamento para a manutenção do instrumento cultural.

A área do entorno também recebeu trabalhos de revitalização, sendo uma oportunidade de lazer e descanso. A praça contempla bancos e paisagismo que dão um toque de sosticação e conforto ao complexo. No Fórum das Artes, espaço voltado a exposições artísticas e plásticas, a parede do prédio recebeu painel gratado de 5 metros de altura por 23 metros de comprimento, com imagens antigas da Rua Amando de Barros, além de I ta jahy Mar t ins, fundador do Museu de Ar te Contemporânea de Botucatu, em 1984.

Mais do que um lugar de convívio, a Pinacoteca do Estado em Botucatu se transforma, aos poucos, em uma referência às artes no interior paulista.

CONHEÇA BOTUCATU

Pinacoteca de Botucatu: a arte mais próxima da população

Restauração da Pinacoteca valorizouprojeto do escritório de Ramos de Azevedo

Antigo Fórum dará lugar a galeriade arte e exposições temáticas

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Destaque | Março 2019 20

busca pela qualidade de vida e o aprimoramento do corpo tem se Atornado uma das principais metas dos brasileiros nesta década. Há uma grande procura por esportes que, além da questão estética, proporcionem qualidade de vida. É neste contexto que um conjunto de treinos e modalidades se destaca e cada vez mais é popular: o crosst.

O método, que prima pelo alto rendimento, objetiva garantir o condicionamento físico, aumentar a capacidade cardiorrespiratória, resistência muscular, exibilidade, coordenação motora, equilíbrio e precisão, além de trabalhar com as principais regiões do corpo.

A modalidade surgiu no início da década de 2000, após ser adotada por anos em academias de polícia e forças militares norte-americanas. Conquistou, gradativamente, adeptos em todo o mundo, recebendo o incremento de outros esportes. Este sistema se popularizou a partir de 2010 no Brasil, sendo atualmente o segundo país com maior número de academias e praticantes.

Diferentemente do que muitos acreditam, o crosst é um método que agrega movimentos e treinamentos de diversas outras modalidades esportivas. “São oito movimentos básicos, que não deixam de ser funcionais, pois agrega levantamento, agachamento, de resistência, e alguns movimentos para levantamento de peso. Claro que tudo dentro de uma evolução, que varia do mais iniciante ao mais avançado. Buscamos levar, com a metodologia que seguimos, a um condiciona-mento físico melhor, bem como aprimorar a mobilidade do atleta e fazer com que no dia a dia consiga fazer todas as atividades de vida com mais facilidade”, explica Erick Valentino, sioterapeuta e sócio da Dark Skull, uma das academias credenciadas para a prática destes treinamentos em Botucatu.

Esta modalidade também quebra paradigmas quanto a quem pode iniciar o treinamento. Segundo o sioterapeuta, qualquer pessoa em potencial pode iniciar a prática do crosst, desde que ciente das limitações físicas e de saúde. O ideal é que os jovens iniciem as ativida-des a partir dos dezesseis anos. “A princípio não há contra-indicação, ainda mais porque as aulas são direcionadas conforme o nível do atleta.

Superando os limites do corpo pela qualidade de vida

SAÚDE

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Destaque | Março 2019 21

DarkSkull

Os treinos são adaptados a cada etapa. Se a pessoa não consegue fazer algum dos movimentos, há um acompa-nhamento especial nestas limitações, priorizando a evolução dos movimentos”, explica.

As aulas são divididas em três etapas: aquecimento e alongamento dinâmico; técnica, em que os alunos aprendem ou aperfeiçoam alguns exercícios. Todo o circuito dura, em média, de uma a duas horas, dependendo da intensidade. Um diferencial dos treinos de crosst para outros treinos funcionais mais tradicionais é a variedade de movimentos e técnicas aplicadas durante as aulas.

A modalidade atrai pela sua praticidade. Foi assim que João Teólo, 35, uniu a capoeira, a tradicional arte marcial brasileira, a qual pratica há mais de duas décadas, com os movimentos do crosst, onde está há três anos. Para ele, após a “simbiose” perfeita entre as modalidades, os benefícios foram signicativos, principalmente no conhecimento do próprio corpo e seus limites. “Passamos a aprimorar a mobilidade e a potência de nossa força física. Passamos a conhecer o corpo, de todo o potencial aeróbio, força e habilidades”, reforçou.

Mas o crosst vai além. Para os praticantes que querem se aventurar em disputas, os campeonatos se popularizaram pelo país. O Torneio CrossFit Brasil é o mais antigo e conceituado – acontece todos os anos desde 2010 e sempre com categorias individuais.

O recomendado à pessoa interessada ao treinamento na modalidade, é que procure primeiro um médico para avaliação das condições físicas e de saúde. Em um segundo momento, há a necessidade de buscar uma academia credenciada com a marca, com as condições necessárias para o acompanhamento de toda a evolução da pessoa interessada.

SAÚDE

Valentino, Esporte pode ser praticadorespeitando os limites do corpo

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GASTRONOMIA

Destaque | Março 2019 22

O hambúrguer, um dos alimentos mais conhecidos e consumidos do mundo, tem sua origem na Alemanha,

mais precisamente na cidade de Hamburgo, chegando ao Brasil nos anos 1950.

Este prato, que consiste em carne (bovina, suína ou mesmo de frango ou outras aves), é muito apreciado em todos os cantos do planeta, recebendo incrementos como molhos, recheio e variantes no modo de preparar. Uma sugestão saborosa é inovar, unindo com o sabor da parmegiana.

Ingredientes

300 gramas de carne bovina moída1 cebola picada 1 colher (sopa) de farinha de trigo2 ovos2 xícaras (chá) de molho de tomate2 xícaras (chá) de queijo mussarela ralada6 rodelas de tomatesal a gostosalsa (ou salsinha) picada a gostoorégano a gostofarinha de rosca para empanaróleo para fritarpimenta-do-reino a gostocebolinha-verde picada a gosto

Tempo de preparo: até 30 minutos | Serve 6 porções| 350 calorias por porção

Modo de preparoEm uma tigela, misture a carne, a cebola, a farinha de trigo,

sal, pimenta, um ovo, salsa e cebolinha. Amasse bem até obter uma massa. Molde os hambúrgueres, passe-os na farinha de trigo, no ovo batido e na farinha de rosca. Deixe na geladeira por, no mínimo, 30 minutos.

Frite no óleo bem quente. Disponha os hambúrgueres em um refratário, espalhe o molho de tomate em cima de cada um deles e cubra com a mussarela. Coloque a rodela de tomate e salpique o orégano. Leve ao forno alto a 220 ºC, pré-aquecido, por 5 minutos ou até a mussarela derreter.

Hambúrguer à parmegiana

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