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“A Copa é deles, a Conta é nossa” O Documento Discorra investiga a construção dos estádios nas cidades sede da Copa de 2014, o resultado é, infelizmente, o esperado: Licitações alteradas de última hora, obras atrasadas e velhos conheci- dos da corrupção brasileira no comando de comitês organizadores. Informação e Espetáculo Daniel Coronato tenta entender para onde vão as notícias. Por onde anda Julian Assange? Como Nosso Pais Marina Brazan analisa a gera- ção Y e descobre que o casa- mento não saiu de moda Campeonatos Regionais Garoa, pão de queijo, chimar- rão e seus paleativos DISCORRAPONTOCOM DISCORRAPONTOCOM DISCORRAPONTOCOM DISCORRAPONTOCOM Vir- mis Martu in vercesc erionsu linatusque an- trit? Hacerum abeffre oraciam sit. At prac ficaperum ium, mo pribute omnihicatu iaedes patudam ia coti, ocre crum Revista

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”

O Documento Discorra investiga a construção dos estádios nas cidades sede da Copa de 2014, o resultado é, infelizmente, o esperado:

Licitações alteradas de última hora, obras atrasadas e velhos conheci-dos da corrupção brasileira no comando de comitês organizadores.

Informação e Espetáculo

Daniel Coronato tenta entender para onde vão

as notícias. Por onde anda Julian Assange?

Como Nosso Pais

Marina Brazan analisa a gera-ção Y e descobre que o casa-

mento não saiu de moda

Campeonatos Regionais

Garoa, pão de queijo, chimar-rão e seus paleativos

DISCORRAPONTOCOMDISCORRAPONTOCOM

DISCORRAPONTOCOM

DISCORRAPONTOCOM

Vir-

mis Martu in vercesc erionsu linatusque an-

trit? Hacerum abeffre oraciam sit. At prac ficaperum

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Editores: Robson Fioravante Daniel Coronato Eduardo Milhor

Colunistas

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Faltam 38 meses para a Copa do Mundo no Brasil. Faltam 12 estádios. pág. x

Projeto do estádio do Corinthians, em Itaquera, São Paulo.

Documento Discorra

O título ”A Copa é deles, a Conta é nossa” foi colocado entre aspas por não ser de minha autoria, é de José Roberto Malia, colunista da ESPN. Não que me falte criatividade para criar um título novo, me falta ver ao meu, a identificação com a ideia de que estamos sendo roubados. Que seja este então nosso slogan. Obrigado Malia, você foi cirúrgico!A Copa do Mundo de 2014 não é um mal para o Brasil, a corrupção é o mal que temos desde nossa origem.

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Faltam 38 meses para a Copa do Mundo no Brasil. Faltam 12 estádios. pág. x

EditorialA necessidade incessante por poder, dinheiro e a merda na qual estamos inseridos. Pág. x

Julian AssangePor onde anda o criador do WikiLeaks e por que a impresa esquece tão fácil finalizar suas pautas? Pág. x

Como nossos paisGeração y se mostra que casamento não saiu de moda. Pág. x

Mulher no VolanteAs mulheres estão in-vadindo o automobilismo, mas ainda há muito pre-conceito nos pits. Pág. x

FutebolGaroas, pão de queijo, chi-marrão e seus paleativos. Os regionais pelo Brasil. Pág. x

ViolênciaO risco que seu cu corre, é muito maior do que você imagina. Pág. x

Velhas VirgensEntevista exclusiva com Paulão, líder da maior banda independente do Brasil. Pág. x

Mulheres MachistasColuna do Juliana Costa apresenta uma “forma de feminismo” que deprecia as mulheres. Pág. x

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Editorial

A NECESSIDADE INCESSANTE POR PODER, DINHEIRO E A MERDA NA QUAL ESTAMOS INSERIDOS

Bom dia Mundo, acorde, faça um café, escove os dentes e tome seu banho de asseio, seu dia começou. Quer dinheiro? Então vamos ao trabalho, local aprazível e com vista para a parede. Sua rotina te sufoca e você mais um dia sob o olhar sanguinário do vigia. O poder que você busca por lá não vale de nada, a empresa não é sua, lembre disso. Antes de se esforçar para um melhor rendimento, reflita: esta viagem é realmente necessária?É uma viagem sem volta para um mundo que seu orçamento pede que você trabalhe mais, para ganhar mais, gastar mais e ter que trabalhar

mais. Então, embora o mundo seja contra, busque alternativas, viva sem medo de ser feliz, plante uma árvore e chore apenas nos momentos de emoção do seu time. Ah, tem o principal. Sem pestanejar. Espir-rou? Atestado.Você já fez alguém feliz hoje? Alguém já lhe fez feliz hoje? NÃO! Não dá porra, você está ocupado, todo mundo está ocupado, cansado, estressado, avariado, cariado e estupefato. Pelo que estamos lutando? Dinheiro? É isso que realmente te faz feliz? Ou ser feliz te faz feliz? Reflita um pouco mais sobre a vida, a partir daí calcule quanto você custa por mês? Você não vale nada! Não sou eu que estou dizendo, mas a renda por cabeça do Brasil está perto de R$20.000,00. Você ganha isso? Parabéns, eu não. Bom trabalho!

Da porra da redação, @zoio4.

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Pra começar a conversa

Você Sabia que São Paulo corresponde a 30% do PIB do Bra-sil?

Estou falando somente da cidade de São Paulo, que se fosse um país, seria o quinta maior da América Latina, ao lado do Chile, com mais de quatro vezes o tamanho da economia do Uruguai.

Entre oa mais de 10 milhões de habitantes oriundos do mundo inteiro, a taxa de alfabetização é de quase 96%. A arrecadação de impostos cidade ultrapassa os R$100 bilhões e só de multas de trânsito, mais de R$500 milhões são arrecada-dos.

São Paulo é considerada a capital mundial da gastronomia, mais de 35 mil mil-ionários vivem na cidade, mais de 60% dos grandes grupos empresariais es-trangeiros, instalados no Brasil, estão em São Paulo, dos vinte maiores bancos múltiplos, 16 tem sede na capital paulista e em 2008 foram registradas dez com-pras por segundo via máquinas de cartões.

Além dos mais de 40.000 bares, a cidade tem a segunda maior frota de he-licópteros do mundo e em número de táxis a cidade tem 10 mil a mais que em Londres, que possui 20 mil táxis.

Quer mais?

São Paulo é a 3ª maior cidade italiana do mundo; a maior cidade japonesa fora do Japão; a maior cidade portuguesa fora de Portugal; a maior cidade espanhola fora da Espanha; a terceira maior cidade libanesa fora do Líbano;

Fonte: Folha de São Paulo

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”O título ”A Copa é deles, a Conta é nossa” foi colocado entre aspas por não ser de minha autoria, é de José Roberto Malia, colunista da ESPN. Não que me falte criatividade para criar um título novo, me falta ver ao meu, a identificação com a ideia de que estamos sendo roubados. Que seja este então nosso slogan. Obrigado Malia, você foi cirúrgico!A Copa do Mundo de 2014 não é um mal para o Brasil, a corrupção é o mal que temos desde nossa origem.O legado que a copa vai nos deixar virá a que custo?Vamos dar uma passada em cada estádio das sedes da Copa nesse Documento Discorra, vamos analisar como andam as obras e a seriedade de nosso poder público.Mais uma dúvida: Se estamos navegando em prosperidade, por que esperar até a Copa para investir em infraestrutura?Várias discussões sobre o assunto foram feitas, especulações, teorias e pro-jeções são faladas todos os dias, mas e o dados? Coletei alguns bem gritantes pra vocês, só fico triste em saber que nada mais assusta um brasileiro de QI maior que 40.Não importa o quão belo são os projetos de estádios da Copa, cada um tem suas peculiaridades políticas, além de obscuras, e é isso que importa agora

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Mineirão/MG: R$743 milhões – Reforma

É o estádio com as obras mais adiantadas, um dos poucos a receber elogios do comitê da Fifa, mas uma reforma a R$743 milhões me parece um pouco de ex-agero, daria para construir um Engenhão e uma Arena Palestra Itália. Ou seja, 90 mil lugares em dois estádios custam o mesmo que reformar um estádio para

60.000 pessoas.

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Fielzão ou Itaquerão/SP: R$1,07 Bilhões – Estádio Novo

Custará R$1,07 Bi – R$300 milhões desse valor serão custeados pela prefei-tura de São Paulo, R$400 milhões serão custeados pela Odebrecht (a con-strutora levantou esse valor junto ao BNDES), faltam ainda R$370 milhões, os quais o ministro do esporte Orlando Silva, sugeriu que fossem repassados pelo governo do Estado.Segundo informações do Blog do Vitor Birner no Uol, Orlando Silva chegou a ressaltar a Geraldo Alckmin a importância para a imagem política do gov-ernador, caso ele facilite a construção do estádio que deve sediar a abertura.Geraldo Alckmin parece estar inclinado à liberar a verba, mas imagina-se que não de imediato, afinal seu partido se posicionou totalmente contra a utilização de verba pública para estádios na última eleição. Se posicionar não significa agir de acordo com, e parece que veremos isso na prática nos próxi-mos meses.

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Maracanã/RJ: R$1,05 Bilhões – Reforma

Entre 1999 e 2007, o estádio passou por reformas para rebaixamento do gramado, entre outras alte-rações, o valor chegou a R$450 milhões, do projeto inicial que foi orçado em R$720 milhões, foram feitas algumas alterações solicitadas pela FIFA, o valor já ultrapassa R$1bi. Para REFORMAR! Es-tão sendo utilizadas verbas de empréstimos do BNDES e a Prefeitura do Rio de Janeiro, junto com o Governo do Estado custearão o restante.

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”Brasília/DF: R$1 bilhão - Estádio Novo

Após duas tentativas de demolição, fracassadas por pouca quantidade de explosivos, teremos a ter-ceira tentativa que deverá ser feita com o auxílio de assaltantes de caixas eletrônicos de São Paulo.O estádio de Brasília será feito onde hoje é abrigado o Estádio Mané Garrincha, terá 71 mil lugares de capacidade e tinha previsão de R$700 milhões de orçamento, hoje o projeto ultrapassa a casa de R$ 1 Bilhão!O poder público não concorda que a obra se tornará mais um elefante branco, pois após a copa o estádio poderá abrigar clássicos como Gama x Brasiliense. Falando em poder público, o respon-sável pelo comitê organizador da Copa de Brasília até ano passado, Fábio Simão foi afastado do cargo por suspeita de participação do escândalo do “mensalinho” que envolvia também o então governador José Roverto Arruda.O Estado do DF possui 25.000 leitos em hotéis, a capacidade do estádio será para 71.000 pessoas.

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Beira Rio/RS: 270 milhões Reforma

Veio do sul a ideia e a briga foi ganha, graças a iniciativa do governo do estado do Rio Grande do Sul, as sedes da copa obtiveram isenção de impostos para a construção de estádios, mas isso não impediu que as obras de reforma do estádio do Internacional de Porto Alegre tivessem um aumento de mais de 30% sobre o projeto inicial.O acréscimo ocorreu após a diretoria do Inter assinar uma parceria com uma construtora. O nome da construtora não é citado no site www.copa2014.org.br

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”Arena Pernambuco/PE: 532,6 milhões Estádio Novo

Embora o projeto seja da Odebrecht, não se engane, R$379 milhões serão emprestados pelo gov-erno da Pernambuco, que só verá esse dinheiro de volta aos cofres públicos de forma parcelada, primeira parcela para o início das operações do estádio.As obras estão atrasadas de acordo com os cronogramas oficiais.

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Fonte Nova/BA: 1,6 bilhões? Estádio Novo

Direto do site www.copa2014.org.br:O secretário Nilton Vasconcelos, da secretaria de Trabalho, Emprego, Renda e Esporte da Bahia (Setre), divulgou uma nota dizendo ser precipitada a afirmação de que o custo da modernização do estádio Fonte Nova para a Copa 2014 será de R$ 1,609 bilhãoPrefiro não comentar nada sobre este estádio, mas antes que digam que estou recortando fatos, segue mais um… segundo o site www.anotíciadovale.com, o projeto da fonte nova deve atingir R$573,6 milhões, mas a notícia é de janeiro, um mês ANTES da declaração Nilton Vasconcelos divulgada no site oficial da ARENA DE NEGÓCIOS DA COPA.

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“A Copa é deles, a Conta é nossa”Arena Mato Grosso/MT: R$350 milhões Estádio Novo

O novo estádio será uma Arena Multiuso, abrigará grandes shows, eventos e jogos importantes do fortíssimo campeonato matogrossensse de futebol. Como se o U2 ou a Shakira fossem usualmente pra Cuiabá fazer mega shows.A obra orçada em R$350 milhões será feita sobre o estádio Verdão, na capital Cuiabá, e terá partici-pação das construtoras Mendes Júnior e Santa Bárbara.Interessante como ficam mais baratas essas obras custeadas pela iniciativa privada, embora R$100 milhões desse projeto deverão vir do financiamento do Governo do Estado do Mato Grosso. Ainda dá tempo de mudar algumas licitações, afinal, em outros 8 estádios isso já ocorreu.

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Estádio das Dunas/RN: R$ 420 milhões Estádio Novo

O Governo por meio de uma PPP chegará a emprestar o valor do Estádio em 100%, o valor deverá ser devolvido aos cofres públicos num prazo de 30 anos. O projeto do Estádio das Du-nas é o mais atrasado, sua licitação já teve diversas alterações e a 38 meses da copa pouca coisa já foi definida, a construção dos estádios da Africa do Sul, chegaram a levar 36 meses para serem construídos.

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Arena da Baixada/PR: R$376,4 milhões Reforma

Orçado inicialmente em R$135 milhões, o estádio do Atlético/PR é considerado um dos mais modernos do Brasil há alguns anos, mas surgiram de última hora, alguns novos encargos da FIFA que exigem um acrés-cimo módico de mais de R$200 milhões à obra.As obras estão atrasadas, o que gerou um certo atrito entre a diretoria do Atlético/PR e o governo do Es-tado.

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Castelão/CE: R$516,6 milhões Reforma

Será na verdade, uma obra de modernização do Castelão, o estádio terá capacidade para 67.000 pessoas, e custará R$516,6 milhões, dos quais R$351 milhões virão por empréstimos do BNDES.A obra será administrada pelo Consórcio SPE.Gosto de ressaltar alguns absurdos: R$516,6 correspondem a quase 2% do PIB do Ceará e o estado tem apenas 25.000 quartos de hotéis, menos da metade da capacidade do Estádio Castelão.

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Arena Amazonas/AM: R$500 milhões – Estádio Novo

“A Copa é deles, a Conta é nossa”

Capacidade para 47 mil pessoas, governo do Estado bancando toda a obra e afirmando para quem quiser ouvir que obras de transportes e infraestrutura não são prioridade.O estado do Amazonas possui 4 mil quartos de hotel e projetos como o Monotrilho já tiveram sua entrega descartada para 2014.O futebol do Amazonas está fora da elite do campeonato brasileiro há 24 anos.Tire você suas conclusões.@zoio4

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UseCamisinha

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Quando o WikiLeaks apa-receu na mídia e colocou de ponta cabeça a politica internacional, todos os leitores e telespectado-res rapidamente ficaram ávidos

por ver seus gover-nantes expostos sem a cortina de fumaça cria-da pelos seus departamentos de inteligência e relações públicas. O fundador da organização, Julian Assange, foi elevado a um status quase instantâneo de mito e símbolo de um novo mundo em que a era da informação destruiria as arcaicas estruturas de manipulação da infor-mação criadas pelos aparelhos estatais moder-nos.Evidentemente que toda ação gera uma reação: acusações de cunho sexual (segundo as leis suecas fazer sexo sem camisinha é uma forma de estupro) e respostas virulentas dos princi-pais chefes de estado forçaram Assange a uma

batalha de tribunais e trabalhar para manter o sítio do WikiLeaks funcionando.Pouco tempo depois, me digam: o que aconte-ceu com os vazamentos do Wikileaks? E com Assange? Está preso, foi inocentado, ou o quê?A mídia tradicional simplesmente tirou quase como em um passe de mágica o assunto de evidência e jogou para os rodapés das edições impressas na sessão internacional.Algum tempo depois um terremoto seguido de uma enorme onda atinge a costa japonesa. A usina de Fukushima entra em colapso e um dos seus reatores por problemas de resfria-mento entra em colapso e começa a emanar radiatividade na atmosfera, obrigando o gov-erno a criar uma região de isolamento e dec-retar estado de calamidade em todo o país.O que aconteceu com o reator japonês? Algu-ma medida foi tomada para enfrentar o prob-lema energético no Japão? E o debate sobre o uso da energia nuclear, acabou?A mídia ao que parece também preferiu escol-her outro assunto mais importante…Alguém ainda lembra dos mineiros no Chile? O que será que aconteceu com eles?

INFORMAÇÃO E ESPETÁCULO

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Não importa se falamos da “Primavera Árabe”, invasão dos morros cariocas, o assassino da escola do Realengo, Guantánamo, Líbia, crise econômica grega e portuguesa, etc… Todos os assuntos tornam-se absolutamente inacaba-dos. Evidente que se dermos um ‘google’ em cada uma dessas questões teremos algum tipo de desfecho e resultado, mas por que a mídia tradicional muda seu foco e atenção com ta-manha velocidade?É obvio que cada um dos casos a resposta poderá ser diferente. No caso de Assange, as motivações politicas e de pressão sobre a mídia por parte dos governantes é imensa, mas essa explicação não pode ser completa. A verdade é que a informação virou matéria-prima para criação de shows na tele-visão e em portais na internet para entreter e não elucidar.

Vivemos na sociedade do espetáculo, no qual as imagens de carros sendo arrastados por uma onda me interessam, mas os chatos e monótonos diálogos sobre o uso de energia não radiativa são no mínimo estafantes. A guerra interessa o público até a hora que um terrorista é morto em uma operação épica, com direito a transmissão de imagens em tempo real para seus comandantes. Não é a toa que nos acostumamos a ouvir expressões como “um show de transmissão”.

Daniel Coronato

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Como Nossos Pais

Após todo o “frisson” do casório de Kate e Wil-liam, eu não poderia ficar de fora deste tema tão popular no mundo inteiro: o casamento.Ao contrário do que algumas pessoas pens-am, o casamento continua sendo um dos sonhos mais aguardados pelas mulheres – é claro que nas devidas proporções o mais cu-rioso é que os homens também tem se mostra-do cada vez mais abertos para este assunto.Há algumas gerações – na época dos nossos pais – era muito comum que o casamento aconte-cesse quando o casal ainda era muito novo. Ou seja, muitas vezes não tinham casa, nem esta-bilidade financeira para uma união, mas, ainda assim, se casavam e estavam dispostos a con-struir uma vida a dois, passando JUNTOS por todos os problemas que essa vida poderia trazer.Depois dessa geração, vimos uma mudança na cultura matrimonial. As pessoas estavam se casando cada vez mais velhas, pois, com a força da mulher no mercado de trabalho, os casais preferiam se estabelecer financei-ramente primeiro para depois arriscar sair da casa dos pais e começar uma vida a dois.Depois dessa geração, vimos uma mudança na

cultura matrimonial. As pessoas estavam se casando cada vez mais velhas, pois, com a força da mulher no mercado de trabalho, os casais preferiam se estabelecer financei-ramente primeiro para depois arriscar sair da casa dos pais e começar uma vida a dois.Essa situação fez com que os casais não con-struíssem uma vida juntos desde o início. Ou seja, o casamento acontecia quando, tanto o homem quanto a mulher, já tivessem a estabili-dade financeira garantida e, depois disso, junta-vam as escovas de dente. Coincidência ou não,

as pesquisas m o s t r a m que, nessa época, o número de separações entre ca-sais cresceu c o n s i d e r -avelmente.

Hoje em dia acredito que essa realidade está mudando novamente e estamos voltando a fazer as coisas “como os nossos pais”. Tenho visto muitos jovens se casando – seja da ma-neira tradicional, de véu e grinalda, ou apenas “juntando os trapinhos” sob o mesmo teto.Os valores do matrimônio estão sendo retomados e vistos pelos jovens casais como algo que deve ser construído junto novamente, “na saúde e na doença, na alegria e na tristeza” e, é claro “na rique-za e na pobreza”, afinal, amor não enche barriga!A grande diferença é que os jovens hoje estão crescendo profissionalmente cada vez mais rá-pido – e essa é sim uma característica da tão falada geração Y, que quer sempre mais – fa-zendo com que a saída da casa dos pais não seja tão dolorosa e que a construção da vida conju-gal seja feita novamente a dois, como manda a tradição.E você? A qual geração pertence?

Marina Brazan

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Mulher no volante São 18 anos desde que a última mul-her participou de um Grand Prix.É certo que das cinco mulheres que disputaram a Fórmula-1 nen-huma delas obteve poles ou títulos e apenas uma, Lella Lombardi, conse-guiu pontuar, di-

zem que ela teve sorte em ter participado de um GP trágico em que lhe “sobrou” o 6° lugar.A primeira foi a italiana Maria-Teresa de Filip-pis, que em 1958 disputou campeonatos na-cionais, pilotando um OSCA e uma Maserati, tentou se inscrever na Fórmula-1, e claro, foi impedida pelo diretor di-zendo que o único capacete que uma mulher deveria usar era o secador do cabeleireiro. Mas Maria logo conse-guiu um contrato para correr oficial-mente pela Mase-rati, e em 1997 as-sumiu a presidência do Maserati Club.Ayrton Senna em uma de suas habituais entrevistas ao ser questionado sobre a participação de Giovanna Amati na categoria, apenas disse: “Mulher ao volante, perigo constante.”

Foi o suficiente para mostrar o desconforto que a presença de uma mulher na Fórmula-1 causa.Sabemos que o GP exige um rígido tre-ino, e essa não é a desculpa para a falta de mulheres no automobilismo, o preconcei-to ainda é muito forte, e não há estrutura.Ainda assim existem aquelas que se super-am e mostram a que vieram como a Dan-ica Patrick, Bia Figueiredo, Sheren Bue-no, Débora Rodrigues e Deyama que são mulheres de destaque no automobilismo.A bela Danica tornou-se o piloto mais popular da Indy, fato que colocou as mulheres em evi-dência no mundo dos esportes motor; Débo-ra Rodrigues só conseguiu ingressar na Fór-mula Truck por meio de ação judicial; Helena Deyama, piloto de rally admite que quando começou a correr os homens achavam que ela atrapalharia, por não conseguir transpor ob-

stáculos da prova. “Mas eu venci na minha prova de estréia, depois dis-so, eles passaram a me respeitar” diz.É difícil uma mulher vencer no au-tomobilismo. Para Sheren, piloto da Fórmula Truck, isto se explica pelo fato deles serem maioria no esporte.Claro que há aquelas que decepcionam, como em todo esporte, pode ser que daqui a algum tempo teremos mulheres com mais sangue frio para a corrida, ou quem sabe com o passar dos anos o auto-mobilismo vire só brinquedo de criança.

Bárbara Affonso

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