Revista Distinção 02

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Revista parana, empreendedorismo, empresas

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Incubadoras

O empreendedorismo nas 384 incubadoras brasileirasO Brasil conta com 2.640 empresas instaladas em 384 incubadoras que, além de gerar 16.394 postos de trabalho, são intensivas em conhecimento científico e tecnológico. O principal foco dessas iniciativas é desenvolver novos produtos e métodos, mas há também o interesse em inclusão social e na solução de gargalos nas cadeias produtivas dos Arranjos Produtivos Locais (APL). O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e suas agências de fomento destinaram R$ 53,5 milhões, entre 2003 e 2011, contemplando 341 projetos dessas empresas incubadas. “Esta iniciativa está dentro da meta de transformar o País em uma potência científica, tecnológica e inovadora”, disse o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Álvaro Prata, ao apresentar a pesquisa durante a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em São Luís (MA). As incubadas são geralmente de serviços (52%) e indústrias (43%). “A incubadora é um grande gerador de cultura do empreendedorismo”, diz Prata. O perfil das incubadoras é prioritariamente tecnológico: 67% direcionam sua produção para essa finalidade. Segundo o estudo, o faturamento anual das empresas incubadas gira em torno de R$ 533 milhões. Já as 2.509 empresas graduadas (aquelas que já caminham por conta própria) geram atualmente 29.205 postos de trabalho e faturam cerca de R$ 4,1 bilhões anualmente. A política para incubadoras partiu do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em 1984. As primeiras experiências, de acordo com Álvaro Prata, ocorreram em Brasília, Campina Grande (PB), Londrina e Curitiba (PR), Florianópolis (SC) e São Carlos (SP).

Em Londrina, a Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Sociais Sustentados – INTES-UEL, nasceu da inquietação de professores de diversas áreas da Uni-versidade Estadual de Londrina – UEL - frente às desigual-dades sociais existentes no país. Com base nos princípios da Economia Solidária, é, então, proposto um projeto, que objetiva aproximar a Universidade dos trabalhadores excluídos do mercado formal de trabalho ou em condições precárias de trabalho, através de apoio técnico a coope-rativas, associações, grupos de trabalho coletivo etc. É um projeto de extensão vinculado ao PRONINC – Progra-ma Nacional de Incubadoras de Cooperativas Populares,

Empreendimentos solidários em Londrina

aprovado pela FINEP – Financiadora de Projetos e Pesquisa, e apoiado pela UNITRABALHO, Fundação Inter Universitária de Estudos e Pesquisas sobre o Trabalho.

No Paraná, uma redeNo Paraná, mais de 30 incubadoras formaram uma rede, a Rede Paranaense de Incubadoras e Parques Tecnológicos – REPARTE. Trata-se de uma associação civil sem fins lucrativos, dotada de autonomia administrativa e financeira com o objetivo de executar, promover, fomentar e apoiar atividades de educação, desenvolvimento institucional, inovação e desenvolvimento científico e tecnológico e sua imediata aplicação na criação e/ou desenvolvimento de empresas e empreendimentos de base tecnológica, bem como atividades de gestão e transferência de tecnologias e promoção do capital humano, através de ações apropriadas, visando o desenvolvimento sustentado e a inserção da economia paranaense com mais propriedade no contexto mundial. A entidade foi fundada em 27/setembro/2000, com apoio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SETI, congregando na época,nove Incubadoras existentes no Estado, sendo a sua finalidade: integrar, coordenar, promover e consolidar as incubadoras e parques tecnológicos do Paraná, buscando promover a geração de riquezas e bem-estar social no Estado .

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NOSSA CAPA

Na parte superior, As Cataratas espalhamdesenvolvimento em Foz do Iguaçu

Na inferior, Plantio Diretono Brasil

CHARGE

CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO:Página 04 • Foz do Iguaçu

Página 08 • Cimento Itambé: 3º forno

Página 10 • Microempreendedores

Página 11 • Viagem de trem

Página 18 • Condor: 35ª loja

Página 14 • Plantio Direto

Página 12 • Associação Médica

Página 21 • Empresas & Empreendimentos

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Nas águas de uma das sete maravilhas do mundo, o turismo cresce em Foz do Iguaçu

Foz do Iguaçu

Na campanha publicitária da Embratur lançada pela Presidente Dilma em Londres, visando promover os destinos turísticos brasileiros no exterior, o lado brasileiro das Cataratas do Iguaçu aparece com destaque. Com o tema “O mundo se encontra no Brasil. Venha celebrar a vida”, a meta é levar os anúncios para mais de uma centena de países até 2014.Depois que as Cataratas do Iguaçu foram escolhidas uma das Sete Novas Maravilhas da Natureza (eleição mundial organizada pela fundação suíça New Seven Won-ders), a cidade de Foz do Iguaçu experimenta um surto impressionante de desenvolvimento turístico. E, com a Copa do Mundo no Brasil em 2014 e Olimpíadas em 2016, o afluxo de turistas a região só vai aumentar. Foz do Iguaçu estará sediando também, entre 2013 e 2015, três

edições do X-Games, a olimpíada dos esportes radicais.

2º destino As Cataratas do Iguaçu estão sendo o segundo destino turístico mais procurado no Brasil, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro. Em 2011 aconteceu o recorde de turistas: 2.618.440 milhões de pessoas passaram pelas Cataratas, sendo 1.394.187 pelo lado brasileiro e 1.224.253 pelo lado argentino. Só no Aeroporto Internacional de Foz, o fluxo foi de 1.690.310 passagei-ros, um aumento de cerca de 40% em relação a 2010. Essas pessoas, do mundo todo, vieram atraídas por uma das sete novas maravilhas, mas também pela Usina de Itaipu, pelo Parque Nacional do Iguaçu, passeios

Dentro do Parque Nacional, o Hotel das Cataratas O Mabu Resort

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Nas águas de uma das sete maravilhas do mundo, o turismo cresce em Foz do Iguaçu

e compras no Paraguai e Argentina.Consequência disso: a ampliação da rede hoteleira que é a sexta maior estrutura do país, com cerca de 22 mil leitos. Atualmente, são 7 hotéis de luxo (a maioria ao longo da Avenida das Cataratas): Bourbon Cataratas Convention Resort, Hotel das Cataratas (do grupo Oriente Express, mesmo dono do Copacabana Palace), Viale Cataratas Hotel & Eventos, Recanto Park Hotel, Slaviero Suites Foz, Iguassu Resort e Mabu Thermas Resort. São 28 superiorres, 30 turísticos, 38 econômicos, 16 motéis, dois albergues de turismo, 3 campings. E, segundo dados da Secretaria Municipal de Turismo, a cidade receberá entre 2012 e 2014 investimentos de R$ 253 milhões no setor. Vão ser 6.694 novos leitos, a maioria nas categorias luxo e superior. Em plena Copa do Mundo (Curitiba será uma das sedes), Foz poderá hospedar um total de 27 mil pessoas em um só dia. E novas bandeiras e redes estão chegando a cidade, estando em construção o Hotel Ibis, o Porto Madero, o Bristol, o Holliday Inn, o Hampton, da famosa rede internacional. A rede Bourbon deve inaugurar em breve outra unidade na cidade, o Bourbon Rio. O Mabu, que dispunha de 208 apartamentos, inaugurou mais 150 no início deste ano. A rede tem projetos para construir o maior centro de convenções do Oeste do Paraná, além de um shopping-center e mais um hotel.

O Viale Cataratas

O Slaviero Suites

Aeroporto pode ser “Hub” do Mercosul Há projeto para transformar o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu em um hub, local que concentra a conexão para outros destinos do Mercosul e países andinos. Com 30 vôos regulares atualmente, esse número poderá chegar a 100 em cinco anos. Há um acordo de cooperação entre a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e o Fundo de De¬senvolvimento e Promoção Turística do Iguaçu (Fundo Iguaçu), marcando o início da concretização do projeto.

O primeiro passo será a revisão do Plano Diretor do Aeroporto Internacional das Cataratas, o que garante a previsão de investimentos para até 25 anos. Recursos na ordem de R$ 540 mil custeados pela Itaipu Binacional, prefeitura de Foz do Iguaçu, Governo do Paraná e trade turístico local serão empregados na contratação de uma empresa especializada para a reformulação do plano no prazo de seis meses.

O Fundo Iguaçu também doará os projetos básicos e executivos para reforma e ampliação do terminal. Além das obras em andamento desde abril e que devem consumir cerca de R$ 65 milhões em 18 meses para o aumento da capacidade de operação, hoje no limite, em 40%, a expansão do aeroporto prevê novos terminais de cargas e de passageiros com cinco fingers, uma nova pista de pouso e decolagem com 3 mil metros de extensão, hangares para voos executivos e regionais, acesso viário reformulado e duplicação do pátio de aeronaves.

Aeroporto de Foz teve aumento de 40% na movimentação em 2011

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Novas atrações, centro tecnológicoAlém de Copa do Mundo, Olimpíadas, X-Games, Foz do Iguaçu mune-se de novas atrações para atrair e encantar os turistas. A empresa Seaquarium Brasil, por exemplo, tem projeto (do arquiteto Raul Milani) para implantar um grande aquário na cidade. O complexo, Aquário das Cataratas, terá espécies marinhas e de água doce e inclui ainda a primeira piscina com ondas para surf do país, a Wave Loch.

Foz do Iguaçu vai se caracterizando ainda por gerar novastecnologias. O projeto VE/Itaipu-KWO é um grande pes-quisador do carro elétrico no Brasil e começou em maio de 2006, quando ainda não havia nenhum veículo do gêne-ro no país. Foram produzidos 55 carros, no modelo Palio, que estão rodando em empresas parceiras por todo o País para avaliar o desempenho, pontos de aperfeiçoamento, acessórios e robustez nas condições climáticas. São desen-volvidos, também, postos de abastecimento e sistemas de energia solar para que haja domínio pleno da tecnologia.

Já o Lactec é especialista em baterias - o coração do carro elétrico - há mais de quinze anos. Lá é pesquisada a nanotecnologia, que melhora o desempenho da bate-ria, e há uma busca constante por novas formas de gerar energia, sempre transformando a pesquisa científica em prática. A Itaipu Binacional, que tem na Usina de Itaipu, por si só, uma gigantesca atração, está ampliando o Par-que Tecnológico Itaipu – PTI. É um local onde a criação e a disseminação do conhecimento são os destaques. Criado em 2003 o PTI se consolida como um polo científico e tecnológico no Brasil e no Paraguai. Instalado nos antigos alojamentos dos operários que construíram a Usina de Itaipu, o Parque conta com uma área de 116 hectares, que será ampliada em mais 40 hectares. Neste ambiente, o PTI reúne ações em duas vertentes: Desenvolvimento Regional e Retorno à Itaipu. Na primeira, o PTI coordena ações voltadas às áreas de Educação, Ciência & Tecnologia e Empreendedorismo. Já na segunda, o PTI, em parceria com a Universidade Corporativa Itaipu (UCI), vinculada à Universidade Corporativa do Sistema Eletrobras (Unise), opera em três pilares: Educação Corporativa, Pesquisa & Desenvolvimento e Gestão do Conhecimento.

Foz do Iguaçu está sediando também a UNILA – Universida-de Federal de Integração Latino-Americana. Sua missão, conforme texto oficial, “é a de contribuir para o avanço da integração da região, com uma oferta ampla de cursos

de graduação e pós-graduação em todos os campos do conhecimento abertos a professores, pesquisadores e es-tudantes de todos os países da América Latina. Como ins-tituição federal pública brasileira pretende, dentro de sua vocação transnacional, contribuir para o aprofundamento do processo de integração regional, por meio do conheci-mento compartilhado, promovendo pesquisas avançadas em rede e a formação de recursos humanos de alto nível, a partir de seu Instituto Mercosul de Estudos Avançados (IMEA), com cátedras regionais nas diversas áreas do saber artístico, humanís¬tico, científico e tecnológico”.

X-Games

Projeto do Aquário

Experiência com carro elétrico

Catadores usam carros elétricos em Foz

Foz do Iguaçu

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2ª. ponteJá se sabe o local exato para a edificação da segunda ponte que ligará Foz ao Paraguai, aprovada durante a re-alização da 41ª. Cúpula do Mercosul, em junho de 2011. Será nas proximidades do Marco das Três Fronteiras, no loteamento conhecido como Parque das Três Fronteiras. As obras estarão a cargo da empresa Vetec, vencedora do processo de licitação para a execução do projeto básico e executivo. A ponte unirá Foz do Iguaçu à cidade de Puerto Franco (Paraguai). O governo brasileiro vai custe-ar a obra, exceto o acesso no lado paraguaio, que estará a cargo do governo do país vizinho. Recentemente, a Ministra Chefe da Casa Civil da Presidência da Repúbli-ca, Gleisi Hoffmann, afirmou que, além do projeto estar pronto, o dinheiro já foi liberado pelo governo brasilei-ro. Segundo a Ministra, o atraso deve-se a problemas na liberação e na questão ambiental. “A ponte sobre o Rio Paraná está prevista no PAC, o recurso está liberado, o projeto está feito. É uma decisão tomada já. O DNIT está mediando isso, estamos vendo o que é preciso fazer, mas é uma decisão tomada já e é só uma questão de tempo para iniciar as obras”, disse.

Projeto da segunda ponte ao Paraguai

Um parque linearEstá em andamento um projeto que visa mudar a realidade da Tríplice Fronteira, integrando as áreas de beira-rio ao planejamento urbano de Foz do Iguaçu. Trata-se do Parque Linear, compreendido entre a Itaipu e o Marco das Três Fronteiras. Estão previstas a reforma da Avenida Beira-Rio, a construção de parques, a valorização de pontos de atração turística e a transferência de famílias que estão em áreas de invasão para novas áreas urbanizadas. O projeto é resultado de uma parceria entre Itaipu Binacional, Fundação Parque Tecnológico, UDC e 3C Arquitetura. A proposta está estrutu-rada em 4 eixos. O primeiro compreende a implantação de bases náuticas de vigilância e a urbanização integrada, per-mitindo a fácil movimentação dos órgãos de segurança e fis-calização e também de turistas e da comunidade em geral. O segundo visa a preservação da mata ciliar e a recuperação de áreas de preservação permanente e de áreas degradadas. O terceiro refere-se ao turismo sustentável, com a revi-talização de estruturas existentes, como o Marco das Três Fronteiras e as pontes da Amizade e Tancredo Neves, além da criação de novos atrativos, como os parques M´Boicy, Monjolo e da Integração, novos espaços para cultura, lazer e turismo. E, por fim, o eixo do desenvolvimento socioeconô-mico, com a desfavelização e integração à cidade.

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Cimento Itambé

A Cia. de Cimento Itambé ativou sua nova linha de produção em Balsa Nova e, com o terceiro forno, elevou a capacidade instalada de produção de cimento de 1,5 milhão para 2,8 milhões de toneladas por ano – um aumento de 85%.

Foram R$ 369 milhões em investimentos. Instalada em uma área de cerca de 30 mil m2, as novas instalações começaram a ser edificadas em julho de 2010. No pico da obra, em outubro de 2011, estavam em atividade ali 1.569 trabalhadores. E, em funcionamento, a instalação abriu 35 novas vagas, distribuídas nas áreas de mineração, operação e manutenção. O objetivo da Itambé é atender bem o sul do país (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Com a nova linha, a empresa se antecipa a todas as exigências ambientais, colocando-a entre as mais enga-jadas do setor nesse quesito. A Itambé passa a dispor de

equipamentos que reduzem sensivelmente as emissões atmosféricas, além de permitir que haja menor consumo de combustíveis fósseis. Já o novo forno de clínquer pos-sibilita usar resíduos industriais como fonte de energia, entre eles papéis, plásticos e borracha triturados, borras oleosas, restos de tintas e solventes.

Alta tecnologiaO novo complexo é composto por uma série de equipamentos que agregam inovações tecnológicas à produção cimenteira. Destacam-se:

- Moinho de calcário com quatro rolos de moagem e distribuição quádrupla na entrada de gases, para melhor aproveitamento na moagem-secagem das matérias primas.

Cimento Itambé aumenta capacidade em 85%

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- Filtros de processo (forno, resfriador e moagem de coque) com emissão de material particulado abaixo de 20 miligramas por Normal metro cúbico – 2,5 vezes menor do que exigem as normas ambientais.

- Forno rotativo com duas bases de apoio e acionamento duplo direto em um rolo, propiciando menores custos de manutenção e maior vida útil do revestimento refratário.

- Torre de ciclones com câmara de combustão e calcinador em linha, permitindo alta utilização de combustíveis alternativos.

- Sistemas de dosagem de combustível sólido tipo “coriollis” de alta precisão.

- Resfriador de clínquer com grelhas fixas e acionamentos hidráulicos independentes.

- Britador de clínquer de rolos também com acionamento hidráulico.

- Silo de clínquer de grande capacidade de estocagem dimensionado, para atender também a produção do forno 2 atual.

- 01 transformador a óleo

- Relés inteligentes, contatores e reles de sobrecarga, botões pulsadores e outros componentes.

Além de investir significativamente em sua Divisão Concreto, com a ampliação e a modernização dos equipa-mentos, a Cia. de Cimento Itambé tem novos planos. Há estudos de projetos também nas áreas de energia, mineração e produção de pozolanas.

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Microempreendedores

Paraná fomenta microempreendedoresO governo do estado, através da Fomento Paraná, já disponibilizou no mercado para microempreendedores paranaenses, desde novembro de 2011, R$ 12,8 milhões (recursos próprios, do BNDES e em parceria com a Caixa Econômica Federal). A Fomento Paraná é a única instituição financeira (economia mista) genuinamente do estado do Paraná e tem por objetivo apoiar o desenvolvimento econômico e social do Estado do Paraná, mediante linhas de crédito disponibilizadas a toda população empreendedora, cujas metodologias de concessões de financiamento transformaram-na em uma instituição financeira com um dos menores graus de risco do país.O capital social é majoritariamente pertencente ao estado do Paraná, possui todas as suas operações e atividades submetidas às normas do Sistema Financeiro Nacional, sendo regularmente auditada e/ou fiscali-zada pelo Banco Central do Brasil, Tribunal de Contas do Estado do Pa-raná, Secretaria do Tesouro Nacional, dentre outros órgãos fiscalizadores.

Somente com a parceria da Fomento Paraná com a Caixa Econômica, desde novembro de 2011, já houve a libe-ração de R$ 6,7 milhões, até abril de 2012, em operações de crédito com valores entre R$ 300,00 e R$ 15 mil, para capital de giro, investimento fixo e/ou investimento misto. Foram apoiados 831 projetos a partir dessa parceria através de linhas de crédito que atendem pequenas e/ou micro-empresas, formais e informais.“As ações para o desenvolvimento econômico, inseridas no nosso Plano de Governo, devem atender as mais distintas regiões do estado, respei-

tando e oferecendo programas de capacitação e linhas de crédito com taxas baixas, tanto para os empre-endedores do campo quanto os da cidade, buscando uma maior integra-ção possível com todos os agentes e arranjos produtivos, nas suas mais diferentes formas de organização”, destacou o governador Beto Richa.Juraci Barbosa Sobrinho, diretor-pre-sidente da Fomento Paraná, destacou que “as linhas de crédito estimulam os negócios e alavancam o desenvol-vimento, aprimorando e expandindo os empreendimentos locais inserindo “um novo” dinheiro na economia, ajudando a promover o desenvolvi-mento homogêneo em cada região do estado”, afirma Juraci.

Linhas de crédito, capacitaçãoAs taxas de juros do Banco do Empre-endedor, por exemplo, são de 0,58% ao mês; uma das mais baixas do mercado e estão aliadas ao Programa de Capacitação Bom Negócio Paraná (coordenado pela Secretaria estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul) que orienta micro e peque-nos empresários do estado, formais e informais, em gestão de negócios. Os prazos para pagamento variam de quatro meses a 36 meses, neste caso.Segundo dados da Fomento Paraná e do Sebrae, as linhas de crédito criam novas oportunidades para as peque-nas e microempresas, responsáveis por 20% do produto interno bruto do Paraná e que representam 57% dos estabelecimentos formais do estado, 55,8% da mão-de-obra ocupada e 44% dos salários e outras remunerações pagas, oportunizando para que os pequenos empresários, tanto da

indústria, quanto do comércio ou os prestadores de serviços, possam desfrutar dos benefícios oferecidos pelo governo estadual.

Quase 500 mil micro e pequenasDe acordo com dados do “Anuário da Micro e Pequena Empresa - 2010/2011” do Sebrae/Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômi-cos), são 494.403 mil micro e pequenas empresas no estado. O governo espera que as ações ajudem a expandir a riqueza econô-mica regional e fortaleçam os micro e pequenos negócios nos 399 municípios do Paraná, elevando o nível de com-petitividade dos arranjos produtivos e incentivo às pequenas empresas. Um dos objetivos dos novos programas é incentivar a formalização das empre-sas e o desenvolvimento regional com ações nos municípios, especialmente os mais carentes, com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

Juraci Barbosa Sobrinho

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Viagem de trem

Que tal viajar de litorina comdecoração à La Orient Express?A empresa Serra Verde Express está oferecendo um passeio pela Estrada de Ferro Curitiba-Paranaguá, no trecho que vai até Morretes, em litorina de luxo (Great Brazil Express-GBE) com decoração sofisticada à la “Orient Express” e requintado serviço de bordo. Dependendo da procura, a rota (não só por estrada de ferro, mas também por rodovias e aviões) pode começar pelo Rio de Janeiro, ou mesmo Foz do Iguaçu e Buenos Aires. E ainda pode incluir passeio no lendário Trem do Pantanal, no Mato Grosso do Sul, entre outras possibilidades. A expedição pode variar de oito a dez dias.

Para Morretes, o GBE serpenteia pela Serra do Mar - que abriga o trecho de Mata Atlântica mais intacto do País - entre pontes, abismos e cascatas. Nas bucólicas cidades de Morretes e Antonina a natureza é propícia à prática de esportes radicais como escalada, montanhismo e rafting. E as tradições neste local são levadas a sério. Não se pode deixar de viver a experiência gastronômica de experimentar um “barreado”, verdadeiro prato típico paranaense. O barreado (prato composto por carnes e legumes, feito em panela de barro) também pode ser servido em exótica combinação com frutos do mar.

De Curitiba, em direção a Foz do Iguaçu, o roteiro inclui parada em Tibagi, terra de pedras preciosas e o reduto do Canyon Guartelá, o sexto maior do mundo em extensão e o único com vegetação nativa. São 32 quilômetros de belezas naturais, pinturas rupestres e aroma de história que permeia todo o complexo. A próxima parada fica na cidade de Ponta Grossa para uma visita ao Parque Estadual de Vila Velha, uma área de mais de três mil hectares com formações rochosas milenares e uma fauna repleta de lobos-guará, jaguatiricas, quati, gatos-do-mato, veados, entre outras espécies.

Os visitantes seguem de ônibus até a pequena Castro, convergência de antigas rotas de tropeiros, de onde parte a composição. Em dois vagões onde o luxo está presente em todos os detalhes, o grupo segue por Guarapuava, Irati e Cascavel. Bebidas, petiscos, serviço de bordo, bares e decoração especial transformam a viagem em um

tempo agradável, cheio de expectativa. São 500 quilômetros de trilhos, repletos de paisagens pitorescas e contrastantes, que revelam a diversidade de fauna e flora brasileiras. A última parada é realizada em Cascavel de onde os visitantes chegam até ao imponente Parque de Foz do Iguaçu em ônibus especial. Nesta região da tríplice fronteira, a visão de um dos mais belos saltos d’água do mundo, parque tombado como patrimônio natural da humanidade, é apenas o começo de uma aventura que inclui experiências gastronômicas e culturais diversas.

A litorina vai serpenteando pela Serra do Mar

Vagão com decoração à la Orient Express

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Associação Médica do Paraná

Associação Médica do Paraná chega aos 80 anos comuniversidade corporativa e quer o Museu da MedicinaFundada em 1933, com a fusão de três entidades (Sociedade de Medicina, Sociedade Médica dos Hospitais e Sindicato Médico do Paraná), a Associação Médica do Paraná vai comemorar em 2013 80 anos de existência. E mais forte, pois inaugurou no dia 7 de julho sua Univer-sidade Corporativa, a Universidade Corporativa da Asso-ciação Médica do Paraná – UCAMP. A oferta de educação continuada para seus associados sempre foi uma das ban-deiras da AMP e, com a UCAMP, isso acontecerá de forma mais efetiva, com cursos estruturados em parcerias com as universidades paranaenses e as sociedades de especia-lização, com certificação do Ministério da Educação. A entidade luta agora pela criação do Museu da Medicina Paranaense. “Temos um acervo enorme e precisamos de um espaço adequado para colocar toda essa história à disposição dos cidadãos e, principalmente, de nossos estudantes. Enquadrando a AMP nos critérios da Lei de Incentivo à Cultura nos aproximaremos deste sonho”, diz o presidente João Carlos Baracho. O deputado Ney Leprevost, líder da Frente Estadual da Saúde e Cidadania, se comprometeu em auxiliar. “É uma idéia que merece nosso total apoio. Um Museu da Medicina aberto aos estudantes pode ajudar a despertar vocações. Afinal, ser um bom médico é uma verdadeira devoção a este bem precioso que é a vida humana”, diz.

A UCAMPA Universidade Corporativa oferecerá desde seminários de curta duração a cursos de pós graduação, em modalidades presenciais e à distância, de acordo com as demandas levantadas pelas sociedades de especialidade. Os cursos oferecidos pela Ucamp serão destinados aos médicos já formados, filiados ou não à Associação Médica do Paraná, de aprimoramento tanto para a carreira como para a vida pessoal dos profissionais.

“Sempre balizados pelos conceitos de educação, ofereceremos aos médicos, além de cursos na área científica, conteúdos para o desenvolvimento pessoal do médico, como de gestão, de marketing, de contabilidade, de relacionamento pessoal, entre outros”, conta o diretor-presidente da Ucamp, Miguel Ibraim Aboud Hanna Sobrinho.

Em seu discurso por ocasião da inauguração da Universidade, disse, em certo trecho, o presidente Baracho:“Foram muitas as conquistas nestes 79 anos, nunca desviando dessa linha mestra estabelecida lá em 1933. Unimos a classe médica, construímos essa grandiosa sede, ocupamos o território do Estado do Paraná em 33 sedes regionais, estabelecemo-nos como referência nas discussões sobre saúde pública, posicionamo-nos como porta-vozes da classe médica nos debates sobre a saúde suplementar, fomos às ruas nos momentos necessários, defendemos os direitos do médico paranaense e ganhamos o reconhecimento da sociedade: o médico é um profissional de valor.

Mas também está lá, no estatuto da AMP aprovado em 1933, a educação continuada como uma das prioridades de nossa entidade. E assim o tema foi tratado durante todos esses anos, mais recentemente, com as mais de 200 jornadas descentralizadas realizadas (69 só nessas três últimas gestões).

O que trazemos agora é uma nova forma de organizar esse compromisso com o conhecimento, ainda mais

A sede da entidade, em Curitiba

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Associação Médica do Paraná chega aos 80 anos comuniversidade corporativa e quer o Museu da Medicina

profissional, em parceria e com a chancela das principais escolas de medicina de nosso Estado e das Sociedades de Especialidades Médicas que compõem o Conselho de Especialidades da Associação Médica do Paraná. É a nossa Universidade Corporativa. Com a estrutura da

A sede da entidade, em CuritibaO presidente João Carlos Baracho Visita do deputado Ney Leprevost

A MP e de nossos parceiros, poderemos levar cursos a todos os cantos do Estado, elaborados de acordo com a demanda de cada região, de cada especialidade, de cada setor da saúde. Levaremos, também, formação não só na área científica, mas educação profissional e pessoal para nossos médicos”.

RICHA SANCIONA LEI DE NEY LEPREVOST PARA GARANTIR TESTE DO CORAÇÃOZINHO

O deputado Ney Leprevost, líder da Frente Estadual da Saúde e Cidadania, está feliz da vida com a sanção da lei de sua autoria que vai garantir o Teste do Coraçãozinho para todos os recém nascidos do Paraná. O Teste do Coraçãozi-nho tem cerca de 80% de eficiência na detecção precoce de cardiopatias congênitas em recém nascidos, possibilitando o imediato tratamento adequado. É feito com um aparelho simples chamado oxímetro de pulso, que mede o nível de oxigenação no sangue do bebê. Pela lei, sancionada esta semana pelo governador Beto Richa, a secretaria estadual de saúde e todas as maternidades tem um prazo de 180 dias para se prepararem para oferecer os testes e o tratamento

necessário a cardiopatia congênita em todo o Paraná.Junto com Leprevost, assinam a lei nº 17231 de 2012, do Teste do Coraçãozinho, os deputados Marcelo Rangel e Hermas Brandão Junior. A proposta foi encaminhada aos parlamentares pela Associação Pequenos Corações.“O Teste do Coraçãozinho é eficiente em quase 80% dos casos, é indolor e vai ser gratuito”, afirma Ney.“É muito gratificante poder fazer um trabalho como este em benefício das nossas crianças. Quero agradecer o Hermas Júnior e o Marcelo Rangel por serem meus parceiros no projeto. Agradeço também ao governador Beto Richa que teve sensibilidade para sancionar nossa lei”.

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Plantio Direto

Plantio Direto no Brasil: tudo começou há 40 anos em RolândiaTalvez ninguém tenha feito tanto bem ao meio ambiente no Brasil do que Herbert Bartz. Foi ele quem introduziu o Plantio Direto na Palha em nosso país, há 40 anos, trazendo dos Estados Unidos para sua fazenda, em Rolândia, uma plantadeira, utilizada em uma tecnologia de preparo mínimo do solo. Começava, então, em 1972, a epopéia do Plantio Direto na Palha. Os primeiros resul-tados da técnica foram ruins, mas ele insistiu e importou equipamentos até que viu que o novo sistema gastava muito menos diesel em relação ao o convencional.

“Em vez de gastar dez mil litros de diesel, nós gastávamos de 3 mil a 3,5 mil litros. Então, era uma fantástica redução de combustível”, calculou Bartz. A iniciativa atraiu a atenção do IAPAR, Instituto Agronômico do Para-ná; da Embrapa e da colônia holandesa (Fundação ABC) na região dos Campos Gerais. O produtor Herbert Bartz recorda que para evitar a armadilha da monocultura, a pesquisa propôs para o plantio direto o sistema de rota-ção de safras. Em uma vez é plantada a soja e na outra, o milho. Depois, repete a soja. Depois, o trigo. E assim por diante. A estratégia de rotação de culturas permite com-binações que não eram imaginadas há 30 ou 40 anos.

O pesquisador explica de que maneira se dá o intercâmbio de culturas. Os nódulos no pé da planta são cheios de uma bactéria chamada de rizóbio, que tem uma relação de troca-troca com a planta. A planta cede para a bactéria os nutrientes que obtém com a fotossíntese. A bactéria retribui com um adubo fundamental que é caro: pega o nitrogênio do ar e oferece para a planta, o que reduz consideravelmente o custo com fertilizantes. A primeira área de plantio direto feita pelo produtor Herbert Bartz tinha apenas 180 hectares. Hoje, estima-se que o Brasil já tenha passado dos 35 milhões de hectares com plantio di-reto. O número representa 70% da área plantada no país.O sistema de plantio direto surgiu frente a necessidade de tornar mais sustentável a produção agrícola, minimizando os custos com insumos e otimizando o aproveitamento da área de plantio Quatro décadas depois de implantada no país, a tecnologia é tida como a única alternativa para a sustentabilidade da agricultura. “Foi o grande aconteci-mento nos últimos dois mil anos de exploração agrícola. É o que a ciência agronômica ofereceu de mais importante até hoje, do ponto de vista biológico, químico e físico do solo”, resume o engenheiro agrônomo Joaquim Mariano Costa, responsável pela Fazenda Experimental da Coamo, em Campo Mourão.

ReferênciaDe 40 anos para cá a técnica vem sen-do estudada e aprimorada, e hoje o Brasil é reconhecido como referência na área. Foi entre essas décadas que as indústrias e a pesquisa e extensão rural se debruçaram sobre o desenvol-vimento de máquinas adequadas para cada região. “Na época não havia certeza do que era necessá-rio para uma máquina de plantio direto, e as pesquisas foram revelando necessidades e aprimorando os equipamentos”, diz. Iapar, Embrapa, outros institutos de pesquisas, outras asso-ciações, foram difundindo e aprimorando a técnica. Na região dos Campos Gerais, onde ela foi sendo aplicada logo após o pioneirismo de Rolândia, em 1979 foi fundado o Clube da Minhoca, para difundir o sistema (a logomarca foi criação do colaborador desta Distinção, Roque Sponholz). Lá também foi fundada a Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha. Um livro, de autoria de Gilberto de Oliveira Borges, “Nonô Perei-ra, 25 anos plantando na palha”, foi editado e conta a história do agricultor Manoel Henrique Pereira com o Plantio Direto.

Museu do Plantio DiretoAté o final do ano, vai ser inaugurado em Mauá da Serra, entre Londrina e Apu-carana, o primeiro Museu do país em memória do plantio direto (que teve na região os primeiros movimentos pionei-ros). Para o prefeito Hermes Wichtoff, estão faltando ape-nas os móveis e a colocação dos equipamentos e instru-mentos utilizados no plantio pelos pioneiros. O museólogo Ninger Moreira, da Universi-dade Estadual de Londrina, presta assessoria ténica.

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Plantio Direto no Brasil: tudo começou há 40 anos em Rolândia

ReferênciaDe 40 anos para cá a técnica vem sen-do estudada e aprimorada, e hoje o Brasil é reconhecido como referência na área. Foi entre essas décadas que as indústrias e a pesquisa e extensão rural se debruçaram sobre o desenvol-vimento de máquinas adequadas para cada região. “Na época não havia certeza do que era necessá-rio para uma máquina de plantio direto, e as pesquisas foram revelando necessidades e aprimorando os equipamentos”, diz. Iapar, Embrapa, outros institutos de pesquisas, outras asso-ciações, foram difundindo e aprimorando a técnica. Na região dos Campos Gerais, onde ela foi sendo aplicada logo após o pioneirismo de Rolândia, em 1979 foi fundado o Clube da Minhoca, para difundir o sistema (a logomarca foi criação do colaborador desta Distinção, Roque Sponholz). Lá também foi fundada a Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha. Um livro, de autoria de Gilberto de Oliveira Borges, “Nonô Perei-ra, 25 anos plantando na palha”, foi editado e conta a história do agricultor Manoel Henrique Pereira com o Plantio Direto.

A História, o pioneiro(entrevista exclusiva com Herbert Bartz)

Herbert Bartz, o pioneiro do Plantio Direto no Brasil, residente em Rolândia desde 1960, nasceu em Rio do Sul, SC, em 1937. Tudo começou por causa da preocupação com as erosões em sua proprieda-de. Numa noite chuvosa de maio de 1972 foi verificar os estragos causados e se deparou com uma cena devastadora. “O estrago dos 90 milímetros de água que caíram sobre a terra desprotegida parecia ter sido provocado por um dilúvio”, diz. Bartz chegou à conclusão de que ou precisava encontrar uma solução para o grave problema ou iria parar com a atividade agrícola. As tentativas de controle erosivo com técnicas de curvas de nível ou terraços eram insuficientes. “Ou fazia alguma coisa ou eu perderia minhas terras”, afirma. E, então, depois de algumas frustrações, foi estudar o assunto com a Missão Agrícola Alemã e descobriu que na Inglaterra e nos Estados Unidos já havia uma tecnologia de preparo mínimo do solo.

Arrumou as malas e foi para os Estados Unidos, de onde trouxe uma plantadeira que, na verdade, dava início ao novo sistema de plantio. De volta a Rolândia, Bartz começava então com o Plantio Direto no Brasil. O pioneiro destaca que, diferentemente dos Estados Unidos, o sistema, aqui, veio acompanhado da rotação de culturas, seguindo pesquisas do Iapar e da Embrapa. “Na verdade, o plantio direto não é apenas uma técnica, mas uma filosofia, um modo de vida, um conceito de poder resolver os problemas da agricultura, como invasões de pragas, por exemplo, de maneira natural, com a própria natureza”.

Começava o emprego da Sustentabilidade no campo. “E graças aos pesquisadores, ao empreendedorismo dos agricultores, o plantio direto foi se espalhando por todos os estados brasileiros, com sua ação benéfica de permanente cobertura do solo, depositando nesse mesmo solo a vida microbiana e húmus”, fala. Herbert lembra que a História Mundial narra fatos de civilizações inteiras terem fenecido por causa do enfraquecimento dos solos, impossibilitando a agricultura. Lembra também que, atualmente, a Ucrânia vê seus solos fertilíssimos se degradando, se esgotando.

“Aqui no Brasil, temos verificado o inverso: solos inférteis transformaram-se em solos de alta capacidade produtiva, como nos Campos Gerais do Paraná, Pampa gaúcho, Cerrado, Goiás, Bahia, Piauí, Maranhão. Hoje, graças ao plantio direto, se transformam em futuros celeiros do mundo”, afirma. E finaliza: “Muito mais que uma técnica de produção sustentável, destruir a terra é um pecado capital”.

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Plantio Direto

Livro do Iapar resgata história do plantio direto no Sul do BrasilA evolução da técnica de deposição de sementes sem revolvimento do solo é tema do livro “Plantio direto no Sul do Brasil”, que o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) lançou em parceria com a FAO, entidade das Nações Unidas para agricultura e alimentação. A obra, de autoria dos pesquisadores Augusto Guilherme de Araújo, Ruy Casão Junior e Rafael Fuentes Llanillo, enfoca as dificuldades iniciais na área de mecanização agrícola e os avanços tecnológicos – particularmente no desenvolvimento de semeadoras – que possibilitaram dispensar o uso de arado e grade niveladora na implantação das lavouras de grãos no país.

De acordo com o pesquisador Augusto Guilherme de Araújo, a publicação que o Iapar lançou surgiu por demanda da FAO, no âmbito de um projeto para desenvolver a agricultura conservacionista no Quênia e na Tanzânia. Ele explica que o organismo internacional propôs fazer um mapeamento da trajetória e as dificuldades no desenvolvimento do plantio direto no Sul do Brasil, levantando informações que pudessem subsidiar e tornar mais ágeis as ações nos países do Leste Africano. “Não foi pretensão resgatar a totalidade dos acontecimentos, mas compreender o processo evolutivo do sistema de plantio direto e das máquinas específicas para a atividade”, esclarece.

Para fazer o resgate histórico, os autores entrevistaram 66 protagonistas da implantação e desenvolvimento do plantio direto no Sul do Brasil. Foram ouvidos pesquisadores, técnicos, produtores e representantes de indústrias e empresas revendedoras de máquinas agrícolas. O texto está organizado em ordem cronológica e destaca os fatores que, na opinião dos entrevistados, foram determinantes para a evolução e consolidação do sistema em cada fase histórica.

Os autores também produziram uma versão da obra em inglês, que a FAO utilizará para distribuição e uso em projetos de desenvolvimento rural em países de clima tropical.

Plantio direto – O plantio direto deu nova perspectiva ao uso e manejo dos solos e da água. Estima-se que o sistema seja atualmente adotado em 35 milhões de hectares no Brasil. No Paraná, são aproximadamente cinco milhões de hectares – cerca de 90% da área cultivada destinada à produção de grãos no estado.

Por trás desses números há uma longa trajetória de conquistas técnicas e, principalmente, uma reviravolta conceitual, que começou a tomar forma na segunda

metade dos anos 1960: a idéia de que solos tropicais devem ser protegidos das chuvas e altas temperaturas e, por isso, não podem ser submetidos ao preparo com aração e gradagem antes de fazer a semeadura.

A proposta foi recebida com ceticismo por muitos pesquisa-dores, técnicos e produtores daquela época, pois confrontava o modelo implantado e amplamente utilizado no Sul do Brasil pelos imigrantes europeus. Eles promoveram a abertura de áreas para produção agrícola utilizando o arado de discos e grades pesadas tracionadas por tratores, modelo tecnológico que conheciam de seus países de origem. Muitas vezes, fazia-se também o uso de queimadas para reduzir a quantidade de matéria vegetal e facilitar o trabalho das máquinas.

Não tardaram a surgir problemas ambientais decorrentes desse modelo de agricultura: o intenso revolvimento deixava o solo exposto às chuvas e reduzia a capacidade de infiltração de água, resultando em grande perda por erosão pela formação de enxurradas. Já no final dos anos 1960, tornou-se urgente encontrar uma alternativa de manejo menos prejudicial.

O plantio direto prevaleceu sobre outras tentativas que propunham menor revolvimento do solo – como o uso de escarificadores – graças à iniciativa de produtores pionei-ros como Herbert Bartz, em Rolândia-PR; Manoel (Nonô) Pereira e Franke Dijkstra, na região dos Campos Gerais do Paraná. Também data do início dos anos 1970 os primeiros estudos científicos sobre agricultura conservacionista. No início da década de 1980, o Iapar publicou a primeira obra no país contendo resultados de pesquisas sobre o tema.

Atualmente, segundo os autores do livro, o termo plantio direto ganhou abrangência e vem sendo usado como referência a qualquer prática de manejo do solo que apresente uma preocupação ligada à conservação do solo, tornando-se quase sinônimo de agricultura conservacionista no Brasil.

ServiçoLivro: “Plantio direto no Sul do Brasil: fatores que facilitaram a evolução do sistema e o desenvolvimento da mecanização conservacionista”, 77 páginas.

Autores: Ruy Casão Junior, Augusto Guilherme de Araújo e Rafael Fuentes Llanillo.

Preço: A distribuição é gratuita. Interessados pagam apenas as despesas de correio, no valor de R$ 6.

Aquisição: pelo site www.iapar.br ou telefone (43) 3376-2373.

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A partir dos anos 1980, o sistema de plantio direto foi aperfeiçoado e adotado progressivamente no país até ultrapassar 35 milhões de hectares. A cultura da soja, por exemplo, tem o solo quase totalmente protegido pelo sistema.

A difusão do plantio direto ao longo dos últimos 30 anos deve-se, primordialmente, ao empenho dos produtores em resolver os problemas inicias do sistema. Teimaram, persistiram e conseguiram, com a devoção de alguns pioneiros incansáveis na divulgação através de eventos variados.

A considerar também o concurso dos fabricantes de semeadoras e a colaboração dos agrônomos, quer de atividade individual, quer participantes das cooperativas, dos órgãos públicos de pesquisa e fomento e das firmas privadas de assessoria técnica e consultoria.

Dispunham-se de dados isolados da adoção do sistema, dos sucessos e insucessos, mas faltava uma análise mais ampla do estado da arte dessa tecnologia, que tanto havia contribuído para controlar a erosão.

Quando o agrônomo André Pessoa tomou a inciativa, em 2006, de avaliar as safras antes da colheita através de aferições nas lavouras, de acordo com modelo usado nos EUA, a Fun-dação Agrisus vislumbrou a oportunidade de aproveitar as visitas a campo para conferir como andava o plantio direto.

O projeto executado pela Agroconsult, denominado Rally da Safra, passou então a dar notas ao plantio direto nas visitas aleatórias destinadas a medir a produtividade da soja e do milho. Ao mesmo tempo foram submetidos questionários aos participantes das reuniões técnicas regionais.

Em 2009, além das anotações em milhares de visitas aleatórias e de centenas de questionários respondidos pelos produtores, a Agrisus contratou a coleta de amostras de terra em mais de 1.000 locais a fim de conhecer o comportamento dos nutrientes dos adubos colocados ano após ano na base de sulcos relativamente rasos, sem serem incorporados posteriormente por gradagens ou arações.

Dessas 8.253 observações a campo, dos 3.730 questionários respondidos e das 2.342 amostras de terra de 1.171 locais, resultaram sete Relatórios do Estado da Arte do PD no Brasil (2006 a 2012), cada um historiando os resultados anteriores, um Relatório da situação do Fósforo no ambiente do PD e um Relatório das Bases Trocáveis igualmente na mesma situação ambiental.

As conclusões essas pesquisas, inéditas no país, destinam-se ao conhecimento da situação atual e da evolução do sistema durante o período de estudo. Constituem um acervo precioso de dados través do qual os produtores serão estimulados a se aperfeiçoarem, enquanto entidades privadas e

órgãos públicos encontrarão elementos para planejamento de suas ações.

A valiosa documentação, resultante da iniciativa e do apoio da Fundação Agrisus, acha-se à disposição dos interessados no site www.agrisus.org.br.

* Fernando Penteado Cardoso é engenheiro agrônomo, formado na turma de 1936 da Escola

Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). Entre múltiplas atividades no setor

agropecuário, foi fundador e presidente da Manah S.A. e fundador e ex-presidente da

Fundação Agrisus, única entidade a trabalhar exclusivamente com recursos próprios no apoio a projetos educacionais e de pesquisa voltados

à melhoria e conservação do solo.

O ESTADO DA ARTE DO PLANTIO DIRETO NO BRASIL

Fernando Penteado Cardoso

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Condor

Condor Super Center inaugura 35ªloja e quer chegar a 45 em 2016(WBC Comunicação)

Dando sequência ao plano de investimento de R$ 120 milhões em 2012, o Condor Super Center inaugurou na re-gião oeste de Curitiba a 35ª loja da rede, o Condor Campo Comprido (Rua João Dembinski, 1.410). O evento de inau-guração aconteceu no dia 31 de julho. O novo empreen-dimento contou com um investimento de R$ 35 milhões e segue o padrão das últimas inaugurações e revitalizações que a rede fez em suas lojas, que contemplam conforto, beleza, conveniência e sustentabilidade.Para o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta, a região está em franco crescimento e merece uma loja top em modernidade. “Projetamos uma loja para surpreender nossos clientes, com um projeto arrojado, que contempla conforto e comodidade na medida certa”, afirma. Segun-do o presidente, uma das preocupações foi oferecer aos clientes uma loja que proporcionasse conveniência, que permitisse uma circulação ágil, mas que também ofere-cesse um mix adequado às necessidades do consumidor da região. Para atender a demanda da nova loja, foram contratados 310 colaboradores. Os clientes vão contar com a segurança e a praticidade de um estacionamen-to coberto no subsolo e outro descoberto, em frente à loja, que totalizam uma capacidade para até 5 mil vagas rotativas por dia.Um dos destaques da nova loja é o setor

de eletros, localizado logo ao entrar no estabelecimento, que contempla uma variada linha de eletroeletrônicos, informática, eletrodomésticos e eletroportáteis, dispos-tos em um mobiliário elegante, que passa a sensação de loja especializada. A comunicação visual inteligente, corredores largos e gôndolas baixas interligam os setores e facilitam a visualização do local desejado. Em uma área de vendas de 4 mil m² e com um mix de 30 mil produtos, o novo Condor conta – além de eletros – com mercearia, adega, empório, rotisseria, perfumaria, padaria e confei-taria, açougue, cama mesa e banho, e também com os setores de congelados e de FLV.Os cuidados com o meio ambiente foram uma preocupação neste novo investimen-to da rede, que vai utilizar no setor de congelados o CO2, um gás refrigerante 100% natural que substitui os gases sintéticos, não agride a camada de ozônio, não provoca o efeito estufa e reduz em até 20% o consumo de energia. No setor de refrigerados, o gás refrigerante utilizado é o Glicool, que também contribui para a preservação am-biental por reduzir em até 90% os gases poluentes. A loja possui ventilação natural com tecnologia alemã e cober-tura com painel termoisolante de calor, o que dispensa a instalação de sistema de ar condicionado, pois o ambiente fica climatizado naturalmente.Para reduzir o consumo de energia, a cobertura da loja conta com Domus Prismáticos, que aproveitam a luz natural, filtram os raios ultravioletas

em até 98% e deixam o ambiente mais agradável. Outra contri-buição para a economia de energia elétrica foi a instalação de lâmpadas T5, que possuem potencial energético superior, com uma durabilidade seis vezes maior que as tradicionais, além de proporcionar 50% mais luminosidade. Outro recurso natural a ser aproveitado é a água da chuva, que será utilizada na irrigação de jardins, descargas sanitárias e lavagem de pisos.

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Condor Super Center inaugura 35ªloja e quer chegar a 45 em 2016

em até 98% e deixam o ambiente mais agradável. Outra contri-buição para a economia de energia elétrica foi a instalação de lâmpadas T5, que possuem potencial energético superior, com uma durabilidade seis vezes maior que as tradicionais, além de proporcionar 50% mais luminosidade. Outro recurso natural a ser aproveitado é a água da chuva, que será utilizada na irrigação de jardins, descargas sanitárias e lavagem de pisos.

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Condor

PEDRO JOANIR ZONTA,UM EMPREENDEDORFundado em 1974 pelo empresário Pedro Joanir Zonta, o Condor Super Center é considerado hoje um case de sucesso, construído de forma sólida, com muita persistência e dedicação. Desde criança o empresário já se mostrava um grande visionário e, em seu íntimo guardava o desejo de crescer na vida para poder proporcionar aos seus filhos o conforto e a fartura que não teve em sua infância. Assolado pelas crises econômicas e pelos concorrentes multinacionais, Zonta não desistiu do sonho de crescer. Com determinação e coragem, venceu as dificuldades e transformou a sua pequena loja no bairro do Pinheirinho, com apenas 110m² e 5 funcionários, em uma das maiores redes supermercadistas do Brasil.O crescimento não foi somente financeiro, mas foi também na sua experiência de vida. A trajetória de sucesso do empresário mostra que a humildade e a paciência, aliadas com muito trabalho, são os dons que realmente tornam uma pessoa vencedora.O Condor Super Center é 100% paranaense e atende men-salmente mais de 2,8 milhões de clientes. Com 38 anos de história, o Condor é uma das maiores redes supermer-cadistas do Brasil, conta com mais de 9 mil colaboradores e 35 lojas, entre super e hipermercados, nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Araucária, Campo Largo, Lapa,

São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Maringá, Londrina, Apucarana, Colombo, Castro e Pinhais, além de duas centrais de distribuição na capital. Em 2011, investiu mais de R$ 100 milhões e registrou um faturamento de R$ 2,136 bilhões, mais de 20% de crescimento em relação a 2010, quando registrou faturamento de R$ 1,728. Para 2012, a expectativa é a de crescer novamente na faixa de 20%. Para isso, vai realizar novamente um investimento na ordem de R$ 120 milhões em inaugurações, revitalizações e aquisição de algumas áreas para construção de futuras lojas. A meta da rede é chegar ao final de 2016 com 45 lojas entre super e hipermercados e um faturamento de R$ 4 bilhões, além de expandir sua atuação para outro estado, fora do Paraná, desde que se apresente como uma boa oportunidade. O Condor também quer permanecer entre as dez maiores redes supermercadistas do Brasil e contar com uma equipe de mais de 12 mil colaboradores diretos.

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Ferroeste

Ferroeste pode ganhar trilhos e ir até Maracaju, no MSDeve, finalmente, sair do papel o antigo projeto de ampliação da Ferroeste, trecho que vai de Cascavel a Maracaju, no Mato Grosso do Sul. O governo federal relançou o edital para contratar os estudos necessários. O trecho tem custo estimado de R$ 2,1 bilhões e faz parte de um projeto que totaliza R$ 13,7 bilhões para ampliação de ferrovias na região sul. Além do ramal de 420 quilômetros entre o Paraná e o Mato Grosso do Sul, que formaria um corredor ferroviário de 1.116 quilômetros entre Maracaju e Paranaguá, o edital inclui ainda o último trecho de 1,2 mil quilômetros da Ferrovia Norte-Sul entre Panorama (SP) e o Porto de Rio Grande. Embora não estejam no edital, também podem entrar no pacote a “Ferrovia do Frango”, entre Chapecó, no Oeste de Santa Catarina e o Porto de Itajaí e um ramal entre as cidades gaúchas de Carazinho e Uruguaiana. Quando finalizados, esses quatro trechos poderão alavancar o volume de exportação não só em Paranaguá, mas também nos Portos de Itajaí, São Francisco do Sul e Rio Grande. “Esse projeto pode amenizar os gargalos das ferrovias do Sul, na medida em que vai atender de forma integrada os três estados”, diz Rodrigo Vilaça, presidente da Associação Brasileira dos Transportadores Ferroviários (ABTF).

Nova ferrovia entre Guarapuava e ParanaguáNo embalo dos investimentos públicos, que prometem ampliar em 2,7 mil quilômetros a malha ferroviária da Região Sul, lideranças e entidades representativas do estado ligadas ao Fórum Permanente Futuro 10 Paraná trabalham para incluir nos projetos do governo a construção de uma nova ferrovia entre Guarapuava e o Porto de Paranaguá, trecho conside-rado prioritário para o estado. “Estamos buscando com o Ministério dos Transportes meios para formalizar uma parceria institucional de cooperação técnica e iniciar um pré-estudo de viabilidade da ferrovia entre Guarapuava e Paranaguá”, explica o professor Roberto Gregório da Silva Junior, superin-tendente do Instituto Tecnológico de Transportes e Infraestru-tura da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A intenção, segundo ele, é subsidiar o governo com informações técnicas e fazer com que o trecho seja incluído nos próximos editais.

A FerroesteA Estrada de Ferro Paraná Oeste S.A. – Ferroeste -, sociedade de economia mista que tem no Governo do Paraná seu maior acionista, foi criada em 15 de março de 1988. Em outubro do mesmo ano, recebeu a outorga da concessão para construir e explorar a ferrovia. A empresa detém a concessão, conforme Decreto do Governo Federal nº 96.913/88, para construir e

operar uma ferrovia entre Guarapuava, Estado do Paraná, e Dourados no Estado do Mato Grosso do Sul, servindo os produtores do Oeste e extremo Oeste paranaense, o Mato Grosso do Sul, Paraguai e norte da Argentina. Concebida principalmente para transporte de grãos agrícolas e insumos para plantio, a Ferroeste, denominada no passado de “Ferrovia da Soja” e “Ferrovia da Produção”, teve sua construção iniciada em 15 de março de 1991. A obra foi construída pelo governo paranaense em parceria com o Exército Brasileiro, durante o primeiro mandato do governador Roberto Requião, entre 1991 e 1994, e custou US$ 360 milhões, pagos integralmente com recursos do Estado. O primeiro trecho implantado foi o de Guarapuava a Cascavel, com 248,6 quilômetros. Pelos trens da Ferroeste são escoados, anualmente, cerca de 1,5 milhão de toneladas, principalmente grãos (soja, milho e trigo), farelos e contêine-res, com destino ao Porto de Paranaguá. No sentido importa-ção, a ferrovia transporta principalmente insumos agrícolas, adubo, fertilizante, cimento e combustíveis. A orientação básica da Ferroeste é reduzir os custos logísticos do escoa-mento da produção. O objetivo é oferecer tarifas baratas tan-to para grandes quanto para médios e pequenos produtores. E o mesmo vale para as empresas transportadoras de cargas.

Os trilhos (e as locomotivas e vagões) da Ferroeste podem ganhar mais 420 km e ir até o MS

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Empresas & EmpreendimentosVictor Grein Neto ([email protected])

SIG Combibloc: ampliaçãoApenas seis meses após a inauguração da sua primeira fábrica de embalagens longa vida na América do Sul, a SIG Combibloc acaba de anunciar o investimento adi-cional de 70 milhões de reais, na unidade de Campo Largo. “A SIG deverá crescer mais de 50% em 2011, por isso foi necessário acelerar a implementação da segunda fase do projeto da fábrica brasileira. Iremos ampliar a capacidade de produção para 3 bilhões de embalagens por ano e gerar 30% a mais de empregos diretos até 2013”, informou Ricardo Rodriguez, Diretor Presidente da SIG Combibloc América do Sul.

FrangosNum ano em que o Brasil perde espaço no mercado internacional, o Paraná amplia suas exportações de carne de frango e se consolida como líder nacional no segmento avícola. Enfrentando forte competição dos Estados Unidos, o país viu seus embarques recuarem 2% no primeiro semestre de 2012, para 1,9 milhão de to-neladas. Na contramão, o estado exportou 13% mais e concentrou quase um terço dos negócios firmados pelo país com o mercado externo no período.Com 563,5 mil toneladas de carne de frango exportadas entre janei-ro e junho, o Paraná abriu ampla vantagem sobre o seu principal concorrente, Santa Catarina. O estado vizinho, que nesta mesma época do ano passado en-cabeçava o ranking brasileiro de exportação, viu seus embarques encolherem 8% em 2012, para 478,4 mil toneladas – 85 mil toneladas a menos que o Paraná. O presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, atribui o avanço paranaense a uma série de fatores, como o crescimento do número de avicultores e de abatedouros, quase todos habilitados à exporta-ção, e à disponibilidade de matéria-prima. “O Paraná é privilegiado. Somos os maiores produtores de grãos do país e, tendo soja e milho à vontade como nós temos aqui, é mais fácil fazer frango”, observa.

Nova industria em Campo LargoO governador Beto Richa assinou em Curitiba protocolo de inten-ções para a instalação de uma fábrica da Gri-Cei, subsidiária do grupo espanhol Grifols, em Campo Largo. A unidade vai produzir bolsas de coleta e fracionamento de sangue, hoje importadas da matriz na Espanha. O projeto da empresa foi enquadrado no pro-grama Paraná Competitivo. O investimento será de R$ 12,2 mi-lhões, com a geração de 122 empregos diretos. “A vinda deste im-portante grupo europeu reflete o momento positivo que o Paraná vive. O Estado apresenta evolução em vários indicadores econômi-cos em relação ao desempenho do País e está de portas abertas aos investimentos produtivos”, disse o governador.

Techint: 3 mil empregos no litoralA grande oferta de empregos no litoral paranaense para a construção de duas plataformas petrolíferas, modelo WHP para a empresa OSX, aqueceu a procura por qualificação profissional na área. Desde novembro do ano passado, mais de 100 pessoas já participaram de cursos de capacitação ofertados por meio de uma parceria entre a empresa Techint Engenharia e Construção, filiada ao Sindemon (Sindicato das Empresas de Engenharia de Montagem e Manutenção Industrial do Paraná, ligado à Federação das Indústrias do Estado) –, o Senai e as prefeituras do litoral. O presidente do Sindemon, Jair José de Souza, destacou a importância da iniciativa para impulsionar o desenvolvimento da região. “Investir em mão de obra da região é auxiliar no desenvolvimento do Estado e da própria empresa. É como uma corrente, onde um benefício puxa o outro”. A Techint, localizada em Pontal do Sul, deve gerar mais de três mil empregos diretos nos próximos três anos na região litorânea, incluindo Mati-nhos, Paranaguá, Antonina, Praia de Leste e Pontal do Sul.

Londrina: 4 novos shoppingsAlém de sediar o primeiro shopping-center do interior brasileiro, o Com-Tour, e dois dos maiores shoppings do Estado, o Catuaí e o Royal Plaza, Londrina prepara-se para receber, de uma hora para outra, 4 novos em-preendimentos. Um é o Londrina Norte (do grupo Catuaí, BR-Malls), com 10 lojas-âncora, 14 médias, 104 lojas, 16 de serviços, 20 fast food, centro de diversões, cinemas, área para estacionamento de 1.600 veículos. Será inaugurado nos próximos dias.Outro é o Boulevard, do grupo Sonae-Sier-ra, dentro do empreendimento Marco Zero, com 235 lojas, 7 cinemas, com inauguração prevista para Março de 2013. O terceiro é o Aurora Shopping, na região mais valorizada da cidade, a Gleba Palhano, com 61 mil m2 de área construída, 200 lojas, cinemas. E o outro é o Shopping da Havan, no centro da cidade, a ser inaugurado ainda este ano.

Com o uso de computador e netbook POSITIVO

O Aurora Shopping

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Victor Grein Neto ([email protected])

WHB: ampliaçãoO governador Beto Richa assinou no Palácio Iguaçu proto-colo de intenções para a ampliação da planta industrial da WHB Fundições, na Cidade Industrial de Curitiba. O projeto da empresa paranaense foi enquadrado no programa Para-ná Competitivo e prevê investimentos de R$ 350 milhões e vai gerar 1,3 mil empregos diretos. Segundo Richa, o novo protocolo faz parte de um pacote investimentos privados que estão sendo negociados com o governo e devem ser anunciados nos próximos meses. A previsão é de que o Para-ná receba outros R$ 750 milhões em investimentos no curto prazo, com a geração de mais 4,1 mil empregos diretos. Com a ampliação da planta industrial, a WHB aumentará a produção de produtos automotivos como cabeçotes, blocos, bielas e peças em alumínio. A WHB foi fundada em 1993 e tem mais de dois mil empregados. A empresa é fornecedora de autopeças para multinacionais como Fiat e Volkswagen.

Praimer duplicaA Praimer, indústria especializada em revestimentos antiade-rentes para a indústria, principalmente de panificação, vai duplicar suas instalações no Distrito Industrial de Ponta Gros-sa. Com isso, surgirá uma nova linha para a produção de cai-xas metálicas impermeáveis para acumuladores elétricos usa-dos em empilhadeiras elétricas. A Praimer disponibiliza para as panificadoras a tecnologia “SBS Bakeware Technologies”.

Havan TopA Havan recebeu o Prêmio Top of Mind 2012 de Santa Catarina nas categorias Grande Empresa do Comércio e Loja de Departamentos. Com 42 filiais, metade delas no Paraná, a Havan deseja ser uma loja de alcance nacio-nal e inaugurar a 50ª loja ainda este ano, superando a marca de 10 mil funcionários diretos. Na ocasião, Lucia-no Hang, diretor-presidente da rede, também recebeu premiação na categoria Empresário de Destaque do Co-mércio pelos executivos entrevistados pelo Prêmio Top of Mind 2012. Para ele, o sucesso da rede está ligado ao olhar atento às tendências do comércio varejista.

Makita: ampliaçãoA fábrica da Makita em Ponta Grossa, que começou a ope-rar em setembro de 2009 e é a unidade mais moderna do mundo, vai ampliar a unidade. A produção de ferramentas elétricas vai atender, além do Brasil, toda a América do Sul

Frigorífico de suínosOs dirigentes de três cooperativas da região dos Campos Gerais formalizaram uma parceria para a construção de um frigorífico para abate de suínos na cidade de Castro. As cooperativas parceiras são a Capal, de Arapoti, a Castrolanda, de Castro, e a Batavo, de Carambeí. O investimento previsto é de R$ 105 milhões e a estimativa é que serão ge-rados cerca de 800 empregos diretos na primeira fase. O frigorífico será um dos maiores do país, com capacidade para abater 9,2 mil suínos por dia. A produção será direcionada para os mercados interno e externo. O frigorífico deve iniciar suas atividades em outubro de 2013. O próximo empre-endimento conjunto reunindo as três cooperativas será a implantação de um moinho de trigo.

Ampliação da RenaultA Renault, que está investindo 1,5 milhão na am-pliação e modernização da fábrica de São José dos Pinhais, anuncia agora a ampliação da fábrica de motores, na mesma unidade. Com investimentos da ordem de 40 milhões, a capacidade produtora passará de 400 para 500 mil unidades.

Agrária amplia malte cervejeiro

O Governador Beto Richa e o diretor-presidente da Cooperativa Agroindustrial Agrária, Paul Illich, anunciaram protocolo de intenções para a expan-são da indústria de malte cervejeiro em Guarapu-ava (distrito de Entre Rios). A Agrária vai também estimular o plantio de cevada na região. A inten-ção é ampliar a área de 40 para 100 mil hectares em 8 anos. Enquanto isso, prosseguem as obras de implantação de uma moderna indústria de milho da cooperativa, que irá produzir 180 mil tonela-das anuais de grits e flakes (para a indústria cer-vejeira e alimentícia), além de fubá, creme de milho e germe e película (para rações animais).

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