Revista do pontal nº 1
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1
Revista do Pontal – Número 1, Abril de 2014— €0,50
Editorial
A liberdade não
tem cor, cheiro,
forma, idade ou
nacionalidade...
Qualquer que seja
a minha ideologia,
a minha religião
ou a cor da minha
imaginação, para
ser uma pessoa
inteira tenho de
ser livre; tenho de
deixar que os
outros sejam livres,
também.
A preciosa flor da
liberdade
necessita de
cuidados
constantes e que
espalhemos as
suas sementes –
todos nós! 25 de Abril de 2014 em Portimão: http://www.vivaportimao.pt/
Neste número:
p. 2:
Biografia de António Aleixo, patrono do Agrupamento
Articulação JI1+4.ºA
Desafio de escrita
p. 3:
Chuva ácida
Primavera
p. 4-5:
25 de Abril de 1974
p. 6-7:
Atividades na Biblioteca
p. 8:
Banda desenhada
Primavera
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25 de Abril de 1974, por
Rodrigo Correia (páginas 4 e 5)
Imagem: herdeirodeaecio.blogspot.com
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A Primavera
As turmas de 2ºano do
Centro Escolar do Pontal
desenvolveram o projeto
“Chegou a primavera” em
colaboração com os
encarregados de educação.
Cada uma das turmas
escolheu o tema a pesquisar,
sobre o qual recolheu e
selecionou informação.
Os nossos alunos ficaram
saber mais acerca das
andorinhas, das borboletas,
das joaninhas, das flores e
das árvores.
Veja a fotografia do trabalho
final na página 8
2
Biografia do mês:
António Aleixo,
poeta popular,
patrono do
Agrupamento (trabalho de Inês
Ponceano, Ana Isabel
Carreiro e Sofia Félix, 3.º A)
• Nascimento: 18/02/1899, em Vila Real de Santo
António. Falecimento: 16/11/1949, em Loulé, devido a
uma tuberculose.
• Profissões que teve: tecelão, guarda de polícia,
servente de padeiro, vendedor de cautelas, cantor
de produções.
• Sua importância: Foi um poeta popular algarvio
cujos poemas brilham, sobretudo, pela perspicácia e
a ironia do seu conteúdo. Em homenagem ao Poeta
popular e à sua obra, muitos distritos Portugueses
atribuíram o seu nome a ruas, avenidas e até diversas
escolas. O liceu de Portimão passou a chamar-se
Escola Secundária Poeta António Aleixo.
• A 27 de Maio de 1944, recebeu o Grau de Oficial da
Ordem do Mérito
• O seu primeiro livro de suas poesias, “Quando
começo a cantar”, foi escrito por Joaquim
Magalhães amigo do poeta.
Vós que lá do vosso império Prometeis um mundo novo, Calai-vos, que pode o povo Querer um mundo novo a sério
Uma mosca sem valo Poisa c'o a mesma alegria na careca de um doutor como em qualquer porcaria.
Sem que discurso eu pedisse, ele falou, e eu escutei. Gostei do que ele não disse; do que disse não gostei.
Padrinhos e afilhados
Os alunos do 4.º A, da Professora Graça, apadrinharam os meninos da sala 1 do Jardim de Infância, da educadora Analídia. Apresentaram uma história (Onde está o Bolinha) e dramatizaram outra que, como não podia deixar de ser a poucos dias da Páscoa, foi Os ovos misteriosos, de Luísa Ducla Soares.
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Atreve-te!
Inventa uma notícia para a próxima edição da revista do Pontal. Tens de escrever exatamente setenta e cinco palavras (nem mais, nem menos) e incluir, obrigatoriamente, os três objetos que se seguem: - sacarrolhas; - meia malcheirosa - um bigode de gato.
- Qual é coisa qual é ela, que fechada
não tapa e aberta, tapa?
- Tenho uma íntima amiga, com quem
eu muito me dou; ela sem mim não é
nada, eu sem ela nada sou.
(adivinhas recolhidas por António Mota)
Última hora: a galinha do Sr. Raimundo Dias foi vista a namorar um galo de Barcelos. A D. Isaura, esposa do Sr.
Raimundo, tem esperança que a sua galinha ponha um ovo de loiça para a ajudar a coser as meias.
3
Problemas ambientais
A chuva ácida (Patrícia M, 3.º B)
«Chuva ácida é um fenómeno que ocorre devido à poluição atmosférica, com a libertação de óxido de nitrogénio, dióxido de carbono e dióxido de enxofre, que provoca um grande problema ambiental. Deve-se ao enorme número de fábricas e automóveis existentes.
Nas pessoas, a chuva ácida provoca o aumento dos problemas cardiovasculares, doenças das vias respiratórias, alergias e conjuntivites.
Para a natureza, provoca estragos na vegetação e acidez do solo, com graves problemas para o ecossistema. As árvores perdem folhas e tornam-se mais sensíveis aos fungos e insectos e muitas vezes morrem.
A chuva ácida altera o equilíbrio ecológico dos rios e lagos, com a destruição da fauna e flora.»
Soltar a imaginação!
Turma 1.º E: Esta atividade visou estimular e desenvolver a dimensão criativa do pensamento, bem como a resolução de desafios.
Cada aluno recebeu um fragmento de cartolina rasgada aleatoriamente. A partir dessa porção de cartolina os alunos tiveram que criar uma narrativa individual, abordando o positivo ou o negativo do elemento (o pedaço de cartolina colorida ou o papel em branco), representando-a depois numa folha de papel cavalinho A3, por colagem, desenho e pintura.
Patrícia Inês Maria
Mariana
Procura-se nome:
Procuramos um nome para a nossa revista. Pedimos a ajuda dos
leitores!...
4
25 de Abril de 1974, por Rodrigo Correia, 4.º B
A 25 de Abril de 1974 ocorreu o golpe de
estado que ficou conhecido para sempre como a
"Revolução dos Cravos".
Diz-se que foi uma revolução porque a política do
nosso País alterou-se completamente passando de
Ditadura para Democracia. Mas como não houve a
violência habitual das revoluções (manchada de
sangue inocente), o povo ofereceu flores (cravos)
aos militares que os puseram nos canos das armas.
Em vez de balas, que matam, havia flores por todo o
lado, significando o renascer da vida e a mudança!
O povo português fez este golpe de estado porque
não estava contente com o governo de Marcelo
Caetano, que seguiu a política de Salazar (o Estado
Novo), que era uma ditadura. Esta forma de
governo sem liberdade durou cerca de 48 anos!
Enquanto os outros países da Europa avançavam e
progrediam em democracia, o regime português
mantinha o nosso país atrasado e fechado a novas
ideias.
Antigamente em Portugal a escola só era obrigatória
até à 4ª classe. Era complicado continuar a estudar
depois disso porque precisavam de trabalhar para
ganharem dinheiro. E nessa altura os professores
podiam dar castigos mais severos aos seus alunos.
Todos os homens eram obrigados a ir à tropa
(na altura estava a acontecer a Guerra Colonial
(guerras em Moçambique, Angola, Guiné –
Bissau…) e a censura, conhecida como "lápis
azul", é que escolhia o que as pessoas liam,
viam e ouviam nos jornais, na rádio e na
televisão.
Antes do 25 de Abril, todos se mostravam
descontentes, mas não podiam dizê-lo
abertamente e as manifestações dos
estudantes deram muitas preocupações ao
governo.
Os estudantes queriam que todos pudessem
estudar, ter liberdade de expressão (dar a sua
opinião) e o fim da Guerra Colonial, que
consideravam inútil.
Os países estrangeiros, que no início apoiavam
Salazar e a sua política, começaram a fazer
pressão contra Portugal. Por isso o governante
dizia que o nosso País estava "orgulhosamente
só". Quando Salazar morreu foi substituído por
Marcelo Caetano, que não mudou nada na
política.
A solução acabou
por vir do lado de
quem fazia a
guerra: os
militares.
Cansados desse
conflito e da falta
de liberdade
criaram o
5
Movimento das Forças Armadas (MFA),
conhecido como o "Movimento dos Capitães".
Depois de um golpe falhado a 16 de Março de
1974, o MFA decidiu avançar. O major Otelo
Saraiva de Carvalho fez o plano militar e, na
madrugada de 25 de Abril, a operação "Fim-
regime" tomou conta dos pontos mais
importantes da cidade de Lisboa, em especial do
aeroporto, da rádio e da televisão.
As forças do MFA, lideradas pelo capitão
Salgueiro Maia, cercaram e tomaram o quartel
do Carmo, onde se refugiara Marcelo Caetano.
Rapidamente, o golpe de estado militar foi bem
recebido pela população portuguesa, que veio
para as ruas sem medo.
Para os militares saberem quando avançar foram
lançadas duas "senhas" na rádio. A primeira foi a
música "E Depois do Adeus", de Paulo de
Carvalho, a segunda foi "Grândola, Vila Morena",
de Zeca Afonso, que ficou ligada para sempre ao
25 de Abril.
Depois de afastados todos os responsáveis pela
ditadura em Portugal, o MFA libertou os presos
políticos e acabou com a censura sobre a
Imprensa. E assim começou um novo período
da nossa História, onde temos liberdade, as
crianças todas podem ir à escola e o País
juntou-se ao resto da Europa. Mas ainda há
muito, muito caminho a percorrer...
Fontes das imagens: http://www.25abril.org/a25abril/; http://www.cd25a.uc.pt;
¸psicolaranja.blogs.sapo.pt; asaberdosdias.blogspot.com; portulegal.wordpress.com;
instantefatal.blogspot.com; venerandomatos.blogspot.com
Fotos: O retrato do primeiro-ministro deposto, Marcelo Caetano, no Ministério do Exército. Bairro de lata: muitos portugueses não tinham casa, água potável, esgotos, eletricidade ou cuidados de saúde. Largo do Carmo: os militares do MFA cercaram o quartel da GNR, onde Marcelo Caetano se encontrava refugiado. Militares do MFA com cravos vermelhos no cano das armas – a flor que viria a tornar-se o símbolo da Revolução dos Cravos foi oferecida pelas vendedoras de flores do Rossio. Página anterior: militares e civis celebram a liberdade; O retrato de Salazar é retirado da parede.
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Que barulhos são aqueles na Biblioteca?!?
As aranhas da Biblioteca não puderam repousar durante o mês de março. Há sempre crianças a entrar e
a sair, pessoas a falar alto enquanto contam histórias, escritores a conversar sobre os seus livros...
Livra!... A vida de uma aranha não é fácil!
Concurso ”Momentos de Leitura”:
O concurso “Momentos de leitura” é organizado pelas bibliotecas
escolares dos concelhos de Portimão e Monchique e abrange os
alunos do 1.º ciclo ao ensino secundário.
No Centro Escolar do Pontal (CEP) encontrámos um vencedor para
cada ano de ensino. Destes, a vencedora absoluta foi Bruna
Aleluia, do 4.ºB, que representará o CEP na fase Final. Esta
decorrerá na Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes (nas
fotos, a aluna mais à esquerda). Os outros vencedores foram, da
esquerda para a direita, Beatriz, Pedro e David.
O Júri do concurso foi composto pelos professores Marianela,
Helena e Paulo.
O Colibri Mágico
No dia 21 de Março, a autora
Diana Nicolau veio apresentou o
seu livro O colibri mágico às
turmas do Jardim de Infância.
As salas esmeraram-se na
preparação de trabalhos sobre
aquelas estranhas aves
chamadas, também, beija-flor.
Esta atividade foi patrocinada
pela Biblioteca Municipal Manuel
Teixeira Gomes.
.
Projeto poético
Desafiámos as turmas do 1.º CEB a
memorizar um poema todas as
semanas, para desenvolver a
memória e a compreensão da leitura.
Primavera no JI
As turmas do Jardim de Infância estão a
aprender a história de Perséfone/Cora,
uma história com mais de 3000 anos
sobre a primavera e o ciclo das estações.
Agradecimento — A Biblioteca agradece aos pais as suas doações de livros para a feira do livro usado ou para o espólio da Biblioteca. O valor obtido com a venda de livros servirá para comprarmos novos títulos.
7
Encontro com Pedro Teixeira Neves
No dia 17 de Março, o escritor Pedro Teixeira Neves apresentou o seu livro O Rei de Roupa Pouca às turmas do 1.º ano e às turmas A e D do 3.º ano. Os alunos realizaram algumas atividades de preparação que incluíram exercícios de escrita e a leitura de outros livros do mesmo autor. Pedro Teixeira Neves é jornalista; mas também se dedica à fotografia e à escrita e… É um homem de muitos ofícios Tem vários livros publicados, para
diferentes faixas etárias. Esta sua visita foi organizada e patrocinada pela Biblioteca Municipal Manuel Teixeira Gomes.
Os amigos da Natureza
O grupo da sala 2 “Os amigos da Natureza” são fãs da Biblioteca e claro do Professor Paulo... Afonso: “Temos um lugar na nossa escola que tem sempre o que precisamos, é a nossa Biblioteca“ Teresa: “ E tem lá um Professor Paulo que nos ajuda” Mara: “Requisitamos livros para os nossos projetos, para pesquisarmos sobre o que queremos saber.” Beatriz: “No Projeto da Pré-História pesquisamos nos livros da Biblioteca.” Mihai: “ E no Projeto do Planeta Terra também.” - Carlota: “ Também fomos lá ver um filme sobre a origem da Terra e sobre a Pré-História” Luka: “ Também vamos requisitar os livros do Projeto Vaivém para levar para casa” Bruna: “ O Professor Paulo contou-nos a história “Não fomos nós” e foi ele que a inventou para nós”.
Miguel: “ Ele também escreveu a canção do Colibri para nós cantarmos para a escritora Diana. E nós fomos à Biblioteca ouvir a história que a escritora contou “O Colibri Mágico” e cantar para ela”
O vento
Um moinho lento não tinha vento e o moleiro dizia: se eu invento o vento o meu moinho lento ganha movimento
Vai e vem O dedal no dedo – dá cá
Dois dentes caídos – dou já
Um doce e um disco – para cá
Dez berlindes novos – para lá
Vai dormir mais cedo – vai já
Maria Alberta Menéres, Um peixe no ar, Lisboa, Plátano
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Banda desenhada
O Príncipe desajeitado
Ilustrações: Fabiana, 3.º B
Bem-vinda, Primavera!!!
As turmas de 2ºano do Centro Escolar do Pontal desenvolveram o projeto “Chegou a primavera” em colaboração com os encarregados de educação.
Cada uma das turmas escolheu o tema a pesquisar, sobre o qual recolheu e selecionou informação. Os nossos alunos ficaram saber mais acerca das andorinhas, das borboletas, das joaninhas, das flores e das árvores.