Revista do · resultados atingidos no Plano de Expansão, prioridade do governo paulista. Uma das...

12
Fatec Botucatu Fatec Botucatu Fatec Botucatu Fatec Botucatu Fatec Botucatu gera biodiesel gera biodiesel gera biodiesel gera biodiesel gera biodiesel Miniusina converte Miniusina converte Miniusina converte Miniusina converte Miniusina converte óleo de cozinha óleo de cozinha óleo de cozinha óleo de cozinha óleo de cozinha em combustível em combustível em combustível em combustível em combustível Pág. 11 Pág. 11 Pág. 11 Pág. 11 Pág. 11 Expansão a Expansão a Expansão a Expansão a Expansão a todo vapor todo vapor todo vapor todo vapor todo vapor Entre 2007 e 2008, Entre 2007 e 2008, Entre 2007 e 2008, Entre 2007 e 2008, Entre 2007 e 2008, foram criadas 13 novas foram criadas 13 novas foram criadas 13 novas foram criadas 13 novas foram criadas 13 novas Fatecs e mais 25 Etecs Fatecs e mais 25 Etecs Fatecs e mais 25 Etecs Fatecs e mais 25 Etecs Fatecs e mais 25 Etecs Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Ano 2 – Número 7 – Setembro de 2008 www.centropaulasouza.sp.gov.br Governo do Estado realiza, Governo do Estado realiza, Governo do Estado realiza, Governo do Estado realiza, Governo do Estado realiza, com projeto de Ruy Ohtake, com projeto de Ruy Ohtake, com projeto de Ruy Ohtake, com projeto de Ruy Ohtake, com projeto de Ruy Ohtake, sonho da comunidade sonho da comunidade sonho da comunidade sonho da comunidade sonho da comunidade Págs. 6 e 7 Págs. 6 e 7 Págs. 6 e 7 Págs. 6 e 7 Págs. 6 e 7 Governo do Estado realiza, Governo do Estado realiza, Governo do Estado realiza, Governo do Estado realiza, Governo do Estado realiza, com projeto de Ruy Ohtake, com projeto de Ruy Ohtake, com projeto de Ruy Ohtake, com projeto de Ruy Ohtake, com projeto de Ruy Ohtake, sonho da comunidade sonho da comunidade sonho da comunidade sonho da comunidade sonho da comunidade Págs. 6 e 7 Págs. 6 e 7 Págs. 6 e 7 Págs. 6 e 7 Págs. 6 e 7 Fatec Botucatu Fatec Botucatu Fatec Botucatu Fatec Botucatu Fatec Botucatu gera biodiesel gera biodiesel gera biodiesel gera biodiesel gera biodiesel Miniusina converte Miniusina converte Miniusina converte Miniusina converte Miniusina converte óleo de cozinha óleo de cozinha óleo de cozinha óleo de cozinha óleo de cozinha em combustível em combustível em combustível em combustível em combustível Pág. 11 Pág. 11 Pág. 11 Pág. 11 Pág. 11 Expansão a Expansão a Expansão a Expansão a Expansão a todo vapor todo vapor todo vapor todo vapor todo vapor Entre 2007 e 2008, Entre 2007 e 2008, Entre 2007 e 2008, Entre 2007 e 2008, Entre 2007 e 2008, foram criadas 13 novas foram criadas 13 novas foram criadas 13 novas foram criadas 13 novas foram criadas 13 novas Fatecs e mais 25 Etecs Fatecs e mais 25 Etecs Fatecs e mais 25 Etecs Fatecs e mais 25 Etecs Fatecs e mais 25 Etecs Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 Págs. 4 e 5 ganhará ganhará ganhará ganhará ganhará Etec Etec Etec Etec Etec Heliópolis Heliópolis Heliópolis Heliópolis Heliópolis ganhará ganhará ganhará ganhará ganhará Etec Etec Etec Etec Etec Heliópolis Heliópolis Heliópolis Heliópolis Heliópolis GOVERNO DO ESTADO INVESTINDO MAIS NO ENSINO PROFISSIONALIZANTE Revista do

Transcript of Revista do · resultados atingidos no Plano de Expansão, prioridade do governo paulista. Uma das...

Fatec BotucatuFatec BotucatuFatec BotucatuFatec BotucatuFatec Botucatugera biodieselgera biodieselgera biodieselgera biodieselgera biodieselMiniusina converteMiniusina converteMiniusina converteMiniusina converteMiniusina converteóleo de cozinhaóleo de cozinhaóleo de cozinhaóleo de cozinhaóleo de cozinhaem combustívelem combustívelem combustívelem combustívelem combustívelPág. 11Pág. 11Pág. 11Pág. 11Pág. 11

Expansão aExpansão aExpansão aExpansão aExpansão atodo vaportodo vaportodo vaportodo vaportodo vaporEntre 2007 e 2008,Entre 2007 e 2008,Entre 2007 e 2008,Entre 2007 e 2008,Entre 2007 e 2008,

foram criadas 13 novasforam criadas 13 novasforam criadas 13 novasforam criadas 13 novasforam criadas 13 novasFatecs e mais 25 EtecsFatecs e mais 25 EtecsFatecs e mais 25 EtecsFatecs e mais 25 EtecsFatecs e mais 25 Etecs

Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5

Ano 2 – Número 7 – Setembro de 2008 www.centropaulasouza.sp.gov.br

Governo do Estado realiza,Governo do Estado realiza,Governo do Estado realiza,Governo do Estado realiza,Governo do Estado realiza,com projeto de Ruy Ohtake,com projeto de Ruy Ohtake,com projeto de Ruy Ohtake,com projeto de Ruy Ohtake,com projeto de Ruy Ohtake,

sonho da comunidadesonho da comunidadesonho da comunidadesonho da comunidadesonho da comunidadePágs. 6 e 7Págs. 6 e 7Págs. 6 e 7Págs. 6 e 7Págs. 6 e 7

Governo do Estado realiza,Governo do Estado realiza,Governo do Estado realiza,Governo do Estado realiza,Governo do Estado realiza,com projeto de Ruy Ohtake,com projeto de Ruy Ohtake,com projeto de Ruy Ohtake,com projeto de Ruy Ohtake,com projeto de Ruy Ohtake,

sonho da comunidadesonho da comunidadesonho da comunidadesonho da comunidadesonho da comunidadePágs. 6 e 7Págs. 6 e 7Págs. 6 e 7Págs. 6 e 7Págs. 6 e 7

Fatec BotucatuFatec BotucatuFatec BotucatuFatec BotucatuFatec Botucatugera biodieselgera biodieselgera biodieselgera biodieselgera biodieselMiniusina converteMiniusina converteMiniusina converteMiniusina converteMiniusina converteóleo de cozinhaóleo de cozinhaóleo de cozinhaóleo de cozinhaóleo de cozinhaem combustívelem combustívelem combustívelem combustívelem combustívelPág. 11Pág. 11Pág. 11Pág. 11Pág. 11

Expansão aExpansão aExpansão aExpansão aExpansão atodo vaportodo vaportodo vaportodo vaportodo vaporEntre 2007 e 2008,Entre 2007 e 2008,Entre 2007 e 2008,Entre 2007 e 2008,Entre 2007 e 2008,

foram criadas 13 novasforam criadas 13 novasforam criadas 13 novasforam criadas 13 novasforam criadas 13 novasFatecs e mais 25 EtecsFatecs e mais 25 EtecsFatecs e mais 25 EtecsFatecs e mais 25 EtecsFatecs e mais 25 Etecs

Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5Págs. 4 e 5

ganharáganharáganharáganharáganhará Etec Etec Etec Etec EtecHeliópolisHeliópolisHeliópolisHeliópolisHeliópolis

ganharáganharáganharáganharáganhará Etec Etec Etec Etec EtecHeliópolisHeliópolisHeliópolisHeliópolisHeliópolis

GOVERNO DO ESTADO INVESTINDO MAIS NO ENSINO PROFISSIONALIZANTE

Revista do

2

Expansãoem curso

Aeducação profissio- nal vem ampliando

seus horizontes: novos cursos, novasescolas, mais vagas em todo o Estado deSão Paulo. Nas Etecs, havia 96.384 matricu-lados no segundo semestre de 2006 e onúmero saltou para 117.948 no início desteano. Nas Fatecs, as matrículas subiram de19.217 para 24.925 no mesmo período.Esses dados dão apenas uma mostra dosresultados atingidos no Plano de Expansão,prioridade do governo paulista. Uma dasintegrantes deste ousado projeto é a futu-ra Etec de Heliópolis, cujo projeto arquite-tônico leva a assinatura de Ruy Ohtake.Em um processo colaborativo, a comuni-dade participou intensamente da escolhados cursos a serem ministrados, e profes-sores experientes do Centro Paula Souzaindicaram soluções funcionais ao arquite-to, para que as instalações atendam àsnecessidades das práticas pedagógicas.Além de Heliópolis, comemoramos outrasparcerias de sucesso, como a da SecretariaEstadual de Educação, do Centro PaulaSouza e da Fundação Roberto Marinho paralevar o Telecurso TEC a 50 mil alunos dasescolas públicas estaduais. Assim, com aunião dos diversos segmentos da socieda-de, podemos estender a mais e mais jovensa excelência na qualificação profissional.

Laura LaganáDiretora Superintendente

A Revista do Centro Paula Souza é umapublicação do Centro Estadual de Educação Tecnológica

Paula Souza, ligado à Secretaria de Desenvolvimentodo Estado de São Paulo.

Presidente do Conselho Deliberativo: Yolanda SilvestreDiretora Superintendente: Laura Laganá

Vice-Superintendente: César SilvaChefe de Gabinete: Elenice Belmonte R. de Castro

Reportagem e edição: Patrícia PatrícioReportagem: André Lozano e Fabio BerlingaProjeto gráfico e editoração: Marta AlmeidaCapa: Arquivo Companhia Paulista de Obras e ServiçosIlustração: Gastão GuedesJornalista responsável: Gleise Santa Clara – MTB 12.464-4

Assessoria de Comunicação – AssComJornalistas: Bárbara Ablas, Dirce Helena Salles,Fabio Berlinga e Gleise Santa ClaraDesigner: Marta AlmeidaSecretário de Redação: Raul de Albuquerque

Em r

espe

ito a

o am

bien

te, e

sta

publ

icaç

ão fo

i im

pres

sa e

m p

apel

rec

icla

do.

RápidasEditorial

Cerca de 200 projetos de Etecs e Fatecsdo Centro Paula Souza chegaram à avaliaçãodos jurados para disputar o prêmio da 2a FeiraTecnológica (Feteps), que acontece de 21 a23 de outubro, no Pavilhão de Exposiçõesdo Parque da Juventude. Destes, 109 foramselecionados para concorrer ao prêmio,e mais 35 trabalhos das unidadesampliam a mostra. Os candidatosainda têm a chance de ganhar,por sorteio, um pacote aéreo decinco dias a Porto Seguro comacompanhante, oferecido pelaCVC. Entre as atividades culturaisestá a abertura musical com aparticipação do Centro TomJobim, que reúne a UniversidadeLivre de Música, a Banda Sinfônica, a Jazz Sinfônica, a Orquestra Jovem e a BandaJovem do Estado, entre outros grupos musicais dos alunos. Haverá também duasexposições de fotos: Brasis Revelados, da agência Luna Press, além de dez imagensque contam a história das escolas técnicas. Palestras de capacitação, desta vezampliadas aos alunos, tratarão de mercado de trabalho a processo seletivo. Os pro-fessores também serão contemplados com uma palestra da Itautec. No encerra-mento das atividades, o Coral do Centro Paula Souza soltará a voz. Atente aoshorários da Feteps: 21/10, das 10 às 20h; 22/10, das 13 às 20h; e 23/10, das 9 às 14h.

Feira

Em re

spei

to a

o m

eio

ambi

ente

, est

a pu

blic

ação

foi i

mpr

essa

em

pap

el re

cicl

ado.

Raul

de

Alb

uque

rque

Tecnológica

Etec vencedoraO Instituto Oswaldo Cruz,

na 4a edição da Olimpíada Brasileirade Saúde e Meio Ambiente, elegeuo projeto “Avaliação Socioambientalno Município Casa Branca – SP”,da Etec Dr. Francisco Nogueira de Lima,empatado em primeiro lugar com aEscola Alemã Corcovado (Rio deJaneiro), na região Sudeste. Nos dias16 e 17 de setembro, seguem para aetapa nacional da olimpíada a profes-sora Leda Belitardo de Oliveira Pereira,responsável pelo projeto, e a alunaAline Giroto Vieira, representante dogrupo que fez a pesquisa. “Foi umasurpresa e uma alegria para a escola”,

festeja a professora. Responsável peladisciplina de projetos de intervençãoambiental, ela reuniu os oitenta alunosda terceira série do ensino médio parapesquisar, entre os moradores dosbairros da cidade, o grau de satisfaçãoem quesitos como poluição, saneamen-to básico, assistência social e médica.A partir dos dados, os jovens fizeramuma pequena análise estatística edescobriram os melhores bairros naavaliação socioambiental e econômicada cidade. “Houve uma interdisciplinari-dade com o professor de matemática,que justamente estava ensinandofreqüência estatística”, conta Leda.

Índia yawalapiti é umdos registros de FernandoFernandes em exibição naFeira Tecnológica (Feteps)

Redação: Praça Coronel Fernando Prestes, 74, Bom Retiro,São Paulo , SP , CEP 01124-060, Tel.: (11) 3327-3144gcom@centropaulasouza.sp.gov.brwww.centropaulasouza.sp.gov.brImpressão: Opção Gráfica – Tiragem: 7.800 exemplares

3

Aprendizado via satélite

Rápidas

Especialização:

Hortolândia realizou em agostoa aula inaugural do curso de Especia-lização Técnica em Java, WebSphere eRational do Centro Paula Souza.A atividade reuniu 140 técnicos eminformática das Escolas Técnicas (Etecs)de Americana, Hortolândia e Jundiaí.O primeiro dia de trabalhos acadêmicosincluiu uma visita técnica à IBM, queparticipa do projeto como apoiadortecnológico, doando softwares,

disponibilizando conteúdo técnico etreinando professores. “Esse convêniovai abrir portas para os alunos”, garanteMauro Araújo Gut, diretor da Etec deJundiaí. Além da especialização nas trêsferramentas, o aluno será capaz dedesenvolver e configurar aplicaçõespara servidores com banco de dados.Das 500 horas do curso gratuito, que vaiaté dezembro, 100 destinam-se a aulasde inglês voltado para negócios.

Programa inovador de ensino técni-co em escolas estaduais, o TelecursoTEC-Gestão de Pequenas Empresas foiimplementado em agosto, numa inicia-tiva do Governo do Estado – representa-do pela Secretaria Estadual de Educaçãoe o Centro Paula Souza – em parceriacom a Fundação Roberto Marinho.Cinqüenta mil alunos farão o curso,que inicialmente chega a 689 escolasda Grande São Paulo – escolhidas porse localizarem em áreas de alta vulne-rabilidade social e juvenil, segundolevantamento da Fundação SistemaEstadual de Análise de Dados (Seade).Nessas escolas, foram oferecidas vagaspara os estudantes do ensino médio,que puderam optar pela participaçãono Telecurso TEC. Em 1250 tec-salas,1250 orientadores, especialmentecapacitados sob orientação de 40especialistas do Centro Paula Souza,aplicarão o programa em seis horassemanais. As atividades pedagógicasse complementam com dez horas deatividades não-presenciais – trabalhos,pesquisas e relatórios que o educandodesenvolve fora da escola.

O segundo semestre de 2008começa com 460 vagas em seis novasFatecs: Bauru (Saúde – ModalidadeProjetos, Manutenção e Operação deAparelhos Médico-Hospitalares); Bragan-ça Paulista (Informática – ModalidadesGestão Financeira e Gestão da ProduçãoIndustrial); Catanduva (Eletrônica – Mo-dalidade Automação Industrial); Franca(Gestão da Produção de Calçados);Lins (Informática – ênfases em Bancode Dados e Redes de Computadores)e Mogi das Cruzes (Redes de Empresas,Associativismo e Cooperativismo noAgronegócio). O Centro Paula Souzatambém assinou convênios para aimplantação, neste ano, de dez Etecs nosmunicípios de Cajamar, Francisco Morato,Itapetininga, Mogi Guaçu, Porto Ferreira,Registro, Santos, Várzea Paulista e SãoPaulo (com duas). As caçulas integram oplano de expansão do ensino profissional(veja reportagem a partir da página 4).

A famíliaEm 18 meses de estudos obtém-seo diploma de técnico em Gestão dePequenas Empresas. “O TeleTEC é muitomais que uma metodologia inovadora,é uma ferramenta de inclusão social”,avalia a diretora superintendente doCentro Paula Souza, Laura Laganá.

cresce

O governador José Serra discursa sobrea importância do Telecurso-TEC

Ciet

e Si

lvér

io

uma parceria com IBM

4

Plano de expansão

ara dar uma idéia de comovai bem o Plano de Expansão,iniciativa ambiciosa do governo

de São Paulo na educação profissional,só os anos de 2007 e 2008 contabilizam25 Etecs e 19 Fatecs, entre as já criadase em implantação (veja quadro). “Existemvários vetores que impulsionam o desen-volvimento econômico, um deles é aformação de profissionais para indústriase empresas. Aí entra o ensino técnico etecnológico”, afirma o vice-governador esecretário de Desenvolvimento, AlbertoGoldman. “Estamos muito preocupadosem atender as diversas regiões do Estado,sempre procurando os municípiosonde não há ensino universitário parainstalar Fatecs”, frisa. “A expansão dosensinos médio, técnico e tecnológicoé uma prioridade do Centro Paula Souzaporque o Governo do Estado entendeque, ao investir nessa área, oferece aosjovens possibilidades de um futuroprofissional promissor com empregoe renda”, afirma a diretora superinten-dente do Paula Souza, Laura Laganá.

COMO NASCE UMA ESCOLA

A geração de uma Etec passa porvárias etapas, informa Rosangela Helenade Lima, da Assessoria de Desenvolvi-mento e Planejamento (APD) do CentroPaula Souza, que administra 47 Fatecs e141 Etecs no Estado. “Inicialmente é feitoum estudo considerando vários fatores,entre eles o índice populacional e avo-cação do setor produtivo da regiãopara definir onde instalar a escola ecom qual curso”. Depois vêm os

Obras, contratações, processos seletivos seguem a todo vapor. Tudo isso para dobrar os números de Fatecs,de 26 para 52, até 2010, e criar condições para atingir 100 mil novas matrículas em Etecs até 2012

Balanço daexpansão

P mantém a escola. “Na capital, as parceriascom a Prefeitura, Secretarias de Estado,entre outras, dão-se por meio da doaçãode imóveis para a instalação das futurasEtecs ou Fatecs”, explica Rosangela.

Enquanto os processos quepropõem a nova escola passam pelasanálises da Procuradoria Jurídica, doConselho Deliberativo do Centro PaulaSouza, do Conselho Estadual de Educa-ção e das secretarias de Desenvolvimen-to e Planejamento, uma Etec veteranafaz todo o processo burocrático de

contatos com a prefeitura para assinarum convênio com o governo, atravésdo Centro Paula Souza. Por um lado,a prefeitura se responsabiliza pelasinstalações físicas (construir um prédionovo ou reformar um existente) e poradequá-las às atividades de ensino.De outro, o Centro Paula Souza investeem mobiliário, equipamentos, acervobibliográfico, acesso à internet, contrataprofessores, providencia o processoseletivo, cuida da vida escolar dos alunose da expedição de diplomas, enfim,

Vagas em 2008

• Artes – São Paulo (2008) - - 120 - 120• Dra. Maria Augusta Saraiva (2007) - - 80 80 160• Itaquera (2007) 40 80 160 240 520• Parque da Juventude (2007) 200 160 400 120 880• Sapopemba (2007) - 120 240 240 600

• Araçatuba (2007) - 80 80 80 240• Cubatão (2008) - - 280 160 440• Diadema (2007) 200 200 320 200 920• Ferraz de Vasconcelos (2007) - 240 440 320 1000• Ibitinga (2007) - 80 120 80 280• Itanhaém (2007) - 120 200 120 440• Palmital (2007) 80 80 80 80 320• Piraju (2007) 80 80 160 120 440• Teodoro Sampaio (2007) - 35 155 - 190• Vargem Grande do Sul (2008) - - 160 120 280

• Total das 15 novas Etecs 6.830

Etec 1o sem 2o semVagas em 2007

Total2o sem1o sem

CAPI

TAL

INTE

RIOR

(MUN

ICÍP

IO)

10 Etecs previstas para o segundo semestre de 2008: São Paulo (unidades nos bairrosde Artur Alvim e Vila Formosa), Cajamar, Piracicaba, Santana do Parnaíba, São Josédos Campos, São Sebastião, São Vicente, Suzano e Votorantim.

ETECS IMPLANTADAS ENTRE 2007 E O 1O SEMESTRE DE 2008

5

23

.56

6

matrículas anuais matrículas semestrais matrículas semestrais3

0.1

98

77

.36

0

77

.99

1

87

.75

0

20

.44

1

22

.30

3

24

.92

5

contratações de professores, con-trole de funcionários e certificaçõesde alunos. Nesta fase a Etec em ges-tação recebe o nome de classe des-centralizada. Após as aprovaçõesnecessárias em todas as instânciasaté a Casa Civil, o governador assinao decreto de criação. Rompe-se ocordão umbilical com a Etec veteranae a classe descentralizada se transfor-ma em uma unidade de ensino.

O QUE É UMA CLASSE DESCENTRALIZADA

Tudo começa com um convênio com prefeituras, empresas, usinas ou até sindica-tos. Essas entidades solicitam um curso técnico ou de Formação Inicial e Conti-

nuada de Trabalhadores para atender uma demanda específica da região. O convêniose estende entre seis meses (uma turma de formação inicial) e cinco anos (a duraçãomáxima). “Hoje, temos 54 convênios para classes descentralizadas, que atendemmais de 3 mil alunos em cerca de 20 habilitações”, esclarece Antonio Augusto Covello,do Setor de Convênios do Centro Paula Souza. Ele cita o exemplo de Bastos, quesolicitou há dois anos um curso de Avicultura. O programa foi criado em parceriacom a Coordenadoria de Ensino Técnico do Centro Paula Souza, firmou-se o convê-nio e neste semestre a classe descentralizada começa suas atividades. AlgumasEtecs, coincidentemente, nascem dessas classes: é o caso de Diadema, Itanhaém,Peruíbe, Piedade, São Vicente e Votorantim, todas incluídas no Plano de Expansão.Mas não necessariamente uma classe descentralizada vira Etec.

Vagas em 2008

• Araçatuba - - 80 80 160• Capão Bonito - - 80 80 160• Guarulhos - 80 80 120 280• Itaquaquecetuba 80 80 80 80 320• Itu - - 80 80 160• Jaboticabal - - 80 80 160• Jales - 80 80 80 240• Mogi Mirim - 120 120 120 360• Piracicaba - - 80 80 160• Presidente Prudente 70 70 105 105 350• Santo André 40 40 40 80 200• São Caetano - 200 200 200 600• Sertãozinho - - 80 80 160

• Total das 13 novas Fatecs 3.810

Fatec 1o sem 2o semVagas em 2007

Total2o sem1o sem

Existem ainda as classes descen-tralizadas resultantes de convêniocom prefeituras e empresas (vejaboxe acima). Estas, não necessaria-mente se tornarão Etecs.

A gênese das Fatecs difere dasEtecs, pois o ensino superior nãoaceita uma “classe descentralizada” .E há dois processos distintos: um decriação da escola e outro de autori-zação de funcionamento do curso.

CRESCER E MULTIPLICAR

“A ampliação das unidades existentes tam-bém faz parte do Plano de Expansão”, ressaltaAguinaldo Silva Garcez, da APD. “Todas as escolasestão otimizando sua capacidade instalada,o que representa 30% da meta estabelecidade criar 100 mil novas matrículas em Etecs”, diz,referindo-se à proposta do governo de criartodas as condições para que esse número sejaatingido até 2012. Em algumas Etecs onde arelação candidato/vaga é grande, como RibeirãoPires, Araraquara, Sorocaba, Campinas e Presi-dente Prudente, haverá ampliação, dependendode parceria com prefeituras que se comprome-tam com as obras. Garcez cita o caso de Presi-dente Prudente, que ganhará mais um prédiocom laboratórios e salas de aula – e, por conse-qüência, mais vagas para alunos. “Tanto a criaçãode novas escolas quanto a ampliação dasexistentes considera as necessidades regionaisalém de analisar a estrutura de cada unidade,de forma que a oferta conjunta de escolas emuma região seja complementar e abranja o maiorvolume possível da necessidade identificadacom a demanda regional”, diz.

6 novas Fatecs iniciam suas atividades no segundo semestre de 2008:Bauru, Bragança Paulista, Catanduva, Franca, Lins e Mogi das Cruzes.

FATECS IMPLANTADAS ENTRE 2007 E O 1O SEMESTRE DE 2008

6

Matéria de capa

a zona sul da capital paulistaestá uma das maiores favelasda cidade: Heliópolis, onde vivem

mais de 120 mil pessoas. A populaçãoassumiu o projeto de se tornar um“bairro educador” e usufruir o ensino dequalidade, para que seus jovens estejampreparados ao ingresso no mercado detrabalho. Pois esses sonhos estão prestesa se tornar realidade. Até o final do ano,devem ficar prontas as instalações dafutura Etec Heliópolis, que contará com21 salas de aula, 12 laboratórios, além deauditório e biblioteca. Serão 720 vagasa partir de fevereiro de 2009, distribuídasentre ensino médio (240 vagas) e cursostécnicos de Informática (160 vagas),Nutrição e Dietética, Administraçãode Empresas, Edificações e Design

de Interiores (80 vagas em cada um).“Realizamos várias reuniões comrepresentantes da comunidade como objetivo de definir os cursos ministra-dos”, lembra a diretora superintendentedo Centro Paula Souza, Laura Laganá.“A estrutura de laboratórios e equipa-mentos nos permitirá também oferecercursos de curta duração, que podemviabilizar em pouco tempo maiorespossibilidades de geração de renda àpopulação. Professores que lecionamconteúdos dos cursos técnicos emEdificações, por exemplo, podemministrar cursos de qualificação pro-fissional como instalações elétricas,manutenção e outros”, observa.

Ao término da implantação da Etec,haverá 1.680 matrículas no ensino

técnico e 720 no médio. “O sonho deuma escola técnica existe desde 1998e começa a se concretizar”, conta FabioRubson da Silva, diretor de projetos daUnas (União de Núcleos de Associaçõese Sociedades de Moradores de Bairrode Heliópolis). “A região já foi a maisviolenta de São Paulo e isso tem a vercom a falta de oportunidade. É precisosuprir a necessidade dos jovens deobter formação profissional e entrarno mercado de trabalho. Além disso,achamos que o Centro Paula Souzavai elevar o nível da educação. A escolatécnica vai ser propulsora do ensinode qualidade”, completa.

“A nossa expectativa é grande,porque em Heliópolis os jovens nãotêm condição de pagar escola para

A construção de

N

A construção de

Matéria de capa

um sonho

7

se qualificar”, fala João Miranda Neto,presidente da Unas. E remete à suahistória: o filho trabalhava em umaempresa de produtos de limpeza domés-tica e precisava de um curso técnico.“Paguei R$ 250 de mensalidade pra ele.E os outros que não têm condições?”Por isso, para garantir o acesso dosjovens de Heliópolis à Etec, a Unas jáestá se preocupando com a preparaçãodeles para passar no Vestibulinho.

UM PARQUE ABRAÇA A ESCOLA

Projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake,a Etec faz parte de um complexo edu-cacional de 47.800 m2 de terreno, queabriga três creches, uma Emei (EscolaMunicipal de Ensino Infantil), uma Emef(Escola Municipal de Ensino Fundamen-tal) e um centro cultural com cinema,teatro, espaço para exposições de artesvisuais, telecentro e salão multiuso paraa terceira idade. Para conceber os labo-

ratórios e oficinas o arquiteto envolveuprofessores experientes de outras trêsEtecs. “Os professores sugeriram espa-ços funcionais para que os alunostenham plenas condições de desenvol-ver práticas imprescindíveis à formaçãotécnica”, informa Laura Laganá.

“Imaginamos um pólo cultural-educativo juntando duas praças emum parque protegido com gradil, comacesso apenas a pedestres e áreas derecreação para as diversas faixas etárias”,diz Ohtake. Na praça maior ficam astrês creches, a Etec e o centro cultural;na outra, a Emei e a Emef já existentes.As escolas terão acesso direto a esseparque, mantido pelos moradores.“A presença do Paula Souza numacomunidade como Heliópolis é umfato inédito e muito importante paraa educação. Será a primeira experiênciaem gestão de co-responsabilidade entrea instituição de ensino e a comunidade,que participou do projeto desde o

início”, aposta. “Os moradores receberãoorientações em cursos de capacitaçãopara operar o cinema. Também projeta-mos um pátio para festas nordestinas,já que 85% dos moradores de Helió-polis vêm do interior do Nordeste. Éuma forma de manter as raízes, dançascomo o bumba-meu-boi e o maracatu,as comidas típicas... Isso vai atrair gentede fora da comunidade, para passearna feira”, empolga-se o arquiteto.

O projeto original da Etec aprovei-taria um galpão, cedido pela prefeitura.Assim, receberia apenas 600 alunos.“Para ampliar o atendimento, o CentroPaula Souza resolveu aumentar o núme-ro de cursos e vagas e por conseqüên-cia expandir a área construída. Por isso,demoliu-se o galpão existente. Assimsurgiu espaço para uma obra com trêspavimentos em vez dos dois anteriores”,diz o engenheiro Rubens Goldman,da Unidade de Infra-Estrutura (UIE),do Centro Paula Souza.

O governo do estado de São Paulovai investir R$ 9,5 milhões na obra,que tem área construída de 5.680 m2.“No começo a gente sabia que a escolaera para 600 alunos, e serão mais de1.600, estamos muito felizes. O CentroPaula Souza é espelho pro Brasil inteiroe está vindo pra periferia”, comemoraJoão Miranda Neto, da Unas. “O projetoarquitetônico é maravilhoso e arrojado,me apaixonei pela proposta desde aprimeira reunião com Ruy Ohtake, poistenho a certeza de que a implantaçãodessa Etec garantirá aos jovens condi-ções concretas de um futuro mais justoe menos cruel”, arremata Laura Laganá.

A futura Etec de Heliópolis, com uma áreaconstruída de 5. 680 m2, está implantadaem uma área verde com 47.800 m2

Na obra, prevista paraterminar no final do ano,

as formas de concretodelineiam os corredores –

como se pode ver nailustração maior

(página à esquerda)

Arq

uivo

Com

panh

ia P

aulis

ta d

e O

bras

e S

ervi

ços

Arq

uivo

Com

panh

ia P

aulis

ta d

e O

bras

e S

ervi

ços

Ilust

raçõ

es: A

rqui

vo C

ompa

nhia

Pau

lista

de

Obr

as e

Ser

viço

s

8

PEQ

ma parceria entre a SecretariaEstadual de Emprego e Relaçõesdo Trabalho (Sert) e o Centro Paula

Souza pretende preencher uma lacunano mercado de trabalho, que se resumeassim: empresas precisam de mão-de-obra, e trabalhadores desempregadosnão podem preencher essas vagas porfalta de níveis mínimos de escolaridadesolicitados pelos diversos setores.

Algumas empresas exigem, nomínimo, o ensino fundamental comple-to, e outras, o ensino médio completo.Para suprir essa demanda na geraçãode emprego e decidido a investir naqualificação profissional, o governo,empenhado em sua política públicade geração de renda, criou o PEQ, paraestudar cada região do Estado e lançarcursos específicos que atendam aodéficit de empregabilidade nesses locais.

“O PAT (Posto de Atendimento aoTrabalhador) de uma determinada cida-de tem disponíveis várias vagas oferta-das por empresas da região. Ocorre que,em alguns casos, nem todas conseguemser ocupadas porque os candidatosnão têm a escolaridade desejada”,relata Clara Maria SouzaMagalhães, assistente-técnicade direção da FormaçãoInicial e Continuada de Traba-lhadores do Centro Paula Souza.

Segundo Clara, o Programa vaiatingir trabalhadores entre 30 e 59 anosde idade que estão desempregados.O PEQ se divide em duas fases: aprimeira começou no final de julho evai até dezembro deste ano; a segunda,de janeiro a dezembro de 2009.

Estima-se que na primeira etapasejam atendidos quase 6 mil alunos,e na segunda, 11,6 mil – o total podechegar a 18 mil pessoas. Isso, a umcusto de R$ 18,3 milhões.

APRENDIZADO EM DUAS FASES

O PEQ se constitui por cursosgratuitos que abordarão habilidadesespecíficas e também disciplinas dereforço do ensino fundamental comoportuguês, matemática, conhecimentosgerais e cidadania. Programas nas áreasde Gestão e Serviços, Casa e Construçãoe Hotelaria se distribuem de acordo comas necessidades regionais. No auge dacapacidade produtiva, o público-alvo

passa por um problema: a falta doensino básico. “Grande parte dessepúblico não terminou o ensino funda-mental, o que dificulta a recolocaçãono mercado de trabalho. Agora,a qualificação no Estado estáem foco”, afirma Clara.

O aprendizado se estrutura em doismódulos: Habilidades Gerais e Específi-cas. O primeiro, com 120 horas/aula,foca o desenvolvimento da capacidadede comunicação, de elaboração críticae principalmente do reforço do ensinofundamental. Já o segundo, com 80horas/aula, compreende teoria e práticavoltadas para o mercado de trabalho.O de habilidades gerais tem maior cargahorária porque o trabalhador precisa de

mais tempo para aperfei-çoar seus conhecimen-

tos básicos e seatualizar na posturaprofissional e em

como se comportarno trabalho quealmeja, segundoos requisitos da

atualidade.

Uma nova chanceao trabalhador

Com a intenção de aumentar a empregabilidade do Estado de São Paulo,o governo estadual deu início, em julho deste ano, ao Programa Estadual de Qualificação (PEQ)

LOCAIS: O projeto seráimplantado inicialmenteem Escolas Técnicas (Etecs)estaduais de 30 cidades paulistas,totalizando cerca de 18 milalunos até o final de 2009.Veja no mapa as cidades ondeserão ministradas as aulas.

U

9

Entrevista – Cláudia Mendonça

Mulherde atitude

Diretora da Fatec de Marília ganha “Prêmio Excelência Mulher 2008”com a criação do primeiro curso de Tecnologia de Alimentos no Estado

láudia Cristina Mendonça atribuià sua equipe o recebimento do“Prêmio Excelência Mulher 2008”

concedido pela Fraternidade Aliança AcaLaurência em conjunto com o Centro deIndústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).O prêmio é concedido a mulheres quese destacam em busca da melhoriada qualidade de vida da população.“O fator decisivo para a escolha do meunome foi a implantação da Fatec Marília,que, além da função social do ensino,atua na área assistencial, com projetoscomo o apoio ao banco de leite huma-no”. Nesta entrevista, Cláudia fala dosprimeiros passos da unidade, importantepara o foco industrial da região.

O que significa ser a vencedora do“Prêmio Excelência Mulher 2008”?

Cláudia Cristina Mendonça – Signi-fica o reconhecimento de um trabalhosério, executado não apenas por mim,mas por toda a equipe responsável pelaFatec Marília, a pioneira na implantaçãodo curso de Tecnologia de Alimentosno Estado de São Paulo, por meiodo Centro Paula Souza.

Como surgiu a idéia do curso?Cláudia – Surgiu em razão da

necessidade de se qualificar os profis-sionais que já atuavam na indústria dealimentos e possibilitar aos nossosjovens uma melhor perspectiva.

Como foi a implantação da Fatec?Cláudia – A Fatec Marília foi im-

plantada graças a um convênio firmadoentre a Prefeitura Municipal e o Centro

C ou seja, biscoitos e massas em geral.A qualificação de nosso egresso é ampla,e isso o capacita também para atuar nocontrole de qualidade químico, micro-biológico e em análises de alimentos.

A empregabilidade dos tecnólogosformados pelo Centro Paula Souzaé 93,2%. A senhora espera quea Fatec de Marília acompanheessa porcentagem?

Cláudia – Espero que sim, aindasomos um curso em implantação.No 6o semestre iniciado em agosto,aproximadamente 90% dos alunosestão empregados e atuandono setor de alimentos.

Paula Souza. Após vários contatos comas indústrias de alimentos de Marília eregião, Sindicato da Alimentação, Adima(Associação das Indústrias de Alimentosde Marília) e Fiesp/Ciesp sugeriu-se aoCentro Paula Souza um perfil de egressoque atendesse a demanda por profis-sionais destas entidades.

Qual o impacto da implantaçãoda Fatec na cidade?

Cláudia – A vinda de mais uma facul-dade pública para Marília atendeu aosanseios da população que esperava pelaoportunidade de receber um ensino dequalidade e de acordo com as necessida-des de qualificação profissional da região.

Arq

uivo

Pes

soal

Qual a importância do setoralimentício em Marília e região?

Cláudia – Marília é consideradacomo a “capital nacional dos alimentos”,porque possui um número significativode indústrias especializadas neste setorde atividade produtiva. Aqui são fabri-cados, pela Nestlé, todos os biscoitosdistribuídos no Brasil. Ainda contamoscom a presença da Dori e da Marilan,entre inúmeras outras indústrias depequeno e médio portes.

Em que tipo de empresasos alunos da Fatec trabalham?

Cláudia – Principalmente emindústrias que utilizam amido nafabricação de seus produtos,

Como vão as pesquisas científicas?Cláudia – Muito bem. Quatro

projetos de Iniciação Científica foramselecionados para o 17o CongressoÍtalo-Latino-Americano de Etnomedi-cina, realizado em setembro na Itália.Dois alunos e três professores apresen-taram pesquisas sobre análises físico-químicas no leite humano pasteurizado,a presença de aflatoxinas [substânciasque causam doenças graves em humanose animais] em amendoins, o consumode leite de búfala e uma análise de bolosisentos de glúten. É raro tantos trabalhosde uma só instituição participarem deum congresso internacional, e nós, queestamos começando o curso, consegui-mos quatro. Isso nos enche de orgulho.

“O prêmio é o reconhecimento de um trabalho sério, executadonão apenas por mim, mas por toda a equipe da Fatec Marília”

10

Artigo

medida que o ritmo de mudan-ças se acelera e que o conheci-mento se torna cada vez mais a

principal matéria-prima nos processos enos produtos, as organizações se vêemforçadas a adotar modelos de gestãoque assegurem sua sobrevivência econtinuidade. Os modelos tradicionais,focados na visão taylorista – com ênfasequase sempre colocada nas tarefas e opressuposto de que a motivação huma-na se dá no nível financeiro – funciona-ram num ambiente em que os proces-sos de mudanças ocorriam numavelocidade extremamente menor quea atual e o foco da produção estavana escala. Portanto, já não respondemàs demandas contemporâneas.

As novas formas de gestãodevem contemplar, entre outras coisas,a cooperação, a visão sistêmica daatividade e do ambiente em que estáinserida a organização, o conhecimentoembutido nos processos e nos produ-tos, a flexibilidade para se adaptar àsmudanças, a inovação permanente.Devem considerar que o conhecimentoé um bem intangível, não obedece àsfronteiras das hierarquias tradicionais,e não pode ser simplesmente armazena-do sob pena de perder sua eficácia.

Esse novo modelo de gestão exigeum novo perfil de gestor, que atuecomo um agente catalisador dasnecessidades dos públicos (clientes,

Visão delongo

Papel do dirigente de unidade de ensino ganha perfilde gestor com as novas demandas da tecnologia

“O novo gestor precisa estar permanentemente atento às ameaças eoportunidades, ter visão sistêmica e uma forte base conceitual”

À fornecedores, colaboradores,acionistas/controladores) e atendaa essas necessidades. Para tanto, deveatentar às mudanças sociais, políticas,econômicas e tecnológicas. É precisoter uma visão de longo alcance, com-preender e traduzir em ações e resulta-dos a missão, a visão, e as estratégias,satisfazendo assim as expectativasdos agentes envolvidos.

O novo gestor deve permanente-mente perceber ameaças e oportunida-des, além de ter uma visão sistêmica euma forte base conceitual. Precisa saberestabelecer uma relação causal entresituações que aparentemente nada

transferindo processos e atividadesa outras instituições o que, parado-xalmente, exige um nível de ação econtrole muito maior por parte dogestor. Esse novo perfil é essencialem todas as organizações, sejamelas públicas ou privadas.

O Centro Paula Souza, uma institui-ção voltada à aquisição e difusão doconhecimento, que busca permanente-mente atender às demandas da socieda-de e do mundo do trabalho, tem de seadaptar a essa nova realidade, até comoforma de manter o alto padrão dequalidade que sempre o caracterizou.Para tanto, a Superintendência vem

têm a ver com o seu universo,avaliar possíveis conseqüênciase tomar as medidas necessárias àcorreção de rumos. Nesse contexto,os mecanismos e instrumentos degestão são de fundamental importân-cia. O planejamento, por exemplo,passa a ser vital. Refiro-me ao planeja-mento como um processo contínuode exercitar o conhecimento e nãocomo um instrumento burocrático.

As organizações modernas mudaramsuas estratégias e o modo de operar,

Raul

de

Alb

uque

rque

empreendendo esforços no sentido deadequar os instrumentos e mecanismosde gestão e capacitando os dirigentesdas unidadesde ensino paraassumir essenovo papel.

César Silva évice-superin-tendente doCentro Paula

Souza

alcance

11

Biodiesel

Da cozinhapara os motores

Miniusina produz biodiesel a partir da reciclagem de óleo de fritura,gordura animal e outros materiais que podem poluir o meio ambiente

ma miniusina que pode sertransportada em uma caminho-nete transforma óleo de cozinha

em um combustível menos agressivoao meio ambiente. Eis uma conquistada Fatec de Botucatu em direção aodesenvolvimento sustentável: a produçãode biodiesel a partir de materiais quecertamente iriam para o lixo, como o óleousado em frituras e a gordura animal.

Elaborado em parceria com a prefei-tura e a Fundação Estadual de PesquisasAgronômicas e Florestais (Fepaf ),o projeto reuniu professores ealunos da Fatec e da Universida-de Estadual Paulista (Unesp).Entre eles, os coordenadoresda Fatec dos cursos de Logística,Luis Fernando Bravin, e de Pro-dução, Celso Joaquim Júnior.

O caráter inovador daexperiência é a mobilidadedo equipamento. “Queremosreduzir o custo da produçãode energia e levá-la a pequenaspropriedades rurais”, conta odiretor da Fatec, RobertoAntonio Colenci. Dois veículos(um deles, um ônibus escolar)já rodaram utilizando o combustível,produzido à base de óleo provenientede frituras. Ainda está em teste a pro-dução à base de vísceras de frango,gorduras animal e vegetal, entre outrosmateriais que podem ser reaprovei-tados (veja quadro).

INDEPENDÊNCIA TECNOLÓGICA –Atualmente, Estados Unidos e Europaencontram-se na vanguarda do pro-cessamento e aplicação do biodiesel.

lado uma opção decisivapara diminuir emissãode gases poluentes.

“O biodiesel émenos agressivo aomeio ambiente. Diminuiem até 78% a emissãode gases causadores doefeito estufa e 50% daspartículas que causamdoenças respiratórias”,explica Joaquim Júnior.Além disso, cada litro deóleo que desce pelo ralodas pias em direçãoaos rios contamina

um milhão de litros de água potável.Por meio de coletas organizadas emgrandes restaurantes e até em residên-cias, a redução desses resíduos nanatureza seria um grande benefício.

A lanchonete Mc Donald’s deBotucatu doou 200 litros de óleo parase transformarem em biodiesel. “Se todaempresa ou dona de casa tomasse essamesma iniciativa, eliminaríamos umaquantidade monstruosa desses resíduos”,afirma o proprietário, Paulo Nogueira.

A Alemanha destaca-se na lide-rança, e foi justamente nesse país queos pesquisadores buscaram conheci-mento para trazer a tecnologia ao Brasil.“Os estudos na Alemanha nos deramknow-how suficiente para, ao chegarmosaqui, desenvolvermos uma técnicaoriginal de processamento e produçãode biocombustível”, ressalta JoaquimJúnior. “Praticamente todas as etapas sãoexecutadas em apenas um equipamen-to, o que não encontramos em nenhu-

U

ma parte do mundo. É um salto imensopara nos livrarmos da dependênciada tecnologia estrangeira”.

O MEIO AMBIENTE AGRADECE –Como resultado da iminente escassez depetróleo, existe uma crescente pressãomundial pelo desenvolvimento dealternativas renováveis aos combustíveisfósseis. Se o biodiesel apresenta umaalternativa relevante para a soluçãodesse impasse econômico, é por outro

Transporte fácil e prático: miniusina podeser levada até em caminhonetes

• Óleos e Matadouros, Extraçãogorduras frigoríficos com águade animais e curtumes e vapor

• Óleos e gorduras Agricultura Extração mecânica,vegetais solvente e mista

• Óleos residuais Cozinhas domésticas, Acumulaçõesde frituras comerciais e coletas

e industriais• Matérias graxas Águas residuais Processos em fase

de esgotos das cidades e de de pesquisacertas indústrias e desenvolvimento

COMO SE OBTÉMO BIODIESEL?RESÍDUO ONDE COLETAR?

Arq

uivo

Fat

ec B

otuc

atu

12

Arranjos Produtivos

rofissionais que conhecemos segredos do armazenamento,da estocagem, do transporte,

da importação e da exportação deprodutos das mais variadas origens.E ainda dominam os horários e oscaminhos para o escoamento adequa-do de diversas mercadorias. Tudo issodentro da rotina dos aeroportos.

Esse é o perfil do tecnólogo emLogística Aeroportuária, profissionalimprescindível para uma cidade comoGuarulhos, que abriga o AeroportoInternacional de São Paulo, o maior daAmérica do Sul no transporte de carga,segundo a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero).

Sempre em sintonia com o perfilsocioeconômico de cada cidade,o Centro Paula Souza oferece naFaculdade de Tecnologia (Fatec) deGuarulhos, desde o 2o semestre de2008, o curso superior tecnológico deLogística Aeroportuária, com duraçãode três anos. No vestibular, 141 estu-dantes disputaram as 40 vagas ofereci-das no período da manhã – relação de3,53 candidatos por vaga.

De acordo com a diretora da uni-dade, Mariluci Alves Martinho, a idéiada implantação do curso veio depois deum diagnóstico do mercado de trabalhoda cidade, feito com a Secretaria deDesenvolvimento Econômico domunicípio, que mantém estatísticasatualizadas sobre os diversos segmentosda economia local. “Avaliamos que osetor aeroportuário é muito importantee que há a necessidade de prepararpessoas para atuar nesse mercado”.

Além de essencial para a cidade,o aeroporto tem localização estratégicapara o escoamento do comércio exteriorbrasileiro: fica a 25 km da Capital pau-lista, a 100 km do Porto de Santos ea 200 km de Campinas.

Para entender a complexidade dotrabalho que os futuros tecnólogos vãoencontrar, basta dizer que o terminal delogística de um aeroporto como o deGuarulhos tem mais de 90 mil metrosquadrados e conta com recepção,embalagem, movimentação e armaze-nagem de mercadorias vindas dossetores de importação e exportação.

A rapidez no serviço é impres-cindível: segundo regulamentaçãoda Infraero, o produto deve permane-cer menos de quatro dias no terminal.Como 50% dos produtos exportadospelo aeroporto são de cargas perecí-veis, o processo de liberação precisaser feito em menos de 48 horas.

“O profissional deve ser um espe-cialista não só na área de logística, masnas peculiaridades do setor aeroportuá-rio”, explica o coordenador do curso,Mário Roque Filho, sobre as exigênciasda profissão. “É necessário conhecerdetalhadamente a rotina da movimen-

tação de passageiros,transporte aéreo,operações e estruturade aeroportos”.

Focado nasexigências do merca-do, o curso enfatiza asdisciplinas específicas,sem deixar de ladoconceitos básicos

de logística e conteúdos da área dehumanas. Um diferencial na grade docurso, conta o coordenador, é o ensinode língua estrangeira, para facilitar acomunicação dos futuros tecnólogoscom profissionais de várias partes domundo – de Guarulhos, por exemplo,partem e chegam vôos de 26 paísese 117 cidades de todo o mundo.“Os alunos terão aulas de Inglês duran-te todos os seis semestres, incluindoconversação, o que não é comumem cursos superiores de tecnologia”.

O setor aeroportuário brasileirogera atualmente cerca de 50 milempregos. Em 2007, foi movimentado1,3 milhão de toneladas de cargas deimportação, exportação e doméstica.O primeiro aeroporto em arrecadaçãoé o de Guarulhos, seguido por Viracopos(em Campinas), Manaus (AM) e Galeão(na cidade do Rio de Janeiro).

O segmento está em expansão,de acordo com a Infraero: no planeja-mento para a ampliação do aeroportode Guarulhos consta a construção doterceiro terminal que ampliará suacapacidade de atendimento de17 milhões para 29 milhõesde passageiros por ano.

P

Voandobaixo

Curso de Logística Aeroportuária,da Fatec Guarulhos, vai aumentar a oferta de

profissionais qualificados no setor

Área remota central, do Aeroporto de Guarulhos,que será transformada em Terminal de Cargas

com a construção do Terminal 3

Foto

s: Br

uno

Dan

tas