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Ensino agrotécnico em debate no auditório da Etec Astor de Mattos Carvalho, em Cabrália Paulista

A Revista do Centro Paula Souza é umapublicação do Centro Estadual de Educação Tecnológica

Paula Souza, ligado à Secretaria de Desenvolvimentodo Estado de São Paulo.

Presidente do Conselho Deliberativo: Yolanda SilvestreDiretora Superintendente: Laura Laganá

Vice-Superintendente: César SilvaChefe de Gabinete: Elenice Belmonte R. de Castro

Reportagem e edição: Patrícia PatrícioReportagem: Fabio Berlinga e Luciene SoaresProjeto gráfico e editoração: Marta AlmeidaFoto da capa: Gastão GuedesJornalista responsável: Gleise Santa Clara – MTB 12.464-4

Assessoria de Comunicação – AssComJornalistas: Bárbara Ablas, Dirce Helena Salles, FabioBerlinga, Gleise Santa Clara e Mayara de Souza (estagiária)Designers: Jonathan Toledo, Marta Almeida e Rafaela CostaBanco de Informações: Elaine Maia e Tiago MaricateSecretaria de Redação: Vanessa Rodrigues de SouzaAuxiliar Administrativo: Danilo Brandão

Redação: Praça Coronel Fernando Prestes, 74, Bom Retiro,São Paulo, SP , CEP 01124-060, Tel.: (11) 3327-3144imprensa@centropaulasouza.sp.gov.brwww.centropaulasouza.sp.gov.brImpressão: Imprensa Oficial – Tiragem: 9.000 exemplares

RápidasEditorial

Éconsenso entrepesquisadores e

mesmo para os leigos que o desenvol-vimento do Brasil depende da educaçãopara o trabalho. Análises do Institutode Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)mostram que neste ano faltarão 320 milprofissionais qualificados, especialmenteem comércio, serviços, alimentação econstrução civil. Também há deficitbrasileiro nos setores de tecnologiada informação, turismo e beleza.

Com a realização da Copa no País em2014 e das Olimpíadas, em 2016, precisa-mos escalar um time com milhares detrabalhadores preparados – especialmen-te em construção civil, logística, turismoe alimentação. Na reportagem de capamostramos uma perspectiva promissorapara quem se dedicar aos estudos.

O Centro Paula Souza cumpre suaparte ao oferecer gratuitamente, nas Etecse Fatecs, cursos sempre renovados e emsintonia com as demandas do mercado.E o Plano de Expansão do Ensino Profis-sional, uma das prioridades do governopaulista, insere-se nesse contexto: inves-te na educação técnica e tecnológica,contribuindo para o desenvolvimentosocioeconômico do Estado e do País.

Laura LaganáDiretora Superintendente

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Diretores e coordenadores dasEscolas Técnicas (Etecs) estaduais dosetor agropecuário se reuniram na EtecAstor de Mattos Carvalho, em CabráliaPaulista, para discutir a reestruturação doensino agrotécnico no Estado. Intitulado“Ensino Técnico Agrícola no Estado deSão Paulo: estudo de políticas e açõespara sua reestruturação”, o projeto visaanalisar as transformações no mercadoagropecuário para que os cursos ofe-recidos pelo Centro Paula Souza pos-sam se adequar às exigências do setor.Os trabalhos incluem ainda formação dedocentes, estudo da evolução dos cursos,avaliação da infraestrutura das Etecs,entre outras atividades. Muitas dessas

Renovação no campoinformações serão conhecidas pormeio de questionários distribuídosaos dirigentes, professores e alunos dasunidades. “Para contribuirmos com odesenvolvimento econômico do agro-negócio é preciso conhecer a oferta ea demanda das tecnologias do setor”,afirma Paulo Ney, da Unidade de EnsinoMédio e Técnico do Centro Paula Souza.Além de profissionais da instituição,participam do projeto pesquisadoresda Escola Superior de Agricultura Luizde Queiroz (Esalq – USP), da Universida-de Estadual de Campinas (Unicamp),da Universidade Estadual Paulista Júliode Mesquita Filho (Unesp) e da Universi-dade Federal de São Carlos (UFSCar).

Estimular o estudo da matemática entre alunos de escolas públicas, eis a missãoda Olimpíada de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). Nesta quinta edição, cercade 19 milhões de alunos dos ensinos Fundamental e Médio de todo Brasil participa-ram. E os alunos das Etecs brilharam: foram 71 medalhas, ante 58 no ano anterior.Três estudantes levaram ouro: Guilherme Frajacomo (Etec Prof. Anna de Oliveira Ferraz,de Araraquara), Marli Cantarino (Etec Júlio de Mesquita, de Santo André) e Rodrigo daSilva (Etec Rosa Perrone Scavone, de Itatiba). Outros 19 jovens conquistaram medalhasde prata e 49, de bronze. “Com a competição, os alunos passam a valorizar a matériae aumentam os esforços para melhorar e aprender ainda mais”, resume Marli Cantarino,que está no 2o ano do Ensino Médio e obtém a segunda medalha de ouro na OBMEP.Sua irmã gêmea, Marisa, também estuda na Etec Júlio de Mesquita e ficou com a prata.A Olimpíada contempla ainda docentes e unidades de ensino. Nove professores dasEtecs receberão coleções de livros, kits de material esportivo, livros e vídeos queabordam temas da matemática e demais ciências serão enviados a sete unidades.

Equações douradas

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Criado pelo governo de São Paulo, o Programa Pró-Egresso é umaparceria entre o Centro Paula Souza e as secretarias de Administração Peniten-ciária (SAP) e de Emprego e Relações do Trabalho (Sert). O Centro Paula Souzaserá a única instituição a formar, ao longo de 2010, cerca de 3 mil pessoascom privação da liberdade.

“Essa política pública oferece uma ação formativa que estabelecea reinserção social de um cidadão que passa por duas grandes dificuldades:a privação da liberdade e a estigmatização social”, avalia Clara Maria Magalhães,da Unidade de Formação Inicial e Educação Continuada do Centro Paula Souza.“Não vamos só ensinar a fazer pão, e sim mostrar um caminho para o sustentoe a cidadania”, completa Clara. Um dos cursos disponíveis é o de panificação.Há também opções como confeiteiro, pizzaiolo, garçom, informática, eletricistaresidencial, pedreiro, assentador de azulejos, marceneiro, gesseiro, auxiliar decontabilidade, auxiliar de segurança do trabalho, auxiliar de logística e assisten-te administrativo. Conteúdos e material didático são fornecidos pelo CentroPaula Souza. Professores de Etecs ficam responsáveis por ministrar os progra-mas, que incluem 180 horas para habilidades gerais (abrangendo português,matemática, conhecimentos gerais) e 80 horas de atividades práticas.

Calouros

Rápidas

Uma Etec voltada para formartécnicos na área de mídia eletrônica.Essa inovação será possível graças aum convênio firmado entre o governoestadual – por meio do Centro PaulaSouza –, a Globo Comunicações eParticipações e a Fundação RobertoMarinho. A futura unidade será construí-da pela TV Globo em terreno de proprie-dade do Governo do Estado de SãoPaulo, localizado vizinho à emissora,no bairro paulistano do Brooklin. Cominício de atividades previsto para 2011,a Etec oferecerá 120 vagas distribuídasem dois cursos técnicos: Multimídia,com duração de três semestres, e Produ-ção de Áudio e Vídeo, com duração dequatro semestres. O técnico em Multimí-

Técnicos antenados

Estudantes formados nas Etecsconquistaram mais de mil vagas eminstituições públicas de ensino, novestibular para o 1o semestre de 2010.O levantamento feito pelas unidadescontabilizou faculdades e universidadesadministradas por governos estaduaise pelo Governo Federal. Houve casosexcepcionais, como o do aluno OtávioGomide, que fez o Ensino Médio e ocurso técnico de Administração na EtecRosa Perrone Scavone (Itatiba) e prestouMatemática e Física. Além da sonhadatrinca USP – Unesp – Unicamp, foiaprovado em mais duas: UniversidadeFederal do Mato Grosso (UFMT) eUniversidade Federal de São Carlos(UFSCar). Outro dado relevante é aquantidade de jovens que escolherama carreira de tecnólogo, ingressandoem uma Faculdade de Tecnologia(Fatec) – foram cerca de 250 aprovados.

Confira as vagas conquistadaspelos alunos das Etecs em:http://bit.ly/9WFQsx.

No caminho do bem

dia trabalha com comunicação visualem mídia eletrônica, prepara arquivos etrata imagens na mídia digital e tambémpode atualizar portais e páginas da Web.Produção de Áudio e Vídeo preparatécnicos aptos a captar imagem e som,operar equipamentos, além de fazertratamento acústico e de imagem,elaborar animações e traçar mapas

de sucesso

de programação, entre outras atividades.“Força de trabalho preparada é bompara quem trabalha e para quem empre-ga”, afirma o ex-governador José Serra.Para a diretora superintendente do CentroPaula Souza, Laura Laganá, “essa Etec vaiformar profissionais de alto nível que vãocontribuir muito para o desenvolvimentotecnológico do setor de comunicação”.

Projeto arquitetônico da futura Etec voltada à formação de técnicos na área de mídia eletrônica

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ma pesquisa realizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) epela Fundação Getúlio Vargas (FGV) prevê, para a Copa de 2014, investi-mentos da ordem de R$ 30 bilhões. Estudo elaborado para o Ministério do

Turismo recomenda construção de estádios, reforma de aeroportos, revitalizaçãode locais com potencial turístico, transporte urbano e, especialmente, treinamentoe qualificação profissional – “maior gargalo da operação turística no Brasil hoje”,aponta o relatório, que ressalta: “A imagem já consagrada do brasileiro como povohospitaleiro e simpático não deve ser motivo para negligência da qualificação”.

O coordenador de Ensino Técnico do Centro Paula Souza, Almério Melquíadesde Araújo, observa: “Geralmente encontramos recepcionistas, garçons e outrosservidores muito simpáticos e pouco eficientes. Por isso é necessário melhorara formação na área de hospitalidade, já que simpatia não garante um bom atendi-mento”. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) verificou que faltam,somente em 2010, 320 mil profissionais qualificados, especialmente nos setoresde comércio (187 mil), serviços (50 mil), alimentação (45 mil) e construção civil(38 mil). Nesse sentido, o Paula Souza faz a lição de casa com excelência, oferecen-do formação profissional de qualidade e adequada às demandas de mercado.

“A realização de eventos internacionais de porte exigirá uma formaçãoescolar diferenciada, principalmente no setor turístico”, afirma Angelo Cortelazzo,coordenador de Ensino Superior. “O domínio do segundo e terceiro idiomas,não só nesse setor, mas de forma geral, merece toda a atenção”, completa.Afinal, a realização bem sucedida da Copa e das Olimpíadas depende

A aproximação da Copa de 2014 edas Olimpíadas em 2016, ambas

no Brasil, exige profissionaisqualificados na construção civil,

no turismo e na gastronomia.Para dar suporte às atividades,

o profissional em Logística éimprescindível. Cumprindo seupapel, Etecs e Fatecs preparam

jovens nesses setores, em cursostécnicos e tecnológicos

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O futuro

Matéria de Capa

Raphael Maldonado,da Fatec São Paulo

para a CPTM

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O rapaz ingressou no curso em 2006e no ano seguinte já estava estagiando,na reforma do Autódromo de Interlagos.Em dezembro de 2009 foi contratadocomo fiscal de obras da CompanhiaPaulista de Trens Metropolitanos (CPTM),para garantir a qualidade e cumprimen-to do prazo de obras em estações dalinha 9 (Marginal Pinheiros). Aos 23 anos,está realizado com a profissão escolhi-da, afinal seu trabalho contribui paramelhorar a vida na metrópole.

Naicir Rebelatto, coordenadorado curso técnico em Edificações naEtec São Paulo, garante que o impactodos jogos mundiais já atingiu seusalunos, e identifica a maior demanda

não apenas de uma boa rede de servi-ços em turismo, mas de infraestrutura,obras novas e reformas, tudo bemazeitado com planejamento logístico.

CONSTRUINDO O SUCESSO

Raphael Maldonado queria seroficial da Polícia Militar quando criança.Ao concluir o Ensino Médio percebeuque gostava da área de construção civil.Pesquisou e se decidiu pelo curso supe-rior de Tecnologia em Edifícios, na FatecSão Paulo. “Descobri que era maisrápido que Engenharia e mais fácil deconseguir emprego. Além disso, a Fatectem fama pela qualidade e é gratuita”.

de jovens pelo curso em sua unidade,localizada na região da Luz, em SãoPaulo. No primeiro semestre de 2010,quase 7 candidatos disputaram umavaga. “É um estudante interessado,que consegue estágios bem remune-rados, de R$ 2 mil por seis horas detrabalho diárias”. O jovem nem estáformado, e conquistou um bom salárioe a chance de ascensão profissional.

LOGÍSTICA É FLUXO

A definição de Rogério Monteiro,diretor da Fatec Zona Leste, resume:“A palavra que melhor conceitua logís-tica é fluxo, pois planeja a circulação

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Onde está o emprego

* Empregabilidade: percentagem de alunos empregados, um ano após a conclusão do curso.** Renda média: número de salários-mínimos, em média, que os alunos recebem um ano após

a conclusão do curso. Fonte: Sistema de Avaliação Institucional de Egressos (Saie/2009)

DESENHO DECONSTRUÇÃO CIVILEmpregabilidade* 81%Renda média ** 2,1 SM

EDIFICAÇÕESEmpregabilidade* 82,1%Renda média ** 3,1 SM

HOSPEDAGEMEmpregabilidade* 78,4%Renda média ** 1,5 SM

LOGÍSTICAEmpregabilidade* 91,7%Renda média ** 4,9 SM

EDIFÍCIOSEmpregabilidade* 97,1%Renda média ** 5,6 SM

TURISMOEmpregabilidade* 67,2%Renda média ** 1,7 SM

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Matéria de Capa

empregam 85 mil funcionários. A expec-tativa é de aumento de 14,6% no fatu-ramento para 2010. Feiras, locadorasde automóveis, operadoras turísticas,transporte aéreo e receptivo são osque esperam maior ampliação dessepercentual neste ano.

Esmeralda Serpa observa que aindústria do turismo traz outra vanta-gem, além do impacto econômico:“O contato com pessoas de outrospaíses proporciona crescimento cultu-ral”. Por isso o estudo de idiomas deveconstar do currículo do profissional deturismo. Para atender a essa necessida-de, o Centro Paula Souza vem ofere-cendo cursos de inglês e espanhol emparceria com a Universidade Virtual doEstado de São Paulo (Univesp). Segun-do Esmeralda, a Copa e as Olimpíadastrarão muitos frutos, especialmentedos investimentos em infraestrutura.Mesmo depois que os turistas se forem,as melhorias em estádios e no transpor-te urbano devem beneficiar a popula-ção. Arthur Silva Filho, professor da FatecIndaiatuba, reforça o comentário deEsmeralda: “A hotelaria e todo o setorde serviços vão demandar mais pessoal.Porém não podemos pensar nestes

de materiais, produtos acabados,informações, desde as fontes primáriasaté o consumidor”. Fala-se muito no“caos logístico” brasileiro, interrompendoa fluidez – do transporte, da distribuiçãode produtos e mesmo de informaçãovia telecomunicações. Por isso, Monteiroaponta: “As atividades logísticas depen-dem de infraestrutura:rodovias, portos, aeropor-tos, metrô, trem”. Sem falarna infoestrada da comuni-cação virtual, que solicitamelhor acesso à bandalarga, e universalizaçãodesse serviço. “Os eventosde 2014 e 2016 exigirãonos próximos anos, emesmo nos próximosmeses, elevados inves-timentos”, acredita.

CHANCE DE BONSNEGÓCIOS

“Turismo é caminho para odesenvolvimento de muitos países eno Brasil já faz a diferença na economia”,diz Esmeralda Macedo Serpa. A coor-denadora de projetos da Unidade deEnsino Médio e Técnico lembra que,em nível técnico, o curso mais antigono setor é o de Turismo, atualmentechamado Turismo Receptivo.

Dados de pesquisa divulgadaem 2009 pela Assessoria de Avaliaçãodo Centro Paula Souza revelam que, umano após a formatura, 78,4% dos técnicosem Hospedagem estavam empregados.Os jovens que optarem por um dos cur-sos na área (Turismo Receptivo ou Hos-pedagem) terão emprego quase certo.A Associação Brasileira da IndústriaHoteleira de São Paulo (Abih – SP) estimaque o segmento de turismo e hotelariaprecisa de 7 mil profissionais qualificados.

Pesquisa do Ministério do Turismoem parceria com a Fundação GetúlioVargas (FGV) mostra que empresáriosdo setor apostam na elevação do fatu-ramento, vão investir em seus negóciose contratar mais funcionários. Foramouvidas 80 empresas mais importantesdo turismo no Brasil, que, juntas,

dois eventos isoladamente. Após a Copae a Olimpíada, é preciso dar continui-dade a esses projetos”.

MALAS PRONTAS PARA O SUCESSO

Cindy Alonso, técnica em Hotelaria(atual Hospedagem) pela Etec AlbertEinstein, na capital, conseguiu estágioassim que completou 18 anos, noterceiro módulo do curso. Em 2008ingressou em um hotel na região doAnhembi, em São Paulo. Passou porvários setores: restaurante, recepção,telefonia, suporte à internet e reservas.Com dois anos e meio de experiênciano hotel, conquistou uma promoção.

Mais um caso de sucesso, na mesmaprofissão, é Alexandre Rossetto, 24 anose ex-aluno da Etec Martinho di Ciero, deItu. Rossetto relata: “No início do cursoera meio bagunceiro e não trabalhava.Aos poucos fui aprendendo a impor-tância do profissionalismo e no segun-do módulo ganhei prêmio de alunorevelação”. Após duas entrevistas em umhotel de Itu, começou como mensageiroem agosto de 2004. “Em dois mesespassei à recepção e dois anos depoisfui promovido para chefe de recepção”.

A família de Alexandre não tinhacondições de pagar escola ou faculdade,portanto a formação gratuita e dequalidade foi decisiva em sua carreira.

Um horizonte promissor tambémse desenha para os tecnólogos na áreade Eventos. No entender do diretor daFatec Jundiaí, Antonio Galhardi, “espera-se que a exposição do Brasil na mídiamundial torne o país atrativo paraeventos internacionais de negócios”.

Alunos e professoras do Curso Técnico em Cozinha

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Alexandre Rosseto, ex-aluno da Etec Martinho di Ciero, de Itu

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Galhardi aponta que o Centro PaulaSouza identificou esse cenário anteci-padamente e já prepara profissionaispara o setor. A primeira turma de tecnó-logos em Eventos se forma no segundosemestre de 2011. Em São Paulo, o cursode Turismo e Hospitalidade foi criadono início de 2008 e terá seus primeirostecnólogos no fim de 2010.

SERVIR BEM (E SEMPRE)

Gastronomia é outra atividadeque exige cada vez mais profissionais

qualificados. Em casa não há problemaem improvisar uma receita. No restau-rante tudo precisa sair no tempo e natemperatura certa. Planejar cardápios,eliminar desperdício e garantir aqualidade dos alimentos é essencial.

CIDADES COM CURSOS

TECNOLÓGICOS – Fatecs

CONSTRUÇÃO CIVIL – MODALIDADEEDIFÍCIOS

• São Paulo

LOGÍSTICA

• Americana • Jaú• Botucatu • Jundiaí• Carapicuíba • Santos• Guaratinguetá • S José dos Campos• Guarulhos • São Paulo• Mauá • Sorocaba

EVENTOS

• Jundiaí

TURISMO E HOSPITALIDADE

• São Paulo

Logística bem planejada garante fluidez na distribuição de produtos (e o sucesso dos negócios)

CIDADES COM CURSOS TÉCNICOS – Etecs

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A Associação Brasileira da Indústriade Panificação e Confeitaria (Abip)estima em 10 mil o déficit de padeirose confeiteiros apenas para empresasda Grande São Paulo. E os empresáriosbuscam profissionais qualificados:para garantir o sucesso nos negóciosnão basta prática, é preciso conheceras tecnologias do setor. Para atender aesses requisitos, o Centro Paula Souzaoferece o curso Técnico em Cozinha,preparando profissionais para empresasdo ramo de alimentação. Em 2009, aprimeira turma iniciou as aulas na EtecCarlos de Campos (na capital) e estáse formando neste semestre. No iníciodeste ano, também a Etec CamargoAranha (no bairro paulistano da Mooca)abriu vagas para o Técnico em Cozinha.

TURISMO RECEPTIVO (antigo Turismo)

• Americana • Santana de Parnaíba• Capão Bonito • São Paulo• Guaratinguetá • São Pedro• Guarujá • São Roque• Iguape • São Sebastião• Ilha Solteira • Sorocaba• Itapetininga• Itu• Jundiaí• Mococa• Mongaguá• Pindamonhangaba

HOSPEDAGEM

• Amparo• Atibaia• Cruzeiro• Guarujá• Iguape• Ilha Solteira• Itu• Jundiaí• Mococa• Santo André• São Paulo• São Roque

EDIFICAÇÕES

• Americana• Amparo• Capão Bonito• Catanduva• Cruzeiro• Itapeva • Ribeirão Preto• Jaú • Santo André• Jundiaí • Santos• Lins • S José do Rio Preto• Mogi das Cruzes • São Paulo• Mongaguá • São Vicente• Ourinhos • Tatuí

COZINHA

• Barretos• Pindamonhangaba• São Paulo• Piedade

DESENHO DE CONSTRUÇÃO CIVIL

• Santo André• Santos• São Paulo• Sorocaba• Tupã

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Teletec

Encurtando as

em espaço na agenda para se dedicar às salas de aula,o assistente administrativo Alessandro de Campos largouduas faculdades – Administração e Contabilidade. “Todo dia

chegava atrasado por causa do trabalho e acabei desistindo”, conta.Aos 32 anos, Campos trabalha numa financeira em São Paulo

e cultiva o sonho de abrir uma filial da empresa. Acredita que aformação técnica abre um caminho para encarar o desafio dese tornar empresário. Mas sua rotina diária o impedia deestudar em um curso presencial. Por isso, no final de2009 concorreu a uma vaga no curso técnico deAdministração Empresarial – modalidadesemipresencial – na Etec Parque da Juventude.Essa foi uma das novidades do Vestibulinhono 1o semestre de 2010. Aprovado,

tucional (SAI), 77% dostécnicos em Administração formadospelo Centro Paula Souza conseguiramtrabalho, um ano após a formatura.

Esses cursos auxiliam quem preten-de ter negócio próprio ou já é pequenoempresário. Segundo o IBGE, 46% daspequenas empresas fecham no primeiroano de funcionamento, a maioria pordificuldades na gestão do negócio.“Por isso a capacitação dos empreende-dores é fundamental”, ressalta Araújo.

As aulas presenciais ocorremapenas aos sábados, durante seis horas.Ao longo da semana, um orientadorde aprendizagem monitora os estudose as atividades. Em novembro de 2009,o Paula Souza capacitou cerca de180 professores das Etecs para desem-penharem esse trabalho. “A modalidadesemipresencial aumenta as opções

daqueles que não podem frequentaruma Etec de segunda a sexta-feira”, dizo responsável pelo Grupo de Estudoda Educação a Distância do CentroPaula Souza, Rogério Teixeira.

De acordo com Teixeira, a qualida-de do Ensino Técnico presencial, umadas marcas registradas do Centro PaulaSouza, se mantém nos cursos a distân-cia. “Isso ocorre porque houve um tra-balho sério na elaboração dos conteú-dos e da metodologia. Procuramosas ferramentas mais adequadas paratrabalhar online”, explica.

distâncias Centro Paula Souza abre mais de3 mil vagas em 86 turmas de 51 Etecs,

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na modalidade semipresencial, para cursos técnicos na área de gestão. A iniciativa facilitaa vida de jovens e adultos trabalhadores, que dispõem de pouco tempo para estudar

Campos comemora o ingressona opção escolhida.

Programa desenvolvido peloGoverno de São Paulo (por meiodo Centro Paula Souza) em parceriacom a Fundação Roberto Marinho, oTelecurso TEC possibilitou a aberturade 3.350 novas vagas nas Etecs, distri-buídas entre 86 turmas de 51 unidades.“Com o ensino a distância, o CentroPaula Souza amplia ainda mais a ofertade educação gratuita e de qualidadeoferecida pelas Etecs”, afirma o coorde-nador de Ensino Médio e Técnico,Almério Melquíades de Araújo.

Há três cursos semipresenciais,com duração de um ano e meio,disponíveis no Eixo Tecnológico deGestão e Negócios: AdministraçãoEmpresarial, Gestão de PequenasEmpresas e Secretariado e Assessoria.A área foi escolhida por somar boaempregabilidade e grande demanda.No último Vestibulinho, Administraçãofoi o segundo curso mais procurado.Segundo o Sistema de Avaliação Insti-

Mais informações sobre os cursosem www.vestibulinhoetec.com.br

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Prêmios emdose dupla

Dois projetos de Etecs conquistam a premiação máxima daFeira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace) e vão aos EUA

oitava edição da maior feirabrasileira de ciências, promo-vida pela Escola Politécnica

da Universidade de São Paulo (USP),traz um significado especial para oCentro Paula Souza. Desta vez, duasEtecs selecionadas na final da Febracevão representar o Brasil na Feira Interna-cional de Ciências e Engenharia (IntelISEF), realizada nos Estados Unidos.Em anos anteriores, estudantes de trêsEtecs levaram o prêmio máximo: TrajanoCamargo (2008), Getúlio Vargas (2007)e Polivalente de Americana (2004).

Um dos estudos laureados nestaedição vem da Etec Prof. CarmelinoCorrêa Júnior (Franca). Em vez de usarum material muito poluente para tingirbolsas e calçados, alunas propõem umatintura feita com casca de acássia negramisturada com uma resina para conferirmaior resistência à cor. “Queremos aboliro curtimento com cromo”, empolga-seMayara Mayra Silva, aluna do cursotécnico em Curtimento. Com a colegaPriscila Oliveira, do curso técnico emAgropecuária, pretende firmar parceriacom a prefeitura de Franca para cons-cientizar os curtumes a abolir o uso docromo, muito agressivo ao meio ambien-te. O trabalho foi coordenado pelaprofessora Eliane Basali.

Outra pesquisa escolhida para a feirainternacional vem da Etec Getúlio Vargas,na Capital. Os estudantes investigaramum método para reciclar o poliestireno,conhecido como isopor. Feita em apenastrês horas, a reciclagem produz umaresina que pode reter metais pesadosem águas contaminadas. “Os resultados

mostram ser possível reutili-zar nossa resina”, afirma CarlosHenrique Leite, do cursotécnico em Química. Outrapossibilidade é obter águadesmineralizada, geralmenteproduzida a partir de resinavirgem. “Inovamos ao usar isoporpara esse processo, pois as empresasnão fazem isso”, ressalta Leite. O gru-po se compõe ainda de Amanda deLa Rocque e Paolo Damas.

Além dos selecionados para aIntel ISEF, outros alunos desenvolve-ram propostas sintonizadas com adiminuição de impactos ambientais.Um exemplo é a cozinha solar, da EtecConselheiro Antonio Prado, de Campi-nas. Rodrigo Navarro, Felipe Uzeda eFrancisco Carlos da Costa Neto utiliza-ram um jogo de espelhos para prepararpratos rápidos apenas com a luz do sol.Solução simples e engenhosa, orientadapela professora Érica Gayego.

FOCO NO COTIDIANO

Gasolina Adulterada, da Etec Jorge Street.Um pequeno reservatório acoplado àporta do carro recebe 50 ml de água e50 ml de gasolina e dois sensoreslocalizados estrategicamente conferemse o combustível está adequado ouultrapassou a quantidade máxima dediluição em álcool (24%). O resultadoaparece no painel do veículo: uma luzse acende e mostra qual a percentagemde adulteração. O professor LarryAniceto orientou Flávio de Andrade,Felipe Celestino e Henrique Nogueira,que cursam Técnico em Eletrônica.

A oitava edição da Febracecontou com 280 projetos de escolasde ensino Fundamental, Médio e Técnico,públicas e privadas. “Essa premiaçãoincentiva nossos alunos a desenvolveremo interesse pela ciência”, comemorouElenice durante entrega de medalhas.

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Cozinha solar,projeto da Etec

Conselheiro AntonioPrado, de Campinas

Alunos da EtecGetúlio Vargas(São Paulo)vão para a feirainternacional

Couro de tilápiatingido comacássia será

apresentado nosEstados Unidos

Nos últimos anos, o número deEtecs finalistas aumentou progressi-vamente: eram 15 em 2008, 16 noano passado e, em 2010, 22 trabalhoschegaram à final. Elenice Belmonte deCastro, chefe de Gabinete do CentroPaula Souza, conferiu os estandes deperto e elogiou a qualidade de todosos projetos, “com foco na solução deproblemas da sociedade e grandepossibilidade de aplicação no mercado”.

Nesse sentido, chamou muita atençãodos visitantes o Sistema Verificador de

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Conceitopara o futuro

Artigo – Anderson Silva

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termo agribusiness foi apresen-tado pela primeira vez em 1955,na Universidade Harvard, em

Boston (EUA). Em 1957, John Davis eRay Goldberg definiram “agronegócio”como a soma das operações de produ-ção, armazenamento, processamentoe distribuição de produtos agrícolas.

Resumindo, o conceito de Davis eGoldberg é um modelo de desenvolvi-mento econômico no campo. Incluiatividades complexas que podem sertraduzidas em um conjunto de cincooperações: agricultura, pecuária, indús-tria, comércio e sistema financeiro.Essas atividades agrupam-se em trêssegmentos organizados “em relação àporteira”: antes (insumos), dentro (pro-dução de matéria-prima) e depois daporteira (processamento do produto).

Para os agricultores familiares ouas associações de produtores obteremcompetitividade e renda agregada àmatéria-prima produzida, é precisovender produtos agroindustriais enão ficar só “dentro da porteira”.

Outra opção para garantir retornofinanceiro é a produção em larga escala.Ou seja, um grande produtor que con-centre sua atividade “dentro da porteira”ganha no volume de toneladascomercializadas.

A atividade econômica familiarfocada na venda de um único gêneroagrícola ou pecuário, em pequena escalae sem valor agregado, acaba por gerarpouco lucro. Isto não ocorre na agricul-tura de escala. Por isso, é questão desobrevivência articular os agricultoresfamiliares para agregar valor ao produto,

constituindo uma cadeia produtivacompleta: desde a produção da maté-ria-prima à industrialização, passandopor processamento e venda.

De acordo com a Teoria deDavis e Goldberg, todos participamdo agronegócio. A partir dessa teoriapode-se inferir que aqueles quepossuem pequenas quantidades deterra precisam se organizar em asso-ciações de produtores e em coopera-tivas, visando processar a matéria-primae com isso o retorno financeiro. Nãoserá mais possível, em curto prazo,

a Educação Básica até o Ensino Superior.Capacitações criadas em parceria com oItesp (Instituto de Terras de São Paulo),voltadas para pequenos produtores eassentados, introduzem temas comolegislação, agroecologia e gestão deassociações e cooperativas.

Nos níveis técnico e superior,Etecs e Fatecs formam profissionais aptosa lidar com os desafios de uma agricultu-ra altamente mecanizada e competitiva.Por isso, temas como parcerias e aliançasestratégicas, marketing e industrializaçãointegram os currículos dos diversos

De acordo com as projeções do agronegócio para 2050 (...)o mercado segue aquecido, pois a população mundial cresce

em ritmo muito maior que a capacidade de produzir alimentos

fazer renda no campo vendendomatéria-prima bruta. Por mais quese tenha incorporado tecnologia,o mercado já não sustenta a rendarural para o produtor que não agregarvalor à sua produção.

De acordo com as projeçõesdo agronegócio para 2050, fornecidaspelo Banco Interamericano de Desen-volvimento (BID) e pelo Ministério daAgricultura, o mercado segue aquecido,pois a população mundial cresce emritmo muito maior que a capacidadede produzir alimentos. Nesse contextourge investir em qualificação profis-sional do homem do campo.

O Centro Paula Souza contribui paraa formação de recursos humanos desde

cursos técnicos agropecuários e do cur-so superior de Tecnologia em Agronegó-cio. O Brasil vive um momento repletode oportunidades no agronegócio, commercados altamente promissores. Quemse organizar primeiro levará vantagemnesta corrida. Criamos as condições paraque os profissionais formados peloCentro Paula Souzasaiam na frente.

Anderson Silvaé coordenador

do curso superiorde Tecnologia em

Agronegócio daFatec Presidente

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Um caminho para o desenvolvimento:eis o que aponta o termo agribusiness.

agregar valor a seus produtos e aumentar a produtividade, a formação éfundamental. E o Centro Paula Souza cumpre seu papel nesse cenário

Para que pequenosprodutores rurais possam

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Conectandoinformações

Entrevista – Paulo Henriques Chixaro

Renovação constante dos currículos, sintonia com o mercado de trabalho e parcerias são algunsdos ingredientes do sucesso dos cursos oferecidos pelas Fatecs no setor de Tecnologia da Informação

ormado em Matemática e mestreem Engenharia Naval e Oceânica,o professor da Fatec Ourinhos

Paulo Henriques Chixaro dirigiu essaunidade e também a Fatec Carapicuíba.Lecionou no curso de Análise deSistemas e Tecnologias da Informação.Agraciado com o título de cidadãoourinhense em 2006, Chixaro assumiurecentemente a secretaria deeducação do município.

Nesta entrevista o educadorresume a trajetória dos cursos tecnoló-gicos voltados ao universo dos compu-tadores. Constantemente atualizadoscom as inovações do setor de tecnologiada informação (TI), os currículos abremas portas do emprego para os tecnólo-gos formados pelo Centro Paula Souza.

Quais cursos superiores as Fatecsoferecem, no eixo tecnológicoInformação e Comunicação?

São sete: Análise e Desenvolvimen-to de Sistemas, Análise de Sistemas eTecnologia da Informação, Bancos deDados, Gestão da Tecnologia da Informa-ção, Redes de Computadores, Segurançada Informação e Sistemas de Internet.

Que funções os tecnólogos em Análisee Desenvolvimento de Sistemasdesempenham?

Há várias possibilidades: atuarem equipes de desenvolvimento desistemas (ou mesmo liderá-las), parti-cipar de projetos de integração entrediferentes tecnologias, ser facilitador notreinamento de equipes. Sempre digoque o aluno da Fatec é bastante flexível

e se adapta facilmente às necessidadesdo empregador. E muitas empresaspriorizam a contratação de tecnólogosvindos das Fatecs: frequentementechegam pedidos de divulgação de vagasaté para alunos que não se formaram.

Fale um pouco da evolução dos cursosna área ao longo dos anos.

Nos últimos cinco anos o CentroPaula Souza cresceu muito. A Unidadede Ensino Superior da instituição refor-mulou currículos existentes. É o casode Processamento de Dados – o maisantigo da área de informática, criado em1974 na Fatec São Paulo. Esse currículofoi atualizado, tornando-se Análise eDesenvolvimento de Sistemas. O estudan-te se torna um desenvolvedor, ou, comodizemos no jargão, atua na engenhariade software. Não só melhoramos oscurrículos, mas também criamos cursosnovos. Apenas no primeiro semestre de2010 incluíram-se duas opções inéditasnas Fatecs: Sistemas para Internet, queforma desenvolvedores de aplicativosWeb, e Gestão de TI, voltado para geren-

ciamento de software e infraestruturafísica (redes, computadores). Os currícu-los, constantemente renovados, aten-dem às demandas do mercado.

Qual o maior desafio para que oscursos das Fatecs se mantenham emdia com as inovações tecnológicas?

O desafio sempre será planejar aalocação de recursos, que têm aumenta-do de forma importante. Mesmo assim,o gestor precisa estabelecer prioridadesna compra de equipamentos, softwarese livros, fornecendo as ferramentasadequadas para que os alunos estejamna vanguarda do conhecimento.

Como as Fatecs podem contribuir paraos avanços tecnológicos no setor?

Preparando alunos competentes eaptos a encarar as constantes mudançasdas tecnologias. Além do conhecimentotécnico, o Centro Paula Souza se preocu-pa com o desenvolvimento humano e aformação de jovens éticos e com caráter.

Qual a importância das parceriaspara a atualização dos cursos?

É fundamental, pois o trabalhoconjunto nos alimenta de novosdesafios, ideias e possibilidades paranossos alunos. As empresas investemmaciçamente em nossos cursos e,portanto, em nossos alunos. Um exem-plo é a especialização técnica em com-putadores de grande porte, desenvolvi-da em conjunto com a IBM. Acreditoque essas iniciativas só tendem acrescer, pois a cada dia somos maisconhecidos e respeitados.

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Fatec de Marília cria primeiro curso superiortecnológico de Mecanização em Agriculturade Precisão na cidade de Pompeia

Arranjos Produtivos

Brasil ganhou posto de desta-que no agronegócio mundialgraças a uma série de fatores,

especialmente aos avanços tecnológicosvoltados à área. Essas inovações exigemprofissionais com experiência e capaci-dade de dominar novas ferramentas.Um segmento quase desconhecidodo público, a agricultura de precisãodepende de formação específica.

Para preparar esse profissional,o Centro Paula Souza criou na cidadede Pompeia o primeiro curso tecnoló-gico de Mecanização em Agriculturade Precisão do País. Foi desenvolvidopela Fatec de Marília em parceria coma Fundação Shunji Nishimura, mantidapela fabricante de equipamentos agrí-colas Jacto. O currículo tem paralelocom curso similar oferecido pela Univer-sidade de Oklahoma (Estados Unidos).

A formação em Agricultura dePrecisão aborda desde disciplinas demecanização, elétrica e eletrônica até amanipulação de instrumentos como oGPS – Global Positioning System, disposi-tivo móvel que utiliza dados de satélites

consultorias para agroindústrias.O coordenador relata que diversasempresas da região procuraram alunosna Fatec para seus programas deestágio. “Ainda não formamos nossaprimeira turma, mas a expectativa épositiva. Calculamos que o salário inicialdos formados fique em torno deR$ 2,5 mil”, comenta.

UNIÃO

A partir da parceria selada coma Fundação Shunji Nishimura, comsede em Pompeia, a Fatec de Maríliaestruturou o curso. A Fundação, dosetor agroindustrial, investe na forma-ção de profissionais sintonizados comos avanços tecnológicos do campo eencontrou na Fatec a aliada ideal parao desenvolvimento desse profissional.

Com a disponibilidade de softwarese maquinário de ponta, a produtividadedo campo segue em curva ascenden-te. Para citar apenas um exemplo dosetor da cana-de-açúcar, grandes usinasprocuram por trabalhadores especiali-zados nas técnicas de agricultura deprecisão (que pode reduzir custos em20% e aumentar a produtividade em30%). “Uma de nossas preocupaçõesé levar profissionais com bom conhe-cimento prático para a sala de aula.Por isso, nossos professores atuamno mercado de trabalho. Eles dominamo conteúdo e conhecem as necessida-des do empregador. Esse é o nossodiferencial”, finaliza Otoboni.

para informar coorde-nadas geográficas.

“Valorizamos otreinamento do profis-sional para o manuseio,manutenção e melhoraproveitamento domaquinário. Hoje,os avanços científicospossibilitaram um usoespecífico do GPS no

campo, mas ainda faltam pessoas compleno conhecimento dessas tecnologiasde ponta em produções de larga escala”,afirma o coordenador do curso deAgricultura de Precisão, Carlos Otoboni.

Um dos setores superavitáriosda economia brasileira, o agronegóciomantém uma boa expectativa paraabertura de postos de trabalho (leiamais sobre o assunto no artigo da pág.10).Não à toa, foi grande a procura regis-trada no Vestibular inaugural do curso(primeiro semestre de 2010). A disputachegou a 8 candidatos por vaga. Há duasturmas de 40 alunos: uma de manhãe outra à noite. Jovens saíram de seteEstados diferentes para estudar na uni-dade. Eles têm afinidade com o campoe chegam de outras fronteiras agrícolas,a exemplo de Paraná e Mato Grosso,para aprimorar seus conhecimentos.

Existem múltiplas possibilidadespara o tecnólogo em Mecanizaçãoem Agricultura de Precisão, segundoOtoboni: atuar diretamente no campo,trabalhar com marketing ou logísticavoltada para o setor e ainda oferecer

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Em Pompeia, alunos da Fatec lidam com equipamentos avançados