Revista ekite

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BRUNA KAJIYA REPRESENTANDO O KITESURF FEMININO NA ITÁLIA KITE NA AMAZÔNIA AVAP LEVA PRIMEIRO EVENTO DE KITESURF PARA O MEIO DO MUNDO CUMBUCO O MELHOR PICO PARA A PRÁTICA DO KITE NO BRASIL JUN/2014 R$10,00 ESPORTE & MEIO AMBIENTE

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projeto de diagramação

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BRUNA KAJIYAREPRESENTANDO O KITESURF FEMININO NA ITÁLIA

KITE NA AMAZÔNIAAVAP LEVA PRIMEIRO EVENTO

DE KITESURF PARA O MEIO DO

MUNDO

CUMBUCOO MELHOR PICO PARA A PRÁTICA

DO KITE NO BRASIL

JUN/2014R$10,00

ESPORTE & MEIO AMBIENTE

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ÍNDICE

#01

Send to Blind - Manobra na pressão com o kite parado a 45°. Antes de tentar essa manobra, verifique seu sistema de segurança, leash e esteja pronto para ejetar o kite se necessário.

Foto e montagem Milena Paiva

IMAGEM DA SEMANAPONTO DE VISTAKITE DO LEITORSTAND-UP GUIA DO PRATICANTEPERFILPARAFERNALHASKIDSCONTOS DE VIAGEM

EKITE, JUNHO 2014, EDIÇÃO 01

CAPA: BRUNA KAJIYA, MARSALA, ITÁLIA.

FOTÓGRAFO: THIAGO APOLINÁRIO

MATÉRIAS

ECOLOGIA & ESPORTE

KITE NA AMAZÔNIA

PROFISSIONAL

BRUNA KAJIYA

PÁG.06PÁG.08PÁG.15PÁG.23PÁG.26PÁG.35PÁG.38PÁG.40PÁG.42

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IMAGEM DA SEMANA

foto: Hugo Lima

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Evandro da Silva soube aproveitar as ondas e o vento forte no Rio Grande do Norte

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PONTO DE VISTA

VIAJANDO COM GUILLY BRANDÃO

Guilly Brandão em sua rotina de profissional.Sua visão do futuro dos profissionais do esporte e os melhores santuários para

a prática do Kite.

Texto e fotos Paulo Tracco

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Guilly Brandão e seu esperto back roll para uma ótima foto

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Na aventura radical deste domingo aproveitei a passa-gem do Tricampeão Mundial de Kitesurf Guilly Bran-dão pelas praias do Ceará para entrevistá-lo e entender melhor a importância do nosso estado para o kitesurf

nacional e mundial. Também entrevistei o instrutor da Escola de Kitesurf Guarderia Brasil, Fred Jean, que deu dicas impor-tantes para quem quer aprender a velejar ao sabor dos ventos. Essa aventura rolou em uma típica manhã de quinta-feira, na Praia do Futuro. Logo que fiquei sabendo da chegada ao Ceará de um dos melhores kitesurfistas do Brasil não perdi tempo e fui ao seu encontro para descobrir o que o trazia mais uma vez aqui para o paraíso dos ventos. Acabei des-cobrindo uma história que vai muito mais além de disputas de competições e adentra em um território novo e pouco conhecido: o do futuro dos atletas de alto rendimento em esportes radicais após deixarem de competir.

O vento soprava forte, o céu estava azul e sem nenhuma nuvem e o dia parecia perfeito para um bom velejo. Encon-trei o Guilly no meio da manhã em meio a esse clima. Ele já estava na maior pilha para começar a ação e enquanto nos deslocávamos para a área de kite da Barraca Guarde-ria Brasil, ele ia elencando os motivos de sua vinda. Guilly me explicou que o Ceará é uma das principais rotas para qualquer atleta que esteja envolvido no kitesurf, seja ele atleta profissional, seja apenas um velejador de fim de se-mana e que adora viajar para caçar ventos. Ainda segun-do ele, o Ceará reune condições excelentes para a prática do kitesurf. Além da convidativa temperatura da água, em média 25º e dos visuais exuberantes nos 600km de litoral, os ventos constantes de cerca de 40km/h durante pratica-mente todo o ano, são um convite diário ao velejo.

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Guilly Brandão aproveitando o melhor do vento no Ceará,

mostrando suas habilidades mesmo em passeio de férias.

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“Diferente de outros lugares do mundo, alguns até conside-rados muito bons para o kitesurf, aqui no Ceará venta forte todo dia e durante a alta temporada de ventos é o melhor lu-gar do planeta para quem quer treinar em alta performance ou simplesmente, evoluir no esporte. Já viajei para lugares em que precisei esperar dias até que o vento entrasse. Aqui no Ceará essa possibilidade não existe”, declarou Guilly.

Mal chegamos à praia e Guilly tratou logo de armar seu kite e correr, ou melhor, voar para a água mostrando porque foi três vezes campeão do mundo nesse esporte. A pressa era tamanha que parecia que o vento ia parar a qualquer momen-to. Só após quase duas horas saltando e arrebentando nas ondas é que pude finalizar nossa conversa. Foi aí que conheci o lado empreendedor desse guerreiro dos ventos e pude en-tender melhor o motivo que o trazia até aqui naquela ocasião.

Segundo Guilly, os últimos três anos têm sido de transição para ele que vem conciliando a vida de competidor com o car-go de Diretor de Desenvolvimento de produtos de kitesurf da Mormaii. Segundo ele, a vida de atleta profissional não é para sempre e pensando nisso ele tem se engajado em projetos que o mantenha próximo do esporte e ao mesmo tempo o ofere-çam oportunidades de colocar toda a experiência adquirida em décadas de dedicação ao kitesurf a serviço do esporte.

“O meu grande desafio hoje é equilibrar a pressão das competi-ções com a rotina do escritório, ou seja, desenvolvimento, pro-dução e comercialização de produtos voltados para o kitesurf. Tem sido uma experiência interessante, pois, o objetivo maior dessa empreitada é continuar vivendo diretamente do kitesurf e principalmente, velejar sempre que as condições estiverem ideais”, completou o atleta que agora também é empresário.

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Animado com o que a viagem está lhe proporcionando,

Guilly se prepara para um velejo de diversão na praia.

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E foi justamente para isso que Guilly veio para o Ceará. Como ele mesmo disse, primeiro para aproveitar as condi-ções ideais para a prática do esporte e segundo para testar equipamentos e firmar parcerias em um dos estados mais importantes para o esporte a nível nacional. Para o cam-peão o Ceará é um ponto estratégico não só para atletas, mas também para empresas como a sua.

“Aqui sem sombra de dúvidas é um estado privilegiado quando se trata de vento. Por isso o mercado é muito gran-de e com potencial de crescimento maior ainda. Já vim vá-rias vezes pra cá para competir ou simplesmente treinar. Mas, dessa vez o motivo principal foi apresentar novos equipamentos pra galera e consolidar uma parceria com o superbadalado pico de kite e windsurf Guarderia Brasil, que fica na Praia do Futuro e tem como manager da escola de kite meu amigo e cicerone Fred Jean”, completou Guilly, que se diz muito satisfeito com a nova fase que tem vivido.

“Todo atleta profissional sonha em viver eternamente do es-porte que ama. Eu estou buscando formas alternativas de con-tinuar vivendo intensamente o kitesurf. Algumas vezes ainda estranho a rotina do escritório, mas quando lembro que boa parte do meu trabalho continua sendo na água logo crio ânimo para seguir em frente e continuar a acreditar no sonho”, finalizou.

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Foto acima: Guilly Brandão com amigos do kite curtindo e

brindando em um belo sol de domingo durante a viagem.

Foto abaixo: Guilly arrebentando com o giro kitelooping.

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Durante a passagem de Guilly Brandão por Fortaleza vários atletas aproveitaram para reciclar seus conhecimentos e testar os equipamentos trazidos por ele. O mais entusias-mado de todos era sem dúvida Fred Jean, intrutor de kitesurf e agora, parceiro de Guilly nesse projeto de vida. Ele con-versou comigo sobre o crescimento do esporte nos últimos anos aproveitando para levantar a bandeira da segurança.

Para Fred, a iniciativa da Mormaii em lançar um kitesurf de concepção nacional em parceria com a Best, uma das maio-res frabicantes mundiais de equipamentos de kite, por si só já seria um feito. Contudo, é a presença de um atleta do nível de Guilly Brandão no desenvolvimento de produtos que confere uma grande credibilidade ao equipamento.Segundo ele nos explicou, assim como para Guilly, o kite-surf para ele é mais do que um esporte: é a sua vida.

“É muito bom ver atletas como Guilly colocando toda a sua vasta experiência a serviço do crescimento e desenvolvimento do esporte. Para mim que também vivo diretamente do espor-te é muito importante ter um referencial como ele”, declarou Fred, que também fez questão de enfatizar que atualmente, sua maior preocupação é no tocante à segurança no kitesurf.

Para o instrutor a segurança começa na escolha do equi-pamento que não pode falhar quando mais precisamos e é por isso que ter atletas de alto rendimento diretamente envolvidos no desenvolvimento desses equipamentos é tão importante. Só depois é que se pode partir para as ques-tões de segurança relativas aos procedimentos e normas de utilização e prática esportiva. Segundo Fred, todos os seus alunos são instruídos a zelar pela segurança em pri-meiro lugar. E não é somente a segurança pessoal de quem está aprendendo ou praticando kite, mas sim de todos que estão na praia, incluindo-se aí banhistas e surfistas.

“Todo esporte radical implica em um certo nível de risco. É por isso que bato insistentemente na tecla da segurança, pois, somos responsáveis por todas as pessoas que estão ao nosso redor e não podemos colocar em risco quem vem à praia e nem podemos negligenciar em momento nenhum essa responsabilidade. Como instrutor me sinto na obrigação de deixar isso bem claro para meus alunos”, afirmou Fred.

Para isso, na sua escola de kite existe um local isolado e se-guro destinado a pousos e decolagens onde não há transito de banhistas e os alunos podem treinar sem oferecer risco.Sua maior preocupação é com o crescimento desorde-nado do esporte e com instrutores que negligenciam as regras básicas de segurança e acabam manchando a imagem do esporte por falta de compromisso com ele.

“Todos os dias recebo empresários, advogados, estudantes e muitos outros profissionais que buscam no kitesurf uma válvula de escape para o stress da vida contemporânea. É por isso que levo tão a sério as questões sobre segurança, pois lido com pessoas que estão semeando sonhos em suas vidas e não posso correr o risco de fazer com que esse so-nho se transforme em um pesadelo traumático. O problema é que nem todo mundo pensa assim”, concuiu o instrutor.

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Foto ao fundo: Guilly velejando na Praia Grande.

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KITE DO LEITOR

“Quando realmente começei a navegar pude sen-tir melhor a sensação de deslizar na água, sen-tir o vento e cada vez começar a aproveitar mais esses momentos.. . t irar partido do desporto sem ter de pensar nos pormenores mais técnicos.A sensação é muito boa e é como um vicio aliciante pois quanto mais se faz mais se gosta de fazer!! En-tra-se na agua e esquece-se dos resto do mundo!”

Mariana

“Dominar, (de uma forma muito lata, claro :)), fez-me sentir que tinha feito a aposta certa em finalmente avançar para o curso. A liberdade que se sente quando levantamos a nossa asa e nos lançamos no mar é uma sensação de comunhão com o vento e com o céu e isso só pode fazer-nos felizes.”

Anabela

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ECOLOGIA & ESPORTE

KITE NA AMAZÔNIAAVAP REALIZA O PRIMEIRO EVENTO DE KITESURF

NO MEIO DO MUNDO, TENDO EM VISTA, A PROTEÇÃO DO RIO AMAZONAS

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Rio Amazonas, Macapa, Amapá

Foto João Mauro

Por Edinho Leite

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A Associação de Velejadores do Amapá (AVAP) realizou entre os dias 14 e 17 de novembro o primeiro Kite-surf no meio do mundo. O evento esteve relacionado com diversas ações e discussões a cerca da modali-

dade que vem sendo praticada na orla da cidade.No dia 14 de novembro houve a abertura oficial do evento e seguiu-se pela manhã no auditório da OAB, com a apresentação de palestras cujos temas foram: Kitesurf no Amapá, Política Estadual de Re-cursos Hídricos, Saneamento Básico, Água de lastro no Amapá, Rio Amazonas e suas potencialidades turísticas, Uso sustentá-vel da agua e a apresentação do Programa “Viva Orla”, que visa à retirada de detritos sólidos e preservação do meio ambiente.

Eliton nos contou sobre o surgimento do evento que teria começa-do no ano de 2012 a partir da percepção de que o atleta entra em contato diretamente com a água e por isso, esta deve ser de qualidade para que não acarrete a ele outros problemas. “O kitesurf é uma modalidade esportiva ecologicamente correta, pois se utiliza da energia do vento”, explicou Eliton.Cerca de 30 velejadores participaram do evento, entre atletas amapaenses e alguns do Rio de Janeiro e São Paulo .

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O evento é uma grande oportunidade para alavancar o turismo na Capital Macapá. A SETUR (Secretaria do Turismo) esteve presen-te no evento representado pelo Secretário o Senhor Richard Madureira, onde ressaltou a importância de um evento como esse. “É extremamente importante que a prática esportiva fo-mente um produto que pode trazer importantes dividendos para o nosso Estado do ponto de vista do desenvolvimento econômico e social, e também do ponto de vista promocional do nosso Estado”, disse o Secretário.

O Secretário ainda falou sobre o momento histórico ao que passa o Estado, iniciando um evento desse porte que resgata a autoestima para a valorização do Rio Amazonas e para o estímulo do turismo de aventura.

Ressaltou a preservação de grande parte da área do Estado que ainda é protegida e as belezas naturais como a Fortaleza de São José e a cultura em geral do povo.

No dia 15 de novembro a partir das nove da manha, os atletas e comunidade em geral fizeram uma limpeza em torno da orla de Macapá, com o objetivo de alertar e conscientizar a popula-ção para o perigo que isso trará a população local. Na ocasião, foram retiradas cerca de uma tonelada de detritos sólidos do local. Em conjunto com o Programa “Viva Orla” os componen-tes do Kitesurf aqui no Amapá, ajudaram na iniciativa.

Governo do Amapá, através da Secretaria de Estado do Tu-rismo (Setur), apoia a programação do I Kitesurf no Meio do Mundo em Defesa do Rio Amazonas, que será realizada pela Associação de Velejadores do Amapá (Avap),

O evento ocorrerá no período de 14 a 17 de novembro e será focado no esporte e no meio ambiente com atividades que alertam para a importância da preservação do Rio Amazonas.

O seminário ainda reunirá acadêmicos, pesquisadores, do-centes e técnicos das áreas de esporte, saúde e meio am-biente para discutir o uso sustentável do Rio Amazonas, com a proposta de debater os impactos e medidas de pro-teção das águas do Rio Amazonas, tendo em vista a ligação direta com a modalidade esportiva.

. A programação do I Kitesurf no Meio do Mundo em Defesa do Rio Amazonas continuará no dia 15, às 8h, na Praça Beira-Rio, com ato de retirada de lixo das margens do rio. Às 16h acontece a 1ª etapa das competições de Kitesurf na moda-lidade de Regata Aberta do tipo mista, com um bordo de Upwind e finalizando com Downwind, sendo que o percurso do velejo será sinalizado em três pontos do Rio Amazonas. A competição segue no dia 16, às 16h, na Beira-Rio.

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Acima: Mais de 10 kitesurfistas no Rio Amazonas

Abaixo: Kitesurfistas se preparando para o velejo

Foto Marcelo Donovich

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.

O projeto que está previsto para acontecer no mês de outubro deste ano, será dividido em duas fases, uma acadêmica pedagógica e outra despor-tiva. O evento tem como foco chamar a atenção da sociedade sobre como o rio Amazonas esta sendo afetado negativamente por ações do homem.

A primeira etapa do projeto resultará num produto reivindicatório as autoridades competentes para que as políticas de manutenção da qua-lidade da água do rio sejam mantidas e que as praticas poluidoras ao longo do rio sejam sanadas ou ao menos minimizadas.

Esporte olímpico e típico de praia, o kitesurf chegou ao rio Amazonas e tem conquistado seu espaço em Macapá. Atualmente, já existem 50 atletas praticantes da modalidade, segundo a Associação dos Veleja-dore do Amapá. Nos dias 28 e 29 de julho acontece o 1º Campeonato de Kitesurf. A modalidade é praticada com uma pipa e uma prancha. A pipa é presa à cintura e a prancha serve para as manobras e saltos.De acordo com o presidente da Associação dos Velejadores do Amapá, Jim Davis, há relatos da prática esportiva no Esta-do desde 2004, “mas só há alguns anos que ele vem ganhan-do espaço e mais praticantes”, conta Jim.

.

A expectativa de Jim e atrair mais adeptos ao esporte e varios competi-dores tanto do Amapá quando de outros estados. A competição acon-tecerá na Orla do Aturiá ao Araxá, e será dividia em seis provas. Para a competição foram abertas 25 inscrições, que podem ser feitas por meio do e-mail: [email protected] ou telefone (096) 9117642. A par-tir do dia 15, as inscrições acontecem no Hotel Glória..

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Kitesurfistas velejando ao final de tarde no rio Amazo-

nas. O Vento sempre sora com mais potência nessas

horas, com direito ao por do sol para todos.

Foto Marcelo Donovich

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O projeto que está previsto para acontecer no mês de outubro deste ano, será dividido em duas fases, uma acadêmica pedagógica e outra despor-tiva. O evento tem como foco chamar a atenção da sociedade sobre como o rio Amazonas esta sendo afetado negativamente por ações do homem.

A primeira etapa do projeto resultará num produto reivindicatório as autoridades competentes para que as políticas de manutenção da qua-lidade da água do rio sejam mantidas e que as praticas poluidoras ao longo do rio sejam sanadas ou ao menos minimizadas.

“Considerando a realidade do município de Macapá com relação ao sa-neamento básico e levando em conta que o kitesurf local é praticado no Rio Amazonas, entende-se que a realização deste evento sensibiliza a sociedade e principalmente as autoridades Municipais, Estaduais e Fede-rais responsáveis direta e indiretamente pela manutenção da qualidade da água deste rio”, disse o Presidente Executivo da AVAP.

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Praticante convidado velejando tranquilamente.

Aproveitando a paisagem do local pela manhã.

Diversos kitesurfistas levantando suas pipas numa janela de 15

horas . Vento soprando forte na hora, para o extase da galera..

Foto João Mauro

Foto Marcelo Donovitch

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Foto Marcelo Donovitch

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STAND-UP

LAKEY PETERSON DE STAND-UP EM FIJI

Lakey Peterson sempre fez da água o seu habitat natural. Quando não está praticando esportes no mar, a americana de Santa Barbara, na Califórnia, ajuda nas causas em prol do meio ambiente. Um dos destaques da etapa feminina do WCT em Fiji, a surfista aproveitou o tempo livre entre as baterias com um de seus passatempos prediletos, o stand up paddle. Em belas imagens postadas em um vídeo no site oficial do evento, ela aparece remando com o seu pranchão em praias de água cristalina e corais, passando por algumas das 322 ilhas do país insular da Oceania. A próxima chamada será nesta quinta-feira, às 16h30 (horário de Brasília).

Quinta colocada do ranking mundial, Lakey é porta-voz de uma associação para estudantes que ajuda a limpar praias, parques nacionais e florestas, a Students Conservation As-sociation. A surfista também trabalha com uma organização chamada Hands4Others, que constrói poços e leva água potá-vel para lugares onde falta esse recurso. Outra causa abraçada pela americana é a conscientização sobre o câncer de mama.

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Por Claudio Santos

Foto Diogo Bastos

A bela surfista Lakey Peterson saindo da rotina do

surf radical para aproveitar o mar de maneira mais

relaxante com o remo e a prancha, total zen.

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GUIA DO PRATICANTE

CUMBUCOUm dos destinos que mais cresceu em estrutura e número de visitantes no litoral

cearense nos últimos anos, o Cumbuco conta com grandes atrativos naturais,

bons restaurantes e rede hoteleira completa para diferentes gostos e bolsos.

O local já é conhecido mundialmente pelos amantes do Kitesurf, com ventos

fortes e constantes que atraem profissionais e praticantes do mundo inteiro.

Além da programação esportiva, a praia também é uma ótima opção para quem

procura uma praia de fácil acesso, com belas paisagens e passeios nas dunas.

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Ao fundo, praia de Cumbuco

Texto e foto Olavo Azevedo

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O Cumbuco fica localizado no município de Caucaia, no litoral Oeste do Ceará, distante aproximadamente 30 km Fortaleza. A sua praia é apontada como um dos melhores locais do mundo para a prática do Kitesurf e a partir de agosto, quando começa a chamada “temporada dos ven-tos”, o local recebe turistas do mundo inteiro. Até dezem-bro o Ceará se transforma em uma dos principais desti-nos turísticos dos amantes do esporte. De acordo com a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) nos seis primeiros meses do ano a média de ve-locidade dos ventos chega a no máximo 9,7 km/h, no se-gundo semestre essa média pode chegar a 16,3 km/h.

Para quem ainda não conhece o esporte, o kitesurf, inventa-do em 1984 pelos franceses Bruno e Dominique Legaignoixd, é considerado a evolução do windsurf, wakeboard e surf, e vem sendo cada vez mais praticado ao redor do mundo. O praticante utiliza uma pipa (ou kite em inglês), uma prancha com uma estrutura de suporte para os pés. A pessoa, com a pipa presa à cintura, coloca-se em cima da prancha e, sobre a água, é impulsionada pelo vento que atinge pipa.

Para quem quer aprender a praticar o kitesurf, o Cumbuco conta com muitos hotéis, pousadas e escolas especializadas. O hotel Duro Beach conta com instrutores seis fixos que fa-lam cinco idiomas – português, inglês, espanhol, italiano e francês, para atender a demanda e uma loja exclusiva que vende e aluga equipamentos. Daniel Utrilla, que comanda a escola de kitesurf do hotel, destaca a grande procura pelo esporte e a importância de procurar fazer a aula com instru-tores certificados.“Se quer fazer kitesurf rápido, barato e com segurança tem que vir ao Cumbuco. Aqui é o lugar certo, faz calor, um vento nem fraco e nem muito forte, constante, além do mar, temos lagoas também, um local ideal para aprender e praticar. Sem esquecer de sempre procurar escolas com es-trutura, local fixo e com certificação”, afirma Daniel. No Duro Beach o curso básico de 8h custa em média 800 reais, com o equipamento da escola e instrutores profissionais certifica-dos pela IKO (International Kiteboarding Organization), para se hospedar no local no mês de agosto as reservas precisam ser feitas com até quatro meses de antecedência.

Além dos ótimos ventos, o destino atrai cada vez mais for-talezenses e turistas pelos seus atrativos naturais de dunas, lagoas e praias, além da estrutura de pousadas, hotéis, res-taurantes, barzinhos. Para atrair o público, alguns espaços oferecem música ao vivo e cardápio diferenciado. Felipe Cor-reia, conhecido com DJ Fil, está a frente do projeto Soul Full Sundays, no Hotel Duro Beach, onde toca todo domingo em estrutura montada de frente para o mar. O DJ destaca o po-tencial da região e grande demanda no segundo semestre. “Completei um ano com esse projeto aqui. O primeiro semes-tre não é tão movimentado porque não tem tanto vento, mas quando chega julho, com as férias aqui do Brasil e emenda com agosto a alta estação internacional, fica super movimen-tado. E o perfil do turista aqui é diferente, uma galera que vem para curtir o esporte, pessoas mais jovens e tranquilas, tem muito casal e família. E o cumbuco está evoluindo mui-to, se estruturando e começando a ter qualidade de serviço, o que há três ou quatro anos atrás não tinha. Bons restau-rantes, bom atendimento, pessoas falando vários idiomas e estrangeiros trabalhando aqui e trazendo bom atendimento.

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Através dos anos a praia de Cumbuco tem se adequado às exigências de quem visita, a estrutura turística é uma das mais importantes do estado do Ceará, conta com mais de 40 pousadas e hotéis além de uma gastronomia internacio-nal com mais de 20 restaurantes, de especialidades diversas: italiana, francesa, alemã e regional entre outras. Outro des-taque importante de Cumbuco são as praias paradisíacas e as lagoas. A praia de Icaraí fica a só 10km de Cumbuco e a região é de fácil acesso, existem trasportes alternativos e Ônibus a custo bem económico. Para viajar desde Fortaleza tem ônibus que faz o trajeto Beira Mar - Cumbuco (R$ 5,00 aprox). O lagamar e a Barra de Cauípe “O melhor ponto para prática de Kitesurf do Brasil” se encontra formada pela foz do rio Cauípe que deságua no mar, a bela paisagem conta com dunas, mangue e extensa área de coqueiral. Esta praia tam-bém abriga uma vila de pescadores.

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Visual paradisíaco, a praia conta com um vento constante que faz o sonho de con-sumo de muitos praticantes. Na foto acima, kitesurfista aproveitando seus momentos no mar da praia de cumbuco, com água morna.

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BRUNA KAJIYA -O PÓDIO NA ITÁLIA

A BRASILEIRA FOI A TERCEIRA MELHOR COLOCADA DA ETAPA DO CAMPEONATO MUDIAL NA ITÁLIA

Por Luciano Costa

PROFISSIONAL

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Foto Janaína Figueredo

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A paulista Bruna Kajiya conquistou o melhor resulta-do para o Brasil com a terceira colocação na terceira eta-pa do Mundial de Kitesurf freestyle da PKRA, encerrada no sábado, em Marsala, na Itália. A competição foi marca-da por dois dias de ventos moderados e dois de calma-ria, o que prejudicou o andamento normal da competição.

No feminino, a espanhola Gisela Pulido venceu sua se-gunda etapa consecutiva. Em segundo lugar ficou a po-lonesa Karolina Winkowska. Derrotada por Gisela na se-mifinal, Bruna venceu a decisão pelo terceiro lugar e se mantém na mesma posição no ranking, na categoria freestyle. No masculino, o brasileiro mais bem colocado foi Eu-dazio da Silva, em quinto lugar. O primeiro lugar foi di-vidido entre o espanhol Alex Pastor e o holandês Youri Zoon, que não conseguiram fazer a disputa por final por falta de vento. Pastor lidera o ranking mundial e continua invicto na temporada. A próxima etapa será de 12 a 21 de julho, em St. Peter Ording, na Alemanha.

Bruna Kajiya está em Marsala, na Itália, para disputar a ter-ceira etapa do Mundial de Kitesurfe, que começou nesta quarta-feira. Depois de um período de intensivo treinamen-to físico, a brasileira de 26 anos de idade está buscando sua primeira vitória da temporada na categoria Freestyle.

“Entro na água otimista porque agora me sinto no auge da minha preparação física também”, frisou.

Bruna Kajiya é a única representante do Brasil entre as oito inscritas no torneio. Já entre os homens, dos 47 atletas que vão participar, seis são brasileiros. Reno Romeu, Alexandre Neto, Carlos Madson, Rhamon Sales, Eduardo da Silva e Eudazio da Silva participam desta etapa do Mundial, que termina no próximo domingo.

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Fotos Thiago Cunha

A kitesurfista Bruna Kajiya esta exérimento um

momeno único na carreira. Acima, Bruna saindo

da primeira bateria do campeonato mundial em

Marsala. Abaixo a moça está junto com o instrutor

Pedro Almeida se preparando para o treino.

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Ela começou a competir direto no circuito mundial femi-nino de kitesurf, modalidade freestyle, aos 17 anos de idade. Em seu primeiro ano, 2005, viajava para as etapas seguintes com o dinheiro que ganhava em cada disputa. No final do ano, ela já era a terceira colocada no ranking de sua categoria e começou a crescer gradativamente até chegar a um muito comemorado título mundial no ano de 2009, o primeiro por uma atleta brasileira no kite.

Quem diria que Bruna Kajiya, hoje com 24 anos, che-garia ao topo em um esporte que conheceu ao encan-tar-se com as grandes pipas coloridas que via da jane-la de sua sala de aula em Ilhabela, litoral de São Paulo.

Como boa moradora do litoral, Bruna começou a sur-far cedo. Até que em uma tarde, indo com muita sede ao pote, sofreu um acidente que a afastou do mar por um bom tempo. “Foi em Ilhabela mesmo. Eu que-ria surfar um dia e o mar estava muito grande. Meus amigos ainda falaram várias vezes para eu não ir. Só que eu era meio cabeçuda e ai falei: ‘eu vou sim!’.Fui

Fui escondida”, ela conta. “Uma série muito grande me pegou. Uma hora a prancha subiu e cortou toda a minha boca, da gengiva até a parte de fora, e separou em dois.”

Depois do susto, ela demorou até cair na água nova-mente. Mas não resistiu ao impulso das pipas colori-das do lado de fora da escola e embarcou muito jovem para Maui, onde treinou muito kite ao lado dos amigos windsurfistas e acabou crescendo rapidamente no meio do esporte. Com a ascensão na modalidade, ela voltou para o Brasil e encarou o desafio disputar o circuito mundial. Em seu segundo ano na elite do kite, tornou--se a primeira brasileira a vencer uma etapa do World Tour, terminando em 2ª no ranking. Depois de mais dois vices, finalmente ela levou o caneco em 2009, mas voltou ao segundo lugar no torneio do ano passado.

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“Tem sido cada vez mais gartifi-cante estar aqui na competição representando meu país e meu povo no esporte que domino e mais gosto. Dificuldade é aconte-ce, é normal, mas o importante é ter foco e determinação”

Bruna Kajiya

Foto Janaína Figueredo

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“Agora quero ser a primeira a ganhar dois títulos”, ela sor-ri um riso de campeã. “Quero vencer muitas vezes ainda. Ganhar um mundial foi uma coisa que eu nunca tinha ima-ginado quando eu comecei a velejar. Eu não tinha esse so-nho. Foi uma coisa que foi meio que acontecendo. Eu ba-talhei muito. Ter chegado aqui, para mim, já é muito legal. Mas é claro que eu quero continuar. Quero ganhar mais.”

Foi aprendendo, na escola, que Bruna se apaixonou pelo esporte. E mesmo depois de terminar os estudos, o kite continuou ensinando muito para essa paulista do Litoral Norte. Com os campeonatos, as viagens e a vivência que adquiriu velejando nos lugares mais paradisíacos do pla-neta, a brasileira acumulou muito mais do que troféus, contratos de patrocínio e vitórias esportivas. Ganhando ou perdendo, ela transformou o esporte em seu estilo de vida, treinando pesado e colhendo os frutos de seu trabalho.

“Eu aprendi demais com o kite. Coisa do dia a dia do es-porte que eu aprendi e que servem para qualquer coisa durante a sua vida inteira. Aprendi a ter paciência, uma virtude que eu nunca tive antes. Você tem que ser paciente no mar. E ainda tem as outras coisas. Perder o vôo, lidar com a vontade de querer ir embora e não poder, esperar equipamento chegar... São coisas com as quais você vai lidando e aprendendo”, explica a campeã mundial.

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Fotos e montagem Pedro Álcantra

Bruna Kajyia mostrando seus dons no Kite ao excutar a manobra Heart Attack, cain-do de base invertida. Imagem e movimento causam emoção em quem vê. Com tamanha habilidade, Bruna chegou ao pódio fácil. Na foto de baixo, Bruna vai com salto mortal.

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PERFIL

ENTREVISTA - PIMPOLHOA TEMPORADA DE BONS VENTOS E MUITOS CAM-PEONATOS, ESTÁ CHEGANDO E O ATLETA BAD BOY PIMPOLHO RESPONDEU ALGUMAS PERGUN-TAS SOBRE ESSE ANO QUE PROMETE MUITO.

1 - Pimpolho esse ano é um ano que promete muitas emoções em relação ao circuito brasileiro e a tão discutida volta da categoria overall, você pretende disputar essa categoria esse ano?

Sim ao que tudo indica esse ano teremos um circuito nacional muito competitivo e com numero de etapas Recorde na história do kitesurf nacional. A respeito da volta da categoria overall, eu acredito que vai ser super importante para fomentar o esporte e o campeonato incentivando a termos mais participantes em cada modalidade… Também acredito que é importante e nada mais justo existir um titulo para o atleta mais completo ainda mais hoje em dia que é tão difícil de conseguir manter um nível satis-fatório e regular em abas as modalidades. Agora em 2011estou dando prioridade para o Race e em segundo plano estou treinan-do Freestyle e wave para também estar preparado para competir no overall.

2 - Quais são suas expectativas para o circuito brasileiro de 2011?

Minha expectativa é poder dar o meu melhor e transparecer em resultados todo o trabalho de preparo e treinamento que estou fazendo ao longo do ano. Temos muitos atletas talentosos, se forem citar nomes a resposta ia ficar gigante. rsrsrs e cada ano o nível sobe mais. Por isso estou treinando bastante na água e físico. Procurando participar o Maximo possível de eventos in-ternacionais, e estar atualizado. Visando estar preparado para buscar minhas metas do circuito Brasileiro 2011 que são buscar o melhor resultado possível no race e no overall.

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Por Luiz Carlos

O bad boy fazendo sua derradeira na água com muita habilidade. Back -And voltado para a água, com a janela do vento para 12h.Foto Juarez de Melo

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3 - Você começou o ano muito focado no kiterace, e esta é a categoria mais rápida e a que mais esta evo-luindo, o que você esta achando dessa evolução?

A evolução é natural de todo o esporte que esta no inicio, acredito que daqui algum tempo a categoria vai começar a pa-dronizar e tudo esta caminhando para isso que na minha opi-nião é a forma mais justa de avaliar o desempenho do atleta. Mas se não se tornar um equipamento One Designe, sempre os pequenos detalhes no material farão a diferença, por ser uma classe de alta performance onde o material conta muito.Mas ainda tem muita coisa para evoluir, eu acredito que no futu-ro os kites para race ainda podem evoluir muito, terem menos arrasto mais penetração na janela. Eu acho que se abalizarmos a física de como funciona um equipamento de kiterace, dá para se concluir que é a classe de vela mais promissora para alcançar o Maximo de performance em contra vento, popa e velocidade.

4 - O ano de 2010 foi um ano muito competitivo no kite race, com varias discussões e regatas muito disputadas, quem são os seus principais adversários para 2011?

O Wilson bodete e o Pedro Carvalho são os principais e tam-bém foram os principais ano passado. Mais é difícil dizer para 2011, tem muita gente nova chegando, o e os outros atletas podem evoluir, a cada ano é sempre uma caixinha de surpre-sa. Mas do ano passado eu posso falar que as largadas do Bo-dete e a velocidade final no través e no través arribado sempre me chamaram muito a atenção. Ele é um atleta muito veloz nessas situações e um possui uma largada de dar inveja para muito gringo. O Pedro ano passado fez regatas sempre com o layline impecável, e raramente caia em transições. E o Geor-ge Feitosa andou muito bem em ventos foram essas coisas o que realmente me chamaram muito a atenção ano passado. 5 - deixe uma mensagem sua para os velejadores de todo o Brasil e para aqueles que pretendem ingressar no kite race.

A modalidade acabou de sair do berço, e ainda vai cres-cer muito. Velejar de race é muito divertido e fácil. Existem muitas possibilidades, você pode velejar com uma prancha de race para fazer regatas com seus amigos. Ou também para estar na água velejando muito mais que qualquer ou-tro. Ir de uma praia para a outra e experimentar velocidades altas com controle. O velejo em uma prancha de race é to-

talmente diferente das pranchas convencionais, a prancha anda reta na água muito similar as pranchas de Wind surf.

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Depois de uma boa entrevista, nada como uma ve-

lejada com um dos mais brilhantes kitesurfista do

país. A sorte bateu a nossa porta, com o dia pro-

pício para o esporte, com muita curtição e humor.

Fotos Luiza Muniz

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PARAFERNÁLHAS

escolhendo e cuidando do seu equipamento

Todos nós sabemos o quanto é caro um equipamento de kite, seja o que for, ou a pipa, prancha, trapézio, linhas, barra etc. Por isso resolvi fazer uma matéria com dicas para escolher seu equipamento e fazê-lo durar mais.A primeira dica é a escolha do material: não compre aquele kite só porque todo mundo tem, ou porque te dizem que é o me-lhor. Escolha aquele que te agrade e que tenha um preço acessí-vel a você. Lembrando que kite caro não significa que ele é bom.Dizer qual o melhor equipamento é muito relativo, pois kites são feitos para diferentes tipos de velejos, e alguns são bons em alguns aspectos, e ruins em outros. Há kites para Freestyle, Racing, Wave-riding e Freeriding, e cada um tem suas características, até mesmo o que dizem ser o ‘melhor’, não será tão bom em todos os apectos.

Não se prenda somente a uma marca, existem dezenas de-las com centenas de opções ao todo, procure um represen-tante do seu estado, ou estado vizinho, que provavelmente o preço sairá melhor do que pedir de fora. Aproveite viagens para outros países, principalmente os EUA, onde os preços são baixos, e existem centenas de lojas, mas cuidado para não comprar demais e ser barrado no embarque de volta!Se você é um iniciante no esporte, aconselho comprar ki-tes estilo ‘Bow’, pois a maioria contem um grande depower, permitindo que você ande em diversas condições de vento, com uma boa janela de vento, permitindo uma melhor orça, e com isso você só precisará comprar um kite para começar.

Mas não se foque somente nisso, veja se tem uma re-decolagem fácil, se o kite é rápido, se puxa bem etc.Mais tarde, quando já dominar melhor o controle da pipa, veja qual tipo de velejo você gosta mais, e passe a com-prar kites de acordo com a categoria, como por exemplo, um kite estilo ‘C’ para Freestyle, por possuírem um bom hangtime e são melhores para manobras desengatadas.

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Por Rodrigo Frajola

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O Torch é um kite estilo C-Shape, aconselhável para Freestyle. Assim como os outros do estilo, são bons para saltar e andar desengatado. Se testou um C-Shape, gostou, e irá usar estilos como este, esteja consciente que é bom ter diversos tamanhos do mesmo kite, pois ele só funciona bem, para determinado peso, com o seu vento ideal.O Rebel, da North, é um kite híbrido, pois é meio ‘Bow’ e meio ‘C-Shape’, digamos assim. É um kite bom para Freeride, pois per-mite que você faça racing nele, salte, e ande um pouco de wave, como vocês podem acompanhar no compasso na imagem ao lado. Não é tão bom para andar desengatado pelo fato de tam-bém ser um ‘Bow’, apesar de que é muito bom para saltos.

Existem diversos representantes de vendas de equipa-mentos para kitesurf aqui no nosso estado, como as marcas F-One, Zeeko e Naish em Natal, RRD em São Mi-guel do Gostoso, e outras que não me recordo agora.

Muitos reclamam que as bombas não duram muito tempo pois logo quebram, mas muitas vezes isso só acontece pois a utilizam de maneira incorreta:

1. Use sempre as duas mãos para bombear, caso contrário o tubo plástico se dobra e acaba quebran-do na junção. Parece óbvio e vem até indicado nas bombas, mas ninguém liga para essa recomendação.

2. Se tiver que usar apenas uma mão, segure bem no meio da manopla e tenha cuidado para não forçar um dos lados.

3. Preste atenção para não bater o pistão em cima e em baixo, isso não faz com que o kite encha mais rápido, e além mais, as pancadas danificam os encaixes do pistão.

4. Faça uma manutenção interna periódica, tirando grãos de areia e lubrificando com vaselina o cilindro interno e o tubo do êmbolo. O atrito interno da bom-ba ressecada ou suja provoca um desgaste nas borra-chas, que vedam o escape do ar, fazendo com que a bomba fique ineficiente. Evite grudar areia nas partes móveis. Lembre-se que as lixas são feitas de areia.

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Kite Torch, a marca mais indicada para voôsrápidos e grandes saltos de pura adrenalina

Diversos kites da marca Rebel, ótimos para velejadas rápidas e com tempo prolongado

Foto Nilo Cunha

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KIDS

II CAMPEONATO JUVENIL DE CUMBUCO

Toda a comunidade do Cumbuco prestigiou o even-to que tem como objetivo incentivar e divulgar os novos talentos do kitesurf brasileiro ao mes-mo tempo desenvolver o comércio e o turismo local!Segundo Alexandre Neto, “Uma competição como essa faz com que qualquer criança fique feliz, qual-quer se seja o resultado. Era nítido isso nos olhos de todos aqueles pequenos talentos. Para vários atletas foi a primeira experiência em um evento de kitesurf.

O campeonato Juvenil foi realizado na raça por pessoas que amam o esporte. Os apoiadores do evento foram mui-to importantes para realizar o sonho desses moleques”.O campeonato contou com a presença do top riders Alex Pastor e Bas Koole que julgaram todas as bate-rias e deram um incentivo a mais para a molecada a se puxar nas manobras. Alex Pastor é o atual líder do ranking mundial e Bas Koole o campeão holandês 2012.

Segundo Alex Pastor, “Eu fiquei impressionado com o alto nível dos jovens do Cumbuco, especialmente com o rider de 10 anos Luan Lucas e com os atletas Gabriel Morais e Set Teixeira. Eu velejo muto com eles no Cauí-pe, mas nesse campeonato pude ver que eles tam-bém competem muito bem fora da lagoa. Se continua-rem assim, esses atletas tem muitas possibilidades de chegar ao topo do kitesurf mundial em poucos anos”.Parabéns a todos os atletas por fazerem um grande show de manobras deixando o evento ainda mais irado !

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Texto e fotos Marcos Ribeiro

Foto logo abaixo , Luan Lucas colocando o Kite para voar e começar a competição na hora.Na foto no meio inferior, vemos Ga-briel morais na disposição no mar de cumbuco, impressionando os velhos. Na do canto inferior esquerdo, Alexan-dre neto vendo o vento com os pirralhos.

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CONTOS DE VIAGEM

MUI Ne – o paraíso do kitesurf

tomamos nosso open Bus em HCmC e fizemos uma viagem tranquila até mui ne. foi o primeiro dia Com CHuva na Ásia e pegamos na estra-da. no CaminHo fui fiCando intrigada Com tantas igrejas CatóliCas num país Budista. igrejas grandes e Bonitas e uma em Cada Cidade. influênCia franCesa. Com o tempo aprendemos que ao longo da es-trada se aglomeram um monte de Cidades. no vietnã é sempre assim. é difíCil ver onde termina uma e Começa a outra. Como as estradas tem pouCas plaCas e Com nomes estranHos não saBemos. CHegamos Com atraso, mas o esCritório do ôniBus (parada) era Bem ao lado do Hotel que esColHemos. saímos às 13:00 e CHegamos às 20:00. foi CHegar se instalar e sair para ConHeCer um pouCo da pequena Cidade.

mui ne, na verdade, é um pequena vila de pesCadores ao final da roto 706 onde fiCamos. eles CHamam tudo pelo mesmo nome. a rodovia Costeia o mar e tem Hotéis e restaurantes dos dois lados. do lado do mar são os resorts lindos e Caros. do lado que fiCamos são Hotéis mais simples e mais Baratos. infelizmente os resorts feCHam as praias então é difíCil aCHar uma BreCHinHa para entrar na praia. o que fizemos sempre foi dar o golpe todo dia. aqui somos turistas porque não somos asiÁtiCos então a gente Cruzava o Hotel Com Cara de paisagem e ia para a praia de Boa.o número 0 e 100 da rodovia. estÁvamos no número 240 então

aCordamos, tomamos Conta do nosso Café da manHã e jÁ fomos andar na praia. a praia larga, Bonita e que dÁ para apreCiar fiCa entre o nú-mero 0 e 100 da rodovia. estÁvamos no número 240 então andamos muito. mas valeu. no CaminHo desCoBrimos que os russos dominam o lugar. as agênCias de turismo, os restaurantes, os menus, tudo estÁ esCrito em russo ou vietnamita. inglês pouCo. alguns loCais até arrisCam falar russo. e Carlos Com essa Cara BranCona sempre engana o povo. tamBém vimos uma Coisa muito típiCa daqui: em frente aos restaurantes de praia, fiCam os tanques Com os peixes e CrustÁCeos que voCê vai Comer. é esColHer e esperar a preparação. tamBém vimos uns BarCos redon-dos, feitos de plÁstiCo ou BamBu, que eles usam para pesCar.

e no segundo dia Compramos um passeio para fazer em um jipe que eles dizem foi da guerra do vietnã. saímos CinCo Horas da manHã porque o legal é ver o nasCer do sol nas dunas BranCas. depois fomos até as dunas amare-las, a pequena vila dos pesCadores e a fairy stream (riBeirão enCantado). é tudo lindo, inesperado e toma meio dia. adoramos. voltamos felizes.

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Por Flávio Heiros

Foto Roberta Medeiros

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