Revista Eletrônica Gol De Placa - Março/2012

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MARÇO 2012 EDIÇÃO 1 Revista Eletrônica Análise Tática: NESTA EDIÇÃO: Entrevista - Alex Baumjohann Tottenham 2012 Javier Pastore é realmente um craque? A volta por cima do Athletic Bilbao Gol de Placa Il ritorno della Vecchia Signora Juventus

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Edição de estreia da Revista Gol de Placa. Março de 2012

Transcript of Revista Eletrônica Gol De Placa - Março/2012

Page 1: Revista Eletrônica Gol De Placa - Março/2012

MARÇO 2012EDIÇÃO 1

Revista Eletrônica

Análise Tática:

NESTA EDIÇÃO:Entrevista - Alex BaumjohannTottenham 2012Javier Pastore é realmente um craque?A volta por cima do Athletic Bilbao

GoldePlaca

Il ritorno della Vecchia SignoraJuventus

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ÍNDICE

Futebol Alemão

4 Barrando a insegurança e agarrando as oportunidades: Um pouco mais sobre os jovens goleiros alemães

6 Será que a Bundesliga vai amarelar de novo?

6 Magistral

Futebol Francês

7 Javier Pastore (foto) é realmente um craque?

Futebol Inglês

8 Tottenham 2012: Uma nova perspectiva aos Spurs

9 Os novos craques da rainha

10 Orgulho do Sheik

12 De coadjuvante a protagonista: Alex Oxlade-Chamberlain

Futebol Espanhol

13 Planificando-se cedo

14 Volta por cima

Futebol Italiano

16 Análise Tática: Il ritorno della Vecchia Signora

17 Cadê o craque?

18 Napoli de Mazzari a Maradona

19 Del Piero (foto), Totti, e outras lendas do Calcio.

20 Diferente

Entrevista

21 Alex Baumjohann - Um alemão que leva o Brasil no peito

Futebol Brasileiro

23 Até quando?!

24 Para se manter no topo! - Brasileiros na Copa

Santander Libertadores 2012

26 Em busca de uma nova vida, Palmeiras vem mais forte para essa temporada.

28 O Gre-Nal e suas aspas

Futebol Ucraniano

29 E aí Dnipro?!

Futebol Japonês

31 A história de Kazu, o japônes que veio tentar a vida em solo brasileiro.

Humor

33 Abram aspas para algumas pérolas do futebol.

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EDITORIALWalter Paneque | @wpanequeCoordenador e Editor-Chefe

Lucas Mergel | @LucasmergelRedator e Revisor

Colaboração:Rainer Pompermayer | @sombrahades

Letícia Wincler | @LetWincler

Luan Cláudio | @Luancn10

Pedro Lampert | @PedroLampert

Victor Mendes | @victormendes8

Arthur Barcelos | @arthurbarcelos_

Lucas Menezes | @LucasCloock

Gabriel Avellar | @GabrielBigode

Eduardo Papke | @rochaedu

Gilmar Siqueira | @GilmarSiqueira

Elias Falarz

Agradecimentos:“Alemão” Mario André Monteiro, colunista de

futebol alemão no Ig (www.colunistas.ig.com.

br/futebolalemao/), autor do texto ‘Será que a

Bundesliga vai amarelar de novo?”.

Rica Perrone, escreve para seu próprio blog (www.

ricaperrone.com.br), autor do texto “Até quando?!”.

SEJA UM PARCEIRO

A temporada está prestes a começar e nossos jogadores já estão preparados; Após fortes treinos sob o comando de nosso treinador, sofremos nas mãos do preparador físico e agora vamos entrar em campo, prontos para fazer gols, muitos gols.

Brincadeiras à parte aqui estou em nome da equipe Gol de Placa, para lhes apresentar a revista. Sem coletiva de imprensa, sem sessão de fotos, muito menos beijo do distintivo.

O intuito desta nova revista é levar até vocês leitores o melhor do futebol nacional e internacional de forma informativa e inteligente, com conteúdo elaborado especialmente para os fanáticos por futebol.

Contamos com apoio de vocês leitores para fazer desta revista um sucesso de audiência, sempre torcendo pra que este time conquiste títulos, caso contrário, a torcida irá protestar.

Se você quer anunciar na nossa revista, deseja ter algum texto seu publicado na próxima edição, ou qualquer outra forma de parceria envie um e-mail para:

[email protected]

EQUIPE

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A escola alemã de goleiros já revelou grandes nomes como Kahn e Lehmann, porém ambos já penduraram as luvas e você sabe quem está por aí brilhando nos gramados alemães? Vamos começar alguns anos atrás, quando alguns jovens goleiros (na época) surgiram em times da Bundesliga. Os dois principais deles eram: René Adler e Manuel Neuer.

Adler com 27 anos hoje, talvez não possa mais ser considerado jovem

para o padrão de goleiros. Seu primeiro jogo pelo time principal do Leverkusen foi em 2007 então com 22 anos. Já Neuer hoje com 25, pode ser considerado jovem pelo tanto que conquistou e o nível que chegou. Seu primeiro jogo foi em 2006 então com 20 anos. Depois das estreias os dois goleiros foram ganhando reputação e terreno, assim mostrando que os jovens goleiros podiam sim merecer confiança.Agora vamos falar dos goleiros que são considerados os principais goleiros do futuro

alemão, porém que já tem um forte reconhecimento. Importante avisar que considero como “jovens” pelo padrão da vida profissional de um goleiro.

ter Stegen - Borussia M’gladbach:

O principal nome nessa atual temporada começou a brilhar logo na estreia do seu time contra o Bayern de Munique na Allianz Arena. Começou sua carreira de goleiro no próprio Gladbach e desde 2010 vem jogando pela equipe principal. Já jogou pelos

Barrando a insegurança e agarrando as oportunidades: um pouco mais sobre os jovens goleiros alemães.por Rainer Pompermayer

FUTEBOL ALEMÃO

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times Sub: 17,18 e 19 da seleção e tem tudo para ser um dos principais goleiros da seleção principal no futuro. Agora uma curiosidade se forem analisar o estilo de ter Stegen vão perceber que se parece muito com de seu herói de infância Oliver Kahn.

Leno - Bayer Leverkusen

Outro grande nome dessa temporada, foi emprestado do Stuttgart para o Leverkusen, então para substituir Rene Adler que ficaria de fora por meses. Após algumas partidas foi a surpresa de muitos quando se mostrou seguro e capaz de ser titular de um grande clube tão novo. Depois de algum tempo o Leverkusen não poupou esforços para contrata-lo em definitivo. Também é o mais novo goleiro alemão a jogar pela fase de grupos da Champions League.

Zieler - Hannover 96

Jogador da base do Colônia desde 2001 até 2005 quando foi para o Manchester United como trainee pelas divisões de base por três anos. Após várias ótimas performances pela base foi incorporado as equipes profissionais do time inglês. Depois disso foi emprestado ao Northhampton aonde foi goleiro reserva e atual em algumas partidas na equipe. Quando voltou ao United foi o goleiro titular da equipe B. Mas depois de uma lesão séria e longa perdeu espaço no time inglês. A partir da temporada 2010/2011 voltou a Alemanha para jogar pelo

Hannover depois de suas ótimas atuações pelo time B do Hannover teve sua estreia na Bundesliga e não tomou gols na partida. Se tornou o goleiro titular e agora é tido como um dos melhores goleiros alemães e já foi chamado depois de passar por todas as seleções de base a integrar a seleção principal da Alemanha. Para mim será o goleiro reserva na Euro 2012.

Kraft - Hertha Berlin

Thomas Kraft atuou na base do Bayern de Munique desde 2006, foi o goleiro titular da equipe B do Bayern. E a partir da temporada 2008 foi o terceiro goleiro da equipe principal. Após a partida de Rensing em 2010 se tornou o goleiro reserva de Hans-Jörg Butt e na primeira metade da temporada jogou algumas partidas com boas atuações. Na segunda metade da temporada foi declarado titular do Bayern pelo então técnico Van Gaal, fez ótimas atuações, mas também cometeu erros que deixaram cada vez

mais irritados a diretoria bávara. Com a iminente contratação de Neuer e querendo atuar como titular assinou contrato com o Hertha Berlin, clube que havia acabado de ganhar a segunda divisão da Bundesliga, aonde atua mantendo um bom nível.

Além destes nomes acima descritos podem ser também observados Kevin Trapp (Kaiserslautern) e Oliver Baumann (Freiburg), ambos com 21 anos e um futuro muito promissor.

E daqui pra frente? Quem mais pode pintar na meta alemã? Ainda é cedo para afirmar, porém Timo Horn, goleiro de 18 anos recém-promovido aos profissionais do Colônia e Marvin Schwäbe, de 16 anos, das categorias de base do Eintracht Frankfurt são a bola da vez se tratando de promessas para o futuro. Futuro esse que por mais incerto que seja, está logo ali e que a base alemã permaneça como exemplo para muito outros países, pois com isso a nação alemã só tem a ganhar.

FUTEBOL ALEMÃO

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Já passamos da metade da Bundeesliga e nada ainda está definido. Aliás, longe disso. Principalmente na parte de cima da tabela, onde quatro times ainda brigam ponto a ponto pelo título da Bundesliga.

O Borussia Dortmund, porém, líder e atual campeão, sai na frente nessa disputa. Os Amarelos não precisam se preocupar com as competições europeias – o que não é o ideal, até porque foi eliminado precocemente da Champions -, enquanto Bayern de Munique e Schalke terão que dividir suas atenções com Liga dos Campeões e Liga Europa, respectivamente. O cansaço pode pesar.

Já o Borussia M’gladbach, assim como o xará de Dortmund, também não vai se desgastar com viagens pelo continente, mas seu elenco é bem mais limitado e a estrela do time, o jovem meia-atacante Marco Reus, vem sofrendo com seguidas lesões, o que pode ser crucial para equipe do noroeste alemão.

O jogo que pode definir o torneio acontece na 30ª rodada, na primeira quinzena de abril. Borussia Dortmund e Bayern de Munique medem forças no Westfalenstadion, que deverá ter mais de 80 mil pessoas. Quem tiver mais fôlego, leva a salva de prata.

Façam suas apostas!

FUTEBOL ALEMÃO

Será que a Bundesliga vai amarelar de novo?por Mário André Monteiro

Magistralpor Lucas Mergel

Lothar Matthaus é o jogador que mais vezes vestiu a camisa da seleção alemã. Ele participou de cinco Copas do Mundo – 1982, 1986, 1990, 1994 e 1998 – um recorde para um jogador de linha. Jogador versátil, Matthaus podia atuar tanto como volante, meia-atacante ou líbero. Em 1990, sagrou-se campeão da Copa do Mundo, mas em 1982 e 1986 ficou com o vice-campeonato.

Disputando a Eurocopa, fez parte da equipe vencedora de 1980. Sua expressiva marca de 150 jogos pela seleção alemã – ao longo de uma carreira com mais de 20 anos de serviços prestados ao seu país – é dividida entre Alemanha Ocidental (87 partidas) e Alemanha Unificada (63 partidas). Ele também marcou 23 gols e foi escolhido como melhor jogador da Copa do Mundo de 1990.

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Javier Pastore, também conhecido como “El Flaco”, nasceu no dia 20 de junho de 1989, em Córdoba, na Argentina. Iniciou sua carreira no futebol jogando no time local da cidade, o Club Atlético Talleres, durante os anos de 2007 e 2008, que logo depois acertaria sua transferência para o Huracán.

No próprio Huracán, Pastore começou a chamar atenção dos torcedores do time, por causa de suas boas atuações. Em 2009, foi vice-campeão do Clausura com o clube, terminando o campeonato com 38 pontos, atrás do tradicional Vélez Sarsfield. Com a ótima campanha da equipe, o jogador de 22 anos ficou extremamente conhecido no país e ganhou muitos elogios da imprensa argentina.

Na metade de 2009, o meio-campista foi contratado pelo Palermo, da Itália. E como esperado, o argentino correspondeu às expectativas, fazendo boas partidas e tornando-se em um dos grandes destaques. Com isso, surgiram interesses de times europeus querendo contratá-lo. Dentre os interessados, estavam Chelsea, Barcelona, Real Madrid, Manchester City e Paris Saint-Germain, citando alguns exemplos.

No dia 6 de agosto de 2011, o Paris Saint-Germain anunciou a contratação de Pastore, vencendo a forte concorrência de outros times. Na atual temporada, foram

28 jogos e 10 gols até o momento do jogador na equipe francesa.

Na Argentina ainda não teve muitas chances na base titular. Foi reserva na Copa de 2010, realizada na África do Sul, e na Copa América praticamente não se destacou muito, por conta do fracasso de sua seleção, que foi precocemente eliminada. Mas com certeza tem muito tempo e provavelmente estará entre os titulares em 2014, para a Copa do Mundo.

Javier Pastore é um jogador de que impressiona, e com méritos, pois tem muita qualidade, é habilidoso e eficiente. Tem um grande futuro pela frente e nos próximos anos estará brilhando nos principais clubes da Europa, com todos os méritos.

FUTEBOL FRANCÊS

Javier Pastore é realmente um craque?por Letícia Wincler

Você Sabia?A primeira partida internacional completa da França terminou num empate de 3 a 3 contra a Bélgica, em Bruxelas, no dia 1° de maio de 1904.

A vitória dos Les Bleus com mais gols numa partida internacional ocorreu dia 6 de setembro de 1995, em Auxerre, durante as eliminatórias da Euro 1996, quando a seleção francesa goleou por 10 a 0 a do Azerbaijão.

A derrota por maior diferença de gols foi para a Dinamarca, que goleou a França por 17 a 1 nos Jogos Olímpicos de Londres, em 22 de outubro de 1908.

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Um novo ano chegou e trouxe com ele mudanças na maneira do Tottenham jogar. Harry Redknapp, que já dominava completamente o que a equipe fazia em campo, decidiu inovar, transformar um time tipicamente britânico em uma equipe mais moderna, com um plano de jogo mais fluído, algo próximo do que o Barcelona vem realizando nos últimos anos.

Claro que é impossível comparar o Tottenham com o Barcelona, em todos os aspectos do jogo, mas Redknapp tem transformado o então tradicional Tottenham em uma equipe na qual nenhum

jogador guarda posição.

Atualmente, os laterais Kyle Walker e Benoit Assou-Ekotto estão tendo liberdade para atacar muito, tanto que Assou-Ekotto, até então considerado um lateral defensivo, já soma dois gols e algumas assistências desde a mudança do estilo da equipe.

Os meio-campistas centrais - preferencialmente Scott Parker e Luka Modric -, são quem menos alteraram seu estilo. Modric, o “box-to-box”, segue com a sua liberdade tradicional para chegar a área adversária, mas

não deixando de participar da saída de bola. Porém, Parker, o meio-campista mais defensivo, está tendo mais liberdade para se juntar ao ataque.

Talvez a maior mudança tenha acontecido com os extremos, conhecidos como wingers nos países de língua inglesa. Aaron Lennon, quando joga, tem saído mais do lado direito do meio-campo do que em qualquer outro momento da carreira. Já Gareth Bale deixou de ser winger, o que tem dado resultado, já que o galês vem marcando muitos gols pelo centro, porém o erro está em Bale

Tottenham 2012: Uma nova perspectiva aos Spurs.por Pedro Lampert

FUTEBOL INGLÊS

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- ou Redknapp - esquecerem que Gareth é o extremo mais temido do futebol inglês e que pelo lado esquerdo ele pode causar problemas gigantescos para os adversários. Com esse estilo de jogo mais fluido por parte dos wingers, quem pode e vem ganhando espaço novamente é Niko Kranjcar, que sempre atuou por um dos lados do meio-campo, mas que nunca mantinha a posição. Agora Kranjcar pode abandonar a faixa lateral e ir participar do jogo pelo centro sem grandes preocupações.

Essas mudanças têm ocorrido também graças a um fator importante: Emmanuel Adebayor. Apesar de alto, o atacante togolês gosta e sabe participar do jogo fora da área. Com isso, Adebayor normalmente vai jogar em um dos lados do meio-campo e proporciona assim a oportunidade de Gareth Bale ir jogar até como atacante.

Esse estilo de jogo mais fluído do Tottenham tem aumentado o domínio do Spurs em termos de posse de bola, algo interessante se pensarmos que o Tottenham terá que atacar a maioria das equipes do campeonato agora que é o terceiro melhor time do futebol inglês. O único porém fica mesmo na parte de Gareth Bale “esquecer” que é winger, e o melhor winger da Inglaterra. O galês pode sim ter liberdade para ir jogar pelo centro, mas não pode se esquecer de que os laterais do Tottenham são fracos tecnicamente e que ele precisa ajudar na criação de jogadas pelas faixas laterais.

FUTEBOL INGLÊSOs novos craques da rainha.por Luan Cláudio

Após quinze anos longe da Premier League, o Queens Park Rangers voltou à principal divisão do futebol inglês na atual temporada, após ser campeão da Championship em 2010/2011, sob o comando do treinador Neil Warnock.

Como o time não vinha bem na temporada, talvez sentindo o “peso” de uma Premier League, em janeiro foram feitas muitas mudanças no elenco. O técnico Warnock foi demitido e deixou o time na 17ª posição na tabela, com apenas 4 vitórias. Mark Hughes, com passagens por Manchester City e Fulham, assumiu a equipe, mas pouca coisa mudou em relação aos resultados, o time só venceu mais uma vez e hoje é o 16º colocado.

Em janeiro, bons reforços chegaram ao clube, e é neles que a torcida confia. O lateral Taiwo, veio para ser titular. Além dele chegou a nova

dupla de ataque, Bob Zamora e Djibril Cissé, que estrearam marcando gol e mostraram que podem sim ser úteis ao time. Com esses jogadores, o elenco que já contava com nomes experientes no futebol inglês, como os meias Wright-Phillips, Tommy Smith e o “encrenqueiro” Joey Barton, além do lateral Luke Young e do zagueiro Anton Ferdinand, melhorou e parece capaz de conseguir manter o time na primeira divisão.

Os reforços deram uma esperança ainda maior aos torcedores que sempre lotam o estádio Loftus Road e apoiam a equipe. A torcida dos Hoops segue confiante que o time consiga permanecer na Premier League. A missão cabe principalmente a Hughes, um treinador sem grandes feitos na carreira, mas que tem em suas mãos um time razoável e que é capaz de conseguir continuar na elite da Inglaterra.

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FUTEBOL INGLÊS

Há exatos 43 meses o lado azul de Manchester iniciava sua empreitada rumo ao topo: Em agosto de 2008 o Manchester City era comprado pelo Sheik Mansour Bin Zayed e sócios. Àquela ocasião o clube mudava de ares, e começava sua empreitada rumo ao topo da Europa, almejando deixar de lado a sina de ser o pequeno de Manchester, sempre encoberto pelos feitos do rival Manchester United.

Logo em sua primeira oportunidade no mercado de transferências o clube arrematou o brasileiro Robinho, pagando exorbitantes 32,5 milhões de libras, investimento esse que não

se fez valer, sendo que o brasileiro pouco efetivo, quase bizarro, em sua passagens pelos gramados ingleses.

No verão seguinte o novo rico da Europa voltou à carga, contratando nomes como Barry, Kolo Touré, Adebayor, Carlitos Tévez e Joleon Lescott. Em dezembro de 2009 o até então treinador deixara o cargo, cedendo o lugar a Roberto Mancini. Sob o comando do italiano as coisas começaram a mudar para o time azul.

Já no início da temporada 2010-2011 o Sheik mais uma vez assinou o cheque, muitos cheques, contratando os badalados Yayá

Touré, vindo do Barcelona, David Silva, Kolarov e Mario Balotelli. Na metade da mesma temporada viriam ainda James Milner e Edin Dzeko. Com esses nomes o clube de Manchester conseguiu o título da FA Cup, feito esse alcançado pela última vez em 1969. O clube de Manchester ficaria ainda com a terceira colocação no Campeonato Inglês, garantindo vaga na UEFA Champions League.

Para a atual temporada, como não poderia deixar de ser, o City mais uma vez contratou, e muito, trazendo Gaël Clichy, Sérgio Agüero e Samir Nasri. E desta vez, com um time muito mais entrosado e melhor preparado,

Orgulho do Sheikpor Walter Paneque

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FUTEBOL INGLÊSos resultados foram surgindo, fazendo com o que time tomasse conta da ponta da tabela e alcançando resultados não antes imaginados, como uma surpreendente goleada por 6 a 1 perante o maior rival, Manchester United.

Roberto Mancini encontrou o time ideal, que aposta na velocidade de seus atacantes e a movimentação no meio de campo, onde David Silva comanda a transição da defesa para o ataque. No ataque a briga é boa e sadia: Dzeko começou titular, ao lado do argentino Sérgio Agüero, porém aos poucos foi perdendo a vaga para o marrento Balotelli, que apesar de toda polêmica que causa, corresponde dentro de campo, sendo peça chave na formação do técnico italiano.

Outro ponto que deve ser levado em conta é a eficiência da defesa, pois o belga Vincent Kompany vem sendo um dos símbolos da evolução da equipe. O zagueiro antes muito contestado agora é unanimidade no time azul. Também é imprescindível a presença do goleiro Joe Hart. O arqueiro inglês foi um dos grandes vilões da Copa do Mundo de 2010, apontado como principal responsável pela eliminação de seu país. Hart evolui muito em relação às temporadas passadas e afastou o fantasma que assolava os goleiros ingleses, antes tidos como inseguros e ruins tecnicamente, se tornando absoluto na meta do Manchester City, praticamente assegurando sua vaga na Euro 2012.

Fora isso o time ainda esteve nas manchetes devido às polêmicas envolvendo o atacante Carlitos Tévez. Outro mérito, pois soube administrar a situação do jogador, não deixando a polêmica adentrar os gramados, mantendo o bom rendimento da equipe.

Não por acaso o time do Sheik vem alcançando os objetivos traçados quando foi adquirido pelo grupo árabe, se transformando em aspirante ao título na Premier

League, e o mais importante, jogando bem e justificando o altíssimo investimento.

Resta saber agora como se procederá a campanha dos Citizens durante as próximas temporadas. Será que é apenas ‘fogo de palha’? Será que o time azul de Manchester conseguirá se efetivar como um dos gigantes ingleses dentro e fora da Inglaterra? Só o tempo dirá.

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FUTEBOL INGLÊS

A temporada não é boa, os resultados no campeonato nacional são ruins, o melhor meio-campista do time (Jack Wilshere) segue machucado e não entrará em campo nessa temporada. Realmente, a situação do Arsenal não é das melhores. Porém, em meio a uma provável ausência na próxima Liga dos Campeões e a “Robin van Persie dependência”, o jovem Alex Oxlade-Chamberlain é uma das coisas mais positivas dos Gunners na temporada.

Comprado ao Southampton no início da temporada por £12 milhões (podendo chegar a £15 milhões), Oxlade-Chamberlain viu as suas chances limitadas na primeira metade de temporada. Além de ainda bastante jovem (18 anos), Chamberlain era deixado de lado por conta da chegada do marfinense Gervinho e por Arsene Wenger ainda acreditar no russo Andrey Arshavin.

Mas janeiro chegou, Gervinho viajou para defender seu país na Copa das Nações Africanas, Arshavin mostrou estar muito mais atrapalhando do que ajudando e as oportunidades começaram a aparecer para Oxlade-Chamberlain, que passou a ser utilizado inclusive como titular, apesar do regresso da lenda Thierry Henry.

Já são cinco jogos consecutivos

tendo minutos em campo (quatro como titular) e ótimas atuações contra Leeds United e Manchester United, tendo desempenho bem melhor do que Theo Walcott, com quem é frequentemente comparado – por terem a mesma trajetória no futebol e por serem jogadores muito parecidos.

Velocidade aliada à habilidade e boa capacidade de passes decisivos são as principais características de Oxlade-Chamberlain, que ainda não passa grande confiança a Arsene Wenger – o técnico francês o substituiu de maneira ridícula no decorrer de algumas partidas.

Já que Oxlade-Chamberlain é comparado a Walcott em quase tudo, seria possível imaginar o jovem de 18 anos já sendo convocado para a disputa da Eurocopa desse ano? É bom lembrar que Walcott foi

convocado para a Copa do Mundo de 2006 tendo apenas 17 anos. Entretanto, antes de sonhar com uma convocação para a seleção inglesa, Chamberlain precisa pensar em ganhar mais espaço no Arsenal, principalmente porque o titular Gervinho estará de volta em fevereiro.

Mas não é impossível sonhar com uma convocação de Fabio Capello, já que a concorrência não é grande. Oxlade-Chamberlain tem jogado melhor que Theo Walcott; Stewart Downing faz uma temporada ridícula no Liverpool; Adam Johnson não passa de um reserva no Manchester City; Ashley Young está a um bom tempo machucado e Aaron Lennon tem jogando em bom nível, porém vem se ausentando de vários jogos por lesão. Oxlade tem tudo para em breve integrar o English Team.

De coadjuvante a protagonista: Alex Oxlade-Chamberlainpor Pedro Lampert

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FUTEBOL ESPANHOLFUTEBOL INGLÊS

Especulações sobre o mercado de verão costumam começar a aparecer somente no fim de abril ou início de maio, quando a temporada está chegando ao seu fim. Muitas delas, claro, não passam de “notícias para vender jornal”, como costumam a apelidar aquelas especulações baratas, que acabam dando em nada. Em relação ao Barcelona, começou cedo. No início da semana, o Marca deu destaque a uma possível negociação dos azulgrenás junto ao Milan por Thiago Silva. Chama a atenção o fato do periódico, que é conhecido por cobrir as equipes de Madrid, ter dado a notícia primeiro em relação ao Mundo Deportivo e Diário Sport, jornais da Catalunha.

Com poucas opções para a defesa, Guardiola vai atrás de reforços para o setor no mercado de verão e o primeiro nome da lista é justamente o do brasileiro do Milan. No entanto, a negociação não é nem um pouco fácil. O

jogador é visto como fundamental no Milan e já foi apontado por diversos companheiros, ex-jogadores e até dirigentes como um possível novo Paolo Maldini ou Franco Baresi. Ainda assim, o Barcelona não desiste. O preço pedido para que as conversas se iniciem, no entanto, é alto: 30 milhões de euros.

A ideia de Guardiola é contratar um zagueiro de alto nível, já que, para a posição, ele conta apenas com seus dois titulares. Os outros que atuam por ali quando algum deles está machucado jogam improvisados, como Busquets, Mascherano e Abidal. Caso a transferência de Thiago não dê certo, o francês Adil Rami, do Valencia, é considerado o plano B. Outros dois nomes em pauta são Neymar e Gareth Bale, do Tottenham. André Villas-Boas afirmou numa coletiva recente que o Chelsea foi atrás da contratação do brasileiro, mas que seu futuro já está selado. Não

revelou o clube, mas este parece ser o Barcelona. O mistério é para quando. A cúpula azulgrená o quer para depois dos Jogos Olímpicos de Londres.

Talvez, o nome de Bale pode parecer como forçado. Atualmente, seja no 4-3-3 ou no 3-4-3, o destaque do Tottenham na temporada não teria espaços no onze inicial. Vale lembrar que o galês não joga mais de lateral há um bom tempo, tendo que, em uma iminente ida à Catalunha, disputar uma posição com Iniesta. Aí entra o porquê da preferência de Guardiola. É sabido por todos que El Albino convive com lesões musculares. Só em 2011/2012 foram três. Bale seria uma reposição de nome para suprir as ausências de Iniesta.

Trazer os três será difícil. Caso as duas contratações se concretizem, os culés gastarão cerca de 130 milhões de euros somente na dupla, fora o preço de Neymar, bastante alto. Mas a aposta é que o mercado vai ser bastante movimentado. Guardiola está passando por uma experiência negativa que pode servir de aprendizado: lesões à rodo redimesionando uma temporada que tinha tudo para ser perfeita (os 14 jogadores à disposição para uma semifinal de Copa do Rei é a prova). A Liga está indo por água abaixo a cada rodada e a UCL, apesar de favorito, vai depender do físico do elenco. Hoje, o Real Madrid está mais preparado.

Planificando-se cedopor Victor Mendes

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Quando lançou sua candidatura à presidência do Athletic Bilbao, Josu Urrutia antecipou que tinha um antigo desejo de contratar Marcelo Bielsa. Não deu em outra: o presidente ganhou com uma vantagem considerável do rival Fernando García Macua e o argentino desembarcou no País Basco para susbstituir Joaquín Caparrós. No início, a torcida não ficara muito satisfeita. Caparrós era um treinador querido, que estava no clube desde 2007. Mas não demorou para o pensamento dos bascos irem mudando. Conhecido por sua proposta de jogo voltada ao ataque, Bielsa herdou de Caparrós uma excelente base para continuar seu trabalho.

Entretanto, os primeiros jogos de El Loco no comando técnico

bilbaense não foram agradáveis. A equipe começou a Liga num ritmo lento, perdendo três e empatando dois nos primeiros cinco jogos. O fato de somar apenas dois pontos em 15 disputados começou a deixar a torcida com um pé atrás com o argentino, que, por sua vez, manteve-se tranquilo e pediu sequência, necessário em um trabalho como esse.

O divisor d’águas para Bielsa veio exatamente naquele que os aficionados consideram um dos jogos mais importantes da temporada: o dérbi basco. Contra a Real Sociedad, que à época era a equipe sensação da Liga, um doblete de Llorente em pleno Anoeta deu uma vitória que mudou os rumos de Bielsa e do Athletic Bilbao na temporada.

Hoje, quatro meses após o dérbi, o Athletic Bilbao é outro. Ao golear o Mirandés por 6 x 2, garantiu o retorno à final da Copa do Rei, três anos depois de ser vice-campeão perante o Barcelona. Não bastasse isso, os leones também garantiram automaticamente uma vaga nas competições europeias em 2012/2013. Na Liga, ocupa a 6ª posição e é um candidato real a tomar a vaga do Levante na zona de Champions League. Atualmente, o único time que duela de igual para igual com os leones é o Atlético de Madrid, apesar de Espanyol, Osasuna e Málaga também estarem vivos.

A sensação é de evolução. É difícil basear-se num jogo contra um adversário inferior em todos os aspectos, mas o Athletic que despachou o Mirandés o fez com

Volta por cimapor Victor Mendes

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louvor. Sem nenhum poupado, deu uma aula de futebol à equipe da Segunda División B. A troca de passes no meio-campo e as tabelas frente à área do Mirandés enlouqueceram a equipe do treinador Carlos Pouso, que foi sucumbindo à medida que o jogo passava. Quanto mais forçava, mais o Athletic ficava perto do gol. E os trabalhos iniciou-se cedo, com Muniain marcando aos 10. Foi um recital. Iturraspe, Ander Herrera e De Marcos formam um excelente trio de meio-campo, enquanto Susaeta, Llorente e Muniain se completam na frente. O centroavante recuperou a forma do primeiro semestre de 2011 e faz 2012, por ora, impecável.

Bielsa implantou no Athletic Bilbao uma característica fundamental que, pelo visto, o elenco parece ter se adaptado com completo: a marcação pressão. Com três jogadores pressionando o adversário, a bola é recuperada com facilidade e fica com os jogadores. A posse de bola também aumentou consideravelmente em relação à temporada passada. Quando foi goleado pelo Real Madrid, o Athletic saiu do Bernabéu com 52% da posse de bola. Bielsa já avisou: o objetivo não é jogar a final da Copa, e sim ganhar.

Seja contra quem for. A vocação ofensiva e a marcação pressão que pode chegar a diminuir a posse de bola do Barcelona (58% foi a posse do Barça no confronto do San Mamés, no primeiro turno) podem levar o Athletic ao título.

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Depois do ostracismo vivido pós-escândalo Calciopoli, enfim La Vecchia Signora, maior campeã da Serie A (27 Scudetti), voltou à boa fase. Não por menos, a temporada começou sob desconfiança, com um pouco de expectativa, graças à nomeação do ídolo, como jogador, Antonio Conte ao cargo de técnico do time. O jovem comandante mostrou que, apesar de algumas invenções e precipitações, tem porque ganhar um voto de confiança da imprensa e, principalmente, dos torcedores. A escolha de Agnelli e Marotta se mostra feliz a cada bom resultado conquistado pela Juventus. Depois das ótimas passagens de Marcelo Lippi e

Fabio Capello por Turim, a equipe nunca mais havia acertado na contratação de um técnico. De lá para cá foram seis anos e sete diferentes comandantes – contando com Conte. Após um sucedido trabalho no Siena, que rendeu a volta do time Toscana a Serie A, Conte manteve o mesmo 4-4-2 – que se confundia com um 4-2-4, graças aos avanços dos wingers – utilizado em seus trabalhos anteriores (Bari, Atalanta e Siena). Porém, a previsibilidade que o esquema dava forçou o técnico pensar em alternativas. Optou por um 4-5-1 “camaleão”. Em sua maioria, desdobrado ao 4-2-3-1, dando maior liberdade

para Pirlo ser Pirlo, contribuindo com passes e lançamentos – sempre perfeitos. Outro desdobramento do 4-5-1 era para o 4-1-4-1. Conte então aperfeiçoou o sistema, reposicionando o time no 4-3-3, que dava ainda mais liberdade à Pirlo, e por incrível que pareça exigir mais defensivamente do regista, que não decepcionou – sendo decisivo na anulação de Boateng, Sneijder, Hernanes, Totti e Seedorf, por exemplo. Diretamente, Pirlo contribuiu com cinco assistências, sem contar indiretamente, fazendo a saída de bola do time. E foi assim que Claudio Marchisio

Análise Tática: “il ritorno della Vecchia Signora”.por Arthur Barcelos

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tornou-se protagonista do time: jogando mais solto, dando o apoio ao ponta-esquerda – geralmente Vucinic, principalmente porque Chiellini não subia tanto – e encostando em Matri, além de também ajudar Pirlo na articulação das jogadas.E como todo bom time sempre tem um artilheiro, ou o homem que geralmente decide nos momentos mais difíceis, a Juventus tem em Alessandro Matri sua principal arma ofensiva. O centroavante contratado junto ao Cagliari em janeiro de 2011 não tem decepcionado – apesar da queda de rendimento nas últimas partidas. Marchisio e Matri participaram de 21 gols dos 33 marcados pela Juventus na Serie A – nove gols e três assistências de Matri; seis gols e duas assistências de Marchisio. Outra interessante variação tática do time comandado por Antonio Conte é quando

a mesma enfrenta times que costumam atuar com três zagueiros. Sem exceção, utilizou o 3-5-2 (desdobrado em 3-1-4-2) em todas estas ocasiões: Napoli (3-3), Udinese (0-0 e 2-1) e Parma (0-0), além de ter usado o mesmo sistema contra Roma (3-0) e Milan (2-1) pela Coppa Italia, onde ambas as equipes jogaram com quatro defensores (4-3-3 e 4-3-1-2, respectivamente). Apesar de alguns deslizes (empates) contra equipes tecnicamente inferiores, a Juventus tem conseguido se sair bem em jogos decisivos e contra rivais. Em toda a temporada, o time de Turim entrou em campo 25 vezes, onde ganhou 15 e empatou outras 10, não perdendo sequer um jogo. Ou seja, o time está invencível em 2011/12, por enquanto. E isso permite ao torcedor bianconeri voltar a sonhar com mais um Scudetto, além de um título importante que é a Coppa Italia.

FUTEBOL ITALIANOCadê o craque?por Lucas Menezes

A fase não é nada boa para o meia holandês Wesley Sneijder. Na surpreedente derrota para o Novara, em casa, por 1 a 0, Sneijder foi o jogador que mais chutou a gol, e mesmo procurando bastante o jogo, acabou sendo um dos piores em campo.

Não se sabe se são as lesões, se é a vida pessoal ou se o holandês já está com a cabeça fora da Inter.

Os torcedores que esnobaram a saíde Eto’o para Anzhi agora lamentam a falta de um companheiro para Sneijder. E os mesmos que comemoraram a permanência do jogador nas últimas janelas, certamente estão decepcionados.

Enquanto isso Sneijder se consola com a musa holandesa Yolanthe Cabau...

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Trazer antigos ídolos para o trabalho de treinador é sempre algo muito arriscado. A passagem, por melhor que seja, pode arranhar a rica história do ex-jogador. Casos como os de Alan Shearer e Kenny Dalglish, na Inglaterra, são cada vez mais comuns, quando um time precisa escapar do rebaixamento ou quando as opções do mercado são nulas.

Diego Maradona, um dos maiores jogadores de todos os tempos, além de maior ídolo e artilheiro da história do Napoli, declarou que sonhava em treinar o Napoli. E ainda acrescentou: “Eu amo a cidade e o país, embora as autoridades italianas faça com que eu me sinta como um traidor”.

Se o time vivesse uma crise ou algo

parecido, seria uma opção válida. Até porque o ex-craque argentino classificou o seu país para a Copa de 2010 na África do Sul. Mas não vive.

O atual técnico do time napolitano, Walter Mazzarri, nunca jogou no clube italiano durante sua carreira como jogador, mas é adorado pelas arquibancadas do estádio San Paolo. E com razão: Mazzarri pegou um time que lutava pelo rebaixamento em 2009, e deu uma nova luz, classificando-o para a Uefa Champions League, em 2011, competição em que o Napoli enfrenta o Chelsea, pelas oitavas-de-final da competição. Além da classificação, o treinador transformou o clube em um dos times que jogam o futebol mais bonito da Europa, quase sempre

jogando em um 3-4-3, que fez crescer nomes como Cavani, Lavezzi e Hamsik.

Se a especulação é verdadeira ou não, isso não importa. Já está feito o estrago, o treinador deve balançar a qualquer derrota. E se o time não passar pelo Chelsea, a torcida deve fazer campanha para Maradona assumir. Justamente o que pode estragar o belo trabalho do treinador italiano, é a Serie A.

O Napoli é o sétimo colocado, e corre riscos fortíssimos de ficar fora de alguma competição europeia na próxima temporada. Basta ao treinador, conviver com as especulações e pressões cada vez maiores, agora que o maior ídolo da história da equipe pode pintar em seu lugar.

Napoli de Mazzari à Maradona.por Lucas Menezes

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À toda janela de transferências muitos nomes se expeculam, jogadores saem de um clube, vão para outro, beijam o escudo, declaram seu amor às novas equipes. Os mais experientes, já não tão rentáveis quanto os jovens talentos são os que geralmente acabam permanecendo um pouco mais no clube o qual dizem ser apaixonados.

Partindo desta ideia comecei a analisar os elencos e históricos dos clubes italianos e vi que a lista de jogadores com mais de 30 anos é extensa, portanto trago à tona 4 dos melhores jogadores que vestem a mística camisa 10 atualmente no futebol italiano:

Alessandro Del Piero, 37 anos, desde os 19 vestindo as cores da Juventus, mais de 500 partidas

disputadas e 285 gols marcados. Francesco Totti, 35 anos, desde os 14 anos na Roma, mais de 450 partidas com a camisa do clube da capital italiana e 211 gols. Clarence Seedorf, 35 anos e vestindo a camisa Milanista há 10 temporadas e Antonio Di Natale, 34 anos, há 8 temporadas em Udine e a ótima média de 0,5 gols por jogo desde que chegou no clube do norte da Itália.

Mais do que a qualidade, os números credenciam esses craques ao posto de ídolos em seus clubes, afinal, quantos jogadores passaram por seus respectivos clubes e saíram despercebidos. Por um bom tempo estes jogadores sentiram o amargo sabor do banco de reservas e não se abateram e souberam lidar com a situação,

esses mesmos atletas viveram também fases nebulosas, se lesionaram e passaram também por aquele período de seca, quando o mais simples se torna difícil. Apesar de tudo o talento de cada um se sobressaiu e hoje são mitos na Terra da Bota.

Antonio Di Natale foi o artilheiro das duas últimas edições do Calcio, quando juntamente com Alexis Sanchéz carregou o time da Udinese nas costas comandando o jovem elenco na surpreendente campanha que resultou em uma vaga na fase preliminar da UEFA Champions League. O italiano nascido em Napoli começou sua carreira no Empoli, time no qual atuou por 7 temporadas antes de se transferir para os Bianconeri e se tornar, indiscutivelmente o maior ídolo da história recente do clube e a principal arma do treinador Francesco Guidolin.

Apesar de não ser nascido na Itália, Seedorf pode ser facilmente incluído nessa lista pois joga na Itália há mais de uma década e com incrível regularidade conquistou 10 títulos com a camisa Rossonera, conseguindo assim um lugar cativo no coração da torcida milanista.

E a dupla Totti e Del Piero, o que falar? Campeões mundiais em 2006 com a seleção italiana são dois símbolos de uma geração que fez valer a paixão e dedicação ao seu clube. Uma carreira inteira dedicada respectivamente à Roma e Juventus e semelhanças

Del Piero, Totti e outras lendas do Calcio.por Walter Paneque

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que vão desde as Categorias de Base, quando ambos conquistaram a Eurocopa Sub-21: Del Piero conquistou o título na temporada 1993/1994, em um time que contava com F. Inzaghi, Fabio Cannavaro, o arqueiro Toldo, entre outros. Francesco Totti conquistou o título 2 anos mais tarde, na edição do ano de 1996 com Nesta, Gigi Buffon e o próprio Del Piero.

A lista de títulos da dupla é extensa, Totti tem no currículo 1 Escudeto da temporada 2000/2001, 2 Supercopas (2001 e 2007) e 2 Coppas Italia (2006/2007 e 2007/2008). Del Piero conquistou 5 vezes a Série A, 1 Liga dos Campeões, 1 Supercopa da UEFA e tem ainda em seu currículo 1 título da segundona italiana, 4 Supercopas da Itália, 1 Copa da Itália e 1 Copa Intercontinental.

Todos os títulos listados acima são só uma parte de toda a obra produzida por esses dois gênios italianos. Que são os maiores goleadores da história de seus

clubes, tanto no Campeonato Italiano quanto em competições Europeias, ambos lideram também no número de partidas com a camisa de suas equipes.

Enfim, muito há de que se falar a respeito desse quarteto e certamente daqui a algumas décadas ainda lembraremos dos gols de Di Natale, dos passes açucarados de Seedorf, ou da precisão dos lançamentos de Del Piero e até mesmo das polêmicas do Bimbo d’Oro Francesco Totti.

Em breve as lendas não pisarão mais nos gramados e seu futebol ficará somente nos vídeos e memórias de cada um. Daqui a alguns anos terei o orgulho de falar: “- Eu vi as lendas em campo.” e se você ainda não havia gasto parte do seu tempo admirando os lances destes craques aproveite, pois dentro de algumas temporadas eles vão nos deixar e restarão somente os lances, eternizados pelos deuses, executados pelas lendas.

FUTEBOL ITALIANODiferentepor Walter Paneque

Allegri chegou ao Milan no início da temporada 2010/2011 e até então vem correspondendo: Conseguiu livrar o time do fantasma que o assombrava, fazendo com que o mesmo não dependesse mais dos medalhões, todos com idade já avançada.

O treinador conseguiu formar um time com nomes antes pouco confiáveis, como Boateng, por exemplo. O ataque com Robinho e Ibra vem rendendo o esperado, e o losango no meio de campo trouxe de volta a solidez dos áureos tempos, contando ainda com a liderança do brasileiro Thiago Silva, dando muito mais tranquilidade à defesa.

O time milanista agora luta para chegar ao topo da Europa e não tem do que se queixar, pois regido por Ibrahimovic os rossoneros tem tudo para voltar a ter um lugar de destaque no cenário europeu.

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FUTEBOL ITALIANO ENTREVISTA

Que muitos europeus são apaixonados pelo Brasil já sabemos, mas Alex Baumjohann tem motivos mais do que entendíveis para gostar do país tropical, afinal, é casado com uma brasileira e sempre passa férias por aqui. Na entrevista a seguir você terá a oportunidade de saber um pouco mais sobre esse alemão de 25 anos.

Gol de Placa: Você começou sua carreira no Schalke 04 em 2004, correto? Por que não teve tantas oportunidades logo que subiu das categorias de base para o time principal?

Alex Baumjohann: Sim, eu tinha 16 anos na época, eu ainda não tinha muita experiência. O treinador que me levou para o time principal foi para outro clube dois meses depois que subi para o profissional. O clube contratou o brasileiro Lincoln que fez muito sucesso na época, então, eu não tive muitas chances.

Quando foi emprestado ao Borussia Mönchengladbach demonstrou muita personalidade e foi titular no time. Foi a melhor fase de sua carreira até então?

Baumjohann: Eu não fui emprestado para o Borussia, eles me compraram e cumpri o meu contrato lá que foi de 2 anos e meio. Foi lá que peguei experiência como titular e cresci

muito. Foi sim uma excelente fase na minha carreira!

Você ainda é novo! Qual seria seu maior sonho no futebol, em que ainda não realizou?

Baumjohann: Todos jogadores sonham em ganhar títulos, serem artilheiros e jogarem Copa do Mundo. Meu maior sonho hoje é ganhar o campeonato Alemão com o Schalke já que não ganhamos esse titulo ha. mais de 50 anos. O clube e a torcida merecem muito.

Foi contratado pelo Bayern Munich em 2009, mas pouco jogou. O que te fez querer voltar ao seu time de origem, o Schalke?

Baumjohann: Eu assinei com o Bayern seis meses antes de acabar meu contrato com o Borussia, porém quando eu fui para o Bayern, o clube trocou o treinador. O novo treinador Van Gaal já tinha planos de outros jogadores para minha posição, então eu quis sair do clube o mais rápido possível. Tive varias propostas de clubes de dentro e fora da Alemanha, mas o Schalke foi quem mais me atraiu, pois é o clube que fui criado e que conheço toda a estrutura, além disso minha família e meus amigos estão aqui perto de mim.

Você almeja jogar pela seleção principal da Alemanha?

Baumjohann: Sim; claro que é

Alex Baumjohann - Um alemão que leva o Brasil no peito

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ENTREVISTAo sonho de todos os jogadores representarem o seu país, mas agora minha prioridade é me firmar no meu clube. Seleção seria só conseqüência de um bom trabalho por aqui. E jogar a Copa do Mundo no Brasil também seria muito importante para mim, já que é o país de origem da minha esposa e onde eu costumo passar minhas férias.

Quando se juntou com Marko Marin no Borussia de 2007/2008, fizeram muito bem para o time, mas o time não vingou. O que faltava naquele time, para se tornar uma grande força nacional?

Baumjohann: O clube trocou duas vezes de treinador, e comprou muitos novos jogadores. A primeira temporada foi muito diferente da segunda. Acho que faltou um pouco de seqüência para que os jogadores se acostumassem com a formação. Mas mesmo assim, ainda acho que eu e Marko conseguimos fazer um bom trabalho e ajudamos a salvar o time.

Na sua opinião, qual é o jogador mais difícil de ser marcado? Por quê?

Baumjohann: Em cada época existem vários jogadores difíceis de ser marcados, mas acredito que o Messi seria um jogador “impossível” de ser marcado. Todos os jogadores que tentam isso, já sabem qual será a sua jogada, mas mesmo assim não conseguem segura-lo.

Sua mulher é brasileira. Sonha em jogar no Brasil algum dia? Por quê?

Baumjohann: Sim, ela é brasileira e torcedora do Atlético-MG. Então se eu for jogar um dia no Brasil, ela só vai deixar se for no Galo. Agora falando sério, eu gosto muito do estilo do futebol brasileiro e a torcida também me encanta. Atualmente eu só penso em jogar aqui na Europa, mas, quem sabe no futuro!

Qual é seu ídolo no futebol? Por quê?

Baumjohann: Como eu disse na pergunta anterior, cada época temos vários jogadores que se destacam, e em varias posições. Alguns nomes como Ronaldo, Zidane, Ronaldinho Gaúcho, Messi, Xavi, e Cristiano Ronaldo não posso deixar de dizer. Mas no momento, Iniesta do Barcelona é o jogador mais completo e mais impressionante. Na época em que eu subi para o profissional em 2004, quem estava na minha

posição aqui no Schalke 04 era o Lincoln que está hoje no Avaí, então, na época, me espelhei e aprendi muito com ele. Era como um ídolo para mim; Um grande jogador.

Qual foi o jogo mais emocionante em que esteve presente?

Baumjohann: Foi quando eu ainda atuava pelo Borussia. Num clássico contra o Colônia, nós precisávamos ganhar para nos mantermos na elite do futebol Alemão, e ganhamos de 4 x 2 na casa do nosso adversário. Foi um jogo emocionante tanto pela partida muito acirrada como pela pressão que tínhamos para permanecermos vivos na competição.

Quero deixar um abraço para os fãs e torcedores do Schalke no Brasil. Tenho muito carinho pelos brasileiros e desejo ainda mais sucesso ao futebol do Brasil e agradecer a oportunidade de falar com os fãs do Brasil.

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ENTREVISTA FUTEBOL BRASILEIRO

Fluminense e Vasco fizeram um clássico para 10 mil pessoas no Engenhão. Se valesse a vaga na semifinal, ou seja, com 5 ou 6 por grupo e não 8, teria 30 mil. Mas não querem pois, como em todo país, o importante é agradar aos amigos não necessariamente fazer um campeonato que o torcedor se interesse.

Não bastasse isso, inchada porém melhor fórmula de estadual do país, o jogo tinha seu valor. E tendo, com times completos, não poderia deixar de ser o jogaço que foi. Jogaço que o juiz estragou mais uma vez.

Não vou ficar chovendo no molhado e falando de lances, discutindo pênaltis, etc. A arbitragem do cara foi uma tragédia e desta vez a vítima foi o Flu. E aí que deveria entrar a discussão relevante, não entra.

Não acho que juiz entre em campo pra roubar. Parto do princípio que as pessoas são honestas, mesmo sabendo que estou enganado.

Mas acho que juiz entra em campo com poder de decidir o futuro de 2 times. E aí, caro torcedor, eu imagino a cena mais simples do mundo. Eu gasto 200 milhões por ano pra ganhar um processo através da minha empresa. Meu adversário mais 200, ambos entram no tribunal tensos, cercados de bons advogados e muitos meses de preparação.

Entra o juiz e aparece um padeiro. O que você acha disso?

Pois é. Os dois clubes gastam muitos milhões por mes para manter o que mantém e disputar tudo que disputam. Num momento determinante entre o sucesso e o fracasso, quem pode determinar este resultado é um… caixa de banco? Bombeiro? Um contador?

Que sentido faz o futebol chegar a este nível de profissionalismo com uma das principais figuras no campo sendo um amador fazendo um “bico” de domingo?

Porque diabos as inuteis federações não arrumam o que fazer e colocam os caras

com salário, treino diário, concentração, estudando vídeos, etc? Porque não deve dar nenhum beneficio a quem pensa o futebol, é claro.

Ontem no Engenhão tudo terminou com a discussão do pênalti, não pênalti. Quando na verdade essa discussão já deveria ter mudado ha muito tempo.

Quem marca ou não o pênalti tem condições técnicas para decidir isso?

Não. Então, o erro não é só do juiz.

Abs,

RicaPerrone

Até quando?!Gentilmente cedido por Rica Perrone

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Neste mês de fevereiro teve início a jornada dos clubes brasileiros em busca da Taça Libertadores,, mais que um desejo, obsessão. Vejamos o que cada time tem pela frente no torneio continental:

Corinthians - Pelo fim da Maldição

Atual Campeão Brasileiro, o Corinthians tenta acabar com a famosa “maldição” da equipe com a Libertadores.

Com a base campeã brasileira de 2011 mantida, o Corinthians ainda conta com a volta de Douglas, que deverá disputar vaga no meio com Alex e Danilo.

O timão está em um grupo, relativamente fácil, com Cruz Azul (México), Nacional (Paraguai) e Deportivo Táchira (Venezuela).

Porém, o time já sofreu um baque inicial, quando estreou contra o Deportivo Táchira, na Venezuela, e, graças ao volante Ralf, empatou no último minuto, após sofrer durante o jogo inteiro e ter até sofrido outro gol, mas este, anulado pelo bandeira.

E para não se complicar, Tite deve apostar, principalmente, nos jogos em casa, como principal aliado para fazer uma boa campanha na fase de grupos, já que a torcida, costuma lotar o estádio e incentivar até o fim. Para chegar ao título, o Corinthians não deve sentir medo da competição, como sempre acontece, e saber lidar com a pressão, cada vez maior, dos torcedores.

Santos - Um por todos, todos por um.

Quando se pensa em Santos, se pensa em Neymar. Buscando o bi-campeonato, o craque santista é essencial para o peixe.

O sorteio colocou outra equipe brasileira à frente de Neymar e cia. O Internacional, que junto com, The Strongest (Bolívia) e Juan Aurich (Peru), formam o grupo 1 da competição. Na estréia, derrota para o The Strongest fora de casa, perdendo um caminhão de gols. Porém, com boa atuação de Paulo Henrique Ganso.

Para ser campeão, o caminho das pedras para o Santos é, principalmente, arrumar o sistema defensivo, que não é dos melhores da competição, de resto, é manter Neymar em boa fase, e torcer para que Ganso reecontre o futebol perdido em 2010.

Para se manter no topo! - Brasileiros na CopaSantander Libertadores 2012por Lucas Menezes

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Fluminense - Os Galáticos

Como sempre, com grande investimento da patrocinadora, o Fluminense conta com um elenco de grande qualidade e muito númeroso, tendo Thiago Neves, Deco e Fred, como os grandes destaques da equipe.No grupo 4, junto com os argentinos Boca Juniors e Arsenal e o venezuelano Zamora, estreante na competição. Na estréia, um jogo truncado e que, para muitos, teve cara de derrota. Mesmo tendo vencido a partida por 1 a 0, o Fluminense teve dois jogadores expulsos e uma atuação não muito convincente. Mas é favorito para avançar junto com o papão Boca.

Para ser campeão, além de ganhar entrosamento, o técnico Abel Braga precisa controlar bem o ego dos jogadores.

Flamengo - Uh! Papai chegou!

Abalado pela já famosa política dos clubes brasileiros em contratar e demitir técnicos, o Flamengo trouxe o papai Joel Santana, para o lugar do demitido Vanderlei Luxemburgo. E tenta conquistar a América sem sequer pagar salário aos próprios atletas.

O sorteio foi amigo do Fla e o colocou no mesmo grupo de Olimpia (Paraguai), Emelec (Equador) e Lanús (Argentina). Na estréia, surpreendeu o Lanús e quase saiu da Argentina com 3 pontos, mas, a defesa falhou e acabou voltando para casa com um bom empate.

Deve passar de fase, mas para ser campeão, o Flamengo precisa mudar muita coisa, começando pela diretoria, que consegue não acertar em nada.

Vasco da Gama - No grupo da morte.

Após um 2010 quase perfeito, o Vasco tenta voltar a fazer bonito em uma Libertadores, e possui em seu elenco, peças importantes no título de 1998, como Juninho e Felipe.

No grupo 5 da Liberta, o da morte, o gigante da colina se junta a Libertad (Paraguai), Nacional (Uruguai) e Alianza Lima (Peru). Na estréia, derrota em casa para o Nacional, com uma atuação de gala dos uruguaios, 2 a 1. O Libertad, com 6 pontos, ganhou de Alianza Lima - que não é nenhuma galinha morta - por goleada e triunfou também, sobre o Nacional, em pleno Centenário, e aparece como forte candidato a primeira colocação do grupo.

Brigando pela classificação, pode

chegar maduro as oitavas e usar a experiência da fase de grupos, como arma para a classificação.

Internacional - Sempre favorito

No beira rio, tranquilidade. Com a grande fase de seus principais jogadores, Oscar e Leandro Damião, o Inter joga no lixo a má fase de 2010 para se tornar um dos favoritos para o título da competição.

A briga pela primeira posição, contra o Santos, vai ser boa, mas o grupo 1 ainda revela alguns perigos, como os jogos na altitude, contra o The Strongest (Bolívia) e Juan Aurich (Peru). Contra o Juan Aurich, na estréia, o Inter venceu no Beira Rio, com gol de Oscar, mas pode perder os pontos, devido ao embróglio que envolve, o Inter, Oscar e o São Paulo, seu antigo clube.

Para ser campeão, o Inter precisa ajustar a defesa - um dos pontos fracos da equipe - e torcer para que o caso Oscar não atrapalhe o time na competição.

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Para tentar apagar as más atuações de 2011, Felipão agora tem mais opções para tentar fazer do Palmeiras um time digno de se ver:

GOLEIROS

Bruno - Corre atrás de Deola na busca pela titularidade. Fez uma partida nesse início de temporada, mas não joga com regularidade há mais de 1 ano.

Deola - Provável titular. Tem a confiança de Felipão, apesar de terminar 2011 em baixa.

Pegorari - Sem muito a falar, também não deve jogar, como Alemão e Fábio. Dizem ser o mais promissor dentre os três.

Raphael Alemão - Sai na frente de Pegorari e Fábio pela vaga de 3º goleiro, mas de qualquer forma pouco deve jogar, a não ser que tenha a sorte de Bruno e Deola entrarem em má fase simultaneamente. Dizem ter bola para ser titular.

Fábio - Sem muito o que falar. Não deve fazer uma partida sequer.

LATERAIS DIREITOS

Cicinho - Um dos poucos jogadores nos últimos tempos que chegou, não sentiu a pressão e virou titular absoluto. E deve seguir assim até

o fim da temporada.

Artur - Incógnita. Conhecido meu disse que o cara tem talento e pode até vir a roubar a vaga no 11 do Cicinho.

ZAGUEIROS

Henrique - Na teoria o melhor zagueiro do elenco. Na prática, não mostrou isso desde que voltou. Tem situação complicada por ter contrato só até o meio do ano. E tem que aproveitar a ausência de Thiago Heleno pra mostrar que vale a pena tentar uma negociação com o Barcelona por sua permanência.

Thiago Heleno - Depois de péssima passagem pelo Corinthians, não sentiu o peso e fez boa temporada, terminando o

ano em alta. Seria titular, mas está machucado.

Adalberto Román - Incógnita. Deve ser reserva de início.

Maurício Ramos - Muito inseguro, nunca foi realmente a primeira opção para a zaga. Deve ser reserva, podendo até ser a última opção.

Leandro Amaro - Assim como Thiago Heleno, terminou o ano em alta e deve ser titular de início.

LATERAIS ESQUERDOS

Juninho - Outra incógnita. Fez temporada muito boa pelo Figueirense. Resta saber como se sairá num grande (com todo respeito ao Figueirense).

Em busca de uma nova vida, Palmeiras vem mais forte para essa temporada.por Gabriel Avelllar

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Gerley - Pouco jogou na temporada passada e quando teve oportunidade, não fez nada extraordinário, mas também não comprometeu. Reserva.

VOLANTES

Márcio Araújo - Homem de confiança do Felipão. Chegou em baixa do Atlético/MG, mas mostrou ser bom jogador e é titular absoluto.

João Vítor - Jogador razoável. Reserva.

Marcos Assunção - Homem das faltas. Não mostra a mesma pontaria de 2010, mas ainda assim leva perigo. É de confiança do Felipão e titular, mas deveria sair para a entrada de Chico.

Chico - A frente de João Vítor, pouco jogou desde que jogou,

mas foi bem quando teve oportunidade e teve uma boa fase durante 2011. Deve ser reserva, mas merecia a vaga de Assunção.

MEIAS

Valdivia - Se jogar o que sabe, é um dos melhores meias do Brasil. E mesmo não jogando o que sabe, é, talvez, o melhor meia do elenco.

Tinga - Veio como grande promessa mas até hoje nada mostrou.

Pedro Carmona - Veio com indícios de bom jogador, mas mal jogou. Pode vir a ser útil. Reserva.

Patrik - Reserva, porém deve jogar bastante ao longo da temporada, como ano passado.

Daniel Carvalho - Jogar bola ele sabe. Ninguém desaprende. Se perder o peso que tem que perder e jogar com vontade, é ótimo jogador. Mesmo assim, não deve ser titular.

ATACANTES

Maikon Leite - Começando o ano em alta, é o típico jogador pra entrar no 2º tempo, mas pode até ser titular num eventual 4-3-3.

Ricardo Bueno - Vem sendo titular, mas não serve nem mesmo para times médios. Com a chegada de Barcos, deve amargar banco até o fim de seu empréstimo, em Abril (a confirmar).

Luan - Homem de confiança de

Felipão, peca ofensivamente (em especial no quesito finalização), mas é melhor jogador do que os torcedores fazem parecer. Típico jogador trabalhador, se doa/sacrifica pelo time e tem papel defensivo importantíssimo, compensando a ineficácia de Assunção na marcação. Com a entrada de um volante mais marcador, poderia não fazer tanta falta.

Fernandão - Reserva, deve continuar com esse estatuto com a chegada de Barcos.

Vinícius - Subiu cedo, com apenas 16 anos, e parece estar sentido bastante a pressão. Tem potencial, mas um pouco mais e poderá ser considerado flop.

Hernán Barcos - Vem com fama de matador e deve ser titular. Resta saber se corresponderá as expectativas.

O elenco é esse. Felipão ainda busca um segundo atacante (e a preferência, ao meu ver, seria por um que atuasse pelo lado esquerdo, para entrar no lugar de Luan caso Assunção seja sacado). As outras posições, como a zaga e o meio campo podem ser reforçados com jogadores da base. Luiz Gustavo e Bruno Dybal são boas opções para cada setor. Vinícius (goleiro), Gabriel (zaga), Cesinha, Lima (laterais), João Denoni, Bruno Sabiá (meio-campo), Hugo e Lucas Taylor (ataque) são outras boas opções dentre os jogadores que disputaram o Paulistão Sub-17 (e foram campeões) e a Copinha.

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Passado o clássico GRENAL do dia 22 de fevereiro algumas frases e acontecimentos estão se tornando notórios.

Kléber principal jogador do clássico dedicou a vitoria a Roger, treinador interino, por mexer nos brios dos jogadores.

- O Roger hoje foi maravilhoso na preleção. Foi uma das melhores da minha carreira. Um dos três exemplos que ele citou foi o que mais marcou para mim. O Roger perguntou o que nós queríamos para nossa vida. Se queremos ter uma história legal dentro de um clube como ele teve. Isso mexeu comigo. Eu quero isso para a minha carreira e por isso vim pra cá. Desse jeito você tem um lugar, como a sua própria casa. É isso que eu quero para mim, quero sempre ser bem recebido aqui em Porto Alegre. Quero fazer história aqui.

Dorival Junior foi realista em sua derrota, não culpou seu jogadores e admitiu o adversário superior no jogo. Nada de desculpas para derrota

- Não tivemos boa performance. Equilibramos o jogo no segundo tempo, tivemos duas oportunidades claras no final. Em um todo, o Grêmio foi superior e mereceu o resultado – acrescentou.

Fernando Carvalho, um dos maiores dirigentes da história do Inter, confidenciou a Luciano Périco – jornalista da radio gaucha

– o que achou da contratação de Vanderlei Luxemburgo pelo Grêmio

- É uma péssima contratação, para o Inter.

No dia seguinte, 23 de fevereiro, foi apresentação de Vanderlei Luxemburgo, o treinador

prometeu que o clube vai estar na Libertadores de 2013, independente dele renovar ou não.

- Agora começa a era Luxa. Nós colocaremos o Grêmio na Libertadores. O Grêmio precisa disputar as principais competições sul-americanas.

O Gre-Nal e suas aspaspor Eduardo Papke

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Desde 1992 a hegemonia no futebol ucraniano é dividida entre Shakhtar Donetsk e Dynamo Kyiv. Os dois quase sempre permanecem no topo da tabela com “sobras” em relação aos outros. Atualmente, o Metalist está se aproximando bastante. Quer tentar o mesmo que o Tavriya, último time que conquistou uma liga ucraniana (justamente em 1992).

Há algum tempo atrás se esperava que essa quebra de hegemonia começaria com o Dnipro, que passou a investir pesado em contratações e, além disso, já é um time historicamente grande. De meados da década de 70 até meados da de 80, o Dnipro conquistou dois títulos soviéticos (1983 e 1988) e se tornou o primeiro clube profissional da URSS.

Nomes como Oleg Protasov,

Hennadiy Litovchenko, Oleksiy Cherednyk e Oleg Taran até hoje arrancam lágrimas dois mais antigos torcedores. Entretanto, desde este período o Dnipro passou a ser um verdadeiro “gigante adormecido”, vendo times como Metalist e Shakhtar crescerem e conquistarem a simpatia da nação (principalmente a equipe de Donetsk).

Na temporada passada o proprietário Andiy Stetsenko decidiu que não bastava apenas trazer jogadores. Era preciso mudar a filosofia, assim como fez o Shakhtar quando contratou Mircea Lucescu. Foi exatamente por isso que trouxe o experiente treinador espanhol Juande Ramos para o banco de reservas, bancando -ponderadamente- suas contratações.

O técnico, por sua vez, se mostrou contente com o elenco trazendo

apenas Matheus, Zozulya, Derek Boateng e Nikola Kalinic (foto) para 2011-2012. Este último para substituir Yevgen Seleznyov (em russo Seleznev), artilheiro da UPL em 2010-2011, que foi para o Shakhtar. A princípio pareceram poucas contratações, mas considerando que o elenco já contava com Giuliano, Ruslan Rotan, Mandzyuk, Konoplyanka e Strinic, foram “cirúrgicas”.

Quando a bola rolou, tudo pareceu mais complicado do que realmente era. Os insucessos do time caíram como uma “bomba” para a torcida e também para Ramos. Hoje a diferença do Dnipro, 5° colocado, para o líder Shakhtar é de exatamente 18 pontos, em 19 rodadas disputadas. O que é algo bizarro, pelo elenco do Dnipro.

É fato que Juande Ramos ainda não encontrou uma formação para o time. Logicamente não pude ver todos os jogos do Dnipro na temporada, mas em todos que pude acompanhar, foram utilizados esquemas diferentes: 4-4-1-1, 4-4-2, 4-3-2-1 e, algumas vezes, até 4-3-3. Isso quando os jogadores não perdiam o controle e atacavam como loucos. Literalmente na base do abafa.

Não restam dúvidas de que quando um time não está bem, seu treinador deve mudar. Mas quando estas mudanças não são bem-sucedidas, ele precisa insistir em uma formação até que o plantel se habitue. Caso contrário,

E aí Dnipro?!por Gilmar Siqueira

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FUTEBOL UCRANIANOnão haverá um padrão de jogo. Foi exatamente isso que aconteceu na partida Illychivets 3x2 Dnipro, onde a equipe de Dnipropetrovsk saiu perdendo por 2x0 e empatou no segundo tempo apenas por ter jogado com raça. Mas quase nenhuma técnica.

O esquema ideal

Pelas peças que tem, julgo que o esquema ideal para o Dnipro seja o 4-4-1-1, principalmente pela chegada de Matheus. Normalmente concordo com as opções para goleiros, mas depois de ter visto Kanibolotskiy na Ucrânia sub-21 no último Europeu, não sei como ele é reserva do tcheco Lastuvka.

Na zaga Mandzyuk é incontestável. Titular tanto no Dnipro quanto na seleção ucraniana de Oleg Blokhin. Excelente nome. Ultimamente Juande vem utilizando Cheberyachko como seu companheiro, mas como ele é lateral, por vezes acaba se complicando. O nome do experiente volante croata Ivan Strinic me soa um pouco melhor.

Já que Cheberyachko é um lateral, Ramos poderia colocá-lo em sua posição -pela esquerda. Na direita Samuel Inkoom é o melhor, mas em casos extremos o winger Denys Kulakov pode ser recuado, atuando como lateral mais ofensivo.

Na faixa central do meio o nome do volante Ruslan Rotan é incontestável. O capitão do time passa uma enorme confiança e também é titular na Ucrânia. O problema é decidir quem pode ser

seu companheiro. Nomes como Kravchenko, Boateng e Strinic são normalmente utilizados. O jogador ganês prefere atuar pela esquerda, mas como não vai tomar a posição de Konoplyanka, já foi escalado pelo centro.

Até o começo da temporada Giuliano era titular incontestável pelo lado direito do meio-campo. Mas não correspondeu. Nas últimas rodadas veio sendo trocado por Kulakov. Acharia uma medida interessante se o brasileiro passasse e jogar ao lado de Rotan, deixando o time mais criativo. Além do mais, Giuliano por vezes abdica do jogo pelas laterais e pouco chega à linha de fundo. Geralmente tende a cortar para o meio.

Do lado esquerdo está a “pérola” deste time, o jovem Yevgen Konoplyanka. Dono de uma técnica fantástica está jogando em uma “fogueira” enorme, sendo exigido demais. O jovem meia (22 anos) é dono de uma qualidade técnica sensacional e um toque de bola muito refinado, pouco comum a jogadores do leste Europeu. Por vezes tenta chamar

o jogo, mas não consegue resolver sozinho.

Matheus começou como titular, foi para o banco e agora voltou a ser escalado. O ex-atacante do Braga é o nome ideal para ficar nos 3/4 do campo, fazendo a ligação com o ataque. Muito se fala de outro garoto: Roman Zozulya, ex-Dynamo Kyiv. Ele realmente é bastante promissor, mas ainda não jogou o suficiente para estar entre o XI titular.

A posição de “9” é uma das poucas que por enquanto não vem gerando dúvidas em Juande. Desde que chegou, Nikola Kalinic marcou 7 gols e desbancou as “incógnitas” Oleksiy Antonov, Denys Olyinyk e Dmytro Lyopa, que não passavam a mesma confiança que Seleznyov.

Preciso destacar que Juande Ramos já utilizou o time assim por algumas vezes. Mas ele não teve paciência de permanecer com o mesmo por 4 ou 5 rodadas, este foi o problema. Posso até estar terrivelmente enganado, mas pelo que conheço, estas seriam as melhores opções para o Dnipro hoje.

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Kazuyoshi Miura nasceu no dia 26 de fevereiro de 1967 na cidade de Shizuoka. Não tenho a total certeza mas ele é o jogador japonês mais velho ainda em atividade. É o camisa 11 da equipe do Yokohama FC da J-League 2.

Kazu antes do futebol profisional

Em 1973 com apenas 4 anos de vida, Kazu vai jogar na escolinha do Jonai F.C., um time apenas especializado nas categorias de base saindo do time em 1979 com 12 anos, indo para o time High School do Jonai FC. 4 anos depois em 1982, Kazu vai para o Shizuoka Gakuen High School. Com boas atuações na equipe, Kazu recebe uma grande notícia. Recebe a proposta para jogar nas categorias de base da Juventus

da Mooca. Kazu não pensou duas vezes e aceita a proposta. Joga na base do muleque travesso por 4 anos.

Pelos profisionais do Brasil

Em meados de 1986 o menino Kazu recebe a proposta de jogar nos profisionais do Santos Futebol Clube. Kazu aceita, porém fica pouco tempo no peixe e ainda em 1986 vai para o Palmeiras. Não aproveitado pelo porco, deixa o estado de São Paulo para jogar na equipe do Matsubara no Paraná. Mal aproveitado em ambas as equipes em 1987 assina contrato com o CRB por onde joga por pouco tempo. Pouco depois de chegar no CRB já volta para o estado de São Paulo para jogar na equipe do XV de Jaú. Kazu é bem aproveitado no time

de Jaú conseguindo marcar seus primeiros gols na carreira. Kazu começava a se destacar pelo XV. Em 1989, Kazu novamente deixa o estado de São Paulo para voltar ao estado do Paraná. Desta vez vai jogar na equipe do Coritiba onde tem uma grande importância para o coxa, fazendo gols e sendo um dos melhores jogadores do Coritiba no caneco do Cameponato Paranaense de 1989. Em 1990 volta ao peixe, faz boas partidas no Campeonato Paulista, fazendo alguns gols, após o Paulistão, volta ao Japão.

O auge

Após o campeonato paulista de 1990, Kazu volta ao Japão para atuar pelo seu primeiro clube profisional do Japão, o Yomiuri(atual Tokyo Verdy) e é campeão da Japan Soccer League em 1991 e 1992. Na JSL de 1992 recebe o premio de MVP da competição. Em 1993 é inaugurada a J-League e o Verdy Kawasaki contando com grandes jogadores como Bismarck, Kazu, Ramos, Pereira, Kitazawa, Hashiratani, entre outros se sagra campeão da J-League e da J-League Cup em 1993. Kazu em 1993 também recebe o prêmio de MVP da J-League e de melhor jogador da Ásia em 1993. É escalado para os 11 melhores da J-League e também ganha o prêmio de esportista japonês em 1993. No ano de 1994, Kazu

A história de Kazu, o japônes que veio ten-tar a vida em solo brasileiro.por Elias Falarz

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assinou seu primeiro contrato com um clube europeu, o Genoa. Joga 21 vezes marcando apenas 1 gol no derby contra a Sampdoria. Não vingando pelo Genoa, Kazu volta ao Verdy em 1995 sendo escalado para o J-League Best Eleven de 1995 e 1996, artilheiro na J-League em 1996 e campeão da Emperor’s Cup (Copa do Imperador em português) de 1996, ficando no Verdy até 1998. No ano seguinte Kazu assina outro contrato europeu, desta vez seu destino é a Croácia onde vai jogar no Dinamo Zagreb, joga apenas 12 jogos passando em branco. No mesmo ano assina contrato com o Kyoto Purple Sanga ficando no clube até 2000.

Com o fim do contrato de Kazu com o Kyoto Purple Sanga no final de 2000, no ano seguinte assina contrato com Vissel Kobe onde tem como colega de time o volante ex Santos, Tomo Sugawara. Tem uma grande fase pelo Vissel, saindo do clube em 2005 assinando contrato com o Yokohama FC, time conhecido por contratar jogadores aposentados da seleção japonesa. Mas no final de 2005 o Sydney FC anuncia a contratação de Kazuyoshi Miura para a disputa do Mundial Interclubes do mesmo ano. Outra grande estrela no elenco do Sydney FC era o experiente atacante Dwight Yorke. Kazu também participa dos jogos das últimas rodadas da A-League. Chega o Mundial, Kazu joga bem pelo time australiano, mas não marca gols. o Sydney termina a competição com a conquista do 5º Lugar. Kazu volta ao Yokohama FC onde é capitão e titular aos 42

anos.

Na Seleção

Kazu Miura jogou na seleção japonesa, de 1990 até 2000. Sua estréia pelos Blue Samurais foi no dia 26 de setembro de 1990, contra a seleção de Bangladesh, a seleção ganhou por 3-0, mas o primeiro gol de Kazu pelos Blue Samurais foi no dia 26 de Agosto de 1992 na vitória contra a Coréia do Norte por 4-1. O último jogo de Kazu foi também o jogo de seu último gol pela seleção, a vitória contra a Jamaica por 4-0 no Hassan II International Cup. Kazu foi o MVP da Copa da Ásia em 1992, a primeira edição vencida pelos japoneses. Kazu também jogou a Copa das Confederações de 1995 (competição que na época não era oficializada pela FIFA) e a Copa da Ásia em 1996.

Kazu com 89 jogos e 55 gols pela seleção é o segundo maior artilheiro da história dos Blue Samurais ficando apenas atrás de Kunishige Kamamoto que tem 20 gols a mais que King Kazu. As maiores injustiças de Kazu na seleção foram com certeza a não classificação para a Copa do Mundo de 1994, jogo que é relembrado pelos torcedores japoneses como “Agony of Doha” e a não convocação para a Copa do Mundo de 1998, já que era titular absoluto do Japão nas Eliminatórias. Kazu nunca disputou uma Copa do Mundo, porém com sua bela história, com tudo que ele fez pelos clubes, pela seleção e principalmente pelo futebol japonês jamais será esquecido. Kazu sem duvidas é o maior jogador japonês de todos os tempos. Obrigado Kazu!

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Abram aspas para algumas pérolas do futebol:“Nem que eu tivesse dois pulmões eu alcançava essa bola.”Bradock, amigo de Romário, reclamando de um passe longo.

“A partir de agora meu coração tem uma cor só: rubro-negro.”Fabão, zagueiro baiano, ao ser apresentado no Flamengo.

“No México que é bom. Lá a gente recebe semanalmente, de 15 em 15 dias.”Ferreira, ex-ponta-esquerda do Santos.

“O meu clube estava à beira do precipício, mas tomou a decisão correta: deu um passo à frente.”João Pinto, jogador de futebol do Benfica de Portugal.

“Jogador tem que ser completo como o pato, que é um bicho aquático e gramático.”Vicente Matheus, eterno presidente do Corinthians.

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