Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

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Ano IV • Nº 32 • Abril 2002 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br FAST FOOD: UM FILÃO PROMISSOR NOVIDADE: SEÇÃO PERFIL Embalagem torna-se vital para faturar no segmento de Embalagem torna-se vital para faturar no segmento de

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Edição de abril de 2002 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.comEsta edição está incompleta, sem alguns dos anúncios, pois foi recuperada de um arquivo muito antigo. Ainda assim é possível ler as matérias.

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Ano IV • Nº 32 • Abril 2002 • R$ 6,00

www.embalagemmarca.com.br

FAST FOOD: UM FILÃO PROMISSOR • NOVIDADE: SEÇÃO PERFIL

Embalagem torna-se vital para faturar no segmento de

Embalagem torna-se vital para faturar no segmento de

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mbora o Sumário deEMBALAGEMMARCA,

que aparece nas primeiraspáginas da revista, apre-sente uma síntese de seuconteúdo, algumas vezesutilizamos este espaço parachamar a atenção para al-gum tema específico. É ocaso, nesta edição, da se-ção Perfil. Ela vem atendera grande número de suges-tões no sentido de que to-dos os meses seja mostra-do um pouco de história,trabalho, métodos de ges-tão e produtos de empresasintegrantes da cadeia deembalagem.Como provavelmente sur-girão perguntas sobre o cri-

tério de escolha das empre-sas que serão retratadas,adianto desde já que seráestritamente jornalístico.O objetivo desse novoserviço é oferecer ao mer-cado, nos limites do espa-ço disponível, uma visãoampla e profunda do queempresas fornecedoras deprodutos e serviços na áreade embalagem podem dis-ponibilizar para seus po-tenciais clientes. Dentrodessa orientação, a reda-ção julgará qual a “empre-sa do mês” que estarásendo apresentada naseção. Atenção: não se tra-ta de “concurso” nem de“prêmio”.

A área comercial não teráinfluência nessa decisão.Como é norma em EMBA-LAGEMMARCA, tambémem Perfil a informaçãoprevalecerá sobre o fatura-mento fácil. A quem por-ventura se perguntar seacaso vivemos de brisa,dedicando monasticamen-te nosso trabalho ao en-grandecimento da cadeiade embalagem, e só, a res-posta é não. Mas acredita-mos que a captação deanúncios deve decorrer daboa ação comercial e dobom jornalismo, não fazeras vezes deste. Até maio.

Wilson Palhares

Um novo serviço de informação

E

A cada mês seráretratada umaempresa da cadeiade embalagem

Sempre perto de você. Com um investimento de R$ 11 milhões, no prazorecorde de 90 dias, a Wheaton Brasil reconstruiuum de seus maiores fornos, dedicado à linha de

frascos para a indústria farmacêutica.

Já em plena fase de produção, esse equipamentopossibilitou a modernização e a automação de

todos os processos, proporcionando dinamismoainda maior à nossa linha de produção.

Permitiu também reduzir a emissão de particulados. É a Wheaton Brasil contribuindo com

a preservação de nosso meio ambiente.

FICHA TÉCNICA

Capacidade de produção: 35 milhões de frascos por mês Velocidade: 3,54 toneladas por hora Combustão: Gás natural

WHEATON BRASILTel.: (11) 4355-1800

e-mail: [email protected] é um compromisso presente

em todas as nossas ações

32editorial 25/04/02 18:01 Page 99

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ENTREVISTA:FÁBIO MESTRINERAlém de valorizar odesign de embalagem, o novo presidente daAbre diz que sua gestãoserá marcada pelaampliação do número deassociados da entidade

CAPA: HOME CARESofisticação dos produtos de limpezadoméstica abre ótimasperspectivas paracadeia de embalagem

DECORAÇÃOCold stamping é boa alternativa para impressão de embalagens e rótulos de produtos premium

PERFILUma nova seção quetrará a cada edição atrajetória de uma importante empresa domercado de embalagem. Na inauguração, um raio X da Antilhas

FAST-FOODDemanda por embala-gens para lanches erefeições ligeiras crescesem parar

MAKING OFComo foram concebidosos cartuchos de papelcartão usados pelaNivea para promoversuas novas linhas demaquiagem e dehidratantes corporais

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro [email protected]

Thays [email protected]

ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Wagner Ferreira

Circulação e AssinaturasClaudia Regina Salomão

[email protected] anual (11 exemplares): R$ 60,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Tiragem desta edição7 500 exemplares

Filiada ao

Impressa em papel couché Image Mate 115 g/m2 (miolo) e

couché Image Art 145 g/m2 (capa)da Ripasa S. A. Celulose e Papel

Impressa pela Grande ABC

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

www.embalagemmarca.com.brO conteúdo editorial de EMBALAGEMMARCA éresguardado por direitos autorais. Não é permi-tida a reprodução de matérias editoriais publi-cadas nesta revista sem autorização da Blocode Comunicação Ltda. Opiniões expressas emmatérias assinadas não refletem necessaria-mente a opinião da revista.

abril 2002

3 Editorial

A essência da edição do mês

6 Cartas

A opinião, a sugestão e os comentários dos leitores

40 Display

Lançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagem

46 Almanaque

Fatos não muito conhecidos douniverso das embalagens

36 Panorama

Movimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

34 Painel Gráfico

Novidades do setor, da criaçãoao acabamento de embalagens

14 Adesivos

Rohm and Haas inaugura novafábrica de selantes e adesivos

28 Evento

Pack Design Show, a mais nova atração da Fispal

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A respeito da reportagem “Ba-charéis em Packaging” (EMBA-LAGEMMARCA nº 30), esclarece-mos que o curso de Design de Em-balagem da Universidade Anhem-bi Morumbi é pioneiro no Brasilna formação superior de profissio-nais para a área, tendo sido criadoem 1998 e formado sua primeiraturma no final de 2001, com o re-conhecimento do Ministério daEducação.Quanto à afirmação de que “todasas 290 vagas do estreante curso deDesign Digital e de Embalagem,aberto em 2001, foram preenchi-das”, informamos que a Universi-dade Anhembi Morumbi ofertadois cursos distintos na área deDesign: o curso de bacharelado emDesign Digital, criado em 1998, eo curso de bacharelado em Designde Embalagem, supracitado, cria-do no mesmo ano. Nenhum dosdois cursos é, portanto, estreante.No ano passado, foram ofertadas280 vagas para Design Digital e 40para Design de Embalagem. AUniversidade Anhembi Morumbiimplementou, em 1999, o curso depós-graduação em Design de Em-balagem, que formou sua primeiraturma no ano 2000.

Adriana ValeseCoordenadora do curso de

design de embalagemUniversidade Anhembi Morumbi

São Paulo, SP

Com relação à reportagem decapa da edição de fevereiro de2002, uma importante Instituiçãode ensino de embalagem não foimencionada. É a Universidade Es-

tadual de Campinas, nas faculdadesde engenharia de alimentos (FEA)e de engenharia química (FEQ). NaFEA existe a disciplina “Embala-gem para Alimentos”, no curso degraduação e mestrado. Em doutora-mento, esta é a única instituição dopaís com esta área de concentração.Como mestre formado na UNI-CAMP e trabalhando na área, é mi-nha responsabilidade divulgar aInstituição, que já formou a maio-ria dos pesquisadores de embala-gem com o título de mestre e dou-tor do país, além de inúmeros pro-fissionais que, hoje, atuam comembalagem, nas áreas de desenvol-vimento e tecnologia.

Randolpho Neto Engenheiro de embalagem pleno

São José dos Campos, SP

Quero parabenizá-los pela exce-lente revista que nos atualiza e for-nece dados a respeito desta áreatão pouco divulgada. Gostaria deregistrar, porém, que na matéria“Bacharéis em Packaging” (EMBA-LAGEMMARCA nº 30) nada foi ditosobre os bacharéis formados emdezembro de 2001. Ingressei nocurso de Design de Embalagem daUniversidade Anhembi Morumbino início de 1998. Apesar do pe-queno número de formados (seispessoas), terminamos o curso, quefoi reconhecido pelo MEC comnota B. Acho oportuno registrartambém que o mercado de trabalhoestá bem restrito no momento,principalmente pela falta de divul-gação do curso. Aproveito a cartapara agradecer o conteúdo destarevista, que muito me ajudou nostrabalhos da faculdade e me ajudaprofissionalmente. Acompanho-adesde o primeiro número.

Adriana CuryDesigner de embalagem

Companhia das ErvasMorungaba, SP

NR: Na mesma reportagem, o tele-fone da Panamericana – Escola deArte e Design foi publicado incor-retamente. O número certo é (11)3885-7890.

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Anunciar em EMBALAGEMMAR-CA não é apenas esperar retornoem vendas, mas também um traba-lho institucional. Quando precisa-mos criar uma marca no mercadocom respeito, lucidez e profissio-nalismo, um dos meios de comuni-cação na mídia impressa é EMBA-LAGEMMARCA. Eu diria que ela é aRede Globo da mídia direcionadaà embalagem.

Marco Antonio Dias de OliveiraDiretor comercialE-Packing Group

São Paulo, SP

Gostaria de parabenizá-los pelamatéria sobre o potencial de con-sumo do público single (“Mesapara... um”, EMBALAGEMMARCA nº30, página 23). Achei tão interes-sante que fiquei estimulada a pes-quisar mais sobre esse assunto.

Tathiana Helena de SouzaEstudante de marketing

São Paulo, SP

Gostaria de completar uma notí-cia que saiu na edição nº 30 deEMBALAGEMMARCA (página 36)sobre a Eastman. A divisão da Eas-tman em duas empresas diferentesfoi definitivamente abandonada,pois os objetivos de gerenciamentoindependentes de cada área da em-presa (Especialidades & Commo-dities) foram atingidos com a cria-ção da divisão Voridian, engloban-

PROJETO FLEXOFILM

Na edição nº 30 (fev/2002), no

anúncio do Projeto FlexoFilm e

Design, foi publicado: “Note o

brilho e o poder de atração que

a laminação do filme metaliza-

do com papel cartão certamen-

te exercerá sobre o consumi-

dor no ponto-de-venda.” O cor-

reto seria informar: “Note o as-

pecto aveludado e o poder de

atração que a laminação do fil-

me fosco com papel cartão cer-

tamente exercerá sobre o con-

sumidor no ponto-de-venda.”

32cartas 25/04/02 14:56 Page 1

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Redação: Rua Arcílio Martins, 53

CEP 04718-040 • São Paulo, SP

Tel (11) 5181-6533

Fax (11) 5182-9463

[email protected]

As mensagens recebidas por carta, e-

mail ou fax poderão ter trechos não es-

senciais eliminados, em função do es-

paço disponível, de modo a dar maior

número possível de oportunidades aos

leitores. As mensagens poderão tam-

bém ser inseridas no site da revista

(www.embalagemmarca.com.br).

MENSAGENS PARA EMBALAGEMMARCA

do os negócios de PET, FibrasAcetato, Filter Tow e Polietilenos.A Eastman hoje está organizada deforma que os negócios químicos ede especialidades estejam separa-dos gerencialmente da divisão Vo-ridian, formando dois focos distin-tos de gestão.

Alexandre VieiraGerente Marketing & Vendas

Eastman do BrasilSão Paulo, SP

Parabéns a todos da equipe darevista EMBALAGEMMARCA, prin-cipalmente ao pessoal que lidacom Internet. O site é ótimo e mui-to fácil de navegar. Suas notícias,informações e links são realmentemuito bons.

André AddorVendedor da Unilever Bestfoods

Belo Horizonte, MG

Sou assinante e adoro a revistade vocês. Tenho certeza que todos

os interessados no desenvolvimen-to do mercado brasileiro de emba-lagem apreciaram o envelope me-talizado desenvolvido para o Pro-jeto FlexoFilm e Design. Mas ima-gino que tenha saído muito cara aprodução dos envelopes. Por isso,permitam-me fazer uma sugestão:da próxima vez, tentem utilizar umfilme de PVC. Acredito que sairiamais barato.

Betty SansonPesquisadora e professora da

UnB-Universidade de BrasíliaBrasília, Distrito Federal

Gostaria de parabenizá-los pelomaravilhoso site de EMBALAGEM-MARCA. Trabalho diretamente comembalagens numa empresa multi-nacional no segmento de cafés.Procurando informações sobremarcas e noticias do que está acon-tecendo com embalagens, encon-trei o site de vocês, que superoutodas minhas expectativas, fazen-

do-me enxergar que posso ficarmuito bem atualizado entrandodiariamente nele.

Márcio Cristiano MazzetoEncarregado de Almoxarifado

Sara Lee Cafés do BrasilBarueri, SP

32cartas 25/04/02 14:56 Page 2

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uma linha possível de interpreta-ção, pode-se dizer que o Brasilreúne elementos altamente des-favoráveis à evolução de seumercado de embalagem. Entreos mais negativos está o baixo

poder aquisitivo da maior parte da popu-lação, que torna a guerra de preços e o lan-çamento de produtos “de combate” vitaisem inúmeros segmentos do varejo.Apesar desses persistentes fatores, feliz-mente os projetos de embalagem feitos poraqui revelam cada vez mais seriedade. In-vestimentos em rótulos atraentes, tampaspráticas e eficientes, ou materiais e formatosinovadores já não são privilégios de marcascaras e sofisticadas.Esse processo vem afastando a hipótese deque o Brasil não tem potencial para investirem design de embalagem. Ainda que às ve-zes a contragosto, hoje as empresas envolvi-das no mercado de embalagem estão cons-cientes da importância dos profissionais decriação no processo produtivo.Essa impressão foi reforçada recentemente,com a eleição de um dos expoentes da novageração de designers do país à presidênciada Associação Brasileira de Embalagem.Fundador da agência Packing, especializadaem desenvolvimento de embalagem, FábioMestriner torna-se o primeiro designer a co-mandar a diretoria da tradicional entidadeem toda sua história.Ex-coordenador do Comitê de Design daprópria Abre, Mestriner tem pela frente umamissão mais ampla do que a valorização dodesign de embalagem. Como ele mesmodiz, o “desafio agora é representar a cadeiade embalagem como um todo”.

Considerando a evolução e o destaque al-cançado pelo design de embalagem brasi-leiro nos últimos anos, o que o senhor tem adizer sobre a posse do primeiro designer nahistória da presidência da Abre?Está havendo uma mudança na maneiracomo o design se relaciona com o segmen-to produtivo no Brasil. Esses eram doismundos que não se conversavam muito

N

Mais do que manter o esforço de integração do

design com a indústria deembalagem, FÁBIO MES-

TRINER, primeiro designera ocupar a presidência daAbre em sua história, quer

criar comitês regionais eaumentar o número de as-sociados da entidade. Ou-

tros pontos ainda serãodebatidos com o novo con-selho, mas ele diz que sua

gestão lutará pela repre-sentatividade da Abre.

entrevista

DIV

ULG

ÃO

“Em busca de representatividade”

32entrevista 25/04/02 15:05 Page 8

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um workshop de planejamento estratégi-co. O objetivo é estabelecer, de comumacordo, as metas principais da gestão. Al-gumas dessas metas já estão esboça-das.Queremos tornar a Abre mais repre-sentativa. Para ter mais peso, é preciso au-mentar o número de associados, além deconquistar representatividade em todo oterritório nacional. Nossos associados es-tão muito concentrados aqui em São Pau-lo, e nossa meta é criar comitês regionais,que levem as atividades da Abre às diver-sas regiões do país. Trabalhos que vinhamsendo desenvolvidos pela gestão anteriortambém serão mantidos. Um dos desta-

ques é a criação do Museu da Pro-paganda e da Embalagem, que de-verá ser inaugurado já nesse ano.Ele funcionará em Sào Paulo, noCentro de Documentação da ESPM(Escola Superior de Propaganda eMarketing), com quem a Abre man-tém um convênio. A partir do queserá exposto no museu, será produ-zido um livro sobre a história daembalagem no Brasil. A diretoria de uma associação declasse é suscetível a acusações deprivilégio a determinados elos da ca-deia produtiva que representa. Comoé possível gerir a Abre, conciliandoos interesses de todos que fazem par-te do mercado de embalagem?A política da Abre sempre foi a danão-competição entre os materiais. Afunção da Abre é conciliar os vários

materiais, até porque eles têm suas associa-ções específicas, que promovem o cresci-mento de cada um deles. Temos que fazeraquilo que essas associações específicasnão podem fazer, ou seja, pensar a embala-gem como um todo. Representar a cadeiaprodutiva como uma atividade completa.Essa postura, aliás, sempre foi defendidapelo Sérgio Haberfeld. E uma das razões daminha eleição é que eu não sou ligado a ne-nhum elo específico do setor. Afinal, o de-signer tem que trabalhar com qualquer tipode material. Ao mesmo tempo, isso repre-senta um grande desafio para mim, porqueeu não estarei mais representando o design.Minha responsabilidade agora é lutar pelaindústria como um todo.

bem, embora o design precise funcionarjunto com a cadeia produtiva. No nossocaso específico, o design é um componenteestratégico do negócio da embalagem,além de ser a vitrine do setor. E a junçãodesses dois elementos ocorreu com maisforça nos últimos anos, em grande partegraças ao ex-presidente da Abre, SérgioHaberfeld. Ele apoiou e compreendeu essainiciativa. O mérito é, portanto, da Abre, enão meu. Aliás, não é só a Abre que nuncahavia sido presidida por um designer. Atéhoje, nenhuma entidade de classe que nãotenha ligação com produção artística teveum designer à frente de sua diretoria noBrasil. Isso reforça o fato de que odesign de embalagem se tornou umaatividade extremamente técnica. Te-mos que saber sobre rotulagem, téc-nicas de impressão, dispositivos deabertura e fechamento, entre outrastecnologias. Isso obriga o designer aentender a indústria como um todo.

Mas o discurso do projeto integradonem sempre é posto em prática. Hácasos extremos em que o designersequer sabe o nome da empresa queestá produzindo o rótulo da embala-gem na qual ele está trabalhando. Uma das metas do Comitê de De-sign da Abre, que será mantida naminha gestão, é exatamente desen-volver a consciência da importânciado projeto integrado. Os workshopstécnicos, que passaram a ser feitosnas próprias indústrias, visam exatamentecolocar os designers em contato com ostécnicos e equipamentos que produzem asembalagens que eles conceberam. Estamosnos esforçando, mas é claro que não se tra-ta de algo simples a ser feito. Por outrolado, garantimos que existe uma determi-nação clara nessa direção e estamos traba-lhando sem parar para que isso aconteça. Aconsciência precede a ação, e eu diria quejá deixamos o nível da consciência, paraagir de verdade.

Como o senhor resumiria os principais ob-jetivos e políticas de sua gestão?Queremos trazer a diretoria para um pro-jeto comum. Isso vai ser feito a partir de

Faremos workshops deplanejamento

estratégico paramobilizar a diretoria

em busca de umprojeto comum.

Outro destaque daminha gestão será

a inauguração do Museu da

Propaganda e daEmbalagem

32entrevista 25/04/02 15:05 Page 10

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Qual o consumo per capita de embalagemno Brasil hoje, e qual a situação do país emrelação a economias semelhantes à nossa?Hoje o consumo per capita brasileiro deembalagem está em torno de 51 dólares porano, sendo que a média mundial é de 85 dó-lares. Antes da crise, na Argentina esse ín-dice era de 127 dólares por habitante. Por-tanto, se elevarmos o consumo brasileiro deembalagem aos padrões mundiais, já tere-mos alcançado um desenvolvimento ex-traordinário. A média baixa deve nos ani-mar, ao invés de nos deixar críticos e pessi-mistas. Para nós essa disparidade represen-ta o que podemos ser.

O senhor acha que as marcas popu-lares comportam investimentos emdesign de embalagem?Esses são os produtos para os quaisa embalagem pode oferecer seumaior benefício. Porque esses pro-dutos precisam mais de embalagemdo que aqueles que têm apoio depropaganda e grande poder de mar-keting por trás deles. Os produtospopulares não têm isso, por isso sevalem quase que exclusivamente daembalagem. Também é preciso dei-xar claro que, de uns anos para cá, odesign de embalagem tornou-semuito barato e acessível no Brasil.Ele só não é mais utilizado pelasempresas, porque falta cultura dedesign no Brasil. Os industriais es-tão em processo do entendimentodos benefícios que os designers de emba-lagem, e a própria indústria de embala-gem, podem oferecer aos seus produtos. AInternet está ajudando nesse processo. Elatem feito com que as indústrias que estãofora dos grandes centros comecem a teracesso ao mesmo padrão de design de em-balagem que as grandes empresas.

A iminência da entrada em vigor da Políti-ca Nacional de Resíduos Sólidos, ainda emdiscussão na Câmara Federal, coloca aquestão ambiental no centro das atenções.Como a Abre se posiciona ante a possibili-dade de criação de mecanismos e leis querepassem parte do custo de destinação e detratamento do lixo urbano às empresas

usuárias e fornecedoras de embalagem? Nós não excluímos essa possibilidade. Épor isso que a Abre tem participado de to-das as discussões a esse respeito. Temosum Comitê de Meio Ambiente na entida-de, aberto a essa discussão. É preciso lem-brar também que a Abre em momento ne-nhum se mostrou contrária a iniciativasambientais, tanto que estamos apoiandouma séria de ações de reciclagem. A indús-tria tem responsabilidade nesse tema, porisso estamos participando dessas iniciati-vas. A solução que vai ser tomada aindanão está clara, porque esse é um assuntode grande complexidade. A nossa preocu-

pação é que um assunto dessa im-portância não seja tratado de formaafobada, com adoção de leis basea-das em modelos internacionais quedão certo em países com realidadecompletamente diferente da nossa.Essa legislação precisa favorecer opaís, a sociedade, mas sem prejudi-car a indústria de embalagem. Que-ro lembrar que na Fispal desse ano,teremos um stand do Comitê deMeio Ambiente da Abre, mostrandonossas iniciativas de reciclagem.

Um dos papéis das associações e en-tidades de classe é fornecer dados eestatísticas sobre o setor que repre-sentam. Como anda o banco de da-dos da Abre e quais iniciativas estãoprevistas para fortalecê-lo como umareferência no mercado?

A Abre tem um centro de documentaçãoe informação, o Cenade (Centro Nacionalde Apoio ao Desenvolvimento de Emba-lagens), que todos podem acessar. Toda aequipe da Abre trabalha na atualizaçãodesse serviço. Qualquer empresa que qui-ser informações sobre fornecedores parauma solução específica de embalagem en-contra na Abre uma excelente fonte de in-formação. Quanto aos dados macroeconô-micos, a Abre manterá seu contrato com aFundação Getúlio Vargas. Nesse setor, anovidade é uma parceria com a Datamark,que também garantirá a oferta de inúme-ros dados sobre a movimentação do mer-cado de embalagem no Brasil para os as-sociados da Abre.

A questão dos resíduosurbanos não

pode ser tratada apressadamente.

Qualquer que seja a legislação

escolhida, ela teráque favorecer a

sociedade, sem prejudicar a indústria de

embalagem

veja

mais

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32entrevista 25/04/02 15:05 Page 12

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jofer 25/04/02 16:44 Page 1

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ma das mais fortes compa-nhias no mercado mundial deadesivos e selantes, a Rohmand Haas está investindo pe-

sado para fortalecer sua marca nos paíseslatino-americanos. No Brasil, esse com-promisso ficou mais que claro no iníciode abril. A empresa inaugurou sua plantabrasileira reformada de Jacareí (SP), quepassa a ter produção verticalizada de po-liéster, a matéria-prima para a fabricaçãodos adesivos de base poliuretano, tantoos com como os sem solventes (solven-tless), utilizados pela indústria de emba-lagens plásticas flexíveis.

Até então, a fábrica, uma das cincoda Rohm and Haas presentes na Améri-ca Latina, se dedicava à fabricação deemulsões acrílicas, bases de elaboraçãodos seus PSAs (pressure sensitive adhe-sives, adesivos sensíveis à pressão),consumidos por empresas de rótulos,etiquetas e fitas adesivas. Agora, com osinvestimentos de 15 milhões de dólaresna unidade, o que a coloca em equiva-lência tecnológica às demais fábricas daempresa em todo o mundo, as especia-rias químicas para embalagens flexíveispoderão deixar de ser importadas, comovinha ocorrendo.

Mercado mais próximo“Também haverá uma proximidademaior com os clientes e facilidades emaspectos logísticos e comerciais”, afir-ma Mauro Trevizan, diretor regional deadesivos e selantes da Rohm and Haas.“Ter o ativo, a planta, e uma estruturacomercial própria para o local supply(fornecimento local) gera maior con-fiança e deixa os nossos consumidoresmais confortáveis.”

Com a consolidação da construçãoda fábrica, Trevizan diz que há perspec-

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tivas de se trazer para o Brasil novasplataformas tecnológicas, inclusive coma difusão de novidades, como os adesi-vos com cura por radiação e a linha deadesivos hot-melt reativos. “O objetivoé colocar em evidência os crescentes pa-cotes de soluções que oferecemos edisponibilizar novidades aqui no Brasilquase que com simultaneidade com oresto do mundo”, ele diz.

adesivos

U

Convertedorestranqüilos

Rohm and Haaspassa a fabricar

localmente adesivos para embalagens flexíveis

Rohm and Haas(11) 5185-9000www.latinrohmhaas.com

Planta em Jacareí trabalha com as maisavançadas tecnologias disponíveis

Fase de crescimento Além da maior atenção ao mercado lati-

no, a fome de expansão global da

Rohm and Haas também vem ficando

evidente através da política de aquisi-

ções da empresa.

Uma recente, diretamente ligada à ca-

deia de embalagem, foi a da americana

Benjamin Moore, o que fez da Rohm

and Haas a líder em adesivos cold seal

(com selagem a frio) para embalagens

flexíveis nos Estados Unidos. “Tudo

isso faz parte de uma política que visa

melhorar a imagem da empresa e fazê-

la crescer nesse mercado competitivo,

no qual participam concorrentes de

respeito”, sintetiza o diretor regional de

adesivos e selantes Mauro Trevizan.

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maioria certamente há deconvir que os afazeres do-mésticos ligados à limpezanão são dos mais animado-

res. O pouco ou nenhum prazer ligado aomomento de consumo dos produtos delimpeza talvez seja um dos fatores queexpliquem a atenção menor que eles vêmrecebendo quanto ao quesito embalagem.Pouco a pouco, porém, um maior núme-ro de fabricantes no segmento vem sedando conta de que a busca constante de

uma apresentação caprichada pode ser afórmula ideal para mexer com um merca-do em que fica cada vez mais difícil anun-ciar formulações mirabolantes que con-tem pontos a favor de seus produtos.

Nesse caso, a embalagem pode ser odiferencial, mais em conta e mais fácil dese implementar, para tornar desinfetantes,limpadores, esponjas, panos e congêneres– produtos que formam a categoria que osamericanos tratam por home care – dinâ-micos e atraentes nas gôndolas.

reportagem de capa

A

Para as gôndolasbrilharemEmbalagens tornam-se vitais para faturar no segmento de home careGuilherme Kamio

32home_care 25/04/02 16:31 Page 16

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abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 17

Para aqueles que, ressabiados, achamque investir em embalagem significa umalto risco, argumentando que o mercadode limpeza doméstica não oferece gran-des margens, é muito competitivo e quenão cresce no ritmo de vedetes do mo-mento, vale lembrar que a influência daembalagem nas decisões de compra estáaumentando, na medida em que, cadavez mais, são as próprias donas da casaque vão utilizar o produto. “Contar comuma empregada ou faxineira está setransformando em um luxo, pelo apertoeconômico”, atesta um profissional deembalagem de uma das principais em-presas do segmento, que pede para nãoser identificado. Por isso, surge o desa-fio de conquistar a dona da casa, atra-vés de uma comunicação mais contun-dente e com apelos práticos na embala-gem.

Migrações em altaTal necessidade vem gerando movimen-tos significativos na cadeia de embala-gem. Mesmo que não seja com a mesmarapidez do segmento de higiene pessoal,os fabricantes de produtos de limpezaestão progressivamente substituindo opapel por plásticos, especialmente oBOPP, nos rótulos, “para que eles pos-sam acompanhar a vida útil do produto”,afirma Walkiria Castro, do marketing daNovelprint, fornecedora de soluções emauto-adesivos.

Em sistemas de fechamento, perce-be-se uma corrida para a implantação detampas com sistemas child-proof, ouseja, que tenham mecanismos que difi-cultem o uso indevido dos produtos porcrianças. “É uma forte tendência”, anali-sa Roberto dos Santos Júnior, daárea de marketing e desenvolvi-mento de novos mercados daCrown Cork Tampas Plásticas/Pe-tropar Embalagens. Um exemplode “tampa segura” da empresaque pode ser vista no país é o dodesinfetante sanitário Harpic, daReckitt Benckiser.

Para gerar a desejada empatiacom as consumidoras, as empresasda área também estão dando ênfa-

se a ações especiais. É o caso da Unile-ver. A multinacional anglo-holandesa es-tará homenageando as mães durante osmeses de abril e maio, através de umaedição limitada de Comfort, amaciantelíder de mercado. No rótulo, criado pelaRex Design e importado da Argentina,uma cena de carinho entre uma mãe eseu filho “cria uma associação com oconforto, a maciez e o cuidado deComfort com as roupas”, sustenta aempresa. Outro ponto de diferenciaçãoé o frasco rosado de dois litros, fabri-cado pela Sinimplast, cuja cor procuraremeter à idéia de leveza e carinho.“Ações como essa reforçam o posicio-namento da marca e estreitam aindamais o relacionamento com as consu-midoras”, aponta Anacélia Contador,gerente de marca da Unilever.

Durante o mesmo período, a marcarainha em recall na categoria de detergen-tes em pó, Omo, chegará às gôndolas, emsua versão Multiação, com uma promo-ção com os personagens da série Sítio doPica-Pau Amarelo. Trata-se de um packpromocional, contendo duas unidades doproduto e um boneco, o que foi viabiliza-do através de uma parceria com a Estrela.

Versões mais práticasJá para a nova fórmula do detergente empó com amaciante Minerva, que segundoa empresa “facilita uma das tarefas que aconsumidora menos gosta: passar roupa”,a multinacional anglo-holandesa lançoumão de um cartucho nobre, com um selona forma de ferro de passar aplicado em

hot stamping e relevos emprofusão.

Caso que também mere-ce destaque na Unilever é oda versão em embalagemplástica flexível do deter-gente em pó Brilhante.Mesmo sendo claramenteuma alternativa econômica,sem os requintes de um car-tucho, a busca por conve-niência não foi afastada. As-sim, a empresa resolveu ex-perimentar o uso de fechos

resseláveis nos pouches do

Novos rótulos do amaciante

Comfort celebramo dia das mães

Minerva:nobreza docartucho égarantidapor relevosimpressosem HotStamping

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produto, uma idéia da Novelprint paraproteger o conteúdo da umidade. Deu cer-to, o produto foi aprovado e a idéia conti-nua em prática.

Os demais participantes de peso nomercado de home care também têm novi-dades. Dona de marcas fortes, como Vejae Harpic, a Reckitt Benckiser está apre-sentando o desinfetante Lysol em spray,uma alternativa aos frascos plásticos sim-ples ou com válvulas do tipo gatilho. Aembalagem metálica do produto, da Cia.Metalúrgica Prada, é decorada com coressuaves de fundo e um logotipo azul, obrada Pantani Design. “A idéia é passar umar de assepsia através de um visual lim-po”, resume o designer Adriano Pantani.E leva um novo tipo de abertura, para fa-cilitar o borrifo. Para tanto, a tampa Hel-met, injetada em polipropileno pela Bri-gaplast, tem design concebido para evitaro contato das mãos do consumidor com oproduto.

Quase cosméticosAlém dos acessórios práticos, as embala-gens também vão ganhando contornos ecores mais atraentes. Estão cada vez maispróximas das embalagens de cosméticos, eos produtos que acondicionam também se-

guem esse curso – tudo para conquistar aconsumidora. É o caso do limpador mul-tiuso Ajax Festa das Flores, que está sen-do lançado pela Kolynos do Brasil, cujoapelo é o do perfume prolongado. Sua em-balagem, translúcida, é um dos pontosdestacados para atrair a atenção no ponto-de-venda. Outro exemplo é o novo VejaMulti-Uso Floral, da Reckitt Benckiser,que, com sua “embalagem de altíssimoimpacto”, como a empresa a avalia, procu-ra seduzir através do poder de limpezaaliado ao perfume que deixa no ambiente.

Por sua vez, a Bombril também resol-veu mudar a cara da sua linha de produ-tos para manutenção do lar. As embala-gens, como não podia deixar de ser, cum-prem um papel vital na comunicação des-sa nova fase. Estão mais práticas e colo-ridas, transmitindo uma percepção maisjovem, moderna.

A fabricante da lã de aço mais populardo país também está enfrentando umaconcorrência que, para garantir maioresfatias de mercado, está atenta à importân-cia da embalagem. A Prátika, empresaque fabrica a lã de aço Assolan, está reno-vando seu visual para tentar incutir nosconsumidores uma percepção mais afina-da de qualidade. Assim, a embalagem doproduto está com cores mais vivas, e trazdicas de qualidade de vida e de beleza,que serão sempre renovadas, na sua partelateral. “Fizemos uma pesquisa com con-sumidoras em grandes cidades, e identifi-camos um problema em relação ao layoutda embalagem, que era antiquado”, co-menta Sérgio Guzzo, gerente de marke-ting da Prátika.

Omo com personagens do Sítio do Pica-Pau Amarelo: parceria com a Estrela

Lysol tem visual clean e tampaque evita contato com o produto

Na nova embalagem

do Veja multi-uso, sensação

de assepsia

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Bombril0800 191001www.bombril.com.br

Crown Cork Tampas Plásticas/Petropar Embalagens(11) 5054-4014

Kolynos do Brasil0800 120833www.kolynos.com.br

Logoplaste(11) 3846-5311

Novelprint(11) 3768-4111www.novelprint.com.br

Pantani Design(11) 5041-8184

Reckitt Benckiser(11) 3783-7000www.reckittbenckiser.com

Sinimplast(11) 4061-8300www.sinimplast.com.br

Unileverwww.gessylever.com.br

A MN Design bolou um logotipo maisforte, colocou um amarelo mais vibrantena embalagem, fornecida pela converte-dora goiana Poligel. “Isso foi muito bemavaliado pelas consumidoras numa pes-quisa pós-mudanças”, diz Guzzo. “Comose trata de um produto com um líder mui-to forte, o Bom Bril, é preciso gerar von-tade na consumidora de experimentarnosso produto, através da embalagem.”

EscondidoMais um caso que mostra o potencial dasembalagens no segmento de home care édado pela Limppano, empresa que dire-ciona itens para limpeza doméstica apartir de três linhas de produção: espon-jas, têxteis (panos de chão, flanelas, pa-nos de limpeza) e químicos. Como con-ta a gerente de marketing Cláudia Ban-deira, as vendas da esponja de cobrepara limpeza Adorada aumentaram emcerca de 30% com a migração de umaembalagem flexível de polipropileno,“que escondia o produto das consumido-ras no ponto-de-venda”, para um blistercom duas unidades.

O produto passou a ficar penduradoem displays, o que aumentou sua visibi-lidade. Segundo Cláudia, a cartela comverniz e o plástico termoformado, fabri-cados pela Tecnart, encareceram a emba-lagem. Mas o retorno de vendas com-pensou o investimento. “Isso prova quea boa idéia em embalagem funciona”,ela diz. Por isso, a Limppano vem inves-tindo em melhoras na embalagem, comoa colocação de papel couché nas embala-gens de panos, formatos diferenciadosde embalagem e presença de mais cores.“Sempre investimos em embalagem,pois centramos nossa comunicação noponto-de-venda.”

Pelo que se vê, a sina de “patinhofeio” das embalagens de produtos delimpeza tem tudo para acabar. Bastamuma boa dose de criatividade, sinergiacom o fornecedor de embalagens e, an-tes de qualquer coisa, jogar limpo com oconsumidor.

Para os fabricantes que não podem ou não querem arcarcom os custos da montagem de linhas próprias de em-balagem, uma solução conveniente é a instalação de so-luções in-house, ou seja, plantas terceirizadas em suaspróprias unidades, em parcerias sinérgicas com fornece-dores de embalagem. Muitos dos produtos da Unileverno segmento de higiene e limpeza recebem embalagensfeitas na unidade in-house que a empresa mantém com aSinimplast, a Filial Anastácio, em São Paulo. Já a Reckitt

In-house, solução econômicaBenckiser conta com os serviços da multinacional portu-guesa Logoplaste para embalar seus produtos de limpe-za, como os das linhas Veja, Poliflor, Resolv e Harpic. O principal apelo do in-house, para quem precisa defrascos e garrafas para embalar seus produtos de homecare, é a redução de custos em logística, com menor ma-nuseio e exclusão de etapas. “Funcionamos quase quecomo um departamento do próprio cliente”, diz CarlosReis, diretor comercial da Logoplaste. “Assim, todos ga-nham em dinamismo, e a tecnologia e a expertise sãovoltados para a redução de custos.” De acordo comReis, uma tendência que deve merecer maior atençãonum futuro breve, no segmento de produtos de limpeza,é o acondicionamento em embalagens de PET. “Desen-volver novas tecnologias é premente no atual momentode competição desse mercado”, avalia.

Cores vivas edicas de belezadão o tom nalinha da Prátika

Limppano: depois de optar

por blister, vendas cresceram 30%

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ão há dúvida de que adornosmetalizados em embalagense rótulos enobrecem produ-tos, sendo uma ferramenta

atrativa para estimular no consumidoruma percepção premium. Entretanto, atécnica mais difundida parase implementar enfeites dotipo, a do hot stamping, sem-pre teve como cabrestos ocusto elevado ou as limita-ções intrínsecas ao processo,como a impossibilidade detrabalho com certos subs-tratos plásticos, por causanecessidade de altas tempe-raturas na aplicação. Paraaqueles que sempre quise-ram, mas nunca puderamlançar mão do hot stamping,uma alternativa prometematar essa vontade: a deco-ração a frio.

Trata-se, na verdade, deuma classificação genéricaque reúne diversas técnicasque estão se popularizandona Europa e nos Estados Unidos sob onome de cold foiling, para impressõesflexográficas em estações de banda es-treita (narrow web). Elas simulam a apa-rência do hot stamping, porém dispen-sando as altas temperaturas e a confecçãode ferramental. Além da possibilidade daaplicação em substratos “problemáticos”,seu custo inicial é baixo, já que não é ne-cessário clichê ou outra ferramenta, e hápossibilidade de trabalho com tiragensflexíveis, entre outras vantagens.

“Ademais, o processo pode ser adota-do facilmente em impressoras flexográfi-cas com pequenas modificações, semacertos demorados ou altos investimen-tos, e rodando em grandes velocidades”,

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diz Rubens Wilmers, da área comercial dadistribuidora de máquinas Comprint. Osrequisitos são uma estação de secagemUV na última unidade de impressão damáquina, um sistema de laminação e umadelaminadora pós-UV. Segundo ele, a li-

nha Gidue Combat de impres-soras, representada pela em-presa, já possui uma ampla fa-mília adaptada ao cold foiling.

Rápido e econômicoPor aqui, uma das empresasque já fornece uma variante datécnica, de nome Cold DielessFoil, é a FRM Brasil. No casoda tecnologia da FRM, pelícu-las (foils) são transferidas paraas áreas onde se pretende apli-car o efeito metalizado atravésda aplicação inicial de um ade-sivo, fornecido pela Akzo No-bel. “A seguir, é feita a metali-zação”, explica Rod Abba-monte, diretor geral da FRM.“É um processo rápido, idealpara máquinas flexográficas e

letterpress, e pode ser aplicado por impres-soras que já possuem estações de hot stam-ping, sem problemas”, diz.

A técnica Cold Dieless Foil foi desen-volvida e patenteada pela API Foils, que éparceira mundial do grupo italiano FRM.Além da já citada Gidue Combat, esta-ções flexográficas de outros fabricantes,como Nilpeter, Rotatek, Arpeco e Codi-mag, já testaram a técnica de decoraçãocom êxito. Atualmente, é possível conse-guir efeitos dourados e prateados, e valeressaltar que os acabamentos do cold foi-ling ainda não possuem a mesma qualida-de do hot stamping. “Mas a tendência é derápido aperfeiçoamento da tecnologia”,prevê Abbamonte.

decoração

N

Fria nobrezaAlternativa ao hot stamping promete alastrar metalizações

Akzo Nobel(41) 272-5388www.akzonobel.com.br

Comprint(11) 3371-3371www.comprint.com.br

FRM Brasil(11) 6914-6336www.frmbrasil.com.br

Amostra dáa riqueza

dos detalhesmetalizados

aplicados a frio

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oucos são os empreendimen-tos que, em menos de dezanos, conseguem atin-gir o pleno sucesso.

Na cadeia de embalagem, a Anti-lhas é uma dessas exceções. Aempresa, que em 1989 era maisuma pequena e endividada gráfi-ca no país, com 13 funcionários,hoje lidera o fornecimento de embalagensem papel, cartão e plástico para redes delojas e em envoltórios para a indústria depapéis cut-size – os sulfites e congêneresutilizados em casas e escritórios, sobretu-do como suprimento de informática. Equer mais.

Entre o fim deste ano e o início de2003 uma nova unidade industrial, avalia-da em 20 milhões de reais, será inaugura-da em Santana do Parnaíba (SP), num ter-reno de 38 mil metros quadrados. Lá, serápossível a Antilhas aglutinar todas as suasatividades, hoje distribuídas em cincoplantas – três contíguas em Barueri e duaspara distribuição, localizadas nas cidadespaulistas de Itapevi e Carapicuíba –, e ba-lizar a vontade de expandir ainda maisseus negócios.

O “pulo do gato” para a Antilhas foi avisão do proprietário Valter Baptista, umex-executivo da Ford, do potencial decrescimento das lojas em shop-pings e das franquias. No início dadécada passada, começava o“boom” dos sistemas de franchi-sing, e Baptista detectou a carênciados lojistas por soluções integradasem embalagens. Ali estava uma boaoportunidade de negócios. Ele investiu to-das as economias para se tornar sócio de

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uma pequena gráfica de Barueri, e se cer-cou de profissionais que, embora não tives-

sem experiência na indústria de emba-lagem, tinham um quê de visioná-rios. Um exemplo ilustra bem esseaspecto: a Antilhas apostou em um

modelo administrativo incipientepara a época na indústria gráfica,baseado em investimentos pesa-

dos em informatização. Dessa forma, nas-ceu o principal “produto” da empresa, oJust In Time/Franchising Program(JIT/FP), uma espécie de pacote que reúnetodos os processos industriais e de serviçosenvolvidos na cadeia da embalagem geren-ciados por um software dedicado.

Simples na teoriaA idéia, simples na teoria, mas intrincadana prática, era a de criar, produzir, armaze-nar e distribuir embalagens, centralizandotodas as fases da cadeia em apenas umaempresa, com vocação industrial. Deu tãocerto que, hoje, as sacolas, sacos, caixas,cartuchos e demais produtos da Antilhastêm participação de cerca de 60% no seg-mento de embalagens para lojas e fran-

quias, sendo entregues em mais de12 000 pontos-de-venda Brasil afo-ra através de oito transportadorasparceiras. As principais marcas deconfecção e de cosméticos usamembalagens da empresa, inclusiveem mercados internacionais.

“Nosso lema é justamente tirar apreocupação dos nossos clientes

com embalagens, oferecendo um vastomix de soluções”, sintetiza Maurício Mon-toro Groke, diretor comercial da Antilhas.“Mesmo que a empresa não produza certos

perfil

P

Embrulhos semimbrógliosLojas e papéis de escritório sustentam o crescimento da Antilhas

Mix de embalagensda Antilhas

consome quase 15 000 toneladas de

materiais por ano

Sacolas daKopenhagen: flexo

com diversosprêmios em 2001F

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abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 27

veja

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Antilhas(11) 4166-4188www.antilhas.com.br

componentes, parcerias são fechadas paraatender as necessidades dos comprado-res”, diz. É o caso das fitas de cetim e gor-gorão usadas nos embrulhos para presente,que a Antilhas distribui numa parceriacom a fabricante Progresso Hudtelfa.

Com investimentos estratégicos emmaquinário, como na compra de máquinasde montagem automática para sacolas, ecom a expansão da internet e do comércioeletrônico, o modelo do JIT/FP ganhouainda mais força. Atualmente, perto de70% das vendas da empresa são feitas pelaweb, num sistema monitorado por umaequipe de informática própria.

Nos escritórios tambémMas não são apenas as soluções para lojasque sustentam o crescimento da Antilhas.Ela também detém 50% do fornecimentode embalagens (envoltórios) para o merca-do de papéis cortados (cut-size), o que gera30% de seu faturamento. Recentemente,2,5 milhões de dólares foram investidos emuma impressora flexográfica de oito cores,da espanhola Comexi, a terceira da empre-sa – as outras são da italiana Uteco. Segun-do Groke, o modelo é único no Brasil emseu segmento, e irá aumentar em 80% a suacapacidade de produção.

Para se ter idéia, o novo equipamentopermite à Antilhas suprir integralmente oconsumo de embalagens de todas as fábri-cas de papéis cut-size do país. Atualmente,quase a totalidade dos envoltórios utiliza-dos pela Cia. Suzano e pela Ripasa sai daAntilhas. “Ninguém dava atenção à emba-lagem desse produto, já que ele era com-prado geralmente em lotes, por escritó-

rios”, lembra Groke. “Nossa sorte foi queo produto ganhou o caráter de suprimentode informática e isso gerou disputa emprateleira, com a embalagem adquirindoimportância como impulso para a com-pra”. As outrora desprezadas embalagensganharam mais cores, laminação adequa-da, atenção.

No início com 13 funcionários, hoje aAntilhas emprega 328 pessoas e terceirizaacabamentos manuais utilizando entre500 e 800 pessoas. Uma nova impressoraoff-set deve chegar à empresa ainda esteano. A partir da inauguração da nova fá-brica, a expectativa é de crescimentosanuais de 25%. No segmento de envoltó-rios para os papéis cut-size, a Antilhas es-pera crescer 20% neste ano. O otimismo écalcado nas boas perspectivas para osprincipais mercados atendidos. “Direcio-namos a produção para nichos que dãoimportância à embalagem”, diz Groke. “Oque nos interessa não é somente o aperfei-çoamento da embalagem, mas a importân-cia da logística de sua entrega e o papelque ela tem na venda de determinadosprodutos”, pontifica.

EMPRESA EM NÚMEROS

Funcionários: 328Parque industrial: 21 mil m2 (somando cinco unidades)Produção: Sacolas de papel e plástico com acabamento manual(15%) e produzidas automaticamente (25%), caixas e cartuchos(15%), envoltórios em papel, BOPP e outros plásticos (35%) e ou-tros (10%). Em 2000, produziu 45,4 milhões de sacolas, 45,6 mi-lhões de sacos, cartuchos e caixas, 55,4 milhões de lâminas olfati-vas e 2 845 toneladas de envoltórios, industrializando 13 203 tonela-das de papel cartão e plástico.Faturamento: R$ 110 milhões (2000)Tecnologia: Impressoras off set 2 e 5 cores com verniz, base água eUV, em linha; impressoras flexográficas 6 e 8 cores com verniz UVem linha; máquinas automáticas de fabricação de sacolas; coladei-ras de caixa e cartuchos; corte e vinco automáticos e manuais; es-tação de hot stamping; laminadoras solventless; rebobinadeiras;máquinas corte e solda para plástico; máquinas automáticas de fa-bricação de sacos; diversos acabamentos manuais.Principais clientes: Hugo Boss, Hering, Brooksfield, Zapping, Wran-gler, Levi’s, Harry’s, Lacoste, VR e Daslu (confecção); Ripasa e Cia.Suzano (papéis); Avon, Natura, O Boticário, Água de Cheiro, L’Ac-qua Di Fiori e Clorophylla (cosméticos); Ofner, Baked Potato, Kope-nhagen, Viena, Grain Mills, Empório Santa Maria (alimentação).Exportações: Negócios com Argentina (289 toneladas em 2000, atra-vés de bobinas técnicas) e Estados Unidos estão sendo retomados.Previsão de crescimento (estimativa): 25% a partir de 2002.

Organização éessencial paraatender as lojas

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uem acompanhou a Fispalnos últimos anos percebeuque seus organizadores têm seesforçado cada vez mais para

ampliar o alcance da feira, sem com issoperder referência no mercado alimentício.Na edição 2001, essa estratégia ficou evi-dente em pelo menos duas situações.

Em decorrência de seu constante cres-cimento, a Fispal Tecnologia, braço dafeira voltado principalmente ao mercadode embalagem, ganhou um espaço inde-pendente, quase que se equiparando emmetragem e volume de negócios à pró-pria Fispal Alimentos.

Também no anopassado, a Fispal pas-sou a contar com aTechnoplus – Feira In-ternacional de Tecnolo-gia para as IndústriasFarmacêutica, Químicae Cosmética que, porsinal, também tem co-mo alvo os fornecedo-res de embalagem.

As novidades para esse ano tambémindicam que os organizadores da Fispalquerem aumentar o foco do evento,tornando a embalagem um de seus pon-tos-chave. Tais ações começam a serreveladas agora, com a aproximação daedição 2002 daquela que se anunciacomo a maior feira de alimentos daAmérica Latina.

Em mais uma prova de seu imenso in-teresse pelo mercado de embalagens, oGrupo Brasil Rio, que organiza a Fispal,se uniu ao Comitê de Design da Abre,para realizar o Pack Design Show – es-paço da Fispal Tecnologia destinado àexposição de projetos de embalagem e àintegração da indústria com as agênciasde design.

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A amostra será feita numa área de300m2, que será ocupada por 16 agênciasde design. “O critério do que será expostonão é o mercado alimentício. As agênciasse preocuparão em mostrar seus mais re-centes trabalhos”, diz Manoel Müller,coordenador do Comitê de Design daAbre. Além de agilizar contatos, o objeti-vo será discutir o papel das embalagensno esforço de exportação dos produtosbrasileiros, além de aproximar agências dedesign de pequenas e médias empresas.

De acordo com Luiz Fernando Perei-ra, diretor da Fispal Tecnologia, a realiza-

ção do Pack DesignShow estava previstapara 2003. “Mas dri-blamos o problemade espaço, fazendo aexposição já esseano”, conta .

Na visão do coor-denador do Comitêde Design da Abre, aviabilização do even-to evidencia que a in-

dústria de embalagem quer se relacionarmais estreitamente com as empresas dedesign. “O evento prova a aproximaçãomercadológica e o entrosamento técnicoque vêm ocorrendo entre os designers e aindústria de embalagem”, diz Müller.

Nessa mesma tese, o diretor da FispalTecnologia observa que alguns patrocina-dores do Pack Design Show são fornecedo-res de máquinas de embalagem. “Isso mos-tra o interesse que o design alcançou no se-tor”, conclui Luiz Fernando Pereira.

evento

Q

Show de designFispal 2002 vai inaugurar espaço para exposição de embalagens

Serviço:Fispal TecnologiaLocal: Pavilhão de Exposições do AnhembiData: 18 a 21 de junhoInformações: (11) 3759-7090

32packdesign 25/04/02 12:36 Page 28

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arece que o objeto de criaçãodos profissionais de embalagemserá cada vez mais visto longedas gôndolas de supermercados,

refrigeradores de lojas de conveniência, oumesmo prateleiras de drug stores.

Mas não se trata de uma separaçãotraumática, nem definitiva. Acontece que,nos mais diferentes ramos da economia,existem produtos que, mesmo não sendoexpostos ou vendidos em displays e pon-tos-de-venda tradicionais, precisam deembalagens eficazes para convencer oconsumidor a levá-los para casa.

E essa é exatamente a chave da ques-tão quando se constata a surpreendentedemanda por embalagens que o merca-do de fast-food, ou refeições rápidas,vem apresentando nos últimos anos.

Praticidade na entregaAnte as exigências de padronização econstrução de identidade visual, im-postas sobretudo pelo serviço de en-trega de suas refeições, muitas redesdo setor perceberam que investir emembalagens bonitas e higiênicas é tão im-prescindível para conquistar a preferênciade novos consumidores quanto bolar san-duíches saborosos ou vender batatas fritassequinhas e crocantes.

Essa tendência não é nova, já que hámais de vinte anos, com a entrada no paísdas grandes cadeias americanas de lancho-netes, as empresas de fast-food vêminvestindo em embalagens no Brasil.

Mesmo assim, é estimulante ver queesse campo de atuação continua em movi-mento, oferecendo cada vez mais oportu-nidades para designers e convertedores deembalagens. É isso que demonstram os ca-sos apurados nesta reportagem, a começarpelo do Habib’s, maior cadeia de cozinhaárabe do país.

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Em paralelo a uma forte campa-nha focada em aumentar a participa-ção das vendas em domicílio no seufaturamento (o mote da estratégia é agarantia de que nenhum pedido levamais de 28 minutos para ser entreguena casa do consumidor), o Habib’s aca-ba de empreender uma reformulação defôlego em toda sua linha de embalagens.

“Criamos projetos que nunca foramempregados por uma empresa de fast-

food no Brasil”, acredita Gabriela Tischer,diretora da Spice Design, agência queatendeu o Habib's nesse verdadeiro esfor-ço de renovação.

A novidade que mais chama a atenção éo bag para sanduíches. Trata-se de um sacocelulósico que, além de impressão chama-tiva, recebe uma resina térmica especial. Ofechamento é garantido por uma selagem,e a abertura, por uma tira picotada. Os doislados da embalagem contam com a face dosimpático Gênio Habib’s, que personifica arede desde sua fundação, em 1989.

A Spice Design também reformulou asembalagens de papelão ondulado utiliza-das para pizzas, esfihas e salgados. Novasabas foram projetadas para, ao explorar onatural potencial de isolamento térmico domaterial, reter o calor dos alimentos pormais tempo. Contando com um pool defornecedores espalhados pelo Brasil, o Ha-

fast-food

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Salão ou viagem?Mercado de refeições rápidas consome cada vez mais embalagens

À direita, linha completa de embalagens

do Habib’s. Abaixo,

saco térmico para lanches

Leandro Haberli

32fast-food 25/04/02 12:44 Page 28

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layout e arte-final. O mascote Gordinho,por exemplo, acaba de ser submetido a

um chek-up de contornos e cores.A J Pack desenvolveu ainda cai-

xas de papel cartão, cuja impressão éfeita sobre uma resina térmica espe-cial. Nelas, as paredes internas são co-bertas por um verniz antigordura.“Atualmente, a demanda da Rede Gor-dão Lanches é de cerca de 50 mil emba-

lagens por mês, sem contar com os coposplásticos (fornecidos pela Dixie)”, dizJosé Vieira da Silva, diretor da J Pack.

Ainda corroborando a tese de que o seg-mento de fast-food vem se lançando de ma-neira cada vez mais pujante em projetos deembalagem, é válido observar que nem sóredes com certa ramificação ou uma marcajá consolidada têm recorrido a profissionaisespecializados no assunto.

Ao contrário, a lição de que embalagensdiferenciadas constituem armamento delonga distância e grosso calibre nos negó-cios de fast-food já é repetida de cor porempreendedores de todos os níveis. Comduas lojas em Alphaville, conglomerado decondomínios de luxo da grande São Paulo,a pizzaria Sogiorno contratou uma agênciaespecializada em logotipia e identidade vi-sual para criar as embalagens de sua linhainfantil, a Soggiorno Kids.

Utilizando papel cartão da Ripasa, aBrain Design, agência escolhida para a fun-ção, criou embalagens com apelos própriospara o público infantil. O formato, porexemplo, lembra o de uma lancheira esco-lar. “Já no visual, tentamos criar um ‘uni-verso kids’ a partir de temas relacionados àculinária das pizzarias”, resume DaniloMandari, diretor da Brain Design.

Apesar da disseminação dos casos desucesso, é bem verdade que muitas dasoportunidades de projetos de embalagemvistas no mercado de fast-food podem nãogarantir a mesma repercussão gerada porum produto de distribuição nacional. Noentanto, nunca é demais dizer que o McDo-nald’s – marca cujas embalagens estão en-tre as mais reconhecidas do planeta –, deuseus primeiros passos vendendo hambúr-gueres caseiros para um público que hojenão encheria sequer uma de suas milharesde lanchonetes espalhadas pelo mundo.

abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 29

bib’s não revela nomes de seus parceirosde embalagem, sob a justifica de que talinformação pode comprometer a concor-rência entre essas empresas. Mas AlbertoSaraiva, presidente da rede, não deixa dú-vidas de que se trata de um promissorcampo de atuação. “Com a preferência deparcela crescente dos consumidores em re-ceber refeições em casa, nosso deliveryprecisa estar cada vez mais profissionaliza-do”, comenta.

Papel das franquiasEssa profissionalização tem estreita ligaçãocom o crescimento do modelo de franquiasno setor. O próprio Habib’s hoje soma maisde 150 restaurantes, espalhados por noveEstados brasileiros – ramificação que dáuma boa medida de como a marca consomeembalagens.

Criada em 1981 e hoje conhecida poruma competitiva cadeia de lojas que se ex-pandiu em cidades importantes da dinâmi-ca região oeste do Estado de São Paulo, arede Gordão Lanches, natural de Campinas,também se viu compelida, nos últimosanos, a fazer novos investimentos emembalagem.

Hoje já são 14 lojas, e a idéia é terminar2002 próximo a vinte. Para cumprir essameta, além de investir em franquias, os do-nos da Gordão Lanches passaram a se pre-ocupar com funcionalidade e padronizaçãoda identidade visual da marca.

Foi contratado um fornecedor exclusivopara assumir o desenvolvimento das emba-lagens de todas as lojas da Gordão. É a JPack, que, além de serviços gráficos e demontagem das caixas, também atua com

Para a criançada,pizza na lancheira

Embalagens da Gordão Lanchesrecebem acaba-mento de vernizantigordura

Brain Design(11) [email protected]

Gordão Lanches(19) 3294-5485

J Pack(19) [email protected]

Ripasa0800 11 32 57www.ripasa.com

Spice Design(11) 3673-0121www.spicedesign.com.br

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32fast-food 25/04/02 12:45 Page 29

Page 21: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

ão mais encaradas como umaextravagância trabalhosa e deretorno duvidoso, as açõespromocionais se tornam pro-

gressivamente necessárias, em decor-rência basicamente da hipercompetitivi-dade e da proliferação de marcas quedisputam uma mesma categoria. Em pa-ralelo ao progressivo reconhecimento dopotencial desse recurso, está ficandocada vez mais claro que embalagens sãoimportantes ferramentas na promoçãode uma nova marca ou produto.

Mas projetos que se destaquem ape-nas no ponto-de-venda graças à decora-ção e outros recursos promocionais desuas embalagens não são mais a únicatendência nesse sentido. Cresce a opçãopor embalagens que não são destinadasà exposição no ponto-de-venda, oumesmo ao consumidor final dos produ-tos, mas sim a potenciais parceiros denegócios.

Lidando com um mailing qualifi-cado e específico para o merca-do que quer se atingir, aidéia é explorar asembalagens promo-cionais como verda-deiras ferramentasde marketing estraté-gico. Foi mais ou menosisso que fez a Nivea para di-vulgar, já com vistas aooutono-inverno 2002, asnovidades de duas de suasprincipais marcas, a NiveaBeauté, de produtos de maquia-gem, e a Q 10 Plus, de hidratantespara o corpo.

Duas belas embalagens foram desen-volvidas para presentear estilistas, ma-quiadores de grandes agências de mode-los e, principalmente, donos e represen-

32 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002

tantes de redes de lojas femininas – gran-de mercado desses produtos. A distribui-ção inicial foi feita no evento que se con-solidou como meca dos profissionais demoda do país, o São Paulo FashionWeek, realizado no final de janeiro

Inspiração no brilho da pérolaFeitas de papel cartão, as embalagensforam desenvolvidas por duas empresas,a gráfica Congraf, e a agência Pac-Prommos, sendo que esta última ficouresponsável por captar os desejos docliente. “No briefing, a idéia era que asembalagens transmitissem requinte eglamour”, diz Yndaiá Pinto, produtorada Pac-Prommos e responsável peloatendimento da Nivea.

Há quatro anos prestando serviçospara a Nivea, a Congraf se preocupou demaneira mais intensa com o lado estrutu-

making of

N

Como um porta-jóiasNivea usa embalagem promocional para linha de maquiagem e body care

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Cartucho comtampa basculantefoi projetado emum sistema CAD

32nivea 25/04/02 14:38 Page 32

Page 22: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

tra, que até poderia ser classificada comouma tampa flip-top, o que chama a aten-ção são estruturas internas desenvolvi-das para encaixar os produtos. O kitpromocional é acompanhado de sa-les folders, com catálogos e fotosapresentando as novidades.O processo de impressão da em-balagem também envolveu esfor-ços conjuntos. A faca do cartu-cho foi projetada pela Congrafnum sistema CAD (ComputerAided Design). Feito isso, opasso seguinte foi a compo-sição das imagens escolhi-

das pela Pac-Prommos. De-pois de inúmeros layouts, a chapa de

impressão finalmente foi montada, comos dados obtidos diretamente do compu-tador, utilizando tecnologia CTP (com-puter-to-plate), que dispensa o processode elaboração de fotolitos.

Segundo Paulo Sérgio, responsávelna Congraf pelo atendimento da Nivea,a impressão foi feita em cinco cores,mais um verniz à base de água, que“também é aplicado on-line”. Só depoisda impressão das imagens o logotipo éaplicado. “Nesse caso utilizando hotstamping”, diz Paulo Sérgio, acrescen-tando que as caixas foram entregues àNivea já montadas.

Segundo o presidente da Congraf,com o sucesso e a empatia gerados pelasamostras, a Nivea já fez um novo pedi-do, desta vez de nada menos do que 800mil peças. Novas mudanças deverão serimplantadas na aparência final dos car-tuchos, para adequar o processo produti-vo. “Estamos estudando diminuir as pro-porções das caixas, para facilitar a expo-sição no ponto-de-venda”, adiantaSydnei, que além da Nivea, conta comclientes como Avon e Natura.

É claro que um pedido dessa magni-tude se explica por se tratar de umamarca forte como a Nivea. Por outrolado, ele não deixa de mostrar que a for-ça das embalagens nas ações promocio-nais já esta revertendo em novos negó-cios para muitas empresas, inclusiveconvertedoras e agências de desenvolvi-mento de embalagem.

abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 33

ral da embalagem, além, é claro, de ser océrebro do processo de impressão. “Uti-lizar visores transparentes já era umaidéia preliminar nossa”, conta SidneyAnversa Victor, presidente da Congraf.“Outros detalhes, como o sistema de fe-chamento, foram definidos depois”.

Como uma das novas linhas de ma-quiadores da marca Beauté se chamavaPearl Light (do inglês Luz de Pérola),surgiu a idéia de criar uma embalagemque lembrasse as delicadas e clássicascaixas de jóias. Quatro protótipos foramcriados, mas apenas dois acabaram sen-do aprovados para produção em série.

Impressão on lineCada um apresenta um tipo de fecha-mento diferente. Um dos cartuchos temum sistema de gaveta e travas, enquantoo outro tem uma tampa basculante, pare-cida com a de um baú. Apesar da dife-rença, a intenção dos dois sistemas é amesma: fazer a embalagem se asseme-lhar a um porta-jóias.

Há alguns detalhes que dão um toquede modernidade ao projeto. Na embala-gem-gaveta, foi utilizada uma janela depolipropileno (PP) que permite a visuali-zação do que está acondicionado. Na ou-

Congraf(11) 5563-3466www.congraf.com.br

Niveawww.nivea.com.br

Pac-Prommos(11) [email protected]

Chapa deimpressão das

imagens foi montada utilizando

tecnologia CTP

32nivea 25/04/02 14:38 Page 33

Page 23: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

34 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002

Alta resolução e rapidezA Microservice acaba de lançar no Brasil a nova versão do scanner Lanovia, fa-bricado pela Fujifilm Eletronic Imaging (FFEI). Trata-se do Lanovia Quattro, solu-ção notória pela agilidade em produzir digitalizações de alta qualidade a partirde negativos e transparências. O novo produto foi projetado para profissionaisde criação, fotógrafos, designers, bureaus e publicações. São empresas que emgeral necessitam de alta qualidade na digitalização de imagens, além de um equi-pamento que seja habilitado a trabalhar com originais fotográficos.Como o FineScan,um de seus grandes concorrentes, o LanoviaQuattro é um scanner plano de alta resolução, que oferece apossibilidade de capturar imagens com qualidade, de maneiraprática e rápida. Segundo o fabricante, o Lanovia Quattropossibilita ampliações superiores a 4 000% e pode produziraté 40 digitalizações por hora. Vem equipado com o novosoftware Colourkit, da Fujifilm. www.microservicedigital.com.br • (11)-3959-1300

Tecnologia a serviço da arteGráfica e convertedora es-

pecializada no mercado

de embalagens artísticas e

metalizadas, a Cromus de-

senvolveu um envelope es-

pecial para a 25ª Bienal

de Arte de São Paulo, rea-

lizada em abril. O envelo-

pe é produzido a partir de

um processo de laminação

em que são unidos dois fil-

mes de BOPP, um metali-

zado e outro transparente.

As imagens, incluindo a

foto interna do pavilhão

do Ibirapuera em que a

Bienal é realizada, de

Juan Carlos Guerra, são

impressas em flexografia.

A definição e o acaba-

mento final são tão bons

quanto os obtidos por um

processo de impressão em

off-set. Além do envelope,

a Cromus desenvolveu

uma embalagem do tipo

bag, que foi usada para

acondicionar produtos

vendidos na loja da pró-

pria Bienal.

[email protected]

(11) 215-0822

Foco na pré-impressão

Representante exclusiva

da dinamarquesa Purup

Eskofot, a Intergráfica

está trazendo ao Brasil

o mais novo equipamen-

to de pré-impressão au-

tomatizada da empresa,

voltado para gráficas de

médio e grande porte.

É o Plate Driver, que tra-

balha com formatos de

4 e 8 páginas.

Seu grande diferencial é

o tambor interno. A ali-

mentação das chapas

de impressão também

foi melhorada. A idéia é

tornar a linha da Purup

Eskofot o carro-chefe

das vendas na área de

pré-impressão da Inter-

gráfica. A empresa está

otimista nesse sentido.

Até novembro, a expec-

tativa da Intergráfica é

que a área de pré-im-

pressão cresça em tor-

no de 45% no Brasil.

Vale lembrar que, recen-

temente, a Purup-

Eskofot adquiriu 51%

dos negócios da Barco

Graphics, uma das mais

importantes fabricantes

do segmento de pré-im-

pressão.

www.intergrafica.com.br

(11) 4076-1155

32painelgrafico 25/04/02 15:15 Page 34

Page 24: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

abr 2002 • EMBALAGEMMARCA – 35

Site com plug-ins da AdobeDesenvolvedora de softwares para de-sign gráfico, criação e edição, a Adobeacaba de lançar o Xchange, um sitecomunitário que compartilha plug-ins,arquivos para atualização e incremen-to de recursos, de programas como oPhotoshop e o Illustrator. Entre o con-teúdo disponível para otimizar as fer-ramentas dos softwares da Adobe, osdestaques são os filtros de Photoshope os pincéis para Illustrator. Com maisde 4 mil documentos arquivados e

cerca de 180 mil membros, o AdobeXchange é parte do Adobe Studio, ou-tro recurso Web recém-lançado pelaempresa, que funciona como umacentral de informações para usuários,com dicas e muita troca de experiên-cias. A navegação pelo Adobe Xchan-ge é gratuita. No entanto, é necessáriocadastrar-se por meio da comunidadeAdobe Studio. www.adobexchange.com ouhttp://studio.adobe.com

Comemoração colorida

A gaúcha Embanor Artes Gráficasacaba de adquirir uma impressoraLithrone 540, da japonesa Komori.A compra marca as comemoraçõesde 25 anos da empresa, que foi fun-dada em Bento Gonçalves. A Lithro-ne 540, com velocidade de 15 milfolhas por hora e saída longa comverniz, deverá aumentar a capaci-dade de produção da Embanor em40%. A negociação de compra doequipamento foi feita com a Guten-berg, representante da empresa ja-ponesa no Brasil.Embanor (54) 454-9500

Gutenberg (11) 3225-4400

www.gutenberg.com.br

A Gutenberg lançou uma solução com-pacta para processar chapas de flexo-grafia. É a Combi F III, da BASF Prin-ting Plates. A empresa diz que o equi-pamento garante uma produção eco-nômica e rápida de clichês. Outra van-tagem é a possibilidade de lavarclichês no sentido transversal. Emcomparação com a lavagem longitudi-nal, a Gutemberg afirma que há umaumento de capacidade de até 30%. A unidade expositora é apoiada em ro-das dotadas de sistema de segurança,que tornam o equipamento prático ecompacto. Há ainda um dispositivoque faz o controle central de todos osprocessos, incluindo tempos de pré-ex-posição, exposição principal, pós-expo-sição, pós-tratamento e secagem.

www.gutenberg.com.br(11) 3225-4400

Agilidade em flexo Nova mídia para rótulosConhecida por suas películas

de PVC decorativo, a CMY Inno-

vation está trazendo ao merca-

do de substratos para impres-

são de rótulos novos filmes

auto-adesivos em BOPP, fabri-

cados pela empresa alemã IN-

TERCOAT. A face do material é

extrudada, tratamento que ga-

rante boa definição dos regis-

tros por mais tempo.

Os filmes auto-adesivos em

BOPP importados pela CMY es-

tão disponíveis nas cores bran-

ca e transparente, e nas espes-

suras de 40 e 60 microns. O ma-

terial é entregue em bobinas de

500, 1mil e 2mil metros.

www.cmy.com.br(11) 3331-0577

Uma chapa que não esquentaA progressiva adoção de processos

gráficos que utilizam a tecnologia CTP

(computer-to-plate) está movimentando

o mercado de chapas para impressão.

Especializada nesse segmento, a IBF

está lançando a chapa Million 2 para

sistemas CTP térmicos. Além de alta

sensibilidade e grande latitude de ex-

posição, o que a torna compatível com

pequenas, médias e grandes tiragens,

a IBF Million 2 dispensa a fase de pré-

forno. De fácil manuseio, ela pode ser

processada na luz do dia, e revelada

em processadoras automáticas con-

vencionais. O baixo consumo de água

e a economia de papel são outras van-

tagens da nova chapa da IBF.

[email protected]

(21) 2541-1149

32painelgrafico 25/04/02 15:15 Page 35

Page 25: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

36 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002

Parceria aqui...A cervejaria portuguesa Cintrainaugurou em 23 de março suafábrica em Piraí (RJ), toda equipa-da com equipamentos da Krones.A linha de engarrafamento temcapacidade de 50 000 garrafaspor hora, para envasamento emvasilhames retornáveis de 600ml.

...e na “Terrinha”A Krones firmou também acordosemelhante para a instalação deuma cervejaria da Cintra em Por-tugal. “O objetivo é participar nomundo inteiro através de parce-rias sólidas”, diz Rogério Baldauf,diretor comercial da Krones noBrasil.

Hors-concoursO fechamento Biplus, da Brasilata,voltado às latas de tintas prepa-radas em sistemas tintométricos,acaba de ganhar mais um prêmio.Desta vez, ele foi conferido du-rante a 9ª edição do congressoLatinCan 2002, realizado no fimde fevereiro no Rio.

A mais antenadaPesquisa da revista de tecnologiaInfo, da Editora Abril, apontou aAlcoa como a indústria de base“mais ligada do país”. Ela foi asexta colocada no ranking das100 companhias mais avançadasem tecnologia no Brasil. Só perdeupara bancos e empresas de TI.

Copo vazio nunca maisUma equipe da Mitsubishi ElectricResearch anunciou o desenvolvi-mento de uma garrafa inteligentepara cerveja, que “avisa” os gar-çons ao fim do seu conteúdo. Issoé possível graças a um sistemachamado iGlassware, que revestea garrafa com um material condu-tor que mede o seu volume. Vazia,a garrafa envia, através de sinaisde rádio, mensagens para PDA’s(Palms) dos garçons.

Tampografia de última geraçãoA TMW-100 é a mais recente impressora tampo-gráfica lançada pela Wutzl, para gravações em

embalagens e peças diversas. Tem tinteiro mó-vel, com possibilidade de conversão de tintei-

ro aberto para selado e vice-versa, tem pro-dução de 3600 ciclos por hora e comandoRISC 16 bits. Sua concepção sem contro-les de ajustes nas laterais permite a colo-cação de várias máquinas lado a lado,

formando conjuntos para várias cores oumontagens compactas. O exclusivo sistemade controle de posição de tampão em ma-

lha fechada (encoder) e os manômetros digi-tais (linha e raspagem) tornam o ajuste rápido eprático. Área útil de impressão: 70mm x 70mmcom tinteiro aberto e 65mm de raio com tinteirofechado. (11) 603-4233 • www.wutzl.com.br

ARAPUCA PARA A INEFICIÊNCIAA Schedule do Brasil desenvolveu umpalete de alumínio do tipo “gaiola”,voltado ao acondicionamento etransporte de alimentos congelados.Os paletes podem ter rodízios, o quefacilita a colocação dos alimentos jápreparados e seu transporte para câ-maras frias, evitando possíveis conta-minações ou danos provocados pornovos manuseios, além de contribuirpara a preservação das embala-gens. De acordo com a Schedule, opalete de alumínio traz vantagensclaras em relação aos de madeiraou plástico em termos de higiene, du-rabilidade e praticidade, e suas ca-racterísticas atendem aos requisitos

da Portaria 326/97 da VigilânciaSanitária, que orienta as boas práti-cas no setor de alimentos. O tama-nho é o padrão: 1200mm x1000mm.(12) 218-3012 • www.schedule.com.br

Nova interface com o mercadoUma das mais conhecidas fornece-

doras de rótulos e etiquetas auto-

adesivas no país, a Prodesmaq está

apresentando ao mercado um logo-

tipo mais moderno. A principal novi-

dade é que a frase “rótulos auto-

adesivos” está sendo substituída

por “soluções em auto-adesivos”.

De acordo com a empresa, a nova

identidade visual ajudará os clientes

e o mercado a identificar a versatili-

dade da empresa.

(19) 3876-9300www.prodesmaq.com.br

32panorama 25/04/02 13:13 Page 36

Page 26: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

38 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002

Se a superfície é lisa...A principal virtude da

tinta 899 BK, da Domi-

no, é servir para a im-

pressão de dados em

substratos de difícil

aderência nas codifica-

ções por jato de tinta.

Foi desenvolvida para

aplicações em polietile-

no de alta densidade,

mas também tem bom

desempenho em polieti-

leno de baixa densida-

de e em polipropileno.

A tinta é isenta de Mek,

seca em menos de 1

segundo, tem boa tole-

rância à água e elimina

a necessidade de trata-

mentos superficiais,

como flambagem ou

tratamento corona.

(11) 3048-0127

[email protected]

PEQUENAS QUANTIDADESTAMBÉM TÊM VEZA TME Cosmetics, conhecida fabricante de tampas parao mercado de cosméticos, está inaugurando um novosistema de vendas a pronta-entrega para pequenos emédios clientes. Ele permite adquirir pequenas quantida-des de tampas, e, a princípio, contemplará os interessa-dos na compra das tampas Liz, Thenue, Victoria, Conjun-to Tampa Flint, Tahaa e Tahaanui. Todas essas peças es-tarão disponíveis em três cores diferentes. A TME avisaque poderá atender prontamente pedidos de 400 até 2mil peças de cada tampa. 0800-192468 • www.tme.com.br

VICTORIA THENUE

TAHAANUI FLINT TAHAA

LIZ

Destinado a estudantes de graduação e pós-gradu-

ação de áreas relacionadas com o desenvolvimento

de embalagens como design, desenho industrial,

artes plásticas, arquitetura, marketing, artes gráficas

e comunicação social de todo o país, o 3º Prêmio

Brasileiro de Embalagem Papelcartão está abrindo

o seu período de inscrições.

Realizado pela Campanha Papelcartão em parceria

com a Universidade Anhembi-Morumbi, o Prêmio

tem nesta edição como temas para desenvolvimento

embalagens para os seguintes segmentos: gênero

alimentício; cosméticos; higiene e limpeza; ves-

tuário/calçados; utilidades domésticas; e multi-

packs. Os participantes poderão apresentar traba-

lhos com novas propostas de embalagens para pro-

dutos que já utilizam Papelcartão, assim como para

produtos que ainda não utilizam o material.

Este ano os trabalhos dos alunos de graduação

serão julgados separadamente dos alunos de pós-

graduação. Os prêmios: na Categoria Estudante de

Graduação, um computador iMac mais dois soft-

wares gráficos para o primeiro colocado; um iMac

mais um software gráfico para o segundo; e um

iMac para o terceiro. A Categoria Estudante de

Pós-graduação premiará o vencedor com um

iMac e mais dois softwares gráficos.

Os kits, contendo regulamento e materiais

para inscrição, podem ser solicitados até 17

de agosto, pelo telefone 0800 102131, ou

pelo site www.papelcartao.com.br.

Tem início o 3º Prêmio Brasileiro de Embalagem Papelcartão

32panorama 25/04/02 13:13 Page 38

Page 27: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

Patrocínio:

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.br

Apoio:

PRÊMIO ABRE DE DESIGN DE EMBALAGEM, MAIS QUE UM PRÊMIO, UM RECONHECIMENTO.

O Design de Embalagem é uma ferramenta de competitividade industrial que atua junto ao desenvolvimento da embalagem, buscando o melhor aproveitamento da matéria-prima e recursos naturais, otimizando o seu transporte, armazenamento, manuseio, comunicação, tornando-a mais atraente e eficiente.

Com o intuito de reconhecer as empresas brasileiras fabricantes de produtos e fabricantes de embalagens que lidam com profissionalismo frente ao design, proporcionando ganhos econômicos, sociais e ambientais para a sociedade, a ABRE - Associação Brasileira de Embalagem, entidade que representa oficialmente o setor, criou o Prêmio ABRE de Design de Embalagem.

Participe e contribua para o aprimoramento da embalagem brasileira!Informações e inscrições: www.abre.org.br / [email protected] ou telefone 11 3082-9722

design

conquisteesta marca

abre 25/04/02 16:55 Page 1

Page 28: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

40 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002

CAMISINHAS EM FLOW PACKS CONVIDATIVASA PH2 Design buscou transmitir “umasensação agradável e convidativa”com o design das embalagens da li-nha de preservativos com saboresFunny Love Shop, da Life Méd. Pare-cem ter conseguido, já que fica-ram entre as finalistas no Prê-mio Abre de De-

sign de Embalagem 2001. As embala-gens, flow-packs de BOPP laminadoe BOPP metalizado, são impressasem rotogravura, pela Inapel. Anterior-mente embalados manualmente em

cartuchos, os preservativosagora são empacotados au-

tomaticamente.

Caçulinha na Copa

O Guaraná Antarctica Caçulinha ga-

nhou uma edição limitada de emba-

lagens temáticas em homenagem à

seleção brasileira. As garrafas de

PET de 237ml são envoltas em um

sleever amarelo, da Propack, com

tampa também amarela, que con-

trasta com o fundo verde. A edição,

especial e limitada (5 000 garrafas),

será distribuída apenas em eventos

especiais da AmBev. A agência res-

ponsável pelo design da embalagem

foi a Carillo Pastore RSCG.

Mila Light em poteda Dixie TogaA margarina Mila, uma das princi-pais marcas da Santista, divisãoda Bunge Alimentos, acaba de ga-nhar a versão Light, com metadedas calorias (45kcal versus 90kcalpor porção de 14g). Não fugindodas características da Mila conven-cional, a embalagem da Mila Lightreforça o conceito do slogan “ésaudável porque veio do milho”, eé apresentada em tonalidades sua-ves, com destaque para o tom deazul. Os potes termoformados empolipropileno são fabricados pelaDixie Toga. A embalagem foi de-senvolvida pela Oficina d’Design.

Gold seal,visual gold

A embalagem do uísque Bal-

lantine’s Gold Seal mudou. Fi-

cou mais sofisticada e ganhou

a assinatura e o selo de apro-

vação do patriarca da família

Ballantine, George Ballantine.

O Brasil é um dos primeiros

países a receber o produto

com o novo visual. Embora su-

tis numa primeira impressão,

as mudanças no estojo do Bal-

lantine’s Gold Seal, disponível

nas versões tradicional (cartu-

cho) e luxo (lata), revelam a

preocupação da Allied Domecq

em transmitir os valores de

uma de suas principais mar-

cas. O azul-marinho e o doura-

do continuam predominando

no visual do Gold Seal, sendo

quebrados apenas pelas cores

do brasão da família Ballanti-

ne’s, que ganhou maior visibili-

dade, enfatizando a tradição e

a história da marca, líder em

vendas na Europa.

NIC

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Page 29: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

42 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002

Shoyu de quimono novoO molho de soja Sakura está comrótulos novos, criados pela Komat-su Design e impressos pela GráficaBandeirante. Eles valorizam a mar-ca Sakura, destacada numa formaoriginada das fachadas de constru-ções tradicionais japonesas, e tra-zem imagens sofisticadas com pe-quenos detalhes que remetem àorigem nipônica do produto. As co-

res de cada variante do produto fo-ram mantidas, mas imagens depratos diferenciam cada uso: Tradi-cional para o dia-a-dia, Light parasaladas e pratos leves, Premiumpara sushi e Picante para pratosmais fortes. Os frascos de 150ml,500ml, 1 litro, 5 litros e 20 litrossão produzidos pela Braspet, e le-vam tampas da Alcoa.

Lenços em pote serigrafadoA Johnson & Johnson está relan-çando os lenços umedecidosJohnson’s Baby, com novas carac-terísticas e embalagens. Os len-ços agora são produzidos em te-cido com exclusiva e suave fra-grância, e os potes do produtoestão disponíveis agora nas co-res rosa e azul. De acordo com aJ&J, o formato do pote foi criadopensando no aspecto lúdico,“uma vez que é comum entre asmães usar a embalagem paradistrair a criança durante a trocada fralda e também para compora decoração do quarto dobebê”. Outra novidade em emba-lagem é o refil unissex, que,além de permitir a recarga dopote, conta com um zíper paraabrir e fechar, facilitando a utili-zação e a conservação adequa-da do produto. O pote, com rótu-lo em serigrafia, é da Opus.

ROUPA NOVA PARA O CINEMAsentado na bilheteria do cine-

ma. Na compra de um ingresso

adulto, a criança assiste ao

filme de graça. César França,

gerente de marketing de Leite

Moça, prevê um crescimento

nas vendas “em torno de 10%

a 12% com a ação”. A criação

das embalagens é de Marta

Cardoso, com finalização de J.

Americano. O atendimento

é de Andressa Vieira.

A guloseima Mocinha, da Nes-

tlé, está com embalagem nova

para comunicar a promoção

“Mocinha leva você ao cine-

ma”, firmada com o filme “A

Era do Gelo”, para a Fox Fil-

mes. Na face das embalagens

flow-pack, fornecidas pela Al-

can, a Mazz Design inseriu os

personagens do longa-metra-

gem. Um cupom, que acompa-

nha o produto, deve ser apre-

32display 25/04/02 12:57 Page 42

Page 30: Revista EmbalagemMarca 032 - Abril 2002

44 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002

Amyr Klink vira marca

Criação da 100% Design,

a nova logomarca Amyr

Klink será usada no licen-

ciamento de produtos rela-

cionados ao aventureiro,

que explorarão valores

identificados nele como

precisão, determinação,

tecnologia, ousadia, mo-

dernidade e objetividade.

Os produtos serão lança-

dos, de início, no setor de

vestuário e acessórios. A

proposta da logomarca,

cujo desenho foi inspirado

em uma bússola, é perso-

nalizar a atuação do nave-

gador. “A bolinha vermelha

lembrando um grau simbo-

liza precisão, e a tipologia,

com traços retos e quadra-

dos, visa imprimir o plane-

jamento comumente envol-

vido nos projetos dele”, diz

Renata Melman, diretora

da 100% Design.

Ao food service, as latas!Para atender ao crescente mercado defood service, formado por restaurantes,hotéis e demais locais com cozinhas in-dustriais, a Indústria de Conservas Giniestá lançando uma linha de palmitosem latas de aço com 3 quilos, sob amarca Plant. Há três versões do produ-to: com palmitos grossos, médios ou fi-nos, para atender a diferentes necessi-dades. Carlos Gini, diretor da empre-

sa, diz que a lata traz vantagens parao cliente, como segurança na manipu-lação e a garantia de que o produtofoi produzido com tecnologia de pon-ta. “Ao contrário do palmito em vidro,que pode ser feito em qualquer fabri-queta, o palmito em lata só pode serproduzido em unidades industriais sofis-ticadas”, argumenta. O fabricante dalata do Plant é a Metalgráfica Rojek.

Lenço com visual chiqueA M Design redesenhou a logomarca e criou uma nova em-

balagem para a linha Kiss Fashion de lenços de papel, fa-

bricada pela Santher. Trata-se de uma linha com maior so-

fisticação e requinte, voltada às classes A e B de consumi-

dores, por isso a agência primou pela limpeza dos elemen-

tos gráficos da embalagem plástica, impressa pela Scipião.

Cores neutras como preto, vermelho e prata ressaltam a

tendência clean. Uma etiqueta auto-adesiva abre-fecha, for-

necida pela IndexFlex, agrega praticidade ao produto.

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ULO

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CLE

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Família em mudançaA linha de produtos para cabelos Vital Ervas, da Unilever,está com nova identidade visual, um trabalho da agênciaNarita & Associados. Formatos novos das embalagens, maisarredondados, novos rótulos, mais transparentes, e coresmais suaves marcam a transformação da linha. As novastampas-moeda (disc-top) dos xampus e dos condicionadores,feitas pela Plasteck, facilitam a dosagem e o fechamento du-rante o uso. “O logotipo e o frasco foram modernizados,mas mantiveram as características essenciais de identifica-ção da marca”, diz Patrícia Tonetti, gerente de marketing daUnilever. O fabricante resolveu aproveitar a oportunidadepara lançar novos produtos, um creme para pentear e umcreme de tratamento, ambos com tampas da Cárea. Todosos frascos da linha são obra da Sinimplast, enquanto os rótu-los, que combinam off set e serigrafia, são da Prodesmaq.

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Almanaque

46 – EMBALAGEMMARCA • abr 2002

Pessoal antenadoLançado em 1947 na

Alemanha, o nome do

refrigerante Fanta foi

escolhido pelos funcioná-

rios do fabricante, numa

espécie de antevisão da

economia globalizada.

Foi tirado da palavra

“fantástica”, semelhante

em diversas línguas.

A marca chegou ao Brasil

em 1964, com o sabor

laranja. Fanta Uva foi

lançada sete anos depois.

Muito além das logomarcasMesmo logomarcas marcantes e aclamadas pelos especialistas revelam detalhes que só não passam desa-percebidos pelo seu próprio criador ou pelos funcionários mais antigos da companhia a que se referem. Émais uma demonstração de que marcas não se consagram apenas pelo visual, ainda que este seja impor-tantíssimo. Mas o que vale, mesmo, é o que está por trás delas, como produtos de qualidade, atendimento,serviço e marketing adequado. Yamaha e a Nissin são dois exemplos, por acaso vindos do Japão.

Três significadosDetentora da marca Miojo, que virou referênciade macarrão instantâneo, a Nissin possui um lo-gotipo cheio de conceitos. Segundo a empresa,o nome é estampado em branco sobre fundovermelho para passar a idéia de saúde e higiene.Ele é inserido em um semicírculo vermelho quetraz três significados básicos: 1º) representa ametade do mundo, indicando a postura interna-cional da empresa 2º) é uma analogia a um sor-riso, simbolizando a felicidade 3º) simbolizauma tigela, usada para servir o macarrão instan-tâneo em seu país de origem, o Japão.

Motores afinadosAté os mais apaixonados consumidores das mo-tocicletas com a marca da gigante japonesa quefabrica desde equipamentos industriais até gra-vadores de CD para computadores devem ter di-ficuldade para decifrar o significado do símboloda Yamaha Moto Corporation, que acompanha otanque de combustível das “easy riders”. Sãotrês figuras que, sobrepostas e inseridas numcírculo, lembram cabos de estilingues. Na ver-dade, elas fazem referência ao primeiro produtofabricado pela empresa, um órgão, projetadopelo japonês Torakusu Yamaha, em 1887. Sãotrês diapasões, pequeno instrumento de aço quedá uma nota constante e é utilizado por músicospara aferir vozes e instrumentos.

O fim da durezaOs biscoitos de água, hoje pre-sentes em mesas do mun-do inteiro no inconfun-dível formato queidentifica essa catego-ria de produto levepara a alimentação, originam-se dos antigos “biscoitos de navio” que integravam as rações de marinheiros e passageiros. No passado, as condi-ções inadequadas dearmazenagem nasembarcações obri-gavam a utilizarbaixas quantida-des de gordura napreparação, paraque os biscoitos se

mantivessem frescos. O resultado é que fica-

vam duríssimos, o-brigando à suaquebra nos cantos

de mesa ou até commartelo. Em 1888,

Jonathan Dodgson Carr,da panificadora Carr’s, de Car-lisle, lançou na Inglaterra uma

receita de biscoito mais levee crocante, que se dis-

seminaria pelo mun-do. Famoso (atéhoje) com a mar-ca Carr’s Table Water, o produtoé acondicionadoem caixas de

papel cartão.

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