Revista EmbalagemMarca 051 - Novembro 2003

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Ano V • Nº 51 • Novembro 2003 • R$ 6,00 www.embalagemmarca.com.br O FUTURO DAS LATAS DE AÇO VIDRO EM DEBATE ADESIVOS

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Edição de novembro de 2003 da revista EmbalagemMarca.Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Ano V • Nº 51 • Novembro 2003 • R$ 6,00w

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O FUTURO DAS LATAS DE AÇO • VIDRO EM DEBATE • ADESIVOS

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A máquina de produção de tubos de plástico de velocidade media daAisa oferece uma maior produtividade e uma gama maior de tamanhos eformas de tubos. Com uma automação aperfeiçoada e procedimentosde alteração e manutenção simplificados, a nova PTH-80s representaum menor investimento por tubo que a PTH-80: a máquina de tubos deplástico mais vendida em todo o mundo desde 1985!

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Em prol do maior patrimônioEntrevista do mês eas principais repor-

tagens desta edição tra-zem um panorama do quese convencionou chamarde “guerra dos mate-riais”, isto é, a disputados diferentes materiaisde embalagem para con-quistar espaços no merca-do. Seria ótimo se todasas guerras fossem seme-lhantes a esse confronto,que basicamente traz paraos consumidores reci-pientes mais eficazes emsua função de proteçãodos produtos, na conve-niência de uso e na apre-sentação. É verdade que, premidaspela retração de vendas

ditada pela renda achata-da dos consumidores,muitas empresas baixama qualidade dos produtose das embalagens no es-forço de crescer apoian-do-se em preços baixos.Como também mostramaqui e ali as reportagens –e como deveria ensinar amemória de “tiros no pé”que andaram sendo dadosem anos recentes – não sedeve aviltar assim o cha-mado maior patrimôniode qualquer empresa.Sim, é de marca que esta-mos falando. Esta edição tem váriosoutros atrativos, mas o es-paço aqui disponível obri-ga-me a falar rapidamente

da próxima. Já estamospreparando a edição deTendências e Perspectivaspara 2004, um trabalhoque, em sua quinta ediçãoanual, já se firmou comoum sempre útil instru-mento auxiliar e de con-sulta permanente no pla-nejamento das empresas.E, já que o assunto é esse,informo que também es-tamos planejando o pró-ximo exercício, para tor-nar EMBALAGEMMARCA

ainda mais útil e maisinovadora. Aliás, para2004 haverá muita inova-ção. Aguardem. Por en-quanto, até dezembro.

Wilson Palhares

A

Como deveriaensinar a memóriade “tiros no pé”que andaramsendo dados emanos recentes –não se deveaviltar as marcas

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36 ÁguasConcurso de rótulos para águadivulga termo-encolhíveis

3 EditorialComoditização, o risco para omaior patrimônio: marca forte

48 Painel GráficoNovidades do setor, da criaçãoao acabamento de embalagens

38 CalçadosRipasa lança coleção de emba-lagens calçada na criatividade

40 PanoramaMovimentação na indústria deembalagens e seus lançamentos

50 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundodas marcas e das embalagens

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novembro 2003

MAIZENAA partir deesforços conjuntos,Unilever obtémcartucho de papelcartão com fitilho paraabertura

INSUMOSIndústria de embalagensatrai fornecedoresglobais e novas gerações de adesivosde alta performance

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ENTREVISTA: JOSÉANTONIO LORENTEPresidente da Cisper e ex-presidente daAbividro traça perspectivas para as embalagens de vidro no Brasil

METÁLICASEmbalagens de aço se movimentam para manter fatias em alimentos e bebidas. Na área de alumínio,fusão e nova entidade de classe

REPORTAGEM DECAPA: FARMÁCIASVarejo farmacêuticodiversifica seu

perfil e abre umnovo campo de exigência de embalagensvendedoras

44 DisplayLançamentos e novidades – eseus sistemas de embalagens

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

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ColaboradoresJosué Machado e Luiz Antonio Maciel

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

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AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

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Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

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mbora pela definição acadêmicao conceito de revolução impli-que na derrocada de um modeloe a ascensão de outro, ou seja,uma sucessão de hegemonias,pode-se dizer que o terreno da

embalagem, no que diz respeito aos mate-riais nela trabalhados, constitui uma exce-ção. A criação e o desenvolvimento de so-luções plásticas, metálicas e celulósicasnão jogou o vidro, um dos materiais pio-neiros na área, para o limbo. Certo que,com a atual diversidade, ele não desfrutada mesma participação de outrora. Toda-via, está longe de ter seus dias contados:além de manter nichos cativos, como al-guns alimentos e bebidas e a indústria far-macêutica, ele está sendo resgatado emsearas nas quais parecia fadado a presen-ças pontuais, como a de refrigerantes.Para discutir a situação da embalagem devidro no país, EMBALAGEMMARCA con-versou com José Antonio Ramos Lorente,presidente da Cisper, tradicional vidrariabrasileira. Engenheiro mecânico por for-mação, ex-presidente da entidade de clas-se do setor, a Abividro, da qual é hoje umdos diretores do segmento de Vidros paraEmbalagem, e atuante na indústria vidrei-ra há 25 anos, Lorente detalha a entradada Cisper no ramo farmacêutico – “naverdade, uma volta” –, o momento apa-rentemente auspicioso para o material,com a revalidação das garrafas retorná-veis para refrigerantes, e as perspectivaspara o setor. “Vejo um futuro bastante in-teressante para o vidro.”

Na área de embalagem, a Cisper semprese caracterizou como indústria voltada àprodução de garrafas e potes para ali-mentos e bebidas. Agora está entrando nafabricação de frascos para medicamen-tos. O que determinou essa mudança? Antes, até 1983, 1984, a Cisper já produ-zia embalagens farmacêuticas. Continua-mos a fabricá-las, em tamanhos maiores,de meio litro e 1 litro, para xarope, defen-sivos agrícolas e outros produtos. Assim,

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JOSÉ ANTONIO LORENTE,

presidente da Cisper e

ex-presidente da Abividro,

fala da posição do

vidro na indústria de

embalagens e das

oportunidades latentes

para o material

entrevista

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Futuro interessante para o vidro

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nunca perdemos contato com esse mer-cado. No entanto, percebemos que haviacerto descontentamento com a qualidadede serviço das fornecedoras dessa área epor isso decidimos, no ano passado, in-vestir 1 milhão de dólares para instalarno Rio de Janeiro uma linha de produçãocom sala limpa, a mais moderna queexiste no Brasil. Ela já está à disposiçãodos clientes e é capaz de produzir 100milhões de frascos por ano, o que nãochega a 30% desse mercado. Ou seja, te-mos muito para crescer.

Com a entrada de um player do porte daCisper no mercado e a conseqüente ele-vação da oferta, não há risco de ocorreruma guerra de preços entre as vidrarias?Não acredito, porque trabalhamos nomercado com as demais empresas deuma forma de concorrência muito sadia.Não estamos promovendo uma guerra depreços, mesmo porque nossos custos sãomuito parecidos. O que há é oportunida-de. Primeiro, por uma questão de locali-

zação geográfica – estamos no Sudeste,que concentra 75% dos laboratórios, umavantagem em relação à CIV, por exem-plo, cujos frascos embutem um valor defrete considerável, já que vêm do Nor-deste para cá. E também por termos me-lhor qualidade. Como fomos os últimos ainvestir, podemos atuar de forma muitocompetitiva.

Falemos de outro negócio estratégicopara a Cisper, o mercado de bebidas. Aempresa está apoiando a iniciativa daCoca-Cola de voltar a utilizar com forçaas garrafas retornáveis... Esse é um ponto interessante. A Coca-Cola quer crescer de 10% para 30% oshare nas garrafas retornáveis, como for-ma de reverter uma situação de prejuízo,pois concluiu que, com as retornáveis, épossível obter uma redução de custo im-portante para crescer onde ela perdeumercado, ou seja, nas classes D e E.Ocorre que estão crescendo fortementeos mercados de periferia, os mercadi-

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nhos. Com a estabilidade econômica, oconsumidor não faz mais a “compra domês” para se proteger da inflação. Ele fazcompras diárias, pequenas, pois os preçospraticamente não mudam. Por isso, aCoca-Cola está levando as retornáveispara as vendas de esquina, para as pada-rias, pois elas movimentam grandes volu-mes, e as camadas populares não têmproblema com a compra planejada. Osconsumidores de maior poder aquisitivoé que têm problemas de definição anteci-pada de compras, não querem ir ao super-mercado levando uma garrafa, tendo dedefinir sua compra antecipadamente. Enão representam um problema, pois po-dem pagar pela bebida quando sen-tem vontade de consumi-la. Difi-cilmente a Coca-Cola vai conse-guir que esse público tome uma,duas ou mais unidades por ano.

Quais os resultados obtidos comessa iniciativa até agora?Eles vêm sendo um espetáculo. NoRio de Janeiro, as vendas do tama-nho familiar, de 1,25 litro, estão es-tourando. Em São Paulo está sendotrabalhado um projeto bastante in-teressante, que é a garrafa de200ml retornável com a definiçãodo preço na tampa. A tampa trará ainscrição “50 centavos”, o que échamado “pocket money”, ou “di-nheiro do troco”.

Há outros fabricantes de refrige-rantes planejando seguir esse caminho?Acho pouco provável, com exceção tal-vez da AmBev/Pepsi-Cola, que tem vistotodo esse movimento da Coca-Cola edeve estar aguardando o momento parasentir como vai ser a performance para seposicionar no mercado. Fora a AmBev,não vejo nenhum outro fabricante de re-frigerante com massa crítica para traba-lhar com retornáveis. Essa era uma estra-tégia que a Coca-Cola tinha no passado,da qual não podia ter aberto mão e queestá querendo trazer de novo. Por estarpresente no Brasil inteiro, a Coca-Colatem massa crítica para trabalhar com re-tornáveis. Para os refrigerantes regionais,

os investimentos em frota de vasilhames,caixas plásticas, máquinas de lavar se-riam pesados, não valeriam a pena. Comesse “float” a Coca-Cola ganha uma pro-teção de mercado.

Cervejas também configuram um nichoem que as retornáveis podem evoluir?A retornável é a embalagem preferida dascervejarias. Por que? Porque ela dilui ocusto da garrafa em N vezes, as N vezesem que é utilizada. Normalmente se esta-belece o número de utilizações em tornode trinta. O custo daquela embalagem,para efeito de composição de custo finaldo produto, vai ser diluído em 1/30. É a

embalagem mais econômica queexiste. Mesmo agregando-se custode logística de transporte, lavageme tudo mais, é a embalagem maisbarata que existe. A cervejaria quemais utiliza a garrafa retornável é aAmBev, com 67% desse tipo de re-cipiente em seu perfil de embala-gem. E o ótimo resultado financei-ro da AmBev está aí, para todomundo ver como se consegue ga-nhar dinheiro maximizando o con-ceito das embalagens.

Isso não é um entrave da própriaindústria de vidro ao crescimentoda garrafa long neck?Aí podemos falar em nichos, ondese inserem a long neck e também alata. Um exemplo é o do consumode cervejas premium, que estamos

vendo chegar ao Brasil de maneira tími-da. Eu imaginava que fosse chegar maisforte e que as outras cervejarias, além daAmBev, fossem perceber essa oportuni-dade mais rapidamente. A AmBev temsabido se valer desse conceito. Ela lan-çou em long neck a Bohemia, que é umacerveja mais cara e, portanto, deve termaior rentabilidade. Ela é vendida 70%em vidro e 30% em lata, porque é umacerveja de maior valor percebido. Lan-çou a Skol Beats, que só é vendida em vi-dro, com um design revolucionário, como qual ganhamos o Prêmio Abre de Em-balagem, na categoria Melhor Desenvol-vimento do Ano. A Kaiser recentemente

Com as retornáveis, a

Coca-Cola está ganhando proteçãode mercado. Fora

ela e a AmBev, nãovejo nenhum outro

fabricante de refrigerante com

massa crítica paratrabalhar com retornáveis.

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lançou a Bavária Premium. Há uma sériede cervejas que estão sendo desenvolvi-das. Com essas oportunidades a longneck se desenvolve e cresce, sem tirar onegócio da retornável.

Gostaríamos que o senhor abordasse ou-tros aspectos relativos à embalagem emgeral e, claro, ao vidro em particular. Háanos ouve-se dizer que “o vidro vai mor-rer como embalagem”. O setor está per-dendo espaço, no mundo e no Brasil? O vidro não está perdendo espaço. Acabode voltar de uma reunião nos EstadosUnidos, onde ouvi uma apresentação doscolegas da Europa, e fiquei muito feliz aover quanto o vidro está ganhandoespaço na Europa. O mercado eu-ropeu é o maior mercado de vidrodo mundo, com 40 milhões de to-neladas por ano. O Brasil não escoanem 1 milhão. Aqui, nós estamos“flat” em volume porque o país nãoestá crescendo, o mercado de em-balagens não está crescendo. Masem unidades estamos evoluindoaos poucos nos últimos anos, pelasconquistas em aliviamento de pesodas embalagens. Diria que o cresci-mento consolidado em unidades,ao ano, ficou entre 2% a 3% nos úl-timos cinco anos. Hoje, o mercadobrasileiro de embalagens de vidrodeve estar em torno de 4,5 bilhõesde unidades.

Quais os segmentos em que o vidrotem mais oportunidades de crescer?Acredito que o vidro tem grandes possi-bilidades de crescer em alimentos. Quan-do passarmos a crescer novamente noBrasil, a tese do valor agregado voltará,como instrumento para melhorar a mar-gem de rentabilidade das empresas. O vi-dro pode trazer valor agregado aos poten-ciais clientes. O mercado de refrigerantessem sombra de dúvida vai crescer, o mer-cado de cerveja vai continuar crescendo.Bebidas alcoólicas e aguardentes formamum mercado cativo do vidro. É um seg-mento que cresce pouco, mas cresce.Acho que esses são os principais setorescom potencial para evolução.

O senhor não vê como uma ameaça aovidro a tendência de rebaixamento daqualidade dos produtos em geral, devidoà queda do poder aquisitivo da popula-ção? Isto é: como é um material conside-rado mais nobre (e mais caro) o vidrotende a ser substituído por materiaismais baratos, de forma a que os produtospossam apresentar para o consumidor fi-nal preços mais competitivos.De modo geral, o mercado de embalagemtem sofrido transformações. O que tem secaracterizado, principalmente nos últi-mos anos, é o favorecimento de produtosmais baratos, porque a conjunção de vá-rios fatores, que teve como conseqüência

a perda de poder aquisitivo, fezcom que as pessoas com menos di-nheiro no bolso procurassem alter-nativas mais acessíveis, e as empre-sas começaram a buscar formasmais baratas de acondicionar seusprodutos. O que notamos é que aconcorrência ficou muito mais acir-rada entre os materiais. Infelizmen-te, com essa busca incontida de re-dução de preços, a qualidade dosprodutos também baixou. Quandovocê entra no supermercado, notaesse empobrecimento generalizadode embalagens e de produtos.

Ao mesmo tempo, isso não é umaameaça às marcas consagradas, namedida em que estão nivelando porbaixo a qualidade? Sem dúvida. No momento que sair-

mos desse processo de recessão no Bra-sil, aquelas marcas com maior valor agre-gado irão prevalecer, porque o consumi-dor não quer produtos de baixa qualida-de. Às vezes ele é obrigado a consumi-los por questões de poder aquisitivo.Porém, assim que ele resolve seu proble-ma financeiro, volta a consumir produtosde qualidade. Na verdade, isso tudo é umciclo. As empresas que são voltadas parauma imagem de valor agregado e comrespeito ao consumidor na qualidade desua produção vão tratar de se resguardare de manter embalagens que possam pre-servar e dar charme aos produtos nelascontidos.

O vidro tem grandes possibilida-des de crescer emalimentos. Quandoo Brasil passar a

crescer novamente,a tese do valor

agregado voltará,como instrumento

para melhorar amargem de

rentabilidade dasempresas

veja

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onge de desprezar mercadostradicionalmente importantes,como o de produtos químicos etintas mobiliárias, os fabrican-

tes brasileiros de latas de aço vêm concen-trando esforços cada vez maiores em suapermanente luta para manter participaçãonas gôndolas de alimentos e bebidas. No-vos sistemas de fechamento, diversifica-ção de linhas produtivas e aumento daoferta de formatos diferenciados são ape-nas alguns exemplos do que o setor vemfazendo para gerar competitividade e con-ter o avanço de materiais concorrentes.

Disputando fatias com alternativas deacondicionamento tão diversas quantogarrafas de PET, cartonadas assépticas,embalagens flexíveis, potes plásticos e re-cipientes de vidro, o setor de folha-de-flandres sabe que não pode se acomodar.O imperativo de constante renovação vemno inevitável exemplo do mercado deóleos comestíveis. Ainda que as latas con-tinuem dominando o segmento, com parti-cipação estimada em 64% no ano passado,o avanço do PET inquieta a cadeia do aço.

Crescimento contínuoBasta dizer que, em 1997, a participaçãodas latas de aço no mercado de óleos co-mestíveis era estimada pelo Datamark em87,39% – cerca de 23 pontos percentuais amais em relação aos números de 2002, queforam captados pela Abeaço (AssociaçãoBrasileira da Embalagem de Aço). Fican-do com quase todo o crescimento do mer-cado de óleos de soja, em 2003 o PET con-tinuou avançando, de tal forma que a par-ticipação do aço deverá recuar para 60%neste ano, ainda segundo a Abeaço.

A situação só não é mais preocupanteporque os fabricantes estimam que, a parda diminuição das fatias, os volumes pro-duzidos vêm se mantendo estáveis. “Não

metálicas

Sem letargia

LLatas de aço lutam para manter fatias em alimentos e bebidas

se tratou de uma concorrência predatória”,diz Rodolfo Kesselring, superintendentecomercial da Metalgráfica Iguaçu, empre-sa que produz anualmente 400 milhões delatas e atende cerca de 25% da demandabrasileira de embalagens de aço para óleoscomestíveis. “O PET se concentrou basi-camente nas marcas premium, nicho emque o aço tem uma presença muito peque-na”, ele completa.

Para reverter a perda de fatias, os for-

Por Leandro Haberli

COM AVANÇO DO PET, PARTICIPAÇÃODO AÇO EM ÓLEOS COMESTÍVEIS VEM CAINDO

87,39%

1997

60%

40%

11,05%** O restante se divide entre garrafas de PVC, com 1,41%, bombonas de polipropileno,com 0,04%, e tambores de aço, com 0,10%.

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necedores de latas de açopara óleos comestíveis batemcada vez mais na tecla dos di-ferenciais ambientais. A ex-pectativa é que isso os ajude ase lançar entre as marcas maisnobres de óleos comestíveis,exatamente o nicho em que orival PET se estabeleceu. “Oconsumidor desses óleos podemostrar mais sensibilidade aomenor impacto ambiental dasembalagens de aço e às vanta-gens de reciclagem em relaçãoao PET”, acredita Kesselring.

O mercado de óleos comestí-veis também surge como umadas prioridades dentro da própriaAbeaço. Importantes associados da entida-de, que foi criada no primeiro semestredeste ano, se mostram favoráveis à adoçãode uma restrição legal ao uso de embala-gens de PET no mercado brasileiro deóleos comestíveis. Sempre acompanhadada bandeira da preservação ambiental, aalegação é a de que determinações seme-lhantes já estariam em voga na Europa eaté em países vizinhos, como a Argentina.

Aço em edições especiaisEnquanto esse pensamento não ganha cor-po no Brasil, muitos consumidores deóleos comestíveis continuam associando atransparência do PET a valores como no-breza e qualidade. Assim, a supremacia doaço no setor depende cada vez mais domercado institucional, onde as latas retan-gulares de 5 litros praticamente não têmconcorrentes. Mas no varejo o materialnão tem deixado de demonstrar força –embora ainda esteja restrito aos óleos desoja, enquanto o PET domina a cena enreos óleos de girassol, milho e canola.

“Fora dos grandes centros, o consumi-dor se mantém fiel às marcas de óleos co-mestíveis vendidas em latas de aço”, lem-bra Sérgio Iunis, diretor administrativo daAbeaço. Tal preferência fica clara em umadas mais recentes ações da tradicionalmarca Liza, que acaba de lançar ediçõesespeciais das latas de 900ml de sua linhade óleos de soja. Com receitas culináriasno verso e impressões litográficas alusivas

às comemorações natalinas na frente e so-bre o logotipo, as latas do óleo Liza foramencomendadas pela Cargill, dona da mar-ca, à Prada.

Rumo às conservasEmbora exemplos dessa natureza deixemclaro que o aço mantém espaço cativo nomercado de óleos comestíveis, fabricantesque praticamente viviam da demanda dosetor estão apostando em diversificação. Éo caso da própria Metalgráfica Iguaçu. Atéentão inteiramente dedicada ao parqueprocessador de soja, para o qual oferecesete linhas de produção de latas, sendoduas in-house, a empresa acaba de ampliarseu leque de atuação.

Prada produziulatas alusivas àscomemoraçõesnatalinas para oóleo Liza, daCargill

Crescimento domercado de

conservas atraiua Metalgráfica

Iguaçu, tradicional

fornecedora de latas

para óleoscomestíveis

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Num lance que consumiu quatro mi-lhões de dólares, a Iguaçu inaugurou emSão José do Rio Preto (SP) uma nova linhaprodutiva voltada inicialmente ao setor deconservas. De acordo com executivos, oreposicionamento já vinha sendo estudadohá algum tempo, e teve em balanços com-parativos recentes o decisivo fator de de-flagração. Num deles, da Datamark, ocrescimento do mercado de conservas é es-timado entre 8% e 12% ao ano, enquanto osegmento de óleos comestíveis avança auma média de 4% ao ano.

Disputa mais branda“Além disso, a concorrência é menor, poiso mercado de conservas tem menos forne-cedores de latas de aço do que o de óleoscomestíveis”, afirma RodolfoKesselring, superintendenteda Iguaçu. As novas latas se-rão produzidas no tradicio-nal diâmetro de 74mm,medida que também per-mitirá atender mercadoscomo o de cremes de lei-te, atomatados, cafés solú-veis e leites condensados.

A experiência em concorrer com oPET nas gôndolas de óleos comestíveispoderá ser muito útil à Iguaçu. Afinal, sena área de legumes em conserva o aço nãotem rivais, nos mercados de molhos de to-mate e leites condensados as latinhas seencontram em rota de colisão com cartona-das assépticas e com o vidro. Para enlatar

a concorrência, a cadeia do aço tem outrostrunfos além do discurso ecológico e daprópria qualidade de proteção à luz de suasembalagens – sempre citada no embatecom o PET e com o vidro, mas que obvia-mente perde força quando a briga é com ascaixinhas longa-vida.

O maior deles é a aposta em tampas di-ferenciadas, que sem dúvida se tor-

naram as grandes vedetes dosetor, renovando o fôlego com-petitivo das embalagens de

aço no mercado de ali-mentos. Exemplos à mãosão as latas Ploc Off, da

Brasilata, cujas tampasplásticas possuem lacre de

segurança e são oferecidas como uma al-ternativa aos tradicionais fechamentoscompostos por selos de alumínio e sobre-tampas plásticas.

Adeptos se multiplicamDesenvolvida para produtos secos e jácontando com usuários na área de cafés, aPloc Off conquistou recentemente umnovo e importante usuário: a linha de cho-colates granulados da Neugebauer, marcaque atualmente pertence à Florestal Ali-mentos, empresa de Lajeado (RS).

Outro fechamento que vem ajudandoas latas de aço a explorar novos campos deatuação nas gôndolas de alimentos é aTampa Security, da Metalgráfica Renner.Também presente em cafés, além de já tersido considerada um case de sucesso naspolpas de frutas congeladas da marca Jal,a solução agora chegou às prateleiras desuplementos alimentares com a linha Su-pra Soy, da Josapar, mesma empresa queproduz o arroz Tio João.

Tampa Security,da Renner: depoisde sucos (abaixo),

suplementosalimentares

Chocolate granulado da gaúcha Neugebauer:mais nova conquista da Ploc Off, da Brasilata

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“Oferecendo custo compatível ao deoutras alternativas de tampas para latas,também queremos crescer em áreas comoas de snacks e achocolatados”, adiantaJosé Victor Basso, gerente da MetalgráficaRenner. O sistema, que acaba de ser adota-do pela Tubetes, marca de rolinhos de wa-fer para acompanhamento de sorvetes, éformado por uma membrana plástica dota-da de um anel de abertura e coberta poruma sobretampa plástica.

Diversificação de shapesAs embalagens de aço também se mantêmenxutas com a colaboração da diferencia-ção de formatos. Esse é exatamente ogrande trunfo das latas expandidas, quevêm ganhando espaços importantes noBrasil. Tendo na Bertol Embalagens, em-presa do Grupo Bertol, de Passo Fundo(RS), um de seus fornecedores, as latinhascom shapes que fogem dos tradicionaispadrões tubulares e retangulares vivem aperspectiva de ampliar o número de usuá-rios em curto prazo.

Sem autorização para informar nomes,Enrique Eiras Mayo, diretor-industrial da

Bertol, informa que estão adiantadas asnegociações para fornecimento entre fa-bricantes de geléias, frutas em calda e con-servas orgânicas. “A aproximação dessesnovos projetos já nos fez importar uma li-nha italiana de equipamentos para produ-ção de latas expandidas”, diz Eiras. Usa-das primeiramente pelas Conservas Ode-rich, empresa de São Sebastião do Caí(RS), as latas expandidas da Bertol se tor-naram conhecidas nacionalmente com aju-da da marca Pilão, que as adotou em umade suas linhas de café solúvel.

Utilizando folhas-de-flandres comespessuras cada vez menores, o que signi-fica economia de matéria-prima, as latasexpandidas encontram boas perspectivasem outros produtos de alto giro. No mer-cado de sucos prontos para beber, a CBL(Companhia Brasileira de Latas) vem di-vulgando um modelo promocional feitoespecialmente para a bebida. Com forma-to que lembra um número 8, a lata da CBLjá despertou interesse em outros países,como foi visto no estande da Abeaço nafeira Envase 2003, realizada em BuenosAires em setembro último.

Para quem acha que o custo das latasexpandidas é incompatível com o mercadode sucos, vale a pena lançar um olhar nomercado mexicano, onde o Grupo Jumex,um dos grandes fabricantes de sucos da-quele país, vem fazendo grande sucessocom latas expandidas há cerca de cincoanos. Para as empresas do setor, lancescomo esse não deixam dúvidas de que,embora tenham perdido espaços estratégi-cos nas gôndolas de alimentos e bebidasnos últimos anos, as embalagens de açocontinuarão fazendo parte do cotidianodas novas gerações por muito tempo.

Latas expandidas,da Bertol: sucesso em cafés solúveis eperspectiva deadoção em docese em conservasorgânicas

Abeaço (11) 3842-9512www.abeaco.org.br

Abralatas(61) 327-2142www.abralatas.com.br

Bertol Embalagens(54) 314-1722www.bertol.com.br

Brasilata(11) 3871-8500www.brasilata.com.br

CBL(11) 6090-5015www.cbl.ind.br

Metalgráfica Iguaçu(11) 3078-8499www.metalgrafica-iguacu.com.br

Metalgráfica Renner(51) 3349-1000www.metalgraficarenner.com.br

Prada(11) 5682-1000www.prada.com.br

Fechamentosdiferenciadospodem favorecerpresença do açoem mercadoscomo o de snacks

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eixando o terreno das emba-lagens de aço e aterrissandono campo das latinhas de

alumínio para bebidas, mercado estimadoem 10 bilhões de unidades por ano noBrasil, o que se vê é um setor que tam-bém se movimenta para defender seus in-teresses. Isso ficou especialmente clarono último dia 14 de outubro, quando foilançada em Brasília (DF) a Abralatas(Associação Brasileira dos Fabricantes deLatas de Alta Reciclabilidade).

Assim, a cadeia brasileira de embala-gens de alumínio, que até então era repre-sentada apenas pela Abal (AssociaçãoBrasileira do Alumínio), passou a ter à dis-posição uma entidade de classe inteira-mente voltada a seus interesses. Intercâm-bio de informações e aumento da competi-tividade da indústria brasileira de embala-gens metálicas estão entre os objetivos da

Abralatas, que será presidida por JoséCarlos Martins, também presidenteda Latasa.

Fusão – Representando os principais fa-bricantes de latas de alumínio do país(Crown Cork Embalagens, Latapack-Ball,Latasa e Rexam), além de fornecedores detampas e de insumos, a Abralatas dividiuatenções com um dos maiores negóciosvistos no setor nos últimos anos. Trata-seda compra da própria Latasa, que é consi-derado o maior fabricante de latas de bebi-das do país, pela Rexam do Brasil, empre-sa que pertence ao grupo inglês Rexam.

Segundo comunicado divulgado pelasubsidiária da companhia britânica,

o negócio foi fechado em 462 mi-lhões de dólares (cerca de 1,3 bi-lhão de reais), e está previsto para

ser concluído ainda este ano.

Alumínio fortalecidoD

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ôndolas já não configuram umrecurso para faturar usado so-mente nos canais de Venezaou, sob a forma própria do mo-

derno comércio, desprovida de romantis-mo, nos supermercados. Ocorre que umoutro segmento varejista, aquele dedicadoà venda de medicamentos, vem cada vezmais incrementando sua área de auto-servi-ço para engordar os lucros. Resultado des-sa ação é que as farmácias, nas metrópolesbrasileiras, estão se transformando em so-fisticados quase-magazines, que, em al-guns casos, já chegam a oferecer perto de20 000 itens.

À parte os fármacos, vendidos nos bal-cões ou mesmo em prateleiras, sem pres-crição médica, a principal marca dessasdrugstores modernas é ser um porto seguropara os mais variados bens de consumo.Além de dentifrícios e produtos de touca-dor, cuja participação nas farmácias nãovem de agora, nelas vem crescendo a ofer-ta de outros produtos: cosméticos e perfu-mes, sorvetes e guloseimas, bebidas, itensde vestuário, brinquedos, revistas, pilhas,filmes para câmeras fotográficas. Numaesperta jogada de marketing, muitas delasvêm se transformando em verdadeirosshoppings da saúde e do bem-estar, ven-dendo artefatos holísticos – velas, incen-sos, CDs de música new age – e serviçoscomo massagens e sessões de relaxamento.

Não-medicamentos em alta“Uma vez que os remédios sofrem com acomparação direta de preços, que não sorrià rentabilidade, redes e drogarias indepen-dentes têm investido em estratégias de ges-tão do negócio e, assim, conseguido ofere-cer maior número de itens num espaço re-duzido, com maior participação de não-medicamentos”, explica Marcos Gouvêade Souza, diretor da consultoria especiali-zada em varejo Gouvêa de Souza & MD.Outro aspecto lembrado por ele é que ospróprios fornecedores, visando diversificarseus canais de escoamento, para fugir da

reportagem de capa

Saúde renovadaG Farmácias diversificam atividades e

pedem embalagens de maior apelo

Por Guilherme Kamio

concorrência concentrada do grande varejoe obter negociações mais flexíveis, vêmbancando essa mudança do trade farma-cêutico. “A indústria está se conscientizan-do de que, ao lado do fortalecimento damarca, a atenção à distribuição pode repre-sentar um diferencial frente à crise e à co-moditização generalizada.”

Nesse encadeamento de ações, os resul-tados pretendidos pela cadeia produtivavêm aparecendo. Segundo dados daAssociação Brasileira de Redes deFarmácias e Drogarias (Abrafarma), houveno ano passado um aumento de 6,69% navenda de não-medicamentos em relação a

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Vendas

Totais

De medicamentos

De não-medicamentos

2001

R$ 3.389.940.810,10

R$ 2.517.372.192,45

R$ 872.568.617,65

2002

R$ 3.588.625.042,93

R$ 2.647.959.556,91

R$ 940.665.486,02

Variação

+5,86%

+5,19%

+7,80%

REDES DE DROGARIAS NO BRASIL: ANÁLISE DAS VENDAS

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BR

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2001, o que reverteu num fatura-mento de 905 milhões de reais(veja quadro). Em porcentagem,eles já respondem por quase 30%do total das vendas.

Os reflexos dessa diversifica-ção de atividade, porém, não se li-mitam a alterações na organiza-ção das frentes de loja. “Essa mu-dança do canal farmacêutico vemabrindo a necessidade e a oportu-nidade de usar embalagens vende-doras”, observa Assunta Napolita-no Camilo, gerente de desenvolvi-mento de produtos e marketing daRipasa, uma das empresas da ca-deia de embalagem que buscammostrar ao mercado estratégiaspara potencializar o apelo das em-balagens nessa nova realidade dasfarmácias. É um esforço que jávem rendendo dividendos.

Acontece que, talvez até influenciadospela convivência com os produtos normal-mente vendidos no grande varejo, os labo-ratórios vêm investindo em sofisticação daapresentação de seus remédios, um movi-mento sentido principalmente na seara dosmedicamentos OTC, ou não-éticos, vendi-dos livremente. A participação desse tipode produto no mix das farmácias vem cres-cendo a olhos vistos nos últimos anos, de-vido à disseminação da chamada autome-dicação responsável: como os remédiosvão se tornando mais conhecidos e confiá-veis e suas possíveis reações vão receben-do melhor acompanhamento com o passardo tempo, uma série de fármacos se isentada obrigatoriedade da prescrição médica.

Nesse cenário, que exige que esses pro-dutos agora “se vendam” mais do que an-teriormente, a embalagem vem adquirindonovas responsabilidades. “Com a mudançana natureza da comercialização, esses pro-dutos, que estavam nos balcões, ao alcance

Rede de drogariasOnofre, uma dasque vêm aumen-tando o mix deprodutos eserviços, investiurecentemente emgerenciamento decategorias e emcomunicação noponto-de-venda,trabalho desen-volvido pela100% Design

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do farmacêutico, agora devem criar suaprópria visibilidade, sua comunicação, eoferecer cada vez mais diferenciais para omanuseio, para a estocagem, para a conser-vação”, pondera Gouvêa de Souza. “Perce-bemos que os consumidores vêm dandoatenção bem maior às embalagens em suasdecisões de compra”, conta Paulo Shima,diretor da rede de franquias Farmais. “Tal-vez pelo fato de os itens de farmácia seremvoltados à saúde e ao bem-estar, o consu-midor confia mais em produtos bem assea-dos, com embalagens bonitas”, acredita oexecutivo.

Nada de sisudezÉ por isso que apresentações sisudas, só-brias, repletas de signos concernentes à in-dústria farmacêutica, estão cedendo a vezpara aquelas com cara de varejo, visual-mente mais trabalhadas e apelativas.

“Por causa da internet, da televisão e deoutros fatores, o público está muito maisinformado acerca das doenças e tambémmais exigente”, afirma Adriana Matos, ge-rente de produto da unidade Upper Respi-ratory e Skin Care da Pfizer. “Desse modo,a melhor forma de se comunicar com ele éatravés de uma embalagem bem trabalha-da, atrativa, na qual constem todas as infor-mações de que ele necessita”, ela acrescen-ta. “Isso ocorre porque, apesar de os OTCsdispensarem prescrição, eles têm que servendidos lacrados, não podendo dependerdas informações contidas na bula, inacessí-vel antes da compra efetiva.”

Os fornecedores confirmam o caprichomaior que os clientes da área farmacêuticavêm pedindo às embalagens de seus produ-tos. “Geralmente se diz que o produto far-macêutico não tem um preço que compor-te grandes gastos em aperfeiçoamento deembalagens”, comenta Paulo Gustavo Se-vieri Gonçalves, diretor de marketing daGonçalves, indústria gráfica que municiadiversos produtores de medicamentos comcartuchos de papel cartão. “Mas a concor-rência a cada dia mais acirrada vem levan-do os laboratórios a se esforçarem para di-ferenciar-se no ponto-de-venda a fim dealavancar a saída de seus produtos.” Parasorte da clientela, essa premência na obten-

ção de embalagens charmosas vem sendocontrabalançada por uma característica daoferta de serviços de embalagem hoje dis-ponível no país.

“Os custos para a obtenção de embala-gens mais sofisticadas têm caído muito,pois surgiram alternativas em materiais, asimportações estão descomplicadas e os for-necedores cada vez mais possuem equipa-mentos instalados que atendem com quali-dade internacional e diminuem a diferençaentre os preços de serviços de diferentes ní-veis, como em número de cores”, pontificaPaulo Sérgio Rosa, diretor da Mappel. Aempresa afirma ter sido pioneira na produ-ção de blisters para a indústria farmacêuti-ca nacional e, hoje, além de fornecer diver-sos tipos de embalagens, produz e envasamedicamentos para uma série de laborató-rios. Rosa diz que a maior atenção à quali-dade tem se espraiado até para embalagenscomo os strips, as tiras flexíveis para oacondicionamento de comprimidos: elasestão cada vez mais coloridas e registramcom maior força as marcas que as chance-lam. “Com esse movimento, quem sabe atéos stand-up pouches e sachês, outras emba-lagens com as quais trabalhamos, ganhemmercado nas farmácias”, ele torce.

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Pfizer renovou asembalagens de sua linha OTC para torná-las mais vendedoras e diferenciadas dasda concorrência.Acima, umcomparativo entrealgumas apresen-tações antigas (àesquerda) e novas (à direita)

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Do balcão de outra grande convertedo-ra de embalagens para medicamentos, aparanaense Magistral Impressora Indus-trial, o diretor comercial Sérgio Damiãodetalha, no lado prático, as conseqüênciasdos pedidos por enobrecimento. “Os cartu-chos, principalmente de medicamentosnão-éticos, vitaminas, energéticos e de pro-dutos que prometem rejuvenescimento es-tão se apresentando com alto destaque nasgôndolas das farmácias, demandando maiscores, fotos e o uso de efeitos como relevo,vernizes e hot stamping”, ele conta. “Valedestacar, nesse panorama, que os laborató-rios estão se valendo mais e mais da criati-vidade de profissionais de design para bu-rilar suas embalagens.”

Investimento em comunicaçãoA Pfizer é um exemplo providencial parailustrar a observação de Damião. Confor-me relata Adriana Matos, a empresa recen-temente contratou os serviços da agênciapaulistana Art Contrast para reformular acara de seus medicamentos vendidos emgôndola, a fim de obter embalagens mo-dernas e diferenciadas. “Queríamos sair doarroz-com-feijão e promover uma cisãocom os concorrentes, pois muitos deles vi-nham imitando o layout de nossas embala-gens”, ela relata, destacando os upgradesvisuais feitos nos não-éticos Mylanta e Be-nalet, “produtos de referência, mas que vi-nham sofrendo com apresentações inalte-radas há cerca de vinte anos”.

Além dos laboratórios, os próprios va-rejistas estão recorrendo aos serviços deagências de design, e não somente paraprojetos de embalagens para linhas de mar-cas próprias, uma tática em crescimento,mas para desenvolver projetos de comuni-cação visual e de sinalização em seus am-bientes. Bom exemplo é dado pela 100%

Design, que realizou trabalho desse tipopara a bandeira Onofre de drogarias. Apósser inaugurada em janeiro numa loja na re-gião central paulistana, a identidade visual,que situa os departamentos da farmácia,está sendo estendida a todas as unidades darede. No entender de Adriana, da Pfizer,“esse tipo de investimento em gerencia-mento de categorias é um desdobramentonatural da onda de promover uma melhorcomunicação com o consumidor, que co-meça com a embalagem”.

A propósito, ninguém menos que o con-sumidor representa o fecho do circuito quevem concorrendo para essa evolução deatividade das farmácias. Com elas transfor-madas em mini-mercados, eles podemprescindir, nos grandes centros urbanos,das cansativas idas aos super e hipermerca-dos. “As novas farmácias estão reescreven-do a história do varejo de conveniência, oque não é um privilégio brasileiro, masuma tendência em linha com o que estáacontecendo no mundo”, define Gouvêa deSouza. O certo é que, no recrudescimentodessa tendência, todos ganham em saúde:consumidor, indústria, designers e fornece-dores de embalagem.

Art Contrast(11) 3758-2277www.artcontrast.com.br

100% Design(11) 3032-5100www.100porcento.net

Gonçalves(11) 4689-4700www.goncalves.com.br

Gouvêa de Souza & MD(11) 3262-0666www.gsmd.com.br

Magistral Impressora Industrial(11) 3816-2533www.magistral.com.br

Mappel(11) 4347 6377www.mappel.com.br

Ripasa0800 113257www.ripasa.com.br

No âmago da transformação de perfildas drogarias reside uma polêmica.Pelas normas impostas pela AgênciaNacional de Vigilância Sanitária (An-visa), farmácias não poderiam venderprodutos não relacionados à saúde.Sabe-se, porém, de fiscalizações quejá encontraram até pneus e lubrifi-

cantes automotivos sendo vendidosem lojas ornadas com uma cruz ver-melha. De acordo com Sérgio MenaBarreto, presidente executivo da As-sociação Brasileira de Redes de Far-mácias e Drogarias (Abrafarma), ocomércio de outros produtos é ne-cessário. Ele argumenta que a lucrati-

vidade com a venda exclusiva de re-médios “tem sido comprometida porfatores como o congelamento de pre-ços baixado pelo governo, a quedado volume de vendas, ano após ano,desde 1997, e a medida tomada pelaCâmara de Medicamentos de reduzira margem do varejo em 1%”.

Mudança de perfil é assunto controverso

Cartuchos de itensvendidos em farmá-cias, como os pro-duzidos pelaMagistral, estãodemandando maiscores e efeitos comorelevo, vernizes e hotstamping

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ais que o lançamento de umproduto no mercado, a curta ejá vitoriosa trajetória da Fari-nha Láctea Maizena num car-

tucho de papel cartão com fitilho, paraabertura fácil, oferece pelo menos três inte-ressantes aspectos do ponto de vista do de-senvolvimento de embalagens. Primeiro,representa uma notável inovação de con-ceito de apresentação nessa categoria deproduto, normalmente comercializado emlatas. Segundo, ressalta a importância daconveniência como fator de decisão decompra. Terceiro, confirma o fato de queembalagem e marca se beneficiam recipro-camente quando a eficácia de cada uma épotencializada.

making of

Um tiro de canhão

MCartucho de papel cartão com fitilho inova conceito de embalagem

Qual desses fatores responde pela con-quista de uma fatia de 8% do segmento emapenas quatro meses após o lançamento,em junho último? Sem dúvida, a força damarca Maizena – estendida das arquico-nhecidas caixinhas amarelas do amido demilho da Unilever para a estréia da empre-sa na área das farinhas – é o que se costu-ma chamar no jargão mercadológico de“tiro de canhão”. Mas não resta dúvida deque também foram decisivas as inovaçõesno material, no formato e na abertura fácil(e ainda na possibilidade de refechamento),transformando a embalagem num cartuchoinédito para produto alimentício no Brasil.

Além dos aspectos apontados, há váriosoutros muito significativos na embalagemem si (ver o quadro na página seguinte),mas merece destaque o fato de que a inicia-tiva ilustra uma ação de convergências deinteresses. Nela, além do cliente, foram en-volvidos um fornecedor de material de em-balagem, um convertedor, uma agência dedesign e um provedor de complementos(respectivamente Unilever, Cia. Suzano dePapel e Celulose, 43 Gráfica e Editora,agência Hi Design e PP Payne).

Troca de informaçõesA embalagem da Farinha Láctea Maizenacomeçou a ser gestada cerca de dois anosatrás, numa troca de informações entre aUnilever e a Suzano. Antonio Carlos Ca-bral, gerente de desenvolvimento de emba-lagem da Unilever, conta que, “dentro dadeterminação de sempre imprimir dinamis-mo aos processos e de inovar com criativi-dade”, a empresa pretendia fazer algumamudança significativa no recipiente de seuconsagrado amido de milho. Por sua vez, aSuzano, segundo Carlos Jorge Benites Go-mes, coordenador de novos negócios dacompanhia, procurava um parceiro de pesopara colocar em andamento um projeto deembalagem na área de alimentos secos.

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A Suzano convocou então sua agênciacontratada, a Hi Design, para desenvolveruma embalagem estrutural que atendessealgumas premissas como fácil abertura,possibilidade de refechamento da embala-gem e que nela coubesse uma colher desopa, a medida mais utilizada nesse tipo deproduto. Iniciou-se aí um longo processode idas e vindas, relatam Carlos Gomes e adesigner Sara de Paula Souza, diretora daagência. Foram feitas várias visitas à uni-dade da Unilever em Mogi Guaçu (SP),onde é produzida a Maizena, a fim de queo fabricante do papel e a agência se fami-liarizassem com os processos de produção,para definir a adequação do cartucho e suaviabilidade em termos de custos.

A partir dali foram feitos inúmeros de-senvolvimentos em papel cartão para aten-der aos objetivos do projeto, com diferen-tes sistemas de fechamento. Chegou-se acogitar uma embalagem inovadora a pontode permitir a eliminação do saco interno

em que o produto é acondicionado. Seriautilizado um cartucho com revestimento depapel cristal (impermeável para pó) nospontos de fuga, com duas fitas aderidas in-ternamente. A idéia apresentada para oamido de milho Maizena foi consideradapela Unilever como uma grande evoluçãoem termos de praticidade, porém era in-compatível com o valor final do produto.Assim, o projeto foi suspenso – mas nãoabandonado. “O pessoal de marketing fi-cou com aquilo na cabeça, pois era umaembalagem que oferecia inúmeras vanta-gens, entre elas a de ser um cartucho quepodia ser retampado”, relembra AntonioCarlos Cabral.

Entretanto, por uma coincidência, aUnilever estava estudando o lançamentoda Farinha Láctea Maizena, e vislumbrouno novo produto uma oportunidade pararetomar o projeto.

Nessa fase foi envolvida a 43 S/A Grá-fica, fornecedora tradicional da Unilever,

2 Rodas(47) 372-9000www.duasrodas.com.br

43 Gráfica e Editora(47) 211-1200

Cia. Suzano(11) 3037-9000www.suzano.com.br

Hi Design(11) 3171-0378

PP Payne(11) 5523-2312www.pppayne.com

Por que o consumidor aprova a mudançaCarla Dias Araújo, gerentedo produto da marca Mai-zena na Unilever, contaque já virou rotina a em-presa receber telefonemasde consumidores dandoparabéns pelo lançamentoda Farinha Láctea Maizenanum cartucho de papel car-tão. Ela atribui a “um con-junto de fatores” o suces-so do produto, que empouco mais de 120 diasconquistou uma fatia de

mercado de 8% em sua ca-tegoria, segundo dados doInstituto AC Nielsen.Entre outras vantagens daembalagem do produtopercebidas claramente pe-los consumidores, citadasnas ligações e em mensa-gens eletrônicas, Carladestaca as seguintes:" não derrama o conteúdose tombar;" abre e pode ser fechadacom facilidade, sem neces-

sidade de uso do cabo dacolher, como é habitual nalata de aço;" tem largura suficientepara a introdução de umacolher de sopa, medida dereceita para esse tipo deproduto no Brasil.Do ponto de vista gráfico,o cartucho adicionou, emcomparação com a lata tra-dicionalmente usada na ca-tegoria, uma área de comu-nicação: a tampa. “Na ver-

dade, os consumidores di-zem que até para descartara nova embalagem é me-lhor do que a lata”, afirmaCarla. “Esse projetodemostra como é impor-tante a integração dosdiversos elos da cadeiaprodutiva na busca desoluções que facilitem avida do consumidor”, dizCarlos Jorge B. Gomes,coordenador de novosnegócios da Suzano.

O processo de abertura fácil: uma aba, na lateral do cartucho (1), auxilia na retirada do fitilho (2). Assim, o consumidor ganha acesso ao produto (3). Retirada a porção necessária, a embalagem pode ser refechada (4).

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dotada de recursos tecnológicos para pro-duzir o cartucho projetado pela Suzano.Para ela, o desafio era viabilizar o projetotecnicamente. “Fora a limitação das máqui-nas permanentemente ocupadas, não foipreciso mudar praticamente nada na linhaindustrial, pois a 43 procura estar sempre àfrente em tecnologia”, recorda Isnard Xa-vier, diretor da 43.

Cartucho aliadoPara aplicar o fitilho de abertura, fornecidopela PP Payne, a 43 acoplou uma máquinaaplicadora à cortadeira e, mais adiante, de-senvolveu internamente outro equipamen-to, “mais adequado, mais rápido e de customenor”, segundo Isnard Xavier.

Concluída a fase estrutural do projeto,passou-se à etapa do design gráfico, quetambém incluiu algumas características in-teressantes, para que a Farinha Láctea ti-vesse o que Cabral define como “um cartu-cho que é um aliado de vendas”. Para a Su-zano, o êxito do produto representa umapossibilidade de ingresso com a embala-gem em vários segmentos de alimentos se-cos ou em pó, tais como os de achocolata-dos, açúcar, arroz, massas secas, confeitos,frutas passas e, devido ao fitilho, produtosem geral que precisem de embalagens anti-violação.

AFarinha Láctea Maizena é apresentadaem cartuchos de 180g, feito com papel car-tão Super Hi Bulky 275g/m2, e de 350g (Su-per Hi Bulky 300g/m2). A operação de fa-bricar e encartuchar o produto foi terceiriza-da pela Unilever para a 2 Rodas, de Jaraguádo Sul (RS), vizinha de Blumenau, ondefica a 43. A empresa construiu um anexo àsua fábrica apenas para essa operação.

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julgar pelas novidades volta-das à cadeia de embalagens, omercado brasileiro de adesi-vos e selantes está quente

como nunca. Além de capitanear o cres-cente uso de adesivos livres de solventesna laminação de filmes flexíveis e de vera expansão dos hot melts nas aplicaçõesde rotulagem e de fechamento de caixas ecartuchos, a indústria de embalagens teminspirado novos lances no setor.

De maneira geral, as novidades apon-tam para o surgimento de gerações aindamais modernas de adesivos, que prome-tem maior rendimento nas aplicações,além de revigoradas estratégias de forne-cimento. Menina dos olhos dos fabri-cantes de adesivos, os hot melts estãoà frente de boa parte dessa movimenta-ção, que tem entre seus objetivos a con-solidação de novos mercados e a diminui-ção da capacidade ociosa do setor.

Vistos na área de adesivos como umaespécie de antídoto contra o arrefeci-mento da economia, os hot melts vêmcrescendo no Brasil a uma média de10% ao ano e são responsáveis por umconsumo anual estimado em 45 000 to-neladas. O bom desempenho se deve, en-tre outras vantagens, à economia de ener-gia obtida graças a temperaturas relati-vamente baixas de processamento (nor-malmente entre 100ºC e 120ºC), além dagarantia de alta performance em diferen-tes tipos de substratos. Tais benefíciosajudam a explicar as perspectivas ampla-mente positivas que alentam a categoria.

Sem tempo ruimEm cinco anos os especialistas calculamque os hot melts responderão por 30% doconsumo de adesivos no Brasil. Tal prog-nóstico conta com o respaldo das novasfamílias de produtos que vêm surgindono país. Uma das mais recentes cartadas

insumos

Alta temperatura

ANova estratégias de fornecimento esquentam mercado de adesivos

foi dada pela HB Fuller, que acaba delançar a linha Advantra.

Próprios para fechamento de cartu-chos de alimentos congelados e deoutros tipos de caixas celulósicas, os

produtos já são usados na Europa e nosEstados Unidos há cerca de três anos. OBrasil começará a ser abastecido pela fá-brica argentina da HB Fuller, que iniciou

a produção da família de hot melts Ad-vantra em junho último.

Com custo diferenciado (3,80 dó-lares/quilo, contra, em média, 2,70 dóla-

res/quilo dos hot melts tradicionais), a re-cém-chegada linha da HB Fuller prometerendimento entre 15% e 30% maior que

os concorrentes. Segundo a empresa, amelhora se deve a fatores como me-

nor densidade e colagem eficiente so-bre distintos tipos de superfície.

“Além disso, a linha Advantra nãocarboniza durante os processos de aplica-ção”, diz Sidney Morgado, gerente co-mercial das unidades de artes gráficas eembalagem da empresa. “Essa caracterís-tica reduz sensivelmente o tempo de pa-rada de máquina em relação aos hot meltsconvencionais”, completa o executivo,acrescentando que, além do mercado de

HB Fuller acaba de lançar adesivos próprios para cartuchos e bandejas de alimentoscongelados e refrigerados

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congelados, os produtos farmacêuticosestão na mira dos hot melts Advantra.

Ao largo das aplicações em cartuchos,o mercado de embalagens também temassistido ao lançamento de novos adesi-vos voltados à área de rotulagem de bebi-das. É para esse setor que a Henkel, líderno fornecimento de adesivos para lamina-ção de filmes flexíveis no Brasil, está tra-zendo a linha Optal LG 11.

A novidade foi anunciada na FispalRecife, que foi realizada entre os dias 4 e7 de novembro último. Também própriospara ambientes frios, os produtos consti-tuem uma alternativa aos adesivos produ-zidos à base de caseína. De olho no mer-cado de cervejas, a Henkel afirma que asolução é capaz de manter diferentes ti-pos de rótulos fixos mesmo após a imer-são das garrafas em recipientes com águae gelo. A família Optal LG 11 será vendi-da em embalagens com formato de balde,recipiente que, segundo a empresa, facili-ta o processamento dos adesivos.

Qualidade posta à provaQuem também demonstra interesse nofornecimento de adesivos e selantes paraaplicações de rotulagem é a Krones. Co-nhecida por suas linhas de equipamentosde enchimento de bebidas, a empresavem realizando junto a seus clientes umasérie de testes para promover a família deadesivos Colfix.

Pertencente à Kic, uma das empresasdo grupo, a linha já foi submetida a ava-

liações com rótulos celulósicos, meta-lizados e de BOPP. Segundo a em-

presa, os produtos chegaram aapresentar economia de 65% em

relação a adesivos concorrentes.“A idéia é fortalecer a Kic como um

fornecedor de adesivos de alta perfor-mance no mercado brasileiro”, resumeFranz Beissel, diretor técnico da Krones.Apesar de os testes estarem sendo feitosjunto a clientes, o executivo diz que o ob-jetivo é atuar também com empresas quenão dispõem de equipamentos da Krones.Até agora, os mercados em que os produ-tos Colfix foram testados são o de homecare, óleos comestíveis e bebidas.

O elã dos fabricantes de adesivos e se-

lantes também vem sendo renovado nocampo dos acordos estratégicos. Comsete fábricas no Brasil e duas na Argenti-na, a gaúcha Artecola oficializou no finalde setembro último um acordo de produ-ção com o Grupo Forbo, empresa de ori-gem suíça que está entre os líderes mun-diais do mercado de adesivos industriais.

Segundo a companhia brasileira, aaliança, também válida para os setorescalçadista, madeireiro e gráfico, além daindústria de embalagens, permitirá acessoa novas tecnologias, diversificando o le-que de produtos da Artecola. “Queremosfortalecer nossa presença em toda a Amé-rica Latina”, afirma Alexandre Astolfi,gerente de mercado da Artecola.

Além do crescente consumo de novasgerações de hot melts, o interesse de for-necedores globais de adesivos industriaisno mercado brasileiro sugere que esse éum dos mais movimentados elos da ca-deia de fornecimento de matérias-primaspara produção de embalagens. Portanto,no que depender dos fornecedores deadesivos, o tempo permanecerá sem nu-vens para a indústria de embalagens.

Com linha Optal LG 11, Henkel acentua estratégia de fornecimentode adesivos para rótulos de cerveja

Família Colfix, daKrones: testes paradivulgar atributosem aplicações derotulagem

Artecola(51) 597-5200www.artecola.com.br

HB Fuller(15) 238-6200www.hbfuller.com

Henkel0800-122334www.henkel.com.br

Krones(11) 4075-9504www.krones.com.br

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36 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003

depender da criatividade dosprofissionais de amanhã, ouseja, dos estudantes de hoje,o design de embalagens tem

tudo para se tornar um campo cada vezmais prolífico. Um bom indicador dessepresságio foi dado no fechamento doConcurso Rótulo Promocional Packla-bel Lindoya Verão, ocorrido no fim domês de outubro último em São Paulo.Regido pelo slogan “Embale UmaIdéia”, ele foi colocado em prática pelatríade instituição de ensino, indústria efornecedor da embalagem: sua organi-zação ficou a cargo da Faculdade de Co-municação e Artes do Senac, e à engar-rafadora Lindoya Verão e à fornecedorade rótulos termo-encolhíveis Propackcoube o patrocínio do evento.

A mecânica do concurso era simples:solicitava a universitários paulistas doscursos de Programação Visual, DesenhoIndustrial, Design Gráfico ou Design deEmbalagem a criação gráfica de um ró-tulo termo-encolhível promocional paravestir uma garrafa de PET de 500ml daágua mineral Lindoya Verão. Os traba-lhos deveriam levar em consideraçãoque o rótulo seria impresso em flexo-grafia, com a utilização de no máximooito cores, com a possibilidade de deta-lhes em cold foil para prata ou dourado.Outros requisitos exigidos eram o usoobrigatório de imagem em quadricro-mia, a presença das marcas Lindoya ePropack no rótulo e a obediência à le-gislação vigente para rotulagem de ali-mentos e bebidas.

Com o intuito de divulgar a iniciati-va, a Propack distribuiu folhetos duran-te a edição deste ano da feira Fispal,ocorrida em junho na capital paulista, eministrou duas palestras na FaculdadeSenac. Além disso, um hot site sobre oconcurso, contendo informações deta-

águas

Retorno criativo

APrêmio de design de rótulo para água divulga termo-encolhíveis

lhadas, foi aberto dentro do web site doSenac paulista.

Alta qualidadePara apontar os vencedores, formou-seum corpo de jurados composto por Clei-de Tomaz, da KDM Design, representan-do a Lindoya, Bernardo Ferracciu, repre-sentando a Propack, César Hirata, da Fu-tureBrand BC&H, Lincoln Seragini, daSeragini Farné, e Ronald Kapaz, da OzDesign. “A qualidade dos trabalhos ins-critos foi muito boa, tanto é que os jura-dos acabaram por fazer uma mençãohonrosa, que não estava prevista na idéiainicial do concurso”, comenta DeniseDantas, professora de Design Gráfico doSenac que coordenou a iniciativa.

A vencedora do concurso foi a estu-dante Ana Moara Di Pietro, que desen-

Da esquerda para a direita, respectivamente, o primeiro,o segundo e o terceiro colocados do concurso.

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volveu o trabalho em equipe, com a aju-da das colegas Flávia Nobre e FabíolaYoshimoto. Todas cursam atualmente oquinto semestre de Design Gráfico naFaculdade Senac da capital paulista.Pelo projeto, elas ganharam uma câme-ra fotográfica digital e um fim de sema-na na estância climática de Serra Negra(SP), com hospedagem gratuita no Ho-tel Lindoya. O segundo e o terceiro lu-gares foram abocanhados por projetosda designer e estudante de pós-gradua-ção em Design Gráfico do Senac Débo-ra Rayel Eva, que levou para casa ummonitor de computador e um scanner. Jáa menção honrosa foi destinada ao estu-dante de Desenho Industrial da Funda-ção Armando Álvares Penteado (FAAP)Marcelo Menna Barreto Cupertino.

Conforme relata a professora DeniseDantas, o caráter do concurso foi cultu-ral, portanto não contemplava a utiliza-ção dos projetos em lançamentos demercado. “No entanto, caso a Lindoya

deseje se valer dos desenvolvimentosdos alunos, que atendem a todos os re-quisitos técnicos para a aplicação nosprodutos, já possui os contatos diretoscom eles. Não há necessidade de inter-mediação do Senac”, ela explica.

Do lado da Propack, o balanço é deque a ação foi mais que satisfatória. Se-gundo Carlos Rosa, superintendente daempresa, o material distribuído sobrerótulos termo-encolhíveis atingiu 600estudantes, as palestras sobre as pro-priedades técnicas e o mercado dessasolução foram vistas por 220 pessoas,houve a oportunidade de travar contatocom 25 professores ou coordenadoresde cursos de design gráfico e programa-ção visual e foi possível formar um júride alto nível. “Mais que cumprir nossameta, que era atingir um público quevirá a se tornar formador de opinião,conseguimos levar o assunto para for-madores de opinião atuais”, comemorao executivo.

Propack(11) 4781-1700www.propack.com.br

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penas expostos em gôndolas quando são vendidosnos hipermercados a preços populares, calçados es-tão entre aqueles produtos que raramente contamcom a companhia de embalagens nos instantes em

que são paquerados por potenciais consumidores. Essa caracte-rística ajudou a difundir uma idéia também lembrada para outrositens de vestuário: sandálias, sapatos e tênis pouco dependeriamde caixas e sacolas atraentes para chamar a atenção nas vitrinese impulsionar as vendas.

O desafio de colocar esse paradigma abaixo, e assim explo-rar o enorme potencial brasileiro de consumo de embalagenspara calçados, estimulou a Ripasa a lançar uma variada série deembalagens promocionais criadas especialmente para o setor.Batizado de Coleção Ripasa Calçados, o projeto foi realizadoem conjunto com onze gráficas que já tinham experiência emproduzir caixas de sapato, e também contou com a participaçãoda agência Packing, que contribui com os grafismos da linha.

Direcionados pela proposta de suplantar as tradicionais cai-xas retangulares que reinam no segmento, cada convertedor fez,a partir de distintos tipos de papel cartão e de papelão microon-dulado da Ripasa, uma alternativa própria e criativa de acondi-cionamento de calçados. “O objetivo é mostrar que a embala-gem também pode valorizar produtos e fortalecer as vendas nes-se setor”, resume Assunta Napolitano Camilo, gerente de desen-volvimento de produto e de mercado da Ripasa.

Estatísticas animadorasPelos números, o interesse é justificável. Quinto maior do mun-do, atrás apenas da China, Estados Unidos, Índia e Japão, o mer-cado brasileiro de calçados emprega 270 000 pessoas – quasetrês vezes mais do que a indústria automobilística – e concentra6 200 fabricantes, responsáveis por uma produção anual de 650milhões de pares de calçados. Destes, 164 milhões foram expor-tados no ano passado, quando o consumo por habitante no Bra-sil girou em torno de 2,85 pares – isso sem considerar as impor-tações, que em 2002 foram estimadas em 5 milhões de pares.

“Apesar de tanto dinamismo, trata-se de um mercado muitocarente de informações sobre embalagens”, considera Assunta.A fim de explorar essa lacuna, a Ripasa tem apresentado suanova linha de embalagens nos mais importantes pólos produto-res de calçados do país. Já tendo passado por dez cidades brasi-leiras, o tour faz parte das programações do 5º Fórum de Designde Materiais para Calçados e Acessórios, que vem sendo reali-zado pela Assintecal (Associação Brasileira de Empresas deComponentes para Couro, Calçados e Artefatos).

Embora reconheça que muitos fabricantes de calçados são

38 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003

Calçados

Com o pé n

ANova coleção de embalagens visa despertar c

Texturas e formatos inovadores

convivemcom

sobriedade e tradição

Carriers facilitam transporte epodem garantirexposiçãoambulante da marca

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nov 2003 • EMBALAGEMMARCA – 39

caudatários da teoria de que não vale investir em embalagens,pois elas só entrariam em cena quando a decisão de compra jáfoi tomada, a executiva da Ripasa diz que a receptividade às cai-xas e sacolas diferenciadas tem sido grande. “Alguns já explo-ram as embalagens de calçados como elementos compositoresde painéis e ilhas de exposição dentro das lojas”, ela conta.

Explorando o sentido táctilAlém de fortalecer a presença das embalagens nos mostruários,a Coleção Ripasa Calçados tem amostras desenvolvidas para fa-cilitar o transporte e aumentar a exposição das marcas após acompra. Bom exemplo desses benefícios é a sacola grife, quetem formato inspirado em bolsas femininas e superfície quelembra couro animal. O diferencial foi alcançado com grafismosestilizados e com um papel cartão texturizado que explora o sen-tido táctil dos consumidores.

Outra solução interessante é a caixa-sacola. À primeira vista,ela se assemelha às tradicionais embalagens retangulares de doiscomponentes (corpo e tampa). Mas o fechamento é na verdadecomposto por uma estrutura celulósica em forma de alça, quepermite carregar a embalagem sem o uso de sacolas de lojas ebutiques. Para facilitar o transporte e a estocagem, a alça podeser travada durante os processos de distribuição.

Novidades pensadas para as vitrines também são vistas na li-nha, como mostram dois modelos de embalagens expositoras.Ambos podem ser desdobrados, criando um módulo de acomo-dação sobre o qual o calçado é disposto. Nos dois casos, a luvainterna serve de suporte. Outras novidades que vêm chamandoatenção são os blisters ecológicos para sandálias, além da linhade embalagens infantis em formato de casinhas de bonecas, car-rinhos e outros brinquedos. No primeiro caso, além de totalmen-te feito de papel cartão, o blister oferece painel de visualizaçãoe pode ser exposto em gancheiras.

Todas as facas usadas na produção da coleção de embalagenspara calçados da Ripasa estão disponíveis nas gráficas partici-pantes do projeto. O uso por parte dos fabricantes de calçados élivre, desde que sejam empregados itens da linha de papel car-tão e papelão microondulado da própria Ripasa. Uma importan-te iniciativa voltada ao desenvolvimento de embalagens paraesse mercado, a estratégia leva a crer que não tardará o dia emque as caixas de sapatos deixarão de ficar restritas aos empoei-rados depósitos das lojas, para definitivamente ajudar o setor acalçar bons negócios.

a inovaçãoriatividade no mercado brasileiro de calçados

...blisters ecológicos feitosde papel cartãopara acondicionarsandálias e chinelos

Linha tem desdecaixas que setransformam embrinquedos paraas crianças a...

FO

TO

S:

DIV

ULG

ÃO

Ripasa0800-16 06 06www.ripasa.com.br

Page 40: Revista EmbalagemMarca 051 - Novembro 2003

EncarecimentoTransformadores e usuários deembalagens plásticas podem sepreparar: segundo o Sindicato dasIndústrias de Resinas Sintéticas noEstado de São Paulo (Siresp), muitoprovavelmente os preços das resi-nas sofrerão reajuste nos últimosdois meses do ano. Um novo au-mento da nafta, previsto para no-vembro, deverá ocasionar preçosem média 12% maiores.

Retorno maiorSegundo o Instituto Nacional deProcessamento de Embalagens Va-zias (InPev), o Brasil já é o paísque mais recolhe embalagens dedefensivos agrícolas no mundo. Dejaneiro a setembro deste ano,5 300 toneladas de recipientes fo-ram colhidas do ambiente, 40% amais que o total de 2002.

PO cresceA indústria de papelão onduladoregistrou, em setembro, vendas de165 000 toneladas, uma evoluçãode 7,1 % em relação a agosto. Se-gundo a Associação Brasileira doPapelão Ondulado (ABPO), apesarda forte retomada no segundo se-mestre, as vendas de janeiro a se-tembro foram inferiores em 15%às do mesmo período de 2002.

Do Brasil para o vinhoAs exportações para produtoresde vinho do Chile, da Argentina eda África do Sul alavancaram aprodução de garrafas de vidro noBrasil no primeiro semestre desteano. De acordo com o IBGE, houveaumento de 6,8% em relação aomesmo período de 2002.

Novo timoneiroSebastião Henrique Ubaldo Ribeiroé o novo presidente da AssociaçãoBrasileira do Alumínio (ABAL) parao biênio outubro de 2003 a setem-bro de 2005. O Conselho Diretor daABAL o elegeu por unanimidade.

40 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003

Sidel em nova fasePara celebrar sua união com o gru-po Tetra Laval, do qual passa a sersubsidiária, a fabricante francesa desistemas de embalagens plásticasSidel lançou um novo logotipo corpo-rativo no fim de setembro. “O novologo é um símbolo de parceria, al-cance global e inovação”, declarouGerard Stricher, CEO e presidenteda Sidel, que possui 4 300 funcioná-rios em unidades de 25 países e cu-jas vendas totalizaram 981,1 milhõesde euros em 2002. Paralelamente aolançamento do novo logotipo, a em-presa revelou também a reformula-ção de seu website.www.sidel.com

Navegação fácile informativaA Prodesmaq, fabricante de rótulosauto-adesivos, reformulou sua pági-na na internet. Agora, a navegaçãopelo website da empresa está maisfácil e rápida. O internauta tem àmão informações sobre a história daempresa, seus lançamentos e sua li-nha de produtos para os diferentessegmentos industriais que incluembebidas, alimentos, cosméticos, lim-peza e farmacêuticos.www.prodesmaq.com.br

Zebra contempla iniciativas EPCTrês produtos inovadores para im-

pressão e codificação de etiquetas

inteligentes foram apresentados pela

Zebra Technologies durante o EPC

Symposium, realizado entre 16 e 18

de setembro, em Chicago, nos Esta-

dos Unidos: o mecanismo “print-

and-apply” de etiquetas inteligentes

(para impressão e imediata aplica-

ção nos produtos) R110 Alchemy e

duas versões de impressora e codifi-

cador de etiquetas inteligentes de

mesa, o R4Mplus UHF (900 MHz). Os

produtos dão suporte a indústrias

que queiram adotar a radiofreqüên-

cia (RFID) compatível com o Electro-

nic Product Code (EPC, ou Código

Eletrônico de Produto em portu-

guês). O Alchemy (foto) pode reduzir

o custo das etiquetas inteligentes

em 30%, por trabalhar sob demanda,

eliminando a etapa de conversão

das etiquetas.

(11) 3857-1466 • www.zebra.com

Page 41: Revista EmbalagemMarca 051 - Novembro 2003
Page 42: Revista EmbalagemMarca 051 - Novembro 2003

Rexam compra a LatasaA inglesa Rexam comprou a fabri-cante brasileira de latas para be-bidas Latasa por US$ 462 milhões.A companhia, que já era a maiorprodutora de latas da Europa,agora será a maior do mundo,com quase um quarto do merca-do global. Líder na produção e comerciali-zação de embalagens metálicaspara bebidas no Brasil, Argentinae Chile, a Latasa tem capacidadeanual de produção de oito bilhõesde latas por ano. A Rexam já pro-duzia latas de alumínio para be-bidas em Minas Gerais, com ca-pacidade anual de dois bilhões deunidades.

Klabin tem prejuízo no trimestre....A Klabin, empresa de papel e ce-lulose, teve prejuízo de R$ 128milhões no terceiro trimestre. Oresultado negativo ainda é refle-xo da reestruturação financeira ede gestão que a empresa passourecentemente. Nem os recursosgerados da venda da parte daparte da Klabin Kimberly, da KCKTissue (Argentina), e da fábricade celulose Bacell geraram lucrolíquido no trimestre.

....mas continua com lucroO prejuízo líquido foi de R$ 155milhões no terceiro trimestre. Aempresa chegou ao final de se-tembro com dívida líquida de R$609 milhões, contra R$ 2,8 bilhõesum ano antes. Apesar do prejuízono trimestre, a Klabin acumulalucro líquido de R$ 940 milhõesem 2003.

Mais KlabinA empresa anunciou que preten-de aumentar a capacidade de pa-péis e embalagens em 33%, pas-sando de 1,5 para 2 milhões detoneladas, em um prazo de qua-tro a cinco anos.

42 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003

Inserção on-lineSoluções auto-adesivas para aumen-tar o apelo comercial de produtos sãoa especialidade da argentina Auto-pack. Entre elas, uma que vem ga-nhando destaque é o uso de figuri-nhas auto-adesivas, para a aplicaçãoon-line em flow packs – ou seja, naprópria linha de envase e embalagem,sem etapas industriais adicionais. Oprocesso é baseado em cabeçotesque dispensam as peças diretamenteno interior da embalagem. Na foto,um lançamento em balas da Arcor daArgentina, a bala Gorby, que está utili-zando a solução. A Autopack é repre-sentada no Brasil pela Tradepack.(11) [email protected]

Sunnyvale trazmáquina da Dr. Boy

A BOY 35 VV é uma injetora vertical

com força de fechamento de 357 KN

(35 toneladas). Por ser uma máqui-

na vertical, apresenta a principal

vantagem da placa inferior ser fixa.

Como resultado, é evitada a movi-

mentação dos insertos colocados

dentro do molde durante o processo

de fechamento da máquina. Indica-

da para a produção de peças de alta

precisão, a BOY 35 VV tem capaci-

dade de injeção de 68g (PS), tem um

tamanho compacto, grandes dimen-

sões entre placas e pode ser forne-

cida com unidades de injeção de

modelos menores.

(11) 3048-0100

www.sunnyvale.com.br

Inovação, um fator de produçãoFoi lançado em outubro último o li-vro Organizações Inovadoras - Estu-dos e Casos Brasileiros, organizadopor José Carlos Barbieri, professorda Escola de Administração de Em-presas de São Paulo (Eaesp/FGV).Resultado de estudos realizados peloFórum de Inovação da escola, o li-vro, ediotado pela FGV Editora, dis-cute a inovação a partir de umaperspectiva organizacional, usandoestudos de caso conduzidos em duasempresas brasileiras muito diferen-tes, mas que têm em comum o fatode apostarem na inovação e deatuarem em setores maduros.São objeto de estudo a Copesul,

uma empresa do setorpetroquímico, e aBrasilata, fabricantede embalagens deaço. Entre os auto-res está um executi-vo com destacadopapel no setor deembalagens: Anto-nio Carlos TeixeiraÁlvares, professorda Eaesp/FGV com pós-graduaçãopela mesma instituição, diretor-supe-rintendente da Brasilata e vice-presi-dente do Sindicato da Indústria deEstamparia de Metais do Estado deSão Paulo.

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Brascola comemora 50 anosEm setembro a Brascola comemo-rou 50 anos de atuação no mercadobrasileiro. Fundada pelo casal deimigrantes franco-alemães Jacquese Liselotte Bauer, a Brascola surgiucomo produtora de calçados. Poste-riormente, ela se associou à empre-sa de adesivos alemã KoemmerlingChemische Fabrik e, na década de60, passou a comercializar no paísos adesivos de epóxi Araldite. Nosanos 70, a empresa investiu numanova planta em São Bernardo doCampo e abriu filiais no Rio Grandedo Sul e no Rio de Janeiro. Hoje, aBrascola atua nos mercados de ade-sivos de consumo e industriais, sen-do que nesta última área se inclui o

fornecimento de soluções para a in-dústria de embalagens.(11) 4176-2020www.brascola.com.br

SIG recebe prêmios internacionaisO sistema de fechamento combiTwist,da SIG allCap, e a embalagem carto-nada asséptica combifit, da SIG Com-bibloc, receberam o Prêmio de Embala-gem 2003 AmeriStar na categoria Be-bidas. A premiação, conferida pelo Ins-tituto de Profissionais de Embalagem(IoPP), aconteceu no dia 14 de outubro,durante a PackExpo Las Vegas, nos Es-tados Unidos. O AmeriStar reconhecedesenvolvimentos de ponta em tecnolo-

gia de embalagem, e divide-se em 14categorias. Um grupo de 20 jurados in-dependentes escolhe os vencedores. ASIG Combibloc também recebeu o Prê-mio Alemão de Embalagem 2003 doInstituto Alemão de Embalagem, pelamáquina CSA F10, que trabalha comas embalagens cartonadas combisha-pe. Ela permite a obtenção de caixi-nhas em até 42 formatos diferentes.www.sigcombibloc.biz

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44 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003

A Diageo, dona das marcas globais

Johnnie Walker e Smirnoff, apresenta

a nova embalagem mundial de John-

nie Walker Red Label aos brasileiros,

uísque escocês mais consumido no

País e no mundo. Para mudar a emba-

lagem, a empresa londrina Link Con-

sumer Strategies fez uma minuciosa

pesquisa em mais de 200 países onde

Johnnie Walker é consumido.

Na nova embalagem do produto, o ró-

tulo permanece oblíquo, a garrafa

quadrada e o andarilho se mantém,

ganhando mais destaque, no centro

da garrafa e caminhando para o lado

direito. O rótulo inferior foi reduzido

de tamanho para que o conteúdo da

garrafa ganhasse destaque, enquanto

o rótulo principal adquiriu profundida-

de. A empresa responsável pela mu-

dança foi a Smith & Co, de Londres.

ALINHAMENTO GLOBAL PARA JOHNNIE WALKER

Plástico e vidro na linhaClaremonO laboratório Hoffmam lançou um

tratamento para cuidar e renovar

a pele do rosto e do corpo duran-

te o verão, composto pelos pro-

dutos Restaure M e Iris Isso, que

fazem parte da linha Claremon

de cosméticos.

O layout do logotipo e dos rótulos

foi elaborado pelo designer Ro-

berto Aguirra. As embalagens em

formato de pote e frasco, com

tampas nos modelos desk top e

rosca, foram criadas em tons de

branco e pérola especialmente

para a linha Íris Iso, pela Nyx

Indústria e Comércio de Plástico.

Os frascos em vidro de 30ml do

Restaure M foram criados pela

Vidraria Anchieta.

Delícia lança nova linha de embalagensAdotando uma estratégia inédita parao segmento de margarinas e investin-do no desenvolvimento gráfico de seusprodutos, a Bunge Alimentos apostana diferenciação das embalagens deDelícia para o lançamento da sua li-nha “Delícia Sabores – Alho e Oliva”e novo sabor para Delícia Cremosa eLight. Criado pela Pandesign, o novodesign gráfico das embalagens ga-nhou cores que asseguram maior des-taque na gôndola, facilitando a identi-ficação pelos consumidores. Para ex-

plorar cada um dos nichos e diferen-ciar os produtos, foram desenvolvidasdiferentes ilustrações, associadas aosrespectivos públicos. As ilustrações dasembalagens foram trabalhadas paratransmitir modernidade e retratar situa-ções do cotidiano, sempre ensolara-das, e o logotipo foi redesenhado. Ou-tro diferencial está no pote, que passaa ser quadrado. A base para as mu-danças foi o resultado de pesquisas in-ternas realizadas pela Bunge, que defi-niram o reposicionamento do produto.

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Nestlé renova visual do Leite MoçaO Leite Moça está de cara

nova. A principal novi-

dade é a renovação

da famosa camponesa

que se tornou ícone

do produto e de toda

a linha de derivados

criados a partir dele.

A Moça agora exibe

contornos mais femi-

ninos, sorriso, tom de

pele e cabelo.

Criada no Brasil, maior mer-

cado consumidor de leite

condensado no mundo, a

nova camponesa passa a

ilustrar os produtos da linha

Moça em todos os países

onde são comercializados. A

personagem foi desenvolvi-

da internacionalmente,

mas os consumidores

brasileiros deram a

palavra final após vá-

rias pesquisas.

Para acompanhar o

novo visual da Moça,

os rótulos da linha

também foram moder-

nizados. O nome

Moça ganhou mais

volume e movimento.

A assinatura “Fazendo mara-

vilhas desde 1921”, em tom

dourado, passou a ilustrar

todos os rótulos, ressaltan-

do o fato de o Leite Moça

ser fabricado no Brasil há

82 anos. A criação é da

agência Pandesign.

Detalhes em hot-stampingO xampu e condicionador para ca-belos cacheados MaxiTrat é a novaaposta da Cosinter, empresa de cos-méticos de Curitiba. O design dosrótulos e a definição de cores dastampas ficou a cargo da Asa Design.Os rótulos, com detalhes em hot-stamping dourado, são fornecidospela Prakolar.

Energético emlatas de açoA Blue Beverages, de Tatuí (SP)está colocando no mercado oenergético Nitro em latas de açode 250ml importadas da Alema-nha, onde são fabricadas pelaBall Europe. O design da embala-gem foi desenvolvido por VicenteLo Schiavo, que usou cores de im-pacto na combinação do laranja,preto e prata sobre um desenhoque remete a um tribal. A bebidaé envasada na própria empresa.

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46 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003

Estrelas aos montesA Chlorophylla está lançando uma li-nha de produtos voltada a bebês, aBaby Star. Um dos novos itens é osabonete, que chega aos pontos-de-venda em um cartucho de papel-car-tão com “janelas” no formato de es-trelas e detalhe em alto relevo. Osastros também estão gravados naface interna da embalagem, que éproduzida pela Gráfica Pirâmide.

CEBION DE CARA NOVAHá 70 anos no mercado, a vitami-na C efervescente Cebion está mu-dando a embalagem. O tradicio-nal tubo foi modernizado e o vi-sual modificado. Os novos tubosde polipropileno são fabricadospela Arti Plásticos e pela ExaplásResinta. O cartucho de papel car-tão é da Rainha Lescal e o designdas embalagens, da Future Brand.

Cromus diversifica linhaAproveitando a chegada das festas defim de ano, a Cromus Embalagens,empresa do segmento de embalagensmetalizadas no formato saco, está di-versificando sua linha de produtos. Asnovidades ficam por conta das caixasde papelão em formatos diversos e es-pecíficos (para panetones, garrafas,bombons e outros produtos natalinos).As caixas já vêm decoradas com per-sonagens de natal, como ursinhos ca-racterizados como Papai Noel.

Côncavos e triangulares formato triangular e côncavo. Os re-

cipientes, baseados em PVC e trans-

formados pela Neoplástica, têm de-

sign desenvolvido internamente pela

fabricante. “Buscamos criar uma

embalagem que despertasse a aten-

ção do consumidor pelo seu diferen-

cial”, diz a gerente de produto Luci-

néia Monteiro. A linha Lorence Sho-

wer Gel ganhou o Prêmio Abre de

Design e Embalagem 2003 na cate-

goria Design Cosméticos, Cuidados

Pessoais, Saúde e Farmacêuticos.

Marketing olfativoSeguindo pesquisas que apontam o

aroma lavanda como o preferido dos

consumidores brasileiros de limpado-

res sanitários, com 32% de participa-

ção no mercado de refis de blocos lí-

quidos, a Reckitt Benckiser ampliou a

linha de limpadores sanitários Harpic

Líquido Ativo. Vendido em blisters de

papel cartão, o novo produto chega

ao mercado sob a marca Bouquet de

Lavanda. Além de expandir a família

Harpic Líquido Ativo, a Reckitt Bencki-

ser reformolou a marca Harpic Cloro

Ativo, que agora passa a se chamar

Harpic Cloroforte. Para marcar a mu-

dança, a empresa lançou mão de no-

vas embalagens. São garrafas plásti-

cas de 500 ml produzidas pela Logo-

plaste e decoradas com rótulos cria-

dos pela Cipis Design.

A linha de sabonetes líquidos Loren-

ce Shower Gel, da Kanitz 1900, vem

se destacando nas gôndolas por

suas embalagens modernas, com

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Hershey´s relança Io-Iô CremA Hershey´s investirá no Io-Iô Crem,

uma das marcas mais tradicionais

do mercado de guloseimas, adquiri-

da pela empresa após a compra da

Visconti. Segundo Nathalie Favaron,

gerente do produto, a marca lançada

no final dos anos 70 terá o grande

desafio de conquistar a nova gera-

ção de crianças e ainda representar

o portfólio da empresa no mercado

infantil. Para isso, a empresa inves-

tiu dois milhões de reais em uma es-

tratégia que inclui a criação do per-

sonagem Io-Iô que estará em todas

as embalagens do produto e será o

centro das as ações promocionais e

de mídia. O copo, o sobrecopo, o

pote e a tampa são fabricados pela

Huhtamaki, com projeto gráfico da

Design Absoluto.

Bom Bril em embalagem inovadora

Chega ao mercado neste mês o mais

novo produto da Bombril: o Bom Bril

Fácil. Em embalagem azul, com fren-

te transparente, vem com 12 unida-

des de lã de aço, cilíndricas, de ta-

manho menor. A empresa chegou ao

novo tamanho, um pouco maior que

a metade da unidade tradicional, de-

pois que pesquisas mostraram que

grande parte das pessoas costuma

cortar as esponjas ao meio. A nova

embalagem é formada por filme de

BOPP laminado transparente e tem

impressão flexográfica em 5 cores. O

design é da Fly Comunicações. Para

facilitar a disposição e visualização do

produto nos pontos de venda, a em-

balagem ganhou uma gancheira em

seu topo. O fabricante das embala-

gens não é informado pela empresa.

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48 – EMBALAGEMMARCA • nov 2003

Atraindo olharesA Cia. Suzano de Papel e Celulosepadronizou a linguagem gráfica dosmostruários de seus produtos. Sob otema “antologia do olhar”, o materialfoi criado pela Light Criação e Co-municação a partir de dois produtosda linha de papel cartão da própriaempresa: Supremo Duo Design e TPHi-Bulky. Os catálogos reúnem todosos produtos da Suzano, incluindo ospapéis revestidos (Couché Suzano,Film Coating), os não-revestidos(Alta Print, Reciclato, Pólen, OffsetBahia Sul) e a linha de papel cartão.www.suzano.com.br(11) 3037-9000

A Corel está apresentando a novaversão de seu software para pintu-ra artística digital, o Corel Painter8. Segundo a empresa, o produtoconta agora com mais pincéis (cer-ca de 400 opções foram adiciona-das à nova versão), além de inter-face flexível e maiores combina-ções de recursos, que permitemespecificar detalhes como ângulo,pressão e espessura das cerdas.Outro avanço é a possibilidade demisturar várias tonalidades de co-res através de um recurso chama-do de paleta Mixer. Segundo a em-presa, a ferramenta funciona comouma aquarela virtual, na qual no-vas tonalidades podem ser geradas

Criatividade com pincéis digitais

através da escolha de cores feitacom uma espátula digital. www.corel.com0800-141212

LogísticafortalecidaA Ripasa Distribuidora – também co-nhecida como Rilisa - inaugurou noinício de novembro seu novo centrode distribuição na cidade de SãoPaulo. O espaço ocupa uma área de30 000 metros quadrados, que fica àbeira da Marginal Pinheiros, umadas principais vias da capital paulis-ta. Agora a Rilisa conta com 14 uni-dades distribuídas em todo o territó-rio nacional.www.ripasa.com.br � 0800 160606

Novidades em workflowA Gutenberg Máquinas e Materiais Gráficos assumiu com exclusividade a representaçãobrasileira da alemã OneVision, uma das líderes mundiais em soluções de workflow paraartes gráficas. Em encontro que contou com a presença do CEO da OneVision, HusseinKhalil, e do superintendente da Gutenberg, Klaus Tiedemann, foram apresentadas as prin-cipais soluções que passam a ser comercializadas no Brasil. Os destaques são os siste-mas de gerenciamento de pré-impressão Asura e Solvero. Os produtos são voltados agráficas, birôs de pré-impressão, agências de publicidade e a empresas de design.www.gutenberg.com.br � (11) 3225-4400 � www.onevision.com

Flexografia laureada Dois cartuchos produzidos com matéria-prima da Orsa Celulose, Papel e Em-balagens conquistaram o prêmio colombiano Excelência em Impressão Flexo-gráfica 2003 - Região Andina, promovido pela Novaflex com apoio da FTA(Flexographic Technical Association). O primeiro é uma embalagem usadapela Nestlé numa de suas linhas de bombons. O outro prêmio foi conquistadopela Orsa pela participação no projeto da multipack celulósica da cerveja Bo-hemia Escura. As duas embalagens foram premiadas na categoria PapelãoOndulado. O concurso foi realizado em Bogotá. www.orsaembalagens.com.br � (11) 4689-8700

ERRAMOS

Na reportagem“Sonho dourado”(EMBALAGEMMARCA nº51) informamos incor-retamente o telefoneda Brasilcote.O número correto é(11) 4360-6211.

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Contagem regressivapara a Drupa 2004Foi dada a largada para o mais

importante evento da indústria gráfi-

ca mundial. Aconteceu em São

Paulo, no último dia 6 de novembro,

a cerimônia de lançamento da

Drupa 2004, que será realizada na

cidade alemã de Düsseldorf, entre

os dias 6 e 19 de maio do ano que

vem. Realizado na escola Senai

Theobaldo de Nigris, o evento tam-

bém adiantou um pouco do que os

visitantes poderão encontrar na

feira.

Quadrienal, a Drupa deverá contar

com 1 800 expositores em sua

próxima edição. Os organizadores

estimam ainda que o evento ocupe

mais de 160 000 metros quadrados.

Sinalizando uma possível melhora

em relação aos anos anteriores,

tais expectativas são baseadas

numa perspectiva de melhora

macroeconômica do setor de

impressão e papel em 2004.

Lauri Müller, diretor da MDK Feiras

Internacionais, empresa que repre-

senta o evento no Brasil, alerta que

os brasileiros interessados em visi-

tar a Drupa 2004 devem começar o

planejamento desde já. “Isso não

apenas garantirá melhores preços,

mas também lugar nos hotéis mais

bem localizados”, observa Müller.

EM 2000, ele diz que 3 000 profis-

sionais gráficos brasileiros visitaram

a feira. “Agora na 13ª edição,

esperamos que esse número suba

para 3 500 visitantes brasileiros”,

adianta o executivo.

A cerimônia de lançamento da

Drupa 2004 também contou com as

presenças de Manfred Kotschedoff,

chefe de departamento da Messe

Düsseldorf, empresa que organiza

a feira na Alemanha, e de Wilfried

Schäfer, presidente da Fachverband

Druck- und Papiertechnik im

VDMA (Associação de Artes

Gráficas e Papel coligada à

VDMA – Associação Alemã

dos Construtores de

Máquinas e Instalações

Industriais).

Mais informações:

MDK Feiras Internacionais(11) [email protected]

Número de expositores nasedições anteriores da Drupa:

1986 1 465

1995 1 669

2000 1 943

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Almanaque

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Garrafa exclusiva, uma boa idéiaNo início da década de1950, a Caninha 51 ganha-va as ruas da cidade paulis-ta de Pirassununga, ondenasceu, engarrafada em va-silhames de cerveja de600ml. O grande salto depopularidade da bebida,porém, se deu no fim dosanos 60, quando ocorreu amigração para uma garrafade vidro proprietária, simi-lar a que é até hoje usada e

que ganhou, entre o públi-co, o apelido de “litrotransparente” – apesar deacomodar, na verdade,965ml de cachaça. Alémdesse recipiente tradicio-nal, os 240 milhões de li-tros de 51 produzidosanualmente hoje abastecemo mercado nacional e omundo através de uma ver-são de 500ml, também emvidro, e da lata de 350ml.

Prestativo atributoadicionalAlém de vender,proteger produ-tos e tornarmais prático ocotidiano, asembalagenstambém podemprestar valiososserviços públi-cos. Entre eles,um dos maisnotórios é o au-xílio na busca deentes desapare-

cidos. As primei-ras embalagensengajadas nessacausa surgiramnos EstadosUnidos, no iníciodos anos 80.Eram caixinhaslonga vida deleite que tra-ziam, em suasfaces laterais,fotos de crian-ças perdidas.

A tática de agar-rar pelo narizTido como o pai das fragrân-cias de luxo do século 20, operfumista francês FrançoisCoty adquiriu fama pelo seuapuradíssimo senso olfativo epelos seus métodos de traba-lho, sobretudo o marketing.Diz a lenda que, no início doséculo passado, para chamara atenção para o seu perfumeLa Rose Jacqueminot, ele en-trou em um magazine pari-siense e atirou um frasco nochão. A fragrância imediata-mente dominou o ambiente…Coty também foi o primeiro adar amostras grátis e a incluirfrascos portáteis em sua linha,para atender às mulheres queentravam no mercado de tra-balho.(condensadodo livro “Bra-silessência:A Cultura doPerfume”,de RenataAshcar, Ed.Best Seller)

Você sabia?

# 51 foi o total de aparelhos de barbear vendidos pelo

ex-comerciante de rolhas King Camp Gillette em 1901, ano

em que patenteou sua famosa lâmina de barbear. O exercício

seguinte já seria bem mais generoso: 90 884 aparelhinhos

seriam comercializados.

$

# O inventor suíço Georges de Mestral registrou, em 1951,

o velcro. Ele teve a idéia ao observar, num microscópio,

carrapichos que haviam grudado em sua calça durante um

passeio com seu cão. O nome combina as primeiras sílabas

do francês velours (veludo) croché (enganchado).

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1930SIG Combibloc é

a primeira fornecedoraeuropéia deembalagens

cartonadas parabebidas (Perga)

1962SIG Combibloc

introduz a primeiraembalagem

cartonada pré-formada

(Blocpak)

1985SIG Combibloc

envasa os primeirosprodutos alimentícios

com pedaços emembalagens

cartonadas assépticas

1993SIG Combibloc

introduz a primeiratampa paraembalagens

cartonadas assépticas(combiTop)

2003SIG Combibloc é a

primeira a darforma exclusiva às

embalagens cartonadas

(combishape)

SIG Combibloc – Eras sideraisna tecnologia de embalagem

1978SIG Combibloc

introduz a primeiramáquina de envase

asséptica, de alta produção, com

capacidade para 10.000 embalagens/hora

SIG Combibloc do Brasil Ltda Rua Iguatemi, 192 - cj. 1401451-010 – São Paulo – SPTel. +55 (11) 31 68 40 29Fax +55 (11) 31 68 40 18www.sigcombibloc.com

Como uma das líderes mundiais na fabricação de embalagens cartonadas assépticas, há décadas estabelecemos, continuamente, padrões através das nossas soluções em embalagem. Uma nova era sideral se inicia com a inovadora embalagem cartonada combishape, que oferece uma diversidade de formas exclusivas e quase ilimitadas. Com ela nasce uma nova estrela no universo das embalagens, criando possibilidades e oportunidades de mercado totalmente novas. Confira você mesmo: www.sigcombibloc.com

SIG Combibloc